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Paraisópolis - São Paulo - Julho de 2010 - Ano IV 10 ÿ Espaço do Povo Governo de SP atende reinvidicação da comunidade e retoma projeto de construção da Linha 17-Ouro que contará com 2 estações em Paraisópolis Pág. 3 Paraisópolis conquista Rádio Comunitária No dia 6 de agosto Paraisópolis fará uma grande festa, será inaugura- da a Rádio Nova Paraisópolis 87,5 FM. O nome escolhido para a rádio reflete o bom momento da comunidade, que Gilson Rodrigues testando equipamentos da Rádio Nova Paraisópolis FM Campanha pela imediata construção do Hospital de Paraisópolis e Região De acordo com o último censo do IBGE a população de Vila Andrade já ul- trapassa os 150 mil habitantes, ai já soma- dos os complexos do Jardim Colombo, Porto Seguro, Pinheiral e Paraisópolis. Tomando por referência os dados da Or- ganização Mundial da Saúde, a cada mil habitantes sugere-se que sejam ofereci- dos quatro leitos hospitalares. O Brasil já atingiu a marca de 3,6 leitos para cada 1.000 mil habitantes, mas a nossa região tem zero leito, onde deveriam, segundo a OMS e o Ministério da Saúde, existir oitocentos. A conseqüência concreta disso são milhares de mortes por causas absolu- tamente banais que seriam evitadas caso houvesse um Hospital Geral de Paraisó- polis. Casos como hipertensão, diabetes, câncer de mama e de próstata, não en- contram tratamento nas unidades básicas que temos em nossa comunidade, e o en- caminhamento demora meses, com lon- gas filas e deslocamento que exige duas conduções. Ressalta-se que nenhuma ci- dade com mais de 150 mil habitantes no Brasil ainda não tenha hospital, tampouco as 20 maiores comunidades do país. Por que este tratamento diferenciado com nossa comunidade? Por si só isso já poderia ser conside- rado uma gigantesca omissão do estado para com a sua responsabilidade. Mas nos- so bairro, em especial Paraisópolis tem peculiaridades que agravam ainda mais essa situação.Temos baixíssimo acesso ao saneamento básico, enfrentamos desliza- mento de terra, somos vítimas de violên- cia. Por tudo isso a comunidade de Parai- sópolis, todas as lideranças comunitárias, políticas, culturais, esportivas e empresá- rias assinam o abaixo assinado e dão seu apoio e exigem a imediata construção do Hospital Geral de Paraisópolis. Veja a carta da Associação das Mulheres convocando a comunidade a se unir na luta pelo Hospital > pág. 4 passa por gran- des transforma- ções através da urbanização – o maior progra- ma da América Latina – além da chegada de grandes em- presas e bancos que aqui pas- sam a investir. A União dos Moradores e do Comér- cio de Paraisópolis sempre esteve à frente da luta pela democratiza- ção da informação. Foram mais de dez anos nos quais, as diferentes gestões que dirigiram a União, de- fenderam o direito de a comunida- de exercer a liberdade de expressão. Desde 2003, Paraisópolis luta pela concessão de uma rádio comu- nitária. E, em dezembro de 2009, foi outorgada à União dos Moradores a licença para o uso de radiofreqüên- cia a nossa comunidade. Nasce assim a Rádio Nova Paraisópolis 87,5 FM. No próximo dia 06 de agosto, às 10h30min, na sede da União dos Mo- radores e do Comércio de Paraisópolis, será realizada a inauguração da Rádio Nova Paraisópolis 87,5FM. Esta data marcará o início de uma nova etapa, através deste veículo de comunicação, Paraisópolis terá condições de propi- ciar aos seus moradores e à região, o acesso a informação, cultura, educa- ção, lazer e entretenimento. Pág. 8 Paraisópolis recebe maior creche de São Paulo Pág. 7 Juventude se mobiliza por escola de qualidade Pág. 7 www.paraisopolis.org Joildo Santos/Espaço do Povo Fernando Freitas Reprodução G1/SPTV Isaac Bezerra

Espaço do Povo 10

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Jornal Espaço do Povo

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Paraisópolis - São Paulo - Julho de 2010 - Ano IV10ÿEspaço

do Povo Governo de SP atende reinvidicação da comunidade e retoma projeto de construção da Linha 17-Ouroque contará com 2 estações em Paraisópolis

Pág. 3

Paraisópolis conquista Rádio Comunitária

No dia 6 de agosto Paraisópolis fará uma grande festa, será inaugura-da a Rádio Nova Paraisópolis 87,5 FM. O nome escolhido para a rádio reflete o bom momento da comunidade, que

Gilson Rodrigues testando equipamentos da Rádio Nova Paraisópolis FM

Campanha pela imediata construção do Hospital de Paraisópolis e Região

De acordo com o último censo do IBGE a população de Vila Andrade já ul-trapassa os 150 mil habitantes, ai já soma-dos os complexos do Jardim Colombo, Porto Seguro, Pinheiral e Paraisópolis. Tomando por referência os dados da Or-ganização Mundial da Saúde, a cada mil habitantes sugere-se que sejam ofereci-dos quatro leitos hospitalares. O Brasil já atingiu a marca de 3,6 leitos para cada 1.000 mil habitantes, mas a nossa região tem zero leito, onde deveriam, segundo a OMS e o Ministério da Saúde, existir oitocentos.

