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ESPONDILODISCITE TUBERCULOSA
A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
DIOGO RODRIGUES
CATARINA GOUVEIA
LUÍS VARANDASUnidade de Infecciologia Pediátrica. Directora: Maria João Brito
Área de Pediatria Médica. Director: Gonçalo Cordeiro Ferreira
Introdução
Descrita em 1779
Forma rara de Tuberculose1
‒ 1 a 5% dos casos
Incidência superior nas crianças2
‒ Hipervascularização dos discos intervertebrais
1TRECARICHI E.M., Tuberculous spondylodiscitis: epidemiology, clinal features, treatment, and outcome, Europ. Review for Medical and Pharma. Sciences, 2012; 16(Suppl 2): 58:72
2FUCS P., Spinal Infections in children: a review, International Orthopaedics, 2012, 36: 387-395.
Caso Clínico
10 anos, sexo masculino, raça negra
‒ Evacuado de São Tomé e Príncipe
‒ Drenagem cirúrgica
‒ Previamente saudável, Imunização atualizada
‒ Incluindo BCG
Caso ClínicoAbril 2014
Agravamento progressivo de:
‒ Lombalgia
‒ Irradiação para membro inferior esquerdo
‒ Incapacidade funcional
‒ Tumefacção da nádega esquerda
‒ Emagrecimento
‒ Sem outros sintomas
Janeiro 2015
Abril 2014
Caso Clínico
Avaliado em São Tomé:
‒ Emagrecido, apirético
‒ Dor e incapacidade funcional à mobilização da coluna vertebral
‒ Sem massas ou desvios da coluna vertebral
‒ Abcesso glúteo à esquerda
Janeiro 2015
Abril 2014
Caso Clínico
Avaliado em São Tomé:
‒ Emagrecido, apirético
‒ Dor e incapacidade funcional à mobilização da coluna vertebral
‒ Sem massas ou desvios da coluna vertebral
‒ Abcesso glúteo à esquerda
Evacuado para Portugal
‒ Drenagem cirúrgica
31 de Março de 2015Janeiro 2015
Caso ClínicoAbril 2015
Exame objetivo à entrada:‒ Massa paravertebral direita, com
flutuação‒ Adenopatias axilares ‒ Ferida operatória com exsudado
purulento
Avaliação analítica:‒ Anemia ferropénica‒ Hipergamaglobuminémia‒ PCR109,2 mg/L, VS 79 mm/h
Caso Clínico
Osteomielite multifocalAbcessos paravertebrais
Abcesso com miosite
Caso Clínico Espondilodiscite/ massas paravertebrais e glútea a esclarecer
1. Tuberculose
Prova tuberculínica – 22 mm
Pesquisa de M. tuberculosis (PCR e cultural) no suco gástrico– POSITIVO
Pesquisa BK exsudado (PCR e cultural) – POSITIVO - TSA – resistência a isoniazida
Observação por Oftalmologia, Cardiologia e Neurologia - sem alterações
2. Outras bactérias
Hemoculturas negativas
Cultura do exsudado - negativo
3. Tumoral
Excluído
Investigação adicionalHIV negativo
Sem drepanocitose
Morfologia Normal
Caso Clínico
Tuberculose óssea e discal
‒ Terapêutica antibacilar quadrupla
RZE+Linezolide
‒ Ortótese para contenção da coluna vertebral
Abril 2015 Junho 2015 (2M TX)
Evolução
‒ Mantém terapêutica antibacilar
RZE
‒ Sem limitação funcional
‒ Marcha sem alterações
Discussão
Portugal, TB
Doença prevalente, país de média incidência (20/100000)3
População Imigrante com maior predisposição (30 a 35% dos diagnósticos em Lisboa) 3
Manifestação extrapulmonar é mais frequente em crianças
Resistencia a isoniazida – 7% 3
S. Tomé, TB
País de alta incidência (100/100000)4
3Fonte: Portugal, Infecção VIH, SIDA e Tuberculose em números – 2014 - DGS4Fonte: Global Tuberculosis Control 2009 – Annex - WHO
Discussão
Apresentação5,6
‒ Progressão lenta e insidiosa
‒ Várias vertebras afectadas
Diagnóstico precoce
‒ Evitar complicações graves
Tratamento7
‒ Sem consenso quanto a indicações cirúrgicas
‒ Preferência pelo tratamento conservador
‒ excepto se falência da quimioterapia ou compressão medular
5PEREIRA L., Diagnóstico e tratamento da Tuberculose em Pediatria, Acta Pediatr. Port., 2003; nº2; Vol.34: 113-1166EISEN S., Spinal tuberculosis in children, Arch Dis Child 2012;97:724–7297TRECARICHI E.M., Tuberculous spondylodiscitis: epidemiology, clinal features, treatment, and outcome, Europ. Review for Medical and Pharma. Sciences, 2012; 16(Suppl 2): 58:72
Conclusão
Caso clínico relevante
‒ Forma de apresentação exuberante/ extensa
‒ O indicie de suspeição elevado
‒ O tratamento atempado melhorou o prognóstico
‒ Diminuição da probabilidade de destruição óssea e compressão medular
‒ A evolução completa ainda não conhecida
ESPONDILODISCITE TUBERCULOSA
A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
DIOGO RODRIGUES
CATARINA GOUVEIA
LUÍS VARANDASUnidade de Infecciologia Pediátrica. Directora: Maria João Brito
Área de Pediatria Médica. Director: Gonçalo Cordeiro Ferreira