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Escola Superior de Saúde - bdigital.ipg.ptbdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/1960/1/F EP2_ Silvia A C... · PREPARAÇÃO DE MANIPULADOS ..... 24 9. DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

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Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO 4º ANO / 2º SEMESTRE

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

ESTÁGIO EM FARMÁCIA HOSPITALAR

SÍLVIA ALEXANDRA DA COSTA FARIAS

SUPERVISOR NO LOCAL DE ESTÁGIO: ANABELA SANTOS

DOCENTE ORIENTADOR: SANDRA VENTURA

Maio/2014

SIGLAS

AO- Assistente Operacional

AVCs- Acidentes Vasculares Cerebrais

CAPS- Catálogo de Aprovisionamento Público da Saúde

CAUL- Certificado de Autorização de Utilização do Lote

COELL- Certificado Oficial Europeu de Libertação de Lote

DCI- Denominação Comum Internacional da substância ativa

DPOC- Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

FEFO- “First expired, First out”

FHNM- Formulário Hospitalar Nacional do Medicamento

HSM- Hospital Sousa Martins

MSRMR- Medicamento Sujeito a Receita Médica Restrita

SF- Serviços Farmacêuticos

SPMS- Serviços Partilhados do Ministério da Saúde

UCA- Unidade de Cirurgia de Ambulatório

UCI- Unidade de Cuidados Intensivos

UCIP- Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes

ULS- Unidade Local de Saúde

AGRADECIMENTOS

À Técnica de Farmácia, Anabela Santos, agradeço

toda a disponibilidade com que me orientou, todos os

conhecimentos técnico-científicos, deontológicos e éticos

que me transmitiu e a confiança que depositou em mim e

nas minhas capacidades ao longo deste estágio.

À equipa de profissionais que integra os Serviços

Farmacêuticos do Hospital Sousa Martins agradeço todo o

auxílio e apoio que me prestaram no sentido de me integrar

nesta experiência como profissional de saúde em farmácia

hospitalar.

“Escolhe um trabalho

de que gostes, e não terás que

trabalhar nem um dia na tua

vida.”

Confúcio

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1- Novo bloco do HSM……………………………………………………….………11

Figura 2- Armazém de medicamentos gerais…………………………………………………12

Figura 3- Área de distribuição……………………………………………………………..…12

Figura 4- Laboratório…………………………………………………………………………13

Figura 5- Área de lavagem e desinfeção de material…………………………………………13

Figura 6- Área de reembalagem………………………………………………………………14

Figura 7- Informação impressa num comprimido reembalado……….………………………24

Figura 8- Perfil Farmacoterapêutico da unidade de AVC’s do HSM……………..………….31

Figura 9- Carrinho do serviço de pediatria……………………………………………...……36

ÍNDICE GERAL

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 8

1. HISTÓRIA DO HOSPITAL SOUSA MARTINS ........................................................... 10

2. CARATERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DO HSM ...................... 10

2.1. ARMAZÉM DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME E ARMAZÉM DE

DESINFETANTES/ INFLAMÁVEIS ..................................................................................... 11

2.2. RECEÇÃO ........................................................................................................................ 11

2.3. ARMAZÉM DE MEDICAMENTOS GERAIS ................................................................ 11

2.4. ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................. 12

2.5. LABORATÓRIO .............................................................................................................. 13

2.6. ÁREA DE LAVAGEM E DESINFEÇÃO DE MATERIAL ............................................ 13

2.7. ÁREA DE REEMBALAGEM .......................................................................................... 13

2.8. ATENDIMENTO RESERVADO ..................................................................................... 14

2.9. “OPEN SPACE”, SECRETARIADO E GABINETE DO RESPONSÁVEL ................... 14

2.10. ARQUIVO, ARRECADAÇÃO, MATERIAL DE LIMPEZA E VESTIÁRIOS/ WC ... 14

2.11. SALA DE REUNIÃO/ PAUSA ...................................................................................... 15

2.12. RECURSOS HUMANOS ............................................................................................... 15

3. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS E CIRCUITO DO MEDICAMENTO .................... 15

4. SELEÇÃO E AQUISIÇÃO ............................................................................................... 16

4.1. PSICOTRÓPICOS, ESTUPEFACIENTES E BENZODIAZEPINAS ............................. 17

5. RECEÇÃO .......................................................................................................................... 18

6. ARMAZENAMENTO ....................................................................................................... 19

6.1. ARMAZÉM DE MEDICAMENTOS GERAIS ................................................................ 19

6.1.1. Medicamentos termolábeis .......................................................................................... 20

6.1.2. Medicamentos de grande rotação ............................................................................... 20

6.1.3. Anticoncecionais ........................................................................................................... 20

6.1.4. Material de penso ......................................................................................................... 20

6.1.5. Reagentes para determinação da glucose e dos fatores bioquímicos ....................... 20

6.1.6. Medicamentos para uso oftalmológico ....................................................................... 20

6.1.7. Antídotos e medicação importada ............................................................................... 20

6.1.8. Psicotrópicos e estupefacientes .................................................................................... 21

6.1.9. Benzodiazepinas ............................................................................................................ 21

6.1.10. Citotóxicos ................................................................................................................... 21

6.1.11. Donativos ..................................................................................................................... 21

6.1.12. Suplementos nutricionais, papas lácteas e leites em pó ........................................... 21

6.1.13. Plasma humano ........................................................................................................... 21

6.2. ARMAZÉM DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME ................................................. 22

6.3. ARMAZÉM DE DESINFETANTES/ INFLAMÁVEIS .................................................. 22

6.4. MEDICAÇÃO DE AMBULATÓRIO .............................................................................. 22

6.5. BOLSAS PARA NUTRIÇÃO PARENTÉRICA .............................................................. 22

7. CONTROLO DOS PRAZOS DE VALIDADE ............................................................... 22

8. FARMACOTECNIA .......................................................................................................... 23

8.1. REEMBALAGEM ............................................................................................................ 23

8.2. PREPARAÇÃO DE MANIPULADOS ............................................................................ 24

9. DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS ....................................................................... 25

9.1. DISTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL POR DOSE UNITÁRIA .............................................. 27

9.1.1. Revertências .................................................................................................................. 29

9.1.2. Devoluções ..................................................................................................................... 30

9.1.3. Limpeza e desinfeção das cassetes ............................................................................... 31

9.1.4. Análise de um Perfil Farmacoterapêutico .................................................................. 31

9.2. DISTRIBUIÇÃO TRADICIONAL DE MEDICAMENTOS ........................................... 33

9.3. DISTRIBUIÇÃO POR REPOSIÇÃO DE NÍVEIS........................................................... 34

9.4. DISTRIBUIÇÃO EM REGIME DE AMBULATÓRIO ................................................... 36

10. REFLEXÃO CRÍTICA .................................................................................................... 39

11. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 41

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 42

ANEXO I- Guia de Remessa ................................................................................................... 43

ANEXO II- Nota de Encomenda ............................................................................................. 44

ANEXO III- Boletim de Análise ............................................................................................. 45

ANEXO IV- Perfil Farmacoterapêutico .................................................................................. 46

ANEXO V- Totais do Perfil Farmacoterapêutico .................................................................... 47

ANEXO VI- Requisição de Distribuição Tradicional ............................................................. 48

ANEXO VII- Distribuição para os Centros de Saúde ............................................................. 49

ANEXO VIII- Requisição de Distribuição por Reposição de Níveis ..................................... 50

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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INTRODUÇÃO

O seguinte relatório surge no âmbito do Estágio Profissional II do Curso de Farmácia-

1º Ciclo da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda. O estágio teve início

dia 10 de fevereiro de 2014 e terminou no dia 16 de maio de 2014, na Unidade Local de

Saúde da Guarda, mais propriamente nos Serviços Farmacêuticos do Hospital Sousa Martins,

com a supervisão da Técnica de Farmácia, Anabela Santos e orientação da docente Sandra

Ventura.

O estágio teve a duração total de 500 horas distribuídas por treze semanas.

A Farmácia Hospitalar tem como finalidade assegurar a terapêutica necessária ao

tratamento dos utentes com qualidade, segurança e eficácia.

O objetivo geral deste estágio foi preparar os alunos para a sua vida profissional,

enquanto Técnicos de Farmácia. Uma vez que a minha escolha para este estágio foi a

farmácia hospitalar, o objetivo foi participar nas várias etapas do circuito do medicamento

identificando todos os intervenientes e procedimentos técnicos inerentes.

As várias etapas do circuito do medicamento incluem: a seleção e aquisição de

medicamentos; a receção e conferência de encomendas; a execução e avaliação das técnicas e

métodos de acordo com os recursos disponíveis; aplicação normas de higiene/ limpeza e

desinfeção; arrumação técnica dos medicamentos e outros produtos de saúde; interpretação da

prescrição terapêutica em meio hospitalar; participação nos vários sistemas de distribuição de

medicamentos; verificação de lotes e prazos de validade; colaboração no registo de faltas de

especialidades farmacêuticas; identificação e interpretação de formulações magistrais;

preparação de manipulados de acordo com as boas práticas de preparação de manipulados;

farmacovigilância. [1]

Na primeira semana os estagiários ambientaram-se ao funcionamento da farmácia, não

havendo qualquer tipo de divisão, contudo fomos passando por todas as áreas da farmácia

para termos uma ideia geral de tudo o que tinha de ser feito. A partir da segunda semana cada

estagiário passou por uma secção diferente, ou seja, íamos trocando de secção a cada duas

semanas para podermos fazer de tudo um pouco. As secções por onde passamos nessas

semanas foram a dose unitária que se encontrava dividida por serviços, a receção e a

reposição por níveis. Nas últimas duas semanas de estágio estivemos ainda distribuídos pela

reposição tradicional, dose unitária do serviço de psiquiatria, reembalagem e etiquetagem de

medicação.

