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ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO DE LEÓPOLIS ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO AGOSTO/2012

ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO DE LEÓPOLIS ENSINO … · homenagem à professora Maria Pereira, que durante quinze anos atuou como secretária, ... contando com o apoio efetivo de toda

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ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO DE LEÓPOLIS

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

AGOSTO/2012

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INTRODUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

1 – APRESENTAÇÃO

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, a direção juntamente com o

corpo administrativo, docente e discente, traça o Projeto Político Pedagógico do

Estabelecimento de Ensino – Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino

Fundamental, tentando acompanhar as transformações ocorridas no âmbito nacional, no

sentido de mudança, na ação participativa e cooperativa que engrandece através das

diferentes representações dos segmentos escolares que busca auxiliar a escola no seu

todo. Seu objetivo é preparar progressivamente o educando para o acesso sistemático ao

conhecimento, para a compreensão dos problemas humanos, para a vida e para o

trabalho.

Este projeto foi elaborado para preparar jovens e adolescentes ao exercício da

cidadania para expansão da criatividade e a participação consciente no meio social. O

que até então, era elaborado apenas por setor competente, hoje necessita do poder de

decisão de todos, inclusive do professor, pois além de seus conhecimentos, sua

convivência em sala de aula, recolhe subsídios diversos contribuindo assim para uma

escola cada vez melhor.

Reconhecemos que é necessária a apropriação do saber na elaboração de um

método que respeite a sensibilidade do aluno, na obediência dos princípios teóricos,

preparando o aluno para a cidadania.

2 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Escola: Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental

Endereço: Rua Joaquim Costa, s/nº - Distrito Primavera – Código: 140

Telefone: (43) 3562-1001 (Telefone Público)

Município: Leópolis Código: 1350

Dependência Administrativa: Municipal Código: 03

NRE: Cornélio Procópio Código: 08

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

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- Ato de Autorização da Escola: Resolução nº 560/84 de 12/03/1984

- Ato de Reconhecimento da Escola: Decreto nº 3752/88 de 05/12/1988

- Ato de Renovação do Reconhecimento da Escola: Resolução nº 742/2010 DOE

25/05/2010

- Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: nº 038/02 de 03/05/02

Distância da Escola do NRE: 25 Km

Localização da Escola: Zona Rural (Escola do Campo)

Site da Escola: www.llsleopolis.seed.pr.gov.br

E-Mail: [email protected]

Número de turma: 4 turmas, sendo (1) 6º; (1) 7º; (1) 8º; (1) 9º

Número total de alunos: 13

ORGANOGRAMA

3 – OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A organização do trabalho pedagógico escolar supõe reflexão e discussão crítica

sobre os problemas da sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de

intervenção, buscando a transformação da realidade social, econômica, política,

educacional e cultural.

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A articulação e a participação de todos os sujeitos do processo educativo:

professores, funcionários, pais de alunos e outros, para a formação de uma visão global

da realidade e dos compromissos coletivos, fundamentam as transformações internas da

organização escolar e explicita suas relações com as transformações mais amplas

(econômica, social, política, educacional e cultural).

Este projeto tem por finalidade cumprir o que estabelece a legislação em vigor,

LDB nº 9394/96, que é a preparação cultural dos indivíduos para uma melhor

compreensão da sociedade, participação política que implica nos direitos e deveres de

cidadão, promovendo o desenvolvimento integral da “pessoa”.

HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

No município de Leópolis – povoado da Primavera, no ano de 1971, dá-se o início

de uma nova cultura para os cidadãos daquele distrito, nascendo assim o Sistema Escola

Ginasial, com 5ª e 6ª séries, sendo extensão da Escola Estadual D. João VI de Leópolis,

sendo Diretora a professora Telma Frederighi Baisi, que veio de Minas Gerais e após

convivência com a comunidade optou por em prática sua formação profissional; sua

administração foi dinâmica e organizada.

Com o reconhecimento do curso de 1º grau, em 1981, passou a denominar-se

Escola Estadual Maria Pereira – Ensino de 1º Grau. Recebeu esta denominação em

homenagem à professora Maria Pereira, que durante quinze anos atuou como secretária,

homenagem justa pelo seu exemplo de dedicação, dignidade, humildade para com todos

que por ali passaram.

Em 21 de fevereiro de 1984 atendendo os inúmeros pedidos por parte da

comunidade e dos órgãos competentes dá-se o início de uma nova escola.

O secretário de Estado da Educação, com o Parecer nº 560/84 de 21 de setembro

de 1984, autoriza o funcionamento gradativo; em 1984 funciona a 5ª série; em 1985 a 6ª

série; em 1986 a 7ª série e em 1987 a 8ª série; sendo administrada pela Inspetoria

Municipal e Estadual de Ensino, a professora Maria Aparecida da Silva, com sua vasta

experiência administrou a Escola com dinamismo e competência.

Em 05 de dezembro de 1988, com a Resolução nº 3752/88, fica totalmente

reconhecida a Escola com o legal funcionamento passando a denominar-se Escola

Estadual de Leópolis – Ensino de 1º Grau, de 5ª a 8ª séries, localizada a 25 km do NRE

de Cornélio Procópio.

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Tendo como primeira Diretora oficializada Mafalda Abucarub Trombini, que muito

fez por esta comunidade. Profissional batalhadora e competente, alargando assim laços

afetivos, com seriedade e compromisso.

Posteriormente em 1989, foi designada Diretora a professora Guiomar Neto

Antunes, pessoa bondosa, paciente e muito preocupada com a Escola. Durante sua

gestão aconteceram vários momentos agradáveis e saudosos, tais como: apresentação

de fanfarra, jogos, gincanas, teatros e etc.

Em 1991, inicia-se uma nova administração sob responsabilidade da professora

Maria Cleide Bernardes Toneze, que administra com idealismo, competência, amizade,

respeito e valorização do ser humano. Sua administração é participativa. A educação na

escola continua cada vez mais dinâmica e justa, contando com o apoio efetivo de toda

equipe técnico-pedagógica, administrativa, A.P.M., Conselho Escolar, professores e pais.

Em 1998, este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Escola Estadual

de Leópolis – Ensino Fundamental, conforme publicação da Resolução Secretarial nº

3120/98 em Diário Oficial.

No início do ano letivo de 2001, respondeu pela direção da Escola a professora

Enelice Melchior Fratoni, que não mede esforços para que a formação integral dos

educandos, o bem estar da comunidade, a formação continuada de professores

efetivamente ocorra.

Em 2002, assume a direção da Escola a professora Márcia Regina Gavino

Mendes, conforme escolha procedida do Decreto nº 1313/01 de 27 de junho de 2001,

onde desempenhava a função de secretária desde 1996, passando a diretora com 10

horas e outras 10 horas administrativa, exercendo sua função voltada a gestão

participativa com lealdade não medindo esforços para o bem da comunidade escolar.

Em 2004, eleito através de votação da comunidade escolar a professora Márcia

Regina Gavino Mendes dá continuidade a administração da Escola, mas agora com 20

horas na direção.

A escola também foi contemplada com os serviços da pedagoga Maria Aparecida

Fuzza, uma conquista histórica e que com certeza melhorou muito o atendimento à

comunidade escolar. Em primeiro de abril de 2005, a pedagoga Cláudia Regina Silva

Simões veio do município de Curitiba passando a fazer parte da equipe pedagógica. A

mesma fixou seu padrão em outubro de 2005.

No segundo semestre de 2005 a professora Márcia Regina Gavino Mendes foi

reeleita através de consulta á comunidade escolar (votação), podendo com isso dar

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continuidade a sua administração escolar, com carga horária de 20 horas semanais, por

mais dois anos.

Em, 2007 a escola foi contemplada com os serviços da Pedagoga Solange Garcia.

Na segunda quinzena do mês de novembro do ano de 2008, a escola contou com os

serviços da Pedagoga Silvana Fratoni.

Em 2009, a escola iniciou o ano letivo tendo como Pedagoga Lisemari Pires

Cardoso, sendo substituída no final do mês de março por Isis Luciana Germano, que

prestou sua contribuição à escola até o dia 23 de junho, sendo também substituída pela

Pedagoga Maria Aparecida Fuzza, onde junto com a diretora e a secretária buscam

benefícios à escola para que tenham uma melhoria na qualidade de ensino.

Em 2009, assume a direção da Escola Estadual de Leópolis, a Professora Odete

Sergio Caldena, eleita através de votação da comunidade escolar e pais de alunos.

Durante esses meses demonstrou muita competência e dedicação.

Em 2010, no dia 18 de maio a pedagoga Maria Aparecida Fuzza foi substituída

pela pedagoga Maria de Fátima Silva Melchior. A partir de 2011 a pedagoga Marilda

Mendes de Souza Melchior passou a fazer parte do quadro de funcionário da escola em

substituição a antiga pedagoga, em 2012 assume como pedagoga a professora

Adeuseneide Rosa Correia e junto à direção do Estabelecimento de Ensino estará sempre

em busca de benefícios e melhorias para que aja uma melhoria na qualidade de ensino.

Temos confiança e acreditamos em nossos professores e dispomos de um bom

relacionamento com as pessoas que nos rodeiam.

No início de 2011, este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Escola

Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, conforme publicação da

Resolução Secretarial nº 1547/11 em Diário Oficial.

Nesta história de vida da Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino

Fundamental, a cada dia que passa, acrescentamos experiências dos profissionais bem

como toda comunidade escolar. Acreditamos e investimos na educação e formação de

verdadeiros cidadãos.

CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental está localizada no

município de Leópolis, inserida no Povoado da Primavera, zona rural. Predomina a

economia familiar com renda através do trabalho agrícola, a maioria são trabalhos braçais

como bóia-fria, que gera uma renda em torno de um salário mínimo por família.

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Nossos alunos, em sua maioria, são oriundos de famílias de baixa renda, que

trabalham em atividades rurais. Devido a este tipo de trabalho, uma parcela de pais se

distanciam da escola, deixam de conhecer os projetos em andamento, pouco sabem

quanto ao rendimento escolar dos filhos, transferindo a responsabilidade para a escola, e

aliado a isso, valorizando-a pouco.

Este problema é acarretado por condições sociais precárias, como falta de

emprego, salário digno, habitação, entre outros, levando a problemas de ordem familiar,

tais como: falta de diálogo, imposição de limites, desagregação do lar, dificultando o

trabalho escolar.

Este diagnóstico foi revelado através de reuniões com a participação de todos os

segmentos relacionados com a educação, direta ou indiretamente, para que se adquira

consciência por todos do processo de mudança e compreensão do significado social e

político da escola.

Em contrapartida, a maioria dos pais são preocupados com a vida escolar de seus

filhos, participantes de reuniões, preservam valores morais e éticos tradicionais e buscam

acompanhar o desenvolvimento escolar de seus filhos.

Sendo o professor o sujeito que possibilita aos estudantes a compreensão dos

conteúdos escolares, é a práxis pedagógica, responsabilidade direta dos professores que

possibilitará aos alunos esta compreensão, por meio de um trabalho que evidencie desde

os anos iniciais a relação teórico-prática, portanto, intencional e transformadora, como

marca da ação humana. Cabe ao professor um encontro dialógico com outros

profissionais da escola, como outros professores, pedagogos e direção, definir, de

maneira organizada e planejada, o processo intencional de ensino. Cabe à escola a

superação do conhecimento espontâneo, por meio de acesso a aquisição do

conhecimento sistematizado, conferindo um tratamento articulado a esses conhecimentos

visando uma análise crítica da realidade.

A inclusão dos portadores de necessidades especiais em nossa escola faz-se

dentro da sala de aula onde os professores trabalham bem o individual com os alunos

limítrofe, fazendo de tudo para que possam sanar suas dificuldades. A Escola Estadual do

Campo de Leópolis foi contemplada com Sala de Recurso em 2006, mas foi cessada a

modalidade no início de 2008.

No ano de 2012 este estabelecimento passa a ofertar Salas de Apoio a

Aprendizagem do 6º e 9º ano.

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Diretora, Pedagoga, Corpo Docente da escola fazem o melhor para que todos

tenham os mesmos direitos de aprender e ter sucesso em seu processo de

aprendizagem.

APROVEITAMENTO ESCOLAR

Não é de hoje que as escolas vêm enfrentando sérios problemas com a evasão

escolar e a repetência. A nossa escola considera um problema sério o da evasão escolar

e os motivos detectados junto à nossa comunidade escolar é o trabalho rural e a

desestimulação pelo próprio contexto de uma vida sem perspectiva de emprego no

próprio meio social. Isso faz com que o aluno tenha dificuldade de perceber a importância

da escolarização para a mudança deste contexto social e de vida. Quanto à repetência,

considerando o porte da escola temos uma discreta oscilação no decorrer dos anos

quanto a esse índice que hora se apresenta pequeno e outrora zerado.

ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

PERÍODO – VESPERTINO

Em virtude das medidas adotadas pela Secretaria da Educação do Paraná, de

extinguir o Ensino Fundamental do período noturno gradativamente, em 2003 a Escola,

passou a ter novo horário de funcionamento, vespertino, aprovado pelo Parecer nº

4088/02 de 30 de dezembro de 2002. O fato possibilitou a um maior número de alunos

frequentarem a Escola justamente pela segurança proporcionada pelo período diurno e

meio de transporte.

As turmas de 6º, 7º, 8º e 9º ano são atendidas das 13:00 horas às 17:20 horas de

segunda-feira a sexta-feira, em salas separadas. A equipe técnico-administrativa

objetivando o bom atendimento Professor/aluno cumpre o mesmo horário acima citado.

REGIMENTO ESCOLAR

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Em conformidade com a Deliberação 005/98 a matrícula em nosso

Estabelecimento de Ensino é considerada um ato formal que vincula o educando ao

mesmo, conferindo-lhe a condição de aluno. É requerida pelo interessado ou por seus

responsáveis, quando menor de 18 anos e deferida pelo Diretor, no prazo máximo de 60

dias, podendo ser efetuada por transferência.

De acordo com o Regimento Escolar do nosso estabelecimento, a frequência às

aulas e a todas as atividades escolares é obrigatória durante o período letivo, com uma

carga mínima anual de 800 horas, distribuído em 200 dias de efetivo trabalho escolar.

Para aprovação do aluno, a frequência mínima exigida é de 75% das aulas.

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Considerando a LDB, Currículo Básico do Estado do Paraná, Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais, optou-se por organizar as salas de aulas de acordo

com a faixa etária em séries, nº de alunos por turma, meio de transporte disponível, tendo

adotado o sistema de avaliação semestral.

A organização e distribuição das salas obedecem aos padrões legais quanto ao

número de alunos por m2 .

Não há rotatividade das turmas, pois não dispomos de espaço físico e recursos

didáticos para tanto.

Ciente de que à escola cabe ensinar, garantir o desenvolvimento de habilidades e

apropriação de conteúdos significativos, lançamos mão de todos os recursos disponíveis,

sendo o livro didático um instrumento valioso e bastante utilizado; mas também utilizamos

outros materiais de pesquisas como os paradidáticos, textos da internet, etc. Tudo isso

para que o planejamento de ensino da disciplina venha de encontro à realidade local e

aos anseios pedagógicos dos atores envolvidos.

A escolha do livro didático é feito através do estudo e análise do guia encaminhado

pelo MEC, levando o professor a executar a autonomia intelectual e pedagógica de

acordo com os próprios princípios e a proposta educativa da escola.

CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

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A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental funciona num

prédio municipal, onde compartilhamos tudo, está localizada na Rua Joaquim Costa, s/nº

no Povoado da Primavera.

Possui quatro salas de aulas, com carteiras em estado razoável, bem ventilada e

iluminada.

Hoje temos um espaço onde é compartilhado o laboratório de informática, sala dos

professores, secretaria, diretoria e o pedagógico, onde recebem os pais, alunos e toda a

comunidade escolar, no qual em alguns casos comprometem o atendimento adequado

que nossos alunos desejam e merecem. Nesse mesmo espaço funciona a biblioteca,

sendo os alunos estimulados, incentivados e com livre acesso a este espaço cultural.

A quadra é descoberta e utilizada para aulas de Educação Física e está em

situação muito precária, necessitando urgentemente de reparos, pois compromete o bem

estar físico de nossos alunos.

O espaço físico destinado ao refeitório, sofreu uma pequena melhora, como:

cobertura, mesa e bancos que melhor acomodam os alunos na hora do lanche. A cozinha

é ampla e equipada para fazer e servir a merenda que nos é fornecida pela mantenedora,

bem como outros programas de merenda complementar. Hoje também possuímos

banheiros em bom estado para atender professores e funcionários (1 banheiro) e alunos

(2 banheiros). Não temos um almoxarifado e isso nos impede de uma boa organização

dos materiais necessários ao bom andamento da escola.

Dispomos de uma área grande gramada, onde temos um jardim com algumas

árvores e plantas e uma pequena horta que oferece hortaliças e legumes que

complementam a merenda.

A higiene é uma de nossas prioridades. Mantemos o chão limpo e encerado.

Sabonete, papel higiênico, desinfetante e toalha não faltam nos banheiros, nem lixeiras

em todas as dependências da escola. As mesas do refeitório sempre estão com toalhas

limpas e os pratos, talheres e canecas são de inox, proporcionando mais dignidade ao

momento da merenda.

Como sempre estivemos preocupados com a gripe H1N1, procuramos equipar

nossa escola com álcool gel, sabonete líquido e papel toalha para a higienização das

mãos de nossos educandos e funcionários, colocando em locais estratégicos e dentro das

salas de aulas e nos banheiros o material necessário para que todos pudessem ter livre

acesso.

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A comunidade escolar deseja uma valorização do espaço físico de nossa escola, e

é nossa vontade junto com a Prefeitura Municipal melhorarmos o espaço físico deste

estabelecimento, construindo um almoxarifado, um depósito para lixo coberto, melhorar o

refeitório, construir uma sala para Diretora e Pedagoga, assim acreditando que uma

escola organizada, bonita, funcional e com equipamentos adequados, valoriza e melhora

a autoestima de todos, contribuindo para a criação de um ambiente propício a

permanência e ao sucesso de nosso educando.

A utilização pedagógica do espaço escolar em seus diversos ambientes fica assim

distribuída: a biblioteca é usada para pesquisa e leitura; as salas de aula são o ambiente

em que os professores dispõem para desenvolver suas atividades pedagógicas; o

refeitório onde é servida a merenda é muitas vezes usado para apresentação de

trabalhos, reuniões, desenvolvimento de projetos, etc.

RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE, PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO

A questão central da escola – ensinar e aprender – tem no currículo sua chave

mestra, exige planejamento, sustenta-se no trabalho coletivo dos educadores, com sério

preparo e profissionais devidamente habilitados. O corpo docente,

pedagógico e administrativo da Escola Estadual do Campo de Leópolis - Ensino

Fundamental, na grande maioria possui pós-graduação, habilitações específicas, além de

cursos de capacitação.

As funções administrativas são:

1 – Equipe Pedagógica:

1.1 – Odete Sérgio Caldena- Diretora

1.2 - Adeuseneide Rosa Correia – Pedagoga

2 – Administrativo

2.1 – Marcia Estela Martins – Secretária

3 - Serviços Gerais:

3.1 - Leida Virginelli da Silva

3.2 – Eliane Aparecida Correa

3.3 – Adriana Josefa da Silva Santos

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4 – Docentes:

- Ciências – 1 professor

- Artes – 1 professor

- Educação Física – 1 professor

- Ensino Religioso – 1 professor

- Geografia – 1 professor

- História – 1 professor

- Língua Portuguesa – 1 professor

- Matemática – Elza Anastácio da Silva

- Língua Estrangeira – 2 professor

CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Para fundamentar a filosofia e definir os princípios didáticos pedagógicos, partimos

do diagnóstico da realidade de nossa escola, pois aquela que queremos depende do

envolvimento de todos: comunidade escolar, governo e sociedade.

Partindo desse diagnóstico é possível compreender a realidade onde estamos

inseridos e partindo desta, entender a necessidade de repensar a missão da escola de

acordo com a legislação vigente; onde se percebe um encontro de perspectivas as quais

buscamos.

O ensino fundamental de noves anos é obrigatório e gratuito, devendo atender a

todos; concretizando novos paradigmas em função da melhoria da qualidade do ensino.

Para tanto é necessário observar alguns princípios, os quais deverão nortear nossa ação

pedagógica:

• Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber;

• Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;

• Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

• Gratuidade do ensino;

• Valorização dos profissionais da educação;

• Gestão democrática, através de órgãos colegiados (APMF E Conselho Escolar);

• Garantia de padrão de qualidade;

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• Valorização da experiência extracurricular;

• Respeito à diversidade cultural;

• Inclusão dos portadores de necessidades especiais a não ser quando não houver

formas de atendimento especializado como determina a lei.

É também princípio norteador vedar qualquer forma de discriminação e segregação,

sendo priorizados os princípios pedagógicos das Diretrizes Curriculares Nacionais para o

ensino fundamental que são:

• Os princípios éticos da autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do

Respeito ao Bem Comum.

Tem por ideal o humanismo de um tempo em transição que se constitui pelo

desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade.

A finalidade mais importante é a autonomia que requer uma avaliação permanente

e mais realista das capacidades próprias e dos recursos que o meio oferece para que

assim possa formar pessoas dignas, solidárias e responsáveis. Desta forma a

educação cria condições para que ocorra o processo de desenvolvimento e

reconhecimento da identidade.

• Os princípios dos Direitos e Deveres, do Exercício da Criatividade e do Respeito à

Ordem Democrática.

É o princípio inspirado no respeito, na responsabilidade e na solidariedade. Ela se

traduz pela compreensão e respeito ao Estado de Direito, fortalecendo uma forma

contemporânea de lidar com o público e o privado, com respeito ao bem comum, com o

protagonismo expresso por condutor de participação e solidariedade, respeito e senso de

responsabilidade pelo outro e pelo público.

Esta política será praticada através da garantia de igualdade, de oportunidades e

da diversificação no tratamento dos alunos e dos professores, aprendendo e ensinando

os conteúdos curriculares.

• Os princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Diversidade e das

Manifestações Artísticas e Culturais.

Assume como princípio estimular a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade

pelo inusitado, a afetividade, facilitando a constituição da identidade, capazes de conviver

com o incerto, o imprevisível, o diferente.

Dessa forma conecta-se a sua fundamentação à estética que valoriza a beleza, a

delicadeza, a sutileza, integrando a diversão, a alegria e senso de humor a dimensões da

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vida consideradas afetivamente austeras, sendo assim, ela prioriza o reconhecimento da

diversidade como a forma peculiar de perceber e expressar a realidade.

A Estética da Sensibilidade é uma atitude diante de todas as formas de expressão

e deve estar presente no desenvolvimento do currículo e da gestão escolar, porque a

mesma não de dissocia das dimensões éticas e políticas da educação como também não

exclui outros estéticos.

A LDB nos aponta os objetivos do Ensino Fundamental:

Art.32 O ensino fundamental anos finais, com duração mínima de quatro anos,

obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,

mediante:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

É nos objetivos educacionais que vamos formar para a cidadania construtiva e

participativa; não apenas com o ingresso para esta sociedade, mas também com a

transformação da mesma. Sabendo dos desafios e das lutas, daí repensar a ação

didática, os conteúdos que ensinamos, a orientação metodológica que inspira nossa

prática, os recursos didáticos que manejamos, a avaliação que nos redireciona, à própria

organização curricular.

É necessário entender a “Escola Cidadã”, que é justamente ter um ensino de

qualidade, capaz de criar condições ao educando preparando-o assim para a vida, isto é:

desenvolver os conteúdos presentes numa realidade, através da consciência profissional

e social, visando sempre a apropriação para a superação.

