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Novo Mandato 2015 - 2017 ESTABILIDADE N.23 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA

ESTABILIDADE - agros.pt · a imprevisibilidade do que será o setor leiteiro sem ... a verdade é que além de estarmos em concorrência ... estima-se que cerca de 1,5% da produção

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Novo Mandato2015 - 2017

ESTABILIDADE

N.23 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA

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GRUPO COOPERATIVO AGROSCULTIVAR A SUSTENTABILIDADE

AGROS - União de Cooperativas de Produtores de Leite Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L.Lugar de Cassapos . 4491-258 Argivai PVZ . Póvoa de Varzim . Tel +351 252 241 000 . Email [email protected] www.agros.pt

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REVISTA AGROS Nº23 . 3

Editorial

Mensagem da Direção

A Estabilidade conquista-se pela ousadia de acre-ditar, pela coragem de se querer ir mais além, pelo compromisso assumido, pelo efetivo “arre-

gaçar de mangas”, pelo árduo trabalho desenvolvido, pela concretização dos objetivos delineados e pela apresentação dos resultados a que nos propusemos.Assim, após um mandato com provas dadas no sentido de redirecionar o “Norte” da nossa União e das Empresas do Grupo, temos que efetivamente agradecer pela renovação do voto de confiança dado há 3 anos. A Equipa foi parcialmente renovada, mas a vontade, o compromisso e o desejo de fazer mais pelos nossos Produtores e pela Produção de Leite continua a ser latente e não vamos defraudar as expectativas de quem acredita e deposita a confiança no nosso projeto, no nosso trabalho. Agora é tempo de consolidar a Esta-bilidade conseguida, pois o foco primordial do nosso projeto é zelar pelas Origens e lutar arduamente pelo Futuro do setor.Uma das missões fundamentais para esta nova Direção é salvaguardar a solidez e a credibilidade conquistada, pois é sem dúvida, com a robustez e com o alinhamento estratégico que seremos capazes de enfrentar, juntos, as adversidades que teimam em se instalar, nomeadamente, a imprevisibilidade do que será o setor leiteiro sem quotas leiteiras e consequentemente, sem as regras que durante 30 anos impuseram respeito, controlavam os excessos visando a harmonia entre a procura e a oferta. Assim, temos que ser cautelosos, pois o aumento generalizado da produção de leite não trará bons presságios, todos nós sabemos como funciona a lei do mercado, quando existe muita oferta, os preços caem; e vice-versa. Existem outros fatores que estão a acrescer volatilidade aos preços do leite, nomeadamente, o embargo russo devido à situação de conflito com a Ucrânia e à conse-quente posição política assumida pela União Europeia (UE), a diminuição da exportação para os Países Asiá-ticos em função do arrefecimento destas economias em contraciclo com o crescente aumento da produção de leite nos países da UE com mais capacidade agrícola, entre outros. Neste contexto, a verdade é que além de estarmos em concorrência aberta perante o mundo, estamos a concorrer ferozmente e de uma forma direta dentro da UE, independentemente do nível de compe-

titividade das Explorações (seja pelos sistemas de produção, seja pelas diferentes estruturas de custos), pois na impossibilidade dos países do centro da Europa poderem escoar o leite para o qual tinham destino certo, estão a inundar os restantes países com a sua Produção excedentária, o que obviamente nos estran-gula ainda mais, pois apesar de estarmos no limite mais ocidental do continente, estamos a concorrer de uma forma que nada se assemelha ao de “igual para igual”.É de salientar que o facto das Entidades ao mais alto nível deixarem o mercado “trabalhar” por si, com um simples “observatório do leite” que sobriamente espreita e não determina as regras do jogo, deixa-nos a descoberto, pois a realidade de países como a Alemanha, a França, o Reino Unido, em nada se compara com a realidade Portuguesa e consideramos tremendamente inadequado tratarem as realidades de um ladrilho multifacetado europeu em termos cultu-rais, sociais, laborais, de igual forma.Por isso, esta nova fase que se inicia na vida da AGROS

U.C.R.L. aponta para a prossecução dos trilhos já definidos em termos de consolidação económico-finan-ceira, potenciando ainda mais os resultados líquidos positivos de todas as Empresas do Grupo AGROS, para que haja um cresci-mento e desenvolvimento susten-tável. Este crescimento terá que assentar na autossustentabilidade, na constante melhoria de práticas e

processos para que alcancem a robustez necessária e sejam efetivamente Entidades reguladoras do mercado.Portanto, o caminho traçado é o de continuar a redi-recionar a atividade empresarial da Ucanorte XXI, da Agros Comercial, da Segalab e da PEC-Nordeste, para a real criação de valor ao Produtor de leite, seja pela otimização dos fatores de produção e/ou por uma maior eficiência das suas explorações, mantendo o foco e a atitude na melhoria das relações com os Produtores, Cooperativas Agrícolas e parceiros, visto serem as Empresas que trabalham diretamente para o universo de Produtores e Cooperativas Agrícolas e por estarem sob o controlo e gestão empresarial da Empresa mãe, a Agros U.C.R.L.Para continuar esta missão, temos que prosseguir esta jornada com a mesma força que nos uniu, toda ela necessária à defesa dos nossos Produtores de Leite e da Produção de Leite Nacional.

“Para continuar esta missão, temos que prosseguir esta jornada com a mesma força que nos uniu, toda ela neces-sária à defesa dos nossos Produtores de Leite e da Produção de Leite Nacional.”

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Novo Mandato2015 - 2017

ESTABILIDADE

PROPRIEDADE E EDITORAAGROS - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L.CONTACTOSApartado 36, EC Póvoa de Varzim4494-909 Póvoa de VarzimTel. 252 241 000 - Fax. 252 241 009E-mail: [email protected] Url : www.agros.ptDIRETORJosé Fernando Martins CapelaPRODUÇÃO E COORDENAÇÃOServiço de MarketingSEDE DE REDAÇÃOLugar de Cassapos4490-000 Argivai PVZN.º DE CONTRIBUINTE500291950DEPÓSITO LEGAL295758/09ISSN 1647-3264REGISTO NA ERC125612DESIGN E COMPOSIÇÃO GRÁFICAServiço de MarketingIMPRESSÃO GRÁFICAMinerva Artes GráficasAlberto Santos & Filhos, Lda.Av.ª Alexandre Herculano, n.º2754480-878 Vila do [email protected] exemplaresPERIODICIDADETrimestral - jan . fev . mar 2015FOTOSAgros UCRL; iStockPhoto; Shutterstock

Os textos publicados nesta edição são da responsabilidadedos respetivos autores.

Ficha Técnica

Consulte a Revistaem PDF:

Editorial> Mensagem da Direção

Destaque> O Mercado Europeu após a cessação das quotas leiteiras

Entrevista> Assembleia Geral da Agros U.C.R.L.Eleição dos Órgãos Sociais para o Triénio 2015-2017 Análise> A Aplicação da nova PAC na Produção de Leite em Portugal:- PDR2020 Incentivos à Instalação de Jovens e ao Investimento nas Explorações Leiteiras;- Pagamentos Diretos: Alguns Constrangimentos e Soluções.

A Agros em...> Entrevista ao Presidente da Direção da CACOVIN – Cooperativa dos Agricultores de Vinhais, C.R.L.

Produzir> Produzir Silagem de Erva com Sucesso!

A Agros em...> Entrevista ao Presidente da Direção da AGONCOOP - Cooperativa dos Agricul-tores de Gondomar, C.R.L.

Satisfação - Grupo AGROS> Ucanorte XXI / PEC Nordeste

Boas Práticas> Boas Práticas na Produção de Leite – Nutrição

Satisfação - Grupo AGROS> Agros Comercial

A Agros em...> Entrevista ao Presidente da Direção da Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Concelho de Valongo, C.R.L.

Satisfação - Grupo AGROS> Segalab

Acontecimentos> Seminário Ucanorte XXI – “A Silagem de Milho na Dieta das Vacas Leiteiras”> Seminário Segalab – “A Produção Leiteira – Um Desafio Permanente”> Workshop Ucanorte XXI – “Apresentação do Portfólio – Compo Expert”> Palestra Ucanorte XXI / Alltech – “Problemática das Micotoxinas nas Silagens”> Colóquio Ucanorte XXI / Compo Expert – “Fertilização do Kiwi”> ABLN / Lusogenes / DGAV – Curso “Agentes de Inseminação Artificial de Bovinos”> CONFAGRI - Ação de Formação > CONFAGRI - Reunião de Cooperativas> Feira Anual da Trofa 2015> AGRO 2015

Espaço Lúdico> Agenda Cultural Agrícola> Sabores da Nossa Terra> Almanaque Popular> Sudoku

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Índice

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Opinião

O Mercado Europeu após a cessação das quotas leiteiras

Desde o passado dia 1 de Abril, a produção de leite na UE deixou de estar enquadrada no regime de quotas leiteiras que vigorou no espaço europeu durante mais de trinta anos.

Tratou-se de um marco histórico na política sectorial, no enquadramento desta atividade económica e nas perspetivas do seu futuro. O balanço destas 3 dezenas de anos é, genericamente, muito positivo. Senão vejamos: conseguiu-se uma estabilização de preços e rendimentos dos produtores de leite, um fornecimento adequado de mercado, a promoção de novos produtos, através da inovação e da satisfação de novas exigências e hábitos dos consumidores e, deveras importante, o desenvolvimento da produção de leite em todo o espaço comunitário, desde Portugal, no extremo ocidente na região dos Açores, até às regiões mais remotas do norte gélido da Finlândia.

No caso do nosso país, a evolução foi notável, sendo que a estrutura da produção de leite desde a introdução das quotas, em 1991, até ao presente alterou-se completamente. De estruturas frágeis e atomizadas, passámos para uma fileira profissional, bem estruturada e articulada. Os números são categóricos: de mais de 60 mil produtores passámos para cerca de 7 mil e de uma produção média anual por exploração de 25 toneladas atingimos uma valor perto das 300 toneladas atualmente. Tudo isto com um aumento da produção nacional superior a 20%. Esta segurança de mercado e alguma estabilidade na fronteira, relativamente a importações desenfreadas, permitiu este desenvolvimento da estrutura produtiva e, consequentemente, do aparelho industrial, que se reestruturou profundamente, sendo expoente máximo desse processo o aparecimento de um grande operador de raiz cooperativa, capaz de fazer frente a concorrentes multinacionais (que entretanto se instalaram no nosso país), à entrada de produtos estrangeiros e aos desafios colocados pela emergência e consolidação da nova Distribuição alimentar.

Por outras palavras, o regime de quotas leiteiras permitiu o necessário tempo e oxigénio para que o sector fizesse o seu trabalho. Se é certo que sem este regime seria muito difícil ao sector sobreviver e desenvolver-se, também é certo que sem o esforço, a perspicácia e persistência dos agentes sectoriais nada seria possível.

O fim das quotas leiteiras coincide com uma situação anormal de mercado, provocada por um acontecimento político, que despoletou o embargo de produtos agroalimentares da UE pela Rússia desde agosto do ano passado. No caso dos produtos lácteos, o impacto é muito significativo, nomeadamente no caso do queijo, manteiga e produtos frescos (iogurtes), representando respetivamente, 33%, 28% e 10% do total de exportações da UE. De uma outra forma, estima-se que cerca de 1,5% da produção total de leite da UE fosse exportada para a Rússia.

Se somarmos aos efeitos negativos do embargo, o forte crescimento homólogo da produção de leite na UE em 2014 (cerca de +4,6% na UE e 4,9% em Portugal), a quebra das cotações de mercado dos produtos industriais (nomeadamente a manteiga e o leite em pó, com reduções de -27% e -42%) e o abrandamento das importações por parte da China, decifrámos a tempestade perfeita que assolou o sector a partir de Setembro do ano passado e cujos efeitos tem vindo a agravar-se. Desde então, também os preços do leite à produção têm sido fortemente afetados com quebras a nível comunitário e nacional na ordem dos 10 a 20%, facto que condiciona fortemente a sustentabilidade da sua atividade.

De uma forma algo perversa e infeliz, podemos afirmar que o único aspeto positivo desta crise tem sido o desmentido implícito das teses daqueles que defendiam o primado absoluto do mercado face à regulação pública. Caíram por terra os argumentos de que após o fim das quotas o mercado se encarregaria de garantir as condições de sustentabilidade dos operadores económicos. Apesar do presente sistema de quotas, enfraquecido pelos sucessivos aumentos dos tectos produtivos, é fácil de perceber os efeitos ainda mais dramáticos de tal conjuntura num cenário pós quotas, quando declarações de alguns Estados-membro (vide Irlanda) declaram intenção e preparação para crescer 50% na sua produção.

Por isso, fazemos votos para que as instituições comunitárias sejam capazes de abdicar de um certo radicalismo liberal que tem toldado a sua ação e que, a breve prazo, estudem mecanismo de uma verdadeira política de controlo da oferta de leite na UE.

TEXTOFERNANDO CARDOSOSecretário-Geral da FENALAC

Texto redigidoem 15.04.2015

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Destaque

No passado dia 24 fevereiro de 2015, realizou-se a Assembleia Geral Ordinária da Agros U.C.R.L., no Espaço Agros, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Leitura da Ata da Assembleia Geral anterior;2. Eleição dos titulares dos órgãos sociais da Agros UCRL para o triénio de 2015-2017;3. Eleição dos Delegados à Fenalac - Federação Nacional das Cooperativas de Leite e Lacticínios, FCRL;4. Eleição dos Delegados à ABLN – Associação para o Apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte.

No seguimento do processo eleitoral habitual a que os Órgãos Sociais da AGROS U.C.R.L. estão sujeitos de 3 em 3 anos, realizou-se mais uma eleição para os Órgãos Sociais que irão dirigir a Empresa mãe do Grupo AGROS para o triénio 2015/2017. Houve uma única lista, liderada pelo já Presidente desta União, o Sr. José Fernando Martins Capela com vista à prossecução da estabilidade já conseguida. Estiveram presentes 130 Delegados de 36 Cooperativas Agrupadas, que por sua vez, representaram os 1512 Produtores de Leite Agros. A estratégia delineada para o próximo triénio, foi validada eximiamente pela parti-cipação que se segue: 119 votos favoráveis, 9 abstenções e 2 votos foram contabilizados como nulos. No final do ato eleitoral, os Órgãos Sociais eleitos foram prontamente empossados. O Sr. Presidente da Direção, José Capela, agradeceu o voto de confiança que foi depositado aos novos Órgãos Sociais e fez um balanço do 1º mandato, em que destacou a inversão do rumo das Empresas Participadas que apresentavam resultados negativos, a dedicação e empenho manifestado pelos colaboradores e Cooperativas e, a dinamização do Espaço Agros como um espaço dos Produtores de Leite. Quanto ao futuro, o foco está direcionado para a definição de estratégias para a renovação do setor, repensar o atual modelo cooperativo, garantir a sustentabilidade das Empresas do Grupo e continuar a promover a AgroSemana, como o grande evento agrícola da região Norte, de forma a afirmar e valorizar o setor do leite, a Agros e as Empresas Participadas. O Sr. Presidente terminou a sua intervenção, desejando poder continuar a contar com o apoio dos Delegados, Cooperativas e Produtores de Leite nos desígnios desta caminhada pelo futuro do setor.Assim, passados 3 anos de uma liderança assente na definição clara de objetivos estratégicos e respetivas metas a atingir, a Agros U.C.R.L. orgulha-se do novo rumo, do novo “norte” que conseguiu implementar. Este árduo trabalho, visou elevar o reconhecimento desta União como uma Entidade credível, firme e reivindica-tiva, em defesa dos seus Produtores e das suas Cooperativas Associadas.Esta nova etapa, aponta para o trilhar dos caminhos já definidos em termos de consolidação económico-finan-ceira da Agros e das Empresas do Grupo e da criação de valor para o Produtor de Leite.

Assembleia Geral da Agros U.C.R.L.Eleição dos Órgãos Sociais para o Triénio 2015-2017

TEXTOAGROS

6 . REVISTA AGROS Nº23

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DIREÇÃO ASSEMBLEIA GERAL

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTEJosé Fernando Martins Capela

PRESIDENTEIdalino José da Silva Leão

Amadeu de Sá Matias da Silva Luís Neves Alves

SECRETÁRIOJosé Fernando Hora Santos

António Jorge Rebelo Miranda

VICE-PRESIDENTEFrancisco Vítor Ruas da Presa

SECRETÁRIOMaria Manuela P. Marinho

VICE-PRESIDENTEAmérico Gonçalves Cunha

SECRETÁRIOVítor Manuel de A. Moreira Maia

TESOUREIROAntónio Ramos Carreira

VOGALManuel Alves da Cruz Loureiro

SUPLENTESCustódio José Marques Costa Fernando Norberto Batista GonçalvesFernando Jorge Sousa RibeiroJosé Azevedo CostaJosé Manuel Teixeira Macedo

SUPLENTESConstantino Gomes Araújo Luís Maria Barbosa PereiraJosé Jorge Rodrigues Paulo

ÓrgãosSociaisEleitos

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8 . REVISTA AGROS Nº23

Análise

QUEM SE PODE CANDIDATAR• Jovens agricultores entre os 18 e os 40 anos, que se instalem pela primeira vez numa exploração agrícola;• Sociedades por quotas, cujos sócios gerentes sejam jovens agricultores, detenham a maioria do capital

social e em que cada jovem agricultor detenha uma participação superior a 25%.

