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Sexta-feira a domingo,7 a 9 de novembro de 2014Ano 2 - No. 252
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Veja dicas para uma boa redaçãoProfessores orientam o que é preciso para um bom texto
ESTAÇÃO Págs 8 e 10
Hora de manter calma e atençãoEspecialistas revelam o que fazer para relaxar na hora da prova
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Escolha da profissão édúvida para os jovensQue profissão escolher? Esta é a dúvida da grande maioria dos mais de 8 milhões de jovens de todo o país que estarão fazendo as provas do Enem neste fim de semana. Neste guia especial, especialistas dão dicas para a escolha
ESTAÇÃO Págs 16 e 18
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ExpedientePublisher: Luciano Maciel / Diretor Comercial: Guile Horta / Diretor de Redação: Gil Campos / Editor: Francisco X. Sampaio / Diagramação e Arte: Cainã Canto, Laisla Silva e Marina Vaitekunas /
Repórteres: Leticia Lopes e Suzanne Dias / Supervisora de Arte: Ana Flávia Espósito / Agência de notícias: Folhapress Editado e distribuido por: Grupo MG Com, rua Conselheiro Antonio Prado, 121 - Vila Progresso - Guarulhos/SP - CEP: 070095-180 - Fone: 2823-0800 - www.jornalestacao.com.br E-mail Redação: [email protected] / Projeto Gráfico: Comunnica Soluções Integradas www.
comunnica.com.br Impressão: Folha Gráfica
Enem mobiliza mais de 8,5 milhõesde estudantes neste fim de semana
Veja o que é permitido
Celular e até relógio estão proibidos em sala de aula
AVALIAÇÃO: O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontece neste sábado e domingo em todo o país e dará oportunidade para se ingressar numa universidade
Letícia Lopes e Suzanne Dias Se o Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) surgiu em 1998 como ferramenta para avaliar o aprendizado adquiri-do neste período esco-
lar e hoje se consolida como forma de acesso à diversas instituições de ensino superior.
Em 2009, o exame passou a selecionar ingressantes nos cursos de faculdades e univer-
sidades federais por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Pode ser utilizado tam-bém para pleitear vagas em instituições privadas de ensino superior, por meio do Prouni (Progra-
ma Universidade para Todos) ou para obter financiamento pelo Fies (Fundo de Financiamen-to Estudantil), além de requisito para obter bol-sa no Programa Ciência sem Fronteiras.
Neste ano, o total de inscrições chegou a 8,72 milhões de par-ticipantes, segundo o Ministério da Educação (MEC) o número é 21,6% maior em comparação à edição passada.
A prova ocorre neste fim de semana, dias 8 e 9, em todo o país. O jornal ESTAÇÃO trouxe um guia prático para conferir o que levar (ou não) para a realização das provas.
• Cartão de confirmação de inscrição;• Caneta esferográfica preta feita em corpo transparente;• Documento de identifi-cação original com foto;• Não serão aceitos do-cumentos com validade vencida, carteira de estudante, crachás ou
cópia de documentos, mesmo que autentica-das;• No caso de perda, furto ou roubo, será obrigatória a apresen-tação do boletim de ocorrência, emitido no prazo máximo de 90 dias antes da realização das provas.
• Lápis, caneta de material não transparente, lapi-seira, borrachas, livros, manuais, impressos, anotações;• Quaisquer dispositivos eletrônicos, tais como: máquinas calculadoras, agendas eletrônicas ou similares, telefones celulares, smartphones, tablets, ipods, gravado-res, pen drive, mp3 ou similar, relógio, alarmes de qualquer espécie ou qualquer transmissor, gravador ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens.
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estação enem
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Relembre datas importantes para a história do Brasil e do mundo
HISTÓRIA: Fatos históricos que marcaram o mundo e que poderão ser abordados na prova do Enem; é importante estar atento
Em Ciências Humanas, a abordagem das compe-tências e habilidades tem privilegiado a leitura de textos (interpretação de
um fragmento ou compa-ração entre dois fragmen-tos), análise iconográfica (charges, tirinhas, obras de arte, fotografias, ima-
gens de diversos tipos) e a comparação entre texto e imagem.