“A questão dos métodos se subordina à dos conteúdos: se o objetivo é privilegiar a

aquisição do saber, e um saber vinculado às realidades sociais, é preciso que os métodos

forneçam a correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos e que estes

possam reconhecer os conteúdos o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade”

(Libâneo, 1985).

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É nessas condições que precisamos de instrumentos de análise, planejamento e

condução da ação educativa da escola, ou seja, professores com propostas claras,

sabendo, planejando; o quê, o quando e o como ensinar e avaliar em coerência com seus

objetivos, de acordo com as necessidades.

Quanto aos objetivos eleger não somente os da memorização, (cognitivos); mas

também a primazia dos valores e atitudes (afetivos); a saúde do corpo e suas habilidades,

(psicomotores).

É desta maneira que o aluno pode construir seu conhecimento; na interação com o

objetivo e o meio onde vive. Daí também a necessidade de aprimoramento; iniciando pela

bagagem curricular dos próprios educadores e se estendendo a toda a comunidade;

promovendo uma forma mais eficaz para que os desafios se tornem instrumentos de

comprovação do desenvolvimento de nossas capacidades.

Entendendo que o homem é um ser que está constantemente em processo de

crescimento, por sua própria natureza, como ser racional; e tem necessidade de crescer,

de buscar conhecimentos e, através dessas condições que é permitido a ele educar-se.

Portanto, entre as possibilidades que o distingue, está a sua capacidade de antever as

ações antes de serem realizadas, isto é, este processo ocorre através da imaginação e

reflexão, na qual pode levá-lo a muitas realizações, de ser devidamente exploradas.

O homem é capaz de ser sujeito da sua própria ação, um tributo que separa o

homem do animal. Apenas a ele foram dadas condições de agir de forma crítica,

carregando consigo sua historicidade, o que lhe permite ainda educar, de forma que

progrida o mundo em comunhão com outros homens.

Assim devida às profundas modificações do mundo atual, ocorridas principalmente

durante as três últimas décadas, tem acarretado mudanças nas demandas sociais para o

sistema de ensino. Sobretudo levando em conta as ideologias embutidas no processo, a

necessidade de compreender a situação e de encontrar formas para o enfrentamento. A

sociedade reclama por uma escola crítica, que favoreça ao homem condições adequadas

para instruir-se dignamente, mais do que em períodos passados, é necessário que o

indivíduo seja capaz de aprender outras culturas, tradições e entender as mudanças. Mas

como efetivar esta escola crítica?

Na proporção que se deseja atingir, a escola brasileira está muito longe desse

grande passo, pois as crises da sociedade caminham lado a ela. Não compete os erros

somente ao professor, mas inúmeros são os fatores que concorrem para a situação.

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A crise na formação do professor é uma situação que exige uma finalidade no

interior da escola para o seu próprio desenvolvimento; estabelecendo relação de

comunidade, de trabalho com as instâncias externas nas quais os formadores vão atuar.

Compreender o ato de educar implica uma construção específica que dê conta

daquilo que é ensino. Não pretendemos um aluno passivo, mas sim que seja sujeito da

aprendizagem e da própria história, que pense crítico e criativamente, que seja assim,

apto para obter e interpretar informações e que saiba definir o destino e dele participar

ativamente.

Tudo o que dissemos requer um pensar voltado para a aquisição dos conteúdos

científicos que acreditamos ser, até o momento, somente através da escola que a classe

trabalhadora consegue a apropriação desses bens.

Para tanto a equipe pedagógica e professores devem estar atentos a diversidade

encontrada nos alunos, atento as diferenças; estabelecendo e fomentando a política de

inclusão, campo abrangente que deverá ser, também, norteador de nossa ação

pedagógica.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

CONCEPÇÃO DE CAMPO E DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

A Educação do Campo é uma política publica que nos últimos anos vem se

concretizando no estado do Paraná, assim como no Brasil, caracterizando como resgate

de uma dívida histórica do Estado aos sujeitos do campo, que tiveram negado o direito a

uma educação de qualidade.

A construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo é mais um passo

importante na afirmação da educação como um direito universal, pois vem auxiliar o

professor a reorganizar sua prática educativa, tornando-a cada vez mais próxima da

realidade do sujeitos do campo.

Os sujeitos do campo tem direito a uma educação pensada, desde o seu lugar e

com a sua participação, vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e

sociais.

É importante fazer uma distinção dos termos “rural” e “campo”. A concepção rural

representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que historicamente

fizeram referência aos povos do campo como pessoas que necessitam de assistência e

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proteção, na defesa de que o rural é o lugar do atraso. Trata-se do rural pensado a partir

de uma lógica economicista, e não como um lugar de vida, de trabalho, de construção de

significados, saberes e culturas.

A concepção de campos tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais no

final do século XX, em referência à identidade e cultura dos povos do campo, valorizando-

os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.

Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na

sua relação de existência e sobrevivência.

A perspectiva da educação do campo se articula a um projeto político e econômico

de desenvolvimento local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos

que nele vivem.

O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a

natureza, o trabalho da terra, a organização das atividades produtivas, mediante mão de

obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de

vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vinculo

com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.

A identidade dos povos do campo categorias sociais como poceiros, bóias-frias,

ribeirinhos, ilhéus, atingidos por barragens, assentados, acampados, arrendatários,

pequenos proprietários ou colonos ou sitiantes – dependendo da região do Brasil em que

estejam – caboclos dos faxinais, comunidades negras rurais, quilombolas e, também as

etnias indígenas.

A educação para os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo

essencialmente urbano e, quase sempre, deslocados das necessidades e da realidade do

campo.

A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do cotidiano dos povos do campo,

raramente são tomadas como referência para o trabalho pedagógico, bem como para

organizar o sistema de ensino, a formação de professores e a produção de materiais

didáticos.

Entre as características da Educação do Campo que se pretende construir, estão:

- Concepção do mundo → O ser humano é sujeito da história, não está “colocado”

no mundo, mas ele é o mundo, faz o mundo, faz cultura;

- Concepção de escola → Os povos do campo querem que a escola seja o local

que possibilite a ampliação dos conhecimentos, portando, os aspectos da realidade

podem ser pontos de partida do processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada;

18

- Concepção de conteúdos e metodologia de ensino → Conteúdos escolares

são selecionados a partir do significado que tem para determinada comunidade escolar.

- Concepção de avaliação → Processo contínuo e realizado em função dos

objetivos propostos para cada momento pedagógico, seja bimestral, semestral ou anual.

Pode ser feita de diversas maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos,

trabalhos de campo, elaboração de textos, criação de atividades que possam ser um

“diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento.

CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

A criança no decorrer da história tem sido vista com olhares diferentes cada qual a

sua época, sobretudo como um adulto em miniatura. Considerando que a criança tem

suas necessidades especificas, lutou-se para que ela deixasse de ser vista pela ótica de

adulto e fosse percebida e respeita em seus direitos de ser cuidada, educada e também

de brincar.

É importante que na infância a criança construa a sua identidade, sendo que para

que isso ocorra faz-se necessário o entendimento de infância o qual deve ser privilegiado

durante o processo de ensino-aprendizagem, sendo assim é necessário se ter clareza

que na sociedade atual, a criança não pode mais ser considerada, por exemplo, uma

tabula rasa como acreditava Jonh Locke (1632-1704), influenciado pela teoria empirista.

Durante a infância a criança estará construindo a sua identidade, a qual nos traz a

ideia de quem somos e também como somos nossas características, nossos atos. Essas

distinções fazem com que tornemo-nos pessoas únicas, singulares, porem desde que

nascemos somos influenciados por pessoas em nosso meio o que interfere na formação

de nossa personalidade, nosso modo de nos apresentar e agirmos.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, no

processo de construção da identidade deve ser relevante tomar como base que a

aquisição da consciência dos limites do próprio corpo é um aspecto importante do

processo de diferenciação do eu e do outro e da construção da identidade. Por meio das

explorações que faz do contato físico com outras pessoas, da observação daqueles com

quem convive, a criança aprende sobre o mundo, sobre si mesma e comunica-se pela

linguagem corporal.

Esse processo de exploração da criança pelos aspectos existentes no meio social,

nos objetos, na observação das características das outras pessoas é o inicio desse

19

processo de aprendizagem que acontecerá visando à aquisição do conhecimento de si

mesma e do que esta a sua volta.

Nessa perspectiva deve-se considerar ainda que a criança construa seus

conhecimentos em uma dinâmica que pressupõe atividades sociais as quais envolvem o

contato com outras crianças.

Considerando, portanto, que a criança vem construindo sua personalidade e

identidade, sua história e que a escola é meio social onde ela terá contatos sociais que a

estimularam ao trabalho coletivo, mas sempre respeitando as características especificas

que fazem parte da sua personalidade para que, por meio também da escola,

considerando sua função social e os atos de cuidar e educar, a criança possa crescer um

ser autônomo e com consciência critica para atuar na sociedade.

CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

Atualmente os jovens vêm cada vez mais cedo transpondo da infância para a

adolescência. O contexto em que se encontra a sociedade atual contribui para que os

jovens não apenas contemplem essa fase da vida mais precocemente, mas também

conturbadamente.

A adolescência é marcada por conflitos internos e externos, os quais dizem

respeito a questões que envolvem a puberdade caracterizada pelas transformações

hormonais que fazem parte da fase biológica. Outro problema dessa fase são os conflitos

psicológicos e sociais, pois uma característica comum em grande parte dos adolescentes

é a necessidade de fazer parte de um grupo. As amizades tornam-se mais importantes e

passam aos adolescentes a sensação de fazer parte de um grupo de interesses comuns.

O homem é um ser histórico e se constitui no decorrer da vida, sendo que na

adolescência são construídos valores que acompanharam o sujeito por toda a vida.

Aguiar, Bock e Ozella (2001, Apud OZELLA E AGUIAR, 2008, p.3), dão sua contribuição

sobre a construção da adolescência na vida do sujeito. Nessa perspectiva a adolescência

é construída historicamente.

É criada historicamente pelo homem, como representação e como fato social e psicológico. É constituída como significado na cultura e na linguagem que permeia as relações sociais. Fatos sociais surgem nas relações e os homens atribuem significados a esses fatos; definem, criam conceitos que expressam esses fatos. Quando definimos a adolescências como isto ou aquilo, estamos atribuindo significações (interpretando a realidade), com base em realidades sociais e em

20

“marcas”, significações essas que serão referências para a constituição dos sujeitos.

Deve-se considerar então, durante o período de escolarização a construção

histórica do sujeito, suas significações sociais da realidade que os cerca.

Nesse contexto e na escola que os adolescentes criaram seus vínculos sociais de

grupo, mais efetivos e intensos, e é onde também eles demonstraram suas características

mais peculiares da sua personalidade. Os professores então devem estar preparados

para lidarem com todos esses conflitos de forma que não seja prejudicado o processo de

transmissão e assimilação dos conhecimentos por eles, em uma sistemática de

metodologias que deem conta de chamar a atenção deles para os conteúdos,

privilegiando assim o processo de ensino aprendizagem, e respeitando essa fase peculiar

da vida.

ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO FUNDAMENTAL

ANOS INICIAIS E FINAIS

Para melhor atender aqueles que já frequentaram o Ensino Fundamental anos

iniciais, contemplaremos na organização do nosso trabalho pedagógico, aspectos que

garantirão a especificidade de cada nível de ensino, como o afeto, o prazer, a interação e

a contextualização. Todos estes aspectos estão presentes em todas as disciplinas que

compõe o currículo escolar, respeitando a especificidade de cada disciplina e reforçando

a ideia de que todos os conteúdos são importantes e que os espaços, materiais de apoio,

enfim, todas as adequações devem ser contempladas no trabalho com todos os alunos e

anos. Procuramos efetivar a interação entre diferentes conteúdos trabalhados na escola,

buscando articular, qualitativamente, o Ensino Fundamental anos iniciais aos anos finais.

Quando propomos ensinar, é fundamental compreender como se dá o processo de

aprendizagem, isto é, como o indivíduo aprende, o que ele nos traz de conhecimentos já

adquiridos.

Será importante desenvolver a capacidade de interagir em todas as situações e

ambientes da instituição, respeitando as regras de convivência, respeitar a diversidade

das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores e funcionários da

escola, bem como por pessoas da comunidade extraescolar.

21

Esse aprendizado que envolve atitudes e procedimentos éticos também deve ser

desenvolvido na sala de aula, pelo professor ou pela professora, por meio de exposições

e argumentações, do estímulo ao respeito mútuo, mas, sobretudo, pela própria atitude

respeitosa assumida diante dos alunos.

O professor é o profissional responsável pela prática pedagógica em sala de aula,

e realiza a transmissão ativa de conteúdos, oportunizando aos alunos estabelecer

relações entre os conhecimentos já adquiridos e os conhecimentos historicamente

acumulados, apropriando-se destes últimos, atitude não isolada do professor em sala de

aula, mas como ação conjunta e definida pelo coletivo escolar de um planejamento, para

atingir os objetivos de cada etapa de ensino.

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Cabe à educação escolar o dever compulsório de atender às novas exigências

sociais de formação, desse modo, a língua deve entrar na escola da mesma maneira que

existe vida a fora, ou seja, por meio de práticas sociais de leitura e escrita. O objetivo é

formar alunos que saibam produzir e interpretar textos de uso social – orais e escritos.

Este objetivo implica colocar o aluno em contato sistemático com o papel de leitor e

escritor, compartilhamento a multiplicidade de propósitos que a leitura e a escrita

possuem: ler por prazer, para se divertir, para buscar informações específicas, para

compartilhar, para expressar ideias, para conservar memórias, abrir horizontes.

O sistema de escrita e as convenções para o seu uso constituem uma tecnologia

inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os desenhos e

símbolos usados inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez de desenhar

ou simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser apresentados em sons da fala, por sinais

gráficos, criando-se assim o sistema alfabético desde o início da escrita e materiais

utilizados para registrar. E convenções foram criadas:sobre o uso do sistema alfabético,

resultando no sistema ortográfico; a convenção de que as palavras devem ser separadas,

na escrita, por um pequeno espaço em branco, no mundo ocidental, a convenção de que

se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita.

Assim não se trata de escolher entre alfabetizar e letrar, trata-se de alfabetizar

letrando. Também não se trata de pensar os dois processos como consequência, isto é,

vindo um depois do outro, como se o letramento fosse uma espécie de preparação para a

22

alfabetização, ou como se a alfabetização fosse condição indispensável para o início do

processo de letramento.

O desafio que se coloca para os anos do ensino fundamental é o de conciliar esses

dois processos, assegurando aos alunos a apropriação do sistema alfabético-ortográfico e

condições possibilitadoras do uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita.

Alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das

habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia, do conjunto

de técnicas, para exercer a arte e a ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente

da tecnologia da escrita denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais

como: capacidade de ler e escrever para atingir objetivos. (In. Ribeiro, 2003, p.91).

A escola não é a única responsável por proporcionar a alfabetização e o

letramento. Antes de chegar às instituições educativas, a criança já convive tanto com a

tecnologia escrita, como com o seu uso, pois em seu contexto a escrita está sempre

presente, dependendo de suas condições sociais ela pode estar mais ou menos

presentes. Desde muito cedo a criança convive com práticas de letramento. Esses

primeiros passos da criança ao mundo da leitura e escrita acontecem de forma

assistemática, sem planejamento, é a escola responsável a orientar de forma sistemática,

metódica e planejada, esses processos de letramento.

Até meados de 1980, o início do processo da leitura e da escrita se limitava com

sentido atribuído a palavras, sílabas. O objetivo era levar a criança à aprendizagem do

sistema convencional da escrita, apropriava-se da escrita para só depois fazer uso dela.

Entende-se que a ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que

contempla de maneira articulada e simultânea, a alfabetização e o letramento.

Letramento é, pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever,

bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado

ou condições que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se

apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a

cultura escrita. Como são muito variados os usos sociais da escrita e as competências a

elas associadas (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é frequente levar em

considerações níveis de letramento dos mais elementares aos mais complexos.

Considera-se alfabetização e letramento processos diferentes cada um com suas

especificidades, mas complementares e inseparáveis, ambos indispensáveis, deve ser

contemplada em uma ação pedagógica de maneira articulada e simultânea, adequando

alfabetização e letramento.

23

Talvez a diretriz pedagógica mais importante no trabalho (...dos professores), tanto na pré-escola quanto no ensino fundamental e médio, seja a utilização da escrita verdadeira nas diversas atividades pedagógicas, isto é, a utilização da escrita, em sala, correspondendo às formas pelas quais ela é utilizada verdadeiramente nas práticas sociais. Nesta perspectiva, assume-se que o ponto de partida e de chegada do processo de alfabetização escolar é o texto: texto falado ou escrito, caracterizado pela unidade de sentido que se estabelece numa determinada situação discursiva. (Leite. p.25).

Concluindo, sendo muitas e diferentes as facetas da alfabetização e

letramento, considerando que esses dois processos, como foi afirmado, devem ser

desenvolvidos simultaneamente e indissociavelmente, não podemos nos prender em um

único método para orientação e aprendizagem inicial ou não. É necessário uma

articulação de procedimentos que alfabetizem e letrem, propiciando uma entrada plena no

mundo da escrita, que é a finalidade última da aprendizagem inicial da língua escrita.

(Caderno Orientações Ensino de Nove anos).

MATRIZ CURRICULAR ESPECÍFICA E A INDICAÇÃO DA ÁREA OU

FASE DE ESTUDO A QUE SE DESTINA

A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, oferta o Ensino

Fundamental, nos anos finais (6º ao 9º ano), com duração de quatro anos, tendo por

objetivo a formação básica do cidadão, de acordo com os objetivos constitucionais

expressos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.

O Ensino Fundamental visa ao domínio da leitura, da escrita, do calculo e do

raciocínio, preparando progressivamente o educando para a compreensão de suas leis,

com uma participação consciente no meio social.

Os conteúdos referentes ao Estado do Paraná outrora ofertado em duas disciplinas

da Parte Diversificada passam a constituir conteúdos da disciplina de Geografia e

Historia.

A Lei no 11.645 de 10 de marco de 2008 publicada em 11/03/2008 altera a Lei no

9394/96 de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639 de 9 de janeiro de

2003.

Os conteúdos referentes a historia e cultura afro-brasileira e de povos indígenas

brasileiros, serão ministradas no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas

áreas de Arte, Literatura e Historia do Brasil.

24

A Lei nº 10.639 de janeiro de 2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de

Historia e cultura Afro-Brasileira na Educação Básica, que asseguram o direito a

igualdade de condições de vida e de cidadania, assim como garantem igual direita as

historias e culturas que compõem a nação brasileira, alem do direito de acesso as

diferentes fontes da cultura nacional a todos os brasileiros.

Devemos valorizar e reconhecer a historia e a cultura Afro-brasileira e Africana,

assumindo um compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos,

capazes de compreender as relações raciais e étnico-raciais sem racismos, preconceitos

e discriminação.

A Historia e Cultura Afro-brasileira, será trabalhada nas disciplinas de Arte, Língua

Portuguesa e História; as demais disciplinas contemplarão ao longo do ano letivo a cultura

Afro-brasileira e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos da educação

compatível com a sociedade democrática, multicultural e plurietnica, do respeito as

diferenças e do compromisso moral e ético. A Deliberação 04/06 de 02 de agosto de 2006

traz normas complementares as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana

para o trabalho pedagógico.

O Ensino Religioso estabelecido pela Lei No 9394/96 no artigo 33, com redação

dada pela Lei No 9475/97 e considerando ainda o Parecer no 01/06, e ministrado nas

series finais do ensino fundamental (6º e 7º anos), sendo facultativo ao aluno.

Considerando o disposto nas Resoluções no 3.739/90 e 5.390/93, do

Departamento de Ensino de 1o Grau, que vigora desde o ano letivo de 1994, oferta a

seguinte organização curricular:

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE NOVE ANOS

NRE: CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: LEÓPOLIS

ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO DE LEÓPOLIS – ENSINO FUNDAMENTAL

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS – 6º AO 9º ANO TURNO: TARDE

25

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

6º ANO

7º ANO

8º ANO

9º ANO

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 4 3

EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 2 3

ENSINO RELIGIOSO* 1 1 0 0

GEOGRAFIA 3 3 4 3

HISTÓRIA 3 3 3 4

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB – TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

LEM – INGLÊS 2 2 2 2

SUB – TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas. **O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.

EIXOS TEMÁTICOS – EDUCAÇÃO DO CAMPO

TRABALHO: DIVISÃO SOCIAL E TERRITORIAL

Através de um trabalho junto aos professores o primeiro eixo será contemplado

pelas disciplinas de Geografia e Ciências, pois a reflexão sobre a organização produtiva

na sociedade capitalista e em outros modos de produção. É a análise sobre as atividades

humanas produtivas desenvolvidas pelos povos do campo.

Estudar quais atividades os povos do campo desenvolvem e quais atividades

agrícolas, industriais e de serviços marcam determinadas conjunturas dos países é uma

forma de aprofundar o conceito de trabalho e compreender as relações socioterritoriais.

26

Identificar quais atividades humanas marcam a sociedade capitalista e outros

modos de produção.

Na sociedade capitalista, a divisão social do trabalho é marcada pela fragmentação

do trabalho humano.

Sabemos que os povos do campo conhecem o ciclo completo da produção: plantio,

cuidados técnicos e colheita.

Cada um dos municípios do Estado e do país possui particularidades produtivas e

explorá-las poderá subsidiar o processo pedagógico.

CULTURA E IDENTIDADE

As disciplinas que contemplarão esse eixo são Língua Portuguesa e Ciências,

neste eixo a cultura é entendida como toda produção humana que se constrói das

relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Os elementos

culturais caracterizam os diferentes sujeitos no mundo e, portanto, os diferentes povos do

campo. A cultura é gerada na prática social produtiva de cada uma das categorias sociais

dos povos do campo. Esses conteúdos culturais devem estar presentes nas práticas

pedagógicas, pois é ele que faz a escola ter um sentido na formação dos alunos.

A não inserção desses conteúdos nas praticas pedagógicas provocou ao longo da

historia a negação da cultura dos povos do campo nas escolas. Quando esta é

apresentada, na maioria das vezes, aparece de forma estereotipada e preconceituosa.

Valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade e

gerar um sentimento de pertencer ao lugar e ao grupo social. Isso possibilita criar uma

identidade sociocultural que leva o aluno a compreender o mundo e transformá-lo.

Cultura e identidade são dois conceitos que podem ser problematizados a partir da

identificação da trajetória de vida dos alunos da caracterização das práticas socioculturais

vividas na comunidade onde a escola está localizada, da análise das relações sociais

vividas nos ambientes familiares, comunitário e de trabalho.

INTERDEPÊNDÊNCIA CAMPO – CIDADE, QUESTÃO AGRÁRIA E

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Esse eixo será contemplado por mais disciplinas que são: Geografia, História,

Ciências e Matemática, pois é um tema com uma expansão maior, a interdependência

27

campo-cidade ficou evidenciada no início do século XX, com o início da industrialização

no Brasil. Com a ampliação do número de únicotrias, houve necessidade de “atrair”

trabalhadores do campo para as cidades. O campo passava por um momento de

“expulsão” dos trabalhadores, em função da redefinição das atividades agrícolas, da

concentração da terra e das políticas agrícolas, que mais tarde desencadearam a

chamada “modernização agrícola conservadora”, em que a questão agrária não foi

tocada.

