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ESCOLA SECUNDÁRIA DA AMADORA
PROJECTO EDUCATIVO
2008-2011
2
“O alicerce de qualquer Estado é a educação dos seus jovens”
Diógenes Laertius
3
ÍNDICE
1. Introdução …………………………………………………………………………. 3
2. Breve caracterização da Escola e do Meio Envolvente …………………………. 4
3. Princípios de Identidade ………………………………………………………….. 7
3.1 Conceito de Escola e de Educação …………………………………..………. 7
Valores e Princípios Orientadores .….…………………………………….... 8
Missão …………………………….………………………………………….. 9
Visão ………………………………………………………………………….. 9
Objectivos Estratégicos ……………………………………….…………….. 10
4. Diagnóstico ………………………………………………………………………… 10
4.1 Áreas a Manter - Pontos Fortes …………………………………………….. 10
4.2 Áreas a melhorar – Necessidades/Prioridades …………………………….. 11
4.2.1. Dimensão Curricular e Pedagógica ………………………………… 11
4.2.2. Dimensão Psicossocial e Comunitária ……………………………... 12
4.2.3. Dimensão Organizacional e Logística ……………………………... 12
5. Objectivos, Estratégias e Finalidades …………………………………….……. 13
5.1. Dimensão Curricular e Pedagógica ………………….……………………. 13
5.2. Dimensão Psicossocial e Comunitária …………………….……………… 18
5.3. Dimensão Organizacional e Logística …………………………….………. 24
6. Instrumentos de Suporte à operacionalização do Projecto …………………… 29
7. Acompanhamento, Monitorização e Avaliação do Projecto Educativo …...…. 29
8. Anexos ……………………..…….…………...…………………………………... 30 8.1- Metas a atingir 8.2- Resenha Histórica 8.3- Siglas
4
1. Introdução
As evoluções do contexto sócio-económico e da política educativa a nível interno e externo,
registadas na última década, fundamentam a necessidade de reformulação do PEE em vigor
desde 1999-2000.
Pretende-se, nesta actualização e reestruturação, um PEE que seja mais definidor,
caracterizador e orientador da realidade existente. Deve ser flexível e aberto de modo a ajustar-
se à permanente evolução das condições sócio-educativas e das necessidades individuais.
Como “Carta de Princípios”, este documento é um referencial de valores comuns que
conferem identidade à Escola, em direcção ao futuro que se deseja, promovendo o
envolvimento e a realização de toda a comunidade educativa, dando sentido colectivo às
autonomias individuais.
O PEE, como documento normativo, será o instrumento essencial no reforço das aspirações
da Escola, ou seja, a sua visão, definindo os seus objectivos, o sentido da gestão estratégica e
acção colectivas que consolidem a autonomia em articulação com os demais documentos
normativos, deliberativos e operacionais, a saber:
- Regulamento Interno, Projecto Curricular e Plano Anual de Actividades, Plano de Formação
e Plano de Avaliação.
O PEE, de acordo com a legislação vigente, como cerne da política da Escola e como
documento de natureza geral e estratégica, estruturante da identidade da Escola, deverá ser:
- Englobante, concebendo a Escola como uma unidade organizacional participada e distinta
pela sua natureza e qualidade;
- Uma preferência enquanto processo participativo único e original;
- Uma referência enquanto produto transformador e modelador.
“Educar o Futuro”, promovendo o sucesso e a qualidade, continuará a ser a missão constante
de uma Escola que “há muito adquiriu identidade, rosto, personalidade”1 face aos desafios
permanentes, valorizando as práticas que mobilizam a comunidade educativa local neste
compromisso.
1 Luís, Ália Correia (Presidente CD) – Reunião Geral Professores, ESA , Set. 96
5
2. Breve caracterização da Escola e do Meio Envolvente
2.1. A Escola Secundária da Amadora
A fundação do Liceu Nacional da Amadora, em 17 de Fevereiro de 1972 (Decreto-lei n.º 447/71 de 25 Out.), foi a concretização de antigas aspirações e necessidades da população desta área, na altura incluída no concelho de Oeiras. O tipo de construção da escola obedece ao modelo estabelecido nos anos 70, caracterizado pela distribuição do espaço escolar por vários pátios e pavilhões que oferecem uma multiplicidade de valências técnicas, científicas e desportivas.
A Escola Secundária da Amadora, assim designada desde 1979 (Portaria 608/79 de 22 de Nov.), situa-se no centro do concelho, na freguesia da Reboleira e recebe, por esse motivo, alunos provenientes das diversas freguesias. Localiza-se próximo da estação de comboio, é servida por várias carreiras rodoviárias e será ainda servida pela nova estação de metro da Reboleira, com inauguração prevista a curto prazo. Inicialmente, leccionou-se o 3º ciclo do ensino básico, o ensino secundário diurno e o complementar nocturno. A partir do ano lectivo de 1999/2000, passou a leccionar-se o ensino secundário (diurno e nocturno), permitindo uma grande diversidade de oferta de percursos formativos que lhe conferem um estatuto e uma especificidade de referência no concelho.
Frequentam a escola, no período diurno, 1134 alunos dos cursos científico-humanísticos e 148 alunos dos cursos profissionais, nível III dentro dos percursos qualificantes.2
No período lectivo nocturno, funcionam os cursos secundários do ensino recorrente com 248 alunos, bem como os cursos de Educação e Formação de Adultos, no âmbito do programa Novas Oportunidades.
A população escolar integra, com elevado sentido de inclusão, alunos provenientes de outros países, nomeadamente dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). A escola disponibiliza um conjunto alargado de actividades de complemento curricular, de cariz variado, além das actividades enquadradas pelo desporto escolar.
2 Dados fornecidos pelos serviços administrativos referentes a 2007/2008
6
O corpo docente, predominantemente feminino, caracteriza-se pela estabilidade – 165 professores pertencem ao Quadro de Nomeação Definitiva – e por uma preparação científico - pedagógica sólida e actualizada face à diversidade do universo da Escola.
O corpo de funcionários administrativos e de auxiliares de acção educativa perfaz o número de 50 (12 administrativos e 38 auxiliares), sendo também maioritariamente feminino.
2.2. O Meio Envolvente
O concelho da Amadora tem uma área de 23,79 km2 para uma população de 175 872 habitantes. Está dividido em 11 freguesias e pertence à Área metropolitana de Lisboa Norte. Tem características marcadamente urbanas e dispõe de bons acessos.
Segundo dados do I.N.E., referentes ao recenseamento geral de 2001, 92,2% de população activa encontra-se empregada, a maioria da qual fora do concelho. O grosso deste grupo trabalha no sector terciário (75,4 %). O sector secundário está em regressão e o sector primário é residual (0,3%). A taxa de desemprego é de 7,8%.3
A população residente com actividade económica trabalha maioritariamente por conta de outrem e o nível de instrução dos residentes do concelho apresenta as seguintes características:
3 Cfr. Amadora XXI. Território e população, pp. 4-7, que remete para o Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 [www.cm-amadora.pt]
7
População residente por nível de instrução, 2001
Fonte: Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001
No intervalo intercensitário de 1991-2001, verificou-se uma ligeira diminuição da população do concelho, que apresenta 15% de jovens (até aos 15 anos) e 8% de estrangeiros. A taxa da população residente activa é de 53,4%. Quanto ao nível de instrução e percentagem de população residente activa, estes dados apontam para um crescimento das necessidades de resposta à pertinência de uma formação ao longo da vida.
A multiculturalidade é uma das características marcantes do concelho. Segundo dados do censo de 2001, 8% da população da Amadora é oriunda do estrangeiro. As ex-colónias portuguesas (Cabo Verde, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné, Timor Leste e Moçambique) e alguns países do leste Europeu, bem como a China, constituem a fonte deste fluxo migratório que tem crescido nos últimos anos. Esta enorme diversidade cultural reflecte-se cada vez mais no quotidiano do concelho, através de várias formas de expressão: cultural, artística, económica e social.
