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N.32 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA Retrospetiva AGROSEMANA 2017 p.30

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N.32 TRIMESTRAL . EDIÇÃO GRATUITA

RetrospetivaAGROSEMANA 2017 p.30

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HORASDIA

7 DIASSEMANA

365DIAS ANO

RECOLHEMOSLEITE

A AGROS É LÍDER NA QUALIDADE,RASTREABILIDADE E RECOLHA DE LEITE

A AGROS REPRESENTA

30%PRODUÇÃONACIONAL

45%PRODUÇÃOPORTUGAL CONTINENTAL

78%PRODUÇÃONORTE

44COOPERATIVASAGRUPADAS

1372PRODUTORES(2016)

526Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR ANO (2016)

1,4Milhões LtsLEITE RECOLHIDOPOR DIA (2016)

PRODUÇÃO DE LEITE NO UNIVERSO AGROS

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Editorial

Balanço AgroSemana 2017

A AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, que decorreu entre 31 de agosto e 3 de setembro, no Espaço

AGROS, afirmou-se, uma vez mais, como um grande momento do setor agrícola nacional, onde as expectativas foram novamente excedidas, atingindo o marco dos 60 mil visitantes.Este é um evento de desígnio coopera-tivo, no qual destacamos o bem-fazer das nossas Gentes, o quanto se encontra organizado este setor, e o quão aptos estamos para corresponder às exigências concorrenciais do mercado, pois o Leite é, reconhecidamente, um alimento de quali-dade e de valor ímpar numa alimentação saudável. A 5.ª edição do certame apresentou-se sob o lema “Beba Leite, todos os dias toda a vida”, visando continuar a promover o consumo e os benefícios do Leite, a nossa matéria-prima de excelência, e ainda, munir de informação fidedigna, credível e séria, o maior número de pessoas possível. Assim, foi com enorme satisfação que recebemos, na casa dos Produtores de Leite AGROS, as mais altas individuali-dades da República Portuguesa, e que muito nos honraram com a sua presença, tornando a AgroSemana um importante palco de debate das preocupações que afligem este setor e, de confronto com algumas das realidades que a agricultura em Portugal enfrenta. Assim, não posso deixar de referir, e relembrar, que foram conseguidos avanços bastante significa-tivos, face a alguns assuntos reivindicados em edições anteriores da AgroSemana, e sobre os quais houve uma evidente vontade política em os resolver, nomea-damente:• O término do processo de reconheci-

mento da AGROS como Organização de Produtores (OP); e

JOSÉ CAPELAPRESIDENTE DA DIREÇÃO DA AGROS

• A aprovação da inclusão na rotulagem da identificação do país de origem do Leite cru utilizado nos produtos lácteos em Portugal.

Relativamente a este último tema, o Sr. Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou, aquando da sua visita à Feira Agrícola do Norte 2017, que ele próprio irá apoiar uma grande campanha de defesa do Leite, em janeiro de 2018, coincidente com a entrada em vigor do novo diploma da rotulagem de identificação do país de origem do Leite, e congratulou toda a organização do setor, valorizando, sempre, a capacidade de resiliência de todos nós.E na presença de Entidades Governamen-tais, das quais saliento, o Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, o Sr. Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvi-mento Rural, Dr. Luís Capoulas Santos, o Sr. Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Dr. Luís Medeiros Vieira, foram transmitidas várias e sérias preo-cupações que atormentam o setor agro-pecuário, nomeadamente, a taxa SIRCA, a seca, a desresponsabilização da distri-buição perante a situação da Produção, os atrasos nos reembolsos do PDR2020 e ainda, a necessidade de Portugal se afirmar na nova PAC pós-2020, e para as quais, foi pedida a maior atenção e atuação. Por fim, venho desta forma expressar o nosso profundo agradecimento a todos aqueles sem os quais não teria sido possível a realização deste evento, com a garra e determinação que retrata este setor, tornando a AgroSemana num importante, reconhecido e irrepreen-sível momento de valorização do setor cooperativo agrícola, pelo público rural e urbano. Assim, reitero uma palavra de agradecimento:Aos Produtores de Leite e suas Coope-

rativas, pela adesão e aposta neste evento que tem como principal objetivo promover e valorizar a produção de Leite como atividade agrícola de referência no Norte de Portugal, assim como promover o consumo de Leite como alimento completo em todas as fases da vida;À CONFAGRI e às Câmaras Municipais da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, que nos apoiaram na logística, dinamização e divulgação da AgroSemana;A todos os Sponsors que patrocinaram o evento;A todos os Criadores os nossos parabéns pelo sucesso no Concurso da Raça Hols-teín-Frisia, uma das atividades de refe-rência deste certame;A todos os Expositores pela qualidade na mostra dos seus produtos e serviços;A todas as Escolas Profissionais Agrícolas pela dedicação no cuidado dos animais em exposição e participação em diversas atividades da Feira;A todo o STAFF da Feira, familiares e amigos, por toda a disponibilidade, dedi-cação e empenho;

E a todos os que nos visitaram durante estes quatro dias de certame.

Um bem-haja a todos!

Contamos convosco na 6ª Edição da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte!

REVISTA AGROS Nº32 . 3

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4 . REVISTA AGROS Nº32

PROPRIEDADE E EDITORAAGROS - União das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L.CONTACTOSLugar de Cassapos4490-258 Póvoa de VarzimTel. 252 241 000 - Fax. 252 241 009E-mail: [email protected] Url: www.agros.ptDIRETORJosé Fernando Martins CapelaPRODUÇÃO E COORDENAÇÃOServiço de MarketingSEDE DE REDAÇÃOLugar de Cassapos4490-258 Póvoa de VarzimN.º DE CONTRIBUINTE500291950DEPÓSITO LEGAL295758/09ISSN 1647-3264REGISTO NA ERC125612ESTATUTO EDITORIAL - Consultar emhttp://www.agros.pt/revista-agros-estatuto-editorialDESIGN E COMPOSIÇÃO GRÁFICAServiço de EventosIMPRESSÃO GRÁFICASersilitoEmpresa Gráfica, Lda.Travessa Sá e Melo, n.º2094471-909 [email protected] exemplaresPERIODICIDADETrimestral - out . nov . dez 2016FOTOSAGROS, U.C.R.L.; iStockPhoto; Shutterstock

Os textos publicados nesta edição são da responsabilidadedos respetivos autores.

Ficha Técnica

Consulte a Revistaem PDF:

Índice

Editorial> Balanço AgroSemana 2017

Destaque> Esqueça batidos de bebidas vegetais: o melhor é beber Leite!

Artigo Técnico> Espargos: mais houvesse, mais se venderia!

Artigo Leite> Três argumentos que fazem do leite a bebida de ouro

Artigo Técnico> Um novo foco nas marcas próprias?

Ucanorte XXI – Grupo AGROS> A Alimentação, o Maneio e a Saúde dos Animais de Carne

Artigo Técnico> porco.pt: valorizar a carne nacional e as boas práticas

Artigo Técnico> Composição do Rótulo: Guia Prático

Artigo Leite> Laticínios não aumentam o risco de ataque cardíaco ou AVC

Satisfação – Grupo AGROS> Agros Comercial

Artigo Leite> O leite faz mal, aumenta os cancros e prejudica os ossos? Tudo errado!

AgroSemana 2017

Acontecimentos

Espaço Lúdico> Sabores da Nossa Terra> Sudoku / Palavras Cruzadas

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Destaque

Estudos científicos recentes apontam o Leite como a bebida ideal para depois de um treino ou corrida.Os benefícios no pós-exercício físico e no dia a diasão muitos.

O que hoje é verdade, amanhã pode deixar de o ser. Temos acesso a mais informação sobre nutrição, mas tendência para valorizar e aceitar opiniões que nem sempre apre-

sentam uma base científica. Veja-se a questão do Leite.Ao longo da nossa vida, os hábitos alimentares modificam para se adaptarem à cultura, aos gostos, à idade. Um alimento mantém-se nas várias etapas: o Leite. Com base em mitos urbanos, o Leite acabou reduzido nas dietas dos adultos, associando-se o Leite à noção de mau alimento. Errado. O Leite é um dos alimentos mais importantes da dieta medi-terrânica – uma das mais saudáveis do mundo. Permite melhorar a nossa condição no dia a dia e é essencial no pós-exercício – pense no estado dos músculos depois de uma aula de cycling, pilates ou uma simples corrida.

“O Leite com chocolate de baixo teor de gordura é, provavelmente, a bebida de ouro de recuperação”, diz Clint Wattenberg, o coordenador de nutrição desportiva da Universidade de Cornell.

Esqueça batidos debebidas vegetaisO melhor é beber Leite!

1. É O ALIMENTO MAIS COMPLETOO Leite com chocolate, a bebida despor-tiva de eleição dos atletas, tem todos os nutrientes de que o corpo precisa para se restabelecer depois da prática de exercício físico. É rico em fluídos, eletró-litos e nutrientes. Além de cálcio, possui também fósforo, magnésio e vitaminas do complexo B – é fonte natural de vitamina B12, um nutriente que contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário. Tudo isto faz com que beber Leite após o exercício seja o ideal para reduzir a degradação muscular, melhorar

a recuperação física e manter os ossos saudáveis. Há Leite com chocolate nas versões light, sem lactose e ajustado - com menos açucares adicionados e menos percentagem de cacau que o tradicional.

2. TEM POUCAS CALORIASO Leite apresenta baixo teor de gordura: um copo de Leite meio-gordo de 250 ml oferece apenas 118 kcal. Além disso, é um alimento natural. Para a segu-rança e a conservação do Leite são usados apenas processos de natureza

física, como o movimento, o calor e as barreiras. Não tem adição de conser-vantes ou de outros aditivos no trata-mento do Leite.

3. AJUDA A REPOR OS LÍQUIDOS PERDIDOSSódio, potássio e cálcio são eletrólitos que contribuem para a reidratação após o exercício, presentes entre a grande variedade de nutrientes do Leite. Além de promover a recuperação muscular, beber Leite é uma excelente forma de repor os líquidos perdidos durante o exercício e contribui para a hidratação diária.

Por oferecer uma grande variedade de nutrientes essenciais ao funcionamento do organismo, vários estudos científicos afirmam que o Leite é uma das melhores bebidas desportivas. Que é rico em cálcio não é novidade para ninguém. Um copo de Leite de 250 ml é o suficiente para garantir 1/3 da dose diária de refe-rência de cálcio para um adulto. Mas os benefícios não se ficam por aqui: estas são as três razões que fundamentam a teoria.

TEXTOAdaptado por AGROS FONTERevista MÁXIMA

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Artigo Técnico

Este ano, os 15 produtores de espargos verdes associados à Cooperativa Agrícola de Felgueiras deverão produzir entre 10 a

12 toneladas, o que significa que vão duplicar a produção face a 2016. Rui Pinto, Diretor da Coope-rativa, garante que se houvesse mais espargos verdes, mais se venderia. E dá o exemplo de uma encomenda de uma palete de espargos (800 quilos) que chegou da Holanda e à qual não foi possível dar resposta. “Este ano, toda a gente quer comprar espargos”, sublinha.Não faltará espaço para crescer. A proximidade com os grandes centros de consumo europeus é uma boa arma para combater a concorrência dos espargos oriundos do Peru e do México, que não conseguem garantir a mesma frescura. Já a China, também forte produtora, exporta para a Europa espargos em conserva e processados. E no mercado nacional está quase tudo por fazer. Longe de ter um grande consumo, Portugal é ainda assim um importador, cifrando-se a conta em cerca de um milhão de euros por ano.

EXPANDIR COM SUSTENTABILIDADEO responsável quer ver mais produtores a investir nesta nova cultura na região. Contudo, essa expansão deve ter sempre em conta a vertente oferta/procura, alerta, nomeadamente para que haja boa remuneração ao produtor e não se caia em erros como já sucederam com outras culturas. Atualmente, os 15 produtores de espargos verdes têm um total de 22 hectares plantados e Rui Pinto

Espargos:mais houvesse, mais se venderia!

assegurou já para a próxima época encomendas de garras (as raízes) para mais três hectares. “Queremos um crescimento sustentado, que a remuneração ao produtor seja boa”, frisa.A Cooperativa Agrícola de Felgueiras quer também fazer alguns investimentos para melhorar o processo de embalamento para comercialização. Segundo Rui Pinto, as áreas da lavagem e do corte dos espargos podem ser melhoradas. O respon-sável está a equacionar a compra de uma serra elétrica, de uma calibradora e também de uma pequena câmara frigorífica para agilizar todo o processo de embalamento. Investimentos que deverão ser concretizados em 2018.Na altura da entrevista, a região estava em plena colheita. São 12 semanas de apanha, que este ano tiveram início a 10 de março e que terminaram em junho passado. Como salienta Rui Pinto, a 10 de março “já tínhamos espargos para comercialização e os espanhóis [grandes produtores] ainda não”. Esta antecipação, fruto do aumento das tempera-turas nessa altura, criou “uma janela de oportuni-dade” para escoar estes hortícolas no mercado.

COLHEITA DIÁRIAA cultura do espargo exige na época da colheita um trabalho intensivo. Todos os dias é necessário cortar os espargos prontos para comercialização. O produto deverá ter 25 centímetros de altura para estar pronto para o corte, que é manual. O espargo é cortado logo cedo pela manhã e transportado para a Cooperativa Agrícola de Felgueiras até às

A cultura de espargos verdes é a mais recente aposta da Cooperativa Agrícola de Felgueiras. Esta estratégia, iniciada em 2013, assenta em quatro linhas principais: ocupar com eficácia pequenas parcelas agrícolas (o minifúndio é carac-terístico da região); rentabilizar o investimento nas câmaras frigoríficas, utilizadas basicamente na conservação de kiwis; fugir à vaga das plantações de cogumelos e frutos verme-lhos; e lançar no mercado um produto diferente, fresco, com escoamento assegurado.

TEXTOAdaptado por AGROS

FONTEVida Rural

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11h30, meio-dia. Nas instalações desta entidade é colocado no frio, para receber um choque térmico de quatro graus ao longo de duas horas. Esta fase é essencial para travar o crescimento do espargo que, de outra forma, iria continuar a evoluir dada a quantidade de água que possui. O espargo pode ficar até seis dias no frigorífico sem perder frescura.O espargo é ainda lavado, cortado e embalado por funcionários da Cooperativa, para que no dia seguinte esteja em locais tão díspares como o Mercado Abastecedor do Porto, na Estela (de onde segue para Espanha), Paços de Ferreira, em restaurantes como o Ferrugem, em Famalicão, e nos hotéis Pestana, no Porto, para além de outros pontos de venda assegurados por intermediários. De acordo com Rui Pinto, nesta altura, a Coopera-tiva processa entre 200 a 300 molhos por dia, sendo que cada molho tem um peso de 330 gramas.

REMUNERAR BEM O PRODUTORA Cooperativa Agrícola de Felgueiras tem como premissa assegurar uma boa remuneração ao produtor de espargos verdes. Na última campanha, a Cooperativa adquiriu o quilo de espargos a um preço médio de 4,56 euros e Rui Pinto prevê manter o valor. Para o responsável, este “é um preço bom”, mas que exige planeamento. Um dos requisitos é não prolongar a campanha da colheita por mais de 12 semanas.As regiões espanholas de Granada, Badajoz e Madrid são grandes produtoras de espargos e uma das estratégias para vencer no mercado, como sucedeu agora, é conseguir antecipar a colheita para garantir bom preço. A outra é terminar a colheita em junho, de forma a que a planta descanse e acumule reservas. Como explica Rui Pinto, “com o corte, a garra autoestimula-se e está sempre a produzir. Quando se deixa de cortar, a planta canaliza a energia para a raiz, para a flor…” Este processo é determinante para a saúde da hortí-cola. E no entretanto os espanhóis vão colocando o seu produto no mercado e o preço, seguindo a linha da oferta e da procura, cai. “Não quero estar a pagar ao produtor 1,50 euros o quilo”, sublinha o diretor da Cooperativa Agrícola de Felgueiras.

DA PLANTAÇÃO À COLHEITAA cultura de espargos verdes não tem muita ciência. O único senão poder-se-á dizer que é a necessidade de mão de obra intensiva durante a colheita. É uma boa escolha para minifúndios, já que é um produto rentável mesmo para quem possua terrenos pequenos. Como conta Rui Pinto, “chegam às vezes produtores à Cooperativa a perguntar o que podem fazer com meio hectare. É uma carga de lenha às costas!”A Cooperativa Agrícola de Felgueiras está a comprar em Espanha duas variedades de garras certificadas: a Placosesp e a Darzila. Segundo Rui Pinto, são variedades que possuem garantia de sanidade e são comercializadas nas medidas stan-dard (35 gramas) e top (75 gramas). A Cooperativa também vende aos produtores garras biológicas.A grande maioria dos produtores adquire garras

standard, já com um tratamento antifúngico, que a Cooperativa vende a 40 cêntimos/cada. Por hectare, a Cooperativa entende que o ideal é plantar 26 mil garras, um investimento ligeiramente superior a 10 mil euros. Nas contas de Rui Pinto, é possível retirar seis toneladas de espargos por hectare ao fim de três anos. O responsável adianta ainda que o inves-timento do agricultor ronda os 15 mil euros por hectare – compra de garras, adubo e preparação do terreno.A plantação deve realizar-se em março/abril, prefe-rencialmente em solos ricos em matéria orgânica e totalmente limpos. A garra coloca-se a 25 centíme-tros de profundidade, numa vala com 50 centíme-tros – que é tapada –, e planta-se as raízes em linha. O compasso entre linhas deverá ter 1,5 metros. A Cooperativa Agrícola de Felgueiras aconselha um período de três anos para o desenvolvimento da hortícola, antes da primeira colheita. Isto para permitir o crescimento da garra e assegurar uma produção que pode chegar aos 15 anos. Nesta fase inicial, o produtor mantém o terreno limpo, livre de lesmas e caracóis, e deixa a planta crescer e realizar todo o ciclo. Curiosamente, houve épocas em que esta planta foi considerada ornamental.Nos primeiros dois anos, a cultura de espargos carece de muita água, porque a planta está a adaptar-se, mas posteriormente as necessidades de rega dimi-nuem muito. Como adianta Rui Pinto, a rega passa a fazer-se duas a três vezes em épocas críticas, até porque se a hortícola tiver muita água apodrece. A partir do quarto ano, a planta já vai buscar ao solo a humidade que necessita. Três anos volvidos da plan-tação, o terreno entra em velocidade cruzeiro, com o aproveitamento a 100% da produção.Como é uma cultura nova na região não há a registar doenças relevantes. A principal é o alfinete (até porque grande parte destes terrenos foram

Os molhos são de calibre:XL > 16 milímetros;L - entre 10 e 16 milíme-tros.

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Artigo Técnico

campos de milho). Rui Pinto aconselha os produ-tores a utilizarem um inseticida nas bordaduras do terreno e sublinha que só se aplica um químico na cultura, herbicida. No final da campanha, o terreno deverá receber duas ou três toneladas de matéria orgânica e nutrientes como o fósforo, caso seja necessário, para compensar o que a planta perdeu na colheita. Em dezembro, é ‘cortada rasa’ e o terreno limpo e adubado, deixando em repouso por um período de 90 dias.

