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ESCOLA SANTA BÁRBARA
SAÚDE
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde é um estado completo de bem
estar físico, mental e social.
Viver é ter o mínimo que garanta a sobrevivência, o abrigo, o agasalho, o alimento e
saúde. Saúde é o equilíbrio entre os trabalhos dos diferentes órgãos. Significa que todo o
organismo está em harmonia deixa de existir e o bem estar desaparece, surgindo o desânimo,
a falta de apetite, a insônia, a febre e a impossibilidade de desenvolver qualquer atividade.
O corpo humano é frágil e sujeito a uma série de quedas, cujo reparo deveria estar ao
alcance de todos para assim garantir a vida.
Saúde é essencial e sua ausência deveria preocupar a todos. Um doente pode contaminar
centenas de outras pessoas. É constrangedor ver os doentes sem a mínima assistência
medica, pois a doença tem que ser tratada para o paciente não perder a vida. É necessário
prevenir doenças, informar-se sobre o que prejudica ou beneficia a saúde tendo uma
prevenção como solução. Procure viver ao ar livre, pratique esportes, cuide da higiene e
alimente-se bem, pois essa é a melhor maneira de preservar a saúde.
Alguns cuidados saudáveis são essências para mantermos uma vida melhor.
Para manter a saúde:
1. Cuidados com os dentes:
- Ingerir alimentos ricos em cálcio, como leite, queijo, etc.
- Evitar comer muitos alimentos doces e quando comê-los escovar os dentes.
- Escovar os dentes três vezes ao dia, para evitar a formação de cáries.
- Ir ao dentista a cada seis meses para tratar de algum problema que tenha surgido.
2. Cuidados com o lixo:
- O lixo deve ser acomodado em um latão com tampa e sacos plásticos amarrados para
facilitar a coleta. O lixo se deteriora e provoca um cheiro ruim atraindo ratos e moscas. Esses
animais em contato com o homem transmitem doenças.
3. Cuidados com os alimentos:
Os alimentos são ricos em vitaminas, que são necessárias para o crescimento e
desenvolvimento adequado do organismo e a manutenção da saúde. Existem 13 vitaminas
principais, todas essenciais a saúde. Veja algumas delas:
- Vitamina A: é importante para o crescimento, protege contra as infecções e melhora a
visão. É encontrada no fígado, cenoura, alface, espinafre, etc.
- Vitamina B: fortalece os nervos, estimula o apetite e ajuda na digestão. Encontrada na
carne, no leite, ovos, batata, cereais, etc.
- Vitamina C: fortalece as gengivas, ajuda na formação dos dentes, está presente nas frutas e
verduras, como acerola, laranja, limão, tomate, etc.
- Vitamina D: favorece a fixação do cálcio nos dentes e nos ossos e evita o raquitismo. É
encontrado no leite, no óleo do fígado de bacalhau e essa vitamina é elaborada com o
auxílio do Sol.
As vitaminas podem ser obtidas em gotas, em cápsulas ou comprimidos, mais a melhor
forma é através dos alimentos. Se houver carência de proteínas em nossa alimentação
seremos anêmicos, ficaremos cansados facilmente e as crianças terão crescimento retardado.
ELAS COMEM TUDO ERRADO
Uma em cada 6 crianças de até 10 anos de idade está com o peso pelo menos 20% acima
do ideal, a mesma porcentagem encontrada nos Estados Unidos. Nos anos 80, apenas 3%
delas eram obesas. Tirando os bolsões de miséria, o maior responsável pelas deficiências
alimentares não é o estado, mas sim os pais. Cabe a eles a tarefa de decidir o que as crianças
vão comer.
Os resultados preliminares da pesquisa do governo mostram que a meninada tem uma
dieta de embrulhar o estômago. Nela estão batatas fritas, salgadinhos, biscoitos, iogurtes,
refrigerantes e doces em excesso. Frutas, legumes e verduras quase não aparecem no
cardápio. Numa criança, a obesidade atrapalha o crescimento e pode provocar a má-
formação das articulações e dos quadris. Estimativas médias mostram que 8 de cada 10
crianças obesas se tornam adultos gordos.
A anemia é um problema igualmente grave. Ela deixa as crianças apáticas, cansadas, sem
apetite e com dificuldades de desenvolvimento intelectual. O perigo de contrair anemia é
maior antes dos três anos, quando a criança ainda está aprendendo a comer.
Para evitar o problema, não adianta “entupir” as crianças de comida. A prevenção está na
composição do prato: carne vermelha, principais fontes de ferro, feijão e folhas escuras,
como couve, espinafre e agrião. Uma alternativa são os alimentos enriquecidos com ferro,
como o leite. De acordo com uma pesquisadora de estudos sobre a pirâmide alimentar ideal,
anemia não é sinônimo de criança que passa fome, e sim de criança que não come o que
deveria.
SEDENTARISMO
A pessoa sedentária é aquela que tem hábitos inativos e passa a maior parte do dia sentada
ou movendo-se muito pouco. Não realiza exercícios musculares para manter-se em boa
forma física.
Sem duvida nenhuma, o sedentarismo é um mal próprio de países ou áreas com um
elevado nível de vida.
Um estudo realizado sobre o grau de incidência do exercício físico em determinadas
doenças demonstrou que enfartos do miocárdio, as tromboses coronárias, as úlceras
duodenais, o fígado adiposo, as hemorroidas, o prostatismo, a esofagite crônica, a
constipação e a obesidade são mais frequentes em pessoas que vivem sedentariamente num
meio urbano do que pessoas do mesmo sexo e idade que vivem em zonas rurais, e que, por
razões óbvias, desenvolvem atividades físicas.
Por outro lado, é perigoso o repouso excessivo na cama, especialmente em pessoas de
idade avançada, já que predispõem a sofrer de: alterações renais, úlceras por decúbito
(joelhos, tornozelos, região sacra) e morte súbita por embolia pulmonar. Atualmente tende-se
a encurtar o tempo de permanência em cama depois e uma intervenção cirúrgica,
especialmente no caso de anciãos.
Um exemplo disto constitui o atual tratamento da fratura do fêmur. Antes se engessava a
perna e ordenava-se o repouso a cama, agora, coloca-se cirurgicamente um pino ou placa no
osso fraturado e mobiliza-se o doente o antes possível. O período de repouso ficou reduzido
a um terço do que era antes.
Sedentarismo. Ilustração: Gil C. / Shutterstock.com
Devido à grande preocupação em reduzir os índices de sedentários, algumas políticas têm
sido adotadas para que o mesmo possa ser prevenido em todas as faixas etárias. Nos últimos
tempos têm-se percebido que o estímulo dado às pessoas para que se movimentem tem
aumentado gradativamente. O acometimento do indivíduo por conta do sedentarismo pode
trazer a diminuição de funcionalidade em sua globalidade além de diminuir as chances de
mortes prematuras por conta da vulnerabilidade da saúde.
Para que os hábitos sedentários sejam deixados de lado, as pessoas devem ter consciência
de que a atividade física deve ser introduzida na rotina de forma gradativa, afim de prevenir
possíveis lesões que possam acontecer no período de adaptação. Recomenda-se que as
atividades sejam assistidas por um profissional da saúde, para que os movimentos sejam
reeducados e executados de forma correta, sem que haja risco de lesionar alguma estrutura
corporal. Também vale salientar a importância do acompanhamento de um profissional em
casos onde o indivíduo possa apresentar problemas crônicos, como diabetes,
cardiopatia, obesidade, devido aos riscos que as mesmas ocasionam, fazendo com que o
médico e o profissional que estará desenvolvendo as atividades possam traçar um perfil onde
as atividades sejam direcionadas para cada caso especificamente. Por esses e outros motivos,
salienta-se que a prática de exercícios consegue melhorar a saúde e a sensação de bem-estar
ao ficarem moderadamente ativas desde que seja de forma regular, assim como a atividade
não necessita ser extenuante para trazer benefícios à saúde de quem iniciará com a prática.
Dentre os benefícios que a prática de atividade física pode proporcionar, podemos citar
alguns deles para que sejam melhores visualizados, como por exemplo:
Melhora a funcionalidade do organismo e todos os seus sistemas;
Diminuição do risco de morte prematura;
Redução dos níveis de colesterol, triglicerídeos, glicose, etc;
Melhora a condição e a funcionalidade cardíaca e respiratória;
Melhora a mobilidade articular e a força muscular;
Auxilia na manutenção do peso, dos níveis de gordura corporal e de massa magra;
Auxilia na prevenção de patologias como câncer, Alzheimer, Parkinson e outras
patologias incapacitantes;
Melhora a sensação de prazer e bem-estar, sendo um grande aliado nos tratamentos de
ordem psicológica;
Proporciona alívio de tensão muscular; diminuição das dores no corpo decorrentes do
estresse ou desuso;
Dentre esses e muitos outros fatores, vale salientar que a visita regular ao médico
facilitará a indicação da atividade física mais indicada para cada indivíduo, fazendo com que
o mesmo possa sentir-se beneficiado e em melhores condições de saúde a partir do início da
prática. Porém, vale ressaltar que em indivíduos que utilizam medicações especificas para
patologias previamente diagnosticadas, como pressão alta e diabetes, devem manter a ingesta
medicamentosa conforme a indicação médica para que não haja intercorrências durante a
prática das atividades.
A prática de exercício físico tem uma grande importância em qualquer idade, sempre que
se realiza de acordo com as características próprias de cada pessoa. É um excelente
moderador do sistema nervoso vegetativo e contribui em grande medida para descarregar as
tensões originadas pela vida cotidiana em nossa sociedade.
MÚSCULOS SAUDÁVEIS
Alguns cuidados são essenciais para termos uma musculatura saudável:
Fazer exercícios físicos regularmente, com orientação de um professor de Educação
Física;
Cuidar da postura;
Manter alimentação saudável, adotando uma dieta à base de frutas, legumes, verduras,
peixes, leite, consumindo alimentos ricos em proteínas e vitaminas, bem como evitando as
gorduras.