Das instituições culturais e educativas existentes no concelho da Amadora, destacamos:
Escola Superior de Teatro e Cinema;
Academia Militar – Destacamento da Amadora (DAMA);
Biblioteca Municipal Piteira Santos;
Centro de Ciência Viva;
Casa Roque Gameiro;
Galeria Artur Bual;
Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem;
Centro de Arte Contemporânea;
Núcleo Museográfico do Casal da Falagueira;
Museu Municipal de Arqueologia;
Necrópole de Carenque;
Recreios da Amadora;
Cine Teatro D. Joao V;
Auditório de Alfornelos / Teatro Passagem de Nível;
Sociedade Filarmónica Recreio Artístico da Amadora.
8
3. Princípios de Identidade
3.1. Conceito de Escola e de Educação
A análise da situação, que inclui a caracterização da escola e do meio e o quadro legislativo
que regulamenta o sistema educativo, implica que a estruturação do Projecto Educativo
responda às exigências da instituição escolar em geral e à especificidade individual movida
pelo ritmo a que a sociedade se transforma.
A educação e o ensino assumem-se como indutores de desenvolvimento na procura de
uma cultura de qualidade e rigor face à actual diversidade na formação de saberes e ao
confronto com uma grande variedade de situações de aprendizagem.
Entendendo a aprendizagem como condição humana ao longo da vida, com carácter
largamente informal, fruto de múltiplas combinações (escola, família, profissão, sociedade…),
torna-se fulcral desenvolver a capacidade de gestão de conhecimentos, o treino e o apoio na sua
aplicação. Esta gestão de conhecimentos implica a promoção nos alunos de uma grande
flexibilidade e capacidade de adaptação às diferentes abordagens da aprendizagem. Neste
contexto, as novas tecnologias e o e-learning são ferramentas que ajudam a construir e ou
melhorar uma cultura de aprendizagem como processo.4
O encorajamento que se pode dar aos alunos na aprendizagem através de cada disciplina
curricular, do estudo transdisciplinar (integrando diferentes abordagens e usando tecnologias
de informação), do incentivo à prática e do reconhecimento da aprendizagem intercultural e
intergeracional, promovem o acesso ao conhecimento de forma mais abrangente, rápida e
eficaz.
Desenvolver a flexibilidade e a capacidade de adaptação nos alunos é um desafio central
que implica implementar métodos e técnicas adequados a públicos muito diferentes,
desencadeando uma lógica de aprendizagem ao longo da vida conducente a uma sociedade
inclusiva baseada no conhecimento.
Entendendo a aprendizagem ao longo da vida como processo abrangente, a Escola, na sua
missão educativa, preocupa-se em preservar e partilhar os valores e a cultura como base da
nossa identidade. Pelos valores comuns que alicerçam a identidade e pela capacidade de a eles
nos mantermos fiéis, poderemos adaptar-nos à mudança, respeitando a diversidade histórica,
linguística e cultural. Pela cultura, como factor essencial do desenvolvimento humano, de
4 Rosenberg, Marc “Beyond eLearning” - EU Conference Delivering on the Lisbon Agenda, Lisboa, Out.07
9
integração e coesão social, criam-se laços entre cidadãos e fomenta-se o sentimento de destino
partilhado, de pertença e de cidadania activa. “ Ao facilitar o diálogo, a cultura abre o caminho
ao desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais multicultural e multilingue”5,
promovendo a coesão e a integração social e económica.
A flexibilidade na resposta às exigências e interesses locais tem também um lugar central
na organização curricular, permitindo que as propostas possam criar um acesso adequado para
todos os alunos àquilo que é comum e diferente na experiência humana, preparando-os para
uma melhor mobilidade. Deste modo estaremos a desenvolver neles a capacidade de apreciar e
avaliar a diversidade humana e o valor da vida, de forma tolerante, consolidando a motivação
para adequar o seu comportamento.
Neste conceito de Escola e de Educação o papel dos professores, centrado num amplo leque
de qualidades associadas à excelência do ensino e ao desenvolvimento integral dos alunos,
aliado ao papel da família (pais e encarregados de educação) no acompanhamento dos seus
educandos e ao envolvimento de toda a comunidade e da Escola como organização, num
espírito de comunicação permanente, são fundamentais no desenvolvimento e consecução do
ethos vivido na escola com claros efeitos nas aprendizagens.
3.2. Valores e Princípios Orientadores
Os objectivos a atingir com este Projecto Educativo serão definidos com base nos princípios
abrangentes e imutáveis na educação, consignados na Lei de Bases do Sistema Educativo:
- A socialização / humanização do indivíduo;
- A necessidade de uma educação geral que contribua para o desenvolvimento pleno e
harmonioso da personalidade dos indivíduos;
- A importância da educação para a cidadania, da capacidade de julgar com espírito crítico e
criativo, promotoras da transformação do meio em que se integra e de um futuro mais
produtivo e pacífico;
- A flexibilidade de escolha no quadro curricular formal de modo a que as opções dos
alunos possam corresponder aos seus interesses e capacidades particulares.
Os objectivos, estratégias e sentido das metas apresentam-se agrupados nas três dimensões
que abrangem todo o Projecto Educativo – Dimensão Curricular e Pedagógica; Dimensão
Psicossocial e Comunitária; Dimensão Organizacional e Logística – tendo como referência os
5 Barroso, Durão (Presidente da Comissão Europeia) – “Uma Alma para a Europa”(discurso), Berlim, Nov.06
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normativos que regulamentam o Sistema Educativo, o conceito de Escola e Educação e os
Valores e Princípios que a seguir se enumeram:
- Competência e Profissionalismo, assumindo a educação e o ensino como indutores de
desenvolvimento, no princípio da flexibilidade, conducentes a uma sociedade inclusiva baseada
no conhecimento e aprendizagem ao longo da vida;
- Justiça, Legalidade e Transparência na promoção da igualdade de direitos e
oportunidades com base em critérios e estratégias integradoras, num espírito de comunicação
permanente e envolvimento de toda a comunidade;
- Qualidade, Eficácia, Rigor e Inovação conducentes à excelência do ensino e
desenvolvimento integral dos alunos;
- Integridade, Responsabilidade e Autonomia, assumindo a aprendizagem como condição
humana ao longo da vida e como processo que exige capacidade de gestão de conhecimentos,
no princípio da preservação e partilha dos valores e cultura que alicerçam a identidade;
- Humanismo, Tolerância e Solidariedade, no princípio da socialização do indivíduo,
desenvolvendo a capacidade de apreciar e avaliar a diversidade humana e o valor da vida
conducentes a uma sociedade cada vez mais multicultural e multilingue;
- Cidadania, Liberdade e Democracia, desenvolvendo o espírito crítico e criativo, o
sentimento de pertença e de destino partilhado e a capacidade de julgar, encarando cada
indivíduo como elemento capaz de intervir de forma a promover a transformação do meio,
projectando um futuro mais produtivo e pacífico.
3.3. Missão
Promover nos jovens que frequentam a Escola Secundária da Amadora a aquisição de
conhecimentos, capacidades e atitudes fundamentais, estruturantes e de natureza instrumental,
que lhes permitam prosseguir os seus percursos académicos, profissionais e pessoais numa
perspectiva de educação e de formação ao longo da vida, no respeito e consolidação dos
valores humanos e sociais, assumindo-se como cidadãos de pleno direito, com capacidade
organizativa e auto-estruturante que os torne criativos, críticos e intervenientes numa sociedade
democrática, economicamente competitiva, desenvolvida e em permanente mudança.
