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ESCOLA EB3/ SECUNDÁRIA FERNÃO DE MAGALHÃES
CHAVES
Projecto Educativo
“O Projecto não é uma simples representação do futuro, mas um futuro para fazer,um futuro a construir, uma ideia a transformar em acto”.
Jean Marie Barbie
Ano Lectivo 2007-2008
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO 3
I. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA E DO MEIO 4
1. Historial da Escola 4
2. Caracterização do meio 5
II. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 6
1. Recursos físicos 6
2. Recursos humanos 7
III. ÓRGÃOS DE GESTÃO E ESTRUTURAS EDUCATIVAS 12
IV. PRINCÍPIOS e VALORES 16
V. OBJECTIVOS 17
VI. TIPOS DE ACÇÕES A DESENCADEAR 18
VII. FUNCIONAMENTO DA ESCOLA 19
VIII. DISPOSIÇÕES FINAIS 22
IX. CONCLUSÃO 23
2
Construir um Projecto Educativo (PE) é reflectir, questionar-se, identificar problemas,
questionar decisões e resultados, avaliar resultados, cooperar nas soluções, mobilizar-se
em torno de objectivos comuns, de forma a perspectivar o futuro, tendo em vista a
qualidade. Assim sendo, procedeu-se à criação deste «documento pedagógico que,
elaborado com a participação da comunidade educativa, estabelece a identidade própria da
escola, através da adequação do quadro legal em vigor à sua situação concreta, e
apresenta o modelo geral de organização e os objectivos pretendidos pela instituição e,
enquanto instrumento de gestão, é ponto de referência orientador na coerência e unidade da
acção educativa.». 1
A actual revisão do Projecto Educativo pretende materializar o modo como a
comunidade escolar consciencializa a sua identidade e assume a sua autonomia, tendo em
conta a experiência dos últimos três anos. O presente documento procura mobilizar os
diferentes parceiros: alunos, professores, funcionários, encarregados de educação e
comunidade envolvente. A finalidade é obter uma gestão mais racional e eficaz no sentido
de valorizar a criatividade, a inovação e a qualidade na resolução dos problemas /
necessidades, permitindo à escola cumprir a sua missão: EDUCAR.
O projecto agora apresentado define as linhas de orientação educativa para os
próximos três anos de acordo com o Decreto-Lei n.º 43/89 de 3 de Fevereiro, que regula o
exercício da autonomia das escolas, e espera-se que mobilize os diferentes agentes num
compromisso de actuação e trabalho que permita construir uma escola que prepare
cidadãos cultos, conscientes e responsáveis onde a exigência de rigor e qualidade sejam
seu apanágio.
1 Costa, Jorge Adelino � Gestão Escolar. Participação. Autonomia. Projecto Educativo de Escola - Texto Editora, Col.Educação Hoje, 3ª edição, Lisboa, 1992, pág. 10.
3
I. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ESCOLA E DO MEIO
1. Historial da Escola
A Escola EB3/S Fernão de Magalhães, que também já foi designada por Liceu
Municipal de Chaves (1903), Liceu Nacional de Chaves (1919), Liceu Nacional Fernão de
Magalhães (1919), Liceu Nacional de Chaves, novamente (1947), e Escola Secundária
Fernão de Magalhães (1978), foi criada oficialmente por Decreto de 3/9/1903 e inaugurada
nesse mesmo ano. Funcionando, inicialmente, em edifícios alugados (desde 1903 a 1943) �
Rua do Poço e Largo do Anjo, em 1940 foi decidida a construção de um edifício próprio, no
Largo das Freiras, no espaço do ex-Convento das religiosas da Sra. da Conceição, com
área aproximada de 13000m2; a estes, em 1945, o estado faz juntar mais 900m2, ficando
com uma área total de 14000m2, aproximadamente.
À construção inicial, sem alteração da sua estrutura básica, sucederam-se apenas
simples adaptações de gabinetes ou salas a novas funções. Projectada para um máximo de
300 alunos, as primeiras obras de ampliação verificaram-se em 1962, com o acréscimo das
alas Nascente e Norte num total de mais doze salas de aula comuns e um novo ginásio e,
em 1970, com o acrescento da cozinha do refeitório.
A Escola é constituída por espaços físicos cobertos e espaços exteriores abertos e
delimitada pela Rua de Santo António, Ladeira da Lapa, Largo da Lapa e Rua dos
Bombeiros, constituindo estes dois últimos acessos fáceis e directos às instalações
escolares.
Pelo Decreto n.º 5096 de 1919, que �distinguia com classificação própria os vários
estabelecimentos de ensino secundário�, criou oportunidades, segundo o mesmo, �para
perpetuar alguns dos nomes mais notáveis da vida intelectual e activa de Portugal.�, tendo
sido mudada a designação de Liceu Nacional de Chaves para a de Liceu Nacional Fernão
de Magalhães, o que terá levantado grande polémica no meio flaviense que não se sentia
identificado com o nome do navegador.
