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INTRODUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
1 – APRESENTAÇÃO
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, a direção juntamente com o
corpo administrativo, docente e discente, traça o Projeto Político Pedagógico do
Estabelecimento de Ensino – Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino
Fundamental, tentando acompanhar as transformações ocorridas no âmbito nacional, no
sentido de mudança, na ação participativa e cooperativa que engrandece através das
diferentes representações dos segmentos escolares que busca auxiliar a escola no seu
todo. Seu objetivo é preparar progressivamente o educando para o acesso sistemático ao
conhecimento, para a compreensão dos problemas humanos, para a vida e para o
trabalho.
Este projeto foi elaborado para preparar jovens e adolescentes ao exercício da
cidadania para expansão da criatividade e a participação consciente no meio social. O
que até então, era elaborado apenas por setor competente, hoje necessita do poder de
decisão de todos, inclusive do professor, pois além de seus conhecimentos, sua
convivência em sala de aula, recolhe subsídios diversos contribuindo assim para uma
escola cada vez melhor.
Reconhecemos que é necessária a apropriação do saber na elaboração de um
método que respeite a sensibilidade do aluno, na obediência dos princípios teóricos,
preparando o aluno para a cidadania.
2 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Escola: Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental
Endereço: Rua Joaquim Costa, s/nº - Distrito Primavera – Código: 140
Telefone: (43) 3562-1001 (Telefone Público)
Município: Leópolis Código: 1350
Dependência Administrativa: Municipal Código: 03
NRE: Cornélio Procópio Código: 08
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
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- Ato de Autorização da Escola: Resolução nº 560/84 de 12/03/1984
- Ato de Reconhecimento da Escola: Decreto nº 3752/88 de 05/12/1988
- Ato de Renovação do Reconhecimento da Escola: Resolução nº 742/2010 DOE
25/05/2010
- Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: nº 038/02 de 03/05/02
Distância da Escola do NRE: 25 Km
Localização da Escola: Zona Rural (Escola do Campo)
Site da Escola: www.llsleopolis.seed.pr.gov.br
E-Mail: [email protected]
Número de turma: 4 turmas, sendo (1) 6º; (1) 7º; (1) 8º; (1) 9º
Número total de alunos: 13
ORGANOGRAMA
3 – OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A organização do trabalho pedagógico escolar supõe reflexão e discussão crítica
sobre os problemas da sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de
intervenção, buscando a transformação da realidade social, econômica, política,
educacional e cultural.
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A articulação e a participação de todos os sujeitos do processo educativo:
professores, funcionários, pais de alunos e outros, para a formação de uma visão global
da realidade e dos compromissos coletivos, fundamentam as transformações internas da
organização escolar e explicita suas relações com as transformações mais amplas
(econômica, social, política, educacional e cultural).
Este projeto tem por finalidade cumprir o que estabelece a legislação em vigor,
LDB nº 9394/96, que é a preparação cultural dos indivíduos para uma melhor
compreensão da sociedade, participação política que implica nos direitos e deveres de
cidadão, promovendo o desenvolvimento integral da “pessoa”.
HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
No município de Leópolis – povoado da Primavera, no ano de 1971, dá-se o início
de uma nova cultura para os cidadãos daquele distrito, nascendo assim o Sistema Escola
Ginasial, com 5ª e 6ª séries, sendo extensão da Escola Estadual D. João VI de Leópolis,
sendo Diretora a professora Telma Frederighi Baisi, que veio de Minas Gerais e após
convivência com a comunidade optou por em prática sua formação profissional; sua
administração foi dinâmica e organizada.
Com o reconhecimento do curso de 1º grau, em 1981, passou a denominar-se
Escola Estadual Maria Pereira – Ensino de 1º Grau. Recebeu esta denominação em
homenagem à professora Maria Pereira, que durante quinze anos atuou como secretária,
homenagem justa pelo seu exemplo de dedicação, dignidade, humildade para com todos
que por ali passaram.
Em 21 de fevereiro de 1984 atendendo os inúmeros pedidos por parte da
comunidade e dos órgãos competentes dá-se o início de uma nova escola.
O secretário de Estado da Educação, com o Parecer nº 560/84 de 21 de setembro
de 1984, autoriza o funcionamento gradativo; em 1984 funciona a 5ª série; em 1985 a 6ª
série; em 1986 a 7ª série e em 1987 a 8ª série; sendo administrada pela Inspetoria
Municipal e Estadual de Ensino, a professora Maria Aparecida da Silva, com sua vasta
experiência administrou a Escola com dinamismo e competência.
Em 05 de dezembro de 1988, com a Resolução nº 3752/88, fica totalmente
reconhecida a Escola com o legal funcionamento passando a denominar-se Escola
Estadual de Leópolis – Ensino de 1º Grau, de 5ª a 8ª séries, localizada a 25 km do NRE
de Cornélio Procópio.
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Tendo como primeira Diretora oficializada Mafalda Abucarub Trombini, que muito
fez por esta comunidade. Profissional batalhadora e competente, alargando assim laços
afetivos, com seriedade e compromisso.
Posteriormente em 1989, foi designada Diretora a professora Guiomar Neto
Antunes, pessoa bondosa, paciente e muito preocupada com a Escola. Durante sua
gestão aconteceram vários momentos agradáveis e saudosos, tais como: apresentação
de fanfarra, jogos, gincanas, teatros e etc.
Em 1991, inicia-se uma nova administração sob responsabilidade da professora
Maria Cleide Bernardes Toneze, que administra com idealismo, competência, amizade,
respeito e valorização do ser humano. Sua administração é participativa. A educação na
escola continua cada vez mais dinâmica e justa, contando com o apoio efetivo de toda
equipe técnico-pedagógica, administrativa, A.P.M., Conselho Escolar, professores e pais.
Em 1998, este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Escola Estadual
de Leópolis – Ensino Fundamental, conforme publicação da Resolução Secretarial nº
3120/98 em Diário Oficial.
No início do ano letivo de 2001, respondeu pela direção da Escola a professora
Enelice Melchior Fratoni, que não mede esforços para que a formação integral dos
educandos, o bem estar da comunidade, a formação continuada de professores
efetivamente ocorra.
Em 2002, assume a direção da Escola a professora Márcia Regina Gavino
Mendes, conforme escolha procedida do Decreto nº 1313/01 de 27 de junho de 2001,
onde desempenhava a função de secretária desde 1996, passando a diretora com 10
horas e outras 10 horas administrativa, exercendo sua função voltada a gestão
participativa com lealdade não medindo esforços para o bem da comunidade escolar.
Em 2004, eleito através de votação da comunidade escolar a professora Márcia
Regina Gavino Mendes dá continuidade a administração da Escola, mas agora com 20
horas na direção.
A escola também foi contemplada com os serviços da pedagoga Maria Aparecida
Fuzza, uma conquista histórica e que com certeza melhorou muito o atendimento à
comunidade escolar. Em primeiro de abril de 2005, a pedagoga Cláudia Regina Silva
Simões veio do município de Curitiba passando a fazer parte da equipe pedagógica. A
mesma fixou seu padrão em outubro de 2005.
No segundo semestre de 2005 a professora Márcia Regina Gavino Mendes foi
reeleita através de consulta á comunidade escolar (votação), podendo com isso dar
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continuidade a sua administração escolar, com carga horária de 20 horas semanais, por
mais dois anos.
Em, 2007 a escola foi contemplada com os serviços da Pedagoga Solange Garcia.
Na segunda quinzena do mês de novembro do ano de 2008, a escola contou com os
serviços da Pedagoga Silvana Fratoni.
Em 2009, a escola iniciou o ano letivo tendo como Pedagoga Lisemari Pires
Cardoso, sendo substituída no final do mês de março por Isis Luciana Germano, que
prestou sua contribuição à escola até o dia 23 de junho, sendo também substituída pela
Pedagoga Maria Aparecida Fuzza, onde junto com a diretora e a secretária buscam
benefícios à escola para que tenham uma melhoria na qualidade de ensino.
Em 2009, assume a direção da Escola Estadual de Leópolis, a Professora Odete
Sergio Caldena, eleita através de votação da comunidade escolar e pais de alunos.
Durante esses meses demonstrou muita competência e dedicação.
Em 2010, no dia 18 de maio a pedagoga Maria Aparecida Fuzza foi substituída
pela pedagoga Maria de Fátima Silva Melchior. A partir de 2011 a pedagoga Marilda
Mendes de Souza Melchior passou a fazer parte do quadro de funcionário da escola em
substituição a antiga pedagoga, em 2012 assume como pedagoga a professora
Adeuseneide Rosa Correia e junto à direção do Estabelecimento de Ensino estará sempre
em busca de benefícios e melhorias para que aja uma melhoria na qualidade de ensino.
Temos confiança e acreditamos em nossos professores e dispomos de um bom
relacionamento com as pessoas que nos rodeiam.
No início de 2011, este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Escola
Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, conforme publicação da
Resolução Secretarial nº 1547/11 em Diário Oficial.
Nesta história de vida da Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino
Fundamental, a cada dia que passa, acrescentamos experiências dos profissionais bem
como toda comunidade escolar. Acreditamos e investimos na educação e formação de
verdadeiros cidadãos.
CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental está localizada no
município de Leópolis, inserida no Povoado da Primavera, zona rural. Predomina a
economia familiar com renda através do trabalho agrícola, a maioria são trabalhos braçais
como bóia-fria, que gera uma renda em torno de um salário mínimo por família.
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Nossos alunos, em sua maioria, são oriundos de famílias de baixa renda, que
trabalham em atividades rurais. Devido a este tipo de trabalho, uma parcela de pais se
distanciam da escola, deixam de conhecer os projetos em andamento, pouco sabem
quanto ao rendimento escolar dos filhos, transferindo a responsabilidade para a escola, e
aliado a isso, valorizando-a pouco.
Este problema é acarretado por condições sociais precárias, como falta de
emprego, salário digno, habitação, entre outros, levando a problemas de ordem familiar,
tais como: falta de diálogo, imposição de limites, desagregação do lar, dificultando o
trabalho escolar.
Este diagnóstico foi revelado através de reuniões com a participação de todos os
segmentos relacionados com a educação, direta ou indiretamente, para que se adquira
consciência por todos do processo de mudança e compreensão do significado social e
político da escola.
Em contrapartida, a maioria dos pais são preocupados com a vida escolar de seus
filhos, participantes de reuniões, preservam valores morais e éticos tradicionais e buscam
acompanhar o desenvolvimento escolar de seus filhos.
Sendo o professor o sujeito que possibilita aos estudantes a compreensão dos
conteúdos escolares, é a práxis pedagógica, responsabilidade direta dos professores que
possibilitará aos alunos esta compreensão, por meio de um trabalho que evidencie desde
os anos iniciais a relação teórico-prática, portanto, intencional e transformadora, como
marca da ação humana. Cabe ao professor um encontro dialógico com outros
profissionais da escola, como outros professores, pedagogos e direção, definir, de
maneira organizada e planejada, o processo intencional de ensino. Cabe à escola a
superação do conhecimento espontâneo, por meio de acesso a aquisição do
conhecimento sistematizado, conferindo um tratamento articulado a esses conhecimentos
visando uma análise crítica da realidade.
A inclusão dos portadores de necessidades especiais em nossa escola faz-se
dentro da sala de aula onde os professores trabalham bem o individual com os alunos
limítrofe, fazendo de tudo para que possam sanar suas dificuldades. A Escola Estadual do
Campo de Leópolis foi contemplada com Sala de Recurso em 2006, mas foi cessada a
modalidade no início de 2008.
No ano de 2012 este estabelecimento passa a ofertar Salas de Apoio a
Aprendizagem do 6º e 9º ano.
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Diretora, Pedagoga, Corpo Docente da escola fazem o melhor para que todos
tenham os mesmos direitos de aprender e ter sucesso em seu processo de
aprendizagem.
APROVEITAMENTO ESCOLAR
Não é de hoje que as escolas vêm enfrentando sérios problemas com a evasão
escolar e a repetência. A nossa escola considera um problema sério o da evasão escolar
e os motivos detectados junto à nossa comunidade escolar é o trabalho rural e a
desestimulação pelo próprio contexto de uma vida sem perspectiva de emprego no
próprio meio social. Isso faz com que o aluno tenha dificuldade de perceber a importância
da escolarização para a mudança deste contexto social e de vida. Quanto à repetência,
considerando o porte da escola temos uma discreta oscilação no decorrer dos anos
quanto a esse índice que hora se apresenta pequeno e outrora zerado.
ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
PERÍODO – VESPERTINO
Em virtude das medidas adotadas pela Secretaria da Educação do Paraná, de
extinguir o Ensino Fundamental do período noturno gradativamente, em 2003 a Escola,
passou a ter novo horário de funcionamento, vespertino, aprovado pelo Parecer nº
4088/02 de 30 de dezembro de 2002. O fato possibilitou a um maior número de alunos
frequentarem a Escola justamente pela segurança proporcionada pelo período diurno e
meio de transporte.
As turmas de 6º, 7º, 8º e 9º ano são atendidas das 13:00 horas às 17:20 horas de
segunda-feira a sexta-feira, em salas separadas. A equipe técnico-administrativa
objetivando o bom atendimento Professor/aluno cumpre o mesmo horário acima citado.
REGIMENTO ESCOLAR
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Em conformidade com a Deliberação 005/98 a matrícula em nosso
Estabelecimento de Ensino é considerada um ato formal que vincula o educando ao
mesmo, conferindo-lhe a condição de aluno. É requerida pelo interessado ou por seus
responsáveis, quando menor de 18 anos e deferida pelo Diretor, no prazo máximo de 60
dias, podendo ser efetuada por transferência.
De acordo com o Regimento Escolar do nosso estabelecimento, a frequência às
aulas e a todas as atividades escolares é obrigatória durante o período letivo, com uma
carga mínima anual de 800 horas, distribuído em 200 dias de efetivo trabalho escolar.
Para aprovação do aluno, a frequência mínima exigida é de 75% das aulas.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
Considerando a LDB, Currículo Básico do Estado do Paraná, Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais, optou-se por organizar as salas de aulas de acordo
com a faixa etária em séries, nº de alunos por turma, meio de transporte disponível, tendo
adotado o sistema de avaliação semestral.
A organização e distribuição das salas obedecem aos padrões legais quanto ao
número de alunos por m2 .
Não há rotatividade das turmas, pois não dispomos de espaço físico e recursos
didáticos para tanto.
Ciente de que à escola cabe ensinar, garantir o desenvolvimento de habilidades e
apropriação de conteúdos significativos, lançamos mão de todos os recursos disponíveis,
sendo o livro didático um instrumento valioso e bastante utilizado; mas também utilizamos
outros materiais de pesquisas como os paradidáticos, textos da internet, etc. Tudo isso
para que o planejamento de ensino da disciplina venha de encontro à realidade local e
aos anseios pedagógicos dos atores envolvidos.
A escolha do livro didático é feito através do estudo e análise do guia encaminhado
pelo MEC, levando o professor a executar a autonomia intelectual e pedagógica de
acordo com os próprios princípios e a proposta educativa da escola.
CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
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A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental funciona num
prédio municipal, onde compartilhamos tudo, está localizada na Rua Joaquim Costa, s/nº
no Povoado da Primavera.
Possui quatro salas de aulas, com carteiras em estado razoável, bem ventilada e
iluminada.
Hoje temos um espaço onde é compartilhado o laboratório de informática, sala dos
professores, secretaria, diretoria e o pedagógico, onde recebem os pais, alunos e toda a
comunidade escolar, no qual em alguns casos comprometem o atendimento adequado
que nossos alunos desejam e merecem. Nesse mesmo espaço funciona a biblioteca,
sendo os alunos estimulados, incentivados e com livre acesso a este espaço cultural.
A quadra é descoberta e utilizada para aulas de Educação Física e está em
situação muito precária, necessitando urgentemente de reparos, pois compromete o bem
estar físico de nossos alunos.
O espaço físico destinado ao refeitório, sofreu uma pequena melhora, como:
cobertura, mesa e bancos que melhor acomodam os alunos na hora do lanche. A cozinha
é ampla e equipada para fazer e servir a merenda que nos é fornecida pela mantenedora,
bem como outros programas de merenda complementar. Hoje também possuímos
banheiros em bom estado para atender professores e funcionários (1 banheiro) e alunos
(2 banheiros). Não temos um almoxarifado e isso nos impede de uma boa organização
dos materiais necessários ao bom andamento da escola.
Dispomos de uma área grande gramada, onde temos um jardim com algumas
árvores e plantas e uma pequena horta que oferece hortaliças e legumes que
complementam a merenda.
A higiene é uma de nossas prioridades. Mantemos o chão limpo e encerado.
Sabonete, papel higiênico, desinfetante e toalha não faltam nos banheiros, nem lixeiras
em todas as dependências da escola. As mesas do refeitório sempre estão com toalhas
limpas e os pratos, talheres e canecas são de inox, proporcionando mais dignidade ao
momento da merenda.
Como sempre estivemos preocupados com a gripe H1N1, procuramos equipar
nossa escola com álcool gel, sabonete líquido e papel toalha para a higienização das
mãos de nossos educandos e funcionários, colocando em locais estratégicos e dentro das
salas de aulas e nos banheiros o material necessário para que todos pudessem ter livre
acesso.
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A comunidade escolar deseja uma valorização do espaço físico de nossa escola, e
é nossa vontade junto com a Prefeitura Municipal melhorarmos o espaço físico deste
estabelecimento, construindo um almoxarifado, um depósito para lixo coberto, melhorar o
refeitório, construir uma sala para Diretora e Pedagoga, assim acreditando que uma
escola organizada, bonita, funcional e com equipamentos adequados, valoriza e melhora
a autoestima de todos, contribuindo para a criação de um ambiente propício a
permanência e ao sucesso de nosso educando.
A utilização pedagógica do espaço escolar em seus diversos ambientes fica assim
distribuída: a biblioteca é usada para pesquisa e leitura; as salas de aula são o ambiente
em que os professores dispõem para desenvolver suas atividades pedagógicas; o
refeitório onde é servida a merenda é muitas vezes usado para apresentação de
trabalhos, reuniões, desenvolvimento de projetos, etc.
RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE, PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO
A questão central da escola – ensinar e aprender – tem no currículo sua chave
mestra, exige planejamento, sustenta-se no trabalho coletivo dos educadores, com sério
preparo e profissionais devidamente habilitados. O corpo docente,
pedagógico e administrativo da Escola Estadual do Campo de Leópolis - Ensino
Fundamental, na grande maioria possui pós-graduação, habilitações específicas, além de
cursos de capacitação.
As funções administrativas são:
1 – Equipe Pedagógica:
1.1 – Odete Sérgio Caldena- Diretora
1.2 - Adeuseneide Rosa Correia – Pedagoga
2 – Administrativo
2.1 – Marcia Estela Martins – Secretária
3 - Serviços Gerais:
3.1 - Leida Virginelli da Silva
3.2 – Eliane Aparecida Correa
3.3 – Adriana Josefa da Silva Santos
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4 – Docentes:
- Ciências – 1 professor
- Artes – 1 professor
- Educação Física – 1 professor
- Ensino Religioso – 1 professor
- Geografia – 1 professor
- História – 1 professor
- Língua Portuguesa – 1 professor
- Matemática – Elza Anastácio da Silva
- Língua Estrangeira – 2 professor
CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Para fundamentar a filosofia e definir os princípios didáticos pedagógicos, partimos
do diagnóstico da realidade de nossa escola, pois aquela que queremos depende do
envolvimento de todos: comunidade escolar, governo e sociedade.
Partindo desse diagnóstico é possível compreender a realidade onde estamos
inseridos e partindo desta, entender a necessidade de repensar a missão da escola de
acordo com a legislação vigente; onde se percebe um encontro de perspectivas as quais
buscamos.
O ensino fundamental de noves anos é obrigatório e gratuito, devendo atender a
todos; concretizando novos paradigmas em função da melhoria da qualidade do ensino.
Para tanto é necessário observar alguns princípios, os quais deverão nortear nossa ação
pedagógica:
• Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
• Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
• Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
• Gratuidade do ensino;
• Valorização dos profissionais da educação;
• Gestão democrática, através de órgãos colegiados (APMF E Conselho Escolar);
• Garantia de padrão de qualidade;
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• Valorização da experiência extracurricular;
• Respeito à diversidade cultural;
• Inclusão dos portadores de necessidades especiais a não ser quando não houver
formas de atendimento especializado como determina a lei.
É também princípio norteador vedar qualquer forma de discriminação e segregação,
sendo priorizados os princípios pedagógicos das Diretrizes Curriculares Nacionais para o
ensino fundamental que são:
• Os princípios éticos da autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do
Respeito ao Bem Comum.
Tem por ideal o humanismo de um tempo em transição que se constitui pelo
desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade.
A finalidade mais importante é a autonomia que requer uma avaliação permanente
e mais realista das capacidades próprias e dos recursos que o meio oferece para que
assim possa formar pessoas dignas, solidárias e responsáveis. Desta forma a
educação cria condições para que ocorra o processo de desenvolvimento e
reconhecimento da identidade.
• Os princípios dos Direitos e Deveres, do Exercício da Criatividade e do Respeito à
Ordem Democrática.
É o princípio inspirado no respeito, na responsabilidade e na solidariedade. Ela se
traduz pela compreensão e respeito ao Estado de Direito, fortalecendo uma forma
contemporânea de lidar com o público e o privado, com respeito ao bem comum, com o
protagonismo expresso por condutor de participação e solidariedade, respeito e senso de
responsabilidade pelo outro e pelo público.
Esta política será praticada através da garantia de igualdade, de oportunidades e
da diversificação no tratamento dos alunos e dos professores, aprendendo e ensinando
os conteúdos curriculares.
• Os princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Diversidade e das
Manifestações Artísticas e Culturais.
Assume como princípio estimular a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade
pelo inusitado, a afetividade, facilitando a constituição da identidade, capazes de conviver
com o incerto, o imprevisível, o diferente.
Dessa forma conecta-se a sua fundamentação à estética que valoriza a beleza, a
delicadeza, a sutileza, integrando a diversão, a alegria e senso de humor a dimensões da
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vida consideradas afetivamente austeras, sendo assim, ela prioriza o reconhecimento da
diversidade como a forma peculiar de perceber e expressar a realidade.
A Estética da Sensibilidade é uma atitude diante de todas as formas de expressão
e deve estar presente no desenvolvimento do currículo e da gestão escolar, porque a
mesma não de dissocia das dimensões éticas e políticas da educação como também não
exclui outros estéticos.
A LDB nos aponta os objetivos do Ensino Fundamental:
Art.32 O ensino fundamental anos finais, com duração mínima de quatro anos,
obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
É nos objetivos educacionais que vamos formar para a cidadania construtiva e
participativa; não apenas com o ingresso para esta sociedade, mas também com a
transformação da mesma. Sabendo dos desafios e das lutas, daí repensar a ação
didática, os conteúdos que ensinamos, a orientação metodológica que inspira nossa
prática, os recursos didáticos que manejamos, a avaliação que nos redireciona, à própria
organização curricular.
É necessário entender a “Escola Cidadã”, que é justamente ter um ensino de
qualidade, capaz de criar condições ao educando preparando-o assim para a vida, isto é:
desenvolver os conteúdos presentes numa realidade, através da consciência profissional
e social, visando sempre a apropriação para a superação.
