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X ENCONTRO PARAENSE DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICABelém – 400 Anos: História, Educação e Cultura
Belém – Pará - Brasil, 09 a 11 de setembro de 2015ISSN 2178-3632
UM OLHAR SOB A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS A
PARTIR DA ANÁLISE DOS RELATÓRIOS DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
Roseli Araujo Barros1
Maria Lidia Paula Ledoux2
RESUMOO Estágio Supervisionado na Licenciatura representa a inserção do futuro professor no campo de atuação profissional e a possibilidades dos acadêmicos atribuírem significados ao ensino e a aprendizagem. Investigar as situações que envolvem esse componente curricular torna-se relevante ao oferecer reflexões sobre a formação inicial de professores. Assim, o texto discute o Estagio Supervisionado em Matemática na Universidade Estadual de Goiás (UEG), Campus de Jussara, Goiás. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória, a partir da análise dos relatórios desenvolvidos pelos acadêmicos do terceiro ano de Licenciatura em Matemática, nas atividades de Estágio Supervisionado I, em 2013. Dividimos o texto em dois momentos. No primeiro, discutimos o Estágio Supervisionado na formação inicial de professores de Licenciatura em Matemática na UEG. No segundo, abordamos a contribuição do Estágio a partir da análise dos relatórios das atividades desenvolvidas no Estágio. A elaboração deste texto provocou a necessidade de rever os registros dos relatórios, resgatando marcas e impressões que se estabeleceram no decorrer do Estágio, pelos estagiários. A análise permitiu perceber que o Estágio proporcionou aos estagiários, a oportunidade de vivenciar a realidade na qual serão inseridos, após o término da sua formação, criando condições de observação, análise e reflexão de forma integrada dos conhecimentos adquiridos no curso, possibilitando experiências concretas que o preparem para o efetivo exercício da profissão docente. Dessa maneira, o Estágio constitui-se de um momento relevante do processo de formação do futuro professor, oportunizando uma reflexão partilhada, de troca de experiências, de aportes teóricos e da interlocução com os diferentes sujeitos da prática docente.
Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Formação Inicial de professores. Matemática.
INTRODUÇÃO
1 Docente da Universidade Estadual de Goiás – UEG, Campus Jussara. E-mail: [email protected] Docente da Universidade Federal do Pará – UFPA, Campus Castanhal. E-mail: [email protected]
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No início da formação, tudo o que se aprende são teorias de aprendizagem e
conteúdos, e alguns alunos acham que para ser um professor, basta ter conhecimento e
dominar todo o conteúdo. Além do domínio do conteúdo específico, necessita-se também
da prática, e o Estágio é o responsável por essa tarefa, já que por meio dele o acadêmico
aprendiz passa a ter o primeiro contato com os alunos e com a realidade da sala de aula, ou
seja, com o campo de atuação futura no qual será inserido após sua formação.
Pimenta (2006) afirma que o Estágio compreende “[...] as atividades que os alunos
deverão realizar durante o seu curso de formação, junto ao campo futuro de trabalho”
(p.21). Estágio e disciplinas compõem o currículo acadêmico, sendo obrigatório o
cumprimento delas para obtenção do certificado de conclusão da graduação. Deste modo, o
Estágio pode ser visto como um momento de reflexão sobre a prática, noutras palavras, a
efetivação da práxis docente.
Cabe ressaltar que, o tipo de Estágio ao qual estamos nos referindo é o Estágio
Curricular Supervisionado, que em exercício, o futuro professor toma o campo de atuação
como objeto de estudo, de análise, de investigação e de interpretação crítica,
fundamentando-se no que é estudado nas disciplinas do curso de formação. Logo, vai além
do Estágio Profissional, aquele que busca inserir o profissional no campo de trabalho de
modo que ele treine as rotinas de atuação (PASSERINI, 2007).
Os Estágios Curriculares são compreendidos como experiências que podem ser
consideradas como exemplos de práticas profissionais futuras. Nesse sentido, Moura
(2003) afirma que Estágio refere-se a uma formação anterior à prática profissional e
Curricular, ao domínio de elementos, que tem por objetivo a consolidação dessa prática,
sabendo lidar com o conhecimento organizado para ensinar alguém acerca de um
conhecimento estabelecido.
O Estágio possibilita a vivência dos alunos dos cursos de formação de professores
com a realidade escolar, diminuindo o impacto que seria o primeiro encontro do recém-
formado professor com uma turma para o seu exercício profissional, tornando-se o eixo
central na formação de professores, pois é por meio dele que o profissional conhece
aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia a
dia (PIMENTA e LIMA, 2008).
