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espaços ampliados, encontros,...NOSSA CAPA SEDE PROVINCIAL Rua Humberto I, Nº 395 - Vila Mariana Cep: 04018-031 – São Paulo – SP Tel. (11) 5539-2577 – Fax (11) 5549 5743 E-mail:

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3

u

VIDAIntegrar ecultivar a

m semestre repleto de vida é o que podemos consta-tar em cada página da presente edição da RevistaIntegrAção.

Da Amazônia a todos os recantos desse nosso Brazilzão, otema da Campanha da Fraternidade faz o convite para a toma-da de consciência de nossa responsabilidade pela vida: vida daspessoas, vida da natureza, vida do Planeta.

Em sua visita ao Brasil, o Papa Bento XVI focalizou o tema davida em vários de seus discursos, aos distintos ouvintes. Falan-do aos jovens no Pacaembu, em São Paulo, Bento XVI fez refe-rência ao Hino Nacional Brasileiro “Nossos bosques tem maisvida”, incentivando os jovens a contribuírem para a preserva-ção da Amazônia, mas também fez uma exortação sobre a vidaeterna dizendo que Jesus é o único caminho para atingi-la.

Sinal de vida é também o tema estampado na capa destaedição. A vitalidade e expressividade das crianças do Lar EscolaCarmen Sallés, em São Paulo, confirmam que a atenção, o amor,o cuidado são atitudes que geram e fortalecem a vida.

Em Passos, os 90 anos de existência do Colégio ImaculadaConceição pôde ser sentido, revivido, recordado e projetadopara adiante de muitas formas. A celebração, cheia de vibraçãoirradiou a força do carisma concepcionista perpassando vidas ecorações, que exultantes entoaram, de muitas maneiras, hinosde gratidão a Deus.

A pedagogia expressa nas ações e reflexões desta ediçãoquer, sem dúvida, assegurar que o ideal concepcionista se re-vela e se afiança de muitas formas, todas elas tendo em vistaajudar a pessoa a prosseguir no caminho da vida crescendo emsabedoria e em graça para chegar, um dia, ao ideal de plenitu-de querido por Deus.

Um curso de capacitação para os responsáveis locais pelaRevista IntegrAção, realizado em Brasília, teve também comoobjetivo o crescimento na responsabilidade para com a difusãode uma boa notícia. Esta se revela na ação e na reflexão dascomunidades educativas comprometidas com a vida.

Enfim, vidas longas, vidas do cotidiano, vidas celebradas,espaços ampliados, encontros, reuniões, ações e atividadesmúltiplas dão colorido à cada página desta edição da RevistaIntegrAção que deseja ser um instrumento de divulgação davida que brota do Carisma Concepcionista e que se expressaem cada realidade concreta onde ele se faz presente.

Vidas longas, vidas docotidiano, vidas celebradas,espaços ampliados, encontros,reuniões, ações e atividadesmúltiplas dão colorido à cadapágina desta edição deIntegrAção em Revista

Editorial

Ir. Wanilda Melo Barbara

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NOSSA CAPA

SEDE PROVINCIALRua Humberto I, Nº 395 - Vila Mariana

Cep: 04018-031 – São Paulo – SPTel. (11) 5539-2577 – Fax (11) 5549 5743

E-mail: [email protected]

COLÉGIO MARIA IMACULADAAv. Bernardino De Campos , 79

Cep: 04004-050 - São Paulo - SPTel.: (11) 3283-2111

Site: www.colegiomariaimaculada.com.brE-mail: [email protected]

CRECHE LAR ESCOLA “CARMEN SALLÉS”Rua Conselheiro Rodrigues Alves, 419

Cep: 04014-011 - Vl. MarianaSão Paulo - SP - Tel.: (11) 5083-0941

RECANTO BETÂNIARodovia José Simões Louro Jr. , 3284Cep: 06900-000 - Embu Guaçu - SP

Tel.: (011) 4661-1449E-mail: [email protected]

COLÉGIO MARIA IMACULADARua Francisco Gomes, 661

Cep:13730-320 - Mococa - SPTel.: (19) 3656-0107

Site: www.cmimococa.com.brE-mail: [email protected]

LAR MARIA IMACULADARua Prudente de Morais, Nº 533Cep: 13730-400 – Mococa – SP

Telefax: (19) 3656-0020E-mail: [email protected]

COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃORua Professor José Cândido, 238 - Centro

Cep: 37750-000 - Machado - MGTel.: ( 35) 3295 1168

E-mail: [email protected]

ABRIGO JESUS, MARIA E JOSÉRua Prof. José Cândido, Nº 284

Cep: 37750-000 – Machado - MGTel.: (35) 3295-1219

COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃORua Cristiano Stockler, Nº 271Cep: 37900-150 – Passos - MG

Tel.: (35) 3521-8777 – Fax: (35) 3521-6221Site: www.cicpassos.com.brE-mail: [email protected]

COLÉGIO REGINA PACISRua Daniel de Carvalho, 1424

Cep: 30430 - 050 - Belo Horizonte - MGTel.: (31) 3337-5945

Site: www.rpacisbh.com.brE-mail: [email protected]

CASA NOVICIADORua Herculano de Freitas, 1.566 - BarrocaCep: 30430-120 – Belo Horizonte - MG

Tel.: (31) 3332-3933 e 3332-9741E-mail: [email protected]

CASA CARMEN SALLÉSRua 11, N.º 105

Cep: 38230-000 – Fronteira - MGTel. (34) 3428-2262 – Fax (34) 3428-3564

CASA IMACULADA CONCEIÇÃORua Professora Antônia Meireles, Nº 07

Loteamento CarvalhoCep: 48540-000 – Jeremoabo - BA

Tel.: (75) 203-2348 – Fax (75) 203-2035E-mail: [email protected]

COLÉGIO MADRE CARMEN SALLÉSAv. L 2 Norte, Quadra 604

Cep: 70840-040 - Brasília- DFTel.: (061) 3223-2863

Site: www.carmensalles.com.br

CRECHE MADRE CARMEN SALLÉSQR 431, Conj. 1 - Lotes 10, 11 e 15Cep: 72329-101 - Samambaia- DF

Tel.: (61) 3359-4901E-mail: [email protected]

COLÉGIO MARIA IMACULADAQI 05 - CH 72 - Lago Sul

Cep: 71600-790 – Brasília - DFTel.: (61) 3248-4768 – Fax: (61) 3248-6464

E-mail: [email protected]

COLÉGIO MARIA IMACULADARua São Francisco Xavier, 935

Cep: 20550- 011 - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 2264-4998 - Fax: (21) 2569-4481

Site: www.cmirj.com.brE-mail: [email protected]

Religiosas ConcepcionistasMissionárias do Ensinowww.concepcionistas.com.br

66A utilização do conto de fadasno dia a dia da criança

O MUNDO DAS FADAS

20O Colégio Maria Imaculada deSão Paulo/SP participou demaneira especial da visita doPapa Bento XVI ao Brasil

QUE PRAZER,QUE ALEGRIA

29As boas novas doprocesso de Canonizaçãode Madre Carmen Sallés,fundadora da Congregação

SER SANTO DE ALTAR

41 O Colégio MariaImaculada do Rio

promove manifestação pela paz

PELA PAZ

Seções

76Alunos do Recanto Betânia - SPtêm aula com bióloga do InstitutoButantã, de São Paulo

COBRAS NA ESCOLA

Capa

Crianças da Creche Lar Escola MadreCarmen Sallés, obra social do Colégio

Maria Imaculada de São Paulo - SP

Sumário

AÇÃO COMUNITÁRIA 41HOMENAGEM 03VOCAÇÕES 33ESPIRITUALIDADE 29CF 2007 26

07

PASTORAL 19

EDITORIAL 03CARTAS 06

DESTAQUE 03

ESPORTES 68PROJETOS 70CULTURA 75ATIVIDADES 03

PSICOPEDAGOGIA 03PEDAGOGIA 42

76

16Colégio Madre Carmen Sallés -Brasília/DF inaugura novasinstalações

AMPLIANDO ESPAÇOS

10O Colégio Imaculada

Conceição de Passos/MGcompleta 90 anos

GERANDO VIDAS

DE PASSAGEM75

Um pouco do mundovislumbrado porLeonardo da Vinci

26Como os nossos colégiostrabalharam a temática da

Campanha da Fraternidade 2007

UM OLHAR SOBREA AMAZÔNIA

52Artigo reflete sobre aconcepção doconhecimento comouma construção coletiva.

PEDAGOGIA DEPROJETOS

58A grande preocupação doseducadores deve ser odesenvolvimento da criatividadedas crianças

AS BRINCADEIRAS EA CRIATIVIDADE

72Projeto ajuda as criançasa aprenderem sobre alimentaçãobalanceada, brincandocom vitaminas eproteínas

NO PAÍS DASVITAMINAS

10

34

66

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Ano IXAno IXAno IXAno IXAno IXNº 16 - Junho de 2007Nº 16 - Junho de 2007Nº 16 - Junho de 2007Nº 16 - Junho de 2007Nº 16 - Junho de 2007

Expediente

Uma publicação semestral dasReligiosas ConcepcionistasMissionárias do Ensino - Província doBrasil, feita com a colaboração de Pais,Educadores e Religiosas da RedeConcepcionista de Ensino

Diretora Responsável:Ir. Wanilda Melo Barbara([email protected])

Produção Gráfica:Edenilson S. Coelho([email protected])

Jornalista Responsável:Maria Emerenciana RaiaMTb: 17.532

RedaçãoSede ProvincialRua Humberto I, nº 395 - Vila MarianaSão Paulo - SP - Cep: 04018-031

Impressão e acabamento:Vox Editora - SP (11) 3871-7300

Tiragem desta Edição: 7500 exemplares (Distribuiçãogratuita e dirigida)

E-mail: [email protected], se preferir via Correio:

Rua Humberto I, nº 395 - Vila Mariana -Cep: 04018-031 - São Paulo - SPAos cuidados de Edenilson Coelhoconosco

Sua opinião é importante para nós! Envieseus comentários, críticas ou sugestões para:

FaleObs.: Por motivo de espaço da publicação, as cartas enviadas podemser resumidas a critério da redação da revista.

integr çãoaem revista

No Portal Concepcionsitavocê pode consultar e fazerdownload de todas as ediçõesde Integração em Revista.

Basta acessarwww.concepcionistas.com.bre clicar em “Revista Integração!

online

À RevistaIntegração

Gostamos muito da RevistaIntegração. Ela é bastantecompleta. Aborda váriosassuntos interessantes, entreeles esportes, juventude,cidadania, meio ambiente,etc. Mostra também quetemos cada vez mais pessoasdispostas a ajudar quemprecisa.Continue assim, Integração,trazendo-nos muito prazerquando folheamos suaspáginas.

Clara B. Dantés, Lucas Corrêae Marina Queiroz - AlunosCRP – BH - 1º ano 2007

Prezada Irmã Wanilda MeloBarbara:Conheci a revistaintegrAÇÃO, através daComuniade Missionária deVilla Régia de São Paulo.Admiro muito o trabalho devocês e a Missão que levamadiante de ser “ Missionáriasdo Ensino”. Sou Professorade Educação Infantil da RedeMuniciupal da EstânciaTurística de Piraju/SP, edesenvolvo atividades comcrianças de 5 anos. Gostariade saber qual a possibilidadede receber a revista, a fim deintroduzir a experiência devocês no meu dia a dia comas crianças e ampliar osmeus conhecimentos.Um abraço,

Maria Julieta de MenezesPiraju/SP

Sobre Paulo Freire

Sou um educador aposentado e qual nãofoi minha alegria e surpresa ao folhear aRevista Integração nº 15 e encontrar umamatéria sobre o grande mestre PauloFreire. Na saula de aula sempre acrediteina educação que enxerga o aluno comoprotagonista e não como expectador deinformações e conteúdos. Faço votos queessa pedagogia continue sempre viva noscolégios da Congregação Concepcionista.Aproveito para parabenizar o níveleditorial e a apresentação da revista.Agora, fico na expectativa de matériascom essa relevância.

Jurandir PolliJundiaí - São Paulo

Convite à participaçãoA partir de agora, a Revista conta com aseção “Cartas do leitor”.Escreva muitas cartas com sugestões,críticas ou elogios para enriquecer cadanova publicação.A opinião do leitor é um privilégio tantopara ele quanto para a Revista, poisquando existe esse espaço é possívelavaliar, retomar e melhorar a qualidadedo trabalho e, dessa forma, o leitorparticipa mais e exerce sua cidadania.Portanto participe, contribua, escrevasempre expressando sua opinião.

Maria Celeste C. PadilhaProfessora de Português -Colégio Regina Pacis - Belo Horizonte/MG

Cartas

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Creche Lar-Escola Ma-dre Carmen Sallés, cha-mada simplesmente deCreche Carmen Salléscomeçou a existir em

1993, instalada na rua MaestroCardim. Há cinco anos está em umasede própria, à rua ConselheiroRodrigues Alves que, todas as manhãs,vê mais de noventa rostinhos felizes,de dois a seis anos, chegando parapassar ali o dia.

Às sete horas, as monitoras já es-tão a postos, esperando-as com cari-nho, alegria e atenção que a BeataCarmen Sallés sempre disse ser o fun-damental no exercício de acolhida acrianças e jovens, flores do jardim deMaria Imaculada, as Casas-colégiosConcepcionistas.

As crianças recebem, na creche,não só o alimento material, atravésde quatro refeições (café da manhã,almoço, lanche e janta), preparadashigiênica e cuidadosamente pela res-ponsável, mas têm, de acordo com aidade, atividades bem variadas: mo-mentos recreativos, de descanso apóso almoço, atividades com dinâmicasanimadas para cada faixa etária, au-las de pintura, desenho, projeção defilminhos infantis recreativos e religi-osos, conduzindo as crianças, indire-tamente, ao exercício da escrita e daleitura que virá, na seqüência, aos cin-co e seis anos, quando serão alfabe-tizadas.

Não faltam as aulas formais e in-formais de formação, levando àscrianças as noções básicas de higie-

a

carinhosoUm olhar

Dá gosto ver aquelas pequeninas mãos se juntando pararezar, agradecendo a Deus pelas coisas boas da vida.

Cont

inua

Nossa Capa

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8 9junho 2007

Nossa Capa

integr çãoa

ne, de convivência harmoniosa comseus coleguinhas, de respeito a todosos funcionários e pessoas mais velhase valorização da família.

Dá gosto ver aquelas pequeninasmãos se juntando para rezar, agrade-cendo a Deus pelas coisas boas davida, antes e depois das refeições edas atividades, pedindo pelas necessi-dades da família. Claro que semprehá a presença adulta de uma monitoraque ensina e reza com elas. Mas, sãolições que hão de perdurar por toda avida desses pequeninos.

A creche proporciona também ati-vidades aos pais das crianças que sãoconvidados para reuniões periódicas,proporcionando-lhes palestras que osajudem na formação de seus filhos,tarefa, hoje, tão difícil.

Todas as oportunidades do calen-dário são vividas pelas crianças e fa-mília: Campanha da Fraternidade, Pás-coa, Dia das Mães, Festa Junina, Diados Pais, Dia da Crianças, Advento,Natal, festas de Nossa Senhora comomês de maio.

Em algumas oportunidades, o gru-po todo, sempre acompanhado demonitoras, realizam excursões paraconhecerem outras realidades, comoida ao Recanto Betânia, cuja naturezatão bela e lugares de diversão, aju-dam a aprenderem a louvar a Deus,

através daquilo que Ele proporciona asuas criaturas, a seus filhos.

Enfim: a Creche Lar Escola CarmenSallés é a menina dos olhos do Colé-gio Maria Imaculada de São Paulo,que é o responsável por sua manu-tenção. Por isso, os alunos do ColégioMaria Imaculada, em suas atividadessociais, sempre visitam a creche, so-bretudo em épocas especiais, propor-cionando-lhes mais alegria com suapresença, brincadeiras e presentes.

A Beata Carmen Sallés que tantoamou e ama as crianças, desde o céu,

vela de modo especial por esse LAR-ESCOLA que leva não apenas o seunome, mas também o seu carisma,através das educadoras Concepcio-nistas que dirigem esse Centro.

Pilar VasconcellosCreche Lar Escola Madre CarmenSallés - São Paulo/SP

Todas as manhãs, mais deTodas as manhãs, mais deTodas as manhãs, mais deTodas as manhãs, mais deTodas as manhãs, mais denoventa rostinhos felizes, denoventa rostinhos felizes, denoventa rostinhos felizes, denoventa rostinhos felizes, denoventa rostinhos felizes, dedois a seis anos, passam peladois a seis anos, passam peladois a seis anos, passam peladois a seis anos, passam peladois a seis anos, passam pelaCreche Lar-Escola MadreCreche Lar-Escola MadreCreche Lar-Escola MadreCreche Lar-Escola MadreCreche Lar-Escola MadreCarmen SallésCarmen SallésCarmen SallésCarmen SallésCarmen Sallés

ROSTOS FELIZESROSTOS FELIZESROSTOS FELIZESROSTOS FELIZESROSTOS FELIZES

Nas fotos, o cotidiano de crianças eeducadores da Creche Lar EscolaMadre Carmen Sallés

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90 anosCome morando

m Junho de 1917, cinco IrmãsConcepcionistas espanholas,vindas da cidade de Machado,inauguraram uma nova Obra de

Carmen Sallés no coração da cidadede Passos. De início era uma peque-na semente, que cresceu, floresceue faz 90 anos em 2007. Em datascomemorativas temos sempre umairresistível tendência para revisitar opassado em tom de balanço. Estamosiniciando os nossos balanços. No dia31 de abril, através de uma Hora Cí-vica, didaticamente apresentamospara os alunos e professores do Ensi-no Fundamental e Médio, a Históriada fundação do Colégio ImaculadaConceição em Passos, relembrando asações de D. Maria Bárbara e de PeEduardo, que possibilitaram o nasci-mento da Obra.

Assim, demos a partida para osfestejos e com muito entusiasmoestamos preparando os eventos quecomemorarão esses 90 anos. Sãomuitas reuniões, professores e alunosestão empenhados na produção detrabalhos para a Feira de Arte -CICART, na preparação da Celebra-ção Eucarística, da Seresta e de todosos outros eventos que constam a se-guir.

São 90 anos bem vividos de umaobra que tem colhido frutos excelen-tes em educação, em preparo da ju-ventude para a vida e, especialmen-te, na evangelização. A comemora-ção vai ser à altura de tamanha gran-deza.

Aniversários constituem tambémexcelente pretexto para olhar o futu-ro e o CIC vem a cada ano preparan-do-se para enfrentar as novas gera-

ções e seus desafios, através dacapacitação continuada de seu corpodocente, modernização das instala-ções físicas, informatização adminis-trativa e pedagógica, ação social des-tacada na Rua Imaculada Conceição,Cursinho pré-vestibular gratuito eenvolvimento em campanhas em fa-vor do meio ambiente e, em breve,implantação de Cursos Profissionali-zantes. Estamos continuamente nosmodernizando para que, a exemplode Madre Carmen, possamos “fazerbem feito e por Deus” por muitos emuitos anos.

Leila Maria S. Pádua AndradeProfª de História do Ensino Médio-CIC PASSOS

Só uma escola forjadano amor de Maria poderesistir ao tempo:assim é o CIC – 90 anosensinando não sónúmeros e estruturasgramaticais, mastambém aexperiência do amor.Rodrigo Silveira Avelar1ª série do Ensino Médio

11

e

Cont

inua

ONTEM E HOJE:Detalhes das antigas fachadas do CIC-Passos ealguns momentos da Celebração dos 90 anos:celebração Eucarística, seresta e teatro dealunos. À direita, a fachada atual.

Destaque

10junho 2007integr çãoa

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omo acontece em todos os anos, no dia 14 de maio, as escolasmunicipais, estaduais e particulares de Passos, apresentam o já tra-dicional desfile cívico-alegórico com um tema gerador que se alteraanualmente sobre a cidade. Em 2007, foi “Gente de Passos, gente

que faz”. Um dos mais emocionantes desfiles de todos os tempos, senão omais emocionante.

A comemoração do Colégio Imaculada Conceição, em um desfile bei-rando à perfeição, conquistou o público. Limpo, claro e correto, com alego-rias belíssimas como a da Kellen, de Imaculada Conceição e a da maravi-lhosa Marluce, vivendo Carmen Sallés. As pessoas se emocionaram comos uniformes antigos. Quando se comemora 90 anos, a emoção ao lembraro passado é inquestionável. O CIC arrojou, inovou, fazendo um desfileantológico.

Gustavo José LemosProfessor de Teatro do CIC-Passos/MG

“IDE E ENSINAI”..“IDE E ENSINAI”..“IDE E ENSINAI”..“IDE E ENSINAI”..“IDE E ENSINAI”.......sta é a proposta de Jesus deNazaré. Ouvi-la e acolhê-la é amais sublime missão de um ver-dadeiro cristão.

Conhecer verdadeiramente a Pa-lavra de Deus a ponto de transportá-la para a vida cotidiana nos faz renas-cer a cada dia para uma vida de paz,harmonia e felicidade.

E é por isso que o CIC/Passos,como uma escola concepcionista há90 anos, se compromete a anunciar aBoa Nova de Jesus, propondo ofere-cer aos educandos uma educação dequalidade fundamentada nos princí-pios cristãos que lhes permitam en-frentar o mundo com autenticidade,espírito crítico, solidariedade e frater-nidade.

Para a realização desse trabalho,a Equipe de Pastoral conta com oapoio das pessoas envolvidas no pro-cesso educativo da escola que opta-ram por essa missão. Elas apresentamno exercício da profissão um diferen-cial, no qual o aluno é visto como al-guém capaz de crescer e desenvolverhabilidades e competências em umambiente de Verdade, Justiça e deAmor.

Sendo instrumento concreto deEvangelização a serviço do Reino deDeus, a Equipe de Pastoral procuraseguir o exemplo de humildade e sa-bedoria de Maria Imaculada que afir-mou: “Fazei tudo o que Ele vos dis-ser”.

O trabalho pastoral realizado du-rante os 90 anos de existência do CICabrange e propõe desenvolver os se-guintes aspectos:

Formação humana e cristãFormação humana e cristãFormação humana e cristãFormação humana e cristãFormação humana e cristã

Não vivemos sozinhos. Fomos criadospara viver em fraternidade, na soli-dariedade e na partilha.

No CIC, isto é acompanhado e vis-to bem de perto no clima de oração,no ambiente onde os valores cristãossão ressaltados e vivenciados com res-ponsabilidade; na seriedade e na ma-neira pela qual, os ensinamentos deJesus são transmitidos. Dessas açõesassimiladas e vividas no dia a dia nas-cem atitudes mais humanas no cora-ção dos educandos e nos educadores.

Formação social eFormação social eFormação social eFormação social eFormação social ecomunitária:comunitária:comunitária:comunitária:comunitária:

Com o apoio dos educadores, orien-tamos e oferecemos meios às crian-ças, adolescentes e jovens para des-cobrirem e viverem a comunhão dequem descobre cada vez mais, queprecisamos uns dos outros para cres-cer e caminharmos. A partir daí, aconvivência fraterna, ajuda mútua eatitudes solidárias surgem com maisintensidade. Reconhecemos que aspessoas são fundamentais em nossavida e que somos colaboradores parao crescimento pessoal de nossos ir-mãos.

Crescimento na vida de oraçãoCrescimento na vida de oraçãoCrescimento na vida de oraçãoCrescimento na vida de oraçãoCrescimento na vida de oraçãoe fortalecimento na fée fortalecimento na fée fortalecimento na fée fortalecimento na fée fortalecimento na fé

Nossa Beata Carmen Sallés é umexemplo de pessoa que viveu inten-samente a fé tendo na oração a suaprincipal força.Inspirados em sua experiência propi-ciamos oportunidades à comunidadeeducativa do CIC para crescer na fée na oração através de Encontros, tes-temunhos, momentos de reflexão eoração, celebrações.

Compromisso cristãoCompromisso cristãoCompromisso cristãoCompromisso cristãoCompromisso cristão

“A verdadeira caridade é ver a Deusatravés das aparências humanas. Istonos faz amar o nosso próximo comomembros de Cristo, o mesmo Cristo.”(Carmen Sallés)

O Setor de Pastoral do CIC tem oolhar atento para a realidade que ocerca. Procura sempre desenvolveratividades e projetos buscando alter-nativas para os problemas e desafiosenfrentados por muitos dos nossos ir-mãos menos favorecidos.

Com este trabalho tão importante,procuramos contribuir para que cadavez mais pessoas possam conhecermelhor e amar mais a Jesus e seremsuas testemunhas aqui na Terra. Sóvivendo e revelando atitudes e pala-vras coerentes com o Evangelho é queoferecemos nossa contribuição para aconstrução do Reino e colaboramoscom a transformação do nosso meio.

Noventa anos de CIC... noventaanos de educação e de Evangeliza-ção...

Noventa anos gerando vidas! 90anos fazendo e construindo uma his-tória de amor.

“Adiante, sempre adiante, comMaria e com amor.”

Adriana Faria de Alcântara Diaspela equipe de Pastoral do Colégio

c

90 Anos Educando e Evangelizando em Passos

Emoção à flor da peleDesfile de 14 de Maio:

e

13

Destaque

12junho 2007integr çãoa

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p cursistas ao mundo tortuoso e cheio dearmadilhas – o da escrita -, amparan-do-os com vasto material prático deapoio sobre revisão gramatical e apri-moramento da linguagem escrita.

O treinamento fotográfico foi reali-zado pelo experto Kiko Catelli, que pormeio de exercícios e análise de fotos,conduziu o grupo a vencer o medo de“enquadrar” nas lentes das diferentesmáquinas digitais, objetos, locais e pes-soas para direita e para esquerda oucentro sem deixar o tema e a emoçãode serem revelados.

Num clima de trabalho e desafios,entrosamento e partilha, a fraternidadeimperou. A solidariedade e o espírito

coletivo permeados de orações e mo-mentos de reflexão reforçaram a pre-sença de Deus em cada um dos partici-pantes.