Descansar, isto é, dormir boas horas de sono;
A prática orientada de esportes proporciona um melhor funcionamento do organismo, pois
aumenta a frequência respiratória, ativa a circulação sanguínea e fortalece a musculatura.
AS DOENÇAS E OS MÚSCULOS
São muitas as doenças que podem atingir os músculos e prejudicar o seu funcionamento.
Aqui trataremos de duas delas: a poliomielite e o tétano.
A poliomielite ou paralisia infantil é uma doença causada por vírus, transmitidos por
alimentos contaminados. Os vírus atacam o sistema nervoso central, a medula espinhal,
“desligando” os contatos dos nervos motores com os músculos, principalmente nas
extremidades, que se atrofiam.
O tétano é outra doença grave. É provocado por bactérias que penetram no organismo
através de ferimentos e que também atacam o sistema nervoso central. A “toxina” produzida
pelas bactérias afeta os nervos que controlam os movimentos musculares. A atuação das
bactérias provoca espasmos (contrações musculares demoradas) e, em alguns casos, pode
causar até a morte.
Tanto para a poliomielite quanto para o tétano existem vacinas preventivas capazes de
evitar a ação dos vírus e das bactérias que os provocam. Por isso, é muito importante vacinar
todas as crianças para evitar essas doenças perigosas. No caso do tétano, os jovens e adultos
devem receber doses de reforço da vacina a cada dez anos.
O CANSAÇO E A FADIGA MUSCULAR
Você está jogando futebol e seu time em desvantagem no placar, mas não pode perder.
Porém, o jogo já está no segundo tempo e você se sente muito cansado, sem conseguir
acompanhar o movimento da bola.
Por que ficamos cansados?
O cansaço acontece nas ocasiões em que o suprimento de energia no organismo se torna
insuficiente para possibilitar os movimentos normais dos músculos.
Ao procurarmos compreender o mecanismo por meio do qual movemos partes do nosso
corpo, é importante saber que boa parte da energia obtida pelo nosso organismo é gasta na
realização dos movimentos.
Sabemos que nosso corpo obtém a energia necessária para exercer as suas funções a partir
da respiração. Nesse processo, participam a oxigênio e as substâncias encontradas nos
alimentos.
As Campanhas de vacinação contribuem para o controle de
inúmeras doenças.
O principal nutriente dos músculos é a glicose (açúcar). A glicose é transferida ao sangue
pelo processo digestivo, e o sangue a transporta até as fibras musculares. Aí, se não for
utilizada imediatamente, a glicose será armazenada. Para se movimentar, os músculos
precisam “queimar” a glicose para produzir energia; esse processo exige grande consumo de
oxigênio.
Quando a exigência de energia é maior, o coração bombeia mais rapidamente o sangue
oxigenando para os músculos. Durante exercícios prolongados, se os músculos não têm
oxigênio suficiente para produzir energia, eles produzem ácido lático, que pode causar
cãibras, formigamentos e, consequentemente, fadiga muscular.
Nesse caso, o “remédio” é descansar para que o organismo possa abastecer os músculos
com oxigênio e também com um novo suprimento de glicose (nutriente). Desse modo, o
organismo produzirá a energia de que os músculos necessitam.
ESCOLA SANTA BÁRBARA
JOGOS OLÍMPICOS
Os Jogos Olímpicos são considerados o maior evento esportivo do mundo. A cada
quatro anos, esportistas de diversos países se reúnem em um único país para disputar contra
outros competidores para ver quem é o melhor em determinada modalidade. Em 2016, por
exemplo, tivemos os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em que o Brasil foi o palco para
esse grande evento histórico.
A história dos Jogos Olímpicos
Tudo começou em 776 a.C., na cidade
grega de Olímpia. A sede da “primeira edição”
dessa reunião de atletas foi a responsável por
batizar o evento. Diversos participantes das
cidades-estados gregas vieram para participar
de algumas modalidades esportivas. Naquela
época, a quantidade de estilos ainda era
limitada. Tínhamos a luta, o boxe, a corrida de
cavalo, o atletismo e o pentatlo.
Esse último, na verdade, incluía uma série de atividades diferentes. O pentatlo
envolvia a luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco. Já naquela época
haviam decidido que os Jogos Olímpicos se realizariam de quatro em quatro anos. Por causa
da limitação de modalidades, o evento duraria cerca de cinco dias até a sua finalização. Os
jogos aconteciam nos meses de julho e agosto.
Conta a história dos Jogos Olímpicos que esse período era encarada como uma época
de trégua sagrada. Nesse período, sessavam as intrigas entre as cidades-estados e todos se
reuniam para disputar as modalidades esportivas em um chamado “espírito olímpico”. Isso é
algo que permanece até hoje, motivando atletas a superarem a diferença e disputarem apenas
dentro das competições.
Migrando para a Era Moderna
Ainda naquela época, os campeões de cada
modalidade eram recebidos como heróis em suas
cidades. Ganhavam uma coroa de louros que eram
encontrados próximo ao trono de Zeus, o deus mais
poderoso para os gregos. Essa é a mesma coroa que
vemos representadas em algumas ilustrações desse
período. De um modo geral, a Jogos Olímpicos
ajudaram a unir os gregos até o ano de 394 a.C., período até o qual foram realizados 293
edições desse evento.
Porém, quando Teodósio assumiu o comando do Império Romano, depois de ter sido
convertido ao cristianismo, proibiu qualquer adoração a outros deuses e festas pagãs. Isso
incluía a realização dos Jogos Olímpicos. Foi somente após os anos 1500, por iniciativa do
esportista francês Pierre de Fredy, que o evento voltou a ganhar alguma importância dentro
do cenário mundial.
Apesar disso, foi somente no século XIX que uma edição dos Jogos Olímpicos voltou
a acontecer. As Olimpíadas da Era Moderna começaram a acontecer em Atenas, em 1896,
palco que ficou conhecido como o berço dos jogos modernos. Nessa primeira nova edição,
um total de 285 atletas de 13 países diferentes se reuniu para disputar algumas modalidades.
Entre elas temos: atletismo, esgrima, ginástica, halterofilismo, luta livre, ciclismo, natação e
tênis. Como prêmios para os vencedores, em vez de uma coroa de louros, eram concedidos
medalhas como símbolo da vitória.
Os Jogos Olímpicos hoje
Para ajudar a oficializar o evento
definitivamente, foi criado o chamado Comitê
Olímpico Internacional (COI) em 1894. Desde
então, o chamado COI auxilia na organização do
maior evento esportivo do mundo. Afinal, é preciso
muito braço para fazer um acontecimento dessa
magnitude, que envolve dezenas de países, acontecer
de forma organizada e sem problemas graves.
A história dos Jogos Olímpicos é construída até os dias de hoje. As Olimpíadas no Rio
de Janeiro em 2016, por exemplo, foram os primeiros a ser realizada em um país sul-
americano. Porém, até o momento, nenhuma candidatura da África foi aceita. Como marcos
da Era Moderna, podemos mencionar os diversos casos de boicotes que aconteceram durante
os anos. A imagem abaixo mostra os países que fizeram essa rebelião bem como o ano em
que cada nação deixou de participar dos jogos.
Mascotes olímpicas
As mascotes olímpicas são personagens (geralmente animais nativos) que
representam a cultura do país anfitrião dos Jogos Olímpicos. Desde os Jogos Olímpicos de
Inverno de 1968, em Grenoble, toda edição dos Jogos possui pelo menos uma mascote.
A mascote mais conhecida dos Jogos Olímpicos foi o urso Misha, dos Jogos
Olímpicos de Verão de 1980, em Moscou. Misha foi usado extensivamente durante as
cerimônias de abertura e encerramento, virou desenho animado e apareceu em diversos
produtos. Atualmente, uma boa parte do merchandising dos Jogos é voltado para o uso das
mascotes, focando principalmente o público jovem.
A imagem a seguir, mostra algumas das mascotes olímpicas:
Curiosidades dos Jogos Olímpicos
Mas não vamos ficar limitados a história dos Jogos Olímpicos. Você sabia, por
exemplo, que o símbolo das Olimpíadas – aqueles cinco anéis coloridos – faz referência aos
cinco continentes? O entrelaçamento e as cores servem para destacar a união e pluralidade
dos Jogos, algo que até hoje é bastante defendido.
As cerimônias de abertura e fechamento são praticamente espetáculos a parte. Todos
os anos, os países tentam se superar, mostrando muita organização para trazer um início e
fim de evento realmente marcante. Como esquecer, por exemplo, do aparecimento do
primeiro-ministro japonês vestido de Mario no encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro?
- O Cabo de Guerra foi um esporte olímpico entre os anos de 1900 e 1920.
O primeiro brasileiro a ganhar uma medalha de ouro em Olimpíadas foi Guilherme
Paraense. O feito foi realizado na prova de tiro durante as Olimpíadas de 1920, na Antuérpia
(Bélgica).
- A nadadora Maria Emma Hulga Lenk Zigler (mais conhecida como Maria Lenk) foi
a primeira brasileira (e também sul-americana) a participar dos Jogos Olímpicos. O fato
histórico ocorreu nas Olimpíadas de Los Angeles de 1932. Com apenas 17 anos, Maria Lenk
competiu nas provas de 100 metros livres e 200 metros peito.
- O atleta que mais ganhou medalhas olímpicas foi o nadador norte-americano Michael
Phelps. Nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e Pequim (2008) ele ganhou, no total, 16
medalhas. Nas Olimpíadas de Londres, o nadador conquistou mais 6 medalhas (sendo 4 de
ouro e 2 de prata), totalizando 22 medalhas olímpicas.
