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Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Faculdade de Engenharia Química Elementos de Instrumentação Científica Professor: Davi Brasil ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO ULTRAVIOLETA/VISÍVEL Equipe: Daniel Nascimento dos Santos 09025002701 Gilmar Nascimento Neves 09025003001 Raimunda Nonata Consolação e Branco 09025002901

Espectroscopia na Região do UV-VIS

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Este trabalho tem como objetivo apresentar a espectroscopia de radiação na região do ultravioleta-visível.

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Page 1: Espectroscopia na Região do UV-VIS

Universidade Federal do ParáInstituto de Tecnologia

Faculdade de Engenharia QuímicaElementos de Instrumentação Científica

Professor: Davi Brasil

ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO ULTRAVIOLETA/VISÍVEL

Equipe:

Daniel Nascimento dos Santos 09025002701

Gilmar Nascimento Neves 09025003001

Raimunda Nonata Consolação e Branco 09025002901

BELÉM/PA22 de Novembro de 2010

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Universidade Federal do ParáInstituto de Tecnologia

Faculdade de Engenharia QuímicaElementos de Instrumentação Científica

Professor: Davi Brasil

ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO ULTRAVIOLETA/VISÍVEL

Equipe:

Daniel Nascimento dos Santos 09025002701

Gilmar Nascimento Neves 09025003001

Raimunda Nonata Consolação e Branco 09025002901

Trabalho apresentado à disciplina

Elementos de Instrumentação Científica sob

orientação do professor Davi Brasil como

requisito avaliativo no 4º semestre da

Universidade Federal do Pará.

BELÉM/PA22 de Novembro de 2010

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RESUMO

A espectroscopia de radiação na região do ultravioleta e visível é muito utilizada

nos meios laboratoriais no que diz respeito às técnicas de análises (qualitativas ou

quantitativas), por sua confiabilidade e precisão. Logo seu estudo se mostra

extremamente necessário nas mais diversas áreas acadêmicas. O presente trabalho tem

como objetivo apresentar a espectroscopia de radiação na região do ultravioleta e

visível, assim como seus aspectos teóricos e a sua aplicabilidade na vida real.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO1.1. A ESPECTROMETRIA..........................................................................................5

1.2. O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO...............................................................5

1.4. A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA.........................................................................6

1.4. ASPECTOS TEÓRICOS DA ESPECTROSCOPIA DE ABSORÇÃO ULTRAVIOLETA...........................................................................................................7

2. ORIGEM DOS ESPECTROS DE ABSORÇÃO MOLECULAR UV/VIS......11

2.1. ABSORÇÃO POR COMPOSTOS ORGÂNICOS..............................................11

2.2. ABSORÇÃO POR ESPÉCIES INORGÂNICAS................................................11

3. EQUIPAMENTO...................................................................................................13

3.1. FONTES DE RADIAÇÃO.....................................................................................13

3.2. DISPOSITIVOS PARA SEPARAR OU RESOLVER RADIAÇÕES...............13

3.2.1. FILTROS ÓPTICOS...........................................................................................13

3.2.2. MONOCROMADORES.....................................................................................14

3.3. RECIPIENTES PARA AMOSTRAS...................................................................14

3.4. TRANSDUTORES DE RADIAÇÃO....................................................................14

3.5. INSTRUMENTOS FOTOELÉTRICOS..............................................................15

3.5.1. FOTÔMETRO OU FOTOCOLORÍMETRO..................................................15

3.5.2. ESPECTROFOTÔMETROS.............................................................................15

4. MANUSEIO DA AMOSTRA NO UV/VIS..........................................................18

5. APLICAÇÕES DA ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO UV/VIS..............20

5.1. APLICAÇÕES NA ANÁLISE QUALITATIVA.................................................20

5.2. APLICAÇÕES NA ANÁLISE QUANTITATIVA..............................................20

6. EXEMPLOS DE APLICAÇÕES DA ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO UV/VIS............................................................................................................................21

6.1. DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MÉTODO ANALÍTICO PARA QUANTIFICAÇÃO POR ESPECTROSCOPIA UV DE CAPTOPRIL EM COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO PROLONGADA.............................................21

6.2. AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA ESPECTROSCOPIA UV NA DETERMINAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS EM LEITE DE VACA..............................................................................................................................23

6.3. PERFIL DE FÁRMACOS POR ESPECTROFOTOMETRIA NO ULTRAVIOLETA.........................................................................................................25

7. CONCLUSÃO........................................................................................................28

8. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................29

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1. INTRODUÇÃO

1.1. A ESPECTROMETRIA

A espectrometria é um conjunto de recursos que nos permite identificar a

estrutura das partículas que constituem as substâncias. Atualmente existem tecnologias

tão avançadas que se torna possível descrever com precisão a estrutura exata de uma

molécula. Os equipamentos modernos permitem detectar os tipos de elementos

presentes no composto, a quantidade de cada um deles, a posição tridimensional de cada

átomo e muito mais. Esses aparelhos funcionam basicamente a partir de feixes de onda

eletromagnética incidentes sobre uma amostra do composto, que então, absorve energia

em determinados comprimentos de onda (l). Os valores da energia e dos comprimentos

de onda absorvidos são detectados no aparelho e transformados em um gráfico no

computador. É então pela análise desse gráfico que se determina a estrutura da

molécula.

