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Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

P R O J E T O

O CO N T R I BU T O D O S S I G

N A AVA L I A ÇÃ O D O I M PACT O D O S A L

N A S E R R A DA E S TR E L A .

JERÓNIMO FERNANDES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO

EM ENGENHARIA TOPOGRÁFICA

Julho / 2013

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Ficha de Identificação

Aluno: Jerónimo da Encarnação Fernandes

Número de Aluno: 1009700

Contacto: [email protected]

Licenciatura: Engenharia Topográfica

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG)

do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Orientador: Professor André Sá

Grau Académico: Mestre em Engenharia Geográfica

Orientador: Professor António Monteiro

Grau Académico: Mestre em Engenharia Civil

Data de Início do Projecto: Março de 2012

Data de Conclusão: Julho de 2013

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Agradecimentos

Aos meus orientadores, Professor André Sá e Professor António Monteiro, por

terem sugerido o tema do projecto, pela motivação, pelo acompanhamento e interesse

demonstrado.

À minha colega Magda Sousa, pelo acompanhamento ao longo deste projecto.

Ao Professor Doutor Pedro Rodrigues e à sua equipa pertencente à área da

Engenharia do Ambiente, que me proporcionaram uma excelente parceria nesta etapa.

Ao Professor Doutor Pedro Almeida pelo interesse e informação

disponibilizada.

Aos Professores da Secção de Ciências Geográficas, que tanto me ensinaram ao

longo do curso.

A todo o pessoal do IPG, que me fez sentir em casa pelo carinho e simpatia com

que me trataram.

A todos a maior gratidão

Jerónimo

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Plano de Projecto

O presente plano de projecto foi sugerido pelos orientadores, de modo a

utilizarmos todos os conhecimentos obtidos ao longo do curso.

As actividades a desenvolver foram:

Escolha do tema e a discussão do mesmo;

Aquisição de dados em campo;

Tratamento de informação;

Cruzamento de informação/conclusão do projecto.

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Resumo

O projecto decorreu no Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de

Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

Este relatório de projecto encontra-se dividido em 4 partes.

Na primeira parte faz-se uma caracterização sumária dos objectivos a cumprir,

dos Sistemas de Informação Geográfica, bem como as suas funcionalidades e utilização.

Na segunda parte descreve-se os dados fornecidos tal como suas respectivas fontes e o

software a utilizar. Na terceira parte descrevem-se os diversos procedimentos práticos

desenvolvidos durante projecto, tais como: criação do modelo hidrológico da Serra da

Estrela, cruzamento de informação e a criação do modelo alfanumérico. Na quarta parte

tiram-se algumas conclusões ao trabalho desenvolvido. Por último, serão apresentadas

limitações e futuros desenvolvimentos.

Palavras-Chave: Sistemas de Informação Geográfica, Modelo Hidrológico, Serra

da Estrela, Modelo Digital Terreno (MDT), Sal-gema.

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Abstract

The project took place in the Educational Establishment: School of Technology

and Management (ESTG) Polytechnic Institute of Guarda (IPG).

This project report is divided into three points.

In the first section we make a brief characterization of the objectives to be

achieved, the Geographic Information Systems as well as their functionality and use.

The second section describes the information supplied as their respective sources and

software use. In the third section we describe the several practical procedures developed

during the project, such as creating the hydrological model, the intersection of

information and the creation of alphanumeric model. In point 3 draw some conclusions

to the work. Finally, limitations will be presented and future developments.

Key words: Geographic Information Systems, Hydrological Model, Serra da Estrela,

Digital Terrain Model (DTM), rock salt.

