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Esclarecimento nº 06 Pregão Presencial nº 15/03204 Objeto: CELESC DISTRIBUIÇÃO S/A - Contratação de empresa para a prestação de serviços de consultoria especializada em projetos SAP para planejamento e execução da atualização do ambiente SAP, conforme descrito no Anexo I. Data: 30/09/2015 De acordo com a manifestação da área requisitante, esclarecemos o que segue: Pergunta:

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Esclarecimento nº 06 Pregão Presencial nº 15/03204 Objeto: CELESC DISTRIBUIÇÃO S/A - Contratação de empresa para a prestação de

serviços de consultoria especializada em projetos SAP para planejamento e execução da atualização do ambiente SAP, conforme descrito no Anexo I.

Data: 30/09/2015 De acordo com a manifestação da área requisitante, esclarecemos o que segue: Pergunta:

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DA CELESC DISTRIBUIÇÃO

Pregão Presencial nº 15/03204

Vem à presença de Vossa Senhoria, com o devido acatamento, apresentar

PEDIDO DE ESCLARECIMENTO, com fulcro no item 4.1. do instrumento

convocatório, acerca dos seguintes pontos:

I. EXIGÊNCIAS DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DE NATUREZA POSSIVELMENTE RESTRITIVA

1. O presente edital envolve a atualização da plataforma SAP utilizada pela

CELESC. Para tanto, define como objeto principal que a atualização das ferramentas SAP

propriamente ditas, ocorre que o item 12.2.4 do edital em análise especifica os quesitos de

qualificação técnica exigidos dos licitantes para habilitação. As alíneas “A” até “E” do

sobredito item exigem a apresentação de atestados técnicos relativos às parcelas,

supostamente, de maior relevância. A alínea “J”, por sua vez, exige a apresentação de pelo

menos dois certificados de capacitação profissional. Em relação a estas exigências,

entretanto, parece haver duas circunstâncias restritivas, conforme especificadas abaixo.

A) Exigência de qualificação técnica vinculada ao número de usuários no sistema SAP

2. O primeiro aspecto diz respeito à impertinência do critério de quantidade

das exigências de qualificação técnica em relação ao objeto do edital. Veja que o item 12.2.4

do instrumento convocatório exige, para cada atividade das alíneas “A” até “E”, a

apresentação de atestado que comprove experiência anteriorcom número igual ou maior a

1.500 (um mil e quinhentos) usuários no ambiente SAP. O critério de quantidade eleito pelo

edital é o de número de usuários do sistema.

3. Ocorre que o objeto da licitação envolve a atualização da plataforma SAP

junto aos ambientes do servidor da CELESC, independentemente de qualquer configuração

nos computadores clientes. Os trabalhos de atualização não envolverão qualquer incursão

ou atividade diretamente vinculada aos usuários do sistema. Significa que o número de

usuários da plataforma em nada influência na escala ou dimensionamento dos trabalhos. O

número de usuários na plataforma SAPnão é relevante para a realização do objeto licitado e,

portanto, não é pertinente para aferição da capacidade produtiva das empresas licitantes.

4. Abram-se parênteses para esclarecer que uma situação diferente seria a

implantação do sistema, que demandasse a configuração dos computadores clientes para

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acesso à plataforma implantada. Este objeto envolveria um trabalho que poderia ter sua

escala variada em razão do número de usuários, portanto, poderia condicionar a capacidade

produtiva da empresa em razão deste volume de pessoas. Porém, insista-se: este não é o

caso da presente contratação.

5. Nesse ponto, o edital contempla exigência a princípio vedada pela

Instrução Normativa nº 09/2008 da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação

(SLTI), conforme:

Art. 19. ... § 2º Na definição dos requisitos de habilitação técnica dos

licitantes, conforme determina o artigo 30 da Lei no 8.666, de 1993,

ou na definição dos critérios de julgamento da proposta técnica, no

caso de licitações tipo técnica e preço, e vedado:

...

III - exigir ou atribuir pontuação para qualificação que seja

incompatível ou impertinente com a natureza ou a complexidade

do serviço ou da atividade a ser executada;

6. O ponto é que o referencial adota pelo edital não se mostracompatível

com a natureza dos serviços contratados, desenhando condição de restrição injustificada no

certame.

7. Nesse contexto, solicitamos a possibilidade de alteração onde sejam

criados outros critérios de qualificação técnica não vinculados ao número de usuários no

ambiente SAP.