“A questão dos métodos se subordina à dos conteúdos: se o objetivo é privilegiar a
aquisição do saber, e um saber vinculado às realidades sociais, é preciso que os métodos
forneçam a correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos e que estes
possam reconhecer os conteúdos o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade”
(Libâneo, 1985).
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É nessas condições que precisamos de instrumentos de análise, planejamento e
condução da ação educativa da escola, ou seja, professores com propostas claras,
sabendo, planejando; o quê, o quando e o como ensinar e avaliar em coerência com seus
objetivos, de acordo com as necessidades.
Quanto aos objetivos eleger não somente os da memorização, (cognitivos); mas
também a primazia dos valores e atitudes (afetivos); a saúde do corpo e suas habilidades,
(psicomotores).
É desta maneira que o aluno pode construir seu conhecimento; na interação com o
objetivo e o meio onde vive. Daí também a necessidade de aprimoramento; iniciando pela
bagagem curricular dos próprios educadores e se estendendo a toda a comunidade;
promovendo uma forma mais eficaz para que os desafios se tornem instrumentos de
comprovação do desenvolvimento de nossas capacidades.
Entendendo que o homem é um ser que está constantemente em processo de
crescimento, por sua própria natureza, como ser racional; e tem necessidade de crescer,
de buscar conhecimentos e, através dessas condições que é permitido a ele educar-se.
Portanto, entre as possibilidades que o distingue, está a sua capacidade de antever as
ações antes de serem realizadas, isto é, este processo ocorre através da imaginação e
reflexão, na qual pode levá-lo a muitas realizações, de ser devidamente exploradas.
O homem é capaz de ser sujeito da sua própria ação, um tributo que separa o
homem do animal. Apenas a ele foram dadas condições de agir de forma crítica,
carregando consigo sua historicidade, o que lhe permite ainda educar, de forma que
progrida o mundo em comunhão com outros homens.
Assim devida às profundas modificações do mundo atual, ocorridas principalmente
durante as três últimas décadas, tem acarretado mudanças nas demandas sociais para o
sistema de ensino. Sobretudo levando em conta as ideologias embutidas no processo, a
necessidade de compreender a situação e de encontrar formas para o enfrentamento. A
sociedade reclama por uma escola crítica, que favoreça ao homem condições adequadas
para instruir-se dignamente, mais do que em períodos passados, é necessário que o
indivíduo seja capaz de aprender outras culturas, tradições e entender as mudanças. Mas
como efetivar esta escola crítica?
Na proporção que se deseja atingir, a escola brasileira está muito longe desse
grande passo, pois as crises da sociedade caminham lado a ela. Não compete os erros
somente ao professor, mas inúmeros são os fatores que concorrem para a situação.
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A crise na formação do professor é uma situação que exige uma finalidade no
interior da escola para o seu próprio desenvolvimento; estabelecendo relação de
comunidade, de trabalho com as instâncias externas nas quais os formadores vão atuar.
Compreender o ato de educar implica uma construção específica que dê conta
daquilo que é ensino. Não pretendemos um aluno passivo, mas sim que seja sujeito da
aprendizagem e da própria história, que pense crítico e criativamente, que seja assim,
apto para obter e interpretar informações e que saiba definir o destino e dele participar
ativamente.
Tudo o que dissemos requer um pensar voltado para a aquisição dos conteúdos
científicos que acreditamos ser, até o momento, somente através da escola que a classe
trabalhadora consegue a apropriação desses bens.
Para tanto a equipe pedagógica e professores devem estar atentos a diversidade
encontrada nos alunos, atento as diferenças; estabelecendo e fomentando a política de
inclusão, campo abrangente que deverá ser, também, norteador de nossa ação
pedagógica.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
CONCEPÇÃO DE CAMPO E DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
A Educação do Campo é uma política publica que nos últimos anos vem se
concretizando no estado do Paraná, assim como no Brasil, caracterizando como resgate
de uma dívida histórica do Estado aos sujeitos do campo, que tiveram negado o direito a
uma educação de qualidade.
A construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo é mais um passo
importante na afirmação da educação como um direito universal, pois vem auxiliar o
professor a reorganizar sua prática educativa, tornando-a cada vez mais próxima da
realidade do sujeitos do campo.
Os sujeitos do campo tem direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e
com a sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e
sociais.
É importante fazer uma distinção dos termos “rural” e “campo”. A concepção rural
representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que historicamente
fizeram referência aos povos do campo como pessoas que necessitam de assistência e
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proteção, na defesa de que o rural é o lugar do atraso. Trata-se do rural pensado a partir
de uma lógica economicista, e não como um lugar de vida, de trabalho, de construção de
significados, saberes e culturas.
A concepção de campos tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais no
final do século XX, em referência à identidade e cultura dos povos do campo, valorizando-
os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.
Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na
sua relação de existência e sobrevivência.
A perspectiva da educação do campo se articula a um projeto político e econômico
de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos
que nele vivem.
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a
natureza, o trabalho da terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de
obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de
vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vinculo
com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.
A identidade dos povos do campo categorias sociais como poceiros, bóias-frias,
ribeirinhos, ilhéus, atingidos por barragens, assentados, acampados, arrendatários,
pequenos proprietários ou colonos ou sitiantes – dependendo da região do Brasil em que
estejam – caboclos dos faxinais, comunidades negras rurais, quilombolas e, também as
etnias indígenas.
A educação para os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo
essencialmente urbano e, quase sempre, deslocados das necessidades e da realidade do
campo.
A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do campo,
raramente são tomadas como referência para o trabalho pedagógico, bem como para
organizar o sistema de ensino, a formação de professores e a produção de materiais
didáticos.
Entre as características da Educação do Campo que se pretende construir, estão:
- Concepção do mundo → O ser humano é sujeito da história, não está “colocado”
no mundo, mas ele é o mundo, faz o mundo, faz cultura;
- Concepção de escola → Os povos do campo querem que a escola seja o local
que possibilite a ampliação dos conhecimentos, portando, os aspectos da realidade
podem ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada;
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- Concepção de conteúdos e metodologia de ensino → Conteúdos escolares
são selecionados a partir do significado que tem para determinada comunidade escolar.
- Concepção de avaliação → Processo contínuo e realizado em função dos
objetivos propostos para cada momento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual.
Pode ser feita de diversas maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos,
trabalhos de campo, elaboração de textos, criação de atividades que possam ser um
“diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento.
CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A criança no decorrer da história tem sido vista com olhares diferentes cada qual a
sua época, sobretudo como um adulto em miniatura. Considerando que a criança tem
suas necessidades especificas, lutou-se para que ela deixasse de ser vista pela ótica de
adulto e fosse percebida e respeita em seus direitos de ser cuidada, educada e também
de brincar.
É importante que na infância a criança construa a sua identidade, sendo que para
que isso ocorra faz-se necessário o entendimento de infância o qual deve ser privilegiado
durante o processo de ensino-aprendizagem, sendo assim é necessário se ter clareza
que na sociedade atual, a criança não pode mais ser considerada, por exemplo, uma
tabula rasa como acreditava Jonh Locke (1632-1704), influenciado pela teoria empirista.
Durante a infância a criança estará construindo a sua identidade, a qual nos traz a
ideia de quem somos e também como somos nossas características, nossos atos. Essas
distinções fazem com que tornemo-nos pessoas únicas, singulares, porem desde que
nascemos somos influenciados por pessoas em nosso meio o que interfere na formação
de nossa personalidade, nosso modo de nos apresentar e agirmos.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, no
processo de construção da identidade deve ser relevante tomar como base que a
aquisição da consciência dos limites do próprio corpo é um aspecto importante do
processo de diferenciação do eu e do outro e da construção da identidade. Por meio das
explorações que faz do contato físico com outras pessoas, da observação daqueles com
quem convive, a criança aprende sobre o mundo, sobre si mesma e comunica-se pela
linguagem corporal.
Esse processo de exploração da criança pelos aspectos existentes no meio social,
nos objetos, na observação das características das outras pessoas é o inicio desse
19
processo de aprendizagem que acontecerá visando à aquisição do conhecimento de si
mesma e do que esta a sua volta.
Nessa perspectiva deve-se considerar ainda que a criança construa seus
conhecimentos em uma dinâmica que pressupõe atividades sociais as quais envolvem o
contato com outras crianças.
Considerando, portanto, que a criança vem construindo sua personalidade e
identidade, sua história e que a escola é meio social onde ela terá contatos sociais que a
estimularam ao trabalho coletivo, mas sempre respeitando as características especificas
que fazem parte da sua personalidade para que, por meio também da escola,
considerando sua função social e os atos de cuidar e educar, a criança possa crescer um
ser autônomo e com consciência critica para atuar na sociedade.
CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
Atualmente os jovens vêm cada vez mais cedo transpondo da infância para a
adolescência. O contexto em que se encontra a sociedade atual contribui para que os
jovens não apenas contemplem essa fase da vida mais precocemente, mas também
conturbadamente.
A adolescência é marcada por conflitos internos e externos, os quais dizem
respeito a questões que envolvem a puberdade caracterizada pelas transformações
hormonais que fazem parte da fase biológica. Outro problema dessa fase são os conflitos
psicológicos e sociais, pois uma característica comum em grande parte dos adolescentes
é a necessidade de fazer parte de um grupo. As amizades tornam-se mais importantes e
passam aos adolescentes a sensação de fazer parte de um grupo de interesses comuns.
O homem é um ser histórico e se constitui no decorrer da vida, sendo que na
adolescência são construídos valores que acompanharam o sujeito por toda a vida.
Aguiar, Bock e Ozella (2001, Apud OZELLA E AGUIAR, 2008, p.3), dão sua contribuição
sobre a construção da adolescência na vida do sujeito. Nessa perspectiva a adolescência
é construída historicamente.
É criada historicamente pelo homem, como representação e como fato social e psicológico. É constituída como significado na cultura e na linguagem que permeia as relações sociais. Fatos sociais surgem nas relações e os homens atribuem significados a esses fatos; definem, criam conceitos que expressam esses fatos. Quando definimos a adolescências como isto ou aquilo, estamos atribuindo significações (interpretando a realidade), com base em realidades sociais e em
20
“marcas”, significações essas que serão referências para a constituição dos sujeitos.
Deve-se considerar então, durante o período de escolarização a construção
histórica do sujeito, suas significações sociais da realidade que os cerca.
Nesse contexto e na escola que os adolescentes criaram seus vínculos sociais de
grupo, mais efetivos e intensos, e é onde também eles demonstraram suas características
mais peculiares da sua personalidade. Os professores então devem estar preparados
para lidarem com todos esses conflitos de forma que não seja prejudicado o processo de
transmissão e assimilação dos conhecimentos por eles, em uma sistemática de
metodologias que deem conta de chamar a atenção deles para os conteúdos,
privilegiando assim o processo de ensino aprendizagem, e respeitando essa fase peculiar
da vida.
ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS E FINAIS
Para melhor atender aqueles que já frequentaram o Ensino Fundamental anos
iniciais, contemplaremos na organização do nosso trabalho pedagógico, aspectos que
garantirão a especificidade de cada nível de ensino, como o afeto, o prazer, a interação e
a contextualização. Todos estes aspectos estão presentes em todas as disciplinas que
compõe o currículo escolar, respeitando a especificidade de cada disciplina e reforçando
a ideia de que todos os conteúdos são importantes e que os espaços, materiais de apoio,
enfim, todas as adequações devem ser contempladas no trabalho com todos os alunos e
anos. Procuramos efetivar a interação entre diferentes conteúdos trabalhados na escola,
buscando articular, qualitativamente, o Ensino Fundamental anos iniciais aos anos finais.
Quando propomos ensinar, é fundamental compreender como se dá o processo de
aprendizagem, isto é, como o indivíduo aprende, o que ele nos traz de conhecimentos já
adquiridos.
Será importante desenvolver a capacidade de interagir em todas as situações e
ambientes da instituição, respeitando as regras de convivência, respeitar a diversidade
das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores e funcionários da
escola, bem como por pessoas da comunidade extraescolar.
21
Esse aprendizado que envolve atitudes e procedimentos éticos também deve ser
desenvolvido na sala de aula, pelo professor ou pela professora, por meio de exposições
e argumentações, do estímulo ao respeito mútuo, mas, sobretudo, pela própria atitude
respeitosa assumida diante dos alunos.
O professor é o profissional responsável pela prática pedagógica em sala de aula,
e realiza a transmissão ativa de conteúdos, oportunizando aos alunos estabelecer
relações entre os conhecimentos já adquiridos e os conhecimentos historicamente
acumulados, apropriando-se destes últimos, atitude não isolada do professor em sala de
aula, mas como ação conjunta e definida pelo coletivo escolar de um planejamento, para
atingir os objetivos de cada etapa de ensino.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Cabe à educação escolar o dever compulsório de atender às novas exigências
sociais de formação, desse modo, a língua deve entrar na escola da mesma maneira que
existe vida a fora, ou seja, por meio de práticas sociais de leitura e escrita. O objetivo é
formar alunos que saibam produzir e interpretar textos de uso social – orais e escritos.
Este objetivo implica colocar o aluno em contato sistemático com o papel de leitor e
escritor, compartilhamento a multiplicidade de propósitos que a leitura e a escrita
possuem: ler por prazer, para se divertir, para buscar informações específicas, para
compartilhar, para expressar ideias, para conservar memórias, abrir horizontes.
O sistema de escrita e as convenções para o seu uso constituem uma tecnologia
inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os desenhos e
símbolos usados inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez de desenhar
ou simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser apresentados em sons da fala, por sinais
gráficos, criando-se assim o sistema alfabético desde o início da escrita e materiais
utilizados para registrar. E convenções foram criadas:sobre o uso do sistema alfabético,
resultando no sistema ortográfico; a convenção de que as palavras devem ser separadas,
na escrita, por um pequeno espaço em branco, no mundo ocidental, a convenção de que
se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita.
Assim não se trata de escolher entre alfabetizar e letrar, trata-se de alfabetizar
letrando. Também não se trata de pensar os dois processos como consequência, isto é,
vindo um depois do outro, como se o letramento fosse uma espécie de preparação para a
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alfabetização, ou como se a alfabetização fosse condição indispensável para o início do
processo de letramento.
O desafio que se coloca para os anos do ensino fundamental é o de conciliar esses
dois processos, assegurando aos alunos a apropriação do sistema alfabético-ortográfico e
condições possibilitadoras do uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita.
Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das
habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia, do conjunto
de técnicas, para exercer a arte e a ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente
da tecnologia da escrita denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais
como: capacidade de ler e escrever para atingir objetivos. (In. Ribeiro, 2003, p.91).
A escola não é a única responsável por proporcionar a alfabetização e o
letramento. Antes de chegar às instituições educativas, a criança já convive tanto com a
tecnologia escrita, como com o seu uso, pois em seu contexto a escrita está sempre
presente, dependendo de suas condições sociais ela pode estar mais ou menos
presentes. Desde muito cedo a criança convive com práticas de letramento. Esses
primeiros passos da criança ao mundo da leitura e escrita acontecem de forma
assistemática, sem planejamento, é a escola responsável a orientar de forma sistemática,
metódica e planejada, esses processos de letramento.
Até meados de 1980, o início do processo da leitura e da escrita se limitava com
sentido atribuído a palavras, sílabas. O objetivo era levar a criança à aprendizagem do
sistema convencional da escrita, apropriava-se da escrita para só depois fazer uso dela.
Entende-se que a ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que
contempla de maneira articulada e simultânea, a alfabetização e o letramento.
Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever,
bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado
ou condições que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se
apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a
cultura escrita. Como são muito variados os usos sociais da escrita e as competências a
elas associadas (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é frequente levar em
considerações níveis de letramento dos mais elementares aos mais complexos.
Considera-se alfabetização e letramento processos diferentes cada um com suas
especificidades, mas complementares e inseparáveis, ambos indispensáveis, deve ser
contemplada em uma ação pedagógica de maneira articulada e simultânea, adequando
alfabetização e letramento.
23
Talvez a diretriz pedagógica mais importante no trabalho (...dos professores), tanto na pré-escola quanto no ensino fundamental e médio, seja a utilização da escrita verdadeira nas diversas atividades pedagógicas, isto é, a utilização da escrita, em sala, correspondendo às formas pelas quais ela é utilizada verdadeiramente nas práticas sociais. Nesta perspectiva, assume-se que o ponto de partida e de chegada do processo de alfabetização escolar é o texto: texto falado ou escrito, caracterizado pela unidade de sentido que se estabelece numa determinada situação discursiva. (Leite. p.25).
Concluindo, sendo muitas e diferentes as facetas da alfabetização e
letramento, considerando que esses dois processos, como foi afirmado, devem ser
desenvolvidos simultaneamente e indissociavelmente, não podemos nos prender em um
único método para orientação e aprendizagem inicial ou não. É necessário uma
articulação de procedimentos que alfabetizem e letrem, propiciando uma entrada plena no
mundo da escrita, que é a finalidade última da aprendizagem inicial da língua escrita.
(Caderno Orientações Ensino de Nove anos).
MATRIZ CURRICULAR ESPECÍFICA E A INDICAÇÃO DA ÁREA OU
FASE DE ESTUDO A QUE SE DESTINA
A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, oferta o Ensino
Fundamental, nos anos finais (6º ao 9º ano), com duração de quatro anos, tendo por
objetivo a formação básica do cidadão, de acordo com os objetivos constitucionais
expressos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
O Ensino Fundamental visa ao domínio da leitura, da escrita, do calculo e do
raciocínio, preparando progressivamente o educando para a compreensão de suas leis,
com uma participação consciente no meio social.
Os conteúdos referentes ao Estado do Paraná outrora ofertado em duas disciplinas
da Parte Diversificada passam a constituir conteúdos da disciplina de Geografia e
Historia.
A Lei no 11.645 de 10 de marco de 2008 publicada em 11/03/2008 altera a Lei no
9394/96 de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639 de 9 de janeiro de
2003.
Os conteúdos referentes a historia e cultura afro-brasileira e de povos indígenas
brasileiros, serão ministradas no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas
áreas de Arte, Literatura e Historia do Brasil.
24
A Lei nº 10.639 de janeiro de 2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de
Historia e cultura Afro-Brasileira na Educação Básica, que asseguram o direito a
igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantem igual direita as
historias e culturas que compõem a nação brasileira, alem do direito de acesso as
diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros.
Devemos valorizar e reconhecer a historia e a cultura Afro-brasileira e Africana,
assumindo um compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos,
capazes de compreender as relações raciais e étnico-raciais sem racismos, preconceitos
e discriminação.
A Historia e Cultura Afro-brasileira, será trabalhada nas disciplinas de Arte, Língua
Portuguesa e História; as demais disciplinas contemplarão ao longo do ano letivo a cultura
Afro-brasileira e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos da educação
compatível com a sociedade democrática, multicultural e plurietnica, do respeito as
diferenças e do compromisso moral e ético. A Deliberação 04/06 de 02 de agosto de 2006
traz normas complementares as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana
para o trabalho pedagógico.
O Ensino Religioso estabelecido pela Lei No 9394/96 no artigo 33, com redação
dada pela Lei No 9475/97 e considerando ainda o Parecer no 01/06, e ministrado nas
series finais do ensino fundamental (6º e 7º anos), sendo facultativo ao aluno.
Considerando o disposto nas Resoluções no 3.739/90 e 5.390/93, do
Departamento de Ensino de 1o Grau, que vigora desde o ano letivo de 1994, oferta a
seguinte organização curricular:
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE NOVE ANOS
NRE: CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: LEÓPOLIS
ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO DE LEÓPOLIS – ENSINO FUNDAMENTAL
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS – 6º AO 9º ANO TURNO: TARDE
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ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
6º ANO
7º ANO
8º ANO
9º ANO
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 4 3
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 2 3
ENSINO RELIGIOSO* 1 1 0 0
GEOGRAFIA 3 3 4 3
HISTÓRIA 3 3 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB – TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
LEM – INGLÊS 2 2 2 2
SUB – TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas. **O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
EIXOS TEMÁTICOS – EDUCAÇÃO DO CAMPO
TRABALHO: DIVISÃO SOCIAL E TERRITORIAL
Através de um trabalho junto aos professores o primeiro eixo será contemplado
pelas disciplinas de Geografia e Ciências, pois a reflexão sobre a organização produtiva
na sociedade capitalista e em outros modos de produção. É a análise sobre as atividades
humanas produtivas desenvolvidas pelos povos do campo.
Estudar quais atividades os povos do campo desenvolvem e quais atividades
agrícolas, industriais e de serviços marcam determinadas conjunturas dos países é uma
forma de aprofundar o conceito de trabalho e compreender as relações socioterritoriais.
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Identificar quais atividades humanas marcam a sociedade capitalista e outros
modos de produção.
Na sociedade capitalista, a divisão social do trabalho é marcada pela fragmentação
do trabalho humano.
Sabemos que os povos do campo conhecem o ciclo completo da produção: plantio,
cuidados técnicos e colheita.
Cada um dos municípios do Estado e do país possui particularidades produtivas e
explorá-las poderá subsidiar o processo pedagógico.
CULTURA E IDENTIDADE
As disciplinas que contemplarão esse eixo são Língua Portuguesa e Ciências,
neste eixo a cultura é entendida como toda produção humana que se constrói das
relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Os elementos
culturais caracterizam os diferentes sujeitos no mundo e, portanto, os diferentes povos do
campo. A cultura é gerada na prática social produtiva de cada uma das categorias sociais
dos povos do campo. Esses conteúdos culturais devem estar presentes nas práticas
pedagógicas, pois é ele que faz a escola ter um sentido na formação dos alunos.
A não inserção desses conteúdos nas praticas pedagógicas provocou ao longo da
historia a negação da cultura dos povos do campo nas escolas. Quando esta é
apresentada, na maioria das vezes, aparece de forma estereotipada e preconceituosa.
Valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade e
gerar um sentimento de pertencer ao lugar e ao grupo social. Isso possibilita criar uma
identidade sociocultural que leva o aluno a compreender o mundo e transformá-lo.
Cultura e identidade são dois conceitos que podem ser problematizados a partir da
identificação da trajetória de vida dos alunos da caracterização das práticas socioculturais
vividas na comunidade onde a escola está localizada, da análise das relações sociais
vividas nos ambientes familiares, comunitário e de trabalho.
INTERDEPÊNDÊNCIA CAMPO – CIDADE, QUESTÃO AGRÁRIA E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Esse eixo será contemplado por mais disciplinas que são: Geografia, História,
Ciências e Matemática, pois é um tema com uma expansão maior, a interdependência
27
campo-cidade ficou evidenciada no início do século XX, com o início da industrialização
no Brasil. Com a ampliação do número de únicotrias, houve necessidade de “atrair”
trabalhadores do campo para as cidades. O campo passava por um momento de
“expulsão” dos trabalhadores, em função da redefinição das atividades agrícolas, da
concentração da terra e das políticas agrícolas, que mais tarde desencadearam a
chamada “modernização agrícola conservadora”, em que a questão agrária não foi
tocada.
