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Desenvolvimento alternativo e alternativas ao desenvolvimento O caso Kil Ki di Nos Ten Balur - Guiné-Bissau Seminário no Mestrado em Direito à Alimentação e Desenvolvimento Rural Escola Superior Agrária de Coimbra 11 de Fevereiro de 2012 Miguel Filipe Silva

Escola agrária de coimbra mdadr 11022012

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Desenvolvimento alternativo e

alternativas ao desenvolvimento

O caso Kil Ki di Nos Ten Balur - Guiné-Bissau

Seminário no Mestrado em Direito à Alimentação e Desenvolvimento Rural

Escola Superior Agrária de Coimbra

11 de Fevereiro de 2012

Miguel Filipe Silva

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Os loucos anos do Desenvolvimento1945/2000

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1945 a 1960

• Modelo proposto é o Plano Marshall

O Desenvolvimento da Europa é o modelo:

Industrialização

“Transferência” de Tecnologia

Empréstimos para investimento

Problemas?

• Aparecem as ONG

• Quando a sua actuação deixa a Europa e se concentra na África em descolonização.

• Não concorda com o Modelo Marshall – por isso não governamentais.

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Década de 1960

• Modelo: Crescimento é desenvolvimento

Países em vias de desenvolvimento

Apenas precisam de financiamento para adquirem Vantagem Comparativa

Ajuda alimentar de emergência

Índia – Indústria Pesada (trabalho injusto? )

Ásia – Produção de Bens de Consumo (Trabalho Injusto?)

África – Exportação de matérias-primas (Novidade?)

Subordinação do social e político ao económico? Fascismo Económico?

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Década de 1970

• Modelo Crítico

A teoria do crescimento estava a cavar o fosso das desigualdades.

Porquê?

O conceito de cooperação ganha forma assim como o de Desenvolvimento Sustentável

Complementaridade ao crescimento – Educação, Saúde

América Latina nasce CEPAL (Comissão Económica dos Países América Latina)

Economia do Sul dependente da do Norte (Financiamento, Tecnologia, Balança comercial) – Dívida

As elites do Sul são “predadoras” – importa bens de luxo financiados pela “ajuda”

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• Década de 1970

Crise do Petróleo – a OPEP

Aumento das regras proteccionistas

Ajuda dos países da OPEP – Taxas de juro baixas e reestruturação da dívida

Excedente de Petro Dólares

Nixon – Aumento da Taxa de Juro/Fim do Padrão Ouro

Fim dos gloriosos 30 – Bretton Woods/Kynes/Estado Social

Crise da dívida

Consenso de Washington - Milton Friedman – Escola de Chicago

Neo-Conservadorismo

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Décadas de 1980 e 1990

• Modelo: Ajustamento Estrutural

Os anos Reagan e Thatcher

Condicionamento económico

Países Pobres só têm acesso a financiamentos se cumprirem metas orçamentais:

FMI e Banco Mundial – Lógica da Eficiência

Desemprego - Pobreza

Crise América do Sul e na Ásia

Liberalização comercial e financeira – De que lado se aboliram as barreiras?

Em 90 ao condicionamento económico junta-se o condicionamento político

a obrigação da Democracia Representativa

Catástrofes e guerras “matam” o sonho de uma cooperação mais positiva com a queda do muro de Berlim

O medo da imigração canaliza ajuda para PECO e NEI

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FMI -medidas standard para todos os países em crise ou em desenvolvimento

- decide de Washington as políticas macroeconómicas que os governos dos países pobres

têm imperiosamente que cumprir

-política orçamental restritiva - despesa pública

-Políticas monetárias muito restritivas – mesmo que isso leve ao aumento das taxas de juro

-constituição de reservas em títulos do tesouro norte-americano

-Controlo da inflação - emprego

- Livre circulação imediata de bens e de capitais.

O emagrecimento do estado

OMC-livre comércio imediato

- abolição de qualquer barreira ao livre comércio

Banco Mundial – Quantificar, Quantificar….

A partir de 1990 preocupação por programas de desenvolvimento comunitário (Stiglitz) e de microcrédito (Yunus).

