Estágio Desporto

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    Trabalho Final de Reflexão- Estágio Atividades de Ar-livre

    Metodologia do Desporto II- Exercício e Saúde

    Orientadora de Estágio: Professora Rita Areias

    Coordenadora de Estágio: Professora Doutora Maria Paula Maia dos Santos

    Alexandre Filipe Mesquita de Sousa Pinto

    Ano Letivo: 2015/2016

    3º Ano 1º Semestre

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    Índice

    1. Introdução…………………………………………………………………….3

    2. Revisão da Literatura……………………………………………………….52.1 Atividade Física e Exercício Físico………………………………….52.2 Atividade Física- Importância e benefícios………………………..52.3 Princípios do Exercício………………………………………………..62.4 Recomendações para a prática………………………………………82.5 Atividades de Ar-Livre…………………………………………………9 

    3. O Estágio……………………………………………………………………..113.1 Expetativas……………………………………………………………...15

    4. Conclusão……………………………………………………………………16 5. Referências Bibliográficas………………………………………………..18

    6. Anexos………………………………………………………………………..20

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    1.Introdução

    Este trabalho foi realizado no âmbito do Estágio de Exercício e Saúde(E.E.S) em atividades de ar-livre, que se insere no plano didático da Metodologia

    do Desporto II- Exercício e Saúde, com o objetivo de realizar uma reflexão acerca

    do referido estágio. Este trabalho pretende então, analisar todas as

    componentes que caracterizaram o estágio realizado, permitindo assim

    compreender, entre outros aspetos, a relevância que teve para a futura vida

    profissional do estagiário, se foram cumpridos os objetivos e as metas que se

    pretendiam alcançar, quais as maiores dificuldades sentidas ao longo do

    semestre, quais os pontos fortes e pontos fracos, e se as expetativas iniciais

    corresponderam às conclusões que foram retiradas no final da atividade.

    O local de estágio foi a escola EB Eugénio de Andrade,  escola sede do

     Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade, com segundo e terceiros ciclos

    no seu plano de estudos. A escola conta atualmente com cinco profissionais de

    Educação Física. A orientadora do E.E.S foi a Professora Rita Areias, docente

    na escola EB Eugénio de Andrade, que se encontra envolvida nas atividades doDesporto Escolar á cerca de 15 anos. Os alunos abrangidos por este estágio

    tinham idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos, pertenciam na sua

    maioria ao 5º e 6º ano de escolaridade, e encontravam-se inscritos no programa

    do Desporto Escolar (2013-2017) da Direção Geral da Educação.

    O E.E.S realizado inseriu-se nas atividades do Desporto Escolar

    realizadas na escola já referida. De um variado leque de modalidades que

    constituem o programa do Desporto Escolar, as atividades de ar-livre que nele

    estão presentes são: canoagem, escalada, orientação, surf, remo, tiro com arco,

    BTT, entre outras. De todas as atividades que constituem este programa, as que

    foram lecionadas na escola Eugénio de Andrade ao longo deste semestre, foram

    orientação e escalada.

    De acordo com a Direção-Geral da Educação, o programa do Desporto

    Escolar tem como missão” fazer com que todos os alunos do sistema educativopratiquem regularmente atividades físicas e desportivas”, pretende então

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    “proporcionar o acesso á prática desportiva regular e de qualidade, contribuindo

    para a promoção do sucesso escolar dos alunos, dos estilos de vida saudáveis,

    de valores e princípios associados a uma cidadania ativa.”

    Relativamente á orientação, esta é uma modalidade desportiva que alia

    de forma perfeita as dimensões física, cognitiva e emocional do atleta. Consiste

    na escolha do melhor trajeto entre pontos marcados num mapa e presentes no

    terreno através de balizas de orientação, com o objetivo de cumprir, no mais

    curto espaço de tempo possível, um percurso sem qualquer auxílio externo e

    que pode estar sujeito aos mais diversos imprevistos colocados pelo meio

    natural. Em Portugal, tal como nos restantes países, esta modalidade surgiu por

    via militar, tendo o primeiro campeonato das Forças Armadas acontecido em

    1973, em Mafra. No início da década de 80 a modalidade começou a ser

    praticada pela sociedade civil, sendo em 1990 fundada a Federação Portuguesa

    de Orientação. Esta modalidade entrou nos programas de Educação Física em

    1996, e em 1997 realizou-se o primeiro Campeonato Nacional do Desporto

    Escolar em Santarém. Em 2002 realizou-se em Leiria o Campeonato do Mundo

    de Orientação Escolar.