O Estágio na licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, nº 9394/96, que visa à inserção do futuro professor na prática docente e no
contexto profissional, “[...] constituindo-se em um espaço de formação, que deverá
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acontecer sob a supervisão e orientação direta de profissionais da universidade e, ainda,
considerar a participação/intervenção dos profissionais que atuam em diferentes espaços
educativos” (BELLO e BREDA, 2007, p.1). Também representa a oportunidade de
intercâmbio entre universidade, escola básica e comunidade, com a articulação de ações
voltadas ao ensino, à pesquisa e à extensão.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de
Professores da Educação Básica, em nível superior, instituídas pelo CNE, em 2002, a carga
horária dos cursos de licenciatura de graduação plena deve ser garantida através da
integralização de, no mínimo, 2800 (duas mil e oitocentas) horas, das quais 400
(quatrocentas) horas devem ser reservadas à Prática de Ensino e outras 400 (quatrocentas)
horas ao Estágio Supervisionado. Este documento aponta que o Estágio seja desenvolvido
na segunda metade do curso, a partir de uma parceria entre a escola e a universidade para
que, de modo conjunto e em colaboração, acompanhem e avaliem essa etapa da formação.
As escolas de educação básica são, ainda, responsáveis na formação dos futuros
professores (BRASIL, 2002a; BRASIL, 2002b).
Na Universidade Estadual de Goiás (UEG), o Estágio Supervisionado está sujeito
às normas e regulamentos que têm por objetivo resguardar seu caráter de instrumento de
formação profissional, dependendo da validação da UEG, para que tenha seus efeitos
legais.
De acordo com o Caderno de Orientações da Pró-Reitoria de Graduação (PRG)
(2010), Art. 2º, o Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
acadêmicos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação
superior, de educação profissional, de Ensino Médio, da educação especial e dos anos
finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos.
O Estágio Supervisionado deve oferecer ao acadêmico do curso de
Licenciatura em Matemática, a oportunidade de vivenciar a realidade na qual será
inserido após o término da sua formação, criando condições de observação, análise e
reflexão de forma integrada dos conhecimentos adquiridos no curso, possibilitando
também o exercício da ética profissional, o intercâmbio de informações e experiências
concretas que o prepare para o efetivo exercício da profissão docente.
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Diante da necessidade de discutir o Estágio Supervisionado nos cursos de
Licenciatura em Matemática, no caminho para uma formação docente bem elaborada, são
necessárias estratégias reflexivas que possam servir de base na atuação da prática. Nesse
sentido, o Estágio é um espaço de reflexão e construção de conhecimento. Logo, investigar
as situações que envolvem esse componente curricular torna-se relevante ao oferecer
reflexões sobre a formação inicial de professores.
Portanto, neste texto, discutimos o modo como Estágio Supervisionado é
organizado e idealizado na UEG, campus Jussara, Goiás. Nele, também apontamos os
resultados da analise dos relatórios desenvolvidos pelos acadêmicos do terceiro ano de
Licenciatura em Matemática, nas atividades de Estágio Supervisionado I, em 2013. Os
mesmos foram descritos e analisados de forma indutiva e interpretativa, buscando
compreender a contribuição do Estágio na formação inicial dos acadêmicos.
Portanto, nossa pesquisa se enquadra na abordagem qualitativa, já que investigamos
a complexidade da formação inicial de professores, contextualizada no Estágio
Supervisionado, baseada na coletada de dados desse evento a partir do ponto de vista de
cada estagiário. Acreditarmos que esta pode responder a questionamentos muitos
particulares, se absorvendo a um grau de realidade que não pode ser quantificado,
possibilitando um contato subjetivo do pesquisador com o fenômeno pesquisado. Essa
metodologia cogita sobre um universo de significados, causas, anseios, crenças, valores e
atitudes, o que corresponde a um aprofundamento das relações entre sujeitos e
pesquisadores, dos procedimentos e dos fenômenos que não podem ser abreviados à
operacionalização de variáveis (MINAYO, 1994).
Dentro da abordagem qualitativa, trata-se de um estudo de natureza exploratória,
pois tem por intuito obter informações mais esclarecedoras e consistentes sobre uma
temática (FIORENTINI E LORENZATO, 2006), neste caso, acerca do Estágio
Supervisionado.
