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1 REFORMA E AMPLIAÇÃO DO RANCHO DA UNIDADE INTEGRADA DE SAÚDE MENTAL - UISM Cliente: MARINHA DO BRASIL Etapa: PROJETO BÁSICO Especialidade: DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS Assunto: MEMORIAL DE CÁLCULO Autor do Projeto: ENG. ARTHUR BASTOS CREA: 2015113134 REVISÃO DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL DATA 0 EMISSÃO INICIAL ARTHUR BASTOS 06/092018

Especialidade: DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS ......60 Rio de Janeiro/RJ (Bangu) 122 156 174(20) 61 Rio de Janeiro/RJ (Ipanema) 119 125 160(15) 62 Rio de Janeiro/RJ (Jacarepaguá) 120

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REFORMA E AMPLIAÇÃO DO RANCHO DA UNIDADE INTEGRADA DE SAÚDE MENTAL - UISM Cliente:

MARINHA DO BRASIL

Etapa:

PROJETO BÁSICO

Especialidade:

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Assunto:

MEMORIAL DE CÁLCULO

Autor do Projeto:

ENG. ARTHUR BASTOS – CREA: 2015113134

REVISÃO DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL DATA

0 EMISSÃO INICIAL ARTHUR BASTOS 06/092018

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 3

2. NORMAS DE REFERÊNCIA ............................................................................................................... 4

1 DADOS DO PROJETO ....................................................................................................................... 6

1.1 PERÍODO DE RETORNO ........................................................................................................... 6

1.2 INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA .............................................................................................. 6

2 DETERMINAÇÃO DAS ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO ........................................................................... 8

3 DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DE PROJETO ................................................................................... 9

4 DIMENSIONAMENTO DE CALHAS ................................................................................................. 11

5 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES HORIZONTAIS - COBERTURA ....................................... 12

6 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES VERTICAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS .................................. 13

6.1 DIMENSIONAMENTO DOS DIÂMETROS DOS RALOS HEMISFÉRICOS .................................... 15

7 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES VERTICAIS DO TÉRREO ................................................ 16

8 DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS DE AREIA/INSPEÇÃO E POÇOS DE VISITA ............................... 17

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1. INTRODUÇÃO

O presente documento tem como objetivo apresentar a Memória de Cálculo do Projeto Básico de

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS, para a modernização e ampliação do rancho da Unidade

Integrada de Saúde Mental (UISM), localizado na Rua Marechal Serejo, nº 539 – Pechincha –

Jacarepaguá, Rio de Janeiro – RJ.

De acordo com o programa de necessidades e o projeto arquitetônico proposto, em conjunto com

condições locais de redes de coleta e levando em consideração a sustentabilidade das construções,

foram definidos os parâmetros e critérios ao desenvolvimento e dimensionamento do sistema

proposto por este documento.

Todas as informações aqui contidas levam em consideração, ainda, as normas vigentes e estão em

consonância com a racionalização dos subsistemas das edificações.

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2. NORMAS DE REFERÊNCIA

DOCUMENTO PUBLICAÇÃO TÍTULO DESCRIÇÃO

ABNT NBR

9649 Nov/1986

Projeto de Redes

Coletoras de Esgoto

Sanitário -

Procedimento

Fixa as condições exigíveis na

elaboração de projeto hidráulico-

sanitário de redes coletoras de esgoto

sanitário, funcionando em lâmina livre,

observada a regulamentação específica

das entidades responsáveis pelo

planejamento e desenvolvimento do

sistema de esgoto sanitário.

ABNT NBR

10844 Dez/1989

Instalações Prediais de

Águas Pluviais -

Procedimento

Fixa as exigências necessárias aos

projetos das instalações de drenagem

de águas pluviais, visando a garantir

níveis aceitáveis de funcionalidade,

segurança, higiene, conforto,

durabilidade e economia.

ABNT NBR

12266 Maio/1992

Projeto e execução de

valas para

assentamento de

tubulação de água

esgoto ou drenagem

urbana - Procedimento

Fixa as condições exigíveis para projeto

e execução de valas para

assentamentos de tubulações de água,

esgoto ou drenagem urbana.