Notas:- Os jovens agricultores podem exercer outras atividades para além da atividade agrícola;- Caso o candidato não detenha a titularidade da exploração no momento da apresentação da candidatura, a

concessão do apoio fica condicionada à respectiva comprovação;- O jovem deverá possuir formação agrícola adequada ou, caso não a possua, adquiri-la no prazo de 12 meses

após a aceitação da concessão do apoio.

PLANO EMPRESARIAL• É obrigatório a apresentação de um Plano Empresarial, com duração de 5 anos, que inclua a totalidade

dos investimentos a realizar na exploração;• O montante mínimo dos investimentos é de 55.000 € e o máximo de 3.000.000 €;• O valor dos investimentos do Plano Empresarial é calculado da seguinte forma:

– 100 % do investimento elegível na ação 3.2. (investimento na exploração agrícola);– 75% do investimento elegível apurado no âmbito do VITIS– 100 % dos investimentos suportados exclusivamente pelo beneficiário, desde que enquadráveis na ação 3.2. – Aquisição de prédios rústicos, terrenos e animais– Até 2.000 € em formação

VALOR DO PRÉMIO - QUADRO I AÇÃO 3.1. JOVENS AGRICULTORES:

Plano de Investimento Prémio à Instalação Membro de uma Organização de Produtores (OP)

≥ 55.000 € e < 80.000 € 15.000 €

+ 5.000 €≥ 80.000 € e < 100.000 € 18.750 €

≥ 100.000 € e < 140.000 € 22.500 €

≥ 140.000 € 26.250 €

No caso de uma sociedade por quotas, podem ser atribuídos até 3 prémios. Exemplo: uma sociedade em que são candidatos 3 jovens agricultores e em que o Plano Empresarial tem investimento total de 420.000 € (140.000 € x 3), o prémio a atribuir é de 78.750 € (26.250 € x 3). Poderá ainda acrescer +5.000 € caso a sociedade seja membro de uma OP.

INCENTIVOS À INSTALAÇÃO DE JOVENS E AO INVESTIMENTO NAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS

A Aplicação da nova PAC naProdução de Leite em Portugal

TEXTOALDINA FERNANDESSecretária-Geral Adjunta da CONFAGRI

O novo Programa de Desenvolvimento Rural - o PDR2020 - é o principal instrumento de apoio ao investimento ao sector agrícola nacional. Este Programa que sucede ao PRODER, irá vigorar até 2020. Dos diversos incentivos incluídos no PDR2020, iremos apresentar neste artigo, os aspetos essenciais das ações que se revestem de maior interesse para as explorações leiteiras, designadamente:

Ação 3.1. – Jovens Agricultores Ação 3.2. – Investimento na exploração agrícolaOperação 3.2.2. - Pequenos Investimentos na Exploração Agrícola

AÇÃO 3.1.JOVENS AGRICULTORES

a

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MONTANTE MÍNIMO DE INVESTIMENTO – 25.000 €Investimentos Elegíveis :

• Construção e melhoramento de bens imóveis: preparação de terrenos, edifícios ligados às atividades a desenvolver, plantações plurianuais, instalação de pastagens permanentes, sistemas de rega (desde que promovam o uso eficiente da água), despesas de consolidação;

• Compra ou locação de novas máquinas e equipamentos, incluindo equipamentos informáticos, equipamentos de transporte interno, de movimentação de cargas e equipamentos visando a valorização dos subprodutos e resíduos;

• Despesas gerais: eficiência energética e energias renováveis, software, estudos de viabilidade, projetos de arquitetura e engenharia associados ao investimento, até 5% do custo elegível aprovado das restantes despesas.

NÍVEIS DE APOIO - QUADRO II AÇÃO 3.2. INVESTIMENTO NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA:

Cálculo da taxade apoio

30 % Taxa Base + 10 % regiões menos desenvolvidas* ou zonas com condicionantes naturais ou específicas + 10 % quando pertencer a uma OP + 5 % quando detenha seguro de colheitas + 10 % Jovem Agricultor

Nível máximo da taxa de apoio

Jovens Agricultores 60 % - regiões menos desenvolvidas50 % - outras regiões

Outros Agricultores

Tratores e Máquinas**40 % - regiões menos desenvolvidas ou com

condicionantes naturais ou específicas30 % - outras regiões

Outros Investimentos 50 % - regiões menos desenvolvidas40 % - outras regiões

* Regiões menos desenvolvidas: todo o território do continente, com exceção das regiões de Lisboa e do Algarve (NUTII).** Compra de tratores e outras máquinas motorizadas matriculadas.

AÇÃO 3.2.INVESTIMENTO NAEXPLORAÇÃO AGRÍCOLA

A CONFAGRI, tendo como objetivo maximizar o aproveitamento das oportunidades do PDR 2020, disponibiliza às organizações de agricultores suas associadas, um serviço de apoio técnico específico para esclarecimentos sobre os investimentos do PDR 2020.

AÇÃO 3.2.2.PEQUENOS INVESTIMENTOS NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA

a

a

INVESTIMENTO MÍNIMO – 1. 000 €INVESTIMENTO MÁXIMO – 25.000 €Investimentos Elegíveis :

• Construção e melhoramento de bens imóveis: preparação de terrenos, edifícios ligados às atividades a desenvolver, plantações plurianuais, instalação de pastagens permanentes, sistemas de rega (desde que promovam o uso eficiente da água), despesas de consolidação;

• Compra ou locação de novas máquinas e equipamentos, incluindo equipamentos de prevenção de roubos, informáticos, equipamentos de transporte interno, de movimentação de cargas e equipamentos visando a valorização dos subprodutos e resíduos;

• Despesas gerais: eficiência energética e energias renováveis, software, estudos de viabilidade, projetos de arquitetura e engenharia associados ao investimento, até 5% do custo elegível aprovado das restantes despesas.

Níveis de Apoio• 50% nas regiões menos desenvolvidas e nas zonas com condicionantes naturais ou específicas; • 40 % Outras Regiões.

Até 2020, o montante máximo por beneficiário ao abrigo desta operação é de 25.000 €.

A apresentação de candidaturas, às ações apresentadas efetua-se através de submissão de formulário eletrónico, disponível em www.pdr-2020.pt.A informação constante desta breve síntese, deve ser complementada com a informação completa relativa a cada ação, disponível no mesmo site.

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10 . REVISTA AGROS Nº23

Análise

As novas regras para os pagamentos diretos aos agricultores no âmbito da política agrícola comum (PAC), estabelecidas pelo Regulamento (UE) n.º 1307/20131, determinaram o fim de um ciclo de pagamentos e com ele a caducidade dos direitos atribuídos no âmbito do regime de pagamento único (RPU), dos direitos de vacas aleitantes e das ovelhas e cabras. Cessaram também todos os pagamentos complementares, incluindo o pagamento complementar ao leite de vaca.Esta reforma da PAC trouxe um novo paradigma para a concessão dos apoios aos agricultores, assumindo as questões ambientais um papel principal face ao rendimento e competitividade das empresas. Outra das novidades da reforma é a liberdade de opções permitida a cada Estado-Membro, tornando esta política agrícola cada vez menos comum. Sendo que, com todas as alterações (ou possibilidades de…) a situação de Portugal manteve-se inalterada. Continuamos a ser um país em que a agricultura assume um papel determinante, estamos na primeira metade da tabela em termos da dimensão de superfície agrícola a nível europeu, mas em termos de apoios por hectare estamos na vigésima segunda posição, o que demonstra a continuada desadequação da PAC à realidade agrícola nacional.Com as decisões tomadas pelo Ministério da Agricultura a nível dos regimes de pagamentos diretos, os agricultores portugueses irão contar, a partir de 2015, com:

a) O regime de pagamento de base (RPB);b) O pagamento por práticas agrícolas benéficas para o

clima e para o ambiente (greening);c) O pagamento para os jovens agricultores;d) O pagamento específico para o algodão;e) O regime da pequena agricultura (RPA);f) Regime de apoio associado para os setores da

carne de bovino, da carne de ovino e de caprino, do

PAGAMENTOS DIRETOS:Alguns constrangimentos e soluções

TEXTOAUGUSTO FERREIRATÉCNICO CONFAGRI

Com a entrada em vigor dos novos regimes de pagamentos diretos em 2015 o setor da produção de leite assume-se como um dos mais penalizados a nível nacional, pese embora os efeitos de mitigação determinados pela atribuição de pagamentos ligados por vaca leiteira, destinados a assegurar o aprovisionamento estável à indústria de transformação e a evitar situações disruptivas no setor que poderiam conduzir ao abandono da atividade de produção de leite.

leite e, para os setores do arroz e do tomate para transformação.

Para o setor do leite, os principais pagamentos diretos a ter em consideração são o RPB, o greening e os pagamentos associados ao setor do leite (prémio por vaca leiteira). Sendo nos dois primeiros que se poderão encontrar os maiores constrangimentos.O regime de pagamento base (RPB) é o novo regime que vem substituir o Regime de Pagamento Único (RPU), e ao qual, genericamente, têm acesso os agricultores ativos que solicitem a atribuição de direitos de RPB no Pedido Único (PU) de 2015 e que, em 2013, tenham apresentado um PU com uma área mínima de 0,50 hectares. Das novas condições de acesso resulta um problema para algumas explorações do setor da produção leiteira porque, ao abrigo do anterior regime de pagamentos diretos, era possível, no caso de “direitos especiais”, beneficiar do respetivo pagamento sem haver a declaração de qualquer superfície, o que atualmente não é possível.Podemos, no entanto, avançar com algumas soluções para os beneficiários que obtiveram pagamentos diretos no RPU, mas que no PU de 2013 não declararam hectares elegíveis:

SOLUÇÃO 1CLÁUSULA CONTRATUAL PRIVADA (venda/arrendamento) – Obtenção do direito de receber direitos ao pagamento através da aquisição ou arrendamento de exploração ou de parte desta, a agricultor de histórico, em cujo contrato conste uma cláusula expressa de transferência do direito de receber direitos ao pagamento em aplicação do art.º 24º, nº. 8 do Regulamento (UE) n.º 1307/2013. Esta solução permite a contabilização do montante dos direitos especiais utilizados em 2014, afigurando-se mais vantajosa (generalidade dos casos) que a opção

1 Regulamento (UE) n.º 1307/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro, que estabelece as regras para os pagamentos diretos aos agricultores no âmbito da política agrícola

comum (PAC).

A Aplicação da nova PAC naProdução de Leite em Portugal

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REVISTA AGROS Nº23 . 11

comunicada de acesso através da reserva nacional (permitia a atribuição máxima de 0,5 direitos). Deve-se ter em atenção que, através desta cláusula, não são transferidos quaisquer montantes do agricultor de histórico.

SOLUÇÃO 2HERANÇA (inclui a herança antecipada) – Obtenção do direito de receber direitos ao pagamento através da herança de uma exploração ou parte dela proveniente de um agricultor com histórico, na proporção de hectares recebidos por efeito da herança e nas mesmas condições do agricultor de que herdaram. Esta solução permite a contabilização do montante dos direitos especiais utilizados em 2014 e a acumulação com os montantes proporcionais aos hectares recebidos.

SOLUÇÃO 3 FUSÃO – Obtenção do direito de receber direitos ao pagamento através da Entidade que sucede na titularidade de uma exploração ou parte dela, por efeito da fusão de uma entidade que reúna as condições de agricultor com histórico e pelo número de hectares da exploração em cuja titularidade sucederam. Esta solução permite a contabilização do montante dos direitos especiais utilizados em 2014 e a acumulação com os montantes proporcionais aos hectares recebidos.O pagamento por práticas agrícolas benéficas para o clima e para o ambiente, também designado de greening, é financiado com 30% do limite máximo nacional anual. Este pagamento tem um valor estimado de 60,82% do valor dos direitos de RPB ativados, pelo que o cumprimento das práticas agrícolas em toda a exploração afigura-se como indispensável para a obtenção da totalidade dos apoios e, consequentemente, para a rentabilidade da exploração. O pagamento greening é constituído por três práticas, estando a sua aplicação dependente da dimensão da terra arável do agricultor: €GREENING: PRÁTICA DE DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS (DC)

Terra arável do agricultor (dimensão)

Inferior a 10 ha Não aplicável

Entre10 e 30 ha

Deve haver pelo menos 2 culturas diferentes nessas terras aráveis. A cultura principal não deve ocupar mais de 75 %.

Superiora 30 ha

Deve haver pelo menos 3 culturas diferentes nessas terras aráveis. A cultura principal não deve ocupar mais de 75 % e as duas culturas principais não

devem ocupar, juntas, mais de 95 % das terras aráveis.

GREENING: PRÁTICA DE DETENÇÃO DE SUPERFÍCIE DE INTERESSE ECOLÓGICO (SIE)

Terra arável do agricultor (dimensão)

Até 15 ha Não aplicável

Mais de 15 ha

Agricultor deve deteruma superfície

correspondente a pelo menos 5 % das terras aráveis da exploração

consideradascomo SIE.

São consideradas como SIE:- Terras em pousio;- Galerias ripícolas localizadas em Rede Natura 2000;- Elementos lineares das parcelas exploradas para orizicultura;- Sistemas agroflorestais;- Florestação de terras agrícolas;- Culturas fixadoras de azoto (tremocilha, fava, feijão,

amendoim, grão -de -bico, ervilha, tremoço, e luzerna, cultivadas em parcelas com IQFP 1 e 2).

a) Diversificação de culturas;b) Manutenção dos prados permanentes;c) Detenção de Superfície de interesse ecológico

(SIE).Importa salientar que, para o ano de 2015, o período de controlo com vista à verificação do cumprimento da prática de diversificação de culturas é o período de cultivo entre 1 de maio e 31 de julho. Já relativamente às áreas declaradas em pousio, quer para a prática da diversificação de culturas, quer da detenção de superfície de interesse ecológico, essas subparcelas de pousio não devem apresentar produção agrícola nem serem pastoreadas no período entre 1 de fevereiro e 31 de julho.O cumprimento do greening é, tal como se apresenta, uma forte limitação à competitividade das explorações agrícolas especializadas na produção de leite de vaca, pois qualquer condicionamento à produção de matéria verde, em particular de milho para silagem, consubstancia-se num aumento significativo dos custos de produção. Por outro lado, é ainda de realçar que o incumprimento pode originar penalizações potenciais muito significativas, que poderão ascender a 14 milhões de euros, apenas nas duas bacias leiteiras do Entre Douro e Minho e da Beira Litoral, conforme Comunicado da FENALAC.A resolução do problema para os anos vindouros terá que passar necessariamente pela exploração das possibilidades de isenção previstas no Regulamento n.º 1307/2013, em conjugação com um período de controlo que permita a verificação das culturas forrageiras herbáceas realizadas no período de outono-inverno. Face aos constrangimentos acima apresentados, e aos que poderão advir do fim do sistema de quotas na produção de leite, o sucesso dos produtores deste setor passará obrigatoriamente pelas suas organizações cooperativas que, dotadas de capacidade técnica, darão o apoio ao nível técnico e de mercado indispensável.

O QUE É OPAGAMENTO GREENING?

É um pagamento para apoiar as três práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente de forma a promover a melhoria do desempenho ambiental da novaPolítica Agrícola Comum (PAC).Este pagamento tem por base a obrigatoriedade do cumprimento das práticas agrícolas benéficas para o clima e o ambiente em toda a superfície elegível da exploração e não ape-nas na superfície elegível utilizada para ativação de direitos do Regime de Pagamento Base (RPB).

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A Agros em ...

Atualmente, como caracteriza a “vida agrícola” na área social da vossa Organização?Vinhais é um concelho rural por excelência com poten-cialidades únicas por um leque de produtos de altíssi-ma qualidade e valor, como seja o caso do fumeiro de Vinhais, a castanha, a carne de porco bísara, a carne mirandesa, o cordeiro bragançano, o cabrito de mon-tesinho e também o turismo natureza, mas como a maior parte das zonas interior de Portugal estamos a sofrer os efeitos da emigração e da imigração. O tecido agrícola está envelhecido, embora tenhamos assistido nos últimos 4/5 anos a um recuperar de terrenos pelas segundas e terceiras gerações. Estes perceberam que a agricultura poderia ser um complemento e até nalguns casos, a sua atividade principal. Se dermos uma volta pelo concelho, verificamos facilmente vários hectares de novas plantações e terrenos em preparação para a extensão de culturas. E isso parece-nos que é um sinal de vitalidade agrícola do próprio concelho, ou seja, há um retomar/retorno em parte à terra.