1.2. O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética

que vai da região das ondas de rádio até os raios gama. Atualmente são conhecidas

radiações com comprimento de onda que variam desde 10-6 m até cerca de 1011 m.

As radiações com comprimento de onda superior a 0,74 m são ditas

infravermelhas. Por outro lado, àquelas cujo comprimento de onda é inferior a 0,36m

chamam-se ultravioletas. Logo, o espectro eletromagnético é subdividido em três faixas:

ultravioleta, visível e infravermelha.

Dependendo das suas freqüências, as radiações do espectro são portadoras de

quantidades de energia diferentes. Quanto mais curto o comprimento de onda, mais alta

é a energia de um fóton.

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Figura 1 - Espectro eletromagnético

1.4. A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

A radiação eletromagnética de comprimento de onda mais curto que a luz visível

e mais longo que os raios X é camada de luz ou radiação ultravioleta (UV). Esta luz,

invisível para o olho humano, é conhecida também como luz negra. A região UV do

espectro foi descoberta em 1801 por John Ritter no transcurso de experiências

fotoelétricas.

A luz UV é geralmente dividida em regiões denominadas de ultravioleta

próximo (400-300 nm), afastado (300-200 nm) e no vácuo (200-4 nm). Estes últimos

comprimentos de ondas são particularmente prejudiciais para a vida, por serem

fortemente absorvidos pela atmosfera e pela camada de ozônio da Terra.

A luz UV é produzida em alguns processos que geram transição da luz visível

em átomos, no qual, um elétron de um estado energético de alta energia retorna para um

estado energético de menor energia.

A absorção molecular na região do UV e do visível depende da estrutura

eletrônica da molécula. A absorção de energia é quantizada e conduz à passagem dos

elétrons de orbitais do estado fundamental para orbitais de maior energia em um estado

excitado. Para muitas das estruturas eletrônicas esta absorção ocorre em uma porção

pouco acessível do ultravioleta. Na prática, a espectrometria no UV é limitada, na maior

parte, aos sistemas conjugados.

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Page 7: Espectroscopia na Região do UV-VIS

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A seletividade da absorção no UV é uma vantagem, entretanto, uma vez que se

pode reconhecer grupos característicos em moléculas de complexidade bastante

variável.

Como uma grande porção de uma molécula relativamente complexa pode ser

transparente no UV, pode-se obter espectro semelhante ao de moléculas muito mais

simples. Assim, por exemplo, o espectro do hormônio masculino testosterona

assemelha-se bastante ao do óxido de mesitila. A absorção é produzida pela estrutura de

enoma conjugada, que existe em ambos os compostos.

Os efeitos biológicos da luz UV inclui bronzeados e queimaduras pelo sol.

Exposição excessiva tem sido ligada ao desenvolvimento de câncer na pele e catarata. A

região da luz ultravioleta afastada tem a capacidade de destruir certas classes de

bactérias. Por este motivo, é usada para esterilizar alguns gêneros alimentícios e

equipamentos médicos.

1.4. ASPECTOS TEÓRICOS DA ESPECTROSCOPIA DE

ABSORÇÃO ULTRAVIOLETA

O conhecimento da absorção de luz pela matéria é a forma mais usual de

determinar a concentração de compostos presentes em solução. A maioria dos métodos

utilizados em bioquímica clínica envolve a determinação espectrofotométrica de

compostos corados (cromóforo) obtidos pela reação entre o composto a ser analisado e

o reagente (reagente cromogênico), originando um produto colorido. Os métodos que se

baseiam nesse princípio são denominados métodos colorimétricos, os quais geralmente

são específicos e muito sensíveis. A grande vantagem em utilizar compostos coloridos

deve-se ao fato de eles absorverem luz visível (região visível do espectro

eletromagnético).

A espectrofotometria — medida de absorção ou transmissão de luz — é uma das

mais valiosas técnicas analíticas amplamente utilizadas em laboratórios de área básica,

bem como em análises clínicas. Por meio da espectrofotometria, componentes

desconhecidos de uma solução podem ser identificados por seus espectros

característicos ao ultravioleta, visível, ou infravermelho.