ABNT NBR

5680 Dez/1977

Dimensões de Tubos

de PVC Rígido

Padroniza diâmetros externos,

comprimentos e respectivas tolerâncias,

e fixa séries de tubos de pvc (cloreto de

polivinila) rígido, de seção circular,

fabricados por extrusão, que devem ser

obedecidos em todas normas tipo

especificação pertinentes.

ABNT NBR

5688 Jun/2010

Tubos e conexões de

PVC-U para sistemas

prediais de água

pluvial, esgoto sanitário

e ventilação –

Requisitos

Especifica os requisitos para os tubos e

conexões de PVC - série normal, com

juntas soldáveis ou soldáveis/elásticas,

a serem empregados em sistemas

prediais de esgoto sanitário e ventilação,

que funcionam pela ação da gravidade,

com vazão livre e classe de temperatura

CT 45 °C.

ABNT NBR

15527 Out/2007

Água de chuva -

Aproveitamento de

Fornece os requisitos para o

aproveitamento de água de chuva de

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DOCUMENTO PUBLICAÇÃO TÍTULO DESCRIÇÃO

coberturas em áreas

urbanas para fins não

potáveis - Requisitos

coberturas em áreas urbanas para fins

não potáveis.

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1 DADOS DO PROJETO

1.1 PERÍODO DE RETORNO

O período de retorno, segundo a norma, deve ser fixado em função da área a ser drenada. Para o

caso, em se tratando de cobertura ou terraços com empoçamento tolerado, o período de retorno é

equivalente a T = 5 anos.

1.2 INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA

Segundo tabela 5 (Anexo) da NBR 10844/89 adaptada a seguir, para o tempo de retorno de 5 anos, a

intensidade pluviométrica para o bairro Pechincha, localizado na cidade do Rio de Janeiro, pode ser

tomada análoga à da localidade Rio de Janeiro/RJ (Jacarepaguá), devido à sua proximidade,

correspondendo, desta forma, a 142 mm/h como indicado.

Quadro 1: Intensidade Pluviométrica segundo tempos de retorno por localidade

Local Intensidade Pluviométrica (mm/h)

Período de retorno (anos)

1 5 25 1 Alegrete/RS 174 238 313(17) 2 Alto Itaitiaia/RJ 124 164 240

3 Alto Tapajós/PA 168 229 267(21) 4 Alto Teresópolis/RJ 114 137(3) -- 5 Aracaju/SE 116 122 126 6 Avaré/SP 115 144 170

7 Bagé/RS 126 204 234(10) 8 Barbacena/MG 156 222 265(12) 9 Barra do Corda/MA 120 128 152(20)

10 Bauru/SP 110 120 148(9) 11 Belém/PÁ 138 157 185(20) 12 Belo Horizonte/MG 132 227 230(12) 13 Blumenau/SC 120 125 152(15)

14 Bonsucesso/MG 143 196 -- 15 Cabo Frio/RJ 113 146 218 16 Campos/RJ 132 206 240

17 Campos do Jordão/SP 122 144 164(9) 18 Catalão/GO 132 174 198(22) 19 Caxambu/MG 106 137(3) -- 20 Caxias do Sul/RS 120 127 218

21 Corumbá/MT 120 131 161(9) 22 Cruz Alta/RS 204 246 347(14) 23 Cuiabá/MT 144 190 230(12)

24 Curitiba/PR 132 204 228 25 Encruzilhada/RS 106 126 158(17) 26 Fernando de Noronha/FN 110 120 140(6) 27 Florianópolis/SC 114 120 144

28 Formosa/GO 136 176 217(20) 29 Fortaleza/CE 120 156 180(21) 30 Goiânia/GO 120 178 192(17)

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31 Guaramiranga/CE 114 126 152(19) 32 Iraí/RS 120 198 228(16) 33 Jacarezinho/PR 115 122 146(11)

34 João Pessoa/PB 115 140 163(23) 35 Juaretê/AM 192 240 288(10) 36 Km 47 – Rodovia Presidente Dutra/RJ 122 164 174(14) 37 Lins/SP 96 122 137(13)

