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ESCLARECIMENTO INICIAL Estes “slides” utilizei-os numa intervenção que fiz no 1º ENCONTRO DOS APOSENTADOS dos Sindicatos da Frente Comum da Administração Pública que se realizou no dia 5.6.2013 em Lisboa, no auditório do Montepio Geral. Como contém dados e reflexões que poderão ser úteis aqueles que estão interessados em conhecer e defender os sistemas da CGA dos trabalhadores da Função Pública e o sistema da Segurança Social decidi divulgá-los Espero que eles possam a ser úteis não só aos seus defensores mas também aqueles que estão interessados em conhecer verdadeiramente estes dois sistemas tão atacados pelo governo e pelos seus defensores, assim como por alguns jornalistas que se dizem “especialistas” nestes dois sistemas mas que, no entanto, quando falam deles mostram que nunca os estudaram profundamente pois revelam sempre grande ignorância que é só ultrapassada pela ligeireza como opinam sobre questões importantes para a vida de milhões de portugueses. ENCONTRO REALIZADO EM 5 DE JUNHO EM LISBOA

ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

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Page 1: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

ESCLARECIMENTO INICIAL

� Estes “slides” utilizei-os numa intervenção que fiz no 1ºENCONTRO DOS APOSENTADOS dos Sindicatos da Frente Comum da Administração Pública que se realizou no d ia 5.6.2013 em Lisboa, no auditório do Montepio Geral.

� Como contém dados e reflexões que poderão ser úteis aqueles que estão interessados em conhecer e defender os si stemas da CGA dos trabalhadores da Função Pública e o sistema da Segurança Social decidi divulgá-los

� Espero que eles possam a ser úteis não só aos seus d efensores mas também aqueles que estão interessados em conhec er verdadeiramente estes dois sistemas tão atacados pe lo governo e pelos seus defensores, assim como por alguns jorn alistas que se dizem “especialistas” nestes dois sistemas mas qu e, no entanto, quando falam deles mostram que nunca os es tudaram profundamente pois revelam sempre grande ignorância que é sóultrapassada pela ligeireza como opinam sobre quest ões importantes para a vida de milhões de portugueses.

ENCONTRO REALIZADO EM 5 DE JUNHO EM LISBOA

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11ºº ENCONTRO DOS APOSENTADOS DA ENCONTRO DOS APOSENTADOS DA ADMINISTRAADMINISTRAÇÇÃO PÃO PÚÚBLICABLICA

As mentiras do governo, os ataques aos As mentiras do governo, os ataques aos

aposentados, as ameaaposentados, as ameaçças futuras as futuras ààs pensões e s pensões e

as dificuldades financeiras criadas pelos as dificuldades financeiras criadas pelos

sucessivos governossucessivos governos àà CGACGA

EUGEUGÉÉNIO ROSANIO ROSA

[email protected]@netcabo.ptEstes Estes ““slidesslides”” estão disponestão disponííveis emveis em

www.eugeniorosa.comwww.eugeniorosa.com

1ª GRANDE MENTIRA: O EMPRESTIMO DA “TROIKA” NÃO FOI NECESSÁRIO PARA PAGAR SALÁRIOS E PENSÕES COMO AFIRMOU PASSOS COELHO , MAS

SIM PARA PAGAR AOS CREDORES E PARA FINANCIAR A BANCA E BPNAs receitas fiscais+ contribuições + outras receita s correntes são mais que suficientes para

pagar despesas com pessoal e prestações sociais (in clui saúde)

RÚBRICAS 2010 Milhões €

2011 Milhões €

2012 Milhões €

2013 Milhões €

Receitas Fiscais (impostos) 38.343 40.352 38.584 41.477

Contribui ções sociais (Seguran ça Social e CGA)

21.166 20.927 19.384 20.115

Outra receita corrente 7.654 7.996 7.359 7.925

TOTAL DA RECEITA CORRENTE 67.164 69.275 65.326 69.516

Despesas com Pessoal 21.039 19.426 16.661 17.286

Presta ções sociais (inclui Seguran ça Social, CGA, e saúde)

37.885 37.624 36.852 37.629

TOTAL DA DESPESA 58.924 57.050 53.513 54.915

SALDO (Excedente) +8.240 +12.226 +11.813 +14.601FONTE: Relat ório do Or çamento do Estado para 2012 e 2013- Minist ério Finan ças

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2ª GRANDE MENTIRA: SERÁ O SISTEMA DA CGA MAIS “GENEROSO” DO QUE O DA SEGURANÇA SOCIAL COMO AFIRMAM OS QUE O ATACAM ?

� EM VÁRIOS ASPETOS JÁ É MENOS GENEROSO DO QUE O DA SEGURANÇA SOCIAL :� CGA : Em 2005, 447.975 trabalhadores tinham entrada para a Função Pública antes

de 1993, mas atualmente, com as aposentações, já são cerca de apenas metade e, de acordo com a o cálculo da sua pensão é igual ao da Segurança Social.

� Até 1993, bastava ter descontado para a Segurança So cial 1 dia (depois de 1993, são necessários apenas 120 dias) num ano para ser consi derado como um ano completo. Na CGA isso nunca aconteceu, só são consid erados anos completos. E mesmo atualmente na CGA para o cálculo do P1 (pensão correspondente ao tempo até 20005) são considerados anos completos.

� CGA: Para os trabalhadores que entraram antes de 19 93, a pensão até 2005 écalculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a tota lidade dos salários. Depois de 2005, o P1 continua a ser calculada com base em 89% da remuneração cujo valor, depois de 2012, sofreu uma redução de 5% já que deix ou de ser utilizada o indice de revalorização da Segurança Social cujo aumento é sup erior ao do índice 100 de remuneração da Função Pública (2006/2013; CGA 8,4% ; Segurança Social : 13,5%)

� SEGURANÇA SOCIAL: P1, pensão do período até 2005 é c alculada com base nos salários dos 10 melhores anos dos últimos 15 revalo rizados com base no IPC+PIB, e depois de 2006 com base em toda a carreira contribu tiva. O valor da pensão (P) que pode ser a media ponderada ou o valor mais elevado se o trabalhador tiver uma carreira contributiva longa, o que não acontece na CGA.