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As desigualdades no Mundo

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4 mil milhões de pobres

55% da População Mundial

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Ao fim de décadas de imposição de políticas restritivas- África não está a convergir com os países do norte

- o pib não descola (importância das exportações)

- a pobreza diminuiu no mundo excepto em África

- o acesso à saúde e à educação mantêm níveis paupérrimos

- a esperança de vida não descola dos níveis da revolução agrícola do séc x

- o investimento privado não existe

- a produção nacional é muito baixa

- a competitividade não aumentou

- o acesso à água diminuiu

Ênfase nos resultados macroeconómicos

-marginalização dos objetivos sociais

-marginalização participação democrática

-marginalização da distribuição equitativa dos resultados do desenvolvimento

-marginalização da preservação do ambiente – Em direção a um bem privado?

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Porque nos devemos preocupar com

a pobreza?

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1) Pobreza desperdiça vidas que poderiam ter-se realizado na plenitude.

Quantos cientistas, médicos, professores desperdiçamos?

2) Pobreza e crime estão associados.

Quantos poderiam ser produtivos em vez e destrutivos?

3) Pobreza e saúde estão associados

Qual seria a dimensão das doenças endémicas? Quanto se pouparia?

4) A pobreza é inimiga da Democracia e pode promover regimes ditatoriais

Que lideres autocráticos nunca teriam aparecido?

5) Os Estados pobres e marginalizados podem tornar-se (tornam-se) uma ameaça mundial.

Não será a erradicação da pobreza ÚNICA maneira de asfixiar o terrorismo?

6) Há 3 mil milhões de pessoas “fora” deste modelo de economia de mercado.

Quanto potencial social, humano e económico é desperdiçado?

8) A pobreza é um dos mais importantes factores da imigração clandestina.

Quantos poderiam ter condições mais dignas nos seus Países?

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Novo Milénio os ODM

E depois de 2015?

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Actualmente as tendências vão no sentido de: -DECLARAÇÃO DO MILÉNIO – 8 ODM 2000-2015

-MOBILIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO MAIS EFICAZ DOS RECURSOS FINANCEIROS – o que implica

(i) harmonizar as políticas dos doadores (ii) em articulação/alinhamento com as prioridades dos

beneficiários; (iii) desligamento da ajuda e reforço da cooperação multilateral e (iv) compromisso

para que a APD atinja 0,7% do RNB dos PD.

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• Década de 1970

Teoria das Necessidades Básicas – alternativa ao desenvolvimento ou

Desenvolvimento alternativo?

-A industrialização não é solução

-As assimetrias mundiais e regionais (meio rural) aumentam - Índice de Gini

-É necessário responder à necesidade de alimentação, habitação, saúde.

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Eco-Desenvolvimento?

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Desenvolvimento Alternativo?

Alternativas ao desenvolvimento?

Ou será sempre assim?

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Desenvolvimento Alternativo

- 1972 : Conferência de Estocolmo sobre o Desenvolvimento

- Programa ONU para o meio ambiente

- 1974: Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento

- 1975/76: Fundação Internacional de Alternativas ao Desenvolvimento (Fundação Sueca Dag Hammarskjold); Women in Development

- 1987 Desenvolvimento sustentável – Comissão Bruntland

- 1992 Conferência do Rio

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Desenvolvimento Alternativo

1) Crítica da estrita racionalidade económica – inspiram políticas de desenvolvimento dominantes

2) Crítica à subordinação de todas as dimensões humanas ao princípio da racionalidade económica – sacrifício bens e valores não económicos (igualdade, participação democrática, diversidade cultural, meio ambiente)

3) Desenvolvimento é a melhoria das condições de vida e de participação igualitária/cidadania

4) Não rejeita o crescimento económico mas reflete sobre os seus limites e subordina-o a imperativos não-económicos

5) Comunidades marginalizadas são sujeitos do seu próprio desenvolvimento e não apenas objetos de desenvolvimento

6) Desenvolvimento Bottom/Up

7) Os atores são a sociedade civil e não exclusivamente o Estado e as élites económicas

8) Privilégio da escala local – poder comunitário

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Desenvolvimento Alternativo

9) Privilégios dos estudos interculturais e etnográficos

10) Cepticismo em relação as formas de produção capitalista e de controlo centralizado

11 ) Defesa das iniciativas coletivas – plasmadas em organizações económicas populares de gestão solidária – mais participação, mais igualdade, menos separação capital/trabalho

12) Autogestão contra o paternalismo do Estado e a “predação” do setor privado/economia informal

13) Assegurar o acesso a bens e serviços solidários (MST, MSTecto), limitando o “choque ecológico

14)Bancos comunitários/moedas socias (Palmar)

15) Formas de produção alternativas – mercado local, assentes no intercâmbio de serviços e bens com base em sistemas alternativos de medição de valor (não monetários – valor de troca) – Princípio da recioprocidade

14) Microcrédito?