    Foi na década de 70, que a prática de Montanhismo/Escalada começou a

    ser incluída na formação de base do Professor de Educação Física. Nos anos

    80 surgiram os Grupos-Equipa de Escalada no âmbito do programa do Desporto

    Escolar. Em finais da década de 90, a denominada Escalada Desportiva

    começou a afirmar-se no nosso país, caracterizada pela execução de escalada,

    não apenas na rocha, como também em estruturas artificiais com vias equipadas

    para o efeito, que foram sendo instaladas em escolas e pavilhões desportivos.

    Como principais objetivos deste estágio defino: adquirir competências

    para a intervenção em contexto escolar, mais especificamente, no segundo ciclo

    do ensino básico, aprofundar os conhecimentos relativos às Atividades de Ar-

    livre, sobretudo a Escalada e a Orientação, desenvolver autonomia nos

    planeamentos de aula e aplicação dos mesmos e desenvolver autonomia e

    experiência no leccionamento de aulas.

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    2.Revisão da Literatura 

    2.1 Atividade Física e Exercício Físico

    O conceito de Atividade Física é regularmente confundido com o conceito

    de Exercício Físico. A Atividade Física é definida como todo e qualquer

    movimento corporal produzido pela contração músculo-esquelética resultando

    num gasto energético (Haskell et al., 2007). Já o Exercício Físico consiste numa

    atividade repetida e estruturada que visa a obtenção de um objetivo concreto

    tendo em vista a manutenção ou melhoria da aptidão física (Caspersen et

    al.,1985).

     A Atividade Física é um conceito muito amplo, pode ir desde os

    movimentos relacionados com atividades físicas moderadas, atividades de lazer

    que impliquem movimento, até às tarefas simples do dia-dia. Não devem por isso

    confundir-se os conceitos de Atividade Física e Exercício Físico. O segundo

    consiste numa subcategoria da Atividade Física, que é planeado, estruturado, e

    que tem como objetivo a manutenção ou melhoria da aptidão física.

    2.2 Atividade Física- Importância e benefícios para a saúde

     A ausência de Atividade Física origina uma maior acumulação energética,

    podendo ser um fator para o desenvolvimento da obesidade (Mota & Carvalho,

    2001)

    Segundo Colberg (2003), a Atividade Física ajuda a ganhar massa

    muscular, perder gordura, melhora o humor, reduz o stress e a ansiedade,

    aumenta o nível de energia, melhora a imunidade, aumenta a flexibilidade

    articular e melhora a qualidade de vida

    Muitas evidências sugerem que a prática de Atividade Física é um

    importante instrumento na recuperação, manutenção e promoção da saúde, e

    consequentemente na qualidade de vida (Chodzko-Zajko et al, 2009).

     A prática regular de Exercício Físico é benéfica para todos, levando áredução do risco de morte prematura, ou por doenças cardiovasculares, do

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    desenvolvimento de diabetes tipo II, cancro do intestino, hipertensão, depressão

    e ansiedade, ajuda o controlo do peso corporal, previne quedas, ajuda a manter

    ossos, músculos e articulações num estado saudável, e promove o bem-estar

    psicológico (Spirduso et al, 2005; Goldspink, 2005).

     A prática de Atividade Física quando realizada de forma sistemática e

    segundo determinados princípios, induz inúmeros benefícios como: aumenta

    esperança de vida, reduz as taxas de mortalidade e morbilidade, diminui o

    número de medicamentos prescritos, melhora a capacidade fisiológica em

    portadores de doenças crónicas, previne o declínio cognitivo, reduz a frequência

    de quedas e fraturas, favorece a independência e a autonomia, bem como

    favorece o contato social e aumenta o prazer de viver (American College ofSports Medicine, 2000; Mazo et al, 2001).

    . O estilo de vida ativo pode prolongar o tempo de vida independente, e

    colaborar com o melhor desempenho na realização das atividades de vida diária

    (Hurley & Hagberg, 1998).

    (Blair et al,1989) realizou um estudo, que consistiu em analisar uma

    amostra de mais de 13 mil homens e mulheres seguidos durante 8 anos,

    verificou-se a existência de uma relação inversa, forte e consistente entre aptidão

    física e mortalidade em homens e mulheres. Observaram-se menores taxas de

    mortalidade total, bem como de doenças cardiovasculares e cancro em

    indivíduos com melhores níveis de aptidão física.

    Num estudo realizado, que consistiu em seguir durante 10 anos, cerca de

    1000 homens e mulheres acima dos 65 anos, verificou-se que um elevado nível

    de atividade física aos 65 anos de idade está associado com um maior nível de

    sobrevivência aos 80 anos de idade. Verificou-se ainda que os indivíduos que

    mantiveram níveis mais elevados de Atividade Física apresentaram o dobro da

    probabilidade de morrer sem incapacidade quando comparados com os

    sedentários (Leveille et al,1999).