A VOZ DE QUEM PRODUZAntónio Ferreira foi um dos produtores que, em 2013, aceitou o desafio da Cooperativa Agrícola de Felgueiras e investiu na plantação de espargos verdes. Este agricultor de Felgueiras tem o seu negócio centrado na produção de legumes (couves, grelos, alfaces, tomates, pepinos, feijão verde) e resolveu diversificar e ter mais um produto para escoar, quer para a Cooperativa quer para os seus clientes de retalho tradicionais. Para já, explora uma pequena produção de 300 metros quadrados, mas quer já este ano aumentar.Na sua opinião, a cultura do espargo é “muito fácil. De finais de fevereiro a junho colhe-se e depois deixa-se ficar até dezembro”, altura em que é necessário cortar rasa a planta. Os custos são também pequenos, dada a pouca utilização de fertilizantes e inseticidas, disse à Vida Rural. A mão de obra assenta muito na família, sendo que duas pessoas na época da campanha têm sido sufi-cientes. A cultura de espargo tem essa caracterís-tica, adaptar-se muito bem a minifúndios e a uma agricultura de base familiar. Quanto à utilização de água, no ano passado “pus o aspersor a funcionar nem meia dúzia de vezes”, garante.

António Ferreira admite que o preço que recebe por quilo da Cooperativa “é muito bom”, para além que comercializa diretamente aos supermercados da região, seus clientes. Este produtor fatura cerca 20 a 30 mil euros por ano e os espargos permitem-lhe ter mais um produto para vender e com valor.Albino Sérgio, produtor de vinho verde e kiwis, na Lixa, começou com meio hectare e hoje já explora dois hectares. Por estes dias, a apanha é árdua. O senhor Veloso, empregado nesta propriedade, é uma das pessoas que colhe diariamente os espargos, que já atingiram a altura certa (25 centí-metros). Quando a temperatura está ideal (20 graus de dia e 10 de noite), os espargos podem crescer 12 centímetros no período noturno. Quase que se podia ver. “É um trabalho de todos os dias”, diz o senhor Veloso. Já Rui Pinto realça que na campanha pode ser necessário o trabalho de três pessoas por hectare, e é isso que encarece o projeto.Para o arranque da cultura de espargos na região, Rui Pinto desafiou seis produtores. O responsável queria “pessoas que acreditassem” na Coopera-tiva, que soubessem que “não íamos vender gato por lebre”. Fernando Guimarães começou com um hectare em 2013 e entretanto tem já outra pequena plantação, ainda em fase de desenvolvi-mento (tem dois anos). Mas este agricultor está confiante. Por estes dias, prepara mais um terreno para plantar novas garras.Em Vizela, há um produtor associado que investiu na plantação de espargos biológicos, para o qual a Cooperativa tem um mercado específico. Por sua vez, Albino Sérgio está a preparar-se para obter a certificação GlobalGAP para a cultura dos espargos. Toda a sua produção de kiwis já tem esta certifi-cação, importante para quem quer exportar, já que

“... a cultura é muito fácil. De finais de feve-reiro a junho colhe-se e depois deixa-se ficar até dezembro, altura em que é neces-sário cortar rasa a planta.”diz António Ferreira

8 . REVISTA AGROS Nº32

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é reconhecida a nível mundial. Rui Pinto reconhece que esse é o caminho, que o mercado europeu exige esta certificação, mas vê dificuldades para a maioria dos agricultores devido aos custos do processo. O GlobalGAP exige um conjunto de regras nas áreas da gestão, saúde, segurança e higiene no trabalho, gestão de resíduos e poluentes, entre outras.Estes projetos de pequena dimensão podem receber apoios comunitários. Como adianta Rui Pinto, um investimento até 40 mil euros tem um apoio de 50%. A compra das garras, de matéria orgânica e fertilizantes, a preparação do terreno, a rega, uma moto-cultivadora são tudo custos elegí-veis para financiamento. A Cooperativa Agrícola de Felgueiras é também nesta área um parceiro para os agricultores, dispondo de um gabinete que elabora as candidaturas e os pedidos de pagamento.

MERCADO COM BOA PROCURAA produção de espargos verdes dos atuais 15 produtores associados da Cooperativa Agrícola de Felgueiras deverá chegar este ano às 10/12 tone-ladas. Quando começaram as primeiras colheitas, em 2015, foram recolhidas duas toneladas destes hortí-colas. O número de produções em fase de colheita foi aumentando e já no ano passado retirou-se seis toneladas, com um total de nove produtores no ativo. O mercado respondeu eficazmente ao escoa-mento do produto. “No ano passado, escoámos tudo e mais houvesse”, diz Rui Pinto.Espanha, grande produtor e consumidor de espargos verdes, absorve já 70% da produção dos associados da Cooperativa Agrícola de Felgueiras. Os molhos de espargos saem das instalações cooperativas embalados sob a marca Isla Bonita. Os restantes 30% destinam-se ao mercado nacional, quer com a marca Terras de Felgueiras, marca própria da Cooperativa, quer sob marcas de intermediários. Rui Pinto quer potenciar a marca própria, melhorar a imagem, pois ainda não conse-guiu conquistar mercado, e lançar-se em novos desafios e mercados. Atualmente, os espargos sob marca Terras de Felgueiras encontram-se à venda no Mercado Abastecedor do Porto, em pequenos supermercados da região e na loja da cooperativa.Os espargos são comercializados em três formatos diferentes, de acordo com o calibre. Como explica Rui Pinto, os molhos são de calibre XL (acima de 16 milímetros), muito apreciados pelos espanhóis, L (entre 10 e 16 milímetros), requisitados pelo mercado nacional e fino (inferior a 10 milímetros), que os ingleses muito apreciam e que se asseme-lham ao espargo selvagem.No mundo dos produtos normalizados, há sempre desperdícios, mas que podem constituir uma oportunidade. São os espargos que cresceram defeituosos e as sobras do corte para norma-lizar o produto nos 25 centímetros. Rui Pinto vê nestes espargos valor económico e quer avançar com novos projetos já no próximo ano. Como refere, “o mercado inglês é doido por cabeças e nos espargos defeituosos é possível aproveitar as cabeças, embala-se em vácuo e exporta-se”. O mercado inglês paga 12 euros por quilo, avança. O

responsável adianta ainda que os três centímetros de caule que não são aproveitados no corte podem ser congelados e vendidos a empresas de catering como base para sopas.

PROMOVER O CONSUMOO espargo, que pode ser encontrado de cor verde ou branca (esta espécie não apanha sol), não teve ainda grande aceitação em Portugal devido ao seu preço, um pouco elevado. É ainda considerado um produto de luxo. Já na Europa central é muito utili-zado na gastronomia. Segundo Rui Pinto, promover o consumo de espargos no país é outro dos desafios.A Cooperativa já realiza ações de promoção que vão desde uma receita inserida no molho de espargos sob a marca Terras de Felgueiras, a ações de formação e showcooking e, em conjunto com a autarquia, introduziu o espargo na edição gastro-nómica local Sabores In. Já todos sabem o valor do consumo de legumes e hortícolas na saúde, mas nem todos saberão os benefícios de comer espargos. O consumo deste hortícola, que possui ácido fólico, permite combater defeitos congénitos nos fetos e é essen-cial para um sistema cardiovascular saudável. O espargo é também um diurético natural e um bom alimento para a flora intestinal. De sabor suave, este hortícola é pouco calórico.

A COOPERATIVAA comemorar 60 anos, a Cooperativa Agrícola de Felgueiras ambiciona também ter um papel no futuro da produção e comercialização do espargo em Portugal e na Europa. Com 4600 associados, a instituição tem no vinho verde o seu principal negócio. São mais de mil viticul-tores a vender as suas uvas à Cooperativa, que através da sua associada Vercoope produz uma média anual de cinco milhões de litros de vinho verde e o comercializa.A cultura do kiwi tem também forte expressão junto dos associados. Felgueiras é o concelho com a maior área de plantação de kiwis do país, totalizando 250 hectares, da responsabilidade de 100 produtores. A plan-tação começou há 35 anos no concelho e hoje a produção ascende a mil toneladas por exercício, 90% com destino ao mercado espanhol – o segundo país com maior consumo per capita do mundo de kiwi, só ultra-passado pelo Japão. E prepara-se já a plantação de mais quatro hectares. Na sede da Cooperativa de Felgueiras estão instaladas câmaras frigorí-ficas com capacidade para 1600 toneladas de kiwis. Todas as plantações estão certificadas com GlobalGAP.A Cooperativa Agrícola de Felgueiras é responsável por uma faturação da ordem dos nove milhões de euros anuais, com o vinho a valer quatro milhões. A plataforma de venda da instituição garante outros quatro milhões. Por sua vez, o kiwi vale perto de meio milhão de euros e o rema-nescente da receita é obtido através da prestação de serviços. A Coopera-tiva é gerida por cinco administradores e possui 35 funcionários.

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Artigo Leite

HidratanteComo beber água não é a única forma de garantirmos um corpo e pele hidratadas, saiba que também o Leite ajuda na hidratação diária. Sódio, potássio e cálcio são eletrólitos presentes no Leite que contribuem para a reidratação após o exercício – essencial tanto para as crianças que passam mais tempo em atividades ao ar livre como desportistas.

Três argumentos que fazemdo Leite a bebida de ouro

S abia que para obter o cálcio disponível em 3 copos de Leite é preciso consumir 1 kg de couve, 0,5Kg de nozes, 1 Kg de feijão manteiga ou 2Kg de lentilhas?Em quantidade e qualidade de absorção, o Leite supera outros alimentos como maior e melhor

fonte de cálcio – beber um copo de Leite de 250 ml assegura um terço da dose diária de referência para um adulto. As qualidades desta bebida no que diz respeito ao cálcio não são novidade, mas os benefícios da sua ingestão não se ficam por aqui. Se o Leite deve fazer parte da alimentação de crianças e adultos de todas as idades, deve-o à sua composição equilibrada e rica em nutrientes essenciais ao funcionamento do organismo. Estas são as razões pelas quais deve beber Leite.

Poucas Calorias e Muitos NutrientesUm copo de Leite meio-gordo de 250 ml oferece apenas 118 kcal e sete nutrientes essenciais: proteínas, hidratos de carbono, lípidos, riboflavina (vitamina B12), potássio, cálcio e fósforo. Uma alimentação rica em alimentos de elevada densidade nutricional, como o Leite, é mais saudável: as calorias consumidas são ricas em nutrientes importantes para o funcionamento do organismo. O que leva vários estudos cientí-ficos a identificar o Leite como a nova e melhor bebida desportiva: estimula o crescimento, reduz a degradação muscular, melhora a recuperação física e é essen-cial para a manutenção de ossos normais. Apresenta todos os nutrientes de que o corpo precisa para se restabelecer depois da prática de exercício físico, uma ideia corroborada pelos atletas que elegem o Leite com chocolate como bebida de recuperação.

Não tem desculpas paranão beber Leite!

VersátilPode ser consumido como bebida, em qualquer lugar, ou utilizado como ingrediente em inúmeras receitas. A falta de tempo consequente da agitação do dia a dia que se vive na sociedade atual leva a que se procurem soluções simples e naturais. Além de desempenhar um papel determinante na quali-dade nutricional da alimentação, adapta-se facilmente às necessi-dades e preferências individuais – no mercado encontra Leite com diferentes sabores, sem lactose ou enriquecido com cálcio, fibra, ómega 3.

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FONTERevista MÁXIMA

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Artigo Técnico

2017 arrancou com uma inversão de tendência no mercado portu-guês dos bens de grande consumo. As marcas de distribuição estão novamente a crescer e fazem-no acima das marcas de fabricante. Esta inversão de tendência coin-cide com um renovado foco por parte do retalho nas suas próprias marcas, que se tem traduzido no alargamento das gamas e no aumento das vendas em promoção destes produtos. Com as marcas próprias a assumirem-se como um elemento de diferenciação e de fidelização de um “shopper” que é promodependente, mas também influenciável.As marcas de distribuição estão, novamente, a crescer acima das marcas de fabricante. De acordo com a Nielsen, no acumulado do primeiro trimestre, as marcas de distribuição cresceram 3,5%, o que contrasta com os 0,6% das marcas da indústria. Uma evolução ainda mais assinalável visto que acontece, no caso das primeiras, sobre um período negativo e que marca uma inversão clara da tendência no sector dos bens de grande consumo. Concretamente, no período de 27 de fevereiro a 26

de março, as marcas de fabricante apresentaram, pela primeira vez desde o início de 2016, resultados negativos.Esta inversão de tendência já se vinha a assinalar desde o final do ano passado. Após a aproximação gradual entre os seus níveis de crescimento, em outubro, as marcas próprias (4,7%) apresen-taram resultados superiores aos das marcas de fabricante (3,7%), uma situação que não acontecia desde o início de 2013. Compor-tamento validado na quadrisse-mana do Natal, quando os bens de grande consumo apresentaram um dos mais elevados cresci-mentos do ano de 2016, cerca de 4,7%, claramente dinamizados pelas marcas de distribuição, que evoluíram 8,5%.Esta inversão de tendência coin-cide com uma nova aposta por parte do retalho nas suas próprias marcas, que se tem traduzido no alargamento das gamas e no aumento das vendas em promoção destes produtos. Em abril, por exemplo, decorreu a Feira de Produtos Continente em 200 lojas da insígnia, com descontos até 35% em mais de 400 produtos de

marca própria. Também em abril, a Auchan anunciou o lançamento da nova marca de cosmética Cosmia, com mais de 500 SKU’s, incluindo uma gama completa de maqui-lhagem e produtos de higiene pessoal.Dois exemplos que vêm confirmar a expectativa da Nielsen para um renovado foco nas marcas próprias em 2017. Ano que arrancou com o consumidor português a apresentar elevados níveis de confiança, nunca vistos nos últimos anos. De acordo com Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director na Nielsen, o ano será marcado pela valorização das categorias de valor acrescentado, com o consu-midor a não recusar pagar um valor premium por aquilo que lhe der benefícios tangíveis. Onde as estratégias de fidelização terão de começar a evoluir e ganhar outros atributos que não o preço. A prazo, é expectável que as promoções abrandem o ritmo, não obstante terem atingido, em 2017, novos máximos (45%), pelo que o foco do retalho irá, progressivamente, desviar-se para as marcas próprias como elemento de diferen-ciação. Os dados de arranque de

Um novo foconas marcas próprias?

TEXTOAdaptado por AGROS FONTERevista Grande Consumo

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Artigo Leite

ano assim o mostram. Resta saber se os restantes meses irão confirmar ou desmentir esta inversão de tendência.A verdade é que existem sempre elementos exógenos que podem introduzir turbulências nas tendências de mercado. Será que são os consumidores que querem mesmo tantas promoções e o retalho limita-se a responder a esta exigência? Ou foram as estratégias das insígnias e das marcas num ambiente fortemente concorrencial que acabaram por tornar os “shoppers” viciados em promoções? Certo é que foi a aposta nas promoções, que incidiram sobretudo nas marcas de fabricante, e o facto de terem duplicado desde 2012, que explica a quebra de quota das MDD nos períodos mais recentes. Segundo a Kantar Worldpanel, os decréscimos foram na ordem dos 12%, não obstante o facto de valerem mais de 50% do sortido em FMCG no mercado nacional e de apresentarem o melhor índice de preço face à marca de fabricante da Europa, cerca de metade.O que se pode, então, esperar do “shopper” em 2017? “O nosso ‘shopper’ é promodependente, mas também é influenciável. Conseguimos desviar a sua atenção para aspetos diferentes que não as promo-ções. Veja-se o fenómeno dos colecionáveis, que não tinham qualquer benefício em termos de desconto de preço, antes pelo contrário, até implicavam um maior investimento, e as campanhas resultaram. Quando olhamos para os ciclos, vemos que o das promoções não vai terminar de um dia para o outro, mas estão a abrandar. Há, assim, necessidade de apostar em estratégias de diferenciação. Para o retalho, a marca própria é um instrumento de diferenciação entre as várias insígnias”, responde Ana Paula Barbosa.

O CONSUMIDOR Diferenciação que assume uma importância ainda mais acrescida face a um “shopper” que está mais conectado e menos paciente e que deve ser fideli-zado. “É importante inovar nas promoções e, acima de tudo, segmentar e personalizar a oferta, apresentando diferentes soluções para distintos ‘targets’”, explica Ana Paula Barbosa.Pode a solução estar nas marcas próprias? Esse é, pelo menos, o entendimento do Planet Retail. “Acreditamos que existe uma grande oportunidade para desenvolver gamas exclusivas para incentivar a fidelização e a diferenciação”, diz Natalie Berg, dire-tora de Retail Insights daquela consultora e autora do estudo “Crescer com a marca própria nesta nova era do retalho”. “Os retalhistas deveriam explorá-la para capitalizar as crescentes tendências da saúde e da conveniência”, acrescenta.

Tendências que são particularmente visíveis no mercado português. “É importante compreender que, apesar do consumidor português procurar preços baixos, existem outras variáveis que serão valorizadas e nas quais os retalhistas e as marcas devem apostar. O consumidor atual mostra novos interesses e está disposto a pagar mais para os satisfazer”, nota Ana Paula Barbosa.Os dados de mercado mais atuais conduzem a algumas conclusões que refletem mudanças nos hábitos de consumo e, de uma forma muito particular, na alimentação dos portugueses. Graças a uma popu-lação mais envelhecida, ao diagnóstico de doenças crónicas, à maior valorização dos alimentos funcionais e à informação a que o consumidor está cada vez mais exposto, as categorias de alimentação saudável mostram ser uma tendência e o seu crescimento é notório. Veja-se, por exemplo, a crescente procura de produtos relacionados com a saúde, como é o caso dos iogurtes biológicos, aos quais a Nielsen aponta um crescimento de 136% em volume, assim como do muesli e da granola (+84%) ou dos cereais diet (+72%). De igual modo, o maior poder de compra, associado a um ritmo de vida mais intenso, contribui para a maior procura de soluções de conveniência, como é o caso dos frutos congelados (+30%), dos componentes refri-gerados (+19%), do take-away (+18%) e do bacalhau congelado (+16%).Áreas onde, de acordo com o Planet Retail, as marcas próprias podem encontrar terreno fértil para crescer. Mas não só. “Num futuro próximo, acreditamos que a marca própria está bem posicionada para capitalizar nas atuais incertezas, como o Brexit, e a crescente concorrência em muitos mercados”, nota Natalie Berg.

CAMINHOS PARA A MARCA PRÓPRIA O desenvolvimento da marca própria varia de mercado para mercado e, segundo o Planet Retail, é principalmente influenciado pelo nível de consoli-dação do retalho e pela presença de operadores de discount. Mas há uma nova turbulência no desenvol-vimento das estratégias de marca própria por parte dos retalhistas, que é a entrada os chamados “pure players” de comércio eletrónico nesta área. Mais uma vez, com o objetivo de diferenciação face à concor-rência e de consolidação da confiança dos “shoppers”, que foi estabelecida com base noutros pilares, como a conveniência. O exemplo mais paradigmático é o da Amazon, cujas marcas próprias apenas estão disponí-veis para membros Prime.Além disso, com as novas tecnologias, como o reco-nhecimento por voz e os chamados botões de enco-mendas, caso do Amazon Dash e do dispositivo que a

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Walmart também se prepara para lançar, neste caso introduzido nos próprios produtos, existe uma grande oportunidade para potenciar as marcas próprias, no entender do Planet Retail.Marketplaces como o Tmall da Alibaba ou JD.com estão também a proporcionar novas rotas de comer-cialização para as marcas próprias dos retalhistas. Foi o que aconteceu com a britânica Waitrose, cujos produtos de marca própria estão disponíveis para compra online na China, após o acordo entre a reta-lhista e o Grupo Alibaba. Também a Aldi deu mais um passo nas suas ambições globais, confirmando o lançamento de uma loja online naquela plataforma. Ainda desconhecida no mercado chinês, a Aldi espera que esta aliança a ajude a ganhar conhecimento de mercado, dos seus consumidores e do mercado online, com vista a uma possível entrada com lojas físicas. “Estamos convencidos que os consumidores chineses também estão interessados na qualidade e nos preços razoáveis que podemos oferecer”, explica Christoph Schwaiger, diretor geral da Aldi Süd para a China. Outros exemplos são os do Grupo DIA, Sains-bury’s e Grupo Metro.