A conseqüência concreta disso são milhares de mortes por causas absolu-tamente banais que seriam evitadas caso houvesse um Hospital Geral de Paraisó-polis. Casos como hipertensão, diabetes, câncer de mama e de próstata, não en-contram tratamento nas unidades básicas que temos em nossa comunidade, e o en-

caminhamento demora meses, com lon-gas filas e deslocamento que exige duas conduções. Ressalta-se que nenhuma ci-dade com mais de 150 mil habitantes no Brasil ainda não tenha hospital, tampouco as 20 maiores comunidades do país. Por que este tratamento diferenciado com nossa comunidade?

Por si só isso já poderia ser conside-rado uma gigantesca omissão do estado para com a sua responsabilidade. Mas nos-so bairro, em especial Paraisópolis tem peculiaridades que agravam ainda mais essa situação. Temos baixíssimo acesso ao saneamento básico, enfrentamos desliza-mento de terra, somos vítimas de violên-cia. Por tudo isso a comunidade de Parai-sópolis, todas as lideranças comunitárias, políticas, culturais, esportivas e empresá-rias assinam o abaixo assinado e dão seu apoio e exigem a imediata construção do Hospital Geral de Paraisópolis.

Veja a carta da Associação das Mulheres convocando a comunidade a se unir na luta pelo Hospital > pág. 4

passa por gran-des transforma-ções através da urbanização – o maior progra-ma da América Latina – além da chegada de grandes em-presas e bancos que aqui pas-sam a investir.

A União dos Moradores e do Comér-

cio de Paraisópolis sempre esteve à frente da luta pela democratiza-ção da informação. Foram mais de dez anos nos quais, as diferentes gestões que dirigiram a União, de-

fenderam o direito de a comunida-de exercer a liberdade de expressão.

Desde 2003, Paraisópolis luta pela concessão de uma rádio comu-nitária. E, em dezembro de 2009, foi outorgada à União dos Moradores a licença para o uso de radiofreqüên-cia a nossa comunidade. Nasce assim a Rádio Nova Paraisópolis 87,5 FM.

No próximo dia 06 de agosto, às 10h30min, na sede da União dos Mo-radores e do Comércio de Paraisópolis, será realizada a inauguração da Rádio Nova Paraisópolis 87,5FM. Esta data marcará o início de uma nova etapa, através deste veículo de comunicação, Paraisópolis terá condições de propi-ciar aos seus moradores e à região, o acesso a informação, cultura, educa-ção, lazer e entretenimento. Pág. 8

Paraisópolis recebe maior creche de São Paulo

Pág. 7

Juventude se mobiliza por escola de qualidadePág. 7

www.paraisopolis.org

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ExpEdiEntE

Espaço do Povo é uma publicação da Comunicação Paraisópolis em parceria com o Instituto Afrânio Affonso Ferreira - IAAF. Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Diretor Joildo [email protected]

Colaboraram nesta edição Adriana Moura, André Santana, Elizandra Cer-queira, Gilson Rodrigues, Isaac Bezerra, Juliana Gonçalves, Juliana Olivei-ra, Rejane dos Santos

Anúncios, assinatura e sugestões [email protected]

O Espaço do Povo possui uma tiragem de 20.000 exemplares por edição. Agentes de saúde irão recontar moradores atendidosOs agentes de saúde irão realizar recontagem da população moradora para verifica-

ção de quantos moradores cada equipe vem atendendo, essa recontagem possibi-

litará a destinação daqueles que ainda não possuem esse atendimento para a UBS

III que será inaugurada em breve.

Os agentes pedem a colaboração de todos para a realização dessa recontagem e um me-

lhor atendimento de nossa população, a informação é da agente de saúde Neusa Vicente

JULHO de 20102Espaço do Povo

Edinaldo da Sil-va, mais conhecido como Berbela, passa seus dias circulando pelas ruas de Paraisópolis. Infeliz-mente, poucas pessoas sabem que o nosso en-trevistado do mês é um grande artista popular.

Pernambucano de quarenta e cinco anos, mecânico e pai de quatro filhos, mostra a todos que de-sejar vê suas bicicletas, que mais parecem carros alegóri-cos de carnaval. Além de bici-cletas, Berbela nos apresenta suas motos, todas transfor-madas, a partir de peças rea-proveitadas e as mais diver-sas criações sem reutilizando materiais que para muitos não serviria para nada.

O mais curioso é que nas bicicletas encontramos

Berbela e sua arte

até aparelhagem de DVD, como a instalada em auto-móveis.

Enquanto passeia, Berbela coloca em último vo-lume canções de seus canto-res favoritos como Raul Sei-xas e musicas dos anos 70.