- Os Jogos Olímpicos de 2016, que foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, foi a
primeira edição deste evento em território sul-americano.
- As Olimpíadas de Londres de 1948 foram as primeiras a serem transmitidas pela TV
para residências particulares.
Em 1916, as Olimpíadas de Berlim foram canceladas por causa da Primeira Guerra
Mundial.
Por fim, destacamos a importância da história dos Jogos Olímpicos para a
humanidade. Como no passado, a realização de um evento esportivo que une diversas nações
realmente ajuda a diminuir a barreira existente entre diferentes povos. No momento dos
jogos, todos são iguais e todos possuem a mesma condição de ganhar. Não dominadores e
nem conquistados. Apenas atletas que querem dar o melhor para levar a medalha olímpica
para casa.
A política também já esteve envolvida com escândalos da história dos Jogos
Olímpicos. Como não lembrar, por exemplo, da ocasião em que Hitler se recusou a dar
medalhas para vencedores porque eles eram negros. Mas ainda há diversas histórias
polêmicas envolvendo as Olimpíadas. Casos de uso de drogas, dopping, violência e diversas
outras situações causaram uma pequena mancha nesse evento mundialmente conhecido.
Olimpíadas Tóquio 2020
As Olimpíadas de 2020 serão realizadas em Tóquio, no Japão, de 24 de julho a 9 de
agosto de 2020. Em sua 32ª edição, os Jogos Olímpicos de Verão terão 33 modalidades
esportivas, com a expectativa de participação de mais de 11 mil atletas, os quais
representarão mais de 204 países.
Essa é a segunda vez que Tóquio recebe os Jogos Olímpicos Modernos - a primeira
vez foi em 1964 -, o que tornou a capital japonesa a ser a primeira cidade asiática a sediar
duas vezes as Olimpíadas. A expectativa do Comitê Organizador Internacional (COI) é de
que cerca de 4,5 milhões de pessoas estejam presentes nas competições, que serão realizadas
na Baía de Tóquio (capital) e região metropolitana (com exceção de Sapporo, a 832 km de
Tóquio), em 43 locais definidos para os eventos.
Tóquio foi anunciada oficialmente como sede das Olimpíadas de 2020 na cerimônia de
encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, data em que começou a
contagem regressiva para a 32ª edição da competição. A estimativa orçamentária oficial do
Comitê Olímpico de Tóquio foi de 12,6 bilhões de dólares para a realização dos jogos.
Além desse valor, o governo anunciou o investimento de 7,5 bilhões de dólares.
A estrutura dos Jogos Olímpicos conta com 43 locais, sendo 25 já existentes e que
passam por adaptação para as competições, 10 temporários e 8 novas construções. Algumas
modalidades serão disputadas em lugares que foram construídos para as Olimpíadas de 1964
e permanecem em atividade, como é o caso do Estádio Olímpico, do Nippon Budokan e do
Ginásio Nacional de Yoyog.
O Estádio Nacional de Tóquio, ou Estádio Olímpico, passa por uma grande reforma
para receber a abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos, além das modalidades de
atletismo e partidas de futebol. O novo estádio terá capacidade para 68 mil pessoas, ao custo
de cerca de 1,5 bilhão de dólares.
Estádio Olímpico é a principal construção dos Jogos de 2020. (Crédito: Reprodução)
Quem pretende ir às Olimpíadas precisa estar atento para a cidade em que será sediada
a competição escolhida, já que Tóquio dividirá a programação com outras cidades. As
partidas de futebol, por exemplo, serão disputadas em várias cidades do Japão, como
Miyagi, Saitama, Yokohama, Fukushima e Sapporo.
Esportes e modalidades
As Olimpíadas de Tóquio de 2020 contarão com 33 esportes a serem disputados por
mais de 11 mil atletas. Algumas modalidades esportivas têm diferentes categorias de
competição, como os esportes aquáticos e o atletismo.
Desta maneira o programa dos Jogos Olímpicos de Verão de 2020 está composto da
seguinte forma:
Atletismo
100m, 200m, 400m,
800m, 1.500m, 5.000m,
10.000m, maratona, 100m
com barreiras (feminino),
110m com barreiras
(masculino), 400m com
barreiras, 3000m com
obstáculos, 4x100m,
4x400m, 20km de marcha
atlética, 50km de marcha
atlética (masculino), salto
em distância, salto triplo,
salto em altura, salto com
vara, lançamento de peso,
lançamento de disco,
lançamento de martelo,
lançamento de dardo,
heptatlo (feminino) e
decatlo (masculino).
Badminton
Basquete
Basquetebol
Basquete3x3
Beisebol/Softball
Basebol
Softbol
Boxe
Canoagem
Slalom
Velocidade
Caratê
Ciclismo
Estrada
Pista
BMX
Mountain bike
Freestyle
Esgrima
Escalada
Futebol
Ginástica
Artística
Rítmica
Trampolim
Golfe
Halterofilismo
Handebol
Hipismo
Hóquei sobre a grama
Judô
Lutas
Livre
Greco-romana
Aquáticos
Natação Artística
Natação
Saltos ornamentais
Pentatlo moderno
Polo aquático
Remo
Rugby sevens
Skate
Street
Park
Surfe
Taekwondo
Tênis
Tênis de mesa
Tiro
Tiro com arco
Triatlo
Vela
Vôlei
Vôlei quadra
Vôlei de praia
16
A MASCOTE
A mascote das Olimpíadas de Tóquio também segue a cartela de cores e formas do
emblema e foi nomeada de Miraitowa, nome formado pelas palavras japonesas Mirai
(futuro) e Towa (eternidade), que representa o desejo de um futuro cheio de esperança nos
corações de todas as pessoas do mundo.
Miraitowa é o mascote das Olimpíadas, e Someity é o símbolo das Paralimpíadas.
(Créditos: Reprodução Comitê de Organização das Olimpíadas Tóquio 2020)
Já a mascote das Paralimpíadas de Tóquio é Someity, criatura inspirada nas
tradicionais flores de cerejeira do Japão e que tem um incrível poder mental e força física,
simbolizando a superação de obstáculos dos paratletas. Seu nome é baseado na junção de
Someiyoshino (espécie de flor de cerejeira) com o termo “so might” (é possível, em
adaptação ao português).
17
ESCOLA SANTA BÁRBARA
18
UM POUCO DE HISTÓRIA DO VOLEIBOL
O voleibol foi idealizado por William Morgan, na Associação Cristã de Moços de
Holyoke, Massachusetts, Estados Unidos da América, por volta de 1895.
Inspirado no tênis e desenvolvido para ser um jogo recreativo para senhores, o voleibol era
lento e pouco movimentado. Consistia em manter a bola em voleio por cima da rede que
dividia a quadra ao meio, a 1,90 m do chão. Daí o nome voleibol.
Introduzido nas escolas, logo alcançou grande popularidade e, com a modificação de
algumas características, tomou-se um jogo rápido e movimentado, que exige bom preparo
físico e técnica apurada.
Em 1947 foi fundada a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), que regulamenta o
esporte em todo o mundo.
Hoje o voleibol disputa a preferência internacional como um dos desportos mais praticados
da atualidade.
Não se sabe ao certo quando o voleibol chegou ao Brasil. Há quem afirme que o Colégio
Marista de Pernambuco foi quem realizou a primeira partida de voleibol em solo brasileiro.
Hoje temos documentos que provam que o voleibol foi introduzido no Brasil pela
Associação Cristã de Moços.
No primeiro Campeonato Sul-Americano de Voleibol, promovido pela Confederação
Brasileira de Desportos (CBD) em 1951, o Brasil ganhou os títulos nas categorias masculina
e feminina. Participando pela primeira vez de uma olimpíada, em 1964, no Japão, a seleção
brasileira de voleibol classificou-se em sétimo lugar na categoria masculina.
Em agosto de 1954, foi criada a Confederação Brasileira de Voleibol, com a finalidade de
regulamentar a prática do esporte no país.
Nos últimos anos, o Brasil tem ocupado lugar de destaque no voleibol internacional.
Quanto à preferência, o voleibol é atualmente o segundo esporte mais popular do Brasil.
A principal competição do esporte no país é a Superliga, sendo que existem as
variantes feminina e masculina da Superliga. No retrospecto, o esporte é um dos mais
vitoriosos do Brasil, especialmente com o bom desempenho que as seleções nacionais vêm
tendo nos últimos anos. O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking da FIVB nas duas
modalidades.
A seleção feminina é detentora de 4 medalhas olímpicas, dois ouros (2008 e 2012) e
dois bronzes (1996 e 2000), tornando-se a primeira equipe de esporte coletivo a conquistar o
bicampeonato olímpico de forma consecutiva no Brasil. É a atual terceira colocada no
mundial, tendo conquistado a prata em três oportunidades (1994, 2006 e 2010) e é a maior
vencedora do Grand Prix, com onze títulos. A seleção masculina é tricampeã mundial, e
conquistou 6 medalhas olímpicas, 3 ouros (1992, 2004 e 2016) e 3 pratas
(1984, 2008 e 2012). Conquistou 2 Copas do Mundo e é a maior vencedora da história
da Liga Mundial, com nove títulos.
19
A QUADRA
Uma quadra oficial de vôlei tem formato retangular e ocupa 18 metros de comprimento,
divididos pela rede, e 9 metros de largura. Com uma superfície de madeira ou material
sintético, a quadra de vôlei deve ter piso liso e ser identificada por cores vivas. Observando a
figura acima que identifica o que é cada linha da quadra, abaixo descreveremos para que
cada uma delas servem.
As partidas de vôlei são disputadas em cinco sets, conseguindo a vitória quem tiver mais
pontos, ou em três sets de 25 pontos. A quadra do vôlei é dividida por uma rede de 9,50
metros de comprimento, com largura de 1 metro e suspensa à altura de 2,42 metros para
jogos masculinos e 2,24 metros para jogos femininos. A bola deve ter de 65 a 67 cm de
circunferência com peso entre 260 e 280 gramas.