� FATOR DE SUSTENTABILIDADE: Aplica-se aos trabalhado res da Função Pública e da Segurança Social :em 2013 reduz a pensão 4,75%

3ª GRANDE MENTIRA: NÃO EXISTE NA FUNÇÃO PÚBLICA RAZÕES PARA AS PENSÕES SEREM MAIS ELEVADAS A NÃO SER UM SI STEMA

MAIS GENEROSO

� Três razões para as pensões dos aposentados serem mais elevadas do que as da Segurança Social:

� 1- Os trabalhadores da Função Pública descontam para CGA mais anos do que no privado (em média mais 6 an os) e são considerados anos completos e não apenas um d ia ou 120 dias de contribuições

� 2- Os trabalhadores da Função Pública descontam sobr e salários mais elevados (1.400€/mês em 2012) e não e xiste fuga contributiva como acontece no setor privado por imposição dos patrões

� 3- E têm salários mais elevados porque o nível médio de escolaridade na Administração Pública é muito superi or àdo setor privado (56% dos trabalhadores na Administração Central têm o ensino superior, no set orprivado são 13%)

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NIVEL DE ESCOLARIDADE NA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL (74,5% dos

trabalhadores tem o ensino superior) É MUITO SUPERIOR AO DA POPULAÇÃO EMPREGADA DO PAÍS – 2005 e 2010 – Dados da DGAEP – Ministério Finanças

4ª GRANDE MENTIRA: AS GERAÇÕES FUTURAS SÓ RECEBEM DIVIDAS - A EXPLORAÇÃO DO CONFLITO INTERGERACIO0NAL PELA

DIREITA PARA DIVIDIR

� 1- O QUE É SISTEMATICAMENTE ESQUECIDO NO ATAQUE ÀS GERAÇÕES MAIS VELHAS: As gerações passadas e a atua l deixam dividas mas também deixam importantes ativos que for am financiadas não só por essas dividas mas também com a riqueza qu e criaram: escolas, hospitais, auto-estradas, outros equipamen tos públicos, nível de educação e formação mais elevados, avanços tecno lógicos, etc. que são fundamentais para o nivel de vida das geraçõ es mais novas

� 2- Os aposentados e reformados descontaram durante t oda a vida para as pensões que têm direito a receber as quais são d eterminadas com base em cálculos atuariais feitos pelo próprio gover no. Existe uma relação sinalagmática entre o valor da contribuição e o valor das pensões que recebem. Os seus descontos foram utiliz ados pelo governo para pagar pensões ou outras despesas públi cas ( o governo utiliza o FEFSS – 10.200 Milhões € - da Segurança Social para comprar divida pública reduzindo-a para a U.E., e utilizou meios financeiros que devia ter entregue à CGA para pagar outras despe sas do Estado jáque as transferências do OE para a CGA foram mínima s durante anos

� 3- Se esses descontos tivessem sido entregues a fund os de pensões também teriam sido aplicados só com maiores riscos. A gestão desses descontos é da responsabilidades dos sucessivos gove rno que agora querem fugir a elas violando um contrato e cortando nas pensões

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55ªª GRANDE MENTIRAGRANDE MENTIRA: : A EVOLUA EVOLU ÇÇÃO DEMOGRÃO DEMOGRÁÁFICO TORNA FICO TORNA INSUSTENTINSUSTENTÁÁVEL OS SISTEMAS DE SEGURANVEL OS SISTEMAS DE SEGURAN ÇÇA SOCIAL E CGAA SOCIAL E CGA

�� Um dos argumentos mais utilizados por todos os que atacam os sisUm dos argumentos mais utilizados por todos os que atacam os sis temas de temas de seguranseguran çça social incluindo a CGA a social incluindo a CGA éé o impacto resultante do envelhecimento o impacto resultante do envelhecimento da populada popula çção, ou seja, são cada vez menos os que contribuem p ara ela e ão, ou seja, são cada vez menos os que contribuem p ara ela e cada vez mais os que dependem dela. cada vez mais os que dependem dela. ““ EsquecemEsquecem ”” 2 coisas importantes:2 coisas importantes:

(1)(1) O AUMENTO PRODUTIVIDADEO AUMENTO PRODUTIVIDADE Segundo Pedro Nogueira Ramos, Segundo Pedro Nogueira Ramos, exex--diretordiretor das Contas Nacionais do INE, de acordo com estimativ as feitas das Contas Nacionais do INE, de acordo com estimativ as feitas pelo INE, em Portugal basta um aumento mpelo INE, em Portugal basta um aumento m éédio anual da produtividade de dio anual da produtividade de 0,23% at0,23% atéé 2030, e de 0,36% at2030, e de 0,36% at éé 2060 para compensar a regressão 2060 para compensar a regressão demogrdemogr ááfica. Entre 1953 e 2011, a taxa de crescimento mfica. Entre 1953 e 2011, a taxa de crescimento m éédia da dia da produtividade em Portugal foi de 2,9% ao ano (Tortur em os nprodutividade em Portugal foi de 2,9% ao ano (Tortur em os n úúmeros que meros que eles confessameles confessam --ppáág.154g.154--155)155). Segundo a Comissão Europeia (Segundo a Comissão Europeia ( StatisticalStatisticalAnexAnex ofof EuropeanEuropean Economy,19 Out.2012), entre 1961 e 2010, o PIB Economy,19 Out.2012), entre 1961 e 2010, o PIB (riqueza criada) produzido por empregado em Portuga l, a pre(riqueza criada) produzido por empregado em Portuga l, a pre çços de 2005, os de 2005, aumentou 5,37 vezes mesmo com o baixo crescimento r egistado aumentou 5,37 vezes mesmo com o baixo crescimento r egistado

(2)(2) O CRESCIMENTO DE EMPREGO CRESCIMENTO DE EMPREGOO-- Do “ LIVRO BRANCO: Uma agenda para pensões adequadas, seguras e sustentáveis ” da Comissão Europeia divulgado em 16.2.2012, retiramos a seguinte passag em: Se fossem atingidos “os objectivos fixados pela U.E. em matéri a de emprego ou igualar o desempenho dos países com melhores result ados poderia quase neutralizar os efeitos do envelhecimento da p opulação sobre o peso das pensões no PIB” (pág. 7)