O relatório do Planet Retail examina como a pertur-bação no setor do retalho irá afetar as estratégias de marca própria. A perspetiva de um aumento, mesmo que marginal, dos preços dos alimentos irá diminuir a confiança dos consumidores, enquanto um aumento real terá impacto direto sobre o poder de compra. Como observado nos períodos anteriores de austeridade, a marca própria está bem posicionada para o crescimento, pois oferece preços mais baixos para os consumidores e maiores margens para os retalhistas.Dito isto, não se espera ver a reação instintiva usual de reforçar as linhas de valor para demonstrar a comparabilidade de preços com os discounters. Isto é importante porque insígnias como a Aldi e o Lidl estão a apelar aos clientes num nível além do preço. Em vez disso, existem oportunidades de crescimento por meio de marcas próprias e com maior margem de lucro, além de exportar marcas premium, como têm feito a Biedronka, a Tesco e o El Corte Inglés.No entanto, o preço é vital. Enquanto os “shoppers” estão dispostos a pagar um premium pela conve-niência, o preço deve ser inferior e deve haver incentivos adicionais, como a ligação a programas de fidelização. Assim como a inovação contínua nas categorias, desde o aumento das gamas vegetarianas e vegan, para capitalizar a tendência da saúde, até ao desenvolvimento de alimentos de nicho, bem como de sabores experimentais.

“shoppers”público que compra um produto e/ou serviço para consumo próprio ou de terceiros. Ou seja, trata-se de uma cate-goria de clientes que efetuam a compra mas nem sempre consomem do mesmo.

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A Alimentação, o Maneio e aSaúde dos Animais de Carne

Em Portugal, a produção de carne é constituída maioritariamente por dois tipos de explorações. As explorações de produção de vitelos, onde se

concentra o efetivo reprodutor, e as explorações de recria e engorda, que trabalham com o efetivo desti-nado ao abate após o seu crescimento e acabamento (MADRP - GPP, 2007). Obviamente que podemos observar na mesma exploração o efetivo reprodutor, e a consequente produção de vitelos para engorda, e o efetivo destinado a abate mas, aparentemente, a importância destas explorações tem vindo a decrescer em detrimento do sistema de especialização referido no início. Este modelo de produção mostrou ser o mais eficiente e aquele que, mais frequentemente, fornece carne segura e de elevada qualidade para o consumidor (Beef Checkoff, 2009).No entanto, a transferência de vitelos entre as explorações coloca alguns desafios, devendo ser tomadas algumas medidas no sentido de garantir a sua saúde e bem-estar e manter a eficiência e rentabilidade da exploração. Neste período os vitelos são sujeitos ao stress contínuo, tanto mais intenso quanto mais rápidas forem as alterações efetuadas desde o desmame até à adaptação na exploração de destino. E, se a exploração fornecer boas condições de alojamento para estes animais, só ao fim de duas semanas após a chegada é que poderemos considerar que estes se encontram livres do stress (Wernicki, et al., 2006). No entanto, o stress diminui a capacidade de defesa do sistema imunitário (Blecha, et al., 1984) ocorrendo, por isso, uma maior incidência de doenças durante este período (Gráfico 1).A pré-preparação dos vitelos para este período, quando estes ainda se encontram na exploração de origem, parece ser uma prática positiva (Lofgreen, et al., 1979) contudo deverá começar entre 40 a 60 dias antes da mudança para gerar algum impacto na renta-

TEXTOMANUEL D. SALGUEIRO

Eng.º ZootécnicoUcanorte XXI

bilidade da exploração de destino (Waggoner, et al., 2005). A pré-preparação dos vitelos deverá começar com o desmame e, gradualmente, ir habituando os mesmos às condições de alojamento existentes na exploração de destino e aos alimentos que nela virá a encontrar (silagem, feno, alimentos concentrados, etc.), sendo também administradas as vacinações e desparasitações adequadas.Quando os vitelos chegam à exploração de destino deverão encontrar locais com espaço adequado ao tamanho do lote, com o material da cama substituído e com bebedouros e manjedouras com boas condições de higiene. A água deverá ser fresca e limpa e a dieta uma mistura composta por 75% de alimento concen-trado e 25% de forragem (Lofgreen, 1988), para mini-mizar os efeitos da baixa ingestão que eles apresentam nos primeiros dias após a chegada (Chester-Jones & DiCostanzo, 2012). Contudo, deverá ser feita uma habi-tuação dos animais a esta dieta e, durante a primeira semana, deverão ter feno de qualidade à descrição.Após a entrada dos vitelos na exploração de destino, deverão ser executados os protocolos de entrada. Estes protocolos incluem a pesagem dos animais, a aplicação dos brincos particulares, a descorna, caso seja utilizada na exploração, e outras rotinas inerentes à exploração. Obviamente que, se não foi realizada a pré-preparação dos vitelos, estes protocolos deverão incluir as vacinações e desparasitações. Embora não seja necessária a sua aplicação imediata no momento da entrada, estes protocolos deverão ser realizados até ao terceiro dia após a chegada (Lofgreen, 1988) para minimizar o impacto que poderão ter no desen-volvimento e ganho de peso destes animais durante o período de adaptação (primeiros 28 dias).Se o maneio a que foram sujeitos desde o desmame foi o correto, estes vitelos ficarão em condições de entrar na fase de crescimento sem grandes problemas

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e apresentarão um bom desem-penho durante a mesma. O próximo período crítico será no momento da transição para a fase de acabamento. Enquanto na fase de crescimento procuramos o bom desenvolvimento corporal dos animais com um ganho de peso moderado, na fase de acabamento procuramos um ganho de peso acelerado e a melhoria das carac-terísticas organoléticas da carcaça. Por isso, a dieta desta fase tem menor proporção de forragem, maior densidade energética e menor teor de proteína. A dimi-nuição do tamanho de partícula e da ruminação, juntamente com a maior intensidade da fermentação

GRÁFICO 1Doenças, e sua incidência, em vitelos após chegada às explorações de destino (USDA - APHIS, 2001).

Artigo Técnico - UCANORTE XXI

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ruminal e da produção de ácidos gordos voláteis, aumentam a probabilidade de incidência de acidose e alteram a proporção de determinadas estirpes de bactérias que libertam compostos que produzem espumas no ambiente ruminal (Galyean & Rivera, 2003). Como consequência, é maior a probabilidade de incidência de outras patologias nomeadamente a laminite, as manqueiras, os abcessos hepáticos e o timpanismo.Sendo verdade que a correta formulação dos alimentos concentrados fornecidos a estes animais influencia bastante o controlo destas patologias, será no maneio alimentar que poderemos depositar as melhores esperanças para a transição adequada entre estas duas fases. A distribuição da dieta de forma frequente, e sempre às mesmas horas (Gonzáles, et al., 2012) e o controlo da quantidade distribuída de cada vez (Schwartzkopf-Genswein, et al., 2003) permitem ao animal adquirir hábitos de alimentação e diminuem a fome e a ansiedade. Deste modo, é promovida a ingestão regular de alimento, mantendo a fermentação ruminal mais homogénea e o pH ruminal mais estável ao longo do tempo. O correto maneio da manjedoura origina menos desperdícios de comida, maior facilidade na sua limpeza (que deverá ser feita diariamente pelos tratadores) e melhor saúde para os animais (Figura 1).Uma vez que a população microbiana do rúmen adapta-se à dieta que os animais comem habitual-mente, qualquer alteração realizada na mesma tem como consequência um reajustamento da comuni-dade de microrganismos existentes. Por isso é neces-sário que as alterações sejam feitas de forma gradual e dando o tempo necessário para que o reajusta-mento ocorra sem prejudicar o ambiente ruminal nem

alterar o seu pH (Bevans, et al., 2005). Tradicional-mente respeita-se um período de 3 a 4 semanas para a transição entre a dieta de crescimento e a dieta de acabamento.Por último, para lá do maneio alimentar também as condições ambientais em que os animais se encon-tram afetam a sua saúde e o seu desempenho. Condi-ções que promovam a competição pelo alimento, como a falta de espaço de manjedoura, alteram o comportamento dos animais e prejudicam a ingestão, levando os animais a comer menos vezes e em maior quantidade de cada vez. Isso altera o padrão da fermentação ruminal e diminui o pH do ambiente ruminal (González, et al., 2008). Todos sabemos que a ingestão de água tem uma importância enorme para o bem-estar e para o desempenho destes animais. A contaminação da água com as fezes dos animais diminui drasticamente o seu consumo, mesmo em pequenas quantidades (Willms, et al., 2002). O dimen-sionamento adequado dos bebedouros e a sua limpeza regular melhora a qualidade da água e mantém a ingestão de matéria seca em valores normais.Ao longo deste artigo referimos os períodos mais críticos no ciclo de vida dos animais de carne. A utili-zação de regras de maneio adequadas e a elaboração de dietas com alimentos concentrados preparados para ajudar a estabilizar o ambiente ruminal ajudam os animais a ultrapassar estes períodos. Contudo a influência do ambiente na alimentação e no compor-tamento alimentar destes animais torna necessária a criação de condições de estabulação adequadas para que consigam expressar o seu potencial genético para a produção de carne sem colocar em risco a sua saúde e bem-estar.

FIGURA 1O correto maneio da manjedoura não deverá permitir que os animais fiquem sem alimento, mas também não pode promover demasiadas sobras de alimento no momento da próxima distribuição (Schwartzkopf-Genswein, et al., 2003).

BIBLIOGRAFIABeef Checkoff. (2009). Modern Beef Production. Centennial, Colorado: Cattlmen's Beef Board.Bevans, D. W., Beauchemin, K. A., Schwartzkopft-Genswein, K. S., McKinnon, J. J., & McAllister, T. A. (2005). Effect of Rapid or Gradual Grain Adaptation on Subacute Acidosis and Feed Intake By Feedlot Cattle. Journal of Animal Science., 83, 1116-1132.Blecha, F., Boyles, S., & Riley, J. (1984). Shipping Suppresses Lymphocyte Blastogenic Responses in Angus and BrahmanxAngus Feeder Calves. Journal of Animal Science, 59, 576-583.Chester-Jones, H., & DiCostanzo, A. (2012). Recommendations on Nutrition and Management of Incoming Feedlot Cattle. Minneapolis, Minnesota: University of Minnesota - Extension.Galyean, M. L., & Rivera, J. D. (2003). Nutritionally Related Disorders Affecting Feedlot Cattle. Canadian Journal of Animal Science, 83, 13-20.Gonzáles, L. A., Manteca, X., Calsamiglia, S., Schwartzkopf-Genswein, K. S., & Ferret, A. (2012). Ruminal Acidosis in Feedlot Cattle: Interplay Between Feed Ingredients, Rumen Function and Feeding Behavior (A Review). Animal Feed Science and Technology, 172, 66-79.González, L. A., Ferret, A., Manteca, X., Ruíz-de-le-Torre, J. L., Calsamiglia, S., Devant, M., & Bach, A. (2008). Performance, Behavior and Welfare of Friesian Heifers Housed in Pens With Two, Four and Height Individuals per Concentrate Feeding Place. Journal of Animal Science, 86, 1446-1458.Lofgreen, G. P. (1988). Nutrition and Management of Stressed Beef Calves - An Update. Veterinary Clinics of North America: Food and Animal Practice., 4, 509-522.

Lofgreen, G. P., Addis, D. G., Dunbar, J. R., & Clarck, J. G. (1979). Time of Processing Calves Subjected to Marke-ting and Shipping Stress. Journal of Animal Science., 47, 1324-1328.MADRP - GPP. (2007). CARNE - Diagnóstico Setorial. Lisboa: Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas - Gabinete de Planeamento e Políticas.Schwartzkopf-Genswein, K. S., Beauchemin, K. A., Gibb, D. J., Crews Jr, D. H., Hickman, D. D., Streeter, M., & McAllister, T. A. (2003). Effect of Bunk Management on Feeding Behavior, Ruminal Acidosis and Performance of Feedlot Cattle: A Review. Journal of Animal Science., 81 (E-Suppl. 2), E149-E158.USDA - APHIS. (2001). Treatment of Respiratory Disease in U.S. Feedlots. Fort Collins, Colorado: USDA - APHIS Veterinary Services.Waggoner, J. W., Mathis, C. P., Loest, C. A., Sawyer, J. E., & McCollum, F. T. (2005). Impact of Preconditioning Duration on Feedlot Performance, Carcass Caracteristics, and Profitability of New Mexico Ranch to Rail Steers. Proceedings, Western Section, American Society of Animal Science, 56, 186-188.Wernicki, A., Urban-Chmiel, R., Kankofer, M., Mikucki, P., Puchalski, A., & Tokarzewski, S. (2006). Evaluation of Plasma Cortisol and TBARS Levels in Calves After Short-Term Transportation. Revue de Médicine Vétérinaire, 1, 30-34.Willms, W. D., Kenzie, O. R., McAllister, T. A., Colwell, D., Vieira, D., Wilmhurst, J. F., . . . Olson, M. E. (2002). Effects of Water Quality on Cattle Performance. Journal of Range Management., 55, 452-460.

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Enfrentando a crise no setor, a FPAS (Fede-ração Portuguesa de Associações de Suini-cultores) lançou a marca porco.PT “para

diferenciar e valorizar a carne nacional” bem como “consciencializar os consumidores para as boas práticas” associadas a esta marca. Os produtos com este rótulo já estão disponíveis, e o presi-dente da Federação, Vitor Menino, garante que “a reação tem sido muito positiva, com a procura a ultrapassar o que esperávamos”.Vítor Menino explica que a marca foi “lançada” em janeiro, com os produtores a aderirem às condições de produção determinadas no Caderno de Especificações, homologado pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e que regula todo o processo de produção, abate, transformação, comercialização e promoção de uma carne de qualidade superior. Todo o processo é certificado por uma entidade independente de controlo e certificação, a CERTIS.As principais condições são a “incorporação de um mínimo de 60% de cereais na alimentação; espaço de criação por animal, pelo menos, 10% superior ao exigido pela legislação comunitária e carne isenta de odores desagradáveis”, ou seja, são animais castrados cumprindo integralmente a legislação comunitária, adianta o responsável.O dirigente da Federação Portuguesa de Asso-ciações de Suinicultores diz-nos ainda que, neste momento, cerca de 50% da produção nacional já aderiu a esta marca de certificação, mas espe-ramos em breve que todos os produtores estejam connosco neste projeto, uma vez que em cada dia temos novas adesões”. A produção nacional ronda os quatro milhões de porcos/ano, assegurando cerca de 55% do consumo do País.

Artigo Técnico

TEXTOAdaptado por AGROS

FONTEVIDA RURAL VENDER A UM PREÇO JUSTO

A marca porco.PT “certifica uma carne de superior qualidade, com maior tenrura e melhor textura e paladar, assegurando a segurança alimentar e dando maior sustenta-bilidade ao mundo rural”, frisa Vítor Menino, acrescentando que “é vendida a um preço justo para o produtor – tendo em conta o acréscimo de custos de produção –, ou seja, um preço um pouco acima da carne indiferen-ciada, mas respeitando uma relação quali-dade/preço justa”.Os custos superiores de produção advêm, principalmente, do aumento do espaço necessário, bem como da maior incorpo-ração de cereais, “o que resulta num índice de conversão alimentar superior em cerca de 125 g/kg de carne produzida”.A FPAS decidiu avançar com esta medida para ajudar os produtores nacionais a enfrentarem a crise que tem vindo a afetar o setor nos últimos dois anos e depois de ter promo-vido, em parceira com a GFK, um estudo de mercado que concluiu que 52% da população portuguesa desconhece a origem da carne que consome.Sob o mote “Dê o porco ao manifesto – Escolha o que é nosso”, o lançamento da marca porco.PT está a ser alvo de uma campanha promocional na rádio, televisão, redes sociais e outros meios.

A Carne Porco.PT é 100% portuguesa, tem qualidade certificada, provém de animais alimentados à base de cereais, criados em melhores condi-ções de bem-estar e é saborosa!

valorizar a carne nacional eas boas práticas

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PEC - NORDESTEIndústria de Produtos Pecuários do Norte, S.A.Zona Indústrial N.º 2 - Apartado 202 4564-909 Penafiel PORTUGAL

GPS41.222317, -8.284766 GR

UPOA

GRO

S

TEL+351 255 718 [email protected]

ABATE DE BOVINOS, SUÍNOS, OVINOS E CAPRINOS

DESMANCHA, FATIAGEM E ACONDICIONAMENTODE CARNE

DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTOSCOMERCIALIZADOS

COMPRA DIRETA DE ANIMAIS (Vacas Refugo)

ABATE DE ANIMAIS PARA CONSUMO PRÓPRIO(Mais informações na sua Cooperativa)

FABRICO DE PREPARADOS DE CARNE

COMERCIALIZAÇÃO DE CARNES

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Artigo Técnico

1. Denominação comercial: Nome comercial pelo qual o produto é conhe-cido, atribuído pela marca.

2. Data limite de consumo e data de durabilidade mínima: Data até qual o produto conserva as propriedades específicas nas condições de conser-vação adequadas:

• Data limite de consumo - Consumir até: dia/mês”: utilizada para os alimentos que facilmente se deterioram (iogurte, leite, queijo);

• Data de durabilidade mínima - “Consumir de preferência antes de: dia/mês”: aplicada a alimentos com duração inferior a 3 meses (manteiga, pão de forma); “Consumir de preferência antes do fim de: mês/ ano: apli-cada a alimentos com durabilidade de 3 a 18 meses (cereais de pequeno--almoço, arroz, massa); indicar apenas o ano: aplicado a alimentos com duração superior a 18 meses (conservas, mel, compotas).

3. Quantidade líquida: Quantidade de produto contida na embalagem, expresso em volume (litro) ou em massa (quilograma); quando um género alimentício estiver envolvido num líquido, deve ser indicado o peso escorrido.

4. Controlo metrológico - Letra “e“: Significa que o Instituto Português da Qualidade certificou que o conteúdo declarado pelo fabricante, embalador ou distribuidor está dentro das margens de erro permitidas. Encontra-se ao lado da quantidade líquida do produto alimentar.

5. Código de barras: É constituído por um conjunto de barras brancas e pretas e 13 dígitos, de leitura ótica. O código de barras identifica o país da empresa produtora, o produto dentro da empresa e serve de controlo de stocks e vendas.

6. Lote: Permite reconhecer a proveniência do produto e identificar qual-quer acidente no circuito de produção e de comercialização. Conjunto de unidades de venda (indicado com a letra L seguida de algarismos) de um produto alimentar que foi produzido, fabricado ou acondicionado em circunstâncias praticamente idênticas. É facultativo se o rótulo do produto apresentar na data de durabilidade mínima ou data limite de consumo o dia e o mês. A indicação do lote pode não estar no rótulo, mas na embalagem.

