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M.C. Escher
Maurits Cornelis Escher nasceu a 17 de Junho de 1898 em Leenwarden (cidade no norte da Holanda). Filho de Sarah Gleichman e de George Arnold Escher, engenheiro civil, foi encorajado desde muito cedo a aprender algumas artes ligadas à carpintaria. M.C. Escher desenvolveu rapidamente o gosto por trabalhos com madeira, aprendendo técnicas que mais tarde lhe foram muito úteis, nomeadamente a xilogravura.
Aos 13 anos entrou para uma das escolas secundárias de Arrnheim para onde se havia mudado em 1903 com os pais.
Neste espaço de tempo foi fazendo líneo-gravuras. O seu primeiro trabalho - Pássaro numa gaiola - data de 1916, não foi apreciado pelos seus professores.
Em 1919, já com 21 anos, Escher vai para Haarlem estudar Arquitectura na Escola de Artes Decorativas. Infeliz com o curso e contando com o incentivo do professor e director da escola, Samuel Jesserun de Mesquita (judeu de origem portuguesa), mudou para o curso de Artes Decorativas. No entanto, apesar de dominar muito bem as técnicas de xilogravuras, o sucesso neste curso também não foi grande e, em 1922, saiu definitivamente de Haarlem.
Ainda em 1922, Escher viajou pelo centro de Itália, país que o encantou desde o início.
Espanha foi outro dos países visitados por Escher em Setembro do mesmo ano. Nesta visita, Escher, entrou em contacto com a arte decorativa islâmica.
Apesar de ter gostado de Espanha, Escher não esqueceu Itália e passados dois meses regressou. Primeiro, instalou-se em Siena mas, em Março de 1923, foi para Ravello, no sul de Itália, onde conheceu Jetta Umiker com quem viria a casar.
Foi nesta época, fins de 1922 e inícios de 1923, que fez as primeiras xilogravuras de paisagens italianas. Em Junho do mesmo ano regressou a Siena onde expôs, pela primeira vez individualmente, os seus trabalhos.
Esta década foi muito marcante na vida de Escher tanto a nível artístico, dado que os seus trabalhos começam a ser conhecidos, como a nível pessoal. Em 1926, mudou-se de Ravello para Roma, onde viriam a nascer os seus dois filhos mais velhos, George (1926) e Arthur (1930).
O reconhecimento foi crescendo. A sua obra foi apreciada não só a nível europeu mas também na América onde foi premiado com o terceiro lugar numa exposição em Chicago (1934), com a litografia “Nonza”. Antes disso, em 1932 e 1933 foram publicados dois livros com ilustrações de Escher, XXIV Emblemata e De Vreeselijke Avonturen van Scholastic.
Em Junho de 1939, Escher perdeu o pai que tinha 96 anos. Ainda não recomposto desta
perda, foi chicoteado por mais uma tragédia familiar: em fins de Maio de 1940, perdeu a
Mãe.
É então que, em 1941, decidiu regressar ao país natal, mudando-se para Baarn.
Só em 1951 é que atingiu o ponto mais alto. Os artigos sobre Escher e o seu trabalho
multiplicaram-se. Em 1954 realizou-se em Amesterdão uma grande exposição dos
trabalhos de Escher no Stedelijk Museum. Passados quatro anos, publicou o célebre texto
Regelmating Vlakverdeling – sobre a divisão regular do plano e, no ano seguinte, surge
Grafick en Tekeningen M. C. Escher sobre a sua obra gráfica. Em 1960 expôs em
Cambridge, os seus textos e obras e foi orador convidado numa conferência internacional
de cristalografia. A sua obra tornou-se uma ponte entre a ciência e a arte.
Escher trabalhou sempre com regularidade, excepto quando alguns problemas de saúde
obrigaram-no a afastar-se da vida artística.
Um dos seus mais famosos trabalhos foi– Serpentes, feito em 1969. Os seus trabalhos
foram apresentados publicamente numa grande exposição retrospectiva em The Hague
(1968) e outra em Washington.
Depois de uma série de operações instalou-se na Rosa Spier House em Laren, no norte da
Holanda. Apesar do seu estado de saúde já muito em baixo, ainda chegou a assistir à sua
publicação do livro -The World of M. C. Escher.
Faleceu a 27 de Março de 1972 no hospital de Hilversum quando ainda não tinha
completado 74 anos.
1- Ar e Água 1 (1938) 2- Dia e Noite (1939) 3- Queda de Água (1961)