De acordo com o professor de história
Elias Feitosa, não há um padrão pré-estabelecido que condicione a esco-lha dos temas, mas na montagem da prova a
banca busca contemplar as seis competências e suas respectivas habilida-des, envolvendo as áreas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia e no caso destas duas últimas, a cobrança tem sido de conceitos fundamentais, o que implica na exigência do domínio dos temas e não uma “simples leitura e interpretação de um texto”.
Quanto aos grandes acontecimentos, não há uma obrigatoriedade na sua cobrança, mas podem ser a motivação para a elaboração de questões.
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Um dia antes, o que fazer?
Atenção e concentração
CONCENTRAÇÃO: Especialistas dão dicas para controlar a ansiedade e o estresse, e assim realizar uma boa e tranquila prova
Suzanne DiasCom a proximidade
da prova, é comum que haja um aumento da ansiedade, levando,
possivelmente, o aluno a um estado de estresse, devido ao receio de que toda a sua expectativa de sucesso seja frustrada
diante de uma má exe-cução do exame. “Para que isso não ocorra, é necessário que haja também uma preparação
física e psicológica para os dias do Enem, não apenas intelectual, já que o ideal é que o candidato esteja em um estado de
equilíbrio no momen-to da prova”, orienta a Coordenadora Pedagó-gica do Cursinho Henfil Andréia Tavares.
A coordenadora peda-gógica do ensino médio na escola estadual Doutor Murtinho Nobre, Rosiris Costa, aconselha descan-sar na véspera da prova. Isso fará que o conteúdo se mantenha na memória. “Não estude, descanse e relaxe. Vá ao cinema, ao teatro; evite internet, chats e, claro, nada de
baladas”, brinca a espe-cialista.
Quanto à alimentação, esta deve ser balancea-da. “Não ingerir comidas muito fortes e muito con-dimentadas, que podem causar mal-estar”, sugere a orientadora educacio-nal do Cursinho da Poli Alessandra Venturi. “Não se automedique, pois os
remédios podem trazer sequelas e fazer com que você não realize a prova”, ressalta.
É importante também ter uma boa noite de sono para ficar atento durante a prova. “Durma cedo. Uma noite bem dormida melhora a concentração” finaliza a professora do ensino médio.
No edital da prova cons-ta que o aluno deve levar caneta preta com o corpo transparente, lápis, bor-racha e régua. Uma das regras do edital proibe o aluno de portar máquinas calculadoras, agendas eletrônicas ou similares, telefones celulares, smar-tphones e tablets.
Portanto “deixe o celular em casa”, orienta a coor-
denadora pedagógica do ensino médio na escola estadual Doutor Murtinho Nobre, Rosiris Costa.
Durante a prova a princi-pal dica é ler as questões devagar, com atenção. A ansiedade de responder as questões não deve ser prioridade, pois essa atitu-de pode levar a erros.
A recomendação da educadora é sublinhar
as palavras-chave antes de escolher a resposta. E ao término da prova, “é preciso conferir o que respondeu com calma”.
Fazer uma última checagem do que foi feito também pode evitar erros. “Dê sempre aquela última olhada nas questões e nas respostas”, observa.
Alessandra Venturi,
orientadora educacional do Cursinho da Poli des-taca que é importante o aluno se apropriar “muito bem do tempo disponível para a realização das provas”.
“Comece a resolver a questão. Passado um minuto sem conseguir responder, pule para a próxima. Respeite o seu limite”, aconselha.
Ela vai mais adiante. “De preferência, fique até o final da prova. Você pode utilizar todo o tempo que foi determinado para a resolução dos exercícios. Não se apavore com as pessoas que saem logo após o tempo limite, pois elas provavelmente não fizeram um boa prova e “não esqueça de reservar tempo para preenchimen-to do cartão resposta”, conclui a orientadora educacional.
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Professora de acupuntura dá dicas de exercícios para relaxar
TRANSTORNO: A ansiedade é umconsiderado um transtorno, fruto da vontade de trazer o futuro para o presente, e pode atrapalhar
Leticia Lopes Às vésperas das provas
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), es-tudantes tentam contro-
lar a ansiedade antes de realizá-las. Especialistas aconselham os estudan-tes a manterem a calma nessas últimas horas.