38 Maceió/AL 102 122 174 39 Manaus/AM 138 180 198 40 Natal/RN 113 120 143(19)

41 Nazaré/PE 118 134 155(19) 42 Niterói/RJ 130 183 250 43 Nova Friburgo/RJ 120 124 156 44 Olinda/PE 115 167 173(20)

45 Ouro Preto/MG 120 211 -- 46 Paracatu/MG 122 233 -- 47 Paranaguá/PR 127 186 191(23)

48 Parintins/AM 130 200 205(13) 49 Passa Quatro/MG 118 180 192(10) 50 Passo Fundo/RS 110 125 180 51 Petrópolis/RJ 120 126 156

52 Pinheiral/RJ 142 214 244 53 Piracicaba/SP 119 122 151(10) 54 Ponta Grossa/PR 120 126 148

55 Porto Alegre/RS 118 146 167(21) 56 Porto Velho/RO 130 167 184(10) 57 Quixeramobim/CE 115 121 126 58 Resende/RJ 130 203 264

59 Rio Branco/AC 126 139(2) 60 Rio de Janeiro/RJ (Bangu) 122 156 174(20) 61 Rio de Janeiro/RJ (Ipanema) 119 125 160(15)

62 Rio de Janeiro/RJ (Jacarepaguá) 120 142 152(6) 63 Rio de Janeiro/RJ (Jardim Botânico) 122 167 227 64 Rio de Janeiro/RJ (Praça XV) 120 174 204(14) 65 Rio de Janeiro/RJ (Praça SaenzPeña) 125 139 167(18)

66 Rio de Janeiro/RJ (Santa Cruz) 121 132 172(20) 67 Rio Grande/RS 121 204 222(20) 68 Salvador/BA 108 122 145(24)

69 Santa Maria/RS 114 122 145(16) 70 Santa Maria Madalena/RJ 120 126 152(7) 71 Santa Vitória do Palmar/RS 120 126 152(18) 72 Santos/SP 136 198 240

73 Santos-Itapema/SP 120 174 204(21) 74 São Carlos/SP 120 178 161(10) 75 São Francisco do Sul/SC 118 132 167(18)

76 São Gonçalo/PB 120 124 152(15) 77 São Luiz/MA 120 126 152(21) 78 São Luiz Gonzaga/RS 158 209 253(21) 79 São Paulo/SP (Congonhas) 122 132

80 São Paulo/SP (Mirante Santana) 122 172 191(7) 81 São Simão/SP 116 148 175 82 Sena Madureira/AC 120 160 170(7)

83 Sete Lagoas/MG 122 182 281(19) 84 Soure/PA 149 162 212(18) 85 Taperinha/PA 149 202 241 86 Taubaté/SP 122 172 208(6)

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87 Teófilo Otoni/MG 108 121 154(6) 88 Teresina/PI 154 240 262(23) 89 Teresópolis/RJ 115 149 176

90 Tupi/SP 122 154 91 Tuniaçu/MG 126 162 230 92 Uaupés/AM 144 204 230(17) 93 Ubatuba/SP 122 149 184(7)

94 Uruguaiana/RS 120 142 161(17) 95 Vassouras/RJ 125 179 222 96 Viamão/RS 114 126 152(15)

97 Vitória/ES 102 156 210 98 Volta Redonda/RJ 156 216 265(13)

Fonte: ABNT NBR 10844 (adaptado).

2 DETERMINAÇÃO DAS ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO

DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS PARA APROVEITAMENTO:

Segundo a NBR 15527, água de chuva pode ser definida como:

"Água resultante de precipitações atmosféricas coletadas em coberturas, telhados, onda não haja

circulação de pessoas, veículos e animais". Sendo assim, apenas as áreas A1, A3 e A4 serão

reaproveitadas, totalizando uma área de 103,28m².

Tendo em vista o exposto, procurou-se descartar água pluvial coletada em lajes com trânsito de

pessoas, tais como as lajes técnicas onde se encontram equipamentos e sistema de aquecimento

solar, a fim de que a água coletada possa ter qualidade assegurada, após tratamento simplificado,

que atenda a portaria nº 518/2004 do ministério da saúde, para utilização em vasos sanitários,

torneiras de lavagem, entre outros.

Entende-se que para a utilização de água de chuva coletada nas referidas lajes, deve-se empregar

tratamento mais complexo a fim de torná-la própria para uso, o que se torna mais oneroso para a

administração das edificações.

Conforme esquema em planta da cobertura do edifício reproduzida a seguir, pode-se realizar a

definição das áreas de contribuição, faz-se a definição das áreas de contribuição da cobertura.