Ao longo deste estágio foi ainda realizado um trabalho cujo objetivo era caracterizar o

circuito de um ou mais medicamentos em farmácia hospitalar. Os medicamentos escolhidos

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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foram os interferões β e peginterferões α. Este trabalho foi posteriormente apresentado nos

Serviços Farmacêuticos do Hospital Sousa Martins.

O relatório encontra-se estruturado de acordo com o Guia de Elaboração e

Apresentação de Trabalhos Escritos da Escola Superior de Saúde da Guarda, e irá explicar o

funcionamento e organização dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Sousa Martins, as

diferentes áreas por onde passei, e as atividades que me foram possíveis realizar, baseando-me

nos conhecimentos adquiridos nas aulas e nos conhecimentos adquiridos durante o estágio.

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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1. HISTÓRIA DO HOSPITAL SOUSA MARTINS

No final do séc. XIX a tuberculose matava milhares de portugueses. O médico Sousa

Martins tinha indicações que o clima de altitude em Portugal tinha condições excecionais no

tratamento da tuberculose pulmonar, por isso aconselhava a transferência de doentes para

localidades de montanha. É nessa altura que é sugerida a criação de um sanatório na Guarda

que acabara por receber pacientes de todos os pontos do país, sendo assim inaugurado a 18 de

Maio de 1907. [2]

O Antigo Sanatório foi durante várias décadas do século passado “um incontornável”

cartaz de divulgação da Guarda, projetando-a como a cidade da saúde. [2]

Atualmente o Hospital Sousa Martins (HSM) está integrado na Unidade Local de

Saúde (ULS), conjuntamente com Hospital Nossa Senhora da Assunção (Seia) e doze centros

de saúde do distrito da Guarda.

2. CARATERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DO HSM

O HSM tem como principal objetivo a prestação de cuidados de saúde, o diagnóstico,

o tratamento e a reabilitação da saúde dos utentes na região da Guarda sendo constituído por

cerca de trezentas e cinquenta camas distribuídas por dezasseis serviços.

Os Serviços Farmacêuticos (SF) estão localizados no novo bloco do HSM (figura 1)

mais propriamente no piso -1, e uma vez que estas instalações são bastante recentes, dispõem

de ótima qualidade de infraestruturas e equipamentos.

O sistema informático utilizado para o aprovisionamento e gestão dos SF do HSM é o

ALERT ERP®. Este sistema informático é imprescindível na realização das diversas tarefas

competentes aos profissionais de saúde dos SF deste hospital, tais como a seleção e aquisição

de medicamentos, a receção de encomendas, várias etapas da distribuição de medicamentos,

etc.

Os SF são constituídos por diversas salas e armazéns de acordo com as necessidades

dos mesmos. Cada sala ou armazém é destinado a uma determinada função, tal como irá ser

explicado a seguir.

Existem salas nos SF que neste momento não são utilizadas para a função a que se

destinam, como é o caso da sala que posteriormente será utilizada para a preparação de

nutrição parentérica (onde agora apenas se armazena as bolsas para nutrição parentérica) e a

sala que será utilizada para a preparação de citotóxicos. Estas são duas tarefas que ainda não

são realizadas pelos profissionais de saúde dos SF do HSM.

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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Figura 1- Novo bloco do HSM

Fonte: Jornal Médico

2.1. ARMAZÉM DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME E ARMAZÉM DE

DESINFETANTES/ INFLAMÁVEIS

Existem dois armazéns perto da área de receção, um para armazenamento de soluções

de grande volume e outro para armazenamento de produtos inflamáveis e desinfetantes.

No armazém de soluções de grande volume encontramos os corretivos da volémia e

das alterações eletrolíticas, sendo que alguns estão armazenados em prateleiras e outros em

paletes distribuídas pelo armazém. No armazém de produtos inflamáveis encontramos

diversos tipos de desinfetantes e antisséticos, armazenados em prateleiras por Denominação

Comum Internacional da substância ativa (DCI).

2.2. RECEÇÃO

A área da receção tem acesso direto à rua para ser mais fácil a entrega de encomendas

aos SF. É constituída por um balcão onde se encontra um computador para efetuar a receção

das encomendas, um telefone para facilitar a comunicação interna entre esta área e as

restantes e ainda um frigorífico para armazenar os produtos termolábeis.

Todas as encomendas são rececionadas nesta área seguindo depois para o seu local

habitual de armazenamento.

A receção tem acesso direto também para o armazém de medicamentos gerais, para o

armazém de soluções de grande volume, armazém de desinfetantes/inflamáveis e geral.

2.3. ARMAZÉM DE MEDICAMENTOS GERAIS

O armazém de medicamentos gerais (figura 2) é onde é armazenada a maior parte da

medicação. Aqui os medicamentos são armazenados por ondem alfabética de DCI, por forma

farmacêutica, por ordem crescente de dosagem e segundo a sua via de administração.

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

12

Aqui encontramos diversas prateleiras, frigoríficos, uma arca congeladora, armários

onde são armazenados citotóxicos, antídotos/ medicamentos importados e ofertas, dois cofres

onde se armazenam os psicotrópicos e estupefacientes e um armário onde se armazenam as

benzodiazepinas.

Este armazém tem acesso direto à receção como foi referido anteriormente, e à sala de

distribuição.

Figura 2- Armazém de medicamentos gerais

2.4. ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO

Este é o local onde se fazem os vários tipos de distribuição e onde se encontram os

Técnicos de Farmácia. (Figura 3)

Existem cinco postos para a realização desta tarefa, quatro deles estão destinados à

distribuição de medicamentos por dose unitária e um para a distribuição tradicional e por

níveis.

Cada posto de dose unitária tem ao seu dispor os medicamentos com maior rotação

armazenados em gavetas, ordenados por ordem alfabética de DCI, por ordem crescente de

dosagem e consoante a sua forma farmacêutica.

Existe também um balcão de receção para esta área dos SF, um lavatório, quatro

computadores e um frigorífico onde são armazenados os produtos termolábeis que seguem

posteriormente para os serviços, devidamente identificados com o nome do serviço e cama do

utente (no caso da distribuição por dose unitária).

Figura 3- Área de distribuição

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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2.5. LABORATÓRIO

Esta divisão (figura 4) dos SF está devidamente equipada para a preparação de

formulações magistrais e preparados oficinais. Aqui podemos encontrar uma bancada com

lavatório, balanças e muitos outros utensílios necessários à preparação de medicamentos

manipulados.

Figura 4- Laboratório

2.6. ÁREA DE LAVAGEM E DESINFEÇÃO DE MATERIAL

Esta área (figura 5), como o próprio nome indica, é onde é feita a lavagem e

desinfeção de material, nomeadamente de todas as gavetas das cassetes que regressam dos

serviços. Está equipada com uma bancada com lavatório, e ainda algumas prateleiras. É aqui

que se encontram os contentores de resíduos hospitalares.

Figura 5- Área de lavagem e desinfeção de material

2.7. ÁREA DE REEMBALAGEM

Esta área da farmácia (figura 6) é constituída por uma máquina reembaladora, um

computador ligado à máquina reembaladora, uma bancada onde se encontra a reembaladora e

vários utensílios indispensáveis ao correto reembalamento de medicamentos, como por

exemplo luvas, compressas para desinfeção do material, etc.

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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Figura 6- Área de reembalagem

2.8. ATENDIMENTO RESERVADO

Este local localiza-se perto da sala de distribuição e do “open space”, uma vez que é

neste local que é feito o atendimento aos utentes em regime de ambulatório e aos Assistentes

Operacionais (AO) dos serviços que se dirigem aos SF para levantar pedidos urgentes feitos

pelos serviços clínicos.

É constituída por uma pequena secretária, uma janela (através da qual é realizado o

atendimento), um frigorífico para armazenar medicamentos termolábeis dispensados aos

utentes em regime de ambulatório e um armário onde estão também medicamentos destinados

aos utentes em regime de ambulatório. Existe também uma campainha ao alcance de quem se

dirige a esta área da farmácia.

2.9. “OPEN SPACE”, SECRETARIADO E GABINETE DO RESPONSÁVEL

O “Open Space” é o local onde os farmacêuticos exercem as suas funções, sendo

constituído por vários computadores e secretárias.

A área de secretariado é uma sala destinada aos assistentes técnicos, sendo estes os

responsáveis pela gestão dos serviços farmacêuticos.

O gabinete do responsável pertence ao diretor dos SF, uma vez que este é o

responsável pelos SF.