15) Brasil – Secretária de Estado da Economia Solidária / Bolívia Eco.Sol. Na constituição

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Crítica ao Desenvolvimento alternativo

1. Proposta não sistémica

2. Escala local e micro escala económica

3. Privilégio da economia informal esquece as interdependências entre escalas

4. A competição com a economia capitalista é dependente de trabalho em rede,

5. à escala nacional e global

6. Comunidade fortaleza para a Comunidade Amiba

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Alternativa ao Desenvolvimento

1. Rejeição do Paradigma

2. Radicalização ecologista

3. Crítica ao Desenvolvimento sustentável

4. Impossível sustentar este desenvolvimento sustentável = crescimento sustentável sem

destruir as condições de vida na terra

5. O único desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento sem crescimento

6. Reivindicação da diversidade cultural e de formas de produzir

7. Consumo / troca recíproca

8. Reificação do local

Swadeshi (autonomia)

Autonomia económica local baseada no espírito que nos exige que sirvamos os nossos vizinhos

imediatos preferencialmente a outros e que usemos as coisas produzidas à nossa volta em

vez das produzidas em locais remotos”

Ghandi exortando os indianos a não comprarem sal inglês – início da luta pela independência

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Há Soluções Sistémicas?

- livre comércio com protecção à produção estratégica

- políticas monetárias mais expansivas

- diminuir taxas de juro

-deficit orçamental - investimento em infra-estruturas

-criação de emprego

-emissão de dívida pública com cobertura do BCE e do tesouro EUA

-defesa da propriedade privada

-actuação real dos tribunais

-fortalecimento da actividade bancária sem liberalização do mercado de capitais

-mais incentivos ao investimento estrangeiro

-Eco- turismo – controlado

-redução das taxas de circulação

-incentivo ao comércio inter-regional

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O Caso Kil Ki Di Nos Ten Balur

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Pressupostos- A capacidade produtiva da Guiné-Bissau, quer do ponto de vista agrícola e agro-florestal quer do ponto de vista do artesanato utilitário ou artístico tem um potencial comercial importante claramente menosprezado pelos agentes de desenvolvimento

-Muitos esforços e investimentos foram canalizados na melhoria e aumento das produções locais, sem equacionar a questão do seu escoamento e comercialização, resultando, hoje ainda, num estrangulamento dos fluxos de mercadoria e no seu subsequente armazenamento e desperdício nas zonas de produção.

-Opções por monoculturas de renda predadoras do seu meio ambiente e factor de risco nos casos de irregularidade ou desmoronamento dos mercados, perda de variedades endémicas resistentes e adaptadas, de terras aráveis e de fonte de diversidade para a dieta das populações.

-A Guiné-Bissau, que na primeira década da sua independência exportava arroz para a sub-região, importa hoje a quase totalidade da sua principal fonte de alimentação na forma de arroz do sudeste asiático, colocando em risco a sua segurança e soberania alimentar

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-A situação de crise alimentar actualmente vivida demonstra os limites dos modelos de

desenvolvimento até agora promovidos, baseados na especialização e vantagens

comparativas em detrimento da agricultura camponesa.

-Hoje, as principais Instituições Financeiras Internacionais e agências das Nações

Unidades reconhecem o impacto catastrófico destes modelos e defendem um efectivo

apoio à agricultura de tipo camponesa e familiar assente nos saberes e produtos

locais, referindo-se pela primeira vez a conceitos oriundos dos movimentos sociais

camponeses como o de “Soberania Alimentar”.