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Índice

I. Introdução……………………………………………………………………………………..6

1.1. Introdução geral…………………………………………………………………………..6

1.2. Descrição e contexto……………………………………………………………………...6

1.2.1. Breve descrição dos Sistemas de Informação Geográfica…………………………...6

1.2.1.1. Funcionalidade…………………………………………………………………..7

1.2.1.2 Utilização………………………………………………………………………...8

II. Dados e Material Utilizado…………………………………………………………………..9

2.1. Dados e Fonte de Dados …………………………………………………………………9

2.2. Material/Software utilizado……………………………………………………………..10

III. Procedimentos……………………………………………………………………………...11

3.1. Âmbito e objectivo do trabalho…………………………………………………………11

3.2. Procedimentos práticos………………………………………………………………….11

3.2.1. Modelo Hidrológico………………………………………………………………...17

3.2.2. Aperfeiçoamento do MDT………………………………………………………….18

3.2.3. Direcção do Escoamento …………………………………………………………..18

3.2.4. Acumulação do Escoamento……………………………………………………….20

3.2.5. Rede Hidrográfica…………………………………………………………………..21

3.2.6. Bacias de Drenagem………………………………………………………………..24

3.2.7. Demarcação dos pontos dos locais de recolha……………………………………...25

3.2.8. Rastreamento do Fluxo……………………………………………………………..26

3.2.9. Cruzamento de informação………………………………………………………....27

3.2.10. Criação do modelo alfanumérico………………………………………………….28

IV. Conclusão………………………………………………………………………………….29

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10

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15

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V. Limitações e Futuros desenvolvimentos……………………………………………………29

VI. Bibliografia………………………………………………………………………………...30

Índice de Imagens

Fig.1- Exemplo de diferentes Layers……………………………………………………………8

Fig.2- Modelo Digital Terreste………………………………………………………………...12

Fig.3- Comando para o Merge dos MDT’s……………………………………………………13

Fig.4- Merge do MDT………………………………………………………………………….14

Fig.5- Georreferenciação das Cartas Militares 1/25000……………………………………....15

Fig.6- União das Cartas Militares 1/25000………………………………………………….....16

Fig.7- Vectorização das Estradas……………………………………………………………....17

Fig.8- Perfil do antes e depois do uso da ferramenta Fill……………………………………...18

Fig.9- Representação das cotas e das direcções dos fluxos…………………………………...19

Fig.10- Direcção do Escoamento da Área de Trabalho……………………………………….19

Fig.11- Grelha de acumulação de fluxo e o respectivo esquema da rede de drenagem…..……

Fig.12- Acumulação do escoamento da Serra da Estrela……………………………..………..21

Fig.13- Rede Hidrográfica da Serra da Estrela………………………………………..………...22

Fig.14- Esquematização do método de Strahler……………………………………..…………22

Fig.15- Rede Hidrográfica devidamente Hierarquizada…………………………..…………....23

Fig.16- Rede Hidrográfica vectorizada……………………………………………..…………...24

Fig.17- Bacia de Drenagem Automatizada………………………………………..…………....25

Fig.18- Bacia de Escoamento proveniente das estradas……………………………..……...….25

Fig.19- Demarcação dos Pontos de Recolha………………………………………..………..…26

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Fig.20- Trajecto percorrido pelo Fluxo……………………………………………………..…...27

Fig.21- Resultado do Cruzamento de Informação……………………………………….....….28

Índice de Tabelas

Tabela 1 – Registos dos Pontos de Recolha……………………………………………………10

Tabela 2 – Tabela Alfanumérica dos Pontos de Recolha………………………………………

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I. Introdução

1.1. Introdução geral

Este projecto iniciou-se com a ideia de juntar os nossos conhecimentos, para

colaborar com uma equipa pertencente à área da Engenharia do Ambiente coordenada

pelo Professor Doutor Pedro Rodrigues, que pretende avaliar o impacto ambiental de

adição de sal-gema nos solos da Serra de Estrela, sendo a nossa função contribuir para

uma melhor observação e interpretação dos dados recolhidos e analisados em

laboratório.

O nosso objectivo neste projecto é a execução do modelo digital do terreno da

Serra da Estrela com as ferramentas do software utilizado (ArcGIS 9.3), adquirindo

assim a rede hidrológica do local, conseguindo-se identificar se os locais escolhidos

para obter as amostras são os mais indicados e ainda obtermos potenciais locais para

novas recolhas de solo.