    2.3. Princípios do Exercício

    Os princípios do exercício físico, as estruturas, as funções musculares e

    a biologia são iguais para todos. Claro que terão de haver algumas precauções

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    que as mulheres grávidas ou os doentes em reabilitação poderão ter de tomar,

    mas a forma de aproximação geral ao exercício físico é a mesma para todos

    (Darden,1990).

    Podemos obter resultados gerais com o exercício físico,

    independentemente do tipo de prática, respeitando os princípios que se seguem:

    Princípios Biológicos:

    Princípio da Sobrecarga- Se se mantiver inalterada a carga de treino,

    chegamos a um ponto em que o esforço que realizamos já não é suficiente para

    provocar novas adaptações (porque o nosso organismo já se adaptou a ele) e

    deixamos de evoluir. A carga de um novo estímulo deve, normalmente, ser mais

    intensa que a carga do estímulo anterior.

    Princípio da Reversibilidade- O treino provoca adaptações, mas estas não

    se mantém no tempo após a interrupção do processo. A reversão destas

    adaptações ao esforço, tal como o seu aparecimento, acontece de forma

    gradual.

    Princípio da Individualização- O processo de treino, tal como qualquer

    processo de adaptação, é um processo muito individualizado. A adaptação

    induzida pelas cargas tem elevada variabilidade inter-individual.

    Princípio da Especifidade- As adaptações às cargas de treino só ocorre

    na (s) capacidade (s) e sistemas funcionais em que esta é sustentada.

    Princípios Pedagógicos

    Princípio da Atividade Consciente-  O treino visa desenvolver o

    desempenho consciente e autónomo das tarefas de uma atividade desportiva.

    Princípio da Atividade Sistematizada e Planeada- O treino é um processo

    organizado, baseado em sequências didáticas que conduzem aos objetivos.

    Princípio da Atividade Apreensível- As atividades que se propõem no

    treino devem ser passíveis de serem aprendidas, executadas e devem garantir

    a possibilidade de êxito por parte de quem as realiza.

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    Princípio da Atividade Dirigida e da Auto-atividade- O treino é um processo

    altamente dirigido, cabendo ao treinador a orientação e organização da atividade

    do desportista. No entanto não deve ser retirado o espaço para a criação e

    autonomia dos atletas.

    Princípio da Estabilidade dos Resultados- Sendo o treino um processo de

    transformação, todas as aquisições devem ser estabilizadas antes de se iniciar

    um novo ciclo de novas aquisições.

    2.4 Recomendações para a prática de Atividade Física

    De acordo com o documento elaborado pela OMS (2010),

    “Recomendações Globais na Atividade Física para a Saúde”, encontram -se as

    seguintes recomendações para a prática de Atividade Física, que se dividem em

    três grupos de acordo com a faixa etária:

    Crianças e adolescentes dos 5 aos 17 anos-  A OMS define que a

    atividade física deverá ser de intensidade moderada a vigorosa, tendo a duração

    mínima de 60 minutos diários. A Atividade Física com duração superior a 60

    minutos permitirá obter benefícios de saúde adicionais. Atividades de

    intensidade vigorosa, 3 vezes por semana, que solicitem o sistema músculo-esquelético trazem benefícios ao nível da flexibilidade, da força muscular e da

    densidade da massa óssea.

    Adultos dos 18 aos 64 anos- De acordo com a OMS, estes adultos

    devem praticar, pelo menos, 150 minutos de atividade física aeróbia, de

    intensidade moderada, durante a semana, ou pelo menos 75 minutos de

    atividade física aeróbia, de intensidade vigorosa, durante a semana. Devem ser

    realizadas atividades de fortalecimento muscular em 2,ou mais, dias da semana.

    Para obter benefícios de saúde adicionais, a duração da atividade semanal

    recomendada, para atividades moderadas e vigorosas, será de 300 minutos e

    150 minutos respetivamente.

    Adultos com mais de 65 anos- As durações e intensidades da Atividade

    Física são idênticas às que foram recomendadas para o grupo etário anterior,

    assim como as atividades de fortalecimento muscular em 2, ou mais, dias da

    semana. Neste grupo são fundamentais exercícios que melhorem o equilíbrio e

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     As AFAN inserem-se no pensamento pós-moderno, uma vez que

    integram uma cultura desportiva diferente, menos fechada e formal. Nestas

    atividades o elemento competição não se encontra tão nitidamente presente,

    uma vez que o mais importante, é que a pessoa se sinta bem consigo mesma

    ao praticar a atividade em questão.

    Tahara, Scwartz e Filho, 2006, realizaram um estudo com o objetivo de

    descobrir as motivações para a prática das AFAN, recorrendo a uma amostra de

    vinte pessoas, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 21 e os

    45 anos, concluíram que a maioria dos inquiridos considerava a prática das

     AFAN como, “estar vivenciando o melhor momento destinado ao lazer num

    contacto harmónico e direto com o meio natural.” 