Zona de ataque: É a área em que os jogadores podem atacar contra a quadra adversária.
Compreende 3 metros para cada lada da rede.
Zona de defesa: É a zona em que 95% das bolas rebatidas pelo ataque da outra equipe
entram. Corresponde a 6 metros de cada lado da quadra após a zona e ataque.
Linhas laterais e linhas de fundo: São duas linhas laterais e duas linhas de fundo. Elas
delimitam a quadra de jogo. Ambas fazem parte da quadra.
A rede: A rede fica posicionada no centro da quadra, possui 1 metro de largura e de 9,5 a 10
metros de comprimento com 25 a 50 centímetros da antena até o cabo e a corda que a
seguram. A borda superior da rede deve ter 7 centímetros de largura, feita de lona branca e
costurada ao logo de sua extensão. A borda da parte inferior da rede tem 5 centímetros de
largura. A altura da rede varia conforme a modalidade. Para jogos do masculino, ela deve
20
ficar a 2,43 metros do chão. Para jogos do feminino, sua altura deve ser de 2,24 metros. Os
postes que sustentam a rede são colocados a uma distância de 0,5 a 1 metro além das linhas
laterais. Eles medem 2,55 metros de altura e devem ser de preferência ajustáveis.
A antena: Serve para delimitar a área por onde a bola pode passar para o outro lado da
quadra. É uma haste flexível com 1,8 metros de extensão e 10 milímetros de diâmetro. É
feita de fibra de vidro ou material similar. Elas se estendem 80 centímetros acima da borda
superior da rede.
Zona livre: É o espaço em que os jogadores podem defender e passar a bola. Ocupa 3
metros a partir de qualquer ponto da quadra de jogo.
CARACTERÍSTICAS DO VOLEIBOL
O voleibol é um jogo em que os jogadores usam as mãos, porém
só para tocar a bola. Não é permitido carregar ou segurar a bola.
Controlada apenas por toques das mãos, a bola deve ser lançada
para o campo adversário, e vice-versa, por cima da rede que separa
os campos de cada equipe.
O voleibol inicia com a bola sendo lançada para o campo
adversário por um jogador que se coloca atrás da linha de seu
campo. Este lançamento é chamado saque. O direito ao primeiro
saque ou à posse de bola é decidida por sorteio.
O objetivo do jogo é fazer com que a bola caia no chão do campo adversário.
Quando a equipe adversária não consegue devolver a bola dentro da área de jogo (bola fora)
ou quando, utilizando até 3 toques, não consegue devolver a bola, a equipe que fez o
lançamento marca pontos.
Quando a equipe que saca erra, seu adversário marca o primeiro ponto e adquire o direito
ao saque, realizando antes um rodízio das posições dos jogadores na quadra. Essa
característica toma o voleibol um Jogo bastante dinâmico, em que todos devem saber atuar
em todas as posições.
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Para atingir os objetivos do jogo, é necessário que os atletas de uma equipe passem a
bola entre si, utilizando até três toques, de modo que a bola seja lançada para o campo
adversário.
TÉCNICAS DO VOLEIBOL
Base de expectativa
É o posicionamento corporal no qual o jogador toma para melhor deslocar-se no
recebimento da bola, o jogador deverá estar com os pés afastados lateralmente, joelhos semi
flexionados e tronco ligeiramente inclinados para frente.
TOQUE DE BOLA POR CIMA
O jogador deverá estar com os pés afastados lateralmente, joelhos e cotovelos semi
flexionados, mãos em forma de concha, dedos afastados, com os polegares voltados para os
olhos, o jogador deverá "entrar" em baixo da bola. Na ação propriamente dita o jogador
deverá estender simultaneamente joelhos e cotovelos para uma maior precisão e força na
bola.
Para receber bolas altas com pouca velocidade utiliza-se o toque por cima, observe a
ilustração:
O contato com a bola é feito com as extremidades internas dos dedos e com maior apoio
dos indicadores e polegares. Veja:
Assim, para o toque por cima o jogador deve:
Calcular a trajetória da bola e colocar-se em posição de interceptá-la; ~ Evitar separar
demais os braços;
Evitar bater a bola com a palma das mãos;
Em seguida ao levantamento da bola, um terceiro jogador ainda pode utilizar o toque de
bola por cima para fazer um ataque.
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Partindo da posição de guarda, ele observa a trajetória da bola e se coloca em posição
para interceptá-la. No momento em que a bola está próxima, estende ao mesmo tempo as
pernas, tronco e os braços, fazendo com que a bola seja arremessada com boa velocidade
para a quadra adversária.
Desta maneira a bola passa para a quadra adversária muito bem colocada.
MANCHETE
A posição que o jogador se colocará será idêntica a da base de expectativa, acrescentando
o seguinte procedimento: os braços deverão estar estendidos a frente do corpo com uma das
mãos sobrepostas na outra com os dedos polegares repousando sobre a mão de cima, os
cotovelos deverão realizar uma rotação medial e a bola deverá tocar no terço médio do ante
braço.
Há ocasiões em que a bola chega com grande velocidade ou estamos em posição que nos
impede tocá-la por cima. Nestes casos, usamos o toque de bola por baixo, que também é
chamado manchete.
Para fazer a manchete o jogador parte da posição de guarda, projeta os ombros e estende
os braços em direção à bola. Quando a bola toca o braço, o jogador estende as pernas.
Veja a posição dos braços para a execução da manchete:
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Ao executar a manchete evite:
- Flexionar o tronco;
- Separar os braços;
- Flexionar os braços;
- Fazer movimentos bruscos;
- Manter os músculos contraídos;
Devido à ação ofensiva mais rápida, com saque mais preciso e forte, do voleibol
moderno, as equipes passaram a usar quase exclusivamente a manchete ou passe de
antebraço no recebimento do saque e defesa das cortadas.
Saque, toque de bola por cima e manchete são os movimentos que permitem o controle da
bola no voleibol. Por isso, é importante treinar para dominar perfeitamente suas técnicas de
execução.
Fundamentos do vôlei
O vôlei de quadra parte de seis fundamentos para a sua prática: saque, recepção,
levantamento, ataque, bloqueio e defesa. Saberemos abaixo o que significam cada um deles:
O saque
É a ação em que começa a partida ou reinicia o jogo a cada ponto. O jogador fica
posicionado atrás da linha de fundo da quadra, em qualquer posição, e tenta enviar a bola
para o campo adversário passando-a por cima da rede e entre as duas antenas. Atualmente, o
saque é considerado um princípio de ataque. Cada vez mais os jogadores estão se
aprimorando neste fundamento e realizando saques fortíssimos de modo a dificultar a
recepção do adversário. Cada vez em que o jogador consegue um ponto direto de saque, este
é chamado de “ace”.
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Recepção
Considerado um princípio de defesa, é o movimento em que o jogador executa depois do
saque adversário. Quase sempre, o toque é feito de manchete, porém, pode ser também usada
uma única mão ou as duas. A recepção é que vai determinar a aço do ataque. Quanto mais
precisa for a recepção para o levantador da equipe, melhor será o ataque da equipe que irá
dificultar a chegada do bloqueio adversário.
Levantamento
É o passe que antecede o ataque. Normalmente o toque é feito com as duas mãos acima
da cabeça. Esta jogada é geralmente realizada pelo jogador chamado de levantador. Quando
o levantamento é perfeito, deixa o ataque em condições de marcar um ponto. Em casos
excepcionais, o levantamento pode ser feito de manchete.
Ataque
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Popularmente conhecido como cortada é o movimento cujo jogador da um salto seguido
de um golpe forte e rápido, junto à rede, com o objetivo de fazer a bola ir diretamente para o
chão da quadra de jogo adversária. É um fundamento que exige técnica, velocidade e
principalmente força e precisão. Cada atacante deve ter um repertório grande de jogadas para
poder tirar as chances do bloqueio e da defesa adversária conseguir pegar a bola. Todos os
jogadores atacam, com exceção do líbero que só pode passar a bola para o outro lado da
quadra de manchete ou toque.
Bloqueio
É a defesa de uma cortada realizada junto à rede. Este fundamento consiste em uma
combinação de dois movimentos que são o salto e a formação de uma barreira com as mãos,
tentando reduzir a velocidade da bola ou impedir que ela passe para o lado da quadra de sua
equipe. O bloqueio pode ser simples (um jogador), duplo (dois jogadores) ou triplo (com três
jogadores).
Defesa
É o movimento executado após um ataque da equipe adversária que tenha passado pelo
bloqueio. O seu principal objetivo, é claro, tentar impedir que a bola cai no solo, porém,
sempre que possível deve proporcionar o contra-ataque, permitindo que a bola chegue às
mãos de levantador. Este é um fundamento executado principalmente pelo líbero.
O SAQUE
É a ação de colocar a bola em jogo pelo jogador de defesa direita situado na zona de
saque, golpeando a bola com a mão ou punho.
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O objetivo principal do saque é colocar a bola em jogo. Porém, quando bem executado,
colocado e forte, ele se torna o meio mais rápido e simples de se converter o lançamento em
pontos.
O iniciante, porém, deve se preocupar mais com a precisão e regularidade do saque,
deixando para adquirir maior potência quando já tiver domínio da técnica.
Saque por cima
O saque estilo "tênis" é assim chamado porque o movimento feito pelo jogador é
semelhante ao do tenista ao fazer o "serviço".
Para executá-la, o jogador se coloca atrás da linha final, de frente para a rede, pé esquerdo
adiantado (posição para as pessoas que usam a mão direita para bater), pernas
semiflexionadas, braço esquerdo flexionado à frente do corpo, com a palma voltada para
cima sustentando a bola. O outro braço estendido ao longo do corpo.