Qual o principal pilar económico da Cooperativa? Que outras atividades agrícolas vos estão associadas?O setor da castanha e da pecuária são os principais pi-lares da Cooperativa, principalmente através da venda dos fatores de produção para a manutenção e desen-volvimento dessas atividades. Ainda temos os resisten-tes Produtores de leite, e alguns pequenos Produtores de outros produtos que fazem algumas hortícolas, mel, azeite, vinho, e que são também importantes para o dia-a-dia da Cooperativa.

Quais os serviços e secções existentes na vossa Coo-perativa ao dispor dos vossos Associados? Neste momento com a abertura da nova loja e com os melhoramentos no armazém, o fornecimento aos agri-cultores quer na área do retalho, quer em volume e em grosso está consolidado. Este ano, iniciamos também uma parceria no sentido de apoiar os agricultores nas análises aos solos e foliares, bem como, fornecemos o aconselhamento técnico ao nível dos fatores de pro-dução na nossa loja comercial e na distribuição. Pre-tendemos no futuro desenvolver novas valências mas queremos fazê-lo de forma sustentada.

Estamos perante o novo Programa de Desenvolvi-mento Rural, o PDR2020. Prevê que seja uma ferra-menta essencial para a dinamização da Agricultura, mais concretamente em Trás-os-Montes?Sim, todos os ciclos de programas de apoio comunitá-rio têm sido ferramentas determinantes para o bem e para o mal na orientação agrícola nacional. Já passa-mos por vários, e o PDR2020 não foge à regra. No en-tanto, tal e qual está desenhado, julgo que não satisfaz totalmente as espectativas que foram criadas para a região, e dou alguns exemplos: no caso do investimen-to dos jovens agricultores, em função da tipologia da nossa região e da tipologia da exploração, parece-nos um pouco elevado, pois neste momento têm de ter no mínimo 55 mil euros para se instalar, face aos 25 mil euros que estavam estipulados no quadro anterior. A não legibilidade na aquisição de terras e animais é também um fator limitante para a instalação desses

CACOVINCOOPERATIVA DOS AGRICULTORES DE VINHAIS, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. Carlos Silva

1

TEXTOAGROS

12 . REVISTA AGROS Nº23

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mesmos jovens, quando na primeira arquitetura do projeto portaria estavam previstos as aquisições re-feridas, e isso foi completamente abandonado. Estou certo que a Região de Trás-os-Montes teria muito a ganhar com pequenos reajustamentos ao programa e que a agricultura poderia ter aqui um novo impulso e com claros benefícios para a economia nacional. De qualquer forma, é importantíssimo que os agricultores aproveitem em consciência e com visão de futuro este PDR2020.

É Presidente desta Organização desde 2009. Que ba-lanço faz do trabalho já realizado e do que pretende fazer no futuro? No âmbito do setor agropecuário, qual é a estratégia delineada pela Cooperativa?Sim, esta Direção tomou posse em dezembro 2009. Sa-liento que a Direção não é o Presidente, é a Direção toda, e juntamente até com os funcionários. Temos muito orgulho no trabalho que se tem vindo a reali-zar, pois na altura que tomamos posse, encontramos

dera viável a continuação desta atividade pelos mais jovens?Sim, a agricultura tem de ser encarada como qualquer outra atividade económica, ponderando sempre os seus riscos e oportunidades. Estou totalmente conven-cido que ser agricultor é uma atividade com presente e com futuro. Pois é só olhar que as necessidade alimen-tares a nível mundial estão a crescer a um ritmo muito superior ao da produção e só a aposta na agricultura é que pode satisfazer as necessidades, logo por aí, temos o mercado à nossa espera. Os jovens não devem ter receio de abraçar a terra, mas é fundamental que o fa-çam com conhecimento, e não por moda.A agricultura como negócio está cada vez mais espe-cializada e não é para todos, pois só os mais bem pre-parados, técnica e cientificamente, estão aptos a ter sucesso. Ser agricultor é hoje uma profissão altamente distinta, mas acima de tudo, é uma profissão de bem saber fazer e de estar ligado à terra.

A realidade do Grupo Cooperativo AGROS passa por ajudar em obter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à produção de leite e à atividade agrícola. Em que medida enten-de que o Grupo Cooperativo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?A Agros teve, tem e certamente continuará a ter uma importância estruturante nas Cooperativas Associa-das e nos seus Produtores. É um exemplo de excelên-cia do que é o Cooperativismo em Portugal, e conside-ro-o o melhor exemplo de sucesso e garantidamente que esse sucesso não aconteceu sem trabalho, pois só com muito trabalho é que a AGROS conseguiu atingir os patamares que tem atualmente. Agora, para que as melhores condições comerciais existam e sejam uma realidade para todos, entendo que também as Cooperativas têm de fazer mais, co-laborando e apoiando o esforço que o Grupo AGROS tem feito nos últimos anos. Será fundamental que as grandes Cooperativas Asso-ciadas colaborem no projeto Ucanorte, pois sem as grandes Cooperativas estarem de corpo e alma com o Grupo AGROS e dentro da Ucanorte, as pequenas pouco poderão fazer. E têm de estar dentro de uma forma ativa e sem fugas, sem preconceitos e sem reservas, pois só com escala é que é possível obter melhores condições e ombrear com os “tubarões” do mercado. De outra forma não conseguimos fazer. Nós, enquanto pequena Cooperativa, certamente faremos o nosso papel. Esperemos que os restantes façam o deles.

Para finalizar, que mensagem gostaria de deixar aos associados da vossa Cooperativa?Primeiro, continuem a fazer bem o que sabem, que é a agricultura. E entendam que só é possível ter uma Cooperativa forte com o apoio de todos, e que todos nunca seremos demais.Invistam nas atividades que considerem estratégicas e de maior potencial para a região, e que acreditem no setor primário e o encarem definitivamente como uma atividade profissional, sabendo que poderão continuar a contar com a Cooperativa, no presente e no futuro.

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita: Pedro AníbalFernandes (Vogal), Carlos Silva (Presidente) e Firmino Maçãs (Tesoureiro).

2

1978Início daAtividade

334Número deAssociados

3Produtores

de Leite

4Número de

Colaboradores

470Mil €

(Volume de Negócios em

2013)

a Cooperativa numa situação muito difícil ao nível eco-nómico e em termos de credibilidade e de imagem, e hoje em dia, temos uma sede própria, temos uma loja moderna, não temos dívidas, mas o trabalho principal é a recuperação da credibilidade junto dos fornecedo-res e do reconhecimento junto dos agricultores, que é aquilo que mais nos orgulha. Quanto ao futuro, o futuro para nós é já amanhã. Te-mos de continuar a trabalhar e a estruturar a Coopera-tiva de acordo com as necessidades dos agricultores, e um dos passos mais importantes será o reconhecimen-to da Cooperativa como OP da castanha, contribuindo para o aumento do valor do produto à produção. Na área da produção pecuária, temos em foco, melho-rar as áreas de apoio técnico e de assessoria agríco-la, relevando que o concelho de Vinhais tem muitas potencialidades, essencialmente no que se refere às raças autóctones. Sendo que a estratégia da Coopera-tiva é de continuar a apoiar os Produtores pecuários no desenvolvimento da sua atividade, que assenta na diferenciação pela qualidade e não pela quantidade, e apoiar na própria comercialização dos animais dos nos-sos Produtores, sendo esta última, uma situação que terá de ser ponderada com calma. Pois as marcas do passado dizem-nos que a estratégia a adotar, terá de ser sustentada e desenvolvida degrau a degrau, sem riscos desnecessários e principalmente sem megalo-manias.

Atualmente, por todo o mundo, o setor agrícola de-bate-se com alguns problemas. Mesmo assim, consi-

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Produzir ...

PRODUZIR SILAGEM DE ERVA COM SUCESSO!TEXTOEQUIPA TÉCNICA DA COOPERATIVA AGRÍCOLA DE VILA DO CONDE, CRL: Ana Gomes, André Lopes, Isabel Ramos, Rita Pedro, Vitor Faria.

O regime de quotas leiteiras na europa terminou em março, depois de trinta anos em vigor, colocando novos desafios ao sector.O impacto do fim das quotas leiteiras ainda é uma incerteza, mas o preço do leite pago ao produtor desceu nos últimos meses mesmo antes do fim deste regime, alegando-se razões de mercado e o embargo russo. Neste contexto de volatilidade dos preços do leite, cada cêntimo gasto na produção de leite tem uma importância crucial na rentabilidade da exploração. É importante criar condições e definir estratégias ao nível da unidade de produção que permitam ao produtor vencer os novos desafios. Assim, este artigo pretende mostrar que a aposta na produção de silagem de erva de boa qualidade desempenha um papel importante na diminuição dos custos de produção.

PREPARAÇÃO DO SOLOA preparação do solo depende do grau de infestação (um correto controlo das infestantes permite que a erva na altura do corte se apresente limpa e no seu máximo desenvolvimento vegetativo) e da cultura antecedente. Se a parcela esteve em pousio é importante lavrar e gradar o terreno antes da sementeira da erva. Já se a parcela foi cultivada (ex: milho) é suficiente gradar o terreno de forma a obter uma camada superficial com uma espessura mínima de 10,0 cm bem desfeita e plana. Simultaneamente, deve efetuar-se análises ao solo no sentido de corrigir e fertilizar o terreno de acordo com as necessidades culturais. Em geral, realiza-se uma fertilização orgânica com chorume e/ou estrume à sementeira e uma adubação química/orgânica após cada corte. Se se efetuarem vários cortes o único macronutriente necessário aplicar é o azoto - 100 a 150 unidades por hectare (ha).

SEMENTEIRAA sementeira da erva deve ser realizada, o mais cedo possível (a partir de setembro), especialmente quando se pretende efetuar vários cortes. As densidades recomendadas para a cultura de azevém estreme são de 40 a 60 kg por hectare (ha) e quando consociadas, 40 kg/ha de azevém e 20 kg/ha. Na consociação com leguminosas, a densidade do azevém deve ser de 40 kg/ha e das leguminosas na ordem de 12 a 15 kg/ha. É importante respeitar as doses recomendadas, uma vez que doses excessivas de sementes acarretam gastos desnecessários e favorecem as gramíneas, provocando ensombramento das leguminosas e o seu consequente desaparecimento. Mais, é importante inocular as sementes das leguminosas com Rhizobium para uma melhor fixação do azoto atmosférico pela planta e redução/anulação na utilização de adubos azotados. Na escolha das variedades é ainda fundamental a conjugação dos ciclos das diversas espécies, para que todas se apresentem no desenvolvimento desejado na altura do corte e selecionar variedades com ciclos tardios em detrimento das variedades com ciclos precoces.

COLHEITA O sucesso da execução de uma boa silagem de erva depende muito da altura correta do corte. Este deve ser feito no abotoamento nas gramíneas e um pouco antes da floração nas leguminosas, sendo assim possível produzir silagens com bons valores nutricionais e um bom rendimento (Figura 1). O corte da erva deve ser efetuado, preferencialmente, com tempo seco, ventoso e com baixa humidade de forma a encurtar o período de secagem, evitar o crescimento de fungos, bactérias e leveduras indesejáveis, minimizar as perdas de MS no campo e melhorar a qualidade nutricional da silagem (Gráfico 1). As boas práticas recomendam que o corte da erva seja efetuado a uma altura do solo superior a 7,0 cm, uma vez que diminui o risco de contaminação da forragem por terra e chorume e, naturalmente, diminui o risco de introdução de bactérias indesejáveis (ex: coliformes e clostrídios) no silo.O corte/esmagamento da erva facilita a libertação de açúcares pela planta, aumenta a eficiência da fermentação da forragem e facilita a compactação nos

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silos. Consequentemente, aumenta-se a capacidade de ingestão dos animais e melhora-se a sua performance produtiva. O produtor deve adaptar o tamanho do corte de acordo com os valores de MS da forragem, tal como sugerido na Tabela 1.Uma vez que os teores de açúcares variam de acordo com a exposição solar e da atividade fotossintética da planta é importante programar a hora do corte da forragem. Um corte realizado ao início da tarde maximiza o teor de açúcares da forragem quando comparado com um corte matinal.

Matéria Seca (%) Tamanho do corte (cm)28 a 35% 2,5 a 5,020 a 28 % 6,0 a 8,0

< 20% 9,0 a 13,0

Adaptado de “Successful silage” (2004) e de “Pasture quality and quantity” (2003).

CondiçõesAdversas

Condições ModeradasBoasCondições

Gráfico 1 Relação entre as condições climatéricas, o período de secagem, os teores de matéria seca (MS) da silagem e as perdas de matéria seca no campo.

Perd

as d

e M

S no

Cam

po (%

)

35

30

25

20

15

10

5

020 30 40 50 60 70 80 Toeor de MS (%)

0-1 1-4 2-6 3-8 Período de Secagem (dias)

Figura 1 – Relação entre o estado vegetativo da erva, qualidade nutricional (energia metabolizável (EM), teores de proteína bruta (PB), teores de fibra bruta/lenhina) e rendimento da silagem (toneladas de MS/ha). Adaptado de “Successful silage” (2004) e de “Pasture quality and quantity”(2003).

O corte da erva deve ser efetuado, preferencialmente, com tempo seco, ventoso e com baixa humidade de forma a encurtar o período de secagem, evitar o crescimento de fungos, bactérias e leveduras indesejáveis, minimizar as perdas de MS no campo e melhorar a qualidade nutricional da silagem (gráfico 1).

Vegetativo Abotoamento Floração

EM (Mj/kg MS) 10 - 11 9.5 - 11 8.5 - 10PB (% MS) 15 - 25 12 - 22 7 - 15

Ton (MS/ha) 1.5 - 3.0 2.5 - 4.0 2.5 - 5.0

Elevado

Médio

Baixo

Proteína

FibraBrutaLenhina

Adaptado de “Successful silage” (2004) e de “Pasture quality and quantity”(2003).

Figura 1 Relação entre o estado vegetativo da erva, qualidade nutricional (energia metabolizável (EM), teores de proteína bruta (PB), teores de fibra bruta/lenhina) e rendimento da silagem (toneladas de MS/ha).

PRÉ-SECAGEMA pré-secagem é um processo que ajuda a planta a perder humidade, aumenta a concentração de açúcares solúveis e proteína na planta, minimiza as perdas por respiração e deterioração e dificulta o desenvolvimento de microrganismos prejudiciais (ex: coliformes e clostrídios). O uso de máquinas de corte de erva com condicionadora e o espalhamento da erva em cordões largos, que ocupem aproximadamente 80% da área cortada, são técnicas que aumentam a eficiência e homogeneidade do processo de pré-secagem. Com boas condições climatéricas é possível alcançar valores de MS na forragem entre 30 a 40%, com períodos de pré-secagem entre 24 a 48 horas.

A ENSILAGEMEnsilar é um processo que permite preservar e conservar a forragem húmida mediante um processo de acidificação, essencialmente, através do ácido lático produzido pelas bactérias nativas da planta em condições de ausência de oxigénio (anaerobiose). A acidificação promove valores de pH suficientemente baixos que inibem a maioria dos processos enzimáticos, inibem o desenvolvimento de fungos e bactérias e, naturalmente, mantém os valores nutricionais da forragem mesmo após meses de armazenamento. A figura 2 apresenta sugestões práticas que permitem otimizar o processo de ensilagem nas diferentes fases.

FASES AERÓBIA FERMENTATIVA ESTABILIZAÇÃO EXPOSIÇÃO DA FRENTE DE SILO

OTIMIZAÇÃO

- Assegurar teores de MS entre 30 a 40%- Compactar corretamente a forragem;- Fechar rapidamente o silo;- Fechar o silo utilizando a “técnica

do envelope” recorrendo ao uso de películas, plásticos e redes de elevada qualidade.

- Planear a hora do corte;- Definir o comprimento do corte;- Baixar rapidamente o pH

através da utilização de acidifi-cantes ou inoculantes.

- Utilizar inoculantes com concentração elevada de bactérias homofermentativas;

- Abrir o silo no mínimo 30 dias após o seu fecho.

- Utilizar inoculantes que melhorem a estabili-dade da silagem, com elevada concentração de bactérias heterofermentativas;

- Retirara pelo menos 20cm da frente de silo por dia;

- Garantir que a frente de silo está no máximo 24h exposta ao ar.

6pH

425-38

T (ºC)20

Figura 2 Evolução do pH e da temperatura ao longo do processo de ensilagem. Sugestões práticas de otimização.

Tabela 1Tamanho do corte da forragem aconselhável de acordo com os valores de MS.

Adaptado de “Making grass silage for better returns” (2010).

Adaptado de “Understanding silage management” (2004) e “Manual de silagem Kera (2012).