No Brasil áreas de terra encontravam-se nas mãos do grande capital, grandes

fazendeiros produzem para exportação. O grande capital e os fazendeiros são

proprietários da maioria das terras agricultáveis do país, enquanto as pequenas parcelas

de terra estão nas mãos de uma população que se constitui em maioria no campo, os

povos do campo. Nas cidades, as favelas e as moradias precárias são ampliadas,

juntamente com o desemprego e com outras formas de violência, como a empreendida

pelo narcotráfico. Programas sociais são viabilizados para “acalmar” os ânimos da

população, que carece de tudo o que é elemento básico para a sobrevivência (comida,

saúde, educação, roupa, moradia, trabalho).

O eixo temático interdependência campo-cidade questão agrária e

desenvolvimento sustentável, torna-se imprescindível a educação do campo.

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA, MOVIMENTOS SOCIAIS E CIDADANIA

Esse quarto eixo será trabalhado nas disciplinas de História e Geografia, onde a

organização política de um país, um estado ou um município guarda relação com a

representação político-partidária.

Historicamente, os povos do campo demonstram sua organização por meio de

reivindicação de condições de trabalho, divisão da terra, de forma a garantir a produção

de subsistência, a reforma agrária e a delimitação territorial.

Organização política é mais que falar de partidos políticos, de representantes

políticos, de processos eleitorais. É valorizar a organização da população brasileira na

cidade ou no campo. A organização política se da no âmbito escolar, nas características

da gestão que pode ser mais democrática ou mais autoritária. No ambiente escolar, a

organização de familiares, ou pais e mães dos alunos, a organização dos estudantes, a

28

organização dos funcionários, dos professores, etc, indicam formatos políticos,

apresentam demandas, faz denúncias em torno das políticas públicas.

É importante resgatar as lutas por direitos civis, políticos e sociais no país, pois isso

é a construção da cidadania.

Os movimentos sociais lutam para conquistar os direitos sociais como educação,

saúde, trabalho, moradia entre outros, lutam, portanto, pela conquista da cidadania como

direito e como dever.

O urbano e o campo não estão dissociados, pois são diferentes movimentos

sociais que reivindicam direitos. O eixo organização política, movimentos sociais e

cidadania é onde o professor terá possibilidade de analisar, com os alunos, as condições

existenciais dos sujeitos, compreender os enfrentamentos políticos e as lutas sociais na

história.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é formado pelos professores, equipe técnico-pedagógica,

direção e a possível participação de pais e alunos, de acordo com o seu colegiado

representativo, para que se tenha a oportunidade de uma visão conjunta, com o objetivo

de formular estratégias na busca de alternativas para a superação dos problemas

pedagógicos da escola.

Com relação ao educando o conselho terá como objetivo: a análise de suas

conquistas, o planejamento de estratégias para a sua aprendizagem e principalmente os

avanços ocorridos no semestre, fato que justifica as decisões tomadas pelo mesmo.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar da Escola é um órgão formado por todos os segmentos da

comunidade escolar: pais, alunos, professores, direção e demais funcionários. Por meio

dele todas as pessoas ligadas às escolas podem se fazer representar sobre aspectos

administrativos, financeiros e pedagógicos. O Conselho Escolar é capaz de garantir a

autonomia da escola como instrumento de gestão, de natureza deliberativa, consultiva,

avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e

29

administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes

educacionais da SEED. A cada dois anos é feita a troca dos membros do Conselho

Escolar através de votação democrática. São convidadas várias pessoas de diversos

segmentos da sociedade para composição do mesmo. Após a eleição o Conselho Escolar

da Escola Estadual de Leópolis – Ensino Fundamental ficou assim constituído:

Presidente: Odete Sergio Caldena;

Representante da Equipe Administrativa: Marcia Estela Martins;

Representante de Professor: Suzana Angélica Batista;

Representante de Alunos: Natasha Daniela Rufino;

Representante de Pais: Maria Dulce da Silva;

Representante de Pais: Renata Raimundo Carvalho;

Representante de Serviços Gerais: Leida Virginelli da Silva;

Representante dos Segmentos da Sociedade: Maria Regina de Freitas.

ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários da Escola Estadual de Leópolis –

Ensino Fundamental é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários

deste Estabelecimento, que passou a essa nova denominação a partir do ano de 2005,

não tendo caráter político, partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos; registrado

oficialmente em Cartório, com CNPJ nº 00.846.310/0001-21.

Atualmente composta pelos seguintes membros, com mandato (2005/2006), abaixo

relacionado:

Presidente: Andréia Pereira da Rocha Rufino;

Vice-Presidente: Nilza Aparecida de Rocha Alves ;

1º Secretário: Zulcimara Gonçales;

2º Secretário: Elisabete Balsani Cassiano;

1º Tesoureiro: Ivonete de Almeida Souza;

2º Tesoureiro: Maria José da Silva;

1º Diretor Sócio-Cultural Esportivo: Elza Anastácio de Souza;

2º Diretor Sócio-Cultural Esportivo: Rosimeire Crem.

30

CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar do nosso estabelecimento possui uma carga horária mínima

de 800 horas, distribuídas em 200 dias de efetivo trabalho escolar. É elaborado

anualmente mediante a realidade do município em consenso com todos os

Estabelecimentos de Ensino, atendendo a LDB, bem como as normas baixadas em

instruções da SEED/NRE.

Nele está definido o início e o término do ano letivo, férias, recessos escolares,

feriados oficiais, semana de planejamento, de capacitação, semana cultural recreativa e

desportiva, quatro reuniões pedagógicas em horário alternado, dois Pré-Conselhos, um

no mês de maio e outro em outubro e dois Conselhos sendo um em julho e o outro em

dezembro.

O Estabelecimento de Ensino elabora o calendário escolar e coloca sob a

apreciação e aprovação do Conselho Escolar e, posteriormente, envia-o ao Núcleo

Regional da Educação para homologação.

PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES E

FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO

A evolução do mundo de hoje, as transformações em todos os campos do

conhecimento, o aprimoramento de métodos e técnicas, os progressos alcançados no

campo da aprendizagem, tornam indispensáveis a atualização permanente do professor,

tanto em conteúdos de sua disciplina como na forma de desenvolver seu trabalho.

A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, incentiva a

participação dos professores em cursos de capacitação promovidos pela SEED e outros.

Durante as horas/atividades, o professor tem a sua disposição uma pasta com

textos informativos, técnicas de ensino, entre outros materiais que consideramos

interessantes enviados pelo NRE, SEED ou que algum profissional da escola tenha

sugerido (após análise da equipe pedagógica). Na reunião pedagógica, é planejado um

momento de capacitação, onde é trabalhado um tema sugerido pelos professores em

reunião anterior ou durante a hora atividade. São criadas oportunidades para troca de

experiências, elaboração de projetos interdisciplinares, planejamentos, repasse de

informações, leitura de documentos, publicações (ref. A indisciplina, avaliação, técnicas e

31

metodologia de ensino,etc), proporcionando o contato com novas abordagens para o

enriquecimento e fundamentação profissional.

Os demais membros da escola são capacitados conforme a oferta do NRE, da

SEED (encontros programados).

A equipe administrativa e técnico-pedagógica busca o aprimoramento através da

participação em reuniões específicas, estudos e análise de textos e livros afins, cursos de

aperfeiçoamento na Universidade do Professor, teleconferências, entre outros

oportunizando subsídios para melhor desempenho das funções.

Também diante da visão da SEED para com os Funcionários da Educação, que

reconhece-os como educadores, torna-se necessário que haja uma visão voltada para

uma formação contínua dos mesmos, onde todos possam participar das ações tomadas

dentro do Estabelecimento de Ensino, desde que haja respeito às hierarquias. O

Funcionário deve ser valorizado e tratado com igualdade, pois, ele faz parte da

comunidade escolar e também é peça-chave no processo de ensino-aprendizagem.

Os Educadores, antes somente funcionários, alcançaram progressos em suas

funções mediante a provação do Plano de Cargo e Carreira. Portanto, com esta conquista

faz-se necessário que o exposto na Lei nº 123/08 seja realmente cumprido, assim, o

educador sentir-se-á motivado no cumprimento de suas funções e buscará novos

conhecimentos intelectuais através de cursos especializados e até mesmo em nível

superior, que proporcionam um melhor desenvolvimento do seu trabalho.

A escola procura retribuir e reconhecer o tempo dedicado à participação em

atividades do desenvolvimento pessoal, envolvendo os participantes na apresentação de

conceitos, ideias, estratégias e técnicas, planeja a aplicação e oportuniza o feedback

sobre o uso das mesmas, durante e após as capacitações.

ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICAS

PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO

ESCOLAR

Constatamos que atualmente o modelo Clássico de escola, não mais dá conta da

complexidade do mundo moderno. Essa constatação demonstrou a necessidade de

mudar a escola, de aproximá-la mais da sociedade e de envolver mais os alunos no

processo aprendizagem.

32

É nessa perspectiva que estamos desenvolvendo o trabalho com projetos, voltada

para uma visão mais global do processo educativo, no qual conhecer a realidade e intervir

nela não são atitudes dissociadas, significa uma mudança de postura, uma forma de

repensar a prática pedagógica e as teorias que lhe dão sustentação.

No trabalho com projetos, o aluno aprende participando, formulando problemas,

tomando atitudes diante dos fatos, investigando, construindo novos conceitos e

informações e escolhendo os procedimentos quando se vê diante da necessidade de

resolver questões.

A aprendizagem acontece a partir da interação entre o aprendiz e o objeto de

conhecimento, dentro de um contexto com sentido e significado. O papel do professor é o

de mediar essa interação, com a missão máxima de levar o aluno a aprender;

descobrindo que podem pesquisar, criar e desenvolver projetos.

E é com esta visão que nossa escola desenvolve projetos, reafirmando o objetivo

da educação, de formar homens plenos em sua humanidade desenvolvendo a

criatividade, a visão crítica, a ética e a estética.

PROJETOS

Projeto: “S.O.S. Natureza”

Disciplinas: Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática

Turmas: 6º,7º, 8º e 9º anos

Professores: Rosimeire Crem, Elza Anastácio de Souza, Luzia Cleiri Bernardes Elias,

Edna Domiciano Corrêa Marino e Andréa Maria de Souza.

Justificativa: Este projeto faz-se necessário mediante a observação dos apelos da

natureza no que se refere a sua destruição. Partindo do princípio de que somos

educadores e formadores de opinião, estamos através dele despertando em nossos

alunos esta consciência de observar a realidade e nela poder interferir visando a sua

qualidade de vida.

Objetivos:

- Conscientizar os alunos de que a natureza pede por socorro e sua preservação é

necessária e urgente, como também compreender que nós somos partes integrante dela,

por isso, os maiores responsáveis pela sua preservação;

33

- Elaboração de gráficos;

- Levantamento de problemas relacionados à destruição da natureza na comunidade

onde vivem.

Projeto: ”Cesta Básica”

Disciplinas: Ciências, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática

Turmas: 6º, 7º, 8º e 9º anos

Professores: Rosimeire Crem, Elza Anastácio de Souza, Luzia Cleiri Bernardes Elias,

Edna Domiciano Corrêa Marino e Andréa Maria de Souza..

Justificativa: Este projeto faz-se necessário mediante as dificuldades com as quatros

operações no cálculo de custos, quantidades, capacidades, múltiplos e submúltiplos,

frações e o raciocínio abstrato. E por ser uma comunidade muito carente, vimos a

necessidade do sorteio de cesta básica entre os alunos, assim aprendendo o essencial na

matemática e tendo o prazer de levar para casa alimentos que ajudarão no suprimento de

suas necessidades básicas de alimentação.

Objetivos:

- Promover o ensino da matemática e das ciências através de situações problemas

mostrando como estas disciplinas se inserem nas questões do nosso cotidiano;

- Elaborar tabelas que permitam visualizar as informações coletadas;

- Calcular o custo da compra de cada grupo, verificando os melhores preços oferecidos;

- Simular as situações de compra e venda, utilizando o dinheiro (Banco Imobiliário);

- Ressaltar a necessidade da alimentação saudável, estudando os nutrientes e o

funcionamento do corpo humano, além da questão dos alimentos perecíveis, embalagens

adequadas, condições de armazenamento, etc;

- Estimular a discussão e reflexão sobre produção e escoamento de mercadorias,

atividades ligadas à produção e ao comércio, diferenças regionais quanto a produtos e

preços, direitos do consumidor.

Projeto: “Qualidade de vida”

Disciplina: Educação Física

Turmas: 6º, 7º, 8º e 9º anos

Professora: Zulcimara Gonçales

34

Justificativa: Após um diagnóstico da turma, observando a necessidade de correção da

postura de alguns alunos, o sedentarismo e o esclarecimento a respeito de hábitos

alimentares, faz-se necessário uma orientação mais dirigida, para que tais problemas

sejam solucionados ou pelo menos abrandado.

Objetivos:

- Compreender a importância da aquisição e manutenção de hábitos saudáveis para

uma melhor qualidade de vida;

- Caminhar observando normas de conduta, postura e respiração.

Projeto de Leitura: “Vamos transformar nossos alunos em leitores

assíduos”

Disciplinas: Língua Portuguesa, Artes, História, Geografia, Ciências, Matemática, Ensino

Religioso, Educação Física.

Turmas: 6º, 7º, 8º e 9º anos.

Professores: Suzana Angélica Batista, Elza Anastácio de Souza, Andréa Maria de

Souza, Luzia Cleiri Bernardes Elias, Zulcimara Gonçales e Edna Domiciano Corrêa

Marino.

Justificativa: Sabemos que a leitura é a chave de um bom aprendizado. A leitura é um

dos melhores recursos de ideias, emoções, fantasias e conhecimentos, e é o suporte na

aprendizagem, pois o educando entra em contato com o mundo de aventuras, mistérios,

cultivando o prazer pela leitura, tornando capaz de avaliar, criticar, vivenciar, comunicar e

expressar, facilitando a escrita e adquirindo um amplo vocabulário.

Objetivos:

- Despertar nos alunos o interesse e o prazer pela leitura;

- Estimular a leitura como fonte de emoções e descobertas;

- Instalar na sala de aula uma atmosfera de contágio, envolvimento e interesse pela

leitura;

- Desenvolver a expressão oral e escrita;

- Ampliar o vocabulário;

- Contribuir para o aprendizado da língua padrão.

AÇÕES PEDAGÓGICAS PARA MELHORA DO APROVEITAMENTO

ESCOLAR

35

Tendo como preocupação a escolarização desta comunidade e sendo um

problema sério o da evasão escolar, a nossa escola trabalha efetivamente no resgate da

autoestima desse aluno, fazendo reuniões de acompanhamentos (trimestrais), para

colocarmos os pais a par da vida escolar de seus filhos. Como é uma comunidade de

trabalhadores rurais, essas reuniões são realizadas no período noturno para termos uma

maior participação. A Escola Estadual do Campo de Leópolis realiza algumas

festividades: dia das mães, dia dos pais, dia dos estudantes, dia das crianças e a

formatura que é tão almejada pelos alunos do 9º ano. Realizamos também algumas

palestras no decorrer do ano letivo onde procuramos buscar temas de interesse da

comunidade. Os temas mais pedidos são: drogas, gravidez na adolescência, DST e

outros se forem solicitados. Trazemos sempre pessoas especializadas nos assuntos.

Pelo fato de nossa escola ser no âmbito rural, nos preocupamos muito com o meio

ambiente, e por isso já convidamos o técnico da Emater do município para ser nosso

palestrante.

Fazemos visitas periódicas às famílias dos alunos, sobre a vida escolar dos filhos,

quando o aluno falta vamos saber o que está acontecendo, procuramos resgatar o aluno

mostrando a ele a importância de estudar para um futuro mais promissor, na tentativa de

apontar caminhos para melhorar seu contexto social. A escola procura dar condições de

alternativas para que o aluno possa conciliar a necessidade (financeira) de trabalho e

seus afazeres escolares, através de atendimento especial.

A escola tem trabalhado com a construção de conceitos para valorização do ensino

na tentativa de diminuir a reprovação, pois alguns de nossos alunos ainda têm a escola

como ponto de alimentação e/ou de lazer. E isso tem sido ponto de discussão em nossas

reuniões pedagógicas, conselho de classe, reuniões de pais, conselho escolar, APMF,

sempre dando destaque, principalmente nas reuniões de pais, onde são passadas a

valorização da educação.

AGENDA 21

A agenda 21 é um documento gerado a partir do Rio ECO-92 para implantação

global, prevendo em mais de 40 tópicos, as possibilidades de desenvolvimento

36

sustentável para o planeta, onde se passa gerar desenvolvimento sem prejuízos à

qualidade de vida do ser humano e as condições ambientais.

A agenda 21 prevê iniciativas e ações voltadas para a melhoria da qualidade de

vida da população.

AGENDA 21 ESCOLAR

Vivemos numa situação de autêntica emergência planetária, marcada por toda uma

série de graves problemas estreitamente relacionados: contaminação e degradação dos

ecossistemas, esgotamento de recursos, crescimento incontrolado da população mundial,

desequilíbrios, insustentáveis, conflitos destrutivos, perda da diversidade biológica e

cultural;

Esta situação de emergência planetária aparece associada a comportamentos

individuais e coletivos orientados para procura de benefícios particulares e em curto

prazo, sem tomarem conta das suas consequências para com os outros ou para com as

futuras gerações. Um comportamento fruto, em boa medida, da prática de centrar a

atenção no mais próximo espacial e temporalmente.

Em geral, nós educadores, não prestamos a devida atenção a esta situação.

Necessitamos, pois, de assumir um compromisso para que toda a educação, tanto formal

como informal, preste sistematicamente atenção à situação do mundo, e do lugar onde

vivemos, com a finalidade de proporcionar uma perspecção correta dos problemas e de

fomentar atitudes e comportamentos favoráveis para contribuir um desenvolvimento

sustentável.

Deste modo pretende-se contribuir para formar cidadãos e cidadãs conscientes da

gravidade dos problemas ambientais e prepará-los para participar na tomada de decisões

adequadas.

Propomos, por isso, a construção e desenvolvimento da Agenda 21 Escolar, um

compromisso para uma educação para sustentabilidade.

Ações: Agenda 21 Escolar

• Conscientização dos alunos sobre a importância da educação ambiental;

• Formulação, num trabalho coletivo, de um plano de ação para conscientizar a

comunidade escolar e em geral da necessidade de preservação da água, estabelecendo

37

parcerias com a comunidade em geral, visando a melhoria da qualidade de vida para

todos;

• Intensificação das campanhas de conscientização; da preservação das nascentes,

do reflorestamento das matas ciliares, da mobilização da comunidade escolar e em geral

contra o desmatamento;

• Incentivo à criação de associações para adolescentes em prol à preservação do

meio ambiente;

• Conscientização da preservação das nascentes com a conservação da mata ciliar

e a mobilização contra o desmatamento como formas de manter a água limpa;

• Promoção de passeatas, palestras e campanhas educativas ambientais na escola;

• Implantação da coleta seletiva e reciclagem do lixo produzido na escola,

reutilizando o material orgânico como fertilizante na horta escolar;

• Incentivo aos alunos a fiscalizar as florestas em relação ao desmatamento e ao

tráfico de animais; as fábricas que poluem e fazer denúncias, aos órgãos competentes,

dos crimes ambientais;

• Incentivo aos alunos a denunciarem as agressões aos seres vivos e lutar pela sua

proteção;

• Envolvimento da comunidade escolar no desenvolvimento da Agenda 21, fazendo

com que a sensibilização não deve ser apenas para alguns, mas para todos os cidadãos;

• Criação da Semana Nacional de Vigilância Sanitária e Cidadania Estudantil;

• Fortalecimento do conceito ambiental que será base para todos os debates;

• Instauração de uma ética ecológica que promova transformações para a proteção,

a recuperação e a melhoria socioambiental.

“Tudo o que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no

meu bairro, acontece comigo. Então, eu preciso participar das decisões que

interferem na minha vida.”

(HERBERT DE SOUZA, O BETINHO)

HORA ATIVIDADE

A hora-atividade neste estabelecimento de ensino seguiu a princípio uma

orientação do NRE, que sugeria um grupo de disciplinas a cada dia da semana, além de

38

se embasar na Lei Estadual nº 13807 de 30/09/2002, na Resolução nº 305/2004 – SEED

e na Instrução 02/2004 – SUED.

A organização da hora-atividade favorece o trabalho da docência, para estudos

avaliação e planejamento. O professor tem a sua disposição uma pasta com textos,

informativos, técnicas de ensino entre outros materiais que consideramos interessantes

enviados pelo NRE, SEED ou que algum profissional da escola tenha sugerido (após

análise da equipe pedagógica); além do acervo bibliográfico da escola há TV Paulo Freire

e outros canais educativos.

Como temos um número bastante reduzido de turmas, consequentemente também

temos um pequeno número de professores, que em sua maioria trabalha em todas as

turmas. Sendo assim o professor permanece na maioria das vezes sozinho durante a

hora-atividade e na medida do possível agrupados por turma.

PROCESSO DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

A Escola Estadual de Leópolis – Ensino Fundamental considera que a avaliação é

uma “interpretação dos resultados do processo educativo à luz dos objetivos propostos”.

Está relacionada a uma concepção de homem, de sociedade (que tipo de homem e de

sociedade queremos formar), ao Projeto Político Pedagógico da Escola, deve ser vista

como acompanhamento da aprendizagem, sendo de forma diagnóstica, formativa, uma

espécie de mapeamento que vai identificando as conquistas e os problemas dos alunos

em seu desenvolvimento para uma oferta adequada de Recuperação de Estudos.

A recuperação de estudos será realizada no final de cada conteúdo trabalhado,

com o objetivo de proporcionar aos alunos mais participação e aprendizagem quanto ao

seu desempenho nos conteúdos e estudos. Esta recuperação dar-se-á por meio de

atividades de revisão, valorizando o trabalho de monitoramento (dentro ou fora da sala,

em horários normais ou alternados), sempre sob a orientação e acompanhamento do

professor.

Sendo um processo integral, sistemático, gradual, contínuo e cumulativo, deve

considerar as mudanças de conduta, o crescimento intelectual, a aquisição de habilidades

e destrezas, o desenvolvimento mental. Envolve uma relação entre professor, aluno e

conhecimento. Não se pode avaliar um destes elementos sem a inter-relação entre eles.

Não se pode avaliar o conhecimento a ser socializado, desvinculado de um projeto

39

pedagógico. A mesma faz parte de um processo educativo amplo que extrapola os muros

da escola; não se trata de um ato isolado.

O Sistema de Avaliação do estabelecimento obedece a critérios estabelecidos no

Regimento Escolar, Adendo 02/99, aprovado pelo Parecer 066/99 – NRE, de 31/03/1999.

A sistematização da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

escolar tem como prevalência os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo

com o currículo e objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino e os resultados

expressos em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo vedada a avaliação em

que o educando é submetido a uma única oportunidade de aferição. O rendimento mínimo

exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina ou área de

conhecimento.

Os resultados das avaliações de Aprendizagem do período letivo serão registrados

em documentação própria, livro registro (de chamada) semestralmente, a fim de serem

asseguradas a regularidade da vida escolar do aluno. Nas reuniões de pré-conselho e

conselho será registrado de forma integral todas as disciplinas ou área de conhecimento o

rendimento dos educandos em formulário próprio e arquivado na pasta de reuniões, neste

documento estará registrado o produto final de cada semestre da vida escolar do

educando, resultado da discussão coletiva dos docentes do mesmo.

A nota do semestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada

instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na sequência e

ordenação de conteúdos.

A avaliação, assim, tem também a função de orientar os procedimentos de ensino

na sala de aula. É através dela que o professor obtém informações básicas sobre quantos

e quais alunos estão conseguindo realizar as atividades, onde estão concentradas as

dificuldades e de que natureza são, e para pensar até que ponto essas dificuldades estão

relacionadas com o que foi proposto, com os materiais utilizados, com o tempo oferecido,

ou com outras condições gerais de funcionamento da escola, a partir daí, as atividades

são reprogramadas, para atingir as metas curriculares.