No Brasil áreas de terra encontravam-se nas mãos do grande capital, grandes
fazendeiros produzem para exportação. O grande capital e os fazendeiros são
proprietários da maioria das terras agricultáveis do país, enquanto as pequenas parcelas
de terra estão nas mãos de uma população que se constitui em maioria no campo, os
povos do campo. Nas cidades, as favelas e as moradias precárias são ampliadas,
juntamente com o desemprego e com outras formas de violência, como a empreendida
pelo narcotráfico. Programas sociais são viabilizados para “acalmar” os ânimos da
população, que carece de tudo o que é elemento básico para a sobrevivência (comida,
saúde, educação, roupa, moradia, trabalho).
O eixo temático interdependência campo-cidade questão agrária e
desenvolvimento sustentável, torna-se imprescindível a educação do campo.
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA, MOVIMENTOS SOCIAIS E CIDADANIA
Esse quarto eixo será trabalhado nas disciplinas de História e Geografia, onde a
organização política de um país, um estado ou um município guarda relação com a
representação político-partidária.
Historicamente, os povos do campo demonstram sua organização por meio de
reivindicação de condições de trabalho, divisão da terra, de forma a garantir a produção
de subsistência, a reforma agrária e a delimitação territorial.
Organização política é mais que falar de partidos políticos, de representantes
políticos, de processos eleitorais. É valorizar a organização da população brasileira na
cidade ou no campo. A organização política se da no âmbito escolar, nas características
da gestão que pode ser mais democrática ou mais autoritária. No ambiente escolar, a
organização de familiares, ou pais e mães dos alunos, a organização dos estudantes, a
28
organização dos funcionários, dos professores, etc, indicam formatos políticos,
apresentam demandas, faz denúncias em torno das políticas públicas.
É importante resgatar as lutas por direitos civis, políticos e sociais no país, pois isso
é a construção da cidadania.
Os movimentos sociais lutam para conquistar os direitos sociais como educação,
saúde, trabalho, moradia entre outros, lutam, portanto, pela conquista da cidadania como
direito e como dever.
O urbano e o campo não estão dissociados, pois são diferentes movimentos
sociais que reivindicam direitos. O eixo organização política, movimentos sociais e
cidadania é onde o professor terá possibilidade de analisar, com os alunos, as condições
existenciais dos sujeitos, compreender os enfrentamentos políticos e as lutas sociais na
história.
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é formado pelos professores, equipe técnico-pedagógica,
direção e a possível participação de pais e alunos, de acordo com o seu colegiado
representativo, para que se tenha a oportunidade de uma visão conjunta, com o objetivo
de formular estratégias na busca de alternativas para a superação dos problemas
pedagógicos da escola.
Com relação ao educando o conselho terá como objetivo: a análise de suas
conquistas, o planejamento de estratégias para a sua aprendizagem e principalmente os
avanços ocorridos no semestre, fato que justifica as decisões tomadas pelo mesmo.
CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar da Escola é um órgão formado por todos os segmentos da
comunidade escolar: pais, alunos, professores, direção e demais funcionários. Por meio
dele todas as pessoas ligadas às escolas podem se fazer representar sobre aspectos
administrativos, financeiros e pedagógicos. O Conselho Escolar é capaz de garantir a
autonomia da escola como instrumento de gestão, de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
29
administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes
educacionais da SEED. A cada dois anos é feita a troca dos membros do Conselho
Escolar através de votação democrática. São convidadas várias pessoas de diversos
segmentos da sociedade para composição do mesmo. Após a eleição o Conselho Escolar
da Escola Estadual de Leópolis – Ensino Fundamental ficou assim constituído:
Presidente: Odete Sergio Caldena;
Representante da Equipe Administrativa: Marcia Estela Martins;
Representante de Professor: Suzana Angélica Batista;
Representante de Alunos: Natasha Daniela Rufino;
Representante de Pais: Maria Dulce da Silva;
Representante de Pais: Renata Raimundo Carvalho;
Representante de Serviços Gerais: Leida Virginelli da Silva;
Representante dos Segmentos da Sociedade: Maria Regina de Freitas.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários da Escola Estadual de Leópolis –
Ensino Fundamental é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários
deste Estabelecimento, que passou a essa nova denominação a partir do ano de 2005,
não tendo caráter político, partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos; registrado
oficialmente em Cartório, com CNPJ nº 00.846.310/0001-21.
Atualmente composta pelos seguintes membros, com mandato (2005/2006), abaixo
relacionado:
Presidente: Andréia Pereira da Rocha Rufino;
Vice-Presidente: Nilza Aparecida de Rocha Alves ;
1º Secretário: Zulcimara Gonçales;
2º Secretário: Elisabete Balsani Cassiano;
1º Tesoureiro: Ivonete de Almeida Souza;
2º Tesoureiro: Maria José da Silva;
1º Diretor Sócio-Cultural Esportivo: Elza Anastácio de Souza;
2º Diretor Sócio-Cultural Esportivo: Rosimeire Crem.
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CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar do nosso estabelecimento possui uma carga horária mínima
de 800 horas, distribuídas em 200 dias de efetivo trabalho escolar. É elaborado
anualmente mediante a realidade do município em consenso com todos os
Estabelecimentos de Ensino, atendendo a LDB, bem como as normas baixadas em
instruções da SEED/NRE.
Nele está definido o início e o término do ano letivo, férias, recessos escolares,
feriados oficiais, semana de planejamento, de capacitação, semana cultural recreativa e
desportiva, quatro reuniões pedagógicas em horário alternado, dois Pré-Conselhos, um
no mês de maio e outro em outubro e dois Conselhos sendo um em julho e o outro em
dezembro.
O Estabelecimento de Ensino elabora o calendário escolar e coloca sob a
apreciação e aprovação do Conselho Escolar e, posteriormente, envia-o ao Núcleo
Regional da Educação para homologação.
PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E
FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO
A evolução do mundo de hoje, as transformações em todos os campos do
conhecimento, o aprimoramento de métodos e técnicas, os progressos alcançados no
campo da aprendizagem, tornam indispensáveis a atualização permanente do professor,
tanto em conteúdos de sua disciplina como na forma de desenvolver seu trabalho.
A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, incentiva a
participação dos professores em cursos de capacitação promovidos pela SEED e outros.
Durante as horas/atividades, o professor tem a sua disposição uma pasta com
textos informativos, técnicas de ensino, entre outros materiais que consideramos
interessantes enviados pelo NRE, SEED ou que algum profissional da escola tenha
sugerido (após análise da equipe pedagógica). Na reunião pedagógica, é planejado um
momento de capacitação, onde é trabalhado um tema sugerido pelos professores em
reunião anterior ou durante a hora atividade. São criadas oportunidades para troca de
experiências, elaboração de projetos interdisciplinares, planejamentos, repasse de
informações, leitura de documentos, publicações (ref. A indisciplina, avaliação, técnicas e
31
metodologia de ensino,etc), proporcionando o contato com novas abordagens para o
enriquecimento e fundamentação profissional.
Os demais membros da escola são capacitados conforme a oferta do NRE, da
SEED (encontros programados).
A equipe administrativa e técnico-pedagógica busca o aprimoramento através da
participação em reuniões específicas, estudos e análise de textos e livros afins, cursos de
aperfeiçoamento na Universidade do Professor, teleconferências, entre outros
oportunizando subsídios para melhor desempenho das funções.
Também diante da visão da SEED para com os Funcionários da Educação, que
reconhece-os como educadores, torna-se necessário que haja uma visão voltada para
uma formação contínua dos mesmos, onde todos possam participar das ações tomadas
dentro do Estabelecimento de Ensino, desde que haja respeito às hierarquias. O
Funcionário deve ser valorizado e tratado com igualdade, pois, ele faz parte da
comunidade escolar e também é peça-chave no processo de ensino-aprendizagem.
Os Educadores, antes somente funcionários, alcançaram progressos em suas
funções mediante a provação do Plano de Cargo e Carreira. Portanto, com esta conquista
faz-se necessário que o exposto na Lei nº 123/08 seja realmente cumprido, assim, o
educador sentir-se-á motivado no cumprimento de suas funções e buscará novos
conhecimentos intelectuais através de cursos especializados e até mesmo em nível
superior, que proporcionam um melhor desenvolvimento do seu trabalho.
A escola procura retribuir e reconhecer o tempo dedicado à participação em
atividades do desenvolvimento pessoal, envolvendo os participantes na apresentação de
conceitos, ideias, estratégias e técnicas, planeja a aplicação e oportuniza o feedback
sobre o uso das mesmas, durante e após as capacitações.
ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICAS
PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO
ESCOLAR
Constatamos que atualmente o modelo Clássico de escola, não mais dá conta da
complexidade do mundo moderno. Essa constatação demonstrou a necessidade de
mudar a escola, de aproximá-la mais da sociedade e de envolver mais os alunos no
processo aprendizagem.
32
É nessa perspectiva que estamos desenvolvendo o trabalho com projetos, voltada
para uma visão mais global do processo educativo, no qual conhecer a realidade e intervir
nela não são atitudes dissociadas, significa uma mudança de postura, uma forma de
repensar a prática pedagógica e as teorias que lhe dão sustentação.
No trabalho com projetos, o aluno aprende participando, formulando problemas,
tomando atitudes diante dos fatos, investigando, construindo novos conceitos e
informações e escolhendo os procedimentos quando se vê diante da necessidade de
resolver questões.
A aprendizagem acontece a partir da interação entre o aprendiz e o objeto de
conhecimento, dentro de um contexto com sentido e significado. O papel do professor é o
de mediar essa interação, com a missão máxima de levar o aluno a aprender;
descobrindo que podem pesquisar, criar e desenvolver projetos.
E é com esta visão que nossa escola desenvolve projetos, reafirmando o objetivo
da educação, de formar homens plenos em sua humanidade desenvolvendo a
criatividade, a visão crítica, a ética e a estética.
PROJETOS
Projeto: “S.O.S. Natureza”
Disciplinas: Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática
Turmas: 6º,7º, 8º e 9º anos
Professores: Rosimeire Crem, Elza Anastácio de Souza, Luzia Cleiri Bernardes Elias,
Edna Domiciano Corrêa Marino e Andréa Maria de Souza.
Justificativa: Este projeto faz-se necessário mediante a observação dos apelos da
natureza no que se refere a sua destruição. Partindo do princípio de que somos
educadores e formadores de opinião, estamos através dele despertando em nossos
alunos esta consciência de observar a realidade e nela poder interferir visando a sua
qualidade de vida.
Objetivos:
- Conscientizar os alunos de que a natureza pede por socorro e sua preservação é
necessária e urgente, como também compreender que nós somos partes integrante dela,
por isso, os maiores responsáveis pela sua preservação;
33
- Elaboração de gráficos;
- Levantamento de problemas relacionados à destruição da natureza na comunidade
onde vivem.
Projeto: ”Cesta Básica”
Disciplinas: Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática
Turmas: 6º, 7º, 8º e 9º anos
Professores: Rosimeire Crem, Elza Anastácio de Souza, Luzia Cleiri Bernardes Elias,
Edna Domiciano Corrêa Marino e Andréa Maria de Souza..
Justificativa: Este projeto faz-se necessário mediante as dificuldades com as quatros
operações no cálculo de custos, quantidades, capacidades, múltiplos e submúltiplos,
frações e o raciocínio abstrato. E por ser uma comunidade muito carente, vimos a
necessidade do sorteio de cesta básica entre os alunos, assim aprendendo o essencial na
matemática e tendo o prazer de levar para casa alimentos que ajudarão no suprimento de
suas necessidades básicas de alimentação.
Objetivos:
- Promover o ensino da matemática e das ciências através de situações problemas
mostrando como estas disciplinas se inserem nas questões do nosso cotidiano;
- Elaborar tabelas que permitam visualizar as informações coletadas;
- Calcular o custo da compra de cada grupo, verificando os melhores preços oferecidos;
- Simular as situações de compra e venda, utilizando o dinheiro (Banco Imobiliário);
- Ressaltar a necessidade da alimentação saudável, estudando os nutrientes e o
funcionamento do corpo humano, além da questão dos alimentos perecíveis, embalagens
adequadas, condições de armazenamento, etc;
- Estimular a discussão e reflexão sobre produção e escoamento de mercadorias,
atividades ligadas à produção e ao comércio, diferenças regionais quanto a produtos e
preços, direitos do consumidor.
Projeto: “Qualidade de vida”
Disciplina: Educação Física
Turmas: 6º, 7º, 8º e 9º anos
Professora: Zulcimara Gonçales
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Justificativa: Após um diagnóstico da turma, observando a necessidade de correção da
postura de alguns alunos, o sedentarismo e o esclarecimento a respeito de hábitos
alimentares, faz-se necessário uma orientação mais dirigida, para que tais problemas
sejam solucionados ou pelo menos abrandado.
Objetivos:
- Compreender a importância da aquisição e manutenção de hábitos saudáveis para
uma melhor qualidade de vida;
- Caminhar observando normas de conduta, postura e respiração.
Projeto de Leitura: “Vamos transformar nossos alunos em leitores
assíduos”
Disciplinas: Língua Portuguesa, Artes, História, Geografia, Ciências, Matemática, Ensino
Religioso, Educação Física.
Turmas: 6º, 7º, 8º e 9º anos.
Professores: Suzana Angélica Batista, Elza Anastácio de Souza, Andréa Maria de
Souza, Luzia Cleiri Bernardes Elias, Zulcimara Gonçales e Edna Domiciano Corrêa
Marino.
Justificativa: Sabemos que a leitura é a chave de um bom aprendizado. A leitura é um
dos melhores recursos de ideias, emoções, fantasias e conhecimentos, e é o suporte na
aprendizagem, pois o educando entra em contato com o mundo de aventuras, mistérios,
cultivando o prazer pela leitura, tornando capaz de avaliar, criticar, vivenciar, comunicar e
expressar, facilitando a escrita e adquirindo um amplo vocabulário.
Objetivos:
- Despertar nos alunos o interesse e o prazer pela leitura;
- Estimular a leitura como fonte de emoções e descobertas;
- Instalar na sala de aula uma atmosfera de contágio, envolvimento e interesse pela
leitura;
- Desenvolver a expressão oral e escrita;
- Ampliar o vocabulário;
- Contribuir para o aprendizado da língua padrão.
AÇÕES PEDAGÓGICAS PARA MELHORA DO APROVEITAMENTO
ESCOLAR
35
Tendo como preocupação a escolarização desta comunidade e sendo um
problema sério o da evasão escolar, a nossa escola trabalha efetivamente no resgate da
autoestima desse aluno, fazendo reuniões de acompanhamentos (trimestrais), para
colocarmos os pais a par da vida escolar de seus filhos. Como é uma comunidade de
trabalhadores rurais, essas reuniões são realizadas no período noturno para termos uma
maior participação. A Escola Estadual do Campo de Leópolis realiza algumas
festividades: dia das mães, dia dos pais, dia dos estudantes, dia das crianças e a
formatura que é tão almejada pelos alunos do 9º ano. Realizamos também algumas
palestras no decorrer do ano letivo onde procuramos buscar temas de interesse da
comunidade. Os temas mais pedidos são: drogas, gravidez na adolescência, DST e
outros se forem solicitados. Trazemos sempre pessoas especializadas nos assuntos.
Pelo fato de nossa escola ser no âmbito rural, nos preocupamos muito com o meio
ambiente, e por isso já convidamos o técnico da Emater do município para ser nosso
palestrante.
Fazemos visitas periódicas às famílias dos alunos, sobre a vida escolar dos filhos,
quando o aluno falta vamos saber o que está acontecendo, procuramos resgatar o aluno
mostrando a ele a importância de estudar para um futuro mais promissor, na tentativa de
apontar caminhos para melhorar seu contexto social. A escola procura dar condições de
alternativas para que o aluno possa conciliar a necessidade (financeira) de trabalho e
seus afazeres escolares, através de atendimento especial.
A escola tem trabalhado com a construção de conceitos para valorização do ensino
na tentativa de diminuir a reprovação, pois alguns de nossos alunos ainda têm a escola
como ponto de alimentação e/ou de lazer. E isso tem sido ponto de discussão em nossas
reuniões pedagógicas, conselho de classe, reuniões de pais, conselho escolar, APMF,
sempre dando destaque, principalmente nas reuniões de pais, onde são passadas a
valorização da educação.
AGENDA 21
A agenda 21 é um documento gerado a partir do Rio ECO-92 para implantação
global, prevendo em mais de 40 tópicos, as possibilidades de desenvolvimento
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sustentável para o planeta, onde se passa gerar desenvolvimento sem prejuízos à
qualidade de vida do ser humano e as condições ambientais.
A agenda 21 prevê iniciativas e ações voltadas para a melhoria da qualidade de
vida da população.
AGENDA 21 ESCOLAR
Vivemos numa situação de autêntica emergência planetária, marcada por toda uma
série de graves problemas estreitamente relacionados: contaminação e degradação dos
ecossistemas, esgotamento de recursos, crescimento incontrolado da população mundial,
desequilíbrios, insustentáveis, conflitos destrutivos, perda da diversidade biológica e
cultural;
Esta situação de emergência planetária aparece associada a comportamentos
individuais e coletivos orientados para procura de benefícios particulares e em curto
prazo, sem tomarem conta das suas consequências para com os outros ou para com as
futuras gerações. Um comportamento fruto, em boa medida, da prática de centrar a
atenção no mais próximo espacial e temporalmente.
Em geral, nós educadores, não prestamos a devida atenção a esta situação.
Necessitamos, pois, de assumir um compromisso para que toda a educação, tanto formal
como informal, preste sistematicamente atenção à situação do mundo, e do lugar onde
vivemos, com a finalidade de proporcionar uma perspecção correta dos problemas e de
fomentar atitudes e comportamentos favoráveis para contribuir um desenvolvimento
sustentável.
Deste modo pretende-se contribuir para formar cidadãos e cidadãs conscientes da
gravidade dos problemas ambientais e prepará-los para participar na tomada de decisões
adequadas.
Propomos, por isso, a construção e desenvolvimento da Agenda 21 Escolar, um
compromisso para uma educação para sustentabilidade.
Ações: Agenda 21 Escolar
• Conscientização dos alunos sobre a importância da educação ambiental;
• Formulação, num trabalho coletivo, de um plano de ação para conscientizar a
comunidade escolar e em geral da necessidade de preservação da água, estabelecendo
37
parcerias com a comunidade em geral, visando a melhoria da qualidade de vida para
todos;
• Intensificação das campanhas de conscientização; da preservação das nascentes,
do reflorestamento das matas ciliares, da mobilização da comunidade escolar e em geral
contra o desmatamento;
• Incentivo à criação de associações para adolescentes em prol à preservação do
meio ambiente;
• Conscientização da preservação das nascentes com a conservação da mata ciliar
e a mobilização contra o desmatamento como formas de manter a água limpa;
• Promoção de passeatas, palestras e campanhas educativas ambientais na escola;
• Implantação da coleta seletiva e reciclagem do lixo produzido na escola,
reutilizando o material orgânico como fertilizante na horta escolar;
• Incentivo aos alunos a fiscalizar as florestas em relação ao desmatamento e ao
tráfico de animais; as fábricas que poluem e fazer denúncias, aos órgãos competentes,
dos crimes ambientais;
• Incentivo aos alunos a denunciarem as agressões aos seres vivos e lutar pela sua
proteção;
• Envolvimento da comunidade escolar no desenvolvimento da Agenda 21, fazendo
com que a sensibilização não deve ser apenas para alguns, mas para todos os cidadãos;
• Criação da Semana Nacional de Vigilância Sanitária e Cidadania Estudantil;
• Fortalecimento do conceito ambiental que será base para todos os debates;
• Instauração de uma ética ecológica que promova transformações para a proteção,
a recuperação e a melhoria socioambiental.
“Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no
meu bairro, acontece comigo. Então, eu preciso participar das decisões que
interferem na minha vida.”
(HERBERT DE SOUZA, O BETINHO)
HORA ATIVIDADE
A hora-atividade neste estabelecimento de ensino seguiu a princípio uma
orientação do NRE, que sugeria um grupo de disciplinas a cada dia da semana, além de
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se embasar na Lei Estadual nº 13807 de 30/09/2002, na Resolução nº 305/2004 – SEED
e na Instrução 02/2004 – SUED.
A organização da hora-atividade favorece o trabalho da docência, para estudos
avaliação e planejamento. O professor tem a sua disposição uma pasta com textos,
informativos, técnicas de ensino entre outros materiais que consideramos interessantes
enviados pelo NRE, SEED ou que algum profissional da escola tenha sugerido (após
análise da equipe pedagógica); além do acervo bibliográfico da escola há TV Paulo Freire
e outros canais educativos.
Como temos um número bastante reduzido de turmas, consequentemente também
temos um pequeno número de professores, que em sua maioria trabalha em todas as
turmas. Sendo assim o professor permanece na maioria das vezes sozinho durante a
hora-atividade e na medida do possível agrupados por turma.
PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO
A Escola Estadual de Leópolis – Ensino Fundamental considera que a avaliação é
uma “interpretação dos resultados do processo educativo à luz dos objetivos propostos”.
Está relacionada a uma concepção de homem, de sociedade (que tipo de homem e de
sociedade queremos formar), ao Projeto Político Pedagógico da Escola, deve ser vista
como acompanhamento da aprendizagem, sendo de forma diagnóstica, formativa, uma
espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os problemas dos alunos
em seu desenvolvimento para uma oferta adequada de Recuperação de Estudos.
A recuperação de estudos será realizada no final de cada conteúdo trabalhado,
com o objetivo de proporcionar aos alunos mais participação e aprendizagem quanto ao
seu desempenho nos conteúdos e estudos. Esta recuperação dar-se-á por meio de
atividades de revisão, valorizando o trabalho de monitoramento (dentro ou fora da sala,
em horários normais ou alternados), sempre sob a orientação e acompanhamento do
professor.
Sendo um processo integral, sistemático, gradual, contínuo e cumulativo, deve
considerar as mudanças de conduta, o crescimento intelectual, a aquisição de habilidades
e destrezas, o desenvolvimento mental. Envolve uma relação entre professor, aluno e
conhecimento. Não se pode avaliar um destes elementos sem a inter-relação entre eles.
Não se pode avaliar o conhecimento a ser socializado, desvinculado de um projeto
39
pedagógico. A mesma faz parte de um processo educativo amplo que extrapola os muros
da escola; não se trata de um ato isolado.
O Sistema de Avaliação do estabelecimento obedece a critérios estabelecidos no
Regimento Escolar, Adendo 02/99, aprovado pelo Parecer 066/99 – NRE, de 31/03/1999.
A sistematização da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento
escolar tem como prevalência os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo
com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino e os resultados
expressos em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo vedada a avaliação em
que o educando é submetido a uma única oportunidade de aferição. O rendimento mínimo
exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina ou área de
conhecimento.
Os resultados das avaliações de Aprendizagem do período letivo serão registrados
em documentação própria, livro registro (de chamada) semestralmente, a fim de serem
asseguradas a regularidade da vida escolar do aluno. Nas reuniões de pré-conselho e
conselho será registrado de forma integral todas as disciplinas ou área de conhecimento o
rendimento dos educandos em formulário próprio e arquivado na pasta de reuniões, neste
documento estará registrado o produto final de cada semestre da vida escolar do
educando, resultado da discussão coletiva dos docentes do mesmo.
A nota do semestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada
instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na sequência e
ordenação de conteúdos.