6ª GRANDE MENTIRA : A DESPESA PÚBLICA COM A PROTEÇÃO SOCIAL EM PORTUGAL É SUPERIOR À MÉDIA DA U.E.. Em 201 1, era já

inferior e os cortes continuaram

PAÍSES2011

% do PIB2011

Em euros/Habitante

Valor habitante em % em rela ção a

Portugal

UE27 19,6% 4.932 € 169%

UE17 20,2% 5.716 € 196%

Bélgica 19,5% 6.577 € 226%

Dinamarca 25,2% 10.892 € 374%

Alemanha 19,6% 6.215 € 214%

Irlanda 17,3% 6.117 € 210%

França 23,9% 7.306 € 251%

PORTUGAL 18,1% 2.910 € 100%FONTE: Eurostat

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7ª GRANDE MENTIRA :O SISTEMA DE PENSÕES (Segurança e CGA ) AGRAVA AS DESIGUALDADES SEGUNDO FMI– A VERDADE: Pelo

contrário retira 1.800.000 portugueses da pobreza

ANO DE REFERÊNCIA DOS DADOS 2010

TAXA DE RISCO DE POBREZA (60% da mediana = 360 € 14 meses) – INE – População no limiar da pobreza

Antes de qualquer transferência social (4.471.000 portugueses)l

42,5%

Após transferências relativas a pensões (2.672.000 portugueses)

25,4%

Após transferências sociais –Todas (1.893.000 portugueses em 2010 segundo INE, e

24,4%, ou seja, 2.566.800 em 2011 segundo Eurostat)

18,0%(2011:24,4%)

Redução da taxa de risco da pobreza devido apenas às pensões (em pontos percentuais) que prova a falsidade do relató rio do FMI

17,1pp

Redução da taxa de risco da pobreza devido a outras transferências sociais, ou presta ções (em pontos percentuais)

7,4 pp

EU-SILC: Inqu érito às Condi ções de Vida e Rendimento - INE - 2012

APESAR DAS PENSÕES EM PORTUGAL SEREM BAIXAS, OS SUCESSIVOS GOVERNOS TRANSFORMARAM OS APOSENTADOS E

REFORMADOS EM SEUS INIMIGOS PRINCIPAIS.

� 1- Sistema da Segurança Social – Valores das pensões em 2011

� Num total de 1.856.621 pensionistas, 12,9% recebiam pensões inferiores a 250€/mês, e 76% tinham pensões inferio res a 419€/mês

� Apenas 10,5% recebiam pensões entre 419€ e 629€, 12, 9% entre 629 € e 2515€ , e apenas 0,6% com pensões superiores a 2.515€/mês

� 2- Sistema da CGA – Valores das pensões em 2011� Num total de 453.129 aposentados, 12,6% recebiam pe nsões

inferiores a 250€/mês; 8,5% tinham pensões entre 25 0€ e 500€; 28,9% entre 500€ e 1000€, ou seja, 50% dos aposentad os recebiam pensões inferiores a 1.000€/mês ; 27% entre1500€ e 2000€; 19,6% entre 2.500€ e 3.000 €; e apenas 0,6% ( 15.470) dos aposentados recebem pensões superiores a 3000€.

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CERCA DE 50% DOS APOSENTADOS RECEBERAM EM 2012 PENS ÕES ILIQUIDAS INFERIORES A 1000 EUROS – Aposentados por escalões

ESCALOES-Euros

APOSENTADOS - 2002 APOSENTADOS - 2012

Nº Apo-sen-ta-dos

% do To-tal

% Acumu-lada

ESCALOES-Euros

Nº Aposn-tados

% do To-tal

% Acumula

da

Até 188,54 € 10.978 3,3% 3,3% Até 237 27.457 6,0% 6,0%

De 188,55€-250€ 38.936 11,8% 15,1% De 237-250 30.453 6,6% 12,6%

De 250,01-500€ 46.224 14,0% 29,1% De 250,01-500 39.142 8,5% 21,1%

De 500,1-750€ 63.621 19,3% 48,4% De 500,1-750 70.864 15,4% 36,4%

De 750,01-1000€ 43.653 13,2% 61,6% De 750,01-1000 61.354 13,3% 49,8%

De 1000,01-1500€ 57.284 17,4% 79,0% De 1000,01-1500 80.282 17,4% 67,2%

De 1500,01-2000€ 31.776 9,6% 88,6% De 1500,01-2000 45.794 9,9% 77,1%

De 2000,01-2500€ 23.891 7,2% 95,9% De 2000,01-2500 53.600 11,6% 88,8%

De 2500,01-3000€ 8.227 2,5% 98,3% De 2500,01-3000 37.358 8,1% 96,9%

De 3000,01-4000€ 3.628 1,1% 99,4% De 3000,01-4000 10.586 2,3% 99,2%

Sup. 4000 € 1.834 0,6% 100% Sup. 4000 euros 3.859 0,8% 100%

TOTAL 330.052 100% TOTAL 460.749 100%

CONGELAMENTO, CORTE E CONFISCO E PERDA PODER DE COM PRADAS PENSÕES (Aumento de preços - IPC – superior subida das pensões, todos os anos menos 2009)

ANO AS “ATUALIZA ÇÕES” DAS PENSÕES DOS SUCESSIVOS GOVERNOS

2002 2,75% (Índice Preços Consumidor: 3,6%)

2003 1,5% só pensões até 1008,57€, e as de valor superior=0 (IPC: 3,3%)

2004 Aumento de 2% pensões até 1024,09€, auperiores=0 (IPC: 2,4%)

2005 2,2% (IPC: 2,3%)

2006 Pensões até 1000€ :2,5%; Pensões até 3500€:1,5%; Superiores=0 (IPC: 3,1%)

2007 Pensões até 1,5 SMN:2,5%; Pensões até 6SMN:1,5%; (IPC: 2,5%)

2008 Pensões até 1,5IAS:2,4%; Até 3IAS:1,9%; Até 6IAS:1,65%. (IPC: 2,6%)

2009 Pensões até 1,5IAS:2,9%; Até 6IAS:2,4%; Pensões até 12IAS:1,5%. (IPC: -0,8%)

2010 Pensões até 628,83€:1,25%; Até 1500€:1%, Sup 1500€/1514€=>1515€ (IPC: 1,4%)

2011 Congelamento de todas pensões em 2011 (IPC: 3, 6%)

2012 Só atualizadas em 1% pensões até 239,99 € . Confisco 1-2 subsídios (IPC: 2,8%)

2013

Aumento das pensões mínimas (apenas os 2 primeiros escalões) até 247,43 € em 3,1%, congelamento das restantes e CES (corte de 3,5% a 10% pensões

superiores a 1.350€)