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Produzir ...

AÇÚCARESPara obter uma silagem de boa qualidade é necessário que a forragem tenha um teor adequado de açúcares solúveis para que as bactérias láticas possam atuar corretamente e garantir uma adequada conservação da silagem. Em ervas jovens e folhudas e misturas de gramíneas/leguminosas, com teores de açúcares baixos e teores de proteína elevados, é muito importante definir a estratégia da colheita, pré-secagem e uso de aditivos de forma a maximizar os níveis de açúcares solúveis na planta.

PROTEÍNA Um nível elevado de proteína na erva exerce um maior poder tampão que dificulta o processo de acidificação. Quanto mais rápido for o processo de acidificação menor será a proteólise da planta, evitando-se a degradação enzimática e microbiana das fontes proteicas em amoníaco e azoto solúvel (Figura 3). O excesso destes compostos na silagem de erva diminuem a palatibilidade e a ingestão de forragem. Assim, em ervas com elevados teores de proteína é importante assegurar uma concentração de bactérias lácticas homofermentativas (bactérias produtoras de ácido láctico) que baixem rapidamente o pH e minimizem a proteólise.

MATÉRIA SECAO valor de matéria seca é outra característica que pode condicionar a qualidade da silagem de erva. Se o valor de matéria seca for baixo (inferior a 28%) é importante acelerar a descida do pH para inativar as bactérias indesejáveis e evitar perdas de proteína pelo processo de proteólise. A adição de acidificantes pode ajudar a atingir mais rapidamente o pH desejado. Por outro lado, níveis elevados de matéria seca (superior a 38%), dificultam a compactação, sendo por isso importante garantir a estabilidade aeróbia da silagem e evitar que a temperatura aumente no silo ou na manjedoura após a sua abertura.

ADITIVOSOs aditivos não transformam uma má forragem numa boa silagem de erva, mas quando corretamente utilizados melhoram a fermentação e, consequentemente, a performance dos animais. Para além disso, os inoculantes melhoram a qualidade higio-sanitária e nutricional da silagem e minimizam as perdas de MS por processos nocivos como a respiração ou a decomposição promovida por fungos e leveduras. É importante avaliar a aplicabilidade de um aditivo antes de o adquirir, de forma a adequar a sua aplicação ao objetivo pretendido.

BACTÉRIAS LÁTICASAs bactérias nativas presentes, naturalmente, na forragem não conseguem controlar de forma adequada a fermentação em todas as suas fases, nesse sentido é importante o uso de inoculantes, com combinações de bactérias, que aumentem e controlem a fermentação no silo. Para atuarem de forma eficiente necessitam de um meio com ausência total de oxigénio e substrato em quantidade suficiente (ex: amido e/ou açúcares solúveis). A utilização de inoculantes só é potenciada se o produtor garantir uma execução correta das diferentes fases do processo de ensilagem (corte, desidratação, enchimento do silo, compactação e cobertura).Na escolha do inoculante o produtor deve ter em consideração os seguintes aspetos:1. Concentração elevada de bactérias

láticas por quilo de forragem;2. Acidificação rápida: o inoculante deve

ser composto por bactérias láticas homofermentativas (ex: Lactobacillus plantarum, Enterococcus faecium), que aceleram a fermentação e produzem ácido láctico em quantidade suficiente para inibir o crescimento de organismos que deterioram a silagem (ex: coliformes, clostrídios). Simultanemanete, reduzem-

se as perdas globais de matéria seca da forragem na ordem dos 10% bem como se preserva o seu valor nutricional.

3. Frescura na desensilagem: o inoculante deve incluir na sua composição bactérias láticas heterofermentativas (ex: Propionibacterium acidipropionici ou Lactobacillus buchneri) que durante a fermentação produzem conservantes orgânicos (ácido acético e/ou ácido propiónico) que controlam, naturalmente, o crescimento de fungos e leveduras durante a desensilagem.

ENZIMASAs enzimas funcionam como catalizadores que aumentam a velocidades das reações químicas no interior do silo (ex: hemicelulase, celulase, amílase, etc). Quando utilizadas degradam os açúcares complexos das fibras e as fibras em açúcares mais simples. Esta reação promove o aumento da quantidade de açúcares solúveis disponíveis para as bactérias láticas. Consequentemente, também podem aumentar a digestibilidade da forragem devido à ação de degradação que exercem sobre as paredes celulares da planta.

ÁCIDOS ORGÂNICOSEste grupo de aditivos é essencialmente constituído por ácidos orgânicos (ex: ácido fórmico, ácido propiónico, ácido acético) que devido às suas propriedades acidificantes baixam rapidamente o pH do silo para valores mais ácidos (4,9 a 4,5), limitam o consumo de açúcares solúveis (disponibilizando os açúcares para as bactérias láticas) e inibem o desenvolvimento de bactérias indesejáveis. O ácido fórmico é mais eficaz no combate ao desenvolvimento de clostrídios (presentes em silagens mais húmidas). Já o ácido propiónico e o ácido acético são mais eficazes ao combate de fungos e leveduras, respetivamente (presentes em silagens mais secas).

Melhorar a eficiência do processo produtivo da silagem de erva, minimizando as perdas no campo e no silo bem como, maximizando a ingestão pelos animais são uma forma de melhorar a rentabilidade do processo produtivo de leite ao nível da exploração. É fundamental que ao definir a estratégia para a cultura da erva o produtor tenha como objetivo produzir silagens de erva de elevado valor nutricional, bem conservadas e estáveis.

Diminuiçãorápida do pH

Proteases

Péptidos

Péptidos+

Amoníaco

Aminoácidos+

AMONÍACO

MicrorganismosProteolíticos

Péptidos+

Aminoácidos

Proteína da Forragem

ENSILAGEMDiminuiçãolenta do pH

Figura 3Proteólise durante a fase de ensilagem.

Adaptado de “How to preserve silage protein content for profitable dairy prodution” (2014).

Proteases

MicrorganismosProteolíticos

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São conhecidas as perdas que podem ocorrer devido à produção de silagens de má qualidade. A diminuição da qua-lidade nutricional e do valor alimentar da forragem, a perda de palatabilidade e o risco de contaminação com toxinas devido ao desenvolvimento de microorganismos indesejáveis prejudicam o desempenho dos animais que as comem e podem provocar danos na sua saúde. Além disso, as silagens mal conservadas sofrem maiores perdas de matéria seca e energia durante a fase fermentativa, mas também durante a desensilagem, gerando prejuízos para a exploração.

A produção de silagem, a partir da erva, é mais difícil devido à menor quantidade de açúcares fermentáveis relativa-mente à silagem de milho. Por isso, a fórmula do Sil-All LV contém enzimas que quebram as ligações da fibra disponi-bilizando açucares para alimentar a fermentação. Com a energia disponível as estirpes utilizadas conduzem o processo fermentativo na obtenção de uma fermentação rápida e eficaz protegendo a matéria seca da degradação e fornecendo mais estabilidade à silagem, mesmo após a abertura do silo.

SIL-ALL LV… porque o lucro da exploração começa no campo.

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A Agros em...

Atualmente, como retrata a agricultura na área social da vossa Organização?A área social da Cooperativa abrange todo o concelho de Gondomar e algumas freguesias do Porto, as que se encontram nos limites entre os dois concelhos. Em todas as freguesias da nossa área social existe atividade agrícola, em particular, de pequena e média agricultura, tendo havido um aumento considerável de agricultura para autoconsumo. A população agrícola encontra-se um pouco envelhecida, havendo no entanto sinais de aparecimento de alguns jovens a instalar-se no nosso concelho com atividades não convencionais.Estamos inseridos numa zona habitacional e com explorações vocacionadas para a Horticultura, para os Cereais (milho grão), Vinho, e em menor escala, para a produção de Bovinos de carne e leite.

Como descreve o papel da Cooperativa no meio en-volvente onde se insere?Esta Cooperativa tem procurado satisfazer as necessidades dos seus Associados, com o intuito de lhes garantir estabilidade no fornecimento dos fatores de produção, garantir a comercialização dos seus excedentes, procurando manter a estabilidade dos preços no mercado.

AGONCOOPCOOPERATIVA DOS AGRICULTORES DE GONDOMAR, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. António Moutinho

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TEXTOAGROS

Quais os serviços e secções existentes na vossa Coo-perativa ao dispor dos vossos Associados? Neste momento, existe a secção de compra e venda dos fatores de produção, a secção de contabilidade e gestão agrícola, um setor de apoio às candidaturas às Ajudas do Pedido Único, e um posto de receção do SNIRA.A criação destes serviços de apoio visou essencialmente permitir aos nossos Associados uma melhor resolução dos problemas com que estes se deparam no seu dia-a-dia nas suas explorações.

Estamos perante o novo Programa de Desenvolvimen-to Rural, o PDR2020. Considera-o um instrumento po-tenciador de investimento na vossa zona de atuação? Sim, porque se têm instalado no nosso concelho um número considerável de jovens em áreas diversificadas como seja, a produção de kiwis, cogumelos, mirtilos, com o apoio do Proder, e nota-se a intenção continuada de apresentação de projetos no âmbito do PDR2020.

O rejuvenescimento do setor cooperativo agrícola é um assunto que está na ordem do dia. Quais as me-didas que entende que poderiam ser implementadas para estimular o interesse dos jovens nestas estrutu-ras organizacionais?

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita: Fernando Manuel M. dos Santos (Tesoureiro),Sabina da Conceição R. S. B. Santos (Vice-Presidente), António Ferreira Moutinho (Presidente),Delfim Martins Sousa Almeida (Secretário), Manuel Marques Mamede (Vogal); 3 Azuleijo decorativono interior da Cooperativa.

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1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita: Martinho Fernandes(Vice-presidente e Delegado à Agros), Américo Moutinho (Vogal); António Monteiro (Presidente); António Marques (Secretário); Álvaro Mamede (Tesoureiro); 3 Loja da Cooperativa.

Dado haver um número considerável de Jovens instalados no nosso concelho na área de Horticultura e Fruticultura, a criação de serviços de apoio específicos nestas áreas poderia levar estes jovens a aproximarem-se mais das Cooperativas.

Como analisa a situação do Setor Cooperativo em Portugal?O Setor Cooperativo nestes últimos anos tem vindo a crescer e assim continuará porque tem uma forma de estar e uma caraterística especial que o distinguem de outras áreas, dado estar mais ao serviço das pessoas. Nos nossos dias, esses valores devem ser ainda mais enaltecidos e respeitados.

É Presidente desta Organização desde 1995. Que ba-lanço faz de todo o trabalho efetuado e o que projeta para o futuro? Como perspetiva a pecuária no conce-lho, e o que pretendem fazer neste âmbito?

Estou a exercer o cargo como Presidente desde 1995 e julgo que o balanço é muito positivo, pois ao longo de todo este tempo, tem-se vindo a verificar uma maior aproximação dos Associados à Cooperativa e isso para nós é o mais importante. Atualmente, temos em execução um projeto de remodelação da sede da Cooperativa, nomeadamente na área comercial e escritórios.O futuro da agricultura no concelho de Gondomar terá de enveredar pela via da inovação, sobretudo no setor da horticultura. Este setor já se encontra em forte crescimento mas poderá expandir-se ainda mais, dada a nossa situação geográfica junto aos grandes centros abastecedores da cidade do Porto.Atualmente a nossa agricultura é composta por explorações de pequena e média dimensão cujos agricultores são na sua maioria de idade avançada e se dedicam à produção de horticultura tradicional, batata, milho e feijão.Sendo assim, precisamos de mais candidatos jovens que queiram enveredar por esta profissão e possam acrescentar alguma inovação ao setor.

A realidade do Grupo Cooperativo AGROS passa por ajudar em obter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à produção

de leite e à atividade agrícola. Em que medida enten-de que o Grupo Cooperativo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?Na minha opinião o Grupo Cooperativo AGROS está no bom caminho mas tem de continuar a fazer ainda mais pelos Produtores, ou seja, valorizar o seu produto. O Grupo Cooperativo AGROS deveria também fomentar e divulgar as vantagens dos fatores de produção em conjunto com as Agrupadas, com a criação de uma central de compras forte que pudesse trazer mais-valias para todos.

Para finalizar, que mensagem gostaria de transmitir aos Associados da Cooperativa?Apesar de a situação não ser a melhor temos esperança de que rapidamente se inverta. No entanto, se unirmos todos os esforços certamente ultrapassaremos a atual conjuntura.Da nossa parte, estaremos sempres disponíveis e recetivos a colaborar com todos aqueles que nos procurem.

1976Início daAtividade

1739Número deAssociados

3Produtores

de Leite

11Número de

Colaboradores

1.2Milhões €(Volume de

Negócios em2013)

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Satisfação - Grupo AGROS

Quais as principais razões / motivações pelo que se tornou um fornecedor exclusivo da PEC Nordeste?Por estar relativamente perto, e porque até ao dia de hoje, é uma empresa que dá resposta à tiragem dos animais quando eles estão prontos, e até quando de vez em quando há um animal que precisa de ser abatido no momento, é a empresa que melhor nos enquadra para este tipo de serviço.

Está satisfeito com os serviços que a PEC coloca à sua disposição? A qual recorre com mais frequência?Sim, de um modo geral estou satisfeito.

O que pensa do facto da PEC Nordeste ser uma Empre-sa com certificado que garante a segurança alimentar?Sim, tenho conhecimento e parece-me muito bem que haja esse controlo de qualidade.

É fornecedor da PEC-Nordeste desde 2010. Está satis-feito com a relação comercial existente? Aconselharia esta Empresa a outros Produtores?Sim, estou satisfeito. Aconselhava. É uma empresa que trabalha bem nos dias de hoje e dou um exemplo, pois no que se refere à documentação, a PEC dá-nos um do-cumento com a identificação e pesagem do animal e suas características com tudo descrito, até nomeada-mente, o nº da rastreabilidade que acompanha o ani-mal desde a Exploração até ao consumidor final.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracterizam a PEC Nordeste, qual escolheria? Preço, qualidade, profissionalismo, competência téc-nica ou outro, que considere pertinente?A PEC tem todos esses atributos. Assim, vou optar pelo conjunto.

Quais as principais razões / motivações que o que o levaram a ser cliente da Empresa Ucanorte XXI?Temos tido um bom atendimento, rápido e eficaz, e como já trabalhamos com a PEC que também faz parte do Grupo Agros, optamos portanto por quem já nos ajuda e nós ajudamos também.

Que gama de produtos Ucanorte XXI utiliza?Mistura de matérias-primas para a fase de crescimento e outra para a fase do acabamento.

Nesta exploração, quem preconiza as alterações efe-tuadas ao regime alimentar na Exploração? O técnico da Ucanorte XXI ajuda-nos a efetuar as al-terações necessárias, que são feitas nomeadamente, em função da idade dos animais e da data de saída dos mesmos, para abate. A alimentação destes animais tem como principais componentes a mistura, a silagem de milho e a palha.Pois por exemplo, se os animais estão a ficar prontos para vender, mas se a gente prevê que o preço vá subir porque existe maior procura, então seguramos o ani-mal para o vender por essa altura, e a composição da alimentação tem que ser ajustada. É assim que eu faço na minha exploração.

Considera que os produtos fornecidos pela Ucanorte XXI e o acompanhamento técnico disponibilizado, tra-duzem-se em acréscimo de valor no desenvolvimento dos animais e ajudam a maximizar o rendimento da exploração?Sim, sem dúvida.

Está satisfeito com os resultados obtidos e aconselha-ria esta marca de ração a outros Produtores? Porquê?Claro que sim. Como tinha dito, temos bons resultados e face à qualidade/preço, sem dúvida que recomendo.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracterizam a Ucanorte XXI, qual escolheria? Bons preços, qualidade, profissionalismo, capacidade técnica ou outro, que considere pertinente? Sem dúvida, qualidade.

ExploraçãoAgro Teixeira & Pinto, LdaFreguim - Amarante

Ano da Fundação2010

Fornecedor Exclusivo PECDesde Novembro 2010Cliente Ucanorte XXIDesde Junho 2012

N.º de Animais400

Pretende manter a PEC Nordeste e a Ucanorte XXI como parceiras da sua Exploração?Claro que sim, e espero que a PEC e a Ucanorte XXI pensem de igual modo.

Colaborador José Carvalho e o Proprietário da Exploração José Teixeira.

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QUAIS OS ANIMAIS QUE PODEM SERENQUADRADOS NESTE SERVIÇO?

Todo o animal saudável que sofreu um acidente e cujo transportelhe pode causar dor ou sofrimento desnecessário que:

- possui uma fratura recente;- tem uma ferida aberta;- tem lesões musculares ou esqueléticas;- que não apresente estado febril.

No caso de não serem cumpridas estes requisitos,o Matadouro não assegura este serviço.

Os animais aos quais tenham sido administradosmedicamentos ou que sofram de patologias queinviabilizem a sua aprovação para consumo nãopodem ser considerados como beneficiários desteserviço.