2.10. ARQUIVO, ARRECADAÇÃO, MATERIAL DE LIMPEZA E VESTIÁRIOS/

WC

O arquivo como o próprio nome indica é o local onde é arquivada toda a informação

referente aos SF do HSM.

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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Existe uma sala própria para armazenar produtos e equipamentos de limpeza e alguns

dos cacifos dos funcionários, outra que serve de arrecadação e dois vestiários/wc equipados

com cacifos, sanitas, lavatórios e chuveiros.

2.11. SALA DE REUNIÃO/ PAUSA

Este local é apropriado à realização de reuniões internas dos SF, e é também o local

onde os profissionais podem fazer as suas refeições, etc. É constituída por uma mesa,

cadeiras, sofá, bancada com lavatório e muitos outros utensílios inerentes a uma cozinha.

2.12. RECURSOS HUMANOS

Os recursos humanos são uma base essencial dos SF, assim sendo, dispor destes

recursos em quantidade e qualidade necessárias é essencial para o bom funcionamento dos

mesmos. Os recursos humanos dos SF do HSM são compostos por nove farmacêuticos, sendo

um deles o diretor, sete Técnicos de Farmácia, três AO e três elementos administrativos.

3. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS E CIRCUITO DO MEDICAMENTO

Os serviços farmacêuticos são responsáveis pela gestão do medicamento (seleção e

aquisição, receção e armazenagem, preparação, controlo, distribuição, informação,

farmacovigilância, farmacocinética e farmácia clínica), pela implementação e monitorização

da política de medicamentos, definida no Formulário Nacional de Medicamentos. [3]

No esquema 1 encontra-se esquematizado o circuito do medicamento em meio

hospitalar.

Esquema 1- Circuito do medicamento no HSM

Seleção e Aquisição

Receção Armazenamento Distribuição Doente

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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As despesas dos serviços farmacêuticos hospitalares constituem a segunda maior

rúbrica do orçamento dos hospitais, assim sendo é necessária uma gestão rigorosa na

aquisição de medicamentos, recursos materiais e recursos humanos. [3]

As principais funções dos serviços farmacêuticos hospitalares são: [3]

A seleção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos

médicos;

O aprovisionamento, armazenamento e distribuição dos medicamentos

experimentais e os dispositivos utilizados para a sua administração, bem como

os demais medicamentos já autorizados, eventualmente necessários ou

complementares à realização dos ensaios clínicos;

A produção de medicamentos;

A análise de matérias-primas e produtos acabados;

A distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde;

A Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância e a prestação de

Cuidados Farmacêuticos;

A colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos;

A participação nos Ensaios Clínicos;

A colaboração na prescrição de Nutrição Parentérica e sua preparação;

A Informação de Medicamentos;

O desenvolvimento de ações de formação.

4. SELEÇÃO E AQUISIÇÃO

A seleção de medicamentos e outros produtos farmacêuticos para o hospital deve ter

por base o Formulário Hospitalar Nacional do Medicamento (FHNM) e as necessidades

terapêuticas dos doentes do HSM.

A aquisição dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, é da

responsabilidade do farmacêutico hospitalar, devendo ser efetuada pelos Serviços

Farmacêuticos em articulação com o Serviço de Aprovisionamento. [3]

Nos SF do HSM existe uma lista dos produtos que fazem parte do stock e quando

esses produtos atingem o seu ponto de encomenda (número de stock existente estipulado

consoante as necessidades terapêuticas dos utentes do HSM) é necessário efetuar uma nova

encomenda. O ponto de encomenda é o nível de reaprovisionamento, que nos indica quando é

necessário fazer-se uma nova encomenda para repor o stock. Quando é atingido o ponto de

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

17

encomenda, o computador gera automaticamente a lista dos produtos que atingiram esse

ponto e é dado o alerta para que se faça a encomenda.

Os pontos de encomenda estão sempre a ser atualizados, pois existem produtos que em

certas alturas se gastam mais do que em outras, por exemplo, se numa dada altura se estiver a

gastar muito de um produto, o ponto de encomenda é mais elevado pois não se pode correr o

risco de não haver stock suficiente, mas de um momento para o outro pode deixar de ser

necessário um stock tão elevado, e então o ponto de encomenda passa a ser mais baixo para

evitar a rutura dos produtos.

Os medicamentos dispensados em ambulatório têm um stock muito baixo devido ao

seu elevado custo financeiro, por essa razão quando são dispensados, por norma é feita logo

uma nova encomenda.

O farmacêutico hospitalar toma nota dos produtos a encomendar e entrega a lista nos

serviços administrativos, para que eles efetuem a encomenda.

O Catálogo de Aprovisionamento Público da Saúde (CAPS) dos Serviços Partilhados

do Ministério da Saúde (SPMS), comum para os hospitais de todo o país, contém uma série de

medicamentos/ produtos farmacêuticos e respetivos laboratórios, que podem ser

encomendados facilmente sem haver a necessidade de se abrir concurso.

Quando os produtos que são necessários não constam do CAPS, abre-se um concurso

onde se contacta no mínimo três laboratórios diferentes para que eles façam as suas ofertas,

ganhando o laboratório que oferecer as condições mais favoráveis de preço. Nenhuma

encomenda é feita sem a autorização do diretor dos SF, da administração do HSM e dos

serviços financeiros.

É importante referir que todas as encomendas são feitas sempre pela sua DCI,

dosagem e forma farmacêutica.

4.1. PSICOTRÓPICOS, ESTUPEFACIENTES E BENZODIAZEPINAS

A requisição destas substâncias deve ser efetuada mediante preenchimento do Anexo

VII. Cada anexo deve ser utilizado para um só tipo de substância. Este anexo acompanha a

nota de encomenda emitida pelo serviço de aprovisionamento.

Dela fazem parte as seguintes informações:

Número sequencial da requisição;

Número da nota de encomenda ao qual está associado;

Nome do fornecedor ao qual se dirige a encomenda;

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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Descrição dos medicamentos pretendidos: número de código, designação por

DCI, forma farmacêutica, dosagem e quantidade pretendida.

5. RECEÇÃO

Depois de feita a seleção e aquisição dos medicamentos pelo coordenador dos serviços

farmacêuticos, os medicamentos chegam à zona de receção da farmácia do HSM.

A receção de medicamentos e produtos de saúde implica: [3]

Conferência qualitativa e quantitativa dos medicamentos, produtos

farmacêuticos e dispositivos médicos;

Conferência da guia de remessa com a nota de encomenda;

Assinatura da nota de entrega e entrega de um duplicado ao transportador;

Conferência, registo e arquivo da documentação técnica (certificados de

análise);

Registo de entrada do produto;

Envio do original da guia de remessa para o Serviço de Aprovisionamento;

Envio dos produtos para armazenamento, tendo em atenção os critérios técnicos;

A conferência de hemoderivados exige ainda a conferência dos boletins de

análise, dos certificados de aprovação emitidos pelo INFARMED e dos

certificados de libertação de lote.

No HSM a primeira coisa a ser feita quando chegam as encomendas é retirar a guia de

remessa (Anexo I) e entregá-la nos serviços administrativos, onde é anexada à nota de

encomenda (Anexo II) dos SF. De seguida confere-se se o número da nota de encomenda

corresponde ao número da guia de transporte.

Depois de conferida a encomenda, faz-se o registo de entrada dos medicamentos no

computador, através do programa ALERT ERP®. Através do programa mencionado

inserimos o lote do medicamento a ser rececionado, a quantidade de medicação que chegou a

farmácia, o prazo de validade e o estado da encomenda e finalmente regista-se a receção da

encomenda. Depois de feita a receção, a nota de encomenda é assinada pela pessoa que tenha

efetuado a operação.

As matérias-primas devem vir acompanhadas dos respetivos boletins de análise e os

medicamentos derivados do sangue ou plasma humano e as vacinas para além dos certificados

de análise (Anexo III) vêm acompanhados de um Certificado Oficial Europeu de Libertação

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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de Lote (COELL) e no caso de possuírem um COELL emitido por outro país, deverá ser

emitido, pelo INFARMED um Certificado de Autorização de Utilização de Lote (CAUL). [4]

Esta documentação é posteriormente arquivada por ordem de entrada.

A receção de plasma humano não é responsabilidade dos Técnicos de Farmácia, sendo

um farmacêutico a realizar esta tarefa.

Os medicamentos termolábeis, ou seja que necessitam de estar no frio, são os

primeiros a serem rececionados para poderem ser logo armazenados.

Depois de feita a receção, os medicamentos seguem para o armazém ou para o seu

local habitual de armazenamento, onde são armazenados no local destinado aos mesmos.

6. ARMAZENAMENTO

O armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos

deve ser feito de modo a garantir as condições necessárias de espaço, luz, temperatura,

humidade e segurança dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. [3]

Após a receção, os medicamentos são acondicionados nos respetivos lugares devendo

ter sempre em conta os prazos de validade.

No HSM o armazenamento de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos

médicos é feito nos seguintes locais:

Armazém de medicamentos gerais;

Armazém de soluções de grandes volumes;

Armazém de inflamáveis (desinfetantes e antisséticos);

Na área de atendimento reservado (onde existe um frigorífico e um armário onde

são armazenados os medicamentos destinados a doentes em regime de

ambulatório);

Na sala destinada à preparação de nutrição parentérica.