1.2. Descrição e contexto

1.2.1. Breve descrição dos Sistemas de Informação Geográfica

O termo Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de uma forma muito geral

pode dizer-se que se trata de um sistema composto por hardware, software, dados,

metadologia e recursos humanos, construído para suportar a recolha, gestão,

manipulação, análise, modelação e visualização de informação referenciada no espaço.

Tudo isto designa um conjunto de processos, executado sobre dados, de modo a

produzir informação. Conjuntos de dados que incluam referências a localizações no

espaço, podem ser classificados como informação geográfica, com o objectivo de

resolver problemas complexos de planeamento e gestão que envolvem a realização de

operações espaciais.

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É um Sistema especializado na modificação e análise de informação geográfica

(geo-espacial). O termo análise espacial designa o conjunto de métodos analíticos que

se baseiam na informação relativa à localização no espaço dos objectos, sempre em

conjunto com outros tipos de informação.

A componente hardware pode ser qualquer tipo de computadores e periféricos

como: impressora, processadores, monitores, teclados, dispositivos de leitura externo,

etc. Juntos, eles aceitam dados e informação, processam-nos e permitem sua

visualização.

O software é constituído, normalmente, por um produto comercial específico

para o suporte de informação geográfica e, opcionalmente, por um Sistema de Gestão de

Bases de Dados (SGBD) relacional.

A informação constitui em muitos aspectos o recurso crucial. Naturalmente, as

características particulares da informação geográfica, condicionam de uma forma

determinante parte das particularidades das outras componentes dos SIG.

Por fim, os recursos humanos são um elemento fundamental que não pode ser

ignorado. São aqueles indivíduos que trabalham com o sistema, são usuários e

operadores de hardware e software.

1.2.1.1. Funcionalidade

Um SIG deve, tal como outros SI, permitir que se realizem com eficiência as

operações elementares de adição, recuperação, processamento, armazenamento e

distribuição de informações com a finalidade de facilitar o planeamento, o controlo, a

coordenação, a análise e o processo de actualização de dados alfanuméricos e

geográficos, bem como operações do tipo selecção sobre os valores dos vários atributos.

Com os SIG é possível ver, compreender, inquirir, interpretar e visualizar dados

de muitas formas, revelando relações, padrões e tendências espaciais, consubstanciadas

em mapas, globos, relatórios ou gráficos. O processo de visualizar, processar ou analisar

informação espacial requer, basicamente, que sejam seleccionados dados existentes num

SIG.

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1.2.1.2 Utilização

Os SIG são Sistemas de Informação por excelência, com grande margem de

progressão e implementação, uma vez que todo o nosso pensamento está organizado em

torno da geografia. A tecnologia SIG pode ser integrada em múltiplos sistemas de

informação, de qualquer tipo de empresa em variadas áreas e actividades, desde da

cartografia a estudos de impacto ambiental ou vigilância epidemiológica de doenças, de

prospecção de recursos ao marketing, constituindo o que poderá designar de Sistemas

Espaciais de Apoio à Decisão. A profunda revolução que provocou as novas tecnologias

afectou decisivamente a evolução da análise espacial.

A informação existente num SIG é separada em diferentes camadas temáticas

(layers/temas) e armazenada de forma independente, o que permite trabalhá-las de uma

forma mais rápida e simples. Isto faz com que o utilizador possa relacionar a

informação através da posição e da topologia dos objectos, a fim de gerar nova

informação (Fig.1).