2002-13 1º escalão - Pensões baixas: redu ção do poder de compra. - 5,4%%

2002-13 2º escalão - Pensões m édias: redu ção do poder de compra. - 21,8%%

2002-13 3º escalão - Pensões elevadas: redu ção do poder de compra. -27,7%

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REDUÇÃO DO RENDIMENTO DISPONÍVEL DOS APOSENTADOS ATRAVÉS DO AUMENTO DA CARGA FISCAL : a diminuição da parcela da pensão anual

isenta de pagamento de IRS, entre 2005 e 2012, de 8 .283€ para 4.104€determinou um aumento do IRS pago pelos aposentados e reformados

ANO DEDUÇÃO ESPECIFICA NO RENDIMENTO ANUAL DE PENSÕES SUJEITO A IRS

2002 7.805,60 €

2003 7.961,71 €

2004 8.121,00 €

2005 8.283,00 €

2012/2013

Atualmente deduz -se apenas 4.104 euros, e às pensões anuais de valor anual superior 22 500 euros, por titular, têm uma dedução nos 4.104 euros, até à sua concorrência, de 20 % da parte

que excede aquele valor anual

A ALTERAÇÃO DAS TABELAS DE IRS EM 2013 ATINGIU DE UMA FORM A MUITO SIGNIFICATIVA OS APOSENTADOS – Aumento médio de 20% do IRS -

REDUZINDO AINDA MAIS O RENDIMENTO DISPONÍVEL

TABELA DE IRS EM VIGOR EM 2012 TABELA DE IRS EM VIGOR EM 2013

Escalões de rendimento

coletável - Em euros

Taxa Marginal

Taxa Médi

a

Escalões de rendimento

coletável - Em euros

Taxa Margi

nal

Taxa Média

Até 4898 11,5 11,5 Até 7000 14,5 14,5

Mais 4898-7410 14 12,348 Mais 7000-20000(Pensão média)

28,5 23,6

Mais 7410-18375(Pensão média)

24,5 19,599 Mais 20000-40000 37 30,3

Mais 18375-42259 35,5 28,586 Mais 40000-80000 45 37,65

Mais 42259-61244 38 31,504 Mais 80000 48

Mais 61244-66045 41,5 32,221

Mais 66045-153300 43,5 38,645

Mais 153300 46,5

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ALTERAÇÕES NO CÓDIGO DO IRS QUE QUE CAUSAM TAMBÉM A REDUÇÃO DO RENDIMENTO DOS APOSENTADOS A ADICIONAR AO AUMENTO DE 1,5% = >

2,5% NA CONTRIBUIÇÃO PARA ADSE ( corte nas pensões em 50milhões €/ano) E REDUÇÃO DAS DESPESAS COM SAÚDE DEDUZIDAS NO IRS

(corte nas pensões em 100 milhões €/ano)

DEDUÇÕES NO IRS 2012 2013 2013-2012

Dedução à colecta (no IRS) por sujeito passivo de IRS

261 € 214 € -48 €

Dedução à colecta (no IRS) por cada filho

190 € 214 € 24 €

Dedução na colecta (no IRS) de juros do credito à habita ção

591 € 296 € -295 €

Dedução na IRS de prestações pagas a cooperativas de habitação

591 € 296 € -295 €

A REDUÇÃO DAS DESPESAS COM SA ÚDE DE 30% PARA 10% QUE PODEM SER DEDUZIDAS NO IRS DETERMINOU UM AUMENTO DE IRS NO MONTANTE DE

400 MILHÕES EUROS /ANO

A C.E.S. SÓ INCIDE SOBRE OS PENSIONISTAS REDUZINDO MAIS O SEU RENDIMENTO DISPONÍVEL: Tratamento desigual

dos contribuintes com iguais rendimentos -viola art º 13º da Constituição

� 1- Contribuição Extraordinária de Solidariedade (C.E .S) é um verdadeiro imposto porque não tem como contrapartid a qualquer beneficio ou serviço

� 2- Aplica-se aos pensionistas (Segurança Social, da CGA e de fundos de pensões) com pensões iguais ou superiores a 1.35 0€;

� 3- Calcula-se da seguinte forma :� (a) Pensões entre 1350€ e 1800€ a CES o corte é de 3,5%; � (b) Para pensões de valor superior a 1800€ até 3.750€, o corte é 3,5% sobre

1800€, e de 16% para a parcela entre os 1800€ e os 3 .750 €; � (c) Para pensões de valor superior a 3750€, o cort na pensão é 10%.� (d) Em acumulação com cortes anteriores, se o valor mensal da pensão for

superior a 3.750 €, para a parcela que exceda 12 ve zes o IAS (5.030€) até18 IAS (7.546€) a pensão sofre outro corte de 15%, e o montante que ultrapassar os 18 IAS (7.546€) sofre um corte de 40% .

� Portanto este imposto incide sobre a pensão ilíquida portanto paga-se CES sobre o IRS pago

� REDUZ O RENDIMENTO DISPONIVEL DOS PENSIONISTAS EM 421 MILHÕES €

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MAIS ALTERAÇÕES DO ESTATUTO DA APOSENTAÇÃO (LEI 66-B/2012) – Entrou em vigor em Jan.2013 que agrava a situaçã o dos

futuros aposentados

� Artigo 81.º - Aposentação� 1-Sem prejuízo do regime estatutariamente previsto para os militares

da Guarda Nacional Republicana, para o pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública, para o pessoal da Polícia Judiciária, para o pessoal do corpo da guarda prisional e para os funcionários judiciais, a idade de aposentação e o tempo de serv iço estabelecidos no n.º 1 do artigo 37.º do Estatuto da Aposentação pa ssam a ser de 65 anos e de 15 anos, respetivamente.