Quem nunca viu mes-mo que fora de Paraisópolis "O Maluco beleza" como gos-ta de ser chamado pelas ruas da cidade passando e levando alegria a todos que o venhem.

Sou romancistaEscrevo livro sobre amor

Mas também comédia, aventura e terrorUtilizo diversos sentimentos

Sendo um pra cada momentoPorque a vida não é só flor

Sou romancistaEscrevo e sinto a emoção

Deixo fluir a voz do coraçãoEscrevendo eu sou atleta

E as vezes em prosas sou poetaQue inspirado compõe uma canção

Sara Souza, é escritora e moradora de Paraisópolis. Escreve no blog http://euescrevolivros.zip.net/

Romancista

EditorialO Jornal Espaço do Povo chega a sua 10ª edição e a comunidade ganha mais voz com sua rádio

O Jornal Espaço do Povo, publicação realizada com apoio de jovens vo-luntários da comunidade, das entidades locais e empresas parceiras atinge o importante marco de dez edições, com novos desafios e lutas para apoiar.

Lançado em 2007, o jornal é a concretização de um trabalho iniciado an-teriormente dentro da escola Etelvina de Goes Marcucci pelo grêmio “Força Jovem em Ação”, na época, presidido pelo jovem Gilson Rodrigues, atual pre-sidente da União dos Moradores.

Durante este período, o jornal tem servido de importante instrumento de reivin-dicação das necessidades da comunidade, colocando em suas páginas nossas prin-cipais exigências e comemorando nossas vitórias, demonstrando seu caráter social.

Em sua edição de aniversário, o Espaço do Povo traz em suas páginas, im-portantes vitórias conquistadas pela comunidade neste último período.

Após mais de dez anos de batalha, a Rádio Comunitária Nova Paraisópolis 87,5 FM será inaugurada. A partir de então, Paraisópolis terá uma nova voz, que será ouvida em toda a região. Um novo instrumento que será utilizado pela comunidade para lutar pelos seus objetivos.

Comemoramos ainda, a assinatura do convênio, pelo governador Alberto Goldman, para a construção da Linha Ouro do Metrô, que terá duas estações em Paraisópolis.

Vemos ainda, uma grande luta que a comunidade enfrentará pela frente e que poderá contar desde já, com o apoio do Espaço do Povo nesta batalha, que é a reivindicação pelo Hospital Geral de Paraisópolis, luta encabeçada pelas compa-nheiras da Associação das Mulheres de Paraisópolis (AMP). O hospital garantirá o acesso digno à saúde, tão precária em nossa comunidade, e melhorará as condi-ções de vida do nosso povo.

Ser um meio de reinvidicação e divulgação das conquistas da comunidade é a nossa missão e iremos lutar para continuar cumprindo esse compromisso assumido com toda a comunidade.

Joildo SantosEditor do Espaço do Povo

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JULHO de 20103Espaço do PovoCarta aberta ao Governador Alberto Goldman

São Paulo 21 de Junho de 2010

Ao Governo do Estado de São PauloGovernador Alberto Goldman

Senhor Governador,

Na última semana a cidade de São Paulo foi surpreendida por duas informações extremamente graves. A primeira de que o Estado de São Paulo está nesse momento fora da Copa do Mundo, pela exclusão do estádio do Morumbi, e a segunda, aparentemente por conseqüência da primeira, que a extensão da Linha Ouro do metrô para as estações do Morumbi e Paraisópo-lis será adiada para possibilitar a extensão da Linha Laranja que chegará a Pirituba, onde se pretende construir um novo estádio.

Apesar de estarmos ansiosos para torcer pelo heptacampeonato bra-sileiro em nossa cidade, consideramos que este problema, como já opinaram o prefeito Gilberto Kassab e o presidente Lula, será resolvido, por conta da enorme importância econômica e social que nosso estado tem para o país. O adiamento por prazo indefinido para a expansão do metrô na zona sul, no entanto é fato gravíssimo com conseqüências sociais grandes.

Durante muitas décadas o estado teve a equivocada avaliação de que a região do Morumbi não necessitava de transporte coletivo pelo seu ca-ráter elitizado. Tapava os olhos para o fato de nossa região contar com quase 300 mil moradores, a maior parte deles vivendo em comunidades carentes como o Paraisópolis e Jardim Colombo. Na verdade, a política de fundo era as seguidas tentativas de remoção completa destas comunidades, tal qual as políticas higienistas e do apartheid em outros tempos e lugares. Essa visão foi abandonada a partir da urbanização de nossa comunidade e a construção de escolas, avenidas e conjuntos habitacionais. Falta ainda, a construção do Hospital Regional de Paraisópolis que também é prioridade para a comuni-dade.

O transporte coletivo, no entanto ainda não chegou até o Morum-bi. Quem não tem carro se vira com lotações, bicicletas, motos, ônibus que demoram horas para sair e são obrigados a fazer itinerários circulares para chegar a todos os destinos que precisamos. A isso se juntam os carros dos imensos condomínios, e os engarrafamentos nos tomam horas todos os dias. Provavelmente não existe em nossa cidade região com o trânsito tão caótico, mal planejado e nocivo aos direitos dos cidadãos como o Morumbi.