Fig.1- Exemplo de diferentes Layers. (Fonte: http://www.ithaca.edu/its/services/iss/news/gis-course-for-ic-faculty-members-with-reassigned-time-

16612/#.Ue1Awm3DJPM)

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II. Dados e Material Utilizado

2.1. Dados e Fonte de Dados

Para o início da realização deste projecto foi-nos facultado alguma informação,

como por exemplo as cartas militares da Serra da Estrela, complementando assim a

cartografia da nossa área de trabalho, obtida na unidade curricular de Cartografia

Automática leccionada pela professora Glória Patrício; a informação altimétrica da

Serra da Estrela, designada por TIN (Triangular Irregular Network), sido este facultado

pelo Doutor Pedro Almeida, docente na Universidade da Beira Interior; foi-nos

fornecido pelo Professor Doutor Pedro Rodrigues da área da Engenharia do Ambiente, a

informação das estradas da Serra da Estrela nas quais é adicionado sal para realização

do degelo (EM 232, EM 338, EM 339 e EN 339-1), os vários elementos das amostras

recolhidas, sendo eles: Cadmio, Cálcio, Chumbos, Cloretos, Cobre, Condutividade,

Crómio, Fluoretos, Magnésio, Nitratos, PH, Potássio, Sódio, Sulfatos, e Zinco, de

maneira a podermos construir um modelo alfanumérico, para usufruir assim de uma das

grandes vantagens dos SIG, apurando uma melhor análise de atributos.

Existem seis locais de recolha de amostras, previamente escolhidos pela equipa

da Engenharia do Ambiente, ao longo da Serra da Estrela. Recolhemos a informação

sobre a sua localização, estão eles situados em: Manteigas, Vale do Rossim, Covão

d’Ametade, Centro de Limpezas de Neves, Espinhaço de Cão e Torre, pois para o nosso

projecto é fundamental as coordenadas geográficas desses mesmos pontos e a sua

altimetria, para tal recolhemos as coordenadas usando um GPS de um telemóvel (TMN

A7 com software TMN Drive), usámos esta metodologia porque com o Software

utilizado para a execução do projecto a precisão de um GPS de telemóvel é suficiente.

Com GNSS de dupla frequência por exemplo, os nossos resultados teriam uma precisão

que poderiam chegar ao milímetro, mas não se justificava para este trabalho, isto porque

o MDT utilizado tem uma precisão limitada à célula de 25 metros por 25 metros, o que

pouca diferença fazia entre ter milímetros de precisão ou alguns metros em campo, em

termos de altimetria as cotas obtidas com GPS móvel foram ignoradas, pois utilizar-se-

ia o MDT como base altimétrica.

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Os registos obtidos nos locais das amostras foram:

Ponto de Recolha Latitude Longitude Cota

Manteigas 40° 22’ 59’’,01N 7° 34’ 45’’,13W 871m

Vale do Rossim 40° 24’ 02’’,06N 7º 35’ 16’’,78W 1490m

Covão d’Ametade 40° 19’ 41’’,63N 7° 35’ 13’’,55W 1493m

Centro de Limpezas de

Neves 40° 18’ 59’’,06N 7º 34’ 33’’,04W 1655m

Espinhaço de Cão 40° 19’ 13’’,74N 7º 35’ 19’’,31W 1686m

Torre 40° 19’ 41’’,14N 7º 36’ 23’’,25W 2000m

Tabela 1 – Registos dos Pontos de Recolha.

2.2. Material/Software utilizado

Para elaboração do projecto foi utilizado software ArcGIS 9.3 da ESRI

(Enviromental Systems Research Institute). Este é um grupo de programas informáticos

e que constitui um Sistema de informação geográfica. Utilizámos algumas das

componentes principais deste software, como: ArcMap, ArcCatalog, ArcToolbox,

ArcScene.

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III. Procedimentos

3.1. Âmbito e objectivo do trabalho

O objectivo deste projecto é criar o modelo hidrográfico da região para

podermos concluir, numa primeira fase, se o local das recolhas do solo são os mais

indicados para analisar e criar um modelo alfanumérico (tabela de atributos). Com a

informação sobre os pontos onde são recolhidas as amostras do solo e com a informação

das estradas em que são depositadas o sal, pretendemos interpretar e estudar os

resultados das análises efectuadas em laboratório sobre o impacto da adição do sal-gema

nos solos da Serra da Estrela, com o recurso a ferramentas SIG. Podendo assim

comparar a informação de diferentes épocas de recolha de solo.