3.4. Visão
Consolidar o estatuto de escola de referência do Ensino Secundário, centrada na qualidade e
11
rigor do processo de ensino - aprendizagem e na formação para a cidadania, que se afirma pela
capacidade de inovação, criatividade, eficiência e renovação, contribuindo para a valorização
do potencial humano.
3.5. Objectivos Estratégicos
Melhorar a qualidade do processo de Ensino – Aprendizagem que permita aos alunos a
aquisição de conhecimentos, capacidades e atitudes fundamentais estruturantes.
Incentivar os contactos e experiências com o mundo do trabalho, fortalecendo os mecanismos
de aproximação entre a Escola, a vida activa e a comunidade e dinamizando a função
inovadora e interventora da escola.
Investir na melhoria das condições de funcionamento e organização da escola utilizando as
potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação.
4. Diagnóstico Numa perspectiva de Construção de uma Escola de excelência e tendo como finalidade a
promoção da melhoria da qualidade do serviço educativo e dos seus níveis de eficiência,
efectuou-se o diagnóstico da situação do processo de ensino e aprendizagem na Escola. O
diagnóstico elaborou-se com base em dados recolhidos da Avaliação Externa da Inspecção-
Geral da Educação de 2007, da Auto-avaliação da Escola coordenada pelo Grupo de Avaliação
e Desempenho Escolar, em articulação com os órgãos de gestão e as estruturas educativas,
operacionalizada pela aplicação do programa AVES e pela implementação do Quadro Comum
de Avaliação CAF (Common Assessment Framework), em colaboração com a equipa de auto-
avaliação então constituída. Foram ainda tidos em consideração os resultados dos inquéritos de
avaliação do Projecto Educativo anterior, aplicados a toda a comunidade no decorrer do ano
lectivo de 2006/2007.
4.1. Aspectos a manter – Pontos Fortes
� Estabilidade, profissionalismo, empenho, experiência e motivação do corpo docente e não docente;
� Eficiência no desempenho dos Directores de Turma;
� Clima de segurança, bem-estar, disciplina e integração cultural;
12
� Valorização das aprendizagens contínuas em contextos diversificados operacionalizadas em actividades de complemento curricular e desporto escolar;
� Promoção da inovação e coordenação pedagógica e curricular, da reorganização da oferta educativa, da remediação e reforço de aprendizagem, do investimento em equipamentos e da dinamização da participação das famílias e da comunidade local;
� Coordenação intra e interdepartamental das actividades de avaliação visando a credibilidade e qualidade das aprendizagens;
� Promoção da melhoria da qualidade do serviço educativo e seus níveis de eficiência;
� Disponibilização do SPO (Serviço de Psicologia e Orientação), UNIVA (Unidade de Inserção na Vida Activa) e NAE (Necessidades de Apoio Educativo);
� Gestão criteriosa dos recursos humanos disponíveis;
� Liderança solidária dos órgãos de gestão, com visão prospectiva e articulada com as lideranças intermédias;
� Auto-avaliação sustentada em processos participados por toda a comunidade educativa.
4.2. Aspectos a melhorar – Necessidades/Prioridades
4.2.1. Dimensão Curricular e Pedagógica
� Adequação e concretização das deliberações do Projecto Curricular de Escola com base
na gestão do Currículo Nacional e segundo a matriz do Projecto Educativo;
� Criação de um plano de monitorização acompanhamento e valorização da gestão
programática e práticas docentes em contexto de sala de aula;
� Incremento da monitorização e acompanhamento estratégico dos resultados
académicos;
� Melhorar os processos de apoio individual e ou em pequeno grupo e os processos de
diferenciação estratégica;
� Criação de parcerias com grupos empresariais visando o desenvolvimento do espírito
empreendedor e a qualificação face à necessária competitividade nacional;
� Desenvolvimento da intervenção pedagógica dos Departamento Curriculares na gestão
do Currículo;
� Alargamento da utilização de tecnologias da informação e comunicação no processo de
ensino-aprendizagem;
13
4.2.2. Dimensão Psicossocial e Comunitária
� Desenvolvimento do ethos vivido na Comunidade Educativa;
� Redimensionamento das capacidades de resposta do Serviço de Psicologia e
Orientação;
� Incremento da implicação de pais e encarregados de educação no acompanhamento e
responsabilização dos seus educandos nas actividades da Escola;
� Consciencialização da comunidade educativa quanto aos seus direitos e deveres;
� Estabelecimento de parcerias com empresas, escolas, instituições de ensino superior,
instituições de solidariedade social, etc.
4.2.3. Dimensão Organizacional e Logística
� Desenvolvimento e reformulação dos documentos estruturantes da organização e das
actividades desenvolvidas pela Escola – Projecto Curricular de Escola, Plano Anual de
Actividades, Plano de Formação da Escola, Plano de Auto-avaliação;
� Incremento da informação e participação do corpo docente e não docente visando a
qualidade, a realização e a satisfação profissional;
� Redimensionamento de recursos humanos e requalificação de espaços e equipamentos
de acordo com as necessidades e exigências actuais;
� Implementação de um sistema de arquivo que permita guardar a “memória” da Escola.
5. Objectivos, Estratégias e enquadramento das Metas
14
A natureza geral e estratégica dos objectivos e as finalidades que se apresentam constituirá o elo estruturante da identidade que se pretende com o Projecto Educativo da Escola a operacionalizar nas metas do Anexo um. 5.1. Dimensão Curricular e Pedagógica
“Da educação do povo deste país depende o seu destino” Benjamin Disraeli
A flexibilização, a qualidade e a inovação nas opções curriculares e pedagógicas estão no cerne deste Projecto Educativo pela sua dimensão social e pela implicação que têm na futura integração dos nossos alunos numa sociedade baseada no conhecimento e inclusiva. A planificação conjunta, a discussão de metodologias e a partilha de experiências na prática lectiva, conduzirão à uniformidade, ao rigor, à transparência e à justiça nos critérios. Na dimensão pedagógica, a comunicação e o diálogo na procura de soluções contribuirão também para que o processo de ensino aprendizagem decorra num clima de exigência e rigor crescentes, no sentido da responsabilização e autonomia dos nossos alunos. Objectivos
Estratégias
5.1.1. Diversificar a oferta curricular e percursos formativos, valorizando o contexto escolar, investindo em recursos materiais e humanos, proporcionando alternativas e criando oportunidades face à realidade envolvente, promovendo um ensino plural e partilhado correspondente às exigências e desafios do futuro.
5.1.1. � Adequação das ofertas formativas dos
cursos Científico-humanísticos (respondendo à procura de formação direccionada ao prosseguimento de estudos de nível superior), Profissionais (respondendo à procura de qualificação profissional atendendo ao tecido empresarial nacional), Novo Ensino Recorrente, Módulos Capitalizáveis e Educação e Formação de Adultos, visando proporcionar oportunidades de formação face à realidade do mercado de trabalho nacional e europeu;
� Incremento do ensino das línguas
estrangeiras promovendo o multilinguismo essencial na dimensão europeia para a promoção da coesão e integração económica e social;
� Reforço da orientação escolar e
profissional fomentando o contacto com realidades nacionais e europeias;
� Criação de parcerias ou protocolos com
15
5.1.2. Fomentar aprendizagens centradas
nos processos e na gestão de conhecimentos, contribuindo para a formação integral dos alunos como futuros cidadãos responsáveis, conscientes, autónomos, cooperantes, críticos e interventivos.
instituições de ensino superior e grupos empresariais, vocacionadas para o incremento do empreendedorismo, face à necessária competitividade nacional, como estratégia transversal a todos os agrupamentos.
5.1.2.