O aumento da adre-nalina em situações de desafio é inevitável. Em excesso, porém, aumen-ta a pressão arterial e os
batimentos cardíacos, acelerando a frequência respiratória.
“A ansiedade é um transtorno, fruto da vontade de trazer o futuro para o presente. Ao adiantar o aconte-cimento e prevê-lo no imaginário (o momento da prova e o medo de falhar), surgem o medo,
a insegurança e a baixa autoestima, sentimentos que comprometem o potencial intelectual e provocam alterações físicas e emocionais como dores de cabeça, tensões musculares, dores abdominais, entre outros”, explica a acupunturista Sandra Regina Ricioli Sapienza.
Acupunturista recomenda reservar alguns minutos do dia que antecede ao exame (e antes da prova) para um exercício que ajuda a reduzir a tensão:
• Sente-se de maneira confortável, coluna ere-ta (pode encostar-se à parede) e em silêncio;
• Feche os olhos e respire pelo nariz;
• Preste atenção na respiração. Ela é sua amiga e caminha com você. Respire de forma lenta e profunda tanto na inspiração como na
expiração;• Encha os pulmões de
ar contando mentalmen-te, e tente esvaziá-los no dobro do tempo que levou para enchê-los;
• Repita o exercício por alguns minutos até se sentir mais calmo;
• Volte a respirar normalmente e observe como se sente.
Práticas corporais e meditativas, como yoga, tai chi chuan, qi gong, também são opções para o relaxamento, segundo a profissional.
Esses exercícios promo-vem o autoconhecimento e ajudam a tirar a angús-tia; aumenta a imunidade celular, o vigor físico e a concentração, diminui as tensões físicas e gera a sensação de bem-estar. “Em tempos de desafio faça o seu melhor. E aten-ção ao corpo é sempre recomendável, seu corpo fala, dê atenção a ele”, finaliza Sandra.
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Especialistas dão dicas e relembram tópicos importantes para uma boa redação
Começar pela redação?
Possíveis temas
Dissertação
Ação transformadora Casos em que a redação pode ser anulada:
Linguagem
Quantidades de linhas
IMPORTÂNCIA: A redação talvez seja a parte mais temida dos alunos, mas ela mostra conhecimento e poder de informação
Suzanne DiasNa semana que ante-
cede o Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem), o ESTAÇÃO conversou com profissionais da área
de educação e separou algumas dicas importan-tes sobre a redação, que
será aplicada no segun-do dia, domingo (9). Veja os conselhos para um
bom texto e as regras que são aplicadas para a correção da redação.
A recomendação é que não deixe para o final, por se tra-tar de uma prova que exige muita concentração. O ideal é ler a proposta, amadurecer as ideias durante a execução de algumas questões objeti-vas e desenvolver o texto na metade da prova.
Sempre que uma nova ideia surgir, o candidato deve voltar à proposta para anotá-la. Depois de 1h ou 1h30 de prova objetiva, o candidato pode iniciar a redação, tendo o cuidado de não ultrapassar 60 minutos para a realização do texto.
A professora do curso de Pós-Graduação do Unifai, Wil-ma Deléo Pessoa, orienta que o aluno deve entender que dissertar é comentar, evitando que se escreva uma narrativa.
“A dissertação precisa ser estruturada a partir da intro-dução, ou apresentação do
assunto, seguida do desen-volvimento de suas ideias que vão ser ‘amarradas’ na conclu-são”. Ela completa ressaltando que dissertar exige exercício constante, treino, o que me-lhora o vocabulário, o estilo, e oferece maior segurança na produção do texto.
A redação do Enem é uma prova de cidadania, em que o candidato se mostra capaz de atuar, pensar melhorias para a sociedade. “O aluno precisa mostrar que, além de dominar o assunto, é
capaz de sugerir mudan-ça, de propor uma ação social transformadora”, ressalta Andrea. É preciso ficar atento ao elaborar a proposta de intervenção que não desrespeite os direitos humanos.