Quando um feixe de luz monocromática atravessa uma solução com moléculas

absorventes, parte da luz é absorvida pela solução e o restante é transmitido. A absorção

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de luz depende basicamente da concentração das moléculas absorventes e da espessura

da solução – caminho óptico.

Figura 2 - Absorção de luz

Onde:

i0 = Feixe de luz incidente;

i = Feixe de luz transmitido;

l = Espessura da solução ou caminho óptico.

A espectroscopia de absorção na região do ultravioleta-visível (UV/VIS) utiliza

radiação eletromagnética cujos comprimentos variam entre 200 a 780 nm. Quando

estimulada com esse tipo radiação, a molécula do composto pode sofrer transições

eletrônicas por meio de absorção de energia.

Nos átomos e nas moléculas os elétrons giram ao redor de seus núcleos em

níveis definidos de energia, de acordo com a teoria quântica. Sendo a energia dos

elétrons mínima, os elétrons se encontram no menor estado energético, ou seja, no

chamado estado fundamental. Neste estado eles podem absorver energia radiante,

passando então a um estado energético superior ou excitado. Este fenômeno recebe o

nome de excitação eletrônica e, para que se produza a radiação, deve pertencer à região

UV do espectro eletromagnético.

A frequência da radiação se relaciona com a energia através da equação:

E=hv

A quantidade de energia necessária para uma transição eletrônica desde o estado

fundamental, E0, a um estado excitado, E1, é dado pela equação:

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(E1−E0)=hv

A absorção de energia UV/VIS modifica a estrutura eletrônica da molécula em

conseqüência de transições eletrônicas envolvendo geralmente elétrons π e n (não

ligantes) envolvidos em ligações. Isto requer que a molécula contenha pelos menos um

grupo funcional insaturado (C=C, C=O, por exemplo) para fornecer os orbitais

moleculares π e n. Tal centro de absorção é chamado cromóforo, sendo responsável

principalmente pelas transições π → π* e n → π*. Estas resultam da absorção de

radiações eletromagnéticas que se enquadram em uma região espectral

experimentalmente conveniente, ao contrário das transições n → σ* e σ → σ* que

requerem geralmente radiações mais energéticas (l < 200 nm).

A tabela a seguir mostra uma relação de alguns compostos e o comprimento de

onda de máxima absorção.

Cromóforos Sistema λ máximo

Aldeído -CHO 210

280-300

Amino -NH2 195

Brometo -Br 208

Carbonila =C=O 195

270-285

Carboxila -COOH 200-210

Dissulfeto -S-S 194

255

Éster -COOR 205

Éter -O- 185

Nitro -NO2 210

Nitroso -NO 302

Tiocarbonila =C=S- 205

Tioeter -S- 194

215

Tiol -SH 195

Tabela 1 - Bandas de absorção eletrônica de cromóforos

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As bandas de absorção podem ser caracterizadas por dois parâmetros

fundamentais: a posição e a intensidade. A posição corresponde normalmente ao “l” da

radiação eletromagnética responsável pela transição eletrônica, enquanto a intensidade

depende, entre outros fatores, da energia dos orbitais moleculares e probabilidade de

transição.

Os espectros de absorção UV/VIS apresentam geralmente bandas largas que

resultam da sobreposição dos sinais provenientes de transições vibracionais e

rotacionais aos sinais associados às transições eletrônicas.

O espectro obtido é registrado como comprimento de onda versus transmitância.

Como a absorbância (A) é proporcional a log 1/T, o uso de uma resistência que varia de

modo logarítmico com o comprimento de permite a obtenção de espectros lineares com

relação à absorvância.

Figura 3 - Espectro de eletrônico de absorção no UV/VIS da acetona

Figura 4 - Espectro de eletrônico de absorção no UV/VIS do 2,4-dinitrofenciato de potássio

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2. ORIGEM DOS ESPECTROS DE ABSORÇÃO MOLECULAR

UV/VIS

O processo de absorção é essencialmente o mesmo para espécies orgânicas e

inorgânicas, porém, existem algumas peculiaridades referentes a cada classe. Os

elétrons que contribuem para a absorção UV/VIS das espécies moleculares orgânicas

são:

Os elétrons que participam das ligações entre os átomos (elétrons π e σ);

Os elétrons não-ligantes n, ou seja, os elétrons externos dos átomos que não

participam da formação das ligações.

2.1. ABSORÇÃO POR COMPOSTOS ORGÂNICOS

Nos compostos orgânicos, são possíveis quatro tipos de transições eletrônicas.

Sendo elas classificadas como:

Transições σ → σ*: ocorrem nos hidrocarbonetos que possuem apenas ligações σ

e elétrons ligantes. Ex.: Propano (lmáx = 135 nm);

Transições n → σ*: ocorrem em compostos saturados contendo átomos com

elétrons não-ligantes. Ex.: cloreto de metila (lmáx = 173 nm);

Transições n → σ*: são observadas em compostos contendo orbitais π e

heteroátomo com elétrons não-ligantes;

Transições π → π*: compostos contendo grupo funcional insaturado.