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS CURSOS DE LICENCIATURA EM
MATEMÁTICA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
Para discutirmos o Estágio Curricular Supervisionado no Curso de Licenciatura em
Matemática, na Universidade Estadual de Goiás (UEG), se faz necessário compreender
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como o mesmo é pensado e organizado no documento que o regula. Assim, na UEG, o
Estágio está sujeito às normas e regulamentos que têm por objetivo resguardar seu caráter
de instrumento de formação profissional, dependendo da validação da UEG, para que tenha
seus efeitos legais.
Segundo o regulamento do Estágio Supervisionado dos cursos regulares do campus
de Jussara, cuja matriz entrou em vigor a partir de 2013, este deve ser considerado
enquanto atividade que permita ao aluno um contato com a realidade do campo
profissional, objetivando:
Aprender e refletir sobre a realidade do campo profissional; propor e participar de
todo processo relacionado ao exercício profissional; articular a perspectiva do
currículo com a realidade, utilizando-se das teorias existentes como possibilitadoras
da reflexão e da ação no campo profissional e da formação humana;
Desenvolver uma postura ética e compromissada com a educação, utilizando-se das
teorias educacionais para o seu embasamento teórico, possibilitando o diagnóstico
acerca do ensino da disciplina ministrada nas escolas de Ensino Fundamental e
Médio;
Elaborar, através de estudos, novas técnicas e novas metodologias para o ensino,
refletindo o papel da formação do profissional de educação, dinamizando o
cotidiano da sala de aula através de um planejamento coerente.
Sua duração e carga horária são estabelecidas pela Resolução do Conselho
Nacional de Educação-CNE/CP 2, de 19 de fevereiro de 2002, e o cumprimento deste
componente curricular ocorrem principalmente nas escolas de Educação Básica, nas séries
finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
As atividades do Estágio, de acordo com a organização da Proposta Pedagógica do
Estágio Curricular Supervisionado dos cursos regulares de licenciatura do Campus Jussara,
são divididas nas seguintes etapas: Diagnóstico Escolar, Docência Participativa, Projetos
e/ou Oficinas, Regência, Produção Acadêmica e Orientação Didático-Pedagógica. As
referidas etapas são realizadas tanto no terceiro ano, quanto no quarto ano de cada curso.
A primeira etapa, o Diagnóstico Escolar, totaliza-se em 20 (vinte) horas, sendo
que, dessas, são destinadas 2 (duas) horas para a visita de reconhecimento da escola
campo, 18 (dezoito) horas de pesquisa para análise e elaboração do relatório do diagnóstico
da realidade escolar da escola campo. E quando há dúvidas em relação aos questionários,
aplicados junto aos professores de matemática, a Coordenação Pedagógica, ao Gestor
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Escolar e Secretaria Escolar e, ainda, dados discrepantes nos documentos analisados, o
Professor Orientador de Estágio retorna a escola campo, acompanhado de um estagiário,
buscando saná-las. Esta vivência é realizada pelos estagiários do terceiro ano de formação
nas séries finais do Ensino Fundamental e, pelos estagiários do quarto ano de formação, no
Ensino Médio, onde são concretizados o diagnóstico e mapeamento da realidade escolar.
A segunda etapa é a Docência Participativa, num total de 60 (sessenta) horas, sendo
que 10 (dez) horas são destinadas ao acompanhamento do professor titular na escola
campo e 50 (cinquenta) horas às microaulas. A Docência Participativa é o momento em
que o estagiário observa as aulas do professor titular, fazendo uma análise da prática deste
em sala de aula. Além disso, posterior as observações, os estagiários ministram,
individualmente, nas aulas de Metodologia do Ensino Fundamental (terceiro ano) e
Metodologia do Ensino Médio (quarto ano), no campus universitário, microaulas
envolvendo tanto conteúdo das séries finais do Ensino Fundamental, quanto do Ensino
Médio.
Os projetos de intervenção pedagógica, terceira etapa das atividades do Estágio,
somam um total de 50 (cinquenta) horas e podem ser desenvolvidos em unidades escolares
que trabalhem com alunos de acordo com as especificidades dos cursos, tanto no Ensino
Fundamental quanto no Ensino Médio. Os Professores Orientadores de Estágio, docentes
da UEG, devem orientar os estagiários nos Projetos e/ou Oficinas, desde sua elaboração,
desenvolvimento e culminância, no contraturno, nas horas destinadas ao atendimento do
aluno na UEG.