�MAGALHÃES, Fernão de (c. de 1480-1521), navegador do período dos Descobrimentos.Preparou a primeira viagem de circum-navegação do globo terrestre. Com 25 anos de idade,alistou-se na armada que em 1505 largou para a Índia sob o comando de D. Francisco deAlmeida. Depois de permanecer vários anos no Oriente levando uma vida aventurosa, emcombates e naufrágios, foi nomeado quadrilheiro-mor, lugar que lhe ocasionouaborrecimentos com a Corte. Desgostoso, ofereceu em Sevilha os seus serviços, propondoao Consejo de las Indias o projecto de atingir as Molucas por mares não pertencentes aosportugueses segundo o Tratado de Tordesilhas. Com a aprovação de Carlos V, partiu em
4
Setembro de 1519, chefiando uma esquadra de cinco navios. Fez rumo às Canárias e emDezembro alcançou a costa da América do Sul. A 31 de Março de 1520 atingiu o porto de S.Julião, à entrada do estreito que depois teria o seu nome. Aí sufocou uma revolta datripulação. Em 1521, depois de longa e penosa viagem, foram atingidas as Filipinas. Atraído auma emboscada, foi morto a 7 de Abril pelos indígenas. A viagem terminou sob o comandode Sebastião del Cano que, finalmente, a 6 de Setembro de 1522, alcançou o porto de S.Lucar de Barrameda.2
2. Caracterização do meio
A Escola EB3/S Fernão de Magalhães, inserida na freguesia de Santa Maria Maior, situa-
se na cidade de Chaves, que faz parte do concelho com o mesmo nome.
O concelho, pertencente à região do Alto Tâmega (Trás-os-Montes), é constituído por
51 freguesias e mais de 150 aldeias, ocupando uma área total de 600,12 km2. Com uma
população de 43668 habitantes (censos de 2001), é um concelho de matriz rural, que vive
tradicionalmente da agricultura e da criação de gado, sendo o presunto de Chaves o mais
famoso produto gastronómico da região; quer o presunto, quer os enchidos, são, por sua
vez, ingredientes do folar de Chaves.
Sofrendo fortemente as consequências dos fluxos migratórios, assiste-se, como
acontece em toda a província de Trás-os-Montes, ao denominado êxodo rural daqueles que,
por razões essencialmente de carácter económico, abandonam estas terras � indo,
sobretudo, para as cidades mais próximas e, eventualmente, para outros países,
nomeadamente França e Suíça, contribuindo, assim, para a desertificação da maior parte
das aldeias, consequente envelhecimento da população e para um ligeiro aumento da
população da área urbana, caracterizada pela confusão de ambientes, urbano e rural. A
indústria, incapaz de conter a corrente migratória, começa agora a dar os primeiros passos.
No entanto é o sector terciário que mais tem contribuído para o recente desenvolvimento da
região.
O povoamento da região é muito remoto. Embora existam ricos vestígios pré-
históricos � necrópoles e demonstrações de arte rupestre � e significativos castros de
origem celta, foi no entanto determinante na importância de Chaves a presença dos
Romanos. No período romano, começou Chaves por ter o nome de Aquas Flavias, por
dedicatória ao imperador Titus Flavius Vespasianus e à forte influência das «águas calidas
ou caldas» aqui existentes (70 a 75 da Era Cristã). Hoje, Chaves, elevada a cidade em
12/03/1929, possui uma população de cerca de 20000 habitantes, no seu perímetro urbano.
A sua proximidade de Espanha, apenas a 10 km da fronteira, faz dela um ponto de paragem
obrigatório para quem se dirige de ou para aquele país. Ocupando um lugar de particular
relevo na História Portuguesa, está na posse de um valioso espólio arqueológico e2 Fernão de Magalhães in FOCUS Enciclopédia Universal, vol. III, Livraria Sá da Costa Editora/Lisboa, pág. 380, 1977.
5
monumental de que a Ponte Romana de Trajano, as Igrejas (Matriz, Misericórdia, Românica
de Nossa Sr.ª da Azinheira, São João de Deus) e os Castelos de Monforte, Santo Estêvão e
Torre de Menagem são alguns exemplos, além de constituir um dos mais importantes
núcleos castrejos da Península Ibérica. Centro de uma zona termal das mais importantes do
país, englobando as estâncias termais de Vidago, Pedras Salgadas e Carvalhelhos, possui
um moderno balneário � Caldas de Chaves, recentemente ampliado que, devido às
propriedades medicinais das suas águas, traz todos os anos, à cidade, muitos aquistas.
Sendo um espaço termal por excelência, Chaves é, ainda, um espaço de turismo com
paisagens naturais e de lazer que acompanhadas pelo seu legado histórico permitem
passeios turísticos por vários itinerários naturais e históricos, além de outras actividades
como, por exemplo, caça, pesca, golfe e aeronáuticas.
II. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
1. Recursos Físicos
Como Escola, a sua estrutura original data de 1944, sendo constituída por dois pisos,
rés-do-chão e 1º andar. Em 1962, verificaram-se as primeiras obras de ampliação com o
acréscimo das alas Nascente e Norte, num total de mais doze salas de aula comuns e um
novo ginásio e, em 1970, com o acrescento da cozinha do refeitório.
Actualmente, a Escola dispõe de (espaço interior):
• 19 Salas de aula comuns;
• 3 Salas de Informática;
• 1 Sala de Educação Visual;
• 1 Sala de Trabalhos Oficinais;
• 1 Sala de Professores/Bar de
Professores;
•1 Sala de Trabalho (para
professores);
• 1 Laboratório de Física;
• 1 Sala de balanças/Câmara escura;
• 1 Laboratório de Química;
• 1 Laboratório de Biologia;
• 1 Anfiteatro;
• 1 Ginásio;
• 1 Biblioteca;
• 1 Sala de Estudo;
• 1 Reprografia;
• 1 Papelaria;
• 1 Secretaria;
• 1 Gabinete de A.S.E;
• 2 Gabinetes do Conselho Executivo;
6
• 2 Gabinetes para os Directores de
Turma;
• 1 Gabinete dos Auxiliares de
Acção Educativa
• 1 Gabinete de Educação Física;
• 1 Centro Novas Oportunidades
• 1 Refeitório;
•1 Cozinha;
• 1 Bar de alunos;
• 2 Arquivos;
• 7 Casas de banho;
• 2 Balneários;
• 1 Gabinete para o Ensino
Recorrente.