7. Marca de salubridade comunitária: Constituída por 3 siglas, o nome do país ou código internacional (PT), o código da unidade industrial que fabrica ou produz o produto (XXX OOO) e a sigla da União Europeia (EU/CEE), apenas obrigatório em produtos com origem animal.

8. Logotipo de produtos biológicos: O logotipo biológico da UE apenas é utilizado se o produto em causa for produzido em conformidade com os requisitos legais da União Europeia.

Composição do Rótulo:Guia Prático

• O rótulo de um produto alimentar é o seu bilhete de identidade;• Tendo em conta a vasta gama de produtos, atualmente existentes

no mercado, torna-se importante que o consumidor esteja informa-do, de forma a realizar escolhas alimentares mais conscientes eadequadas.

TEXTOadaptado por AGROS

FONTEAPN - ASSOCIAÇÃO

PORTUGUESA DENUTRICIONISTAS

LEITURA DO RÓTULO ALIMENTAR

1

5 8

34

2

67

Denominação Comercial

Slogan do produto

L15XXX55dd/mm/aaPT

xxx 000CE

18 . REVISTA AGROS Nº32

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9. Denominação de venda: É o nome do produto alimentar (ex.: iogurte, leite, bolachas) e não deve ser confundida com a denominação comer-cial. Deve constar na sua denominação o estado físico do produto ou do processamento a que o produto foi sujeito (ex.: fumado, pasteurizado, congelado, concentrado).

10. Lista de ingredientes e alergénios: Elaborada por ordem decrescente das quantidades de todos os ingredientes que constituem o produto alimentar. Os ingredientes que provoquem alergias ou intolerân-cias (alergénios), devem ser indicados na lista de ingredientes por uma grafia que a distinga dos restantes (ex.: água, farinha de trigo, …). Também devem ser indicados na lista os aditivos adicionados ao produto, designados pela categoria (ex.: antioxidante; corante), nome específico (ex.: ácido L-ascórbico; dióxido de enxofre) ou letra E seguida de 3 algarismos (ex.: E300; E220). Todos os aditivos alimentares autori-zados estão listados pela União Europeia, listagem sujeita a alterações, atualizações, em resultado da aprovação/exclusão de aditivos. E100-E199 – Corantes/ E200-E299 – Conservantes/ E300-E399 – Antioxi-dantes/ E400-E499 Emulsionantes, Estabilizadores, Espessantes, Geli-ficantes e outros.

11. Ponto verde: Significa que o fabricante, embalador ou distribuidor contribuiu financeiramente, num sistema de recolha seletiva para que as embalagens sejam recolhidas, recicladas ou incineradas, contri-buindo para um melhor ambiente.

12. Modo de preparação e utilização: Deve constar no rótulo, quando a sua ausência dificultar uma utilização adequada do género alimentício (ex.: Modo de preparação – Retire o produto do frigorífico 15min antes de usar).

13. Condições de conservação: São obrigatórias sempre que a sua omissão não permita uma correta conservação do produto (ex.: Conservar a -18ºC; Conservar em local fresco e seco).

14. Nome e morada da entidade: Nome, firma ou denominação social e morada do embalador, importador ou armazenista, responsável por todas as menções presentes no rótulo.

15. Região de origem: Presente no rótulo quando a sua omissão seja suscetível de induzir o consumidor em erro relativamente à origem do produto (ex.: Queijo da Serra; Pão de Mafra).

16. Número de porções: Indica o número estimado de porções presente na embalagem.

17. Declaração nutricional: Descreve o valor energético e os nutrientes de um género alimentício (ex.: lípidos, hidratos de carbono, proteínas, vitaminas e minerais).

Composição do Rótulo:Guia Prático

• O rótulo de um produto alimentar é o seu bilhete de identidade;• Tendo em conta a vasta gama de produtos, atualmente existentes

no mercado, torna-se importante que o consumidor esteja informa-do, de forma a realizar escolhas alimentares mais conscientes eadequadas.

LEITURA DO RÓTULO ALIMENTAR

11

9

10

17

16

12

13

14

15

Denominação de venda

Lista de ingredientes e alergénios

Declaração nutricional

Contém n.º porções

Modo de preparação e utilização

Condições de conser-vação

Nome e morada da entidade

Região de origem

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CUIDADOS NO MOMENTO DA ESCOLHA DE PRODUTOS ALIMENTARES

• Disponibilidade e localização da informação obrigatória sobre os géneros alimentícios

No caso de uma embalagem múltipla constituída por unidades embaladas individualmente que é vendida pelos produtores aos grossistas/retalhistas, as menções obrigatórias exigidas devem constar de cada uma das unidades embaladas individualmente?

No caso de uma embalagem múltipla vendida aos estabelecimentos de restauração coletiva e que é constituída por unidades embaladas individualmente, onde devem figurar as menções obrigatórias exigidas?

PERGUNTAS FREQUENTES: ROTULAGEM GERAL

Verificar a durabilidade e preferir aqueles que tenham uma data de validade mais prolongada;

Avaliar o estado das embalagens, rejeitar aquelas que se apresentarem amolgadas, opadas, rasgadas ou com

sinais de ferrugem. Nos produtos congelados, verificar se a sua embalagem não se encontra húmida ou com

cristais de gelo, pois significa que a cadeia de frio não foi devidamente assegurada e os produtos podem ter

sofrido descongelação;

Averiguar as condições de utilização e conservação e respeitá-las em casa;

Ler atentamente o rótulo e verificar a composição nutricional e a presença de possíveis alergénios;

Analisar a lista de ingredientes e preterir os produtos alimentares que iniciem a listagem com ingredientes

como açúcar, gorduras e sal.

Adaptado de: Ministério da

Agricultura. Dire-ção-Geral de Ali-

mentação e Vete-rinária. Perguntas e respostas sobre

a aplicação do Regulamento (UE) n.º 1169/2011 re-lativo à prestação

de informação aos consumidores

sobre os géne-ros alimentícios

(ICGA)

Esta transação refere-se a uma fase anterior à da venda ao consumidor final em que não está envolvida a venda/ o fornecimento a um estabelecimento de restauração coletiva. Neste caso, as menções obrigatórias referidas nos artigos 9.º e 10.º do regulamento ICGA devem constar de um dos seguintes locais:

• Na pré embalagem (ou seja, na embalagem múltipla);• Num rótulo a ela aposto;• Nos documentos comerciais referentes a esses géneros, se se puder garantir que tais documentos acom-

panham os géneros alimentícios a que dizem respeito ou foram enviados antes da entrega ou ao mesmo tempo que a entrega. Nestes casos, todavia, da embalagem exterior em que os alimentos pré-embalados se apresentam para comercialização devem também constar as seguintes menções: a denominação do género alimentício; a data de durabilidade mínima ou a data-limite de consumo; as condições especiais de conser-vação e/ou as condições de utilização; o nome ou a firma e o endereço do operador da empresa do setor alimentar responsável.

Assim, cada unidade embalada individualmente não necessita de ser rotulada desta forma.No entanto, se o grossista/retalhista decidir vender as unidades embaladas individualmente ao consumidor final, deve garantir que figuram em cada uma delas as menções obrigatórias (artigos 9.º e 10.º do regulamento ICGA), com base nas informações que constam da pré embalagem.

No caso de uma embalagem múltipla destinada a ser vendida aos estabelecimentos de restauração coletiva e que é constituída por unidades embaladas individualmente, as menções obrigatórias devem figurar diretamente na embalagem múltipla ou num rótulo fixado à mesma.No entanto, se as unidades embaladas individualmente (que fazem parte da embalagem múltipla) constituírem unidades de venda destinadas ao consumidor final, as informações obrigatórias devem também constar de cada embalagem individual.Tendo em consideração as diferentes formas de fornecer alimentos ao consumidor final nos estabelecimentos de restauração coletiva, deve salientar-se que as porções individuais (por exemplo, doces de fruta, mel, mostarda) que são apresentadas como parte de uma refeição não devem ser consideradas como unidades de venda. Assim, será suficiente que, nesses casos, as informações alimentares figurem nas embalagens múltiplas.

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• Lista de menções obrigatórias

• Rotulagem dos alergénios (para alimentos pré-embalados)

• Rotulagem dos alergénios (para alimentos não pré-embalados)

Se o nome de um ingrediente incluir parcialmente, numa única palavra, o nome de uma substância/ produto que provoque alergias ou intolerâncias (por exemplo “leite em pó”), deve destacar-se a totalidade do nome do ingre-diente ou apenas a parte que se refere à substância/o produto que provoca alergias ou intolerâncias?

Um operador de uma empresa do setor alimentar pode fornecer informações sobre substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias utilizados no fabrico ou na preparação de um género alimentício não pré-em-balado, apenas e unicamente quando um consumidor o solicitar?

Se todos os ingredientes de um género alimentício forem substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias, como se pode realçar a sua presença?

No caso de embalagens ou recipientes cuja superfície maior seja inferior a 10cm2, como se deve indicar a presença de substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias no alimento em questão?

Como se determina a “face de maior superfície”, especialmente quando se trata de latas ou de garrafas?

No que respeita às instruções de utilização, um operador de uma empresa do setor alimentar pode usar o símbolo de uma frigideira ou de um forno sem usar as palavras “frigideira” ou “forno”?

Não. As menções obrigatórias, como é o caso das instruções de utilização, devem ser indicadas através de palavras e números. A utilização de pictogramas ou símbolos é apenas um meio adicional para expressar essas informações.No futuro, a Comissão pode adotar atos delegados e de execução que autorizem que uma ou várias menções obri-gatórias possam ser expressas através de pictogramas ou símbolos em vez de palavras ou números.

No caso de embalagens retangulares ou em forma de caixa, a determinação da “face de maior superfície” é o lado completo da embalagem em causa (altura × largura). Quando se trata de embalagens cilíndricas (por exemplo, latas) ou em forma de garrafa, com formas irregulares, a determinação da “face de maior superfície” é por exemplo, a área da superfície excluindo os topos, os fundos, os rebordos no topo e no fundo das latas, os colos e os gargalos de garrafas e frascos.

Se o nome do ingrediente for constituído por duas palavras unidas, deve destacar-se a parte do nome do ingre-diente que corresponde à substância/ao produto constante do anexo II do ICGA. No entanto, o destaque da tota-lidade do nome do ingrediente em causa também seria considerado conforme aos requisitos legais. Se o nome de um ingrediente consistir em diversas palavras separadas, apenas se deve realçar a substância/produto que provoca alergias ou intolerâncias (ex.:”leite em pó”).

Se todos os ingredientes de um género alimentício forem substâncias que provocam alergias ou intolerâncias, devem constar todos na lista de ingredientes e serem realçados. Esse destaque pode ser assegurado, por exemplo, através dos carateres, do estilo ou da cor do fundo. Se todos os ingredientes constarem do anexo II do ICGA, devem ser realçados em relação a outras informações obrigatórias, como o termo «ingredientes» no título da lista respetiva.

Nas embalagens ou recipientes cuja superfície maior tenha uma área inferior a 10cm2, a lista de ingredientes pode ser omissa. Contudo, na falta de uma lista de ingredientes, é obrigatório indicar a presença de substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias no alimento em questão mediante o termo “contém” seguido do nome da substância ou do produto que provocam alergias ou intolerâncias.A presença de substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias não precisa de ser indicada se o nome do alimento referir claramente essa substância ou produto. De igual modo, neste caso também não é preciso colocar em destaque nem realçar as substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias.

Não é possível fornecer informações sobre alergénios e intolerâncias, única e simplesmente, a pedido do consu-midor. A prestação de informações sobre alergénios/intolerâncias é obrigatória sempre que se usem no fabrico de um alimento não pré-embalado as substâncias enumeradas no anexo II do ICGA. Deve estar disponível e facilmente acessível, para que o consumidor seja informado de que o alimento não pré-embalado pode originar problemas em termos de alergénios e intolerâncias..

REVISTA AGROS Nº32 . 21

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Artigo Técnico

No caso dos géneros alimentícios pré-embalados constituídos por duas ou várias embalagens individuais que não sejam consideradas como unidades de venda e não contenham a mesma quantidade do mesmo produto, deve indicar-se, para além da quantidade líquida da totalidade da embalagem, o número total de embalagens individuais.

Sempre que a indicação rigorosa do número total de embalagens individuais não for possível por constrangi-mentos de ordem técnica (ausência de controlo para a contagem de unidades) ou outros constrangimentos de fabrico, este número pode excecionalmente referir-se ao número médio. Pode igualmente usar-se o termo “apro-ximadamente” ou um termo ou abreviatura semelhante.

Para além das formas de expressão (por 100 g/ml, por porção, percentagem da dose de referência) e apresen-tação (nome do nutriente, valor numérico), indicadas no ICGA, podem usar-se outras formas de expressão e/ou apresentação por meio de gráficos ou símbolos, desde que:

• Se baseiem em estudos de consumo rigorosos e cientificamente válidos, e não induzam o consumidor em erro;• A sua elaboração seja o resultado duma consulta a um leque amplo de partes interessadas;• Procurem facilitar a compreensão, pelo consumidor, do contributo e da importância do género alimentício

para o valor energético e para o teor de nutrientes dos regimes alimentares;• No caso de outras formas de expressão, se baseiem nas doses de referência harmonizadas referidas no anexo

XIII ou, na sua falta, em pareceres científicos geralmente aceites sobre as doses de energia ou de nutrientes;• Sejam objetivas e não discriminatórias;• A sua aplicação não crie obstáculos à livre circulação de mercadorias.

Não. A declaração nutricional é uma lista fechada com o valor energético e os nutrientes e não pode ser comple-tada com qualquer informação nutricional suplementar. Contudo, a indicação dessa informação é possível, mas apenas no âmbito de uma alegação nutricional, e deve figurar na rotulagem, não incluída na declaração nutri-cional, mas na sua proximidade. A declaração da presença de ómega-3 determina a sua quantificação, que deve ser efetuada na proximidade da alegação nutricional, mas fora desta.

Algumas das informações nutricionais que devem constar obrigatoriamente do rótulo podem ser repetidas na embalagem, no campo visual principal (parte da frente da embalagem) recorrendo a um dos seguintes formatos:

• Valor energético;• Valor energético juntamente com as quantidades de lípidos, ácidos gordos saturados, açúcares e sal, no

âmbito de uma alegação nutricional.

A esta declaração repetida aplicam-se as regras relativas ao tamanho mínimo dos carateres (artigo 13.º, n.º 2, e anexo IV do ICGA).Mesmo quando está repetida, a declaração nutricional continua a ser uma lista com conteúdo definido e limitado. Não é permitida qualquer informação adicional na declaração nutricional feita no campo visual principal.Quando repetida, a declaração pode ser expressa unicamente por porção ou por unidade de consumo (desde que a porção/unidade seja quantificada na proximidade imediata da declaração nutricional e o número de porções/unidades esteja indicado na embalagem). Todavia, o valor energético deve adicionalmente ser fornecido por 100 g ou por 100 ml.

• Formas de expressão e de apresentação

• Conteúdo da declaração nutricional obrigatória

Podem usar-se outras formas de expressão na declaração nutricional?

É possível indicar voluntariamente no rótulo quantidades de determinados componentes dos nutrientes, por exemplo, “ácidos gordos ómega-3” como componentes dos ácidos gordos polinsaturados?

Qual a informação nutricional que pode ser repetida na embalagem?

PERGUNTAS FREQUENTES: DECLARAÇÃO NUTRICIONAL

Adaptado de: Ministério da

Agricultura. Dire-ção-Geral de Ali-

mentação e Vete-rinária. Perguntas e respostas sobre

a aplicação do Regulamento (UE) n.º 1169/2011 re-lativo à prestação

de informação aos consumidores

sobre os géne-ros alimentícios

(ICGA)

• Indicação da quantidade líquida

Quando a quantidade líquida é fornecida numa pré embalagem constituída por várias unidades pré-embaladas individualmente que contenham quantidades diferentes do produto, o operador da empresa do setor alimentar deve também indicar o número total de embalagens individuais? Esta indicação pode ser feita através de um número médio?

22 . REVISTA AGROS Nº32

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A informação nutricional voluntariamente repetida no campo visual principal (parte da frente da embalagem) só deve conter informação sobre o valor energético ou sobre este valor juntamente com as quantidades de lípidos, ácidos gordos saturados, açúcares e sal. Esta informação deve constar igualmente da declaração nutricional obrigatória (parte de trás da embalagem). Contudo, é possível exprimir esta informação na parte da frente da embalagem como percentagem das doses de referência (para além dos valores absolutos) mesmo que esta forma de expressão não seja utilizada na declaração nutricional obrigatória.

• Apresentação da declaração nutricional obrigatória

• Entrada em vigor e data de aplicação

Pode usar-se a sigla DR?

Podem ser usados apenas símbolos para representar os nutrientes e/ou a energia em vez de palavras?

Quando se devem aplicar as novas regras relativas à rotulagem nutricional?

A quantidade de “sal” declarada no quadro obrigatório relativo aos valores nutricionais será calculada por meio da fórmula: sal = sódio × 2,5. Deve incluir-se neste cálculo a totalidade do sódio com origem em todos os ingre-dientes, por exemplo, sacarina sódica, ascorbato de sódio, etc.?

Quando a informação nutricional repetida no campo visual principal (parte da frente da embalagem) estiver expressa como percentagem das doses de referência, esta informação também deve constar da declaração nutri-cional obrigatória (parte de trás da embalagem)?

Sempre que se usar uma sigla, por exemplo, “DR” em vez de “dose de referência”, esta deve estar devidamente explicitada na embalagem.A menção “Dose de referência para um adulto médio (8400 kJ/2000 kcal) ” não pode ser modificada.

Não. As informações nutricionais obrigatórias e voluntárias devem respeitar um determinado formato, que exige que a energia e os nutrientes sejam referidos no rótulo pela respetiva denominação.O princípio geral segundo o qual as informações obrigatórias devem ser prestadas mediante palavras e números aplica-se igualmente aos casos em que a informação nutricional é fornecida a título voluntário. Os pictogramas e símbolos podem ser usados de modo complementar.

As novas regras relativas à rotulagem nutricional aplicam-se a partir de 13 de dezembro de 2016. Os géneros alimentícios colocados no mercado ou rotulados antes dessa data podem ser comercializados até ao esgotamento das existências. Se, no período que decorre entre 13 de dezembro de 2014 e 12 de dezembro de 2016, as empresas optarem por fornecer, a título voluntário, as informações nutricionais, estas devem respeitar as regras relativas à apresentação e ao conteúdo estabelecidas no regulamento ICGA.Se um género alimentício tiver sido objeto de uma alegação nutricional ou de saúde ou se lhe tiverem sido adicio-nados vitaminas e/ou sais minerais, a declaração nutricional obrigatória deve cumprir os requisitos do regula-mento ICGA a partir de 13 de dezembro de 2014.

Sim, o teor equivalente de sal deve sempre ser derivado do teor total de sódio do produto alimentar por meio da fórmula: sal = sódio × 2,5.

REVISTA AGROS Nº32 . 23

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Artigo Leite

O consumo de laticínios mais gordurosos não prejudica a saúde cardiovascular, garante uma equipa internacional de especialistas.