A quarta etapa trata-se da Regência, com 10 (dez) horas, que são importantes para
o processo de conclusão de curso. Tal etapa dará condições ao Professor Orientador de
Estágio, de avaliar o estagiário e orientá-lo na sua prática pedagógica. O estagiário deverá
ministrar duas aulas, individualmente, sempre acompanhado pelo Professor titular da sala e
pelo Professor Orientador de Estágio. Se necessário, será solicitada mais uma aula, para
concluir o processo avaliativo do estagiário. Neste contexto, o estagiário assumirá o
planejamento das atividades didático-pedagógicas, bem como a responsabilidade do ensino
na sala de aula na escola campo.
Cada aluno estagiário deverá participar das Orientações Didático-Pedagógicas
oferecidas no contraturno, no campus universitário, em horário e cronograma estabelecido
pelo Professor Orientador de Estágio. Este atendimento é de duas horas aulas a cada quinze
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dias. O total de horas de atendimento será de 20 (vinte) horas/ano para cada etapa do
Estágio (terceiro e quarto anos de cada curso).
Também são destinadas 40 (quarenta) horas para Produção Acadêmica, que tem por
objetivo a elaboração do Relatório Final de Estágio. Cabe ressaltar que todas as etapas
devem ser registradas diariamente e os resultados constarem no relatório final, entregue no
final do ano letivo ao Professor Orientador de Estágio.
As disciplinas que orientam o Estágio Supervisionado em Matemática na UEG são
Metodologia do Ensino Fundamental e Metodologia do Ensino Médio, ambas com uma
carga horária de duas horas semanais. Segundo a proposta pedagógica de Estágio
Curricular Supervisionado (2013), a disciplina tem por função dar suporte teórico/prático
aos alunos durante o processo de Estágio, seja nas discussões de textos referentes ao
Ensino e Didática em Matemática, seja na proposição e análises dos meandros da docência.
No regimento do Estágio Curricular Supervisionado (2013) consta que a sistemática de
organização, orientação, coordenação e avaliação do Estágio Supervisionado são
estabelecidas pelos Professores Orientadores de Estágio, juntamente com a Coordenação
Adjunta de Estágio, em forma de Proposta Pedagógica, observando a legislação vigente.
Atualmente, a UEG passa por um processo de reestruturação, que incluem a revisão
do Projeto Pedagógico dos cursos e proposta de desenvolvimento curricular de
nomenclaturas e ementas de disciplinas dos mesmos. O Estágio Supervisionado também
passa por um processo de mudança curricular. Assim sendo, a escolha do tema justifica-se
diante da necessidade de discutir o Estágio Supervisionado nos cursos de Licenciatura em
Matemática, já que no caminho para uma formação docente bem elaborada são necessárias
estratégias reflexivas que possam servir de base na atuação da prática. Nesse sentido, o
Estágio é um espaço de reflexão e construção de conhecimento e investigar as situações
que envolvem esse componente curricular torna-se importante ao oferecer reflexões acerca
da formação inicial de professores.
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: UM OLHAR A PARTIR
DOS RELATÓRIOS DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
As atividades de Estágio, denominadas, por nós, de vivências, foram elaboradas
considerando simultaneamente as expectativas dos acadêmicos, bem como os propósitos
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das etapas do Estágio Supervisionado I. Para tanto, procuramos aprofundar a integração
Universidade e Escola, buscando dinamizar essas relações por meio de ações que
favoreçam a autonomia de novas práticas na escola. Também, documentando essas ações
desenvolvidas, inserindo os acadêmicos na realidade escolar, estimulando a interação entre
acadêmicos e professores da Rede Pública Estadual.
Na primeira vivência, o diagnóstico, fez-se necessário conhecer o ambiente escolar
como um todo, ou seja, os conhecimentos e as dificuldades enfrentadas pela escola a partir
de sua estrutura física e material. Partindo dessa visão, o principal objetivo foi a percepção
da necessidade do estagiário: conhecer a realidade em que irá atuar; realizar o
planejamento e sua execução do estágio de acordo com a realidade diagnosticada; conhecer
e levantar informações a partir de documentos como o Projeto Político Pedagógico, Plano
de Desenvolvimento Escolar e Regimento Escolar, fazendo uma análise crítica baseada em
fundamentos teóricos. Nesta vivência acontece a primeira visita dos acadêmicos a escola
campo, ambiente onde se realizará as demais atividades de Estágio.