6.1. ARMAZÉM DE MEDICAMENTOS GERAIS

Neste armazém encontram-se armazenados os medicamentos termolábeis, os

medicamentos de grande rotação, os anticoncecionais, o material de penso e muitos outros

medicamentos e produtos farmacêuticos.

Relatório de Estágio Profissional II | Hospital Sousa Martins

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6.1.1. Medicamentos termolábeis

Encontram-se armazenados nos diversos frigoríficos do armazém, (insulinas, vacinas,

etc.) ordenados alfabeticamente por DCI, dosagem, forma farmacêutica e com etiquetas de

identificação em cada prateleira.

6.1.2. Medicamentos de grande rotação

Estes medicamentos encontram-se num local de fácil acesso, por serem necessários

com bastante regularidade. Alguns exemplos de medicamentos de grande rotação são as

enoxaparinas sódicas, alguns antimicrobianos, etc.

6.1.3. Anticoncecionais

Os anticoncecionais como por exemplo os contracetivos orais, preservativos e

dispositivos intrauterinos, estão armazenados em prateleiras específicas e devidamente

identificados.

Este tipo de medicação é mais requisitada para os centros de saúde da região, por isso

são armazenados separadamente do resto dos medicamentos de forma a facilitar o acesso aos

mesmos no momento da sua distribuição.

6.1.4. Material de penso

Podemos encontrar diversas variedades destes produtos armazenados em prateleiras

separadas do resto dos medicamentos.

Nestas prateleiras são armazenados também outros produtos farmacêuticos, como por

exemplo, cremes hidratantes.

6.1.5. Reagentes para determinação da glucose e dos fatores bioquímicos

Estes reagentes encontram-se armazenados em prateleiras junto dos restantes

medicamentos e produtos farmacêuticos. Nestas mesmas prateleiras podemos encontrar ainda

esponjas hemostáticas.

6.1.6. Medicamentos para uso oftalmológico

Estes medicamentos encontram-se agrupados. São armazenados em prateleiras

distintas e encontram-se ordenados alfabeticamente por DCI e ordem crescente de dosagem.

6.1.7. Antídotos e medicação importada

Estão armazenados alfabeticamente por DCI, dosagem e forma farmacêutica num dos

armários existentes no armazém.

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21

Os antídotos apesar de estarem armazenados no mesmo armário encontram-se em

prateleiras separadas da medicação importada.

6.1.8. Psicotrópicos e estupefacientes

Os psicotrópicos e estupefacientes são substâncias extremamente importantes para a

medicina e as suas propriedades, desde que usadas de forma correta, podem trazer benefícios

terapêuticos a um número alargado de situações de doença. [5]

Apesar das suas propriedades benéficas estas substâncias apresentam alguns riscos,

podendo induzir habituação, e até dependência, quer física quer psíquica. [5]

Por estes motivos, estes medicamentos estão armazenados em dois cofres fechados

existentes no armazém de forma a limitar o acesso aos mesmos.

6.1.9. Benzodiazepinas

Tal como os psicotrópicos e estupefacientes, as benzodiazepinas podem induzir a

dependência física e psíquica e ainda tolerância. Assim sendo, este grupo de medicamentos

encontra-se armazenado num armário fechado, também para limitar o seu acesso.

6.1.10. Citotóxicos

Os medicamentos citotóxicos estão armazenados alfabeticamente por DCI, dosagem e

forma farmacêutica num dos armários do armazém.

6.1.11. Donativos

São medicamentos que são doados aos SF e que após a avaliação do seu estado e do

seu prazo de validade dos mesmos são armazenados alfabeticamente por nome comercial num

armário específico.

6.1.12. Suplementos nutricionais, papas lácteas e leites em pó

Os suplementos nutricionais encontram-se armazenados em prateleiras específicas

perto dos medicamentos de grande rotação.

As papas lácteas e leites em pó encontram-se também armazenados em prateleiras

específicas, mas separadamente dos suplementos nutricionais.

6.1.13. Plasma humano

É armazenado numa arca congeladora existente no armazém e que se encontra

fechada. O plasma humano é armazenado consoante o tipo A, B, O e AB.

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22

6.2. ARMAZÉM DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME

Neste armazém são armazenados os corretores de volémia e das alterações eletrolíticas

em paletes ao longo do armazém devidamente identificadas e em prateleiras também

devidamente identificadas.

Aqui podemos encontrar soluções de cloreto de sódio e glucose em diversas

concentrações e volumes, água destilada, etc.

6.3. ARMAZÉM DE DESINFETANTES/ INFLAMÁVEIS

Aqui são armazenados as soluções antisséticas e desinfetantes por ordem alfabética de

DCI em prateleiras devidamente identificadas. Este armazém situa-se perto do armazém de

soluções de grande volume.

6.4. MEDICAÇÃO DE AMBULATÓRIO

A medicação destinada a doentes em regime de ambulatório encontra-se armazenada

na área de atendimento reservado, uma vez que é aqui que é feito o atendimento aos utentes

em regime de ambulatório e torna-se então mais fácil o acesso a estes medicamentos.

Aqui a medicação encontra-se armazenada em frigoríficos (no caso dos produtos

termolábeis) e num armário. A medicação encontra-se armazenada alfabeticamente por DCI,

dosagem e forma farmacêutica.

6.5. BOLSAS PARA NUTRIÇÃO PARENTÉRICA

As bolsas para nutrição parentérica encontram-se armazenadas na sala que

futuramente será destinada à preparação de nutrição parentérica. Aqui existem prateleiras

devidamente identificadas onde são armazenadas as bolsas.

7. CONTROLO DOS PRAZOS DE VALIDADE

O prazo de validade de um medicamento é o período de tempo no qual ele mantém as

suas características físicas, químicas, microbiológicas, galénicas e farmacológicas. O controlo

dos prazos de validade é essencial para que assim se possam evitar perdas e erros de

administração por prazos de validade expirados.

No HSM os medicamentos e outros produtos farmacêuticos são armazenados tendo

em conta aqueles que têm o prazo de validade mais curto, ou seja encontram-se armazenados

segundo a técnica FEFO (first expire, first out).

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Se expirar o prazo de validade de um certo medicamento ou produto farmacêutico,

deve-se procurar entender o motivo pelo qual o medicamento expirou o seu prazo de validade,

sem que este tivesse sido consumido por nenhum serviço.

Algumas das causas podem estar associadas a uma diminuição de consumo, falhas no

processo de armazenagem ou compras em quantidades excessivas. É importante analisar cada

uma das causas para que se possam estabelecer medidas que previnam situações semelhantes

no futuro.

8. FARMACOTECNIA

A farmacotécnia engloba a preparação de manipulados, a reembalagem de doses

unitárias sólidas, as preparações assépticas (soluções e diluições de desinfetantes) e

preparações estéreis ou citotóxicas individualizadas.

Ao longo do meu estágio apenas tive a oportunidade de realizar a reembalagem de

doses unitárias sólidas, pois mais nenhum procedimento é responsabilidade dos Técnicos de

Farmácia dos SF do HSM.

8.1. REEMBALAGEM

A reembalagem de medicamentos unidose é efetuada de maneira a assegurar a

segurança e qualidade do medicamento.

Os objetivos principais da reembalagem de medicamentos é permitir aos SF disporem

dos medicamentos na dose prescrita, de forma individualizada, garantir a identificação do

medicamento (DCI, dosagem, lote e prazo de validade) e ainda proteger o medicamento

reembalado dos agentes ambientais. [3]

A reembalagem é feita na sala de reembalagem com o auxílio da máquina

reembaladora. Antes de começar o processo a primeira coisa a ser feita é verificar se a área se

encontra completamente limpa desinfetando todas as áreas onde será realizado o processo de

reembalagem, depois introduzem-se os dados (lote, prazo de validade, nome genérico,

dosagem e prazo de validade) no computador que está associado à reembaladora. Na

execução de todo o processo de reembalamento é imprescindível a utilização de luvas.

Para evitar contaminações de um medicamento para outro não deve existir mais

nenhum medicamento na área de trabalho para além daquele que está a ser reembalado. De

seguida retiram-se as formas farmacêuticas orais sólidas da sua embalagem primária, verifica-

se as condições do medicamento e coloca-se na reembaladora.

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Quando é necessário reembalar formas farmacêuticas orais sólidas que não existam

nas doses prescritas, fracionam-se de forma a ficarem com a dosagem pretendida, no entanto

nem todas estas formas farmacêuticas podem ser fracionadas, como é o caso das cápsulas.

Quando os medicamentos são reembalados, o prazo de validade fica reduzido a seis

meses, uma vez que os medicamentos já entraram em contato com agentes externos. Temos

de ter sempre em atenção o prazo de validade dos medicamentos pois há medicação em que o

prazo de validade original é inferior a seis meses e nesses casos, quando introduzimos o prazo

de validade, introduzimos aquela que corresponde ao prazo de validade de origem.

No caso de os medicamentos serem reembalados sem serem retirados do blister,

mantêm-se o prazo de validade original do medicamento, uma vez que este não entrou em

contato com agentes externos.

Na figura 7 podemos ver as informações necessárias que devem constar na embalagem

reembalada de um meio de um comprimido de Metformina 1000 mg.