Para os alunos de baixo rendimento escolar é proporcionada Recuperação de

Estudos, de forma paralela, ao longo da série, que é planejada, constituindo-se num

conjunto integrado ao processo de ensino, além de, se adequar às dificuldades dos

alunos, na qual as aferições terão como fim sempre o melhor rendimento do educando.

Esta recuperação oferecida a todos os alunos com baixo rendimento escolar ou aqueles

que quiserem usufruí-la.

40

A recuperação da aprendizagem deverá repercutir na recuperação da nota, porém

o professor não deve focar sobre a média do aluno no domínio dos conhecimentos

essenciais. A recuperação poderá ser realizada no ato do ensino, no processo, ou ainda

com atividades específicas de recuperação.

A promoção resulta da combinação do resultado da avaliação e apuração da

assiduidade: frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da

carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero),

resultante da média ponderada dos semestres, nas respectivas disciplinas, como segue:

1º Semestre + 2º Semestre = Média Final

2

É considerado reprovado o aluno com frequência inferior a 75% e média anual

inferior a 6,0 ou frequência inferior a 75%, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% e média anual inferior a

6,0, mesmo após os Estudos de Recuperação Paralela, ao longo da série, será submetido

à análise nos Conselhos de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.

A avaliação final considera, para efeito de retenção ou promoção do aluno, todos

os resultados obtidos durante o ano letivo e recuperação de estudos.

Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registra na documentação

escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.

Acreditamos que o fundamental é que professor e alunos, juntos, reflitam sobre os

erros, transformando-os em uma situação de aprendizagem para que todos possam

concluir: acertamos, erramos, aprendemos, assumimos riscos, alcançamos objetivos.

A Escola não adota os sistemas de progressão parcial, pois o funcionamento da

mesma é apenas no período vespertino, o que impossibilita o atendimento do educando

no contra-turno.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO

POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A Escola Estadual do Campo de Leópolis – Ensino Fundamental, acredita que

tanto os integrantes do corpo docente, Diretor e outros integrantes da escola, devem ser

capazes de trabalhar com outros indivíduos da comunidade, sem perder a visão do

potencial que esta comunidade tem para estimular seu próprio crescimento e progresso.

Dentre os critérios da SEED é proporcionada a seleção através de concursos para todos

41

os segmentos profissionais dentro da escola. Além disso, o município contribui ofertando

profissionais concursados ou contratados para complementar a defasagem de pessoal.

A avaliação do desempenho se faz necessária e funciona como uma apreciação do

desempenho sistemático do indivíduo no cargo e no seu potencial de desenvolvimento

Sendo realizado uma vez por ano e tendo natureza pedagógica, voltada para a orientação

da melhoria contínua do desempenho profissional coletivamente organizada.

Na realização da mesma, procuramos fazer com que metas e objetivos específicos

da escola sejam compatíveis, sendo alterados na medida em que os objetivos mudam,

garantindo um melhor sucesso para o ano seguinte.

São proporcionados momentos de reflexão e autoavaliação em encontros e

reuniões, como os que se seguem:

• Através de encontros e reuniões há a participação dos membros da

comunidade escolar e realizadas reflexões sobre o que consideram necessários, para

promover o seu próprio crescimento e aprimoramento de seu desempenho.

• A diretora é peça fundamental deste processo, estando sempre presente e

participando dos programas realizados em serviços.

• A escola também procura retribuir e reconhecer o tempo dedicado à

participação em atividades do desenvolvimento pessoal envolvendo os participantes na

apresentação de conceitos, ideias, estratégias e técnicas, planeja a aplicação e

oportuniza o feedback sobre o uso das mesmas, durante e após as capacitações.

• Durante o ano letivo nas diversas reuniões com a comunidade escolar, é

aberto um espaço para discutir o andamento do Projeto Político Pedagógico. E quando

diagnosticada a necessidade de mudança é realizada sua alteração.

Nas reuniões pedagógicas (quatro por ano) é discutido sobre vários aspectos do

Projeto Político Pedagógico como: metodologia, avaliação, aproveitamento escolar, entre

outros, nas reuniões com os pais, e ao final do ano é feito uma avaliação geral do Projeto

Político Pedagógico.

Busca-se uma escola de excelência e toda a comunidade escolar engaja-se no

processo, resultando numa ação colegiada que almeja o conhecimento como um todo,

visando um ensino democrático voltado à cidadania.

As metas traçadas visam fazer da escola o lugar onde realmente o conhecimento

com qualidade é prioridade.

42

Os docentes capacitados elaboram projetos fundamentados na nova LDB 9394/96,

nas Diretrizes Curriculares Estaduais, atingindo mudanças estruturais e pedagógicas,

revolucionando as ações no conhecimento e nos modos de organização e trabalho, com

expansão crescente nas exigências dos padrões de qualidade do ensino público.

Na avaliação do Projeto Político Pedagógico, as instâncias envolvidas são:

• Conselho de Classe que terá como objetivo a análise de suas conquistas, o

planejamento de estratégias para a sua aprendizagem e avanços ocorridos nesse

semestre;

• Conselho Escolar formados por segmento da comunidade escolar, pais de

alunos, professores, direção e demais funcionários com autonomia administrativa,

financeira e pedagógica.

Quanto ao Grêmio Estudantil nosso Estabelecimento de Ensino não oferece, mas

estamos estudando um meio para oferecimento do mesmo.

Esperamos que no decorrer deste Projeto Político Pedagógico educadores e

educandos caminhem a rumos relevantes, contribuindo para a construção da comunidade

escolar mais participativa, geradora de futuros cidadãos capazes de vivenciar a

verdadeira cidadania.

ODETE SERGIO CALDENA

- DIRETORA -

ADEUSENEIDE ROSA CORREIA

- PEDAGOGA -

MARCIA ESTELA MARTINS

- SECRETÁRIA -

LEÓPOLIS, 15 DE AGOSTO DE 2012.

43

REFERÊNCIAS:

DALBEN, A.I.L. Trabalho Escolar e conselho de classe. Campinas,SP. Papirus,1995.P.143-200.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.SP. Paz e Terra,1996

GADOTTJ, Moacir. A Dialética: concepção e método.In: Concepção Dialética da Educação: um estudo introdutório.SP.Autores Associados,1987. P.15-38.

GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico Crítico.SP.Autores Associados, 2002. P. 01-31.

ROMANOWSKI, Joana Paulin. Aprender: Indicações da Prática Docente. Curitiba, Pontifícia Universidade Católica o Paraná, 2006.

VASCONCELLOS, Celso dos S. – Cordenação do Trabalho Pedagógico – do Projeto Político Pedagógico ao Cotidiano da sala de aula. 2006.SP.

VEIGA, Ilma Passos A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto-pedagógico. In;VEIGA, I.P.A. e RESENDE, L.M.G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. P.09-32.

PARANÁ. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do Estado do Paraná: educação do campo. Curitiba: ano 2008.

CADERNOS INFORMATIVOS DA AGENDA 21

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3. v.: il.

Pro Letramento – Alfabetização e Linguagem

Ensino de Nove Anos – Semana Pedagógica – Julho/2011

Caderno de Orientações Pedagógicas para os anos iniciais

44

OZELLA, Sérgio; AGUIAR, Wanda Maria Junqueira de. DESMISTIFICANDO A CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/v38n133.pdf.Acesso em: 26/09/2011

ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Arte esta presente desde os primórdios da humanidade, sendo uma atividade

fundamental do ser humano. Ela é uma forma de trabalho criador. O trabalho transforma a

natureza e o próprio homem, isto é, trabalhando com objetos naturais, o homem pode

transformá-los em ferramentas “um sistema de relações inteiramente novas entre uma

determinada espécie e o resto do mundo, venha a ser estabelecido pelo uso das

ferramentas” (FISCHER, 1979, pag.23). Assim, o homem depois de imitar os objetos que

via na natureza passou a criá-los e humanizá-los.

Na história humana e em todas as culturas, podemos constatar a presença da Arte,

seja em objetos ritualísticos, utilitários, artísticos, estéticos, mesmo que as vezes

intuitivamente precedendo contextos históricos (sons, imagens, gestos, dramatização,

representações, símbolos, etc).

A Arte é um processo de humanização e o ser humano como criador se transforma

e transforma a natureza através do trabalho, produzindo novas maneiras de ver e sentir e

que são diferentes em cada momento histórico e em cada cultura. Assim a escola é um

espaço privilegiado para uma educação que dialogue entre o particular e o universal, a

disciplina de Arte mantém esse diálogo, estabelecendo relações de nossas experiências,

nossa cultura e vivencia com a imagem, com sons, com os gestos, com os movimentos e

nessa perspectiva educar os nossos alunos esteticamente, ensinando-os a ver, a ouvir

criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas possibilidades de fruição e

expressão artística.

O ensino de Arte tem como função levar o aluno à apropriação do conhecimento

estético e o conhecimento da produção artística, contextualizando-o, dando um

significado a Arte dentro de um processo criador que transforma o real, produzindo novas

45

maneiras de ver e sentir o mundo. Por isso, é fundamental que os alunos possam dar

continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos sobre a arte apreendidos em níveis

anteriores da educação básica e em sua vida cotidiana. Com isso, estarão ampliando

seus conhecimentos sobre produção, apreciação e histórias expressas nas quatros

linguagens artísticas. O ensino de Arte favorece aos estudantes a reflexão e troca de

ideias, de posicionamento sobre as práticas artísticas e a contextualização das mesmas

no mundo regional, nacional e internacional.

A disciplina de Arte visa atender ao aluno como um sujeito histórico e social, assim

foram sistematizadas três formas de interpretação da arte na sociedade: arte como

ideologia, arte como conhecimento estético e arte como trabalho criador ou conhecimento

da produção artística.

Arte como ideologia deve ser entendida como aquela que conhece e respeita toda

a forma de cultura. Ela é sempre produto de uma situação histórica e de um tipo de

sociedade, esta presente em todas as maneiras de agir, pensar e se comportar, nas

relações dos homens entre si e com a natureza. Existem três formas de como a arte e

produzida e disseminada na sociedade contemporânea. A primeira forma e denominada

arte erudita, ensinada, difundida e consagrada nos cursos de graduação como “A Grande

Arte”. Tais cursos formam tanto o artista como professores de Arte, profissionais que,

dessa maneira, passam igualmente a difundi-la. Sua principal forma de divulgação e

distribuição são: museus, teatros, galerias, salões de arte, bienais, etc. Legitima-se por

meio dos críticos de arte e da circulação pela venda a uma elite financeira. Essa arte tem

um campo de ação restrito.

A segunda forma denominada como arte popular, e produzida e vivenciada pelo

povo, grupos sociais e étnicos, caracterizando-se por ser um espaço de sociabilidade e

por ser elemento constituinte de identidades desses grupos, inclui-se o folclore que tem a

particularidade de ser uma manifestação artística a qual permanece por um tempo maior

na historia de uma determinada cultura.

A terceira forma denominada indústria cultural e a que transforma arte em

mercadoria, visando o consumo por um grande numero de pessoas. Por isso, é

denominada de “cultura de massa”.

Essas são três formas de como se pode ter contato com a arte, mas não são

estanques, elas interpenetram-se e são permeadas por discursos ideológicos.

O conhecimento estético, construído historicamente pela humanidade, se

expressa na arte pela própria organização. A arte não só reflete a realidade em sua

46

aparência, mas também a traduz para alem desta, abrangendo aspectos da totalidade

dessa mesma realidade.

O conhecimento da produção artística esta relacionado aos processos do fazer

e da criação, sem ele a arte deixa de ser arte e não há aprendizagem. O Educando

precisa passar pelo fazer artístico, pois, “ao transformarmos as matérias, agimos,

fazemos. São experiências existenciais – processos de criação – que nos envolvem na

globalidade, em nosso ser sensível, nos ser pensante, no ser atuante”.

(FAYGA, 1987 p.5).

CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior amplitude, conceitos que

se constituem em partes importantes, basilares e fundamentais para compreensão der

cada uma das áreas de Arte e, ao mesmo tempo em que se constituem em elemento

fundamental de uma área, tem correspondência de importância nas outras áreas.

Neste sentido, foram definidos como conteúdos estruturantes os elementos

formais, a composição e os movimentos e/ou períodos.

Elementos formais são elementos da cultura presentes nas produções humanas e

na natureza; são matéria-prima para produção artística e o conhecimento em Arte. Esses

elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em cada

uma delas. No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o

conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação

com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.

Composição e o processo de organização e desdobramento dos elementos

formais que constituem uma produção artística. Com a organização dos elementos

formais, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança,

na imensa variedade de técnicas e estilos.

Movimentos e/ou períodos se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao

conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos

presentes numa composição artística e explicita as relações, internas ou externas de um

movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.

6º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

47

- ARTES VISUAIS

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Ponto, linha, plano, forma, textura, cor, superfície, volume,luz

- Arte indígena, Arte popular, Arte brasileira e paranaense, Renascimento, Barroco.

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- DANÇA

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Tempo;

- Espaço;

- Movimento corporal;

- Pré- História, Greco -Romana, Renascimento, Dança Clássica.

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- MÚSICA

3.1- CONTEÚDOS BÁSICOS

- Altura;

- Duração;

- Timbre;

- Intensidade;

- Densidade;

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-TEATRO

4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Personagem;

- Expressão corporal, vocais, gestuais e faciais;

- Ação;

- Espaço

- Greco-Romana;

- Teatro Oriental;

- Teatro Medieval;

- Renascimento;

48

7º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- ARTES VISUAIS

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Ponto, linha, forma, textura, volume, cor, superfície, luz.

- Arte indígena, Arte popular, Arte brasileira e Paranaense, Renascimento, Barroco.

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- DANÇA

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Tempo;

- Espaço;

- Movimento corporal.

- Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana e Indígena.

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- MÚSICA

3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Altura;

- Duração;

- Timbre;

- Intensidade;

- Densidade;

- Música popular e étnica (ocidental e oriental).

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- TEATRO

4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Personagem;

- Expressão corporal;

- Expressão gestual;

- Expressão vocal;

- Espaço cênico;

- Ação;

- Comédia dell' arte, Teatro popular, Brasileiro e Paranaense, Teatro Africano.

49

8º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- ARTES VISUAIS

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz

- Indústria Cultural;

- Arte no Século XX;

- Arte Contemporânea.

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- DANÇA

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Hip Hop, musicais, Expressionismo, Indústria Cultural, Dança Moderna.

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- MÚSICA

3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Altura;

- Duração;

- Timbre;

- Intensidade;

- Densidade;

- Indústria Cultural;

- Eletrônica;

- Minimalista;

- Rap, Rock, Tecno.

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- TEATRO

4.1- CONTEÚDOS BÁSICOS

- Expressão gestual;

- Expressão vocal;

- Expressão facial

- Ação cênica;

50

- Espaço;

- Indústria Cultural, Expressionismo, Realismo, Cinema Novo.

9º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- ARTES VISUAIS

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Linha, Forma, Textura, Superfície, Volume, Cor, Luz;

- Figura – Fundo;

- Técnicas:pintura, grafitte, preformance...

- Realismo

- Vanguardas

- Muralismo e Arte Latino- Americana

- Hip Hop

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- DANÇA

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Movimento corporal

- Tempo

- Espaço

- Vanguardas

- Dança Moderna

- Dança Contemporânea

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- MÚSICA

3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Altura

- Timbre

- Duração

- Intensidade

- Densidade

- Gêneros: popular, folclórico e étnico

- Música engajada

51

- Música popular Brasileira

- Música Contemporânea

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- TEATRO

4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

- Ação cênica;

- Espaço

- Cenografia

- Dramaturgia

- Iluminação

- Figurino

- Sonoplastia

- Teatro engajado

- Teatro do oprimido

- Teatro pobre

- Teatro do Absurdo

- Vanguardas

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICOS/METODOLOGIA

O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem com

a Arte: sua relação é de produzir Arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e

perceber as obras artísticas. Assim, o objeto de trabalho é o conhecimento estético e o

conhecimento da produção artística, desta forma contemplamos na metodologia do

ensino da Arte, três dimensões estabelecidas como eixos, o teorizar, o sentir e perceber

e o trabalho artístico.

O teorizar privilegia a cognição, onde a racionalidade opera para apreender o

conhecimento historicamente produzido sobre a Arte. A Arte é um campo do

conhecimento humano estruturado por um saber que tem uma origem e cada conteúdo

tem sua historia, que deve ser conhecida, para melhor compreensão por parte do aluno.

O eixo referente ao sentir e perceber e o possibilitar aos alunos o acesso às obras

artísticas para que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de

52

produção da Arte. Este eixo envolve a leitura dos objetos da natureza e da cultura em

uma dimensão estética. O trabalho do professor e o de possibilitar o acesso e mediar esta

leitura e apropriação com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar

as obras de Arte e a realidade, apreendendo, através da Arte, parte da totalidade da

realidade humano social.

Quanto ao trabalho artístico ou pratica artística e o momento do exercício da

imagem e criação, esta pratica e fundamental, pois a Arte não pode ser apreendida

somente de forma abstrata, o processo de produção acontece quando ele interioriza e se

familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos. Ainda em relação ao

trabalho artístico, será utilizado materiais acessíveis e condizentes com a realidade do

aluno.

O trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer um desses eixos, ou pelos

três simultaneamente. O importante e que no final das atividades (em uma ou varias

aulas) com o conteúdo desenvolvido, todos os três eixos tenham sido tratados com os

alunos.

É necessário uma diversificação de atividades para que os alunos possam

conhecer e trabalhar as quatro áreas artísticas, podendo assim, oportunizar os alunos que

apresentam dificuldade em uma delas ou mesmo, habilidade em apenas uma delas.

A Arte envolve quatro áreas artísticas distintas (dança, teatro, musica e artes

visuais), que devem estar relacionadas entre si, o professor, a partir da sua área de

formação estabelece contato com os conteúdos e saberes das outras áreas, promovendo

uma forma de percepção mais completa e aprofundada no que se refere ao conhecimento

em Arte.

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno, ou mais

próximo possível de seu entorno, levando em consideração seu conhecimento prévio

sobre os fatos.

Ha ainda, o trabalho com recursos tecnológicos e midiáticos que fazem parte do

cotidiano dos alunos ou oferecidas pela escola, como a TV multimídia, laboratório de

informática, todas as tecnologias são instrumentos valiosíssimos para o ensino de Arte,

estes serão utilizados em quase todos os momentos, desde a teorização dos conteúdos,

tornando as aulas muito mais atrativas e efetivando a aprendizagem.

Ressaltamos, que em todas as series serão contemplados os conteúdos de

Educação Ambiental (Lei 9795/99), História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e

Cultura Afro-brasileira (Lei 10.639/03), Historia e Cultura Indígena, Educação do campo

53

(Lei 11.645/08), Música (Lei nº 11.769/08), Direito das crianças e adolescentes (LF nº

11.525/07), Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99, portaria nº 413/02), Agenda 21

Escolar, valorizando as diversidades culturais permitindo ao educando o conhecimento e

o crescimento, possibilitando a imaginação construtiva, através da interdisciplinaridade

que torna fundamental o contato com a produção artística. Todos estes conteúdos

obrigatórios serão trabalhados de acordo com as necessidades e os conteúdos da

disciplina.

AVALIAÇÃO

A avaliação será desenvolvida de forma diagnostica e processual. É diagnosticada

por ser a referencia do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual

por pertencer a todos os momentos da pratica pedagógica; bem como cumulativa do

desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Será feita através

de vários instrumentos; trabalhos individuais e/ou em grupos de criação artística,

atividades orais e escritas, pesquisas, com a teorização dos conteúdos, pelo seu

desempenho pessoal e ativo diante de cada atividade proposta, bem como quanto à

apresentação estética e uso de técnicas e materiais.

A recuperação de estudos e paralela ao processo de ensino-aprendizagem será

feita através da verificação da aprendizagem do aluno, durante e apos o termino de cada

conteúdo trabalhado; observando, corrigindo, revisando, diagnosticando as defasagens, e

quando necessário, retomando os conteúdos, buscando métodos e recursos

diferenciados para que realmente a aprendizagem aconteça e os objetivos sejam

alcançados.

REFERÊNCIAS

• RAFFA, Ivete – Fazendo Arte com os Mestres – Editora Escolar, 2006;

• BOAL, Augusto – 200 exercícios e jogos para o ator e o não ator com vontade de dizer algo através do teatro – Editora Civilização Brasileira S/A;

• BOS, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

54

• BRASIL, Leis, Decretos, etc. Lei 5.692/71: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. Brasília, 1971.

• Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares. 2008 – Arte.

• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.

CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da natureza.

Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

natureza,resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento, força campo, energia e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência.

A Ciência e uma atividade humana, complexa, histórica e coletivamente construída,

que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e

políticas.

A disciplina de Ciências, mesmo nos dias atuais, expressa a lógica de sua criação:

“A existência de um único método para o trato dos conjuntos das Ciências Naturais”.

Aceitar a ideia positiva de método e não apenas para aquelas que têm a natureza como

objeto.

O objetivo primordial do ensino de Ciências antes era focado na formação do futuro

cientista ou qualificação do trabalhador, neste momento histórico voltou a analise das

implicações sociais da produção cientifica, fornecendo ao cidadão elementos para viver

melhor socialmente e participar do processo de redemocratização.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA

55

Com base em investigações realizadas sobre o ensino de Ciências, nota - se uma

tendência de superação de estratégias de ensino que privilegiam atividades de estímulos,

respostas, reforço positivo, objetivos operacionais e instrução programada.

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de

que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados,

isso Poe o processo de construção de significados como elemento central do processo

ensino-aprendizagem.

O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e

não arbitrarias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores e o que aprende de

novo.

A construção de significados pelo estudante e o resultado de uma complexa rede

de interações composta por no mínimo três elementos: O estudante, os conteúdos

científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do processo de ensino-

aprendizagem. O estudante é o responsável final pela aprendizagem ao atribuir sentido e

significado aos conteúdos científicos escolares. O professor é quem determina as

estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade dos

significados construídos.

Quanto mais relações conceituais, interdisciplinares e contextuais o estudante

puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução interna de significados e de

ampliar seu desenvolvimento cognitivo.

Nas diretrizes, entende - se de conteúdos estruturantes como conhecimento de

grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina

escolar, consideradas fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e

ensino. Os conteúdos estruturantes são construtos históricos e estão atrelados a uma

concepção política de educação.

A seleção dos conteúdos do ensino de Ciências, deve considerar a relevância dos

mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico, para a constituição da

identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de estudo, bem como facilitar a

integração conceitual dos saberes científicos na escola.

Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes

Ciências de referencia. A metodologia de ensino deve promover o entendimento do objeto

de estudo da disciplina de Ciências.

O ensino de Ciências deve acontecer por integração conceitual estabelecendo

relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes.

56

CONTEÚDOS

6º ANO

1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

• ASTRONOMIA: universo; Sistema solar; Movimentos terrestres; movimentos

celestes ; Astros.

• MATÉRIA: Constituição da matéria.

• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Níveis de organização.

• ENERGIA: Formas de energia; Conversão de energia; Transmissão de energia.

• BIODIVERSIDADE: Organização dos seres vivos; Ecossistemas; Evolução dos

seres vivos

7º ANO

1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

• ASTRONOMIA: Astros; Movimentos terrestres; Movimentos celestes.

• MATÉRIA: Constituição da matéria.

• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

• ENERGIA: Formas de energia;Transmissão de energia.

• BIODIVERSIDADE: Origem da vida; Organização dos seres vivos; Sistemática.

8º ANO

1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

• ASTRONOMIA: Origem e evolução do Universo.