    Diversos autores têm defendido que as AFAN não devem ser

    consideradas desportos, uma vez que são caracterizadas por motivações,

    modelos, objetivos, condições e espaços bastante distintos dos desportos

    tradicionais (DIAS; MELO; ALVES JR, 2007). Estes autores defendem que o

    desporto se caracteriza pela competição, e que, uma vez que este elemento não

    se encontra tão nitidamente presente nas AFAN, estas não devem ser vistas

    como desporto.

    Uma das características das AFAN que as distingue dos restantes

    desportos é o fato de estas se realizarem no meio natural, o que retira a

    previsibilidade as estas atividades, não sendo por isso nada monótonas, uma

    vez que os indivíduos têm de conseguir ultrapassar os diversos obstáculos que

    lhes são colocados pelo meio natural. Outro elemento que distingue as AFAN

    dos restantes desportos é o fato de estas envolverem um determinado grau de

    risco, apesar de este ser relativamente controlado e minimizado. De acordo com

    Bruhns (2002), o grau de risco inerente á prática das AFAN reside no nível de

    confronto entre o individuo e o meio natural.

    Recorrendo a uma terminologia distinta, Paiva (2008), definiu os

    Desportos de Aventura na Natureza como um conjunto de atividades que se

    caracterizam: pelo local em que se fundamentam, a natureza, pelas emoções

    que provocam (risco, incerteza e aventura), pelo público-alvo diversificado a que

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    se destinam, e pela flexibilidade de regulamentações, horários e formas de

    prática.

    Segundo Marinho (2004), as Atividades na Natureza são práticas

    cercadas por riscos e perigos calculados, não sendo necessário treino o regular,

    afastando-se assim das práticas desportivas tradicionais, como os desportos

    coletivos, que procuram essencialmente o rendimento.

    Existe uma grande diversidade de modalidades que se inserem nas

     Atividades de Aventura na Natureza, como por exemplo: Escalada, Orientação,

    Paraquedismo, BTT, Ski, Surf, Alpinismo, Rafting, Canoagem, Mergulho,

    Canyoning, entre outros.

    3.O Estágio

    Conforme já foi referido, o estágio em atividades de ar-livre centrou-se nas

    modalidades de escalada e orientação. Ao longo do semestre as aulas de

    escalada foram lecionadas na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto,

    às segundas-feiras entre as 16:30h e as 18:30h. Já as aulas de orientação

    realizaram-se na escola Eugénio de Andrade, às terças-feiras entre as 17:20h e

    as 18:10h. O estágio relativo ao primeiro semestre iniciou-se a 12 de Outubro,

    com fim previsto na terceira semana de Fevereiro.

     A aula de escalada foi dividida em duas turmas, a primeira com início às

    16:30h e término às 17:30h, e a segunda com início às 17:30h e término às

    18:30h, com o objetivo de rentabilizar o tempo disponível e permitir o máximo

    aproveitamento das instalações pelos alunos. A primeira turma tinha cerca de

    dez alunos enquanto a segunda tinha cerca de 6 alunos. Apesar da segunda

    turma ser mais pequena, a respetiva a aula teve ao, longo do semestre, um

    menor aproveitamento quando comparada com a primeira, pois os alunos

    terminavam as suas aulas às 17:30h e tinham de deslocar-se a pé desde a sua

    escola até ao local de estágio. Consequentemente a segunda parte da aula de

    escalada iniciou-se quase sempre por volta das 18:00h, e em alguns casos até

    mais tarde. Esta redução do tempo de aula comprometeu a produtividade da

    mesma, e o tempo dedicado a certas partes fundamentais da aula foi

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    comprometido. Para que os alunos da segunda turma se mantivessem

    motivados, foi necessário dar prioridade á ascensão da parede propriamente

    dita, em detrimento do aquecimento e do trabalho de força, já que sendo o tempo

    de aula mais curto do que era suposto, se esta seguisse a sua estrutura normal,

    os alunos teriam poucas oportunidades para escalar a parede, que era a

    atividade principal desta aula e a que os alunos mais gostavam de fazer.

     A estrutura da aula de escalada foi semelhante ao longo do semestre. No

    período que antecedia a aula procedia-se á abertura das vias de escalada, a

    respeito deste momento importa referir que inicialmente era realizada pela

    professora Rita Areias, quando esta entendeu que os professores estagiários já

    dominavam as competências necessárias, a abertura de vias começou a serrealizada por eles meia hora antes do início da aula. Isto permitiu rentabilizar ao

    máximo o tempo da primeira hora de aula, podendo os alunos começar a escalar

    a parede imediatamente a seguir ao aquecimento e trabalho de força. O material

    utilizado nas aulas de Escalada foi fornecido pela FADEUP e pela professora

    Rita, em todas a aulas o material indispensável era: duas cordas semi-estáticas,

    quatro capacetes, quatro mosquetões trapezoidais, dois oitos, quatro arneseses

    e quatro expresses.