B) Exigência de volumes excessivos para fins de qualificação técnica

8. Em continuidade, acaso se considerasse a possibilidade de exigir

atestados baseados na quantidade de usuários, parece necessário observar que as

quantidades exigidas nas alíneas “A” até “E” do item 12.2.4 do edital são excessivas. Isto

porque o edital exige indistintamente prova em relação a 1.500 usurários, sem atentar para

as variações de quantidades reais de usuários em relação a cada módulo específico.

9. Veja que o sistema SAP utilizado pela CELESC opera com nove módulos

distintos, cada qual destinado a uma operação específica, a saber: FI – Financial Accounting;

MM – Material management;PM –Plantmaintenance;PS – Project systems;QM –Quality

management;HCM-PY: Human Capital Management Payroll;HCM-PT: Human Capital

Management Personnel Time Management;HCM-PA: Human Capital Management

PersonnelAdministration; e, HCM-PD: Human Capital Management PersonnelDevelopment.

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10. Ocorre, que nem todos os colaboradores da CELESCacessam nem operam

os nove módulos que compõem o sistema. Ao contrário, a maioria dos módulos são restritos

a números inferiores de colaboradores. O acesso aos módulos é restrito apenas àqueles

colaboradores que exerçam atividade pertinente. Na prática, os números reais de usuários

em cada módulo do sistema são os seguintes:

Módulo Número de Usuários

FI 131

PM 636

MM 664

PS 301

QM 105

HCM-PY 545

HCM-PT 3.346

HCM-PA 3.366

HCM-PD 3.366

11. Logo, considerado os números reais de usuários, os volumes exigidos pela

alíneas “A” até “E” do item 12.2.4 do edital mostram-se excessivos, porque muito superiores

à parcela de 50% das quantidades que serão contratadas. O excesso em relação à metade do

volume real do contrato confronta a orientação do Tribunal de Contas da União sobre o

assunto, conforme:

“[...] a jurisprudência deste Tribunal é no sentido de que não devem

ser estabelecidos percentuais mínimos acima de 50% dos

quantitativos dos itens de maior relevância da obra ou serviço,

salvo em casos excepcionais, cujas justificativas devem estar

devidamente explicitadas no respectivo procedimento administrativo

da licitação”1.

12. Tomada essa premissa, parece que a exigência indiscriminada de 1.500

usuários para serviços que envolvem o acesso de apenas algumas centenas de usuários

entremostra-se desproporcional.

13. Nesse contexto, caso não seja possível aalteração onde sejam criados

outros critérios de qualificação técnica não vinculados ao número de usuários, solicitamosa

1 TCU, Acórdão nº 2898/2012, Plenário. Relator: Ministro José Jorge. Data: 24/10/2012.

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possibilidade então de alteração dos quantitativos observando os percentuais mínimos de

50%.

II. DETALHAMENTO EXCESSIVO DAS EQUIPES DE TRABALHO

14. Para além das irregularidades já mencionadas, o item 36 do termo de

referência elenca os requisitos necessários do gerente de projetos que será alocado durante

a execução dos trabalhos, estabelecendo que:

36.2. O gerente de projetos deve ter dedicação exclusiva e trabalhar

nas dependências da CELESC, apresentar comprovação de pelo

menos 2 (dois) projetos de implantação ou atualização de versão SAP

por ele gerenciado, em empresas com o faturamento superior a R$ 4

bilhões de reais ou com número de empregados igual ou maior a

3.000 (três mil) ou com número de usuários no SAP igual ou maior

3.000 (três mil).

15. Exige-se, portanto, que o gerente de projetos tenha experiência anterior

com (i) pelo menos dois projetos anteriores; (ii) em empresa com o faturamento superior a

R$ 4 bilhões de reais; ou (iii) com número de empregados/usuários do sistema SAP igual ou

maior a 3.000 (três mil). Em outras palavras, o edital prescreve que as licitantes demonstrem

ter experiência com dois projetos anteriores em empresas do mesmo porte da CELESC.

16. Como cediço, a Lei Federal nº 8.666/93 não autoriza à Administração

pública a exigir das licitantes que demonstrem experiência passada com objeto idêntico ao

licitado. A regra, portanto, consiste na comprovação quanto ao exercício de atividades

semelhantes ao objeto licitado, capazes de atestar a capacidade do licitante para bem

executar os serviços contratados. O entendimento encontra par, novamente, na lição de

Marçal Justen Filho:

Vale insistir acerca da inconstitucionalidade de exigências excessivas,

no tocante à qualificação técnica. [...] Essa competência discricionária

não pode ser utilizada para frustrar a vontade constitucional de

garantir o mais amplo acesso de licitantes, tal como já exposto acima.

A Administração apenas está autorizada a estabelecer exigências

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aptas a evidenciar a execução anterior de objeto similar. Vale dizer,

sequer se autoriza a exigência de objeto idêntico2.