A avaliação, assim, tem também a função de orientar os procedimentos de ensino
na sala de aula. É através dela que o professor obtém informações básicas sobre quantos
e quais alunos estão conseguindo realizar as atividades, onde estão concentradas as
dificuldades e de que natureza são, e para pensar até que ponto essas dificuldades estão
relacionadas com o que foi proposto, com os materiais utilizados, com o tempo oferecido,
ou com outras condições gerais de funcionamento da escola, a partir daí, as atividades
são reprogramadas, para atingir as metas curriculares.
Para os alunos de baixo rendimento escolar é proporcionada Recuperação de
Estudos, de forma paralela, ao longo da série, que é planejada, constituindo-se num
conjunto integrado ao processo de ensino, além de, se adequar às dificuldades dos
alunos, na qual as aferições terão como fim sempre o melhor rendimento do educando.
Esta recuperação oferecida a todos os alunos com baixo rendimento escolar ou aqueles
que quiserem usufruí-la.
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A recuperação da aprendizagem deverá repercutir na recuperação da nota, porém
o professor não deve focar sobre a média do aluno no domínio dos conhecimentos
essenciais. A recuperação poderá ser realizada no ato do ensino, no processo, ou ainda
com atividades específicas de recuperação.
A promoção resulta da combinação do resultado da avaliação e apuração da
assiduidade: frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da
carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero),
resultante da média ponderada dos semestres, nas respectivas disciplinas, como segue:
1º Semestre + 2º Semestre = Média Final
2
É considerado reprovado o aluno com frequência inferior a 75% e média anual
inferior a 6,0 ou frequência inferior a 75%, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% e média anual inferior a
6,0, mesmo após os Estudos de Recuperação Paralela, ao longo da série, será submetido
à análise nos Conselhos de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.
A avaliação final considera, para efeito de retenção ou promoção do aluno, todos
os resultados obtidos durante o ano letivo e recuperação de estudos.
Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registra na documentação
escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.
Acreditamos que o fundamental é que professor e alunos, juntos, reflitam sobre os
erros, transformando-os em uma situação de aprendizagem para que todos possam
concluir: acertamos, erramos, aprendemos, assumimos riscos, alcançamos objetivos.
A Escola não adota os sistemas de progressão parcial, pois o funcionamento da
mesma é apenas no período vespertino, o que impossibilita o atendimento do educando
no contra-turno.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, acredita que
tanto os integrantes do corpo docente, Diretor e outros integrantes da escola, devem ser
capazes de trabalhar com outros indivíduos da comunidade, sem perder a visão do
potencial que esta comunidade tem para estimular seu próprio crescimento e progresso.
Dentre os critérios da SEED é proporcionada a seleção através de concursos para todos
41
os segmentos profissionais dentro da escola. Além disso, o município contribui ofertando
profissionais concursados ou contratados para complementar a defasagem de pessoal.
A avaliação do desempenho se faz necessária e funciona como uma apreciação do
desempenho sistemático do indivíduo no cargo e no seu potencial de desenvolvimento
Sendo realizado uma vez por ano e tendo natureza pedagógica, voltada para a orientação
da melhoria contínua do desempenho profissional coletivamente organizada.
Na realização da mesma, procuramos fazer com que metas e objetivos específicos
da escola sejam compatíveis, sendo alterados na medida em que os objetivos mudam,
garantindo um melhor sucesso para o ano seguinte.
São proporcionados momentos de reflexão e autoavaliação em encontros e
reuniões, como os que se seguem:
• Através de encontros e reuniões há a participação dos membros da
comunidade escolar e realizadas reflexões sobre o que consideram necessários, para
promover o seu próprio crescimento e aprimoramento de seu desempenho.
• A diretora é peça fundamental deste processo, estando sempre presente e
participando dos programas realizados em serviços.
• A escola também procura retribuir e reconhecer o tempo dedicado à
participação em atividades do desenvolvimento pessoal envolvendo os participantes na
apresentação de conceitos, ideias, estratégias e técnicas, planeja a aplicação e
oportuniza o feedback sobre o uso das mesmas, durante e após as capacitações.
• Durante o ano letivo nas diversas reuniões com a comunidade escolar, é
aberto um espaço para discutir o andamento do Projeto Político Pedagógico. E quando
diagnosticada a necessidade de mudança é realizada sua alteração.
Nas reuniões pedagógicas (quatro por ano) é discutido sobre vários aspectos do
Projeto Político Pedagógico como: metodologia, avaliação, aproveitamento escolar, entre
outros, nas reuniões com os pais, e ao final do ano é feito uma avaliação geral do Projeto
Político Pedagógico.
Busca-se uma escola de excelência e toda a comunidade escolar engaja-se no
processo, resultando numa ação colegiada que almeja o conhecimento como um todo,
visando um ensino democrático voltado à cidadania.
As metas traçadas visam fazer da escola o lugar onde realmente o conhecimento
com qualidade é prioridade.
42
Os docentes capacitados elaboram projetos fundamentados na nova LDB 9394/96,
nas Diretrizes Curriculares Estaduais, atingindo mudanças estruturais e pedagógicas,
revolucionando as ações no conhecimento e nos modos de organização e trabalho, com
expansão crescente nas exigências dos padrões de qualidade do ensino público.
Na avaliação do Projeto Político Pedagógico, as instâncias envolvidas são:
• Conselho de Classe que terá como objetivo a análise de suas conquistas, o
planejamento de estratégias para a sua aprendizagem e avanços ocorridos nesse
semestre;
• Conselho Escolar formados por segmento da comunidade escolar, pais de
alunos, professores, direção e demais funcionários com autonomia administrativa,
financeira e pedagógica.
Quanto ao Grêmio Estudantil nosso Estabelecimento de Ensino não oferece, mas
estamos estudando um meio para oferecimento do mesmo.
Esperamos que no decorrer deste Projeto Político Pedagógico educadores e
educandos caminhem a rumos relevantes, contribuindo para a construção da comunidade
escolar mais participativa, geradora de futuros cidadãos capazes de vivenciar a
verdadeira cidadania.
ODETE SERGIO CALDENA
- DIRETORA -
ADEUSENEIDE ROSA CORREIA
- PEDAGOGA -
MARCIA ESTELA MARTINS
- SECRETÁRIA -
LEÓPOLIS, 15 DE AGOSTO DE 2012.
43
REFERÊNCIAS:
DALBEN, A.I.L. Trabalho Escolar e conselho de classe. Campinas,SP. Papirus,1995.P.143-200.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.SP. Paz e Terra,1996
GADOTTJ, Moacir. A Dialética: concepção e método.In: Concepção Dialética da Educação: um estudo introdutório.SP.Autores Associados,1987. P.15-38.
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico Crítico.SP.Autores Associados, 2002. P. 01-31.
ROMANOWSKI, Joana Paulin. Aprender: Indicações da Prática Docente. Curitiba, Pontifícia Universidade Católica o Paraná, 2006.
VASCONCELLOS, Celso dos S. – Cordenação do Trabalho Pedagógico – do Projeto Político Pedagógico ao Cotidiano da sala de aula. 2006.SP.
VEIGA, Ilma Passos A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto-pedagógico. In;VEIGA, I.P.A. e RESENDE, L.M.G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. P.09-32.
PARANÁ. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do Estado do Paraná: educação do campo. Curitiba: ano 2008.
CADERNOS INFORMATIVOS DA AGENDA 21
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3. v.: il.
Pro Letramento – Alfabetização e Linguagem
Ensino de Nove Anos – Semana Pedagógica – Julho/2011
Caderno de Orientações Pedagógicas para os anos iniciais
44
OZELLA, Sérgio; AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de. DESMISTIFICANDO A CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v38n133.pdf.Acesso em: 26/09/2011
ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Arte esta presente desde os primórdios da humanidade, sendo uma atividade
fundamental do ser humano. Ela é uma forma de trabalho criador. O trabalho transforma a
natureza e o próprio homem, isto é, trabalhando com objetos naturais, o homem pode
transformá-los em ferramentas “um sistema de relações inteiramente novas entre uma
determinada espécie e o resto do mundo, venha a ser estabelecido pelo uso das
ferramentas” (FISCHER, 1979, pag.23). Assim, o homem depois de imitar os objetos que
via na natureza passou a criá-los e humanizá-los.
Na história humana e em todas as culturas, podemos constatar a presença da Arte,
seja em objetos ritualísticos, utilitários, artísticos, estéticos, mesmo que as vezes
intuitivamente precedendo contextos históricos (sons, imagens, gestos, dramatização,
representações, símbolos, etc).
A Arte é um processo de humanização e o ser humano como criador se transforma
e transforma a natureza através do trabalho, produzindo novas maneiras de ver e sentir e
que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura. Assim a escola é um
espaço privilegiado para uma educação que dialogue entre o particular e o universal, a
disciplina de Arte mantém esse diálogo, estabelecendo relações de nossas experiências,
nossa cultura e vivencia com a imagem, com sons, com os gestos, com os movimentos e
nessa perspectiva educar os nossos alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir
criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e
expressão artística.
O ensino de Arte tem como função levar o aluno à apropriação do conhecimento
estético e o conhecimento da produção artística, contextualizando-o, dando um
significado a Arte dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas
45
maneiras de ver e sentir o mundo. Por isso, é fundamental que os alunos possam dar
continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos sobre a arte apreendidos em níveis
anteriores da educação básica e em sua vida cotidiana. Com isso, estarão ampliando
seus conhecimentos sobre produção, apreciação e histórias expressas nas quatros
linguagens artísticas. O ensino de Arte favorece aos estudantes a reflexão e troca de
ideias, de posicionamento sobre as práticas artísticas e a contextualização das mesmas
no mundo regional, nacional e internacional.
A disciplina de Arte visa atender ao aluno como um sujeito histórico e social, assim
foram sistematizadas três formas de interpretação da arte na sociedade: arte como
ideologia, arte como conhecimento estético e arte como trabalho criador ou conhecimento
da produção artística.
Arte como ideologia deve ser entendida como aquela que conhece e respeita toda
a forma de cultura. Ela é sempre produto de uma situação histórica e de um tipo de
sociedade, esta presente em todas as maneiras de agir, pensar e se comportar, nas
relações dos homens entre si e com a natureza. Existem três formas de como a arte e
produzida e disseminada na sociedade contemporânea. A primeira forma e denominada
arte erudita, ensinada, difundida e consagrada nos cursos de graduação como “A Grande
Arte”. Tais cursos formam tanto o artista como professores de Arte, profissionais que,
dessa maneira, passam igualmente a difundi-la. Sua principal forma de divulgação e
distribuição são: museus, teatros, galerias, salões de arte, bienais, etc. Legitima-se por
meio dos críticos de arte e da circulação pela venda a uma elite financeira. Essa arte tem
um campo de ação restrito.
A segunda forma denominada como arte popular, e produzida e vivenciada pelo
povo, grupos sociais e étnicos, caracterizando-se por ser um espaço de sociabilidade e
por ser elemento constituinte de identidades desses grupos, inclui-se o folclore que tem a
particularidade de ser uma manifestação artística a qual permanece por um tempo maior
na historia de uma determinada cultura.
A terceira forma denominada indústria cultural e a que transforma arte em
mercadoria, visando o consumo por um grande numero de pessoas. Por isso, é
denominada de “cultura de massa”.
Essas são três formas de como se pode ter contato com a arte, mas não são
estanques, elas interpenetram-se e são permeadas por discursos ideológicos.
O conhecimento estético, construído historicamente pela humanidade, se
expressa na arte pela própria organização. A arte não só reflete a realidade em sua
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aparência, mas também a traduz para alem desta, abrangendo aspectos da totalidade
dessa mesma realidade.
O conhecimento da produção artística esta relacionado aos processos do fazer
e da criação, sem ele a arte deixa de ser arte e não há aprendizagem. O Educando
precisa passar pelo fazer artístico, pois, “ao transformarmos as matérias, agimos,
fazemos. São experiências existenciais – processos de criação – que nos envolvem na
globalidade, em nosso ser sensível, nos ser pensante, no ser atuante”.
(FAYGA, 1987 p.5).
CONTEÚDOS
Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior amplitude, conceitos que
se constituem em partes importantes, basilares e fundamentais para compreensão der
cada uma das áreas de Arte e, ao mesmo tempo em que se constituem em elemento
fundamental de uma área, tem correspondência de importância nas outras áreas.
Neste sentido, foram definidos como conteúdos estruturantes os elementos
formais, a composição e os movimentos e/ou períodos.
Elementos formais são elementos da cultura presentes nas produções humanas e
na natureza; são matéria-prima para produção artística e o conhecimento em Arte. Esses
elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada
uma delas. No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o
conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação
com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.
Composição e o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística. Com a organização dos elementos
formais, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança,
na imensa variedade de técnicas e estilos.
Movimentos e/ou períodos se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao
conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos
presentes numa composição artística e explicita as relações, internas ou externas de um
movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.
6º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
47
- ARTES VISUAIS
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Ponto, linha, plano, forma, textura, cor, superfície, volume,luz
- Arte indígena, Arte popular, Arte brasileira e paranaense, Renascimento, Barroco.
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- DANÇA
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Tempo;
- Espaço;
- Movimento corporal;
- Pré- História, Greco -Romana, Renascimento, Dança Clássica.
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- MÚSICA
3.1- CONTEÚDOS BÁSICOS
- Altura;
- Duração;
- Timbre;
- Intensidade;
- Densidade;
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-TEATRO
4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Personagem;
- Expressão corporal, vocais, gestuais e faciais;
- Ação;
- Espaço
- Greco-Romana;
- Teatro Oriental;
- Teatro Medieval;
- Renascimento;
48
7º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- ARTES VISUAIS
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Ponto, linha, forma, textura, volume, cor, superfície, luz.
- Arte indígena, Arte popular, Arte brasileira e Paranaense, Renascimento, Barroco.
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- DANÇA
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Tempo;
- Espaço;
- Movimento corporal.
- Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana e Indígena.
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- MÚSICA
3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Altura;
- Duração;
- Timbre;
- Intensidade;
- Densidade;
- Música popular e étnica (ocidental e oriental).
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- TEATRO
4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Personagem;
- Expressão corporal;
- Expressão gestual;
- Expressão vocal;
- Espaço cênico;
- Ação;
- Comédia dell' arte, Teatro popular, Brasileiro e Paranaense, Teatro Africano.
49
8º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- ARTES VISUAIS
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz
- Indústria Cultural;
- Arte no Século XX;
- Arte Contemporânea.
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- DANÇA
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Hip Hop, musicais, Expressionismo, Indústria Cultural, Dança Moderna.
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- MÚSICA
3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Altura;
- Duração;
- Timbre;
- Intensidade;
- Densidade;
- Indústria Cultural;
- Eletrônica;
- Minimalista;
- Rap, Rock, Tecno.
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- TEATRO
4.1- CONTEÚDOS BÁSICOS
- Expressão gestual;
- Expressão vocal;
- Expressão facial
- Ação cênica;
50
- Espaço;
- Indústria Cultural, Expressionismo, Realismo, Cinema Novo.
9º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- ARTES VISUAIS
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz;
- Figura – Fundo;
- Técnicas:pintura, grafitte, preformance...
- Realismo
- Vanguardas
- Muralismo e Arte Latino- Americana
- Hip Hop
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- DANÇA
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Movimento corporal
- Tempo
- Espaço
- Vanguardas
- Dança Moderna
- Dança Contemporânea
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- MÚSICA
3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Altura
- Timbre
- Duração
- Intensidade
- Densidade
- Gêneros: popular, folclórico e étnico
- Música engajada
51
- Música popular Brasileira
- Música Contemporânea
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- TEATRO
4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
- Ação cênica;
- Espaço
- Cenografia
- Dramaturgia
- Iluminação
- Figurino
- Sonoplastia
- Teatro engajado
- Teatro do oprimido
- Teatro pobre
- Teatro do Absurdo
- Vanguardas
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOS/METODOLOGIA
O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com
a Arte: sua relação é de produzir Arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e
perceber as obras artísticas. Assim, o objeto de trabalho é o conhecimento estético e o
conhecimento da produção artística, desta forma contemplamos na metodologia do
ensino da Arte, três dimensões estabelecidas como eixos, o teorizar, o sentir e perceber
e o trabalho artístico.
O teorizar privilegia a cognição, onde a racionalidade opera para apreender o
conhecimento historicamente produzido sobre a Arte. A Arte é um campo do
conhecimento humano estruturado por um saber que tem uma origem e cada conteúdo
tem sua historia, que deve ser conhecida, para melhor compreensão por parte do aluno.
O eixo referente ao sentir e perceber e o possibilitar aos alunos o acesso às obras
artísticas para que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de
52
produção da Arte. Este eixo envolve a leitura dos objetos da natureza e da cultura em
uma dimensão estética. O trabalho do professor e o de possibilitar o acesso e mediar esta
leitura e apropriação com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar
as obras de Arte e a realidade, apreendendo, através da Arte, parte da totalidade da
realidade humano social.
Quanto ao trabalho artístico ou pratica artística e o momento do exercício da
imagem e criação, esta pratica e fundamental, pois a Arte não pode ser apreendida
somente de forma abstrata, o processo de produção acontece quando ele interioriza e se
familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos. Ainda em relação ao
trabalho artístico, será utilizado materiais acessíveis e condizentes com a realidade do
aluno.
O trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer um desses eixos, ou pelos
três simultaneamente. O importante e que no final das atividades (em uma ou varias
aulas) com o conteúdo desenvolvido, todos os três eixos tenham sido tratados com os
alunos.
É necessário uma diversificação de atividades para que os alunos possam
conhecer e trabalhar as quatro áreas artísticas, podendo assim, oportunizar os alunos que
apresentam dificuldade em uma delas ou mesmo, habilidade em apenas uma delas.
A Arte envolve quatro áreas artísticas distintas (dança, teatro, musica e artes
visuais), que devem estar relacionadas entre si, o professor, a partir da sua área de
formação estabelece contato com os conteúdos e saberes das outras áreas, promovendo
uma forma de percepção mais completa e aprofundada no que se refere ao conhecimento
em Arte.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno, ou mais
próximo possível de seu entorno, levando em consideração seu conhecimento prévio
sobre os fatos.
Ha ainda, o trabalho com recursos tecnológicos e midiáticos que fazem parte do
cotidiano dos alunos ou oferecidas pela escola, como a TV multimídia, laboratório de
informática, todas as tecnologias são instrumentos valiosíssimos para o ensino de Arte,
estes serão utilizados em quase todos os momentos, desde a teorização dos conteúdos,
tornando as aulas muito mais atrativas e efetivando a aprendizagem.
Ressaltamos, que em todas as series serão contemplados os conteúdos de
Educação Ambiental (Lei 9795/99), História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e
Cultura Afro-brasileira (Lei 10.639/03), Historia e Cultura Indígena, Educação do campo
53
(Lei 11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Direito das crianças e adolescentes (LF nº
11.525/07), Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99, portaria nº 413/02), Agenda 21
Escolar, valorizando as diversidades culturais permitindo ao educando o conhecimento e
o crescimento, possibilitando a imaginação construtiva, através da interdisciplinaridade
que torna fundamental o contato com a produção artística. Todos estes conteúdos
obrigatórios serão trabalhados de acordo com as necessidades e os conteúdos da
disciplina.
AVALIAÇÃO
A avaliação será desenvolvida de forma diagnostica e processual. É diagnosticada
por ser a referencia do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual
por pertencer a todos os momentos da pratica pedagógica; bem como cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Será feita através
de vários instrumentos; trabalhos individuais e/ou em grupos de criação artística,
atividades orais e escritas, pesquisas, com a teorização dos conteúdos, pelo seu
desempenho pessoal e ativo diante de cada atividade proposta, bem como quanto à
apresentação estética e uso de técnicas e materiais.
A recuperação de estudos e paralela ao processo de ensino-aprendizagem será
feita através da verificação da aprendizagem do aluno, durante e apos o termino de cada
conteúdo trabalhado; observando, corrigindo, revisando, diagnosticando as defasagens, e
quando necessário, retomando os conteúdos, buscando métodos e recursos
diferenciados para que realmente a aprendizagem aconteça e os objetivos sejam
alcançados.
REFERÊNCIAS
• RAFFA, Ivete – Fazendo Arte com os Mestres – Editora Escolar, 2006;
• BOAL, Augusto – 200 exercícios e jogos para o ator e o não ator com vontade de dizer algo através do teatro – Editora Civilização Brasileira S/A;
• BOS, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
54
• BRASIL, Leis, Decretos, etc. Lei 5.692/71: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. Brasília, 1971.
• Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares. 2008 – Arte.
• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.
CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da natureza.
Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
natureza,resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força campo, energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência.
A Ciência e uma atividade humana, complexa, histórica e coletivamente construída,
que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e
políticas.
A disciplina de Ciências, mesmo nos dias atuais, expressa a lógica de sua criação:
“A existência de um único método para o trato dos conjuntos das Ciências Naturais”.
Aceitar a ideia positiva de método e não apenas para aquelas que têm a natureza como
objeto.
O objetivo primordial do ensino de Ciências antes era focado na formação do futuro
cientista ou qualificação do trabalhador, neste momento histórico voltou a analise das
implicações sociais da produção cientifica, fornecendo ao cidadão elementos para viver
melhor socialmente e participar do processo de redemocratização.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
55
Com base em investigações realizadas sobre o ensino de Ciências, nota - se uma
tendência de superação de estratégias de ensino que privilegiam atividades de estímulos,
respostas, reforço positivo, objetivos operacionais e instrução programada.
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de
que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados,
isso Poe o processo de construção de significados como elemento central do processo
ensino-aprendizagem.
O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e
não arbitrarias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que aprende de
novo.
A construção de significados pelo estudante e o resultado de uma complexa rede
de interações composta por no mínimo três elementos: O estudante, os conteúdos
científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-
aprendizagem. O estudante é o responsável final pela aprendizagem ao atribuir sentido e
significado aos conteúdos científicos escolares. O professor é quem determina as
estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade dos
significados construídos.
Quanto mais relações conceituais, interdisciplinares e contextuais o estudante
puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução interna de significados e de
ampliar seu desenvolvimento cognitivo.
Nas diretrizes, entende - se de conteúdos estruturantes como conhecimento de
grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, consideradas fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e
ensino. Os conteúdos estruturantes são construtos históricos e estão atrelados a uma
concepção política de educação.
A seleção dos conteúdos do ensino de Ciências, deve considerar a relevância dos
mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da
identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a
integração conceitual dos saberes científicos na escola.
Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes
Ciências de referencia. A metodologia de ensino deve promover o entendimento do objeto
de estudo da disciplina de Ciências.
O ensino de Ciências deve acontecer por integração conceitual estabelecendo
relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes.
56
CONTEÚDOS
6º ANO
1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
• ASTRONOMIA: universo; Sistema solar; Movimentos terrestres; movimentos
celestes ; Astros.
• MATÉRIA: Constituição da matéria.
• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Níveis de organização.
• ENERGIA: Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia.
• BIODIVERSIDADE: Organização dos seres vivos; Ecossistemas; Evolução dos
seres vivos
7º ANO
1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
• ASTRONOMIA: Astros; Movimentos terrestres; Movimentos celestes.
• MATÉRIA: Constituição da matéria.
• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
• ENERGIA: Formas de energia;Transmissão de energia.
• BIODIVERSIDADE: Origem da vida; Organização dos seres vivos; Sistemática.