O espaço exterior é composto por:
• 1 Campo multiusos;
• 1 Campo de basquetebol;
• Área de recreio.
A escola possui ainda um valioso espólio de material didáctico digno de registo, algum
do qual poderá mesmo vir a ser irrecuperável, dada a falta de condições e de espaços para a
sua conservação.
2. Recursos humanos
2.1. Alunos
A escola tem 25 turmas a funcionar em regime diurno, 4 em regime nocturno e um
Centro de Novas Oportunidades.
REGIME DIURNO
a) 3º CICLO
7
O Ensino Básico compreende três ciclos sequenciais. Os objectivos específicos de
cada ciclo integram-se nos objectivos gerais do Ensino Básico. O 3º Ciclo, todavia,
caracteriza-se por uma aquisição sistemática e diferenciada da cultura moderna, nas suas
dimensões humanística, literária, artística, física e desportiva, científica e tecnológica,
indispensável ao ingresso na vida activa e ao prosseguimento de estudos, bem como por uma
orientação escolar e profissional que faculte a opção de formação subsequente ou de
inserção na vida activa, com respeito pela realização autónoma da pessoa humana.
Evolução da População Escolar no 3.º Ciclo
Anos lectivos
ANO2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08
Nº total dealunos
Nº total dealunos
Nº total dealunos
Nº total dealunos
N.º Totalde alunos
7º Ano 5T � 134 5T � 117 5T � 126 4T � 106 3T - 778º Ano 5T � 112 5T � 122 5T � 118 4T � 114 4T - 1029º Ano 4T � 99 5T � 119 5T � 126 5T � 119 4T - 108
b) ENSINO SECUNDÁRIO
� CURSOS GERAIS
Os Cursos Gerais têm a duração de três anos lectivos, correspondentes aos 10º, 11º e
12º anos de escolaridade. Destinam-se, principalmente, aos alunos que, tendo concluído o 9º
ano de escolaridade, pretendem obter uma formação de nível secundário tendo em vista o
prosseguimento de estudos para o ensino superior (universitário e politécnico), não devendo
também descurar a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho.
Funcionam nesta Escola os cursos de Ciências e Tecnologias e Ciências Sociais e
Humanas.
Assim:
Evolução da População Escolar No Ensino Secundário
ANO Ciências e Tecnologias
2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 10º Ano 4 T -125 3 T - 80 3 T - 80 5 T - 124 5 T - 12311º Ano 3 T - 78 3 T - 74 3 T - 63 2 T - 57 4 T - 8312º Ano 3 T - 75 3 T - 80 3 T - 74 3 T - 65 2 T - 46
8
� CURSOS PROFISSIONAIS
Sendo os cursos profissionais uma modalidade de educação, inserida no ensino
secundário, que se caracterizam por uma forte ligação com o mundo profissional, valorizando
o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, em articulação com o
sector empresarial local, decidiu esta Escola oferecer o curso profissional Técnico de Análise
Laboratorial.
Com a oferta deste curso de dupla certificação, pretende-se diminuir o insucesso e
abandono escolar
� REGIME NOCTURNO
ENSINO RECORRENTE
O Ensino Recorrente é uma modalidade de educação escolar para adultos, de acordo
com um plano de estudos organizado, constituindo uma resposta adequada de formação para
aqueles que dela não usufruíram em idade própria ou que não a completaram quer no Ensino
Básico quer no Secundário. Dadas as características da população-alvo, esta modalidade de
ensino funciona, geralmente, em regime nocturno.
Existem, neste momento, dois sistemas:
- O Ensino Recorrente por Unidades Capitalizáveis, traduzindo-se num conjunto de
objectivos e conteúdos agrupados em unidades, sendo o aluno avaliado unidade a unidade.
Este sistema adapta-se aos ritmos de aprendizagem, à disponibilidade, aos
conhecimentos e às experiências dos alunos. De referir que este sistema cessará no presente
ano lectivo.
3ºCiclo
ANOLECTIVO
2003/04 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/08Nº total de
alunosNº total de
alunosNº total de
alunosNº total de
alunosNº total de
alunos
ANO Ciências Sociais e Humanas
2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/0810º Ano 1 T - 27 1 T - 24 1 T - 29 1 T - 32 1 T - 2811º Ano 1 T - 31 1 T - 16 1 T - 18 1 T - 23 1 T - 2812º Ano 1 T - 25 1 T - 27 1 T - 19 1 T - 19 1 T - 19
9
Presencial 64 48 46 35 13Não
presencial2 0 2 0
0
Secundário (a funcionar em regime não presencial)
ANOLECTIVO
2003 /2004
2004/05 2005/06 2006/07 2007/08
Nº total dealunos
Nº total dealunos
Nº total dealunos
Nº total dealunos
Nº total dealunos
Presencial 276 240 220 130 0Não
presencial 143 63 43 5 16
- O Ensino Recorrente de Nível Secundário, estando inserido na reforma do ensino
secundário, é constituído por planos curriculares muito semelhantes aos do ensino regular,
salvaguardando-se, no entanto, o facto de ser destinado à conciliação de frequência de
estudos com obrigações pessoais ou profissionais.
Este sistema permite articular a avaliação contínua, realizada em contexto de turma, com a
capitalização de módulos de aprendizagem, permitindo diferentes modalidades de frequência,
de forma a responder aos diferentes ritmos e condições de participação nas aprendizagens.