17. Ao fim e ao cabo, no contexto do edital, permite-se apenas a participação

de empresa que tenha executado atividades idênticas àquelas atualmente contratadas pela

CELESC. Identidade que se evidencia pelas características conjuntas das exigências

formuladas, notadamente pelo número de usuários/funcionários e pela volume de

faturamento anual. O ponto central, portanto, é que as exigências contidas no subitem 36.2

do termo de referência restringem, de forma injustificada, o universo de possíveis

competidores.

18. Cabe lembrar que, por força do regime jurídico aplicável, as exigências de

qualificação técnica dos licitantes somente poderão ser aquelas mínimas a demonstrar que o

licitante detém a habilidade necessária para executar o objeto licitado. A preocupação da

Administração Pública deve ser que o licitante demonstre deter o know-how suficiente e

estrutura para atender o volume da contratação, já que a qualificação técnica consiste no

domínio de conhecimentos e habilidades teóricas e práticas para execução do objeto a ser

contratado.

19. E esse know-how pode ter sido adquirido em atividades que dependam

dos mesmos conhecimentos teóricos e práticos; ou seja, em atividades semelhantes. O

regramento visa garantir o interesse maior nas licitações, a saber: a mais abrangente

participação possível.

20. Não bastasse, a alínea “a” do subitem 46.1. do termo de referência, exige

a comprovação de que a equipe técnica destinada ao gerenciamento de projetos conte com:

a) Profissionais qualificados, com certificação SAP e experiência

comprovada de pelo menos 3 (três) anos em projetos similares de

implantação e atualização de versão do SAP ou 5 (cinco) anos de

experiência comprovada em projetos similares de implantação e

atualização de versão do SAP;

21. Já de antemão, destaca-se que, para além das controvérsias que

envolvem as sobreditas exigências de qualificação-técnica e que serão discutidas adiante, a

estipulação de que a equipe técnica possua experiência em projetos similares de 3 ou 5 anos

2 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 16ª edição. São Paulo:

Revista dos Tribunais, 2014. p. 597.

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demonstra-se completamente desarrazoada diante do prazo previsto para a execução do

contrato que, repita-se, é de apenas 09 meses. O Tribunal de Contas da União possui

entendimento que cai como uma luva à hipótese em apreço:

[...] acolho a proposta da unidade técnica de se determinar que

altere o referido dispositivo editalício, de modo a excluir as

exigências relativas ao número de anos de experiência de

profissionais que comporão a equipe responsável pelos serviços3.

22. A exigência de tão elevado grau de especialização da equipe técnica e do

profissional responsável pelo gerenciamento de projetos ofende ao princípio da

proporcionalidade, extrapolando o âmbito da discricionariedade administrativa e incorrendo

no risco de desenhar arbitrariedade por parte do órgão licitante. Como já afirmado pelo

Tribunal de Contas da União: “não se sustenta aqui a irregularidade de se reclamar

especialização dos interessados, mas tão-somente que tais demandas devam ser razoáveis,

necessárias e sopesadas com outros quesitos de conteúdo prático, ensejando assim, a

participação de um maior número de licitantes”4. Transcreve-se, por oportuno, outro excerto

do mesmíssimo julgado:

12. Impende frisar que a verificação de qualificação técnica não

ofende o princípio da isonomia. Tanto é que o próprio art. 37, inciso

XXI, da CF, que estabelece a obrigatoriedade ao Poder Público de

licitar quando contrata, autoriza o estabelecimento de requisitos de

qualificação técnica e econômica, desde que indispensáveis à

garantia do cumprimento das obrigações. No entanto, o ato

convocatório há que estabelecer as regras para a seleção da proposta

mais vantajosa para administração, sem impor cláusulas

desnecessárias ou inadequadas que restrinjam o caráter competitivo

do certame.

13. Por outras palavras, pode-se afirmar que fixar requisitos

excessivos ou desarrazoados iria de encontro à própria sistemática

constitucional acerca da universalidade de participação em

licitações, porquanto a Constituição Federal determinou apenas a

admissibilidade de exigências mínimas possíveis. Dessarte, se a

Administração, em seu poder discricionário, tiver avaliado

indevidamente a qualificação técnica dos interessados em

3 TCU, Acórdão nº 727/2012, Plenário. Relator: Ministro José Múcio Monteiro. Data: 28/03/2012.

4 TCU, Acórdão nº 877/2006, Plenário. Relator: Ministro Marcos Bemquerer Costa. Data: 07/06/2006.

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contratar, reputando como indispensável um quesito tecnicamente

prescindível, seu ato não pode prosperar, sob pena de ofender a

Carta Maior e a Lei de Licitações e Contratos.