8º ANO
1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
• ASTRONOMIA: Origem e evolução do Universo.
• MATÉRIA: Constituição da matéria.
• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
• ENERGIA: Formas de energia.
• BIODIVERSIDADE: Evolução dos seres vivos.
9º ANO
1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
• ASTRONOMIA: Astros, Gravitação universal.
• MATÉRIA: Propriedades da matéria.
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• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Morfologia e fisiologia dos seres vivos; Mecanismo de
herança genética.
• ENERGIA: Formas de energia; Conservação de energia.
• BIODIVERSIDADE: Interações ecológicas.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
EIXOS
- Trabalho: divisão social e territorial.
- Cultura e Identidade.
- Interdependência campo – cidade: questão agrária e desenvolvimento sustentável.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de ciências, o
professor deverá organizar o trabalho tendo como referências: o tempo disponível para o
trabalho pedagógico e o Projeto Político Pedagógico da escola . Os conteúdos
estruturantes devem oportunizar a apropriação do conteúdo numa perspectiva de
totalidade, tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática
estabelecida pelo professor de Ciências que pode fazer uso de estratégias e estabelecer
relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo conceitos de outras disciplinas e
questões tecnológicas sociais, culturais, éticas e políticas.
No âmbito das relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o
professor deve prever a abordagem da cultura e história Afro-Brasileira (Lei 10.639/03),
história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei
9795/99), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal,
enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito da criança e do
adolescente (Lei Federal nº 11.525/07). dentro dessa visão desenvolveremos o trabalho
de forma prática, onde serão utilizados livros didáticos, leitura informativa, jornais, revistas
e atividades.
É importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes
abordagens, estratégias e recursos de modo que o processo ensino-aprendizagem resulte
58
de uma rede de interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento
cientifico.
O plano de trabalho docente tem ação privilegiada, relações substantivas e não
arbitrarias entre o que os estudantes já sabe e o entendimento de novos conceitos
escolares, permitindo que eles internalizem novos conceitos na sua estrutura cognitiva.
No ensino de Ciências são essenciais tanto para a formação do professor quanto
para a atividade pedagógica ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os
conteúdos escolares, de modo que os estudantes superem os obstáculos conceituais e
oriundos de sua vida cotidiana.
Para isso trabalharemos com recursos pedagógicos, tecnológicos que enriqueçam
a prática docente tais como:
• livro didático, texto de jornal, revista cientifica, figuras, revista em
quadrinhos, música, quadro de giz, mapas (geográficos, sistemas biológicos, entre
outros), globo, modelo didático (dorso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento
embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador,
retroprojetor, entre outros;
• recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
• alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,
laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.
Diante de todas essas considerações, propõe alguns elementos da pratica
pedagógica a serem valorizadas no ensino de Ciências, tais como: a abordagem
problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, pesquisa, a leitura
cientifica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais e o lúdico, entre outros.
AVALIAÇÃO
A atividade essencial do processo aprendizagem dos conteúdos científicos e de
acordo com a LDB, deve ser continua e cumulativa em relação ao desempenho do
educando, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a avaliação
como prática pedagógica que é mediada pelo professor e entendida como ação,
movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da
ação educativa. A ação avaliativa é importante no processo ensino aprendizagem, pois
59
pode propiciar um momento de interação e construção de significados na qual o
estudante aprende. Para que essa ação tenha significado, o professor precisa refletir e
planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da
avaliação classificatória e excludente.
E preciso respeitar o estudante como um ser humano no contexto das relações que
permeiam a construção do conhecimento cientifico escolar.
É fundamental que se valorize também o que se chama de “erro” de modo a
retomar a compreensão do estudante por meio de diversos instrumentos de ensino e de
avaliação. A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio
de problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais,
utilização de jogos educativos, outras possibilidades, como o uso de recursos
instrucionais que representam como o estudante tem solucionado os problemas propostos
e as relações estabelecidas diante dessas problematizações.
A prova é um excelente instrumento de investigação do aprendizado e de
diagnostico dos conceitos científicos escolares, ainda não compreendidos pelo estudante.
Por isso a prova precisa ser diversificada, considerando também outras relações alem
daquelas trabalhadas em sala de aula.
Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo - aprendizagem do
estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos
escolares e do objeto de estudo de Ciências visando uma aprendizagem realmente
significativa para sua vida.
Para isso o professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar
instrumentos como o “erro”, a “prova”, a fim de investigar a aprendizagem significativa
sobre os diversos conteúdos abordados.
A avaliação será contínua, diagnóstica, formativa e somatória com predomínio dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO /
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
• Trabalhos individuais e em grupo
• Atividades práticas (experiências) e relatórios
• Construção de mapas conceituais
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• Pesquisa
• Prova escrita
• Debates
A recuperação de estudos sera ofertada de forma paralela as atividades letivas,
logo observadas as dificuldades do aluno sobre algum conteúdo. Serão proporcionadas
atividades como: aula do erro, exercícios em classe e extraclasse, exercícios individuais e
em grupo, consulta orientada e pesquisa.
REFERÊNCIAS
• VALLE, Cecília. Ser humano e saúde, 5ª a 8ª série, / Cecília Valle - 1. ed. – Curitiba: Positivo, 2004 – (Coleção Ciências);
• ALVARENGA, Jenner Procópio de. Ciências Naturais no dia-a-dia; 5a a 8a Serie /Jenner Procópio de Alvarenga, Jose Luz Pedersoli, Moacir Assis d’Assunção Filho,Wellington Caldena Gomes, Curitiba: Nova Didática, 2004 – Positivo;
• MARTINS, Maria Izabel – Ciências Crítica e Ação – 5a a 8a Serie;
• BEDAQUE, Sezar, Cesar – Os Seres Vivos no Ambiente – 5a a 8a Serie;• CANTO, Eduardo Leite do – Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano –
6º ao 9º ano – 3. ed. – São Paulo: Moderna, 2009;
• GWANDSNAYDER, Fernando – Ciências – Ciências A Vida na Terra, 5a a 8a Serie – Editora Ática;
• Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares.2008 – Ciências.
• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.
• Campos, Maria Cristina da Cunha – Teoria e prática em ciências na escola; o ensino aprendizagem como investigação: Volume único- 1. ed. - São Paulo: FTD, 2009.
• Krasilchik, Myriam – Ensino de ciências e cidadania- 2. ed.- São Paulo: Moderna, 2007.
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
61
A Educação Física tem um papel fundamental e insubstituível para nossos alunos,
devido ao gosto dos mesmos pela disciplina e o contato direto entre professor e aluno,
aluno e professor, aluno e aluno. O maior desafio e elaborar e desenvolver um
planejamento envolvente e coerente com os objetivos do seu trabalho, possibilitando o
processo de avaliação dos alunos e do próprio trabalho.
A atividade física traz extraordinários benefícios mentais e físicos, e,
consequentemente, uma melhor qualidade de vida, isso é um dado importantíssimo na
recuperação do prestigio da disciplina, buscando uma integração com os trabalhos
desenvolvidos na escola, colocando-a no mesmo patamar das demais disciplinas.
O homem através de seus movimentos expressa suas manifestações de alma, ou
seja, seus mais puros sentimentos que envolvem alegria, o medo, o amor entre outros,
descobrindo como o corpo e sensível e tem sua própria linguagem revelada por gestos.
O corpo ao expressar seu caráter sensível, torna-se veiculo e meio de
comunicação como todas as manifestações desencadeadas que levam o homem a
mostrar-se, revelar-se como um ser único na sua diversidade.
O que se deseja do aluno e uma ampla compreensão e atuação das manifestações
de sua corporalidade com os demais componentes curriculares, adequando-se as
atividades propostas da disciplina.
A legislação aponta como finalidades específicas: a consolidação e o
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental; o prosseguimento
dos estudos; o preparo para o trabalho e a cidadania; desenvolvendo as habilidades como
continuar aprendendo aprimorando o educando com pessoa humana, desenvolvendo a
autonomia intelectual e critica, relacionando teoria e pratica nas aulas de Educação
Física.
O manifesto da Educação Física – FIEP 2000, que faz considerações a Carta
Internacional da Educação Física e do Esporte (UNESCO/1978) e a Declaração Universal
dos Direitos Humanos (NACOES UNIDAS/19480), justifica a importância da Educação
Física, reconhecida internacionalmente, afirmando que:
Art-1º A Educação Física, pelos seus valores, deve ser compreendida como um dos
direitos fundamentais de todas as pessoas.
Art-2º A Educação Física como direito de todas as pessoas, e um processo de
Educação seja pelas vias formais ou não formais.
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Art-3º As atividades físicas, com fins educativos, nas suas possíveis formas de expressão
reconhecidas em todos os tempos como os meios específicos da Educação Física,
constituem-se em caminhos privilegiados de Educação.
Art-4º A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência, deve ser considerada como
parte do processo educativo das pessoas, seja dentro ou fora do ambiente escolar, por
constituir-se na melhor opção de experiências corporais sem excluir a totalidade das
pessoas, criando estilo de vida que incorpore o uso de variadas formas de atividades
físicas.
Art-5º A Educação Física, deve ser assegurada e promovida durante toda a vida das
pessoas, ocupando um lugar de importância nos processos de educação continuada,
integrando-se com os outros componentes educacionais, sem deixar em nenhum
momento de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de condições
oferecidas na suas praticas.
Art-6º A Educação Física, pelas suas possibilidades de desenvolver a dimensão
psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças e adolescentes, conjuntamente
com os domínios cognitivos e sociais, deve ser disciplina obrigatória nas escolas devendo
fazer parte de um currículo longitudinal.
O Conselho Internacional de Ciência do Esporte e Educação Física reforçando a
importância da Educação Física como um processo ao longo da vida e particularmente
para todas as crianças, reiterou que uma Educação Física de qualidade:
a) É o mais efetivo meio de promover, seja qualquer capacidade/incapacidade,
sexo, idade, cultura, raça, etnia, religião ou nível social, com habilidades, atitudes, valores
e conhecimentos, o entendimento para uma participação em atividades físicas e
esportivas ao longo da vida;
b) Ajuda as crianças chegarem a uma integração segura e adequado
desenvolvimento da mente, corpo e espírito;
c) É a única alternativa escolar cujo foco principal e sobre o corpo, atividade física,
desenvolvimento físico e saúde;
d) Ajuda as crianças a desenvolverem padrões de interesse em atividades físicas,
os quais são essenciais para o desenvolvimento desejável e assim constroem os
fundamentos para um estilo de vida saudável na idade;
e) Ajuda as crianças a desenvolverem respeito pelo seu corpo e dos outros;
f) Desenvolve na criança o entendimento do papel da atividade física promovendo
saúde;
63
g) Contribui para a confiança e autoestima das crianças;
h) Realça o desenvolvimento social preparando as crianças para enfrentarem
competições, vencendo ou perdendo, cooperando e colaborando.
A Educação Física hoje e voltada para a corporalidade do aluno onde existe o
respeito pela diversidade, e o caminho para a construção de suas identidades
possibilitando uma intervenção sobre a sociedade, fazendo-a mais justa e verdadeira.
OBJETIVOS GERAIS
Oportunizar o movimento humano nas suas manifestações de corporeidade através
do esporte, lutas, ginástica, jogos e brincadeiras do exercício físico, da ludicidade e do
lazer e suas inter-relações com o meio social, histórico, cultural e político, buscando a
formação de um individuo que possa entender e se posicionar criticamente de forma
autônoma frente e sua realidade.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS- METODOLÓGICOS
As Leis 11.645/08 – Cultura Indígena, 9.795/99 – Meio Ambiente, 10.639/03 –
Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana, serão contemplados nas aulas de Educação
Física através dos conteúdos de dança, lutas, esportes e jogos e brincadeiras, ex.
Capoeira, jogos de peteca, danças folclóricas, brincadeiras populares, onde se trabalha a
historia, origem e desenvolvimento das habilidades dos alunos como espaço temporal,
lateralidade, espaço organizacional e outros, com a utilização dos seguintes materiais:
bola, rede, cone, cordas, colchonetes, jogos de tabuleiros, fantoches, e recursos
midiáticos.
Sendo os conteúdos desenvolvidos através de aulas praticas e teóricas, motivando
os alunos a participar efetivamente dela, utilizando também trabalhos em grupos,
pesquisas, aulas expositivas e elaboração de projetos, despertando neles a criatividade, o
questionamento e a conscientização da importância da Educação Física para o homem
como cidadão critico e participativo e transformador na sociedade.
CONTEÚDOS
6º ANO
1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
64
• Esporte
1.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Coletivos
• Individuais
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Jogos e Brincadeiras
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Jogos e Brincadeiras Populares
• Brincadeiras e Cantigas de Rodas
• Jogos de Tabuleiros
• Jogos Cooperativos
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dança
3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Danças Populares
• Danças Criativas
• Danças Folclóricas
4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Ginástica
4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Ginástica Rítmica
• Ginástica circense
• Ginástica Geral
5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Lutas
5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Lutas de aproximação
• Capoeira
7º ANO
1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Esporte
65
1. CONTEÚDOS BÁSICOS
• Coletivos
• Individuais
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Jogos, Brinquedos e Brincadeiras
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Jogos e Brincadeiras Populares
• Brincadeiras e Cantigas de Rodas
• Jogos de Tabuleiros
• Jogos Cooperativos
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dança
3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Danças Folclóricas
• Danças de rua
• Danças Criativas
• Danças circulares
4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Ginástica
4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Ginástica Rítmica
• Ginástica Circense
• Ginástica Geral
5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Lutas
5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Lutas de aproximação
• Capoeira
8º ANO
1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Esporte
1. CONTEÚDOS BÁSICOS
66
• Coletivos
• Individuais
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Jogos e Brincadeiras
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Jogos e brincadeiras populares
• Jogos de tabuleiros
• Jogos dramáticos
• Jogos cooperativos
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dança
3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Danças criativas
• Danças circulares
4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Ginástica
4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Ginástica rítmica
• Ginástica geral
• Ginástica circense
5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Lutas
5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Lutas com instrumento mediador
• Capoeira
9º ANO
1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Esporte
1.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Coletivos
• Individuais
67
2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Jogos e brincadeiras
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Jogos de tabuleiros
• Jogos dramáticos
• Jogos cooperativos
3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Dança
3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Danças criativas
• Danças circulares
4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Ginástica
4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Ginástica rítmica
• Ginástica geral
5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Lutas
5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
• Lutas com instrumento mediador
• Capoeira
AVALIAÇÃO
Será feita avaliação diagnostica para o professor ter uma visão dos conhecimentos
dos alunos.
Esta avaliação será continua sem mensuração onde haverá respeito pela
individualidade e diversidade respeitando suas limitações, onde o aluno será avaliado
como um todo.
A auto avaliação será o ponto de reflexão que fará o aluno superar suas
dificuldades e buscar novos conhecimentos e uma participação ativa nas aulas e no seu
dia a dia como cidadão.
68
Para o processo de avaliação serão considerados os níveis de dificuldades dos
alunos e também a realidade socioeconômica, cultural em que eles estão inseridos,
visando oportunizar a promoção humana de todo.
A recuperação dos estudos será paralela ao processo ensino aprendizagem dos
alunos quanto aos conteúdos dados, verificando e analisando seu aprendizado e quando
necessário retomando os conteúdos com metodologias diversificadas para que o aluno
alcance os objetivos propostos da disciplina.
INSTRUMENTOS
• Dinâmicas em grupo, pesquisas individuais ou em grupos, seminários.
• Organização e realização de jogos escolares.
• Provas, trabalhos escritos.
• Contínuo, permanentes e acumulativos.
CRITÉRIOS
• Comprometimento e envolvimento
• Conhecer os aspectos históricos e origem dos conteúdos estruturantes.
• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir dos conteúdos
trabalhados em sala de aula.
• Aprendizado dos fundamentos básicos dos conteúdos dados.
• Apropriação e reflexão da diferença de cada esporte relacionando com as
mudanças do conteúdo histórico brasileiro.
• Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brincadeiras e suas
regras.
REFERÊNCIAS
TEIXEIRA, Hudson Ventura - Educação Física e Desporto;
GUEDES, Dartagnan Pinto: Exercício Físico na Promoção da Saúde;
SILVA, N. Phithan: Recreação;
69
FREIRE, João Batista – Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo,1992;
MEDINA, João PS – O Brasileiro e seu corpo.2 ed. Campinas: Papirus 1990;
BREGOLATO, Roseli Aparecida – Coleção Educação Física Escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico-crítica-social. Vol. 1,2 e 3 – Editora Ícone. 2003;
TEIXEIRA, Jeber – Futebol de Salão;
KASLER – Handebol;
BARBANTI, Valdir – Aptidão Física, Um Convite à Saúde. São Paulo;
ACHOUR, Junior Abdallah – Flexibilidade: base para os exercícios de alongamento. Londrina:Miograf, 1996;
D AGOSTINI, Orfeu G. – Xadrez Básico. Rio de Janeiro: Ediouro.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares/2008 – Educação Física.
Apostilas de Futsal, Handebol, Dança, Voleibol, Basquetebol, Futebol e xadrez da UTFPR.
Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente, o Ensino Religioso no Brasil viveu momentos de grandes
transformações de seu espaço na Educação.
Desde a colonização nota-se que a religião é promotora de educação e
fundamenta-se nos princípios Católicos, considerando que os jesuítas pertenciam a uma
ordem religiosa. Com o passar dos tempos, já no período imperial, continua sob o mesmo
modelo, sendo a Igreja Católica Apostólica Romana proclamada religião oficial do império.
Somente com a proclamação da República, onde e separada a igreja do estado, iniciam
70
os debates sobre a nova postura educacional de relação com o sagrado, até então
puramente confessional.
Nota-se portanto, que na maioria das vezes, ensino religioso se realiza como o
ensino de uma religião, não levando em consideração, por exemplo, o respeito às
diversas culturas dos diferentes povos que aqui chegaram e formaram o povo brasileiro.
Exemplo claro, o negro, tendo que esconder sua religião dando origem ao sincretismo; o
protestante, sem voz, durante quase todo o tempo da história. Somente nos anos 90
iniciam-se novos debates em torno da problemática.
Com a promulgação da nova LDBEN no. 9394/96, o ensino religioso, a princípio e
proposto dentro da carga horária normal do ensino, porem sem ônus para os cofres
públicos. Mais tarde, apos a luta da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil) e
do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristas), foi alterado o texto original, LEI
9475/97, onde o Ensino Religioso passa a ser não-confessional, em horários normais,
com ônus para os cofres públicos.
Para tanto, é necessário que tenhamos uma proposta que venha de encontro aos
anseios da diversidade cultural brasileira, numa postura que contemple a compreensão do
fenômeno religioso como forma de garantir ao educando a cidadania plena, respeitando a
diversidade de saberes e crenças, prevenindo e combatendo a intolerância religiosa,
inclusive no que diz respeito a religiões minoritárias e a cultos afro-brasileiros, bem como
refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se
relaciona com o sagrado e assim compreender suas trajetórias, suas manifestações no
espaço escolar estabelecendo relações entre culturas e os espaços por elas produzidas,
para que no entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, e
assim, entender a diversidade de nossa cultura marcada pela religiosidade.
No conteúdo abordado pelo Ensino Religioso, há preocupação com a constituição
do “sagrado”, no processo histórico, buscando a concretização de simbologias e espaços,
criando assim, as tradições. Nessa perspectiva, o sagrado norteará todo o currículo de
Ensino Religioso, através da materialidade fenomênica do sagrado, através dos sentidos
(paisagem religiosa) de sua lógica simbólica e através das escrituras sagradas.
Nesse intuito, nossa proposta deverá promover a cooperação inter-religiosa
permanente e cotidiana, para erradicar a violência de motivação religiosa e criar a cultura
de justiça e paz, condição elementar em qualquer sociedade democrática.
OBJETIVOS GERAIS
71
Construir parâmetros éticos, de respeito aos direitos humanos, visando o homem
em coletividade e na sua individualidade estabelecendo diálogos com diferentes formas
de pensamento, ouvindo e expressando conhecimentos da diversidade de concepções
religiosas, de forma a compreender o fenômeno religioso como manifestação humana de
todos os tipos de sociedade, valorizando a cultura e a diversidade de tradições, ritos,
símbolos, livros sagrados e valores, dentro de uma critica, visando a construção da
cultura da paz.
Conhecendo as diferentes manifestações do sagrado e a compreensão do mesmo
como cerne da experiência religiosa nos diversos grupos sociais.
JUSTIFICATIVA
A disciplina de Ensino Religioso na escola tem como objetivo orientar uma prática
de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como também, desprender-
se do seu histórico confessional catequético para a construção e consolidação do respeito
à diversidade cultural e religiosa, contribuindo para superar desigualdades étnico-
religiosas para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por
consequência, o direito a liberdade individual e política.
A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e
análise das diferentes manifestações do sagrado, como também a interpretação dos seus
múltiplos significados, pois muitos dos acontecimentos que marcam a vida em sociedade
são atribuídos as manifestações do sagrado. Portanto, o entendimento do sagrado ajuda
a compreender as explicações sociais que ignoram as leis da natureza e atribuem a um
transcendente ou imanente a intervenção no andamento natural das coisas.
CONTEÚDOS
6º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Paisagem Religiosa
• Universo Simbólico Religioso
• Texto Sagrado
1.1 – CONTEÚDOS BÁSICOS
72
Organização Religiosa
• Conhecer as organizações religiosas através de pesquisas, biografia dos lideres,
fundadores em suas tradições;
Lugares Sagrados
• Mostrar através de vídeos e músicas os lugares sagrados da natureza como rios,
lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
• Lugares Construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
Textos Sagrados Orais e Escritos
• Propor pesquisas sobre os textos sagrados de diferentes tradições religiosas e
elaborar cartazes, murais, colagens para exposição na sala de aula e na escola como
resultado de pesquisa.
Símbolos Religiosos
• Apresentar aos educandos diferentes formas de simbolização e significados nas
tradições religiosas, utilizando figuras, vídeo, explicando a sua importância nas diversas
religiões.
7º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Paisagem Religiosa
• Universo Simbólico Religioso
• Texto Sagrado
1.1 – CONTEÚDOS BÁSICOS
Temporalidade Sagrada
• Trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando o evento da criação nas
diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos sagrados (Natal, passagem
de ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos.
Festas Religiosas
• Elaborar painéis e cartazes sobre algumas tradições religiosas e suas festas,
enfatizando a beleza e o colorido dessas festas, pesquisa sobre danças ou canções que
sejam comum nas festas religiosas.
Ritos
73
• Construir textos coletivos sobre os ritos religiosos que marcam a vida dos
educandos da turma e organizar uma exposição de desenhos para explicitar a presença
dos ritos no cotidiano da comunidade.
Vida e Morte
• Criar uma historia em quadrinhos cujo personagem central seja a morte, sendo
estas historias expostas na sala de aula.
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Propõe um encaminhamento metodológico a partir da apresentação dos conteúdos
que serão trabalhados, ou seja, abordagens conhecidas ou desconhecidas das religiões e
expressões do sagrado.
O professor deve usar de linguagem pedagógica para trabalhar a religião e
posicionar de forma clara, objetiva e critica quanto ao conhecimento sobre o sagrado e
seu papel sociocultural, exercendo assim, o papel mediador entre saberes que o aluno já
possui e os conteúdos a serem trabalhados.