Estas duas últimas são as transições mais importantes para a espectroscopia

UV/VIS dos compostos orgânicos, pois o lmáx apresenta-se normalmente nessa região,

sendo que as transições π → π* apresentam absortividades molares muito maiores em

relação às transições n → π*.

2.2. ABSORÇÃO POR ESPÉCIES INORGÂNICAS

Os compostos inorgânicos dos elementos dos blocos s e p apresentam bandas de

absorção na região UV originadas das transições n → π*.

A capacidade de absorção de muitos complexos se deve a um processo de

transferência de carga. Nos complexos de transferência de carga, um dos componentes

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deve ter atuar como doador de elétron e o outro como receptor. A absorção relaciona-se

com a transição de um elétron do doador para um orbital de maior energia do receptor.

Assim, o estado excitado é produto de uma espécie de oxi-redução interna.

No complexo [Fe(SCN)6]3-, por exemplo, a absorção se relaciona com a

transição de um elétron do íon tiocianato a um orbital do íon Fe(III).

A maioria dos complexos que apresenta bandas de transferência de carga

associadas a um íon metálico que atua com aceptor de elétrons. Uma exceção é o

complexo de ferro(II) com o-fenantrolina, onde o ligante é o aceptor e íon metálico é o

doador.

3. EQUIPAMENTO

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Os instrumentais utilizados para medidas de absorção de radiação UV/VIS

incorporam usualmente os seguintes componentes:

Uma fonte de radiação contínua;

Um dispositivo para separar (“monocromar”) as radiações contínuas;

Um recipiente para a amostra;

Um detector para converter a energia radiante em sinal elétrico;

Um mostrador ou registrador para apresentar o sinal elétrico.

3.1. FONTES DE RADIAÇÃO

As fontes de radiação utilizadas na espectrofotometria de absorção UV/VIS

podem ser:

Lâmpada com filamento de tungstênio: emite a maior parte da radiação no

infravermelho, todavia, ela é usada para a região entre 320 e 2400 nm. A temperatura do

filamento varia entre 2000 e 3000K. Para a lâmpada produzir radiação estável, é

necessário um rigoroso controle da sua fonte de alimentação através de circuitos

reguladores.

Lâmpada de Tungstênio-Iodo: é uma lâmpada de tungstênio comum, contendo

, em vez de vácuo, o iodo sublimado. Este tipo de fonte possui um vida útil duas vezes

maior do que a de uma lâmpada comum devido a uma reação entre o tungstênio e o

iodo. Com um invólucro de quartzo esta lâmpada pode operar de 200 a 3000 nm.

Lâmpada de descarga de hidrogênio ou deutério com janelas de quartzo:

são as mais utilizadas como fontes de radiação UV. Quando se submete o gás

hidrogênio ou deutério a uma descarga elétrica, produz-se um espectro contínuo na

região UV, cobrindo a faixa de 180hm, limite de transmissão do quartzo, até 380 nm.

3.2. DISPOSITIVOS PARA SEPARAR OU RESOLVER RADIAÇÕES

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As radiações dentro do espectro contínuo podem ser separadas utilizando:

Filtros óticos;

Monocromadores.

3.2.1. FILTROS ÓPTICOS

São dispositivos que selecionam uma faixa espectral relativamente estreita da

radiação contínua. Eles podem ser:

Filtro de absorção: são filtros que isolam uma certa banda espectral absorvendo

preferencialmente radiações dos demais comprimentos de onda. Eles possuem larguras

efetivas de 30 a 50hm e transmitância máximas que variam de 5 a 30 %;

Filtro de interferência: baseiam-se na interferência construtiva e destrutiva que

ocorre durante a passagem de um feixe policromático pelo filtro. Eles permitem isolar

bandas com larguras efetivas de 10 a 20 nm e transmitâncias máximas de 35 a 75%.

3.2.2. MONOCROMADORES

São dispositivos que servem para separar uma radiação policromática em linhas

ou bandas espectrais muito estreitas. O sistema monocromador consiste nos seguintes

componentes básicos:

Uma fenda de entrada, que recebe a radiação contínua da fonte e fornece uma

estreita imagem ótica;

Uma lente colimadora, que torna paralelos os raios propagados através da fenda

de entrada;

Um elemento de dispersão (prisma ou rede de difração), que desdobra a radiação

contínua;

Uma lente de focagem, para focalizar a radiação desdobrada em uma fenda de

saída;

Uma fenda de saída, que isola a linha ou banda espectral de interesse.