Na visita a escola campo é possível observar, por exemplo, o bom trabalho da equipe pedagógica, a organização de cada sala e da secretaria escolar. Também que a Unidade Escolar dispõe de instrumentos de escrituração referentes à documentação e assentamentos individuais de alunos e professores e funcionários. Os documentos ficam em armários separados por letras do nosso alfabeto em uma sala pequena, dividindo o mesmo espaço com a sala dos professores (Estagiário E).
Para a coleta dos dados, visando o mapeamento da realidade educativa, são
aplicados questionários junto aos professores de Matemática, a Coordenação Pedagógica,
ao Gestor Escolar e Secretaria Escolar e, ainda, a análise dos documentos como o PPP,
PDE e Regimento Escolar da Escola Campo. O mapeamento da realidade, da organização
e sistematização dos dados coletados, surge com o intuito de priorizar algumas
problemáticas com relação à escola e buscando apresentar alternativas de solução. Tais
resultados foram documentados por meio de um relatório, segundo roteiro proposto por
Libâneo (2008). Uma das alunas estagiárias caracteriza a importância do roteiro.
A análise do texto foi de grande aproveitamento, por meio dele tivemos condições de ver a instituição com um olhar mais critico em aspectos educacionais, já que apenas quatro alunas de nossa turma têm experiência em docência. Mesmo sendo pequeno, o texto roteiro de Libâneo trouxe a nós um leque muito abrangente de informações como: contexto histórico, socioeconômico, mecanismo avaliativo e estrutura de
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colaboração de todos envolvidos no processo de ensino (corpo de funcionário, pais, alunos, comunidade (Estagiária T).
A partir do diagnóstico foi possível verificar problemas relacionados ao espaço
físico da Escola Campo, ou seja, a ausência de uma quadra de esportes para a realização de
atividades esportivas. Nesse sentido, o Colégio tem certas dificuldades para “[...] guardar
os materiais de projetos e realização de atividades externa que precisam de mais espaço e
transporte. [...] apesar da dificuldade, os profissionais que ali trabalham conseguem
manter uma boa organização” (Estagiária TF).
A segunda vivência é a docência participativa, dividida em duas etapas. Na primeira, o
estagiário observa a prática pedagógica do professor titular, na Escola Campo, buscando analisar a
interação dos alunos com o conteúdo, interação aluno/aluno e alunos/professor, quais os
procedimentos metodológicos utilizados em sala, como o professor acompanha o desenvolvimento
dos alunos e como os avalia. Esta etapa é reveladora da importância da observação e análise das
aulas antes do ingresso do acadêmico como estagiário-regente. Para D’Ambrósio (1996, p.91),
cada indivíduo “[...] tem sua prática. Todo professor, ao iniciar sua carreira, vai fazer na
sala de aula, basicamente, o que ele viu alguém fazer, que o impressionou, fazendo. E vai
deixar de fazer algo que viu e não aprovou”.
Assim, por meio da observação, busca-se perceber a prática educativa desenvolvida
pelo professor regente, partindo do princípio de que o aluno deve ser participativo, e que o
professor deve desenvolver uma ação pedagógica comprometida com as necessidades da
escola e esta ação exige a participação de todas as pessoas envolvidas no processo.
A segunda etapa da docência participativa trata das microaulas, nas quais o
estagiário ministra uma aula de quarenta minutos na UEG, envolvendo um conteúdo das
séries finais do Ensino Fundamental, sendo avaliado tanto pela professora orientadora de
Estágio quanto pelos outros estagiários. Tais conteúdos são escolhidos pela professora
orientadora de Estágio, juntamente com os estagiários e, posteriormente, realiza-se um
sorteio com os respectivos conteúdos. Nesta vivência, discutem-se questões relacionadas
ao planejamento, como a elaboração do plano de ensino e dos planos de aula, a partir de
uma oficina pedagógica, realizada pelo professor orientador de Estágio, em sala de aula,
com os estagiários. Assim, foi possível observar a análise crítica realizada por duas
estagiárias sobre as microaulas.
Acreditamos que poderíamos ter sido melhores, já que o nervosismo não permitiu que conseguíssemos explorar o conteúdo proposto como registramos no plano de aula [...] não temos muita noção de como nos portar em uma sala de aula, mas a partir das avaliações dos colegas foi
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possível perceber alguns pontos que serão importantes futuramente, como relacionados ao tempo, a tonalidade de voz e a atenção (Estagiária TF).