� Utilização de práticas lectivas que permitam a aquisição e promoção de técnicas e métodos de estudo e o desenvolvimento de competências de reflexão crítica, de experimentação e investigação, de análise, de articulação de conteúdos, de planificação e de produção;
� Incremento da adopção de estratégias
diferenciadas, nomeadamente trabalhos de pesquisa, de campo, organização de portefólios, trabalhos de projecto e outros, não centrados no professor, que incrementem a participação dos alunos;
� Alargamento da utilização do
e-learning e das TIC em sala de aula e demais espaços vocacionados para o trabalho;
� Valorização de actividades que
consolidem a consciência da relação entre a educação formal, não formal e informal numa perspectiva interdependente de aprendizagem ao longo da vida;
� Promoção da cooperação entre jovens,
desenvolvendo estratégias interpessoais de negociação, partilha e outras consolidando actividades de complemento curricular;
� Criação de protocolos, contratos ou
parcerias com instituições científicas, órgãos de decisão, empresas e outras entidades de forma a fazer a ligação da escola com o meio sócio-económico, criando oportunidades de percursos qualificantes, sustentados no sucesso de uma integração activa;
16
5.1.3. Promover o sucesso escolar
investindo na formação e qualificação de todos os jovens com base em valores de justiça, exigência, rigor e qualidade, reduzindo o abandono precoce do sistema de educação, assumindo a aprendizagem como condição humana ao longo da vida.
� Participação empenhada dos alunos
como agentes activos na organização e divulgação de:
. Projectos; . Actividades de Complemento Curricular/Clubes; . Intercâmbios; . Desporto Escolar; . Outros.
5.1.3.
� Incremento dos projectos em desenvolvimento na promoção do sucesso: - Projecto Alumnus; - Oficina de Aprendizagem; - Reforço de Aprendizagem; - Mais Escola Melhor Escola.
� Incremento de estruturas de orientação e apoio aos alunos, nomeadamente:
. reforço dos apoios/aprendizagens com orientação através de planos individuais de trabalho;
. reforços específicos para as disciplinas com exame nacional e disciplinas em atraso;
. reforço do acompanhamento e encaminhamento dos alunos, desenvolvendo aspectos formativos que proporcionem orientação escolar e profissional, em coordenação sempre que necessário com tutores, coordenadores de Estruturas de Orientação Educativa, Serviço de Psicologia e Orientação (SPO), Unidade de Inserção para a Vida Activa (UNIVA) e Núcleo de Apoio Educativo (NAE).
� Utilização de diferentes modalidades
de avaliação, uniformização de critérios e estabelecimento de adaptações específicas;
� Participação activa dos Conselhos de
Turma na detecção de dificuldades de aprendizagem ou risco de abandono escolar, propondo planos de
17
5.1.4. Incrementar a interdisciplinaridade
e transdisciplinaridade. 5.1.5. Enquadrar a formação Profissional
do Corpo Docente no Plano de Formação da Escola.
actuação/recuperação;
� Reforço da informação e experiências que permitam aos alunos decidir adequadamente quanto à sua vocação;
� Implementação da participação de
professores ( Directores de Turma, Tutores e outros) com formação adequada para levar a cabo, com eficácia, a tarefa de orientação dos alunos;
� Desenvolvimento e continuação de
estratégias de integração de alunos com dificuldades especiais (estrangeiros, trabalhadores-estudantes, minorias, portadores de deficiência, etc.).
5.1.4. � Criação de núcleos nos Departamentos
Curriculares de forma a desenvolver materiais pedagógicos de trabalho conjunto, com base no levantamento já existente neste domínio;
� Reforço das práticas de reflexão,
planificação e trabalho em equipa inter ou intra-departamental, uniformizando metodologias e materiais pedagógicos;
� Consecução do Projecto Curricular de
Escola a nível de cada turma elaborando sempre que possível actividades conjuntas, partilhando materiais pedagógicos e instrumentos de avaliação;
� Valorização de actividades que
propiciem a ligação entre o curricular e o extracurricular.
5.1.5.
� Auscultação dos Departamentos para apresentação de propostas de formação;
� Acordos com associações de
professores e outras instituições com
18
vista a proporcionar acções na área de formação científico-didáctica de cada departamento, no Centro de Formação da Associação de Escolas do Concelho da Amadora;
� Continuação das acções de formação
centradas na utilização de novas tecnologias, nas áreas de liderança, tutoria, comunicação, gestão e avaliação, como áreas de intervenção prioritária.
Finalidades
As finalidades inerentes aos objectivos contidos nesta dimensão deverão ter em conta a
formação de cidadãos responsáveis e autónomos, com base no rigor, justiça nos critérios e
transparência, oferecendo qualidade, flexibilidade e inovação. No contexto da planificação
estratégica que caracteriza o PEE, como documento normativo, visam:
� Diversificar e flexibilizar a totalidade da oferta curricular dos diferentes percursos
escolares, face à necessária competitividade nacional;
� Incrementar o uso das TIC, aprofundando a utilização do e-learning e outras formas
de aprendizagem e gestão de recursos em sala de aula;
� Incrementar condições que favoreçam o sucesso e a redução do abandono do
sistema de ensino, fazendo um acompanhamento individualizado dos alunos e
aprofundando as estruturas de orientação e os planos de apoio ao seu trabalho escolar,
diversificando e inovando metodologias de ensino e estratégias de aprendizagem,
promovendo a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.
Com base neste enquadramento e pela natureza que lhes é inerente, as metas desta dimensão
estão especificadas no anexo um.
5.2. Dimensão Psicossocial e Comunitária
“ O objectivo da educação é a virtude e o desejo de converter-se num bom cidadão” Platão
19
A valorização da Escola, da instituição e do saber por parte de todos os membros da comunidade educativa é condição fundamental para o sucesso. Este só é plenamente alcançado quando se aliam vectores tão importantes como são o profissionalismo e qualificação do corpo docente e não docente, o empenho e integração dos alunos e a dedicação e interesse educativo de pais e encarregados de educação, aliados ao reconhecimento e aceitação dos princípios de identidade da Escola (conceito de Escola e de Educação, Valores, Missão, Visão) conducentes ao aperfeiçoamento do indivíduo enquanto cidadão activo. Objectivos
Estratégias
5.2.1. Educar a pessoa como um todo,
incentivando uma cultura integradora, construindo e reforçando o sentido de identidade e interacção na comunidade educativa.
5.2.1.
� Divulgação do Projecto Educativo, Projecto Curricular, Regulamento Interno e Plano Anual de Actividades junto da comunidade escolar;
� Continuação de iniciativas de acolhimento
dos novos alunos e professores, no início de cada ano lectivo, ou outras que desenvolvam um clima de aproximação, bem-estar e segurança na comunidade educativa, estimulando as relações de entreajuda e divulgando-as atempada e eficazmente;
� Diagnóstico de casos de alunos com
dificuldades de integração e seu encaminhamento para as estruturas de diferenciação estratégica criadas e a criar na Escola e outro tipo de apoios, garantindo a concretização da igualdade de oportunidades;
� Estabelecimento de protocolos ou
contratos com instituições de apoio e protecção dos direitos fundamentais dos jovens, proporcionando a criação de um serviço com técnicos especializados;
� Criação de condições para o
funcionamento de programas e serviços nos seguintes sectores: apoio económico, alimentação, papelaria, transporte e seguro escolar;
� Criação de um observatório de integração,
sucesso e abandono de modo a conhecer o perfil do aluno e proporcionar reorientação vocacional ou encaminhamento
20
5.2.2. Desenvolver uma relação de
confiança, cooperação e comunicação entre Escola e Família, privilegiando um diálogo permanente face ao objectivo final de formar os alunos como cidadãos responsáveis e capazes de construir o futuro.
adequados;
� Reforço do Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) de forma a incrementar a interacção com os alunos e todos os agentes educativos, ajudando a construir um projecto pessoal e vocacional;
� Desenvolvimento da dinâmica de
cooperação a nível local, nacional e internacional entre instituições de ensino, empresas e outros, criando parcerias educativas no sentido de promover a articulação com projectos e actividades, concretizando a ligação escola meio;
� Comemoração dos sucessos alcançados em
momentos marcantes para a escola (Dia da Escola e outros), cultivando o sentimento de pertença;
� Continuação da valorização e
reconhecimento do sucesso e atitudes dos alunos assim como do empenhamento e profissionalismo de todos os elementos da comunidade;
� Criação de Mostras Anuais de divulgação
de áreas curriculares e extra-curriculares que promovam a satisfação de professores e alunos;
� Incremento de eventos culturais (teatrais,
musicais, mostra de artes e outros);
� Reforço da comunicação interna e externa divulgando iniciativas promovidas pela Escola.