AVALIAÇÃO
A avaliação e um elemento integrante do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso e deve também ser fundamentada no respeito a diversidade cultural e
religiosa.
Ao professor, cabe implementar práticas avaliativas para identificar em que medida
os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do
sagrado, nas diversas tradições religiosas pelos alunos.
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou
reprovação do aluno, e importante registrar o processo avaliativo por meio de
instrumentos que permitem a escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a
identificação dos progressos obtidos na disciplina, pois a avaliação permite diagnosticar o
quanto o aluno se apropriou do conteúdo e o quanto ampliou o seu conhecimento em
torno do objeto de estudo do Ensino Religioso.
74
Como critério de avaliação pode ser leitura, analise por escrito de textos reflexivos,
cartazes ilustrativos, produção de texto, conversa informal, histórias, diálogos,
participação e interesse nas aulas fazendo os seguintes questionamentos:
• Existe uma relação respeitosa entre os colegas de classe que tem opções
religiosas diferentes?
• Há aceitação entre as diferenças de credo ou de expressão de fé, pelo aluno?
• O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
de cada grupo social?
• O aluno emprega conceitos adequados para referir-se as diferentes manifestações
do sagrado?
E podendo ser feitos outros questionamentos de acordo com os conteúdos estruturantes
da disciplina de Ensino Religioso.
REFERÊNCIAS
• BRAGA, João Vianei; NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol. 4; Editora Vozes, Petrópolis, 2001.
• BRASIL, Lei n.o 9394/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.
• LONGE, Mario Renato. Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol. 8; Editora Vozes, Petrópolis, 2001.
• NAUROSKI, Everson Araujo. Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol.7; Editora Vozes, Petrópolis, 2001.
• PARANA, Conselho Estadual de Educação. Deliberação n.o 03/02. Ensino Religioso nas redes públicas do estado do Paraná.
• PARANA. Conselho Estadual de Educação. Parecer n.o 464/03. Consulta acerca da Deliberação n.o03/02 – Ensino religioso na escola publica.
• ROMANIO, Adilson Miguel; Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol. 6; Editora Vozes, Petrópolis, 2001
• Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares. 2008 – Ensino Religioso.
• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Politico-Pedagógico.
75
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Geografia que se propõe que seja ensinada nas escolas deriva de uma
concepção cientifica. O conceito adotado para o objeto de estudos da Geografia e o
espaço geográfico, um espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por
objetos e ações inter-relacionados. Trata-se da produção e da organização do espaço
geográfico, a partir das relações sociais de produção, um espaço produzido e reproduzido
pela sociedade humana, com vistas à nele se realizar e se reproduzir.
Analisar com os alunos as transformações que vem ocorrendo no mundo ou no
espaço faz com que a Geografia passe a auxiliá-los a desvendar seu espaço, a conhecer
seus agentes modificadores responsáveis por sua construção compreendendo a sua
responsabilidade, enquanto cidadãos, pela conquista de uma sociedade justa e um meio
ambiente que propicie mais qualidade de vida as futuras gerações. A partir deste
apontamento, cabe a escola, como um dos lugares onde se analisa, produz e
sistematizam-se conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização
dos sabres para que sejam sujeitos capazes de interpretar com um olhar critico, o mundo
que os cercam.
Podemos caracterizar a Geografia como um hibrido no meio físico e humano.
A Geografia propõe um trabalho pedagógico que visa à ampliação das capacidades
dos alunos dentro do Ensino Fundamental. Os alunos devem observar, conhecer,
comparar e representar o espaço geográfico, este que, por não ser estático, levando em
conta o momento histórico e o contexto social, político e econômico. Portanto:
“Cabe a Geografia preparar os alunos para uma leitura critica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem passividade aos indivíduos” (CASSETI, 2002)
O objeto de estudo da geografia é o Espaço Geográfico, entendido como o espaço
produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação
entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações –
relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).
…não são apenas objetos móveis, mas também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem… uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos geográficos. (Santos, 1996,p. 59)
76
Para que se compreenda a produção espacial é necessário ir alem da aparência,
dos aspectos visíveis, e preciso compreender como os determinantes políticos, culturais e
econômicos se constituem na essência social e produzem as transformações espaciais.
(DCE, 2008)
Nesse sentido, o espaço pode ser entendido como um produto social em
permanente transformação, ou seja, sempre que a sociedade sofre mudança, as formas
(objetos geográficos) assumem novas funções. (DCE, 2008).
OBJETIVOS GERAIS
O principal objetivo da Geografia é o estudo das relações entre sociedade e
natureza, oferecendo subsídios para que o aluno compreenda o espaço em que vive.
• Desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar
criticamente a realidade para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades
de transformação;
• Ser capaz de buscar o trabalho interdisciplinar e a formação de um coletivo para
aprofundar a compreensão de uma realidade;
• Levar os alunos a construir um conjunto de conhecimentos referentes a conceitos,
procedimentos e atitudes relacionadas à Geografia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos são abordados de acordo com os conteúdos estruturantes que são
os conhecimentos de grande amplitude (dimensões geográficas) que identificam e
organizam os campos de estudos da geografia, possibilitando a compreensão dos
conceitos geográficos e do seu objeto de estudo. São dimensões geográficas da
realidade a partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados. Serão
tratados a partir das categorias de analise espaço↔temporais, sociedade↔natureza e do
quadro conceitual de referencia. São quatro conteúdos estruturantes que serão
trabalhados em todas as series concomitantemente, pois estabelecem relações entre si.
DIMENSÃO ECONOMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Este conteúdo enfatiza os espaços de produção como o industrial-urbano e o
agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de cada um, a hierarquia dos
lugares, as relações econômicas entre as diferentes porções territoriais como as cidades,
77
os estados/províncias, os países e regiões. Relações de produção e de trabalho, como
as sociedades produzem o espaço geográfico sob a perspectiva da produção de objetos
(fixos e moveis) necessários para a manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).
Ênfase nas desigualdades econômicas, na produção de necessidades, nas diferentes
classes sociais, na configuração socioespacial.
Todos os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,
especialmente o de Rede.
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais são as instâncias e
instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Nesse conteúdo estruturante
aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (rua, bairro) até a
escala macro (pais, instituições internacionais). O papel do Estado e das forcas políticas
não estatais (ONGS, narcotráfico, crime organizado, associações) bem como as
redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais, políticos,
são fundamentais.
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são
território e lugar.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste
conteúdo estruturantes. “A produção de espaço geográfico, a criação de necessidades e a
mobilização de ‘‘recursos” naturais para satisfazê-las no modelo econômico do
capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturante. Como essas relações
se concretizam na diferenciação das paisagens sociais e culturais. Os conceitos de
sociedade e natureza são entendidos como categoria de análise neste conteúdo
estruturante. Modo de produção, classes sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da
natureza e tempo são discutidos da perspectiva da produção espacial e da paisagem.
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais neste
conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das
especificidades culturais. As macas culturais na produção das paisagens (rural e urbana)
e suas razoes históricas, econômicas naturais; a ocupação e distribuição da população no
espaço geográfico e suas conseqüências econômicas, culturais, sociais. Os grupos
sociais e étnicos em sua configuração espacial urbana, rural, regional.
78
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são os de
Região (singularidades e generalidades) e paisagem.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para cada série da etapa
final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação conceitual
dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses
conteúdos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho
pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade docente.
Os conteúdos básicos darão origem aos Conteúdos Específicos no Plano de
Trabalho Docente e estão apresentados por série devendo ser tomados como ponto de
partida a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.
II. CONTEÚDOS BÁSICOS6º ANO
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção;
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico;
• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos;
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural;
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores
estatísticos;
• Movimentos migratórios e suas motivações;
79
• O espaço rural e a modernização da agricultura;
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico;
• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8º ANO• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
• A nova ordem mundial, os territórios do continente americano;
• O comercio em suas implicações socioespaciais;
• A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico;
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
• O espaço rural e a modernização da agricultura;
• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos;
• Os movimentos migratórios e suas motivações;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9º ANO• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
• A revolução tecnico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;
• O comercio mundial e as implicações socioespaciais;
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores
estatísticos;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a re
(organização do espaço geográfico;
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
80
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
EDUCAÇÃO DO CAMPO O Ensino de Geografia nas Escolas do Campo, objetiva resgatar e cultivar a
identidade do homem do campo, possibilitando-lhe uma melhor compreensão do lugar e
do mundo onde vive, garantindo a este acesso aos conhecimentos historicamente
acumulados e os saberes da vivência cotidiana.
EIXOS CONTEMPLADOS NA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA:• Trabalho: Divisão social e territorial;
• Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável;
• Organização política, movimentos sociais e cidades.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA (LEIS
10.639/2003, 11.645/2008)
EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL (LEI 9795/99)
EDUCACAO FISCAL
FUNDAMENTOS TEÓRICO - METODOLÓGICOS
O Brasil, formado a partir das heranças culturais européias, indígenas e africanas,
não contemplava, de maneira equilibrada, essas três contribuições no sistema
educacional. A partir de 2003, com a aprovação da Lei 10.639/03, que tornava obrigatório
o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino
Fundamental e Médio, substituída, em 2008, pela Lei 11.645/08, que inclui também o
ensino de História e Cultura Indígena têm o objetivo promover uma educação que
reconhece e valoriza a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro. A
escola é o lugar de construção, não só do conhecimento, mas também da identidade, de
valores, de afetos, enfim, é onde o ser humano, sem deixar de ser o que é, se molda de
acordo com sua sociedade.
A formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo,
assume-se o quadro conceitual das teorias criticas da Geografia, A partir do exposto,
espera-se que o aluno, ao iniciar seus estudos no 6º ano do ensino fundamental, amplie
as suas noções espaciais, por isso o professor abordara os conhecimentos necessários
para o entendimento das inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais,
aprofundara os conceitos de lugar e paisagem, os conceitos de região e territórios. O
81
espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da integração fisico-natural e
dinâmica
humano/social.
No 7º ano, analisar os fenômenos citados na escala nacional, relacionando os
quando possível com a realidade mundial.
No 8º e 9º ano o aluno ampliará e aprofundará suas análises espaciais com relação
aos continentes e as regiões polares.
Os métodos devem ser adaptados de acordo com o meio sociocultural que o aluno
esta inserido. Podendo desenvolver as atividades como a leitura de textos, mapas,
gráficos, tabelas e figuras; pesquisas por diversos meios (entrevistas, livros didáticos,
revistas, jornais, televisão, internet); trabalho de campo, confecções de mapas e
maquetes, exercícios de interpretação e fixação de conteúdo.
Perguntas que devem orientar o pensamento geográfico e o trabalho do professor:
Onde?
Como é este lugar?
Por que este lugar é assim?
Por que aqui e não em outro lugar?
Qual o significado deste ordenamento espacial?
Quais as consequências deste ordenamento espacial?
Por que e como esses ordenamentos se distinguem de outros?
Por que as coisas estão dispostas desta maneira no espaço geográfico?
AVALIAÇÃO
A Avaliação deixa de ser um processo terminal do processo avaliativo. Ela deve
acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor, por isso
a avaliação do processo de ensino-aprendizagem será formativa, diagnóstica e
processual, dando tempo para uma verificação mais precisa da aprendizagem. Os
instrumentos avaliativos utilizados serão exercícios de interpretação, raciocínio lógico nas
aulas, capacidade de relacionar o meio vivido com determinados conteúdos, relatos,
interpretação e produção de textos, interpretação de fotos e imagens, trabalhos
individuais e/ou em grupo, pesquisas, relatórios de aulas de campo, construção de
mapas e maquetes, análise de mapas e tabelas, confecção de gráficos, relatórios de
vídeo e apresentação de seminários.
A recuperação de estudos será realizada paralelamente ao processo de ensino-
aprendizagem, assim que diagnosticada a defasagem, considerando os aspectos dos
diferentes níveis de aprendizado, podendo envolver diferentes atividades que possa
82
recuperar o conteúdo trabalhado e possibilitar reavaliação através de instrumento
diferenciado.
REFERÊNCIAS
CALLAI, Helena C. O meio ambiente no ensino fundamental. Espaços da Escola, Ijuí, v. 4, n. 27, p. 31-42, 1998.
Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Geografia Curitiba, 2008. Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.
http://www.afroeducacao.com.br/index.php?
option=com_contnt&view=article&id=74&Itemid=94
HISTÓRIA
HISTÓRICO DA DISCIPLINA
O ensino de História na Educação Básica, busca despertar reflexões a respeito de
aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e das relações entre o Ensino da
Disciplina e a Produção do conhecimento histórico.
O ensino de História pode ser analisado, sob duas perspectivas: uma que o
compreende a serviço dos interesses do Estado, e outra que privilegia as contradições
entre a História apresentada nos currículos e nos livros didáticos a História ensina na
cultura escolar.
Nas Diretrizes podemos analisar o ensino de História na década de 70 ate os dias
atuais, a partir das tensões identificadas entre as propostas curriculares e produção
historiográfica inserida nas praticas escolares.
A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro
II em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e Geográfico brasileiro que
instituiu a História como disciplina acadêmica.
83
O currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos,
no qual o processo histórico conduzido por lideres excluía a possibilidade das pessoas
comuns serem entendidos como sujeitos históricos.
O conteúdo de História do Brasil ficou relegado a um espaço restrito do currículo,
que devido a sua extensão dificilmente era tratado pelos professores nas aulas de
Histórias.
O ensino de História não tinha espaço para analise e interpretação dos fatos, mas
objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da Pátria.
A disciplina tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus
deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para adaptá-los a realidade.
A História continuava tratada de modo linear, cronológico e harmônico, conduzida pelos
heróis em busca de um ideal de progresso de nação.
Na década de 70, o ensino dessa disciplina era predominante tradicional, tanto pela
valorização de alguns personagens como sujeitos da História e de sua atuação em fatos
políticos, quanto pela abordagem dos conteúdos e de forma factual e linear, formal e
abstrato, sem relação com a vida do aluno. A prática do professor era marcada por aulas
expositivas, a partir das quais cabia aos alunos a memorização e repetição do que era
ensinado como verdade.
Vários fatores marcaram o currículo de Historia na rede publica estadual ate o ano
de 2.002. No ano seguinte, iniciou-se uma discussão coletiva envolvendo professores da
rede estadual com o objetivo de novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de
História.
Com a Lei no 13.381/01, torna obrigatórios, os conteúdos de História do Paraná no
Ensino Fundamental. E a Lei nº 10.639/03, inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da
História e Cultura Afro-brasileira e Africana. E a Lei no 11.645/08, que inclui no ensino da
História e Cultura dos povos indígenas do Brasil torna-se obrigatória na disciplina de
História.
A organização do currículo para o ensino de História tem como referência os
conteúdos estruturantes, entendidos como conhecimento que aproximam e organizam os
campos da História e seus objetivos. Os conteúdos estruturantes relação de trabalho,
relações de poder e relações culturais podem ser identificados no processo histórico da
constituição da disciplina e no referencial teórico que sustenta a investigação histórica em
uma nova racionalidade não-linear e temática.
84
JUSTIFICATIVA
A disciplina de História tem como objetivo priorizar o ajustamento do aluno no
cumprimento dos deveres patrióticos e privilegiar as noções e conceitos básicos para
adaptá-los a realidade, o ensino de História não tinha espaço para análise crítica e
interpretação dos fatos, o aluno só memorizava e repetia o que era ensinado como
verdade, nos dias atuais os conteúdos significativos, com a realidade do seu cotidiano. A
disciplina de História busca despertar nos alunos os acontecimentos do passado para
entender o presente, o educando tem oportunidade de despertar reflexões e o censo
crítico, formando cidadãos patrióticos e participativos nos aspectos políticos, econômicos
culturais e sociais.
CONTEÚDOS
6º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Relações do Trabalho
• Relações de poder;
• Relações culturais
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
• A experiência humana no tempo;
• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
• As culturas locais e a cultura comum.
1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• O trabalho do historiador;
• Relação de tempo com a História e as ações humanas ao longo do tempo;
• Origem e evolução do ser humano;
• Linha do tempo da evolução das espécies;
• Modo de vida do homem do paleolítico e neolítico, a evolução agrícola e as
mudanças que trouxe para a sociedade humana e a natureza, destacando o comércio,
divisão de trabalho, centralização política, escrita e arte;
• O ser humano e o uso dos metais;
85
• A chegada dos primeiros habitantes da América, hipóteses e teorias, modo de
vida, o inicio da agricultura na América destacando mudanças no desenvolvimento da
agricultura;
• Características do modo de vida dos primeiros habitantes da América e o
reconhecimento dos povos indígenas no Brasil e no Paraná;
• As civilizações fluviais: Mesopotâmia, Egito, China e Índia, identificando períodos,
duração, simultaneidades e semelhanças ao longo do tempo. Destacar suas
contribuições em relação à cultura, política, religião e escrita. Identificando os principais
grupos sociais existentes;
• Fenícios e Hebreus: O papel dos Fenícios na criação do comércio,
desenvolvimento histórico desses povos em relação à economia, organização política, e
religião desses povos;
• A formação da civilização grega: vida política, cotidiano na Grécia, filosofia, mito,
arte e religião, conceito de democracia e oligarquia a partir das experiências históricas de
Atenas e Esparta e comparação com a democracia vigente no Brasil atual;
• A civilização Romana: o processo de formação das cidades, a república romana,
guerras e conquistas, lutas sociais, sociedade e cultura, identificando a importância do
trabalho escravo na sociedade romana;
• A crise do Império Romano: principais fatos que levaram a queda do império do
ocidente, principais mudanças ocorridas na Europa com o esfacelamento do Império
Romano;
• A divisão do Império Romano do ocidente e do oriente destacando os fatores e
efeitos dessa divisão;
• A vida religiosa dos romanos; fases da historia do cristianismo durante o período
imperial romano, e as principais doutrinas;
• Historia do Parana: Primeiros exploradores, os primeiros habitantes: Guarani e
Caingangue, povoamento e ocupação.
• História de Leópolis, as primeiras incursões e povoamento, formação cultural.
• Danças, músicas, culinária, vestimentas, religião africana e preconceito racial,
discriminação e racismo.
7º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
86
• Relações do Trabalho
• Relações de poder;
• Relações culturais
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
• As relações de propriedade;
• A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
• A relação entre o campo e a cidade;
• Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• A formação da Europa feudal: a descentralização do Império Romano. O poder
político e jurídico dos Bárbaros; o Império Franco e a Idade Média; o Império Carolíngio e
a Igreja Católica; a formação do feudalismo e a sociedade feudal; a economia, cultura e a
ciência na Europa feudal;
• O mundo além da Europa: o modo de vida dos árabes; o nascimento e a
consolidação do Islamismo; a sociedade muçulmana; a África dos grandes reinos; Mali,
Congo, Zimbábue, Egito, e as sociedades tribais; China o império da prosperidade; a
importância do comercio e da agricultura;
• Mudanças na Europa: o crescimento do comércio e das cidades; a saúde pública, a
peste negra e as revoltas camponesas; a formação das monarquias nacionais; o saber e
as artes; as cruzadas;
• Mudanças na Arte e na Religião: a Europa na baixa idade média; o renascimento; o
humanismo; a reforma e contra-reforma.
• O Encontro entre dois mundos Europa: Comércio, Riqueza e poder, Europa nobre
e mercantil; A expansão marítima portuguesa; A expansão marítima espanhola; América:
Terra de grandes civilizações; A civilização Asteca e Inca; A conquista espanhola.
• A exploração dos impérios coloniais. A colonização espanhola na América;
atividades econômicas na Colônia; O império ultramarino português; A colonização
portuguesa na América; A Administração da América portuguesa; Os povos indígenas do
Brasil.
• O nordeste colonial: A economia açucareira; Agricultura de exportação e produção
de alimentos; A vida nos engenhos; Escravidão: captura, resistência e luta;
87
• A Expansão Colonial: A União Ibérica; O fim da União Ibérica; A conquista do
sertão; As missões jesuíticas; Crise rebeliões na colônia; A educação na colônia.
• História do Paraná: Colonização, destruição, Índios hoje, povoamento do litoral
paranaense, ocupação do oeste e sudeste e do norte do Paraná, os espanhóis no
Paraná.
• Cultura afro descendente e africanidades, preconceito, discriminação e racismo.
8º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Relações do Trabalho
• Relações de poder;
• Relações culturais
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
• História das relações da humanidade dom o trabalho;
• O trabalho e a vida em sociedade;
• O trabalho e as contradições da modernidade;
• Os trabalhadores e as conquistas de direitos;
1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• A Inglaterra absolutista e as treze colônias: o domínio absoluto dos reis e a
situação da Europa; a formação do absolutismo inglês e as revoluções puritanas e
gloriosa; a vida cotidiana na era absolutista, alimentação e mortalidade, teatro, etc.; a
colonização na América do Norte;
• A época do ouro no Brasil: a descoberta e a exploração do ouro; a imigração
portuguesa no Brasil; os escravos na mineração; Portugal e o ouro brasileiro; o
crescimento do mercado interno e da vida urbana;
• Revolução Industrial: características da Revolução Inglesa; o domínio inglês no
comércio mundial; do artesanato a manufatura; as cidades industriais e a vida operária;
as lutas operárias e os sindicatos; a industrialização e o crescimento das cidades no
Brasil; a exploração do trabalho infantil no Brasil;
• Revoluções na América e na Europa: A era da ilustração; o antigo regime a reação
iluminista; a independência dos EUA; a França antes e depois da revolução; a monarquia
constituinte e a crise política; nascimento da Republica.
88
• A Era de Napoleão e a Independência da América Espanhola: Napoleão Bonaparte
no Poder; O Império Napoleônico; Os americanos lutam pela liberdade; México livre; Os
indígenas na América independente;
• A Independência do Brasil e o Primeiro Reinado: O Brasil sob as regras do pacto
colonial; A crise do antigo sistema colonial; O Brasil se torna a sede do reino português; A
Independência do Brasil; O Primeiro Reinado; O Fim do Primeiro Reinado; Rio de janeiro
e a cidade da Corte.
• Revoluções agitam a Europa: A Europa das Revoluções; A unificação da Itália e da
Alemanha; Estados Unidos: A guerra da secessão; Propostas de transformação social;
Novas formas de ver o mundo; Direitos individuais e sociais.
• Brasil: da Regência ao Segundo Reinado: O período regencial (1831-1840); O fim
do período regencial; O Segundo Reinado; A expansão cafeeira no Brasil; A Abolição do
Trafico Negreiro, as leis abolicionistas, lei áurea, imigrantes no Brasil, a imigração do
branqueamento, A questão agrária no Brasil;
• Historia do Paraná: A formação da sociedade paranaense: migrantes e imigrantes,
Economia, escravidão, emancipação política do Paraná, Paraná província e república,
• Cultura afro descendentes e africanidades, preconceito racial.
9º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Relações do Trabalho
• Relações de poder;
• Relações culturais
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
• A constituição das instituições sociais;
• A formação do Estado;
• Sujeitos, guerras e revoluções.