A chegada do metrô começaria a desafogar esta realidade, e deveria ser acompanhada por corredores de ônibus e a multiplicação, pelo menos em dez vezes o número de linhas dedicadas a região. No entanto, com a exclusão do Morumbi da Copa, o metrô anunciou que as estações previstas para 2013 estão adiadas por tempo indeterminado! Nos unimos a uma lista de dezenas de novas estações previstas até 20 anos.

Portanto, em nome da comunidade de Paraisópolis, e em sintonia com todos nossos vizinhos do Morumbi e região, das mais diferentes classes sociais, afirmamos que está sendo cometido um crime contra 300 mil mora-dores. Não é possível sermos informados via imprensa, jogar no lixo todo o debate que envolveu governo, metrô, lideranças comerciais e sociais de nossa região, por mais de 30 anos, e avisar pela imprensa, que o compromisso assu-mido e assinado com a nossa comunidade não será cumprido. Nós já pagamos por décadas a ausência do estado nesta região, e embora seja importante tra-zer a Copa para São Paulo, exigimos que quem pague a conta para isso seja o governo, e não o povo do Morumbi.

Que os investimentos aumentem um pouco, e se expandem em pa-ralelo a linha ouro e amarelo. Não abrimos mão do metrô em nossa região. Por isso, convocaremos ao lado dos mais de 20 deputados estaduais com tra-balho em nossa região, com a participação de dezenas vereadores, deputados federais e senadores uma audiência pública na Assembléia Estadual e con-tamos com a presença dos representantes do metrô para discutir o assunto.

Atenciosamente,

Gilson da Cruz RodriguesPresidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis

E o Troféu Vai Para…

Matéria veiculada no site futeboldevarzea.dreher.com.br

O sol compareceu, o público idem – o maior de toda a com-petição –, batucada, hinos pra animar as torcidas, churrasco, alegria e 4 equipes empenha-da. Só jogão.

Disputando a terceira colo-cação, os donos da casa enfren-taram o Vida Loka. Jogo muito disputado, ótimos lances para ambas as equipes, mas o gole-ador Alexandre “Bebeto”, ca-misa 9 do Vida Loka anotou o gol da partida e o colocou na artilharia do torneio.

E aí chegou a final. Torci-das animadíssimas, Paraisó-polis do lado da Portuguesa, time local. Vila Fundão se une à torcida do Vida Loka. Espe-táculo digno fora e dentro das

4 linhas. Foguetório fantástico na entrada dos times. Tudo certo. No tempo normal, a Por-tuguesa quase levava o troféu com gol de mais um camiseta 9, Edvan Macedo. No meio do segundo tempo a Vila Fundão arrumou um empate com gol sofrido do camisa 10, Tomás. Tal qual a Copa Mundial de 1994, o nosso Tetra nacional, final nos pênaltis. Melhor para a Vila Fundão que achou um herói no goleiro Edimar. 4 a 2 nas penalidades. Festa imensa e novo campeão para a Copa da Paz 2010. Por outro lado, a Portuguesa se consagra como o mais regular time das TRÊS edições da Copa.

Ganhou todo mundo. Times e torcidas. Esperamos vocês em 2011!!

Copa da paz

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Carta da Associação das Mulheres aos Moradores de ParaisópolisA Comunidade de Paraisópolis vive um processo de trans-

formação e desenvolvimento, há alguns anos atrás milhares de pes-soas vieram de todos os lugares para buscar uma vida mais digna em nossa comunidade. Somos baianos, paraibanos, piauienses, cearenses com muito orgulho e agora somos 100% Paraisópolis. O que ouvi-mos constantemente é que: Educação, Saúde, Cultura, Lazer, Sane-amento Básico, Segurança, Transporte, Moradia, Assistência Social são direitos de todos os cidadãos, mas a busca por uma vida melhor torna-se um pesadelo quando as pessoas se deparam com as mes-mas dificuldades que deixaram para trás no seu estado de origem.

A realidade de Paraisópolis não é diferente, como mora-dora há quinze anos, Presidente da Associação das Mulheres de Paraisópolis há três e atuando na União dos Moradores há nove, observei que inúmeros problemas ainda persistem na comunidade e isso é irresponsabilidade daqueles que ainda vivem de esperanças de que nossa comunidade seja removida. Considerando que somos cem mil habitantes, maiores portanto que 90% das cidades brasi-leiras, e rumo a ser a maior comunidade do país. As autoridades se esquecem disso, 48% de nossos moradores são mulheres, sendo que 20% não possuem renda fixa e são chefes de famílias, sofrem com câncer de mama, endometriose, falta de empregos e educação, enfrentam problemas com drogas, se tornam mães por falta de in-formações para um planejamento familiar adequado, e até mesmo o atendimento básico para uma simples consulta. Nossas idosas so-frem com diabetes, problemas respiratórios, hipertensão. Enfrenta-mos o alcoolismo, câncer no colo do útero, isso sem contar a falta de condições para tratar de nossas crianças.