Módulos capitalizáveis
ANOLECTIVO
2004/05 2005/06 2006/2007 2007/2008
Ciências eTecnologi
as
CiênciasSociais eHumanas
Ciências eTecnologia
s
CiênciasSociais eHumanas
Ciências eTecnologia
s
CiênciasSociais eHumanas
Ciênciase
Tecnologias
CiênciasSociais
eHumana
sPresencia
l18 18 25 27 62 57 59 61
Não
presencia
l
_ _ 1 5 13 0 20 11
� CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES
10
O CNO (Centro Novas Oportunidades) está inserido na rede nacional de centros RVCC
e constitui um agente central na resposta ao desafio da qualificação de adultos consagrada na
Iniciativa Novas Oportunidades.
A sua missão é reconhecer, validar e certificar as competências que os adultos
adquirem ao longo das suas vidas, nas várias esferas de actuação (pessoal, profissional e
social) bem como encaminhar para a formação adequada e necessária à progressão e
certificação escolar e/ou profissional de cada individuo. A certificação dessas competências é
traduzida num certificado equivalente, para todos os efeitos legais, ou qualquer outro diploma
atribuído pelo sistema educativo formal.
Concretizar esta aposta é uma exigência social e uma responsabilidade colectiva que
impõe a valorização do Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências.
Missão
� Assegurar a todos os adultos maiores de 18 anos uma oportunidade de
qualificação e de certificação, de nível básico ou secundário, adequada ao seu
perfil e necessidades.
� Promover a procura de novos processos de aprendizagem, de formação e de
certificação por parte dos adultos com baixos níveis de qualificação escolar e
profissional.
� Assegurar a qualidade e a relevância dos investimentos efectuados numa politica
efectiva de aprendizagem ao longo da vida, valorizando socialmente os processos
de qualificação e de certificação de adquiridos.
Princípios Orientadores
� Abertura e flexibilidade;
� Confidencialidade;
� Orientação para resultados: Certificação de jovens e adultos;
� Rigor e eficiência: o processo Novas Oportunidades como alternativa credível,
confiável e fiável, reconhecido pelo mercado social e profissional;
� Responsabilidade e autonomia;
� Orientação e encaminhamento do adulto para o percurso mais adequado;
� Dinamização do processo de certificação.
11
� Construção, com os adultos, de um projecto de vida, centrado nas aprendizagens
ao longo da vida que valorize o auto - conhecimento e a realização pessoal.
Funcionamento do CNO e da sua equipa de profissionais:
� Acolhimento;
� Diagnóstico/Triagem;
� Clareza de objectivos nas suas funções e responsabilidades, favorecendo a
entreajuda e o trabalho em equipa;
� Domínio técnico das áreas de competências chave específicas;
� Conhecimento de metodologias de balanço de competências � chave;
� Encaminhamento
Parcerias e Meio Exterior:
� Acessibilidade e abertura ao exterior;
� Desenvolvimento de uma rede de parcerias com entidades cujos trabalhadores
possam ser candidatos potenciais ao sistema RVCC, podendo os processos ser
realizados no local de trabalho sempre que tal se considere vantajoso para ambas
as partes;
� Articulação com os organismos estatais ligados a este processo;
� Prática de itinerância de modo a contribuir para a diminuição do abandono escolar;
� Divulgação e informação no meio exterior desta nova modalidade de formação;
Valores e Princípios:
� Igualdade de oportunidades;
� Reforço da identidade e autonomia;
� Adequação, flexibilidade e rapidez de resposta;
2.2. Pessoal Docente
O corpo docente é constituído por cerca de 103 professores, na sua maioria
pertencentes ao quadro de nomeação definitiva, pelo que podemos considerar tratar-se de um
corpo docente muito estável, tal como evidencia o seguinte quadro:
12
GRUPO TOTAL QE QZP
P.Dest.(noutraescola)
P.Dest.(nestaescola)
Professores
Contratados
Profissionalizados
NãoProfissionalizado
s
290 -EMRC
1 1
300 � Port. 17 15 2320 � Fran. 1 1330 - Inglês 6 4 2350 � Esp. 2 2
13
400 � Hist. 8 5 2 1410 � Fil. 5 2 1 2420 �Geog.
7 4 1 1 1
430 � Econ. 5 4 1 1500 � Mat. 13 9 3 1510 � F.-Q. 11 8 1 2520 �Bio/Geo
10 8 1 1
530 � Ed.Tec
3 3
550 � Inf. 5 3 2600 � Art.Vis.
3 2 1
620 � Ed.Fís.
7 4 3
2.3. Pessoal não Docente
O pessoal não docente é constituído, actualmente, por um total de 46 funcionários,
distribuídos do seguinte modo:
Pessoal não docente (2007/08)
CATEGORIA
N.º DE FUNCIONÁRIOS
QuadroContrato Individual de
trabalho por tempoindeterminado
Contratado
Resolutivo
Total
Serviços Administrativos 9 1 2 12Técnico de A.S.E. 1 0 0 1Auxiliares de AcçãoEducativa
21 6 1 28
Cozinheiros 2 0 1 3Guarda-nocturno 1 0 1 2
III. ÓRGÃOS DE GESTÃO E ESTRUTURAS EDUCATIVAS
1. Assembleia de Escola
A Assembleia de Escola representa a comunidade educativa e, como tal, está nela
representada obrigatoriamente por todos os seus sectores. Assim, a Assembleia de Escola é
composta pelos seguintes representantes:
Oito docentes;
Três alunos do Ensino Secundário (dois do Ensino Secundário regular/profissional e
um do Ensino Recorrente);
Dois elementos do pessoal não docente;
Dois pais/encarregados de educação;
Um representante da autarquia;
14
Presidente do Conselho Executivo e Presidente do Conselho Pedagógico (sem direito
a voto).
2. Conselho Executivo
A Direcção Executiva é assegurada por um Conselho Executivo, que é o órgão de
administração e gestão da Escola nas áreas pedagógica, cultural, administrativa e financeira.