As apresentações destas foram boas. Algumas foram bem melhores do que outras, mas podemos aprender com os nossos erros e com os dos outros para futuramente não cometê-los. A parte mais chata nisso tudo é o nervosismo que atrapalha em muito, as interrupções ou imprevistos que aconteceram em algumas aulas (Estagiária JC).
Outra estagiária ressalta a importância do planejamento, apontando que:
Nas aulas houve duas divergências uma em relação ao conteúdo apresentado e outro em decorrência da resolução de um exemplo. Essas decorrências foram muito importantes, pois através delas podemos ver o quão fundamental é a preparação das aulas, e que essas sejam estritamente fundamentadas e bem centradas, não se esquecendo de resolver todos os exercícios propostos antes das aulas (Estagiária T).
Nesse sentido, Melo (2004) descreve que o planejamento consiste em primeiro
lugar, um instrumento para o aluno,
[...] no qual o professor estabelece com objetividade, simplicidade, validade e funcionalidade e ação educativa em matemática, cuja finalidade é contribuir com a formação do aluno em dimensão integral. Todavia, as ações matemáticas educativas necessitam serem pensadas, de forma critica e consciente, pois devem visar ao atendimento de melhoria de vida dos alunos como pessoas (p. 2).
Cabe ressaltar que os alunos ministram apenas uma microaula individualmente, e
caso seja necessário, ministram outra aula envolvendo o mesmo conteúdo abordado. Uma
possibilidade futura seria ministrar aulas em dupla e outra individual, buscando avaliá-las
refletindo como os estagiários interagem ao planejarem em dupla e individualmente.
A terceira vivência, Projeto/Oficinas, envolveu a elaboração de um projeto e
desenvolvimento deste na escola campo. O projeto foi discutido em sala com os
estagiários, nas aulas de Metodologia do Ensino Fundamental, onde ficou definido que o
mesmo abordaria as quatro operações fundamentais nas turmas de sexto ano do Ensino
Fundamental, o conteúdo foi sugerido por uma das professoras de Matemática da Escola
Campo. Assim, foram desenvolvidos dois projetos, um no período matutino e outro no
vespertino. No matutino, os estagiários optaram por desenvolver uma gincana matemática.
Nela, foram desenvolvidos jogos como: bingo da divisão, quebra-cabeça de multiplicação,
corrida de sacos envolvendo a multiplicação, dentre outros. O segundo projeto optou por
desenvolver uma oficina em sala de aula. Nela, trabalharam jogos como a minitrilha da
adição, dominó das frações, pontinhos da multiplicação, trilha das quatro operações,
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escopa de 15 e bingo da divisão, dentre outros. Os estagiários confeccionaram
lembrancinhas para serem ofertadas a todos os participantes e outra para a equipe
vencedora. Para os estagiários, esta etapa foi gratificante, já que:
Nós, acadêmicos responsáveis pela gincana trabalhamos sempre unidos, foi um grupo muito bem organizado do começo ao fim do projeto, e prova disso, foi o resultado obtido na execução do mesmo. Fizemos um bom trabalho junto com a professora de Estágio e [...] dos alunos do 6º ano, que se comportaram muito bem o tempo todo. Foi uma experiência ótima e gratificante para todos, tanto ensinamos como aprendemos, e nos divertimos também. (Estagiária JC).
A realização do projeto foi muito boa [...] o resultado de trazer uma aula diferente e dinâmica aos alunos foi alcançado, além de apresentar o conteúdo aprendido em sala de aula para praticar em brincadeiras. Também foi possível perceber uma grande dificuldade em algumas operações, como a multiplicação e, principalmente, a divisão. Todavia, percebemos que o projeto teve influência direta sobre os alunos, despertando o interesse pelas atividades desenvolvidas. (Estagiário JS).
A utilização dos jogos em sala de aula é reconhecida como meio de fornecer ao
aluno um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a
aprendizagem de várias habilidades. Todavia, a estrutura que envolve o jogo pode
possibilitar ao professor observar o desenvolvimento do aluno com relação ao conteúdo
abordado.
Os estagiários, ao refletir sobre a elaboração e desenvolvimento do projeto,
afirmam que este permitiu a junção da teoria com a prática, tão aclamados nos cursos de
Licenciatura.
Mais do que isso a oficina nos permitiu verificar diferenças entre a teoria e a prática. A meu ver este projeto foi satisfatório para todos os estagiários, já que tivemos um ótimo resultado vindo dos alunos, pois tudo que planejamos deu certo, conseguindo concluir o projeto com sucesso. (Estagiário JS).