Figura 7- Informação impressa num comprimido reembalado

8.2. PREPARAÇÃO DE MANIPULADOS

Hoje em dia, a preparação de manipulados é relativamente mínima, devido ao grande

desenvolvimento da indústria farmacêutica. No entanto, a preparação de manipulados ainda é

útil em certas situações:

Não existem no mercado todas as formas apropriadas, com dosagem adequada a

um número significativo de doentes;

Alguns doentes são sensíveis ou alérgicos a certos componentes dos produtos

comercializados e precisam de medicamentos especialmente preparados;

Determinadas associações terapêuticas não se encontram comercializadas.

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Assim sendo, há necessidade de personalizar a terapia, consoante o utente e a

patologia em causa.

Uma fórmula magistral é um medicamento preparado em farmácia de oficina ou nos

serviços farmacêuticos hospitalares segundo receita que especifica o doente a quem o

medicamento se destina. [6]

Um preparado oficinal é qualquer medicamento preparado segundo as indicações

compendiais, de uma farmacopeia ou de um formulário, em farmácia de oficina ou nos

serviços farmacêuticos hospitalares, destinado a ser dispensado diretamente aos doentes

assistidos por essa farmácia ou serviço. [6]

Atualmente não são preparados muitos manipulados nos SF do HSM, contudo estes

possuem um laboratório, como já foi referido anteriormente para a preparação de alguns

manipulados. Apesar de a preparação de manipulados ser uma das competências dos Técnicos

de Farmácia, quando é necessário preparar alguma formulação magistral ou preparado

oficinal é um farmacêutico que está responsável por realizar esse procedimento.

9. DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

Esta é a atividade dos serviços farmacêuticos com mais visibilidade e onde mais vezes

se estabelece o contato destes serviços com os serviços clínicos do hospital.

O HSM possui atualmente cerca de trezentas e cinquenta camas, distribuídas pelos

vários serviços do hospital, sendo que, os serviços farmacêuticos fazem distribuição de

medicamentos para os seguintes serviços:

Pneumologia;

Cardiologia;

Ortopedia (homens e mulheres);

Cirurgia (homens e mulheres);

Medicina A e B;

Psiquiatria;

Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes (UCIP);

Consultas externas;

Ginecologia;

Bloco operatório geral;

Otorrino e oftalmologia;

Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) de cardiologia;

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Pediatria e neonatologia;

Obstetrícia;

Oncologia;

Banco de urgências;

Urgência pediátrica;

Neurologia;

Dermatologia;

Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs);

Gastrenterologia;

Unidade de Cirurgia de Ambulatório (UCA).

Fornece-se ainda medicamentos para os centros de saúde que fazem parte desta ULS:

Guarda e USF Ribeirinha;

Manteigas;

Sabugal;

Almeida;

Pinhel;

Figueira de Castelo Rodrigo;

Gouveia;

Seia;

Celorico da Beira;

Fornos de Algodres;

Trancoso;

Mêda.

Nos SF do HSM existem quatro tipos de sistema de distribuição de medicamentos:

Distribuição por dose unitária;

Distribuição tradicional;

Distribuição por reposição de níveis;

Distribuição em regime de ambulatório.

A forma como é feita a distribuição de medicamentos nos SF do HSM de acordo com

as distribuições acima referidas, será descrita nos pontos que seguem.

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27

9.1. DISTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL POR DOSE UNITÁRIA

Este tipo de distribuição é o método mais fiável para distribuição de medicamentos

pois garante uma maior eficácia e eficiência, permitindo o acompanhamento

farmacoterapêutico do doente.

A distribuição em dose unitária é feita consoante a prescrição médica e em doses

prontas a serem administradas num período de 24h a um determinado doente.

O médico efetua a prescrição médica manualmente, de seguida o farmacêutico recebe

essa prescrição e os medicamentos não são dispensados até que o farmacêutico tenha validado

a prescrição. Através das prescrições médicas o farmacêutico constrói o perfil

farmacoterapêutico (Anexo IV) de cada serviço e este é enviado para a sala de distribuição da

farmácia, onde os Técnicos de Farmácia dispensam os medicamentos prescritos. O perfil

farmacoterapêutico de cada doente contém, o serviço clínico, a data da prescrição, a

designação do medicamento por DCI, dosagem, forma farmacêutica e via de administração.

Não são todos os serviços hospitalares que recebem a distribuição de medicamentos

por dose unitária, no HSM apenas os serviços de cardiologia, neurologia e dermatologia,

pneumologia, psiquiatria, UCIP, medicina A e B, ortopedia homens e mulheres, cirurgia

homens e mulheres, unidade de AVCs, gastrenterologia e oncologia recebem este tipo de

distribuição.

Os medicamentos em dose unitária são enviados em cassetes (esquema 2), estas

cassetes são compostas por gavetas que possuem três ou quatro divisórias. Na primeira

divisória colocam-se os medicamentos que são para serem administrados ao pequeno-almoço,

na segunda divisória os que são administrados à hora de almoço, e por fim na terceira

divisória colocam-se os que são administrados ao jantar e aqueles que são apenas utilizados

em SOS (no caso de as cassetes possuírem quatro divisórias os medicamentos SOS são

enviados na quarta divisória).

O perfil farmacoterapêutico vem com indicações de posologia (uma, duas, três, quatro

vezes ao dia ou em SOS) deste modo cabe ao técnico de farmácia interpretar o perfil.

Por norma os medicamentos que são administrados uma vez ao dia ao doente são

colocados na primeira divisória da gaveta para serem administrados ao pequeno-almoço, a

não ser que venha alguma indicação no perfil que indique que o medicamento deva ser

administrado a uma altura específica do dia (por exemplo à noite). Os medicamentos que são

administrados ao doente duas vezes ao dia (12/12h) são colocados na primeira e na terceira

divisória da gaveta a não ser que venha indicado de outra forma, os que são administrados três

vezes por dia (8/8h) são colocados na primeira, segunda e terceira divisória da gaveta, os que

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são administrados quatro vezes ao dia são colocado na primeira, segunda, terceira e quarta

divisória.

Esquema 2- Gaveta de distribuição por dose unitária

Aquando da preparação da distribuição em dose unitária o Técnico de Farmácia deve

estar com a máxima atenção ao que vem descrito no perfil farmacoterapêutico,

nomeadamente:

Forma farmacêutica do medicamento e dosagem;

Data de início e fim do tratamento com um determinado fármaco;

Dias em que a administração é feita (uma vez que há medicamentos que não são

tomados continuamente);

Possíveis erros de prescrição;

Qualquer outra informação importante que possa vir descrita no perfil.

As gavetas são atualizadas diariamente com o nome dos doentes, o serviço e a cama

do doente, uma vez que cada gaveta contém apenas os medicamentos a serem administrados a

um determinado doente.

Às sextas-feiras a distribuição em dose unitária é feita a triplicar, pois como esta é

preparada em quantidades suficientes para 24h, a medicação para sábado e domingo é

dispensada na sexta-feira e segue para os serviços também nesse dia.

A distribuição em dose unitária é feita por quatro técnicos: o técnico A é responsável

por realizar a distribuição em dose unitária dos serviços de cardiologia, neurologia e

dermatologia, pneumologia e UCI, o técnico B é responsável pela medicina B, ortopedia

homens/gastrenterologia, cirurgia homens e unidade de AVCs, o técnico C é responsável pela

medicina A, ortopedia mulheres, cirurgia mulheres e oncologia e o técnico D apenas é

4ª Divisória

3ª Divisória

2ª Divisória

1ª Divisória

SOS/ Noite

Jantar

Almoço

Pequeno-almoço

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responsável pela psiquiatria uma vez que tem mais tarefas ao seu encargo como a distribuição

para os centros de saúde.

Existe um stock de medicamentos na sala de distribuição para facilitar a realização da

dose unitária. Cada técnico dispõe do seu próprio stock de apoio consoante os serviços para os

quais está a dispensar os medicamentos. Neste stock os medicamentos são guardados em

cassetes parecidas com aquelas que seguem para os serviços, cada gaveta da cassete contém

determinados medicamentos, que são arrumados alfabeticamente por DCI e consoante a sua

forma farmacêutica e dosagem, nas gavetas e devidamente identificados, ou seja, prontos a

serem colocados nas gavetas do doente a que se destinam, assim o técnico dispõem de maior

parte da medicação que necessita para a realização desta tarefa.

Depois dos medicamentos serem colocados nas respetivas gavetas, o Farmacêutico e o

Técnico de Farmácia vem conferir se a medicação está colocada corretamente nas gavetas. Os

medicamentos são conferidos por um farmacêutico e por um técnico, o farmacêutico que vem

conferir um determinado serviço nunca é o mesmo que fez o perfil farmacoterapêutico do

mesmo, assim como o técnico que confere nunca é o mesmo que fez a preparação da dose

unitária desse serviço, desta maneira torna-se mais fácil a identificação de erros, caso estes

existam.

Depois de conferidos, os medicamentos são levados para os respetivos serviços

clínicos por um AO, em carrinhos apropriados para o transporte dos mesmos.