Nestes casos, deve promover a eutanásia ecomunicar a morte ao SIRCA.

PEC - NORDESTEIndústria de Produtos Pecuários do Norte, S.A.Zona Indústrial N.º 2 - Apartado 202 4564-909 Penafiel PORTUGAL

GPS41.222317, -8.284766 GR

UPO

AGRO

S

TEL+351 255 718 [email protected]

SERVIÇO DE ABATE DEURGÊNCIA DE BOVINOSPara quando o azar bate à porta!...

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Boas Práticas

• Garantir que o fornecimento de alimentos e água seja proveniente de fontes sustentáveisPlaneie antecipadamente as necessidades de alimento e água da exploração. Tendo noção das necessidades fisiológicas do efetivo e dos consumos efetuados em anos anteriores, o Produtor pode facilmente calcular estimativas de consumo de alimentos e necessidades de água para o futuro. Este apuramento de consumos permite obter alimento em épocas de maior oferta e menor preço, e possibilita reenquadrar necessidades optando por alternativas. A produção própria, essencialmente de forragens, que se verifica nas explorações deve ser submetida a Boas Práticas Agrícolas. Prados e pastagens podem e devem ser aprimorados. A título de exemplo, utilize sementes apropriadas às condições físico-químicas das parcelas e/ou efetue consociações (que consiste em cultivar no mesmo terreno, diferentes espécies de plantas /culturas que se complementam entre si). Estas práticas que favorecem a qualidade e quantidade de pastagens, fenos e silagens, devem sempre ter em conta o fluxo de nutrientes de cada exploração. Tenha atenção ao valor fertilizante dos chorumes, pois este fator costuma ser subvalorizado. A época, a forma de incorporação/distribuição, assim como, a capacidade de armazenamento, deve ser racional e otimizada.Reequacione a sustentabilidade dos recursos limitados, como seja a água para irrigação, e adote estratégias integradas de controlo de pragas, tentando reduzir o uso de produtos químicos.

O cartaz “Boas Práticas na Produção de Leite” amplamente distribuído pela Agros U.C.R.L., é suportado pelo “Guia de boas

práticas na produção de leite” elaborado pelas Organizações - FAO/IDF (Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas/ Federação Internacional do Leite), traduzido pela Fenalac. Tem como objetivo primordial, partilhar com os nossos Produtores de Leite, os bons exemplos, os procedimentos eficazes, os modelos eficientes, em suma, as boas práticas do dia-a-dia que estão comprovadas e testemunhadas a nível mundial como uma mais-valia. Assim, ao partilharmos este conhecimento, acreditamos que se traduzirá efetivamente em valor para os Produtores Agros. Estas práticas concretizadas sucessivamente, serão certamente uma ferramenta importantíssima em todos os aspetos da gestão de uma

exploração, pois face às alterações estruturais que se verificaram e

que continuarão a gerar algumas incertezas quanto ao futuro, como seja o término das quotas leiteiras, a pressão pública e as oscilações dos fatores de produção, que impõem cada vez mais pressão nos sistemas de produção de leite, temos que ser realmente prudentes e ajudar os nossos Produtores, com todos os meios que possamos disponibilizar.Salienta-se também que as práticas espelhadas servem de apoio ao sistema específico de produção de cada exploração e abrangem a especificidade de cada Produtor, cultura e efetivo, não impondo uniformização de produtos ou maneio.A divulgação das Boas Práticas na Produção de Leite tem sido materializada para auxiliar na garantia e valorização do leite, por via da qualidade e da segurança, pois o leite tem que advir de animais saudáveis utilizando procedimentos de produção sustentáveis

Os animais devem ser alimentados com quantidade e qualidade, pressupondo para isso, boas práticas em quatro rubricas:

Nutrição - Alimento e Água

TEXTOAGROS

A pressão ambiental e pública incide não só sobre as explorações leiteiras, mas afeta toda a cadeia. Opte por fornecedores com práticas sustentáveis ou que estejam a trabalhar nesse sentido. Nota 1 : Esteja atento ao desenvolvimento e comprometimento com as regras do Greening da PAC.Nota 2: Saiba que somos quase totalmente dependentes do estrangeiro relativamente à proteína incorporada na alimentação animal, ou seja, é importante a melhoria nas forragens e pastagens para aumento da proteína própria, em detrimento da compra.

• Garantir alimentos e água aos animais adequados, em quantidade e qualidadeCada animal deve ter espaço e tempo suficiente de acesso, ao alimento e à água. Em primeiro lugar, as necessidades fisiólogas dos animais devem ser supridas nas diferentes etapas de vida/produção. Só posteriormente será possível adequar a qualidade e quantidade dos alimentos e água, aos objetivos definidos de cada exploração.Assegure que o alimento e água não introduzem na cadeia produtiva resíduos químicos, toxinas ou outros contaminantes. É necessário ter especial atenção na utilização de produtos químicos em pastagens ou forragens produzidas na exploração. Seja cauteloso e analise os comprovativos ou análises adquiridas a terceiros, se for o caso.Evite a contaminação química resultante das práticas

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agrícolas. Respeite intervalos de segurança em forragens e pastagens, e procure estar alerta para possíveis sinais de danos por herbicidas nas plantas forrageiras.As pulverizações também deverão ser alvo de cautela, visto a dispersão pelo ar contaminar áreas limítrofes (ou seja, as áreas vizinhas).Forneça alimentos apropriados aos animais do efetivo, de modo a que não haja impactos negativos sobre a qualidade e a segurança do leite.Evite usar áreas e equipamentos comuns para os produtos químicos e para os alimentos. Assegure água de qualidade aos animais. A qualidade e a potencial quantidade de água disponível devem ser conhecidas. Esteja alerta às potenciais contaminações fecais e químicas que os recursos de água podem sofrer.

Nota: A água só é considerada potável, se cumprir bacteriológica e quimicamente a legislação: Decreto lei nº 306/2007 de 27 de Agosto.

• Controlar as condições de armazenamento dos alimentos para os animaisOutras das práticas a ter em conta incide sobre a separação dos alimentos para diferentes espécies e, a separação dentro da mesma espécie por segmentação da idade/lote.As contaminações são um fator determinante na perda de alimentos e na ingestão, ou melhor a falta dela, pelo efetivo. Na deteção de alimento com bolor ou estragado,

Os animais devem ser alimentados com quantidade e qualidade, pressupondo para isso, boas práticas em quatro rubricas:

Nutrição - Alimento e Água

rejeite o mesmo e avalie a condição do restante.Proteja da humidade os alimentos secos e conserve os alimentos fermentados em condições herméticas (ou seja, totalmente acondicionados e fechados, sem circulação de ar). Controle as pragas.

Nota: Implementar a prática FIFO (First in First out, em português: Primeiro a entrar é o primeiro a sair) largamente utilizada em todo o mundo, no que se refere ao armazenamento e à forma de rotação de stock. Na exploração agrícola, os primeiros alimentos a entrarem no armazém deverão ser os primeiros alimentos a sair para consumo dos animais.

• Garantir a rastreabilidade dos alimentos adquiridos fora da exploraçãoSalienta-se a necessidade de obter e arquivar todos os dados sobre os alimentos adquiridos. Neste sentido, surge cada vez mais a necessidade de obter dos fornecedores, as composições, as origens e a rastreabilidade, isto é, qual é a proveniência, os constituintes, as características e o percurso efetuado pelo alimento até este ser entregue na sua exploração. Pois efetivamente, um alimento pode colocar em causa todo o efetivo da exploração.

Nota: Fornecedores com sistemas de gestão da qualidade tendem a ser mais estruturados e comprometidos com a satisfação dos clientes, bem como, com o processo, o fabrico, a forma de transporte, a higiene e a segurança do alimento em questão.

sob as perspetivas do bem-estar animal, social, económica e ambiental.

Portanto, vamos promover as seis grandes áreas das “Boas Práticas na Produção de Leite”, em várias edições desta Revista, embora não estabelecendo ordem ou prioridade, pois todas as áreas são importantes:

Saúde AnimalHigiene do Leite

Nutrição (Alimento e água)Bem-estar Animal

AmbienteGestão socioeconómica

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Satisfação - Grupo AGROS

ExploraçãoSoc. Agro-PecuáriaIrmãos RosendoManhente - Barcelos

Ano da Fundação1991

Cliente Agros ComercialDesde 2013

N.º de Animais587, dos quais 332 vacas lactantes

Produção da ExploraçãoProdução média mensal: 268.000 LtsProdução média anual: 2.800.000 Lts

1 Proprietários da Exploração: Rui Rosendo, Albino do Vale Rosendo; António Rosendo; Artur Rosendo; 2 Sistema de Ordenha Xpedia 360 IX e Empurrador Escorter 100, BOUMATIC.

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Decorridos cerca de 5 meses de funcionamento do novo sistema de ordenha, considera que este inves-timento traduziu-se efetivamente na vossa aspiração de longa data?Sim, claro que sim, os resultados e os ganhos até agora obtidos, levam a crer que o investimento e a escolha do equipamento foram efetivamente a melhor opção que podíamos ter tomado.

O novo sistema de ordenha permitiu os esperados ganhos de eficiência no vosso dia-a-dia, melhorias significativas no maneio do efetivo e diminuição do tempo de ordenha, face ao anterior sistema de ordenha que detinham? Que outras vantagens podem enunciar acerca deste produto?O novo sistema de ordenha “carrossel” é realmente muito eficiente, e quando comparado com o anterior sistema de ordenha mecânica, os ganhos são muitos.Tem inúmeras vantagens, nomeadamente, grandes ganhos de tempo, facilidade na realização da ordenha, diminuição do n.º de pessoas em ordenha, rapidez na limpeza de ordenha, pois logo que entra o último animal, já se pode começar a preparação do equipa-mento para iniciar o processo de lavagem, e quando saí o último animal, a máquina já está praticamente pronta a iniciar o processo de lavagem automático. Quantos aos ganhos em termos de tempo e da rapidez com que o trabalho é realizado, partilho que já conse-guimos ordenhar 304 vacas, em 1h53minutos, com apenas 2 pessoas, o que dá aproximadamente uma média de 4800 litros por ordenha.Tenho que destacar uma enorme e proveitosa surpresa ao nível dos consumos energéticos, pois conseguimos uma redução face à energia consumida até então, de aproximadamente 40% ao mês, assim, conseguimos um verdadeiro retorno do investimento por esta via. Pois todos nós sabemos que, o custo da energia numa exploração é efetivamente alto, e conseguirmos uma redução de 40% na fatura por mês, traduz-se em largos milhares de euros ao final de um ano.

Outra das vantagens que o carrossel tem é que pode estar a trabalhar ao longo do dia, pode fazer ordenhas contínuas, não sendo a dimensão do efetivo uma limi-tação.Um dos aspetos que tivemos também muita atenção foi ao local onde foi instalado o carrossel, pois os animais podem olhar para o exterior, o local é acolhedor, amplo e arejado, o que faz com que os animais tenham vontade de ir para a ordenha e sentem-se mais relaxados.

Para além dos resultados obtidos com a incorporação do sistema de ordenha rotativo propriamente dito, como caracterizaria o trabalho e serviço prestado pela Equipa da Agros Comercial?Até ao momento, o serviço prestado tem sido muito bom e tem uma Equipa muito eficiente, tem havido uma boa colaboração entre ambas as partes e o rela-cionamento tem sido franco e leal.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracterizariam a Empresa Agros Comercial, qual escolheria? Preço, qualidade, qualidade/preço, profissionalismo, competência técnica ou outro, que considere pertinente? Competência técnica, pois são uma equipa com muito domínio e com os processos bem definidos.

Considera os produtos/serviços disponibilizados pela Agros Comercial uma mais-valia para a vossa Explo-ração? Aconselharia estes produtos/serviços a outros Produtores?Sim, claro que sim, pois se assim não fosse, não teríamos efetuado um investimento deste género.

Pretende manter a Agros Comercial como parceira da sua Exploração? Sim, pois nós somos bastante exigentes com quem trabalhamos e estamos muito satisfeitos com o trabalho desempenhado pela Agros Comercial, pelo que obvia-mente, queremos continuar com esta parceria.

Entrevistado (Sócio Gerente): António Fernandes

Vale Rosendo

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A Agros em...A Agros em...

Atualmente, como caracteriza a agricultura na área social da vossa Organização?É uma agricultura multidisciplinar, portanto temos a vinha, os kiwis, a horticultura e a pecuária, que é a que ainda ocupa a maioria dos terrenos agrícolas do concelho.

No atual contexto agrícola nacional, como descreve o papel e a ação da Cooperativa?Eu penso que a Cooperativa de Valongo tem desenvol-vido um papel importante no apoio à agricultura do concelho e nesse aspeto tem feito o que é possível, para que esse desenvolvimento aconteça. É com alguma tris-teza que, por vezes não se consegue por vezes atingir esses objetivos, não por falta de apoio da Cooperativa, mas pela conjuntura nacional e internacional.

Quais os serviços e secções existentes na vossa Coope-rativa ao dispor dos vossos Associados? No que diz respeito ao apoio prestado ao nível da Pecuária, temos a assistência médica veterinária permanente no concelho, a inseminação, o contraste leiteiro, e uma farmácia veterinária. Quanto à vinha, temos um protocolo com a Comissão de Viticultura, que também é um apoio importante para os viticul-tores na medida em que os ajudamos a fazer os mani-festos, e estes tratam de todos os assuntos relacio-nados com esta temática na Cooperativa. Portanto, de

uma forma geral procuramos prestar um bom apoio e destacamos que temos desenvolvido vários cursos de formação profissional.

Estamos perante o novo Programa de Desenvolvi-mento Rural, o PDR2020. Considera-o um instrumento fundamental para o desenvolvimento da Agricultura?É importante, mas penso que não vai ser aproveitado tanto quanto devia, porque as necessidades dos agri-cultores são muitas, a capacidade de investimento é pouca e se não houver capacidade de investimento, não há o aproveitamento dessa ajuda. Portanto, consi-dero que a percentagem de apoio ao investimento devia ser maior, para que resultasse efetivamente num impulso ao crescimento e ao desenvolvimento da agri-cultura.Concretamente, posso falar das organizações de produtores (OP’s), pois é com tristeza que vejo que as entidades nacionais não dão o devido reconhecimento às Cooperativas, seja pelo apoio que prestam, seja pelo papel importantíssimo que desempenham junto dos seus Associados. Ao excluírem as Cooperativas deste mecanismo de majoração aos agricultores e ao criarem na lei, uma organização que não é usual no país e que não repre-senta a realidade nacional, considero portanto, que deve ser um “figurino” francês ou alemão, mas não é o “figurino” português. Pois existem poucos agricultores

COOPERATIVA DOS PRODUTORES AGRÍCOLAS DO CONCELHO DE VALONGO, C.R.L.Entrevista ao Presidente da Direção - Sr. António Monteiro

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TEXTOAGROS

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ligados a organizações de produtores (OP’s), e temos o resto do país associado a Cooperativas, portanto há aqui um desfasamento brutal, que espero que seja corrigido.

É Presidente desta Organização desde 1989. De uma forma sucinta e face à experiência que tem à frente dos destinos desta Cooperativa com a sua equipa, como perspetiva o futuro da pecuária no concelho, e o que a Direção da Cooperativa ainda pretende fazer neste âmbito?Estou na Cooperativa como Presidente, desde 1989. E este é um momento de atenção, pois estamos cada vez mais num mercado aberto e muito concorrencial.No que se refere à Produção de Leite e ao Produtor de leite, penso que o modelo atual tem que ser repen-sado, pois a lida do campo exige muito de quem está nesta área e tem que, a meu ver, arranjar formas de conseguirem rentabilizar o seu negócio, pois a dispo-

nibilidade para este trabalho é total, semanas e fins de semana. Portanto, temos que tentar alterar este para-digma, temos que consciencializar os agricultores, pois para conseguirem uma rentabilidade decente, tem que ser muito profissionais. Temos incentivado, temos sensibilizado para o que penso que seria uma forma de estes terem ganhos acrescidos, que era associarem-se ou fazerem um agrupamento de vários Produtores. Ou seja, devia passar pela associação de três ou quatro agricultores que pudessem entreajudar-se em todo o trabalho e terem um maior número de animais.

Sabendo que o rejuvenescimento do setor coope-rativo agrícola é um assunto que está na ordem do dia, quais as medidas que entende que poderiam ser levadas a cabo para potenciar a chegada de jovens ao setor?Quanto ao setor cooperativo agrícola, este está um pouco envelhecido. Mas considero, e contra mim falo, que temos que dar mais espaço aos jovens e tentar incentivá-los para que tenham mais interesse pelo associativismo e pelo cooperativismo. Mas é algo que temos de trabalhar. E quanto à questão de aproximar os jovens para o setor, só conseguimos se as condições do mercado proporcionarem maior rentabilidade agrí-cola. Pois se o sector agrícola não se reconverter e criar condições de rentabilidade, os jovens fogem da agri-cultura, os nossos filhos não querem ficar na agricul-

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tura, ou seja, temos de dar a volta a isto, procurar criar condições para que a agricultura seja uma atividade tão desafiadora como as outras.