Consumir queijo, Leite e iogurte - mesmo em versões com uma maior percentagem de gordura - não aumenta o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, de acordo com pesquisas que desa-fiam a crença generalizada de que os produtos lácteos podem prejudicar a saúde.As descobertas, de uma equipa internacional de especialistas, contradizem a visão de que os produtos lácteos podem ser prejudiciais devido ao alto teor de gorduras saturadas. Os especialistas descartam esse medo como “um equívoco”.Os resultados provêm de uma nova meta-análise, de 29 estudos anteriores, sobre se os produtos lácteos aumentam o risco de morte por qualquer causa, de problemas cardíacos sérios ou doenças cardiovas-culares. O estudo concluiu que tais alimentos não aumentavam o risco de nenhum desses eventos e tinham um impacto “neutro” na saúde humana.

Laticíniosnão aumentam orisco de ataquecardíaco ou AVC

TEXTOAdaptado por AGROS

FONTETHE GUARDIAN

24 . REVISTA AGROS Nº32

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Wageningen (Países Baixos), analisaram 29 estudos, envolvendo 938.465 participantes de todo o mundo, realizados nos últimos 35 anos.

“Não foram encontradas associações entre o Leite (com alto teor de gordura / baixo teor de gordura) com doença coronária ou doença cardiovascular”.

Na verdade, eles acrescentaram, que os produtos lácteos fermentados podem potencialmente diminuir ligeiramente o risco de ter um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.

Médicos, especialistas em saúde pública, durante muitos anos, identificaram gorduras saturadas como potencialmente prejudiciais para a saúde cardíaca e cardiovascular e aconselharam os consumidores a minimizar a sua ingestão. Isso levou os consumidores a comprar cada vez mais versões de baixo teor de gordura de produtos lácteos.

Givens disse que os consumidores estavam a evitar o queijo, Leite ou iogurte na visão equivocada de que poderiam prejudicar sua saúde. Jovens, nomea-damente mulheres jovens, estavam a beber muito pouco Leite como resultado dessa preocupação, o que poderia prejudicar o desenvolvimento dos seus ossos e levar a condições adversas na vida adulta, incluindo osteoporose ou ossos frágeis. Consumir pouco Leite pode privar os jovens de cálcio.

As mulheres grávidas que bebiam pouco Leite podiam aumentar o risco de o filho ter dificuldades de desen-volvimento neurológico, o que poderia afetar as suas habilidades cognitivas e bloquear o seu crescimento, acrescentou Givens.

A gordura saturada é uma parte vital da dieta. O National Diet and Nutrition Survey (NDNS) descobriu que os adultos, geralmente, obtêm 34,6% da sua energia total de gorduras como um todo, logo abaixo dos 35% que o governo recomenda. No entanto, enquanto o consumo total de gordura estava dentro do alvo, as gorduras saturadas ainda constituíam uma proporção insalubre de energia alimentar total - 12,6%, contra o máximo recomendado de 11%.Givens disse:

“A nossa meta-análise incluiu um número invulgarmente grande de participantes. Estamos confiantes de que nossos resul-tados são robustos e precisos”.

“Esta meta-análise mostrou que não havia associações entre lácteos totais, produtos lácteos de alto e baixo teor de gordura, ou Leite, e os resultados de saúde, incluindo mortalidade por todas as causas, doença cardíaca coronária ou doenças cardio-vasculares”, diz o relatório, publicado no European Journal of Epidemiology.

Ian Givens, Professor de Nutrição da Cadeia Alimentar na Reading University, um dos investigadores, afirma:

“Há uma crença generalizada, mas equi-vocada, entre o público, de que o consumo de produtos lácteos, em geral, pode ser prejudicial para a saúde, mas isso é um equívoco. Embora seja uma crença gene-ralizada, a nossa pesquisa mostra que é errada.Houve muita publicidade nos últimos cinco a dez anos sobre como as gorduras saturadas aumentam o risco de doenças cardiovasculares e, como resultado, essa crença cresceu, mas não está correta”.

No entanto, os conselheiros de saúde do governo incentivaram os consumidores a continuarem a ter cuidado com a ingestão de produtos com alto teor de gorduras saturadas e se cingirem a versões com baixo teor de gordura.

“Os produtos lácteos constituem uma parte importante de uma dieta saudável e equilibrada; no entanto, muitos são ricos em gorduras saturadas e sal. Estamos a consumir ambos em demasia, aumentando o risco de doença cardíaca”, disse um porta-voz da Public Health England.Recomendamos escolher Leite e laticínios com baixo teor de gordura, ou comer quan-tidades menores para reduzir gorduras saturadas e sal na dieta”.

Givens e os colegas da Reading, da Universidade de Copenhaga (Dinamarca) e da Universidade de

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Tendo em consideração o investimento realizado no Trator Agrícola Claas Axion 800, quais foram as principais razões que o levaram a optar pela aquisição deste equipamento à Agros Comercial?Sendo já proprietário de uma frota de seis tratores, senti necessi-dade de adquirir um modelo de maior dimensão, que oferecesse mais capacidade e potência para os serviços que realizo, e iden-tifiquei essas características no Claas Axion 800. Para além disso, foi um modelo que me agradou muito esteticamente.

Está satisfeito com o desempenho do equipamento adqui-rido? Aconselharia este Trator Agrícola a outros agricultores/clientes? Apesar de ser uma aquisição recente, sinto já a diferença na sua utilização e, até ao momento, considero-me satisfeito. Assim sendo, aconselharia a sua compra sim, especialmente para quem tiver a necessidade de trabalhar de forma intensiva com o trator.

Quais as principais diferenças com a sua adoção em relação a equipamentos anteriores?Para a atividade que desenvolvo, julgo que a característica que mais se destaca e que valorizo mais é a estabilidade. A condução do Claas Axion 800 confere uma grande estabilidade e segurança ao trabalho, o condutor sente efetivamente uma maior controlo e equilíbrio em todas as manobras. Na minha experiência com outros modelos e outras marcas penso que, comparativamente é essa a principal diferença.

1

Eng.ª Francisca e Vasconcelos e Eng.º Carlos Frutuosa

EmpresaJorge Monteiro - Aluguer de Máquinas, Lda (Comercial)Pedras Salgadas - Vila Pouca de Aguiar

Ano da Fundação1998

Agros Comercial - Grupo AGROS

Considera positivo o apoio prestado e as informações forne-cidas pela Agros Comercial? Em que medida?Devo dizer que apenas recentemente fiquei a conhecer a Agros Comercial e este modelo da Claas, por recomendação de pessoas conhecidas. No contacto mantido com os serviços da Agros Comercial, fiquei satisfeito com a comunicação e o apoio prestados. Para além de prestarem todas as informações funda-mentais, demonstraram-se muito predispostos a perceberem as minhas necessidades e a adaptarem-nas à sua oferta. A flexi-bilidade que evidenciaram, relativamente ao modelo de paga-mento, foi também um ponto muito positivo e que me agradou muito.

Demonstrando-se satisfeito com esta primeira experiência com a Agros Comercial, perspetiva novas colaborações no futuro?Faz parte da minha atividade negociar um número elevado de máquinas e equipamentos. Face a esta necessidade, com a quali-dade do serviço prestado e mantendo-se uma relação quali-dade/preço positiva, prevejo que haverão novas oportunidades em que certamente irei continuar com a Agros Comercial como parceira da nossa empresa.

26 . REVISTA AGROS Nº32

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Rua 5 de Outubro, 16904480-647 VILA DO CONDETEL 252 241 [email protected]

Assistência Técnica àProdução de Leite, Lda

EQUIPAMENTOS EPRODUTOS DE HIGIENE

MANUTENÇÃO EASSISTÊNCIA TÉCNICA

EQUIPAMENTO DEORDENHA E REFRIGERAÇÃO

MATERIAL PARAESTÁBULOS

AXION 800

CONCESSIONÁRIO OFICIAL

VERSÕES DISPONÍVEIS

AXION 800 193 HP

AXION 810 208 HP

AXION 830 229HP

AXION 840 244 HP

AXION 850 253HP

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Artigo Leite

A dúvida persiste: os adultos devem beber Leite? Faz bem, não tem benefício ou faz mal? Os mitos são mais do que muitos, mas não entram aqui.

Não é opinião, é saúde baseada na evidência científica. Com António Vaz Carneiro, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.Existe, hoje em dia, a dúvida do benefício, ou da justi-ficação, para os adultos beberem Leite. E quando estamos a falar de Leite, referimo-nos ao Leite de vaca, como é óbvio. Embora isto se aplique a todos os outros tipos de Leite de origem animal. E a teoria à volta do Leite, é um daqueles mitos que, na atualidade, existe em relação à nutrição. Se há um campo da ciência clinica onde existem mitos, é a nutrição, e diz-nos que as pessoas estão preocupadas com o Leite. Acham que o Leite nos adultos não deve fazer parte de uma dieta normal. Um dos argumentos seria que nós somos a única espécie que em fase adulta bebe Leite. Maior parte dos mamíferos bebe Leite num estado precoce de desenvolvimento e, quando atinge a idade adulta deixa de beber Leite. Isso é inteiramente verdade. E, portanto, a teoria seria que, quando nós bebemos Leite em adultos, como somos a única espécie que faz isso, podemos estar aqui a induzir doenças. É mentira. Completamente mentira. Aliás, este argumento é tão falacioso, que vale a pena pensar que também a dieta que nós fazemos todos os dias, as

outras espécies não fazem. Acham que há gatos que cozinham cozido à portuguesa e comem? Ou peixe grelhado? Portanto, este argumento é um argumento completamente inútil e não nos ajuda nada. O Leite, em princípio, é um excelente alimento. Tem proteínas, tem cálcio, e pode ajudar até a uma dieta equilibrada. É claro que há pessoas que têm aquilo que se chama

a deficiência em lactase e que não toleram o Leite. São pessoas que têm habitualmente muitos gases, muitas cólicas e têm diarreias. Claro que estas pessoas não devem beber Leite. E é curioso que a deficiência em lactase é muito prevalente. A nível mundial pensa-se que 1 em cada 2 pessoas têm deficiência em lactase, com maior ou menor intensidade.Existe, ainda, uma teoria que diz que o Leite poderá aumentar os cancros,

nomeadamente o cancro da próstata, e que, apesar de ter cálcio, seria até negativo para a saúde dos ossos. Aqui os dados científicos são um bocadinho menos claros. Há estudos epidemiológicos, comparando a ingestão de Leite, com a taxa de fraturas, que parecem sugerir que há ali um ligeiro aumento. Mas quando depois fazemos os ensaios clínicos experimentais, olhando para esta intervenção, verificamos que não há nenhum impacto. Portanto, se gosta de Leite, então pode bebe-lo à vontade porque, neste momento, não existem bases científicas que nos permitam dizer que o Leite faz mais mal que bem à saúde.

O Leite faz mal, aumentaos cancros e prejudicaos ossos?

Tudo errado!

TEXTOAdaptado por AGROS

FONTESAÚDE ONLINE

Portanto, se gosta de Leite, então pode bebe-lo à vontade porque, neste momento, não existem bases científicas que nos permitam dizer que o Leite faz mais mal que bem à saúde.

ANTÓNIO VAZ CARNEIROProfessor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

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MisturasMatérias Primas

Rações

MercofloresMercominho

FertilizantesSementes de Milho

Sementes ForrageirasBatata de Semente

Plásticos Agrícolas

Sentimos Juntos a TerraSentimos Juntos a Terra

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Visitantes60.000

Área Totalda Feira

170.000m2

m2

Expositoresde Máquinas

12

Animais de Quinta330

AgroSemana - Em Números

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Expositores150

Área Promoçãodo Leite

5.000m2

Área de Animaisem Exposição3.000m2

Animais a Concurso

135

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Em 2017, na 5.ª edição da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, marcaram presença ilustres individualidades, nomea-damente o Sr. Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o Sr. Primeiro-ministro, Dr. António Costa, o Sr. Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvol-vimento Rural, Dr. Luís Capoulas Santos, o Sr. Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Dr. Luís Medeiros Vieira, o Sr. Presidente da Comissão de Agricultura e Mar, Eng.º Joaquim Barreto, entre outras personalidades de destaque no panorama governamental nacional, assim

como Presidentes de diversas Autarquias.Durante a sua passagem pelo certame, várias entidades se dirigiram à atual situação do setor agropecuário, nomea-damente o leiteiro, como é o exemplo do Sr. Presidente da República, anunciando que em janeiro, aquando da entrada em vigor do novo diploma sobre a rotulagem que permite identificar o Leite português, irá patrocinar uma grande campanha de apoio ao Leite, especificamente àquele produ-zido em Portugal, ressaltando a sua importância para todas as idades e setores da sociedade portuguesa.

AgroSemana - Atividades

Presença de Entidades Oficiais

AgroVisitasCampos de Ensaio Euralis Semillas/ Ucafert

Seminários & Workshops

As AgroVisitas aos Campos de Ensaio, que decorreram durante as manhãs dos dias 31 de agosto e 1 de setembro, organizadas pela Ucanorte XXI, contaram novamente com o patrocínio da Euralis Semillas, paralelamente com a Ucafert, a nova marca de fertilizantes Ucanorte XX, que estabelece um sistema de fertilização personalizada ao nível de uma região, freguesia ou parcela, para os cultivos de milho silagem e pastagem.Novas variedades são colocadas em ensaios de diversos locais, e são analisadas ao longo do seu ciclo biológico para comprovar a sua adaptabilidade às condições existentes. Esta análise é feita por técnicos especializados na cultura, o que garante que todas as variedades de milho que são introduzidas no mercado pela Ucanorte XXI estão perfeita-mente adaptadas.Esta iniciativa destina-se exclusivamente a profissionais convidados, verificando-se uma enorme adesão deste público-alvo.

Com tem vindo a ser hábito em edições anteriores, a Agro-Semana 2017 apresentou um programa diversificado de Seminários e Workshops, no sentido de informar e escla-recer acerca de temáticas e preocupações do setor, que contaram com a presença de várias entidades e individuali-dades oficiais, além de um painel de oradores especialistas de renome nos temas abordados.Além de sessões com cariz técnico-profissional, decor-reram, ainda, durante a manhã de dia 3 de setembro, dois workshops dirigidos ao público urbano: “O Mel não é todo Igual” e “O Queijo não é todo Igual”.

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CLASSIFICAÇÂO / SECÇÃO CRIADOR CONCELHO

1 Vaca Grande Campeã Soc. Agro-Pec. Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

2 Vaca Vice-Grande Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 Vitela Campeã Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia

2 Vitela Vice-Campeã Encanto Natural - Agro-Pecuária,Lda Ponte de Lima

1 Vitelas 6-9 Meses Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia

1 Vitelas 10-12 Meses Encanto Natural - Agro-Pecuária,Lda Ponte de Lima

1 Vitelas 13-15 Meses Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia

1 Novilha Campeã Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

2 Novilha Vice- Campeã Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 Novilhas 16-18 Meses Encanto Natural - Agro-Pecuária,Lda Ponte de Lima

1 Novilhas 19-22 Meses Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 Novilhas 23-27 Meses Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 Grande Campeã Jovem Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

2 Vice-Grande Campeã Jovem Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia

1 Vaca Campeã Jovem Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia

2 Vaca Vice-Campeã Jovem Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 Vacas Lact. até 30 Meses Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia

1 Vacas Lact. dos 30-36 Meses Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 Vaca CampeãIntermédia Soc Agro-Pec Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

2 Vaca Vice-Campeã Intermédia Quinta do Rio - Soc Agro Pecuaria, Lda Cantanhede

1 Vacas Lact. 3 Anos Soc Agro-Pec Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 Vacas Lact. 4 Anos Quinta do Rio - Soc Agro Pecuaria, Lda Cantanhede

1 Vaca Campeã Adulta Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

2 Vaca Vice-Campeã Adulta Avelino dos Santos Pinto Maia

1 Vacas Lact. 5 Anos Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

1 Vacas Lact. + 6 Anos Avelino dos Santos Pinto Maia

1 Melhor Criador Vale de Leandro - Agro Pecuária, Lda Maia

2 2.º Melhor Criador Encanto Natural - Agro-Pecuária,Lda Ponte de Lima

1 Melhor úbere Quinta do Rio - Soc Agro Pecuaria, Lda Cantanhede

2 2.º Melhor úbere Soc Agro-Pec Vilas Boas & Pereira, Lda Ponte de Lima

1 Melhor Conjunto Soc Agr Balazeiro do Sobrado, Lda Vila do Conde

2 2.º Melhor Conjunto Quinta do Rio - Soc Agro Pecuaria, Lda Cantanhede

3.º Concurso Open AgroSemanada Raça Holstein-Frísia

Um dos destaques da AgroSemana continua a ser o Concurso Open da Raça Holstein-Frísia, que se realizou durante os dias 2 e 3 de setembro, com Animais Jovens e Animais Adultos, respetivamente, e onde estiveram a concurso cerca de 135 bovinos.Este concurso é organizado pela AGROS – União de Coope-rativas de produtores de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes, U.C.R.L., com o apoio técnico da ABLN – Associação para o Apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte e da APCRF – Associação Portuguesa de Criadores de Raça Frísia, e o patrocínio da BouMatic no Espaço de Ordenha dos Animais a Concurso, a Diversey/ Sealed Air no Espaço Animais Raça Holstein-Frísia, e da Invivo NSA no Ringue onde decorreu o evento.Este ano, a competição foi presidida pelo juiz convidado, o irlandês Thomas Kelly.Destacamos o Serviço de Receção e Controlo do Leite de Animais a Concurso, levado a cabo pelo Serviço de Apoio Técnico à Produção de Leite da AGROS U.C.R.L., salientando a instalação do Espaço de Ordenha pela Agros Comercial.Integrado no programa do certame, a 2.ª edição do Concurso Jovens Manejadores pretendeu estimular, nos mais jovens, o gosto pelos animais e a vontade de partici-pação em concursos pecuários, e contou com cerca de 19 participantes, com idades compreendidas entre os 5 e os 11 anos de idade.Para a concretização desta iniciativa contamos com a inestimável colaboração de varias explorações que cederam vitelas, em especial, as Soc. Agr. Balazeiro do Sobrado, Lda e Soc Agro-Pecuária Vilas Boas e Pereira, Lda, que para além da cedência de animais proporcionaram uma ação prévia de preparação/ formação das crianças.A todos os Criadores os nossos parabéns pelo sucesso no Concurso da Raça Holsteín-Frisia, uma das atividades de referência deste certame.

50Vacas a Concursoem Lactação

5.136Litros deLeite Recolhido

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AGROlympics Fertiprado

Os AGROlympics Portugal, cuja primeira edição foi também inte-grada no programa da AgroSemana em 2016, ultrapassaram todas as expectativas com a participação de 9 Escolas Profissionais Agrí-colas Nacionais: Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes; Escola Profissional Fermil Celorico de Basto; Escola Profis-sional Agrícola Quinta da Lageosa; Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima; Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento; Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses; Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais/ Mirandela; Casa Escola Agrícola Campo Verde; e Escola Profissional de Desen-volvimento Rural de Alter do Chão.Esta iniciativa é coordenada pela Associação Profissional de Escolas Profissionais Agrícolas (APEPA) e conta com o patrocínio da Ferti-prado. Esta empresa tem como missão desenvolver um conjunto de atividades de investigação, desenvolvimento, marketing e assistência técnica, que permitam levar ao agricultor soluções para a alimen-tação animal de qualidade superior, de acordo com as suas neces-sidades e vocação da exploração, contribuindo desta forma para a melhoria da rentabilidade das empresas agropecuárias.