3.3. RECIPIENTES PARA AMOSTRAS

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Page 15: Espectroscopia na Região do UV-VIS

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Os recipientes usados nas medidas espectrofotométricas são denominados de

cubetas. Os instrumentos mais simples (fotômetros ou colorímetros) utilizam cubetas

cilíndricas, que são mais baratas. Os espectrofotômetros utilizam normalmente cubetas

retangulares com percurso óptico de 1cm. Todavia, encontra-se, comercialmente,

cubetas com espessuras de 0,1cm até 10 cm. As cubetas são construídas de material

transparente que deixa passar livremente a radiação na região espectral interessada.

As cubetas devem ser alojadas em direções perpendiculares à direção do feixe, a

fim de reduzir as perdas por reflexão.

3.4. TRANSDUTORES DE RADIAÇÃO

Os detectores de radiação UV/VISível são transdutores de entrada que

convertem a energia radiante em sinal elétrico. Os detectores devem apresentar as

seguintes características básicas:

Responder à energia radiante dentro da faixa espectral;

Ser sensível para baixos níveis de potência radiante;

Ter resposta muito rápida;

Apresentar uma relação linear entre a potência radiante incidente e o sinal

elétrico produzido.

3.5. INSTRUMENTOS FOTOELÉTRICOS

Uma classificação dos instrumentos fotoelétricos considera o tipo de dispositivo

usado para selecionar a radiação eletromagnética para as medidas de transmitância ou

absorbância. Assim:

Quando o dispositivo é um filtro ótico denomina-se o instrumento de fotômetro,

fotocolorímetro ou por operarem apenas no visível, colorímetro.

Quando o dispositivo é um monocromador de prisma ou de rede de difração

denomina-se de espectrofotômetro.

3.5.1. FOTÔMETRO OU FOTOCOLORÍMETRO

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Page 16: Espectroscopia na Região do UV-VIS

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São instrumentos simples, baratos e de fácil manutenção. Eles são usados

convenientemente sempre que não se requeiram faixas espectrais muito estreitas. Não

costumam operar fora da região visível e não alcançam o grau de precisão dos

espectrofotômetros.

Figura 5 - Fotômetro de chamas

3.5.2. ESPECTROFOTÔMETROS

A principal limitação dos fotômetros é a resolução do feixe de radiação usada.

Isto faz com que a lei de Lambert-Beer não seja seguida. Em geral, quanto melhor a

qualidade de um monocromador mais versátil o espectrofotômetro e mais caros são os

instrumentos.

Figura 6 - Espectrofotômetro

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Page 17: Espectroscopia na Região do UV-VIS

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Os espectrofotômetros são construídos segundo modelos de feixe simples ou

duplo para operar nas regiões UV/VIS. Os aparelhos de feixe simples são usados

normalmente para fins de análise quantitativa. Os de feixe duplo são úteis não só para

análise quantitativa, mas também permitem traçar os espectros de absorção e ser usado

na análise qualitativa. A figura abaixo mostra um esquema de um espectrofotômetro de

feixe simples.

Figura 7 – Esquema óptico de um espectrofotômetro de UV com feixe simples

A seguir encontra-se um esquema de espectrofotômetro de duplo-feixe:

Figura 8 - Esquema óptico de um espectrofotômetro de UV com duplo feixe

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4. MANUSEIO DA AMOSTRA NO UV/VIS

O espectro no UV/VIS de um composto é normalmente obtido em solução ou

em fase vapor.

Encontram-se disponíveis no comércio células de quartzo para determinação de

espectros em fase vapor. Estas células são providas com entrada e saída para gás e

possuem caminho óptico variável desde 0,1 mm até 100 mm. Algumas destas células

permitem a circulação de um líquido que mantém constante a temperatura da célula.

As células utilizadas na determinação de espectros em solução possuem um

caminho óptico que varia de 1 cm até 10 cm. São de uso comum as células de quartzo

de 1 cm, quadradas. Estas células requerem cerca de 3 mL de solução. Podem-se utilizar

tampas que reduzem o volume e caminho óptico de 1 cm. Podem-se utilizar

microcélulas quando apenas uma quantidade pequena de soluço é disponível e, neste

caso, aconselha-se o uso de condensador de feixe, de modo a minimizar a perda de

energia.

Ao preparar-se uma solução, pesa-se cuidadosamente a amostra e transfere-se

para um balão volumétrico; completa-se o volume com solvente adequado. A partir

desta solução pode-se retirar alíquotas e diluí-las sucessivamente, conforme

procedimento recomendado pelo método. É de máxima importância que as células

estejam limpas. Costuma-se enxaguá-las várias vezes examiná-las quanto à absorção

entre determinações sucessivas. Pode ser necessário limpar as células com detergente ou

com ácido nítrico a quente para remoção de traços de amostras anteriores.