A realidade do Grupo Cooperativo AGROS passa por ajudar em obter melhores condições comerciais em todos os fatores de produção necessários à produção de leite e à atividade agrícola. Em que medida entende que o Grupo Cooperativo AGROS pode ajudar as Cooperativas e os Produtores?A Agros tem sido ao longo de todos estes anos, uma das poucas instituições que se tem mantido e tem cres-cido ao ritmo da sociedade, portanto não há atividade boa, se não existir um bom suporte e um boa âncora. Eu entendo que a Agros tem desenvolvido o papel âncora na pecuária. A Agros hoje não é só o leite, a Agros hoje é muito mais que isso, pois abrange toda a agricultura no seu geral. A Agros tem que continuar a focar-se no leite, e dar apoio aos Produtores, principalmente, na transformação que têm que existir nas unidades de produção, ou seja, nas explorações.Ao nível da Ucanorte também tem um papel impor-tante, pois foi criada e tem um espírito associativo face às restantes Empresas do Grupo e efetivamente, continua a ser uma entidade que contribui para o desenvolvimento da agricultura da região.

Que mensagem gostaria de deixar aos Associados da Cooperativa, no que respeita à produção de leite?Peço que cada vez mais se consciencializem da neces-sidade de reestruturarem as suas explorações, para que estas sejam mais rentáveis e mais saudáveis, e para isso, penso que o caminho passará por fazerem grandes produções em termos individuais ou se unirem em pequenos grupos de explorações. Penso que será esse o caminho.

1976Início daAtividade

180Número deAssociados

10Produtores

de Leite

10Número de

Colaboradores

3Milhões €(Volume de

Negócios em2013)

1 Edifício da Cooperativa; 2 Da esquerda para a direita: Martinho Fernandes(Vice-presidente e Delegado à Agros), Américo Moutinho (Vogal); António Monteiro (Presidente); António Marques (Secretário); Álvaro Mamede (Tesoureiro); 3 Loja da Cooperativa.

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Satisfação - Grupo AGROS

Quais foram as principais razões / motivações que o levaram a optar pelos serviços prestados pela Se-galab, nomeadamente, pelo programa Bovicontrol e pelo Programa da Qualidade de Leite? Aderi aos serviços da Segalab porque tinha necessida-de em melhorar a saúde dos animais e a qualidade do leite. Quando iniciei o programa da Qualidade do Lei-te, em 2004, tinha um grande desperdício de leite e uma elevada taxa de refugo precoce dos animais, devi-do a mastites, originando elevadas perdas económicas. A prevenção e deteção eficaz das doenças ao nível re-produtivo, respiratório, mortalidade nos vitelos, etc… eram essenciais para poder agir atempadamente e daí a necessidade do apoio técnico da Segalab.

Em que medida a incorporação destes dois programas na sua Exploração lhe trouxe valor? Conseguiu melho-rias significativas no efetivo e ganhos em termos de rentabilidade?Sim, sem dúvida, consegui. Ao fazerem os antibiogramas e a identificação dos agentes, passei a ser mais eficiente nos tratamentos, obtendo maiores taxas de cura. Posteriormente aderi em 2009 ao Bovicontrol, que também achei muito interessante, pois não tinha a perceção tão clara de certas doenças que existiam na exploração e com as recolhas de sangue que a Segalab foi fazendo, verificamos que as mortes de vitelos e os abortos e outros problemas que existiam na Exploração tinham uma origem, e indicaram-me o melhor tratamento, a melhor vacina a aplicar aos animais de acordo com as doenças existentes e consegui dessa forma, ter um controlo mais rigoroso e eficiente na Exploração.

Está satisfeito com os resultados já obtidos destes programas na sua Exploração? Tenciona mantê-los?Sim, estou satisfeito e tenciono manter. O Bovicontrol trabalha na prevenção, que é indiscutivelmente a forma mais eficaz e mais eficiente de obter resultados. Neste momento, a minha exploração está indemne à Neosporose, IBR e BVD. No Programa da Qualidade do Leite está incluído entre outros, um serviço de avaliação da máquina de ordenha que considero muito benéfico, pois independentemente da marca com que trabalhamos, são testados vários pontos dos equipamentos de forma isenta, sem interesses comerciais, o que considero muito importante para uma ordenha eficaz.

Se tivesse que escolher um dos seguintes atributos que caracterizariam a Segalab, qual escolheria? Qua-lidade, preço, profissionalismo, competência técnica ou outro, que considere pertinente? Eu acho que todas elas se encaixam na Segalab, mas saliento principalmente o profissionalismo, a compe-tência técnica e a qualidade, claro.

Considera os serviços disponibilizados pela Segalab uma mais-valia para a sua Exploração? Aconselharia estes serviços a outros Produtores?Sim, sem dúvida que são uma mais-valia e claro que aconselharia estes serviços.

Pretende manter a Segalab como parceira da sua Ex-ploração?Sim, sim pretendo.

ExploraçãoAntónio Carreira CamposGondifelos - V.N. Famalicão

Ano da Fundação1988

Cliente SegalabDesde Janeiro 2003

N.º de Animais200, dos quais 96 vacas lactantes

Produção da ExploraçãoProdução média mensal: 72.000 LtsProdução média anual: 870.000 Lts

1 António Campos e Família

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CAMPANHAPROVA DE ESTÁBULO

SERVIÇOS INCLUÍDOS

Visita à exploração de médico veterinário da Segalab;

Avaliação dos procedimentos de maneio e ordenha;

Realização de TCM a todas as vacas em ordenha;

Colheita de amostras a todos os animais;

Resultado de Ensaios Contagem de Células Somáticas + Identificação Agente + Antibiograma;

Análise Bacteriológica de Tanque:Contagem de S. aureus + E. coli + Outros Coliformes ePesquisa de Str. agalactiae + Mycoplasma spp.

Relatório de Prova de Estábulo e Reunião para definição de planos de ações corretivas e definição de protocolos terapêuticos para os casos de mastites identificados.

25%DESCONTO AO PRODUTOR *

MAIO A JULHO2015

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30 . REVISTA AGROS Nº23

Acontecimentos

SEMINÁRIO UCANORTE XXIA SILAGEM DE MILHO NA

DIETA DAS VACAS LEITEIRASReduza Custos Melhorando a Produção

No dia 27 de Fevereiro, a Ucanorte XXI promoveu o Seminário “A Silagem de Milho na Dieta das Vacas Leiteiras – Reduza os Custos Melhorando a Produção”, no Espaço Agros.Neste evento estiveram presentes cerca de 650 participantes, na sua maioria Produtores de Leite e/ou Carne das Cooperativas Agrupadas, assim como Técnicos e parceiros de negócio da Ucanorte XXI. Esta dinâmica faz parte da estratégia empresarial e comercial que a Ucanorte XXI tem vindo a desenvolver, com o intuito de transferir conhecimento e valor aos Produtores, estimulando melhores práticas, proporcionado melhores preços e condições comerciais.A Sessão de Abertura contou com a participação do Sr. Vítor Maia, Presidente da Ucanorte XXI. Seguiram-se as intervenções por parte dos oradores convidados que abordaram oito temáticas, nomeadamente: “Breves Considerações sobre a Cultura do Milho”, “Fisiologia da Planta”, “Fertilização da Cultura do Milho”, “Sistemas de Rega”, “Principais Pragas, Doenças e Infestantes da Cultura”, “Colheita e Conservação”, “Inoculante para a Silagem de Milho – Características e Efeitos”, e por fim, “Plásticos de Ensilagem/Novas Soluções”. A 1ª apresentação do Seminário foi realizada

por Carlos Osório, Técnico da Ucanorte XXI, que relativamente à temática “Breves Considerações sobre a Cultura do Milho” clarificou quais os fatores que na sementeira, influenciam todo o ciclo da produção. Seguiu-se Fernando Garrachon, da Euralis Semillas, acerca da “Fisiologia da Planta” que destacou a importância da construção da produtividade e seus componentes; a temática “Fertilização da Cultura do Milho”, foi apresentada por João Coutinho da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro que esclareceu como racionalizar a utilização dos fertilizantes, aumentando a sua eficiência. Posteriormente José Alexandre Rosa, da IMPERREGAS, e João Noeme, da Terrapro Technologies apresentaram a temática “Sistemas de Rega”.Após um momento de pausa e interação comercial, acompanhado por um período de debate e esclarecimento de dúvidas por parte dos participantes, Alberto Miranda, da empresa Agrotemplário, retomou as apresentações com “Principais Pragas, Doenças e Infestantes da Cultura.” Prontamente, Raquel Ribeiro da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, elucidou o público relativamente às melhores práticas de maneio na produção de silagem no

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TEXTOAGROS

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Entre Douro e Minho. Os dois últimos oradores do dia, Manuel Diogo, Técnico da Ucanorte XXI, e Javier Caneda da Delagro, pronunciaram-se em relação às temáticas “Inoculante para a Silagem de Milho – Características e Efeitos” e “Plásticos de Ensilagem/Novas Soluções”, respetivamente.O Seminário contou igualmente com a intervenção do Sr. José Capela, Presidente da Agros, U.C.R.L., na Sessão de Encerramento.Destacamos também a participação das Empresas do Grupo nesta iniciativa, nomeadamente, Agros Comercial, Segalab, Lusogenes, ABLN e a PEC Nordeste. Conjuntamente com a Organização, estas Empresas apresentaram e venderam equipamentos, produtos e serviços, evidenciando aos Produtores as vantagens em colaborarem dentro deste Grupo Cooperativo. É de salientar, as iniciativas realizadas durante o evento, tais como uma campanha especial “5+1” proporcionada pela Ucanorte XXI e um sorteio surpresa para todos os presentes no final do Seminário. Mais uma realização, mais uma demonstração de apoio ao Produtor, por parte da Ucanorte XXI e do Grupo Cooperativo Agros.

“Tendo em conta o contexto socioeconómico que o setor do leite atravessa, manifestou-se a vontade de realizar um seminário que debatesse em pormenor a produção de silagem de milho, visto ser a base de alimentação das vacas de leite na região.Sabemos que o custo da alimentação na produção de 1 litro de leite, representa cerca de 45% a 50% do custo total de um litro de leite. A silagem de milho é uma parte importante desse custo na alimentação, e por essa razão quanto maior for o valor nutricional da silagem, menor será o custo induzido na produção, aumentando assim a rentabilidade. Pois o preço do leite pago ao produtor varia de acordo com aspetos externos à nossa vontade, como seja a pressão da lei de oferta e da procura no mercado, tanto a nível nacional como internacional.Debater todos os passos que devem ser dados de forma a valorizar a silagem foi o nosso objetivo, desde a sementeira até à conservação, obtendo uma silagem de qualidade que permita baixar os custos de produção. A nossa missão, como empresa ligada ao Grupo Cooperativo Agros, será sempre pressionar para que os preços dos fatores de produção diminuam, de forma a ajudar os nossos Produtores a baixarem os custos, e assim, aumentarem a rentabilidade das suas Explorações. Este seminário permitiu fornecer informação valiosa para que os Produtores possam encarar de uma forma cada vez mais profissional a Produção de Leite.O número de Produtores presentes, aliado a especialistas em todas as fases da cultura do milho, demonstra bem a necessidade da realização deste evento. Em resumo, cumprimos todos os objetivos a que nos tínhamos proposto, e de facto, motiva-nos a prosseguir o caminho traçado, o de fornecer ferramentas ao Produtor para que possa baixar cada vez mais os custos na produção de leite, que na nossa opinião, será o único caminho do sucesso da Produção de leite na região e no País.”

TestemunhoEng.º Carlos Osório Técnico

1 Aspeto da Assistência do Seminário;2 Intervenção do Presidente da UCANORTE XXI, Sr. Vítor Maia.

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Acontecimentos

A Segalab – Laboratório de Sanidade Animal e Segurança Alimentar, S.A., realizou no dia 18 de Março, o

Seminário “Produção Leiteira – Um Desafio Permanente” com a contribuição de diversas farmacêuticas parceiras, tais como a Merial, MSD, Bayer, CEVA, Elanco, Hipra, Vetlima e Zoetis. O programa apresentado pretendeu percorrer temas transversais à matéria em análise, com especial destaque para situações epidemiológicas, assim como para os programas de controlo, e ainda, perspetivas futuras para a sanidade animal em Portugal.Este evento decorreu no Espaço AGROS, no qual compareceram cerca de 500 Produtores e técnicos especializados, destacando a presença da Professora Doutora Yolanda Vaz da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), e teve como propósito promover as boas práticas e técnicas orientadas para a

melhoria da qualidade do leite, em sintonia com o aumento sustentável da produção. A Sessão de Abertura contou com a intervenção do Sr. José Capela, Presidente do Grupo AGROS. Seguiram-se as intervenções por parte dos oradores convidados, que foram bastante assertivos e esclareceram a plateia acerca das temáticas propostas. Seguiu-se o espaço de debate, com questões colocadas que refletiram um sentimento de preocupação relativamente aos tópicos discutidos, acompanhado por uma pausa para convívio e diálogo comercial.As apresentações prolongaram-se durante a tarde com novos tópicos acerca da temática do Seminário, com um novo painel de oradores, finalizando, mais uma vez, com as questões colocadas pela assistência aos intervenientes da tarde.

TEXTOAGROS

Aspeto da Assistência do Seminário

Presidente do Grupo AGROS - Sr. José Capela Dr. Pedro Pinho Dr.ª Deolinda Silva Dr.ª Carla Azevedo

Dr. Pedro PiresEng.º Bravo LimaEng.º Paulo SilveiraDr. João Sousa

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Dr. Pedro PinhoMédico VeterinárioDiretor de Marketing e Apoio TécnicoCEVA Saúde Animal

“Febre Q (Coxiella Burnetti) – Situação Epidemiológica em Portugal”. Foram esclarecidas as causas de aparecimento desta patologia, assim como, os sintomas mais recorrentes e de alerta, além de dados estatísticos relativos à condição epidemiológica face ao território nacional.

Dr.ª Deolinda SilvaMédica VeterináriaServiços Técnicos - Zoetis Portugal

“Clamidiose em Bovinos e seus desafios nas Explorações Leiteiras”. Citando a oradora, “O estabelecimento de estratégias de controlo da Clamidiose Bovina em explorações leiteiras é um importante desafio no qual a otimização do maneio geral da exploração é um fator decisivo”. Esta comunicação teve um papel relevante no esclarecimento dos presentes, acerca da sintomatologia desta doença, bem como, nos melhores métodos de diagnóstico e prevenção.

Dr.ª Carla AzevedoMédica VeterináriaDiretora Técnica e de Marketing na área dos RuminantesHIPRA Portugal

“Infecções por Histophilus Somni”. Depois de uma pequena introdução a esta patologia, a Dr.ª Carla Azevedo informou os presentes acerca de formas de diagnóstico e de uma nova solução de prevenção criada recentemente: uma inovadora vacina que permite uma dupla proteção bacteriana face à pneumonia bacteriana em bovinos, a única vacina da UE com Histophilus somni y Mannheimia haemolytica leucotoxoide (Lkt).

Dr. João SousaMédico VeterinárioServiços Técnicos - Segalab

“Streptococcus Uberis – Problema Ambiental ou Contagioso?”. Streptococcus uberis é o nome de uma das bactérias mais causadoras de mamites em bovinos, sendo que 95% das infeções causam mamites subclínicas. Para o Médico Veterinário, Dr. João Sousa, “Só com um trabalho completo desde o estábulo, passando pela sala de ordenha, com uma preparação correta da mesma e pela identificação das mamites e o seu correto tratamento, é que poderemos minorar os problemas causados por este agente que tem vindo a ganhar importância”.

Eng.º Paulo SilveiraEng.º Agro-AlimentarDiretor Comercial - Agros Comercial

“Maneio do Abeberamento”. Nesta intervenção, foram apresentados os requisitos gerais da qualidade da água para abeberamento animal, nomeadamente, algumas das regras a serem respeitadas pelos sistemas de abeberamento, assim como, necessidades de água e dimensionamento dos bebedouros. Foi ainda possível contar com um orador convidado para abordar também este tópico, o Eng.º António Bravo Lima da Aquaquímica.

Dr. Pedro Bento PiresMédico VeterinárioBayer Health Care

“Coccidiose em Vitelos”. De destacar, nesta comunicação, a apresentação de medidas preventivas que podem ser realizadas para esta patologia.

Dr. José Miguel Lopes JorgeMédico VeterinárioDiretor de Marketing e Serviços Técnicos, Ruminantes e Suínos Merial Portuguesa Saúde Animal

“IBR – Situação Epidemiológica e Programas de Controlo na Europa”.