Os membros do Conselho Executivo são apoiados no exercício da sua actividade por
assessorias técnico-pedagógicas, integradas por docentes em exercício de funções na
Escola.
A actual estrutura de gestão, eleita para um mandato de três anos lectivos � Junho de
2006 a Junho de 2009, tem a seguinte constituição:
• Presidente;
• 2 Vice-Presidentes.
O Conselho Executivo é ainda apoiado por dois Assessores.
3. Conselho Pedagógico
O Conselho Pedagógico é o órgão de administração e gestão que assegura a
orientação pedagógica do percurso educativo da Escola, sendo composto por:
Presidente do Conselho Executivo;
Coordenador do Departamento de Línguas;
Coordenador do Departamento de Matemática e Informática;
Coordenador do Departamento de Ciências Naturais;
Coordenador do Departamento de Físico-Químicas;
Coordenador do Departamento de Geografia e Economia;
Coordenador do Departamento de Ciências Sociais e Humanas;
Coordenador do Departamento de Expressões;
Coordenador dos Directores de Turma do 3º Ciclo;
Coordenador dos Directores de Turma do Ensino Secundário;
Coordenador do Ensino Recorrente;
Coordenador da Biblioteca Escolar;
Coordenador do Centro Novas oportunidades;
Representante dos Pais e Encarregados de Educação;
Representante do Pessoal não Docente;
15
Representantes dos alunos do Ensino Secundário (um do turno diurno e um do turno
nocturno).
4. Conselho Administrativo
O Conselho Administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativa e financeira
da Escola, nos termos da legislação em vigor. É composto pelo Presidente do Conselho
Executivo, por um Vice-Presidente e pelo Chefe dos Serviços de Administração Escolar.
5. Departamentos Curriculares
Departamentos Agrupamentos
Departamento de Línguas
300 � Português
320 � Francês
330 � Inglês
350 � Espanhol Departamento de Ciências
Sociais e Humanas
290 � EMRC
400 � História
410 � Filosofia Departamento de Geografia e
Economia
420 � Geografia
430 � Economia e ContabilidadeDepartamento de Matemática
e Informática
500 � Matemática
550 � Informática Departamento de Físico-
Química
510 � Física e Química
Departamento de Ciências
Naturais
520 � Biologia e Geologia
Departamento de Expressões 530 � Ed. Tecnológica
600 � Artes Visuais
16
620 � Educação Física
6. COORDENAÇÕES
6.1. Ciclo/Curso
A coordenação pedagógica de cada Ciclo/Curso tem por finalidade a articulação das
actividades das turmas. De acordo com o Ciclo/Curso os docentes organizam-se em
Conselhos de Directores de Turma a fim de organizarem e articularem os planos de trabalho
das diferentes turmas e anos, coordenados por um Coordenador do 3º Ciclo do Ensino Básico
e por um Coordenador do Ensino Secundário.
6.2. Curso Profissional
O curso profissional é coordenado por um vice-presidente do Conselho Executivo e
por um director de curso da área da formação específica designado pelo CE.
6.3. Centro Novas Oportunidades
O CNO é coordenado por um coordenador do Conselho Executivo e por um
coordenador pedagógico designado pela CE.
6.4. Coordenação Pedagógica do Ensino Recorrente
Os Coordenadores Pedagógicos são designados pelo Conselho Executivo da Escola
de entre os professores da turma.
A Coordenação do Ensino Recorrente é da responsabilidade do membro do Conselho
Executivo designado para o efeito.
7. SECÇÃO DE FORMAÇÃO
De acordo com o previsto na alínea e) do Artº 26 do Dec.-Lei nº 115 A/98, compete ao
Conselho Pedagógico a elaboração de um plano de formação contínua que responda às
necessidades do pessoal docente e não docente. Para tal no mesmo órgão será constituída
uma secção de formação.
8. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO
17
Os Serviços de Apoio Educativo destinam-se a promover a existência de condições que
assegurem a plena integração dos alunos e a realização de aprendizagens de qualidade.
Constituem Serviços Especializados de Apoio Educativo nesta Escola:
a) Os Serviços de Psicologia e Orientação a tempo parcial;
b) Actividades de Complemento Educativo;
c) Tutorias
9. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E ALUNOS
Aos pais e alunos é reconhecido o direito de participação na vida da Escola que se
concretiza através da organização e da colaboração em iniciativas visando a promoção da
melhoria da qualidade e da humanização da escola, em acções motivadoras de
aprendizagens e da assiduidade dos alunos e em projectos de desenvolvimento
socioeducativo da Escola.
A Associação de Pais e Encarregados de Educação tem estatutos e legitimidade
próprios e, de acordo com a legislação vigente, os seus representantes participam na vida da
escola e têm assento no Conselho Pedagógico, Assembleia de Escola e Conselhos de Turma.
Os alunos do Ensino Secundário têm o direito, a nível da Escola, a estar representados
na Assembleia e no Conselho Pedagógico e a participar na Assembleia Eleitoral para a
Direcção Executiva.
IV. PRINCÍPIOS E VALORES
O Projecto Educativo de uma escola é um documento de planificação estratégica a ser
desenvolvido a médio e longo prazo, quando a escola, enquanto comunidade educativa,
identifica recursos, necessidades e formas de funcionamento próprios para além dos
princípios e normas gerais decorrentes do sistema educativo.
A concretização do Projecto Educativo implica a elaboração de outros documentos
intermédios cujo objectivo principal é operacionalizá-lo em períodos de tempo mais curtos e
de que são exemplos o Plano Anual de Actividades, o Plano de Formação, o Projecto
Curricular de Escola e o Regulamento Interno.