Fonte CIDAC

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Problemas a resolver Necessidades

Muitos produtos não cumprem critérios mínimos para

integrar o mercado formal

Apoio à qualidade e apresentação; certificação,

economias de escala para transporte e aquisição de

vasilhames, procura activa de mercados

O nível de autonomia dos produtores a nível da gestão

e da venda é baixo

Capacitação na gestão, promoção e comercialização

com vista à autonomização

Os produtores estão isolados e têm pouca força

representativa e espaço de participação

Criação de fóruns de partilha, elaboração de estratégias

e reivindicações

Os comerciantes não distribuem os produtosSensibilização, alianças, contrapartidas em marketing e

comunicação

Os consumidores são sensíveis mas pouco mobilizados

à volta da questão do consumo nacional

Sensibilização, educação, campanhas, trabalho junto

dos media, artistas populares e lideres de opinião

As experiências passadas e actuais não são

sistematizadas e divulgadas, a realidade comercial é

pouco estudada, há efeitos de redundância das

intervenções

Recolha, sistematização e difusão; produção de

conhecimento, sinergias entre organizações de apoio

O quadro legal e fiscal não é favorável à produção e

comercialização de produtos locaisAdvocacy junto das tutelas e dos parlamentares

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6 produtos locais guineenses

Produtos da Terra, promovido pelo parceiro local do projecto, Tiniguena, que responde à definição seguinte:

produtos nacionais provenientes da exploração durável dos recursos da biodiversidade, com enraizamento cultural e viabilidade económica, enquadrados num referencial.

Fonte CIDAC e Tiniguena

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Objectivo Geral: Contribuir para a soberania alimentar e o aumento do nível de bem-

estar dos produtores, das suas comunidades e das populações da Guiné-Bissau

através da dinamização do mercado de produtos locais.

Objectivo específico: Criar uma aliança entre produtores, comerciantes, consumidores

e organizações de apoio de modo a mobilizar estes actores a favor do comércio e do

consumo de Produtos da Terra, visando aumentar o volume e a diversidade dos

produtos transaccionados.

Fonte CIDAC e Tiniguena

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Resultado Esperado 1: A comercialização de Produtos da Terra é fortalecida e potenciada

A.1.1 – Reforço das capacidades dos produtores das 6 unidades de produção

- 1 formação sobre temáticas do projecto x 3 frentes x 20 pessoas realizada

- 1 formação sobre exploração sustentável com 50 produtores realizada

- 4 bancos de sementes reabilitados e funcionais

- 30 reprodutores de sementes activos

- 30 kits de ferramentas distribuídos

- um processo de reflexão colectiva sobre modelos organizacionais levado a cabo

- 6 modelos organizacionais definidos e aplicados

- 1 formação em gestão-contabilidade para 20 pessoas realizada

- 20 kits de registo documental e contabilistico distribuídos

- 6 planos de negócio simplificados realizados

- 18 auditorias às unidades de produção realizadas

- 18 assenbleias gerais realizadas

- 6 sistemas de comunicação entre unidades e sector de comercialização da

Tiniguena montados

- 12 visitas a Bissau de responsáveis comerciais das unidades realizadas

- 1 formação sobre comercialização para 20 pessoas realizada

- 3 pesquisas de mercado local realizadas

- 6 kits de exposição venda distribuidos às unidades

- 3 participações das 6 unidades na Feira camponesa de Djalicunda

- 1 participação de 6 unidades na Feira da Terra

- entre 6 e 12 projectos de inovação apoiados

A.1.2 – Reforço das capacidades internas da Tiniguena na área da

comercialização

- 1 formação em promoção e força de venda de produtos locais para 20 pessoas

realizada

- 3 missões de assistência técnica de 30 dias/ano concretizadas

- 1 documento de sistematização sobre actividades comerciais de produtos locais

elaborado e distribuido

- 1 estágio numa loja especializada para 2 pessoas realizado

A.1.3 – Trabalho em rede sobre a promoção dos Produtos da Terra

- 1 Grupo de Trabalho multi-actores criado e funcional

- 1 assessoria jurídica de 3 anos realizada

- 3 encontros específicos entre o GT, comerciantes, serviços do Estado e

produtores realizados

- 18 acções de advocacy realizadas directamente por representantes de produtores

- 3 programas de rádio realizados sobre as acções acima referidas

- 3 fóruns dos produtores realizados com 40 produtores/fórum presentes

- 3 participações de 4 representantes de produtores na rede COPAGEN

concretizadas + 3 sessões de restituição realizadas

- 1 participação de 2 representantes de produtores em encontro sub-regional da

COPAGEN realizada + 1 sessão de restituição realizada

- 1 participação de uma delegação de 6 produtores na Feira Internacional de

Agricultura e dos Recursos Animais em Dakar realizada + 1 sessão de restituição

realizada

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Resultado Esperado 2: A procura dos produtos locais aumenta devido a um número crescente de consumidores que altera os seus padrões de consumo e dá

preferência aos Produtos da Terra.