� 2 — São revogadas todas as disposições legais que es tabeleçam regimes transitórios de passagem à aposentação, refo rma, reserva, pré-aposentação e disponibilidade a subscritores da CG A, I. P., que, em 31 de dezembro de 2005, ainda não reuniam condições para passar a essas situações designadamente o previsto nosDL 157/ 2005, 159/2005, 166/2005, 219/2005, 220/2005, 221/2005, 60/2005, 229/2005, e DL 235/2005

� RESUMINDO: ACABA COM TODOS OS REGIMES TRANSITÓRIOS DE CONVERGÊNCIA GRADUAL O QUE AUMENTA A IDADE DE APOSENTAÇÃO E DIMINUI O VALOR DA PENSÃO NA APOSENTA ÇÃO ANTECIPADA

MAIS ALTERAÇÕES DO ESTATUTO DA APOSENTAÇÃO QUE REDU Z A PENSÃO (Lei 66-B/2012 ) – Entrou em vigor Jan. 2013

� 1- Artigo 80.º da Lei 66-B/2012 (Lei OE-2013)

� a) Os valores das remunerações a considerar no cálculo da primeira parcela das pensões referidas no n.º 1 são atualizados por aplicação àquelas remunerações anuais de um coeficiente correspondente àpercentagem de atualização acumulada do índice 100 da escala salarial das carreiras de regime geral da função pública entre o ano a que respeitam as remunerações e o ano da aposentação (NOTA: SÓESTA ALTERAÇÃO REDUZIU O VALOR DA PENSÃO EM 5%)

� b) Para efeito do disposto nos números anteriores, considera -se como ano da aposentação aquele em que se verifique o facto ou ato determinante referido no artigo 43.º do Estatuto da Aposentação.»

� 2 — O disposto no número anterior aplica -se apenas aos pedidos de aposentação entrados após a data da entr ada em vigor da presente lei .

Page 11: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

O MASSACRE DOS PENSIONISTAS : Os rendimentos já confiscados

MEDIDAS DOS SUCESSIVOS GOVERNOS2011 2012 2013

Em milhões euros

Congelamento pensões 628 628 628

CES -Redução entre 3,5% e 10% pensões entre 1350€ e 3750€, e de 10% pensões acima de 3750€ 421

Confisco de 2 subsídios 1.260

Confisco de 90% de um subsidio (567M€)

CES2- 10% sobre o valor 5030€-7545€ e 40% sobre exceda 7545€ 16 16 16

Diminuição da dedução especifica de pensões de 6000€ para 4010€ 115 115

Redução de 30% para 10% das despesas de saúde no IRS (400M€) 100 100 100

Alteração da formula de cálculo da pensão da CGA 20

Fator de sustentabilidade 2 2,5 3

SOMA 744 2119 1300

AMEAÇAS FUTURAS : Cortes constantes da carta enviad a por Passos Coelho à “troika” em 3.5.2013 que o governo tenciona fazer com

consequências graves para os pensionistas

RÚBRICA DA DESPESA 2013 Milhões €

2014 Milhões €

2015 Milhões €

1.3- Cortes da ADSE, SAD, ADM (mais 1% de descontos nas remunera ções e pensões)

88 236 236

1.8- Corte benef ícios setor publico (transportes9 9 18 18

3.3 - SEGURANÇA SOCIAL E CGA

3.3.1- Presta ções (não inclui pensões) 221 299 299

3.3.2-CGA – Convergência (redu ção em 10% das pensões dos aposentados) 0 740 740

3.3.3- CGA- Aumento idade de aposenta ção 0 270 282

3.3.4- Contribui ção sustentabilidade pensões (Seguran ça Social e CGA) 0 436 436

SOMA 318 1.999 2.011

Page 12: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

AMEAÇAS FUTURAS AOS PENSIONISTAS: Cortes defendidos pelo FMI

AREA MEDIDAS

CORTE ANUAL Milhões euros

Mínimo M áximo

SEGURANÇA SOCIAL E CGA -Pensões

Redução geral do valor de todas as pensões entre 10% e 20% 2.250 4.500

SEG. SOCIAL E CGA -Pensões

Redução das pensões acima das m ínimas em 15% 1.500 1.500

SEG. SOCIAL E CGA –Fator sustentabil-idade retroativo

Aplica ção retroativa do fator de sustentabilidade com base no aumento

EV_65 anos entre 2000-2007 às pensões atuais600 800

SEGURANÇA SOCIAL E CGA -Pensões

Subsidio de f érias e subsidio de Natal s ó serem pagos aos pensionistas nos anos em que o

PIB nominal ultrapassar 3%1.000 1.000

SEGURANÇA SOCIAL E CGA -Pensões

Aumento da idade legal de reforma e de aposenta ção de 65 para 66 anos 400 600

SEGURANÇA SOCIAL E CGA -Pensões

Para igualizar as pensões dos aposentados às dos reformados da Seguran ça Social reduzir as

pensões dos aposentados em 20%600 600

SEGURANÇA SOCIAL E CGA -Pensões

Confisco permanente da parcela da pensão que ultrapassa 12 IAS (5.030 €) por mês 200 200

SOMA 6.550 9.200

AS AMEAÇAS CONTIDAS NO ACORDÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL AOS PENSIONISTAS QUE O GOVERNO PODER Á

APROVEITAR QUE É PRECISO CONHECER

� Segundo o Acórdão do Tribunal Constitucional (pág. 93) não existe uma relação sinalagmática entre o valor da c ontribuição e o valor da pensão mas apenas entre a contribuição e a pensão, o que possibilita ao governo reduzir o valor da pen são.

