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DE PAPO PRÓ AR - ESPECIAL INFORMAÇÃO - dezembro 2011 DE PAPO PRÓ AR - ESPECIAL INFORMAÇÃO - dezembro 2011
Visitar a Normandia e o Vale do Loire
Para 2012 o Sector dos Professores Aposenta-dos do SPM programou uma viagem à Normandia e vale do Loire, com partida do Funchal a 19 de Maio, em voo direto Funchal – Paris, e regresso a 26 do mesmo mês.
Para além das importantes cidades que constam do programa da visita – Rouen, Rennes, Tours, Orle-ans e Chartres – cuja riqueza monumental é reconhe-cida, há outros aliciantes igualmente interessantes.
Será uma oportunidade de melhor conhecer a costa da Normandia particularmente apreciada por artistas que se sentiram atraídos pela beleza das suas paisagem e pelas características especiais da sua luz.
A visita a Honfleur, pequena cidade da margens esquerda do Sena, é oportunidade para estarmos em contacto com essa atmosfera inspiradora. São céle-bres os “céus” de Eugène Boudin, pintor pré-impressionistas, pelo tratamento que deu às nuances das nuvens e ao reflexo que estas produzem na pai-sagem. Outros pintores do sec XIX, como Monet, Co-rot, Sisley, sentiram igualmente essa atracão, de tal modo que na história do impressionismo figura a ex-pressão “Escola de Honfleur” em homenagem aos mestres que pintaram a cidade.
Mas não foram só os pintores que buscaram inspiração em Honfleur. Também Baudelaire, poeta
precursor do Simbolismo, assinalou a sua esta-da nesta pequena cidade em vários poemas do seu livro “Le Voyage” e com uma reportagem sobre a obra de Boudin.
Em Rouen, ao visitar a Catedral, voltará a recordar Claude Monet que a pintou em várias telas, a diferentes horas do dia, registando os magníficos efeitos da luz especial da Norman-dia. E Joana d’Arc, a célebre “Donzela de Orle-ans, padroeira de França, heroína da guerra dos Cem anos contra os ingleses será lembrada na passagem por Orleans, primeira cidade a ser libertada pelo exercito francês comandado por Joana d’Arc, e em Rouen, onde esteve presa e foi condenada à morte pela fogueira, acusada de heresia.
Despedimo-nos da Normandia com a vi-são mítica e inesquecível do perfil rochoso do pequeno ilhéu, o Monte de Saint Michel. Uma cidade medieval fortemente muralhada, uma abadia e no cimo a capela encimada pela ima-gem do Arcanjo S. Miguel, constituem um per-curso que se efetua seguindo um caminho em espiral em torno do cone rochoso.
Nos últimos três dias, uma estadia em Blois para apreciar a paisagem mais calma e
repousante, salpicada pe-los românticos castelos do vale do Loire. Final-mente uma noite e uma manhã em Paris. Estes são aliciantes sufici-entes para, durante oito dias, esquecer a crise, de-liciar os nossos olhos e enriquecer o espírito.
Adília Andrade
Programas na sede do Sindicato e no site www.spm-ram.org Inscrições na sede do SPM, de 2 de Dezembro de 2011 a 10 de Fevereiro de 2012.
Prioridade para sócios do SPM e acompanhantes. Após 10 de Fevereiro recebemos inscrições de outros interessados (sócio e não sócio).
Números limite: Um mínimo de 26 e máximo de 40 participantes.
19 a 26 de Maio de 2012
ESPECIAL
INFORMAÇÃO
dezembro 2011
Sector dos
Professores Aposentados do
Sindicato dos
Professores da Madeira
DE PAPO PRÓ AR - ESPECIAL INFORMAÇÃO - dezembro 2011
No dia 16 de dezembro (6ª feira), pelas
15:30, vamo-nos encontrar para a já tradici-
onal Festa de Natal do Sector dos Professo-
res Aposentados, na nova sede do Sindicato.
É um espaço de convívio em que as diver-
sas atividades apresentam pequenos apon-
tamentos alusivos à data, sem esquecer o
lanche partilhado.
Contamos com a V/ presença!