1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• A era do Imperialismo: Segunda Revolução Industrial; as novas técnicas; a era dos
impérios; interesses eleitorais; missão civilizadora; o surgimento da sociedade de massa;
a expansão imperialista na África; a África e a segunda revolução industrial;
89
• A República chega ao Brasil: a questão escravista no Brasil Imperial; a República
dos Militares; as oligarquias; a guerra dos Canudos; a industrialização e o crescimento
das cidades; o movimento operário na Primeira Republica; Reforma e revoltas na capital;
• A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa: os conflitos imperialistas antes da
guerra; a guerra e seus resultados; a entrada dos Estados Unidos e o fim do conflito; o
mundo após a guerra; a revolução socialista na Rússia; a arte e a cultura na Europa dos
anos 1920;
• A crise do capitalismo e a Segunda Guerra Mundial: os anos de 1920, a crise de
1929 e o New Deal; os regimes autoritários tomam conta da Europa; uma experiência
dolorosa: Nazismo Alemão; a Segunda Guerra Mundial antecedentes; A eclosão da
guerra o avanço dos aliados; a Batalha de Stalingrado o revés da Guerra.
• A era Vargas: A Revolução de 1930 e o Governo Provisório; O governo
constitucional de Getúlio Vargas; O Estado Novo; A educação na Era Vargas; As artes
durante o estado novo; A Era do Radio; Teatro de revista no Brasil.
• O mundo bipolar: A guerra fria; Indústria cultural e esportes; O estado de bem-
estar-social; A descolonização da África; Revoluções na Ásia; O oriente médio; Revolução
na América Latina; Beatles: o poder permanente de encanto.
• Democracia e ditadura no Brasil: O Brasil depois de 1945; Os anos dourados; O
Governo João Goulart e o golpe de 1964; o fim das liberdades democráticas; Repressão e
abertura; A redemocratização e o governo Sarney.
• A nova ordem mundial: O fim da União Soviética; O fim do socialismo no Leste
Europeu; A nova ordem mundial; A globalização e seus efeitos; O planeta pede socorro;
O Brasil na nova ordem mundial; Um balanço do Brasil contemporâneo.
• História do Paraná: Revolução federalista, contestado, movimento tenentista,
Revolução de 30 e Redemocratização populista, o Paraná moderno: industrialização e
urbanização.
• O estudo da Lei 10.639/03, ensino da cultura afro-brasileira e africana, lei
11.645/08, ensino de historia dos povos indígenas do Brasil.
• Educação fiscal: Conhecimento e acompanhamento dos gastos públicos, e a
importância dos impostos na condução de um município.
FUNDAMENTOS TEÓRICO - METODOLÓGICOS
90
A abordagem teórico- metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental
parte da história local/Brasil para o mundo, considerando os contextos relativos as
histórias locais, da América Latina, da África e da Ásia.
Para que o aluno compreenda como se da à construção do conhecimento histórico
o professor deve organizar seu trabalho por meio de trabalhos com vestígios e fontes
históricas diversas, permitindo ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio
de uma consciência histórica. Trabalhar com vestígios e indispensável ir alem dos
documentos escritos, iconográficos, os registros orais, os testemunhos de histórias locais,
alem de documentos contemporâneos, como: fotografias, cinema, quadrinhos, músicas,
literaturas e informática. É necessário identificar as especificidades do uso desses
documentos, bem como entender sua utilização para superar as meras ilustrações das
aulas de Histórias.
Outro método para organizar o trabalho pedagógico bem como os conteúdos
obrigatórios de História do Paraná (Lei nº13.381/01), História e cultura Afro Brasileira,
Africanas e Indígenas ( Leis nº 10.639/03 e 11.645/08), Educação Ambiental ( Lei nº
9.795/99), é por meio da fundamentação na historiografia de forma contextualizada e
relacionadas aos conteúdos de História,e serão trabalhados através de leituras e
interpretações históricas possíveis, buscando além do livro didático a rica produção
historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras voltadas
ao público geral, disponíveis também nos meio eletrônicos, tais como: vídeos, imagens,
gravuras, charges, fotografias, áudios, jornais virtuais e sites de entidades e formadores
de opinião.
É importante também problematizar o conteúdo a ser trabalhado, partindo do
pressuposto que ensinar história e construir um diálogo entre o presente e o passado, e
não reproduzir conhecimentos neutros sobre fatos que ocorreram outras sociedades e
outras épocas.
Embora a proposta pedagógica de História para o Ensino Fundamental parta das
histórias locais e do Brasil para a História Geral, não se pode impor esta relação quando
as condições históricas não permitem, ou seja, alguns conteúdos como a Revolução
Industrial, por exemplo, exige que se parta da História da Europa para a da América
portuguesa, sendo possível iniciar a abordagem por estudos comparativos, de forma a
continuar priorizando as histórias locais e do Brasil. Por fim, o confronto de interpretações
historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias
históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
91
AVALIAÇÃO
A avaliação dentro da disciplina de História será um processo contínuo, dinâmico,
aberto e processual. Um dos elementos do processo ensino aprendizagem que deve
privilegiar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, superando a aplicação de
provas como instrumento de medida e controle permitindo assim, ao educando ir do
senso comum para um conhecimento bem elaborado, que vai mapeando os processos e
dificuldades dos alunos, de modo a contribuir com acesso ao conhecimento.
Cabe ao professor estabelecer mecanismos de acompanhamento constante e
imediato e apropriado do conhecimento, a compreensão da realidade que vive a partir de
relações que consegue estabelecer com o passado e a proposição de superação das
condições existentes em direção a uma sociedade mais justa e humana.
As práticas avaliativas devem guardar coerência com os objetivos, os temas
metodologias, apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e específicos. E necessário discutir os limites, identificar compreendendo a
aprendizagem dos alunos, na observação, leitura, atividade em grupo, confecção de
murais, exposições, relatórios, teatros, entrevistas, sistematização de conceitos históricos,
esforço pessoal, prova escrita, oral e autoavaliação entre outros. Não revela
simplesmente as conquistas pessoais dos jovens ou do grupo de estudantes. Ela
possibilita ao professor problematizar o seu trabalho, discernindo quando e como intervir e
quais as situações de ensino-aprendizagem mais significativas.
Portanto, a avaliação diagnostica favorece a reflexão sobre as praticas
pedagógicas, o repensar, replanejar, a redefinição e revisão de suas praticas
pedagógicas.
A recuperação de estudo segundo a deliberação 007/99 – CEE oportunizará ao
aluno ser avaliado de acordo com o seu desempenho em diferentes situações de
aprendizagens, utilizando técnicas e instrumentos diversificados, como: atividades
contínuas, permanentes e cumulativas obtidas durante o aproveitamento escolar tomado
na sua melhor forma.
REFERÊNCIAS
92
• HOBSBAWM. E. Sobre história. São Paulo: companhia das letras, 1998.
• PILETI, Nelson Claudino. História & Vida. E. Ática. São Paulo, 1a edição 2004;
• SANTOS, Maria Januario Vilela. História do Brasil. Volume 02, 18a edição, São Paulo;
• PETTA, Nicolina Luiza de; Eduardo Baez Ojeda. Coleção Base: História: Uma abordagem integrada; volume único. 1a edição. São Paulo: Moderna 1999;
• MOCELLIN, Renato. Para compreender a história. Coleção Conhecimento. Curitiba, 1a edição 2004;
• SCHMIDT, Maria Auxiliadora M.S. História do Cotidiano Paranaense/ Orientação de Pesquisa e Texto Final. Curitiba. Letravina, 1996;
• MADALIN, Sergio Odilon. Ocupação do território, população e migração/SergioOdilon Madalin. Curitiba: SEED, 2001. (Coleção do Paraná);
• TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viver e descobrir. História e Geografia do Paraná. Editora FTD, 1992;
• WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 10a edição. Curitiba. Imprensa Oficial do Paraná. 2002;
• DUQUE ESTRADA, Joaquim Osório. A abolição. Brasília: Senado Federal, 2005. 236p.(Edições do Senado Federal, v. 39).
• SILVA, Ana Célia et. al. Educação, Racismo, Anti-racismo. Novos Tempos, 2002.
• Apostilas e Textos referentes a Cultura Africana e Afro Brasileira. PARANÁ
• Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes curriculares de História para o ensino fundamental. Curitiba, 2008.
• Lei 10.639 de janeiro de 2003.
• Lei 11.645 de marco de 2008.
• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais
voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na
definição de seu Projeto Político-Pedagógico.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LEM
93
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sempre teve uma
preocupação ligada aos interesses da sociedade de acordo com sua época e
necessidades políticas, comerciais ou religiosas.
A Língua Inglesa sempre teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o
idioma mais usado nas transações comerciais e a dependência econômica do Brasil em
relação aos Estados Unidos se acentuou durante e após a Segunda Guerra Mundial, com
isso intensificou-se a necessidade de aprender inglês.
A partir da valorização da Língua Estrangeira Moderna, nas escolas surgiram
muitos métodos como o audio-oral, audiovisual e através desses métodos, a língua
passou a ser vista como um conjunto de hábitos necessários para aprendizagem e
formação do cidadão.
O reconhecimento da diversidade de idiomas também ocorreu na Universidade do
Paraná. Esse fato estimulou a demanda de professores de Línguas, criando centro de
Línguas Estrangeiras, levando ao método de ensino uma abordagem comunicativa.
Atualmente a abordagem utilizada é a Discursiva, que trata dos gêneros textuais de forma
contextualizada. Nesse aspecto, o professor deixa de ser o centro do ensino e passa a
condição de mediador do processo pedagógico, levando assim a função das Línguas
Estrangeiras como um ensino que contribua para reduzir as desigualdades sociais.
O ensino da LEM aparece como elemento vital para a formação de um indivíduo
inserido nas relações políticas, não apenas mundiais, mas também locais; o entendimento
de si mesmo enquanto pessoa que constrói significados a partir das formações
discursivas com que se depara e significativamente ampliados quando se conhece mais
de uma língua. Só se pode perceber a si mesmo quando existe o confronto com o outro,
só conseguimos entender nossa individualidade quando percebemos a individualidade do
outro.
Tendo em vista o papel que representa na construção da globalização, a língua
inglesa é um instrumento essencial para compreender e atuar perante o novo capitalismo,
inclusive para ter acesso a modos contemporâneos de produção de conhecimento, ao
mesmo tempo em que se compreende como os discursos veiculados nessa língua dão
acesso à multiplicidade da vida humana em outras partes do mundo, onde podemos
reconstruir práticas sociais. Esta disciplina propicia a relação entre língua e sociedade,
94
propicia também a formação dos alunos como cidadãos, tornando-os agentes autônomos,
críticos e transformadores.
Conhecer uma nova língua hoje é, portanto, condição para que possa sentir-se
inserido na realidade e dela participar ativamente.
OBJETIVOS GERAIS
Oportunizar aos alunos a aprendizagem da disciplina em uma sociedade
globalizada, em que o contato com diferentes culturas e línguas cada vez mais se
intensifica através dos meios de comunicação e da tecnologia, entre outros, o ensino-
aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna assume um papel fundamental.
Desta forma, tem sido também crescente o interesse pelo conhecimento das
Línguas Estrangeiras Modernas, sendo hoje uma forte tendência que o processo de
aprendizagem inicie cada vez mais cedo, oportunizando assim, ao aluno a compreensão
e produção de enunciados na Língua Estrangeira, possibilitando a competência
discursiva, propiciando reflexões sobre a língua materna, diferenças culturais, valores de
cidadania e identidade.
Conceber a língua como discurso, permite aos alunos agir como integrantes de
uma sociedade e participantes ativo do mundo, aprendendo a dar significados para
entender melhor a realidade.
Assim reconstruindo sua identidade como agente social, sempre respeitando sua
cultura que traz para escola, expandindo sua capacidade interpretativa e cognitiva.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• DISCURSO COM AS PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, LEITURA E
ESCRITA.
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
LEITURA:
• Tema do texto;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
95
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital das palavras;
• Marcas linguísticas;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Pontuação;
• Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).
ESCRITA:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero
• Marcas linguísticas: coesão, coerência;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Pontuação;
• Recursos gráficos;
• Ortografia.
ORALIDADE:
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas e gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º ANO
LEITURA:
• Tema do texto;
96
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Discurso direto indireto;
• Elementos composicionais do texto;
• Repetição proposital de palavras
ESCRITA:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas;
• Classes gramaticais;
• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Acentuação gráfica;
• Ortografia
ORALIDADE:
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas.
8º ANO
LEITURA, ESCRITA:
• Conteúdo temático;
97
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do texto;
• Marcas linguísticas:
• Coesão e Coerência;
• Função das classes gramaticais;
• Pontuação;
• Semântica;
• Operadores argumentativos;
• Ambiguidade;
• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto
ESCRITA:
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto;
• Pontuação;
• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Ambiguidade;
98
• Significado das palavras;
• Figuras de linguagem;
• Sentido conotativo e denotativo;
• Expressões que denotam ironia e humor.
ORALIDADE:
• Conteúdo temático
• Finalidade;
• Aceitabilidade;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO
LEITURA:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo do texto;
99
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto;
• Pontuação;
• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Figuras de linguagem;
• Léxico;
ESCRITA:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo do texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elemento do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
100
ORALIDADE:
• Conteúdo temático;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,
pausas...;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Em todos os anos serão contemplados conteúdos referentes a:
• Relações Étnico-Raciais;
• Sexualidade;
• Prevenção ao uso indevido de drogas;
• Violência na escola;
• História e Cultura Afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros;
• Educação Ambiental.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A visão de ensino de língua que orienta esta proposta enfatiza a interação entre
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos na educação do campo. Esta interação se
dá por meio da linguagem entre indivíduos socialmente organizados, através de
enunciações vinculadas a realidade do campo.
101
E necessário considerar os princípios pedagógicos. Nesse processo de ensino-
aprendizagem, o trabalho com a Língua Estrangeira deve estar centrado nos diferentes
gêneros textuais, sendo fundamental que esses textos sejam significativos para os
alunos, direcionando para o mundo do trabalho, desenvolvimento social justo e
ecologicamente sustentável. O estudo desses textos deve ainda considerar a organização
discursiva e aspectos textuais relevantes. E importante destacar, também, que esses
textos não devem ser estranhos para o aluno na sua língua materna.
A metodologia de ensino da Língua Estrangeira Moderna proporciona a
aprendizagem, visto que estas experiências de aprendizagem decorrem do contexto real
do aluno. É importante trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais
emergentes, valorizando o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos, por
meio de discussões, formulação de hipóteses, problematizações, construção de
expectativas, o mesmo deve ser instigado a buscar respostas e soluções aos seus
questionamentos, necessidades e anseios relacionados a aprendizagem.
Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, o professor
poderá trabalhar itens como: gênero, aspecto cultural do campo e também mundial,
variedade linguística e análise linguística.
Diante desta perspectiva os alunos deverão ser envolvidos em tarefas
diversificadas que exijam negociação de significados, privilegiando uma ou mais
habilidades linguísticas (ler, falar, ouvir e escrever). É preciso também levar em conta que
as escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos presentes nas escolas do
campo, do professor e do contexto social.
FUNDAMENTOS TEÓRICO - METODOLÓGICOS
Os conteúdos poderão ser retomados em todos os anos, porém em graus de
profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.
Desta maneira as atividades serão desenvolvidas a partir de textos, envolvendo
práticas e conhecimentos sociais e culturais dos alunos do campo, proporcionando
condições para assumir uma atitude crítica e transformadora no campo com os discursos
apresentados como gênero, aspecto cultural, inter-discurso, variedade linguística e
atividades de pesquisa, discussão e produção de texto.
102
Em relação ao ensino de gramática, a língua deve ser concebida como uma
estrutura inflexível e invariável, valorizando a palavra, a frase e o período, trabalhando de
preferência os exercícios estruturais e correção.
Quanto a pratica de análise linguística, a língua deve ser inter-locutiva e situada,
sujeita as interferências dos falantes, privilegiando o texto com questões abertas e
atividades de pesquisa.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna objetiva-se
favorecer o processo ensino-aprendizagem, propiciando que o aluno tenha uma dimensão
do ponto em que se encontra o percurso pedagógico.
A participação dos alunos no decorrer da aprendizagem, a negociação sobre o que
seria mais representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas
vencidas, colaboram com o trabalho docente, assim considerando o nível de
aprendizagem e a maneira como chegar ate ele.
Pretende-se formar um leitor critico, sendo capaz de produzir sentidos na leitura
dos textos, tais como: inferir, problematizar a respeito da organização textual, perceber a
intencionalidade, sempre subsidiando discussões acerca das dificuldades e avanços dos
alunos, valorizando suas produções e analisados tanto pelo professor quanto pelo aluno.
A avaliação deve estar sempre voltada para um entendimento reflexivo,
(diagnóstico) levando o aluno a ser um cidadão crítico, consciente, criativo, solidário e
autônomo, e o reconhecimento da aprendizagem da Língua Estrangeira, não apenas
escolar, mas por toda a comunidade em relação ao currículo, assumindo assim uma
dimensão formadora no campo. Epera-se diversidade nos formatos de avaliação,
constituindo assim um instrumento facilitador na busca de orientações pedagógicas,
subsidiando discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de
suas produções, no processo de ensino e aprendizagem, sendo somativa.
A recuperação de estudos deve acontecer em todos os momentos em que for
necessário retomar os conteúdos, modificando os encaminhamentos metodológicos e
reavaliando para alterações das notas.
103
Serão instrumentos de avaliação: produção de textos, leitura e interpretação de
textos, testes escritos, trabalhos individuais e em grupos, atividades realizadas em sala de
aula e auto avaliação.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Dirce Guedes; GOMES, Ayrton de Azevedo – Blow Up;
ROCHA, Analuiza Machado; FERRARI,Zuleica Agueda – Take Your Time;
CUDER, Ana Maria Cristina – Teens;
TOTIS, Veronica Pakrauskas; SAKURAGUI,Shiniti; SPEEDEN,John Andrew – Nice To Meet You.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares – Língua Estrangeira Moderna/2008.
VASCONCELOS, Celso dos A. Algumas observações sobre a mudança na prática da avaliação. Revista de Educação AEC. Brasília, n. 94, p. 87-97, jan. Mar. 1995.
BRASIL. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes curriculares para a Educação das Relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2004.
Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa, no Brasil, iniciou-se
com a educação jesuítica. Com ela, as primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao
ensino de latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais
prolongada. O ensino de Língua Portuguesa limitava-se as escolas de ler e escrever,
mantidas pelos jesuítas.
Em 1758, um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma
oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. Somente nas últimas décadas do século
104
XIX, esta disciplina passou a integrar os currículos escolares brasileiro. O ensino era
fragmentado. Estudava-se gramática, Retórica e Poética.
Ao final do século XIX, a escola se abria as camadas cada vez maiores da
população. O ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma
língua que era considerada a “boa língua”.
O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871 quando foi
criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
Até meados do século XX, com relação à literatura, o principal instrumento do
trabalho pedagógico eram as antologias literárias. A leitura do texto literário, no ensino
primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua com base em exercícios
gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos.
Na época da ditadura militar, a leitura literária era compreendida como subversiva,
pois levava o sujeito a reflexão e a compreensão de si mesmo e do mundo.
Nos anos 80, com a consolidação da abertura política resultou em pesquisas que
fortaleceram a pedagogia histórico-crítica vendo a educação como mediação da prática
social. Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia revelou-se nos estudos
linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas.
Autores como Wanderley Geraldi, Carlos Alberto Faraco, Percival Leme Britto, Sirio
Possenti dialogam com os professores, mobilizando-os para a discussão e o repensar
sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas
de aula.
O Currículo Básico de 1990, de Língua Portuguesa, orientava os professores a um
trabalho de sala de aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino
tradicionalista e os PCNs, do final da década de 1990, também fundamentaram a
proposta da disciplina de Língua Portuguesa na concepção integracionista.
Atualmente, as DCEs orientam-nos para uma proposta que dá ênfase a língua viva,
dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Se o
trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao
ingressar na escola, desta forma, os conteúdos da Proposta Curricular desta escola estão
vinculados à realidade local, garantindo a relação entre o acesso aos conhecimentos
historicamente acumulados e os saberes da vivência cotidiana e estão contemplados os
saberes da História, da Cultura e da realidade do campo (SEED/PR., 2008), a partir disso,
inclui-se os saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos
105
para os multi-letramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento
das aptidões linguísticas dos estudantes.
A concepção de Língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias,
acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante de
Língua Portuguesa e Literatura é o discurso enquanto prática social (leitura, escrita e
oralidade). Considere-se, ainda, a perspectiva do multi-letramento nas práticas a serem
adotadas nesta disciplina, tendo em vista o papel de suporte para todo o conhecimento
exercido pela língua materna.
Sendo assim, a ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a
expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos
diferentes contextos e situações. O ensino de Língua Portuguesa, portanto, torna-se a
âncora de outras disciplinas, pois melhora as competências comunicativas do educando,
ampliando seu domínio de uso de todas as linguagens.
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua
Portuguesa, busca:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso; saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor; reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano;
propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas
sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do
contexto de produção;
• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie
seus conhecimentos linguístico-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e
da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso as
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao
aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-
se também, da norma padrão.
106
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como pratica social
1.1- CONTEÚDOS BÁSICOS
1.1.1- Gêneros textuais ou discursivos
a) Leitura:
• Tema;
• Interpretação textual (conteúdo temático, interlocutores, fonte, intertextualidade,
informalidade, intencionalidade, marcas linguísticas);
• Argumento principal e secundário;
• Inferências.
b) Oralidade:
• Adequação ao gênero;
• Conteúdo temático;
• Elementos composicionais;
• Marcas linguísticas;
• Variedades linguísticas;
• Intencionalidade do texto;
• Locutor e interlocutor: participação e cooperação;
• Particularidades de pronúncia;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas e gestos.
C) Escrita:
• Adequação ao gênero;
• Conteúdo temático;
• Elementos composicionais;
• Marcas linguísticas;
• Argumentação;
• Paragrafação;
• Clareza de ideias;
• Refacção textual.
D) Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
107
• Coesão e coerência de texto;
• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
• Adjetivo, advérbio, pronome, artigo e outras categorias como elementos textuais;
• Pontuação;
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, etc.;
• Acentuação gráfica;
• Processo de formação de palavras;
• Gírias;
• Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia,...);
• Procedimentos de concordância verbal e nominal;
• Particularidades de grafia de algumas palavras.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como pratica social
1.1 – CONTEÚDOS BÁSICOS
1.1.1 – Gêneros textuais ou discursivos
A) Leitura:
• Interpretação textual (conteúdo veiculado, interlocutores, fonte, ideologia, papéis
sociais representados, intencionalidade, intertextualidade);
• Argumento principal e secundário;
• As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) em registro formal e informal.
B) Oralidade:
• Unidade temática;
• Procedimentos e marcas linguísticas típicas de conversação (entonação,
repetições, pausas, etc.);
• Variedades linguísticas;
• Intencionalidade do texto;
• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;
• Particularidades de pronúncia de algumas palavras.
C) Escrita:
• Unidade temática;
108
• Adequação ao gênero: elementos composicionais e formais, marcas linguísticas,
linguagem formal e informal;
• Argumentação;
• Coerência e coesão;
• Organização de ideias, parágrafos;
• Finalidade do texto;
• Refacção textual.