Muitos solventes são utilizados na região do UV/VIS. Os mais comuns são o

cicloexano, o etanol 95% e o 1,4-dioxano. O cicloexano deve ser isento de impurezas de

aromáticos ou olefinas, o que é obtido por percolação através de silicagel ativada,

devendo ser transparente até 210 nm. Os compostos aromáticos, em particular os

polinucleares, são solúveis nestes solventes.

O etanol 95% é geralmente uma boa escolha quando se necessita de um solvente

mais polar. O solvente é geralmente usado na forma comercial, porém o etanol absoluto

deve ser purificado, uma vez que contém traços do benzeno usado em sua preparação.

Traços de benzeno podem ser removidos por cuidadosa destilação fracionada ou por

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cromatografia de gás preparativa. O limite inferior de transparência para o etanol ocorre

próximo a 210 nm.

O 1,4-dioxano pode ser purificado por destilação com sódio. A contaminação

com benzeno pode ser removida pela adição de metanol, seguindo-se destilação para

remover o azeótropo benzeno-metanol que se forma. O 1,4-dioxano é transparente a

partir de 220 nm.

Muitos solventes de pureza espectroscópica adequada para o ultravioleta

encontram-se atualmente no mercado. Estes solventes são classificados como de “grau

espectroscópico” e encontram-se livres da absorção devido a interferentes.

Quando se planeja a utilização de um solvente deve-se levar em conta sua

inércia em relação ao soluto. É possível detectar ocorrência de reações fotoquímicas

pela variação da absorbância com o tempo, após exposição ao feixe de radiação UV do

instrumento.

5. APLICAÇÕES DA ESPECTROSCOPIA NA REGIÃO DO UV/VIS

Como dito anteriormente, a espectrofotometria UV/VIS é um dos métodos

analíticos mais usados nas determinações analíticas em diversas áreas, sendo esta

técnica extremamente valiosa para a identificação dos grupos funcionais na molécula.

Isso se deve ao fato dessa técnica ser aplicada para determinações de compostos tanto

de caráter orgânico quanto de caráter inorgânico. As aplicações da espectroscopia de

UV/VIS podem ser tanto em análises qualitativas, quanto em análises quantitativas.

5.1. APLICAÇÕES NA ANÁLISE QUALITATIVA

A absorção de radiação UV por muitos compostos ocorre numa faixa muito

reduzida de comprimento de onda, o que faz com que suas curvas se sobreponham,

quase que impossibiltando sua identificação.

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A curva de absorção se encontra influenciada não só pelos grupamentos que

contém elétrons capazes de absorver energia como também pelo resto da molécula. Em

conseqüência, a absorção UV oferece menos possibilidades para identificação de grupos

funcionais que outros métodos espectroscópicos como o IR e RMN. Mesmo assim, a

espectroscopia UV é muito utilizada na identificação dos constituintes de diversas

partes das plantas e na determinação de impurezas em amostra orgânica.

5.2. APLICAÇÕES NA ANÁLISE QUANTITATIVA

Quanto as aplicações quantitativas, a espectroscopia de absorção UV, como as

outras técnicas de absorção é regida pela lei de Lambert-Beer usando-se para cálculo

das concentrações os mesmos procedimentos recomendados para o VIS. A maior parte

dos equipamentos registra diretamente a leitura em absorbância, na prática, para fins

quantitativos, empregam-se curvas analíticas. Algumas das aplicações características da

espectroscopia UV?VIS são as de determinações de:

1. Compostos aromáticos polinucleares.

2. Produtos naturais como esteróides e clorofila.

3. Corantes e vitaminas.

4. Estabilizantes e antioxidantes.

6. EXEMPLOS DE APLICAÇÕES DA ESPECTROSCOPIA NA

REGIÃO DO UV/VIS

É bastante importante se ter uma base de toda a teoria por trás do método, assim

como é importante saber interpretar seus dados. Também é fato que saber onde o

método é aplicado é importante para nossos estudos como cientistas. Além disso ,algo

ainda mais importante é saber não apenas onde e sim como o método é utilizado e o

porquê. Logo aqui serão descritos alguns trabalhos já realizados para mostrar as

aplicações práticas do método de espectroscopia na região do UV/VIS.

6.1. DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE UM MÉTODO

ANALÍTICO PARA QUANTIFICAÇÃO POR ESPECTROSCOPIA UV DE

CAPTOPRIL EM COMPRIMIDOS DE LIBERAÇÃO PROLONGADA.

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Page 21: Espectroscopia na Região do UV-VIS

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Este trabalho foi realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, no

Laboratório de Controle e Qualidade do Departamento de Ciências Farmacêuticas teve

como foco verificar se o método do UV seria útil para tal fim.