A comunidade religiosa e educativahospedou o grupo, desdobrando-se pa-ra propiciar um ambiente acolhedore caloroso demonstrado por gestosconcretos.

Os idealizadores desse encontro,Irmã Wanilda (Diretora Responsável pelaRevista) e Edenilson Coelho (Produtor Grá-fico), transmitiram também suas reco-mendações, além de terem garantidoo bom nível do curso, deixando os par-ticipantes à vontade e motivados paraenfrentar os desafios propostos.

Os participantes do Curso (Da esquerdapara a direita):EM PÉ: Emerson (Colégio ImaculadaConceição - Passos/MG); Ir. Wanilda(Colégio Madre Carmen Sallés/DF);Simone (Colégio Regina Pacis/MG); Ir.Maria (Colégio Maria Imaculada/SP);Celeste (Colégio Regina Pacis/MG); MariaHelena (Colégio Madre Carmen Sallés/DF); Telma (Creche Madre Carmen Sallés/DF); Mary (Colégio Maria Imaculada/SP);Ir. Lúcia (Recanto Betânia/SP); Edenilson(Sede Provincial/SP) e Emídia (ColégioMadre Carmen Sallés/DF).SENTADOS: Tarciana (Colégio MariaImaculada/DF); Ir. Marlise (Colégio MariaImaculada/RJ); Mônica (Colégio ImaculadaConceição - Passos/MG); Rosa (Lar MariaImaculada - Mococa/SP); Jorge (ColégioMaria Imaculada - Mococa/SP) e Ir. Eliana(Colégio Madre Carmen Sallés/DF)

Revista Integração temcomo objetivo ser um instru-mento de divulgação, emsuas diferentes seções, das

realizações da rede concepcionistapara integrar as casas e as comunida-des educativas.

Diante do crescimento do interes-se em relação ao consumo e a produ-ção da Revista, o seu Conselho Edito-rial sentiu necessidade de otimizá-la,proporcionando aos colaboradores umcurso de capacitação para produzir,revisar, orientar, analisar e apreciar omaterial jornalístico (textos e imagens)a ser publicado, bem como para se-rem, em suas unidades de trabalho,

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os disseminadores dos conhecimentosadquiridos.

O grupo chegou a Brasília, no dia21 de maio de 2007, dos vários pon-tos da geografia concepcionista doBrasil para participar do Curso paraEnriquecimento da Revista Integração.

O curso teve início com uma dinâ-mica de apresentação e em seguida,houve uma retrospectiva da Revista,a qual iniciou como informativo emmaio de 1997 e tomou formato derevista em setembro de 1999.

As oficinas de produção de textosforam dirigidas pela professora de lín-gua portuguesa, Glorialice Zakir, que,pacientemente, encaminhou os

IntegraçãoPela

Esta é uma das palavras maisutilizadas Kiko Katelli, pro-fessor de fotografia, duranteo curso

Glórialice (acima)ajudou o grupo a evitar os erros gramaticais maiscomuns durante a produção de um texto.

Breve histórico de“Integração em Revista”

Em 1997 foi lançada a primeiraedição do Jornal Integração, comapenas 8 páginas, mas com a gran-de pretensão de falar para pais,professores, alunos e religiosas.

A idéia foi tão próspera que jáem 1999 nasceu Integração emrevista, agora com 44 páginas etiragem de 7500 exemplares.Atualmente, a revista está na 16ªedição com 84 páginas divididasem 16 seções.

a

O texto e as fotosdesta matéria foramproduzidoscoletivamente duranteas oficinas de produçãooferecidas no curso

EXPECTATIVAS -A mala simbolizou o quetrouxemos para contribuir e o quelevamos para partilhar

UM NOVO OLHAR

Durante o curso, os participantestiveram noção de todo o processode produção gráfica da revista

Descontração e alegriamarcaram os momentosde refeição

ENQUADRAMENTO

SINTONIA

OS “NÓS” DA LÍNGUA

OS “INTEGRADOS”

Destaque

14junho 2007integr çãoa

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dia 19 de março de 2007, diade São José, foi um dia espe-cial para o COLÉGIO MADRECARMEN SALLÉS, de Brasília.

Com a celebração Eucarística deu-se a abertura oficial do ano letivo de2007 e a ação de graças pela inaugu-ração dos novos espaços de amplia-ção do “CARMEN SALLÉS”.

O momento foi marcado pela pre-sença dos alunos, Irmãs de várias co-munidades, familiares dos educandos,educadores e convidados.

No final da celebração, que ocor-reu no anfiteatro Madre CarmenSallés, alunos de várias séries, ao somdo Hino da Beatificação, foram sedeslocando dos quatro cantos do pá-

espaçosAmpliando

tio para o centro do mesmo com ba-lões de gás, branco e azul. Concen-trando-se no centro do pátio soltaramos balões, como um hino de louvor ede gratidão a Deus por mais uma eta-pa de crescimento.

O 2º Momento da celebração ocor-reu em frente ao portão de acesso aonovo espaço, com as palavras deIRMÃ VERA COSTA MILANI, superio-ra Provincial que desamarrando umafita, abriu o novo espaço à comunida-de educativa. O momento foi de gran-de emoção e todos puderam apreciara beleza e as obras afixadas em trêsgrandes painéis, um representandoCarmen Sallés com crianças no pátioda escola, o outro representando a

Uma obra deAmor,Uma obra deCarmen Sallés

expansão da congregação no mun-do e um terceiro, com imagens dediversos pontos significativos deBrasília, obras do artista plásticoPaulino Aversa.

A entrada no novo saguão foiacompanhada pela Banda do colé-gio que também apresentou o Hinoda Beatificação de Madre CarmenSallés “Adelante”.

Uma banda formada por alunosdo Ensino Médio recepcionava osconvidados ao som de uma músicaclássica.

Continua

Destaque

oHá muitas formasHá muitas formasHá muitas formasHá muitas formasHá muitas formasde louvar ede louvar ede louvar ede louvar ede louvar eagradecer. Unir-seagradecer. Unir-seagradecer. Unir-seagradecer. Unir-seagradecer. Unir-seno centro do pátio eno centro do pátio eno centro do pátio eno centro do pátio eno centro do pátio esoltar balões de gássoltar balões de gássoltar balões de gássoltar balões de gássoltar balões de gásfoi a formafoi a formafoi a formafoi a formafoi a formaescolhida eescolhida eescolhida eescolhida eescolhida eapresentada por umapresentada por umapresentada por umapresentada por umapresentada por umgrupo de alunos.grupo de alunos.grupo de alunos.grupo de alunos.grupo de alunos.

16junho 2007integr çãoa

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Destaque

18junho 2007integr çãoa

Alunos da Educação Infantil acompanha-dos por suas professoras Gyanne eLourdinha, desejaram a todos que o novoespaço proporcione momentos de alegria,harmonia e aprendizagens.

A música tem, ainda, o dom de aproxi-mar as pessoas. Na certeza de construirunidade, solidariedade e compromisso, umgrupo de alunos, representando o EnsinoMédio, entoou de forma brilhante, o Hinoà Amazônia.

Um grupo de alunos, representando oSegmento 2 – 2º ano até 4ª série fez suashomenagens ao colégio com uma dança,através da qual quis prestar sua homena-gem a Maria, inspiradora do Carisma Con-cepcionista.

Irmãs, Familiares, professores, funcioná-rios, alunos e convidados concluíram a ce-lebração num ambiente de paz, de alegriae de satisfação ao experimentarem a cer-teza de que por trás da obra está o sonho depromoção do BEM, do AMOR e de que cadaEDUCANDO do “MADRE CARMEN SALLÉS”seja uma pessoa cada vez melhor.

Por trás da obra está o sonho depromoção do bem, do amor e deque cada educando seja umapessoa cada vez melhor

Destaque

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Pastoral

uando acontecem certas coisas quenão entendemos bem, paramospara refletir. Por que aconteceu isto?Por que eu reagi assim? Como eupoderia ter feito para obter um re-

sultado melhor? As respostas que encontra-mos podem não ser as melhores, mas devemser as nossas melhores respostas. Isso nos pos-sibilitará agir e conseguir resultados maissatisfatórios da próxima vez.

Do que estou falando? De uma Escola emPastoral. Do significado que tem para mim“Uma Escola em Pastoral”. Vou falar um poucodisso.

Em uma Escola em Pastoral, todos são “Pas-tores”, irmãs, diretora, coordenadores, orien-tadores, professores, funcionários, cuja funçãoé reunir as ovelhas e encaminhá-las,evangelizá-las. As ovelhas são os alunos. UmaEscola em Pastoral extrapola, foge às compe-tências diárias ou às atribuições do cargo oufunção que cada um desempenha. Está aci-ma disso, exige que se vá além. A dimensãoé outra.

Só pode ir além quem entra e abraça amissão. Eu quero? Então conte comigo. Vaipelo caminho da entrega, da doação, do com-

promisso de fé. Se trabalho só pela remune-ração, se venho à escola só para cumprir meutrabalho, se tudo que se faz aqui não me dizrespeito além disso, então não posso levar aescola em pastoral. Para assumir o compro-misso com uma Escola em Pastoral precisa-seter um vínculo com a missão, com a busca dacomunhão e unidade, pra que se cumpra oque Jesus reza ao Pai “que todos sejam um”(Jo, 17, 25).

Somos passageiros, uns vão, outros vem.Esta é nossa oportunidade de fazer algumacoisa para melhorar a sociedade, recuperaros valores do Reino, a reconciliação com oprojeto divino.

Uma Escola em Pastoral não é um projetohumano, é um Projeto de Deus, transcende odeterminismo das práticas condicionadas im-postas à inflexibilidade pedagógica e existen-cial, à inveja, aos egoísmos, aos sentimentosde onipotência das pessoas, de nós, seres hu-manos. Coisas que nos fazem prisioneiros denós mesmos. Se estou “condicionado”, sófaço o que está escrito, detalhadamente pla-nejado, não corro riscos. Não sou chamadode “do contra”, não faço críticas. Sou solidá-rio. É a isto que se chama solidariedade?

Vem-me uma analogia: “Eu cavei um poçoe saiu petróleo. Eu esperava só água. Tapo opoço porque não tenho instrumentos para li-dar com isto.” Não poder contar com outraspessoas, não ter ajuda colaboração, não mepermitirá trilhar por este caminho que é novo,em certo sentido desconhecido, e até mesmoimprevisível. Exige olhos e ouvidos mais aten-tos e sentido de gratuidade, ou seja, extrapolarsentimentos egocêntricos para entrar no pla-no da transcendência, dos verdadeiros valoreshumano-cristãos.

Esta foi minha reflexão, iniciada no retiropreparatório para a Páscoa e que me acom-panha no meu dia a dia.

JussaraCoordenadora Pedagógica do Seg. 3do Colégio Madre Carmen Sallés - Brasília

Escola em PastoralComo entendo uma

QUma Escola em

Pastoral extrapola,

foge às

competências

diárias ou às

atribuições do

cargo ou função

que cada um

desempenha.

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Pastoral

2120junho 2007integr çãoa

que alegria!Que prazer,O privilégio de participar

do Encontro da Juventude

com o Papa Bento XVI

Destaque

ncontrar-se com uma outrapessoa é sempre uma riqueza,uma troca, uma possibilidadede dar-se a conhecer e, tam-

bém, de se deixar encantar com umpouco da beleza do outro.

Com muita alegria, recebemos, nanossa cidade de São Paulo, a visitado Santo Padre, o Papa Bento XVI,que, de 9 a 13 de maio, esteve pertode nós por motivo da sua visita pasto-ral à América Latina.

Nesse período cheio de compromis-sos, a juventude ganhou um tempo eum carinho especial. O Papa destinouum fim de tarde e uma noite para umencontro com pessoas vindas de dife-rentes partes do mundo.

”Desejei ardentemente encon-trar-me convosco nessa minha pri-meira viagem à América Latina...Ontem, pela tarde, ao sobrevoar oterritório brasileiro, pensava jáneste nosso encontro...”, disse ele,ao iniciar a sua conversa com a ju-ventude.

Esse momento aconteceu na tar-de do dia 10 de maio, no estádio doPacaembu e contou com a presen-ça de milhares de jovens que, commuita disposição e alegria, desde ce-

do, aguardavam, no local, a sua che-gada.

Os convites do evento foramcuidadosamente distribuídos às con-gregações, comunidades e movimen-tos de todo o mundo e nosso Colé-gio Maria Imaculada teve a opor-tunidade de participar com uma sig-nificativa quantidade de pessoas.Vinte Alunos, acompanhados pe-la equipe de pastoral, foram cha-mados para contribuir, como vo-luntários, na organização, para re-ceber os ingressos, verificar as fai-xas, recolher objetos perigosos e,também, dar informações aos parti-cipantes.

Trabalharam ao longo de todo odia, e conheceram pessoas do Brasil

e da América Latina e trocaram ex-periências com elas.

No fim da tarde, deixaram seus tra-balhos para formar um grande cor-dão humano ao redor do local poronde passou o papa-móvel. Ficarampertinho do Santo Padre e se emoci-onaram.

Cristiana Periscinoto, do 1º anodo Ensino Médio partilha que “ser vo-luntária nesse evento no Pacaembufoi simplesmente maravilhoso. Podercolaborar nele e ajudar às pessoas mefez sentir muito bem. Todo o traba-lho e todo o frio que passamos no dia

e

Continua

Destaque

Credencial de acesso ao eventoCRÉDITO DAS FOTOS DESTA PÁGINA: JOÃO RANGEL, DOUGLASMANSUR, EDUARDO ZAPPIA E JOSÉ CORDEIRO.

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Pastoral

2322junho 2007integr çãoa

Manhã de Convivência

23

Manhã de Convivência

que pré-adolescentes, tão acostumadosà tela do computador ou às vitrinas dosshoppings, contemplassem as cores deuma pequena borboleta; observassem ossaltos dos micos e brincassem com osquatis que ficam à espera de sobras doslanches.

Assim, compreendemos, de formaconcreta, o relato da criação: “Deus viuque isso era bom” (Gn 1,9). Está em nos-sas mãos, como criaturas feitas à ima-gem e semelhança Dele, o cuidado coma criação.

“Deus criador,

despertai em nós o

respeito e a

admiração pela obra

que vossa mão

entregou

aos nossos

cuidados.”(Trecho da Oração da CF/07)

o dia 04 de abril, os alunosda 5ª e 6ª séries do ColégioRegina Pacis participaram deuma manhã de reflexão e

convivência organizada pelo Setor de Pas-toral.

Com o objetivo de ajudar os alunosno aprofundamento do tema da Campa-nha da Fraternidade: Fraternidade eAmazônia e lema: Vida e missão nestechão, visitamos o Parque das Manga-beiras, para percebermos a importânciada preservação da natureza, pois somosparte do grande planeta terra e devemoscuidar para que todos tenham condiçõesde vida.

Conhecer para preservar é um dosobjetivos da CF/07. Como preservar avida e a natureza que estão perto de nós?Para ajudar os alunos nessa proposta, fi-zemos uma caminhada ecológica comum roteiro de observação. Conseguimos

n

Ione Maria SilvaCoordenadora PastoralColégio Regina Pacis - BH

foram recompensados quando pude-mos ver o Papa bem de pertinho eouvir a bela mensagem que ele nostrouxe. O momento em que ele nosdisse que gostaria de dar um abraçoem cada um de nós foi, certamente,o mais emocionante das palavras queele nos disse, pois podíamos sentir esseabraço. Esse dia ficará, para sempre,marcado em minha vida.”

Patrick Seixas Lupinacci, do 2ºano do Ensino Médio, comenta que,desde que avisaram pelo microfoneque Bento XVI já estava próximo aoestádio, ele e seus colegas ficaramnuma expectativa enorme para vê-lo.Poder estar bem perto dele, ouvir suamensagem e a partilha de outros jo-vens que falaram no microfone sobreseus trabalhos pastorais e sociais peloBrasil foi inesquecível.

“Fazer o cordão humano com maisde mil voluntários, ver bem à minhafrente o aceno e o sorriso de BentoXVI do papa-móvel, cantar e rezar commais de 40mil pessoas, formando ape-nas uma voz e ouvir diretamente as

palavras sábias do Papa são coisasque só quem teve a oportunidade depresenciar tudo isso sabe o que eudigo. Uma sensação indescritível, umaenergia, uma boa vibração que ja-mais vi igual”, relata JulianaSganzella Bambini, do 3ºano doEnsino Médio.

Foi uma grande experiência paratodos/as nós participar desse eventoe deixar-nos inquietar pelas palavrasdo nosso pastor que nos chamava adilatar sempre mais o nosso coração

para que nele caiba mais amor, soli-dariedade, bondade e um maior com-promisso com um novo futuro.

Desejamos que a memória desseencontro seja uma deliciosa lembran-ça da vida partilhada e da presençado Ressuscitado a arder em nosso co-ração e a nos empurrar para frente,em direção ao nosso sonho de Igrejae de sociedade.

Equipe de PastoralColégio Maria Imaculada – São Paulo

Os voluntários fizeram um “cordão humano” noEstadio do Pacaembu, em SP

Alunos e professores do CMI-SP que trabalharam como voluntários no Encontro

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Pastoral

2524junho 2007integr çãoa

om a abertura da C.F. 2007, de ma-nhã, pelos alunos da 8ª série e àtarde, pelos das 4ªs séries, iniciamosa quaresma unidos às solicitações

da Igreja, explicitadas pelo tema a C.F.Fraternidade e Amazônia. Os alunos puderamconhecer e entender o que acontece na natu-reza, assim como preservá-la e recuperar oslocais onde ela foi destruída.

Foi com este objetivo e se preparando paraa Páscoa que os alunos do Pré a 4ª série, comuma garrafa cortada em forma de vaso, comterra e três sementes de girassol, durante ummês, trocaram e cuidaram do vaso uns dosoutros.

Foi muito interessante ver as crianças nahora do recreio, algumas iam comer o seulanche ao lado da plantinha para colocar águae conversar com ela. Outros diziam: “a gente

c

O girassol está

sempre voltado

para o sol, como

nós também

devemos nos

voltar para Jesus,

sol de nossa vida.

da 4ª série fizeram a encenação dapassagem bíblica.

A manhã de reflexão dos alunos de5ª a 8ª série foi no dia 03 de abril e otema foi: O Mistério Pascal de Cristo(Paixão, Morte e Ressurreição). Depoisde momentos de reflexão e dinâmicas,cada turma ficou responsável por ana-lisar, entender o significado e prepa-rar uma apresentação dos momentosespeciais da semana santa, o que fi-cou assim distribuído:

5ªs séries A e B – Domingo de Ra-mos6ªs séries A e B – 5ª feira-santa(lava-pés e a última ceia)7ªs séries A e B - 6ª feira-santa (pai-xão e morte de Jesus)8ª série – Ressurreição

O trabalho desenvolvido favoreceua todos a internalização do verdadeirosentido da Páscoa, que é VIDA NOVA,CRISTO RESSUSCITOU PARA NOSSALVAR. Todos os alunos viveram es-ses momentos com muita intensidadee levaram essa alegria pascal para seusfamiliares.

Páscoatem que conversar com a plantinha para queela nasça e fique bonita”. Foi gratificante vê-los acompanhar a morte da sementinha paranascer uma nova vida – a plantinha.

Foi escolhido o girassol por ser um símboloda Páscoa – o girassol está sempre voltadopara o sol, como nós também devemos nosvoltar para Jesus, sol de nossa vida.

No dia 04 de abril foi a culminância dessaatividade, quando realizamos o encontrinhocom o seguinte tema: Mistério Pascal de Cris-to e o valor “Respeito”. Neste dia, além deoutras dinâmicas e atividades, os alunos fize-ram a partilha da experiência do plantar e cui-dar da plantinha do outro, além de trocarementre si os vasos e os cartões confeccionadospor eles.

Neste ano, Ressurreição – Vida Nova foi otema mais trabalhado. Sobre o qual os alunos

Páscoa é a festa central de nossafé. É a vitória da vida sobre amorte, da fraternidade sobre oegoísmo... Vencendo a morte, Je-

sus nos mostrou a essência da vida. E paracelebrarmos este grande mistério, a equipede pastoral do Colégio Regina Pacis prepa-rou momentos para as diversas faixas etáriasdos alunos.

A comunidade educativa do Regina Pacis(Irmãs, educadores e funcionários) celebrou a Páscoa, no dia 09/04/07. Diaespecial, pois além da Páscoa, comemoramos o aniversário de Carmen Sallés.

No dia 12/04/07, as crianças da Educação Infantil vivenciaram, na mesa dapalavra e na partilha do pão, o verdadeiro sentido da Vida Nova. Na ternurae meiguice própria dos pequenos, ficamos emocionados com a dramatizaçãoque apresentaram do texto da aparição de Jesus a Maria Madalena.

Com muita vibração, nos cantos que foram bem ensaiados pelo professorde Ensino Religioso – Aldo - e, no espírito de alegria, os alunos da 3ª e 4ªséries participaram de uma bonita celebração eucarística. Para os alunos da1ª e 2ª séries, realizamos uma celebração ao redor de um “altar” feito nochão, com símbolos da Páscoa e da realidade amazônica.

Para os alunos de 5ª série ao Ensino Médio, programamos celebraçõeseucarísticas por turmas. Todos estão sendo preparados para viver este mo-mento de fé com alegria e respeito.

Acreditamos que esses momentos de fé alimentam a nossa vida e nosfortalece para a missão educativa: Educar evangelizando e Evangelizar edu-cando.

Contamos com a presença do nosso pároco e assistente espiritual do Colé-gio, Padre Nivaldo, para presidir as celebrações.

“A Paz esteja com vocês” é o nosso desejo de Páscoa.

Ione Maria SilvaCoordenadora Pastoral - Colégio Regina Pacis - BH

A Vitória daRessurreição de Cristo!Ressurreição da Vida!

VIDA

a

Setor PastoralCentro Educacional Recanto BetâniaEmbu-Guaçu - SP

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CF 2007

26junho 2007integr çãoa

desumano e anti-ecológico; o olharcientífico sem compromisso: que nãorespeita a biodiversidade e a cadeiaecológica. E nós? Qual é o nosso olharpara a Amazônia? Será que estamosfechando os olhos para este grandepresente de Deus para o Brasil e parao mundo? O que podemos fazer pelaAmazônia, daqui, de onde estamos?

A única resposta que podemos dara estas perguntas é que através do co-nhecimento e da educação, podemosfazer com que as pessoas respeitemos direitos umas das outras, respeitema obra da criação de Deus, para queDeus possa repetir o que sentiu aocompletar a obra da criação no sextodia: Livro de Gênesis.

Deus criou o homem e a mulher àsua imagem, os abençoou e disse:Sede fecundos, multiplicai-vos, encheia terra e a submetei; dominai sobreos peixes do mar, as aves do céu etodos os animais que rastejam sobrea terra. Eu vos dou todas as ervas quedão semente, que estão sobre a su-perfície da terra e todas as árvores que

Amazôn iaUm olhar

Amazônia ganhou desta-que na celebração deabertura do ano letivo noColégio Imaculada Con-

ceição de Machado na encenaçãopreparada pela professora de educa-ção Física, Mariza Barros Dias e apre-sentada pelos alunos que representa-ram os índios e N. Senhora, Mãe detodos os povos.

Durante a apresentação foi recor-dada a lenda amazônica da Vitória-Régia. Segundo a lenda, a frase Xerinisen toriba resé, foi dita por CunhãNaiá, uma jovem indiazinha da Ama-zônia, quando mergulhou nas águasde um igarapé que refletiam a ima-gem da lua, para realizar o seu gran-de sonho de ser uma estrela e assim

feito Estufa, Chuva ácida,Camada de ozônio, poluiçãoda água, do ar, Amazônia eoutros foram assuntos trata-dos na palestra ministrada por

Francisco Romanelli, no dia 03 demarço e assistida pelos alunos da 1ª,2ª e 3ª séries do Ensino Médio e 8ª

série do Ensino Fundamental do CICde Machado, que ficaram assusta-dos com tantos dados alarmantessobre o Planeta Terra.

Parece incrível, mas o efeito es-tufa é benéfico à Terra. Ele é umfenômeno natural – e necessário –para manter o planeta aquecido. Osgases presentes na atmosfera absor-vem radiação e a enviam em diver-sas direções. É por causa desse pro-cesso que a temperatura média daTerra se mantém em torno de 15graus Celsius. O problema é quandoo efeito estufa é intensificado peloexcesso de alguns gases, como oCO

2 (o gás que mais contribui). Nes-

se caso, o aquecimento global au-menta mais do que deveria e causaas mudanças climáticas.

As mudanças climáticas fora daépoca afetam, cada vez mais, a nos-sa vida. O mundo inteiro estuda for-mas de reduzir a emissão de CO

2,

num processo conhecido como se-qüestro de gás carbônico.

Não há mais dúvida de que ohomem é o responsável pelas alte-rações que o clima do planeta so-

freu nos últimos 50 anos. O fantas-ma do aquecimento global ronda ahumanidade: nos últimos 150 anos,despejamos na atmosfera um volu-me sem precedentes de gases quepromovem o efeito estufa, aumen-tando, pouco a pouco, a tempera-tura do planeta. Esse processo podese tornar irreversível se nada for fei-to para contê-lo.

Atualmente, mais de 1 bilhão depessoas no mundo não têm acessoà água potável. Se mantivermos osníveis atuais de consumo, em 2025,duas em cada três pessoas sofrerãocom a falta de água de boa quali-dade.

Áreas que atualmente sofremcom a falta de chuvas se tornarãoainda mais secas, aumentando o ris-co de fome e doenças no mundo. Omundo enfrentará também ameaçascrescentes de enchentes, tempesta-des e erosão. Em alguns países, aprodução alimentícia cairá pela me-tade.

É preciso haver logo umaconscientização da população mun-dial para que ainda se possa fazeralgo. É uma luta contra o tempo,como se uma “bomba de tempo”estivesse ativada, correndo o riscode explodir a qualquer momento.