Notamos que são inúmeras situações de vulnerabilidade, desde a falta de especialistas até o simples acesso a uma ambulância. Por isso aprovamos como a maior bandeira de nossa comunida-de a imediata construção do Hospital Geral do Paraisópolis e Vila Andrade. Se até ontem nossa grande luta foi impedir a remoção do povo do Paraisópolis, vencida pela nossa união e determinação, agora nossas forças se voltam para a construção do Hospital. São lutas idênticas, pois representam a dignidade e o respeito como exi-gimos ser tratados. E se não respeitarem nossos direitos, invadimos as ruas e paramos mais uma vez São Paulo. Quem quiser pagar pra ver, que pague.

Assim como hoje, vemos com orgulho o CEU, a ETEC, os novos apartamentos, as ruas asfaltadas, símbolos materiais da vitória da nossa luta, nos encherá de orgulho quando passarmos na frente do Hospital ga-rantido pela nossa mobilização. Cada morte de idosos que evitarmos por negligência de atendimento, cada jovem que evitar uma gravidez precoce,

cada cidadão que tiver o devido tratamento quando doente será motivo para mais uma vez nos orgulharmos de sair de nossas casas para defender nossas famílias. Pois essa tem sido a história das mulheres do Paraisópolis.

A Associação das mulheres de Paraisópolis foi fundada no dia 16 de setembro de 2006. Desde a sua fundação, assumiu o com-promisso de inserir as mulheres da comunidade no processo de emancipação e luta para garantia dos seus direitos. Neste perío-do, a AMP se fortaleceu dentro do movimento feminino buscando sempre organizar as mulheres da comunidade, em parceria com a Confederação das Mulheres do Brasil, União dos Moradores, enti-dades Lideranças locais, desenvolveu projetos ligados a saúde e educação , em 2007 integrantes da AMP participaram da formação no combate a dengue, que por sua fez, capacitaram 25 mulheres que se transformaram em agentes multiplicadoras com o propósito de orientar as famílias sobre prevenção e riscos da doença, através deste trabalho conseguimos apoiar e amenizar as situações dos ris-cos que eram colocadas pelo Ministério da Saúde a cada pronun-ciamento através dos meios de comunicação.

A idéia de colocar no papel estas idéias para a nossa reunião foi para permitir que chegássemos mais longe neste debate. Organizássemos melhor o abaixo assinado e encaminhá-lo aos órgãos competentes.

Juliana GonçalvesPresidente da Associação das Mulheres de Paraisópolis

Associação das Mulheres de Paraisópolis

JULHO de 20104Espaço do Povo

Junte-se nesta luta pelo Hospital Geral de Paraisópolis, pegue a ficha do abaixo assinado junto a este jornal ou na União dos Moradores, mostre a seus vizinhos, reco-lha assinaturas e entregue na sede aos cuidados de Juliana Gonçalves, que encaminharemos aos orgãos competentes e conseguiremos obter mais esta vitória juntos.

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JULHO de 20106Espaço do PovoComérCio lEgal para paraisópolis CrEsCEr

Foi lançado no dia 5 de julho durante 1° Encontro dos Comer-ciantes de Paraisópolis o Programa “Comércio Legal”. O projeto que teve seu lançamento no CEU Paraisópolis é fruto do aumento das demandas dos comerciantes que são cada vez mais numerosos na comunidade.

“Com o desenvolvimento da comunidade e o aumento do poder aquisitivo da população, se tornou necessária a organização dos comer-ciantes que a partir de agora podem ter mais facilidade e apoio para abrir e manter seus empreendimentos”, disse Elizandra Cerqueira, co-ordenadora do projeto.

Na solenidade, conduzida pelo presidente da União dos Mora-dores, Gilson Rodrigues, foram homenageados cinco comerciantes pela colaboração em projetos sociais: Casas Bahia, Mercearia Cremel, Res-taurante Severino, Lindi Farma, e os 3 Irmãos, deposito de materiais de construção. Estiveram presentes 150 comerciante locais, representan-tes da Associação das Mulheres de Paraisópolis (AMP), da Prefeitura de São Paulo, da Polícia Militar, do Conseg Portal do Morumbi, do Sebrae, da Associação Comercial de São Paulo, dos bancos do Povo, do Brasil, Itaú, Bradesco.

Após a premiação a coordenadora do programa fez sua apre-sentação pontuando suas metas e objetivos, informando que todos os serviços oferecidos serão realizados na sede da União dos Mora-dores onde haverá toda estrutura necessária para o atendimento na ‘Sala do Comerciante’.

A presidente da AMP, Juliana Rodrigues, destacou a parceria do programa com a Agência Comunitária de Emprego R&S, que nos últimos três meses encaminhou cerca de 500 pessoas para o mercado de trabalho, sendo que muitas delas na própria comunidade.