A bola é, então, lançada para o alto e para a frente do corpo, atingindo uma altura de
aproximadamente 0,70m da cabeça do executante. O braço direito é levado flexionado para o
alto, acima da cabeça. A bola é batida acima da cabeça, com a mão e os dedos cerrados e
ligeiramente flexionados. O movimento do braço é rápido e o golpe é efetuado com "quebra
de pulso". O tronco flexiona-se e o peso do corpo é transferido para a perna da frente,
avançando-se a perna de trás.
TIPOS DE SAQUE
O saque ou serviço marca o início de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador
posta-se atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o braço e acerta a bola, de forma a
fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrissar na
quadra adversária. Seu principal objetivo consiste em dificultar a recepção de seu oponente
controlando a aceleração e a trajetória da bola.
Existe a denominada área de saque, que é constituída por duas pequenas linhas nas
laterais da quadra, o jogador não pode sacar de fora desse limite.
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Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a quadra do adversário sem ser tocada
pelo adversário - é denominado em voleibol "ace", assim como em outros esportes tais como
o tênis.
No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:
Saque por baixo ou por cima: indica a forma como o saque é realizado, ou seja, se o
jogador acerta a bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro lança-a no ar para depois
acertá-la acima do nível do ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente considerada
muito fácil, e por esta razão esta técnica não é mais utilizada em competições de alto nível.
Jornada nas estrelas: um tipo específico de saque por baixo, em que a bola é acertada de
forma a atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O aumento no raio da parábola descrito
pela trajetória faz com que a bola desça quase em linha reta, e em velocidades da ordem de
70 km/h. Popularizado na década de 1980 pela equipe brasileira, especialmente pelo ex-
jogador Bernard Rajzman, ele hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais empregado
em competições internacionais.
Saque com efeito: denominado em inglês "spin serve", trata-se de um saque em que a bola
ganha velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-la, graças a um efeito produzido
dobrando-se o pulso no momento do contato.
Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a bola é tocada apenas de leve no
momento de contato, o que faz com que ela perca velocidade repentinamente e sua trajetória
se torne imprevisível.
Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador lança a bola, faz a aproximação em
passadas como no momento do ataque, e acerta-a com força em direção à quadra adversária.
Supõe-se que este saque já existisse desde a década de 1960, e tenha chegado ao Brasil pelas
mãos do jogador Feitosa. De todo modo, ele só se tornou popular a partir da segunda metade
dos anos 1980.
Saque oriental: o jogador posta-se na linha de fundo de perfil para a quadra, lança a bola no
ar e acerta-a com um movimento circular do braço oposto. O nome deste saque provém do
fato de que seu uso contemporâneo restringe-se a algumas equipes de voleibol feminino
da Ásia.
REGRAS E PENALIDADES DO VOLEIBOL
Já vimos que em todos os desportos existem regras. Elas determinam o que é permitido e o
que não é permitido em cada desporto. É importante conhecê-las, a fim de não prejudicar a
equipe com infrações desnecessárias.
No voleibol as infrações cometidas são penalizadas conforme a seguir. Se a infração for
cometida pela equipe que deu o saque, ela perderá a posse da bola. Se for cometida pela
equipe contrária, a equipe que saca ganhará 1 ponto.
Já vimos que o voleibol é jogado em sets. O número de pontos para cada set é de 4 sets
25 e 1 de 15, no entanto o set só se completa se houver uma diferença mínima de 2 pontos.
Por exemplo, 25 a 23.
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Caso haja empate no vigésimo quarto ponto, o set será prorrogado até o limite de 27
pontos, independentemente de um empate no 26º ponto. Isto até o 4º set. No 5º set (tie
brake), a prorrogação prossegue até que haja a diferença de 2 pontos.
Você já sabe que a partida de voleibol inicia com o saque. Cada vez que uma equipe
comete infração ou marca pontos, a equipe adversária ganha direito ao saque e o ponto, que
deverá ser executado somente após a autorização do árbitro.
Se o jogador der o saque antes da autorização, o árbitro o anulará e determinará nova
execução do saque. Se o jogador errar na nova execução do saque, perderá a posse da bola.
Atenção! O saque deve ser executado dentro de 9 segundos após a autorização do árbitro.
Todo jogador que retardar o saque propositadamente será punido com advertência ou falta
técnica.
ALGUMAS DEFINIÇÕES DE JOGADAS
Condução: infração cometida pelo jogador quando conduz a bola em vez de tocá-la;
Dois toques: infração cometida ao tocar duas vezes a bola;
Rodízio: movimentação no sentido horário dentro da quadra, mudando a posição dos
jogadores;
Invasão: infração cometida com o corpo além da rede do adversário;
Cravar: bater com violência a bola no chão da quadra do adversário;
Deixadinha: um leve toque na bola, buscando espaço vazio na defesa do adversário;
Bola de segunda: ataque no segundo toque, surpreendendo o adversário;
Match point: ponto que pode definir o jogo;
Set point: ponto que pode fechar o set;
Tie break: é o set de desempate, disputado quando cada uma das equipes vence dois sets;
Rally: sequência de jogadas começando no saque e terminando quando a bola estiver fora de
jogo;
OS JOGADORES E SUAS FUNÇÕES
O levantador é o jogador com habilidade específica para a preparação de jogadas de
ataque.
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O líbero é o jogador que deve recepcionar bem os saques e defender os ataques, passando
a bola para o levantador.
O ponta é o jogador com alto poder de definição, de força, de velocidade e de habilidade,
podendo atacar pelas pontas ou saltando de trás da linha de 3 metros.
O meio de rede é o jogador geralmente mais alto do time, que deve combinar duas
qualidades: ser bom de bloqueio e ter velocidade no ataque.
VIOLAÇÕES NO SAQUE
Violações no saque são cometidas quando a bola:
- toca na rede e não passa
- passa por baixo da rede;
- sai da quadra;
- toca um jogador da equipe que saca.
O juiz também assinala violação no saque quando o jogador que saca pisa a quadra com a
bola na mão;
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Todas essas violações são punidas com perda da posse da bola e o ponto para equipe
adversária, isto é, o direito ao saque é concedido à equipe adversária.
Observe a posição dos jogadores na hora do saque:
As posições 4, 3 e 2 são ocupadas pelos jogadores do ataque; as posições 5, 6 e 1, pelos
jogadores da defesa.
Depois de efetuado o saque, os jogadores podem ocupar qualquer posição na quadra. Os
jogadores da defesa podem entrar na zona de ataque para participar de uma jogada, mas não
podem tocar numa bola que está acima da rede a fim de enviá-la para o campo adversário.
O jogador da defesa que estiver na zona de ataque somente poderá enviar a bola à quadra
adversária se ela estiver mais baixa que a borda superior da rede. Portanto, não lhe é
permitido fazer bloqueios ou dar cortadas na zona de ataque. Quando isso acontece, o
jogador comete uma violação. No entanto, se o jogador da defesa saltar da zona de defesa,
sem pisar sobre a linha de ataque, e fizer a cortada, a jogada é válida mesmo que ele caia na
zona de ataque.
VIOLAÇOES DO RODÍZIO
Os jogadores mudam de posição sempre no sentido dos ponteiros do relógio. O rodízio
permite que todos os jogadores passem pelas seis áreas da quadra, participando do ataque e
da defesa. Todos também participam do saque. Esta é a grande vantagem do voleibol:
permite a todos os jogadores a mesma possibilidade de participação.
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A ordem de rotação deve ser respeitada até o final do set:
Se, no decorrer de uma partida, um jogador não respeitar a ordem do rodízio antes da
execução do saque, o jogo será interrompido e serão anulados os pontos obtidos pela equipe,
a partir do momento em que o jogador cometeu a infração. Os pontos ela equipe adversária
serão mantidos.
Se a equipe infratora tiver direito ao saque quando o jogo for interrompido, o saque
passará para a outra equipe. Caso contrário, será marcado um ponto para a outra equipe, que
continuará com o saque.
A bola
A bola oficial de vôlei deve ser esférica, coberta por uma capa de couro flexível ou
sintético e composta por uma câmara interior inflável de borracha ou material similar. Sua
cor deve ser clara e uniforme, podendo ter também uma combinação de cores. Sua
circunferência deve ser entre 65 e 67 centímetros e pesar entre 260 e 280 gramas.
Os árbitros e os juízes de linha
No jogo de vôlei, a arbitragem é composta pelo primeiro árbitro, segundo árbitro,
apontador e juízes de linha. Nas competições organizadas pela FIVB é obrigatório a presença
de quatro juízes de linha. Em jogos normais pode haver apenas dois. Veremos a seguir, qual
a função de cada um destes árbitros.
Primeiro árbitro: Deve ficar sentado ou em pé na cadeira colocada em uma das
extremidades da rede. Compete a ela tomar a decisão final sobre todas as jogadas da partida.
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Segundo árbitro: Fica de pé em um dos lados da rede, oposto ao primeiro árbitro. Ele
controla o apontador, os tempos, as faltas, invasões e checa as posições dos jogadores no
rodízio.
O apontador: Como mostra na imagem de abertura do capítulo, é o responsável por cuidar
da súmula, dos pontos e da ordem de saque dos times. Fica posicionado atrás do segundo
árbitro.
Juizes de linha: Como especificado acima, são de dois a quatro juizes de linha em uma
partida. Ficam em pé na área livre, posicionados entre 1 e 3 metros de distância de cada
ângulo da quadra. Eles devem apontar se a bola cai dentro ou fora das linhas demarcatória da
quadra.
Recurso ou arma?
Agora, temos em mão um recurso belíssimo para uso das comissões técnicas, que
aprenderam a acioná-lo de forma correta e inteligente, tirando ao mesmo tempo um grande
peso das costas da arbitragem.