� Em relação à CES apesar de ser claro o tratamento de sigual dos contribuintes com o mesmo rendimento o Tribunal Con stitucional utilizou o argumento de que a medida era temporária e extraordinária numa situação de dificuldades do Estado

� Em relação ao imposto sobre o subsidio de desempreg o e sobre o subsidio de doença o TC votou contra apenas com o a rgumento de que não eram acautelados os trabalhadores com rendi mentos mínimos, o que permitiu ao governo incluir a mesma medida no OE retificativo apenas acrescentando que irão ser salva guardados os que auferem os valores mínimos

� É EVIDENTE QUE SÓ A OPOSIÇÃO ORGANIZADA E UNIDA DOS APOSENTADOS E REFORMADOS PODERÁ IMPEDIR MAIS CORTES

Page 13: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

APLICAAPLICA ÇÇÃO RETROATIVA DO FATOR DE SUSTENTABILIDADE ÃO RETROATIVA DO FATOR DE SUSTENTABILIDADE DEFENDIDA PELO FMI DETERMINARIA UMA REDUDEFENDIDA PELO FMI DETERMINARIA UMA REDU ÇÇÃO ANUAL NAS ÃO ANUAL NAS PENSÕES ENTRE de 10% PENSÕES ENTRE de 10% -- Menos 600Menos 600 --800 milhões 800 milhões €€ para os todos os para os todos os

atuaisatuais pensionistaspensionistas -- FatorFator sustentabilidade duplicaria duplicando a sustentabilidade duplicaria duplicando a reduredu çção da pensão ão da pensão

ANO EV-65FATOR SUSTENTABILIDADE (Redução da pensão)

Base: EV65_2006 Base: EV65_2000

2000 17,002001 17,10 -0,58%2002 17,20 -1,16%2003 17,50 -2,86%2004 17,60 -3,41%2005 17,90 -5,03%2006 17,94 -5,24%2007 18,14 -1,10% -6,28%2008 18,21 -1,48% -6,64%2009 18,28 -1,86% -7,00%2010 18,59 -3,50% -8,55%2011 18,75 -4,32% -9,33%2012 18,84 -4,78% -9,77%

AS DIFICULDADES FINANCEIRAS DA CGA FORAM E ESTÃO A SER CRIADAS PELO PRÓPRIO GOVERNO – Uma grande parte resu ltam de

medidas tomadas pelo governo

� O sucessivos governos têm agravado a situação finan ceira da CGA utilizando-a agora para justificar medidas contra aposentados� 1- Transferências insuficientes : Na fase de juventude do sistema

(poucos aposentados e muitos subscritores ativos) a s transferências do OE para a CGA foram reduzidas ao mínimo, sendo o val or não transferido aplicado em outras despesas do Estado

� 2- Ativos de fundos de pensão insuficientes : O governo acautelou os interesses do Estado pois transferiu pa ra CGA fundos de pensões (PT, ANA, BPN) cujo valor atual dos ativos é m uito inferior ao valor das pensões, criando um “buraco” financeiro o que obriga a transferências do OE.

� 3- Empurra para aposentação prematura dezenas de milha res de trabalhadores : Com as continuas alterações do Estatuto da Aposentação e com o clima de insegurança jurídica e psicológica criada pelos sucessivos governos empurraram prematuramente dezenas de milhares de trabalhadores para a aposentação anteci pada com consequências graves para os trabalhadores (pensões mais baixas), para os serviços (degradação) e para a CGA (aumento em flecha dos encargos )

� 4-Transformou a CGA num sistema fechado – depois de 2005, nenhum trabalhador se pode inscrever na CGA o que r eduz o volume de quotizações e contribuições agravando a situação fi nanceira

Page 14: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

O BURACO FINANCEIRO CRIADO NA CGA PELO GOVERNO: A trans ferência de fundos de pensões de empresas criou já, até 2011, um “buraco” financeiro na

CGA de 1324,5 milhões € agravando a situação desta e do OE. Em 2011 os ativostransferidos já valiam menos 1.324,5 milhões €

Entidades cujos Fundos de Pensões foram

transferidos para a CGA

Valor nominal dos ativosna data de

transferência para a CGA -

Milhões €

Valor Balanço desses

ativos em 2011

Milhões €

Perdas acumuladas em

2011 Milhões €

ANA 135,1 85,4 -49,6

CGD 2.123,7 1.351,2 -772,5

PT 1.939,5 1.637,1 -302,4

MARCONI 369,9 312,6 -57,3

SOMA 4.568,2 3.386,4 -1.181,8

TOTAL DOS ATIVOS transferidos para a CGA

4.965,9 3.641,4 -1.324,5

FONTE : Conta da CGA - 2011

AS 3 FASES DA CGA : (1) Juventude; (2) Fase adulta; (3) Fase de grand e maturidade (a atual) – Na fase de juventude e adulta da CGA os suc essivos governos desviaram as

contribuições que deviam pagar à CGA para outras des pesas descapitalizando-a

FASES ANOSAposen-

tados

Pensionistas

(sobrevivência

e sangue)

SOMASubscrito-

res

Subscrito-

res/

Pensio

nistas

JUVENTU-DE

1988 148.704 90.182 238.886 615.515 2,6

1990 158.731 94.831 253.562 653.842 2,6

ADUL-TA

1995 258.053 105.761 363.814 637.749 1,82000 309.077 117.333 426.410 747.449 1,82005 378.279 127.033 505.312 739.664 1,5

Grande maturidade

2011 453.129 138.649 591.778 559.164 0,9

88-11 204,7% 53,7% 147,7% -9,2%

FONTE: Relatórios e Contas da CGA - 1997/2011

Page 15: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

A DESCAPITALIZAÇÃO DA CGA PELO SUCESSIVOS GOVERNOS : Só no período 1993-2003 se o Estado tivesse pago à CGA 23, 75% das remunerações, a CGA com

o excedente obtido, rentabilizado a 4%, teria ag ora uma reserva de 12.623 milhões €

ANOS

Quotiza-çõesdos

trabalha-

dores

Contribui-çõesdas

entidades em-prega-doras

“Subsidio”do

Estado

Pago à CGA pelas

entidades empregad

oras (OE+contribuições)

O que as entida-

desempregadoras deviam pagar

(23,75)