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Figura 1: Divisão das áreas de contribuição da cobertura

Considerando a declividade de cada área, definida como 1% para lajes e 4% para águas de telhado,

tem-se, pelas áreas de projeção levantadas em planta, em conformação com as declividades, que as

áreas de contribuição definidas estão descritas no quadro a seguir.

Tabela 1: Definição das áreas de contribuição

Nº PROJEÇÃO (m²) DECLIVIDADE

(%) ÁREA (m²)

A1 15,60 4,0% 15,61

A2 6,60 1,0% 6,60

A3 25,80 4,0% 25,82

A4 61,80 4,0% 61,85

A5 17,08 1,0% 17,08

A6 93,38 4,0% 93,45

A7 96,62 4,0% 96,70

A8 9,12 1,0% 9,12

A9 5,78 1,0% 5,78

A10 15,11 1,0% 15,11

A11 17,70 1,0% 17,70

A12 8,19 4,0% 8,20

3 DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DE PROJETO

Para determinação das vazões de projeto nos telhados será utilizada a seguinte expressão:

𝑸 =𝑰 ∗ 𝑨

𝟔𝟎

Onde:

Q l/min

I = 142mm/h

A m²

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A tabela abaixo resume o cálculo das vazões para cada área de contribuição considerada.

Tabela 2: Vazões de projeto por área de contribuição

Nº ÁREA (m²) VAZÃO (l/min)

A1 15,61 36,95

A2 6,60 15,62

A3 25,82 61,11

A4 61,85 146,38

A5 17,08 40,42

A6 93,45 221,18

A7 96,70 228,85

A8 9,12 21,59

A9 5,78 13,68

A10 15,11 35,76

A11 17,70 41,89

A12 8,20 19,40 Considerando o posicionamento de ralos na planta de cobertura, e os caimentos correspondentes de lajes e telhados, podem-se definir as contribuições para cada ralo a ser instalado.

Tabela 3: Ralos hemisféricos e vazões de contribuição correspondentes conforme projeto

RALO

ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO VAZÃO DE CONTRIB.

(l/s) Nº ÁREA (m²)

CONTRIB. (m²)

RH-01 A6 93,45 4,67 11,06

RH-02 A5 17,08 0,85 2,02

RH-03 A6 93,45 4,67 11,06

RH-04 A10 15,11 0,76 1,79

RH-05 A1 15,61 7,03 16,63

RH-06

A2 6,60

25,22 59,68 A3 25,82

A4 61,85

A2 6,60

RH-07 A3 25,82

43,84 103,74 A4 61,85

RH-08 A12 8,20 3,69 8,73

RH-09 A7 96,70 48,35 114,43

RH-10 A8 9,12 4,56 10,79

RH-11 A9 5,78 2,89 6,84

RH-12 A7 96,70 48,35 114,43

RH-13 A11 17,70 8,85 20,95

RH-14 A12 8,20 4,10 9,70

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4 DIMENSIONAMENTO DE CALHAS

As calhas presentes nos sistemas foram dimensionadas segundo método de Manning-Strickler,

conforme prevê a norma de referência.

𝑸 = 𝑲 (𝑺

𝒏) (𝑹𝑯)

𝟐

𝟑 ∗ 𝒊𝟏

𝟐

Onde:

Q = Vazão de projeto, em l/min

K = 60.000

S - Área da seção molhada, em m²

n = Coeficiente de rugosidade do Material

RH = Raio Hidráulico, definido por S/P (Área molhada/perímetro molhado), em m

i = declividade da calha, em m/m

Tomando as vazões anteriormente calculadas para cada área de contribuição e considerando as

calhas projetadas como construídas de material metálico (n = 0,011 para metais não ferrosos – NBR

10844) com declividade de 0,5%, tem-se que a seção transversal de cada calha será tal que sua

base, pré-definida, seja de 30 cm de largura.

O dimensionamento da altura de cada calha se dá, desta forma, utilizando a equação descrita,

acrescendo-se 5 cm ao resultado para garantir a segurança do sistema contra eventuais

transbordamentos.