Ana Lúcia Ribeiro BastosProfessora de Química Ensino Mé-dio– CIC/Machado-MG

viver para sempre perto de Iaci (luaem Tupi). Iaci teve piedade de Naiá ea transformou na mais bela plantaaquática que existe: a Vitória-Régia, amais bela estrela que existe nas águasbrasileiras e que enfeita e perfuma anoite.

A tradição cristã, também traz navoz de uma jovem judia esta frase:“Minha alma engrandece o Senhor,e meu espírito exulta em Deus meuSalvador”. (Evangelho de São Lucas1,46). Este cântico de Maria, mãe deJesus, revelando a sua prima Isabel queela estava “Cheia de Alegria”, entre-ga para sempre a todos nós a maisbela estrela que existe. Esta Stela Ma-tutina, primeira luz a brilhar quando anoite começa, consolo e conforto para

CF 2007

os que acreditam, é Maria, a mãe deJesus, assumindo o seu compromissode amor de ser a mãe do Salvador.Maria é chamada de Régia, ela é aRegina Coeli, que em latim quer di-zer, rainha do Céu: uma flor que bri-lha como a lua na noite da nossa vida.

Talvez para nós de Minas Gerais,a realidade da Amazônia pareça mui-to distante geograficamente e até ina-tingível pela realidade da floresta. Masenquanto nós aqui do Brasil perma-necemos indiferentes e despreocupa-dos, o mundo todo já voltou o seuolhar para a Amazônia. E existem di-versos tipos de olhares sobre a Ama-zônia; – o olhar capitalista: destrui-dor e desumano; o olhar dominador:cruel e posseiro; o olhar explorador:

dão frutos, que dão semente: isso serávosso alimento. Deus viu tudo o quetinha feito; e era muito bom. Houveuma tarde e uma manhã: sexto dia”.

Se conhecermos os nossos direitos,e os direitos de outros povos e pesso-as, poderemos viver juntos em paz.Conhecer quem nos criou e com qualfinalidade, e para qual missão; sabero nosso compromisso fraterno e soli-dário para a construção do Reino eainda sabermos para onde caminha-mos e a quem iremos nós. Vamos, apedido de Deus, dominar com cari-nho e amor a natureza que Ele crioue viu que era muito boa.

CIC - Machado MG

a

sobre a

Efeito Estufa

Profª Ana Lúcia faz aberturada palestra

Alunos assistindo a slides sobreas condições de vida na Terra

E

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CF 2007

28junho 2007integr çãoa

omos sabedores que a Campanha da Fraternidade éuma proposta evangelizadora de mobilização da so-ciedade e das Igrejas em preparação para a Páscoa.Neste ano, Fraternidade e Amazônia foi o tema es-

colhido e o lema, Vida e missão neste chão.Em solidariedade aos povos da Amazônia: indígenas,

ribeirinhos, pescadores, lavradores e todos aqueles que dãoe deram suas vidas em defesa da natureza, como ChicoMendes e Irmã Doroth Stang, estamos unidos e nos en-contramos como comunidade educativa: Irmãs, alunos eprofessores, celebrando, em nome da unidade desejada eda dignidade vivida, um compromisso de cuidado, zelo epreservação da vida. Vida que é interrompida a cada se-gundo naquela região. Lembrando que tudo nos é dadopor Deus, segundo o livro sagrado no Gênesis, cap.1, 11e12:Então disse Deus: “A terra faça brotar vegetação: plantas,que dêem fruto sobre a terra, tendo em si a semente desua espécie”. E assim se fez. A terra produziu vegetação:plantas, que dão a semente de sua espécie, e árvores,que dão fruto com a semente de sua espécie. E Deus viuque era bom.

Assim também a maior floresta tropical do mundo, ondese concentram 60% de todas as formas de vida do plane-ta, das quais apenas 30% são conhecidas cientificamen-te, possui a maior bacia fluvial e o maior rio em volumed’água, além do maior arquipélago fluviomarinho, entre-tanto detém um incalculável número de problemas causa-dos pelo ser humano: contra o meio ambiente, contra aecologia e contra o próprio homem. Nós devemos semeare cuidar para colher bons frutos, logo estaremos valorizan-

do toda a vida existente neste paraíso tropical. Não pode-mos ficar em silêncio diante dos crimes ambientais e so-ciais: desmatamentos; queimadas e derrubadas; vendasilegais de animais silvestres, àrvores, folhas, cascas; indí-genas perturbados, agredidos, desagregados e doentes.

Faça você também a sua parte: leia, pesquise, discuta,crie iniciativas, promova a conscientização como nós aqui doCMIRJ. Estamos fazendo, antes que seja tarde demais.

Sheyla CotilhaCoordenadora do Setor de Pastoral do CMI RIO

ambém no Centro Educacional Recanto Betânia,os alunos da 8ª série, fizeram a abertura da C.F.2007, em forma de conscientização de que a pre-servação da Amazônia e da natureza é respon-

sabilidade de cada um de nós.Na apresentação, foi mostrada a todos a natureza bela

e linda, como são belas e formosas as flores e árvores;como são belos os rios e animais. Foram mostrados tam-bém os danos e prejuízos que a ação humana pode cau-sar. Como fica triste, frio, morto, quando se cortam asárvores, quando se arrancam as flores, quando se matamos animais ou se poluem os rios...

Mas, apesar de mostrar tanta tristeza, o mais impor-tante é a mensagem que a 8ª série passou a todos: AIN-DA TEMOS ESPERANÇA!

Noemi dos Santos SilvaAluna da 8ª série - Recanto Betânia

Botando a boca no

OBORÉ

s t

Oboré é uma corneta que os índios Tupís usam para convocar os integrantes datribo para uma reunião que resulta em uma luta em legítima defesa da vida

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SantoCANONIZAÇÃO:

er considerado santo ou santa... O que signifi-ca? Que importância tem?

Espiritualmente, não tem importância nenhuma, não sig-nifica NADA, pois na glória eterna todos estão “de vestesbrancas ante o Cordeiro” (cf. Apoc, 4, 1ss). Humanamente,significa ser reconhecido pelos homens como nobre, virtuoso,

SANTO e implica uma posição significativa de exemplo paratodos nós, como aquele ou aquela que viveu heroicamente, quesoube realizar a vontade de Deus em todos os momentos, com

nobreza, dignidade, fervor. Traz consigo o re-conhecimento dos homens: com estátuas,imagens, igrejas, capelas, cidades, ruas, no-mes de pessoas etc. etc. dedicados ao san-

to/a; centenas, milhares de pessoas acredi-tam em seu poder, em sua intercessão diante

de Deus: um intermediário, um intercessor...Como se chega a “santo”? Simples, mas

não tanto...Os que amam e se interessam pelo prestí-

gio da pessoa que, em vida, deixou rastros de

s

Ser

de “altar”SER SANTO É UM CHAMADO

DE DEUS A TODO BATIZADO.

É SER FIEL, NO SEU DIA A DIA,

AOS ENSINAMENTOS DO

SENHOR, É VIVER A BONDADE E

O AMOR SEM CONDIÇÕES.

29

Cont

inua

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no Céu, gozando da alegria eternana presença de Deus e marcou comodia de sua festa o seis de dezembro.

Assim, reconhecia o carisma quea envolveu na terra e foi transmitidoa gerações e gerações de Concep-cionistas, que o levam ao mundo in-teiro. Reconhecia que ela soubeAMAR, PERDOAR, DOAR-SE, acredi-tando que um Deus infinitamente sá-bio e poderoso se vale da pequenezde suas criaturas, para a fortificaçãode seu Reino. E elogia sua confiançailimitada na Mãe de Deus, no misté-rio de sua Imaculada Conceição. Mui-tos representantes da família concep-cionista no Brasil estiveram lá presen-tes, participando dessa solenidade etodos os colégios concepcionistasacompanharam, vibraram, viveramintensamente estes momentos, an-tes, quando e depois da beatificação.

Agora, certamente, o Papa Bento XVI confirmará tudoisto, CANONIZANDO-a para que a aclamemos como SAN-TA CARMEN SALLÉS. Todo um processo foi feito para abeatificação: o milagre de Madre Carmen realizado naEspanha, em favor de uma irmã concepcionista, a Ir.Amélia Román; tudo foi explicado e vivido na época dabeatificação. Outra fase do processo foi a fase dacanonização: vários milagres e graças alcançadas foramanalisados, mas um fato foi selecionado, por ser mais con-vincente, por ter documentos médicos comprobatórios desua realidade: o da menina Maria Isabel de Melo Gardelli,então aluna do Colégio Maria Imaculada de São Paulo,que, na época do possível milagre – no ano 2000 - estavano curso Infantil e tinha três anos. E como este fato sepassou em São Paulo, foi então nesta cidade que, duran-te o mês de janeiro de 2007, se realizou a primeira fasedo Processo de Canonização. Foi instaurado um Tribunalpara julgar o valor da cura da menina, considerada extra-ordinária e se isso poderia ser um possível milagre. O Tri-bunal formado pelo Exmo. e Rvmo. Manuel Parrado Carral,Bispo e Administrador Apostólico da Arquidiocese de SãoPaulo o Rvdo. José Augusto Schramm Brasil, Juiz Delega-do, o Rvdo. Padre Frei Tomé Maria Braga César Mine,Promotor de Justiça, Médicos Peritos e o Postulador deRoma que – nesse caso, por estar enfermo, delegou afunção a Irmã Asunción Valls y Salip, vice-postuladora dacausa. Ela veio da Espanha especialmente para substituí-lo – ouviu testemunhas variadas: médicos, familiares dacriança curada, professores, amigos deram seu parecer.Tudo foi lavrado em Atas que, junto com o relatório dosmédicos que a trataram na época e os atuais, foram devi-damente lacrados e levados, pessoalmente por IrmãAsunción Vals y Salip a Roma... Estão lá sendo estudadospor uma Comissão que dará seu Parecer; este será enca-minhado a outra Comissão (todas, de pessoas idôneas e

tituladas da Igreja Romana) e aoutro Tribunal e, só então, serádado o resultado do julgamento:aprovado como milagre ou...

E nossa certeza é que – termi-nada a parte burocrática, mas ne-cessária deste processo– teremosa alegria de comunicar a todos,ao mundo inteiro – por que não?– que MADRE CARMEN SALLÉSserá confirmada como SANTACARMEN SALLÉS, no dia X, domês X do ano... o mais próximopossível.

Nós sabemos que ela é espe-cial, que vela por cada um dosmembros da grande família con-cepcionista presente em váriospaíses, especialmente, a famíliabrasileira, a primeira a ser consti-tuída fora da Espanha... E aqui noBrasil, Madre Carmen Sallés, sem-pre, desde o primeiro momentodas Concepcionistas em solo bra-sileiro, teve uma grande acolhidano coração de todos e, aclamadapublicamente como SANTA ounão, ela sempre será “santa” emnossos corações.

Maria Pilar de VasconcellosSede Provincial - São Paulo- SP

virtudes, levam a Roma o pedidopara que as virtudes daquela pes-soa sejam reconhecidas... E esta-belece-se um Processo, chama-do de Canonização, com três eta-pas: reconhecimento das virtudes,beatificação, canonização.

Pode levar muitos e muitosanos ou não, dependendo de mui-tas causas e coisas, pois se requerum trabalho minucioso de pesqui-sa da vida do “candidato ao tí-tulo”, de ambas as partes: dos queapresentam a causa e dos que arecebem, ou seja: os “amigos” docandidato montam um processocom a vida da pessoa, sobretudofocalizando suas virtudes, os donsrecebidos que foram postos a ser-viço do Reino de Deus, provas desua santidade, milagres e graçasalcançadas. Em Roma, um grupode peritos da Igreja vai pesquisar

para ver se aquelas informações são verdadeiras ou ape-nas criadas pela imaginação popular, afeto e amizadedas pessoas envolvidas. Vendo que é tudo verdade, a Igreja,em Roma, declara que aquela pessoa teve e viveu tais etais virtudes. Em seguida, inicia-se o Processo de Beatifi-cação, provando a veracidade científica de, pelo menos,um milagre, que será estudado, minuciosamente, peloTribunal formado na Santa Sé. E terceiro passo, depois dabeatificação é a comprovação também científica e minu-ciosa de um outro milagre, diferente daquele que serviupara a beatificação. Só então, depois de muita compro-vação e provas, a Igreja proclama que aquela pessoa podeser venerada por todos como Santo ou Santa...

Ao longo da história muitas pessoas viveram de formasanta. Alguns têm essa santidade reconhecida oficialmen-te pela Igreja e se tornam “santo de altar”. Só no séculoXXI já assistimos várias beatificações e canonizações. Umabem recente e que aconteceu em São Paulo – Brasil foi acanonização do Santo Antonio de Sant´ana Galvão, o FreiGalvão, nosso primeiro santo brasileiro. Que ele intercedapelas famílias e por nós.

Carmen Sallés, a Fundadora das Irmãs Concepcionis-tas Missionárias do Ensino está em processo decanonização. Ela está prestes a ser conhecida e chamadade SANTA CARMEN SALLÉS.

Carmen Sallés, impulsionada pelo dom do Espírito, sou-be perceber as necessidades de seu tempo e definir aeducação como o meio de difundir a mensagem evangé-lica, procurando que todos conheçam a Cristo. Fundou acongregação das Irmãs Concepcionistas Missionárias doEnsino, na Espanha e abriu vários colégios para educarcrianças e jovens. E, conforme seu desejo, após sua mor-te, a congregação se expandiu pelo mundo. Hoje estápresente em 14 países. O primeiro a receber as irmãsconcepcionistas foi o Brasil em 1912.

Em dezembro de 1996, a Igreja, através do papa JoãoPaulo II, reconheceu a heroicidadedas virtudes de Carmen Sallés: mu-lher de coragem, de fé, de esperan-ça e de amor, obediente, pobre,casta e humilde foi admirável por suaprudência, justiça, fortaleza e tem-perança; deixou rastros de confian-ça ilimitada na intercessão da Ima-culada Conceição, na eficiência daProvidência Divina, no respeito eamor à Igreja, na vivência da ora-ção, da Eucaristia, na certeza de queeducar é prevenir e dedicou-se devida, alma e coração à educação dainfância e juventude...

Em 1998, no dia quinze de mar-ço, o Papa João Paulo II, em solenecerimônia na Basílica de São Pedro,em Roma, disse ao mundo todo queela merecia ser aclamada comoBem-aventurada (Beata), que está

AO LONGO DA HISTÓRIA MUITAS

PESSOAS VIVERAM DE FORMA SANTA.

ALGUNS TÊM ESSA SANTIDADE

RECONHECIDA OFICIALMENTE PELA

IGREJA E SE TORNAM “SANTO DE ALTAR”

31

Momento emque o ProcessoDiocesano foilacrado para serenviado à Roma

D. ManuelParrado Carral,Bispo Auxiliarda RegiãoEpiscopal Sé,com MariaIsabel e suamãe, RenataGomes de Melo.

Espiritualidade

30junho 2007integr çãoa

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Espiritualidade

32junho 2007integr çãoa

UM MILAGREde Madre Carmen Sallés

ébora é filha do Sr. Isaías Pe-droso de Oliveira e KátiaTubias de Oliveira. É a segun-da de quatro filhos.

Quem faz o relato de toda a traje-tória da doença enfrentada por Dé-bora é seu pai Isaías.

“Tudo começou com duas bolas nobraço. Eu a levei para o hospital doPenteado e depois ela foi encaminha-da para Embu Guaçu. O fêmur estavaquebrado e remontou um no outro,depois apareceu uma parte trincadana testa, os dentes antes mesmo denascerem, quebraram todos, perdeua audição e a visão do lado esquerdo.Depois, foi encaminhada para Itape-cerica da Serra e de lá quase fui pre-so, pois pensaram que eu espancavaa criança. Nesse tempo ela já tinha12 fraturas no corpo.

Um dos médicos olhou as radiogra-fias e disse que não tinha nada de

espancamento, que o problema daDébora era de “OSTEOGENESEIMPERFECTA”, que é conhecida comoa doença de ossos de vidro.

Débora foi engessada do estôma-go até a ponta dos pés e com umatrava entre as duas pernas. Todas asvezes que eu trocava a fralda dela, elachorava, pensei que fosse assadura de-vido a diarréia que era constante. Nãoconseguia respirar e vomitava toda acomida que comia, ficando muito pá-lida. Quando tiraram o gesso estavacom uma ferida bem grande nas costase via-se os ossos. O braço começou aentortar e foi quebrado em 04 partes.

Todos os médicos diziam que elanão tinha chance de viver, que tinhapouco tempo de vida.

Em uma das vezes que eu estavana ambulância com minha filha, en-contrei-me com Dona Toninha, quecolocou a medalha de Madre Carmen

no peito de Débora e disse: tenha féque a Madre Carmen vai fazer ummilagre em sua filha. E aí graças aDeus, depois que comecei a colocara medalha, ela começou a melhorare sarou completamente.

O médico disse que quem tem essadoença não vive ou fica o resto davida numa cadeira de rodas. Eu atéganhei uma para Débora, mas doeipara outra pessoa.

Praticamente não levo mais Débo-ra ao médico e a última vez que alevei, o médico disse para eu continu-ar fazendo o que sempre fiz: COLO-CAR MINHA FÉ EM AÇÃO, porqueela não tem mais sinal da doença.

Hoje Débora brinca muito e de to-dos os irmãos é a que mais tem saú-de e a que mais se alimenta. O fêmurvoltou ao normal, os dentes nasceramtodos, agora já fala alguma coisa.Débora anda, corre, brinca e pula.

Fiquei dois meses no hospital acom-panhando minha filha, passandofome, sem quase dormir, porque mi-nha esposa estava grávida de gême-os. Perdi o emprego. No hospital, re-cebi o apelido de Pai Herói.

Hoje graças a Deus estou trabalhan-do, mudei para uma casa melhor enada nos falta.

É isso tudo devo a Madre CarmenSallés, a minha santinha, como cos-tumo chamá-la.

Na escola, a professora Toninharezou todos os dias com as turmas das6ª e 7ª séries, a oração da MadreCarmen pedindo pela recuperação deDébora.

Setor de PastoralRecanto Betânia/SP

D

A história é de Débora Cristina de Oliveira que foicurada por intercessão de Madre Carmen Sallés.

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IV Jornada Vocacionalo dia 29 de abril, realizou-sea IV Jornada Vocacional, pro-movida pela Arquidiocese deBrasília com o tema Respos-

ta do Profeta Isaías: “Eis-me aqui,envia-me, (Is 6, 8b), celebrando o 44°Dia Mundial de Oração pelas das Vo-cações.

O evento aconteceu no ColégioMarista, em Taguatinga Sul / DF, comos seguintes objetivos:

Apresentar os Diversos Carismasque o Senhor tem suscitado naIgreja;Despertar o discernimento vocacio-nal naqueles que ainda não des-cobriram o caminho a seguir;Convidar à fidelidade aqueles queresponderam ao apelo de Cristo:“Vem e Segue-me.”.

Para atender à demanda, viabili-zaram:

Palco interativo: testemunhos devida, shows evangelizadores, en-tre outras atividades.Atendimento vocacional perso-nalizado: religiosas/os, sacerdo-tes, casais e missionários dedica-ram-se ao atendimento aos jovensque desejavam conhecer vocaçõesespecíficas.Jornadinha vocacional: evangeli-zação por meio de peças teatrais,gincanas, músicas, fantoches comintuito de cultivar a Cultura Voca-cional.Módulos: palestras sobre voca-ções.

Abordagens:

VIDA SACERDOTAL

O sacerdote é alguém tirado domeio do povo e consagrado por Deusa serviço do povo.

Desafios e importância da MissãoSacerdotal no mundo de hoje.Espiritualidade Sacerdotal, confi-gurado ao Cristo Bom Pastor.

VIDA RELIGIOSA

A vocação religiosa é assumidapor homens e mulheres que foramchamados a testemunhar Jesus Cristode maneira radical. É a entrega daprópria vida a Deus.

Jovem, você é chamado a dizerSIM à VIDA;Compromisso com a missão;Por que você também é chama-do?

n

FAMÍLIA - MATRIMÔNIO

É na família, que brotos de vocaçãosurgem, e, acima de tudo, vocaçãocristã que nasce no Batismo.

Novas comunidades – proposta deconversão para o mundo seculari-zado.Namoro e noivado cristãos.Realidade matrimonial.

A Congregação Concepcionista sefez presente no trabalho vocacionalcom a participação ativa das Irmãs:Maria de Lourdes Marques, Sílvia He-lena, Maria José Soares Lopes e Ma-ria Vieira de Souza, que se dedica-ram à apresentação de temas de re-flexão sobre o assunto, ao atendimen-to dos jovens e à divulgação docarisma concepcionista.

Ir. Maria Vieira de Souza, RCMDa Equipe de Pastoral VocacionalColégio Maria Imaculada – Brasília DF

Vocações

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Homenagem

34junho 2007integr çãoa

Graças a Deus pela

foi preenchida com muitos gestos deentrega e doação na missão concep-cionista no Brasil.

Outras três irmãs: Rufina da Con-ceição Evangelista, Celina Ribeiro eSacramento Yamamoto celebraramsuas bodas de ouro. As duas primei-ras estiveram presentes em Passos. Acelebração das bodas foi um momen-to significativo para dar graças a Deusporque suas vidas são testemunho defidelidade ao chamado que o Senhorlhes fez um dia, para segui-Lo maisde perto, na vida concepcionista. Ir.

o início do ano de 2007, afamília Concepcionista daProvíncia do Brasil marcouum encontro especial na ci-

dade de Passos. O motivo foi celebraras bodas de consagração religiosa dealgumas irmãs e Primeira profissão deduas jovens. As Irmãs Fé Rubio e Ma-ria Lopes completaram 75 anos dededicação ao Senhor. As duas, quan-do ainda jovens deixaram sua terranatal, na Espanha e dedicaram suasvidas ao serviço do Reino de Deus noBrasil. Sua longa experiência de vida

Um pouco mais da vida das irmãsUm pouco mais da vida das irmãsUm pouco mais da vida das irmãsUm pouco mais da vida das irmãsUm pouco mais da vida das irmãs Irmã Rufina Concei-

ção Evangelista, natu-ral de Monte Belo-MG. Fez seus Primei-ros votos em 1957,na cidade de

Mococa-SP. Passou por várias Casasda Congregação, como São Paulo,Rio de Janeiro, Embu Guaçu (Recan-to Betânia), Mococa, Jeremoabo(Bahia) e Machado, onde está há 2anos como Vice-Diretora do CIC e Ad-ministradora e 2ª Secretária do Abri-go Jesus Maria José.

Irmã Helena Isa-bel Pereira, naturalde Paraguaçu-MG.Fez sua Primeira Pro-fissão em 1982, emBelo Horizonte-MG.Passou por várias

Casas da Congregação,como Machado, Mococa, São Pau-lo, Belo Horizonte, Passos, Brasília,Fronteira, nas funções de Diretora eEcônoma. Sua entrada na Congrega-ção foi em 1976, aqui em Machado,onde hoje é ecônoma, desde 2004.

Helena Isabel Pereira comemorou 25anos de consagração, renovando seucompromisso de doação na vida e mis-são que o Senhor lhe confia.

Para completar tantos motivos decelebração, as duas noviças: MariaJosé Soares Lopes e Elaine Maria daSilva emitiram sua primeira profissãodizendo SIM ao projeto de Deus so-bre elas.

A celebração ocorreu na ParóquiaSão Benedito, com a presença de sa-cerdotes, Irmãs, membros do M.L.C.– Movimento Leigo Concepcionista -

Madre Fé Rubionasceu em Coomon-te de la Vega naEspanha. Foi envia-da em missão aoBrasil em junho de1936, deixando

seus familiares por amor a sua voca-ção e movida pelo desejo de servir aDeus na pessoa do irmão mais neces-sitado. Sua primeira comunidade noBrasil foi o colégio Maria Imaculadade São Paulo seguido por Mococa,Guaxupé e Passos. Sempre desempe-nhou a profissão de professora. EmPassos atuou como secretária do co-légio por muitos anos. Aos seus no-venta e cinco anos de idade continuadando testemunho de vida, de ora-ção e de entrega na realização dosplanos de Deus em sua vida na co-munidade de Passos.

Madre Maria Lo-pes nasceu em Cam-pomares, Astúrias,Espanha. Após al-guns anos de traba-lho na Espanha, foi

e muita gente da cidade que se uniuàs jubilares para dar graças a Deuspor sua entrega generosa e para pe-dir tanto para as jubilares como paraas duas jovens que iniciam sua cami-nhada de consagradas, a graça da per-severança e da fidelidade.

Mas a festa não parou por aí.No dia 16 de março, três motivos

moveram a Missa em Ação de Gra-ças realizada no Colégio ImaculadaConceição de Machado: a aberturado ano letivo de 2007, a Campanhada Fraternidade de 2007, que temcomo tema “Fraternidade e Amazô-nia e cujo lema é: “Vida e Missão Nes-te Chão”; e o terceiro motivo foi acomemoração das Bodas de Vida Re-ligiosa das Irmãs Rufina ConceiçãoEvangelista e Helena Isabel Pereira.Irmã Rufina comemora 50 anos e IrmãHelena, 25 anos de vida religiosa. Es-tes anos de vida consagrada a Deussignificam seus esforços, suas lutas,seus desafios, suas conquistas e seu

sim constante à vontade de Deus.No momento do ofertório, as Irmãs

receberam flores das mãos da Direto-ra, Irmã Caridade, representando osmomentos de alegria, permeados dedificuldades vividos por elas e repre-sentando também a gratidão a Deuspela simplicidade e desprendimentode Irmã Rufina e Irmã Helena na co-munidade religiosa e educativa de ma-chado.

Aceita, Senhor Jesus, junto às es-pécies do Pão e do Vinho, nossa en-trega, nossas vidas e, de maneira es-pecial, os 50 e 25 anos de vida consa-grada das Irmãs Rufina e Helena. Une,purifica e transforma nossas vidas àTua, para louvor e glória do Pai e ànossa santificação.