Para apoiar o andamento do programa foi criada uma comissão com 15 comerciantes que irão pensar, discutir e elaborar estratégias que possam auxiliar os cerca de cinco mil comerciantes locais, melhorar os serviços oferecidos à comunidade, promover a integração entre a popu-lação, as empresas, o comércio e a União dos Moradores rumo a uma Nova Paraisópolis.

SERVIÇOS OFERECIDOS· Consulta no SCPC e SERASA· Direcionamento para limpeza do CNPJ ou CPF do comerciante· Palestras voltadas para investimento, economia, tendências de mercado· Atendimento Jurídico· Recrutamento e seleção para contratação de funcionários pela Agência de Emprego Comunitária· Movimentação de conta· Atendimento semanal da demanda do comércio. O atendimento será de segunda à sexta das 09hs às 17hs na União dos Morado-res e do Comércio de Paraisópolis com Elizandra Cerqueira.

Comunidade de Paraisópolis rejeita diretora de escolaColégio Etelvina de Góes Marcucci teve a pior nota no ranking do Ideb, de 2,6 pontosLetícia Casado, do R7

A curva acentuada da rua Dr. José Carlos Piza é ponto de encontro do fim da favela de Paraisópolis, a segun-da maior de São Paulo, com o luxuoso bairro do Morumbi. É por ali que está o colégio Etelvina de Góes Marcucci. A instituição teve a pior nota no Ideb (Ín-dice de Desenvolvimento da Educação Básica) [3]para a segunda fase do ensino fundamental (6º ao 9º ano). O indicador mede a qualidade do ensino no Brasil e foi divulgado na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação).

O caso do colégio é emblemático não apenas pela pior colocação no ranking, mas pelo mal-estar que envolve a comunidade de Paraisópolis e a dirigente da institui-ção, Sofia Elena Baccari. A escola estadual Etelvina divide o muro com outra ins-tituição, a Maria Zilda Gamba Natel – que também pertence à rede do Estado. Na avaliação do Ideb, a Etelvina teve nota 2,6 e a Maria Zilda, 3,8. A escala vai de zero a dez. A melhor nota desse grupo ficou para a escola de Aplicação da USP (Uni-versidade de São Paulo), com nota 6,2, mais que o dobro do resultado do Etelvina.

Alunos e moradores atribuem à direção das escolas de Paraisópolis as diferenças no rendimento dos estudantes. Dizem que o Maria Zilda “é aberto”, desde sua en-trada até a coordenação, enquanto o Etelvina “parece uma prisão, cheio de cadeados nas portas”. De fato, quando a reportagem esteve no local, o primeiro tinha portas abertas e funcionários na rua, e o segundo, apenas uma janela para a secretaria.

A diretora Sofia Elena diz não saber por que a escola teve uma nota tão ruim na avaliação do governo. Ao R7, se eximiu da culpa pelo baixo rendimento de seus pupilos e alegou que permaneceu afastada do centro de ensino por oito meses, entre o fim de 2008 e o segundo semestre de 2009. Por isso, segundo ela, não poderia fazer uma análise sobre o mau desempenho dos alunos.

O afastamento foi resultado de uma pressão feita pela Associação de Mora-dores de Paraisópolis. A ex-aluna Elizandra de Oliveira Cerqueira diz que a en-tidade fez um pedido para a retirada definitiva da dirigente, mas conseguiu por apenas seis meses. A diretora confirma e diz que juntou a esse tempo outros dois meses de licença-prêmio. Mesmo assim, isso não justifica o desempenho dos estudantes, pois na outra edição do Ideb, em 2007, a nota do colégio foi 2,9. Ela já era diretora do Etelvina na época da avaliação. Agora, a nota caiu ainda mais.

Denúncias

Sofia Elena é descrita como uma pessoa agressiva. Há relatos de que teria re-tirado à força do colégio uma aluna que estava atrasada para a aula. Djenny Teixeira de Jesus conta ter visto a confusão.

- A única coisa que vi foi ela [Sofia Elena] segurando o braço de uma aluna, que por isso empurrou ela.

A dirigente nega esta e todas as outras acusações.

- Nem tenho força para isso. O máximo que poso fazer é chamar a polícia. Jamais faria isso.

Sofia Elena diz que os estudantes do Etelvina são difíceis de lidar, e que “tem aluno que ameaça e cospe em professor”. Para Djenny, a diretora é “arrogante”.

- Já discuti com ela por me acusar de cabular aula.

A Associação de Moradores acusa a coordenadora de ter ignorado uma proposta de parceria com uma entidade financeira, que ofereceria bolsas de estudos para alguns alunos. A diretora diz que nem ficou sabendo do projeto.

A Secretaria de Educação do Estado não soube dizer qual o período exato do afastamento da diretora. Em nota, diz que apurou as denúncias feitas pelos moradores e transmitidas pela reportagem, e que nada foi comprovado. Quanto ao rendimento da escola no Ideb, o governo se comprometeu a oferecer aulas de reforço nas disciplinas de matemática e português.