𝑸 = 𝟔𝟎. 𝟎𝟎𝟎 (𝟎, 𝟑𝒉

𝟎, 𝟎𝟏𝟏) (

𝟎, 𝟑𝒉

𝟎, 𝟑 + 𝟐𝒉)

𝟐

𝟑

∗ 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟏

𝟐

Assumindo valores para h, calculam-se seções e suas capacidades de vazão são comparadas com

as vazões de projeto as quais estas precisam escoar. Desta forma, definiu-se uma seção única para

todas as calhas, a qual é definida por: seção retangular, base 30 cm, altura 10 cm (considerando 5

cm excedentes a favor da segurança).

Tabela 4: Dimensionamento de calhas

ÁREA (m²)

CALHA CORRESP.

VAZÃO DE PROJETO (l/min)

VAZÃO DE CONTRIBUIÇÃO

(l/min)

SEÇÃO CAPACIDADE DA

CALHA (l/min) BASE (m) ALTURA (m)

A6 Cal1 221,18 22,12 0,30 0,10 1.773,37

A7 Cal2 228,85 205,97 0,30 0,10 1.773,37

A1 Cal3 36,95 33,25 0,30 0,10 1.773,37

A3 Cal4

61,11 69,64 0,30 0,10 1.773,37

A4 146,38

A12 Cal5 19,40 17,46 0,30 0,10 1.773,37

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5 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES HORIZONTAIS - COBERTURA

Para o dimensionamento de condutores horizontais, realizou-se o somatório da contribuição de cada

trecho, e, através da tabela 6, estimou-se o diâmetro a ser utilizado.

Para trechos com vazões maiores que as presentes na tabela 6, utilizou-se a fórmula de Manning-

Strickler para cálculo do diâmetro dos condutores, conforme descrição anterior. O material utilizado

para a tubulação é PVC, o que corresponde a um coeficiente de rugosidade, segundo a norma,

n=0,011.

Quanto à declividade mínima dos trechos de tubulação, esta segue critérios de projeto conforme

norma:

“Os condutores horizontais devem ser projetados, sempre que possível, com declividade

uniforme, com valor mínimo de 0,5%.”

(ABNT NBR 10844/1989)

Tabela 5: Dimensionamento dos condutores horizontais

DIÂMETRO INTERNO (D) (mm)

n=0,011 n=0,012 n=0,013

0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4% 0,50% 1% 2% 4%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

1 50 32 45 64 90 29 41 59 83 27 38 54 76

2 75 95 133 188 267 87 122 172 245 80 113 159 226

3 100 204 287 405 575 187 264 372 527 173 243 343 486

4 125 370 521 732 1040 339 478 674 956 313 441 622 882

5 150 602 847 1190 1690 552 777 1100 1550 509 717 1010 1430

6 200 1300 1820 2570 3650 1190 1670 2360 3350 1100 1540 2180 3040

7 250 2350 3310 4660 6620 2150 3030 4280 6070 1990 2800 3950 5600

8 300 3820 5380 7590 10800 3500 4930 6960 9870 3230 4500 6420 9110

Fonte: ABNT NBR 10844/1989

Os condutores horizontais da cobertura foram divididos em trechos entre ralos e as descidas d’água.

Desta forma, somam-se as vazões de contribuição destes ralos para determinar as vazões

correspondentes aos trechos e através da tabela anterior, determinar seus diâmetros.

Considerando os trechos de tubulação lançados para AP-1. AP-2, AP3 e AP-4 análogos (como

determinado em planta), a configuração para o cálculo também é análoga.

Dado o exposto, o dimensionamento realizado pode, então, ser descrito.

Dados:

Declividade: 0,50%

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Material: PVC (n = 0,011)

Tabela 6: Dimensionamento dos condutores horizontais

TRECHO VAZÃO

ACUMULADA (l/min)

DIÂMETRO ADOTADO

(mm) DECLIVIDADE (%)

AP-01

RH-02 AP-01 2,02 50 0,50%

AP-02

RH-03 AP-02 11,06 50 0,50%

AP-03

RH-05 AP-03 16,63 50 0,50%

AP-04

RH-13 AP-04 20,95 75 0,50%

6 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES VERTICAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS

Para esta determinação foi feito o uso do ábaco fornecido pela NBR 10844, conforme dados e figura

a seguir:

Figura 5: Ábaco para dimensionamento de condutores verticais com calhas com saídas em

arestas vivas (Fonte: NBR 10844)

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Q = Vazão de projeto, em L/min