A professora Wanilce fez a ação degraças às homenageadas:

A vida é dom gratuito, um gesto depuro amor de Deus por seus filhos. Poristo, devemos sempre agradecer as dá-divas que o Senhor nos concede a cada

dia: a largueza da vida, o ar abundan-te, a faculdade do raciocínio, o domde aprender, o privilégio do trabalho,o pão que nos alimenta. “Em tudodaí graças”, diz o apóstolo Paulo.

Hoje estamos agradecendo a Deuso privilégio de podermos homenage-ar duas pessoas que nos são muitoqueridas, que celebram, neste ano,suas bodas de vida religiosa: IrmãRufina Conceição Evangelista, que di-rige o Abrigo Jesus Maria José, dedi-cando-se à formação de meninas ca-rentes; e Irmã Helena Isabel Pereira,responsável pela área administrativada Instituição.

À semelhança de Maria, quandodisse: “Eis aqui a serva do Senhor,faça-se em mim segundo a tua Pala-vra”, as Irmãs Rufina há 50 anos eHelena, há 25 anos, deram seu simao Pai.

No período da tarde, a gracio-sidade e a beleza das crianças en-cantaram as homenageadas.

O sim de todas as jubilares e

neo-religiosas é uma

reposta ao chamado de Deus

que ressoa através dos

tempos e pede fidelidade,

generosidade e entrega ao

serviço do Reino.

transferida para o Brasil em agosto de1934. Trabalhou como professora emGuaxupé, São Paulo, Brasília. EmMococa desempenhou o cargo de for-madora como mestra de noviças. Foidurante toda sua vida muito atuanteno serviço pastoral e de ajuda às pes-soas. Atualmente pertence à comuni-dade do Recanto Betânia, mas estáem tratamento de saúde na Residên-cia Carmen Sallés em SP.

Ir. Celina Ribei-ro nasceu em Gua-xupé, MG. Sentiu ochamado de Deuspara servi-lo demaneira mais ra-

dical e se integrou à con-gregação em 1955, entrando para onoviciado e em 1956 emitiu a primei-ra profissão religiosa. Ir. Celina traba-lhou a serviço da educação em BeloHorizonte, Rio de Janeiro, São Paulo,Machado, Mococa, Brasília, Guaxupé,Embu Guaçu e, atualmente, se encon-tra na Residência Carmen Sallés emSão Paulo, como responsável pela co-munidade.

Da esquerda para a direita: Ir. Celina, Ir. Maria Lopes, Ir. Maria José, Ir. Elaine,Ir. Helena, Ir. Fe Rubio e Ir. Rufina

Cont

inua

As professoras do Infantil e de 1ª a 4ª junto às Irmãs.

n

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Homenagem

36junho 2007integr çãoa

Ir. Sacramento Ya-mamoto, de origemnissei, nasceu em Lins,SP. Entrou para a con-gregação em 1955em Mococa onderealizou o período de

formação inicial, postulantadoe noviciado. Exerceu a missão educa-tiva como professora no curso infantilem São Paulo, Machado e Rio de Ja-neiro e também atuou nos serviços decontabilidade. Encontra-se atualmen-te na comunidade de RecantoBetânia, Embu Guaçu, prestando ser-viços gerais a serviço ao Reino deDeus.

Ir. Maria JoséSoares Lopes, nas-ceu em São Joãoda Serra no esta-do de Piauí no dia10 de novembro.

Iniciou sua jornada vo-cacional entrando para o postulantadoem Belo Horizonte, após dois anos deexperiência em Mococa como aspi-rante. Em Belo Horizonte atuou comoauxiliar no Infantil no colégio ReginaPacis. Atualmente se encontra emBrasília, Madre Carmen Sallés, aindaem processo de formação religiosa,cursando teologia e colaborando notrabalho educativo-pastoral.

Ir. Elaine Mariada Silva nasceuem Fortaleza deMinas, MG, aos22 dias do mêsde fevereiro. Estu-

dou no colégio Imacula-da Conceição de Passos. Identifi-

cou-se com o carisma concepcionistae decidiu dedicar sua vida no segui-mento de Cristo como religiosa con-cepcionista. Entrou para o noviciadoem 2004. Após dois anos de forma-ção emitiu os primeiros votos em ja-neiro de 2007 em Passos MG. Atual-mente encontra-se no colégio MadreCarmen Sallés em Brasília DF, emperíodo de formação. Faz curso deteologia e trabalha na creche MadreCarmen Sallés em Samambaia e atuatambém no Setor de Pastoral do colé-gio.

patrioti smoUm exemplo de

“Não basta simplesmente

dizer “amo a minha

pátria”. Devemos em cada

gesto, no nosso dia-a-dia,

assumir compromissos

em favor dela e deixar em

cada passo de nosso

caminho, exemplos para

as futuras gerações”.Luiz Eduardo Franco

ão são poucas as palavrasque caem em desuso ou sãotrocadas por outras. Isso éfato comum, quando pensa-

mos na vida como um processo contí-nuo de mudanças e modernizações.Nesse caso, é fácil encontrar explica-ção para essas substituições, uma vezque visam a uma maior utilidade paraa vida humana. Uma dessas palavrasde que poucos hoje se recordam é pa-triotismo.....

com a letra do Hino é mais do quenecessária para que, ao ouvi-lo oucantá-lo, se possa reconhecer ser eleo ecoar da voz da nação, do espíritodo povo”. Com essas palavras deu-se a abertura do momento cívico.

As alunas Laura Frota e BiancaMayumi apresentaram a história damúsica e da letra do Hino, abrindo es-paço para a reflexão proposta pelo alu-no Caio Melato, que se levantou den-tre os outros alunos e questionou so-bre o significado da letra do Hino Na-cional Brasileiro:

“As vezes fico a me perguntar se quan-do cantamos...“Ouviram do Ipiranga as margensplácidas”,sabemos que margens plácidas signi-ficam margens tranqüilas?

Se quando cantamos...“o sol da liberdade em raiosfúlgidos”,sabemos que raios fúlgidos significamraios brilhantes?

Se quando cantamos...“se o penhor dessa igualdade con-seguimos conquistar com braçoforte”,sabemos que penhor significa garan-tia?

Se quando cantamos...“fulguras, ó Brasil, florão da Amé-rica”,sabemos que esse verso significa: “bri-lhas, ó Brasil, flor de ouro da Améri-ca?”

Se quando cantamos...“do que a terra mais garrida”,sabemos que garrida significa florida?

Se quando cantamos ...

“o lábaro que ostentas estrelado”,sabemos que lábaro significa bandeira?

Se quando cantamos...

“e diga o verde-louro dessaflâmula paz no futuro e glória nopassado”, sabemos que esse versosignifica “e diga o verde e o amarelodessa bandeira, paz no futuro e glóriano passado?”

Esse vocábulo envolve valores queandam esquecidos. Poucos são aque-les que se preocupam em conhecerverdadeiramente a história do nossopovo e de questionar o significado davida de certas personalidades que aolongo do tempo fizeram a diferença.

Reflexão, que se faz necessária eadequada ao momento, é se esse vo-cábulo perdeu a plenitude de seu sig-nificado.

Nas datas comemorativas, princi-palmente aquelas que evidenciam osSímbolos Nacionais, não encontramoso mesmo fervor patriótico percebidoquando tocam o Hino Nacional Brasi-leiro antes de uma final da copa do

mundo. Na hora do futebol, a emo-ção se veste de verde e amarelo eum entusiasmo irradiante invade ja-nelas, carros e ruas das cidades.

É triste pensar que esse sentimen-to grandioso fique restrito apenas aesses momentos, pois não deixamosde ser brasileiros.

Uma postura diferenciada

13 DE ABRILDIA DO HINO NACIONAL BRASILEIRO

Imbuídos de um espírito questiona-dor, os alunos da 8ª série do ensinofundamental do Colégio Regina Pacis– BH, coordenados pela professora deportuguês e literatura, Ana Lúcia Sou-za e auxiliados por Simone Mª Cunha,responsável pelo departamento deinformática, promoveram um momen-to de reflexão sobre o dia do Hino Na-cional Brasileiro.

Inicialmente, todos os alunos daescola foram recepcionados com mú-sicas que reforçaram o sentimento depatriotismo e com exposições de ima-gens das diversas belezas naturais doBrasil.

“O Hino Nacional de cada povodeve espelhar o modo de ser de suagente. E a identificação desse povo

e

Será que, quando cantamos, absor-vemos cada palavra como verdadei-ra?

(trechos do Hino Nacional Brasileiro, commúsica de Francisco Manuel da Silva eletra de Osório Duque Estrada)

Em seguida, foram todos convida-dos a cantar com o devido respeito epostura o nosso Hino Nacional.

“Ah! Palavras que estranha potên-cia a vossa” já dizia Cecília Meireles.

Que essa potência penetre no co-ração desses jovens brasileiros tão fa-mintos pela vida!

Encerrando o grande momento, aosom de Aquarela do Brasil, música deAry Barroso (1939), Luisa Gaspar, alu-na do 2º ano do ensino médio eAlejandra, da 8ª série do ensino fun-damental, vestidas com as cores doBrasil, desfilaram patriotismo em vol-ta da platéia e subindo no palco comesplendor e brilho deram um show desamba em homenagem ao dia do HinoNacional Brasileiro.

Acreditamos que ao instigarmos osalunos a desenvolver um espíritoquestionador e a estar em constantesintonia com os valores do nosso gran-de Brasil, estamos contribuindo paraque todos os dias, e não só em ocasi-ões especiais, cada indivíduo possa tero ORGULORGULORGULORGULORGULHO DE SER BRASILEIROHO DE SER BRASILEIROHO DE SER BRASILEIROHO DE SER BRASILEIROHO DE SER BRASILEIROe não deixar cair no campo do esqueci-mento a palavra PATRIOTISMO PATRIOTISMO PATRIOTISMO PATRIOTISMO PATRIOTISMO.

Ana Lúcia SouzaProfessora de português e literaturaColégio Regina Pacis - BH

n

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Homenagem

38junho 2007integr çãoa

er mãe é ter o coração aberto para amar incondicionalmente. Du-rante o mês de maio, percebemos que ser mãe de aluno concep-cionista significa também ser escritora.

Foi proposto às mães do COLÉGIO MADRE CARMEN SALLÉS - BRASÍLIAque participassem de um concurso de redação com o tema “Um momen-to especial de minha vida de mãe”. Recebemos 48 textos carregados deemoção, o que tornou a escolha da vencedora um trabalho para lá decomplicado.

No dia 12 de maio, após a missa das mães, foi divulgado o resultado. Avencedora recebeu um mp3.

As finalistas foram:

3º lugar, com o título Se você procura uma vida de grandes emo-ções, tenha filhos, de Angélica Toffano Seidel Calazans, mãe dos alu-nos Bruno Toffano Seidel Calazans – 5ª B Ensino Fundamental e LuizaToffano Seidel Calazans – 6ª B Ensino Fundamental.

2º lugar, com o título Os vários cordões umbilicais, de GláuciaMadureira Lage e Moraes, mãe das alunas Julia Lage Maia de Moraes –2º ano A - Ensino Fundamental e Jade Lage Maia de Moraes – 7ª B -Ensino Fundamental

1º lugar, com o título A vida e seus milagres cotidianos, de SandraZita Silva Tiné, mãe do aluno Matheu Tiné Palheta de Oliveira – 3º anoEnsino Médio. Confira o texto na página seguinte.

MãesHomenagem às

Não. Não tenho uma história dramática, uma he-róica aventura ou um grande feito. Minha história éfeita do simples, do misterioso fato de ser mãe.Não apenas de conceber, que por si só já é ummilagre, mas o de viver dia-a-dia a maternidade dedois filhos alegres e saudáveis. Um tem um sorrisoencantador e a outra é pura sensibilidade.Quero compartilhar o meu sentimento de ser mãede dois adolescentes. Isso para mim significa reconhe-cer, a todo dia que amanhece, a força e a coragem deviver em comunhão. Provavelmente, eu tenha umahistória parecida com a de outras tantas mães, masdiferente se for vista pela idéia da centelha divina quefloresce, de forma ímpar, em cada vida que chega aeste mundo para renovar as esperanças de que as coi-sas, e a própria vida, podem ser melhores.

Assim vivo, essa sou eu, a mãe que os desperta, osbeija e, sem que as palavras precisem ser ditas, anun-cia: acordem para a vida!O milagre está aí, no tênue equilíbrio da convivên-cia diária já que não é fácil conhecer e respeitar oslimites, as idiossincrasias e os espaços de cada um.Junto com a vida vêm as dificuldades e as desilu-sões. Aí está outro milagre: enfrentar as desilusões,com elas aprender a superar limites e amadurecer.Essa sim é uma grande aventura. Preparar e estar

s

preparada para o enfrentamento das coisas do mundojá que isso exige um olhar sensível para a complexida-de humana.Com esse olhar sigo porque sei que não estou sozi-nha. Aprendemos juntos, eu e meus filhos. Mais ummilagre.Poderia dizer aqui que minha força vem do fato dosmeus filhos dependerem de mim, mas isso não seriaverdade. Minha força existe porque sou uma pessoafeliz e parte significativa dessa felicidade é amar e seramada em família. Na convivência com meus filhos avida se faz e se refaz, a vida nos constrói e re-constrói,cotidianamente, na referência de respeito, carinho eamor que temos uns nos outros. Estar aqui com eles éum milagre.

Milagres são assim. Não se explicam apenas se vivem.Assim entendo a experiência da maternidade: nãoem um ou outro momento especial apenas, mas nesseconjunto de pequenos milagres que acontecem naminha vida pela convivência com meus filhos.E eles, os pequenos milagres, me mostram a possi-bilidade concreta de viver o cristianismo na essênciado que essa palavra significa.

Sandra Zita Silva TinéMãe do aluno: Matheu Tiné Palheta de Oliveira3º ano Ensino Médio

39

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Homenagem

40junho 2007integr çãoa

s alunos do 3º ano do EnsinoMédio do CIC de Machadopromoveram um jantar dan-çante em homenagem às

Mães, no dia 05/05/2007, às 20:00h,na Quadra Me. Carmen Sallés. O temada festa foi inspirado nos Anos 60.Muito requinte, esmero, graciosidadee momentos de descontração junto àsfamílias foram os principais ingredien-tes do evento.

No sábado, dia 12/05, os alunos doCIC homenagearam as mamães, commuita graça e amorosidade, com a se-

guinte programação: alguns alunos de5ª a 8ª séries fizeram a abertura coma Oração das Mães, acompanhadospela professora Adarlene. Em segui-da, o 2º Período e o 1º Ano (FaseIntrodutória) encenaram “A Criaçãoda Mamãe”, provando que Mãe, émesmo uma criação divina. Os alu-nos do Maternal, exibiram-se como osfofos mascotes do Colégio, e a turmado 1º Período cantou uma graciosa pa-ródia.

Entre uma apresentação e outra,os alunos Gustavo Soares Leal e JorgeEduardo Carvalho Duarte (Ensino Mé-dio), alunos de piano e teclado do CIC,respectivamente, apresentaram-se eencantaram os presentes com seus ta-lentos. Depois, foi a vez das alunasde ballet da profª Katia darem seushow. A turma de 1ª a 4ª séries e as

pequeninas da Educação Infantil apre-sentaram diversos números, que en-cheram de alegria as mamães- coru-jas.

No final, a música “Isto é a felici-dade” foi cantada pelos alunos de 1ªa 4ª série, que fizeram também umaencenação intitulada “Maria”, NossaMãe Suprema.

CIC Machado/MG

Às Mães

A caráter, aturma do 3°

ano, prestigiao Jantar

Dançante noCIC Machado.

Professoras Talitha e Luciana, comalguns de seus alunos.

Alunos de 1ª a 4ª prestam sua homenagem às mamães.

“Isto é a felicidade.

Sem ter amor nesta

Vida não há quem

Seja feliz de verdade”(Da música “isto é a felicidade”, letra dePalito Ortega)

o

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MANIFESTO PELA PAZob o tema “Dores de Maria, dores de toda mãe”, o Colégio MariaImaculada do Rio de Janeiro levantou a necessidade de despertar acriança e o jovem para suas responsabilidades junto à família, juntoà sociedade. Durante o mês, em todas as salas de aula do Ensino

Infantil ao Médio, Maria, mãe de Jesus foi lembrada e estudada com aintenção de traçarmos um paralelo entre o seu sofrimento e o sofrimentodas mães de hoje, que estão perdendo seusfilhos para as drogas..., o tráfico, a violência,os acidentes brutais... Esta tarefa culminoucom um manifesto na porta da escola (6ºanoEF ao EM) e celebrações na capela, ao longodo mês (INF. - 5º ano EF).

O manifesto teve como base o texto lidopor Tico Cruz, vocalista dos Detonautas, naescadaria da Assembléia Legislativa - RJ, sin-tetizado pelos alunos do 9º ano do EnsinoFundamental, para panfletagem, juntamen-te, com o panfleto de homenagem às mães.

O texto do Cardeal ARNS (Revista Mensa-geiro do Coração de Jesus - Vol. 95) inspirouos momentos de oração realizado, que podeser sintetizado com o seguinte pedido: Mãesanta, tu que conheces o coração das mães,que sentiste em teu próprio ser as espadasde dor que são cravadas em suas almas. Decada mãe, faz um sustentáculo de confiançaabsoluta no Amor que vence toda cruz.

Sheyla CotilhaCoordenadora do Setor PastoralColégio Maria Imaculada – Rio de Janeiro

s“Os deputados, senadores, prefeitos, governadores, presidentes desfrutam

de muitos privilégios PAGOScom o dinheiro do povo.”

Verbas que deveriam ser destinadas àrede pública de ensino, aos hospitais,à segurança de nossas comunidades,

são desviadas por muitosdesses cidadãos.

E NÓS CONTAMOS OS CORPOS...

Fim da impunidadeFim da imunidade parlamentar

Fim do voto secreto noCongresso Nacional.

O RIO DE JANEIRO ESTÁ EM GUERRAENQUANTO NOSSOS REPRESENTANTES

NÃO FAZEM NADA...

Sem JUSTIÇA não há PAZ!!!(Tico Santa Cruz, vocalista dos

Detonautas)

Os homicídios dolososcorrespondem a 35 % dos óbitos.

O Rio de Janeiro, com 5.227homicídios (36,38 / 100 mil) é o

quarto estado mais violento do Brasil.

Ação ComunitáriaAção Comunitária

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Pedagogia

42junho 2007integr çãoa

O papel dos processosmetacognitivos naO papel dos processosmetacognitivos naaprendizagem –Consideraçõespara uma práticaeducacional mais eficaz

Metacognição

Pedagogiaos anos 70, estudiosos daárea da Psicologia Cognitivacomeçaram a se interessarpela possibilidade de o in-

divíduo exercer controle conscientesobre seu desempenho cognitivo. Aesse controle deu-se o nome de“metacognição”. John Flavell, em1971, foi um dos primeiros a usar estetermo. Desde então, estudos e pes-quisas na área têm procurado relacio-nar a metacognição à resolução deproblemas e à aquisição de concei-tos. Para Flavell, metacognição refe-re-se ao conhecimento que se tem dospróprios processos cognitivos e produ-tos ou qualquer coisa relacionada aeles, isto é, o aprendizado das propri-edades relevantes da informação oudos dados; refere-se entre outras coi-sas, ao monitoramento ativo e à con-seqüente regulação e orquestraçãodesses processos em relação aos ob-jetos cognitivos ou dados sobre osquais eles incidem, usualmente a ser-viço de alguma meta ou objetivo con-creto (Davis, 2005).

Os processos metacognitivos sãoprocessos que os indivíduos usam paracontrolar o seu próprio pensamento.A metacognição envolve a tomada deconsciência do próprio processocognitivo e diz respeito ao conheci-mento de si em relação a preferênci-as pessoais, pontos fortes e fracos;conhecimento sobre a tarefa em rela-ção aos níveis de dificuldade e neces-sidades; planejamento na escolha eutilização de estratégias de aprendi-zagem e monitoramento do próprioprocesso de aprender, ou seja, àregulação e ao controle do compor-tamento: Planejamento envolve a or-ganização para a execução da tarefa

(ex.:estabelecer metas, anteciparquanto tempo será necessário para arealização da tarefa); Monitoramentodiz respeito à capacidade do alunosupervisionar seu processo de apren-dizagem (ex.: manter a atenção,questionar-se quanto ao conteúdopara avaliar sua compreensão);Regulação, alertam? o indivíduo quan-to a possíveis problemas na atençãoe na compreensão e permite quemelhore seu desempenho (ex.: voltare reler a parte do texto que não en-tendeu). Enfim, estratégias de apren-dizagem são atividades ou procedi-

mentos utilizados com o propósito defacilitar a aquisição, o armaze-namento e a utilização da informa-ção, Boruchovitch (1999).

Na escola, em geral, tende-se asupor que os alunos já são capazesde operar cognitivamente. Com isso,os professores se sentem liberados datarefa de ensinar a pensar e preocu-pam-se, quase exclusivamente, emveicular informações e valores (Davis,2005). Claro que se aprende a pensarem muitos lugares, porém à escolacabe fazê-lo de forma sistemática. Ésua tarefa central empenhar-se parapropiciar o esforço cognitivo e o de-senvolvimento das habilidadesmetacognitivas, para converter o alu-no num aprendiz autônomo. Consci-ente de suas habilidades, o aprendiztem a possibilidade de compreenderseu próprio processo de funcionamentomental com a opção de modificá-lo,se necessário.

Há necessidade de se articular aprática do professor aos processos deaprendizagem dos alunos, ou seja, osprofessores devem atuar no sentido depromover o desenvolvimento dos pro-cessos psicológicos pelos quais o co-nhecimento é adquirido, ensinando osalunos a aprender o aprender (Pozo,1996). Os professores funcionam comomediadores na aprendizagem e assimtêm um papel importante na forma-ção das capacidades metacognitivasdos alunos. Quando os professores

A aquisição doA aquisição doA aquisição doA aquisição doA aquisição do

conhecimento é umconhecimento é umconhecimento é umconhecimento é umconhecimento é um

processo dinâmico eprocesso dinâmico eprocesso dinâmico eprocesso dinâmico eprocesso dinâmico e

complexo e a maneiracomplexo e a maneiracomplexo e a maneiracomplexo e a maneiracomplexo e a maneira

como essecomo essecomo essecomo essecomo esse

conhecimento éconhecimento éconhecimento éconhecimento éconhecimento é

codificado e integradocodificado e integradocodificado e integradocodificado e integradocodificado e integrado

na memória afetana memória afetana memória afetana memória afetana memória afeta

como esse conteúdocomo esse conteúdocomo esse conteúdocomo esse conteúdocomo esse conteúdo

será recuperado.será recuperado.será recuperado.será recuperado.será recuperado.

n

Continua

42junho 2007integr çãoa 43

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45

Pedagogia

44junho 2007integr çãoa

ção) (9) aumentar a retenção e a trans-ferência (generalização). Estes even-tos devem satisfazer ou fornecer ascondições necessárias para o apren-dizado e servir como base para criar ainstrução e selecionar os meios apro-priados.

É essencial que professores se be-neficiem das contribuições da Psico-logia Cognitiva baseada na Teoria doProcessamento da Informação e queaprendam a ensinar para o “apren-der a aprender”.

Compreender quando utilizar cadaestratégia pode tornar o aluno moti-vado e auto-regulado. A auto-regulação permite ao estudante esta-belecer metas, aplicar estratégias,gerenciar esforços, a partir da auto-observação, autojulgamento e auto-reação. Esse automonitoramento per-mite, se houver necessidade, mudarmetas e procedimentos para melho-rar o desempenho.

·Jussara Pampado CavedalCoordenadora Pedagógica doColégio Madre Carmen Sallés –Brasília - DFMestranda em Educação pela Universidade Católica de Brasília - DF

multiplicam situaçõesabertas de investigação,resolução de problemascomplexos no decursodos quais são levados aescolher entre várias al-ternativas e antecipar asconseqüências de suasescolhas, podem favore-cer aos alunos oportuni-dade de conduzir demaneira reflexiva seupatrimônio pessoal demetaconhecimentos.(Davis, 2005). Os desas-tres de aprendizagemdecorrem dos alunos“não saberem o que sa-bem” e, a consciênciado que se sabe, e do quenão se sabe, pertence aoreino dos conhecimentosmetacognitivos.

Para Sterneberg citado por Gagné(2001), resolver problemas requer ouso de estratégias, reflexões e toma-das de decisão, a respeito de passosa serem seguidos. Envolve raciocinarpercorrendo diferentes etapas quevão desde a identificação do proble-ma, de como representá-lo mental-mente, passando pela construção deestratégias, organização das informa-ções disponíveis, do tempo necessá-rio, do monitoramento desse proces-so até a avaliação dos resultados.

A teoria de Gagné (2001) estabe-lece que diferentes tipos de aprendi-zagem requerem diferentes tipos deinstrução: informação verbal, habili-dades intelectuais, estratégiascognitivas, habilidades motoras e ati-tudes internas e externas diferentespara cada tipo de aprendizado. Alémdisso, esboça nove eventos que asso-ciam instrução e processos cognitivos:(1) obter atenção (recepção); (2) in-formar o objetivo para os aprendizes(expectativa); (3) estimular a lembran-ça do aprendizado anterior (recupe-ração); (4) apresentar o estímulo (per-cepção seletiva); (5) fornecer orien-tação de aprendizado (código semân-tico); (6) obter desempenho (respos-ta); (7) fornecer feedback (reforço);(8) avaliar o desempenho (recupera-

BORUCHOVITCH, E.(1999). Es-tratégias de aprendizagem edesempenho escolar: conside-rações para a prática educa-cional. Psicologia: Reflexão ecrítica. 12 (2), 361-376. PortoAlegre.