18
São princípios orientadores do Projecto Educativo conceitos ligados a uma nova
concepção da Escola decorrente da Reforma do Sistema Educativo e de que destacamos:
� Uma escola pluridimensional com uma função socializadora, informativa, instrucional e
personalizadora, porque a Reforma do Sistema Educativo criou uma concepção muito
mais abrangente do ensino, feita não apenas de conhecimentos, técnicas e
capacidades, mas também de valores, comportamentos e atitudes;
� Democraticidade na organização e participação o mais alargada possível de todos os
intervenientes e interessados no processo educativo;
� Adaptação dos programas e até do currículo às condições e recursos da escola, ao
meio e às características do alunos de modo a promover quanto possível a igualdade
de oportunidades e um sucesso pautado por uma visão do desenvolvimento equilibrado
da sua personalidade;
� Diversificação de ofertas formativas.
Subjacentes a estes princípios orientadores inscrevem-se valores como o da liberdade,
solidariedade, do trabalho e responsabilização individual e colectiva.
Cumpre, pois, neste momento em que se faz a revisão do anterior Projecto Educativo,
proceder a uma avaliação dos objectivos alcançados. Assim, a Escola tem conseguido atingir,
ainda que aquém do desejável, os seguintes objectivos na área dos recursos materiais:
melhoria das instalações, do mobiliário e modernização do material pedagógico e didáctico.
No domínio pedagógico e das aprendizagens, alguns aspectos tornaram-se já cultura da
escola, a saber: Aulas de Apoio e Complemento Educativo, utilização da sala de Informática
aberta ininterruptamente, acesso livre às Tecnologias da Comunicação e Informação,
Olimpíadas de Matemática, de Física e de Química, visitas de estudo e trabalhos
desenvolvidos pelos diversos grupos disciplinares, bem assim como apoio pedagógico em
Língua Portuguesa, Matemática e Inglês que muito tem contribuído para a diminuição do
insucesso nestas disciplinas. Além da manutenção dos apoios às disciplinas mencionadas,
implementou-se também apoio a Inglês por esta se ter revelado uma disciplina com elevada
percentagem de insucesso. Seguindo a mesma orientação, procurar-se-á, sempre que
possível, propiciar aulas de apoio nas disciplinas cujos resultados revelem insucesso
significativo.
A Escola desenvolve ainda alguns projectos e clubes: Educação para a Saúde, Escolas
Livres de Tabaco, Plano de Acção para o Sucesso da Matemática, Projecto Matemática
Ensino, Projecto do Desporto Escolar, Iniciativa Escolas Professores e Computadores
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Portáteis, Projecto TIC, Portal da Escola, Clubes de Astronomia, de Informática, da Protecção
Civil, do Ensino Experimental das Ciências e das Ciências Naturais.
V. OBJECTIVOS
1. Aumentar em 1% anualmente os níveis de sucesso escolar dos alunos do 3.º ciclo,
secundário diurno e recorrente de nível secundário.
2. No 9.º ano, manter as médias dos resultados dos exames acima da média nacional.
3. No ensino secundário, manter as médias dos resultados dos exames acima da média
nacional.
4. Manter e/ou reduzir as taxas de abandono escolar.
5. Manter baixo o nível de absentismo.
6. Aumentar a oferta educativa no ensino secundário profissionalizante de pelo menos mais
um curso.
7. Manter nos cursos de Educação e Formação de Adultos oferta formativa existente na
Escola.
8. Manter no ensino recorrente de nível secundário por módulos a oferta formativa existente
na Escola.
9. Cumprir as metas físicas definidas pela Agência Nacional para a Qualificação, constantes
do Plano Estratégico de Intervenção do CNO da Escola Secundária com 3.º ciclo Fernão
de Magalhães.
10.Realizar em todos os departamentos curriculares, pelo menos, uma acção de formação
(acreditada ou não) de 25 horas centradas em conteúdos de natureza científico-didáctica
com ligação ao departamento, no decorrer do período de avaliação dos docentes.
11. Realizar pelo menos uma acção de formação para o pessoal docente no âmbito das NTI,
no decorrer do período de avaliação dos docentes.
12. Criar condições para a frequência de acções de formação de todo o pessoal não docente.
13. Aplicar ao pessoal não docente uma avaliação de desempenho que fomente a prestação
de um serviço mais qualificado a toda a comunidade escolar, contribuindo ainda para um
desenvolvimento/realização pessoal.
14.Estimular a participação dos pais e encarregados de educação no processo educativo dos
seus educandos com a sua presença na Escola pelo menos uma vez por período.
15.Sensibilizar os alunos para que as requisições de material livro e não livro na BE/CRE
atinjam10% da população escolar.
20
16.Aumentar em 10% os índices de utilização do portal da Escola.
17. Desenvolver o recurso à plataforma moodle incluída no site da escola.
18.Efectivar práticas anuais de auto-avaliação no seio das estruturas de gestão.
19.Analisar no final de cada período os resultados escolares de modo a delinear estratégias
que contribuam para um maior sucesso educativo
20.Manter uma alimentação saudável aos utentes do refeitório e do bufete.
21.Aumentar em 5% o número de utentes do refeitório.
22.Sensibilizar a comunidade educativa para reduzir, reutilizar e reciclar os
materiais/resíduos, de modo a criar uma cultura cívica de defesa e preservação do
ambiente e do património.
23.Estimular a participação dos alunos através dos delegados de turma e seus
representantes nos órgãos de gestão da Escola.
24.Fomentar na Escola uma cultura de prevenção e segurança.
25.Melhorar a informação e a comunicação interna da escola, nomeadamente através da
realização de reuniões e da utilização do site da Escola.
26.Conceder uma hora da componente não lectiva aos Directores de Turma integrada nos
horários das turmas dos alunos, de modo a permitir um melhor acompanhamento dos
mesmos.