H = altura da lâmina de água na calha, em mm

L = comprimento do condutor vertical, em m

Q = Variável

H = 50,0 mm

L = Variável

O cálculo segue padrão de procedimento da norma:

“levantar uma vertical por Q até interceptar as curvas de H e L correspondentes. No caso de

não haver curvas dos valores de H e L, interpolar entre as curvas existentes. Transportar a

interseção mais alta até o eixo D. Adotar o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja

superior ou igual ao valor encontrado” (ABNT NBR 10844/1989)

Observações:

1 – Quando a vertical traçada pelo eixo de vazão correspondente não cruzar as curvas da altura da

lâmina d’água ou do comprimento da tubulação, o diâmetro correspondente pelo ábaco é 50mm.

2 – Como premissa de projeto, todos os diâmetros calculados inferiores aos diâmetros calculados

para os trechos de tubulação horizontal ligados aos tubos verticais, terão seus diâmetros

padronizados iguais aos calculados para as tubulações horizontais (item 7.1 desta memória).

A vazão Q contribuinte em cada condutor vertical depende da configuração do sistema, ou seja, em

quais ralos cada coluna está conectada. O dimensionamento realizado é descrito a seguir, conforme

configuração da cobertura.

Tabela 7: Dimensionamento de condutores verticais

RALO ÁREA DE

CONTRIBUIÇÃO (m²) VAZÃO (l/min)

ÁREA DE CONTRIB.

ACUM. (m²)

VAZÃO ACUMULADA

(l/min)

DIÂMETRO PELO

ÁBACO (mm)

DIÂMETRO NOMINAL ADOTADO

(mm)

AP-01 L = 3,80m

RH-01 4,67 11,06 5,53 13,08 50 75

RH-02 0,85 2,02

AP-02 L = 6,00m

RH-03 4,67 11,06 5,43 12,85 50 75

RH-04 0,76 1,79

AP-03 L = 6,00m

RH-05 7,03 16,63

76,08 180,05 50 75 RH-06 25,22 59,68

RH-07 43,84 103,74

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RALO ÁREA DE

CONTRIBUIÇÃO (m²) VAZÃO (l/min)

ÁREA DE CONTRIB.

ACUM. (m²)

VAZÃO ACUMULADA

(l/min)

DIÂMETRO PELO

ÁBACO (mm)

DIÂMETRO NOMINAL ADOTADO

(mm)

AP-04 L = 6,45m

RH-08 3,69 8,73

60,47 143,12 50 75 RH-13 8,85 20,95

RH-14 4,10 9,70

RH-15 43,84 103,74

AP-05 L = 3,20m

RH-09 48,35 114,43 48,35 114,43 50 75

AP-06 L = 3,20m

RH-12 48,35 114,43 48,35 114,43 50 75

6.1 DIMENSIONAMENTO DOS DIÂMETROS DOS RALOS HEMISFÉRICOS

O dimensionamento dos ralos hemisféricos foi feito de forma a compensar o estrangulamento

causado pela impermeabilização no diâmetro do tubo de descarga. Foram adotados para os

diâmetros dos ralos hemisféricos os DN imediatamente superiores aos calculado para cada

respectiva coluna de águas pluviais AP.

Tabela 8: Dimensionamento de Ralos Hemisféricos

RALO DIÂMETRO PELO

ÁBACO (mm)

DIÂMETRO NOMINAL

ADOTADO (mm)

DIÂMETRO DO RALO HEMISFÉRICO (mm)

AP-01

RH-01 50 75

100

RH-02 100

AP-02

RH-03 50 75

100

RH-04 100

AP-03

RH-05

50 75

100

RH-06 100

RH-07 100

AP-04

RH-08

50 75

100

RH-13 100

RH-14 100

RH-15 100

AP-05

RH-09 50 75 100

AP-06

RH-12 50 75 100

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7 DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES VERTICAIS DO TÉRREO

Os condutores do térreo possuem seu dimensionamento análogo aos condutores da cobertura,

considerando seus trechos de ligação entre caixas de areia/inspeção enterradas pelo perímetro da

edificação e utilizando a tabela 5 como auxiliar. A configuração da rede externa exige a divisão dos

trechos em 4 redes distintas, conforme a destinação dos efluentes. Desta forma, definem-se a rede 4

(água captada para reaproveitamento) e as redes 2, 3 e 4 (água destinada ao descarte). As redes 2 e

3 tem descarte no mesmo dispositivo coleta de águas pluviais existente no local.