DAVIS, NUNES & NUNES(2005). Metacognição e Suces-so Escolar: articulando teoriae prática. Cadernos de Pesqui-sa, v.35, n.125, p. 205-230,maio/ago 2005.

GAGNÉ, E.D. (2001). La psicolo-gia cognitive del aprendizajeescolar. Madrid. A. MachadoLibros, S.A.

POZO (1996) Estratégias deAprendizagem. In Coll, C. e Pa-lácios, A (orgs). Desenvolvi-mento psicológico e educação– psicologia da educação. Por-to Alegre: Artes Médicas.

RIBEIRO (2003). Metacognição:um apoio ao processo deaprendizagem. Psicologia, re-flexão e Crítica. V. 16, n.1, Por-to Alegre, acesso em 18/09/2006.

Bibl

iogr

afia

Prazeratemática pode ser passa-tempo prazeroso. É comessa consciência que seestimula os alunos a acei-

tarem a disciplina como algo longe deser o bicho-papão da grade curricularbrasileira. Uso de jogos, desafios ecuriosidades matemáticas ajudam nes-sa tarefa em particular. E variar o co-tidiano da sala de aula, já é bom co-meço para despertar o interesse doaluno nesse grande desafio.

É considerável o número de publi-cações desse gênero. Malba Tahan,Martin Gardner, Paulo Cezar Tovar,Antônio Marmo de Oliveira e JúlioIgliori – especialista em Educação pelaPontifícia Universidade Católica deSão Paulo - são exemplos de educa-dores que desenvolveram trabalhoslúdicos relacionados à Matemática.“A Matemática ajuda a estruturar opensamento, a agilizar o raciocíniodedutivo, a ativar a capacidade deestabelecer relações de abstrair e ge-

jogos de treinamento que são uti-lizados quando o professor perce-be que alguns alunos precisam dereforço extra em determinado con-teúdo, ejogos geométricos que têm comometa desenvolver habilidade deobservação e pensamento lógico.

Entre os proveitos que jogos e de-safios trazem para sala de aula, doisse destacam. Primeiro, é que inexistemedo da falha, pois por meio dela,pode-se chegar à resposta satisfatória.E, o mais notório, é que os alunos seempolgam com o clima de aula dife-rente, proporcionando aprendizadoprazeroso. Por fim, há aprovação dosParâmetros Curriculares Nacionais(PCN’s) que citam as atividades comorecurso didático capaz de promoverinteresse e prazer aos educandos:

‘’Finalmente, um aspecto relevan-te nos jogos é o desafio genuíno queeles provocam no aluno, que gera in-teresse e prazer. Por isso, é importan-te que os jogos façam parte da cultu-ra escolar, cabendo ao professor ana-lisar e avaliar a potencialidadeeducativa dos diferentes jogos e o as-pecto curricular que se deseja desen-volver’’. (PCN, 1997,48-49)

Assim, sempre que possível, apli-ca-se charadas matemáticas, proble-mas curiosos, desafios, sudokus e jo-gos fazendo com que a aprendizagemaconteça de forma agradável eenvolvente.

Patrícia BrandãoProfessora de MatemáticaCol. Maria Imaculada – Brasília - DF

neralizar” explica Igliori. Daí seu em-penho na elaboração da revista Nú-meros Lógicos, que segue o conceitode passatempo com criatividade.

Segundo a professora CláudiaLisete Groenwald, doutora em Ciên-cia da Educação pela Pontifícia Uni-versidade de Salamanca – Espanha –os jogos são classificados em três di-ferentes grupos:

jogos estratégicos em que são tra-balhadas habilidades do raciocí-nio lógico;

Diversãocaminham juntos com a matemática

em

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Pedagogia

46junho 2007integr çãoa

Brincad eirasimaginação criadora pela impossibili-dade de satisfação imediata de dese-jos por parte da criança.Essa ativida-de enriquece a identidade da crian-ça, porque ela experimenta outra for-ma de ser e de pensar, amplia suasconcepções sobre as coisas e pesso-as, porque a faz desempenhar váriospapéis sociais ao representar diferen-tes personagens.

Quando brinca, a criança elaborahipóteses para a resolução de seus pro-blemas e toma atitudes além do com-portamento habitual da sua idade, poisbusca alternativas para transformar arealidade. Os seus sonhos e desejos,na brincadeira podem ser realizados

o decorrer da história daeducação, diferentes psicó-logos, pedagogos e profes-sores têm acreditado na im-

portância do jogo para o desenvolvi-mento global e harmônico das crian-ças menores. O jogo proporciona be-nefícios indiscutíveis no desenvolvi-mento e no crescimento das crianças.Através dele, ela explora o meio, aspessoas e os objetos que a rodeiam,aproxima-se e utiliza esses objetoscom intenções diversas e com a fan-tasia.

É uma atividade psicológica degrande complexidade, é uma ativida-de lúdica que desencadeia o uso da

Jogose

facilmente, quantas vezes desejar,criando e recriando as situações queajudam a satisfazer alguma necessi-dade presente em seu interior.

Segundo Vygotsky, o jogo cria umazona de desenvolvimento próximo nacriança, de maneira que, duranteo período que joga, está semprealém da sua idade real. O jogo con-tém em si mesmo uma série de con-dutas que representam diversas ten-dências evolutivas e, por isso, é umafonte muito importante de desenvol-vimento.

O jogo é, por excelência, inte-grador, há sempre um caráter de no-vidade, o que é fundamental paradespertar o interesse da criança. Àmedida em que joga ela vai se co-nhecendo melhor e construindo inte-riormente o seu mundo. Essa ativida-de é um dos meios mais propícios àconstrução do conhecimento. Paraexercê-la a criança utiliza seu equipa-mento sensório-motor, (pois o corpoé acionado e o pensamento também)enquanto é desafiada a desenvolverhabilidades operatórias que envolvama identificação, observação, compa-ração, análise, síntese e generaliza-ção, ela vai conhecendo suas possibi-lidades e desenvolvendo cada vezmais a autoconfiança.

O jogo da criança não é equivalen-te ao jogo do adulto, pois não é umasimples recreação; o adulto que jogaafasta-se da realidade, enquanto acriança ao brincar/jogar avança paranovas etapas de domínio do mundoque a cerca. Também a auto-estima,uma das condições do desenvolvimen-to normal, tem sua gênese na infân-cia em processos de interação social,na família ou na escola, que são am-plamente proporcionados pelo brincar.

As crianças evoluem por intermé-dio de suas próprias brincadeiras e dasinvenções das brincadeiras feitas pe-las outras crianças e adultos. Nesseprocesso, ampliam gradualmente suacapacidade de visualizar a riqueza domundo externamente real, e, no pla-no simbólico procuram entender omundo dos adultos, pois ainda quecom conteúdos diferentes, estas brin-cadeiras possuem uma característicacomum: a atividade do homem e suasrelações sociais e de trabalho. Destemodo elas desenvolvem a linguageme a narrativa e nesse processo vãoadquirindo uma melhor compreensãode si próprias e do outro, pelacontraposição com coisas e pessoasque fazem de seu meio, e, que sãoportanto, culturalmente definidas tam-bém.

Para Vygotsky, ao reproduzir o com-portamento social do adulto em seusjogos, a criança está combinando si-

tuações reais com elementos de suaação fantasiosa. Esta fantasia surgeda necessidade da criança, como jádissemos, de reproduzir o cotidiano davida do adulto do qual ela ainda nãopode participar ativamente. Porém,essa reprodução necessita de conhe-cimentos prévios da realidade exte-rior, deste modo, quanto mais rica fora experiência humana, maior será omaterial disponível para as imagina-ções que irão se materializar em jo-gos.

As atividades lúdicas funcionamcomo sobrevivência de sonhos e pro-movem a construção de conhecimen-tos vinculados ao prazer de viver eaprender de forma natural, divertidae agradável.

Denilde Gomes e Ede Carolina.Professoras da Educação Infantildo Colégio Regina Pacis – Belo Hori-zonte

“Brincar não é perder

tempo, é ganhá-lo. É triste

ter meninos sem escola,

mas mais triste é vê-los

enfileirados em salas sem

ar, com exercícios estéreis,

sem valor para a formação

humana”.

Carlos Drummond de Andrade

PALANGIANA, I.C. – Desenvol-Desenvol-Desenvol-Desenvol-Desenvol-vimento & aprendizagem emvimento & aprendizagem emvimento & aprendizagem emvimento & aprendizagem emvimento & aprendizagem emPiaget e VygotskyPiaget e VygotskyPiaget e VygotskyPiaget e VygotskyPiaget e Vygotsky ( a relevân-cia do social)” – São Paulo :1994 –Plexus

VYGOTSKY,L. A formação so-A formação so-A formação so-A formação so-A formação so-cial da mente.cial da mente.cial da mente.cial da mente.cial da mente. São Paulo :1989-Martins Fontes

n

Bibl

iogr

afia

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Pedagogia

48junho 2007integr çãoa

LÍNGUA PORTUGUESA

As cinco primeiras séries do Ensi-no Fundamental I correspondem auma etapa decisiva para a trajetóriaeducacional do indivíduo. Neste con-texto a língua materna assume papelpreponderante.

Nas palavras de Genouvrier &Peytard:

“Tudo reconduz ao Português, atodo momento da vida escolar. O en-sino de Português e, por assim dizer,uma espécie de “educação perma-nente” instalada na forma de todasas disciplinas”.

São os conhecimentos consideradosindispensáveis ao convívio do sujei-to com sua realidade, aoenfrentamento dos desafios que lhesão apresentados no cotidiano e àpromoção de mudanças em seumeio. O domínio desses conteúdosé condição fundamental para aconstrução da cidadania.

Os conteúdos básicos a serem apren-didos pertencem à realidade concre-ta; constituem o real significado paraos alunos e devem estar ligados aseus interesses.

O papel do professor, nesse contex-to, é ligar os conteúdos disciplinaresà experiência concreta dos alunos.

Alfabetização – Enfatiza a apro-priação do sistema de escrita alfabé-tico-ortográfico, bem como o desen-volvimento de capacidades motorase cognitivas pertinentes a esse pro-cesso.

Letramento – Privilegia aspectosrelativos à inserção e participação doindivíduo na cultura escrita, abran-gendo capacidades de uso do siste-ma de escrita e de seus equipamen-tos e instrumentos na compreensãoe na produção de textos, em diver-sas situações ou práticas sociais.

Este tema foi abordado em

Reunião de Pais do Ensino

Fundamental I, com o

objetivo de apresentar a

importância da língua

materna em suas

múltiplas vertentes, que se

fundem em uma só,

tornando-se interligadas e

interdependentes. É de

fundamental importância

que pais e professores

compreendam que a

Língua Portuguesa pode se

tornar um importante

instrumento de

comunicação e interação

entre as pessoas e a

realidade, além de

possibilitar sua visão de

mundo.

Organização do Ensino daPedagogia

CICLO INICIAL DE ALFABETIZAÇÃO

(fase Introdutória, 1ª e 2ª séries)- Ouvir, falar, ler e redigir pequenos textos.

CICLO COMPLEMENTAR DE ALFABETIZAÇÃO

3ª SÉRIE

- Ouvir, falar, ler e redigir textos com origina-lidade, clareza, organização lógica ,tendo emvista as condições de produção, o interlocutore a finalidade a que se destina.

4ª SÉRIE

- Ouvir e ler narrativas mais complexas, tradu-zindo, interpretando e extrapolando as idéiasapresentadas, correlacionando-as com a rea-lidade em que vive e familiarizando-se com acriação literária.

- Falar e redigir, apresentando uma forma maiselaborada: textos criativos, sínteses, relatóri-os, correspondências e outras.

3 CONTEÚDOSBÁSICOS

ALFABETIZAÇÃO ELETRAMENTO4

OBJETIVOS DOENSINO DE PORTUGUÊS2Leitura sendo trabalhada em

sala de aula

INTRODUÇÃO1

Alunos realizam atividades emsala de aula

5 O DOMÍNIO DA LÍNGUAEM SUAS MÚLTIPLAS MANIFESTAÇÕES

PRÁTICA DA LINGUAGEM ORAL

Apresenta-se como fundamento in-dispensável para o desenvolvimentoda leitura e da produção de texto.

Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Ouvir e falar para:

interpretar o que ouve;relatar com clareza e seqüêncialógica suas idéias;organizar as idéias antes deexpressá-las;participar espontaneamente dasatividades;empregar entonação e ritmo ade-quados;transmitir e receber mensagenscom exatidão;demonstrar gosto em ouvir poe-mas.

PRÁTICA DA LEITURA

É apresentada intimamente ligada a umainterlocução autor-leitor e à formação doleitor crítico e reflexivo, destacando o“como” possibilitar interlocução (atribuirum significado ao texto). Também é umaprática que visa a despertar o gosto e oprazer de novas descobertas.

Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Diferenciar texto de desenho;identificar diferentes portadores detexto (livros, revistas, folhetos, rótu-los, jornais, bulas de remédio, propa-gandas, folders, calendário, históriaem quadrinhos...);ler outras linguagens (sinais de trân-sito, tabelas, gráficos);consultar dicionários;saber interpretar e compreender o quelê;ler e interpretar enunciados de ordens,questões e problemas;ler para buscar informações (anún-cios, entrevistas, jornais, internet...);identificar idéia central e pormenores;ler, silenciosamente, relacionando oconteúdo ao seu conhecimento demundo;contar para os colegas a história lida;ler para tirar conclusões baseadas emfatos;ler para posicionar-se, criticamente,perante o texto;fazer inferência, relacionando infor-mações que estão explícitas no textocom seus conhecimentos prévios so-bre o assunto tratado;ler para usufruir de momentos delazer.

Cont

inua

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51

Pedagogia

50junho 2007integr çãoa

Os processos de aprendizagem, tam-bém importantes para o planejamentode atividades, constituem um indicadorda possibilidade de avanço dos conteú-dos ou de retomada de objetivos nãoplenamente alcançados.

O professor, atento às razões que jus-tificam sua presença na sala de aula etendo clara sua concepção de Língua edo por quê e do para que ensinar portu-guês, deve aproveitar todos os momen-tos de interação do aluno com seu obje-to de construção para refletir sobre suaação mediadora entre texto e aluno.

Verificar ainda como este (o aluno)está construindo os conceitos cons-titutivos desse objeto para redirecionaro ensino, investigar e oferecer novasoportunidades para que todos cresçamem direção ao domínio da línguapadrão.

Marly Botazini RodriguesCIC/Machado-MGProfª Ms em Educação

5 CONSIDERAÇÕESFINAIS

Alunos demonstram oralidade.

DramatizaçãoAluna da 4ª série demonstraobjetivo da Língua Portuguesa.

CONHECIMENTOS LINGÜÍSTICOS

Apesar de sistematizados a partir da 3ª série, es-tão presentes desde a fase inicial, subjacentes atodas as manifestações lingüísticas vivenciadaspelo aluno.

Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Fazer a concordância verbal e nominal;escrever palavras e pequenas frases ditadas poroutrem;formar palavras novas a partir de uma sílabadada;conhecer a forma de apresentação visual dosistema de escrita (cursiva, imprensa);distinguir a língua escrita da língua falada;traçar corretamente as letras;distinguir as formas verbais: passado-presen-te-futurodividir as palavras corretamente ao término dalinha;pontuar frases e pequenos textos;substituir palavras por sinônimos e antônimos;escrever corretamente as palavras;acentuação das palavras.

PRODUÇÃO DE TEXTO

Busca-se capacitar o aluno para desempenho eficiente em todos os tiposde texto necessários à sua integração como cidadão atuante e comosujeito criativo e inovador na exteriorização de sua individualidade.

Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Objetivos:Entender-se com as pessoas num nível de comunicação desejável;trabalhar com lápis e papel (trabalho de artes plásticas e atividadespsicomotoras usando pincel, tintas e papéis coloridos, colagens, re-cortes, desenhos);escrever o próprio nome;registrar textos espontâneos;escrever com legibilidade;ordenar o título apresentado em partes;elaborar slogans, frases, propagandas;construir texto coletivo;reproduzir histórias em dupla;produzir desenho que dê margem à criação de um texto;produzir textos a partir de experiências vivenciadas em situações di-versas;traduzir emoções, utilizando a linguagem escrita;expressar-se independentemente de avaliação, crítica e censura;contribuir com idéias e sugestões;trabalhar com projeto;produzir individualmente diferentes tipos de texto;esquematizar para anotar;produzir textos após discussão de temas;compor quadrinhas e versos.

anúncio publicitário, o texto teatral, acarta pessoal, o e-mail, a notícia (orale escrita), a fábula, o conto maravi-lhoso, a crônica, a carta, o editorial,o texto de opinião, o seminário, odebate, a receita, o texto de inicia-ção científica, o texto dissertativo es-colar etc.

Todas as propostas de produção detexto estão relacionadas com o textoprincipal da unidade, relacionando-oao seu tema ou gênero. Na 5ª série,por exemplo, em uma das unidades édada ênfase ao conto maravilhoso; na6a série, trabalha-se o mito, a poesia;na 7ª série, uma das unidades temcomo tema o consumo, trabalhando-se o anúncio publicitário como gêne-ro, e assim por diante.

Introduzida pelo título Agora é suavez, as propostas de produção do alu-no são desenvolvidas levando-se emconta aspectos como adequação doconteúdo, da estrutura e da lingua-gem ao próprio gênero, ao interlocutore à situação como um todo e o cum-primento da finalidade que motivou aprodução.

Exemplo disso foi um projeto de-senvolvido com a 5ª série. Cada alu-no deveria pesquisar um conto de fa-das, observando o tipo de narrador, oprotagonista, o antagonista e o finalda história. Em aula, reunidos emduplas, contaram oralmente suas his-tórias e, a partir daí, criaram uma novaversão do conto, articulando as per-sonagens, o tempo e as ações dasduas narrativas.

Após a produção escrita, cons-truíram em linguagem não-verbalum pequeno quadro, retratando to-da a história criada. O resultado foio melhor possível. A leitura doscontos foi efetivada posteriormente,em condições prazerosas, dentro deum ambiente de camaradagem e res-peito, de prazer e estímulo aos de-mais.

Maria Nidete Pimentel GrellProfessora de Português de 5ª e 6ªsérie do Ensino Fundamental doColégio Madre Carmen Sallés – DFEspecialista em Língua Portuguesapela PUC - SP

Considerando-se que escrever nãoé uma prática centrada apenas nacodificação, na representação de sonspor meio de letras, é necessário que,desde as séries iniciais, o professordemonstre ao aluno que o ato de es-crever pressupõe quatro elementos: oque queremos dizer, com que inten-ção, como escrever o texto e a quemele se destina.

Dessa forma, para que isso se efe-tue, o Colégio Madre Carmen Salléspromove uma prática constante deprodução de textos em sala de aula,organizada em torno de situações quepermitem lidar com uma grande vari-edade de textos – textos de diferen-tes linguagens e estruturas,motivadores, com características quesão aprendidas e aprofundadas deacordo com a série, o grau de maturi-dade dos alunos, com suas habilida-des lingüísticas e com a área temáticade seu interesse.

O aluno tem a cada série, tipos detextos de ampla circulação social – o

Produção deTexto

O ato de escrever pressupõe

quatro elementos:

o que queremos dizer, com

que intenção, como escrever

o texto e a quem ele se

destina.

entro de todo o processo deaprendizado da Língua Portu-guesa, o momento de produ-zir um texto, quando o aluno

constrói seu próprio discurso, é o maisativo e criativo. Merece, portanto, serbastante valorizado.

A produção de texto tem comoobjetivo formar escritores competen-tes, que saibam construir textos criati-vos, coerentes, com objetivos defini-dos e de acordo com as característi-cas do gênero trabalhado.

d

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Pedagogia

52junho 2007integr çãoa

ProjetoA discussão sobre Pedagogiade Projetos não é nova. Surgiucom John Dewey e outros repre-sentantes da chamada “PedagogiaAtiva”.

O Projeto envolve uma intenciona-lidade, um plano de trabalho, umconjunto de tarefas que tendem aum progressivo envolvimento indi-vidual e social do aluno de formavoluntária. Tanto o aluno quantoo grupo atuam sob a coordenaçãodo professor.

Um projeto gera situaçõesde aprendizagem. Favorece aconstrução da autonomia e da au-todisciplina por meio de situaçõescriadas em sala de aula para re-flexão, discussão, tomada de de-cisão, observância de combinadose críticas em torno do trabalho emandamento. Proporciona ao aluno,o comprometimento com o social,tornando-o sujeito do seu próprioconhecimento.

Pedagogia dePROJETOS

No dia 10 de março de 2007, o

tema da reunião pedagógica do

CIC-Machado foi Pedagogia

de Projetos, que reflete

uma concepção do

conhecimento como

produção coletiva.

Com esse objetivo foi

apresentado aos educadores

resumidamente, em que

consiste trabalhar com

projetos e qual sua finalidade.

Vantagens daPedagogia de Projetos- Pode ser aplicada a todas as disci-

plinas do programa escolar, deven-do ser interdisciplinar.

- Proporciona conteúdo vivo.

- Segue o princípio da ação organi-zada em torno de um fim.

- Possibilita melhorar a compreen-são do contexto social, do plane-jamento cooperativo, do trabalhoem grupo. Há sempre um propósi-to para a ação do aluno, que sabeo que faz e para que faz.

- É prática, funcional.

- É integradora

- Melhora a concentração do aluno,desenvolve seu pensamento.

- Desperta o desejo de conquista, ini-ciativa, investigação, criação, res-ponsabilidade.

- Ativa e socializa o ensino.

Organizaçãode um Projeto

1

2345

6

Função do ProjetoTornar a aprendizagem ativa, inte-

ressante, significativa, real, agradávele atrativa para o aluno sem a necessi-dade de impor os conteúdos progra-máticos.

Fases do Projeto1.Intenção

Fase fundamental, pois dela dependetodo o desenvolvimento do projeto.Pensar nos objetivos educacionais enas necessidades de aprendizagem

da turma. Despertar a curiosi-dade e montar o projeto, ba-

seado numa situação con-creta a resolver. Sociali-zar todas as tarefas: es-colha do tema, conhe-cimento prévio dos alu-nos, levantamento dehipóteses...

O que sabemos? Oque queremos saber?Como vamos fazer? Oque aprendemos? (final)

2. Preparação

Coleta e seleção de material bi-bliográfico, filmes, slides... / organi-zação dos grupos de trabalho/mon-

tagem dos textos para as ativida-des de pesquisa e estudo/bus-ca de outros meios para a so-lução dos problemas levanta-dos.

3. Execução

Desenvolvimento das atividades, arealização das estratégias.

4. Apreciação

Avaliação do trabalho realizado emrelação aos objetivos finais.

meta bem-definida que deve se ma-terializar em algo concreto: a es-colha de temas para criação e con-fecção de livros, a construção dejogos...

O projeto não deve visar a soluçãode um problema amplo.

O projeto não é uma tarefa deter-minada pelo professor, mas emconjunto.

O fixo, no projeto, é a meta. Osmeios vão sendo reestruturados deacordo com as novas idéias.

O que caracteriza um trabalho comprojetos não é a origem do tema,mas o tratamento dado a essetema.

O trabalho dos alunos é variado:experimentos em classe, coleta dematerial, maquetes, passeatas,confecção de cartazes e fantoches,entrevistas com especialistas e au-toridades, recitação de poemas...

a) Escolha do problema.

b) Planejamento a traços largos.

c) Organização de grupos com tare-fas específicas.

d) Cada grupo planeja e executa suatarefa.

e) O tempo de duração do projeto va-ria de acordo com o tema, interes-se e envolvimento dos alunos.

f) É interessante realizar relatórios par-ciais orais ou escritos.

g) Planejamento da divulgação do pro-jeto, com apresentação em outrasturmas.

h) Apreciação Final – a liberdade deverbalizar seus sentimentos sobreo projeto:O que foi mais importante? Conse-guimos aprender tudo o que querí-amos? Como foi a sua participa-ção? O que podemos melhorar paraos próximos projetos?

Diretrizes para aRealização de um Projeto

Limitações naaplicação dapedagogia de Projeto

- Iniciativa ingênua e superficialdos alunos e professores.

- Perigo de uma excessiva inter-ferência do professor.

- O programa de um ano nãopode se reduzir a projetos.

Marly Botazini RodriguesCIC/Machado-MGProfª Ms em Educação

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Pedagogia

54junho 2007integr çãoa

Contaoutra vezlivro, antes de qualquer coi-sa precisa despertar o PRA-ZER pela leitura.Partilhar experiências com

profissionais e colegas das escolas Con-cepcionistas é uma constante no Co-légio Maria Imaculada – Brasília–DF.

A iniciativa inovadora de incluir au-las de leitura na grade horária das tur-mas do maternal ao 4º ano foi esti-mulante e desafiadora. O primeiropasso para concretização da propostainiciou uma série de mudanças. A cri-ação de ambiente acolhedor com al-mofadas coloridas, tapetes, mesas,cadeiras, catalogação do acervo eaquisição de novos títulos com objeti-vos definidos dinamizaram e propicia-ram aulas interativas.

O segundo passo para tornar asaulas mais atrativas e prazerosas foi acriação do personagem professorabonequinha de pano contadora dehistórias, nome escolhido por alunose professoras do segmento.

Os momentos de leitura viabilizam-se com estratégias para tornar as au-las mais lúdicas: fantoches, fantasias,bonecos interativos. Há, também,uma caixinha de salada de letrinhasque misturadas compõem histórias epoesias.

Paralelamente conteúdos progra-máticos interagem, espontaneamen-te, com palestras ministradas por es-critores locais e debates sobre os maisdiversificados temas.

oO empreendedorismo da coorde-

nação aliado à criatividade das pro-fessoras responsáveis pela sala de lei-tura refletiu, diretamente, na partici-pação e freqüência dos alunos no novoespaço.

O incentivo à leitura é tônica no co-légio, que acredita na sentença deMonteiro Lobato de que “Um país éfeito de homens e livros”.