A Polônia venceu o confronto contra a Argentina depois de um ótimo desafio do técnico
Stéphane Antiga, por exemplo. O Brasil também se utiliza muito bem dos desafios em bolas
suspeitas, principalmente em toques no bloqueio de ataques que vão para fora. Os atletas
passaram a se acostumar com o desafio, sabendo que existe a possibilidade de rever a jogada
se utilizam mais e mais dos golpes intencionalmente altos, buscando aquela raspada nos
dedos do adversário e ganhando o ponto no vídeo. Também cabe a quem está na quadra
acusar um possível toque na rede ou no bloqueio, para seu time não perder um desafio de
graça.
A arbitragem, assim, segue responsável por todas as marcações de quadra, mas pode se
focar em prestar uma atenção nos lances interpretativos, como as conduções, os dois toques,
jogadas que não podem ser desafiadas.
É um processo de reeducação de toda a comunidade, que passa a perceber a estratégia de
uma forma diferente. Com a saída dos tempos técnicos obrigatórios, a partida de voleibol
ficou muito mais rápida, torna-se necessário salvar as duas paradas disponíveis por set para
momentos chaves e o desafio acaba virando uma arma técnica. Se o sacador adversário está
muito bem, o que você faz? Para o jogo. E se você precisa guardar seu pedido de tempo?
Pede o desafio. Em certos momentos, este recurso leva um tempo para mostrar o resultado,
chegando em vezes a até um minuto de demora, o que pode „congelar‟ o sacador, na gíria do
vôlei, tirando-o de ritmo e aliviando a recepção.
No geral, as olimpíadas do Rio de Janeiro estão demonstrando o potencial que o recurso
de desafio em vídeo possui, e como em um ano já houve uma melhora absurda. Até mesmo
durante a competição o video challenge melhorou, passou a ser mais rápido, com chamadas
mais precisas. Fica então o mea culpa: vocês fizeram certo, FIVB.
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ESCOLA SANTA BÁRBARA
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O QUE É E PARA QUE SERVE O SONO?
Passamos cerca de um terço de nossa vida dormindo. Dormir bem é essencial não apenas
para ficar acordado no dia seguinte, mas manter-se saudável, melhorar a qualidade de vida e
até aumentar a longevidade.
Os médicos sabem que o processo do sono é regido por um relógio biológico ajustado
num ciclo de 24 horas. Os ponteiros desse mecanismo são moldados geneticamente e sua
sincronia depende de fatores externos, como iluminação, ruídos, odores, hábitos, tipos de
colchões, vida social, etc.
Os especialistas acreditam que a principal peça dessa engrenagem é a melatonina -
hormônio produzido no cérebro pela glândula pineal. Ele começa a ser secretado assim que o
Sol se põe, como um aviso para o organismo se preparar para “dormir”.
Quando um processo tem início, a temperatura cai de lº a 2°C e a pressão arterial também
sofre uma leve queda. Dai ao primeiro cochilo e um piscar de olhos.
Em 1953, descobriu-se a existência de uma fase de sono profunda, justamente quando
sonhamos. A novidade foi batizada de REM (Rapid Eyes Moviment - Movimento Rápido
dos Olhos). Hoje os cientistas já sabem que o sono se divide em cinco fases, repetidas em
ciclos, durante a noite.
Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. O
efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação
motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida. Ou seja: sem o
merecido descanso, o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas.
Em estudo realizado pela Universidade de Chicago - EUA, onze pessoas com idades entre
18 e 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias. O efeito foi
assustador. No final do período, o funcionamento do organismo delas era comparável ao de
uma pessoa de mais de 60 anos. E os níveis de insulina eram semelhantes aos dos portadores
de diabetes.
Em pesquisas de laboratório, ratos usados como cobaias não aguentaram mais de dez dias
sem dormir. A consequência: morte par infecção generalizada.
Enquanto ficamos na cama, uma espécie de exército de reconstrução atua recuperando as
“baixas” acumuladas no período que ficamos acordados. Isso prepara o corpo para a guerra
do dia seguinte.
Durante o sono profunda, as proteínas são sintetizadas em grande escala. Isso tem o
objetivo de manter ou expandir as redes de neurônios ligados a memória e ao aprendizado.
Nesse processo, o cérebro comanda a produção e a liberação de hormônios, como a
melatonina e o próprio hormônio do crescimento. Este garante ao individuo longevidade com
maior jovialidade. Também regula os níveis de outras substâncias responsáveis pela
regeneração de células e cicatrização da pele.
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AS CINCO FASES DO SONO
1ª Fase: É a fase do adormecimento. Essa fase pode durar de alguns instantes até 15
minutos e ocupa de 3% a 5% da noite de sono. Funciona como uma espécie de zona de
transição entre estar acordado e dormindo. O cérebro produz ondas irregulares e rápidas e a
tensão muscular diminui. A respiração fica suave e os pensamentos do mundo desperto
flutuam pela mente. Se for acordada nessa fase, a pessoa reagirá rapidamente, negando que
estava dormindo.
2ª Fase: De um sono mais leve. A temperatura corporal e os ritmos cardíaco e
respiratório diminuem. As ondas cerebrais ficam mais lentas. Essa fase ocupa metade do
tempo total do sono, durando cerca de 20 minutos cada cicio. As ondas do cérebro alongam-
se, regularizam-se e são afetadas somente por alguma atividade elétrica isolada e repentina.
Nesta fase, a pessoa cruza definitivamente o limite entre estar acordada e dormindo. Se
alguém levantar suavemente a pálpebra de uma pessoa nessa fase do sono, ela não acordará.
Os olhos já não respondem a um estímulo.
3ª Fase: O corpo começa a entrar no sono profundo. As ondas cerebrais tornam-se
amplas e lentas. É uma fase rápida. Corresponde a uma média de 5% do tempo do sono.
4ª Fase: É o sono profundo onde o corpo se recupera do cansaço diário. Essa fase é
fundamental para a liberação de hormônios ligados ao crescimento para a recuperação de
células e órgãos. Dura cerca de 55 minutos, não mais que 20% da noite. A pessoa fica
totalmente inconsciente. Está tão fora do mundo que nem uma tempestade poderá acordá-la.
5ª Fase: SONO REM: A atividade cerebral está a pleno vapor e desencadeia o processo
de formação dos sonhos. Os músculos ficam paralisados, as frequências cardíaca e
respiratória voltam a aumentar e a pressão arterial sobe. É o momento em que o cérebro faz
uma espécie de faxina geral na memória. Fixa as informações importantes captadas durante o
dia e descarta os dados inúteis. Durante o REM, os músculos longos do tronco, os braços e as
pernas estão paralisados, mas os dedos das mãos e dos pés podem contrair-se. O fluxo
sanguíneo em direção ao cérebro aumenta e a respiração fica mais rápida e entrecortada.
REM é a fase dos sonhos. Se a pessoa for acordada aqui, provavelmente recordará
fragmentos de suas fantasias.
Depois de 10 minutos de REM volta-se a descer as fases de sono quieto.
Nas primeiras horas da noite predominam as fases III e IV. Pela manhã, percorre-se de
quatro a cinco vezes o circuito do sono completo.
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SEU CORPO – UM TRABALHADOR INCANSÁVEL
Trabalhador Incansável: Acompanhe o que o organismo está fazendo enquanto você
dorme.
Liberação de hormônio: Na infância, cerca de 90% do hormônio do crescimento são
liberados durante o sono. Crianças que dormem mal têm mais chances de ter problemas no
seu desenvolvimento físico.
Elimina o estresse: Uma noite bem-dormida evita que o organismo acumule altos teores de
cortisona. Esse hormônio, produzido pelas glândulas suprarrenais, é liberado em situações de
estresse e contribui para aquele insuportável mau humor depois de uma noite em claro.
Reposição do hormônio: O hormônio do crescimento continua sendo liberado mesmo na
fase adulta. Embora em doses menores, isso continua acontecendo durante o sono. Em gente
grande, ele evita a flacidez muscular e garante vigor físico.
Imunidade: Durante o descanso, o corpo libera as interleucinas: substâncias que ajudam o
organismo a se defender de invasores, como vírus e bactérias.
Apetite em equilíbrio: É durante o sono que o organismo libera maior quantidade de
leptina, o hormônio que controla a sensação de saciedade e mantém as pessoas longe dos
eventuais ataques a geladeira durante a madrugada.
Envelhecimento precoce e tumores: Enquanto uma pessoa dorme, organismo se livra com
mais facilidade dos radicais livres, moléculas que podem causar o envelhecimento precoce e
até tumores.
Memória: O sono interfere na regulação térmica do cérebro, a função essencial para o
bom funcionamento dos mecanismos de memória e da vida psíquica.
Fixação de informações: Estudos indicam que a fase do sono REM é responsável pela
fixação de informações incomuns e estressantes enquanto o sono não REM (fases 1 a 4) se
encarrega das informações de conteúdo emocionalmente neutro.
QUAL A QUANTIDADE DE SONO NECESSÁRIA?
Não há fórmula para definir qual deveria ser a duração adequada de um bom sono
noturno.
Acreditar que todas as pessoas necessitam da mesma quantidade de sono e tão absurdo
quanto crer que cada uma deva ingerir a mesma quantidade de alimentos todos os dias.
Na infância, cerca de 90% do hormônio do crescimento são liberados durante o sono.
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Podemos supor que sete horas e meia sejam uma média adequada. Sem dúvida, podemos
afirmar que só uma ou duas pessoas em cem sintam-se bem com um sono de cinco horas ou
somente uma pequena minoria precisa do dobro.
Cada indivíduo parece ter um apetite inato de sono que provem de sua programação
genética tanto como a cor de seu cabelo, pele ou peso corporal.
Uma maneira simples de investigar sobre a sua necessidade de horas de sono e levantar
todas as manhãs na mesma hora, não importando a hora em que foi deitar no dia anterior.