Quando há medicamentos termolábeis na distribuição por dose unitária, são colocados

no frigorífico que está na sala de distribuição, devidamente identificados com o serviço e

cama do doente a que são destinados, e uma etiqueta é colocada em cima da cassete do

serviço, para dar conhecimento aos AO que existem medicamentos no frigorífico para serem

transportados juntamente com as cassetes. Deste modo os medicamentos permanecem no

frigorífico até á hora de serem levados para os serviços clínicos.

Com este método de distribuição há um maior controlo de stocks, há uma diminuição

de erros na terapêutica, há redução nos custos com medicamentos e é possível proceder às

alterações da terapêutica (introdução, adição ou eliminação) caso seja necessário.

9.1.1. Revertências

Depois de administrados os medicamentos aos utentes, as cassetes regressam aos SF.

Todos os dias chegam as cassetes dos dias anteriores, que podem conter medicamentos que

não chegaram a ser administrados ao doente. Os Técnicos de Farmácia tem a responsabilidade

de reverter esses medicamentos nos totais dos perfis farmacoterapêuticos (Anexo V), mais

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propriamente, na folha de totais que vem anexada aos perfis, antes de ser dada a saída desses

medicamentos no sistema informático, ou seja, do valor total de medicamentos que chegaram

revertidos á farmácia, subtraímos esses medicamentos ao valor que esta na folha de totais.

Para dar saída dos medicamentos que são distribuídos em dose unitária recorre-se ao

sistema informático ALERT ERP®, onde se cria uma requisição do serviço.

Para criar uma requisição do serviço basta preencher um cabeçalho onde inserimos a

categoria do produto, o centro de responsabilidade, o serviço em questão, o perfil e a

descrição (Dose unitária). Depois de preenchido o cabeçalho basta introduzir o código de cada

medicamento e a quantidade requerida. Para finalizar confirma-se a requisição e envia-se.

Por norma nunca se dá saída dos medicamentos que saíram para os serviços no próprio

dia, aguarda-se pelo menos um dia para que possamos debitar os medicamentos revertidos

que só chegam no dia seguinte, antes de se ter dado saída deles, ou seja, é como se os

medicamentos nunca tenham saído da farmácia.

Verifica-se sempre se os medicamentos regressaram em condições apropriadas e se

ainda estão dentro do prazo de validade, caso estas condições se verifiquem os medicamentos

são arrumados no respetivo lugar, depois de feita a revertência.

Se por acaso os medicamentos não estiverem dentro do prazo de validade ou não se

encontrem nas devidas condições (por exemplo se a embalagem estiver danificada) estes são

colocados no contentor de resíduos hospitalares de tipo III que se encontra na sala de lavagem

e desinfeção de material. Nestes casos os medicamentos não são debitados nos totais dos

perfis farmacoterapêuticos, uma vez que não voltam a entrar no stock dos SF.

As revertências são feitas por um Técnico de Farmácia, que normalmente fica

responsável por fazer as revertências dos serviços para os quais dispensou esses

medicamentos.

Depois de serem dadas as saídas dos medicamentos dispensados em dose unitária, os

perfis farmacoterapêuticos são armazenados em local apropriado no arquivo dos SF.

9.1.2. Devoluções

Quando não é possível debitar os medicamentos nos perfis, é feita uma devolução no

computador para que esses medicamentos voltem a fazer parte do stock da farmácia.

Para efetuar uma devolução no sistema informático, basta ir aos movimentos do

produto na opção “outros movimentos” e preencher um cabeçalho semelhante ao que é feito

para criar uma requisição de um serviço, no entanto é necessário indicar que se trata de uma

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devolução dos serviços. De seguida introduz-se o código do medicamento, a quantidade

devolvida e o motivo da devolução. Para finalizar basta registar a devolução.

9.1.3. Limpeza e desinfeção das cassetes

Este passo é importantíssimo para prevenir infeções hospitalares, assim sendo

nenhuma cassete segue para os serviços com os medicamentos sem terem sido previamente

limpas e desinfetadas.

9.1.4. Análise de um Perfil Farmacoterapêutico

É através do perfil farmacoterapêutico que os Técnicos de Farmácia do HSM realizam

a distribuição por dose unitária e como tal é importante que estes saibam identificar a

medicação que é administrada ao doente de forma a evitar possíveis erros de dosagem, forma

farmacêutica, posologia, etc.

Assim sendo, foi feita uma análise de um perfil farmacoterapêutico (figura 8) de um

doente do sexo masculino internado na unidade de AVC’s do HSM.

Figura 8- Perfil Farmacoterapêutico da unidade de AVC’s do HSM

Carvedilol 6,25 mg- Este fármaco pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.4. anti

hipertensores mais propriamente ao grupo 3.4.4.2.3 bloqueadores beta e alfa. O

carvedilol é um bloqueador beta está indicado no tratamento da hipertensão arterial, na

angina de peito, certas perturbações do ritmo cardíaco, hipertiroidismo, cardiomiopatia

hipertrófica, certas formas de trémulo e, em alguns casos na prevenção da enxaqueca.

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No período pós enfarte de miocárdio, pode ainda ter utilidade na limitação da área do

enfarte e da tensão da parede. [7]

Enoxaparina Sódica 80 mg/0,8 ml inj. SC- Pertence ao grupo farmacoterapêutico

4.3. anticoagulantes e antitrombóticos, mais especificamente ao grupo 4.3.1.1.

heparinas. A enoxaparina sódica é uma heparina de baixo peso molecular, sendo

utilizada no tratamento e profilaxia da trombose venosa em cirurgia geral, cirurgia

ortopédica, embolismo pulmonar, angina instável e enfarte do miocárdio sem ondas Q.

[7]

Furosemida 40 mg- Este fármaco pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.4. anti

hipertensores mais propriamente ao grupo 3.4.1.2. diuréticos da ansa. A furosemida

está indicada na remoção de edema causado por insuficiência cardíaca e por doenças

hepáticas ou renais. Está também indicada em situações de oligúria, no tratamento

urgente de hipercalcemia e na hipertensão arterial. [7]

Brometo de Ipratrópio 0,25 mg/2 ml solução inalatória- Pertence ao grupo

farmacoterapêutico 5.1. antiasmáticos e broncodilatadores mais propriamente ao grupo

5.1.2. antagonistas colinérgicos. Na forma de aerossol é usado no tratamento

prolongado da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), na bronquite crónica,

no enfisema e no tratamento da asma. [7]

Nitroglicerina 4,8 mg sistema transdérmico- A nitroglicerina pertence ao grupo

farmacoterapêutico 3.5. vasodilatadores, mais especificamente ao grupo 3.5.1.

antianginosos. Está indicada no tratamento da angina de peito e na insuficiência

cardíaca como adjuvante. [7]

Pantoprazol 40 mg pó para solução injetável- Pertence ao grupo farmacoterapêutico

6.2. antiácidos e anti ulcerosos, mais propriamente ao grupo 6.2.2.3. inibidores da

bomba de protões. Está indicado no tratamento da úlcera péptica, esofagite de refluxo,

síndrome de Zollinger-Ellison e erradicação do H. pylori, em associação. [7]

Piperacilina 4000 mg + Tazobactam 500 mg pó para solução injetável- Este

fármaco pertence ao grupo farmacoterapêutico 1.1. antibacterianos, mais

especificamente ao grupo 1.1.5. associações de penicilinas com inibidores das

lactamases beta. Está indicado no tratamento de infeções graves devidas a

microrganismos gram positivo, gram negativo ou anaeróbios resistentes aos

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antimicrobianos de primeira escolha. Está ainda indicado no tratamento de infeções

polimicrobianas, infeções no doente neutropénico em associação com um

aminoglicosídeo. [7]

Ramipril 5 mg- Pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.4. anti hipertensores, mais

propriamente ao grupo 3.4.2.1. inibidores da enzima de conversão da angiotensina.

Está indicado no tratamento da hipertensão arterial, no tratamento da insuficiência

cardíaca, na disfunção ventricular pós enfarte e na prevenção da nefropatia e

retinopatia diabéticas. [7]

Sinvastatina 20 mg- Pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.7. antidislipidémicos. A

Sinvastatina é uma estatina que está indicada no tratamento da hipercolesterolemia e

da dislipidemia mista. [7]

Tiamina 100 mg/ 2 ml solução injetável- Este fármaco pertence ao grupo

farmacoterapêutico 11.3. vitaminas e sais minerais mais propriamente ao grupo

11.3.1.2. vitaminas hidrossolúveis. A tiamina ou vitamina B1 é uma vitamina

essencial no metabolismo de hidratos de carbono. É utilizada em casos de défice de

vitamina B1 causada por uma dieta inadequada. [7]

Posso concluir com a análise deste perfil farmacoterapêutico que o doente sofreu

um enfarte do miocárdio, de acordo com o diagnóstico médico. O doente tem ainda

hipercolesterolemia, défice de vitamina B1 e uma infeção microbiana.

9.2. DISTRIBUIÇÃO TRADICIONAL DE MEDICAMENTOS

Este método de distribuição pode ser definido como uma resposta direta aos pedidos

efetuados pelos serviços clínicos consoante as suas necessidades.