Profª Dilma Moura e Profª JoselmaMaria RochaProfessoras da sala de leituraCol. Maria Imaculada – Brasília - DF

oje o ensino da Língua In-glesa é efetivamente teóri-co, o que desmotiva os alu-nos. A utilização de práticasprazerosas como jogos, brin-

cadeiras, competições, dramatizaçõespromove o contato significativo como outro, possibilita o desenvolvimentocrítico, aborda e estrutura o controlepsicológico, trabalha a disciplina alémde desenvolver a auto-estima e aaprendizagem.

Estas técnicas estão sendo aplica-das no ensino da Língua Inglesa noCurso Fundamental do CIC/Machado:a aprendizagem por meio do entrete-nimento.

Nesse primeiro bimestre, foramrealizadas algumas atividades lúdicas,dentre elas:

1- Memory Game -1- Memory Game -1- Memory Game -1- Memory Game -1- Memory Game - ( 5ª série ) – osalunos criaram seus jogos utilizandodesenho ou colagem para as res-pectivas figuras e formas escritas. Fo-ram sugeridos aos alunos vários assun-tos que eles deveriam escolherpara a confecção dos jogos, tais como:clothes, animals, family, cities,countries entre outros...

2- English is all around -2- English is all around -2- English is all around -2- English is all around -2- English is all around - tema abor-dado pelos alunos de 6ª e 7 ª séries,que demonstraram, através de rótu-los, embalagens, fotografias de pla-cas ou luminosos com nomes de es-tabelecimentos comerciais, a influ-ência do inglês no nosso dia a dia.Alunos mobilizaram o comércio locale puderam ainda apontar erros de gra-mática ou de grafia em inglês come-tidos pelos proprietários de lojasou comércio.

3 - Através da arte, criatividade ecompetitividade, a 8ª série tirou pro-veito do teatro. Escolheram as estóri-as “Happiness, Live and Learn e It´smagic” para dramatização em inglês.

Durante a apresentação dos traba-lhos, percebeu-se motivação,envolvimento e participação efetivados alunos. Dinamismo e entusiasmoforam as palavras de ordem e pôde-se constatar que a Língua Inglesa tam-bém deve ser ensinada com o intui-to de formar cidadãos capazes deenfrentar desafios colocados em seucaminho.

Anelise Swerts de Oliveira LimaProfessora de Língua Inglesa doEnsino Fundamental II - CIC/Macha-do-MG (Especialista em Metodologiade Ensino)

O mundo, o inglêsCom criatividade e

ousadia,

o educador pode

transformar sua aula de

inglês num momento

prazeroso de

aprendizagem.

e a sala de aulasala de aulasala de aulasala de aulasala de aulaH

Cena da peça “Isso é Mágica” –Alunos Renan e Mariah

Cena da peça “Tempos Modernos”com os alunos Júlio César/Stela eMarina

Cenário da peça “Felicidade” (Da esq. p/ dir) Personagens da peça“Isso é Mágica”: Jackson, Renan,Iago, Lybia, Mariah, Rafael, Sarah

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Pedagogia

56junho 2007integr çãoa

Esses meios de comunicação de-senvolvem jovens que têm acesso auma série de recursos informativos ede aprendizagem impensáveis para asgerações de seus pais e avós. Contu-do, nossos adolescentes muitas vezesdemonstram um desinteresse e umaimpaciência em assistirem a aulas tra-dicionais. Por essa razão, se decidir-mos ministrar para os adolescentes,aulas como aquelas a que assistíamosem nosso tempo de Escola pode pa-recer que “estamos pregando no de-serto”. Aulas apenas com giz,apagador e palavras, apesar de serem

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO:

junte-se a eles!

bilidades de profissões na área bioló-gica.

Os três blogs 3as séries:

www.queroserbixo.blogspot.com; 2as séries:

www.superelimites.blogspot.com e 1as séries:

www.prontoparabrilhar.blospot.com

ensino de qualquer discipli-na confronta-se atualmen-te com grandes desafios, re-presentados pelos avanços

tecnológicos e pela onipresença damídia na vida das pessoas. Nossos alu-nos vivem em um ambiente que lhesdá amplo acesso a formas de comu-nicação extremamente fascinantes.A profusão de cores, imagens e agili-dade dos programas televisivos eprincipalmente da internet são muitoatrativas e sedutoras, apesar de se-rem, muitas vezes, desprovidas de con-teúdo.

www.queroserbixo.blogspot.com www.superelimites.blogspot.com www.prontoparabrilhar.blospot.com

são atualizados diariamente e têm tidouma ótima procura e aceitação, apre-sentando até o momento mais de7000 visitas e quase 2000 comentári-os postados pelos alunos.

Além disso, pequenos trechos defilmes, reportagens, propagandas eanimações têm sido utilizados diaria-mente durante as aulas como recurso

didático para ilustrar os tópicos trata-dos e despertar-lhes o interesse. Émuito interessante ver a surpresa es-tampada nos rostos da meninada apósverem algo que eles somente conhe-ciam por meio de livros ser mostradoem um documentário. Certamente,essa experiência não será esquecidapor muitos deles!

A outra novidade que está aconte-cendo no Colégio Imaculada Concei-ção de Passos é a realização, no perí-odo vespertino, de atividades de bio-logia para as turmas do Ensino Mé-dio. Nelas, são explorados, através deexperimentos simples, tópicos já tra-tados teoricamente. Esses experimen-tos são para muitos alunos a primeiraexperiência com o mundo científico epermitem que eles possam se famili-arizar com os temas tratados em salade aula e desenvolver uma visão maisampla sobre cada tema. Apesar deserem realizadas no período da tar-de, a freqüência tem sido bastantesignificativa com mais de 70% decomparecimento a elas.

Essas três iniciativas implementa-das até o momento têm tido um gran-de sucesso. Dessa forma, esperamosque assim seja despertado um inte-resse verdadeiro e duradouro em nos-sos adolescentes pela biologia e pelaciência de uma forma geral. Quemsabe não estejamos, agora, auxilian-do os primeiros passos de alguns gran-des futuros cientistas de nosso país!

Jerry Carvalho BorgesProfº de Biologia – CIC/Passos-MG

utilizadas desde os primórdios daeducação, podem resultar em desin-teresse e em um nível baixo de apren-dizado.

A solução para esse dilema, con-tudo, está ao nosso alcance: devemostentar nos adequar aos interesses denosso público-alvo, empregando estra-tégias que nos aproximem dos nossosestudantes e os cativem, apostandono emprego das boas alternativas (eque não são poucas!) que os meiosde comunicação atuais nos oferecem.

Visando obter um aprofundamentoda aprendizagem de nossos alunos eum aumento de seu interesse pela Bi-ologia - uma ciência que permeia avida diária das pessoas e que por issoé foco de questionamentos e curiosi-dade constantes - estamos imple-mentando algumas novas atividadesno Colégio Imaculada Conceição dePassos.

Uma das novidades introduzidaslogo após o inicio do ano letivo foi acriação de três blogs diferentes paraas turmas de cada série do EnsinoMédio. Eles são um meio fácil e dire-to para manter um contato diário comos alunos e são empregados comouma forma para se discutir, aprofundare solucionar dúvidas sobre os temastratados nas salas de aula. São, tam-bém, ótimos para o aprofundamentode conceitos e para tratar de temasatuais relacionados com a biologia.Além disso, estão sendo empregadoscomo uma forma de se discutir ques-tões e tendências de vestibulares tra-dicionais e seriados e como uma for-ma de mostrar aos alunos as caracte-rísticas, mercado de trabalho e possi-

o

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Se não pode vencê-los,

56junho 2007integr çãoa

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BRINCAR:CRIATIVIDADE

á houve um tempo em que não exis-tiam transformers, nem carros off-the-road, com motores a pilha, nembonecas caríssimas e tão bonitascomo gente de verdade.

Era um tempo em que não havia tevê.Nem cinema. Mas os jovens e as criançasbrincavam felizes, tanto ou mais do queagora. É que havia muitos jeitos de se di-vertir.

As famílias se reuniam – mesmo as pes-soas mais velhas, que tinham alma de gentenova – e brincavam de passar anel, deberlinda, de boca de forno, experimenta-

vam os trava línguas e tentavam resol-ver as adivinhas. Era uma quantida-de enorme de coisas divertidas, quefaziam com que todos estivessemmais próximos uns dos outros.

As brincadeiras à moda antiganão devem jamais ser esquecidas,

temos que diariamente proporcionaresses bons momentos a nossas crian-ças.

A “brincadeira” é um instru-mento de trabalho, ferramentado educador.

Ao mesmo tempo em que abrincadeira está unida ao pra-zer, está também subordinadaàs regras e são essas regras quecriam situações que precisam sertrabalhadas e vivenciadas no

dia-a-dia.É muito importante perceber o

significado do brincar para a criança.Na sociedade em que vivemos os brinque-

dos estão cada vez mais sofisticados e vi-sam muito mais a satisfação do mundoadulto do que das necessidades infantis. Énecessário que se conheçam as necessida-des do desenvolvimento infantil para pro-porcionar as oportunidades de que nossascrianças tanto precisam.

Através da brincadeira, a criança criauma ponte do imaginário para o real emanipula a realidade. É brincando de ca-sinha que ela consegue entender as emo-ções que vivencia na realidade. Ao brin-car, ela explora suas emoções, cria as hi-

póteses necessárias para o enten-dimento do que antes lhe pareciatão difícil.

O brincar é parte integrante davida da criança. Ao brincar orga-niza seu pensamento, faz uso dalinguagem e da sua criatividade.Ela pode vir a ser o professor, sim-plesmente ao enfileirar as cadei-ras de sua sala de visitas; podetransformar-se em padeiro e ima-ginar-se fazendo e vendendo pão;a partir do ato de misturar areiacom água, de transformar papéispicados em cédulas que serão opagamento do pão e assim pordiante.

Mais importante do que o brin-car propriamente dito é o que elerevela e como é explorado pelacriança.

Desenvolver a criatividade dacriança deve ser sempre a nossagrande preocupação enquantoeducadores. É muito importanteque, usando todas as atividadespossíveis em nossa sala de aula,estejamos sempre preocupadosem estimular novas idéias.

Devemos aproveitar a grandeoportunidade que temos de obser-var as crianças, os jovens, quandoestão brincando ou jogando, poiscertamente estão se desenvolven-do, aprendendo a lidar com suaspróprias emoções e com o mundoonde vivemos. Cada oportunida-de dessas, com certeza, é única einédita. Um espetáculo original eímpar de crescimento, de convi-vência.

VAMOS APROVEITAR!

Coordenação e Direção daCreche Lar Escola CarmenSallés - SP

“Mais importante doque o brincarpropriamente dito é oque ele revela e como éexplorado pela criança.Desenvolver acriatividade da criançadeve ser sempre anossa grandepreocupação enquantoeducadores.”

Crianças daCreche-Lar EscolaCarmen Sallés,São Paulo - SP

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Pedagogia

uma forma de desenvolver a J

58junho 2007integr çãoa

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Pedagogia

60junho 2007integr çãoa

mente em Ouro Preto, antiga Vila Rica, tendo como expo-ente Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Pouco se sabe sobre a vida e obra do mestre. Filho doportuguês Manuel Francisco Lisboa, que trabalhava comomestre de obras, e sua mãe Isabel, escrava africana per-tencente ao pai, foi vítima de doença cujo diagnóstico écontroverso. Antônio Francisco Lisboa perdera os dedos dospés em fins de 1777, passando a andar de joelhos e a sercarregado por escravos.

Mais tarde, os dedos das mãos se atrofiaram de talforma que o artista teria decidido cortá-los, passando atrabalhar com instrumentos atados aos pulsos. Então, ho-mem de meia idade, Aleijadinho passou a evitar o contatopúblico: ia para o trabalho de madrugada e só voltavapara casa com noite alta. Apesar da enfermidade que lhecausava terríveis dores, Aleijadinho continuou exercendoseu ofício de arquiteto e artista com maestria cada vezmaior.

Artesão, Aleijadinho reflete, em suas obras, vivênciasdo seu próprio ambiente. Compreende desde imagens emmadeira e pedra-sabão, matéria-prima típicamente brasi-leira, oratórios, até igrejas. As obras são as mais represen-tativas do Brasil colonial, com características do rococó edos estilos clássico e gótico.

A exposição proporcionou aos alunos o universo da obrade Aleijadinho de forma concreta. Segundo Maria Caroli-na Visoto, aluna do 8º ano, saber a história do país é im-portante. “Entre esculturas, oratórios, maquetes, imagens,parece que tudo atinge a perfeição nas mãos de Aleijadi-nho. Por mais que as obras tenham o mesmo tema, cadauma possui um jeito, uma forma, algo no olhar que passarealidade”.

Para o aluno Pedro Leivas do 1º período, a exposiçãoteve significado especial. Ao chegar em casa, relatou asaída pedagógica e pediu à mãe que a família fosse aoCentro Cultural Banco do Brasil para visitação. Fato curiosoocorreu durante o passeio familiar, quando Pedro dispen-sou a visita guiada e, com percepção própria da faixa etária,explicou o que vivenciou com amigos e a professora.

O desenvolvimento da consciência crítica do educandocom o auxílio da arte reforçam a idéia de que é muitoimportante oferecer a opção de educação continuada parao processo natural do crescimento.

Ensinar e aprender com mais prazer tornam-se umaconstante em sala de aula.

Morgana Sena VisotoProfª de Arte do CMI-DFPós-graduada em História da Arte.

aa r t eEnsino da arte

desperta consciência críticaO desenvolvimento daO desenvolvimento daO desenvolvimento daO desenvolvimento daO desenvolvimento da

consciência crítica do educandoconsciência crítica do educandoconsciência crítica do educandoconsciência crítica do educandoconsciência crítica do educando

com o auxílio da arte reforçam acom o auxílio da arte reforçam acom o auxílio da arte reforçam acom o auxílio da arte reforçam acom o auxílio da arte reforçam a

idéia de que é muito importanteidéia de que é muito importanteidéia de que é muito importanteidéia de que é muito importanteidéia de que é muito importante

oferecer a opção de educaçãooferecer a opção de educaçãooferecer a opção de educaçãooferecer a opção de educaçãooferecer a opção de educação

continuada para o processocontinuada para o processocontinuada para o processocontinuada para o processocontinuada para o processo

natural do crescimento.natural do crescimento.natural do crescimento.natural do crescimento.natural do crescimento.

ensino de arte, no Colégio Maria Imaculada, Brasília-DF, tem funções como: o desenvolvimento do fazerartístico, o conhecimento da história da arte, (den-tre elas, o fazer artístico, a história da arte) e a apre-

ciação ou fruição artística. A arte-educação promove todosesses aspectos em conjunto, visando a uma formação maisconsistente e ampla do educando. O desafio do arte-educa-dor é unir teoria à prática. Dessa forma, no mês de abril, osalunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental - II Ciclovisitaram a exposição Aleijadinho e seu Tempo – Fé, Enge-nho e Arte.

A exposição contextualiza um dos períodos mais fascinan-tes da história da arte brasilei-ra, o Barroco, trazido ao Brasilpelos portugueses no séculoXVIII. O estilo se desenvolve emvários estados, mas tem apogeuem Minas Gerais, mais precisa-

Pedagogia

Retrato de Aleijadinhofeito por Euclásio PenaVentura

+Para saberhttp://www.itaucultural.org.br/barroco/abertura.html

http://www.aleijadinho.com

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Pedagogia

62junho 2007integr çãoa

tualmente, ao escrever e resolver, quase automa-ticamente, uma equação do 1º grau, você nempensa nos séculos de estudos que foram necessá-rios para que se chegasse a esse ponto. A lingua-

gem simbólica da Álgebra é um grande simplificador decálculos. É uma pena que às vezes os alunos a utilizemsem perceberem o que estão fazendo.

O domínio de uma língua implica em saber escrever,ler, compreender oralmente e falar. Em geral, há ênfaseem ensinar como escrever um problema em linguagemalgébrica, mas não há ênfase em desenvolver as demaiscompetências.

Educadores como Pais, D’Ambrosio, Muniz, entre ou-tros, evidenciaram uma forte vinculação entre a forma comovemos e entendemos a matemática e o modo como en-tendemos e praticamos o seu ensino.

Ao investigar como os alunos constroem e aprendem àlinguagem algébrica queremos saber como é o nascimen-to natural e significativo desse conceito.

Tentamos fazer um trabalho diferente para o ensino deequações do 1º grau com os alunos do 7º ano do EnsinoFundamental. Para começar trabalhar equações do 1º grauem sala de aula usamos uma atividade adaptada da ba-lança, para ver os conceitos que poderiam aparecer pormeio da noção de equilíbrio. Então pensamos: como falarem balança de dois pratos, se hoje o cotidiano de nossosalunos só conta com balanças digitais? Concluímos quepoderia se tornar concreto se mostrássemos uma balançae os alunos descobrissem seu funcionamento. Para tanto,

levamos para a sala de aula uma balança e deixamos queos alunos a investigassem. Logo todos sentiram a necessi-dade de mexer, pôr e tirar objetos.

Nesse trabalho procuramos colocar os alunos em conta-to com situações significativas, que os levassem a enten-der a álgebra com uma nova linguagem, que tem seusmodos próprios de registro e expressão, às vezes exigindosua ação em situações-problema e em outras, em situa-ções concretas. Assim, ao invés de considerar a álgebracomo um código simbólico indecifrável, tentamos pensá-la como uma língua que nos diz coisas, é traduzível e ex-pressa idéias.

A professora deixou que eles explorassem bastante aidéia de equilíbrio que estava por trás dessa atividade. Emseguida, iniciou as atividades, sem falar sobre qual concei-to iria trabalhar. Distribuiu cartelas com números negati-vos e positivos, bolinhas de vidro e dois pratinhos para cadagrupo. Entregou, também, uma ficha (ver modelo) paraque, com esses objetos e o conceito de equilíbrio, colocas-sem e tirassem bolinhas dos pratos para encontrar o pesode cada uma.

AtividadeRepresente a situação abaixo na balança e inves-tigue o que você poderia fazer para encontrarvalor de cada bolinha. Registre suas idéias emfolha.1ª situação:OOOOO + OOOOO + 2 = 8

2ª situação:OOOOO + OOOOO + OOOOO + 1 = 13

3ª situação:OOOOO + OOOOO + OOOOO + 1 = 9 + OOOOO + OOOOO

4ª situação:OOOOO + OOOOO + OOOOO + 1 = - 2

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Ao realizarmos essa atividade, percebemos mais indíci-os da formação de conceito em ação. O registro dos alu-nos deixou claro o surgimento do princípio aditivo emultiplicativo e observamos, também, que ocorrem dife-rentes procedimentos na construção que, segundo Muniz(2007), é fruto das diferentes relações entre esses sujeitose objetos.

A seguir estão alguns exemplos dessas representações,os círculos representam as bolinhas de vidro. Ao elaborar aatividade, pensamos na bolinha porque era pesada e fácilde observar na balança. Ao vermos os registros dos alu-nos, percebemos que poderia haver confusão com o zero,não para os alunos, mas para quem não estivesse nessecontexto.

algébr icoIniciando o pensamento

Pedagogia

1º registro

Este trabalho faz parte da dissertação de Mestrado daprofª. Sandra Aparecida de Oliveira Baccarinprofª. Sandra Aparecida de Oliveira Baccarinprofª. Sandra Aparecida de Oliveira Baccarinprofª. Sandra Aparecida de Oliveira Baccarinprofª. Sandra Aparecida de Oliveira Baccarin,mestranda em educação pela UnB (UniversidadeFederal de Brasília) professora e coordenadora da áreade Matemática que conta com a Colaboração da profª.profª.profª.profª.profª.Cláudia Renata P. do PradoCláudia Renata P. do PradoCláudia Renata P. do PradoCláudia Renata P. do PradoCláudia Renata P. do Prado, mestre em EducaçãoMatemática pela Unicamp e professora do 6º e do 7ºano do Colégio Madre Carmen Sallés, Brasília.

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Cont

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Pedagogia

64junho 2007integr çãoa

2º registro

2º registro

Nesse dia a professora circulou em todos os grupos. Numdeles, Paulo falou:

– Eu percebi que no resultado os números trocam delugar.

A professora perguntou:– Como assim Paulo?– Perceba professora: O + O + 2 = 8 (leia-se bolinha

mais bolinha mais dois é igual a oito)– Então quando eu coloco O + O + 2 - 2 = 8 -2 , é a

mesma coisa que se eu trocasse o dois de lugar. Ele estáem um prato da balança e vai passar para o outro.

A professora falou:– É isso mesmo.E assim vários grupos foram se aproximando do concei-

to científico.Na validação dessa aula, percebemos que todos os gru-

pos chegaram a uma resposta, embora com registros dife-rentes. A professora aproveitou a validação para fazer al-guns questionamentos. Durante a discussão, um alunoperguntou:

– Então posso dizer que a balança quer dizer equilíbrio.

Professora colaboradora:– A balança dá idéia de equilíbrio, mas me responda: o

que o equilíbrio tem a ver com equações?Aluno:– Equações de equilíbrio.Professora.– Quase.Outro aluno:– As equações têm que estar equilibradas como a

balança.Professora:– Como?Aluno:– Por exemplo: x + 2 = 6, o x tem que ser 4, pois se for

outro não está havendo equilíbrio.Percebemos como os conceitos vão se construindo. Ob-

servamos que os alunos passavam por um agrupamento deoperações intelectuais, as quais exigiam uma atenção deli-berada, memória lógica, abstração e capacidade para com-parar e diferenciar e que, embora participando das mes-mas atividades, cada um estava em um momento da apren-dizagem.

Essas atividades nos levam a pensar que o ambiente desala de aula tem que desafiar, exigir e estimular o aluno abuscar sempre mais; tem que ser um jogo envolvente, ondehaja uma relação de prazer e onde ele tenha tempo paradegustar a idéia.

E é isso que nós estamos vivenciando e aprendendo comeles. Nessas aulas temos a satisfação de observar o quantoé importante fazer com que o aluno utilize suas funçõespsicológicas superiores, para se desenvolver cada vez mais.

Vale lembrar que isso ocorre diferente em cada aluno eem cada turma, apesar de usar a mesma atividade. Issoporque cada um tem o seu tempo, suas dificuldades e seusconhecimentos próprios.

Profª. Sandra Aparecida de Oliveira BaccarinProfª. Sandra Aparecida de Oliveira BaccarinProfª. Sandra Aparecida de Oliveira BaccarinProfª. Sandra Aparecida de Oliveira BaccarinProfª. Sandra Aparecida de Oliveira BaccarinColégio Madre Carmen Sallés - Brasília/DF

Represente a situação abaixo na balança e investigue o que você poderia fazerpara encontrar valor de cada bolinha. Registre suas idéias na folha

cionou o conhecimento de váriasespécies de plantas e animais,despertando o interesse e a curiosida-de, diante das maravilhas da natu-reza.

A visita permitiu uma ampliaçãodos conhecimentos científicos, lá osalunos puderam observar riquezasnaturais já extintas, entre as quais osfósseis, especialmente de mamíferos,como a preguiça-gigante.

No museu de arqueologia, pintu-ras rupestres e vários artefatos deculturas passadas possibilitaram uma

5ª série do colégio ReginaPacis – BH, através de umprojeto interdisciplinar, en-volvendo os conteúdos de

Ciências, História, Artes e Português,realizou uma visita técnica ao Museude História Natural e Jardim Botânicoda UFMG. O local, preservação eco-lógica, abriga centenas de espécies dafauna e da flora brasileiras, além dascoleções de paleontologia, arqueolo-gia e mineralogia, o que proporcio-nou aos nossos alunos um verdadeirolaboratório de aprendizagem.

O projeto teve comoobjetivo sensibilizar osalunos para a preserva-ção ambiental e o desen-volvimento sustentável,demonstrar a integraçãodo passado com o pre-sente e demonstrar asteorias aprendidas emsala de aula.

Inicialmente, a cami-nhada ecológica propor-

Relebrando o Passadopara preservar o Futuro

melhor visualização da criatividade einteligência do ser humano.

No presépio do Pipiripau, viram 45cenas da vida de Cristo, com 580 fi-guras móveis e puderam conhecer umpouco da vida cotidiana de Belo Hori-zonte nas primeiras décadas do sécu-lo XX.

Por fim, o museu de mineralogia,com sua enorme coleção de minerais,pedras preciosas e semi-preciosas,sendo grande parte delas extraídas deMinas Gerais, mostrou a riqueza denossa terra e a importância de se pre-servarem as jazidas de forma inteli-gente e sustentável, para garantir umambiente saudável às futuras gera-ções.

Os alunos documentaram toda avisita através de fotos e responderamposteriormente a uma série de per-guntas referentes a tudo que obser-varam, envolvendo-os de forma maisaprofundada em novas fontes de pes-quisa. Como atividade de Produçãode texto, elaboraram uma narrativaexpondo as experiências e sensaçõesvividas na visita ao Museu.

Profs.: Maria Celeste Padilha(Prof.Redação); Cláudio Lima (Prof. His-tória); Denise Vianna(Prof. Artes);Henrique Albini (Prof. Ciências)

Colégio Regina Pacis - BH

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Psicopedagogia

66junho 2007integr çãoa

til. Foram eleitos por ouvintes e aman-tes durante gerações e vigoram atéhoje. De uma maneira significativa oscontos contribuíram para que as es-tantes das bibliotecas infantis adqui-rissem mais e mais exemplares de clás-sicos e similares.

“... no conjunto da ‘literatura in-fantil’- com raras exceções- nada é tãoenriquecedor e satisfatório para a cri-ança como para o adulto, que o con-to de fadas folclórico”.

(BETTELHEIM, 1980).Como registro histórico e artístico,

o conto de fadas remete a criança aum ideal imaginário que lhe permiteentender o mundo que a cerca. Fa-lando sua língua e ajudando-a a agirsobre ele. Agrada crianças do mundointeiro, pois contém aquilo que elasnecessitam: compreensão e valoriza-ção.