• MATÉRIA: Constituição da matéria.

• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Célula; Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

• ENERGIA: Formas de energia.

• BIODIVERSIDADE: Evolução dos seres vivos.

9º ANO

1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

• ASTRONOMIA: Astros, Gravitação universal.

• MATÉRIA: Propriedades da matéria.

57

• SISTEMAS BIOLÓGICOS: Morfologia e fisiologia dos seres vivos; Mecanismo de

herança genética.

• ENERGIA: Formas de energia; Conservação de energia.

• BIODIVERSIDADE: Interações ecológicas.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

EIXOS

- Trabalho: divisão social e territorial.

- Cultura e Identidade.

- Interdependência campo – cidade: questão agrária e desenvolvimento sustentável.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS-METODOLÓGICOS

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de ciências, o

professor deverá organizar o trabalho tendo como referências: o tempo disponível para o

trabalho pedagógico e o Projeto Político Pedagógico da escola . Os conteúdos

estruturantes devem oportunizar a apropriação do conteúdo numa perspectiva de

totalidade, tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática

estabelecida pelo professor de Ciências que pode fazer uso de estratégias e estabelecer

relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo conceitos de outras disciplinas e

questões tecnológicas sociais, culturais, éticas e políticas.

No âmbito das relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o

professor deve prever a abordagem da cultura e história Afro-Brasileira (Lei 10.639/03),

história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação ambiental (Lei

9795/99), prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação fiscal,

enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente. Direito da criança e do

adolescente (Lei Federal nº 11.525/07). dentro dessa visão desenvolveremos o trabalho

de forma prática, onde serão utilizados livros didáticos, leitura informativa, jornais, revistas

e atividades.

É importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes

abordagens, estratégias e recursos de modo que o processo ensino-aprendizagem resulte

58

de uma rede de interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento

cientifico.

O plano de trabalho docente tem ação privilegiada, relações substantivas e não

arbitrarias entre o que os estudantes já sabe e o entendimento de novos conceitos

escolares, permitindo que eles internalizem novos conceitos na sua estrutura cognitiva.

No ensino de Ciências são essenciais tanto para a formação do professor quanto

para a atividade pedagógica ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os

conteúdos escolares, de modo que os estudantes superem os obstáculos conceituais e

oriundos de sua vida cotidiana.

Para isso trabalharemos com recursos pedagógicos, tecnológicos que enriqueçam

a prática docente tais como:

• livro didático, texto de jornal, revista cientifica, figuras, revista em

quadrinhos, música, quadro de giz, mapas (geográficos, sistemas biológicos, entre

outros), globo, modelo didático (dorso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento

embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador,

retroprojetor, entre outros;

• recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

• alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,

laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.

Diante de todas essas considerações, propõe alguns elementos da pratica

pedagógica a serem valorizadas no ensino de Ciências, tais como: a abordagem

problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, pesquisa, a leitura

cientifica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais e o lúdico, entre outros.

AVALIAÇÃO

A atividade essencial do processo aprendizagem dos conteúdos científicos e de

acordo com a LDB, deve ser continua e cumulativa em relação ao desempenho do

educando, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a avaliação

como prática pedagógica que é mediada pelo professor e entendida como ação,

movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da

ação educativa. A ação avaliativa é importante no processo ensino aprendizagem, pois

59

pode propiciar um momento de interação e construção de significados na qual o

estudante aprende. Para que essa ação tenha significado, o professor precisa refletir e

planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da

avaliação classificatória e excludente.

E preciso respeitar o estudante como um ser humano no contexto das relações que

permeiam a construção do conhecimento cientifico escolar.

É fundamental que se valorize também o que se chama de “erro” de modo a

retomar a compreensão do estudante por meio de diversos instrumentos de ensino e de

avaliação. A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por meio

de problematização envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais,

utilização de jogos educativos, outras possibilidades, como o uso de recursos

instrucionais que representam como o estudante tem solucionado os problemas propostos

e as relações estabelecidas diante dessas problematizações.

A prova é um excelente instrumento de investigação do aprendizado e de

diagnostico dos conceitos científicos escolares, ainda não compreendidos pelo estudante.

Por isso a prova precisa ser diversificada, considerando também outras relações alem

daquelas trabalhadas em sala de aula.

Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo - aprendizagem do

estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos

escolares e do objeto de estudo de Ciências visando uma aprendizagem realmente

significativa para sua vida.

Para isso o professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar

instrumentos como o “erro”, a “prova”, a fim de investigar a aprendizagem significativa

sobre os diversos conteúdos abordados.

A avaliação será contínua, diagnóstica, formativa e somatória com predomínio dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO /

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

• Trabalhos individuais e em grupo

• Atividades práticas (experiências) e relatórios

• Construção de mapas conceituais

60

• Pesquisa

• Prova escrita

• Debates

A recuperação de estudos sera ofertada de forma paralela as atividades letivas,

logo observadas as dificuldades do aluno sobre algum conteúdo. Serão proporcionadas

atividades como: aula do erro, exercícios em classe e extraclasse, exercícios individuais e

em grupo, consulta orientada e pesquisa.

REFERÊNCIAS

• VALLE, Cecília. Ser humano e saúde, 5ª a 8ª série, / Cecília Valle - 1. ed. – Curitiba: Positivo, 2004 – (Coleção Ciências);

• ALVARENGA, Jenner Procópio de. Ciências Naturais no dia-a-dia; 5a a 8a Serie /Jenner Procópio de Alvarenga, Jose Luz Pedersoli, Moacir Assis d’Assunção Filho,Wellington Caldena Gomes, Curitiba: Nova Didática, 2004 – Positivo;

• MARTINS, Maria Izabel – Ciências Crítica e Ação – 5a a 8a Serie;

• BEDAQUE, Sezar, Cesar – Os Seres Vivos no Ambiente – 5a a 8a Serie;• CANTO, Eduardo Leite do – Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano –

6º ao 9º ano – 3. ed. – São Paulo: Moderna, 2009;

• GWANDSNAYDER, Fernando – Ciências – Ciências A Vida na Terra, 5a a 8a Serie – Editora Ática;

• Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares.2008 – Ciências.

• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.

• Campos, Maria Cristina da Cunha – Teoria e prática em ciências na escola; o ensino aprendizagem como investigação: Volume único- 1. ed. - São Paulo: FTD, 2009.

• Krasilchik, Myriam – Ensino de ciências e cidadania- 2. ed.- São Paulo: Moderna, 2007.

EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

61

A Educação Física tem um papel fundamental e insubstituível para nossos alunos,

devido ao gosto dos mesmos pela disciplina e o contato direto entre professor e aluno,

aluno e professor, aluno e aluno. O maior desafio e elaborar e desenvolver um

planejamento envolvente e coerente com os objetivos do seu trabalho, possibilitando o

processo de avaliação dos alunos e do próprio trabalho.

A atividade física traz extraordinários benefícios mentais e físicos, e,

consequentemente, uma melhor qualidade de vida, isso é um dado importantíssimo na

recuperação do prestigio da disciplina, buscando uma integração com os trabalhos

desenvolvidos na escola, colocando-a no mesmo patamar das demais disciplinas.

O homem através de seus movimentos expressa suas manifestações de alma, ou

seja, seus mais puros sentimentos que envolvem alegria, o medo, o amor entre outros,

descobrindo como o corpo e sensível e tem sua própria linguagem revelada por gestos.

O corpo ao expressar seu caráter sensível, torna-se veiculo e meio de

comunicação como todas as manifestações desencadeadas que levam o homem a

mostrar-se, revelar-se como um ser único na sua diversidade.

O que se deseja do aluno e uma ampla compreensão e atuação das manifestações

de sua corporalidade com os demais componentes curriculares, adequando-se as

atividades propostas da disciplina.

A legislação aponta como finalidades específicas: a consolidação e o

aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental; o prosseguimento

dos estudos; o preparo para o trabalho e a cidadania; desenvolvendo as habilidades como

continuar aprendendo aprimorando o educando com pessoa humana, desenvolvendo a

autonomia intelectual e critica, relacionando teoria e pratica nas aulas de Educação

Física.

O manifesto da Educação Física – FIEP 2000, que faz considerações a Carta

Internacional da Educação Física e do Esporte (UNESCO/1978) e a Declaração Universal

dos Direitos Humanos (NACOES UNIDAS/19480), justifica a importância da Educação

Física, reconhecida internacionalmente, afirmando que:

Art-1º A Educação Física, pelos seus valores, deve ser compreendida como um dos

direitos fundamentais de todas as pessoas.

Art-2º A Educação Física como direito de todas as pessoas, e um processo de

Educação seja pelas vias formais ou não formais.

62

Art-3º As atividades físicas, com fins educativos, nas suas possíveis formas de expressão

reconhecidas em todos os tempos como os meios específicos da Educação Física,

constituem-se em caminhos privilegiados de Educação.

Art-4º A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência, deve ser considerada como

parte do processo educativo das pessoas, seja dentro ou fora do ambiente escolar, por

constituir-se na melhor opção de experiências corporais sem excluir a totalidade das

pessoas, criando estilo de vida que incorpore o uso de variadas formas de atividades

físicas.

Art-5º A Educação Física, deve ser assegurada e promovida durante toda a vida das

pessoas, ocupando um lugar de importância nos processos de educação continuada,

integrando-se com os outros componentes educacionais, sem deixar em nenhum

momento de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de condições

oferecidas na suas praticas.

Art-6º A Educação Física, pelas suas possibilidades de desenvolver a dimensão

psicomotora das pessoas, principalmente nas crianças e adolescentes, conjuntamente

com os domínios cognitivos e sociais, deve ser disciplina obrigatória nas escolas devendo

fazer parte de um currículo longitudinal.

O Conselho Internacional de Ciência do Esporte e Educação Física reforçando a

importância da Educação Física como um processo ao longo da vida e particularmente

para todas as crianças, reiterou que uma Educação Física de qualidade:

a) É o mais efetivo meio de promover, seja qualquer capacidade/incapacidade,

sexo, idade, cultura, raça, etnia, religião ou nível social, com habilidades, atitudes, valores

e conhecimentos, o entendimento para uma participação em atividades físicas e

esportivas ao longo da vida;

b) Ajuda as crianças chegarem a uma integração segura e adequado

desenvolvimento da mente, corpo e espírito;

c) É a única alternativa escolar cujo foco principal e sobre o corpo, atividade física,

desenvolvimento físico e saúde;

d) Ajuda as crianças a desenvolverem padrões de interesse em atividades físicas,

os quais são essenciais para o desenvolvimento desejável e assim constroem os

fundamentos para um estilo de vida saudável na idade;

e) Ajuda as crianças a desenvolverem respeito pelo seu corpo e dos outros;

f) Desenvolve na criança o entendimento do papel da atividade física promovendo

saúde;

63

g) Contribui para a confiança e autoestima das crianças;

h) Realça o desenvolvimento social preparando as crianças para enfrentarem

competições, vencendo ou perdendo, cooperando e colaborando.

A Educação Física hoje e voltada para a corporalidade do aluno onde existe o

respeito pela diversidade, e o caminho para a construção de suas identidades

possibilitando uma intervenção sobre a sociedade, fazendo-a mais justa e verdadeira.

OBJETIVOS GERAIS

Oportunizar o movimento humano nas suas manifestações de corporeidade através

do esporte, lutas, ginástica, jogos e brincadeiras do exercício físico, da ludicidade e do

lazer e suas inter-relações com o meio social, histórico, cultural e político, buscando a

formação de um individuo que possa entender e se posicionar criticamente de forma

autônoma frente e sua realidade.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS- METODOLÓGICOS

As Leis 11.645/08 – Cultura Indígena, 9.795/99 – Meio Ambiente, 10.639/03 –

Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana, serão contemplados nas aulas de Educação

Física através dos conteúdos de dança, lutas, esportes e jogos e brincadeiras, ex.

Capoeira, jogos de peteca, danças folclóricas, brincadeiras populares, onde se trabalha a

historia, origem e desenvolvimento das habilidades dos alunos como espaço temporal,

lateralidade, espaço organizacional e outros, com a utilização dos seguintes materiais:

bola, rede, cone, cordas, colchonetes, jogos de tabuleiros, fantoches, e recursos

midiáticos.

Sendo os conteúdos desenvolvidos através de aulas praticas e teóricas, motivando

os alunos a participar efetivamente dela, utilizando também trabalhos em grupos,

pesquisas, aulas expositivas e elaboração de projetos, despertando neles a criatividade, o

questionamento e a conscientização da importância da Educação Física para o homem

como cidadão critico e participativo e transformador na sociedade.

CONTEÚDOS

6º ANO

1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

64

• Esporte

1.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Coletivos

• Individuais

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Jogos e Brincadeiras

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Jogos e Brincadeiras Populares

• Brincadeiras e Cantigas de Rodas

• Jogos de Tabuleiros

• Jogos Cooperativos

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dança

3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Danças Populares

• Danças Criativas

• Danças Folclóricas

4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Ginástica

4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Ginástica Rítmica

• Ginástica circense

• Ginástica Geral

5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Lutas

5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Lutas de aproximação

• Capoeira

7º ANO

1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Esporte

65

1. CONTEÚDOS BÁSICOS

• Coletivos

• Individuais

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Jogos, Brinquedos e Brincadeiras

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Jogos e Brincadeiras Populares

• Brincadeiras e Cantigas de Rodas

• Jogos de Tabuleiros

• Jogos Cooperativos

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dança

3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Danças Folclóricas

• Danças de rua

• Danças Criativas

• Danças circulares

4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Ginástica

4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Ginástica Rítmica

• Ginástica Circense

• Ginástica Geral

5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Lutas

5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Lutas de aproximação

• Capoeira

8º ANO

1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Esporte

1. CONTEÚDOS BÁSICOS

66

• Coletivos

• Individuais

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Jogos e Brincadeiras

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Jogos e brincadeiras populares

• Jogos de tabuleiros

• Jogos dramáticos

• Jogos cooperativos

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dança

3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Danças criativas

• Danças circulares

4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Ginástica

4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Ginástica rítmica

• Ginástica geral

• Ginástica circense

5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Lutas

5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Lutas com instrumento mediador

• Capoeira

9º ANO

1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Esporte

1.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Coletivos

• Individuais

67

2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Jogos e brincadeiras

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Jogos de tabuleiros

• Jogos dramáticos

• Jogos cooperativos

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Dança

3.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Danças criativas

• Danças circulares

4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Ginástica

4.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Ginástica rítmica

• Ginástica geral

5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Lutas

5.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

• Lutas com instrumento mediador

• Capoeira

AVALIAÇÃO

Será feita avaliação diagnostica para o professor ter uma visão dos conhecimentos

dos alunos.

Esta avaliação será continua sem mensuração onde haverá respeito pela

individualidade e diversidade respeitando suas limitações, onde o aluno será avaliado

como um todo.

A auto avaliação será o ponto de reflexão que fará o aluno superar suas

dificuldades e buscar novos conhecimentos e uma participação ativa nas aulas e no seu

dia a dia como cidadão.

68

Para o processo de avaliação serão considerados os níveis de dificuldades dos

alunos e também a realidade socioeconômica, cultural em que eles estão inseridos,

visando oportunizar a promoção humana de todo.

A recuperação dos estudos será paralela ao processo ensino aprendizagem dos

alunos quanto aos conteúdos dados, verificando e analisando seu aprendizado e quando

necessário retomando os conteúdos com metodologias diversificadas para que o aluno

alcance os objetivos propostos da disciplina.

INSTRUMENTOS

• Dinâmicas em grupo, pesquisas individuais ou em grupos, seminários.

• Organização e realização de jogos escolares.

• Provas, trabalhos escritos.

• Contínuo, permanentes e acumulativos.

CRITÉRIOS

• Comprometimento e envolvimento

• Conhecer os aspectos históricos e origem dos conteúdos estruturantes.

• Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir dos conteúdos

trabalhados em sala de aula.

• Aprendizado dos fundamentos básicos dos conteúdos dados.

• Apropriação e reflexão da diferença de cada esporte relacionando com as

mudanças do conteúdo histórico brasileiro.

• Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brincadeiras e suas

regras.

REFERÊNCIAS

TEIXEIRA, Hudson Ventura - Educação Física e Desporto;

GUEDES, Dartagnan Pinto: Exercício Físico na Promoção da Saúde;

SILVA, N. Phithan: Recreação;

69

FREIRE, João Batista – Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo,1992;

MEDINA, João PS – O Brasileiro e seu corpo.2 ed. Campinas: Papirus 1990;

BREGOLATO, Roseli Aparecida – Coleção Educação Física Escolar: no princípio de totalidade e na concepção histórico-crítica-social. Vol. 1,2 e 3 – Editora Ícone. 2003;

TEIXEIRA, Jeber – Futebol de Salão;

KASLER – Handebol;

BARBANTI, Valdir – Aptidão Física, Um Convite à Saúde. São Paulo;

ACHOUR, Junior Abdallah – Flexibilidade: base para os exercícios de alongamento. Londrina:Miograf, 1996;

D AGOSTINI, Orfeu G. – Xadrez Básico. Rio de Janeiro: Ediouro.

Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares/2008 – Educação Física.

Apostilas de Futsal, Handebol, Dança, Voleibol, Basquetebol, Futebol e xadrez da UTFPR.

Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.

ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente, o Ensino Religioso no Brasil viveu momentos de grandes

transformações de seu espaço na Educação.

Desde a colonização nota-se que a religião é promotora de educação e

fundamenta-se nos princípios Católicos, considerando que os jesuítas pertenciam a uma

ordem religiosa. Com o passar dos tempos, já no período imperial, continua sob o mesmo

modelo, sendo a Igreja Católica Apostólica Romana proclamada religião oficial do império.

Somente com a proclamação da República, onde e separada a igreja do estado, iniciam

70

os debates sobre a nova postura educacional de relação com o sagrado, até então

puramente confessional.

Nota-se portanto, que na maioria das vezes, ensino religioso se realiza como o

ensino de uma religião, não levando em consideração, por exemplo, o respeito às

diversas culturas dos diferentes povos que aqui chegaram e formaram o povo brasileiro.

Exemplo claro, o negro, tendo que esconder sua religião dando origem ao sincretismo; o

protestante, sem voz, durante quase todo o tempo da história. Somente nos anos 90

iniciam-se novos debates em torno da problemática.

Com a promulgação da nova LDBEN no. 9394/96, o ensino religioso, a princípio e

proposto dentro da carga horária normal do ensino, porem sem ônus para os cofres

públicos. Mais tarde, apos a luta da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil) e

do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristas), foi alterado o texto original, LEI

9475/97, onde o Ensino Religioso passa a ser não-confessional, em horários normais,

com ônus para os cofres públicos.

Para tanto, é necessário que tenhamos uma proposta que venha de encontro aos

anseios da diversidade cultural brasileira, numa postura que contemple a compreensão do

fenômeno religioso como forma de garantir ao educando a cidadania plena, respeitando a

diversidade de saberes e crenças, prevenindo e combatendo a intolerância religiosa,

inclusive no que diz respeito a religiões minoritárias e a cultos afro-brasileiros, bem como

refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se

relaciona com o sagrado e assim compreender suas trajetórias, suas manifestações no

espaço escolar estabelecendo relações entre culturas e os espaços por elas produzidas,

para que no entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, e

assim, entender a diversidade de nossa cultura marcada pela religiosidade.

No conteúdo abordado pelo Ensino Religioso, há preocupação com a constituição

do “sagrado”, no processo histórico, buscando a concretização de simbologias e espaços,

criando assim, as tradições. Nessa perspectiva, o sagrado norteará todo o currículo de

Ensino Religioso, através da materialidade fenomênica do sagrado, através dos sentidos

(paisagem religiosa) de sua lógica simbólica e através das escrituras sagradas.

Nesse intuito, nossa proposta deverá promover a cooperação inter-religiosa

permanente e cotidiana, para erradicar a violência de motivação religiosa e criar a cultura

de justiça e paz, condição elementar em qualquer sociedade democrática.

OBJETIVOS GERAIS

71

Construir parâmetros éticos, de respeito aos direitos humanos, visando o homem

em coletividade e na sua individualidade estabelecendo diálogos com diferentes formas

de pensamento, ouvindo e expressando conhecimentos da diversidade de concepções

religiosas, de forma a compreender o fenômeno religioso como manifestação humana de

todos os tipos de sociedade, valorizando a cultura e a diversidade de tradições, ritos,

símbolos, livros sagrados e valores, dentro de uma critica, visando a construção da

cultura da paz.

Conhecendo as diferentes manifestações do sagrado e a compreensão do mesmo

como cerne da experiência religiosa nos diversos grupos sociais.

JUSTIFICATIVA

A disciplina de Ensino Religioso na escola tem como objetivo orientar uma prática

de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como também, desprender-

se do seu histórico confessional catequético para a construção e consolidação do respeito

à diversidade cultural e religiosa, contribuindo para superar desigualdades étnico-

religiosas para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por

consequência, o direito a liberdade individual e política.

A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e

análise das diferentes manifestações do sagrado, como também a interpretação dos seus

múltiplos significados, pois muitos dos acontecimentos que marcam a vida em sociedade

são atribuídos as manifestações do sagrado. Portanto, o entendimento do sagrado ajuda

a compreender as explicações sociais que ignoram as leis da natureza e atribuem a um

transcendente ou imanente a intervenção no andamento natural das coisas.

CONTEÚDOS

6º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Paisagem Religiosa

• Universo Simbólico Religioso

• Texto Sagrado

1.1 – CONTEÚDOS BÁSICOS

72

Organização Religiosa

• Conhecer as organizações religiosas através de pesquisas, biografia dos lideres,

fundadores em suas tradições;

Lugares Sagrados

• Mostrar através de vídeos e músicas os lugares sagrados da natureza como rios,

lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

• Lugares Construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.

Textos Sagrados Orais e Escritos

• Propor pesquisas sobre os textos sagrados de diferentes tradições religiosas e

elaborar cartazes, murais, colagens para exposição na sala de aula e na escola como

resultado de pesquisa.

Símbolos Religiosos

• Apresentar aos educandos diferentes formas de simbolização e significados nas

tradições religiosas, utilizando figuras, vídeo, explicando a sua importância nas diversas

religiões.

7º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Paisagem Religiosa

• Universo Simbólico Religioso

• Texto Sagrado

1.1 – CONTEÚDOS BÁSICOS

Temporalidade Sagrada

• Trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando o evento da criação nas

diversas tradições religiosas, os calendários e seus tempos sagrados (Natal, passagem

de ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos.

Festas Religiosas

• Elaborar painéis e cartazes sobre algumas tradições religiosas e suas festas,

enfatizando a beleza e o colorido dessas festas, pesquisa sobre danças ou canções que

sejam comum nas festas religiosas.

Ritos

73

• Construir textos coletivos sobre os ritos religiosos que marcam a vida dos

educandos da turma e organizar uma exposição de desenhos para explicitar a presença

dos ritos no cotidiano da comunidade.

Vida e Morte

• Criar uma historia em quadrinhos cujo personagem central seja a morte, sendo

estas historias expostas na sala de aula.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Propõe um encaminhamento metodológico a partir da apresentação dos conteúdos

que serão trabalhados, ou seja, abordagens conhecidas ou desconhecidas das religiões e

expressões do sagrado.

O professor deve usar de linguagem pedagógica para trabalhar a religião e

posicionar de forma clara, objetiva e critica quanto ao conhecimento sobre o sagrado e

seu papel sociocultural, exercendo assim, o papel mediador entre saberes que o aluno já

possui e os conteúdos a serem trabalhados.

AVALIAÇÃO

A avaliação e um elemento integrante do processo educativo na disciplina do

Ensino Religioso e deve também ser fundamentada no respeito a diversidade cultural e

religiosa.