• Fuga do tema;• Fuga do tipo disserta-
tivo;• Texto com até 7 linhas;• Impropérios, desenhos
e deboches;• Desrespeito aos direi-
tos humanos;• Folha de redação em
branco.
Outra dica é construir um texto respeitando a norma culta, evitando palavras e expressões próprias da língua falada, gírias, modismos e erros
de concordância. “Ditos impropérios, desenhos e deboches também devem ser excluídos”, orienta a professora de redação.
Os texto de até sete linhas escritas serão desclassificados, pois não há como formular uma argumentação neste espaço. Respeitar a quan-tidade máxima de linhas demonstra que o aluno
tem poder de síntese, consegue organizar o pensamento, expres-sando-o em um espaço determinado. “Faça um rascunho ou monte um esquema dos pontos mais importantes”.
São quatro as ordens temáticas que determinam a redação sob os eixos cultural, social, cientifi-co ou político. Para a professora de redação do Cursinho da Poli Andrea Provasi Lanzara, é pos-sível especular possibilidades de temas que sejam relevantes para a realidade nacional.
• Direitos civis: o prota-gonismo do Brasil com o Marco Civil da Internet ;
• Racismo: como enfrentar a falácia da democracia racial no Brasil?;
• Esporte: integração social e inclusão;
• 50 Anos do Golpe: memória e superação;
• A mulher como ator social: avanços e retro-cessos;
As histórias de assédio sexual: os vagões femi-ninos - forma legítima de direito ou forma de segregação?;
• As denúncias de trabalho escravo ligado à indústria da moda;
• Discriminação social: o direito ao “rolezinho”.
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O que é avaliado na redação pela banca examinadora do Exame
As competências analisadas são:
Como é feita a avaliação?
Suzanne DiasÉ fundamental para o
candidato saber quais são os critérios de avaliação para redigir um bom texto para o Enem. Segundo a professora de redação do Cursinho da Poli, Andrea Provasi Lanzara, a capacida-de de conciliar as disciplinas que ele esteve em contato durante a sua formação é primordial para a construção de uma boa dissertação.
“É avaliado o nível de informatividade que a prova traz. Tem chance de maior pontuação o aluno com repertório e compreensão do que aprendeu no ensino médio”, afirma a professora.
Analisar provas que obti-veram boa nota em exames
anteriores é uma boa dica. “Veja o que a banca exa-minadora considerou nas melhores redações, como elas estão estruturadas, como foram colocadas as propostas de intervenção social, quais foram conside-radas acima da média pelos corretores”, orienta.
Dos tópicos analisados, a competência 5 (Proposta de intervenção social) é uma das mais importantes, segundo Andrea. “Muitos estudantes acabam se es-quecendo de elaborar essa proposta baseada no co-nhecimento e na informação sobre o que vem sendo feito e o que pode ser melhorado no que diz respeito ao tema da redação”, conclui.
Competência 1 - Norma Culta: estruturas sintáticas empregadas e a obediência às convenções da escrita. Man-tém relação com a Comp. 4.
Competência 2 - Capacida-de de leitura: compreensão da proposta, aplicação do conhecimento de várias áreas e desenvolvimento da tipo-logia textual pedida. Mantém relação com a Comp. 3.
Competência 3 - Tese e argumentação: selecionar, relacionar e organizar fatos opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Competência 4 - Coesão: articulação, ligação, relação. Os nexos que se estabele-cem entre os elementos do tecido textual: utilização de elementos de retomada e antecipação, uso adequado de conjunções.
Competência 5 - Proposta de intervenção social, que deve ser objetiva, clara, de-talhada, articulada ao tema e plausível. O aluno deve manter o respeito aos direitos huma-nos. A proposta de interven-ção é um dos itens mais impor-tantes, pois há uma grade de avaliação somente para ela.
AVALIAÇÃO: As redações são corrigidas por dois avaliadores e, caso ocorra discrepância, é acionado um terceiro; a pontuação vai de 0 a 200
A redação é corrigida por dois avaliadores e caso ocorra a discrepância, entra uma terceira avaliação. A pontuação vai de 0 a 200 em cada uma das cinco competências. Haverá discrepân-cia se a diferença total da nota ultrapassar mais de 100 pontos, ou se a diferença ultrapassar mais de 80 pontos em cada competência.