Luciana Camilo PereiraProfessora do 1o períodoColégio Regina Pacis - Belo Horizonte

ra, dirige a criança para a descobertade sua identidade e comunicação, etambém sugere as experiências quesão necessárias para desenvolver ain-da mais seu caráter”.

Além da função exercida pela iden-tificação com o simbólico, presente navida da criança desta idade, o contotambém age como um formador deopinião que envolve a criança em to-dos os seus mais recônditos sentidos.Em qualquer época a criança, deixa-se envolver nas mais belas histórias,nas lutas e tristezas de um herói. Con-clui através dele o funcionamento domundo ao seu redor e mais que issoencontra prazer nas obras literárias.

No que diz respeito à forma doscontos, grandes generalizações foramapontadas por Lüthi: um herói ou he-roína que enfrenta as dificuldades oua tarefa imposta, um oponente realou sobrenatural, um adjunto que é umser raro que auxilia, orienta ou forne-ce um objeto qualquer, figurascontrastantes ao herói e uma perso-nagem a ser resgatada ou desencan-tada. Os personagens são sempre pla-nos, recebem uma denominação ge-nérica ou apenas são identificadospela característica física. O mágico,segundo ele, apresenta-se como algonatural dentro do texto.

Os contos que hoje conhecemoscomo contos de fadas não foram es-critos para as crianças. Mesmo assim,foram absorvidos pelos pequeninos eeternizados em suas mentes.

Cecília Meireles, no livro Proble-mas da Literatura Infantil declara quepara uma literatura ser consideradarelativa às crianças faz-se necessárioà aceitação destas como tal, ou seja,quem vai determinar se um livro é ounão infantil é a própria criança. Atra-vés de sua aceitação e mais que isto,sua apreciação. Este pensamento vaiao encontro da pedagogia contem-porânea, que busca uma aprendiza-gem menos funcional e mais signifi-cativa. A criança é vista não como umreceptor de informações, mas comoo construtor de seu próprio conheci-mento. Enriquecendo seu intelecto damesma forma que classifica sua lite-ratura.

Onde, então, estão classificados oscontos de fadas? Na literatura infan-

fadasO MUNDO DAS “... no conjunto da“... no conjunto da“... no conjunto da“... no conjunto da“... no conjunto da

‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- comraras exceções - nada éraras exceções - nada éraras exceções - nada éraras exceções - nada éraras exceções - nada étão enriquecedor etão enriquecedor etão enriquecedor etão enriquecedor etão enriquecedor esatisfatório para asatisfatório para asatisfatório para asatisfatório para asatisfatório para acriança como para ocriança como para ocriança como para ocriança como para ocriança como para oadulto, que o conto deadulto, que o conto deadulto, que o conto deadulto, que o conto deadulto, que o conto defadas folclórico”.fadas folclórico”.fadas folclórico”.fadas folclórico”.fadas folclórico”.(BETTELHEIM, 1980)ada é tão recomendável para

a criança como o conto defadas. Muito mais que umdivertimento, é uma obra

de arte a ser descoberta e propagada.Nada é tão mágico e atual quanto esteque transpassou sociedades, transpôsideais, sobreviveu a guerras e perío-dos de paz durante séculos e séculos.

Não existe, provavelmente, umadata específica para o nascimento doscontos. Algumas versões oscilam suasdatas em diversas localidades do mun-do. Os contos, tal como conhecemoshoje, eram contados pelas massasmais pobres da população em rodasde costura, onde as mulheres se reu-niam para contar as mais fantásticashistórias, muitas vezes inventadas porelas mesmas ou reproduzidas e modi-ficadas ao longo do tempo e posteri-ormente nos grandes salões da nobre-za. Eram considerados vulgares, pororiginar-se do povo, mas aos poucosforam inseridos nas classes mais afor-tunadas por meio de criadas e amas,que contavam para as crianças nahora de dormir. Foram estas persona-gens pobres, dotadas de um arsenalpoderoso de literatura oral, que possi-bilitaram as páginas cheias dos escri-tores do final século XVII.

O conto de fadas foi um dos meiospelos quais os pregadores medievaisilustravam seus argumentos morais.Muito mais que magia e encantamen-to os contos de fadas são documen-tos históricos. Mostram os diversosmodos de pensamento dos povos aolongo dos séculos, transformados por

diferentes tradições culturas e molda-dos para a aceitação do público alvo.

Transmitidos oralmente, os contosde fadas englobam a essência do serhumano de uma maneira bem objeti-va: as etapas da vida (nascimento,crescimento, morte), o convívio emsociedade, a grande diversidade hu-mana e a natureza.

Eles representam um material degrande valor para as crianças. Podedeterminar, como também todo umconjunto literário, a construção da pes-soa que se compromete ou se com-pleta.

Geralmente com personagens má-gicos, pássaros que falam, galhosmágicos, sempre com uma situaçãoproveniente do real: uma mãe quemanda a filha levar algo para alguém,uma família que queria ter filhos, oconto assemelha-se ao brincar.Bettlelheim defende, de maneira fer-vorosa, o trabalho de contos de fadascom crianças, baseado na psicanáli-se, por constituir a melhor maneira deuma crianças entender o mundo e suasemoções, uma vez que fala a lingua-gem que é próxima a ela. O contotrabalha da mesma forma que elaexperimenta o mundo: através doimaginário. Como seu pensamento éanimista e assim permanece até o iní-cio da puberdade, mesmo que os adul-tos digam que as coisas não pensamou falam, para ela (criança) elas vãocontinuar conversando, e isto é paraela essencial.

“Os contos de fadas, à diferençade qualquer outra forma de literatu-

BETTLELHEIM, Bruno. A psica-nálise dos contos de fadas. Riode Janeiro: Paz e Terra, 1986.

DARNTON, Robert. O grandemassacre dos gatos e outrosepisódios da história culturalfrancesa. Rio de Janeiro: Graal,1986.

GRIMM, Jacob; GRIMMWilhelm. Contos de Grimm:Obra completa. Tradução:David Jardim Júnior. Belo Ho-rizonte: Vila Rica, 1994.

MEIRELES, Cecília. Problemasda Literatura Infantil.Rio dejaneiro: Nova fronteira, 1984.

VOLOBUEF, Karin. Frestas eArestas: a prosa de ficção doromantismo na Alemanha eno Brasil. São Paulo: UNESP,1999.

WARNER, Marina. Da Fera àLoira: sobre contos de fadas eseus narradores. Tradução:Telma Médici Nóbrega. SãoPaulo: Companhia das Letras,1999.

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“... no conjunto da“... no conjunto da“... no conjunto da“... no conjunto da“... no conjunto da‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- com‘literatura infantil’- comraras exceções - nada éraras exceções - nada éraras exceções - nada éraras exceções - nada éraras exceções - nada étão enriquecedor etão enriquecedor etão enriquecedor etão enriquecedor etão enriquecedor esatisfatório para asatisfatório para asatisfatório para asatisfatório para asatisfatório para acriança como para ocriança como para ocriança como para ocriança como para ocriança como para oadulto, que o conto deadulto, que o conto deadulto, que o conto deadulto, que o conto deadulto, que o conto defadas folclórico”.fadas folclórico”.fadas folclórico”.fadas folclórico”.fadas folclórico”.(BETTELHEIM, 1980)

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Esportes

68junho 2007integr çãoa

Adolescer e

adolescer é a passagemobrigatória de todo ser hu-mano da infância à juven-tude. Período de busca de

autonomia, expansão nas relações,vertiginoso desenvolvimento biológi-co regado pelas orças hormonais ca-racterísticas de seu gênero sexual. Éum crescer na auto descoberta pes-soal; aprender a se auto definir como

ser esportista:

mentais para uma atuação esportiva:personalidade ajustada, carga agres-siva equilibrada, resistência às frustra-ções e estabilidade emotiva

O “estar adolescente” aponta umaambivalência de atos, sentimentos eescolhas. A prática esportiva é um ins-trumento capaz de integrar o indiví-duo na sociedade através da uniãoentre ação consciente e vontade. Aointeragirem com seus adversários nosjogos, os adolescentes desenvolvemrespeito mútuo e buscam participar deforma leal e pacífica. Confrontar-secom o resultado de um jogo e com apresença de um árbitro permite avivência e o desenvolvimento da ca-pacidade de julgar. Nos jogos, é fun-damental que se trabalhe em equipe,e a solidariedade pode ser exercida evalorizada, inclusive no papel de es-pectador.

Estimular o companheirismo – umaamizade sadia na equipe – pois é noesporte que o jovem obtém momen-tos de descontração, união e amiza-

de, através da prática de atividadescomuns. Por sinal, o próprio símboloolímpico (cinco anéis de diferentescores entrelaçados entre si) represen-ta justamente a união dos povos doscinco continentes por meio do espor-te. Em 1916-17 o criador da Funda-ção Rotária, Arch C. Klumph disse queexistem dois tipos de homens: os so-nhadores e os pensadores. Mas Archinsistia: “O pensador não é mais queum sonhador prático”. De acordocom o educador Paulo Freire, o pen-sar certo está em constante confrontocom a prática crítica ao envolver omovimento dinâmico entre o fazer eo pensar sobre o fazer. Na adolescên-cia vislumbra-se sempre um olhar vol-tado para a praticidade sonhada e exe-cutada e cabe aos familiares e edu-cadores tornar esta utopia possível.

Ir. Marlise Regina Severino PetersEspecialista em educação.Coordenadora pedagógica – Seg-mento I - Colégio Maria Imaculada –Rio de Janeiro

Nos jogos, é fundamentalque se trabalhe em equipe,e a solidariedade pode serexercida e valorizada,inclusive no papel deespectador.

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um binômio saudável

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ser vivente em sociedade e também,na descoberta e conhecimento dooutro diferente de mim.

Percebe-se que a adolescência éuma etapa da vida humana que nostraz muitas implicações e questiona-mentos. É época de ser esportista?Deve-se buscar uma atividade física?

Sabem-se os benefícios dos espor-tes na vida do adolescente?

“Não se pode falar em adolescên-cia saudável sem a prática de esportee atividade física. Correr, estar comos outros, formar grupos são atitudesnaturais da adolescência. E, por isso,fundamentais para um desenvolvi-mento saudável. Estudo recente daOrganização das Nações Unidas re-comenda a adoção do esporte comoinstrumento de políticas públicas parao desenvolvimento humano. E apon-ta que a prática do esporte entre ado-

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lescentes também contribui na disse-minação de valores fundamentaiscomo a cooperação e o respeito.”Agnelo Queiroz

Então, deve-se estimular a açãoesportiva. Pode-se dizer que a ativi-dade física é um importante auxiliarpara o aprimoramento e desenvolvi-mento do adolescente, nos seus as-pectos morfofisiopsicológicos, poden-do aperfeiçoar o potencial físico de-terminado pela herança genética eauxiliar o indivíduo para um aprovei-tamento melhor de suas possibilida-des.(1) Paralelamente à boa nutrição,a adequada atividade física deve serreconhecida como elemento de gran-de importância para o crescimento edesenvolvimento normal durante aadolescência, bem como para dimi-nuição dos riscos de futuras doenças.

Estimula a socialização, serve comoum “antídoto” natural de vícios oca-siona maior empenho na busca deobjetivos, reforça a auto-estima, aju-da a equilibrar a ingestão e o gastode calorias e leva a uma menor pre-disposição a moléstias.

O exercício físico gera efeitos psi-cológicos positivos, tais como melho-ra do humor, redução do estresse,aumento da auto-estima devido àmelhora da auto-eficiência e esque-mas cognitivos que favorecem o raciocínio otimista.

A prática de esportes pode repre-sentar fator de proteção para o de-senvolvimento de transtornos alimen-tares, como a anorexia e a bulimia,talvez devido ao fato de elevar a auto-estima e o apoio social e diminuir asensação de depressão. Os autoresabaixo mencionados identificaram emseus estudos que a prática de ativida-de física estava relacionada a um pa-drão e preferências alimentares maisadequados.

Segundo Carazzato(2), o esportecompetitivo ajuda a desenvolver asaptidões e o esporte recreativo a eli-minar as inaptidões, ...que haja umequilíbrio entre “benefício” e“performance”, ou seja, que o orga-nismo não seja prejudicado na buscapor melhores resultados.

Barros(1) reforça a importância dese ter em mente o significadopsicossocial do esporte para os ado-lescentes, já que todo atleta tentaatingir os quatro elementos funda-

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BARROS R. Os adolescentes e otempo livre: lazer – atividadefísica. In: Coates V, Françoso LA,Beznos GW. Medicina do adoles-cente. São Paulo: Sarvier, 1993.CARAZZATO JG. Atividade físicana criança e no adolescente. In:Ghorayeb N & Barros Neto T L OExercício: preparação fisiológi-ca, avaliação médica, aspectosespeciais e preventivos. SãoPaulo: Atheneu, 1999.www.aid.com.br, consulta feitaàs 16h32min de 21/05/2007

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Nas fotos, alguns exemplos daprática esportiva do Colégio MadreCarmen Sallés - Brasília/DF

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Projetos

70junho 2007integr çãoa

MINHA

FAMÍLIA,

EUAS HISTÓRIAS E

s alunos do 2°período do Colé-gio ImaculadaConceição, CIC

Machado/MG, estão parti-cipando de um projeto que

acessórios como chapéus,fantoches, etc. e um cader-no feito especialmente pararegistrar, através de dese-nhos, o que a história lheinspirou. O caderno contémuma página explicando oobjetivo do projeto e dá al-gumas sugestões para quecada família incorpore ri-mas, histórias, adivinhas,sorteio e invenções malucaspara compartilhar com ascrianças do grupo.

A criança então se pre-para para contar a históriaa seus colegas; pode usarobjetos que estão presentesno interior da mala. Todaessa preparação é feita emconjunto com a família. Aatividade possibilita às crian-

o

Integrar a família noprocesso dedesenvolvimento daleitura desperta nacriança o gosto e oprazer de ler.

envolve a Família e os Con-tos de Fada. Esse projetotem o objetivo de criar um momento mágico de inti-midade, cumplicidade,aproximação entre pais efilhos, despertar o gosto, oprazer e o hábito da leitu-ra. Convidamos os alunosa viajar pelo mundo mági-co da leitura. É uma ótimaoportunidade para estimu-lar a criatividade.

A criança escolhe, na bi-blioteca do CIC, um livro desua preferência. Este livroé colocado em uma “Mala-Viajante” (caixa colorida edecorada), que contém

ças conhecer palavras no-vas, desenhar objetos enri-quecendo assim seu univer-so criativo.

Além de tudo isso, éuma grande oportunidadede demonstrar responsa-bilidade, pois a criançadeve levar a mala-viajantena sexta-feira e trazê-la nasegunda-feira.

Com essa experiência,estimulamos o processo deaprendizado do aluno noscampos da oralidade, cria-tividade interpretação e tra-balho em grupo.

Talitha M. C. OliveiraProfª 2º Período do Edu-cação Infantil - CIC Macha-do/MG

Lucas conta a sua história, e

a turma fica “encantada” Ana Beatriz faz uma

dramatização do livro. Esta foi a vez de Carolina

mostrar seu talento.Ana Julya conta a história

da Chapeuzinho Vermelho.

Luíza mostra a “Maleta

Viajante” aos colegas.oi esse o título dado pelos alunos dasprofessoras Roberta e Lélia, do Pré doColégio Imaculada Conceição de Pas-sos, para o projeto pedagógico relacio-

nado às mães, desenvolvido nos meses de abrile maio.

Na Educação Infantil, trabalhamos com pro-jetos pedagógicos, pois possibilitam a aborda-gem e a experimentação do conhecimento deforma interdisciplinar e por oferecer condiçõesde se pensar em um trabalho e realizá-lo junta-mente com a criança e, também, com a famí-lia.

Durante a execução, foram realizadas ativi-dades relacionadas às mamães: entrevistas, nú-mero de letras e escrita da palavra, frases, textoscoletivos com interpretação, letra inicial do nomeda mamãe de cada colega de sala, entre outras.

O grande destaque do projeto foi, sem dúvida,a exposição das “mamães”. Essa atividade foi en-viada, confidencialmente, aos papais para que fi-zessem a esposa/mamãe em um cartaz. A orienta-ção era para que a deitassem em um cartaz gran-de e fizessem, nele, o contorno do corpo dela. Pos-teriormente, pediriam para a mamãe sair de casa ecompletariam o trabalho com retalhos de papéis,tecidos, anéis e cabelos. Em seguida, levariam para aescola a fim de ser exposto.

Os papais com seus filhos foram muitos criativos...Teve Mamãe Maravilha, Mamãe Social e até Mamãecom bebê na barriga!

A surpresa para elas foi grande, pois, no dia do cháem homenagem às Mães, encontraram o hall da Educa-ção Infantil totalmente decorado pelos cartazes, dandoum colorido especial e alegria, tanto para elas como paraos filhos.

Juliana Pereira Zorzin SilvaCoordenadora Pedagógica – segmento I - CIC Passos/MG

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EstrelaMamãe

Projetos

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Projetos

72junho 2007integr çãoa

PlantasAlimentação que vem das

Projeto Alimentação que vem das Plantas encerrou-se com a apresentação deum teatro de fantoches, com título “Aninha no País das Vitaminas”, escrito pelaProfessora Simone Souza Santos, cuja história conscientiza as crianças a teremuma alimentação saudável, rica em vitaminas, proteínas.

As crianças aprenderam sobre a importância da alimentação balanceada , além departiciparem com perguntas e comentários sobre o que mais gostam de comer.

Além das professoras da Educação Infantil (Simone, Kassiana, Luciana e Adriana)também participaram do projeto a professora de Música, Elaine Caproni e Maria José,noviça que se encontrava no CIC/Machado. Veja a seguir o texto do teatro.

Alunos da Educação Infantil do CIC Machado/MG atentos aos ensinamentos da nutricionista Juliana Garcia

oMAÇÃ - - - - - Olá pessoal! Eu sou a maçã.Quem me conhece? Quem gosta demim? Sabe o que eu vim fazer aqui?Eu vim contar para vocês a história daAninha; “ANINHA NO PAÍS DAS VITA-MINAS”. Eu acho que ninguém conhe-ce a Aninha.Aninha era uma menina muito legal.Ela era amiga de todos, era muito estu-diosa, adorava ir à escola... Só que sem-pre, vira e mexe, a Aninha ficava doen-te: resfriada, com dor de cabeça, dorna barriga, cansada e sem vontade parabrincar.Ah!!!! Mas como eu sou muito esper-ta, descobri porque Aninha ficava tãodoente assim. Vocês nem imaginam.Prestem muita atenção!Um dia, Aninha passeando na floresta,avistou um lugar muito bonito, coloridoe resolveu visitá-lo. Era o País das Vita-minas.

ANINHA ----- Hei, psiu! Quem é você?

CENOURA – – – – – Olá! Eu sou a cenoura esou muito saborosa: na salada, no bolo,na sopa ou em qualquer outra receita.Você come cenoura?

ANINHA – – – – – Desculpe, amiga, mas euprefiro chocolate, é muito melhor.(Aninha continua andando)Nossa, o que é isso?

BANANA – – – – – Oi! Eu sou a banana, sourica em vitamina. Você gosta de mim?

ANINHA – – – – – Ah! Desculpe, Dona Bana-na, mas eu gosto mesmo é de um bomprato de batata frita com bastantecatchup. Hum, Que delícia!

(Aninha continua andando)O que é isso tão verde?

COUVE – – – – – Como vai? Eu sou a couve.Faço muito bem à saúde. Refogadinhaou no suco? De que jeito você gostamais?

ANINHA ––––– Couvinha, querida! Euacho que eu prefiro uma pizza ou en-tão: fandangos.(Laranja vem cantando e encontra comAninha)

LARANJA – – – – – Lá, lá,lá ... Olá ! Tudobem? Qual é o seu nome?

ANINHA – – – – – Eu me chamo Aninha, evocê?

LARANJA – – – – – Eu sou a laranja, soumuito especial, quem beber do meusuco jamais pegará um resfriado.

ANINHA – – – – – Será? Eu acho muito me-lhor tomar um refrigerante (coca-cola,guaraná, fanta...)

LARANJA – – – – – Ah, menina! Você estáenganada. As frutas, verduras e legu-mes são muito importantes para o seucrescimento. Eles são ricos em vitami-nas . E é disso que o corpo precisa.

DONA VITAMINA ––––– Oi, pessoal! Eusou a Dona Vitamina. Eu estou pre-sente em vários lugares... Nas verdu-ras, frutas e legumes. Estou em todosos alimentos saudáveis : beterraba,cenoura, couve, alface, tomate...Sabe aonde eu não costumo estar?Nos salgadinhos, refrigerantes, choco-

lates, chicletes, balas e pirulitos. Porisso não é bom comer essas coisas to-dos os dias, não é mesmo? É só de vezem quando. Elas não fazem muito bempara a nossa saúde.

MAÇÃ ----- É por isso que Aninha vive do-ente. Ela não come alimentos que con-tém vitaminas. Vamos ajudar a Aninhaa se alimentar melhor?

(Nesse momento, Aninha estará comuma cesta cheia de guloseimas : (re-frigerante, balas, pirulitos, salgadi-nho, chicletes...)

(Dona Vitamina possui uma cesta reple-ta de alimentos nutritivos : pão, frutas,verduras e legumes)

DONA VITAMINA – – – – – (chama Aninha) ediz: Aninha você quer trocar este sal-gadinho por este pãozinho tão gostoso,e que faz bem à saúde?

(Aninha troca)(E assim por diante vão sendo feitas astrocas)

ANINHA ––––– Nossa, eu só comia alimen-tos sem vitamina. Ainda bem que eudescobri a tempo. Viu como eu sou es-perta? Agora eu já sei: salgadinhos, re-frigerantes, doces... só de vez em quan-do. Doces demais, dão dor de barriga eainda estragam os dentes.Agora eu vou para casa e vou contarpara a mamãe e o papai o que euaprendi. Vocês também aprenderam?Tchau, amiguinhas! Muito obrigada!Agora eu não vou mais ficar doente, euvou crescer saudável, contente e feliz.Tchau, pessoal!

(Todos Cantam)

QUANTA VAGEM,OH, QUANTA CENOURA!MAIS DE MIL GRÃOZINHOS DE FEIJÃO.A BATATA ESTÁ PULANDO,NA PANELA,NO FOGÃONO MEIO DO MACARRÃO.

Personagens:Maçã: Maria José; Aninha: Elaine; Cenou-ra: Luciana; Banana: Adriana; Couve:Simone; Laranja: Kassiana; Dona Vitami-na: Simone

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Aninhano PaísdasVitaminas

Professoras do InfantilCIC-Machado/MG

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Projetos

74junho 2007integr çãoa

a Educação

um mundo onde estruturasestáveis se desestabilizamem questão de minutos, pa-rece mais sensato e coeren-

te, educar para o presente e não mais,apenas, para o futuro.

Quanto mais cedo nossos adoles-centes desenvolverem o respeito aopróximo, a participação crítica e co-munitária, a autonomia, a iniciativa ea autoconfiança; melhor será para seuaprimoramento pessoal. “Através daeducação tratamos de fazer do edu-cando mais pessoa” Madre CarmemSallés

A partir dos anos 80, a atuação pro-dutiva da mulher, fora de casa, tor-nou-se tão importante quanto a ma-ternidade. Porém, conciliar trabalho efamília é desafiador nos tempos atu-ais. Na dedicada relação entre o tra-balho e os filhos, a mulher enfrentaconflitos desde a participação na vidaescolar dos filhos até o impacto dissoem sua vida profissional.

Os pais sabem que é difícil fazercom que os adolescentes cumpram astarefas escolares, uma vez que lu-tam contra sedutores concorrentes:internet, tv, videogame, mp3, mp4,mp5 entre outras coisas que disper-sam a concentração e consomem todoo tempo dos jovens. Com a ausênciadas mães em casa, os jovens, hoje,têm de administrar eles próprios o seutempo. Diante dessa realidade, as fa-

Renovando

Os alunos criam a cada dia laçosde amizade e carinho, tanto com oscolegas quanto com os profissionaisenvolvidos no projeto, mantendo umarelação de confiança e bem estar. Eo colégio transforma-se em um espa-ço em que os alunos não vêm somen-te no horário de aulas.

Dulce Stelhing SquarcioCoordenadora do Projeto RenovaçãoColégio Regina Pacis-BH

“Na tarefa educativa, é

necessário constância. Os

bons atos repetidos dão

lugar a um hábito que

adquire a força de uma

segunda natureza.”(Madre Carmem Sallés)

mílias buscam alternativas para as-sessorar os filhos.

Empenhados em promover umaparceria, que responda às necessida-des dos jovens e suas famílias, a di-reção do CRP, com o apoio de seuseducadores, criou um espaço de es-tudo, lazer, esporte, cultura e conví-vio: o PROJETO RENOVAÇÃO. Aten-dendo alunos de 5ª a 8ª série e Ensi-no Médio, no horário extra-classe,alterna atividades como xadrez, ofi-cinas de arte e atividades esportivas,além de priorizar o aspecto acadê-mico com plantões de Português,Matemática e realização de tarefasde casa. Assim, os alunos têm a pos-sibilidade de adquirir hábitos de es-tudo em um ambiente saudável ebem direcionado. Os alunos partici-pantes sentem-se acolhidos e respei-tados em seu jeito de ser e estimula-dos a superar-se.

Dessa forma, a equipe pedagógi-ca do CRP, inspirada pela visão deCarmem Sallés que, ao preocupar-se em acolher a juventude, soubetransformar as dificuldades em opor-tunidades, abraça mais essa expe-riência que já começa a mostrar seusfrutos.

n Reforço Pedagógico

Aulas de Xadrez

“Donde, otra vez,

uma flor puede

florecer allí, um dia,

crecerán mil flores”( Phil Bosmanns)

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eonardo da Vinci foi um gran-de inventor, artista, cientista epensador. Ele tem sido ampla-mente proclamado como um

dos maiores pintores e escultores darenascença e, embora também fosseconhecido como engenheiro e cien-tista, a sua obra, nesses campos, per-maneceu oculta por muitos séculos.