VI. TIPOS DE ACÇÕES A DESENCADEAR
1. Elaboração em Conselho de Turma de estratégias de remediação para alunos com
dificuldades de aprendizagem ou com necessidades educativas especiais.
2. Manutenção de medidas de Apoio Pedagógico Acrescido.
3. Entrega anual de prémios de mérito escolar aos melhores alunos.
4. Valorização da função educativa das diferentes actividades extracurriculares,
nomeadamente através da criação de clubes e da realização de visitas de estudo.
5. Realização de reuniões dos Encarregados de Educação com os coordenadores e/ou
Directores de Turma.
6. Elaboração de um Plano de Formação que contribua para a actualização da formação de
pessoal docente e não docente, em articulação com o Centro de Formação da Associação
das Escolas de Chaves e Boticas.
7. Desenvolver acções e iniciativas para a promoção do ensino experimental.
8. Elaboração de um plano de prevenção e segurança.
21
9. Realização de �encontros� entre professores/alunos/funcionários/ encarregados de
educação/instituições da comunidade (abertura do ano lectivo, Festa de Natal, Magusto e
outras actividades).
10. Divulgação e/ou celebração de datas especiais nacionais e internacionais que enriqueçam
a cultura e a consciência de cidadania global.
11. Criação de condições para uma participação democrática de todos os elementos da escola
ao nível de decisões fundamentais e que lhe digam directamente respeito.
12.Elaboração de protocolos e parcerias no âmbito do Ensino Regular, Curso Profissional e
do CNO.
13.Apoio ao funcionamento da BE/CRE e optimização das suas potencialidades educativas.
14.Actualização do hardware e software da rede informática.
15.Melhoria e conservação, limpeza e higiene das salas de aula, dos laboratórios com meios
técnicos e pedagógicos necessários, balneários, instalações sanitárias e outros espaços
físicos da escola.
16.Sessão anual de promoção e visibilidade local e regional do Centro Novas Oportunidades.
VII. FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
1. SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO
1.1. Serviços de Psicologia e Orientação
Integrados nos Serviços Especializados de Apoio Educativo existem nesta Escola os
Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) que têm funcionado apenas com um profissional
(dos vários previstos no art.º 8º do Dec. Lei 190/91 de 17 de Maio) � uma Professora
Conselheira de Orientação (PCO), que neste momento exerce o cargo a tempo parcial.
Conforme o n.º 9 do Despacho conjunto 117/SERE/SEEBS/92, as actividades
realizadas visam sobretudo a orientação escolar e profissional descritas no n.º 5 do Art.º 6º do
Dec. Lei de 17 de Maio.
Assim, e em conformidade com o Regulamento Interno da Escola, os SPO têm como
objectivos:
a) «Apoiar os alunos no processo de desenvolvimento da sua identidade e do seu projecto
de vida»;
b) «Planear e executar actividades de orientação escolar e profissional, nomeadamente
através de programas a desenvolver com grupos de alunos ao longo do ano lectivo
(orientação continuada) e de apoio individual ao seu processo de escolha»;
22
c) Promover actividades de informação escolar e profissional sob diversas modalidades,
fomentando a participação activa dos alunos;
d) Colaborar com outros serviços, nomeadamente o Instituto do Emprego e Formação
Profissional e o Centro de Formação de Chaves, com vista a esclarecer os jovens sobre
os percursos alternativos e sobre o mundo do trabalho;
e) Desenvolver acções de informação e sensibilização dos Encarregados de Educação
sobre opções curriculares oferecidas nomeadamente pelas escolas e centros de
formação da área, caracterizando diversas opções.
Como se depreende dos objectivos enunciados, a acção dos SPO privilegia o
desenvolvimento de actividades com alunos, com maior incidência nos 9º e 12º anos, ainda
que a intervenção deste serviço contemple também a Escola e a comunidade,
nomeadamente:
a) Na estreita colaboração com os órgãos de gestão, corpo docente e a escola em geral;
b) No encaminhamento de casos que transcendem as suas funções;
c) na participação em acções promovidas por outras entidades, da Escola e/ou da
comunidade, de que resulte um maior acompanhamento dos alunos e um maior
enriquecimento profissional e pessoal.
1.2. Núcleo de Apoio Educativo
Integrado nos Serviços Especializados de Apoio Educativo existe na escola o Núcleo
de Apoio Educativo de acordo com o despacho conjunto nº 105/97, que estabelece o regime
aplicável à prestação de serviços de Apoio Educativo, de acordo com os princípios
consagrados na Lei de Bases do Sistema Educativo.
Assim, e em conformidade com o Regulamento Interno da Escola, este Núcleo de
Apoio Educativo tem como objectivos:
a) Contribuir para a igualdade de oportunidades de sucesso educativo para todas as
crianças e jovens, promovendo a existência de respostas pedagógicas diversificadas
adequadas às necessidades específicas e ao seu desenvolvimento global;
b) Promover a existência de condições nas escolas para a integração sócio-educativa das
crianças e jovens com necessidades educativas especiais;
c) Colaborar na promoção da qualidade educativa, nomeadamente nos domínios relativos à
orientação educativa, à interculturalidade, à saúde escolar e à melhoria do ambiente
educativo;
d) Sensibilizar e dinamizar a Comunidade Educativa para o direito que as crianças e jovens,
com necessidades educativas especiais, têm de frequentar o ensino regular;
23
e) Organizar, em articulação com os professores e os Directores de Turma, o processo de
apoio aos alunos com necessidades educativas especiais, identificando:
� As áreas de desenvolvimento e de aprendizagem em que os alunos manifestam
maior fragilidade;
� A natureza e modalidades de apoio adequadas.
f) Colaborar na identificação das necessidades de formação dos professores para a
promoção de uma pedagogia diferenciada;
g) Apoiar o professor na diversificação das práticas pedagógicas que facilitam a gestão de
grupos;
h) Colaborar com o professor na avaliação de programas individualizados;
i) Colaborar com os pais e encarregados de educação;
j) Dar apoio directo e presencial aos alunos que revelam:
� Especificidades culturais, ritmos de trabalho diversos que exigem flexibilidades
curriculares e metodológicas;
� Deficiência visual, auditiva, motora, multi-deficiências e outras;
� Dificuldades transitórias nas aprendizagens instrumentais de leitura, escrita e cálculo.
k) Elaborar, finalmente, o programa educativo para cada aluno com necessidades
educativas e ajudar a criar condições necessárias ao Conselho Executivo para que se
cumpra a aplicação do Decreto � Lei nº 319/91 de 23 de Agosto.