23. Não se pode perder de vista, ainda nesse sentido, que a própria Lei

Federal nº 8.666/93 veda a exigência de quantitativo mínimo para fins de comprovação da

capacidade técnico-profissional, que não se confunde com a capacidade técnico-

operacional5. A teor do inciso I do § 1º do artigo 30:

I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de

possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da

proposta, profissional de nível superior ou outro devidamente

reconhecido pela entidade competente, detentor de atestado de

responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de

características semelhantes, limitadas estas exclusivamente às

parcelas de maior relevância e valor significativo do objeto da

licitação, vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos

máximos;

24. Nesse sentido, aliás, o Tribunal de Contas da União já “se manifestou

inúmeras vezes contra a exigência de quantitativos mínimos de serviços para a comprovação

da capacidade técnico-profissional, ante a expressa vedação contida no art. 30, § 1º da Lei

8.666/1993. Citem-se, nesse sentido, os acórdãos 727/2008; 608/2008 2.882/2008;

2.656/2007, todos do Plenário”6. A propósito, mencionam-se, ainda, as seguintes

determinações:

9.3.1. suprimir, nos itens 9.1.2.1 e 9.1.2.2 do Anexo I - Termo de

Referência, as exigências de quantidades mínimas, referentes à

capacidade técnico-profissional, dada sua vedação disposta no art.

30, § 1º, inciso I, da Lei nº 8.666/19937;

9.3.7. abstenha-se de efetuar exigência de quantitativos mínimos de

serviços nos atestados técnico-profissionais, para fins de qualificação

5 A diferença é esclarecida pelos comentários de Marçal Justen Filho: “Em síntese, a qualificação técnica

operacional é um requisito referente à empresa que pretende executar a obra ou serviço licitados. Já a qualificação técnica profissional é requisito referente às pessoas físicas que prestam serviços à empresa licitante (ou contratada pela Administração Pública)”. JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 16ª edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. p. 586. 6 TCU, Acórdão nº 276/2011, Plenário. Relator: Ministro Ubiratan Aguiar. Data: 09/02/2011.

7 TCU, Acórdão nº 2081/2007, Plenário. Relator: Ministro Valmir Campello. Data: 03/10/2007.

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técnico-profissional, ante a expressa vedação do art. 30, §1º, inciso I,

da Lei 8.666/938;

25. Não é outro o entendimento de Marçal Justen Filho, para quem “não

seriam admissíveis exigências de quantitativos mínimos, prazos máximos e similares a

propósito de capacitação técnico-profissional”9.

26. Nesse contexto, solicitamos a revisão dos requisitos necessários do

gerente de projetos que será alocado durante a execução dos trabalhos

27. Por cautela, sugerimos a republicação do edital

8 TCU, Acórdão 608/2008, Plenário. Relator: Ministro Benjamin Zymler. Data: 09/04/2008.

9 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 16ª edição. São Paulo:

Revista dos Tribunais, 2014. P. 602.

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Resposta: Com relação ao item “A e B”, “Exigência de qualificação técnica vinculada ao

número de usuários no sistema SAP” e “Exigência de volumes excessivos para fins de

qualificação técnica”, esclarecemos que o número de usuário está relacionado ao número total

de usuário do ERP SAP e não à algum módulo específico. Este critério visa dimensionar o

tamanho dos sistemas definidos nos atestados de capacidade técnica. E, o número de usuários

atende a jurisprudência do TCU que determina um percentual máximo de 50% dos

quantitativos do edital, onde a Celesc mantém um ERP com 3366 usuários e solicitou um

atestado com 44% deste total. Com relação ao item 36.2 do Anexo I, este foi alterado de

acordo com o Aditamento 04.

No que tange a qualificação da equipe técnica, é prática comum de processos licitatório a

exigência de experiência dos profissionais que irão participar do projeto. Visando um alto grau

de participação, a Celesc definiu ainda uma flexibilidade conforme descrito no item 46.1 letra

“a”.

Com relação aos prazos da fase 1 a Celesc fica impedida de prorrogar os prazos por conta da

entrega da Declaração do Imposto sobra a Renda Retido na Fonte (DIRF), conforme IN RFB nº

1503, artigo 9º, “A Dirf 2015, relativa ao ano-calendário de 2014, deverá ser apresentada até

às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos),

horário de Brasília, de 27 de fevereiro de 2015.”.Realizando o mesmo critério para o próximo

ano, a Celesc necessita de um período mínimo de 1 mês para validação das informações.

Sendo assim, o prazo da fase 1 continua em 31 de janeiro de 2016.