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“Profissão deve ser escolhida pelo prazer e vocação, menos pelo dinheiro”, diz professor
DECISÃO: Escolher a profissão é uma tarefa difícil para muitos estudantes, e uma decisão 100% segura nem sempre é possível
Letícia Lopes Escolher uma profissão
é sempre um exercício de fôlego, afinal, é uma es-colha supostamente para o resto da vida. Se errar, como consertar depois? Além da insegurança na-tural, existe a pressão da família por este ou aquele curso. É um martírio para o jovem aspirante a profissional. Uma decisão precisa, 100% segura, nem sempre é possível, mas alguns cuidados reduzem as chances de equivocar-se.
Para Sidnei Vares, professor dos cursos de História, Filosofia e Peda-gogia do Unifai – Centro Universitário Assunção, remuneração e reconhe-cimento social não devem servir como critérios para definir uma vida. O mercado é tão volátil que amanhã aquela profissão desvalorizada pode se valorizar e vice-versa. Pensar única e exclusiva-mente na parte financeira é um equívoco. “Escolher uma profissão sem gostar,
apenas pelo salário, pode fazer com que o profis-sional se entedie com o passar dos anos”, diz ele.
O próximo passo do estudante é compreender como funciona o merca-do de trabalho. Existem profissões que estão em alta e segundo a psico-pedagoga, coordenadora pedagógica e professora de literatura e redação no Cursinho Henfil, An-dréia Tavares “é preciso observar o mercado para se fazer uma boa escolha da profissão”. Segun-do ela, “estão em alta áreas como tecnologia da informação e profissões relacionadas, assim como a construção civil, além das que trabalham com energia, óleo e gás, já que o momento é promissor para a exploração de no-vos campos e do pré-sal”.
Para os indecisos, Vares explica que o estudante não precisa se deses-perar, caso escolha uma profissão na qual se arrependa depois. “Uma suposta má-escolha
nunca é irreversível para o jovem, ele sempre terá tempo para mudar.”
Mais do que o salário e a profissão do mo-mento, o jovem deve pensar em uma profissão em consonância com habilidades reconhecidas pelo mercado, mas que lhe dêem algum prazer. “Quando se consegue conjugar prazer, excelên-cia e vocação, cedo ou tarde a remuneração e o reconhecimento se con-firmam e o trabalho deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma atividade criativa”, finaliza.
Tavares alerta ao estudante que deverá atentar-se que o mer-cado de trabalho sofre constantes mudanças e é preciso atualizar-se. “Deve-se ter consciência de que todas as profis-sões são importantes e de que em quatro ou cin-co anos (período médio que o aluno leva para se formar) o mercado pode se transformar ou ficar saturado”, aconselha.
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Candidato pode consultar e imprimir cartão de inscrição pela internetOs alunos que vão
participar do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) podem imprimir o cartão de inscrição pela internet no site do Inep (http://sistemasenem2.inep.gov.br/localdeprova/). Com o seu número de CPF e senha de inscri-ção, o candidato terá acesso a informações como o local onde fará a prova.
Segundo o Ministério da Educação, mais de quatro milhões de inscritos para a prova deste ano do Enem já fizeram consulta
online ao seu cartão de confirmação. O número representa quase metade do total de candidatos.
Caso o aluno tenha esquecido a senha, é possível recuperá-la no site. O participante receberá nova senha por e-mail ou SMS no celular, ambos informados no ato da inscrição.
Segundo o Ministério da Educação, o cartão de confirmação da inscrição estão sendo enviados pelos Cor-reios, mas o aluno que ainda não recebeu
pode consultar essas informações pela internet.
No cartão estão as seguintes informa-ções dos candidatos: número da inscrição; data, hora e local onde serão realizadas as provas;indicação do atendimento especiali-zado e/ou do atendi-mento específico (se for o caso); opção de língua estrangeira; e solicitação de certifica-ção do ensino médio (se for o caso).
Quem não receber o papel, não conseguir imprimi-lo pela internet
ou encontrar erro no documento deve entrar em contato com o serviço de atendi-mento ao participante, pelo telefone 0800 61 61 61.