AgroSemana - Atividades

Classificação / Prémio Geral

1.º Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa

2.º Escola Prof. de Agricultura e Desen. Rural de Marco de Canaveses

3.º Escola Prof. de Agricultura e Desen. Rural de Ponte de Lima

Prémio Fair-Play

Escola Prof. de Agri. e Desen. Rural de Marco de Canaveses

Sarau Cultural

O Sarau Cultural, que contou em 2017 com a sua 2.ª edição, integrado no programa da AgroSe-mana, realizou-se no dia 31 de agosto. Quem assistiu a este espetáculo, teve oportunidade de testemunhar atuações de diversas Entidades Culturais, nomeadamente: RP DANCERS – Danças Urbanas da Escola Secundária de Rocha Peixoto, que têm vindo a ser reconhecidos no panorama da dança nacional pelo seu trabalho e dedicação, tendo atuado na última edição do Rock in Rio Lisboa 2016; Grupo de Cavaquinhos da Universidade Sénior de Vila do Conde – Associação de Solidariedade Social “O Tecto”; Grupo de Cantigas Regionais da Universidade Sénior do Rotary Club da Póvoa de Varzim; TACCO – Teatro Amador do Círculo Católico de Operários de Vila do Conde, que apresentaram vários momentos de humor; Conservatório de Música de Vila do Conde com o seu Ensemble de Violoncelos; Gatunos – Tuna Académica do Politécnico do Porto; Fadista Marisa Pinheiro; Academia Corpore Sano da Póvoa de Varzim; e recitação de poesia com Eduardo Faria da Asso-ciação Varazim Teatro.

Animação Geral

A 5.ª edição da Feira Agrícola do Norte foi recheada de momentos lúdicos para todos os gostos e idades. Durante os quatro dias de certame, foram diversas as atuações que, quem visitou o Espaço AGROS, teve oportunidade de presenciar, tal como: a atuação da Baco Band no Palco Firestone, antes do Concerto de David Carreira; o espetáculo da Banda Tal & Qual, no mesmo Palco, ao final da tarde do dia 2 de setembro; o DJ Ar de Rock Laúndos que animou as noites de Sexta-feira e Sábado na Praça da Alimentação Super Bock; o Grupo de Bombos de S. Bento de Vairão; Teatro de Rua do Círculo Católico de Operários de Vila do Conde; a Banda Musical Santiago de Silvade que atuou na Sessão de Encerramento da Feira Agrícola do Norte; entre outros.

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Volteio e Gincana de Cavalos MAN

Concerto David Carreira e Ana Moura

A 2.ª edição da Gincana de Cavalos, que em 2017 contou com o patrocínio da MAN, destinada à participação restrita de alunos, em representação das suas escolas – EPAMAC – Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses e EPPL – Escola Profissional de Agri-cultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima.Este ano foi, ainda, incluído nesta demonstração o Voltige, ou Volteio Artístico, que se trata de uma disciplina artística e atlética na qual os atletas executam movimentos sobre

o dorso de um cavalo em movimento. A nível competi-tivo, requer uma condição física de alto nível por parte do volteador, uma relação harmoniosa com o cavalo e um exce-lente trabalho em equipa.Através desta iniciativa, que teve lugar no dia 2 de setembro (sábado), pretendeu-se também concentrar em são convívio desportivo os alunos destas duas instituições do ensino profissional agrícola da região Norte.

David Carreira é já um fenómeno de sucesso nacional e com um percurso internacional cada vez mais conso-lidado. O cantor, modelo e ator, que venceu o MTV Europe Music Award para Melhor Artista Português no ano de 2016, atuou na noite de 1 de setembro no Palco Galp. O autor de êxitos como “Não Papo Grupos”, “Primeira Dama”, “Dizias que não” ou “In Love” proporcionou, a todos que assistiram ao seu espetáculo, uma noite com muita animação, ritmo e também romantismo.Já na noite de 2 de setembro, foi a vez Ana Moura, a inigualável voz do fado português, subir ao placo principal da AgroSemana. Com mais de 300.000 discos vendidos, mais de 1 dezena de galardões onde se destacam 2 Globos de Ouro, 2 prémio Amália, 1 nomeação para os Songlines Music Awards na cate-goria de Melhor Artista, participações com ícones da música Prince, The Rolling Stones, Caetano Veloso, Gilberto Gil ou Herbie Hancock.

Sarau Cultural

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Festival Folclórico

Gincana de Tratores Repsol

Demonstração CaninaAgility, Obediência e Freestyle

No decorrer da tarde de domingo, 3 de setembro, o tradicional Festival Folclórico realizou-se no Palco Firestone, onde atuaram três ranchos de renome na região: Rancho das Rendilheiras da Praça, em que as suas centenárias raízes foram inspiradas em tradições, cultos e costumes populares, tornando-os num dos agentes mais importantes na divul-gação turística de Vila do Conde e, particularmente, das suas Rendas de Bilros, tanto em Portugal como no estrangeiro; o Rancho Folclórico das Carvalheiras de Argivai, grupo que tem por fim o desenvolvimento de atividades recreativas e culturais, com um estandarte bordado com símbolos alegóricos ao folclore e que trouxe ao Palco Firestone músicas de origem popular; e por fim, uma estreia na AgroSemana – Feira Agrí-cola do Norte, o Rancho Folclórico S. Miguel-o-Anjo, tendo atuado em vários locais de Norte a Sul do país, e com saídas para o estrangeiro, este Rancho é um digno Representante do Folclórico de Vila Nova de Famalicão e da Região do Baixo Minho.

A Gincana de Tratores ocupa um lugar de destaque nos momentos lúdicos da Feira Agrícola do Norte, com a Repsol a renovar a sua aposta na atividade, pelo terceiro ano consecutivo, e que contou também com o apoio da ADA – Associação de Desporto Auto-móvel de Vila do Conde, e de diversas prestigiadas marcas de máquinas agrícolas.Os participantes tiveram a oportunidade de colo-carem à prova os seus conhecimentos, e o privilégio de demonstrarem a sua destreza de condução e a sua versatilidade operacional no manuseamento de Tratores Agrícolas.Esta iniciativa pretendeu, ainda, demonstrar os pormenores de segurança, técnicos e operacionais das máquinas em uso, além de ser um momento de convívio desportivo e profissional entre os opera-dores destes veículos.

No dia 3 de setembro, decorreu, no Ringue Invivo NSA, mais uma Demonstração Canina de Agility, Obediência e Freestyle, sob a tutela da empresa COMtakto – Escola de Treino Positivo para Cães. Esta organização forma os donos como treinadores dos seus próprios cães, a terem a capacidade de poderem ensinar e interagir de uma forma tran-quila, respeitosa e harmoniosa. Sendo pioneiros no “Treino Positivo”, há mais de uma década que usam técnicas e metodologias que começam agora a dar os primeiros passos no nosso país.

AgroSemana - Atividades

Classificação / Nome

1.º Daniel santos

2.º José Miguel Correia Araújo

3.º Manuel Coelho

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Espaço Infantil Confiauto

Picadeiro MAN

Visitas Pedagógicas

O Espaço AGROS, onde decorre a AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, dada a sua envolvência natural, aliada a um leque diversifi-cado de jogos e atividades disponibilizados durante os quatro dias do evento, direcionados especialmente para os mais novos, possui todos os elementos essenciais para oferecer às crianças que nos visitam um dia emocionante e inesquecível.Todas estas atividades encontravam-se num Espaço dedicado exclu-sivamente ao público infantil, patrocinado pela Confiauto, onde estiveram presentes diversos monitores no sentido de acompanhar as crianças nas diversões disponíveis.Para uma maior comodidade dos pais que nos visitaram, foram disponibilizados alguns serviços, nomeadamente, pulseiras identifi-cativas para as crianças disponibilizadas no “Ponto Seguro Grupo 8”, e um Espaço especialmente concebido para atender às necessi-dades do bebé, uma novidade desta edição!

O Picadeiro, espaço patrocinado pela MAN, encontrava-se no coração da Feira Agrícola do Norte.Tanto o Batismo a Cavalo, como o Passeio de Char-rete, à semelhança do ano de 2016, encontram-se incluídos nas atividades de responsabilidade social que reverteram a favor da RARÍSSIMAS - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras.Este espaço, explorado pela Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses e pela Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima, propor-cionou, garantidamente, uma excelente e divertida interação com estes animais únicos dotados de habi-lidade e inteligência incomparáveis.

A AgroSemana é um espaço de diversão, mas também de aprendi-zagem para todas as idades. Todos os visitantes têm a oportunidade de experienciar a envolvência de diversas áreas do mundo rural.Durante os dias 31 de agosto e 3 de setembro, decorreram no Espaço AGROS as Visitas Pedagógicas, promovidas pela AGROS e integradas nas dinâmicas da AgroSemana, onde marcaram presença cerca de 600 crianças e utentes de lares, centros sociais e de reabilitação, num total de aproximadamente 20 instituições.

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Espaço Exposição de Máquinas Agrícolas Firestone

Espaço ExpositoresMillennium BCP

Espaço Expositores Cooperativos CA Crédito Agrícola

ExpositoresCLAASFirestoneMANSEACADJTorre Marco – John DeereManitou PortugalAuto Agrícola S. CristóvãoMetalúrgica Vilas BoasOperação DiretaRepoutizHerculanoBarcelestufas

ExpositoresBoviplan; Eurotrofa; Vitcormin; Vlaser ON;NRB; Artcoating; Factor Diferencial;NUTRINOVA; Nanta – Alimentação Animal;Novais & Ferreira - Combustíveis; Sorrir + Clínicas Dentárias; Cachapuz; VIPUR;Microrégio; Earth Consulters; Pleasant Proposal; FPC; Nutrigenetik; Dekalb (Monseeds); Gasin; Alltech; Bayer - Crop Science; Repsol; Fidelidade; MEO (PT Empresas); Millennium BCP; Galp;Lipor - Nutrimais; Prados de Melgaço - Queijaria; Quinta dos Fumeiros;Quinta Moinhos Novos (Lactimercados);Queijos LCB (Lacticínios Correia Barreiras);

DAVACA – Lacticínios do Monte (Agrope-cuária das Coelheirinhas);Adega de Arruda dos Vinhos; Queijos Trevo (Quinta da Tapada); Cooperativa do Távora;EPAMAC - Escola Profissional de Agricul-tura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses; Escola Profissional de Agricul-tura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima; UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento; Escola Superior Agrária - IPVC; UniNorte Coopera-tiva Polivalente; UniNorte AgroSMARTcoop SUDOE; UniNorte GlobalQoop; Escola Profissional de Fermil, Celorico de Basto;Mel Fernando Cruz; Adega Castelo Rodrigo;

ExpositoresConfagri; FENAZEITES; FENAPÍCOLA;FENAFLORESTA; Câmara Municipal da Póvoa de Varzim; Câmara Municipal de Vila do Conde; Câmara Municipal de Barcelos; CA Crédito Agrícola; PROLEITE; LACTICOOP; Lactogal; Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte; Cooperativa Agrícola Leiteira do Concelho da Póvoa de Varzim, C.R.L.; Cooperativa Agrícola dos Produtores de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, C.R.L.; Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros, C.R.L.; Cooperativa Agrí-cola dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, C.R.L.; Cooperativa Agrícola de Penafiel, C.R.L.; COOPALIMA - Cooperativa Agrícola dos Produtores do Vale do Lima, C.R.L.; Cooperativa Agrícola de Lousada, C.R.L.; AGRIBAR - Cooperativa Agrícola de Barcelos, C.R.L.; CAVIVER - Cooperativa Agrícola de Vila Verde, C.R.L.; FAGRICOOP- Cooperativa Agrícola dos Produtores de Leite de V. N.

de Famalicão, C.R.L.; CACOVIN - Coope-rativa dos Agricultores de Vinhais, C.R.L.; Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, C.R.L.; A LAVOURA - Cooperativa Agrícola do Concelho de Paços de Ferreira, C.R.L.; Cooperativa dos Agricultores do Concelho de Paredes de Coura, C.R.L.; Terras de Felgueiras - Caves de Felgueiras, C.R.L.; CAVAGRI - Cooperativa Agrícola do Alto Cávado, C.R.L.; CAPOLIB - Cooperativa Agrícola de Boticas, C.R.L.; Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Concelho de Valongo, C.R.L.; Cooperativa Agrícola da Maia, C.R.L.; CAVCC - Cooperativa Agrícola de Viana do Castelo e Caminha, C.R.L.; Cooperativa Agrícola de Esposende, C.R.L.; ÁGRIMA - Cooperativa Agrícola de Matosi-nhos, C.R.L.; Cooperativa Agrícola de Sabo-douro, C.R.L.; Apistechnologies; Itelmatis; Area400; Phosphorland; Semillas Fitó; ADP Fertilizantes; Fertinagro; Compo Expert; Pioneer; Segalab - Laboratório de

Sanidade Animal e Segurança Alimentar; Agros Comercial/ Boumatic; CevarGado; Ucanorte XXI; PEC Nordeste; Euralis Semillas; Lusogenes; Fertiprado; Diversey; Nufarm; AgroSMARTcoop; ALIP.

AgroSemana - Expositores

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Espaço BPI Hortícolas e Flores

Espaço Animais de Quinta eRaças Autóctones cevarGado

Restaurantes DOP Repsol GásPraça da Alimentação Super Bock

ExpositoresBanco BPI; Horpo-zim-Associação dos Horticultores da Póvoa de Varzim; Casa da Arada; Floralves; Castel-plantas; Sérgio Alves; Valemarques.

Espécies em ExposiçãoCavalo Lusitano; Burro Mirandês; Javali; Ovelha Churra; Ovelha Bordaleira; Galinha Pedrês Portuguesa; Galinha Preta Lusitâ-nica; Galinha Branca; Galinha Amarela; Cabra Bravia; Garrano; Porco Bísaro; Perdiz; Pato-real; Coelho; Peru; Capão Freamunde; Pavão; Galinha-da-índia; Faisão; Galinha Araucana; Ganso Branco; Cisne Branco; Cisne Negro; Codorniz; Garnize Sedosa; Garnize Sebright Dourada; Vitelo; Canário; Aves Exóticas; Rola; Raça Bovina Minhota; Raça Bovina Barrosã; Raça Bovina Cachena; Raça Bovina Arouquesa; Raça Bovina Maronesa.

ExpositoresRestaurante Carne Minhota; Restaurante Carne Barrosã; Restaurante Carne Arouquesa; OLÁ; Super Bock; Tupinamba; Camionete; Central dos Pregos; Duas de Treta; Sabores de Maria Rosa; Boca de Porco; Bola de Berlim do Algarve; 1163 – Cerveja Artesanal; Tradições de Labruge; Casa Ermida; Casa Agrícola - Moinho; Thapi Tapioca; Tasquinha Serrana; Espaço T2 Hamburgueria; Licores Regionais; Ginjinha de Óbidos;

Farturas Gourmet; Zé da Tripa; Paróquia de Argivai; Paróquia de Vila do Conde; Amorefrato – Crepes e Gelados; Cantinho do Freitas; Serrano Presuntos; PEC Nordeste / O Farela; Casa Escola Agrícola Campo Verde.

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AgroSemana - Responsabilidade Social

Nesta 5ª Edição da AgroSemana, durante os quatro dias de certame, foram várias as atividades lúdicas cujas receitas reverteram na totalidade, para a RARÍSSIMAS – Centro rarÍS-SIMO do Norte, nomeadamente:• Batismo a Cavalo – 1€ (Picadeiro MAN)• Passeio de Charrete – 1€ (Picadeiro MAN)• Circuito de Tratores para crianças – 1€ (junto ao Espaço

Raças Autóctones e Animais de Quinta cevarGado)• Slide – 2€ (Fim da Avenida Principal)• Touro Mecânico – 1€ (junto ao Espaço Máquinas Agrícolas

Firestone)• Cafés Tupinamba – 0,10€ por café vendido (Praça da

Alimentação Super Bock e junto aos Restaurantes de Raças Autóctones Repsol)

Esta angariação teve como objetivo doar equipamentos e materiais que estão a ser necessários para os tratamentos e atividades lúdico-terapêuticas diárias, essenciais ao desenvol-

vimento, integração e melhoria na saúde e na qualidade de vida das crianças e jovens com doenças raras. “Existimos porque há pessoas raras, com necessidades raras” é o lema da RARÍSSIMAS (Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras), esta que é uma Associação de referência nacional e internacional, que tem como missão, apoiar doentes, famílias, amigos de sempre e de agora que convivem de perto com as doenças raras.Tradicionalmente julga-se que o que é raro, raramente acon-tece, porém, em Portugal existem cerca de 800 mil pessoas com doenças raras e, várias centenas de doentes ainda por diagnosticar. Assim, o trabalho interventivo da RARÍSSIMAS assenta em 4 pilares: Representar, Referenciar, Registar e Reabilitar estes doentes raros.Através destas atividades, foi possível recolher um total de 3.185 €.Desde já, obrigadÍSSIMA!

Instituição AgroSemana 2017

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À semelhança da 1.ª edição, este ano os donativos da Caminhada Solidária, que se realizou dia 2 de setembro pelas 10:00 horas, rever-teram a favor dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde e dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim, região onde se insere o Espaço AGROS. Num ano em que o nosso país sofreu uma das maiores tragédias de que há memória, resultado de um incêndio, é necessário recordar a população que aqueles que arriscam e dedicam a sua vida pelo próximo, estão disponíveis durante todo ano e não só durante os meses propícios a fogos florestais, muitas das vezes debatendo-se com a falta de meios necessários e adequados.Esta iniciativa, com um novo percurso e tendo a atleta Jéssica Augusto, a grande campeã da atualidade, como madrinha da ativi-dade e solidária com a causa que representa, contou com cerca de 700 participantes e onde foi possível angariar um total de 4.332 €.

A Cãominhada Fidelidade, que teve lugar no dia 3 de setembro pelas 10:00 horas, tem como objetivo sensibilizar a população, não só para os benefícios da vida ao ar livre e do exercício físico na manutenção da saúde humana e animal, como para a necessidade de solidarie-dade para com os milhares de animais abandonados que existem no nosso país. A inscrição permitiu contribuir para a instituição, “A Cerca – Abrigo dos Animais Abandonados”, com 5 € por cada participante. A atividade teve aproximadamente 400 participantes de quatro patas, onde foi possível angariar 2.095 € para a associação, além de donativos em géneros, como alimentos, medicação, acessórios para animais, entre outros.

Caminhada Solidária BP

Cãominhada Fidelidade

A vertente solidária reco-lheu, durante a AgroSe-mana, no total, 9.612 € a reverter a favor das instituições referidas.