Você está atordoado depois de cinco ou seis horas de sono? Talvez uma hora a mais lhe
desse mais energia? Seria muito agregar duas horas?
Se prestarmos atenção na linguagem de nosso corpo e respondermos estas perguntas
relacionando as respostas às horas de sono, poderemos determinar um hábito de sono
adequado.
Outra alternativa válida, e ter um diário de sono. Anote nele, durante uma semana, a que
horas vai deitar e que horas levanta: como sentia-se ao deitar e quanta tempo levou para
dormir. Depois anote como sentiu-se no dia seguinte. No final de cada semana, revise qual
foi o dia em que se sentiu com maior energia e vitalidade. Controle quantas horas havia
dormido no dia anterior e tome esta quantidade como o tempo máximo de horas que dedicará
a dormir na próxima semana. Repita a metodologia e encontrará seu padrão.
Não existe uma fórmula para dormir menos e sentir-se bem depois. Mas pode ser uma
questão de tempo.
A QUANTIDADE E A QUALIDADE DE SONO
MUDAM COM SUA IDADE
Bebê: Nos seis primeiros meses de vida, os bebês dormem até 18 horas
por dia. Aos três meses, o sono quase sempre inicia direto pela fase REM.
O bebê tem em média oito horas de sono REM nas 24 horas. Na idade de
dez anos, uma criança precisa de nove a dez horas de sono e não precisa
mais do sono à tarde.
Cientista da Agência Avançada de projetos de pesquisa para a Defesa dos Estados Unidos
estão tentando sintetizar uma pílula que permita aos soldados lutarem durante dias sem
sentir um pingo de sono. Para isso iniciaram as pesquisas com remédios usados para tratar
narcolepsia. Os primeiros resultados dão conta de que pessoas sem distúrbios de sono
passaram 40 horas seguidas acordadas sem notar os
efeitos desse déficit. Está em estudo ainda os efeitos colaterais. Será um avanço da ciência
mas não há nada como dormir para valer. De verdade.
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Adolescente: A pré-adolescência é a época onde se goza do melhor
descanso na vida de uma pessoa. Um pré-adolescente leva de cinco a dez
minutos para dormir, dorme nove horas e meia e em 60% do tempo está
imerso em um sono profundo e contínuo. Eles tem mais tendência a
sonolência excessiva diurna. Dormir mais tarde e consequentemente atrasar
o horário de acordar se deve a modificações dos ritmos biológicos, que
recebem uma ajudinha das festas e do turbilhão hormonal típico da puberdade.
Adultos: Na idade adulta, normalmente sete horas e meia fornecem um
descanso adequado. Alcançamos a maturidade do sono perto dos 19 anos
de idade. A necessidade diária da maioria dos indivíduos passa a ser de
dormir oito horas. Porém, pesquisas mostram poucos os que conseguem
cumpri-las. A média fica pouco acima de sete horas por dia.
Velhice: Seis horas normalmente são suficientes. O passar dos anos não
afeta somente a quantidade, mas também a qualidade do sono. Assim como
da infância para a idade adulta o tempo do sono diminui em 50%, os
períodos REM ficam menores. Aos sessenta e cinco anos, a proporção de
um sono profundo, para ambos os sexos, é a metade de quando se tem 25
anos. Tanto a primeira quanto a segunda fase de sono aumentam. O REM
cai para um quinto. Nas idades avançadas, o sono é cada vez mais
fragmentado e é muito elevado o número de vezes que se tem a fase do sono próxima a
consciência. Uma pessoa saudável de setenta a setenta e cinco anos, com uma média de sete
horas de sono, pode estar até 153 vezes próxima do “Despertar Súbito”, enquanto que em um
mesmo período um jovem de vinte e cinco anos somente estará 10 vezes próximo ao
“Despertar Súbito”.
SAIBA MAIS!
Mais idade, menos sono.
O envelhecimento torna o sono mais leve. Os idosos despertam ao ouvir qualquer ruído um pouco
mais alto. Adormecer novamente também se toma mais difícil. Os resultados dessas características são
déficits de sono que acabam compensados, às vezes involuntariamente, com cochilos no decorrer do dia.
Somando o total de horas de sono eles acabam dormindo a mesma quantidade de quando eram mais
novos. Essas mudanças estão relacionadas a modificação na produção e secreção de hormônios como a
cortisona e a melatonina, e as alterações na temperatura do corpo. Na terceira idade, o sono profundo e o
sono REM ocorrem em menor quantidade, tornando os idosos mais propensos ao despertar noturno.
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PROBLEMAS COM SEU RELÓGIO BIOLÓGICO?
Alguns problemas para dormir surgem como respostas à agressão exercida sobre o nosso
ritmo biológico normal.
• Corujas Noturnas: Indivíduos que têm maior energia ao entardecer, quando a grande
maioria está cansada. Essas pessoas têm um ritmo de temperatura corporal diferente da
normal, frio e lento pela manhã e com mais calor e energia pela noite. Para mudar o ritmo,
necessita-se da reeducação de seus hábitos, através de terapia conduzida por especialistas.
• Cotovias: Indivíduos com uma síndrome oposta à anterior. Eles sempre acordam muito
cedo, não importando a hora em que foram dormir. Com o passar dos anos, muitas pessoas
dormem cada, vez mais cedo e levantam-se antes do amanhecer. Para recompor o relógio
biológico, necessita-se o mesmo esforço que no caso anterior.
• Problemas com fuso horário: Os aviões atuais cruzam oceanos e continentes em somente
algumas horas, mas nosso organismo não está preparado para uma mudança assim tão
brusca. Geralmente, diante de mudanças bruscas, o organismo necessita de um dia para
recompor ou reajustar seu relógio biológico. Quanto mais avançada a idade, mais marcante
será a desordem e mais lenta será a recuperação. Deve-se viajar de dia para descansar a noite
e reiniciar a atividade no dia seguinte.
• Trabalhos e turnos rotativo: As pessoas que devem mudar seu trabalho de horário diurno
para noturno têm média de .5 a 6 horas de sono e mal estar maior fadiga, problemas
psicológicos, digestivos e até no casamento. Não importando os tipos de tarefas que
desempenham, apresentam o dobro de distúrbios descansando, do que aquelas pessoas que
trabalham sempre de dia. Por isto, os regimes de trabalho nestas condições são específicos e
assegurados.
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CONSELHOS PARA UM MELHOR DESCANSO
O que você faz ou não faz do amanhecer ao entardecer causa um enorme impacto sobre o
seu descanso da noite até a manhã. A melhor maneira de garantir um bom sono noturno é
revisar as atividades que você desenvolve muito antes de ir para a cama. Estes são os dez
conselhos para ajudá-lo a descansar melhor.
• Mantenha horários regulares: Trate de levantar-se sempre na mesma hora, não
importando a hora que tenha ido deitar-se. Se você deita-se tarde na sexta-feira e no sábado
para levantar-se muito tarde no domingo, com certeza na segunda- feira terá problemas no
trabalho, pois no domingo a noite terá sofrido de insônia. Se viajar muito, tente conservar sua
rotina e volte a ela logo que possa.
• Faça exercícios regularmente: Com não mais de vinte ou trinta minutos diários de
caminhada, jogging, natação, bicicleta ou a prática de algum esporte 3 vezes por semana,
você alcançará sua meta de chegar a cama relaxado, tanto física quanta mentalmente. O
melhor momento para realizar exercícios que beneficiem um bom sono noturno é pela
manha.
• Cuidado com os estimuladores: Os amantes do café, chá, chocolates e refrigerantes
devem saber que os efeitos dos estimulantes destes produtos, consumidos em excesso,
fazem-se presentes entre duas a quatro horas depois da ingestão. Ao ingerir substâncias que
contenham estimulantes, ao final da tarde ou durante a noite, contribui-se para a diminuição
da Promoção do sono e para o aumento dos possíveis “Despertares Súbitos”.
• Não fume: A nicotina é ainda mais estimulante do que a cafeína. Os fumantes têm
dificuldades para dormir, despertam com facilidade e tem fases de sono profunda mais
curtas. Comprovou-se que o fumante aumenta sua qualidade de sono quando deixa o hábito
de fumar.
• Beba com moderação: Embora o álcool seja o mais antigo e o mais popular sinônimo
do sono, deve-se ter cuidado com a quantidade e com o horário em que ingere. Muito álcool
no jantar provocará uma falsa ideia de sono melhor. Dorme-se mais precocemente, mas
diminui a quantidade de sono profunda.
• Busque qualidade e não quantidade: Seis horas de sono profundo podem fazer com
que você sinta-se melhor do que oito horas de sono leve e interrompido. Não se deve dormir
mais que o necessário. A medida será dada pelo quanto você irá sentir-se bem na manhã
seguinte. Se você sentir que recarregou adequadamente suas baterias com seis horas de sono,
não será porque você dormiu pouco e sim porque dormiu o suficiente.
• Se você tem problemas para dormir à noite, não durma à tarde: Muitas pessoas tem
inclinação normal a tirar uma soneca após o almoço e, sem dúvida isso avança com a idade.
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Mas, se ela atentar contra seu sono noturno, quando sentir sonolência durante o dia trate de
evitar dormir realizando alguma atividade física que estimule a pulsação durante 10 minutos,
isto acelera o metabolismo, espantando o sono.
• Deixe suas preocupações e planos para outro momento: Antes de deitar-se escreva
uma lista de coisas que deveria fazer, ou seus planos do dia seguinte. Tal tarefa irá tirar de
seus ombros a responsabilidade de lembrar, isto relaxará seu inconsciente. Se seguir
discutindo com eles e os mentalizando, não irá resolvê-los nem conseguira relaxar.