No HSM a distribuição de medicamentos em sistema tradicional é feita semanalmente

para cada serviço clínico. As requisições são feitas informaticamente pelo enfermeiro

responsável pelo serviço, depois de feita a requisição é enviada para a farmácia, onde os

técnicos procedem á distribuição da medicação pedida. Todas as requisições antes de

chegarem à sala de distribuição são validadas por um farmacêutico responsável.

Na farmácia os técnicos podem imprimir a requisição (Anexo VI) ou então recorrer à

ajuda do PDA para dispensar a medicação. Quando o Técnico de Farmácia deteta ruturas no

stock do armazém deve sempre contactar a pessoa que efetuou o pedido.

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No final do atendimento das requisições, o Técnico de Farmácia faz a conferência dos

medicamentos dispensados e dá saída dos mesmos no sistema informático, ou através do

PDA. Os medicamentos são colocados organizadamente em caixas devidamente identificadas

com o nome do serviço a que se destinam. Depois de distribuídos e conferidos os

medicamentos são levados para os serviços por um AO.

Existem dias estipulados para os serviços fazerem os seus pedidos, sendo que os

medicamentos que são pedidos num dia, só seguem para os serviços no dia a seguir.

Quando existem requisições de última hora ou que por alguma razão não foi pedida na

requisição normal, nesses casos é feita uma nova requisição pelos serviços e um AO do

serviço dirige-se à farmácia para levar o pedido para os serviços.

Todos os serviços recebem medicamentos por distribuição tradicional com exceção

daqueles que recebem os medicamentos pelo sistema de distribuição por reposição de níveis.

O sistema de distribuição tradicional de medicamentos pode ser também definida como um

complemento à distribuição por dose unitária, contudo existem serviços que apenas recebem

distribuição tradicional, como é por exemplo o caso dos serviços de consultas externas, bloco

operatório geral, UCA, bloco de obstetrícia e centros de saúde.

Neste sistema de distribuição são dispensados todos os tipos de medicamentos bem

como corretores volémia, desinfetantes, pensos, etc.

É através deste sistema que dispensamos os medicamentos, produtos e dispositivos

médicos para os centros de saúde desta ULS, sendo que as requisições são feitas uma vez por

mês (Anexo VII). Existe também dias estipulados do mês para estas requisições serem

enviadas para os centros de saúde.

Este sistema de distribuição oferece facilidade de acesso aos medicamentos para uso

imediato e diminui os pedidos efetuados à farmácia, contudo torna-se mais difícil para a

farmácia controlar por exemplo o correto armazenamento dos medicamentos e aumenta o

potencial de erros na terapêutica.

9.3. DISTRIBUIÇÃO POR REPOSIÇÃO DE NÍVEIS

Neste sistema de distribuição de medicamentos, há reposição de stocks nivelados de

medicamentos previamente definidos pelos farmacêuticos, enfermeiros e médicos dos

respetivos serviços clínicos.

A reposição dos stocks de medicamentos no HSM é feita todas as semanas para os

diferentes serviços que recebem este tipo de distribuição, sendo eles os serviços de

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ginecologia, pediatria, obstetrícia, UCI cardiologia, otorrino/ oftalmologia e banco de

urgências.

Os dias de semana estabelecidos para a reposição de stocks nivelados são:

Quarta-feira- ginecologia;

Quinta-feira- obstetrícia, otorrino/oftalmologia e pediatria;

Sexta-feira- UCI cardiologia e banco de urgências.

A primeira coisa a ser feita para repor os stocks é o inventário das cassetes ou

carrinhos, uma vez que nos serviços da pediatria e banco de urgências a reposição de stocks é

feita em carrinhos (figura 9) que possuem gavetas iguais às das cassetes. Para fazermos o

inventário contamos os medicamentos existentes nos carrinhos/cassetes e inserimos essa

mesma quantidade no PDA, depois de estar tudo inventariado é feita uma sincronização com

o computador para termos acesso às quantidades que temos de repor nas gavetas. Depois de

feita a sincronização imprime-se a folha com o total de medicamentos que é necessário repor

(Anexo VIII), ou então consultam-se diretamente através do PDA.

É muito importante verificar o prazo de validade e estado dos medicamentos que

constam no stock destas gavetas. Uma vez que apenas repomos nas gavetas a quantidade que

falta para atingir o nível estipulado, os medicamentos que já estavam nas gavetas à mais

tempo podem estar fora do prazo de validade e danificados, assim sendo cada vez que é feito

o inventário verificam-se sempre se os medicamentos estão em condições de seguir

novamente para os serviços.

Os serviços que possuem distribuição por reposição de níveis não possuem outro

sistema de distribuição.

O carrinho do banco de urgências é aquele que regressa aos SF praticamente vazio, e

este serviço é aquele que faz mais pedidos urgentes à farmácia por não dispor dos

medicamentos no carrinho que repõe o seu stock semanal. Seria uma boa opção a reposição

por níveis deste serviço ser feita mais vezes por semana, pois as necessidades deste serviço

justificam uma quantidade superior de stock.

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Figura 9- Carrinho do serviço de pediatria

9.4. DISTRIBUIÇÃO EM REGIME DE AMBULATÓRIO

Este sistema de distribuição, resulta da necessidade de haver um maior controlo e

vigilância em determinadas terapêuticas, em consequência de efeitos secundários graves,

necessidade de assegurar a adesão dos doentes à terapêutica e também pelo fato de a

comparticipação de certos medicamentos só ser a 100% se forem dispensados pelos Serviços

Farmacêuticos Hospitalares. [3]

A dispensa destes medicamentos é feita pelos farmacêuticos, e apoiado por um sistema

informático que assegura a confidencialidade dos dados. Apenas são dispensados

medicamentos para doentes que estejam a ser seguidos por um médico do HSM. Os doentes

dirigem-se à farmácia para levantar os medicamentos, sempre acompanhados da receita

médica, onde tem sempre de constar o nome do doente e o nome do médico prescritor.

Os medicamentos que são dispensados em regime de ambulatório, são apenas

medicamentos que só existem em meio hospitalar, por esse motivo são Medicamentos

Sujeitos a Receita Médica Restrita (MSRMR).

MSRMR são aqueles cuja utilização é reservada a certos meios especializados por

preencherem uma das seguintes condições: [8]

Destinarem-se a uso exclusivo hospitalar, devido às suas características

farmacológicas, à sua novidade, ou por razões de saúde pública;

Destinarem-se a patologias cujo diagnóstico seja efetuado apenas em meio

hospitalar ou estabelecimentos diferenciados com meios de diagnóstico

adequados, ainda que a sua administração e o acompanhamento dos pacientes

possam realizar-se fora desses meios;

Destinarem-se a pacientes em tratamento ambulatório, mas a sua utilização seja

suscetível de causar efeitos adversos muito graves, requerendo a prescrição de

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uma receita médica, se necessário emitida por especialista, e uma vigilância

especial durante o período de tratamento.

As seguintes patologias são legisladas para cedência de medicamentos em regime de

ambulatório: [9]

Artrite Reumatoide, Espondilite Anquilosante, Artrite Psoriática, Artrite

Idiopática Juvenil Poliarticular e Psoríase em placas – Despacho n.º

1845/2011, de 12/01, despacho n.º 17503-a/2011, de 29/12 e despacho n.º

14242/2012, de 25/10;

Fibrose Quística – Despacho 24/89, de 2/2; Portaria nº 1474/2004, de 21/12;

Doentes insuficientes crónicos e Transplantados renais – Despacho n.º

11619/2003, de 22/05, Despacho n.º 14916/2004, de 02/07, retificação nº

1858/2004, de 07/09, Despacho nº 25909/2006, de 30/11, Despacho n.º

10053/2007 de 27/04 e Despacho n.º 8680/2011 de 17/06;

Doentes insuficientes renais crónicos – Despacho n.º 6370/2002, de 07/03,

Despacho n.º 22569/2008, de 22/08, Despacho n.º 29793/2008, de 11/11 e

Despacho n.º 5821/2011, de 25/03;

Indivíduos afetados pelo VIH – Despacho nº 6 778/97, de 7/8 e despacho nº

5772/2005, de 27/12/2004;

Deficiência da hormona de crescimento na criança, síndrome de turner,

perturbações do crescimento, síndrome de prader-willi, terapêutica de

substituição em adultos – Despacho n.º 12455/2010, de 22/07;

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) – Despacho n.º 14094/2012, de 16/10;

Síndrome de Lennox-Gastaut – Despacho nº 13 622/99, de 26/5;

Paraplegias espásticas familiares e ataxias cerebelosas hereditárias,

nomeadamente a doença de Machado-Joseph – Despacho n.º 19 972/99 (2.ª

série), de 20/9;

Profilaxia da rejeição aguda do transplante cardíaco alogénico, Profilaxia da

rejeição aguda de transplante hepático alogénico e Profilaxia da rejeição aguda

de transplante renal alogénico - Despacho n.º 3069/2005, de 24/01, despacho

n.º 15827/2006, de 23/06, despacho n.º 19964/2008, de 15/07, despacho n.º

8598/2009, de 26/03, despacho n.º 14122/2009, de 12/06, despacho n.º

19697/2009, de 21/08, despacho n.º 5727/2010, de 23/03, despacho n.º

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5823/2011, de 25/03, despacho n.º 772/2012, de 12/01, e despacho n.º

8345/2012, de 12/06;

Doentes com hepatite C – Portaria n.º 194/2012, de 18/04;

Esclerose Múltipla (EM) – Despacho n.º 5775/2005, de 18/02, despacho

n.º10303/2009, de 13/04, despacho n.º12456/2010, de 22/07 e despacho n.º

13654/2012, de 12/10;

Doentes acromegálicos – Despacho n.º 652/2005, de 06/04;

Doença de Crohn ativa grave ou com formação de fístulas – Despacho n.º

30994/2008, de 21/11;

Hiperfenilalaninemia- Despacho n.º 1261/2014, de 14/01.