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de 31 Agosto a 3 Setembro, 2017

AgroSemana

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30 AGOSTO a 2 SETEMBRO

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Durante o mês de julho de 2017, cerca de 800 sócios de 29 das Cooperativas associadas à AGROS - União das Cooperativas dos Produtores

de Leite de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes U.C.R.L., visitaram as instalações da Unidade Fabril da Lactogal - Produtos Alimentares S.A., localizada em Modivas, Vila do Conde.Numa iniciativa conjunta da AGROS U.C.R.L. e da Lactogal, estas visitas tiveram como objetivo primor-dial, dar a conhecer uma das unidades fabris do grupo, e qual o percurso do Leite, desde que este chega às instalações através do camião de recolha, até ao seu embalamento e posterior distribuição.À chegada às instalações da Lactogal, os participantes tiveram a oportunidade de presenciar o processo de descarga do Leite a partir dos camiões de recolha, e de ouvir uma breve explicação acerca das rigorosas análises microbiológicas executadas ao Leite que é rececionado nas unidades fabris, através dos mais modernos equipamentos laboratoriais. Todos os centros fabris do Grupo Lactogal estão certificados pelo Instituto Português da Qualidade, e os lotes de

Acontecimentos

Visita das Cooperativas à Lactogal

Leite selecionados são embalados em equipamentos que apresentam a tecnologia mais moderna a nível mundial e oferecem a máxima garantia de qualidade.Além da visita à unidade de embalamento do Leite e plataforma de logística, foi possível assistir à apresen-tação da empresa, e seu modelo de negócio.A Lactogal – Produtos Alimentares S.A. foi fundada em 1996 pela AGROS, Proleite e Lacticoop, com o objetivo de industrializar, comercializar e valorizar a nossa matéria-prima nacional e de excelência, o Leite, e desde então que assume um papel essencial na sustentabilidade do setor. Com 14 marcas sob a sua alçada, tal como a Agros, Mimosa, Gresso, Adágio, Matinal, Castelões, Castelinhos, Vigor, Pleno, Primor, Serra da Penha, Fresky, Milhafre dos Açores e Serra Dourada, é líder europeia no lançamento de produtos agroalimentares, atualmente assumindo um volume de exportação de produtos que chega a quatro continentes distintos, e criando postos de emprego de forma sustentada.O objetivo futuro passa por manter este crescimento, idealizando novos caminhos de inovação.

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FOTOS1. Chegada dos Produtores

às instalações da Lactogal;

2. Apresentação do proce-dimento de descarga do leite;

3. Apresentação da atividade da Lactogal e portefólio de produtos;

4. Montra com portefólio de produtos Lactogal;

5. Degustação de produtos;6. Visita ás linhas de

embalamento.

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Acontecimentos

A 2.ª edição da Festa da Criança e do Leite, promovida pela AGROS, e que decorreu durante o dia 1 de junho de 2017, no Espaço AGROS em Argivai – Póvoa de Varzim, contou com mais de 750 participantes, onde todas as crianças eram finalistas do ensino básico – 4.º ano de escolaridade – num total de 19 escolas e 34 turmas, dos Agrupamentos Escolares dos Concelhos de Barcelos, Maia, Trofa, Vila do Conde, Vila Nova de Famalicão e Póvoa de Varzim.Honrou-nos com a sua presença a Senhora Vereadora dos Pelouros de Recursos Humanos, Desenvolvimento Local e Polícia Municipal, a Dr.ª Maria Lucinda Delgado da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, e em repre-sentação do Município de Vila do Conde, a Senhora Vereadora dos Pelouros da Educação, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e Administração Geral, a Dr.ª Maria de Lurdes Alves.A Festa da Criança e do Leite foi mais uma edição de sucesso, reforçando a necessidade de alertar as crianças para o papel fundamental dos laticínios na manutenção de um estilo de vida saudável, conju-gando a transmissão de conhecimento com momentos únicos de lazer e diversão.

No Dia Mundial da Criança, que desde o ano 2001 coincide com o Dia Mundial do Leite, propor-cionou um dia de realização de jogos didáticos

e recreativos, num clima de amizade e convívio entre todos os participantes, em que o elemento competi-tivo funciona apenas como o componente necessário para a consecução das atividades, bem como para treinar a destreza e os conhecimentos sobre alimen-tação saudável, com enfoque nos laticínios.Uma vez que, de acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Europa com maior número de crianças afetadas pela obesidade, é de extrema importância educar os mais pequenos sobre os benefícios de uma alimentação e estilo de vida saudável, sendo que o Leite e os seus derivados são um alimento precioso em termos nutricionais, sobre-tudo para crianças.

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A VII Cerimónia de Entronização da Confraria Nacional do Leite realizou-se no dia 17 de junho de 2017, no Teatro Municipal de Vila do Conde.

Sendo este o palco escolhido para evento de notável relevo, sublinha-se a importância que a atividade econó-mica representa para o concelho, traduzindo-se num volume de negócios de 40 Milhões de Euros Anuais. A Confraria Nacional do Leite homenageia quem consi-dera distinguir-se na defesa da causa do Leite e seus derivados, fomentando a sua produção, consumo, valorização e comercialização. Assim, atenta à defesa da Dr.ª Elisa Ferraz em prol dos agricultores e, nomea-damente, do Setor do Leite, a Senhora Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde foi entronizada, juntamente com diversas individualidades, como o Senhor Secretário de Estado da Agricultura e Alimen-tação, Dr. Luís Medeiros; e o Senhor Presidente da Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da Repú-blica, Eng.º Joaquim Barreto. Foi, ainda, atribuído o título de Confrade de Mérito, pela importante contri-buição para o Setor ao longo de toda a sua vida, ao Sr. Joaquim Cardoso, Presidente da Lacticoop. Todos os Confrades prestaram juramento de defesa do produto de excelência que é o Leite.Recorde-se que a criação de uma Confraria Nacional do Leite resultou, inicialmente, do sonho do Comen-dador Fernando da Silva Mendonça, o qual entendia que uma Organização desse género, constituída por individualidades de reconhecido mérito, poderia contribuir para o fortalecimento do setor leiteiro e a

Acontecimentos

CONFRARIA NACIONAL DO LEITE

projeção da sua imagem, assim como dos produtos lácteos, na sociedade.Após o seu inesperado desaparecimento, em dezembro de 2010, esta tarefa foi assumida com afinco e sentimento de dever por um conjunto de indivi-dualidades que bem conheciam a referida intenção, pelo que, no dia 29 de agosto de 2011, os Senhores Francisco Marques, Simão Alves e Amadeu Sá Matias, na qualidade de membros da Comissão instaladora, formalizaram, em escritura pública a constituição da CNL – Confraria Nacional do Leite, com como objeto

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DOS ESTATUTOS DA CONFRARIA NACIONAL DO LEITE, DESTACAM-SE:

PRIMEIROEstabelecer ligações com produtores, agentes económicos, entidades privadas e outras confrarias ligadas ao Leite e gastro-nomia, suas Federações e Confederações, bem como com a comunicação social;

SEGUNDOPromover e apoiar a valorização dos conhecimentos dos seus associados no que respeita às atividades de produção de Leite, bem como representar os associados na defesa dos seus direitos e interesses no âmbito do objeto social desta Confraria;

TERCEIROPromover a realização de concursos, provas, ações de promoção e outros eventos, com carácter periódico, devendo os respe-tivos regulamentos serem aprovados pelo Grão Capítulo;

QUARTOFomentar a produção, consumo, valorização e comercialização de Leite nacional e seus derivados, quer no território nacional quer no estrangeiro;

QUINTODivulgar tudo quanto respeite ao Leite nacional, considerado com interesse para os seus associados, e a sua incidência sobre a saúde, dando relevância à importância dos seus constituintes;

DOS ESTATUTOS DA CONFRARIA NACIONAL DO LEITE, DESTACAM-SE:

evidente: o desejo de promover o produto “Leite” e os seus produtos lácteos por todas as vias possíveis, pelo que a agremiação nesta entidade assume uma forte responsabilidade de todos os seus membros.Foi já no final do ano de 2011 que a Confraria elegeu pela primeira vez os seus Corpos Sociais e organizou o I Capítulo da Cerimónia de Entronização, o qual se realizou no Museu Municipal de Penafiel.Elevam-se estas iniciativas, que contribuem para o fortalecimento do setor leiteiro e para a projeção dos produtos lácteos na sociedade e almeja-se que a Confraria Nacional do Leite continue a cumprir, e a fazer cumprir, os seus principais objetivos: divulgar e promover o produto nacional, o Leite, abrangendo fundamentalmente as suas vertentes históricas e cultu-rais, mas também, as económicas, sociais e outras; e representar os seus associados na defesa dos seus inte-resses globais, no âmbito definido no número anterior, perante entidades oficiais, instituições e outras asso-ciações ou entidades afins, nacionais ou internacionais.

FOTOS1. Grupo dos presentes na Cerimónia;2. Cortejo para Cerimónia Religiosa;Entronização dos novos Confrades:3. Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Dra. Elisa Ferraz;4. Presidente da Comissão de Agricultura e Mar da Assembleia da República,

Eng.º Joaquim Barreto;5. Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Dr. Luís Medeiros.

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A EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS NO CONTEXTO EUROPEU:Alguns países do norte da Europa já têm estatuto de livres de IBR e BVD. Noutros países estão em curso programas de controlo de IBR e BVD, a nível nacional ou regional, nuns casos obrigatórios e regulados pelas autoridades, noutros numa base voluntária.Sendo Portugal um País maioritariamente importador, uma das principais causas da entrada deste vírus em Explorações da região, resultou dessas importações massivas que ocorreram, em especial nas décadas de 80-90 - situação que acabou por beneficiar esses mesmo Países, na luta contra essas doenças, por via da exportação de animais e transferiu o problema para o nosso país.

Acontecimentos

Programas Voluntáriosde Controlo de IBR e BVDDesafios para OPP’s e Produtores

SIMPÓSIO UCADESA

CONTEXTUALIZAÇÃODando cumprimento ao papel que a UCADESA tem na saúde animal, em parti-cular, na região de Entre Douro e Minho, de prioritariamente contribuir para a criação das condições necessárias ao desenvolvimento e execução dos Planos de Saúde Animal, em vigor, mas também a possibilidade de melhorar a saúde dos efectivos nas explo-rações dos nosso produtores, valorizando a pecuária da região, foi organizado, no domínio da divulgação e formação, um Simpósio sobre o tema: Programas de controlo de IBR e BVD- desafios para OPP’s e produtores.

Em Portugal, não existe um programa nacional obriga-tório de erradicação. Contudo, existem actualmente alguns projectos a nível regional ou local, para o controlo sanitário do IBR e do BVD numa base volun-tária, como é exemplo disso o Programa BOVICON-TROL, da SEGALAB.

Este programa que conta já com alguns anos de expe-riencia e com um número apreciável de explorações aderentes, desenvolveu-se fruto do interesse, quer dos produtores quer das organizações cooperativas, em ver controladas estas doenças pelos prejuízos económicos que lhe causavam.

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O contexto do sector tem-se alterado bastante nos últimos anos. Com a abertura de novos mercados de exportação, criou-se uma oportunidade única, para a comercialização de genética. Passamos pois, de apenas importadores também a exportadores. Esta nova realidade obriga-nos a pensar numa abor-dagem diferente relativamente à saúde animal pelo motivo que passamos a ter de competir com outros Países também na área da saúde animal.

A UCADESA tem feito sentir junto da DGAV a neces-sidade de proteger o sector pecuário da região, em particular, diferenciando positivamente, explorações e organizações que têm apostado e investido em saúde animal, como é o caso dos produtores aderentes ao Programa BOVICONTROL.Esse esforço tem que ser recompensado, em primeiro lugar, com a melhoria da saúde dos animais e consequentemente da sua performance produtiva e a melhoria da rentabilidade das explorações e em segundo lugar com o reconhecimento de uma certificação de animais e explorações debaixo destes programas.Falta agora o enquadramento legal para que possamos ver reconhecido o trabalho pioneiro e o investimento realizado por todos.

Neste Simpósio, o Dr. Joe O’FLAHERTY da AHI – animal Health Ireland, trouxe-nos a sua experiencia na implementação dos Programas de erradicação de BVD e IBR, no seu País.Em primeiro lugar, é de notar a importância das expor-tações do sector agro-alimentar Irlandês, represen-tando 26 mil milhões de euros, de volume de negó-cios. Relativamente ás exportações representa na EU (sem o Reino Unido) 28% e para o Reino Unido (agora no período Brexit), 41%, ou seja, produtos lácteos e a carne são exportados em + 90%.Dentro da AHI, um consórcio público-privado, a estra-tégia estabelecida em termos de programas, são o BVD o IBR e a Paratuberculose. Destaca-se o objectivo de erradicação do BVD para fins de 2020 e o aumento do apoio económico dado pelo governo Irlandês á produção no sentido de acelerar o processo de erra-dicação, encurtando prazos, factor muito importante, para o sucesso do programa.Já quanto ao IBR, o programa está mais atrasado estando em estudo a analise custo-benefício da doença para iniciar a sua implementação em 2019, dada a especificidade e os efeitos da doença.De concluir a importância de campanhas de educação antes do arranque do programa, o estabelecimento do balanço económico da erradicação, os fundamentos científicos e políticas sólidas e bem evidenciadas e finalmente uma fase piloto com sucesso de modo a legitimar e a dar confiança ao sector.Seguidamente a Dra. Adelaide Pereira, apresentou o programa Bovicontrol, da SEGALAB, dando nota da evolução, dificuldades e exemplos de sucesso, que foram sendo diagnosticados a longo dos anos, relati-

vamente ás duas doenças em análise – BVD e IBR.Foram ainda feitas considerações sobre o que será a norma de certificação a lançar pela DGAV, para estas duas doenças, tendo em conta a participação da Dra. Adelaide Pereira, no grupo de trabalho consti-tuído pela DGAV, para este assunto. Uma nota final para referir que, em principio e a confirmar, a apresentação publica da Norma de Certi-ficação, será realizada em 27 de Outubro, no Porto.

A UCADESA dará ainda nota deste evento quando houver o Programa Definitivo.

FOTOS1. Intervenção do Presidente da Direção da UCADESA, Sr. Vitor Maia;2. Intervenção do Secretário-Geral da UCADESA,Engº António Ferreira;3. Apresentação do Dr. Joe O’Flaherty ;4. Apresentação da Dra. Adelaide Pereira.

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Decorreu, no passado dia 13 de julho de 2017, o Seminário Internacional “Contraste Leiteiro e Benchmarking

de Custos de Produção de Leite”, inte-grado nas comemorações dos 25 anos da Associação para o Apoio à Bovinicultura Leiteira do Norte (ABLN).Este seminário, destinado a todo o universo de explorações aderentes ao contraste leiteiro na região Norte, contou com a presença de cerca de 450 participantes.Na sessão de abertura o Senhor José Capela, Presidente do Conselho de Admi-nistração da ABLN, deu as boas vindas a todos e efetuou uma análise histórica e evolutiva da Associação e dos serviços que esta representa, e como os resultados obtidos têm contribuído para a melhoria do setor ao longo destes 25 anos. Referiu, ainda, a importância e o bom exemplo do partenariado entre o Estado e as Organi-zações de Agricultores, em particular o setor cooperativo, que conduziu á imple-mentação de um programa de melho-ramento dos bovinos leiteiros, na região Norte, com sucesso. Fez também questão de destacar as prin-cipais figuras que protagonizaram esses momentos ao longo da história da Asso-ciação. O seminário foi dividido em 2 sessões sendo uma da parte da manhã, voltada para o serviço de contraste leiteiro e para a evolução genética dos efectivos bovinos leiteiros, e outra da parte da tarde, sobre comparação (benchmarking) de custos de produção entre explorações leiteiras.Da parte da manhã, o Dr. Uffe Lauritsen, apresentou o exemplo do contraste leiteiro na Dinamarca, onde foi possível

verificar a evolução e importância deste serviço naquele país, com uma adesão ao serviço acima dos 80% e também destacou a importância da certificação do serviço de contraste leiteiro, no ICAR, pela valorização das organizações e das explo-rações e seus animais. Foi possível regis-tarmos com satisfação, por comparação, o que se tem feito em território nacional, da rápida evolução de Portugal, numa linha de acção, coerente e em conso-nância com os padrões europeus, que demonstra apesar de começarmos mais tarde estamos no caminho certo.Seguidamente, o Professor Júlio Carva-lheira, Responsável Técnico-Científico pelo Programa de Melhoramento da Raça Frísia, apresentou a evolução da avaliação genética nacional dos bovinos da Raça Frísia, dando destaque á produção de Leite e seu valor genético. Para que este indicador possa continuar a evoluir posi-tivamente, é necessário ter em atenção os touros que se seleccionam, pois do mercado internacional também chega ao nosso país sémen de touros cujo valor genético para leite é inferior ao das nossas fêmeas. Por outro lado, é muito impor-tante que se registem na base de dados nacionais do Bovinfor, as inseminações realizadas para que as vitelas não “fiquem sem pai”, o que dificulta depois a avaliação genética desses animais de forma rigo-rosa. Deve usar-se ainda a avaliação gené-tica portuguesa para as características principais para não perdermos a quan-tidade de leite por animal, nas próximas gerações, como aconteceu recentemente, de acordo com os dados publicados.Depois de um momento de convívio e

25º ANIVERSÁRIOABLN

Acontecimentos

troca de experiências entre ex-dirigentes, ex-colaboradores e atuais órgãos sociais e colaboradores, além de todas as explo-rações aderentes ao contraste leiteiro na região, deu-se início à segunda sessão sobre custos de produção de Leite e benchmarking.Para abrir a sessão esteve a Dr.ª Rachel Lawrence, da Universidade de Cambridge, que apresentou a evolução deste serviço no reino Unido, apresentando alguns indicadores interessantes do sector do leite nas explorações inglesas e o futuro impacto pós Brexit. Este serviço foi criado através de um consórcio de Universi-dades, designado Rural Business Research e funciona para outros subsetores da ativi-dade agrícola. Foi referido a dificuldade económico-financeira, em particular, dos últimos anos das explorações do Sul de Inglaterra, tendo sido muito útil, para o objetivo que se pretende em Portugal.De seguida, a Dr.ª Isabel Santos, da Cooperativa Agricola de Vila do Conde, apresentou o serviço que a Cooperativa presta nesta área para os seus Associados. Foi muito importante perceber, a forma integrada como funciona este serviço, na Cooperativa e os indicadores que já foram recolhidos e tratados, nos últimos 2 anos, representando já uma ferramenta indispensável para os Associados Produ-tores de Leite. Foi possível, ainda, analisar alguns desses indicadores, no grupo em estudo, e apesar de alguma diversidade de resultados, é notória a dificuldade porque o setor passa, os pontos fortes e fracos das explorações-tipo da região e as ameaças e oportunidades com que o setor se debate.

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Nota de redação:Por lapso, na edição n.º 31 da Revista AGROS “Força da União, relativamente às classificações obtidas na II Feira Profissional de Maquinaria, Agricultura e Pecuária – Abanca Cimag-GandAgro 2017 (Pág. 43), encontra-se em falta mencionar:

Secção Melhor Classificação Portugal ANIMAL DA EXPLORAÇÃO

2.ª Secção 3.º Matias & Silva Sociedade Agrícola, Lda (Póvoa de Varzim)

7.ª Secção 5.º Matias & Silva Sociedade Agrícola, Lda (Póvoa de Varzim)

Finalmente, a Dr.ª Maria do Socorro Rosário, do GPP, tendo em conta a sua vasta experiência de trabalho na rede de Informação de Contabilidades Agrícolas (RICA) e consequentemente colaborando na rede Europeia (FADN) apresentou aquilo que considera as vantagens de utilizar um sistema destes como ferra-menta de orientação e gestão económico-financeira. Referiu também que, a partir do serviço de contraste leiteiro, é possível implementar uma rede de serviços de benchmarking na região e em todo o país, que será uma mais-valia para todos. Neste sentido, está a ser preparado um projeto de estudo sobre a implementação de uma ferramenta de benchmarking a aplicar de uma forma alargada, nas explorações com contraste leiteiro e a utilizarem a plata-forma Bovinfor.A iniciativa terminou com um momento de reflexão e felicitações pelos 25 anos da ABLN.