     A primeira parte da aula era o aquecimento/ativação geral, que consistiu

    numa série de exercícios realizados com o objetivo de ativar de uma forma geral

    a musculatura esquelética e as articulações. Os exercícios realizados foram,

    entre outros, corrida, deslocamento lateral, rotação dos membros superiores,

    rotação da cabeça, rotação do tronco, flexão lateral do tronco, flexão do tronco,

    rotação dos quadris, rotação dos pulsos, rotação dos tornozelos, elevação do

     joelho e elevação do calcanhar.

     A segunda parte da aula era o trabalho de força, que consistiu na

    realização de abdominais, dorsais, flexões de braços e elevações no banco com

    apoio na zona anterior do pé. O trabalho de força dividiu-se em vários níveis,

    propostos pela Professora Rita, sendo que para os alunos passarem para o nível

    seguinte deviam realizar com sucesso o nível anterior. Sempre que um aluno

    demonstrasse dificuldades em realizar um determinado nível, esse aluno era

    colocado a fazer o nível anterior novamente. Os diversos níveis encontram-se

    representados no quadro que se segue.

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     A terceira parte da aula era a ascensão da parede de escalada. Aqui os

    alunos deviam começar por escalar a via 1, quando realizassem esse objetivo

    podiam começar a escalar a via 4. Os alunos que demonstraram dificuldades em

    escalar quer a via 1 quer a via 4, continuaram a tentar cumprir esses objetivos

    ao longo do período, aos restantes foram propostos novos desafios, por exemplo

    subir com tempo, subir só pelas presas de determinada cor, realizar abertura de

    via, entre outros.

    Relativamente á evolução didático-metodológica começou-se por explicar

    aos alunos alguns conceitos importantes da escalada, como a terminologia, o

    material utilizado e algumas regras básicas de segurança. Antes dos alunos

    começarem a praticar a ascensão de parede propriamente dita, estes foram

    colocados a realizar tarefas mais simples, para permitir a sua adaptação á

    parede de escalada. Começaram por realizar deslocações laterais na parede,

    fixaram-se na parede por um determinado período de tempo, e cumpriram

    determinados objetivos, por exemplo tocar na presa x ou deslocar-se do ponto A

    para o ponto B.

     A aula de Orientação realizou-se às terças-feiras na escola Eugénio de

     Andrade, entre as 17:20h e as 18:10h. O principal material utilizado foram

    mapas, lápis, bússolas, balizas, cartões de controlo e lanternas. Esta aula

    dividiu-se em duas partes fundamentais.

    No aquecimento foi proposto aos alunos que realizassem percursos maissimples preparados pela professora Rita Areias, por vezes os alunos realizavam

    N1 N2 N3 N4 Variantes

    Abdominais 10 15 20 30Flexões de

    braços

    2+2 3+3 5+5 10 Realizar com

    palma

    Dorsais 10 15 20 30

    Elevações

    no banco

    5+5 7+7 10+10 10+10 Com elevação da

    mão

    Quadro1: Níveis do Trabalho de Força

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    o aquecimento em duplas ou trios. Nesta parte da aula era fundamental que os

    alunos realizassem os percursos a correr e que o fizessem concentrados, para

    servir não só como aquecimento mas também como preparação cognitiva para

    a parte da aula que se seguia.

     A segunda parte da aula consistiu na realização de percursos de

    orientação preparados com o mapa da escola. Os percursos tinham variantes,

    alguns formavam palavras que os alunos tinham de descobrir, outros consistiam

    em somas e subtrações, e alguns eram compostos por perguntas características

    dos locais onde estavam os pontos de controlo. Os alunos com mais dificuldades

    começaram por realizar as atividades com ajuda de colegas ou dos professores,

    os alunos mais experientes após realizarem os percursos propostos pelosprofessores, começaram a criar os seus próprios percursos para depois os

    colegas fazerem.

    No que diz respeito á evolução didático-metodológica, nas primeiras aulas

    foram explicados alguns conceitos fundamentais da Orientação aos alunos, que

    aprenderam então os conceitos de balizas, pontos de controlo, cartões de

    controlo, mapas e percursos. Os alunos aprenderam também a “orientar o

    mapa”,  que é uma ação fundamental na realização de um percurso de

    Orientação, uma vez que permite ao atleta ter uma noção do local em que se

    encontra e qual a direção a seguir. Embora seja possível praticar a orientação

    em quase todo o tipo de mapas, é muito mais interessante utilizar mapas

    específicos para a orientação, por esta razão os alunos foram confrontados

    durante as aulas com diversos mapas de orientação para que pudessem

    aprender a sua simbologia específica e outros aspetos que lhes são

    característicos, servindo também como preparação para as competições. Nasaulas finais do semestre os alunos experimentaram a escalada, embora não faça

    parte do planeamento de orientação, foi uma nova experiência para a maioria

    dos alunos, que reagiram bem mostrando-se interessados.