5.2.2.
� Reforço das funções pedagógicas do Director de Turma, como elo de ligação com a Família, de modo a dinamizar uma convivência harmoniosa;
� Implementação de Tutorias no
acompanhamento personalizado do aluno,
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5.2.3. Desenvolver atitudes preventivas
no âmbito da Saúde, Ambiente, Consumo e Segurança, tendo em vista a formação de cidadãos responsáveis, conscientes, críticos e interventivos nestas áreas.
em estreita cooperação com a família, o Conselho de Turma, os coordenadores de Estruturas de Orientação Educativa, SPO, UNIVA e NAE;
� Intensificação da interacção entre os
Directores de Turma, o Conselho Pedagógico e a Associação de Pais/Encarregados de Educação no sentido de encontrar formas de incrementar a implicação pedagógica e colaboração formal, sistemática e assumida de Pais/Encarregados de Educação na educação dos seus filhos/educandos;
� Valorização do papel da Associação de
Pais e Encarregados de Educação, desenvolvendo oportunidades de encontro, incrementando relações de confiança e participação nas actividades da comunidade educativa no âmbito das suas formações ou profissões;
� Implementação de sessões de formação e
informação para pais e encarregados de educação com ajuda de especialistas em diversas áreas, envolvendo sempre que possível as diferentes estruturas da Escola e os membros da comunidade.
5.2.3.
� Dinamização de acções de aproximação entre a escola e instituições locais nas áreas do Ambiente, do Consumo e da Segurança, nomeadamente campanhas de sensibilização e de informação, conferências, debates, colóquios, exposições, simulacros de emergência;
� Desenvolvimento de actividades de ar
livre e de iniciativas no âmbito do Desporto Escolar, de actividade interna e dos Clubes/Núcleos;
� Continuação do trabalho desenvolvido pelos Clubes e Núcleos ligados ao ambiente, pelo Gabinete de Promoção
22
5.2.4. Construir o quotidiano de escola
num exercício permanente de direitos e deveres de Cidadania, valorizando o relacionamento interpessoal e de grupo.
5.2.5. Desenvolver um perfil de cidadão
do Mundo, humanizado eticamente e civicamente, alicerçado na Cultura, na Ciência, na História e na Língua e tendo a Comunidade Educativa como referente.
da Saúde, pelo projecto “Saúde e Sexualidade ESAjovem” e pelo Posto de Socorros.
5.2.4.
� Reformulação anual do Regulamento Interno da Escola de forma a adapta-lo às permanentes evoluções da sociedade e da comunidade educativa;
� Promoção de um clima social de
participação, de integração, de transparência e de segurança, incentivando o diálogo e a reflexão sobre as regras de funcionamento da escola, como mecanismo auto-regulador, garantindo o efectivo cumprimento do Regulamento Interno;
� Criação de equipas pedagógicas/grupos
de trabalho com vista a solucionar situações de indisciplina dentro e fora da sala de aula, com recurso aos serviços técnicos especializados: SPO e outros;
� Esclarecimento, motivação e formação
dos alunos quanto à importância da sua participação activa no seio da comunidade educativa.
5.2.5.
� Motivação e apoio de candidaturas a projectos de enriquecimento curricular, concursos, visitas de estudo, intercâmbios nacionais e internacionais, incentivando alunos e professores para o contacto com outras realidades e outros valores de ordem social, cultural, estética, científica e desportiva;
� Promoção e desenvolvimento da
actividade de Clubes e Núcleos temáticos de acordo com os interesses dos alunos valorizando a participação e o empenho;
� Valorização da língua e cultura
portuguesas como base da identidade nacional;
23
� Promoção do multilinguismo criando
ofertas diversificadas de ensino de línguas que permitam a partilha de valores comuns numa Europa “Unida na diversidade”, face à necessária coesão e integração económica e social;
� Valorização do património ambiental e
construído/cultural a nível local, nacional e internacional;
� Criação de núcleos de serviço
comunitário de voluntariado, conducentes ao reforço da interacção sócio-cultural e intergeracional.
Finalidades
As finalidades inerentes aos objectivos contidos nesta dimensão deverão ter por base
proporcionar um crescente/qualificado número de iniciativas, actividades e meios conducentes
à integração e aperfeiçoamento do indivíduo, construindo e reforçando o sentido de identidade
e consciência cultural, em cooperação com toda a comunidade escolar. No contexto da
planificação estratégica que caracteriza o PEE, como documento normativo, visam:
� Incentivar a participação de toda a comunidade escolar nas tomadas de decisão da
escola, aumentando o nível de informação/formação dos docentes, dos pais/EE, dos
alunos e demais membros da comunidade, construindo e reforçando o sentido de
identidade e consciência cultural;
� Aprofundar a integração dos alunos e sua participação cívica e disciplinada na
comunidade escolar, incrementando as actividades/iniciativas que promovam a
autonomia, a responsabilidade, a tolerância, o espírito solidário e o espírito
empreendedor, com vista ao seu crescimento intelectual, ético, emocional, cívico e
estético, criando um perfil de homem/mulher cidadão do mundo;
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� Desenvolver uma relação de confiança, cooperação e comunicação entre Escola e
Família, visando uma participação empenhada em actividades conjuntas que permitam
a partilha de informação e formação;
� Desenvolver atitudes preventivas no âmbito da Saúde, Ambiente, Consumo e
Segurança, criando actividades de sensibilização/informação/formação nestes campos.
Com base neste enquadramento e pela natureza que lhes é inerente, as metas desta dimensão
estão especificadas no anexo um.
5.3. Dimensão Organizacional e Logística
“O mais importante na vida não é saberes onde estás, mas sim para onde vais” Goethe
A organização da Escola deve visar a promoção do sucesso educativo e da realização profissional, criando as melhores condições para que cada actor educativo possa desenvolver o seu trabalho. Assim, deve gerir o tempo, o espaço e os recursos, tendo por base os interesses e necessidades da comunidade escolar, à luz do Projecto Educativo, em interacção com a
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comunidade local. Deve promover igualmente, a dignificação do espaço – escola, potenciando e melhorando os recursos materiais, o conforto e as condições técnicas de cada espaço. Objectivos
Estratégias
5.3.1. Implementar o Projecto de Auto-avaliação decorrente do ethos vivido na Escola
5.3.2. Melhorar o funcionamento, a
articulação e a cooperação dos vários órgãos de gestão e outras estruturas da escola incrementando o acesso à informação.
5.3.1. � Criação de plano integrado de acção e
auto-avaliação com base na visão estratégica global;
� Observação do percurso académico e
profissional de ex-alunos;
� Desenvolvimento do trabalho iniciado pelo Observatório de Qualidade da Escola;
� Supervisão, acompanhamento e
valorização de toda a actividade da Comunidade Educativa.
5.3.2.