Dr. André PretoMédico VeterinárioMSD

“BVDV – Situação Epidemiológica e Programas de Controlo na Europa”. Tanto o IBR (RIB em Português - Rinotraqueite Infeciosa Bovina) com o BVDV (BVD em Português - Diarreia Viral Bovina), afetam bovinos de leite e de carne e têm um grande impacto económico nas Explorações. O Dr. José Miguel Lopes Jorge e o Dr. André Preto, referiram-se a estas duas situações epidemiológicas, respetivamente, clarificando sintomas apresentados pelos animais, assim como, a importância dos diagnósticos e medidas corretivas.

Dr.ª Adelaide PereiraMédica VeterináriaServiços Técnicos - Segalab

“BoviControl – O maior Programa voluntário nacional de controlo IBR/BVD”. O Programa BoviControl, iniciado em 2009, foca-se no controlo de agentes patogénicos das doenças mais frequentes das Explorações Leiteiras. Nesta intervenção foram apresentados dados estatísticos relativos às patologias mencionadas, de forma a ser possível constatar alterações entre o passado e o presente, e comprovar a eficácia do Programa BoviControl.

Professora Doutora Yolanda VazDireção de Serviços de Proteção AnimalDireção-Geral de Alimentação e VeterináriaDGAV

“Perspetivas Futuras para a Sanidade Animal em Portugal”. Finalizando o painel de oradores, a Professora Doutora Yolanda Vaz deu a conhecer qual o panorama futuro neste tópico, esclarecendo quais os programas implementados. Deixou ainda claro que: “… como perspetiva atual e futura, a estratégia da União relativamente à saúde animal propõe-nos o lema “A prevenção é melhor do que a cura” onde os 4 pilares importantes são: (1) a priorização de doenças a serem cofinanciadas pela U.E., (2) a modernização da legislação e o novo Regulamento da Saúde Animal, (3) a prevenção e controlo e (4) a ciência, inovação e investigação.”

Dr. Lopes Jorge Dr. André Preto Dr.ª Adelaide Pereira Professora Doutora Yolanda Vaz

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Acontecimentos

Workshop UCANORTE XXI: “Apresentação do Portfólio – Compo Expert”

Palestra UCANORTE XXI/Alltech: “Problemática das Micotoxinas nas Silagens”

Colóquio UCANORTE XXI/COMPO EXPERT: “Fertilização do Kiwi”

No dia 30 de Janeiro de 2015, a convite da Direção da Ucanorte XXI, as Cooperativas Associadas marcaram presença na apresentação do

acordo técnico e comercial celebrado entre a Ucanorte XXI e a Compo Expert, que se realizou no Espaço Agros.Reconhecida mundialmente como líder em novas tecnologias e inovação no campo da nutrição vegetal, esta parceria visa permitir aos Produtores Associados das Cooperativas aderentes, terem acesso a um inovador e completo catálogo de fertilizantes para uso profissional. A apresentação do portfólio contou com a presença dos responsáveis técnicos e comerciais da Compo Expert em Portugal. A nova parceria foi destacada pelos responsáveis técnicos e comerciais das Cooperativas Associadas como sendo uma mais-valia, seja pela competitividade necessária neste tipo de segmento que só favorece os Produtores, seja pela qualidade dos produtos apresentados e com provas dadas a nível internacional, nomeadamente na cultura do milho, e em outras culturas, nomeadamente, a hortícola.

Realizou-se a 12 de Fevereiro, no Espaço Agros, uma Palestra promovida pela Ucanorte XXI em parceria com a Alltech, Empresa especialista em

Nutrição Animal acerca da “Problemática das Micotoxinas nas Silagens”.A introdução dos tópicos principais desta temática foi feita pelo Eng.º Francisco Castanheira da Alltech Portugal. Posteriormente cada tópico foi abordado em pormenor, pelo Eng.º Pedro Caramona (European Sales Manager - Mycotoxin Management Team) que esclareceu a origem, o desenvolvimento, as consequências dos fungos nas silagens e as soluções de controlo para este problema, com a apresentação da respetiva solução da Alltech.Esta foi mais uma das iniciativas da Ucanorte XXI, visando reforçar a sua imagem de referência no mercado e de apoio ao Produtor, promovendo a formação aos inúmeros Produtores clientes e Técnicos das Cooperativas Associadas presentes, para que consigam alcançar uma fonte de alimentação de qualidade para o efetivo e consequentemente, ganhos em termos de rentabilidade dos fatores de produção das Explorações.

Inserida na estratégia de desenvolvimento comercial da parceria entre a Ucanorte XXI e a Compo Expert, e tendo em conta os benefícios da

sua gama de produtos específicos para a cultura do Kiwi na região, foi promovido um Colóquio direcionado para técnicos das Cooperativas Associadas e Produtores deste fruto, a 1 de Abril, no Espaço Agros.Este evento contou com a presença dos responsáveis da empresa em Portugal, distinguindo-se o respetivo Gestor de Produto – Pedro Cabanita; e o Diretor Comercial, Joaquim de Sousa; assim como o técnico especialista em fertilização, Joaquim Orelhana de origem Chilena. Este último forneceu um contributo incontestável, partilhando a sua experiência em fertilização do kiwi no Chile, país onde esta cultura ocupa um lugar de destaque, já que se trata de um fruto quase em exclusivo para exportação. A partilha de informação entre os presentes permitiu compreender práticas diferentes, tornando-se num estímulo positivo, transferindo valor e conhecimento aos nossos Produtores.

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ABLN/Lusogenes/DGAVCurso “Agentes de Inseminação Artificial de Bovinos”

Decorreu, no passado mês de Fevereiro, nas instalações da Associação para o Apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte (ABLN), na Póvoa de Varzim, e no Matadouro e Carnes

Linda Rosa, Lda, o curso de “Agentes de Inseminação Artificial de Bovinos”, dirigido a Produtores de Leite. O curso foi organizado pela ABLN, promovido pela Lusogenes – Sociedade de Produção e Comercialização de Material Genético, Lda., e homologado pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).O curso teve a duração de 100 horas, decompostas em três datas: de 2 a 5 de Fevereiro; 9 a 12 de Fevereiro; e de 16 a 19 de Fevereiro. A programação desta formação foi estrategicamente dividida em três módulos. Os dois primeiros contaram com 25 horas de formação cada, com as temáticas Bovinicultura – Inseminação Artificial – Iniciação e Desenvolvimento, respetivamente. O último módulo, com duração total de 50 horas, consistiu na formação prática de Inseminação Artificial.No final da ação, os Produtores foram sujeitos a uma avaliação teórica e prática, a cargo da DGAV.Esta atividade foi mais uma demonstração de apoio aos Criadores de bovinos leiteiros, contribuindo quer para a sua formação especializada, quer para a possibilidade de se registarem como agentes de IA (Inseminação Artificial) em bovinos. Poderão também, se assim o entenderem, criar o seu próprio centro de armazenagem de sémen privado, e inseminarem as fêmeas da exploração.

CONFAGRI Ação de Formação

Decorreu durante três dias, nomeadamente a 15, 16 e 23 de Janeiro de 2015, no Espaço AGROS, uma ação de formação

com o objetivo de qualificar os Técnicos das entidades associadas à CONFAGRI para a “Elaboração de Projetos Agrícolas no âmbito do PDR 2020”. Esta formação foi conduzida pelo Eng.º Ricardo Zanatti, da empresa CONSULAI – Consultadoria Agro-Industrial, onde marcaram presença 25 Quadros Técnicos da região Norte.O evento insere-se num vasto conjunto de ações de formação e informação, sobre o Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020), promovidas pela CONFAGRI em vários pontos do país. A ação de formação teve como conteúdos programáticos a evolução da PAC, o PDR 2020, a elaboração de um projeto de investimento no âmbito do PDR 2020 e o pós-projeto. No contexto do Protocolo de Colaboração entre o Crédito Agrícola e a CONFAGRI, foram ainda apresentados os produtos financeiros e de seguros do Crédito Agrícola Mútuo.

CONFAGRI Reunião de Cooperativas

No passado dia 25 de Fevereiro, o Espaço AGROS foi palco de mais uma iniciativa promovida pela CONFAGRI. As

Cooperativas Agrícolas do Minho e Douro Litoral estiveram presentes numa reunião de trabalho e informação, onde foram abordados temas acerca do PDR 2020 – incentivos aos investimentos na exploração agrícola, na transformação e comercialização de produtos agrícolas e à instalação de Jovens Agricultores. Foi ainda apresentado o “CONFAGRI – Project”, uma iniciativa da CONFAGRI que visa capacitar e apoiar as suas entidades associadas na elaboração de projetos agrícolas no âmbito do PDR 2020, assim como, destacaram o Protocolo de Colaboração entre o Crédito Agrícola e a CONFAGRI.Esta reunião foi orientada por Dirigentes e Técnicos da CONFAGRI e da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.

Direção Geralde Alimentaçãoe Veterinária

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Acontecimentos

De 6 a 8 de Março decorreu mais uma Edição da Feira Anual da Trofa, organizada pela Junta de Freguesia de Bougado (S. Martinho e Santiago) e

em estreita colaboração com a Câmara Municipal da Trofa, no sentido de promover o setor agropecuário.Ao longo destes três dias, à semelhança de edições anteriores, destacam-se a variedade de concursos referentes às raças pecuárias presentes – Arouquesa, Barrosã, Minhota e Holstein Frísia. No que concerne à última raça indicada, o vencedor da classe Grande Campeã Jovem (J) foi um animal pertencente à Sociedade Agrícola Balazeiro do Sobrado, Lda – Vila do Conde, enquanto os vencedores nas categorias Vaca Campeã Adulta (A) e Grande Campeã (GC) da Trofa foram dois animais propriedade da Sociedade Agropecuária Vilas Boas & Pereira, Lda – Ponte de Lima. É de ressaltar que esta última Exploração é abrangida pelo Programa Bovicontrol, serviço prestado pela Segalab, sendo uma iniciativa de biossegurança e controlo de doenças em Explorações Leiteiras, com o propósito de auxiliar o Produtor a alcançar um maior rendimento, mais produtividade e uma melhor situação sanitária. Salientamos que as duas explorações premiadas entregam o leite do seu efetivo à Agros, assim, felicitamo-las pelo feito.Uma estreia neste certame foi o Serviço de Receção e Controlo do Leite de Animais a Concurso, levado a cabo pelo Serviço de Apoio Técnico à Produção de Leite da Agros, U.C.R.L., evidenciando a constante preocupação da União pela rastreabilidade e qualidade do leite, com o bem-estar animal durante todo o processo e obviamente, pelo apoio disponibilizado aos Produtores presentes. Este é uma atividade que se traduz no enaltecimento do setor da pecuária pelo exercício das boas práticas.Realçamos também que o equipamento disponibilizado para a ordenha dos animais em Concurso foi cedido pela Agros Comercial, demonstrando assim uma verdadeira

intenção de apoio ao Produtor e às iniciativas que

promovem e consolidam a Excelência do nosso setor.A Feira Anual promove também vários certames na vertente equestre, distinguindo-se o Campeonato Regional do Norte de Equitação de Trabalho – Prova de Ensino, Prova de Maneabilidade e Prova de Velocidade, e o Concurso de Modelos e Andamentos, assim como demonstrações e provas de Horse Ball, Horse Paper e Atrelagem. O programa apresentado para o público em geral foi rico e diversificado atraindo milhares de pessoas ano após ano, integrando atracões para todos os gostos desde a exposição de animais diversos, máquinas e produtos agropecuários, artesanato e mostra de gastronomia, e realçando-se os vários espetáculos de folclore, música tradicional e contemporânea.A inauguração oficial deste evento decorreu no dia 6 pelas 10 horas e, entre outras entidades locais, esteve presente o Senhor Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Alimentar, Doutor Nuno Vieira de Brito. Nesta ocasião, como vem sendo costume no Stand Institucional do Grupo AGROS, brindou-se à produção e consumo de Leite Nacional, o “Milk Drink”. É de ressaltar, ainda, a presença no Stand Cooperativo Agros, das crianças de vários Agrupamentos Escolares do Concelho da Trofa, neste dia que lhes era dedicado.No que diz respeito à vertente expositiva, o Grupo AGROS fez-se representar institucionalmente num formato onde foi possível divulgar as várias Empresas do Grupo (Agros U.C.R.L., Agros Comercial, Ucanorte XXI, Segalab, PEC Nordeste e Lusogenes), as suas valências e o seu posicionamento de apoio à Produção Leiteira. Para além das Empresas do nosso Grupo Cooperativo, marcou também presença uma das empresas parceiras da Ucanorte XXI, a Euralis.Resta assim esperar pelo próximo ano, para mais uma Edição da Feira Anual da Trofa, que se realiza desde 1946, conscientes que continuará a afirmar-se como uma feira agropecuária reconhecida, emblemática e ilustre da região.

FEIRA ANUAL DA TROFA 2015

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TEXTOAGROS

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CRIADORES COM ANIMAIS A CONCURSO - Raça Holstein Frísia

CRIADOR LOCALIDADE

António Cléofas Maia da Silva Trofa Não

Avelino dos Santos Pinto Maia Sim

Encanto Natural – Agro-Pecuária, Lda Ponte de Lima Sim

Escola Profissional de Agricultura eDesenvolvimento Rural de Ponte de Lima Ponte de Lima Sim

Escola Profissional de Agriculturade Marco de Canavezes

Marco de Canavezes Sim

Irmãos Correia de Silva - SAG, Lda Póvoa de Varzim Sim

José dos Santos Costa Vila do Conde Sim

Leonel Fernando Batista Barbosa Ponte de Lima Sim

Maria Manuela Pereira Marinho Amarante Sim

Soc. Agr. Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde Não

Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima Sim

Soc. Agro-Pec. José Luís Sousa Torres, Lda Maia Sim

Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia Sim

42Vacas a Concurso em Lactação

3.689Litros de Leite Recolhido

DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO DE LEITE AGROSReceção e Controlo do Leite dos Animais a Concurso

LEGENDA1 Stand Grupo Cooperativo AGROS (GCA); 2 Milk Drink;3 Entrada Pavilhão de Exposição; 4 Crianças na Visita ao Stand GCA.

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Acontecimentos

Entre 26 e 29 de Março, realizou-se no Parque de Exposições de Braga (PEB) a 48.º Edição da AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e

Alimentação (AGRO 2015).O número de visitantes ultrapassou os 100 mil, batendo assim o recorde da Edição de 2014. Houve de facto, um aumento da área de exposição e internacionalização da feira, com cerca de 260 empresas e entidades expositoras ligadas às alfaias e máquinas agrícolas, à agricultura biológica, aos agroquímicos e fertilizantes, à energia e energias renováveis, assim como, no que se refere às estufas, floricultura, horticultura, jardinagem, viveiros, olivicultura, orizicultura, peças e acessórios para fins agropecuários, entre outros. É de destacar a presença de expositores Espanhóis e representantes do Reino Unido e da Alemanha. Estiveram também presentes mais de 450 máquinas agrícolas que representaram aproximadamente 50 marcas e respetivos fabricantes. A grande aposta por parte da Entidade Organizadora deste Evento foi o 1º Salão Gourmet como uma das áreas de destaque da Feira, que contou com cerca de 35 expositores com uma vasta diversidade de produtos luxuosos, como é o caso das cervejas artesanais, compotas, queijos e licores. Além desta novidade, é de realçar também as áreas Agro Tech, Agro Horse e Agro Caça, além de uma área de restauração com os

tradicionais produtos regionais e ainda oito restaurantes de Carnes de Denominação de Origem Protegida (DOP).O programa de espetáculos noturnos foi também um dos potenciadores da afluência de público ao PEB durante esta Edição da AGRO, onde se realizaram vários concertos musicais com artistas e grupos de renome nacional.De entre os vários Concursos levados a cabo, como já é habitual, realizaram-se os Concursos das Raças Arouquesa, Maronesa e Minhota. Este ano, no contexto dos Concursos Nacionais, tivemos como novidade o Concurso Nacional da Raça Cachena, para além dos Concursos Nacionais da Raça Barrosã e Holstein Frísia. Neste último, de entre os vários prémios atribuídos, evidenciam-se os seguintes: Vaca Grande Campeã Nacional (GC) pertencente à Exploração Quinta do Rio - Soc. Agro Pecuária, Lda, Vaca Adulta Campeã Nacional (A) propriedade da Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda e, Vaca Jovem Campeã Nacional (J) pertencente à Exploração de Leonel Fernando Batista Barbosa. É de ressalvar que as três Explorações premiadas possuem o Programa Bovicontrol, serviço prestado pela Segalab e as duas últimas explorações referidas entregam o leite do seu efetivo à Agros, cabendo-nos, por isso, felicitá-los pelo feito.Destacamos o Serviço de Receção e Controlo do