A realização da oficina traz experiências estimáveis! para os futuros professores, como nós. De modo geral, tudo o que aconteceu, desde as reuniões aos preparativos dos jogos, terá uma grande contribuição na nossa formação. E sabemos que de alguma forma contribuímos com alguém, o nosso saber. E levamos algo a mais para nossa formação profissional. (Estagiária C).
O segundo projeto optou por desenvolver uma oficina em sala de aula. Nela,
trabalharam jogos como a minitrilha da adição, dominó das frações, pontinhos da
multiplicação, trilha das quatro operações, escopa de 15 e bingo da divisão. No entanto, no
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relatório desenvolvido pelos estagiários, alguns enfatizaram pontos positivos e alguns
negativos.
[...] a escolha dos jogos e a confecção proporcionaram, uma dimensão de como é desenvolver um projeto em conjunto. Acredito que fomos dedicadas na preparação do material, sempre buscamos o melhor de nos no planejamento das atividades, trocamos experiências de jogos já utilizados anteriormente e sugestões. (Estagiária T).
A ideia proposta para o projeto das quatro operações é excelente. Apesar da turma não estar muito interessada, conseguimos desenvolver o projeto, só ficou faltando desenvolver um jogo, o bingo. Através desse projeto realizado com os jogos detectamos que muitos alunos têm muita dificuldade nas operações de multiplicação e divisão. E, ainda, tem dificuldade de interação para trabalharem em grupos. (Estagiária R).
Alguns estagiários consideram que não alcançaram os objetivos propostos com o
desenvolvimento do projeto, já que os alunos demonstraram desinteresse nas atividades.
[...] tiramos grande experiência desta vivencia, já que desenvolvemos no trabalho em grupo e aperfeiçoamos nossa percepção do quanto é importante para um professor saber o que o aluno já tem de conhecimento adquirido e do interesse pelo conteúdo, para que o uso do jogo seja estimulante [...] Também que precisamos estar preparados para o fracasso sabendo lidar com eles e, por meio deles, melhorar. Se de certa forma não alcançamos nossos objetivos, saímos mais estruturados e sabemos uma maneira de como não fazer. (Estagiária TF).
Alguns alunos levaram a sério o trabalho desenvolvido ali, se mostraram otimista quanto ao nosso projeto e elogiaram. Alguns alunos até queriam mais, porém, foram poucos alunos diante dos que se mostravam desinteressados. (Estagiária RF).
Cabe ressaltar que os pontos negativos e positivos do desenvolvimento do projeto
foram discutidos, em sala de aula, pela professora orientadora de Estágio em conjunto com
os estagiários. Logo, acreditamos que a opção do primeiro grupo por trabalhar com
gincanas foi adequada, já que a mesma é vista como uma das atividades que favorecem a
reflexão a produção e a recriação de saberes (MOTTA, 2006), além disso, projetos,
monitoria, minicursos sobre um determinado conteúdo, etc. Logo, a execução dos projetos
promoveu a integração entre a universidade e escola campo, um momento de interação dos
estagiários com a realidade escolar. A elaboração e desenvolvimento dos projetos criaram
a “[...] vivência da iniciativa pedagógica e a familiarização com a pesquisa participante”
(PENTEADO, 1988, p.10).
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A quarta vivência é a regência, onde os estagiários ministram duas aulas na escola
campo, sendo exigido que estes elaborem o plano de aula e uma apostila com o conteúdo
da aula a ser ministrado, obedecendo à seguinte sequência: teoria, exercícios resolvidos,
exercícios propostos e a proposição de uma atividade manipulável, por exemplo, um jogo.
Acreditamos que este tipo de planejamento é um momento onde o futuro professor pode
pensar como desenvolveria um determinado conteúdo de modo contextualizado, buscando
fazer uso de materiais diferenciados. Cabe lembrar que o mesmo planejamento foi exigido
nas microaulas. Sobre a regência, os estagiários afirmam que a sua realização foi:
[...] uma atividade muito significativa para todas as partes envolvidas. [...] não conseguimos tirar nada de negativo da regência, pelo contrário, nos proporcionou uma grande contribuição profissional e pessoal (Estagiária CV).
[...] a etapa mais importante do Estagio Supervisionado I, pois é onde vivenciamos o que é ser professor, já que é o momento que temos para planejar nossas aulas e constatarmos a importância do planejamento na vida do docente. [...] uma grande experiência, pois a troca de conhecimentos com alunos nos fez perceber que toda às vezes em que o professor entra na sala de aula, ele aprende com os seus alunos. (Estagiária KM).