    No âmbito da orientação foram realizados vários treinos extra que

    permitiram aos alunos treinar em situações semelhantes às de competição.

    Estas atividades foram realizadas no Parque de São Roque e na Quinta do

    Covelo, ambos localizados no Porto, em coordenação com o professor Sandro

    Castro.

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    3.1 Expetativas

    Devo reconhecer que antes de iniciar o estágio de Ar-Livre, estava algo

    preocupado já que tinha pouca ou nenhuma experiência na interação com

    crianças em contexto escolar, assim como pouca experiência ao nível da

    Escalada e nenhuma ao nível da Orientação, que me foi apresentada pela

    primeira vez. Ao longo do semestre fui-me adaptando a esta nova realidade,

    interiorizei os conceitos necessários e fui-me familiarizando com as

    metodologias destas duas modalidades. Foi também a primeira vez que vivenciei

    o processo do ensino na perspetiva de professor, depois de tantos anos a

    observar do “outro lado” este fenómeno, pelo que foi uma sensação estranha

    quando os alunos se dirigiram a mim pela primeira vez como professor.

    Uma vez que também estive envolvido no Desporto Escolar no meu

    ensino básico, fiquei entusiasmado com as aulas e procurei sempre que os meus

    alunos desenvolvessem ao máximo as suas competências para que isso se

    traduzisse em bons resultados nas competições. Por vezes as aulas tornavam-

    se cansativas e monótonas, mas por outro lado a interação com as crianças

    transmitia-me uma alegria e energia que me recordaram dos momentos em que

    fui criança, esta satisfação foi a minha principal motivação nos momentos em

    que estava mais cansado ou desmotivado para o estágio.

    Fig 1: Mapa de Orientação Parque

    São Roque

    Fig 2: Mapa de Orientação Quinta

    do Covelo

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     As expetativas para o que resta do estágio centram-se essencialmente

    nos resultados que os meus alunos atingirão nas diversas competições, quer de

    Escalada quer de Orientação. Não sendo os resultados tudo o que importa, estou

    também expetante quanto á aprendizagem e evolução técnica que os alunos irão

    desenvolver até ao final do ano letivo.

    4. Conclusão

     Apesar de ter uma carga horária de apenas três horas semanais, o estágio

    de Ar-Livre permitiu-me adquirir experiência para a intervenção em contexto

    escolar, nomeadamente no 2º ciclo do ensino básico. A observação das aulas

    na perspetiva de professor trouxe-me uma nova visão sobre o processo de

    ensino e os problemas que lhe estão inerentes. A interação com os alunos fez-

    me perceber que nem sempre é fácil aplicar na prática os conceitos e as leis

    teóricas, e que o processo de ensino deve ser um processo individualizado uma

    vez que os alunos apresentam diferentes capacidades, necessidades,

    dificuldades e interesses. Desenvolvi os meus conhecimentos na área das

    atividades de Ar-Livre, em especial na Escalada e Orientação e tive a

    oportunidade de participar em diversas atividades relacionadas com o programa

    do Desporto Escolar.

    Conforme já foi referido as aulas de escalada foram comprometidas por

    questões de tempo, uma vez que os alunos não possuíam transporte da escola

    para o local de estágio. Uma solução passaria por garantir transporte para os

    alunos envolvidos no Desporto Escolar para os locais de atividade, apesar de ter

    a noção de que isso implicaria custos adicionais para as escolas e que estas

    poderiam não conseguir suportá-los. Outro problema encontrado com as aulas

    de escalada foi a coordenação com o gabinete de Recreação e tempos Livres,

    no que diz respeito ao material que foi disponibilizado, já que nem sempre

    estavam disponíveis as chaves que davam acesso ao material. Uma medida que

    resolveria este problema seria a entrega de uma cópia das chaves aos alunos

    estagiários, apesar de ter noção que já se tentou fazer isso noutros anos e não

    deu resultado.

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    Relativamente às aulas de orientação, de referir que um ponto fraco foi o fato

    de estas estarem dependentes das condições climatéricas, uma vez que em dias

    de chuva não se justificava que os alunos realizassem percursos no exterior. Isto

    obrigou á existência de uma “plano B” em cada aula, que consistiu na realização

    de jogos como o “Futebol aranha”, Andebol, Basquetebol, entre outros. 