A exposição “Leonardo da Vinci –A exibição de um gênio” que ocorreuem São Paulo foi originada na Itália evem sendo apresentada em diversospaíses com produções que destacamo legado de da Vinci em diversas áre-as de estudo, invenções e projetos aele encomendados.

Leonardo (1452 – 1519) nasceu ile-gítimo, próximo à cidade de Vinci, naToscana, a uma pequena distância docoração do movimento Renascentista,Florença. Além de criador da pinturamais vista e famosa do mundo, aMona Lisa, da Vinci inventou o tan-que militar, bicicleta, automóvel, sub-marino, aparelho para respiraçãosubaquática e os simples, mas vitais,rolamentos de esferas e sistemas deengrenagem que são usados até hoje.Ele foi o primeiro a dissecar cadáve-res para entender e documentar, emmeticulosos detalhes, o corpo huma-no. É realmente incrível ter em men-te que isso tudo foi realizado no finaldos anos 1400 e início de 1500! É amultidisciplina brilhante de Da Vinci

A exposição Leonardo

da Vinci: exibição de um

gênio. Aconteceu

em São Paulo.

sobre artes, ciências, engenharia, ana-tomia, biologia, música e filosofia, queo colocam à parte de todos os outrosgênios.

Vivenciar essa experiência fantás-tica, voltando no tempo e entenden-do a evolução das cidades e da ne-cessidade de se criar formas práticasde desenvolvimento humano, indivi-dual e coletivo e, principalmente, nacriação de técnicas que melhoraramsobremaneira o trabalho humano éum privilégio que deverá se estendera todos.

“Embora a criatividade humanaseja capaz de fazer várias inven-ções, com a ajuda de diversas má-quinas atendendo ao mesmo ob-jetivo, ela jamais projetará nadamais belo, ou mais simples, oumais pertinente que a Natureza,cujas invenções nada têm de in-completo, tampouco de supér-fluo”.

Leonardo da Vinci

Fabiana Scoleso –Professora de História - Ensino Fun-damental II - Colégio Maria Imacula-da - São Paulo/SP

Informações retiradas do manual “Leonardoda Vinci: a exibição de um gênio” promovidapela RYT Austrália Major Projects e aAnthopos Foundation com o patrocínio daFundação Bradesco e Gol Linhas Aéreas.

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Cultura

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Atividades

76junho 2007integr çãoa

integraçãoPossibilidade de integração

COLÉGIO REGINA PACIS - BELO HORIZONTE - MG

ivemos em tempos confusos! Bombarde-ados pela mídia, pressionados pelo pró-prio espírito irrequieto, estressados com acorrida diária da sobrevivência, somos ví-

timas frágeis e fáceis dos vorazes senhores domundo: sujeitos de consumo...

Dia 17 de março de 2007 foi um dia de paradapara reflexão. A equipe do Colégio Regina Pacispropôs aos alunos, familiares e educadores ummomento de integração - Família e Escola - tendocomo objetivos: ampliar a relação entre pais e fi-lhos, escola e família, pais/pais; proporcionar mo-mentos de reflexão, de partilha e convivência; sen-sibilizar os pais sobre a responsabilidade da famí-lia perante a Escola e a sociedade.

O espaço escolhido para a realização desseencontro foi a Pousada do Rei, localizada emSarzedo, Belo Horizonte.

A partir do tema da Campanha da Fraternida-de deste ano, organizamos as equipes e as diver-sas oficinas. Lá todos tiveram a oportunidade dese aproximarem um pouco mais de si mesmos, dooutro e de Deus, através da arte, do relaxamento,da diversão, das brincadeiras...

Pudemos constatar, pelos depoimentos de al-guns participantes do encontro, que foi um dia deconvivência, alegria, e partilha entre pais, alunose educadores.

Família e Escola:

O que mais nos fascinou:

“A alegria de todos, a descontração e a oportunidadede integração entre as famílias e a escola.”

“As dinâmicas do encontro nos ensinaram muito so-bre o que podemos fazer quando tudo parece difícil.”

“A reflexão na oração da manhã, pois senti a presen-ça de Deus em todas as famílias. Foi um momentomaravilhoso.”

“As dinâmicas de grupo proporcionaram a troca deinformações e idéias entre pais, filhos e colegas.”

Margareth Prado GregórioOrientadora educacional - Colégio Regina Pacis - BH

v

RECANTO BETÂNIA - EMBU GUAÇU - SP

Cobras na Escola

comum, no verão, em regiões onde a faunae a flora ainda conseguem ser preservadas,vermos cobras em casas, jardins, gramadose até mesmo sobre o asfalto e no pátio da

escola, bem como ouvirmos comentários de quealguém foi picado por uma cobra peçonhenta.

Muitas vezes as crianças questionam o que vema ser uma cobra peçonhenta. Respondendo estaquestão, podemos dizer que uma serpente épeçonhenta quando seus dentes são capazes deinocular veneno nos animais que ataca. Os dentestêm um canal ou sulco que se comunica com asglândulas produtoras de veneno. No momento dapicada, o veneno escoa por esse canal e é inocula-do no corpo da presa. O Brasil abriga uma notávelquantidade de espécies de serpentes, dentre asquais muitas delas são peçonhentas.

Vários acidentes, de fato, ocorrem com essasserpentes. Para evitá-los é recomendável o uso per-manente de botas e perneiras sempre que se esti-ver caminhando em ambientes propícios à presen-ça desses répteis, pois os pés e as pernas são lo-cais do corpo mais atingidos pelas picadas de ser-pentes.

Em caso de acidente, o indivíduo picado deveprocurar assistência médica imediata para ser ade-quadamente tratado com soro específico. Duranteo transporte da vítima até o hospital, ela deve per-manecer deitada ou sentada, com o membro atin-gido levantado. Se possível, a serpente deve sercapturada e também levada até o hospital, a fimde ser identificada. Estes são os únicos procedi-mentos corretos.

uma aula diferenteA preservação das serpentes tem sido de suma impor-

tância para a população humana, que além de manter oequilíbrio ecológico, o veneno de algumas espécies é utili-zado na medicina para manipulação de medicamento decontrole da pressão alta e também da cola cirúrgica. Essesdados foram relatados pela bióloga do Instituto Butantã,Letícia Ruiz Sueiro, que esteve no Centro Educacional Re-canto Betânia nos dias 07 e 08 de março.

Alunos do 7º ao 9º ano assistiram à palestra referente aanimais peçonhentos e como que hipnotizados pela expo-sição de slides, aguardaram ansiosos o momento em quepuderam manusear exemplares de serpentes mortas e vi-vas. O medo e a curiosidade de cada um dos alunos fize-ram com que o momento esperado fosse mágico. O brilhono olhar, as batidas do coração, as mãos suando frias fo-ram alguns dos sintomas que marcaram esse momento deaprendizado. Após o manuseio de serpentes, pele e cho-calho de cascavel, vários mitos foram desvendados. Nofinal, uma sessão de tira-dúvidas enriqueceu nosso apren-dizado, valorizando a vida no planeta.

Alguns alunos se reportaram à Amazônia e à importân-cia da preservação das espécies. Letícia, com sua meigui-ce e profundo conhecimento das serpentes, fez com quealguns alunos se interessassem pela profissão de biólogo(a)e veterinário(a).

Mais uma vez, observou-se que um assunto abordadopor especialistas faz com que os alunos tenham mais inte-resse e ao mesmo tempo, enriquece o trabalho dos mes-tres em sala de aula.

Marta Valéria Cleim TsutiyaProfª. de Ciências do Centro Educacional Recanto Betânia

é

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Atividades

78junho 2007integr çãoa

COLÉGIO REGINA PACIS - BELO HORIZONTE - MG

o dia 9 de março de2007, os alunos da1ª e 3ª séries do en-sino médio do Co-

légio Regina Pacis visitaramo campus da Universidade Fe-deral de Minas Gerais, como objetivode conhecer a extensão docampus e os cursos ofereci-dos pela mesma.

Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer os departamentos doInstituto de Ciências Biológicas – ICB, do Instituto de Ciências Exatas -ICEX e o Departamento de Química, onde assistiram a demonstraçõesinteressantes das disciplinas de Biologia, Física e Química.

No ICB, os estudantes visitaram o Museu de Ciências Morfológicas paraconhecer a morfologia e a fisiologia humana. Através das observações,puderam desvendar os mistérios do corpo humano, assim como, os níveisde organização que começa com a unidade fundamental do ser vivo (acélula) até a complexidade dos sistemas que compõem um indivíduo.

No departamento de Química da UFMG, os alunos assistiram a umapalestra informativa sobre o curso de química, aplicabilidade no mercadode trabalho e utilização no cotidiano do químico. Também foram levadosao laboratório de obtenção de N

2 (Nitrogênio), onde fizeram experiências

práticas com o nitrogênio, além de informações sobre sua larga aplicaçãono mercado.

No ICEX, os alunos tiveram contato com experiências fantásticas, ela-boradas pelo Doutor Eduardo Valadares, e, puderam associar a teoria coma prática, quebrando barreiras.

Os alunos do Regina Pacis foram acompanhados pelos professores Carlos(Física), Nívio (Química) e Patrícia ( Biologia), que puderam associar os con-teúdos do seu dia a dia com as práticas desenvolvidas na universidade.

Patrícia MoreiraProfessora de Biologia - Regina Pacis - BH

UFMGVisita técnica à

n

COLÉGI O IMACULADA CONCEIÇÃO MACHADO/MG

Concursode RedaçãoO CIC-Machado/MGparticipou do 36º ConcursoInternacional de Redação deCartas, para jovens de 09 a15 anos, com o tema:Imagine que você é umanimal selvagem, cujohabitat está ameaçado pelasmudanças do clima e domeio ambiente. O objetivodo concurso consistiu emescrever uma carta aoshabitantes do planeta paraexplicar-lhes o que fazerpara ajudá-los a sobreviver.Aberta a temporada de caçana Escola, selecionamos asduas melhores cartas, quepodemos conferir, naíntegra:

Isabela Campos e Luiz Renato,finalistas do concurso de redações

PARAÍSO DAS TARTARUGAS, 22 DE ABRIL.Olá, senhores da sujeira! Eu sou a Naná, uma tartarugamarinha, que mora no litoral junto com a minha família eamigos.Estou tentando me comunicar com vocês para alertar-lhes e pedir socorro também. Vocês, com sua máquinas,estão acabando com o nosso mundo. Eu sou um animalaquático e terrestre e posso perceber que vocês estão aca-bando com tudo: água, terra, ar. Para vocês que achamque é mentira, vou contar o que aconteceu comigo, essesdias atrás.

Eu estava passeando com a minha família no fundo domar. Nós nos alimentamos de algas e pequenos corpos;estávamos indo em direção ao lugar onde tinha as melho-res algas da região. Esse lugar podia sustentar toda a po-pulação da nossa ilha. Nós estávamos chegando lá, quan-do minha amiga chamou-me muito nervosa. Ela me disseque era para eu ir correndo ver o que tinha acontecido.Quando chegamos lá, o coral que era todo colorido estavasem cor e com um gosto horrível! Todos nós ficamos de-sesperados, porque aquilo era a nossa fonte de alimenta-ção e, como estava com um gosto ruim, ninguém iria que-rer comer. Então nós teríamos que ir para o coral dos tuba-rões, e isso seria muito arriscado, porque, como vocês sa-bem, a qualquer hora, um de nós poderia ser atacado porum deles. Isso tudo por causa de um líquido muito escuroque caiu junto com um grande barril.Ainda acham isso pouco!? Ok, vou contar outra históriaque o papagaio me contou.

“Eu estava voando, quando avistei muitos bichos cor-rendo e gritando. Então fui ver o que estava acontecendo.Antes de ver alguma coisa suspeita, um cheiro muito fortecomeçou a vir em minha direção. De repente, vi uma gran-

de fumaça saindo do meio da floresta, onde eu e minhafamília morávamos. Fiquei preocupado! Currupaco! Che-guei lá, estava tudo muito quente, pois algum de vocês,seres humanos, colocou fogo em nossas casas. Mas issonão foi o pior; eu fiquei sabendo que muitos amigos meusnão resistiram ao calor e, para piorar mais, meus filhos eminha mulher também não. Mas não foram só os papagai-os que sofreram as conseqüências, muitos outros animais,aves, onças, tatus e muitos outros mais em extinção tam-bém se foram.Depois dessa história, vocês ainda acham que está tudocerto e que nada precisa mudar mesmo? Nós, animais, eaté mesmos vocês, estamos correndo risco de não sobrevi-vermos a essas mudanças que andam acontecendo. Ouvocês não sabem aproveitar as belezas da Mãe-Nature-za.? Procurem mudar de atitudes ou o pior pode aconte-cer. Não poluam, nem façam queimadas! Não sejam ga-nanciosos, pegando mais do que precisam. Respeitem aMãe-Natureza! Vamos mudar o mundo! Vamos torná-lomelhor e mais puro!

Mas quero fazer uma observação, pois sei que nenhumde vocês que leu deve ter percebido: a data da carta. Vocêspodem não saber, mas esse é o dia do Planeta Terra. Esco-lhi essa data para vocês pensarem se vão querer que essedia ainda continue existindo, com muita fartura de alimen-tos, cuidados, amor e o principal: VIDA.Pensem, reflitam! O mundo está em suas mãos. Façama escolha certa.Atenciosamente,

Naná Water LifeIsabela Campos Aguiar (8ª série)

SIBÉRIA, 09 DE MARÇO DE 2007.

Senhores Humanos,

Sou um lobo, tenho minha família, meus amigos. Nós

vivemos em comunidade, somos uma alcatéia bem feliz.

Mas de uns tempos para cá, o gelo da Nova Sibéria aqui

no Pólo Norte está se derretendo. Um dia desses, eu quase

fui atingido por uma grande pedra de gelo que se despren-

deu!_ Lobo Mau... Eu? São vocês que estão destruindo nos-

sas casas; minha toca está descongelando. Para onde eu

vou? Será que eu vou ter que viver em cativeiro, como

uma espécie ameaçada de extinção, por falta de comida?

Com o calor, por falta de toca que descongelou? Por caça

predatória dos caçadores vorazes que querem minha pele?

Já não basta os tornados nos primos pardos do Canadá e

nos Estados Unidos? As ondas gigantes nos primos negros

e amarelos da Indonésia, embora vivam nas montanhas?

As queimadas nas florestas amazônicas dos primos guarás?

Os terremotos nos primos albinos das Filipinas, hein?

Por favor, pessoas humanas e racionais, parem de po-

luir o ambiente. Usem energia eólica, álcool como com-

bustível; não queimem as matas que também são alimen-

tos para o gado, nem as cortem para matéria-prima; não

tirem excessivamente do solo, pois talvez não nasça mais

nada ali; não joguem lixo no chão.

Assim, vou poder viver em paz e feliz, com a minha

família, minha comunidade, meus amigos.

Lobo BrancoLuiz Renato Ferreira Gonçalves (7ª série)

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Atividades

80junho 2007integr çãoa

omo parte do desenvolvimento do projeto “““““Longe das Drogas”,os alunos do grupo Jovem Carmen Sallés, do Colégio ImaculadaConceição de Machado, acompanhados de dois soldados da Po-lícia Militar, no dia 11 de maio de 2007, às 15 horas, visitaram os

idosos do Asilo com as seguintes finalidades:Levar e receber atenção, carinho, amor;entregar aos idosos materiais de higiene angariados numa campa-nha realizada pelos alunos, nas salas de 5ª e 6ª séries;

· rezar o terço com os idosos. Em cada dezena, um grupo contempla-va um mistério glorioso, preparado anteriormente com a ajuda depassagens bíblicas, cartazes e gravuras;trocar mensagens. Muitas mensagens significativas foram trocadasentre idosos e jovens. Ambos ficaram tocados pelas experiências emensagens vividas e transmitidas;visitar as dependências do Asilo. Durante a visita, os idosos mostra-ram aos jovens seus trabalhos manuais, e um idoso tocou violão ecantou homenageando os visitantes. Todos ficaram emocionados ecantaram juntos ao Senhor.Esta atividade e as outras realizadas junto aos carentes das Institui-

ções de Machado, fortalecem o Grupo Jovem, que tem como finalida-des: refletir e vivenciar a Palavra de Deus e os valores cristãos, ajudar osnecessitados e criar um ambiente amigo e fraterno entre os participan-tes do grupo.

Irmã Vanilda Rodrigues PereiraCoordenadora do Grupo Jovem -Colégio Imaculada Conceição - Machado/MG

Grupo Jovem visitao Asilo de Machado

c

Ao final da visita, a foto oficial.

A aluna Ana Clara entrega kit dehigiene pessoal para senhora idosa

Idoso mostra todo o seu talento,ao violão

s alunos do CIC-Machado/MG es-tão sempre se atu-alizando e apren-

dendo coisas novas. O DiaNacional do Livro Infantil foicomemorado no CIC de umamaneira criativa: durantetoda a semana os professo-res trabalharam o tema dando ênfase ao es-critor Monteiro Lobato, que completaria nesteano, 125 anos de existência. No dia 18/04,Irmã Caridade “sabatinou” os pequenos alu-nos, que deram um show de aprendizado co-mentando inclusive passagens curiosas davida do escritor.

Numa apresentação teatral do livro“Policarpo, o Inseto Desclassificado”, os alu-nos da 3ª Série demonstraram sua criatividadeinterpretando de duas maneiras diferentes omesmo livro: uma turma vestiu-se dos perso-nagens e apresentou a história e a outra fezum programa de TV, apresentando desenhose narrações do livro.

Elizabeth Botazini Soares RibeiroProfª de Língua Portuguesa – 3ª e 4ª Séries -Colégio Imaculada Conceição - Machado/MG

Dia Nacionaldo Livro Infantil

Alunos da 3ª Série drama-tizam o livro “Policarpo,o inseto desclassificado”

Maria Cristina Dias,a bibliotecária do CIC

o

COLÉGI O IMACULADA CONCEIÇÃO - MACHADO/MG

ex-aluna, Sra. Magali Prado Dias, esteve comos alunos da 8ª série do CIC Machado para re-fletir com eles o tema Etiqueta e Comporta-mento. A palestra foi um sucesso, tanto pela

escolha do tema e facilidade da palestrante em expressar-se, quanto pela participação e aproveitamento e envolvi-mento dos alunos.

Vejamos algumas dicas básicas citadas pela palestrantepara tornar o dia a dia mais agradável, pois sabemos dadiferença que faz quando uma pessoa bem educada estápresente nos ambientes.

1. O básico do básico é: por favor, com licença, muitoobrigado(a).2. Sempre peça licença, quando for falar com algumapessoa que está numa rodinha de amigos, ou simples-mente passar por algum lugar, mesmo na rua, onde es-tão pessoas reunidas no passeio.3. Nunca esquecer de agradecer, pois aquele(a) que lhefaz favor ou lhe dá atenção, também está sendoeducado(a) para com você.4. Não se deve cortar quem está falando, sem antes elaconcluir, salvo em grande necessidade. Aguarde o mo-mento oportuno para entrar na conversa, sempre pedin-do licença.5. Falar muito alto é falta de classe, principalmente seestamos no meio da rua.6. Se sua mãe recebe uma visita na sala de sua casa, sefor passar por ela, é de boa educação você estender amão à visita para cumprimentá-la, e logo em seguida,pedir licença para sair.7. Sempre os mais jovens é que devem se levantar, quandouma pessoa mais idosa ou mais graduada chega ao local.8. O cochicho em reuniões ou lugares como sala de aula,como é de costume de muitas pessoas, deve ser corrigi-do, pois é falta de educação e provoca nas pessoas umgrande mal estar. Como diz o ditado: Não se deve fazeraos outros o que não se quer para si”.

Etiqueta e comportamentoAtitudes RecomendáveisAtitudes RecomendáveisAtitudes RecomendáveisAtitudes RecomendáveisAtitudes Recomendáveis

Uma situação que acontece mui-to freqüentemente numa roda deamigos: uma determinada pessoadecide contar um caso ou simples-mente participar da turma, mas oque ela conta é dirigido somente auma ou duas pessoas, excluindo econstrangendo as demais. Numaroda de amigos deve-se distribuiratenção a todos, à medida do pos-sível.

Pessoas que conhecem bonsmodos, principalmente as moças,

não caminham, nem se sentam com pernas afastadas,não cruzam as pernas na Igreja, não mascam chicletesem locais de reuniões, nem vestem saias tão curtas, quetenham que ficar puxando a toda hora.

É muito importante também saber se trajar de modoadequado a cada situação. Não se deve ir à Igreja e nema reuniões com roupas insinuantes, decotadas demais. Épreferível uma roupa mais sóbria, menos colorida.

São muito admirados os rapazes que têm bons modos,cumprimentam todas as pessoas à sua volta, sem risinhos.São educados, quando abaixam para pegar alguma coisano chão para a pessoa que se encontra perto. São cava-lheiros quando cedem seus lugares às moças e às pesso-as mais idosas. Não é nada ultrapassado ver um rapazabrir uma porta ou afastar uma cadeira da mesa parauma jovem ou mesmo senhora.

Os rapazes podem também caminhar com elegânciamesmo estando de bermudas e regata; seu andar nãodeve ser aquele dez para as duas.

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

·Mesmo que vocês precisem usar no dia a dia, tudo oque aprenderam, sempre haverá alguma ocasião em queterão que saber como se comportar numa festa ou numjantar com alguma formalidade.

Você domina a etiqueta e bons modos, com facilida-de, quando exercita em casa com os familiares e no colé-gio com os colegas e professores.

No mercado de trabalho (como em outros momentos)faz-se necessário saber de etiqueta já que estarão no co-meço de carreira e terão que dar ótimas impressões.

O momento foi enriquecedor para todos. No final, umaenorme quantidade de perguntas revelou o interesse dosalunos pelo assunto.

Henrique AndradeProfessor de Filosofia do CIC-Machado/MG

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“Saber e aprender sobreEtiqueta e Boas Maneirasnão é obsoleto, isto é,fora de moda. A boaeducação que umapessoa transmite ao seusemelhante é, e serásempre elogiada”.

Prof. Henrique e a aluna Andréa, repre-sentando a turma, com entrega de floresà convidada

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Atividades

82junho 2007integr çãoa

amília e Escola são pontos de apoio e sustentação ao ser hu-mano; são marcos de referência existencial. Quanto melhor fora parceria entre ambas, mais positivos e significativos serão osresultados na for-

mação do sujeito. A participação dos pais deve ser constante e consci-ente na educação dos filhos. Vidas familiar e escolar são simultânease complementares.

É importante que pais, professores, filhos/alunos compartilhem ex-periências, entendam e trabalhem questões envolvidas no dia-a-diasem cair no julgamento “culpado x inocente”, mas compreendamnuances de cada situação, uma vez que tudo que se relaciona aosfilhos tem a ver, de algum modo, com pais e escola, bem como tudoque se relaciona aos alunos tem a ver, sob algum ângulo, com escolae família.

Assim, cabe aos pais e à escola a preciosa tarefa de transformar acriança imatura e inexperiente em cidadão maduro, participativo, atu-ante, consciente dos deveres e direitos, possibilidades e atribuições.

Para desenvolver esses aspectos e favorecer o crescimento de umacultura de participação da família, o CMI de Brasília está promovendoeste ano, o projeto “Minha família Participa”. ”. ”. ”. ”. O projeto tem comoobjetivo oportunizar momentos de aprendizagem e partilha aos alu-nos junto aos seus familiares. São realizadas com as famílias oficinaslúdicas, desportivas, culturais, entre outras, visando à parceria e aintegração da família com a escola. Nos encontros realizados, os paisatuam como organizadores e tutores de acordo com o tema pré-esta-belecido. O resultado é benéfico tanto para a escola como para asfamílias.

Maria Helena Rodrigues FariaCoordenadora da Educação InfantilColégio Maria Imaculada - Brasília/DF

COLÉGIO MARIA IMACULADA - BRASÍLIA/DF

Minha Família Participa

Quanto melhorfor a parceriaentre escola efamília, maispositivos esignificativosserão osresultados naformação doeducando.

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“Avaliar paraintervir,

ongresso de educadores é um raromomento para rever conceitos e ati-tudes. É momento para socializar asalegrias, descobertas, avaliar erros e

contradições, buscar forças, lavar a alma eperceber que é muito bom aprender.

Nos dias 12, 13 e 14 de abril de 2007,educadores do Colégio Maria Imaculada,Brasília – DF participaram do Congresso deEducação: “““““Avaliar para intervir, inter-vir para modificar”. Momento oportunopara repensar “o fantasma da educação”:a avaliação. Rever que, os saberes só têmvalidade quando levados a pensar diferen-tes formas de aprender. Momento de refle-xão sobre critérios de avaliação e ações queforam tomadas para atingirem objetivos. Eserá que foram alcançados?

Dentre muitos educadores conceituados,o mestre Celso Vasconcelos fez uma abor-dagem sobre avaliação e seleção de con-teúdos: um olhar que faz toda a diferença.Que olhar o educador tem, atualmente, paracom os alunos?

Como dizia Mário Quintana “““““Quem nãocompreende um olhar, tampouco com-preenderá uma longa explicação”. ”. ”. ”. ”. E oque diria Me. Carmem Sallés que tanto sepreocupava com o olhar aos pequeninos?

Com o objetivo de oferecer uma forma-ção contínua aos educadores, as Irmãs Con-cepcionistas desenvolvem projetos em to-das as escolas da Congregação, comenfoque na formação dos profissionais queali atuam. As religiosas garantem e assegu-ram, com excelência, a educação integraldos alunos que passam pelas escolas.

Segundo Carmem Salles, Fundadora daEducação Concepcionista, “Educar é im-portante, sim. Mais importante ainda, épreparar bons mestres. Com eles, mul-tiplicaremos agentes do bem.”

Profª Mª Rosângela C. Viegas de AraújoDiretora Pedagógica - Colégio Maria Ima-culada - Brasília/DF

intervir paramodificar”

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