O Enem será apli-cado neste fim de semana, a partir das 13h (horário de Brasí-lia). Estão inscritos 8,7 milhões de pessoas.
O exame pode ser utilizado no ingresso em universidades fe-derais ou para pleitear bolsas de estudo em faculdades particula-res por meio do Prouni (programa federal).
CONSULTAS: Segundo o Ministério da Educação, mais de quatro milhões de inscritos já fizeram a consulta online ao seu cartão de confirmação
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Escolha do mercado de trabalho éuma dúvida que atormenta o aluno
Pergunte-se:
ORIENTAÇÃO: Professor do Unifai dá dicas para que o aluno corra menos risco de errar ao escolher curso ou profissão
Letícia LopesA escolha do merca-
do de trabalho para o estudante ainda é uma dúvida que persiste para
os formandos do ensino médio. O mercado está dinâmico, turbulento, e com uma alta competiti-vidade. Atualmente, as
empresas estão de olho em profissionais altamen-te qualificados e adap-táveis às mais diversas situações.
Elas exigem compe-tências, habilidades, formação moral e ética, capacidade de trabalho em equipe e formação pessoal e profissional constante.
O professor e coor-denador do MBA em Gestão estratégica de Negócios do Unifai, Sidney Proetti, aconselha o estudante a escolher uma boa faculdade, e quando estiver empre-gado procurar manter-se atualizado. “Escolher uma escola sem tradi-ção pode ser tempo perdido e comprometer sua formação. E, uma vez empregado, não se acomode em empresas que não oferecem pers-
pectiva de crescimento.” E alerta: “Pode ser um atraso irrecuperável em termo de experiências e o impedirá de fazer parte de ambientes organi-zacionais modernos e altamente motivadores.”
Para correr menos risco de errar ao escolher um curso ou uma profissão, Proetti, recomenda que o jovem fique atento às demandas do mercado, observe profissionais bem-sucedidos em suas carreiras e veja o que eles têm em comum com ele próprio.
“Se ainda assim a dúvida persistir, busque orientação de um es-pecialista em carreiras”, sugere.
• Quais são as habili-dades e competências que possuo que podem interessar ao mercado de trabalho?• Quais cargos mais apa-recem em anúncios de emprego?• Que profissões estão em alta e quais as que têm mais chances de vagas?• Quais as exigências quanto à formação complementar ao estudo superior (idiomas, tec-nologias de informação,
cursos de curta duração, MBA’s etc.)?• Como é o ambiente de trabalho na empresa e que perfil comportamen-tal ela exige dos funcio-nários?• Que instituição de ensino superior escolher? (Evite as que prometem muito, lotam salas e se esquecem da qualidade, orienta). Visite a institui-ção na qual está inte-ressado, converse com quem lá estuda ou que nela se formou.
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17Sexta-feira a domingo, 7 a 9 de novembro de 2014
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Alunos do Cursinho da Poli falam sobre a expectativa para o Enem
EXPECTATIVAS: Estudantes que estarão na batalha por uma boa colocação no Enem, neste final de semana, falam dos preparativos nos estudos e expectativa
Ariele de Oliveira, 18 anos, Guarulhos – SP
É difícil se sentir totalmente prepara-da pela pressão que vem da família, de amigos, e a minha própria cobrança.
Paula Fornaziero, 18 anos, Louzane Paulista –SP
É o meu segundo ano de cursinho pré-vestibu-lar. Quando a prova se aproxima parece que não sabemos de nada! Fico receosa, porém este ano tenho mais esperança.
Mariana Valério, 17 anos, Perus -SP
É a segunda vez que faço a prova e estou mais espe-rançosa porque nos simu-lados tenho ido melhor do que fui no primeiro exame. Refiz todas as provas e agora espero passar.
Amanda Reis, 19 anos, Freguesia do Ó – SP
Não acredito que o nervosismo vá me atrapalhar. Sinto que sei os conteúdos e se me esforçar consigo passar. Estou tranquila.