Ao professor, cabe implementar práticas avaliativas para identificar em que medida

os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do

sagrado, nas diversas tradições religiosas pelos alunos.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou

reprovação do aluno, e importante registrar o processo avaliativo por meio de

instrumentos que permitem a escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a

identificação dos progressos obtidos na disciplina, pois a avaliação permite diagnosticar o

quanto o aluno se apropriou do conteúdo e o quanto ampliou o seu conhecimento em

torno do objeto de estudo do Ensino Religioso.

74

Como critério de avaliação pode ser leitura, analise por escrito de textos reflexivos,

cartazes ilustrativos, produção de texto, conversa informal, histórias, diálogos,

participação e interesse nas aulas fazendo os seguintes questionamentos:

• Existe uma relação respeitosa entre os colegas de classe que tem opções

religiosas diferentes?

• Há aceitação entre as diferenças de credo ou de expressão de fé, pelo aluno?

• O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade

de cada grupo social?

• O aluno emprega conceitos adequados para referir-se as diferentes manifestações

do sagrado?

E podendo ser feitos outros questionamentos de acordo com os conteúdos estruturantes

da disciplina de Ensino Religioso.

REFERÊNCIAS

• BRAGA, João Vianei; NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol. 4; Editora Vozes, Petrópolis, 2001.

• BRASIL, Lei n.o 9394/96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

• LONGE, Mario Renato. Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol. 8; Editora Vozes, Petrópolis, 2001.

• NAUROSKI, Everson Araujo. Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol.7; Editora Vozes, Petrópolis, 2001.

• PARANA, Conselho Estadual de Educação. Deliberação n.o 03/02. Ensino Religioso nas redes públicas do estado do Paraná.

• PARANA. Conselho Estadual de Educação. Parecer n.o 464/03. Consulta acerca da Deliberação n.o03/02 – Ensino religioso na escola publica.

• ROMANIO, Adilson Miguel; Redescobrindo o Universo Religioso – Ensino Fundamental; vol. 6; Editora Vozes, Petrópolis, 2001

• Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares. 2008 – Ensino Religioso.

• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Politico-Pedagógico.

75

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Geografia que se propõe que seja ensinada nas escolas deriva de uma

concepção cientifica. O conceito adotado para o objeto de estudos da Geografia e o

espaço geográfico, um espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por

objetos e ações inter-relacionados. Trata-se da produção e da organização do espaço

geográfico, a partir das relações sociais de produção, um espaço produzido e reproduzido

pela sociedade humana, com vistas à nele se realizar e se reproduzir.

Analisar com os alunos as transformações que vem ocorrendo no mundo ou no

espaço faz com que a Geografia passe a auxiliá-los a desvendar seu espaço, a conhecer

seus agentes modificadores responsáveis por sua construção compreendendo a sua

responsabilidade, enquanto cidadãos, pela conquista de uma sociedade justa e um meio

ambiente que propicie mais qualidade de vida as futuras gerações. A partir deste

apontamento, cabe a escola, como um dos lugares onde se analisa, produz e

sistematizam-se conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização

dos sabres para que sejam sujeitos capazes de interpretar com um olhar critico, o mundo

que os cercam.

Podemos caracterizar a Geografia como um hibrido no meio físico e humano.

A Geografia propõe um trabalho pedagógico que visa à ampliação das capacidades

dos alunos dentro do Ensino Fundamental. Os alunos devem observar, conhecer,

comparar e representar o espaço geográfico, este que, por não ser estático, levando em

conta o momento histórico e o contexto social, político e econômico. Portanto:

“Cabe a Geografia preparar os alunos para uma leitura critica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem passividade aos indivíduos” (CASSETI, 2002)

O objeto de estudo da geografia é o Espaço Geográfico, entendido como o espaço

produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter-relação

entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações –

relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996).

…não são apenas objetos móveis, mas também imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem… uma plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos geográficos. (Santos, 1996,p. 59)

76

Para que se compreenda a produção espacial é necessário ir alem da aparência,

dos aspectos visíveis, e preciso compreender como os determinantes políticos, culturais e

econômicos se constituem na essência social e produzem as transformações espaciais.

(DCE, 2008)

Nesse sentido, o espaço pode ser entendido como um produto social em

permanente transformação, ou seja, sempre que a sociedade sofre mudança, as formas

(objetos geográficos) assumem novas funções. (DCE, 2008).

OBJETIVOS GERAIS

O principal objetivo da Geografia é o estudo das relações entre sociedade e

natureza, oferecendo subsídios para que o aluno compreenda o espaço em que vive.

• Desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar

criticamente a realidade para melhor compreendê-la e identificar as possibilidades

de transformação;

• Ser capaz de buscar o trabalho interdisciplinar e a formação de um coletivo para

aprofundar a compreensão de uma realidade;

• Levar os alunos a construir um conjunto de conhecimentos referentes a conceitos,

procedimentos e atitudes relacionadas à Geografia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos são abordados de acordo com os conteúdos estruturantes que são

os conhecimentos de grande amplitude (dimensões geográficas) que identificam e

organizam os campos de estudos da geografia, possibilitando a compreensão dos

conceitos geográficos e do seu objeto de estudo. São dimensões geográficas da

realidade a partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados. Serão

tratados a partir das categorias de analise espaço↔temporais, sociedade↔natureza e do

quadro conceitual de referencia. São quatro conteúdos estruturantes que serão

trabalhados em todas as series concomitantemente, pois estabelecem relações entre si.

DIMENSÃO ECONOMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Este conteúdo enfatiza os espaços de produção como o industrial-urbano e o

agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de cada um, a hierarquia dos

lugares, as relações econômicas entre as diferentes porções territoriais como as cidades,

77

os estados/províncias, os países e regiões. Relações de produção e de trabalho, como

as sociedades produzem o espaço geográfico sob a perspectiva da produção de objetos

(fixos e moveis) necessários para a manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).

Ênfase nas desigualdades econômicas, na produção de necessidades, nas diferentes

classes sociais, na configuração socioespacial.

Todos os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,

especialmente o de Rede.

DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais são as instâncias e

instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Nesse conteúdo estruturante

aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (rua, bairro) até a

escala macro (pais, instituições internacionais). O papel do Estado e das forcas políticas

não estatais (ONGS, narcotráfico, crime organizado, associações) bem como as

redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais, políticos,

são fundamentais.

Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são

território e lugar.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste

conteúdo estruturantes. “A produção de espaço geográfico, a criação de necessidades e a

mobilização de ‘‘recursos” naturais para satisfazê-las no modelo econômico do

capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturante. Como essas relações

se concretizam na diferenciação das paisagens sociais e culturais. Os conceitos de

sociedade e natureza são entendidos como categoria de análise neste conteúdo

estruturante. Modo de produção, classes sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da

natureza e tempo são discutidos da perspectiva da produção espacial e da paisagem.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais neste

conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das

especificidades culturais. As macas culturais na produção das paisagens (rural e urbana)

e suas razoes históricas, econômicas naturais; a ocupação e distribuição da população no

espaço geográfico e suas conseqüências econômicas, culturais, sociais. Os grupos

sociais e étnicos em sua configuração espacial urbana, rural, regional.

78

Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são os de

Região (singularidades e generalidades) e paisagem.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para cada série da etapa

final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação conceitual

dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses

conteúdos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho

pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade docente.

Os conteúdos básicos darão origem aos Conteúdos Específicos no Plano de

Trabalho Docente e estão apresentados por série devendo ser tomados como ponto de

partida a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.

II. CONTEÚDOS BÁSICOS6º ANO

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção;

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico;

• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos;

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7º ANO• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores

estatísticos;

• Movimentos migratórios e suas motivações;

79

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico;

• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8º ANO• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano;

• A nova ordem mundial, os territórios do continente americano;

• O comercio em suas implicações socioespaciais;

• A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

9º ANO• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• A revolução tecnico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

• O comercio mundial e as implicações socioespaciais;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a re

(organização do espaço geográfico;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

80

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial.

EDUCAÇÃO DO CAMPO O Ensino de Geografia nas Escolas do Campo, objetiva resgatar e cultivar a

identidade do homem do campo, possibilitando-lhe uma melhor compreensão do lugar e

do mundo onde vive, garantindo a este acesso aos conhecimentos historicamente

acumulados e os saberes da vivência cotidiana.

EIXOS CONTEMPLADOS NA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA:• Trabalho: Divisão social e territorial;

• Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável;

• Organização política, movimentos sociais e cidades.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA (LEIS

10.639/2003, 11.645/2008)

EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL (LEI 9795/99)

EDUCACAO FISCAL

FUNDAMENTOS TEÓRICO - METODOLÓGICOS

O Brasil, formado a partir das heranças culturais européias, indígenas e africanas,

não contemplava, de maneira equilibrada, essas três contribuições no sistema

educacional. A partir de 2003, com a aprovação da Lei 10.639/03, que tornava obrigatório

o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino

Fundamental e Médio, substituída, em 2008, pela Lei 11.645/08, que inclui também o

ensino de História e Cultura Indígena têm o objetivo promover uma educação que

reconhece e valoriza a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro. A

escola é o lugar de construção, não só do conhecimento, mas também da identidade, de

valores, de afetos, enfim, é onde o ser humano, sem deixar de ser o que é, se molda de

acordo com sua sociedade.

A formação de um aluno consciente das relações socioespaciais de seu tempo,

assume-se o quadro conceitual das teorias criticas da Geografia, A partir do exposto,

espera-se que o aluno, ao iniciar seus estudos no 6º ano do ensino fundamental, amplie

as suas noções espaciais, por isso o professor abordara os conhecimentos necessários

para o entendimento das inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais,

aprofundara os conceitos de lugar e paisagem, os conceitos de região e territórios. O

81

espaço geográfico deve ser compreendido como resultado da integração fisico-natural e

dinâmica

humano/social.

No 7º ano, analisar os fenômenos citados na escala nacional, relacionando os

quando possível com a realidade mundial.

No 8º e 9º ano o aluno ampliará e aprofundará suas análises espaciais com relação

aos continentes e as regiões polares.

Os métodos devem ser adaptados de acordo com o meio sociocultural que o aluno

esta inserido. Podendo desenvolver as atividades como a leitura de textos, mapas,

gráficos, tabelas e figuras; pesquisas por diversos meios (entrevistas, livros didáticos,

revistas, jornais, televisão, internet); trabalho de campo, confecções de mapas e

maquetes, exercícios de interpretação e fixação de conteúdo.

Perguntas que devem orientar o pensamento geográfico e o trabalho do professor:

Onde?

Como é este lugar?

Por que este lugar é assim?

Por que aqui e não em outro lugar?

Qual o significado deste ordenamento espacial?

Quais as consequências deste ordenamento espacial?

Por que e como esses ordenamentos se distinguem de outros?

Por que as coisas estão dispostas desta maneira no espaço geográfico?

AVALIAÇÃO

A Avaliação deixa de ser um processo terminal do processo avaliativo. Ela deve

acompanhar a aprendizagem dos alunos, quanto nortear o trabalho do professor, por isso

a avaliação do processo de ensino-aprendizagem será formativa, diagnóstica e

processual, dando tempo para uma verificação mais precisa da aprendizagem. Os

instrumentos avaliativos utilizados serão exercícios de interpretação, raciocínio lógico nas

aulas, capacidade de relacionar o meio vivido com determinados conteúdos, relatos,

interpretação e produção de textos, interpretação de fotos e imagens, trabalhos

individuais e/ou em grupo, pesquisas, relatórios de aulas de campo, construção de

mapas e maquetes, análise de mapas e tabelas, confecção de gráficos, relatórios de

vídeo e apresentação de seminários.

A recuperação de estudos será realizada paralelamente ao processo de ensino-

aprendizagem, assim que diagnosticada a defasagem, considerando os aspectos dos

diferentes níveis de aprendizado, podendo envolver diferentes atividades que possa

82

recuperar o conteúdo trabalhado e possibilitar reavaliação através de instrumento

diferenciado.

REFERÊNCIAS

CALLAI, Helena C. O meio ambiente no ensino fundamental. Espaços da Escola, Ijuí, v. 4, n. 27, p. 31-42, 1998.

Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Geografia Curitiba, 2008. Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.

http://www.afroeducacao.com.br/index.php?

option=com_contnt&view=article&id=74&Itemid=94

HISTÓRIA

HISTÓRICO DA DISCIPLINA

O ensino de História na Educação Básica, busca despertar reflexões a respeito de

aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e das relações entre o Ensino da

Disciplina e a Produção do conhecimento histórico.

O ensino de História pode ser analisado, sob duas perspectivas: uma que o

compreende a serviço dos interesses do Estado, e outra que privilegia as contradições

entre a História apresentada nos currículos e nos livros didáticos a História ensina na

cultura escolar.

Nas Diretrizes podemos analisar o ensino de História na década de 70 ate os dias

atuais, a partir das tensões identificadas entre as propostas curriculares e produção

historiográfica inserida nas praticas escolares.

A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro

II em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e Geográfico brasileiro que

instituiu a História como disciplina acadêmica.

83

O currículo oficial de História tinha como objetivo legitimar os valores aristocráticos,

no qual o processo histórico conduzido por lideres excluía a possibilidade das pessoas

comuns serem entendidos como sujeitos históricos.

O conteúdo de História do Brasil ficou relegado a um espaço restrito do currículo,

que devido a sua extensão dificilmente era tratado pelos professores nas aulas de

Histórias.

O ensino de História não tinha espaço para analise e interpretação dos fatos, mas

objetivava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da Pátria.

A disciplina tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus

deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para adaptá-los a realidade.

A História continuava tratada de modo linear, cronológico e harmônico, conduzida pelos

heróis em busca de um ideal de progresso de nação.

Na década de 70, o ensino dessa disciplina era predominante tradicional, tanto pela

valorização de alguns personagens como sujeitos da História e de sua atuação em fatos

políticos, quanto pela abordagem dos conteúdos e de forma factual e linear, formal e

abstrato, sem relação com a vida do aluno. A prática do professor era marcada por aulas

expositivas, a partir das quais cabia aos alunos a memorização e repetição do que era

ensinado como verdade.

Vários fatores marcaram o currículo de Historia na rede publica estadual ate o ano

de 2.002. No ano seguinte, iniciou-se uma discussão coletiva envolvendo professores da

rede estadual com o objetivo de novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de

História.

Com a Lei no 13.381/01, torna obrigatórios, os conteúdos de História do Paraná no

Ensino Fundamental. E a Lei nº 10.639/03, inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da

História e Cultura Afro-brasileira e Africana. E a Lei no 11.645/08, que inclui no ensino da

História e Cultura dos povos indígenas do Brasil torna-se obrigatória na disciplina de

História.

A organização do currículo para o ensino de História tem como referência os

conteúdos estruturantes, entendidos como conhecimento que aproximam e organizam os

campos da História e seus objetivos. Os conteúdos estruturantes relação de trabalho,

relações de poder e relações culturais podem ser identificados no processo histórico da

constituição da disciplina e no referencial teórico que sustenta a investigação histórica em

uma nova racionalidade não-linear e temática.

84

JUSTIFICATIVA

A disciplina de História tem como objetivo priorizar o ajustamento do aluno no

cumprimento dos deveres patrióticos e privilegiar as noções e conceitos básicos para

adaptá-los a realidade, o ensino de História não tinha espaço para análise crítica e

interpretação dos fatos, o aluno só memorizava e repetia o que era ensinado como

verdade, nos dias atuais os conteúdos significativos, com a realidade do seu cotidiano. A

disciplina de História busca despertar nos alunos os acontecimentos do passado para

entender o presente, o educando tem oportunidade de despertar reflexões e o censo

crítico, formando cidadãos patrióticos e participativos nos aspectos políticos, econômicos

culturais e sociais.

CONTEÚDOS

6º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações do Trabalho

• Relações de poder;

• Relações culturais

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

• A experiência humana no tempo;

• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

• As culturas locais e a cultura comum.

1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• O trabalho do historiador;

• Relação de tempo com a História e as ações humanas ao longo do tempo;

• Origem e evolução do ser humano;

• Linha do tempo da evolução das espécies;

• Modo de vida do homem do paleolítico e neolítico, a evolução agrícola e as

mudanças que trouxe para a sociedade humana e a natureza, destacando o comércio,

divisão de trabalho, centralização política, escrita e arte;

• O ser humano e o uso dos metais;

85

• A chegada dos primeiros habitantes da América, hipóteses e teorias, modo de

vida, o inicio da agricultura na América destacando mudanças no desenvolvimento da

agricultura;

• Características do modo de vida dos primeiros habitantes da América e o

reconhecimento dos povos indígenas no Brasil e no Paraná;

• As civilizações fluviais: Mesopotâmia, Egito, China e Índia, identificando períodos,

duração, simultaneidades e semelhanças ao longo do tempo. Destacar suas

contribuições em relação à cultura, política, religião e escrita. Identificando os principais

grupos sociais existentes;

• Fenícios e Hebreus: O papel dos Fenícios na criação do comércio,

desenvolvimento histórico desses povos em relação à economia, organização política, e

religião desses povos;

• A formação da civilização grega: vida política, cotidiano na Grécia, filosofia, mito,

arte e religião, conceito de democracia e oligarquia a partir das experiências históricas de

Atenas e Esparta e comparação com a democracia vigente no Brasil atual;

• A civilização Romana: o processo de formação das cidades, a república romana,

guerras e conquistas, lutas sociais, sociedade e cultura, identificando a importância do

trabalho escravo na sociedade romana;

• A crise do Império Romano: principais fatos que levaram a queda do império do

ocidente, principais mudanças ocorridas na Europa com o esfacelamento do Império

Romano;

• A divisão do Império Romano do ocidente e do oriente destacando os fatores e

efeitos dessa divisão;

• A vida religiosa dos romanos; fases da historia do cristianismo durante o período

imperial romano, e as principais doutrinas;

• Historia do Parana: Primeiros exploradores, os primeiros habitantes: Guarani e

Caingangue, povoamento e ocupação.

• História de Leópolis, as primeiras incursões e povoamento, formação cultural.

• Danças, músicas, culinária, vestimentas, religião africana e preconceito racial,

discriminação e racismo.

7º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

86

• Relações do Trabalho

• Relações de poder;

• Relações culturais

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

• As relações de propriedade;

• A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

• A relação entre o campo e a cidade;

• Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade

1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• A formação da Europa feudal: a descentralização do Império Romano. O poder

político e jurídico dos Bárbaros; o Império Franco e a Idade Média; o Império Carolíngio e

a Igreja Católica; a formação do feudalismo e a sociedade feudal; a economia, cultura e a

ciência na Europa feudal;

• O mundo além da Europa: o modo de vida dos árabes; o nascimento e a

consolidação do Islamismo; a sociedade muçulmana; a África dos grandes reinos; Mali,

Congo, Zimbábue, Egito, e as sociedades tribais; China o império da prosperidade; a

importância do comercio e da agricultura;

• Mudanças na Europa: o crescimento do comércio e das cidades; a saúde pública, a

peste negra e as revoltas camponesas; a formação das monarquias nacionais; o saber e

as artes; as cruzadas;

• Mudanças na Arte e na Religião: a Europa na baixa idade média; o renascimento; o

humanismo; a reforma e contra-reforma.

• O Encontro entre dois mundos Europa: Comércio, Riqueza e poder, Europa nobre

e mercantil; A expansão marítima portuguesa; A expansão marítima espanhola; América:

Terra de grandes civilizações; A civilização Asteca e Inca; A conquista espanhola.

• A exploração dos impérios coloniais. A colonização espanhola na América;

atividades econômicas na Colônia; O império ultramarino português; A colonização

portuguesa na América; A Administração da América portuguesa; Os povos indígenas do

Brasil.

• O nordeste colonial: A economia açucareira; Agricultura de exportação e produção

de alimentos; A vida nos engenhos; Escravidão: captura, resistência e luta;

87

• A Expansão Colonial: A União Ibérica; O fim da União Ibérica; A conquista do

sertão; As missões jesuíticas; Crise rebeliões na colônia; A educação na colônia.

• História do Paraná: Colonização, destruição, Índios hoje, povoamento do litoral

paranaense, ocupação do oeste e sudeste e do norte do Paraná, os espanhóis no

Paraná.

• Cultura afro descendente e africanidades, preconceito, discriminação e racismo.

8º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações do Trabalho

• Relações de poder;

• Relações culturais

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

• História das relações da humanidade dom o trabalho;

• O trabalho e a vida em sociedade;

• O trabalho e as contradições da modernidade;

• Os trabalhadores e as conquistas de direitos;

1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• A Inglaterra absolutista e as treze colônias: o domínio absoluto dos reis e a

situação da Europa; a formação do absolutismo inglês e as revoluções puritanas e

gloriosa; a vida cotidiana na era absolutista, alimentação e mortalidade, teatro, etc.; a

colonização na América do Norte;

• A época do ouro no Brasil: a descoberta e a exploração do ouro; a imigração

portuguesa no Brasil; os escravos na mineração; Portugal e o ouro brasileiro; o

crescimento do mercado interno e da vida urbana;

• Revolução Industrial: características da Revolução Inglesa; o domínio inglês no

comércio mundial; do artesanato a manufatura; as cidades industriais e a vida operária;

as lutas operárias e os sindicatos; a industrialização e o crescimento das cidades no

Brasil; a exploração do trabalho infantil no Brasil;

• Revoluções na América e na Europa: A era da ilustração; o antigo regime a reação

iluminista; a independência dos EUA; a França antes e depois da revolução; a monarquia

constituinte e a crise política; nascimento da Republica.

88

• A Era de Napoleão e a Independência da América Espanhola: Napoleão Bonaparte

no Poder; O Império Napoleônico; Os americanos lutam pela liberdade; México livre; Os

indígenas na América independente;

• A Independência do Brasil e o Primeiro Reinado: O Brasil sob as regras do pacto

colonial; A crise do antigo sistema colonial; O Brasil se torna a sede do reino português; A

Independência do Brasil; O Primeiro Reinado; O Fim do Primeiro Reinado; Rio de janeiro

e a cidade da Corte.

• Revoluções agitam a Europa: A Europa das Revoluções; A unificação da Itália e da

Alemanha; Estados Unidos: A guerra da secessão; Propostas de transformação social;

Novas formas de ver o mundo; Direitos individuais e sociais.

• Brasil: da Regência ao Segundo Reinado: O período regencial (1831-1840); O fim

do período regencial; O Segundo Reinado; A expansão cafeeira no Brasil; A Abolição do

Trafico Negreiro, as leis abolicionistas, lei áurea, imigrantes no Brasil, a imigração do

branqueamento, A questão agrária no Brasil;

• Historia do Paraná: A formação da sociedade paranaense: migrantes e imigrantes,

Economia, escravidão, emancipação política do Paraná, Paraná província e república,

• Cultura afro descendentes e africanidades, preconceito racial.

9º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações do Trabalho

• Relações de poder;

• Relações culturais

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

• A constituição das instituições sociais;

• A formação do Estado;

• Sujeitos, guerras e revoluções.

1.2 - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• A era do Imperialismo: Segunda Revolução Industrial; as novas técnicas; a era dos

impérios; interesses eleitorais; missão civilizadora; o surgimento da sociedade de massa;

a expansão imperialista na África; a África e a segunda revolução industrial;

89

• A República chega ao Brasil: a questão escravista no Brasil Imperial; a República

dos Militares; as oligarquias; a guerra dos Canudos; a industrialização e o crescimento

das cidades; o movimento operário na Primeira Republica; Reforma e revoltas na capital;

• A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa: os conflitos imperialistas antes da

guerra; a guerra e seus resultados; a entrada dos Estados Unidos e o fim do conflito; o

mundo após a guerra; a revolução socialista na Rússia; a arte e a cultura na Europa dos

anos 1920;

• A crise do capitalismo e a Segunda Guerra Mundial: os anos de 1920, a crise de

1929 e o New Deal; os regimes autoritários tomam conta da Europa; uma experiência

dolorosa: Nazismo Alemão; a Segunda Guerra Mundial antecedentes; A eclosão da

guerra o avanço dos aliados; a Batalha de Stalingrado o revés da Guerra.