Tabela 7: Dimensionamento dos condutores horizontais - Térreo

TRECHO VAZÃO (l/min)

VAZÃO ACUMULADA

(l/min)

DIÂMETRO ADOTADO

(mm)

DECLIVIDADE (%)

REDE 1

AP-06 CA-01 114,43 114,43 100 0,50%

CA-01 CA-02 0,00 114,43 100 0,50%

CA-02 CA-03 0,00 114,43 100 0,50%

AP-05 CA-03 0,00 0,00 100 0,50%

CA-03 PV-01 0,00 114,43 150 0,50%

AP-01 PV-01 50,00 50,00 100 0,50%

PV-01 CAE-01 0,00 164,43 150 0,50%

REDE 2

AP-04 CA-06 50,00 50,00 100 0,50%

CA-06 CAE-02 0,00 50,00 100 0,50%

REDE 3

AP-02 CAE-02 50,00 50,00 100 0,50%

REDE 4

AP-03 FILTRO 50,00 50,00 100 0,50%

Observações:

1 – A declividade da tubulação enterrada poderá ser alterada, mas nunca inferior a 0,50%, em virtude

da topografia local, que pode exigir diferença de altura entre caixas de areia maiores que as dadas

pelas declividades calculadas anteriormente.

2 – O reservatório inferior dispõe de uma tubulação de segurança dotada de bóia para que, uma vez

atingido o nível de entrada da rede de aproveitamento de água de chuva no mesmo, este não seja

mais alimentado e a água excedente seja direcionada para a rede de descarte de águas pluviais.

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8 DIMENSIONAMENTO DAS CAIXAS DE AREIA/INSPEÇÃO E POÇOS DE VISITA

A profundidade das caixas de inspeção, bem como as geratrizes inferiores da tubulação de entrada e

saída, foram definidas segundo os critérios a seguir:

1 – Profundidade mínima da caixa: 40 cm

2 – Geratriz inferior da tubulação de entrada da caixa: 10 cm acima da cota de fundo

3 – Geratriz inferior da tubulação de saída da caixa: 5 cm acima da cota de fundo

4 – Profundidade das caixas maiores que 40 cm:

Determinada a partir da relação:

𝑪𝑭(𝒄𝒂𝒊𝒙𝒂) = 𝑮𝑰(𝒔𝒂í𝒅𝒂 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒓𝒊𝒐𝒓) − 𝒄𝒂𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 − 𝟎, 𝟏𝟎

Onde:

CF(caixa) = cota de funda da caixa em m

GI (saída anterior) = geratriz inferior da tubulação de saída da caixa anterior

Caimento = diferença de altura entre as geratrizes inferiores de saída e entrada para um trecho de

tubulação, dada por: Caimento = L trecho x Declividade trecho

5 – Caixas com altura acima de 1,00 metro são configuradas como poços de visita.

Os cálculos efetuados e resultados utilizados em projeto são demonstrados pela tabela a seguir.

Tabela 8: Dimensionamento das caixas/poços de visita e

geratrizes inferiores das tubulações da rede externa

CAIXA

COTAS (m) GERATRIZES (m) L TRECHO POSTERIOR

(m)

DECLIV. TRECHO

(%)

CAIMENTO (m)

DIÂMETRO (mm)

ALTURA DA

CAIXA (m)

Topo Fundo Inferior

(entrada) Inferior (saída)

REDE 01

CA-01 -0,02 -0,42 - -0,37 11,29 0,50% -0,06 100 0,40

CA-02 -0,02 -0,53 -0,43 -0,48 7,32 0,50% -0,04 100 0,51

CA-03 -0,02 -0,61 -0,51 -0,56 12,70 0,50% -0,06 150 0,59

PV-01 -0,97 -2,90 -0,63 -2,85 7,00 4,00% -0,28 150 1,93

CAE-01 -3,05 - -3,13 - - - - - -

REDE 02

CA-06 -1,50 -2,05 - -2,00 9,16 0,01 -0,09 100,00 0,55

CAE-02 -2,00 - -2,09 - - 0,01 - - -