No HSM os medicamentos fornecidos são apenas aqueles que são necessários para

fazer um mês de tratamento (apesar da prescrição feita pelo médico ser para seis meses), ao

fim desse mês os doentes têm de se dirigir aos serviços farmacêuticos para levantarem os

medicamentos para o mês seguinte.

Neste sistema de distribuição, também podem ser fornecidos medicamentos de uso

exclusivo hospitalar aos doentes que não são abrangidos pelas patologias legisladas, por

exemplo no momento em que têm alta, pois pode ser necessário concluir o tratamento em

casa, e nesses casos o hospital dispensa esses medicamentos para garantir a terapêutica do

doente.

Quando os doentes se dirigem em regime de ambulatório aos SF do HSM pela

primeira vez, é feita uma inscrição para que constem os dados do doente, bem como os

medicamentos de que ele necessita, assim, pode ter-se sempre em stock os medicamentos

necessários para garantir o tratamento dos doentes.

A ficha de inscrição é arquivada conjuntamente com a prescrição, que tem de

contemplar o nome do doente e o do médico prescritor.

O farmacêutico tem a responsabilidade de fazer o seguimento farmacoterapêutico do

doente, avaliando sempre a adesão à terapêutica.

Existem certas situações em que são dispensados medicamentos em regime de

ambulatório, que não são abrangidos pelas patologias acima referidas. Se um utente necessitar

de um medicamento de uso exclusivo hospitalar, os SF podem dispensar esse medicamento

para que o utente não interrompa a terapêutica.

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10. REFLEXÃO CRÍTICA

A equipa com que tive oportunidade de trabalhar, foi uma equipa fantástica, com

espirito de equipa e sempre dispostos a esclarecer todas as dúvidas que me foram surgindo.

Existe um ambiente bastante bom nos SF do HSM, tanto entre técnicos, como farmacêuticos e

até mesmo com os AO, assim sendo tornou-se bastante fácil a integração na farmácia.

O facto de já ter estagiado no 2º ano de licenciatura nos SF do HSM permitiu-me uma

adaptação muito mais rápida às tarefas que se desempenham em farmácia hospitalar.

As novas instalações dos SF são consideravelmente melhores do que as anteriores, em

termos de espaço e qualidade de infraestruturas, o que permite uma melhor organização dos

mesmos.

Gostei de todas as áreas por onde passei, mas a que me despertou mais interesse foi a

dose unitária, uma vez que é aqui que podemos ter um contato mais direto com a terapêutica

do doente.

Tive pena de não serem preparados muitos manipulados e de não serem os técnicos de

farmácia os responsáveis pela execução desta tarefa, por isso não tive oportunidade de fazer a

preparação de nenhum.

A preparação de citotóxicos e nutrição parentérica neste momento também não são

responsabilidade dos técnicos, sendo assim, são os enfermeiros que fazem essas preparações

em instalações que se encontram fora dos SF. Futuramente estas preparações passarão a ser

realizadas nos SF, uma vez que as novas instalações possuem condições para a realização

destas tarefas.

Nos SF do HSM também não existem KARDEX nem sistema de distribuição através

de Pyxis, mas acho que os objetivos principais deste estágio foram cumpridos, pois consegui

perceber o circuito do medicamento numa farmácia hospitalar, sentir a responsabilidade que é

a nossa profissão e consegui ainda perceber o que é na verdade ser um Técnico de Farmácia

num serviço farmacêutico hospitalar.

Apesar de esta experiência não ser totalmente nova, não me arrependo do local que

escolhi para esta última etapa enquanto estudante de farmácia pois apesar de não possuírem os

melhores recursos disponíveis conseguem realizar da mesma maneira e com a mesma eficácia

as tarefas que lhes são atribuídas, e aconselho o HSM para estágio em farmácia hospitalar,

pois ali com pouco faz-se muito.

Apesar de sermos muitos estagiários na farmácia o estágio foi bem orientado,

conseguiram dividir-nos de forma a não prejudicarem a nossa aprendizagem, e tivemos

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sempre o apoio de pelo menos um técnico para esclarecer as nossas dúvidas e orientar as

nossas tarefas.

Este estágio foi sem dúvida muito importante sendo mesmo essencial para o nosso

percurso como estudantes, é aqui que conseguimos compreender na realidade tudo o que nos é

ensinado, e de outra maneira não conseguiríamos interiorizar tão bem aquilo que nos é

explicado nas aulas.

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11. CONCLUSÃO

Os serviços farmacêuticos hospitalares são extremamente importantes nos cuidados de

saúde em meio hospitalar, uma vez que sem eles seria impossível proporcionar aos utentes

uma terapêutica adequada. Uma boa gestão destes serviços bem como uma estrutura

organizada com as condições de higiene e desinfeção adequadas são fundamentais para o bom

desempenho da farmácia hospitalar.

Este estágio em farmácia hospitalar permitiu-me passar à prática os conceitos teóricos

adquiridos ao longo dos quatro anos de licenciatura, revelando-se uma experiência muito

enriquecedora, quer a nível profissional, quer a nível pessoal.

O estágio decorreu bastante bem e tive a oportunidade de aprender imensas coisas que

serão fundamentais para o meu futuro enquanto Técnica de Farmácia.

Os objetivos deste estágio foram cumpridos pois consegui adquirir bastante

experiência e conhecimento no que diz respeito às tarefas executas em meio hospitalar pelos

Técnicos de Farmácia.

As tarefas que me foram incumbidas foram sempre executadas com o máximo rigor

tentando sempre realiza-las de forma autónoma e cumprindo as normas de higiene e

desinfeção. Tive espírito crítico nos resultados que não correram da melhor maneira e mostrei

evolução na execução de algumas tarefas.

Ao longo do estágio passei por todas as áreas da farmácia e realizei todas as tarefas

que são responsabilidade dos técnicos (dose unitária, reposição por níveis, distribuição

tradicional, reembalagem, receção e armazenamento).

Apesar dos poucos recursos materiais e informáticos que os SF do HSM possuem,

percebi que é possível realizar da mesma maneira todas as tarefas que são da responsabilidade

da farmácia hospitalar, contornando os obstáculos da melhor maneira possível.

Com este estágio percebi que ser Técnico de Farmácia é muito mais do que dispensar

medicamentos, é uma preocupação constante em assegurar a terapêutica dos doentes, sempre

com a melhor eficácia e eficiência, de uma maneira geral percebi a importância da nossa

profissão em meio hospitalar.

Durante o estágio aprendi muito, e muito mais tenho a aprender, tendo sido várias as

dúvidas que me foram surgindo. Felizmente tive o privilégio de ter como orientadores,

pessoas de elevada competência e entrega à profissão, que me transmitiram valores e

conhecimentos fundamentais, que me permitiram encarar a prática da farmácia hospitalar

como uma peça fundamental num sistema de prestação de cuidados de saúde de qualidade.

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Finda esta etapa, é meu desejo melhorar, e por isso, permanecer em constante

aprendizagem durante o percurso profissional que se aproxima, regendo-me na minha prática

diária por elevados padrões morais, éticos e deontológicos de modo a dignificar a profissão

que escolhi.

BIBLIOGRAFIA

1. Plano de Estágio da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico da Guarda;

2. Http://correiodaguarda.blogs.sapo.pt/sanatorio-da-guarda-inaugurado-ha-107-408028-

História do Hospital Sousa Martins;

3. INFARMED- Manual da Farmácia Hospitalar;

4. Http://www.infarmed.pt- Certificado de autorização de utilização de lotes de

medicamentos derivados do sangue ou plasma humano;

5. Http://www.infarmed.pt- Psicotrópicos e estupefacientes;

6. Portaria n.º 594/2004- Medicamentos Manipulados, (2004). Diário da república — I

SÉRIE-B — N.º 129 — 2 de Junho de 2004;

7. INFARMED, (2013). Prontuário Terapêutico 2013;

8. Http://www.infarmed.pt- Medicamentos Sujeitos a Receita Médica Restrita;

9. Http://www.infarmed.pt- Patologias legisladas para dispensa em regime de

ambulatório.

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ANEXO I- Guia de Remessa

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44

ANEXO II- Nota de Encomenda

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45

ANEXO III- Boletim de Análise

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46

ANEXO IV- Perfil Farmacoterapêutico

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ANEXO V- Totais do Perfil Farmacoterapêutico

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48

ANEXO VI- Requisição de Distribuição Tradicional

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49

ANEXO VII- Distribuição para os Centros de Saúde

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ANEXO VIII- Requisição de Distribuição por Reposição de Níveis