    Como as aulas foram todas realizadas na escola, chegou-se a um ponto em

    que os alunos já tinham o mapa da escola bem memorizado, o que diminuía a

    dificuldade das atividades e poderia abrandar a evolução e diminuir o interesse

    dos alunos. Por esta razão foram  – se variando os jogos e os percursos, que

    envolviam então somas, perguntas e códigos. Para quebrar a rotina e a

    habituação ao mapa da escola, foram também importantes os treinos extrasrealizados no parque de São Roque e na Quinta do Covelo.

    Durante as primeiras aulas o planeamento estava a cargo da professora, a

    partir do mês de Novembro comecei a contribuir para o planeamento e comecei

    a realizar uma reflexão individual no final de cada aula (que segue em anexo).

    Estas reflexões foram importantes não só para efeitos de avaliação, mas também

    para eu ter uma noção de quais foram as aulas que correram melhor e quais as

    que não correram tão bem, e quais as razões para tal ter acontecido.

    Sendo a missão do Desporto Escolar “Proporcionar o acesso à prática

    desportiva regular e de qualidade, contribuindo para a promoção do sucesso

    escolar dos alunos, dos estilos de vida saudáveis, de valores e princípios

    associados a uma cidadania ativa”, esta não podia estar mais relacionada com

    os objetivos da Metodologia do Desporto- Exercício e Saúde, que pretende

    transmitir-nos os conceitos e as competências práticas que nos permitem a

    promoção da saúde e do bem-estar através do desporto nos diferentes contextos

    alvo.

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    5. Ref erênc ias B ib lio gráfic as  

    1. Chodzko-Zaijko, W. J., Schwingel, A, & Park, C. H. (2009). Successful aging:

    the role of physical activity. American Journal of Lifestyle Medicine, 3(1), 20-28.

    2. Goldspink, D. F. (2005). Ageing and activity: the effects on functional reserve

    capacities of the heart and vascular smooth muscle and skeletal muscles.

    Ergonomics, 48, 1334-1351.

    3.  American College of Sports Medicine. (2000). ACSM’s guidelines for exercise

    testing and prescription (6ª Ed.). Rio de Janeiro: Revinter.

    4. Haskell,W., Lee, I. M,. Pate, R., Powell, K, Blair, S., Franklin, B., Macera, C.,Health, G., Thompson, P., & Bauman, A. (2007). Physical activity and public

    health: updated recommendation for adults from the American College of

    Sports

    5. Caspersen, C. J., Powell, K. E., & Christenson, G. M. (1985). Physical activity,

    exercise, and physical fitness: defenitions and distinctions for health-related

    research. Public Health Report, 100(2), 126-131

    6. Colberg, S. (2003). Atividade Física e diabetes. São Paulo: Editora Manole

    Ltda

    7. Mota, J., & Carvalho, J. (2001). Programas de actividade física no concelho

    do Porto. In J. Mota & J. Carvalho (Eds.), A qualidade de vida no idoso: o

     papel da actividade física. Porto: FADEUP.

    8. Blair SN, Kohl HW, Paffenbarger Jr RS, Clark DG, Cooper KH, Gibbons LW.

    Physical fitness and all-cause mortality. JAMA 1989;262:2395-401

    9. Leveille SG, Guralnik JM, Ferrucci L, Langlois JA. Aging successfully untildeath in old age: opportunities for increasing active life expectancy. Am J

    Epidemiol 1999;149:654-64.

    10. Darden, Ellington. The Nautilus Book. Contemporary Books, Inc. 1990.

    11. CASTELO, Jorge [et al.] - Metodologia do treino desportivo. Lisboa FMH,

    1996.XX, 647 p.. ISBN 972-735-032-1

    12. World Health Organization. Global Recomendations on Physical Activity for

    Health. Geneva2010

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    19

    13. Baptista F, Santos DA, Silva AM, Mota J, Santos R, Vale S, et al. Prevalence

    of the Portuguese Population Attaining Sufficient Physical Activity.Medicine &

    Science in Sports & Exercise. 2012;44(3):466-73.

    14. Ferreira I, van der Horst K, Wendel-Vos W, Kremers S, van Lenthe FJ, Brug

    J. Environmental correlates of physical activity in youth- a review and update.Obesity reviews: na oficial jornal of the International Association for the Study

    of Obesity. 2007; 8(2): 129-54

    15. Sallis JF, Owen N, Fisher EB. Ecological models of health behavior. In:Glanz

    K, Rimer BK, Viswanath K, editors. Health behavior and health education:

    Theory, research, and practice (4th ed). San Francisco, CA US: Jossey-

    Bass;2008, p. 465-85.