A.2.1 – Constituição e dinamização da rede de jovens promotores do consumo

nacional

- 1 formação de formadores sobre comércio solidário e consumo responsável para 20

pessoas realizada

- 1 rede de jovens voluntários criada e activa

- 9 Sessões de sensibilização em escolas secundarias e 6 em universidades realizadas

- 9 sessões de sensibilização durante as férias para jovens realizadas

A.2.2 – Comunicação com os media- 18 iniciativas jornalísticas em campos temáticos do projecto apoiadas

- 3 prémios para jornalistas entregues

A.2.3 – Elaboração de materiais de promoção e informação

- 1000 repertórios de Produtos da Terra editados

- 100 catálogos de Produtos da Terra editados

- 1000 calendários editados

- 1500 conjuntos de 6 postais editados

A.2.4 – Promoção da gastronomia tradicional guineense

- 12 programas de culinária na TV realizados e difundidos

- 100 DVD editados

- 2 festivais de gastronomia realizados – 30 cozinheiras associadas

A.2.5 – Trabalho com artistas que cantam e divulgam os Produtos e Saberes da

Terra

- 2 festivais de música organizados

- 100 CD com 12 títulos gravados e distribuídos

A.2.6 – Organização de eventos- 2 « Dias do Consumo Nacional » realizados

- 1 « Feira da Terra » realizada

Resultado Esperado 3: Conhecimento sobre produtos e saberes da biodiversidade é produzido, divulgado e alimenta a acção e os actores relevantes associados.

A.3.1 – Dinamização da produção de conhecimento

- 9 pesquisas sobre saber local e « expertise » camponesa realizadas, 500 ex. editados

em papel, 1 versão digital pdf disponível online

- 1 estudo sobre experiências de valorização e comercialização de produtos locais na

Guiné-Bissau realizado, 500 ex. editados em papel, 1 versão digital pdf disponível online

A.3.2 – Oficinas e conferências

- 2 conferências organizadas em universidades

- 100 ex. das actas de cada conferência editados, uma versão disponível online

- 1 workshop de preparação da conferência internacional realizada

- 1 conferência internacional sobre experiências de valorização e comercialização de

produtos locais nos PLOP organizada

- 500 exemplares da acta da conferência editados, uma versão disponível online

A.3.3 – Concepção e manutenção do Website “Espaço da Terra” sobre as

temáticas do projecto

- 1 site concebido e funcional

- 1 formação em actualização de website de 3 técnicos da Tiniguena realizada

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4º Mundo – O Sul Global

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Monoculturas Hegemónicas Ecologias

Saber científico e do rigor

Ausência: ignorância

Saberes

Diálogo saber científico e popular

Tempo Linear (determinismo)

Ausência: primitivos , selvagens

Temporalidades

Vários tempos e ritmos

Naturalização da diferença

Ausência: inferiorização, desqualificação

Reconhecimento

Superação das hierárquias (desigualdade e exclusão)

Escala dominante (o local e o plural só interessam se

forem escaláveis ao global

Ausência :irrelevante

Transescala

Diálogo entre local, nacional e global

Produtivismo capitalista

Ausência: improdutivo, ineficiente

Produtividades:

Valorização dos sistemas alternativos de produção de

economia solidária, popular, autogestão

Meta Consumo capitalista

Ausência: segregação social, despertença

Consumo Solidário

Clubes de troca

Resultado

Metonímia (Sinédoque) /Epistimícidio

Contração do presente expansão do futuro

(crescimento progresso.

Democracia de baixa intensidade (representativa)

Expansão do presente (cabem mais experiências)

Contração do futuro (melhor o preparar).

Democracia de alta intensidade (participativa)

Boaventura de Sousa Santos, Luciane Lucas dos Santos

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