FOTOS1. Intervenção do Secretário-Geral da ABLN, Engº António Ferreira;2. Intervenção do Presidente da Direção da ABLN, Sr. José Capela;3. Debate com intervenientes do Painel I;4. Debate com intervenientes do Painel II.

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FOTOS1. e 2. Momento das intervenções na Sessão ocorrida no Espaço AGROS

Acontecimentos

A Segalab - Laboratório de Sanidade Animal e Segurança Alimentar, em parceria com os Labo-ratórios LETI, realizou, nos dias 21 e 22 de Junho,

duas Sessões Técnicas, destinadas a Médicos Veteriná-rios de Animais de Companhia, uma na região Norte, no Espaço AGROS – Póvoa de Varzim, e outra na região Centro, no auditório da Confagri – Palácio Benagazil, em Lisboa, respetivamente.A Unidade de Saúde Animal da LETI é um labora-tório de referência a nível internacional, nas áreas da Dermatologia, Alergia, Imunologia e Diagnóstico, oferecendo soluções inovadoras ao médico veterinário na área da prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, como a Alergia e a Leishmaniose. A alergia é uma patologia em crescimento nos animais de compa-nhia. Estima-se que mais de 10% dos cães sofram de dermatite alérgica que, se não for tratada de forma correta, diminui consideravelmente a qualidade de vida do animal. A imunoterapia específica para alergé-nios constitui o único método capaz de alterar o curso desta doença, através de tratamentos individualizados

SESSÃO TÉCNICA DERMATOLOGIASegalab / LETI

de administração subcutânea ou oral, e específicos para os animais de companhia.Esta cooperação é uma forma de fortalecer a relação de parceria com os Laboratórios LETI e de informar os clínicos sobre as vantagens de utilização da imunote-rapia no tratamento de patologias dermatológicas. A segunda parte da sessão incidiu sobre diagnóstico de Leishmaniose e o uso da nova vacina LETIFEND, que permite a vacinação dos animais, sem comprometer ou interferir com o posterior diagnóstico serológico e que garante a inexistência de efeitos secundários no animal. A Dr.ª Vanessa Pacheco, Chefe do Serviço de Análises Clínicas da Segalab, apresentou a temática do Diag-nóstico Laboratorial de Leishmaniose, onde se contou, ainda, com a presença de duas médicas veterinárias especialistas que apresentaram vários casos clínicos. Estas sessões visam reforçar a posição do laboratório Segalab no mercado das análises clínicas para animais de companhia, destacando a competência técnica da equipa e a qualidade dos laboratórios internacionais com quem mantem parcerias.

TEXTOSEGALAB

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FOTOS1. Intervenção Dr. Idalino Leão, PEC Nordeste2. Intervenção Eng.º Diogo Salgueiro, Ucanorte XXI3. Intervenção Dra. Deolinda Silva, Hipra4. Intervenção Dra. Adelaide Pereira, Segalab

No dia 7 de julho decorreu, nas instalações da COPAGRI - Cooperativa Agrícola de Lousada, uma Sessão Técnica para Explorações de

Engorda, que contou com a presença de um total de 84 Produtores e Técnicos.Este evento, organizado pela Segalab, foi patrocinado pela Hipra e contou com apoios conjuntos da PEC Nordeste, da Ucanorte XXI e da COPAGRI. Uma vez que existem inúmeras explorações de engorda na região, e que esta área de atividade tem vindo a demonstrar um crescimento exponencial, quer em explorações dedicadas especificamente a este fim, quer como uma área de negócio complementar para explo-rações de leite, e também porque é importante descen-tralizar-se a organização deste tipo de eventos, solicitou-se a colaboração da COPAGRI que, gentilmente, cedeu o seu auditório para a realização desta iniciativa.O Dr. Idalino Leão, Administrador Delegado da PEC Nordeste, procedeu à abertura dos trabalhos, que se iniciaram com uma apresentação efetuada pelo Eng.º Diogo Salgueiro da Ucanorte XXI, sobre a Alimentação, o Maneio e a Saúde dos Animais de Carne.Seguiu-se a palestra da Dr.ª Deolinda Silva, em repre-sentação da Hipra, acerca da importância da vacinação dos vitelos, ou novilhos, de engorda. Foi, ainda, apre-sentada uma proposta de protocolo de prevenção, à entrada dos animais em engordas intensivas, combi-nando o uso de vacinas contra os principais vírus respi-ratórios, clostridioses e pasteurelas.Já a Dr.ª Adelaide Pereira, da Segalab, abordou a importância da desparasitação neste tipo de explora-ções, alertando para a necessidade da manutenção de protocolos de desparasitação consistentes, assim como para a necessidade de avaliação da sua eficácia através de diagnóstico laboratorial. O encerramento foi efetuado pelo Sr. Francisco Meireles, Presidente da COPAGRI. Os participantes manifestaram satisfação pela qualidade técnica do evento e o desejo de que se voltem a repetir ações do género, uma vez que se verifica uma necessi-

TEXTOSEGALAB

SESSÃO TÉCNICAExplorações de Engorda

dade crescente de aumentar o grau de profissionalismo e eficiência nas explorações de engorda intensiva.Tratou-se de um exemplo a repetir, de cooperação e uso de sinergia das Empresas do Grupo AGROS, que permitiu, pela diversidade de áreas de atuação e fornecimento de serviços que estas e os seus parceiros disponibilizam, apresentar aos Produtores soluções para os diversos desafios que enfrentam na gestão das suas explorações.

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C O N G R E S S ON A C I O N A L D A

ECONOMIA SOCIAL2017

cnes.org.pt

“A Economia Social e o relacionamento com o Estado”

CONVITE

18 de abril de 2017 | 09H30Espaço AGROS - Póvoa de Varzim

A Comissão Organizadora do Congresso Nacional da Economia Social 2017, tem o prazer de convidar V. Exª. para a Sessão Temática - “A Economia Social e o relacionamento com o Estado”, que terá lugar no Espaço Agros, no Lugar de Cassapos - Argivai, na Póvoa de Varzim, no dia 18 de abril de 2017, às 09H30.

Rua Américo Durão, n.º 12-A, Olaias, 1900-064 Lisboa Telefone: (+351) 213 878 046/7/8 :: fax: (+351) 213 858 823

Morada:

Inscrição gratuitaData limite de inscrição: 12 de abril

Apoio |

Decorreu, no dia 18 de abril, a Sessão Temática “A Economia Social e o relacionamento com o Estado”, no Espaço AGROS, em Argivai - Póvoa

de Varzim, organizada pelo CNES e com o apoio da AGROS e do CA Crédito Agrícola. É a segunda iniciativa no âmbito do Congresso Nacional da Economia Social, contando com a presença de figuras relevantes para o setor e cerca de 300 participantes.Na Sessão de Abertura, numa reflexão global sobre o setor da economia social, estiveram presentes, o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, o Presidente da AGROS, e anfitrião da iniciativa, José Fernando Capela, o Padre Vítor Melícias, e o Presidente da Comissão Organizadora do Congresso Nacional da Economia Social, Francisco Silva.Após as intervenções, o Presidente da Direção da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), Eduardo Graça, apresentou o livro “Conta Saté-lite da Economia Social”, um trabalho conjunto do Insti-tuto Nacional de Estatística - INE e da CASES, seguindo-se uma apresentação técnica dos resultados divulgados.O Presidente do Conselho Económico Social (CES), António Correia de Campos, foi o orador convidado para o painel sobre o CES, como órgão constitucional de consulta e concertação social, e da participação dos agentes económicos e sociais nas decisões políticas em matérias socioeconómicas do diálogo entre Governo, Parceiros Sociais e restantes representantes da socie-dade civil. Seguiu-se a conferência sobre o Crédito Agrícola e a Economia Social, tendo como convidado, Licínio Pina, Presidente do Conselho de Administração

“A Economia Social e o relacionamento com o Estado”

TextoAdaptado por AGROS

FonteCNES

Executivo da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.Nos trabalhos do período da tarde, o arranque da sessão incidiu sobre as Parcerias Público-Sociais, tendo como oradora principal, Rita Calçada Pires, Profes-sora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, e como convidados para reflexões, Lino Maia, Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Nelson Silva, Vice-Presidente da UMP (Mutualidades), Manuel de Lemos, Presidente da UMP (Misericórdias), Rogério Cação, Presidente da Confederação Cooperativa Portuguesa (CONFECOOP), e como moderador, Edmundo Martinho, Vice-Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.Após um breve debate e tempo para responder a questões colocadas pelos participantes, seguiu-se o painel sobre o Estado, os fundos comunitários e o desenvolvimento territorial, sendo Arlindo Cunha, docente da Universidade Católica do Porto, o orador convidado para refletir sobre o tema. Após a sua inter-venção, Francisco Silva, Secretário-Geral da CONFAGRI, moderou uma mesa redonda que teve como interve-nientes, Aldina Fernandes, Secretária-geral adjunta da CONFAGRI, Jorge Faria, Representante da Asso-ciação Nacional dos Municípios Portugueses no CNES, Luís Braga da Cruz, Presidente do Centro Português de Fundações, e Marco Domingues, Presidente da ANIMAR – Associação Portuguesa para o Desenvolvi-mento Local.A 2.ª sessão temática do Congresso Nacional da Economia Social foi encerrada pelo Comendador Manuel Santos Gomes, Presidente da CONFAGRI, e pelo Padre Vítor Melícias.

FOTOS1. Intervenção do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva;

2. Painel I - Parcerias Públicas-Sociais;

Acontecimentos

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Os incêndios que fustigaram o território nacional nos últimos meses, de proporções colossais, deixaram um enorme rasto de destruição, e

compõem já o terceiro pior Verão da história em termos de fogos florestais. Em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, deflagrou o 11.º incêndio mais mortal do mundo, em mais de meio século, e o 3.º a nível europeu. A área ardida corresponde a quatro vezes a área de Lisboa, dez vezes a da cidade do Porto.Também Mação, no distrito de Santarém, entrou para esta lista negra com cerca de 16 mil hectares ardidos, numa estimativa de 80, 90% do concelho ardido.Além das perdas humanas, bens materiais e dos animais que morreram, muitos animais ficaram, ainda, feridos e sem qualquer meio de subsistência.A onda de solidariedade que assolou Portugal abrangeu também os animais afetados pelos incên-dios e a Ucanorte XXI não ficou indiferente, enviando toneladas de alimentos, nomeadamente:• 4 Toneladas de Ração para Pequenos Animais de Quinta para a região de Pedrógão Grande, ao encargo da Ucanorte XXI;

• 24 Toneladas de Mistura de Cereais, para Caprinos e Ovinos, para a zona de Mação, com o contributo da Ucanorte XXI, da AGROS U.C.R.L., e das seguintes Cooperativas: CAVC - Cooperativa Agrícola de Vila do Conde, C.R.L.; cooperativa dos Agricultores dos Concelhos de Santo Tirso e Trofa, C.R.L.; Cooperativa Agrícola Leiteira do Concelho da Póvoa de Varzim, C.R.L.; Cooperativa Agrícola da Maia, C.R.L; Coope-rativa Agrícola “A Lavoura” do Concelho de Paços de Ferreira, C.R.L.; Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Concelho de Valongo, C.R.L.; CAVCC - Coopera-tiva Agrícola de Viana do Castelo e Caminha, C.R.L.; Cooperativa Agrícola de Esposende, C.R.L.Uma palavra de agradecimento a todas as entidades que tornaram possível a realização dos donativos acima descriminados, e sentidas condolências às famílias, amigos e entes queridos das vítimas, assim como todos aqueles afetados de alguma forma pelos incêndios.O transporte de todos os donativo foi efetuado, gratuitamente, pela empresa de transportes do Grupo AGROS , Prodística.

4 TonRação Pequenos Animais de Quinta

24 TonMistura de Cereais

Donativos para Animais afetados pelos Incêndios

TextoAGROS

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Espaço Lúdico

Sabores da Nossa Terra

Bolo de Manteiga

Ingredientes:• 200 gr. Manteiga Agros com Sal• 180 gr. de Açúcar• 4 Ovos• 250 gr. de Farinha• 7,5 gr. de Açúcar Baunilhado• 1 Colher de Chá de Fermento em Pó• 100 gr. de Morangos• 100 gr. de Amoras• 200 gr. de Framboesas• 100 gr. de Mirtilos• 20 gr. de Açúcar em Pó

Preparação da Receita:Retire a manteiga do frigorífico 2 horas antes. Aquando a preparação do bolo, pré aqueça o forno a 180º C.De seguida, bata a manteiga juntamento com o açúcar até obter uma mistura cremosa e adicione os ovos, um de cada vez, batendo entre cada adição.Misture a farinha com o açúcar baunilhado e o fermento, juntando-os ao preparado anterior.Acrescente as frutas previamente lavadas e bem secas, tendo o cuidado de reservar algumas, e mexa bem.Para finalizar, unte uma forma retangular com manteiga, forre-a com papel vegetal e volte a untar com manteiga. Coloque o preparado na forma e leve ao forno durante cerca de 1 hora ou até que um palito enfiado no centro da massa saia limpo.Deixe arrefecer, desenforme e decore com os restantes frutos. Corte em fatias e sirva.

Bolachas de Manteiga

Ingredientes:• 100 gr. de Manteiga Agros com Sal• 100 gr. de Açúcar• 2 Ovos• 250 gr. de Farinha sem Fermento

Preparação da Receita:Numa tigela, bata a manteiga e o açúcar. Acrescente os ovos e bata até obter um creme aveludado.Adicione a farinha e misture até formar uma massa homogéneaNuma bancada enfarinhada, e com a ajuda de um rolo de cozinha, estenda a massa até ficar com, aproximada-mente, 0,5 cm de altura, e corte as bolachas com um aro.Num tabuleiro forrado com papel vegetal, leve as bolachas ao forno durante 20 minutos, a 220ºC, até dourarem.Deixe arrefecer numa rede de bolachas antes de servir.

Creme de Tomate e Iogurte

Preparação da Receita:Aqueça o azeite numa panela em lume brando e, quando estiver bem quente, adicione a cebola, os dentes de alho picados e o aipo em fatias finas. Deixe cozinhar cerca de 8 minutos.Pele o chuchu, corte-o em cubos e acrescente-os ao preparado. Adicione o tomate, tempere com o sal, e cozinhe 15 minutos.Numa frigideira antiaderente, aloure as avelãs, retire-lhes a pele, e pique-as grosseiramente. Reserve.Verifique se os legumes que estavam a cozinhar estão macios, junte-lhes a água a ferver e triture com a varinha, ou no liquidificador, até obter um creme.Deite o iogurte numa tigela e mexa-o até estar cremoso.Distribua a sopa por pratos ou taças, polvilhe com as avelãs tostadas e um pouco de pimenta e decore com iogurte e folhas de manjericão.

Ingredientes:• 2 Colheres de Sopa de Azeite• 1 Cebola• 3 Dentes de Alho• 70 gr. de Talo de Aipo• 1 Chuchu• 1 Lata de Tomate Pelado Inteiro• 1 Colher de Sopa de Sal• 1 Iogurte Agros Meio Gordo Natural Açucarado• 60 gr. de Miolo de Avelã• 1 lt. de Água • Pimenta q.b.• Folhas de Manjericão q.b.

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Passatempos

Sudoku

Palavras Cruzadas

6 4 7 2

7 2 4

8 6 4 9 1

9 8 3 6

7 5 6 8

1 6 9 7

4 3 6 9 7

6 7 4

1 3 5 2

6

8 4 7 5

7 9 6 8

9 7 8

1 8 9 3

1 7 4 8

7 2

2 6

6 2 5 1

Nív

el F

ácil

Nív

el D

ifíci

l27. 3. 4. 29.

33. 2.

1.

8. 5.

10. 6.

7. 30.

11.

9.

14. 23.

12.

13.

16. 15. 24.

17. 21.

19. 20. 22.

18.

34.

25.

28.

26.

31.

32.

Horizontais:1. Ana Moura; 7. Primeiro nome da atleta campeã da Europa de Corta-Mato em 2010; 9. Também apelidados de verduras; 12. Grupos de dança e música tradicional portuguesa; 13. "O verdadeiro sabor das origens"; 15. Primeiro nome de cantor nascido em França em 1991; 17. Alimento cuja origem remonta ao período neolítico; 18. Região não urbanizada; 20. Escola vencedora do Agrolympics 2017; 22. Feira Agrícola do Norte; 25. Conhecida por raça de galinhas dos ovos azuis; 30. Empresa sediada no Espaço AGROS; 31. Atividade solidária da AgroSemana 2017 que contou com cerca de 400 cães; 32. Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras; 33. Açúcar presente no leite e seus derivados; 34. Volteio Artístico.

Verticais:2. Raça de vacas leiteiras; 3. Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal; 4. Traduz-se para “Pecus” em Latim; 5. Tuna Académica do Poli-técnico do Porto; 6. Raças com origens bem definidas e características únicas, adaptadas à sua região; 8. Vegetal da família das gramíneas; 10. Apelido de piloto portuguesa de todo-terreno feita Oficial da Ordem do Mérito em 1999; 11. Associação Horticultores da Póvoa Varzim; 14. Raça de cavalos que foram utilizados na produção do filme “O Senhor dos Anéis”; 16. Prova de destreza na condução e manuseamento de tratores agrícolas; 19. Atividade de referência da AgroSemana desenvolvida pela Ucanorte XXI; 21. Freguesia onde se localiza o Espaço AGROS; 23. Método que se baseia na conser-vação de forragem para alimentação animal; 24. Fécula extraída da mandioca; 26. Marca de tratores; 27. Olimpíadas agrícolas, de caráter nacional, entre Escolas Profissionais da área Agropecuária; 28. Fêmea da espécie Bos primige-nius taurus; 29. O que se aconselha a beber todos os dias, toda a vida.

SOLUÇÕES NO PRÓXIMO NÚMERO.

REVISTA AGROS Nº32 . 61

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Verifica-se uma diminuição da massa óssea e da massa muscular.Aumentam as necessidades de vitaminas do complexo B, cálcio, ferro e zinco.É fundamental o consumo de proteínas de alto valor biológico.

Fontehttp://apn.org.pt/documentos/ebooks/Ebook_Conhecer_o_Leite_Final.pdf

Porque éimportante consumir

Leite?

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COMPACT-SOLITAIR 9 HDCOM FERTILIZAÇÃO SIMULTÂNEAAumento significativo de rendimento mediante autilização de diferentes combinações de cultivo eaplicação de fertilizantes.

• O depósito variável de duas câmaras de armazena-mento aloja as sementes, assim como o adubo.

• A grade de discos compactos Heliodor é usada para a preparação da "cama da semente".

• As relhas de discos duplos para a aplicação de fertili-zante aplicam o adubo de forma precisa na profundi-dade desejada.

• As rodas de grandes dimensões garantem uma ótima consolidação da cama da semente.

• O sistema livre de manutenção “OptiDisco” garante uma distribuição precisa das sementes, com uma profundidade uniforme.

• O sistema integrado de alfaias assegura uma ótima distribuição de fertilizante entre as linhas da semen-teira, garantindo a quantidade adequada para todas as plantas.

• Controlo intuitivo de todas as funções de comando do dispositivo Solitronic através do terminal gráfico LVT 50 LEMKEN ou do terminal ISOBUS (opcional).

• Para uma compressão adicional dos sulcos da semen-teira, a LEMKEN tem disponível um rolo de pressão em forma de trapézio.

Rua 5 de Outubro, 16904480-647 VILA DO CONDETEL 252 241 [email protected]

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