No R7 http://migre.me/ZZ83

Julia Chequer/R

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Isaac Bezerra

A diretora do colégio Etelvina de Góes Marcucci, Sofia Elena Baccari, é acusada de ser agressiva por alguns membros da comunidade de Paraisópolis

Page 7: Espaço do Povo 10

Me chamo Rejane, tenho 24 anos de idade e moro com minha mãe de 61 anos, somos moradoras de Pa-raisópolis a mais de 16 anos e quero compartilhar com você este momen-to importante que estou vivendo.

A praticamente 1 ano atrás nós morávamos em uma casa pequena e com vários problemas de infra--estrutura, como por exemplo: casa mofada, quarto pequeno, sala que mal cabia quem morava. Hoje estou morando no Condomínio Paraisó-polis F, os primeiros apartamentos entregues pela urbanização e es-tou feliz, pois agora podemos dizer que hoje temos qualidade de vida. Tenho um quarto só meu, não so-fremos mais com a umidade e po-demos receber nossa família com mais tranqüilidade e conforto.

Ouço muito as pessoas falarem que pagamos uma fortuna, come-çamos a pagar a mensalidade qua-se um ano após o recebimento da chave e o valor da mensalidade é R$ 79,05 mensal, ou seja, um valor acessível para minha e outras famí-lias que moram nos apartamentos.

Quando minha casa foi removi-da sentimos um aperto grande no peito, afinal ali estava uma histó-ria de vida, pois tínhamos um ape-go sentimental muito grande, mas hoje estou no início de uma nova fase de vida.

Como outros moradores de Pa-raisópolis o que nós precisávamos era uma oportunidade e um incen-tivo, incentivo este que recebemos da União dos Moradores que en-tendeu a importância desse pro-cesso de urbanização que estamos passando, e vem lutando a cada dia para garantir qualidade de vida para os moradores da comunidade.

Talvez morar em apartamen-to ou sair da comunidade não seja a melhor opção para um grupo de moradores, porém para aqueles que moram em lugares onde tem que dividir seu espaço e da sua fa-mília como com ratos, baratas, cór-regos, passando dentro da sua casa, seja uma boa proposta, pois levan-do em consideração que nós mo-radores de Paraisópolis não somos donos das terras e que construímos nossas casas em lugares impróprios e além de tudo somos a salariados, não temos condições de comprar uma casa, então está oportunidade vem em um excelente momento, pois nos possibilita ter qualidade de vida como citei acima.

Enfim, hoje estamos felizes e torcemos para que outras pessoas que também necessita possa ter a mesma oportunidade.

Rejane dos Santos é moradora do Condomínio Paraisópolis F

Como está sendo ser moradora dos novos prédios (Condomínio F) ?

JULHO de 20107Espaço do Povo

omo presidente do Grêmio Es-tudantil do Colégio Maria Zilda

Gamba Natel, percebi que nós jovens podemos fazer muitas coisas pelo nosso colégio e pela nossa comunidade. No dia 9 de junho antes de acontecer as eleições do grêmio realizamos um debate entre os candidatos ao grêmio. Estavam presentes o candidato a presidente da chapa 1, Bru-no; eu, com muita ansiedade e nervosis-mo e a Cidália presidente da chapa 3.

É essencial o envolvimento da juventude secundarista nos movimentos estudantis, devemos considerar a escola a base das nossas vidas, sendo que boa parte passamos dentro de uma sala de aula nos formando para um futuro onde poderemos nos tornar cidadãos de bem, construindo um caminho igual para todos.

O debate me trouxe a memória os debates dos candidatos à presidência da república nos canais abertos, compreendo que a responsabilidade é bem maior, muito

mais, porém não podemos esquecer que os verdadeiros líderes surgiram através de um movimento, seja ele estu-dantil, da mulher ou sindical. Todos temos um objetivo em comum que são a luta por bandeiras de interesse de um grupo. O que faz de um movimento a atuar na cons-trução do caráter, das idéias e a formação de ideologias que serão a base de tudo em nossas vidas.

Os alunos deram um show nas perguntas di-recionadas aos candidatos e alguns alunos pediam a uni-ficação da chapa 2 e da chapa 3, acabamos unificando.

Logo recebemos apoio da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), da União dos Moradores e da Associação das Mulheres de Paraisópo-lis para a realização do pleito.

Uma semana depois aconteceu as eleições, vence-mos nos 3 períodos, obtendo 1.216 votos contra 250 votos.

Depois disso participei do Congresso da UMES, contribui na sala de debates com o tema ‘Edu-cação, Cultura e desenvolvimento da Mulher’, onde res-saltei os valores da escola e citei minha comunidade. Ao final fui eleita membro da diretoria qualificada.

Estou participando de atividades que estimu-lam o envolvimento dos jovens em políticas públicas como as que promovem nosso ingresso na universidade.

Nosso grêmio está realizando sessões de filmes para os estudantes que nos fazem pensar e discutir temas nacionais, e estamos organizando campeonatos e ativida-des para deixar o nosso colégio com a cara da comunidade.