3.2. Procedimentos práticos

Para iniciar este trabalho, é fundamental ter-mos a informação certa, fazendo

parte desta o modelo digital terrestre (MDT) da Serra da Estrela, que se encontra no

sistema de coordenadas Datum 73 e no sistema de projecção Hyford Gauss.

O MDT é uma representação geométrica do relevo de uma região, visa

representar a superfície do terreno, neste caso da Serra da Estrela, de forma a obter um

conjunto de informações necessárias para cálculos de áreas, curvas de nível, mapas de

declividades, perfis, áreas de inundação e visualização em 3D, sendo possível obter a

cota em qualquer posição da área de estudo, ou seja, é o ponto base para todos os

trabalhos de altimetria e volumetria. Sendo a altimetria a essência do nosso projecto

(Fig.2).

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Fig.2- Modelo Digital Terreste.

Visto que os MDT’s estavam separados em várias imagens raster, tal e qual às

cartas 1/25.000, foi necessário fazer a união das mesmas para que constituíssem um

MDT apenas. O comando utilizado para fazer esta união é o Merge, assim torna-se mais

fácil trabalhar esta informação.

O merge faz-se através do seguinte script (Fig.3), é adicionado todas as imagens

raster separadas por vírgula e espaço, de maneira a que o programa identifique todas as

imagens raster que devem ser unidas.

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Fig.3- Comando para o Merge dos MDT’s.

Como podemos confirmar (Fig.4) ficámos apenas com uma imagem raster o que

nos facilita o manuseamento desta informação. Pois o comando Merge, como acima

descrito, faz a união das shape’s (uma shapefile é um formato de armazenamento vector

digital, que serve para armazenar localização geométrica e informações de atributo

associado) distintas preservando as suas características: pontos, linhas e polígonos,

tendo cada uma atributos que o descrevem. Ao obtermos apenas e só uma imagem

facilita assim a sua manipulação, pois aos executarmos certas operações, esta dá-se

apenas numa só imagem e não em várias, senão a operação teria de ser aplicada

múltiplas vezes a cada shape respectivamente e o resultado obtido não seria o mais

correcto.

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Fig.4- Merge do MDT.

Devido à necessidade de executarmos a digitalização das estradas em que são

depositadas sal-gema, foi necessário recorrer às folhas da carta militar 1/25000 da

cartografia militar Portuguesa. Depois de importar as cartas para o software, verificou-

se que estas precisavam de ser georreferenciadas, para tomarem a posição correcta sobre

o MDT (Fig.5).

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Fig.5- Georreferenciação das Folhas da Carta Militar 1/25000.

Tal como anteriormente, também as folhas são imagens distintas, pois cada

imagem corresponde a uma carta, e pela mesma razão anterior optámos por fazer a

união das várias imagens. Contudo estas estão no formato “JPEG” e “GIF” e não em

formato “Grid”, como foi o caso dos MDT’s, o que impossibilita a utilização do

comando Merge, pois o software não considera as imagens como uma grelha.

Devido a esta situação decidiu-se transformar todas as imagens para o formato

“JPEG”, possibilitando então com a função mosaico/grelha que tem a mesma

capacidade que o comando Merge, com o pormenor deste conseguir unir imagens que

não tenham características de uma grelha e então conseguir-se a junção de todas as

imagens numa só (Fig.6).

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Fig.6- União das Cartas Militares 1/25000.

Já com as cartas prontas, e sendo o objectivo destas fundamentalmente a

possibilidade da digitalização das estradas onde é depositado o sal-gema, foi

exactamente isso que se sucedeu, com a criação de Shape files do género linha (Fig.7).

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Fig.7- Vectorização das Estradas.

3.2.1. Modelo Hidrológico

Modelos hidrológicos é a representação simplificada do ciclo hidrológico, ou de

qualquer das suas componentes, visando a previsão hidrológica, a simulação de

escoamentos ou da evolução da disponibilidade e da qualidade da água.