Diferença entre o

que contribuiriram e o

que deviam

contribuir

Diferenças atualizadas a 2012 com uma taxa de renta-

bilidadede 4%

Milhões€

Milhões de contos até 2001 (inclusivé) e Milhões de euros a partir de 2002

1993 119 18 136 155 283 128 +1.294

1994 158 23 157 180 374 194 +1.886

1995 169 26 233 259 401 143 +1.334

1996 180 28 274 302 427 125 +1.119

1997 186 28 313 341 442 101 +874

1998 203 32 346 378 482 104 +865

1999 223 37 362 399 530 131 +1.043

2000 244 39 405 444 580 136 +1.040

2001 270 44 402 446 641 195 +1.442

2002 1.415 256 2.355 2.611 3.361 750 +1067

2003 1.446 410 2.543 2.953 3.434 481 +659

A Transformação da CGA em sistema fechado e “empurr ar” os trabalhadores para a aposentação prematura agravou a situação da CGA. Durante muitos anos

as contribuições dos trabalhadores foram superiores às dos empregadores

ANOSQuotas

Trabalhadores Milhões €

Contribui ções Empregadores

Milhões €

"Subsidio " do Estado

Milhões €

SOMA Milhões

2002 1.415,3 255,8 2.355,3 4.026,5

2003 1.445,6 410,1 2.542,6 4.398,3

2004 1.462,1 456,2 3.106,6 5.024,8

2005 1.531,1 494,3 3.218,8 5.244,1

2006 1.483,6 607,0 3.040,4 5.131,0

2007 1.476,7 813,8 3.291,4 5.581,9

2008 1.433,2 865,1 3.396,1 5.694,4

2009 1.429,2 1.424,7 3.473,9 6.327,8

2010 1.404,2 2.049,6 3.749,9 7.203,7

2011 1.427,9 1.932,5 4.202,2 7.562,6

2012 1.204,7 1.621,8 4.468,6 7.295,1FONTE: Relat ório e Contas CGA 2002/2012 - CGA

Page 16: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

SEM CRESCIMENTO ECONÓMICO ESTARÁ EM PERIGO NÃO SÓ A SUSTENTABILIDADE DAS FUNÇÕES SOCIAIS DO ESTADO MAS A DO PROPRIO

ESTADO: Entre 2011 e m 2012, as receitas do Estado e da Segura nça Social diminuíram em 3.006 milhões €. E em 2013 o OER reduz em 2.000 milhões €

RÚBRICAS 2011 2012 2011-12

ESTADO Milhões euros

RECEITAS FISCAIS 34.359 32.025 -2.334

Impostos diretos 15.047 13.625 -1.422

Impostos indiretos 19.312 18.401 -912

Despesas com pessoal 10.294 8.432 -1.862

Juros e outros encargos 6.039 6.874 +835

SEGURANÇA SOCIAL

CONTRIBUIÇÕES E QUOTIZAÇÕES 13.746 13.074 -672

Pensões 14.448 14.428 -20

Subs ídio desemprego e apoio 2.104 2.593 +489

PARTICIPANTES NO ENCONTRO DOS APOSENTADOS

Page 17: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

EUGENIO ROSA INTERVINDO NO ENCONTRO DOS APOSENTADOS

ALGUNS DADOS PARA REFLEXÃO

SOBRE O SISTEMA DA SEGURANÇA SOCIAL

Page 18: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

MESMO COM CRESCIMENTO ECONÓMICO REDUZIDO A SEGURANÇA SOCIAL EM PORTUGAL APRESENTOU SEMPRE SALDOS POSITIV OS

ELEVADOS. SÓ COM A POLITICA DE AUSTERIDADE RECESSIV A É QUE

A SITUAÇÃO SE ALTEROU – O QUE SE VERIFICOU: Quebra nas contribuições e aumento das despesas (ex.: com o de semprego)

PERÍODOContribui-

çõesMilhões €

LBSS Transferências do

OE Milhões €

Subsidio de desemprego

Milhões €

SALDO Milhões

2006 11.608 5.549 1.228 +7872007 12.370 6.016 1.685 +1.1722008 13.128 6.295 1.523 +1.4592009 13.866 6.807 1.576 +1.5552010 13.483 7.499 2.221 +689

VALORES ACUMULADAS PELA SEGURANÇA SOCIAL

O regime geral da Segurança Social tem tido elevados excedentes que foram utilizados pelos sucessivos governos para pagar despesas que deviam ter sido suportadas pelo O.E. DIVIDA QUE NUNCA FOI SALDADA: 11.721,5 Milhões €

� Por outro lado, a Segurança Social acumulou no Fund o de Estabilidade Financeira da Segurança Social (FEFSS) , atéOutubro de 2012, 10.676 milhões € segundo o Ministér io da Solidariedade e da Segurança Social, que estão a se r utilizados pelo governo para comprar divida pública reduzindo assim, com base nos critérios da União Europeia, a divida do Estado (uma espécie de mais u ma

engenharia financeira) .

Page 19: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

UMA POLITICA DE CRIAUMA POLITICA DE CRIA ÇÇÃO DE EMPREGO RESULTANTE DE UMA POLITICA DE ÃO DE EMPREGO RESULTANTE DE UMA POLITICA DE CRESCIMENTO ECONCRESCIMENTO ECONÓÓMICO MELHORARIA A SITUAMICO MELHORARIA A SITUA ÇÇÃO FINANCEIRA DO ÃO FINANCEIRA DO

ESTADOESTADO --Receita perdida devido ao desemprego Receita perdida devido ao desemprego –– INE e Boletim MSSSINE e Boletim MSSS

ANO Desemprego oficial Mil

RECEITA PERDIDA DEVIDO AO DESEMPREGO (Calculo com base na remunera ção média) -

Milhões euros

RECEITA PERDIDA DEVIDO DESEMPRE-

GO (Cálculo com base no ganho m édio) Milhões €

2000 205,6 614 731

2001 215,6 682 813

2002 272,3 910 1.086

2003 342,3 1.187 1.414

2004 365 1.312 1.559

2005 422,3 1.571 1.864

2006 427,8 1.637 1.944

2007 448,6 1.759 2.102

2008 427,1 1.752 2.094

2009 528,6 2.237 2.664

2010 602,6 2.638 3.154

2011 706,1 3.308 3.897

2012 923,2 3.952 5.165

SOMA 23.561 28.489

Combate eficaz Combate eficaz àà evasão e fraude contributivaevasão e fraude contributivaA evasão e fraude contributiva e as isenA evasão e fraude contributiva e as isen çções determinam que a ões determinam que a

SeguranSeguran çça Social perca um receita entre 3.000 e 6.000 milhõ es e/anoa Social perca um receita entre 3.000 e 6.000 milhõ es e/ano