Acredito que assim, nós alunos poderemos sentir orgulho do nosso colégio e aprender mais traba-lhando a nossa cultura que parece tão distante.

O que posso afirmar é que nós jovens temos o dever de participar da construção de uma Pátria mais livre, plena e soberana onde em um futuro muito próxi-mo poderemos ter todos os nossos direitos garantidos, e o primeiro passo da juventude deve ser a formação dos grêmios em todas as escolas, principalmente no estado de São Paulo.

Adriana da Silva Moura aluna do 2° ano do colégio Ma-ria Zilda Gamba Natel e Presidente do Grêmio Estudan-til e representante da UMES em Paraisópolis.

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Força jovem na construção de uma escola de qualidadeAdriana da Silva Moura

Paraisópolis recebe a maior creche da cidade

Por Thaís Freire

A maior creche do Bra-sil, um prédio de 3.700 m² encravado na favela de Pa-raisópolis, zona sul de São Paulo, está pronta. Proje-to do Instituto Anglicano, braço social da Catedral Anglicana de São Paulo, o espaço foi construído ao longo dos últimos dois anos com recursos de do-ações feitas por empresas e pessoas físicas ligadas à igreja. O Instituto An-glicano aguarda apenas a assinatura de um contrato de parceria com a prefeitura da cidade para colocar a creche Renata Eugênia Rodrigues em operação, ainda nas próximas semanas.

A escolha do local para construção não foi ao acaso. Paraisópolis, segunda maior favela de São Paulo, vem se tor-nando um pólo educacional: a comuni-dade também é servida por uma Escola Técnica Estadual (ETEC), um CEU (Centro Educacional Unificado)

O prédio, localizado na rua Doutor José Pedro de Carvalho Lima, tem ca-pacidade para receber, atualmente, 250 crianças que serão atendidas por cerca de 30 professores, além de equipes de limpeza, portaria e secretaria. O espa-ço conta com nove salas de aula, dois berçários e lactários, doze banheiros adaptados para uso infantil e de pes-soas com necessidades especiais, um refeitório e uma cozinha industrial completa.

A manutenção da creche será res-ponsabilidade da prefeitura e do Insti-tuto Anglicano, num convênio assinado

por meio do Fumcad (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente). A dire-ção e administração da escola ficarão a cargo dos freis anglicanos da Ordem Franciscana, James e Elton Philip (que adotam nomes fictícios na vida religiosa). Formados, respectivamente, em Pedagogia e Geografia, os freis mo-rarão na nova creche e acompanharão o dia a dia das crianças.

Segundo Frei Elton, a obra custou R$ 2,6 milhões. E isso é só o começo. Ele conta que “serão necessárias mais três fases para completar a constru-ção, que incluirá um mini zôo, um au-ditório, um espaço ecumênico e outro de atividades para pré-adolescentes”. A conclusão do projeto, no entanto, depende do ritmo das doações que o Instituto consiga levantar. Quando o projeto original estiver completo, a creche poderá receber mil crianças, em 8.500m² de área construída.

Do site Caderno SP http://migre.me/ZQ98

Regina Duarte e Gabriela Duarte são madrinhas da nova creche

Page 8: Espaço do Povo 10

JULHO de 20108Espaço do Povo

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Nos últimos anos, a comunidade de Paraisópolis se viu diante da necessidade de transmitir à comunicação. Ter conheci-mento sobre a realidade local e atuar sobre ela, se tornou cada vez mais evidente dian-te do processo que a região vive.

A União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis sempre esteve à frente da luta pela democratização da informação. Foram mais de dez anos nos quais as di-ferentes gestões que dirigiram a União de-fenderam o direito da comunidade exercer a liberdade de expressão.

Em dezembro de 2009, foi outorgada à União dos Moradores e do Comércio de Pa-raisópolis a licença para o uso de radiofre-qüência a nossa comunidade. Nasce então a Rádio Nova Paraisópolis 87,5 FM.

Após a autorização para funcionamen-to, iniciamos o processo de estruturação de nossa rádio. Com grande esforço e apoio de grandes parceiros, construímos os estú-dios e disponibilizamos os equipamentos técnicos para o seu funcionamento.

No próximo dia 06 de agosto, realiza-remos a inauguração da Rádio. Esta data marcará o início de uma nova etapa para a comunidade. Que através deste veículo de comunicação, terá condições de propi-ciar aos moradores o acesso à informação, cultura, educação, lazer e entretenimento.

O evento será realizado no Campo Palmeirinha às 10h30min do dia 06 de agosto de 2010.

ConviteA União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis tem a honra de convidá-lo (a) a participar da inauguração da rádio comunitária Nova Paraisópolis 87,5 FM, a ser realizada no dia 06 de Agosto de 2010 às 10h30min no Campo do Palmeirinha

Gilson RodriguesPresidente UNIÃO

EMUITA LUTA

FUNDADA EM 16/09/1983

UNIÃO DE MORADORES E DO COMÉRCIO DE

Nova ParaisóPolis

87,5 FM

Vem aí a Rádio Nova Paraisópolis