E como acima descrito para alcançarmos o objectivo do projecto, houve

necessidade de proceder à construção de um modelo hidrológico, construção essa toda

baseada no MDT e realizada com recurso a várias ferramentas da aplicação Spatial

Analyst Tools disponível no ArcToolbox, para podermos estudar o traçado da rede

hidrológica natural da Serra da Estrela, de maneira a conhecer o comportamento do

escoamento da montanha e as suas bacias hidrográficas. Com isto é possível verificar os

melhores locais de recolha de solo para análise.

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3.2.2. Aperfeiçoamento do MDT

O primeiro passo sem dúvida para se proceder à criação do Modelo hidrológico

foi fazer algumas verificações/correcções ao MDT, rectificações estas que consistem no

preenchimento de células com falta de informação ou informação incorrecta, designadas

por sinks, evitando assim o aparecimento de depressões. Estas deficiências são

identificadas pela direcção do escoamento, pois situam-se em locais em que haja uma

elevação fora do normal em relação às células que a rodeiam.

Esta correcção faz-se então com recurso à ferramenta Fill, esta permite não só

identificar como preencher em simultâneo as células sink, atribuindo um valor de cota

coeso com as altitudes das células à sua volta.

Fig.8- Perfil do antes e depois do uso da ferramenta Fill.

(Fonte: http://edndoc.esri.com/arcobjects/9.2/NET/shared/geoprocessing/spatial_analyst_tools/how_fill_works.htm)

3.2.3. Direcção do Escoamento

De forma a obter a direcção do escoamento, utilizou-se a ferramenta Flow

Direction, escoamento esse similar a de uma gota de água que cai sobre a superfície

terrestre ou a de uma gota provocada pelo degelo (Fig.10):

Quando é provocado o degelo, este vai dirigir-se sempre para a célula mais

próxima com uma cota inferior, determinando assim a sua direcção e percurso (Fig.9).

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Fig.9- Representação das cotas e das direcções dos fluxos.

Fig.10- Direcção do Escoamento da Área de Trabalho.

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3.2.4. Acumulação do Escoamento

De seguida calculou-se a acumulação do escoamento, sendo utilizada a

ferramenta Flow Accumulation, a fim de identificar através do somatório de todas as

células que apresentam maiores valores, as principais linhas de água existentes na Serra

da Estrela (Fig.12).

Na figura seguinte (Fig.11) está representado como é construída uma carta de

acumulação de escoamento.

Fig.11- Grelha de acumulação de fluxo e o respectivo esquema da rede de drenagem.

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Fig.12- Acumulação do escoamento da Serra da Estrela.

3.2.5. Rede Hidrográfica

Executando as ferramenta Stream Network e Stream Link permite-nos obter a

rede hidrográfica da Serra da Estrela, a independência de cada uma das linhas de água

possibilitando a associação de novos atributos à rede e sendo também possível registar o

número de linhas de água existentes, que são no total 1273 (Fig.13).

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Fig.13- Rede Hidrográfica da Serra da Estrela.

Criados os registos de todas as linhas de água é possível utilizando a ferramenta

Stream Order, hierarquizar toda a rede hidrográfica tendo por base o método de

Strahler, em que consiste na criação de uma complexa ramificação numérica, utilizada

para definir o tamanho de fluxo com base na hierarquia de tributos (Fig.14). Assim as

linhas de água são identificadas por ordens, sendo as linhas de 1ª ordem as que não

recebem nenhum afluente, as linhas de 2ª ordem são formadas pela junção de 2 linhas

de 1ª ordem, as linhas de 3ª ordem são formadas pela junção de 2 linhas de 2ª ordem e

assim sucessivamente. Conseguindo-se uma hierarquia completa da rede hidrográfica

com 5 ordens (Fig.15).

Fig.14- Esquematização do método de Strahler.