ANOS

CONTRIBUIÇÕES POTENCIAIS

Calculo com base nas remunera-

ções base Milhões €

CONTRIBUIÇÕES POTENCIAISCalculo com

base nos ganhos Milhões €

CONTRIBUIÇOESCOBRADAS

pela Seg. SocialMilhões €

PERDA DE RECEITA

Estimativa da fraude e evasão

base remuneração Milhões €

PERDA DE RECEITA

Estimativa da fraude e evasão

base ganho Milhões €

2000 9.982 11.884 8.769 1.213 3.1152001 10.685 12.748 9.570 1.115 3.1782002 11.451 13.667 10.168 1.283 3.4992003 11.764 14.007 10.469 1.295 3.5392004 12.455 14.798 10.438 2.017 4.3602005 12.931 15.340 10.887 2.044 4.4532006 13.601 16.150 11.608 1.993 4.5422007 14.140 16.898 12.369 1.771 4.5292008 15.023 17.959 13.082 1.941 4.8772009 15.173 18.068 13.128 2.045 4.9402010 15.705 18.776 13.483 2.222 5.2932011 16.856 19.858 13.854 3.002 6.004

SOMA 159.765 190.154 137.620 21.940 52.329FONTE: Contas Nacionais - INE; Mapas do Pessoal : MTSS; Relatórios Orçamentos do Estado

Page 20: ESCLARECIMENTO INICIAL€¦ · calculada com base em 89% da remuneração, oq eu não acontece na Segurança Social em que utiliza para calcular a pensão a totalidade dos salários

Aumento de meios e da eficAumento de meios e da efic áácia para cobrar as dividas cia para cobrar as dividas àà SeguranSeguran çça Social que no a Social que no fim de 2011 atingiam 7.142 milhões fim de 2011 atingiam 7.142 milhões €€ (tenha(tenha --se presente que são dividas declaradas se presente que são dividas declaradas àà

SeguranSeguran çça Social e que parte delas resultam de descontos fe itos nos sala Social e que parte delas resultam de descontos fe itos nos sal áários dos rios dos trabalhadores e não entregues pelos patrões)trabalhadores e não entregues pelos patrões)

ANOS

DIVIDAS ACUMULADAS ÀSEGURANÇA SOCIAL Milhões € AUMENTO

ANUAL DA DIVIDA Milhões €

Provisões acumuladas criadas

para anular Milhões €

Médio e Longo Prazo

Curto Prazo

TOTAL

2005 0,1 2.150,0 2.150,1 233,7

2006 0,1 3.174,2 3.174,3 1.024,1 310,2

2007 2.744,6 1.475,4 4.220,0 1.045,8 2.447,7

2008 3.895,3 1.354,0 5.249,3 1.029,2 3.592,7

2009 4.849,6 1.776,9 6.626,5 1.377,2 4.560,0

2010 5.739,9 1.530,6 7.270,5 644,0 5.437,7

2011 3.407,0 3.735,0 7.142,0 -128,5 3.402,3

FONTE: Balan ços da Seguran ça Social constantes Relat órios OE 2006-2013 - Minist ério Finan ças

COMO DIVERSIFICAR AS FONTES DE FINANCIAMENTOCOMO DIVERSIFICAR AS FONTES DE FINANCIAMENTO : A elimina: A elimina çção de ão de uma suma s éérie de isenrie de isen çções que gozam ões que gozam atualmenteatualmente os lucros e rendimento de os lucros e rendimento de

capital aumentaria a receita do Estado contribuind o para a sua capital aumentaria a receita do Estado contribuind o para a sua sustentabilidade e para a das funsustentabilidade e para a das fun çções sociais do Estado, incluindo a ões sociais do Estado, incluindo a

SeguranSeguran çça Social a Social –– Receita prevista: 1.178 milhões Receita prevista: 1.178 milhões €€..

�� ISENISENÇÇÕES DE MAIS VALIAS QUE PROMOVEM A ESPECULAÕES DE MAIS VALIAS QUE PROMOVEM A ESPECULA ÇÇÃO:ÃO:�� 11-- São isentos de IRC os rendimentos dos fundos de pensõ es (São isentos de IRC os rendimentos dos fundos de pensõ es (artart ºº 26, 26,

Estatuto de BenefEstatuto de Benef íícios Fiscais);cios Fiscais);�� 22-- MaisMais --valias obtidas por pessoas singulares ou valias obtidas por pessoas singulares ou coletivascoletivas não não

residentes (residentes ( artart ºº 2727ºº do Estatuto de Benefdo Estatuto de Benef íícios Fiscais);cios Fiscais);�� 33-- MaisMais --valias obtidas por SGPS (valias obtidas por SGPS ( artart ºº 32 do EBF);32 do EBF);�� 44-- MaisMais --valias obtidas por sociedades de capital de risco e valias obtidas por sociedades de capital de risco e

investidores de capital de risco (investidores de capital de risco ( artart ºº 3232ºº--A do EBF);A do EBF);

�� ACTUALMENTE MAIS DE 70% DAS MAIS VALIAS OBTIDAS NA BOLSA ACTUALMENTE MAIS DE 70% DAS MAIS VALIAS OBTIDAS NA BOLSA ATRAVATRAV ÉÉS DE OPERAS DE OPERAÇÇÕES MUITAS DELAS ESPECULATIVAS ESTÃO ÕES MUITAS DELAS ESPECULATIVAS ESTÃO ISENTAS DO PAGAMENTO DE IMPOSTOSISENTAS DO PAGAMENTO DE IMPOSTOS ..

�� Em 2011, os rendimentos transferidos para o exterio r de aplicaEm 2011, os rendimentos transferidos para o exterio r de aplica çções ões financeiras em Portugal feitas por entidades estran geiras atingifinanceiras em Portugal feitas por entidades estran geiras atingi u 11.788 u 11.788 milhões milhões €€ segundo o Banco de Portugal. Uma taxa de 10% daria um a segundo o Banco de Portugal. Uma taxa de 10% daria um a receita de 1.178 milhões receita de 1.178 milhões €€.. A taxa A taxa atualatual sobre as não isentas sobre as não isentas éé 21,5%.21,5%.