D) Análise linguística:
• Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto;
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
• Pontuação;
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen;
• Acentuação gráfica;
• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
• A representação do sujeito no texto (expressivo, elíptico, determinado,
indeterminado, ativo/passivo);
• Neologismo;
• Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese);
• Concordância verbal e nominal;
• Particularidades de grafia de algumas palavras
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como pratica social
1.1 – CONTEUDOS BASICOS
1.1.1 – Gêneros textuais ou discursivos
A) Leitura:
• Interpretação textual;
• Conteúdo temático;
• Interlocutores;
109
• Fonte;
• Ideologia;
• Intencionalidade;
• Informalidade;
• Marcas linguísticas;
• Argumento principal e secundário;
• Vozes sociais;
• Linguagem não-verbal; midiático, infográficos, etc.;
• Relações dialógicas entre textos.
B) Oralidade:
• Adequação ao gênero;
• Conteúdo temático;
• Elementos composicionais;
• Marcas linguísticas;
• Coerência global do discurso oral;
• Variedades linguísticas;
• Papel do locutor e interlocutor: participação e cooperação, turnos de falas;
• Particularidades dos textos orais;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
• Finalidade do texto oral.
C) Escrita:
• Conteúdo temático;
• Elementos composicionais;
• Marcas linguísticas;
• Argumentação;
• Coerência e coesão textual;
• Paráfrase de textos;
• Paragrafação;
• Refacção textual;
D) Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;
110
• Conotação e denotação;
• A função das conjunções na conexão de sentido do texto;
• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos,...);
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos do texto;
• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, hífen;
• Acentuação gráfica;
• Figuras de linguagem;
• Concordância verbal e nominal;
• Elipse na sequência do texto;
• Estrangeirismo;
• Irregularidades e regularidades da conjugação verbal;
• Função do advérbio: modificador e circunstanciador;
• Complementação do verbo e de outras palavras.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como pratica social
1.1 – CONTEÚDO BÁSICO
1.1.1 – Gêneros textuais ou discursivos
A) Leitura:
• Interpretação textual;
• Conteúdo veiculado;
• Interlocutores;
• Fonte;
• Intencionalidade;
• Intertextualidade;
• Ideologia;
• Argumento principal e secundário;
• Finalidade do texto;
111
• Informações implícitas em textos;
• As vozes sociais presentes no texto;
• Estética do texto literário.
B) Oralidade:
• Unidade temática;
• Variedades linguísticas;
• Intencionalidade do texto oral;
• Argumentação;
• O papel do locutor e interlocutor: turnos de fala;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
C)Escrita:
• Unidade temática;
• Adequação ao gênero: elementos composicionais e formais marcas linguísticas;
• Argumentação;
• Resumo de textos;
• Coerência e coesão textual;
• Paragrafação;
• Paráfrase;
• Intertextualidade;
• Refacção textual;
D) Análise linguística:
• Conotação e denotação;
• Vícios de linguagem;
• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
• Expressões modalizadoras;
• Semântica;
• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como
elementos de texto;
• Recursos gráficos: aspas, hífen, negrito, travessão, itálico;
• Acentuação gráfica;
112
• Estrangeirismo, neologismo, gírias;
• Procedimentos de concordância verbal e nominal;
• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;
• A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
• Coordenação e subordinação nas orações do texto
EDUCAÇÃO DO CAMPO
EIXOS
• Cultura e Identidade;
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA, INDÍGENA E DO CAMPO
• Estudo e pesquisas de países que falam a língua portuguesa;
• Influência da cultura africana na cultura nacional;
• Debates e produção de textos sobre os temas:
• O racismo no Brasil;
• A presença do negro na mídia;
• Políticas afirmativas;
• Mercado de trabalho,
• Questões agrárias, etc;
• Análise de implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras
expressões;
• Estudo de obras literárias de escritores negros como Cruz e Souza, Lima Barreto,
Machado de Assis, Solano Trindade, etc., destacando a contribuição do povo negro a
cultura nacional;
• Pesquisa sobre a imprensa negra no inicio da década de 1920;
• Textos e letras de musicas relacionadas a questão social, desenvolvimento social
justo e ecologicamente sustentável, destacando a cultura do campo, movimentos sociais,
a pobreza, desigualdade social, lutas camponesas, políticas públicas para o campo, etc;
• Produção de poemas relacionados ao povo afro-descendente e camponeses e sua
cultura;
• Estudo de obras literárias que discutam, abordem questões relacionadas à cultura
afro-brasileira: Macunaíma, Mario de Andrade; Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre;
113
O Escravo, Castro Alves; Sermões do Pe. Antonio Vieira; A cidade de Deus, Paulo Lins;
O mulato, Aluisio Azevedo; O bom crioulo, Adolfo Caminha;
• Análise de pinturas - Di Cavalcanti, Lazar Segall e Candido Portinari que retratam
a figura do negro e de Candido Potinari, Jean-François Millet e Vicent Van Gogh que
retratam figura de camponeses;
• Os diversos aspectos da história da cultura que caracterizaram a formação da
população brasileira com ênfase na formação da cultura do campo, os aspectos sociais,
políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia;
• O estudo da história dos povos indígenas no Brasil;
• A cultura indígena brasileira e o índio na formação da sociedade nacional,
resgatando as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes a
história do Brasil.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
• A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional e também estará presente na educação do campo, de forma interdisciplinar,
integrada, contínua e permanente nesta disciplina, em caráter formal e não formal,
visando manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que
propiciem a atuação individual e coletiva voltada à preservação, à identificação e à
solução de problemas ambientais, à responsabilidade e sustentabilidade.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os processos de ensino e de aprendizagem da Língua Portuguesa devem pautar-
se numa relação dialogal, participativa, dinâmica, atendendo a uma proposta de
construção de conhecimento a partir de uma realidade significativa. Desta forma, a
concepção metodológica assumida é a sociointeracionista, que considera que a língua só
existe em situações de interação. Para o trabalho com a literatura, será utilizada a estética
da recepção e a sequência didática como eixo do ensino da escrita. A Língua Portuguesa,
no Ensino Fundamental, visa o trabalho com a linguagem e deve ser organizada em suas
práticas discursivas:
114
Prática da oralidade – considerar a língua em sua perspectiva histórica e social:
compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como ponto
de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os
incentivem a falar, ainda que “do seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de
linguagem que eles empregam em suas interações familiares, no cotidiano, sendo através
de entrevistas, debates, relatos de excursões e da vida no campo, dramatizações, etc
Prática da leitura – assimilar o que o mundo transmite: O processo de ler visa à
construção do significado do texto, pelo esforço de interpretação do leitor, com base não
só no que está escrito, mas também no conhecimento que traz para o texto. As aulas de
Língua Portuguesa devem seguir uma metodologia que promova o contato do aluno com
os mais diversos tipos de textos para formar leitores não só de obras literárias, mas
leitores do mundo, do cotidiano. Por isso, a partir da realidade diagnosticada do nível de
leitura dos alunos, a cada período letivo, será feita uma proposta de leitura,
desenvolvendo métodos de leitura como o Recepcional, visando a ampliação do horizonte
de leitura.
Prática da escrita – transmitir para o mundo: Ler o mundo e expressar-se para o
mundo é o objeto desta disciplina; é preciso, para tanto, promover um processo dialético
de análise e síntese da realidade, passando pela discussão das ideias que o aluno já traz
consigo e pela pesquisa de outras ideias trazidas pelas mais variadas fontes; e,
finalmente, sob orientação direta do professor, praticar a reestruturação de texto,
aprendendo que o que se produz é para o outro, ou seja, produzir textos – orais ou
escritos – é algo que alcança seu êxito quando há a compreensão do outro. Sequência
didática será utilizada como eixo do ensino da escrita;
Prática de reflexão e análise linguística – ferramentas para assimilar o que o
mundo transmite e transmitir para o mundo: Tanto as atividades orais, quanto as escritas,
possibilitam ao aluno uma análise da língua, aqui não se fala em decorar regras
gramaticais, mas, sim, em conhecer, analisar e discutir o seu uso social e efetivo. Tais
conteúdos gramaticais estarão sempre presentes no texto, tanto para análise quanto para
aplicação.
AVALIAÇÃO
Oralidade
115
Será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. As exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve
ser considerado numa análise da produção oral: Seminário, debate, troca informal de
ideias, entrevista, relato de história.
Será verificada a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que
apresenta ao defender seus pontos de vista.
O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais
convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias
falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
Leitura
As estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido, o
sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência
entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a
identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das
informações explícitas e implícitas, o argumento principal, entre outros, serão avaliados.
Os conhecimentos prévios são de suma importância, além da compreensão do
significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; as inferências corretas; o
reconhecimento do gênero e o suporte textual. Também é preciso avaliar a capacidade de
se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.
As diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos são
considerados, avaliando assim, a ampliação do horizonte de expectativas. Serão
propostas questões abertas, discussões, debates e outras atividades que permitam
avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita
O texto do aluno será visto como uma fase do processo de produção, e não como
produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua
produção e o resultado dessa ação. E a partir daí que o texto escrito será avaliado nos
seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem esta de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual,
a organização dos parágrafos.
O aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto
de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a
116
intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de
cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
Análise Linguística
No texto – oral e escrito – a língua se manifesta em todos os seus aspectos
discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos
linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática
reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior
do texto.
Dessa forma, o professor poderá avaliar o uso da linguagem formal e informal, a
ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos
linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do
texto: causa, tempo, comparação. Entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-
los em outras operações linguísticas.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
MODALIDADES DE AVALIAÇÃO
• Diagnostica
• Formativa
• Somativa
A avaliação somativa de final do semestre resulta da seguinte ponderação:
DOMÍNIO COGNITIVO
Compreensão do oral:
• Capacidade de prestar atenção a discursos de pequena/media extensão em
gêneros formais e públicos do oral.
Expressão oral
117
• Capacidade de desempenhar de uma forma cooperativa o papel de locutor em
situações diversificadas;
• Capacidade de formatação de discursos de complexidade crescente;
• Adequação da expressão oral a contextos formais e informais
Leitura
• Capacidade de usar a leitura como forma de aprendizagem;
• Capacidade de ler com regularidade;
• Eficácia na seleção das estratégias de leitura;
• Capacidade para apreciar textos literários
Expressão escrita:
• Desenvoltura no ato da escrita;
• Capacidade para produzir textos com diferentes objetivos comunicativos,
adequados a situação e ao destinatário;
• Domínio de técnicas fundamentais da escrita compositiva.
Conhecimento explícito
• Conhecimento da estrutura e do uso do português padrão.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
• Textos escritos (objetivos e dissertativos)
• Leitura e interpretação de textos;
• Produção de textos;
• Debates e discussões;
• Trabalho individual ou em grupo, escritos ou expositivos;
• Atividades realizadas em sala de aula.
PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Conforme previsto no Projeto Político Pedagógico, para a superação das
dificuldades apresentadas, a revisão de conteúdos será realizada através de atividades
diversificadas como: aula do erro, reforçando as deficiências diagnosticadas, leitura e
trabalho extraclasse, e outras, isto, paralelamente aos estudos, no decorrer do período
118
letivo, havendo reavaliação em cada conteúdo retomado e alterando as notas dos alunos
quando necessário.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Vera T. de; BORDINI, Maria da Gloria. Literatura: a formação do leitor – alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
BAGNO, Marcos. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo:Parábola, 2003.
BECHARA, Ivanildo. Ensino de gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo:Ática, 1991.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. 3. ed. Brasília: Secretaria da Educação Fundamental, 2001.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes curriculares de língua portuguesa para o ensino fundamental. Curitiba, 2008.PARANÁ. Carta do Paraná para a Educação do Campo. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Curitiba: 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Educação do Campo. Secretaria de Estado da Educação – SEED.Curitiba: 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Educação do Campo: Cadernos Temáticos, Curitiba: SEED, 2005
Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.
VASCONCELOS, Celso dos A. Algumas observações sobre a mudança na prática da avaliação. Revista de Educação AEC. Brasília, n. 94, p. 87-97, jan. Mar. 1995.
BRASIL. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes curriculares para a Educação das Relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2004.
Caderno Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro;
Lei N. o 11.645, de 10 de marco de 2008.
Lei N. o 9.795, de 27 de abril de 1999.
119
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao longo da caminhada do processo de ensino e aprendizagem, a disciplina de
matemática tem sofrido várias mudanças revelando o reflexo de cada momento histórico,
no decorrer, vem incorporando experiências de várias modalidades, dentre as quais a
profunda marca do Positivismo, que no campo do ensino privilegiava a memorização e a
enumeração de fatos e dados, sem se preocupar com a correlação entre eles. Hoje,
diante da globalização e da necessidade de desafios do mundo contemporâneo, a
proposta é trabalhar de forma com que os alunos possam conviver em meio a
complexidade existente, numa prática interligada, em busca da superação da
fragmentação, reforçando o estreitamento da relação entre a teoria e prática. Nesse
contexto, servindo de ponte entre a ciência da natureza e da sociedade, a matemática
pode ser um rico palco para a realização da prática interdisciplinar contextualizada.
A matemática, portanto, faz parte da vida e pode ser aprendida de uma maneira
dinâmica, desafiante e divertida.
Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar, medir,
calcular, resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas e
organizar, analisar e interpretar criticamente as informações. A matemática faz parte da
vida e é uma ferramenta para o aluno interpretar e transformar o mundo em que vive.
Com a Matemática pretende-se que o aluno desenvolva o seu sentido crítico e a sua
autonomia, que tenha oportunidade de viver experiências de aprendizagem adequadas e
significativas.
Através do conhecimento matemático, o homem quantifica, geometriza, mede e
organiza informações. Neste contexto fica impossível não reconhecer o valor educativo da
matemática, ciência indispensável para resolução e compreensão de diversas situações
do cotidiano. Sistematizar o conhecimento matemático e papel da escola, junto com as
outras áreas do conhecimento, esta ciência ajuda o homem a pensar e rever a história
para compreender o presente e pensar no futuro.
O homem do século XXI esta cercado da mais alta tecnologia, o que lhe exige
respostas rápidas e precisas a desafios e situações problemas. É inegável a importância
120
da matemática em outras áreas do conhecimento e seu papel na estruturação do
pensamento e unificação do conhecimento em uma linguagem universal.
A matemática sem duvida é a ciência, que melhor permite analisar o trabalho da
mente e desenvolver um raciocínio aplicável ao estudo de qualquer assunto ou temática.
O objetivo da disciplina é proporcionar ao estudante o domínio dos conceitos
básicos de matemática, buscando também habilitá-lo para aplicar os conceitos adquiridos
em seu cotidiano, estimulando-o à curiosidade e a criatividade para a construção de
novas ideias, levando-o a desenvolver uma consciência crítica para sua formação pessoal
e futuramente profissional.
A matemática tem contribuído muito em diversas atividades humanas,
principalmente com relação ao mundo capitalista em que vivemos e ao comércio de vários
produtos tanto na cidade quanto no campo.
Os conteúdos obrigatórios de Educação do Campo serão trabalhados de acordo
com as necessidades cotidianas do aluno e os conteúdos da disciplina.
CONTEÚDOS
6º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Números e Álgebra
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Sistema de numeração
- Números naturais
- Múltiplos e divisores
- Potenciação e radiciação
- Números fracionários
- Números decimais
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Grandezas e Medidas
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Medidas de comprimento
- Medidas de massa
- Medidas de área
121
- Medidas de volume
- Medidas de tempo
- Medidas de ângulos
- Sistema Monetário
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Geometrias
3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Tratamento da Informação
4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Dados, tabelas e gráficos
- Porcentagem
7º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Números e Álgebra
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Números inteiros
- Números racionais
- Equação e Inequação do 1º grau
- Razão e proporção
- Regra de três simples
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Grandezas e Medidas
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Medidas de temperatura
- Medidas de ângulos
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Geometrias
3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
122
- Geometrias não-euclidianas
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Tratamento da Informação
4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Pesquisa Estatística
- Média Aritmética
- Moda e mediana
- Juros simples
8º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Números e Álgebra
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Números Racionais e Irracionais
- Sistemas de equações do 1º grau
- Potências
- Monômios e Polinômios
- Produtos Notáveis
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Grandezas e Medidas
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Medidas de comprimento
- Medidas de área
- Medidas de volume
- Medidas de ângulos
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Geometrias
3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
- Geometria Analítica
- Geometrias não-euclidianas
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Tratamento da Informação
123
4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Gráfico e Informação
- População e amostra
9º ANO
1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Números e Álgebra
1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Números Reais
- Propriedades dos radicais
- Equação do 2º grau
- Teorema de Pitágoras
- Equações Irracionais
- Equações Biquadradas
- Regra de Três Composta
2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Grandezas e Medidas
2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo
- Trigonometria no Triângulo Retângulo
3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Funções
3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Noção intuitiva de Função Afim
- Noção intuitiva de Função Quadrática
4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Geometrias
4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
- Geometria Analítica
- Geometrias não-euclidianas
5 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Tratamento da Informação
124
5.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS
- Noções de Análises Combinatória
- Noções de Probabilidade
- Estatística
- Juros Compostos
METODOLOGIA
Na disciplina de Matemática, o professor devera utilizar-se de aulas expositivas e
dialógicas bem como de outras atividades que envolvam análise, discussão e
investigação, individual ou em grupo, abordando no momento necessário as tendências
da Educação Matemática: resolução de problemas, etnomatemática, modelagem
matemática, mídias tecnológicas e história da matemática, orientando os alunos a
curiosidade, a resolução de exercícios, a resolução de problemas, a pesquisa, a
independência, a valorização da disciplina, encorajando-os como produtores de seu
próprio conhecimento. A metodologia priorizara um papel ativo do aluno como: Leitura de
textos matemáticos, estudos dirigidos, trabalhos em grupo, recursos didáticos de caráter
lúdico como jogos, exposições, murais de problemas e curiosidades matemáticas,
recursos computacionais e tecnológicos.
As atividades deverão favorecer a confrontação e a reflexão sobre experiências
matemáticas dando oportunidades aos alunos na construção de conceitos e
procedimentos que lhes permitam dar significados a sua aprendizagem em Matemática.
Considerar a Etnomatemática e reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem o conhecimento matemático. Problematizar situações do cotidiano através da
Modelagem Matemática propõe a valorização do aluno no contexto social onde o mesmo
é convidado a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de
outras áreas da realidade. Utilizar os Recursos Tecnológicos e ampliar as possibilidades
de observação e investigação através das experimentações, potencializando formas de
resolução de problemas. Enfim, elaborar problemas, partindo da História da Matemática, e
oportunizar ao aluno compreender a evolução do conceito através dos tempos.
Sendo assim, a contextualização e a interdisciplinaridade deverão estar presentes
no cotidiano das aulas através da teoria e prática, na inserção da abordagem de um tema
bem como na tomada de situações-problemas existentes no cotidiano escolar,
despertando o aluno, a compreensão da realidade. O potencial de um tema permitira
125
conexões entre diversos conceitos matemáticos e entre diferentes formas do pensamento
matemático, ou ainda, a relevância cultural de um tema e a demonstração de suas
aplicações norteará a importância histórica no desenvolvimento da própria ciência, de
outras áreas do conhecimento e do mundo atual.
O olhar que se voltará para os conteúdos estruturantes e específicos deverá ser
articulado entre os conhecimentos presentes e a aquisição dos novos na medida em que
os conceitos poderão ser tratados em diferentes momentos cabendo a retomada ou o
aprofundamento de acordo com a situação existente.
Serão consideradas as diferenças individuais dos alunos na construção do
conhecimento matemático. Para tanto, estimulo nos processos de discussão e
confrontações de ideias serão feitas através de Estudos em Grupos paralelos com o
cumprimento de leitura, pesquisa e estudos efetivos com a orientação e monitoria do
professor.
Os recursos didáticos e tecnológicos tais como: revistas, jornais, televisão, vídeo,
retroprojetor, TV Pendrive, calculadora e computador serão utilizados adequadamente e,
em tempos que se fizerem necessários, como subsídio na construção do conhecimento.
Em comprimento a lei 11.645/08 (Cultura afro Brasileira, Africana e Indígena serão
trabalhados Estatísticas com o desenvolvimento de práticas pedagógicas que buscam
propiciar aos alunos análise das desigualdades sociais e raciais. Aspectos da cultura
Afro, a influência das línguas africanas no português falado no Brasil. Serão trabalhadas
também brincadeiras, jogos ensinados e praticados entre a comunidade ou descendentes
de africanos ou indígenas além de gráficos e tabelas para apresentar os resultados
obtidos.
O trabalho a ser desenvolvido com a questão ambiental, visa implementar a Lei
9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo
permanente de formação e de busca de informação voltada para a preservação do
equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o
homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores.
Será trabalhada a Quantificação em problemas ambientais, favorecendo uma visão mais
clara, ajudando na tomada de decisão e permitindo intervenções necessárias. A
compreensão dos fenômenos que ocorrem no ambiente – poluição, desmatamento,
limites para o uso dos recursos naturais, desperdício, terá ferramentas essenciais em
conceitos (média, áreas, volumes, proporcionalidade etc.) e procedimentos matemáticos
(Formulação de hipóteses, realização de cálculos, coleta de dados estatísticos).
126
AVALIAÇÃO
A avaliação será a fonte principal de informação e inspiração para a formulação de
práticas educativas que levem a formação global de todos os indivíduos,
independentemente de raça, classe social, cor ou gênero.
Assumindo esse caráter, a avaliação na disciplina de Matemática deverá informar
sobre: a leitura e compreensão de conceitos e procedimentos, a capacidade e iniciativa
na construção do raciocínio dedutivo e indutivo, a capacidade de interpretar, discutir e
aplicar o conhecimento na resolução de problemas da própria ciência, do cotidiano e de
outras áreas do conhecimento bem como na realidade. Sendo a avaliação diagnóstica,
formativa e somativa.
Dessa forma, serão considerados os seguintes instrumentos de avaliação: análises
e discussões em sala de aula, resolução de exercícios, resolução de problemas, trabalhos
de pesquisa, provas escritas individuais e/ou em grupo, aula do erro, estudos paralelos
em grupo e estudos complementares.
A "aula do erro'" se fará presente em nosso cotidiano escolar devido à necessidade
de identificar a dinâmica da aprendizagem, de um determinado objeto de conhecimento,
por meio da articulação (dialética) entre os elementos adequados da resposta (geralmente
referidos como acertos) e os elementos inadequados (geralmente referidos como erros).
Sendo assim, com esses elementos, identificaremos quais os pontos que precisam de
interferência imediata ou não, incentivando os alunos na tomada de decisão seja para o
desenvolvimento do reestudo, seja para continuidade dos estudos.
Os "estudos de recuperação" para os alunos de baixo rendimento na aprendizagem
serão feitos através dos estudos paralelos em grupo com atendimento de dúvidas e
explicações pelo professor em sala de aula, atividades extraclasse entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SADOVSKY, Patrícia. O ensino de matemática hoje: enfoques, sentidos e desafios – 1. ed. - São Paulo: Ática, 2010.
RIBEIRO, Flávia Dias. Jogos e modelagem na educação matemática – São Paulo: Saraiva, 2009.
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HELLMEISTER, Ana Catarina P.. DRUCK, Suely. Explorando o ensino da matemática: artigos: volume 1 – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2004.
HELLMEISTER, Ana Catarina P.. DRUCK, Suely. Explorando o ensino da matemática: atividades: volume 2 – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2004.
CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PR – Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental, 1989.
Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Matemática para o ensino fundamental. Curitiba, 2008.
Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.