O Captopril é um fármaco de primeira escolha em casos de hipertensão arterial.

Sua ação é eficiente (por isso sua escolha) porém de curto prazo. O medicamento se

libera totalmente das capsulas em torno de 6 a 8 horas, fazendo com que o tratamento

exija de 3 a 4 capsulas diariamente. A pesquisa maior na verdade é desenvolver uma

formulação para uma liberação mais prolongada do fármaco ,porém este não é o foco

deste trabalho.

Para a verificação do método foram feitas algumas formulações do comprimido

como é mostrado na tabela abaixo. A partir desses comprimidos já feitos é que foram

realizadas todas as medidas para a validação do método.

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Figura 9 - Estrutura do Captopril (D-2-metil-3-mercaptopropanol-L-prolina)

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As medidas realizadas foram para determinar os parâmetros necessários para a

validação de um método analítico. São eles: robustez, especificidade, linearidade e

intervalo, exatidão e precisão. Destes ,o que mais será útil à primeira vista no espectro

será a especificidade.

Especificidade de um método é a capacidade que este possui de medir

exatamente um composto em presença de outros componentes. E isso foi verificado

como mostra a figura abaixo.

É nitidamente visível que o método foi capaz de quantificar o fármaco mesmo na

presença dos excipientes. Ainda pode-se verificar que por menor que fosse a diferença,

ainda assim em 212nm ,onde é o pico de absorção máxima do Captopril, os excipientes

não iriam interferir na leitura do espectro.

Todos os outros parâmetros necessários para a validação também foram

validados, com isso é possível concluir que o método proposto para a quantificação do

fármaco é muito útil, por sem simples ,rápido e barato.

6.2. AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA ESPECTROSCOPIA UV NA

DETERMINAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS EM LEITE DE

VACA

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Este trabalho foi desenvolvido na Universidade Fernando Pessoa e visa

determinar se o método é útil para tal fim sendo que a literatura aponta o HPLC como o

melhor.

É fato que a grande maioria dos alimentos que consumimos são industrializados

e passam por complexos sistemas para que cheguem de uma forma segura em nossas

casas.

A comercialização da maior parte dos alimentos é precedida de um

monitoramento complexo para o controle e eliminação de substâncias nocivas. Estas

substâncias , designadas antibióticos , são necessárias para o combate a diversas

patologias que o animal pode passar ao homem.

É fato a importância do leite no desenvolvimento dos seres mamíferos, como o

homem. Porém o leite industrializado, mesmo passando por processos de esterilização

necessários à nossa saúde, ainda trás substâncias em pequenas quantidades que podem

ter um efeito não desejado em nosso organismo como estabilizantes,corantes, fármacos,

etc.

Os medicamentos anti-infecciosos mais utilizados pelos produtores são os

antibióticos beta-lactâmicos, os aminoglucosídeos, os macrólidos e aparentados, as

tetraciclinas, o cloranfenicol, as quinolonas, as sulfonamidas, as associações de

antibióticos e associações com outros fármacos. Nesse estudo foram submetidos ao

processo analítico os antibióticos Oxitetraciclina, Sulfamerazina e Cloranfenicol.

A tabela abaixo mostra os medicamentos mais comuns de uso veterinário.

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Existe para cada medicamento desses um limite de segurança. Os antibióticos

são administrados no animal para seu próprio bem e também para que não haja

transmissão de doenças ao homem. Uma utilização incorreta dessas substâncias pode

gerar resíduos potencialmente nocivos à saúde do animal e do homem que consome

seus derivados.

Vários métodos são utilizados na quantificação de antibióticos no leite de vaca,

como CG, HPLC, CL, ELISA, BIA, CG/EM, TLC etc. A literatura diz que o método

HPLC já tem sido utilizado com sucesso para tal fim há mais tempo.

O método de espectroscopia de UV se mostrou rápido e sensível nas análises.

Porém os dados obtidos para o índice de recuperação e o coeficiente de variação

mostram que o método não é muito útil na determinação dos antibióticos sendo ainda

melhor a utilização do HPLC.

6.3. PERFIL DE FÁRMACOS POR ESPECTROFOTOMETRIA NO

ULTRAVIOLETA

Os dois trabalhos anteriores foram escolhidos por terem uma relação muito útil

no entendimento deste. Ambos tratam de determinação e quantificação de fármacos. Por

isso são precedentes.

Este trabalho realizado na Universidade Estadual de Maringá é de excepcional

importância para a área da saúde pública.