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
Natália Correia, "O Dilúvio e a Pomba"
Lisboa, Editorial Presença, 1979
Falavam-me de Amor
O Natal é a nossa festa
Convite
Que a alegria e a magia do Natal permaneçam
na nossa vida para sempre!
O Sector de Professores Aposentados deseja a todos um
Santo e Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!
DE PAPO PRÓ AR - ESPECIAL INFORMAÇÃO - dezembro 2011
O Natal e outros Natais
Lembranças soltas
Já estou quase a ficar como uma amiga minha
que não gosta do Natal. Cada vez mais, como ela, co-
meço a ficar angustiada com as listas de prendas e de
abastecimento da despensa. Só atenuo essa angústia
porque tenho realmente prazer em dar. Por isso, não
é o dar que me aflige. É “o quê?”! A oferta desmesu-
rada de produtos a mim não me facilita nada. Pelo
contrário, fica tudo mais incerto e
complicado (como se diz agora por
tudo e por nada).
Agora que voltamos a um perío-
do de austeridade quase incompreen-
sivelmente para o comum dos espoli-
ados e porque é Natal, lembrei-me de
falar em outros Natais já bem distan-
tes. Nesse longínquo tempo, sabía-
mos bem que éramos um país pobre,
havia guerra da qual também sofría-
mos as consequências e a “filosofia”
inculcada era a de “pobrete mas ale-
grete”.
Claro que na adolescência, como,
felizmente, não tínhamos problemas
de saúde, tanto eu como as minhas
irmãs éramos pateticamente alegres e
vivíamos a idade da “parva” com todo
o esplendor.
Seguindo as normas gerais de austeridade das
famílias, tudo era aproveitado, reciclado (como agora
se diz) e o caixote do lixo, numa casa de tanta gente
como a minha, era mesmo um caixote de madeira,
aproveitado de uma oferta de vinho que tinham feito
ao meu pai. E digo-lhe que demorava a encher.
Ora bem, já acabei os rodeios e vou falar desses
Natais do “antigamente”.
Pouquíssimas coisas natalícias se encontravam à
venda, daí que a imaginação e a improvisação se ma-
nifestava em grande.
O pinheiro estava à venda nos arredores do mer-
cado e tinha de ser bem escolhido. Nada de “galhos”
muito irregulares, o mínimo de resina e o tamanho
certo para o sítio da sala onde ia ficar. Além de
transportar o pinheiro e os ramos com líquenes,
o nosso criado também nos ajudava a equilibrá-
lo no vaso que nós enchíamos de pedras que
ele também tinha trazido da ribeira mesmo ao
lado de casa. A decoração era connosco. Era
assim: tempos antes, no Pão por Deus, as nozes
eram os frutos mais apetecidos. Porque eram
uma delícia e porque, habilidosamente parti-
dos, forneciam umas bolas de Natal. Colavam-
se as duas metades vazias, entalava-se o cordel
num topo, pintavam-se com purpurina dourada
ou prateada e enfeitavam o pi-
nheiro. Pedíamos às nossas pou-
cas colegas da Camacha para nos
trazerem pinhas pequenas e bolo-
tas que levavam a mesma pintura
e iam luzir para o pinheiro. A es-
trela cimeira era feita de cartolina
e papel de lustro que a minha ir-
mã Alda, a mais habilidosa, fazia
questão de fabricar. O criado João
era outra vez solicitado para a
pendurar. Depois, vinha a parte
mais aborrecida (ia escrever cha-
ta) pendurar as velas. Estavam
num suporte de lata, com uma
mola e era uma luta conseguir que
ficassem verticais. Era um custo.
As picadelas da caruma não ti-
nham conta e as pragas também
não. Quando se chegava à fase de pendurar as
grinaldas era um alívio.
As árvores da Ribeira de São João, forneci-
am as folhas pintadas de Outono que envernizá-
vamos e que a Alda dispunha “artisticamente”
em pratos e bandejas pequenas a fazer compa-
nhia aos peros vermelhos, laranjas, tangerinas e
até limões. Podem crer que ficavam bonitos e
baratos. E o que nós ríamos, as tontices que di-
zíamos, os amuos, as zangas, as pazes eram
mesmo um divertimento.