Fernando Gianini, 18 anos, Vila Amélia – SP
Me preparei para o Enem como para qual-quer outro vestibular, porque o exame mu-dou e tem mais conte-údo, a prova continua bem interpretativa
Juliano Luiz de Souza, 18 anos, Pirituba –SP
A preocupação é como os demais vestibulares, mas a ansiedade sempre acontece. Montei um cro-nograma para o mês de novembro, em que faço provas em todos os fins de semana. De segunda a quinta revejo alguns tópicos, e sexta descanso para os exames.
Gabriel dos Santos, 18 anos, Pirituba – SP
Estou tranquilo para o Enem por-que me preparei para a Fuvest.
Fotos: Ivanildo Porto
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Profissões pouco procuradas são as mais promissoras, diz pró-reitora acadêmica
EDUCAÇÃO: “Se o governo federal cumprir a promessa de investir fortemente em educação, faltarão professores habilitados”
Letícia Lopes“Para reduzir as chan-
ces de erro ao escolher um curso ou a profissão, olhe pra dentro de si e se pergunte se gosta
das atividades que são exercídas”.
A orientação é de Denize Scivoletto Mazza Garcia, pró-reitora aca-dêmica do Unifai - Centro
Universitário Assunção.Ela lembra que as pro-
fissões que tendem a ser mais valorizadas são as que têm pouca procura e, portanto, devem sofrer
carência no futuro. É o caso das licenciaturas em pedagogia, letras, história, geografia, ma-temática, física, química, filosofia e educação
física. “Se o governo federal
cumprir a promessa de investir fortemente em educação, faltarão pro-fessores habilitados para
responder às demandas nessas áreas. E sem professores, as escolas não poderão funcionar”, ressalta a pró-reitora do Unifai.
• Gosto e sou capaz de resolver problemas, de lidar com números e de localizar objetos dentro de um determinado espaço?
Se a resposta for “sim”, você poderá optar, por exemplo, por engenha-ria, arquitetura, admin-istração, decoração, ciências contábeis etc.
• Gosto e sou capaz de lidar com pessoas, de me comunicar de forma clara, objetiva e precisa,
de assistir aos semel-hantes?
Se “sim”, avalie cur-sos de pedagogia, licenciatura, direito, comunicação social, serviço social, gestor de recursos humanos, en-fim, profissões ligadas à área de humanas.
• Gosto e tenho inter-esse e aptidão para lidar com pastas, docu-mentos e arquivos?
Nesse caso, bibliote-
conomia e ou arquivo-logia podem ser boas opções.
• Gosto e sou capaz de montar esquemas de ação para resolver problemas, sou cu-rioso, adoro estudar, pesquisar e lidar com o corpo humano?
Pense, então, em medicina, fisioterapia, fonoaudiologia, enfer-magem, odontologia ou outras profissões ligadas à saúde.
Mas se ainda estiver em dúvida, Garcia sugere algumas perguntas que os candidatos devem fazer para se decidir na profissão que irão seguir.
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19Sexta-feira a domingo, 7 a 9 de novembro de 2014
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Nota final não considera apenas número de erros e acertos em cada prova
Com muitas fórmulas de matemática, elementos químicos e regras grama-ticais para estudar para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014, nem sempre os candidatos se interessam em saber como é feita a correção das provas objeti-vas e da redação.
Para a prova objetiva, a correção usa a metodolo-gia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percen-
tual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, uma questão que grande parte dos candida-tos acertou será considera-da fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar um item com alto índice de erros ganhará mais pontos.
Dessa forma, não é pos-sível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Um candidato que acerta o mesmo número de ques-
tões que outro não terá necessariamente a mesma pontuação. O estudante só tem como saber a nota final no Enem quando to-dos esses aspectos forem avaliados.
A correção da redação é mais simples e passou por mudanças no ano passado, já que na prova de 2012 um candidato obteve a nota máxima na redação, mesmo com a inserção de um trecho de receita de macarrão instantâneo no texto.
CORREÇÃO: Um candidato que acerta o mesmo número de questões que outro, não terá necessariamente a mesma pontuaçãoINSCRIÇÕES ABERTAS
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20 Sexta-feira a domingo, 7 a 9 de novembro de 2014