� Incremento da articulação entre os órgãos de gestão e outras estruturas da Escola, para uma planificação participada e cooperativa, promovendo a análise reflexiva de toda a comunidade;
� Agendamento periódico de encontros
formais e informais, conjuntos ou parcelares, entre órgãos de gestão e outras estruturas da escola, com objectivos temáticos para partilha de ideias, recolha de opiniões, propostas de estratégias;
� Incentivo à criação e promoção de
modelos inovadores de discussão e trabalho no interior da comunidade educativa para a melhoria das relações profissionais, desenvolvendo o ethos de escola comunicativa e participada;
� Incremento da eficácia dos canais de
comunicação interna e/ou externa, quer para divulgação de toda a legislação, regulamentos e demais informações oficiais, quer para a promoção de todas
26
5.3.3. Fazer do Plano Anual de
Actividades da Escola um documento operacionalizador dos objectivos e estratégias do Projecto Educativo de Escola e da planificação operatória do Projecto Curricular de Escola, integrando e articulando actividades.
5.3.4. Incrementar as condições que
proporcionem a dignidade e conforto indispensáveis para a qualidade e flexibilidade do trabalho educativo.
as iniciativas escolares. 5.3.3.
� Definição anual de prioridades, de acordo com as linhas orientadoras definidas em Conselho Pedagógico, seguindo uma ordem cronológica clara que expresse toda a dinâmica da actividade escolar;
� Integração no PAA dos planos de
acção dos órgãos de gestão e administração da escola, das estruturas de orientação educativa, Conselhos de Turma, Centro de Recursos, Grupo de Ocupação de Tempos Livres, Associações de Pais e Estudantes e outros elementos da comunidade educativa, bem como de toda a actividade curricular e Plano de Formação da Escola;
� Divulgação sistemática de todas as
actividades da Escola. 5.3.4.
� Requalificação, recuperação e criação de espaços edificados com condições térmicas, acústicas e sanitárias dignas, privilegiando o uso de energias renováveis, sempre que possível, em todos os espaços utilizados pela Escola;
� Reestruturação e ampliação da
Biblioteca e Centro de Recursos Educativos, dotando-os de maior funcionalidade e disponibilidade de recursos (criando salas de estudo, salas de trabalho em grupo, espaços de lazer, etc.);
� Criação de espaços individualizados de
trabalho para professores, devidamente equipados, face aos desafios e necessidades actuais;
� Ampliação do edifício da Sala de
Professores e Centro de Recursos, a
27
5.3.5. Melhorar os serviços a nível de
atendimento, qualidade e segurança.
Norte, Nascente e Sul, diligenciando neste sentido junto da tutela;
� Requalificação do espaço do
Polivalente melhorando as suas valências técnicas;
� Dotação do maior número possível de
salas de aula e espaços de trabalho com equipamentos, meios tecnológicos e rede informática actuais e adequados, face aos desafios e necessidades da sociedade actual;
� Implementação de protocolos para
disponibilizar espaços e equipamentos da Escola com vista à sua rentabilização e serviço à comunidade;
� Criação e desenvolvimento de
relações de parceria que potenciem a melhoria de equipamentos, instalações, espaços vivenciais e envolventes;
� Compatibilização de horários com
actividades de ocupação de tempos livres, reuniões de trabalho e formação;
� Constituição de turmas e elaboração
de horários com base nos critérios aprovados em Conselho Pedagógico, optimizando a ocupação de alunos nos tempos livres.
5.3.5.
� Melhoramento de espaços de atendimento ao público proporcionando um atendimento personalizado e de qualidade;
� Criação e implementação de manuais
de competências, procedimentos e padrões de qualidade dos serviços administrativos e dos auxiliares de educação;
� Elaboração de planos e metodologias
28
5.3.6. Organização e estruturação do
Plano de Formação da Escola.
individuais de actuação;
� Alargamento da oferta de acções de formação que propiciem a valorização dos funcionários administrativos e dos auxiliares de educação;
� Valorização da formação profissional
na escolha dos responsáveis dos serviços, maximizando a dotação da Escola;
� Continuação do investimento na
organização e análise da segurança interna da Escola.
5.3.6.
� Criação de planos de formação adequados ao desenvolvimento de competências e padrões de qualidade;
� Estabelecimento de protocolos de
formação com as instituições profissionais competentes.
Finalidades
As finalidades inerentes aos objectivos contidos nesta dimensão deverão ter em conta
incrementar a qualidade das condições logísticas e organizacionais, promovendo a realização e
satisfação profissionais, a partilha e a valorização de competências e iniciativas. No contexto
da planificação estratégica que caracteriza o PEE, como documento normativo, visam:
� Promover a oferta de formação dos intervenientes na comunidade educativa, com
base num Plano de Formação da Escola, que atente aos desafios e necessidades
actuais de todos, desenvolvendo conjuntamente as práticas de auto-avaliação de
processos e resultados no sentido da recolha de dados, sua análise e respectiva reflexão
crítica;
� Desenvolver a realização e satisfação profissionais, promovendo a partilha e
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valorização de competências e iniciativas, incrementando a comunicação e a
participação dos docentes e outros funcionários da escola;
� Requalificar e criar espaços e equipamentos, face às necessidades da escola e dos
seus profissionais, incentivando a apresentação de projectos exequíveis e promovendo
a sua execução.
Com base neste enquadramento e pela natureza que lhes é inerente, as metas desta dimensão
estão especificadas no anexo um.
6. Instrumentos de Suporte à Operacionalização do Projecto
� Regulamento Interno
� Projecto Curricular de Escola
� Plano Anual de Actividades
� Plano de Formação da Escola
� Plano de Avaliação
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7. Acompanhamento Monitorização e Avaliação do Projecto Educativo
O Projecto Educativo, como documento normativo de natureza geral e planificação
estratégica a longo prazo, será operacionalizado através dos documentos do ponto seis, que
devem ser elaborados no respeito pelos princípios, objectivos, estratégias e sentido das metas
definidos neste Projecto.
A aprovação, acompanhamento e avaliação do Projecto Educativo, com base em critérios de
flexibilidade exequibilidade e eficácia educativa, são da competência do Conselho Geral de
Escola e do Conselho Pedagógico.
A avaliação será coordenada por um Observatório, que progressivamente fará a
monitorização de processos e resultados através de instrumentos conducentes à necessária
reflexão crítica, auto-avaliação e consequentes reformulações com base em relatórios e
tratamento estatístico.
Sendo o ano lectivo de 2008/2009 um ano de transição, a primeira avaliação do Projecto
Educativo será realizada no final deste ano, procedendo aos ajustes ou aditamentos que se
revelarem necessários. A partir desta data o documento será revisto de dois em dois anos, tendo
como referência o ano da sua aprovação e entrada em vigor.
O Projecto Educativo estará disponível para consulta no “site” da Escola e em todos os
espaços físicos de acompanhamento, recursos e serviços educativos.
8. Anexos 8.1- ANEXO 1
Metas
As metas que se propõem para o Projecto Educativo da Escola Secundária da Amadora
fundamentam-se nos seus objectivos estratégicos e visam a promoção da melhoria da
qualidade do serviço educativo e dos seus níveis de eficiência, numa perspectiva de construção
de uma escola de excelência, alicerçada nos valores, na visão e na missão de Educar o
Futuro.
5.1- DIMENSÃO CURRICULAR E PEDAGÓGICA
OBJECTIVO: 5.1.1.
Diversificar a oferta curricular e percursos formativos valorizando o contexto escolar, investindo em recursos materiais e humanos, proporcionando alternativas e criando
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oportunidades face à realidade envolvente, promovendo um ensino plural e partilhado correspondente às exigências e desafios do futuro próximo.