1.3. Constituem funções dos docentes que prestam apoio educativo nas escolas,
designadamente:
1.3.1. Colaborar com os órgãos de gestão e de coordenação pedagógica da escola
na detecção de necessidades educativas específicas e na organização e incremento dos
apoios educativos;
1.3.2. Colaborar com os órgãos de gestão e de coordenação pedagógica da escola e
com os professores na gestão flexível dos currículos e na sua adequação às capacidades e
interesses dos alunos, bem como às realidades locais;
1.3.3. Participar na melhoria das condições e do ambiente educativo da escola numa
perspectiva de fomento da qualidade e da inovação educativa.
1.4. Actividades de Apoio Educativo
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Estas actividades, que compreendem aulas de apoio e complemento educativo,
ocupação de tempos livres, ocupação das salas de informática, etc. dependem directamente
do Conselho Executivo.
2. ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
A Escola funciona das 8:20 às 24:00 horas com tempos lectivos de 90 minutos e/ou
com segmentos de 45 minutos.
A carga horária dos alunos do 3.º Ciclo não poderá exceder 9 segmentos num dia. A
carga horária dos alunos do Ensino Secundário poderá ir até 10 segmentos lectivos/dia. Em
ambos os casos devem ser intercaladas actividades lectivas de carácter mais prático com as
de carácter mais teórico.
3. SERVIÇOS SOCIAIS
As actividades desenvolvidas e coordenadas regionalmente pela Acção Social Escolar,
Direcção Regional de Educação do Norte, têm por fim assegurar condições que permitam o
acesso à escola e sua frequência, possibilitando o efectivo cumprimento da escolaridade
obrigatória e a continuação dos estudos para além desta.
Embora não pareça haver casos de flagrante pobreza, no ano lectivo de 2007/08, o
Serviço de Acção Social Escolar, nesta Escola, subsidia um número de 69 alunos, em função
dos diversos escalões, sendo que o subsídio por inteiro (a 100%) corresponde ao Escalão A
(57 alunos) e pela metade (a 50%) correspondente ao Escalão B (12 alunos).
ENSINO BÁSICO � 3º CICLO:
ANO2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08A B A B A B A B A B
7º 21 6 19 7 14 3 9 1 12 08º 27 2 22 4 13 7 10 2 6 19º 13 1 21 2 24 4 7 2 8 1
ENSINO SECUNDÁRIO:
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ANO2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08A B A B A B A B A B
10º 9 5 8 4 11 2 19 8 15 711º 12 0 9 3 1 4 7 3 11 212º 8 1 10 1 5 4 3 4 5 1
BOLSAS DE MÉRITO ESCOLAR:
ANO 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/0810º 6 2 6 1 111º 1 4 0 1 112º 4 2 5 0 3
No âmbito das medidas de combate à exclusão social e de promoção da igualdade de
oportunidades, foi instituído, pelo Governo, um sistema de bolsas de estudo para alunos do
Ensino Secundário � Bolsas de Mérito � assente no princípio da diferenciação positiva pelo
mérito escolar, com o objectivo de promover o prosseguimento de estudos por parte de alunos
em situação de carência económica. Neste ano lectivo foram atribuídas bolsas de mérito a 5
alunos.
VIII. DISPOSIÇÕES FINAIS
1. Divulgação do Projecto Educativo
O presente PE, após aprovação pelos órgãos competentes, deverá ser divulgado, em
Assembleia de Escola, a todos os membros da comunidade educativa, no início do ano
escolar.
O mesmo encontrar-se-á disponível para consulta permanente nos locais habituais.
2. Avaliação / Revisão do Projecto Educativo
Prevendo-se um período de três anos para o desenvolvimento do Projecto Educativo e
constituindo este um documento em construção, impõe-se uma avaliação e reformulação
constantes de forma a corrigir a sua coerência (relação entre o projecto e o problema), a sua
eficiência (gestão e administração dos recursos e meios) e, ainda, a sua eficácia (relação
entre a acção e os resultados). Neste sentido, é necessário avaliar cada uma das actividades,
podendo organizar-se portfólios que, complementados com os relatórios exigidos legalmente,
permitam monitorizar os progressos alcançados, deles apresentando relatório à Assembleia
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de Escola, Conselho Executivo e Conselho Pedagógico para preparação das medidas a tomar
no ano lectivo seguinte.3
IX. CONCLUSÃO
Esperamos que este projecto possa:
1. Acompanhar a evolução da sociedade em que nos inserimos;
2. Oferecer mais e melhores serviços;
3. Envolver a comunidade escolar no meio, tentando fazer desta um núcleo
polarizador.
Escola Secundária Fernão de Magalhães, 13 de Novembro de 2007
3A aprovação, o acompanhamento e a avaliação do PE far-se-ão ao abrigo do Art. 10, n.º 1 alínea b), do Decreto-Lei n.º
115-A/98 de 4 de Maio.
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