Alguns estagiários apontam a regência como um momento de planejamento e
aprendizado.
[...] aprendemos muito com a regência [...] levaremos coisas positivas para nossa vida como futura professora [...] A elaboração do plano de aula, buscando o melhor caminho para ministramos nossa aula, que é na verdade essencial para o professor, já que nos mostra a sequencia de tudo que vai ser desenvolvido em sala de aula [...] o material que foi desenvolvido como apoio pedagógico foi de grande importância para realização da aula, para que realmente pudéssemos conduzir o conteúdo com segurança. (Estagiária TF).
[...] a regência é de suma importância a todos os acadêmicos. Nela, colocamos em prática a teoria e, ainda, como futuros professores de matemática, a partir da elaboração do plano de aula, material didático a ser utilizado na regência. (Estagiária AF).
Outro estagiário assinala a importância de se utilizar em sala de aula metodologias
diferenciadas.
[...] a regência foi de grande relevância para compreender as dificuldades dos alunos e, então, nos esforçarmos cada vez mais para ser um profissional com qualidade, daqueles que possam ver as dificuldades
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dos seus alunos e não ignorá-los. Também procurar trabalhar de forma que possamos despertar nos alunos a curiosidade em relação ao o conhecimento, trabalhando com lúdico e jogos, buscando uma metodologia diferenciada da aula tradicional (Estagiário JS).
Os estagiários afirmam que não sentiram muita dificuldade durante a regência, já
que ministrar as aulas nas salas onde realizaram a observação da prática pedagógica do
professor titular contribuiu para conhecer melhor a turma, observando os alunos mais
participativos e a interação entre eles. Assim, após a realização de todas as vivências do
Estágio, na tentativa de definir a importância do estágio, os estagiários explicitam:
Através das demais etapas do estágio, aprendemos a importância do mesmo, que nos leva a conhecer a realidade em que se encontram as escolas, fazendo uma junção da teoria com a prática, nos colocando frente a frente ao meio no qual seremos inseridos após o término de conclusão do nosso curso. Aprendemos que é necessário fazer um bom planejamento de aula, e tentar diferenciá-las a fim de despertar o interesse e a curiosidade dos alunos, para que estes consigam aprender o que lhes é ensinado de maneira divertida e fora da rotina ((Relatório de Estágio, Estagiária RF).
[...] foi prazeroso trabalhar na turma do 6° ano da escola campo [...], pois se tratava de uma turma com autoestima elevada, eles prestavam atenção em tudo, participavam de todas as perguntas. [...] Foi muito gratificante o estágio, pois aprimorou os nossos conhecimentos [...] podemos afirmar que a cada dia tiramos o receio que tínhamos de enfrentar uma classe cheia de alunos, pois o nervosismo todos tem, apenas temos que controlar para ele não tomar conta da mente (Relatório de Estágio, Estagiária ES).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração desta pesquisa provocou a necessidade de rever apontamentos e
registros dos relatórios, resgatando marcas e impressões que se estabeleceram no decorrer
da trajetória dos estagiários ao longo das vivências. Entretanto, a elaboração escrita dessas
reflexões, desde que não encaradas em favor de meras atividades burocráticas, podem se
transformar em documentos para que professor que trabalha com o Estágio Supervisionado
repense sua prática docente.
A analise mostrou que o professor orientador de Estágio deve preparar seus
estagiários para atuarem com adolescentes nas escolas de Ensino Fundamental e Médio e
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seus objetivos devem estar vinculados às atividades que estão além dos muros da
universidade, no contexto ativo do desenvolvimento social.
A multiplicidade de enfoques dessa ação nos leva à percepção do estágio “[...]
enquanto atividade teórica instrumentalizadora da práxis” (PIMENTA, 1999, p.121). Logo,
a orientação e o apoio do professor orientador, no acompanhamento das atividades dos
futuros professores, são fundamentais para as análises a respeito das possibilidades de ação
docente na escola, diante de seus condicionamentos estruturais. Deste modo, percebemos
que o papel do professor orientador de Estágio é de ajudar os futuros professores a
interiorizarem, durante a formação inicial, a disposição e capacidade de estudarem “[...]
além da maneira de como ensinam e de a melhorar com o tempo, responsabilizando-se
pelo seu próprio desenvolvimento profissional” (ZEICHNER, 1993, p.17).
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