• A era Vargas: A Revolução de 1930 e o Governo Provisório; O governo

constitucional de Getúlio Vargas; O Estado Novo; A educação na Era Vargas; As artes

durante o estado novo; A Era do Radio; Teatro de revista no Brasil.

• O mundo bipolar: A guerra fria; Indústria cultural e esportes; O estado de bem-

estar-social; A descolonização da África; Revoluções na Ásia; O oriente médio; Revolução

na América Latina; Beatles: o poder permanente de encanto.

• Democracia e ditadura no Brasil: O Brasil depois de 1945; Os anos dourados; O

Governo João Goulart e o golpe de 1964; o fim das liberdades democráticas; Repressão e

abertura; A redemocratização e o governo Sarney.

• A nova ordem mundial: O fim da União Soviética; O fim do socialismo no Leste

Europeu; A nova ordem mundial; A globalização e seus efeitos; O planeta pede socorro;

O Brasil na nova ordem mundial; Um balanço do Brasil contemporâneo.

• História do Paraná: Revolução federalista, contestado, movimento tenentista,

Revolução de 30 e Redemocratização populista, o Paraná moderno: industrialização e

urbanização.

• O estudo da Lei 10.639/03, ensino da cultura afro-brasileira e africana, lei

11.645/08, ensino de historia dos povos indígenas do Brasil.

• Educação fiscal: Conhecimento e acompanhamento dos gastos públicos, e a

importância dos impostos na condução de um município.

FUNDAMENTOS TEÓRICO - METODOLÓGICOS

90

A abordagem teórico- metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental

parte da história local/Brasil para o mundo, considerando os contextos relativos as

histórias locais, da América Latina, da África e da Ásia.

Para que o aluno compreenda como se da à construção do conhecimento histórico

o professor deve organizar seu trabalho por meio de trabalhos com vestígios e fontes

históricas diversas, permitindo ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio

de uma consciência histórica. Trabalhar com vestígios e indispensável ir alem dos

documentos escritos, iconográficos, os registros orais, os testemunhos de histórias locais,

alem de documentos contemporâneos, como: fotografias, cinema, quadrinhos, músicas,

literaturas e informática. É necessário identificar as especificidades do uso desses

documentos, bem como entender sua utilização para superar as meras ilustrações das

aulas de Histórias.

Outro método para organizar o trabalho pedagógico bem como os conteúdos

obrigatórios de História do Paraná (Lei nº13.381/01), História e cultura Afro Brasileira,

Africanas e Indígenas ( Leis nº 10.639/03 e 11.645/08), Educação Ambiental ( Lei nº

9.795/99), é por meio da fundamentação na historiografia de forma contextualizada e

relacionadas aos conteúdos de História,e serão trabalhados através de leituras e

interpretações históricas possíveis, buscando além do livro didático a rica produção

historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas especializadas e outras voltadas

ao público geral, disponíveis também nos meio eletrônicos, tais como: vídeos, imagens,

gravuras, charges, fotografias, áudios, jornais virtuais e sites de entidades e formadores

de opinião.

É importante também problematizar o conteúdo a ser trabalhado, partindo do

pressuposto que ensinar história e construir um diálogo entre o presente e o passado, e

não reproduzir conhecimentos neutros sobre fatos que ocorreram outras sociedades e

outras épocas.

Embora a proposta pedagógica de História para o Ensino Fundamental parta das

histórias locais e do Brasil para a História Geral, não se pode impor esta relação quando

as condições históricas não permitem, ou seja, alguns conteúdos como a Revolução

Industrial, por exemplo, exige que se parta da História da Europa para a da América

portuguesa, sendo possível iniciar a abordagem por estudos comparativos, de forma a

continuar priorizando as histórias locais e do Brasil. Por fim, o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias

históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

91

AVALIAÇÃO

A avaliação dentro da disciplina de História será um processo contínuo, dinâmico,

aberto e processual. Um dos elementos do processo ensino aprendizagem que deve

privilegiar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, superando a aplicação de

provas como instrumento de medida e controle permitindo assim, ao educando ir do

senso comum para um conhecimento bem elaborado, que vai mapeando os processos e

dificuldades dos alunos, de modo a contribuir com acesso ao conhecimento.

Cabe ao professor estabelecer mecanismos de acompanhamento constante e

imediato e apropriado do conhecimento, a compreensão da realidade que vive a partir de

relações que consegue estabelecer com o passado e a proposição de superação das

condições existentes em direção a uma sociedade mais justa e humana.

As práticas avaliativas devem guardar coerência com os objetivos, os temas

metodologias, apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos

estruturantes e específicos. E necessário discutir os limites, identificar compreendendo a

aprendizagem dos alunos, na observação, leitura, atividade em grupo, confecção de

murais, exposições, relatórios, teatros, entrevistas, sistematização de conceitos históricos,

esforço pessoal, prova escrita, oral e autoavaliação entre outros. Não revela

simplesmente as conquistas pessoais dos jovens ou do grupo de estudantes. Ela

possibilita ao professor problematizar o seu trabalho, discernindo quando e como intervir e

quais as situações de ensino-aprendizagem mais significativas.

Portanto, a avaliação diagnostica favorece a reflexão sobre as praticas

pedagógicas, o repensar, replanejar, a redefinição e revisão de suas praticas

pedagógicas.

A recuperação de estudo segundo a deliberação 007/99 – CEE oportunizará ao

aluno ser avaliado de acordo com o seu desempenho em diferentes situações de

aprendizagens, utilizando técnicas e instrumentos diversificados, como: atividades

contínuas, permanentes e cumulativas obtidas durante o aproveitamento escolar tomado

na sua melhor forma.

REFERÊNCIAS

92

• HOBSBAWM. E. Sobre história. São Paulo: companhia das letras, 1998.

• PILETI, Nelson Claudino. História & Vida. E. Ática. São Paulo, 1a edição 2004;

• SANTOS, Maria Januario Vilela. História do Brasil. Volume 02, 18a edição, São Paulo;

• PETTA, Nicolina Luiza de; Eduardo Baez Ojeda. Coleção Base: História: Uma abordagem integrada; volume único. 1a edição. São Paulo: Moderna 1999;

• MOCELLIN, Renato. Para compreender a história. Coleção Conhecimento. Curitiba, 1a edição 2004;

• SCHMIDT, Maria Auxiliadora M.S. História do Cotidiano Paranaense/ Orientação de Pesquisa e Texto Final. Curitiba. Letravina, 1996;

• MADALIN, Sergio Odilon. Ocupação do território, população e migração/SergioOdilon Madalin. Curitiba: SEED, 2001. (Coleção do Paraná);

• TUMA, Magda Madalena Peruzin. Viver e descobrir. História e Geografia do Paraná. Editora FTD, 1992;

• WACHOWICZ, Ruy. História do Paraná. 10a edição. Curitiba. Imprensa Oficial do Paraná. 2002;

• DUQUE ESTRADA, Joaquim Osório. A abolição. Brasília: Senado Federal, 2005. 236p.(Edições do Senado Federal, v. 39).

• SILVA, Ana Célia et. al. Educação, Racismo, Anti-racismo. Novos Tempos, 2002.

• Apostilas e Textos referentes a Cultura Africana e Afro Brasileira. PARANÁ

• Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes curriculares de História para o ensino fundamental. Curitiba, 2008.

• Lei 10.639 de janeiro de 2003.

• Lei 11.645 de marco de 2008.

• Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais

voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na

definição de seu Projeto Político-Pedagógico.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LEM

93

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de Línguas Estrangeiras Modernas no Brasil sempre teve uma

preocupação ligada aos interesses da sociedade de acordo com sua época e

necessidades políticas, comerciais ou religiosas.

A Língua Inglesa sempre teve espaço garantido nos currículos oficiais por ser o

idioma mais usado nas transações comerciais e a dependência econômica do Brasil em

relação aos Estados Unidos se acentuou durante e após a Segunda Guerra Mundial, com

isso intensificou-se a necessidade de aprender inglês.

A partir da valorização da Língua Estrangeira Moderna, nas escolas surgiram

muitos métodos como o audio-oral, audiovisual e através desses métodos, a língua

passou a ser vista como um conjunto de hábitos necessários para aprendizagem e

formação do cidadão.

O reconhecimento da diversidade de idiomas também ocorreu na Universidade do

Paraná. Esse fato estimulou a demanda de professores de Línguas, criando centro de

Línguas Estrangeiras, levando ao método de ensino uma abordagem comunicativa.

Atualmente a abordagem utilizada é a Discursiva, que trata dos gêneros textuais de forma

contextualizada. Nesse aspecto, o professor deixa de ser o centro do ensino e passa a

condição de mediador do processo pedagógico, levando assim a função das Línguas

Estrangeiras como um ensino que contribua para reduzir as desigualdades sociais.

O ensino da LEM aparece como elemento vital para a formação de um indivíduo

inserido nas relações políticas, não apenas mundiais, mas também locais; o entendimento

de si mesmo enquanto pessoa que constrói significados a partir das formações

discursivas com que se depara e significativamente ampliados quando se conhece mais

de uma língua. Só se pode perceber a si mesmo quando existe o confronto com o outro,

só conseguimos entender nossa individualidade quando percebemos a individualidade do

outro.

Tendo em vista o papel que representa na construção da globalização, a língua

inglesa é um instrumento essencial para compreender e atuar perante o novo capitalismo,

inclusive para ter acesso a modos contemporâneos de produção de conhecimento, ao

mesmo tempo em que se compreende como os discursos veiculados nessa língua dão

acesso à multiplicidade da vida humana em outras partes do mundo, onde podemos

reconstruir práticas sociais. Esta disciplina propicia a relação entre língua e sociedade,

94

propicia também a formação dos alunos como cidadãos, tornando-os agentes autônomos,

críticos e transformadores.

Conhecer uma nova língua hoje é, portanto, condição para que possa sentir-se

inserido na realidade e dela participar ativamente.

OBJETIVOS GERAIS

Oportunizar aos alunos a aprendizagem da disciplina em uma sociedade

globalizada, em que o contato com diferentes culturas e línguas cada vez mais se

intensifica através dos meios de comunicação e da tecnologia, entre outros, o ensino-

aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna assume um papel fundamental.

Desta forma, tem sido também crescente o interesse pelo conhecimento das

Línguas Estrangeiras Modernas, sendo hoje uma forte tendência que o processo de

aprendizagem inicie cada vez mais cedo, oportunizando assim, ao aluno a compreensão

e produção de enunciados na Língua Estrangeira, possibilitando a competência

discursiva, propiciando reflexões sobre a língua materna, diferenças culturais, valores de

cidadania e identidade.

Conceber a língua como discurso, permite aos alunos agir como integrantes de

uma sociedade e participantes ativo do mundo, aprendendo a dar significados para

entender melhor a realidade.

Assim reconstruindo sua identidade como agente social, sempre respeitando sua

cultura que traz para escola, expandindo sua capacidade interpretativa e cognitiva.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• DISCURSO COM AS PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, LEITURA E

ESCRITA.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

LEITURA:

• Tema do texto;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

95

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital das palavras;

• Marcas linguísticas;

• Função das classes gramaticais no texto;

• Pontuação;

• Recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito).

ESCRITA:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero

• Marcas linguísticas: coesão, coerência;

• Função das classes gramaticais no texto;

• Pontuação;

• Recursos gráficos;

• Ortografia.

ORALIDADE:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas e gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7º ANO

LEITURA:

• Tema do texto;

96

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Discurso direto indireto;

• Elementos composicionais do texto;

• Repetição proposital de palavras

ESCRITA:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas;

• Classes gramaticais;

• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Acentuação gráfica;

• Ortografia

ORALIDADE:

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas.

8º ANO

LEITURA, ESCRITA:

• Conteúdo temático;

97

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do texto;

• Marcas linguísticas:

• Coesão e Coerência;

• Função das classes gramaticais;

• Pontuação;

• Semântica;

• Operadores argumentativos;

• Ambiguidade;

• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto

ESCRITA:

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto;

• Pontuação;

• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Ambiguidade;

98

• Significado das palavras;

• Figuras de linguagem;

• Sentido conotativo e denotativo;

• Expressões que denotam ironia e humor.

ORALIDADE:

• Conteúdo temático

• Finalidade;

• Aceitabilidade;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões: facial, corporal e gestual,

pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO

LEITURA:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo do texto;

99

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto;

• Pontuação;

• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Figuras de linguagem;

• Léxico;

ESCRITA:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo do texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elemento do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência;

• Função das classes gramaticais no texto;

• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

100

ORALIDADE:

• Conteúdo temático;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Em todos os anos serão contemplados conteúdos referentes a:

• Relações Étnico-Raciais;

• Sexualidade;

• Prevenção ao uso indevido de drogas;

• Violência na escola;

• História e Cultura Afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros;

• Educação Ambiental.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A visão de ensino de língua que orienta esta proposta enfatiza a interação entre

desenvolvimento e aprendizagem dos alunos na educação do campo. Esta interação se

dá por meio da linguagem entre indivíduos socialmente organizados, através de

enunciações vinculadas a realidade do campo.

101

E necessário considerar os princípios pedagógicos. Nesse processo de ensino-

aprendizagem, o trabalho com a Língua Estrangeira deve estar centrado nos diferentes

gêneros textuais, sendo fundamental que esses textos sejam significativos para os

alunos, direcionando para o mundo do trabalho, desenvolvimento social justo e

ecologicamente sustentável. O estudo desses textos deve ainda considerar a organização

discursiva e aspectos textuais relevantes. E importante destacar, também, que esses

textos não devem ser estranhos para o aluno na sua língua materna.

A metodologia de ensino da Língua Estrangeira Moderna proporciona a

aprendizagem, visto que estas experiências de aprendizagem decorrem do contexto real

do aluno. É importante trabalhar a partir de temas referentes a questões sociais

emergentes, valorizando o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos, por

meio de discussões, formulação de hipóteses, problematizações, construção de

expectativas, o mesmo deve ser instigado a buscar respostas e soluções aos seus

questionamentos, necessidades e anseios relacionados a aprendizagem.

Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, o professor

poderá trabalhar itens como: gênero, aspecto cultural do campo e também mundial,

variedade linguística e análise linguística.

Diante desta perspectiva os alunos deverão ser envolvidos em tarefas

diversificadas que exijam negociação de significados, privilegiando uma ou mais

habilidades linguísticas (ler, falar, ouvir e escrever). É preciso também levar em conta que

as escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos presentes nas escolas do

campo, do professor e do contexto social.

FUNDAMENTOS TEÓRICO - METODOLÓGICOS

Os conteúdos poderão ser retomados em todos os anos, porém em graus de

profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.

Desta maneira as atividades serão desenvolvidas a partir de textos, envolvendo

práticas e conhecimentos sociais e culturais dos alunos do campo, proporcionando

condições para assumir uma atitude crítica e transformadora no campo com os discursos

apresentados como gênero, aspecto cultural, inter-discurso, variedade linguística e

atividades de pesquisa, discussão e produção de texto.

102

Em relação ao ensino de gramática, a língua deve ser concebida como uma

estrutura inflexível e invariável, valorizando a palavra, a frase e o período, trabalhando de

preferência os exercícios estruturais e correção.

Quanto a pratica de análise linguística, a língua deve ser inter-locutiva e situada,

sujeita as interferências dos falantes, privilegiando o texto com questões abertas e

atividades de pesquisa.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna objetiva-se

favorecer o processo ensino-aprendizagem, propiciando que o aluno tenha uma dimensão

do ponto em que se encontra o percurso pedagógico.

A participação dos alunos no decorrer da aprendizagem, a negociação sobre o que

seria mais representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas

vencidas, colaboram com o trabalho docente, assim considerando o nível de

aprendizagem e a maneira como chegar ate ele.

Pretende-se formar um leitor critico, sendo capaz de produzir sentidos na leitura

dos textos, tais como: inferir, problematizar a respeito da organização textual, perceber a

intencionalidade, sempre subsidiando discussões acerca das dificuldades e avanços dos

alunos, valorizando suas produções e analisados tanto pelo professor quanto pelo aluno.

A avaliação deve estar sempre voltada para um entendimento reflexivo,

(diagnóstico) levando o aluno a ser um cidadão crítico, consciente, criativo, solidário e

autônomo, e o reconhecimento da aprendizagem da Língua Estrangeira, não apenas

escolar, mas por toda a comunidade em relação ao currículo, assumindo assim uma

dimensão formadora no campo. Epera-se diversidade nos formatos de avaliação,

constituindo assim um instrumento facilitador na busca de orientações pedagógicas,

subsidiando discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de

suas produções, no processo de ensino e aprendizagem, sendo somativa.

A recuperação de estudos deve acontecer em todos os momentos em que for

necessário retomar os conteúdos, modificando os encaminhamentos metodológicos e

reavaliando para alterações das notas.

103

Serão instrumentos de avaliação: produção de textos, leitura e interpretação de

textos, testes escritos, trabalhos individuais e em grupos, atividades realizadas em sala de

aula e auto avaliação.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Dirce Guedes; GOMES, Ayrton de Azevedo – Blow Up;

ROCHA, Analuiza Machado; FERRARI,Zuleica Agueda – Take Your Time;

CUDER, Ana Maria Cristina – Teens;

TOTIS, Veronica Pakrauskas; SAKURAGUI,Shiniti; SPEEDEN,John Andrew – Nice To Meet You.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares – Língua Estrangeira Moderna/2008.

VASCONCELOS, Celso dos A. Algumas observações sobre a mudança na prática da avaliação. Revista de Educação AEC. Brasília, n. 94, p. 87-97, jan. Mar. 1995.

BRASIL. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes curriculares para a Educação das Relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2004.

Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa, no Brasil, iniciou-se

com a educação jesuítica. Com ela, as primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao

ensino de latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais

prolongada. O ensino de Língua Portuguesa limitava-se as escolas de ler e escrever,

mantidas pelos jesuítas.

Em 1758, um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma

oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. Somente nas últimas décadas do século

104

XIX, esta disciplina passou a integrar os currículos escolares brasileiro. O ensino era

fragmentado. Estudava-se gramática, Retórica e Poética.

Ao final do século XIX, a escola se abria as camadas cada vez maiores da

população. O ensino de português tratava de prover uma determinada classe de uma

língua que era considerada a “boa língua”.

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871 quando foi

criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

Até meados do século XX, com relação à literatura, o principal instrumento do

trabalho pedagógico eram as antologias literárias. A leitura do texto literário, no ensino

primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua com base em exercícios

gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos.

Na época da ditadura militar, a leitura literária era compreendida como subversiva,

pois levava o sujeito a reflexão e a compreensão de si mesmo e do mundo.

Nos anos 80, com a consolidação da abertura política resultou em pesquisas que

fortaleceram a pedagogia histórico-crítica vendo a educação como mediação da prática

social. Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia revelou-se nos estudos

linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas.

Autores como Wanderley Geraldi, Carlos Alberto Faraco, Percival Leme Britto, Sirio

Possenti dialogam com os professores, mobilizando-os para a discussão e o repensar

sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas

de aula.

O Currículo Básico de 1990, de Língua Portuguesa, orientava os professores a um

trabalho de sala de aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino

tradicionalista e os PCNs, do final da década de 1990, também fundamentaram a

proposta da disciplina de Língua Portuguesa na concepção integracionista.

Atualmente, as DCEs orientam-nos para uma proposta que dá ênfase a língua viva,

dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Se o

trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao

ingressar na escola, desta forma, os conteúdos da Proposta Curricular desta escola estão

vinculados à realidade local, garantindo a relação entre o acesso aos conhecimentos

historicamente acumulados e os saberes da vivência cotidiana e estão contemplados os

saberes da História, da Cultura e da realidade do campo (SEED/PR., 2008), a partir disso,

inclui-se os saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos

105

para os multi-letramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento

das aptidões linguísticas dos estudantes.

A concepção de Língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias,

acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante de

Língua Portuguesa e Literatura é o discurso enquanto prática social (leitura, escrita e

oralidade). Considere-se, ainda, a perspectiva do multi-letramento nas práticas a serem

adotadas nesta disciplina, tendo em vista o papel de suporte para todo o conhecimento

exercido pela língua materna.

Sendo assim, a ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se na

interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a

expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos

diferentes contextos e situações. O ensino de Língua Portuguesa, portanto, torna-se a

âncora de outras disciplinas, pois melhora as competências comunicativas do educando,

ampliando seu domínio de uso de todas as linguagens.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua

Portuguesa, busca:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso; saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor; reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano;

propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie

seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e

da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso as

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao

aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-

se também, da norma padrão.

106

CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Discurso como pratica social

1.1- CONTEÚDOS BÁSICOS

1.1.1- Gêneros textuais ou discursivos

a) Leitura:

• Tema;

• Interpretação textual (conteúdo temático, interlocutores, fonte, intertextualidade,

informalidade, intencionalidade, marcas linguísticas);

• Argumento principal e secundário;

• Inferências.

b) Oralidade:

• Adequação ao gênero;

• Conteúdo temático;

• Elementos composicionais;

• Marcas linguísticas;

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Locutor e interlocutor: participação e cooperação;

• Particularidades de pronúncia;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas e gestos.

C) Escrita:

• Adequação ao gênero;

• Conteúdo temático;

• Elementos composicionais;

• Marcas linguísticas;

• Argumentação;

• Paragrafação;

• Clareza de ideias;

• Refacção textual.

D) Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

107

• Coesão e coerência de texto;

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

• Adjetivo, advérbio, pronome, artigo e outras categorias como elementos textuais;

• Pontuação;

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, etc.;

• Acentuação gráfica;

• Processo de formação de palavras;

• Gírias;

• Algumas figuras de pensamento (prosopopeia, ironia,...);

• Procedimentos de concordância verbal e nominal;

• Particularidades de grafia de algumas palavras.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Discurso como pratica social

1.1 – CONTEÚDOS BÁSICOS

1.1.1 – Gêneros textuais ou discursivos

A) Leitura:

• Interpretação textual (conteúdo veiculado, interlocutores, fonte, ideologia, papéis

sociais representados, intencionalidade, intertextualidade);

• Argumento principal e secundário;

• As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) em registro formal e informal.

B) Oralidade:

• Unidade temática;

• Procedimentos e marcas linguísticas típicas de conversação (entonação,

repetições, pausas, etc.);

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto;

• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras.

C) Escrita:

• Unidade temática;

108

• Adequação ao gênero: elementos composicionais e formais, marcas linguísticas,

linguagem formal e informal;

• Argumentação;

• Coerência e coesão;

• Organização de ideias, parágrafos;

• Finalidade do texto;

• Refacção textual.

D) Análise linguística:

• Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no

texto;

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

• Pontuação;

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen;

• Acentuação gráfica;

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

• A representação do sujeito no texto (expressivo, elíptico, determinado,

indeterminado, ativo/passivo);

• Neologismo;

• Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese);

• Concordância verbal e nominal;

• Particularidades de grafia de algumas palavras

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Discurso como pratica social

1.1 – CONTEUDOS BASICOS

1.1.1 – Gêneros textuais ou discursivos

A) Leitura:

• Interpretação textual;

• Conteúdo temático;

• Interlocutores;

109

• Fonte;

• Ideologia;

• Intencionalidade;

• Informalidade;

• Marcas linguísticas;

• Argumento principal e secundário;

• Vozes sociais;

• Linguagem não-verbal; midiático, infográficos, etc.;

• Relações dialógicas entre textos.