Passou. Não falo mais.
Bom Natal e um Ano Novo em que os
“causadores e salvadores” não fiquem impunes.
Amélia Carreira
DE PAPO PRÓ AR - ESPECIAL INFORMAÇÃO - dezembro 2011
Iniciámos o 1º Período a assinalar o Dia Internacional do Professor, com a inauguração da nova sede do SPM, tema já largamente relatado no último número do Prof.
Em Outubro, dia 18, o sector dos Professores Aposentados realizou uma visita guiada ao Museu das Cruzes. Com o pretexto de visitar as exposições: “Arte Nova e Arte Déco: O silêncio das formas” e “Espelho Meu” aproveita-mos o ensejo e visitámos a exposição permanente do museu. Rever este
museu é sempre agradável pois descobrimos coisas novas ou vemo-las com outros olhos. Aproveitando um Outono ameno, a 11 de Novembro, um grupo de professores, alguns familiares e amigos rumaram ao Caniçal para visitar o Museu da Baleia,
Atividades Culturais e Recreativas recentemente inaugurado. A exposi-ção permanente do Museu, constituí-da maioritariamente por fotografias e filmes, procura ser um testemunho da história da caça à baleia/cachalote na ilha da Madeira. Foi ainda oportu-nidade para apreciar uma interessan-te exposição de fotografia subaquáti-ca, na sala de exposições temporárias do museu.
Mas uma ida ao Caniçal não ficaria completa sem um saboroso petisco de castanhetas e houve oportunidade para isso!
Para o segundo trimestre está a ser programado um conjunto de ativi-dades que envolve Música, Literatura e Cinema, para além da comemora-ção do Dia da Mulher. Estejam aten-tos às notícias.
Fernando Figueira
No dia 29 de Novembro, realizou-se na sede do SPM um plenário de docentes aposentados onde foram analisadas as perdas nas pensões em apenas dois anos: em 2011 me-tade do seu subsídio de Natal e em 2012 corte dos subsí-dios de férias e de Natal.
Manifestaram a sua preocupação: com os cortes anunciados nas comparticipações do
ADSE, pelo que ficarão mais desprotegidos no apoio à doença;
com o futuro da segurança social e, no seu caso par-ticular, da Caixa Geral de Aposentações, principal-mente devido à forma como esta tem sido gerida.
PELA DIGNIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO DE APOSENTADO
PROFESSORES E EDUCADORES EXIGEM RESPEITO POR QUEM DEDICOU UMA VIDA AO ENSINO
Face a esta situação muito negativa, os Professores e Educadores aposentados, reunidos em plenário aprovaram por unanimidade uma moção da qual destacámos os pon-tos seguintes:
1 - Consideram obrigatória, pelo que exigem, uma inver-são forte no caminho há muito prosseguido e agravado pelo atual governo, que, notoriamente, se orienta para o desmantelamento do Estado Social de que a segurança so-cial pública é um dos principais pilares;
2 - Rejeitam e protestam contra os rou-bos sucessivos de que têm sido ou serão vítimas, tanto nas suas pensões, como nos seus subsídios, pelo que lutarão contra os mesmos;
3 - Exigem políticas que, sem continuar a sacrificar ainda mais os trabalhadores, do ativo ou aposentados, garantam a sustenta-bilidade do sistema público de segurança social e, no seu caso particular, da Caixa Ge-ral de Aposentações;
4 - Exigem um apoio social forte e efetivo em situação de doença – para o qual des-contaram uma vida inteira –, pelo que re-pudiam e consideram absolutamente inacei-tável a destruição do sistema ADSE;
5 - Disponibilizam-se para lutarem, com os demais trabalhadores, em defesa de um Portugal socialmente justo, solidário, com futuro e que respeite os que, ao longo de décadas, deram o seu melhor ao país.
6 - Apelam à participação dos aposenta-dos/as na Manifestação Nacional que terá lugar em 10 de Dezembro, promovida pela Inter-Reformados.
Plenário de Docentes Aposentados