METAS QUANTIFICADAS: - Continuar a oferecer os cursos Científico – Humanísticos dentro de todas as áreas; - Continuar e oferecer quatro cursos Profissionais; - Continuar a oferecer dois cursos do Ensino Recorrente por Módulos Capitalizáveis e um
curso de Educação e Formação de Adultos; - Continuar a oferecer no currículo dos cursos Científico-Humanísticos as quatro línguas
estrangeiras OBJECTIVO: 5.1.2
Fomentar aprendizagens centradas nos processos e na gestão de conhecimentos, contribuindo para a formação integral dos alunos como cidadãos responsáveis, conscientes, críticos e interventivos.
METAS QUANTIFICADAS:
- Aumentar em 10 % a utilização de e-learning e das TIC na escola; - Preparar e/ou concretizar pelo menos uma actividade de complemento curricular, projecto
ou intercâmbio (1) ; - Preparar e/ou concretizar pelo menos uma actividade promovida pelo(s) departamento(s) (1).
OBJECTIVO: 5.1.3
Promover o sucesso escolar investindo na formação e qualificação de todos os jovens com base em valores de justiça, exigência, rigor e qualidade, reduzindo o abandono precoce do sistema de educação, assumindo a aprendizagem como condição humana ao longo da vida.
METAS QUANTIFICADAS: Aluno / Disciplina
� Reduzir, em pelo menos 10%, do número de alunos do ensino regular com classificações negativas.
ou • Atingir uma taxa mínima de 10% de alunos que obtenham um acréscimo de pelo
menos 1 valor, na sua classificação positiva ou
• Acrescentar, pelo menos, 6% à percentagem de alunos com classificações superiores a 13 valores.
Cursos Profissionais
• Atingir, no mínimo, a taxa de 60% de alunos dos cursos profissionais que concluam com sucesso a totalidade dos módulos em frequência.
Ensino Nocturno – Módulos Capitalizáveis
• Atingir a taxa de 30% de alunos do ensino recorrente que concluam a totalidade dos módulos do ano.
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Disciplina / Turma / outras disciplinas da turma
• Atingir uma evolução de resultados da disciplina cujo desvio em relação à evolução dos resultados do conjunto das outras disciplinas, não seja superior a 1,5 valores (Excluem-se a área não disciplinar Área de Projecto e as disciplinas de EMR e cujo número de alunos seja inferior a um terço do número total de alunos da turma)
Cursos Profissionais
• Atingir em cada disciplina dos cursos profissionais uma taxa de conclusão de módulos em frequência que não seja mais de 30% inferior à média da taxa de conclusão de módulos do conjunto das restantes disciplinas
Disciplina na turma / disciplina no ano
• Atingir em cada turma uma taxa de classificações positivas que não seja mais de 15% inferior à taxa de classificações positivas da disciplina/ano (excluem-se as disciplinas que façam parte do currículo de apenas uma turma).
Avaliação Externa
• Reduzir para um máximo de 4 valores a diferença entre a classificação média de exame da disciplina e a classificação média de frequência (optar por CIF ou CI)
� Aumentar as classificações positivas dos alunos com apoio.
• Manter a oferta de PLMN, nos cursos do ensino regular e do curso Português Língua Segunda (curso extra-escolar de Formação de Adultos).
• Atingir uma taxa média de abandono escolar no ensino regular não superior a 8%
• Atingir uma taxa média de abandono escolar no ensino profissional não superior a 30%, por curso.
OBJECTIVO: 5.1.4 Incrementar a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. METAS QUANTIFICADAS:
� Preparar e/ou concretizar anualmente pelo menos uma actividade interdisciplinar e/ou transdisciplinar (1).
OBJECTIVO: 5.1.5 Enquadrar a formação Profissional do Corpo Docente no Plano de Formação da
Escola. METAS QUANTIFICADAS:
� Incentivar os docentes à frequência de pelo menos uma acção de formação na área científico-didáctica de cada departamento;
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� Incentivar os docentes à frequência de pelo menos uma acção de formação de entre as áreas prioritárias definidas no Plano de Formação da Escola (2)
5.2. Dimensão Psicossocial e Comunitária OBJECTIVO: 5.2.1 Educar a pessoa como um todo, incentivando uma cultura integradora, construindo e reforçando o sentido de identidade e interacção na comunidade educativa. METAS QUANTIFICADAS: 5.2.1. • Realizar uma sessão anual de divulgação dos documentos orientadores para professores. • Realizar uma sessão anual de divulgação dos documentos orientadores para não docentes • Realizar uma sessão anual de divulgação dos documentos orientadores para pais e
encarregados de educação • Realizar uma sessão anual de divulgação dos documentos orientadores para alunos. • Realizar pelo menos uma acção anual de acolhimento de professores e alunos do 10º ano. • Realizar pelo menos um encontro anual para recepção de pais e encarregados de educação
dos alunos do 10º ano. • Manter os protocolos já existentes • Realizar uma sessão comemorativa do aniversário da escola • Criar um prémio de valorização do desempenho do Pessoal Não Docente. • Manter a atribuição dos prémios de Mérito e Excelência a alunos e professores. OBJECTIVO: 5.2.2 Desenvolver uma relação de confiança, cooperação e comunicação entre a Escola e a Família, privilegiando um diálogo permanente face ao objectivo final de formar os alunos como cidadãos responsáveis e capazes de construir o futuro. METAS QUANTIFICADAS: • Aumentar o número de contactos entre os encarregados de educação e o director de turma. • Realizar pelo menos um encontro anual conjunto entre a APESA e os órgãos de gestão da
escola • Realizar pelo menos uma sessão anual de formação e informação para pais e encarregados
de educação. OBJECTIVO: 5.2.3 Desenvolver atitudes preventivas no âmbito da Saúde, Ambiente, Consumo e Segurança, tendo em vista a formação de cidadãos responsáveis, conscientes, críticos e intervenientes nestas áreas. METAS QUANTIFICADAS:
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• Manter as actividades dos clubes, núcleos e gabinete existentes • Realizar pelo menos uma acção anual sobre as temáticas do Ambiente e Segurança • Realizar, anualmente, dois simulacros. • Incrementar o número de actividades no âmbito do Desporto Escolar; OBJECTIVO: 5.2.4 Construir o quotidiano de escola num exercício permanente de direitos e deveres de Cidadania, valorizando o relacionamento interpessoal e de grupo. METAS QUANTIFICADAS: • Desencadear anualmente um processo de avaliação e reformulação do Regulamento Interno OBJECTIVO: 5.2.5 Desenvolver um perfil de cidadão do Mundo, humanizado eticamente e civicamente, alicerçado na Cultura, na Ciência, na História e na Língua e tendo a Comunidade Educativa como referente. METAS QUANTIFICADAS: • Melhorar o espaço de implantação do “Museu da Escola Secundária da Amadora” • Manter as actividades dos Clubes/Núcleos existentes 5.3 - Dimensão Organizacional e Logística OBJECTIVO: 5.3.1 Implementar o Projecto de Auto-avaliação decorrente do ethos vivido na Escola METAS QUANTIFICADAS: • Manter o grupo de trabalho para recolha e tratamento anual de dados de avaliação OBJECTIVO: 5.3.2 Melhorar o funcionamento, articulação e cooperação dos vários órgãos de gestão e outras estruturas da escola incrementando o acesso à informação. METAS QUANTIFICADAS: • Realizar pelo menos um encontro por ano lectivo entre os vários órgãos. • Melhorar os circuitos de comunicação interna e externa OBJECTIVO: 5.3.3 Fazer do Plano Anual de Actividades da Escola o documento operacionalizador dos objectivos e estratégias do Projecto Educativo de Escola e do Projecto Curricular de Escola, integrando e articulando actividades.