B) Oralidade:

• Adequação ao gênero;

• Conteúdo temático;

• Elementos composicionais;

• Marcas linguísticas;

• Coerência global do discurso oral;

• Variedades linguísticas;

• Papel do locutor e interlocutor: participação e cooperação, turnos de falas;

• Particularidades dos textos orais;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

• Finalidade do texto oral.

C) Escrita:

• Conteúdo temático;

• Elementos composicionais;

• Marcas linguísticas;

• Argumentação;

• Coerência e coesão textual;

• Paráfrase de textos;

• Paragrafação;

• Refacção textual;

D) Análise linguística perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;

110

• Conotação e denotação;

• A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos,...);

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto;

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, hífen;

• Acentuação gráfica;

• Figuras de linguagem;

• Concordância verbal e nominal;

• Elipse na sequência do texto;

• Estrangeirismo;

• Irregularidades e regularidades da conjugação verbal;

• Função do advérbio: modificador e circunstanciador;

• Complementação do verbo e de outras palavras.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

• Discurso como pratica social

1.1 – CONTEÚDO BÁSICO

1.1.1 – Gêneros textuais ou discursivos

A) Leitura:

• Interpretação textual;

• Conteúdo veiculado;

• Interlocutores;

• Fonte;

• Intencionalidade;

• Intertextualidade;

• Ideologia;

• Argumento principal e secundário;

• Finalidade do texto;

111

• Informações implícitas em textos;

• As vozes sociais presentes no texto;

• Estética do texto literário.

B) Oralidade:

• Unidade temática;

• Variedades linguísticas;

• Intencionalidade do texto oral;

• Argumentação;

• O papel do locutor e interlocutor: turnos de fala;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

C)Escrita:

• Unidade temática;

• Adequação ao gênero: elementos composicionais e formais marcas linguísticas;

• Argumentação;

• Resumo de textos;

• Coerência e coesão textual;

• Paragrafação;

• Paráfrase;

• Intertextualidade;

• Refacção textual;

D) Análise linguística:

• Conotação e denotação;

• Vícios de linguagem;

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

• Expressões modalizadoras;

• Semântica;

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos de texto;

• Recursos gráficos: aspas, hífen, negrito, travessão, itálico;

• Acentuação gráfica;

112

• Estrangeirismo, neologismo, gírias;

• Procedimentos de concordância verbal e nominal;

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

• A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

• Coordenação e subordinação nas orações do texto

EDUCAÇÃO DO CAMPO

EIXOS

• Cultura e Identidade;

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA, INDÍGENA E DO CAMPO

• Estudo e pesquisas de países que falam a língua portuguesa;

• Influência da cultura africana na cultura nacional;

• Debates e produção de textos sobre os temas:

• O racismo no Brasil;

• A presença do negro na mídia;

• Políticas afirmativas;

• Mercado de trabalho,

• Questões agrárias, etc;

• Análise de implicações da carga pejorativa atribuída ao termo negro e outras

expressões;

• Estudo de obras literárias de escritores negros como Cruz e Souza, Lima Barreto,

Machado de Assis, Solano Trindade, etc., destacando a contribuição do povo negro a

cultura nacional;

• Pesquisa sobre a imprensa negra no inicio da década de 1920;

• Textos e letras de musicas relacionadas a questão social, desenvolvimento social

justo e ecologicamente sustentável, destacando a cultura do campo, movimentos sociais,

a pobreza, desigualdade social, lutas camponesas, políticas públicas para o campo, etc;

• Produção de poemas relacionados ao povo afro-descendente e camponeses e sua

cultura;

• Estudo de obras literárias que discutam, abordem questões relacionadas à cultura

afro-brasileira: Macunaíma, Mario de Andrade; Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre;

113

O Escravo, Castro Alves; Sermões do Pe. Antonio Vieira; A cidade de Deus, Paulo Lins;

O mulato, Aluisio Azevedo; O bom crioulo, Adolfo Caminha;

• Análise de pinturas - Di Cavalcanti, Lazar Segall e Candido Portinari que retratam

a figura do negro e de Candido Potinari, Jean-François Millet e Vicent Van Gogh que

retratam figura de camponeses;

• Os diversos aspectos da história da cultura que caracterizaram a formação da

população brasileira com ênfase na formação da cultura do campo, os aspectos sociais,

políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia;

• O estudo da história dos povos indígenas no Brasil;

• A cultura indígena brasileira e o índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes a

história do Brasil.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

• A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação

nacional e também estará presente na educação do campo, de forma interdisciplinar,

integrada, contínua e permanente nesta disciplina, em caráter formal e não formal,

visando manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que

propiciem a atuação individual e coletiva voltada à preservação, à identificação e à

solução de problemas ambientais, à responsabilidade e sustentabilidade.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os processos de ensino e de aprendizagem da Língua Portuguesa devem pautar-

se numa relação dialogal, participativa, dinâmica, atendendo a uma proposta de

construção de conhecimento a partir de uma realidade significativa. Desta forma, a

concepção metodológica assumida é a sociointeracionista, que considera que a língua só

existe em situações de interação. Para o trabalho com a literatura, será utilizada a estética

da recepção e a sequência didática como eixo do ensino da escrita. A Língua Portuguesa,

no Ensino Fundamental, visa o trabalho com a linguagem e deve ser organizada em suas

práticas discursivas:

114

Prática da oralidade – considerar a língua em sua perspectiva histórica e social:

compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como ponto

de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os

incentivem a falar, ainda que “do seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de

linguagem que eles empregam em suas interações familiares, no cotidiano, sendo através

de entrevistas, debates, relatos de excursões e da vida no campo, dramatizações, etc

Prática da leitura – assimilar o que o mundo transmite: O processo de ler visa à

construção do significado do texto, pelo esforço de interpretação do leitor, com base não

só no que está escrito, mas também no conhecimento que traz para o texto. As aulas de

Língua Portuguesa devem seguir uma metodologia que promova o contato do aluno com

os mais diversos tipos de textos para formar leitores não só de obras literárias, mas

leitores do mundo, do cotidiano. Por isso, a partir da realidade diagnosticada do nível de

leitura dos alunos, a cada período letivo, será feita uma proposta de leitura,

desenvolvendo métodos de leitura como o Recepcional, visando a ampliação do horizonte

de leitura.

Prática da escrita – transmitir para o mundo: Ler o mundo e expressar-se para o

mundo é o objeto desta disciplina; é preciso, para tanto, promover um processo dialético

de análise e síntese da realidade, passando pela discussão das ideias que o aluno já traz

consigo e pela pesquisa de outras ideias trazidas pelas mais variadas fontes; e,

finalmente, sob orientação direta do professor, praticar a reestruturação de texto,

aprendendo que o que se produz é para o outro, ou seja, produzir textos – orais ou

escritos – é algo que alcança seu êxito quando há a compreensão do outro. Sequência

didática será utilizada como eixo do ensino da escrita;

Prática de reflexão e análise linguística – ferramentas para assimilar o que o

mundo transmite e transmitir para o mundo: Tanto as atividades orais, quanto as escritas,

possibilitam ao aluno uma análise da língua, aqui não se fala em decorar regras

gramaticais, mas, sim, em conhecer, analisar e discutir o seu uso social e efetivo. Tais

conteúdos gramaticais estarão sempre presentes no texto, tanto para análise quanto para

aplicação.

AVALIAÇÃO

Oralidade

115

Será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. As exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve

ser considerado numa análise da produção oral: Seminário, debate, troca informal de

ideias, entrevista, relato de história.

Será verificada a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que

apresenta ao defender seus pontos de vista.

O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais

convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias

falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.

Leitura

As estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido, o

sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência

entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a

identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das

informações explícitas e implícitas, o argumento principal, entre outros, serão avaliados.

Os conhecimentos prévios são de suma importância, além da compreensão do

significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; as inferências corretas; o

reconhecimento do gênero e o suporte textual. Também é preciso avaliar a capacidade de

se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.

As diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos são

considerados, avaliando assim, a ampliação do horizonte de expectativas. Serão

propostas questões abertas, discussões, debates e outras atividades que permitam

avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

Escrita

O texto do aluno será visto como uma fase do processo de produção, e não como

produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua

produção e o resultado dessa ação. E a partir daí que o texto escrito será avaliado nos

seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a

adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem esta de acordo com o

contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual,

a organização dos parágrafos.

O aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto

de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a

116

intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de

cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.

Análise Linguística

No texto – oral e escrito – a língua se manifesta em todos os seus aspectos

discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos

linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática

reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior

do texto.

Dessa forma, o professor poderá avaliar o uso da linguagem formal e informal, a

ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos

linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores

argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do

texto: causa, tempo, comparação. Entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-

los em outras operações linguísticas.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e

refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o

aperfeiçoamento linguístico constante.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

MODALIDADES DE AVALIAÇÃO

• Diagnostica

• Formativa

• Somativa

A avaliação somativa de final do semestre resulta da seguinte ponderação:

DOMÍNIO COGNITIVO

Compreensão do oral:

• Capacidade de prestar atenção a discursos de pequena/media extensão em

gêneros formais e públicos do oral.

Expressão oral

117

• Capacidade de desempenhar de uma forma cooperativa o papel de locutor em

situações diversificadas;

• Capacidade de formatação de discursos de complexidade crescente;

• Adequação da expressão oral a contextos formais e informais

Leitura

• Capacidade de usar a leitura como forma de aprendizagem;

• Capacidade de ler com regularidade;

• Eficácia na seleção das estratégias de leitura;

• Capacidade para apreciar textos literários

Expressão escrita:

• Desenvoltura no ato da escrita;

• Capacidade para produzir textos com diferentes objetivos comunicativos,

adequados a situação e ao destinatário;

• Domínio de técnicas fundamentais da escrita compositiva.

Conhecimento explícito

• Conhecimento da estrutura e do uso do português padrão.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

• Textos escritos (objetivos e dissertativos)

• Leitura e interpretação de textos;

• Produção de textos;

• Debates e discussões;

• Trabalho individual ou em grupo, escritos ou expositivos;

• Atividades realizadas em sala de aula.

PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Conforme previsto no Projeto Político Pedagógico, para a superação das

dificuldades apresentadas, a revisão de conteúdos será realizada através de atividades

diversificadas como: aula do erro, reforçando as deficiências diagnosticadas, leitura e

trabalho extraclasse, e outras, isto, paralelamente aos estudos, no decorrer do período

118

letivo, havendo reavaliação em cada conteúdo retomado e alterando as notas dos alunos

quando necessário.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Vera T. de; BORDINI, Maria da Gloria. Literatura: a formação do leitor – alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

BAGNO, Marcos. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo:Parábola, 2003.

BECHARA, Ivanildo. Ensino de gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo:Ática, 1991.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. 3. ed. Brasília: Secretaria da Educação Fundamental, 2001.

PARANA. Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes curriculares de língua portuguesa para o ensino fundamental. Curitiba, 2008.PARANÁ. Carta do Paraná para a Educação do Campo. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Curitiba: 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Educação do Campo. Secretaria de Estado da Educação – SEED.Curitiba: 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Educação do Campo: Cadernos Temáticos, Curitiba: SEED, 2005

Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.

VASCONCELOS, Celso dos A. Algumas observações sobre a mudança na prática da avaliação. Revista de Educação AEC. Brasília, n. 94, p. 87-97, jan. Mar. 1995.

BRASIL. Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Diretrizes curriculares para a Educação das Relações étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, 2004.

Caderno Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro;

Lei N. o 11.645, de 10 de marco de 2008.

Lei N. o 9.795, de 27 de abril de 1999.

119

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Ao longo da caminhada do processo de ensino e aprendizagem, a disciplina de

matemática tem sofrido várias mudanças revelando o reflexo de cada momento histórico,

no decorrer, vem incorporando experiências de várias modalidades, dentre as quais a

profunda marca do Positivismo, que no campo do ensino privilegiava a memorização e a

enumeração de fatos e dados, sem se preocupar com a correlação entre eles. Hoje,

diante da globalização e da necessidade de desafios do mundo contemporâneo, a

proposta é trabalhar de forma com que os alunos possam conviver em meio a

complexidade existente, numa prática interligada, em busca da superação da

fragmentação, reforçando o estreitamento da relação entre a teoria e prática. Nesse

contexto, servindo de ponte entre a ciência da natureza e da sociedade, a matemática

pode ser um rico palco para a realização da prática interdisciplinar contextualizada.

A matemática, portanto, faz parte da vida e pode ser aprendida de uma maneira

dinâmica, desafiante e divertida.

Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber contar, comparar, medir,

calcular, resolver problemas, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas e

organizar, analisar e interpretar criticamente as informações. A matemática faz parte da

vida e é uma ferramenta para o aluno interpretar e transformar o mundo em que vive.

Com a Matemática pretende-se que o aluno desenvolva o seu sentido crítico e a sua

autonomia, que tenha oportunidade de viver experiências de aprendizagem adequadas e

significativas.

Através do conhecimento matemático, o homem quantifica, geometriza, mede e

organiza informações. Neste contexto fica impossível não reconhecer o valor educativo da

matemática, ciência indispensável para resolução e compreensão de diversas situações

do cotidiano. Sistematizar o conhecimento matemático e papel da escola, junto com as

outras áreas do conhecimento, esta ciência ajuda o homem a pensar e rever a história

para compreender o presente e pensar no futuro.

O homem do século XXI esta cercado da mais alta tecnologia, o que lhe exige

respostas rápidas e precisas a desafios e situações problemas. É inegável a importância

120

da matemática em outras áreas do conhecimento e seu papel na estruturação do

pensamento e unificação do conhecimento em uma linguagem universal.

A matemática sem duvida é a ciência, que melhor permite analisar o trabalho da

mente e desenvolver um raciocínio aplicável ao estudo de qualquer assunto ou temática.

O objetivo da disciplina é proporcionar ao estudante o domínio dos conceitos

básicos de matemática, buscando também habilitá-lo para aplicar os conceitos adquiridos

em seu cotidiano, estimulando-o à curiosidade e a criatividade para a construção de

novas ideias, levando-o a desenvolver uma consciência crítica para sua formação pessoal

e futuramente profissional.

A matemática tem contribuído muito em diversas atividades humanas,

principalmente com relação ao mundo capitalista em que vivemos e ao comércio de vários

produtos tanto na cidade quanto no campo.

Os conteúdos obrigatórios de Educação do Campo serão trabalhados de acordo

com as necessidades cotidianas do aluno e os conteúdos da disciplina.

CONTEÚDOS

6º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Números e Álgebra

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Sistema de numeração

- Números naturais

- Múltiplos e divisores

- Potenciação e radiciação

- Números fracionários

- Números decimais

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Grandezas e Medidas

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Medidas de comprimento

- Medidas de massa

- Medidas de área

121

- Medidas de volume

- Medidas de tempo

- Medidas de ângulos

- Sistema Monetário

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Geometrias

3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Geometria Plana

- Geometria Espacial

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Tratamento da Informação

4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Dados, tabelas e gráficos

- Porcentagem

7º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Números e Álgebra

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Números inteiros

- Números racionais

- Equação e Inequação do 1º grau

- Razão e proporção

- Regra de três simples

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Grandezas e Medidas

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Medidas de temperatura

- Medidas de ângulos

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Geometrias

3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Geometria Plana

- Geometria Espacial

122

- Geometrias não-euclidianas

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Tratamento da Informação

4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Pesquisa Estatística

- Média Aritmética

- Moda e mediana

- Juros simples

8º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Números e Álgebra

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Números Racionais e Irracionais

- Sistemas de equações do 1º grau

- Potências

- Monômios e Polinômios

- Produtos Notáveis

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Grandezas e Medidas

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Medidas de comprimento

- Medidas de área

- Medidas de volume

- Medidas de ângulos

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Geometrias

3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Geometria Plana

- Geometria Espacial

- Geometria Analítica

- Geometrias não-euclidianas

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Tratamento da Informação

123

4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Gráfico e Informação

- População e amostra

9º ANO

1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Números e Álgebra

1.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Números Reais

- Propriedades dos radicais

- Equação do 2º grau

- Teorema de Pitágoras

- Equações Irracionais

- Equações Biquadradas

- Regra de Três Composta

2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Grandezas e Medidas

2.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo

- Trigonometria no Triângulo Retângulo

3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Funções

3.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Noção intuitiva de Função Afim

- Noção intuitiva de Função Quadrática

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Geometrias

4.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Geometria Plana

- Geometria Espacial

- Geometria Analítica

- Geometrias não-euclidianas

5 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Tratamento da Informação

124

5.1 - CONTEÚDOS BÁSICOS

- Noções de Análises Combinatória

- Noções de Probabilidade

- Estatística

- Juros Compostos

METODOLOGIA

Na disciplina de Matemática, o professor devera utilizar-se de aulas expositivas e

dialógicas bem como de outras atividades que envolvam análise, discussão e

investigação, individual ou em grupo, abordando no momento necessário as tendências

da Educação Matemática: resolução de problemas, etnomatemática, modelagem

matemática, mídias tecnológicas e história da matemática, orientando os alunos a

curiosidade, a resolução de exercícios, a resolução de problemas, a pesquisa, a

independência, a valorização da disciplina, encorajando-os como produtores de seu

próprio conhecimento. A metodologia priorizara um papel ativo do aluno como: Leitura de

textos matemáticos, estudos dirigidos, trabalhos em grupo, recursos didáticos de caráter

lúdico como jogos, exposições, murais de problemas e curiosidades matemáticas,

recursos computacionais e tecnológicos.

As atividades deverão favorecer a confrontação e a reflexão sobre experiências

matemáticas dando oportunidades aos alunos na construção de conceitos e

procedimentos que lhes permitam dar significados a sua aprendizagem em Matemática.

Considerar a Etnomatemática e reconhecer e registrar questões de relevância social que

produzem o conhecimento matemático. Problematizar situações do cotidiano através da

Modelagem Matemática propõe a valorização do aluno no contexto social onde o mesmo

é convidado a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações oriundas de

outras áreas da realidade. Utilizar os Recursos Tecnológicos e ampliar as possibilidades

de observação e investigação através das experimentações, potencializando formas de

resolução de problemas. Enfim, elaborar problemas, partindo da História da Matemática, e

oportunizar ao aluno compreender a evolução do conceito através dos tempos.

Sendo assim, a contextualização e a interdisciplinaridade deverão estar presentes

no cotidiano das aulas através da teoria e prática, na inserção da abordagem de um tema

bem como na tomada de situações-problemas existentes no cotidiano escolar,

despertando o aluno, a compreensão da realidade. O potencial de um tema permitira

125

conexões entre diversos conceitos matemáticos e entre diferentes formas do pensamento

matemático, ou ainda, a relevância cultural de um tema e a demonstração de suas

aplicações norteará a importância histórica no desenvolvimento da própria ciência, de

outras áreas do conhecimento e do mundo atual.

O olhar que se voltará para os conteúdos estruturantes e específicos deverá ser

articulado entre os conhecimentos presentes e a aquisição dos novos na medida em que

os conceitos poderão ser tratados em diferentes momentos cabendo a retomada ou o

aprofundamento de acordo com a situação existente.

Serão consideradas as diferenças individuais dos alunos na construção do

conhecimento matemático. Para tanto, estimulo nos processos de discussão e

confrontações de ideias serão feitas através de Estudos em Grupos paralelos com o

cumprimento de leitura, pesquisa e estudos efetivos com a orientação e monitoria do

professor.

Os recursos didáticos e tecnológicos tais como: revistas, jornais, televisão, vídeo,

retroprojetor, TV Pendrive, calculadora e computador serão utilizados adequadamente e,

em tempos que se fizerem necessários, como subsídio na construção do conhecimento.

Em comprimento a lei 11.645/08 (Cultura afro Brasileira, Africana e Indígena serão

trabalhados Estatísticas com o desenvolvimento de práticas pedagógicas que buscam

propiciar aos alunos análise das desigualdades sociais e raciais. Aspectos da cultura

Afro, a influência das línguas africanas no português falado no Brasil. Serão trabalhadas

também brincadeiras, jogos ensinados e praticados entre a comunidade ou descendentes

de africanos ou indígenas além de gráficos e tabelas para apresentar os resultados

obtidos.

O trabalho a ser desenvolvido com a questão ambiental, visa implementar a Lei

9795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo

permanente de formação e de busca de informação voltada para a preservação do

equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o

homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores.

Será trabalhada a Quantificação em problemas ambientais, favorecendo uma visão mais

clara, ajudando na tomada de decisão e permitindo intervenções necessárias. A

compreensão dos fenômenos que ocorrem no ambiente – poluição, desmatamento,

limites para o uso dos recursos naturais, desperdício, terá ferramentas essenciais em

conceitos (média, áreas, volumes, proporcionalidade etc.) e procedimentos matemáticos

(Formulação de hipóteses, realização de cálculos, coleta de dados estatísticos).

126

AVALIAÇÃO

A avaliação será a fonte principal de informação e inspiração para a formulação de

práticas educativas que levem a formação global de todos os indivíduos,

independentemente de raça, classe social, cor ou gênero.

Assumindo esse caráter, a avaliação na disciplina de Matemática deverá informar

sobre: a leitura e compreensão de conceitos e procedimentos, a capacidade e iniciativa

na construção do raciocínio dedutivo e indutivo, a capacidade de interpretar, discutir e

aplicar o conhecimento na resolução de problemas da própria ciência, do cotidiano e de

outras áreas do conhecimento bem como na realidade. Sendo a avaliação diagnóstica,

formativa e somativa.

Dessa forma, serão considerados os seguintes instrumentos de avaliação: análises

e discussões em sala de aula, resolução de exercícios, resolução de problemas, trabalhos

de pesquisa, provas escritas individuais e/ou em grupo, aula do erro, estudos paralelos

em grupo e estudos complementares.

A "aula do erro'" se fará presente em nosso cotidiano escolar devido à necessidade

de identificar a dinâmica da aprendizagem, de um determinado objeto de conhecimento,

por meio da articulação (dialética) entre os elementos adequados da resposta (geralmente

referidos como acertos) e os elementos inadequados (geralmente referidos como erros).

Sendo assim, com esses elementos, identificaremos quais os pontos que precisam de

interferência imediata ou não, incentivando os alunos na tomada de decisão seja para o

desenvolvimento do reestudo, seja para continuidade dos estudos.

Os "estudos de recuperação" para os alunos de baixo rendimento na aprendizagem

serão feitos através dos estudos paralelos em grupo com atendimento de dúvidas e

explicações pelo professor em sala de aula, atividades extraclasse entre outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SADOVSKY, Patrícia. O ensino de matemática hoje: enfoques, sentidos e desafios – 1. ed. - São Paulo: Ática, 2010.

RIBEIRO, Flávia Dias. Jogos e modelagem na educação matemática – São Paulo: Saraiva, 2009.

127

HELLMEISTER, Ana Catarina P.. DRUCK, Suely. Explorando o ensino da matemática: artigos: volume 1 – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2004.

HELLMEISTER, Ana Catarina P.. DRUCK, Suely. Explorando o ensino da matemática: atividades: volume 2 – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2004.

CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PR – Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental, 1989.

Secretaria de Estado da Educação. DCE, Diretrizes Curriculares de Matemática para o ensino fundamental. Curitiba, 2008.

Texto 1 da Semana Pedagógica – agosto 2010 – Quando as políticas educacionais voltam-se para a legitimação do tempo, do espaço, da autonomia da escola na definição de seu Projeto Político-Pedagógico.