Intoxicações por medicamentos alcançam o primeiro lugar entre os agentes

tóxicos envolvidos em atendimento médico em serviços de urgência e emergência no

Brasil, sendo muitos dos casos relacionados às tentativas de suicídio ou envolvendo

crianças idosos que se expuseram a doses acima da terapêutica, resultando em

concentrações tóxicas na corrente sangüínea. O diagnóstico pode ser realizado com o

auxílio de exames complementares e análises específicas para determinação do agente

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tóxico. A triagem de fármacos é a mais freqüente dos testes toxicológicos solicitados,

sendo o objetivo deste trabalho, analisar a utilização da espectrofotometria de varredura

na faixa ultravioleta para identificação de fármacos. Foram analisados os espectros de

absorção ultravioleta de 4 fármacos de diferentes classes químicas. Os fármacos foram

submetidos à varredura na faixa do ultravioleta e identificados os comprimentos de onda

nos quais apresentavam picos de absorbância máxima. O procedimento utilizado

explora a baixa seletividade do ultravioleta, permitindo identificar grupos de

medicamentos da mesma classe, que frequentemente apresentam o mesmo padrão de

absorção, e que podem estar presentes no material biológico de forma rápida e simples,

diminuindo o tempo de resposta do laboratório à solicitação médica.

Estes fármacos tem um limite de detecção para sua análise no equipamento na

faixa do ultra violeta. Estes limites estão na tabela abaixo.

A partir dos espectros obtidos no equipamento é feito o reconhecimento do

fármaco por uma biblioteca já com os picos de absorbância conhecidos. Assim, já

conhecendo a substância fica mais simples o tratamento.

A seguinte tabela mostra como se identifica o fármaco através de seu pico

máximo de absorbância.

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As análises espectrofotométricas forneceram o perfil de 40 fármacos. Foi

possível identificar os picos de absorbância máxima nos seus respectivos comprimentos

de onda na faixa do ultravioleta, bem como o limite de detecção para cada fármaco.

Uma das maiores vantagens da baixa seletivi- dade da espectroscopia UV é que

compostos da mesma classe frequentemente apresentam o mesmo padrão de absorção;

assim, substâncias não identificadas podem ser relacionadas a uma determinada classe

com base em suas características espectrais. A metodologia proposta é simples e rápida,

requer instrumentação simples, evitando gastos ou consumo de tempo na análise e

permite a identificação de grupos de medicamentos. Isso pode fornecer ao clínico um

resultado positivo ou negativo em menor tempo facilitando assim a tomada de decisão

clínica e contribuindo para o pronto restabelecimento do paciente. Após estes estudos

pode-se estabelecer uma base de dados dos espectros de absorção de cada fármaco,

formada por uma coletânea de dados das principais e mais relevantes substâncias, para

que substâncias desconhecidas possam ser comparadas com propriedades de referência

presentes na base de dados estabelecida.

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Page 27: Espectroscopia na Região do UV-VIS

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Com estes 3 exemplos foi possível verificar a importância do método em

algumas áreas. Por ser simples e barato, e também por apresentar uma excelente

precisão em alguns casos, a Espectroscopia no Ultra Violeta é um método bastante

utilizado na prática de análises.

5. CONCLUSÃO

O desenvolvimento de um instrumental preciso e adequado para uma

determinada análise é uma questão de grande relevância no cenário atual, sendo esta

uma das principais ocupações de pesquisadores que estão engajados na tarefa de isolar

pequenas quantidades de compostos orgânicos e inorgânicos a partir de misturas

complexas e fazer sua identificação espectrofotométrica.

Com base nisso, a espectroscopia na região do UV/VIS constitui um dos mais

amplos caminhos usados pelos químicos analíticos para determinação de espécies

moleculares em solução.

Apesar do espectro ultravioleta e visível nos fornecer informações limitadas

sobre as estruturas químicas de uma substância, esta técnica é muito utilizada por

possuir uma alta da sensibilidade de análise e do alto grau de precisão e exatidão em

suas medidas, logo ela é empregada extensivamente em determinações quantitativas.

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6. BIBLIOGRAFIA

CIENFUEGOS, F.; VAITSMAN, D. Análise instrumental. Rio de Janeiro:

Interciencias, 2000.

http://brquimica.com.br/index.php?id=tecins&tec=espcuv, acessado em 29 de

outubro de 2010.

http://reocities.com/Vienna/choir/9201/espectrometria.htm, acessado em 29 de

outubro de 2010.

http://www.ufrgs.br/leosite_especindex.html, acessado em 29 de outubro de 2010

PIMENTEL, M. F. e NETO, B. B.; “Calibração: uma revisão para químicos

analíticos”, Quím. Nova, 19 (1996), 268.

SKOOG, D. A.; HOLLER, F.; NIEMAN, T. A.; Princípios de Análise

Instrumental, 5o ed., Ed. Bookman, Porto Alegre, 2002.

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; Fundamentals of Analytical

Chemistry, 6o ed., Saunders College Publishing, USA, 1992.

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