• Não se deite após ter comido em excesso ou sem ter comido: Se comer muito antes de
deitar-se, obrigará o sistema digestivo a trabalhar demais. Talvez sinta uma sonolência
agradável, mas logo terá sensação de peso que não o deixará dormir bem além de aumentar a
chance do refluxo. Por outro lado, se estiver fazendo dieta, não durma sem comer algo de
baixa caloria. Não se pode tentar dormir quando se discuti com o estômago. Todo tipo de
incômodo orgânico ou físico contribui para o “despertar súbito”, evitando entrar em sono
profundo.
• Desenvolva um ritual de sono: As crianças leem ou escutam história e rezam suas
orações antes de dormir. Você pode escolher seu ritual: escutar alguma música, relaxar os
músculos, tomar uma ducha ou ler um livro pode ajudá-lo a conciliar o sono. O importante é
que, uma vez escolhido o ritual, este deve ser repetido todas as noites.
• Ambiente agradável: Um ambiente agradável é fundamental. Deixe o quarto bem
escuro, evite lugares barulhentos e, se possível, regule a temperatura. É fundamental um bom
colchão, assim como bons travesseiros e roupas de cama, eles fazem grande diferença.
• Atividades na cama: Evite ler, falar ao telefone ou comer na cama. Ela não deve ser
associada a outras atividades além de dormir e sexo. Isto garantirá um ato mecânico a seu
organismo. Toda vez que o inconsciente começa a decodificar seu ritual para dormir, seu
corpo imediatamente funcionará para que tudo esteja de acordo.
• Relaxamento muscular: Atos como banho quente (preferencialmente de banheira),
sauna, alongamentos e massagens relaxam os músculos, o que ajuda bastante o sono durante
a noite. Preferível que sejam feitos pouco tempo antes de deitar-se.
• Outras dicas para um melhor descanso: Tome uma xícara de chá digestivo ou uma
xícara de leite quente antes de deitar-se. Cuidado para não beber chá que possua cafeína;
Respire profundamente cinco vezes e cada vez que o faça conte e pense: “estou relaxando e
lentamente dormirei”, concentrando-se somente nesta mensagem; Se não conseguir dormir
em dez minutos, levante-se, mude de ambiente, escute música, leia e somente volte para a
cama se acredita que poderá dormir. Repita o método. Se passar outros dez minutos, volte a
levantar-se; O objetivo é conseguir que seu cérebro associe a cama com o lugar onde se
dorme. Existem outras formas utilizadas para conciliar o sono diminuindo as tensões e
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preocupações do cérebro: trate de auto hipnotizar-se repetindo frases ou imaginando ver e
seguir o movimento de um relógio de pêndulo; Proponha-se ficar acordado, talvez não
consiga; Encurte o tempo que você consegue dormir; Faça jogos mentais, recorde textos,
imagine objetos ou animais, jogando com uma cor repetitiva, recite o alfabeto e depois pense
em nomes de pessoas que incidem com cada letra, recite palavras mudando as vogais; Utilize
som de relaxamento tipo ioga.
DISTÚRBIOS DO SONO
Especialistas em sono identificaram mais de cem diferentes distúrbios no sono que vão
desde problemas menores até alguns que podem atentar seriamente contra a saúde.
Polissonografia: exame detalhado para descobrir os distúrbios do sono.
Passar uma noite num laboratório do sono cheia de fios pendurados pelo corpo e sendo
observada o tempo todo. Parece coisa de Reality Show. Mas na verdade é a polissonografia,
exame detalhado para descobrir os distúrbios do sono.
Os profissionais fazem de tudo para tornar o ambiente agradável: o colchão é confortável,
pode-se controlar a temperatura, a iluminação e ainda é possível levar o seu próprio
travesseiro.
Assim começa um exame capaz de detectar nada menos do que 87 distúrbios do sono.
A polissonografia detecta os seguintes distúrbios: Ronco, Apnéia, Insônia, Narcolepsia;
Bruxismo; Parassonias; Movimentos periódicos das pernas.
Os distúrbios mais comuns são os seguintes:
• Ronco: Uma a cada oito pessoas ronca e os homens são mais propensos a ele do que as
mulheres. De costas, a língua cai sobre a garganta e bloqueia o ar. Na realidade roncar não é
normal. E com certeza, seu eventual acompanhante também não conseguirá. dormir. Se o seu
companheiro ronca, faça com que ele durma de lado ou que eleve sua cabeça apoiando-a
sobre mais de um travesseiro. Outra sugestão é colocar dois calços de 10 cm na cabeceira da
cama, para incliná-la um pouco, colocando a cabeça num nível mais alto que o corpo.
• Bruxismo: Mais de 20% dos homens, mulheres e crianças rangem os dentes de forma
inconsciente durante o sono. Algumas vezes o problema pode ser dental, mas na maioria das
vezes o problema pode ser nervoso. Há um método muito simples que vem causando
satisfação para mais de 75% das pessoas afetadas por este distúrbio, quando praticado por
um período de três semanas. Durante o dia deve-se contrair as mandíbulas por um lapso de 5
a 10 segundos. A operação deve ser realizada dez vezes por dia. Existem também moldes
plásticos confeccionados por dentistas que preservarão os dentes e evitarão ruídos. Algumas
vezes é necessário medicação.
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• Narcolepsia: Sono incontrolável durante o dia com tendência a dormir em horas
inapropriadas. De origem genética, a doença pode estar associada a outros distúrbios do
sono.
• Apneia: O ronco prolongado e sonoro pode ser um alarme que indica a proximidade de
um problema potencialmente fatal. A pessoa com
apneia crônica durante o sono deixa de respirar por períodos de até 2 minutos, dezenas de
vezes em uma noite. A causa pode ser uma via respiratória obstruída ou uma interrupção de
sinais nervosos entre o cérebro e o diafragma. A apneia é perigosa, pois falta ao cérebro
oxigênio necessário para o seu correto funcionamento. Sessenta por cento dos homens com
mais de 50 anos sofrem de apneia, que causa diminuição de atenção, concentração e
memória. A obesidade aumenta o risco de tê-la e toma-se muito perigosa em pessoas com
pressão arterial alta. Durante a apneia, o indivíduo tem pequenos despertares que
interrompem o sono, prejudicando sua qualidade.
• Síndrome das pernas inquietas: Movimento irresistível dos membros inferiores,
acompanhado de sensações de “arrastamento” das pernas ocorrendo principalmente durante a
3ª idade e a noite.
• Parassonias: São decorrentes da ativação do sistema nervoso central. As mais comuns
são despertar confusional, terror noturno e sonambulismo.
• Sonambulismo: Manifesta-se quando se caminha ou se fala dormindo. Três por cento dos
adultos, sem distinção de sexo, caminham dormindo regularmente. Quinze por cento das
crianças entre 6 e 12 anos caminharam ao menos uma vez quando dormiam e 6% delas o
fazem uma vez por semana. Este distúrbio apresenta-se durante a fase de sono mais profundo
e um mal funcionamento cerebral leva o indivíduo de um estado de inconsciência a uma
zona de despertar psicológico parcial. Está demonstrado que o sonambulismo tem causa
genética, assim como os pesadelos noturnos e a transpiração copiosa. Uma em cada cinco
pessoas fala dormindo. Não se produz uma conversa com sentido, mas sim palavras soltas e
respostas sem sentido.
SEDENTARISMO
A pessoa sedentária é aquela que tem hábitos inativos e passa a maior parte do dia sentada
ou movendo-se muito pouco. Não realiza os exercícios musculares necessários para manter-
se em boa forma física.
VOCÊ TEM PROBLEMAS COM O SONO? Se você tem problemas para dormir, consulte um médico especialista em doença do sono. O Brasil
possui varias clínicas especializadas no assunto em suas principais capitais. Confira no site abaixo a rnais
próxima de você. www.sono.med.br
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Sem dúvida nenhuma, o sedentarismo é um mal próprio de países ou áreas comum de
elevado nível de vida.
Um estudo realizado sobre o grau de incidência do exercício físico em determinadas
doenças demonstrou que os infartos, as úlceras, as tromboses e a obesidade São mais
frequentes em pessoas que vivem sedentariamente num meio urbano do que as pessoas do
mesmo sexo e idade que vivem em zonas rurais, e que, por razoes óbvias desenvolvem
atividades físicas.
A prática de exercício físico tem uma grande importância em qualquer idade, sempre que
se realiza de acordo com as características próprias de cada pessoa. A atividade física é um
excelente moderador do sistema nervoso e contribui em grande medida para descarregar as
tensões originadas pela vida cotidiana em nossa sociedade. A prática da atividade física é
extraordinariamente benéfica para a saúde, sempre que realizada em boas condições.
A importância do exercício físico
A realização de atividade física, não é importante apenas para a estética, mas para
obtenção de uma vida saudável.
Sua prática é extraordinariamente benéfica para a saúde, sempre que realizada em boas
condições.
No entanto, atualmente não se realiza o exercício físico necessário devido, sem dúvida. A
crescente mecanização do trabalho e ao uso generalizado do automóvel próprio ou dos
transportes públicos. A falta de exercício conduz a uma atrofia do corpo e produz alterações
no equilíbrio e a hipersensibilidade diante da dor.
As vantagens da prática dos exercícios são múltiplas, especialmente se praticadas durante
a juventude, já que é neste período de vida que se consegue o maior desenvolvimento da
estrutura corporal.
O exercício contribui no desenvolvimento dos músculos respiratórios e exercem efeitos
positivos sobre o coração e o aparelho circulatório. No indivíduo treinado, o coração
aumenta de volume e diminui a frequência do ritmo cardíaco, devido a isto, seu rendimento
durante o exercício é superior. Em que idade deve começar uma criança a praticá-lo? Quanto
antes melhor, mas não se pode fixar uma idade concreta, já que vai depender das condições
físicas da criança, do esforço exigido e da boa disposição de cada uma.