AGRO 2015 Feira Internacional de Agricultura,Pecuária e Alimentação - BragaTEXTO

AGROS

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51Vacas a Concurso em Lactação

5.335Litros de Leite Recolhido

CRIADORES COM ANIMAIS A CONCURSO - Raça Holstein Frísia

CRIADOR LOCALIDADE

Adriano Saraiva Martins Águeda Não

António Cléofas Maia da Silva Trofa Não

Avelino dos Santos Pinto Maia Sim

Encanto Natural - Agro-Pecuária,Lda Ponte de Lima Sim

Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima Ponte de Lima Sim

Escola Profissional de Fermil, Celorico de Basto Celorico de Basto Sim

Gurgo & Filhos, Lda Murtosa Não

Irmãos Correia de Silva - SAG, Lda Póvoa de Varzim Sim

José dos Santos Costa Vila do Conde Sim

José Novais da Silva Rodrigues Braga Sim

Leonel Fernando Batista Barbosa Ponte de Lima Sim

Manuel Joaquim da Costa Cardoso Barcelos Não

Manuel Loureiro Lopes & Filho, Lda Figueira da Foz Não

Manuel Tavares Rebimbas Sousa, Herdeiros Murtosa Não

Maria Manuela Pereira Marinho Amarante Não

PucaroMilk - Agro Pecuaria, Lda Aveiro Não

Qta Vale do Rio Unipessoal, Lda Barcelos Não

Quinta do Rio - Soc Agro Pecuaria, Lda Cantanhede Sim

Soc. Agro-Pec Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima Sim

Soc Agro-Pecuária José Luís Sousa Torres, Lda Maia Sim

Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia Sim

Leite de Animais a Concurso, o qual foi assegurado pelo Serviço de Apoio Técnico à Produção de Leite da Agros, U.C.R.L., e salientamos ainda que a instalação da ordenha e de todo o material necessário foi cedido pela Agros Comercial.No dia da inauguração deste Certame, esteve presente o Senhor Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Dr. Luís Campos Ferreira, que se fez acompanhar pelo Embaixador de Itália em Portugal, Dr. Renato Varriale, entre outros representantes da cidade e da região. Mantendo a tradição, as entidades presentes brindaram mais uma vez ao Leite genuinamente Nacional no Stand do Grupo Cooperativo Agros, onde se encontravam representadas a Agros, U.C.R.L., a Agros Comercial, a Segalab, a Lusogenes, a PEC Nordeste e a Ucanorte XXI, destacando-se a presença de um dos seus parceiros comerciais – a Euralis.De realçar, ainda, está o conjunto de Conferências, Seminários e Workshops realizados durante os primeiros três dias de Feira sobre alguns temas de interesse para o sector agrícola, distinguindo-se o Seminário promovido pela CONFAGRI, intitulado “A Aplicação da PAC e o Futuro do Setor Leiteiro” que teve como convidados, na Sessão de Abertura, o Senhor José Fernando Capela - Presidente da

Agros, U.C.R.L. e na Sessão de Encerramento o Senhor Secretário de Estado da Agricultura, o Eng.º José Diogo Albuquerque. O Seminário organizado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro juntamente com a Ordem dos Engenheiros e a Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica, com o tema “Equilíbrio da Balança Alimentar em 2020! Desenvolvimento da Agricultura, Floresta, Pecuária e Agro-indústria do Norte de Portugal” esteve também em destaque com a intervenção do Eng.º António Ferreira, Secretário-geral da Associação de Apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte de Portugal (ABLN) acerca da temática “Engenharia Zootécnica no Desenvolvimento do Setor Leiteiro em Portugal”. Já no dia 28 de Março, foi possível reunir no mesmo painel de convidados vários especialistas, com realce para os antigos Ministros da Agricultura - Dr. Arlindo Cunha, Dr. Luís Capoulas Santos e Eng.º João Soares, num Seminário organizado pelo Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte (IDARN) relacionado com a “Agricultura na Região Norte – Reflexão por um novo modelo”.Concluiu-se assim mais uma edição da AGRO, acreditando que no próximo ano continue a afirmar-se pela primazia no cenário das Feiras Agrícolas Nacionais, e, quem sabe, Internacionais.

LEGENDA1 Stand Grupo Cooperativo AGROS (GCA); 2 Milk Drink; 3 Stand GCA - Agros Comercial; 4 Receção e Controlo do Leite dos Animais a Concurso prestadopelo Departamento de Produção de Leite da AGROS, UCRL.

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Esta Feira é dedicada às plantas ornamentais, ao mobiliário urbano, aos produtos e materiais de suporte à atividade de produção de plantas ornamentais, aos equipamentos de jardinagem e às tecnologias de gestão dos espaços verdes, e decorrerá na Expolima. A Feira realiza-se em simultâneo com o Congresso Mundial da World Urban Parks (WUP) que realiza aqui o seu primeiro congresso a nível mundial.

Será inaugurado também o 11º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, nesta mesma semana, com concorrentes de diversos países.http://www.cm-pontedelima.pt/

Espaço Lúdico

FEIRA DOS ESPAÇOS VERDES DE PONTE DE LIMA26 a 30 de Maio de 2015, Ponte de Lima

Feira dos Espaços Verdes de Ponte de Lima

Normas

XIV FESTIVAL DA CEREJA30 e 31 de Maio de 2015, Resende

O XIV Festival da Cereja, em Resende, vai decorrer nos dias 30 e 31 de maio e conta com a habitual Feira da Cereja, onde vendedores e produtores disponibilizam este inigualável fruto típico da Região. Haverá também animação de rua e musical em ambos os dias do Festival.http://cm-resende.pt/559

XVII JORNADAS DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE BUIATRIA 5 e 6 de Junho de 2015, Tomar

As XVII Jornadas da Associação Portuguesa de Buiatria (APB) irão realizar-se em Tomar, no Hotel dos Templários, nos dias 5 e 6 de Junho.Este evento abordará temas transversais e es-pecíficos, dedicados aos bovinos de leite, de carne e pequenos ruminantes.As Jornadas contam com o apoio da Segalab, assim como, com o patrocínio de várias far-macêuticas parceiras do Laboratório, Merial, MSD, Bayer, Hipra, Elanco e a Zoetis. http://www.apbuiatria.pt/

PATROCÍNIOS

COMISSÃO ORGANIZADORADr. José Luís Feio - Presidente da C.O.

Prof. Doutor Ricardo Bexiga - Presidente da APB

Dr. Miguel Matos - Vogal da Direcção

COMISSÃO CIENTÍFICAProf. Doutor João Cannas da Silva - Med. Vet. FMV-Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, LisboaDip. ECBHM; WAB executive board member

Dr. Manuel Joaquim - Consultor na área da suinicultura e boviniculturade aptidão cárnica

Dr. Carsten Dammert - Med. Vet. na área de bovinos leiteiros, assistência técnica a explorações leiteiras no Ribatejo e Oeste

JÚRI DO CONCURSO DE POSTERSDr. Carsten Dammert

Dr. Miguel Matos

Dr. Jorge Evangelista - Clínica e reprodução de bovinos

Caro(a) Colega

Apresento-lhe o programa das XVII Jornadas APB a realizar em Tomar, no Hotel dos Templários, em 5 e 6 de Junho de 2015.

Este ano as Jornadas terão um formato diferente: na sexta-feira à tarde funcionará apenas uma sala, com temas transversais aos bovinos de carne e de leite. No sábado existirão duas salas, uma dedicada aos bovinos de leite e outra dedicada aos bovinos de carne e aos pequenos ruminantes.

Tenho o maior prazer em anunciar que o programa científico da sala de leite é da responsabilidade do Conselho Português de Saúde do Úbere (CPSU), que se associou à APB na realização destas Jornadas, sendo que esta participação substituirá o evento anual que o CPSU costuma realizar. É igualmente da responsabilidade do CPSU a realização do workshop na sexta-feira de manhã.

Os congressistas terão a possibilidade de se inscrever para a totalidade das jornadas, com livre acesso às duas salas, ou inscrever-se apenas para sábado com acesso apenas a uma das salas: leite ou carne.

Espero que o programa científico seja do seu agrado.

Aproveito para lhe fazer o convite para apresentação de comunicações livres e de posters, agradecendo que envie o resumo das mesmas até 11 de Maio, para o endereço [email protected], indicando se pretende que o trabalho seja aceite para comunicação oral ou poster. Mais informação no nosso sítio – www.apbuiatria.pt

Espero vê-lo(a) em Tomar

Os melhores cumprimentos

Luis Feio(Direcção da APB)

SECRETARIADO EXECUTIVO

Veranatura - Conference Organizers

Rua Augusto Macedo, 12D, Escrit. 2/3

1600-503 Lisboa

Tel.: 217 120 778

Fax: 217 120 204

[email protected]

DATA LIMITE

PARA RECEPÇÃO DE

COMUNICAÇÕES LIVRES E POSTERS

ENVIAR OS TRABALHOS PARA

[email protected]

11 de Maio de 2015PROGRAMA CIENTÍFICO

BOLETIM DEINSCRIÇÃO

APOIOS

STANDARD

OURO

PLATINA

PRATAA Referência em Prevenção na Saúde Animal

52ª FEIRA NACIONAL DE AGRICULTURA 6 a 14 de Junho de 2015, Santarém

De 6 a 14 de Junho, o CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mer-cados Agrícolas, S.A., vai ser palco da 52ª edição da Feira Nacional de Agricultura/62ª Feira do Ribatejo.Durante nove dias, os visitantes vão conhecer o mundo agrícola por-

tuguês em todas as suas vertentes: maquinaria, equi-pamentos, serviços, fatores de produ-ção e, os produtos agroalimentares que

resultam das melhores e mais avançadas técnicas e práticas agrícolas.Os debates dos principais temas da atualidade agrícola estarão também presentes no ciclo de conferências “Conversas de Agricultura”. O evento voltará a integrar o Salão “Prazer de Provar” que reúne no mesmo es-paço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchidos, compotas, frutas, entre outros. http://feiranacionalagricultura.pt

XXV FESTA DO VINHO VERDE E DOS PRODUTOS REGIONAIS 12 a 14 de Junho de 2015, Ponte de Lima

Este certame irá decorrer entre os dias 12 e 14 de Junho, numa parceria conjunta entre o Mu-nicípio de Ponte de Lima, a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima e a Escola Superior Agrária de Ponte de Lima do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, pois há 25 anos que em Ponte de Lima, se celebra a Festa do Vinho Verde. O programa da Feira inclui ainda, o 13º Con-curso de Vinhos Verdes, o VII Concurso Regio-

nal da Raça Frísia do Alto Minho, uma Jornada do Campeonato Regional de Ensino e o VII Concurso de Leite-Creme, bem como, promove uma mostra de Produtos Regionais.O Stand do Grupo Cooperativo Agros será uma das presenças confirma-das na XXV Festa do Vinho Verde e dos Produtos Regionais.http://www.festadovinhoverde.pt/

AGENDACulturalAgrícola

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Espaço Lúdico

Sabores da Nossa Terra

Bacalhau com NatasIngredientes: (6 doses)• Pão fresco ou duro cortado aos pedaços;• Pimenta q.b.;• Orégãos q.b.;• Queijo Ralado q.b. (Queijo bola AGROS);• 1 Cebola cortada em meias luas;• 4 Dentes de alho;• Azeite q.b.;• 400g de Bacalhau demolhado, desfiado e bem escorrido;• 400g de Batata Palha.

Molho Béchamel• 1lt de Leite (Leite UHT Meio Gordo AGROS);• 100g de Farinha;• 50g de Manteiga (Manteiga AGROS);• Sal q.b.;• Pimenta q.b.;• Noz-moscada q.b.;• 1 Embalagem de Natas – 200 ml (Natas UHT AGROS).

Preparação da Receita:Esmague 2 dentes de alhos e refogue-os em azeite juntamente com a cebola (a quantidade de azeite deve ser suficiente para cobrir o fundo do tacho generosamente). Deixe alourar. Adicione o bacalhau desfiado e envolva-o no preparado. Cozinhe durante 5 minutos e vá mexendo.Num pyrex coloque, alternadamente, a batata palha e o baca-lhau. Envolva bem com a ajuda de uma espátula.

Para fazer o molho Béchamel:Junte num tacho o leite, a farinha, a manteiga, o sal, a pimenta e a noz-moscada a gosto. Deixe cozinhar cerca de 8 minutos em lume brando, mexendo regularmente com uma espátula. Por fim, adicione as natas e deixe ferver durante aproximadamente 2 minutos retificando os temperos, se necessário.

Após ter o molho Béchamel estar pronto, colocar o molho de por cima do preparado que já se encontra no pyrex, e envolva bem.Pré-aqueça o forno a 180ºC.Numa trituradora, coloque o pão juntamente com 2 dentes de alho, e orégãos e pimenta a gosto. Triture os ingredientes até obter a textura de pão ralado pretendida.Polvilhe o preparado com o pão ralado aromatizado e com queijo ralado. Leve o preparado completo ao forno (pré-aquecido a 180ºC) durante 20 minutos para gratinar.

Bolo de LimãoIngredientes:• 260g de Açúcar;• 2 Limões;• 4 Ovos;• 1 Embalagem de Natas – 200 ml (Natas UHT AGROS);• 100g de Manteiga (Manteiga AGROS);• 250g de Farinha;• 1 colher de sopa de Fermento em pó.

Preparação da Receita:Pré-aqueça o forno a 180ºC.Numa trituradora, coloque o açúcar e a raspa de 1 limão. Triture até o açúcar ficar em pó.Num recipiente junte o açúcar em pó, o sumo dos 2 limões, os ovos, a manteiga e as natas. Bata até formar uma textura homo-génea. No final, junte a farinha e o fermento, envolvendo bem com o auxílio de uma espátula. Unte com manteiga uma forma de bolo inglês e polvilhe-a com farinha. Deite o preparado na forma e leve ao forno pré-aquecido durante, aproximadamente 30 minutos.

DICASPode decorar o bolo, quando estiver totalmente frio, com açúcar em pó ou com glacê, que pode ser feito misturando, com um garfo, 280g de açúcar em pó e sumo de 1 limão.Pode ainda adicionar à mistura do bolo, sementes de papoila.

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Espaço Lúdico

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SudokuRegras

O objetivo do Sudoku é preencher os quadrados vazios com números entre 1 e 9 (apenas um número em cada quadrado) de acordo com o seguinte:

1. Um número só pode aparecer apenas uma vez em cada linha;

2. Um número só pode aparecer apenas uma vez em cada coluna;

3. Um número só pode aparecer apenas uma vez em cada quadrante.

Resumindo, um número só pode aparecer apenas uma vez na linha, na coluna e no quadrante, ou seja, é incor-reto se colocar algum número repetido nestas posições.

Soluções

Dificuldade: Fácil

A presente estação do ano, a Primavera, é, por primazia, a altura em que os jardins e as hortas se encon-tram na sua maior glória. Mas, para que isso suceda, é necessário ter em atenção ao que semear e quando.Para que saiba quais as variedades que deve semear em cada uma das diferentes épocas, elaboramos um guia mensal que lhe indica as sementeiras que deve fazer.Outro aspeto de grande importância é que nesta altura do ano, as temperaturas dos termómetros começam a subir, e, consequentemente, a probabilidade de deflagração de incêndios aumenta. Como forma de prevenção, lavre à volta das matas para que a zona fique limpa.As hortas e jardins devem ser regados, preferencialmente ao final da tarde, para que a terra conserve durante um maior período de tempo a água absorvida e assim, ser mais facilmente aproveitada pelas plantas.

MAIONa horta e no campo semeie / plante, milho, abóbora, ervilha, alface, cenouras, agrião, beterraba, brócolos, todos os tipos de couve, alho francês, espinafres, melancia, melão, pepino, coentros, flor-de-mostarda, salsa, tomate, pimento e morango. Trate e regue os batatais. Sache e limpe as hortas das ervas infestantes.No jardim, é uma ótima altura para plantar os bolbos e tubérculos que irão florescer no próximo Verão ou no Outono, como girassóis, dálias, begónias, crisântemos, cravos, amores e zínias. Aproveite para expor ao ar livre as plantas guardadas em estufas e em abrigos.

JUNHOEste mês continua a ser propício à sementeira de alface, rabanetes, pimento, couves, abóboras, agrião, cenouras, coentros, espinafres, flor-de-mostrada e salsa.Em relação ao jardim, deve plantar / semear vivazes, begó-nias, calêndulas, gipsófilas, etc.Junho é também o mês de colheitas, nomeadamente da cereja, da batata semeada no início do ano, da cebola, alho, aipo. No jardim é também altura de colher, rosas, cravos, lírios, etc.No mês em que se inicia o Verão, é necessário ter em atenção às pragas e doenças características da vegetação que se verificam com o aumento da temperatura.Assim, limpe, sache e regue a horta.

ALMANAQUEPOPULAR

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Feira Agrícola do Norte

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