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METAS QUANTIFICADAS: • Definir entre 2 a 4 prioridades anuais para o PAA. • Elaborar um plano anual de actividades. • Divulgar, por período, as actividades realizadas e a realizar na escola OBJECTIVO: 5.3.4 Incrementar as condições que proporcionem a dignidade e conforto indispensáveis para a qualidade e flexibilidade do trabalho educativo. METAS QUANTIFICADAS: • Requalificar em cada ano lectivo um espaço de trabalho. OBJECTIVO: 5.3.5 Melhorar os serviços a nível de atendimento, qualidade e segurança. METAS QUANTIFICADAS: • Criar e/ou requalificar um espaço de atendimento. • Continuar a implementar os procedimentos de segurança e de HACCP OBJECTIVO: 5.3.6 Organização e estruturação do Plano de Formação da Escola. METAS QUANTIFICADAS: • Elaborar o plano anual de formação • Aplicar inquéritos anuais aos diferentes sectores da escola NOTA:- 1- Cada professor deverá escolher, pelo menos, uma destas metas
2 - Esta meta só será cumprida, desde que haja financiamento para a sua execução
36
Anexo 8.2 - Breve resenha histórica Existem vestígios de povoamento no concelho da Amadora desde o Paleolítico. No entanto,
entre os testemunhos mais antigos, o mais significativo é a Necrópole de Carenque, que data
do período Neolítico. A Romanização, que tanto marcou a Hispânia, também deixou
importantes marcas nesta zona, a saber: o Aqueduto Romano e a Vila da Quinta da Bolacha.
A designação de Porcalhota surgiu na época medieval. A tradição oral atribui este topónimo
ao apelido de Vasco Porcalho, comendador-mor da Ordem de Avis e partidário de Castela,
aquando da revolução de 1383-85, que era detentor de vários terrenos nesta localidade.
Durante muito tempo, nesta região, predominaram explorações agrícolas pertencentes a
casas solarengas, que infelizmente não chegaram, na sua maioria, até aos nossos dias. Do
período que se seguiu, não sobreviveram vestígios significativos, excepção feita à ponte
filipina, mandada construir no século XVII..
Em 1731, iniciar-se-ia a edificação do Aqueduto das Águas Livres, por ordem do rei D.
João V, segundo um projecto de Manuel da Maia e Custódio Vieira. Esta construção, que parte
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do vale de Carenque atravessa todo o concelho, constituindo o monumento nacional mais
importante desta área. Um pouco mais nova que o Aqueduto, é a Ermida da Falagueira,
erigida em 1760, em estilo barroco, que constitui o mais antigo templo da Amadora.
A inauguração da linha ferroviária Lisboa - Sintra e a abertura do apeadeiro da Porcalhota,
em 2 de Abril de 1887, vieram modificar totalmente a fisionomia deste espaço, até então
marcadamente rural, cuja população abastecia a capital de bens de primeira necessidade e de
força de trabalho.
O processo de industrialização, então em curso, e a proximidade de Lisboa explicam a
alteração do tecido social da região, que passa a incluir operários, empregados de comércio e
outros serviços. No evolver das transformações ocorridas nesta época, merecem destaque a
criação da Sociedade Filarmónica Recreio Artístico da Amadora, fundada em 1878, e a
fábrica de cintas e espartilhos Santos Mattos, estabelecida em 1895 e já extinta.
Na viragem do século XIX para o século XX, instalou-se na Porcalhota, um conjunto de
personalidades intelectuais e artísticas, atraídas pelos bons ares e o sossego. Entre eles, contam-
se o pintor Roque Gameiro, o escritor Delfim Guimarães, os empresários Cardoso Lopes,
Santos Mattos e Aprígio Gomes e o professor Azevedo Neves. Seria deste grupo de “ilustres”,
que emanaria, em 1907, o requerimento apresentado ao rei D. Carlos sugerindo a mudança do
nome do lugar para Amadora, pretensão que viria a ser deferida.
No início do período republicano, a Amadora ver-se-ia dotada de importantes equipamentos
educativos e culturais, resultado do labor de um grupo de cidadãos que daria corpo à Liga de
Melhoramentos da Amadora. Dos dispositivos então instituídos, destacamos a Escola
Alexandre Herculano (1910) e os Recreios Artísticos e Desportivos da Amadora (1914). A
criação da Junta de Freguesia da Amadora, em 1916, integrada no concelho de Oeiras,
confirma o desenvolvimento desta época.
A Amadora desempenhou um papel fundamental na época de ouro da aviação portuguesa,
através do Grupo de Esquadrilhas da Aviação República (GEAR), tendo daqui partido
importantes ligações áreas, das quais salientamos as realizadas a Macau, por Brito Pais,
Sarmento de Beires e Manuel Gouveia em 1924, a Guiné e Angola por Carlos Bleck e
Humberto Cruz, em 1931 e a Timor, por Humberto Cruz e António Lobato, em 1934. Como
nota curiosa, refira-se que o primeiro contacto da cidade com a aviação data de 1913, quando o
aviador francês Alexandre Théophile Sallés, que havia levantado voo de Belém, ao sobrevoar
os céus da Amadora, se viu obrigado a uma aterragem forçada, que ficaria nos anais da
história...
Em 1937 a localidade de Amadora foi elevada à categoria de Vila.
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O crescimento demográfico do concelho continuou nas décadas de 30 e 40, datando desta
época o estabelecimento da indústria metalomecânica, na zona da Venda Nova. Pela mesma
altura, verifica-se também, o desenvolvimento da rede de transportes, com a instalação da
Empresa de Camionagem Eduardo Jorge, que começa a operar na região.
Na segunda metade do século XX, a Amadora veria os seus equipamentos reforçados com o
estabelecimento da Academia Militar. Esta instituição de ensino superior que, no início,
ocuparia instalações datadas dos anos vinte do século passado, encontra-se actualmente em
obras de ampliação. A Academia Militar integra a Fundação das Universidades Portuguesas e
constitui o Centro Coordenador das actividades de Investigação e Desenvolvimento do
Exército.
Seria, no entanto, neste período, mais concretamente entre os anos 50 e 70, que se verificaria
o crescimento da Amadora, assistindo-se, então, a uma autêntica explosão demográfica e a
uma expansão desenfreada da região, assinalada pelo aparecimento dos primeiros bairros
clandestinos.
Em 11 de Setembro de 1979 a Amadora seria elevada a município, passando a ostentar desde
esta data o título de primeiro município português a ser criado depois de 25 de Abril de 1974.
A Escola Superior de Teatro e Cinema é o mais recente equipamento cultural construído
no concelho. Instituição de ensino superior vocacionado para ensino, a investigação e a
prestação de serviços à comunidade, está estruturada em dois departamentos, o Departamento
(ou Escola) de Teatro e o Departamento (ou Escola) de Cinema, com funcionamento próprio
mas partilhando serviços e órgãos de gestão.
Anexo 8.3. Listagem de siglas
APESA – Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária da Amadora
CP – Conselho Pedagógico
CFD – Classificação final da disciplina
CIF – Classificação interna final
ESA – Escola Secundária da Amadora
ESAnet – Site do e-learning da Escola
ESAin – Projecto de utilização dos portáteis
GADE – Grupo de Avaliação do Desempenho Escolar
GEPE – Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação
GDAPS – Grupo de Acompanhamento de alunos pós-secundário
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HACCP – Hazard Analysis and Critical Control Point (Análise de perigos e controlo de pontos críticos)
NAE – Núcleo de Apoio Educativo
OTES – Observatório da trajectória dos estudantes do Ensino Secundário
PAA – Plano Anual de Actividades
PCE – Projecto Curricular de Escola
PD – Pessoal Docente
PEE – Projecto Educativo de Escola
PND – Pessoal Não Docente
PPA – Plano Plurianual de Actividades
RI – Regulamento Interno
SPO – Serviço de Psicologia e Orientação Escolar
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação
UNIVA – Unidade de Inserção para a Vida Activa
Aprovado em Conselho Pedagógico de 21 de Julho de 2008 e na Assembleia de Escola de 23 de
Julho de 2008