(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Strahler_number)

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Fig.15- Rede Hidrográfica devidamente Hierarquizada.

Com a ferramenta Stream to Feature é possível vectorizar toda a rede

hidrográfica criada anteriormente conservando todos as suas características (Fig.16).

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Fig.16- Rede Hidrográfica vectorizada.

3.2.6. Bacias de Drenagem

Para a criação das bacias de drenagem tínhamos duas hipóteses, criar bacias

escoamento de forma automática em toda a nossa área de trabalho, isto é, juntando todas

as linhas de água que pertencem à mesma área de drenagem, utilizando a ferramenta

Basin (Fig.17). Ou usando a ferramenta Watershed, sendo esta última a de maior

interesse para o nosso projecto, pois definimos os pontos altos de fluxo (Snap Pour

Point) ao longo de todas as estradas em que é depositado o sal, para serem criadas

apenas as bacias de drenagem resultantes do escoamento de água e do degelo

provenientes das mesmas (Fig.18).

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Fig.17- Bacia de Drenagem Automatizada. Fig.18- Bacia de Escoamento proveniente das

estradas.

3.2.7. Demarcação dos pontos dos locais de recolha

De seguida foi feita a demarcação dos pontos de recolha, tendo como base a sua

localização as coordenadas obtidas no terreno, criou-se shape files do género ponto,

com recurso à componente ArcCatalog, possibilitando assim mais tarde a associação de

informação alfanumérica a cada ponto (Fig.19).

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Fig.19- Demarcação dos Pontos de Recolha.

3.2.8. Rastreamento do Fluxo

Com a ferramenta Flow Path Tracing, simulou-se o trajecto percorrido por uma

gota de água até aos locais de recolha (Fig.20).

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Fig.20- Trajecto percorrido pelo Fluxo.

3.2.9. Cruzamento de informação

Para tirarmos as conclusões finais, foi realizada o cruzamento de informação até

agora obtida (Fig.21).

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Fig.21- Resultado do Cruzamento de Informação.

3.2.10. Criação do modelo alfanumérico

Por fim foi criada uma tabela com os dados alfanuméricos, associados a cada um

dos pontos de recolha, com o devido preenchimento dos registos obtidos em laboratório

pela equipa de Ambiente. Com isto é possível o melhor e mais rápida análise aos

resultados. Os parâmetros analisados foram: Humidade, pH em KCL, pH em água,

Condutividade em água, Percentagem de Matéria Orgânica, Fósforo, Potássio, Cálcio,

Sódio e Magnésio.

Tabela 2 – Tabela Alfanumérica dos Pontos de Recolha.

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IV. Conclusão

Com a realização deste projecto, pudemos concluir que os locais para a recolha

das amostras do solo foram bem escolhidos, pois com o cruzamento de informação

verificamos que estes encontram-se na bacia de drenagem proveniente das estradas onde

é feita a adição de sal-gema. Com esta informação é possível ainda a selecção de outros

possíveis locais com a certeza de que é afectado pelo sal.

V. Limitações e Futuros desenvolvimentos

Com mais tempo e pesquisa, poderíamos com os dados da precipitação ao longo

de um período de tempo, calcular e visualizar os variados fluxos de água consoante essa

mesma variação.

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VI. Bibliografia

http://www.nws.noaa.gov/oh/hrl/gis/data.html (consultado em: 10/06/2013)

http://en.wikipedia.org/wiki/Strahler_number#River_networks (consultado

em: 14/06/2013)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelação_hidrológica (consultado em: 21/06/2013)

http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Cleide/

2s_2011/roteiro_2011_etapa_2.pdf (consultado em: 5/07/2013)

http://www.dpi.inpe.br/cursos/tutoriais/modelagem/cap2_modelos_hidrol

ogicos.pdf (consultado em: 9/07/2013)

http://edndoc.esri.com/arcobjects/9.2/NET/shared/geoprocessing/spatial_

analyst_tools/how_fill_works.htm (consultado em: 15/07/2013)

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