    16. OMS. (2010). Global recommendations on physical activity for health.

    17. Bétran, A; Bétran, J. (1995). Propuesta de una classificación taxonómica delas actividades físicas de aventura en la naturaleza. Marco conceptual y

    análisis de los critérios elegidos. Apunts: Educación física y deportes, 41,

    108-123.

    18. Tahara, A; Scwartz, G. e Filho,S. (2006). Meio ambiente e atividades de

    aventura: significados de participação. Matriz, Rio Claro, (12), 1, pp. 59-64

    19. Dias, C; Melo, V. e Alves Jr., E. (2007). Os estudos dos esportes na natureza:

    desafios teóricos e conceituais. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto,

    7 (3), 358-367.

    20. Bruhns, H. (2002). Deporte y naturaleza: la experiencia sensible. In Rico,S.;

    Brasileiro, M (Eds), Nuevas tendências de prática físico-deportiva en el médio

    natural (pp. 3-14)

    21. Paiva, P. (2008). Desportos de Aventura na Natureza: uma revisão

    conceptual. Porto: P. Paiva. Dissertação de licenciatura apresentada á

    Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

    22. Marinho, A. (2004). Atividades na Natureza, Lazer e Educação Ambiental:

    refletindo sobre algumas possibilidades. In UFSC (Ed.), Motrivivência:

    Revista de Educação Física, Esporte e Lazer e Meio Ambiente, 22, 47-70.

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     ANEXOS

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    Reflexão

    Aula de 5 Outubro Escalada

    A 1ª hora de aula começou com a Professora a abrir a via com o Tomás enquanto

    eu fazia o aquecimento com os alunos que iam chegando. De seguida a Professora

    explicou alguns dos conceitos mais importantes da escalada aos alunos que foram pela

    primeira vez e relembrou também para os que já tinham ido nos anos anteriores.

    Começamos depois a pedir aos alunos que cumprissem pequenos objetivos (apoio na

    parede de todos os alunos, deslocações laterais na parede) para que se começassem a

    adaptar á parede e ás presas. A parte final da 1ª hora foi destinada á escalada

    propriamente dita.

    Na 2ª hora tivemos consideravelmente mais alunos pelo que a aula não

    funcionou tão bem, a Professora sugeriu então que se dividisse a segunda turma em

    dois grupos sendo que um estaria a escalar e outro estaria a realizar outras atividades.

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    Reflexão

    Aula 9 de Novembro Escalada

    Esta aula tivemos apenas alguns dos aluno inscritos. Na primeira hora apareceram

    três alunos, na segunda hora apareceram dois alunos.

    A abertura de via foi realizada por mim e pelo Tomás antes do início da aula o que

    permitiu que esta fosse o mais rentável possível.

    Por sugestão da Professora, modificamos algumas presas na via da direita para

    que esta se tornasse mais fácil para os alunos. Penso que a alteração da via foi importante

    pois motiva mais os alunos quando chegam lá cima dando-lhes uma sensação de

    evolução e superação de desafio.

    É também importante continuar a propor novos desafios para que os alunos

    sintam vontade de regressar na semana seguinte.

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    Reflexão

    Aula 23 de Novembro Escalada

    A aula começou com o aquecimento e trabalho de força, seguida da ascensão daparede.

    Na segunda hora de aula foi pedido a um dos alunos que abrisse uma terceira via,

    para que se pudesse aumentar o grau de dificuldade da aula. Os alunos reagiram bem a

    este novo desafio e quase todos tentaram escalar esta via. Os alunos que ainda

    apresentam algumas dificuldades permaneceram a escalar a 1ª e 4ª via.

    Agora que estão três vias abertas, os professores estão todos ocupados a auxiliar

    os alunos que escalam pelo que se torna mais difícil interagir e dar atenção aos alunos

    que se encontram fora da parede, bem como é preciso redobrar os cuidados no que diz

    respeito às medidas de segurança.

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    Reflexão

    Aula 30 de Novembro Escalada

    Nesta aula abriram-se pela segunda vez três vias (1ª, 2ª e 4ª), e pediu-se aos

    alunos que apenas tentassem subir a 2ª via, se já conseguissem subir as outras duas.

    A segunda hora de aula ficou marcada por um incidente que inviabilizou o

    decorrer normal da mesma. Um dos alunos, que ainda não tem muita confiança, subiu a

    1ª via até á segunda plaqueta, assim que lá chegou bloqueou com medo. Apesar das

    indicações dos professores o aluno não largava as mãos da parede. A situação só foi

    resolvida cerca de 10 minutos depois quando o professor Tomás subiu de forma a auxiliar

    o aluno a descer.

    Como seria de esperar uma vez que ambos os professores estavam focados em

    resolver aquele problema, os restantes alunos quase não tiveram oportunidade de

    escalar a parede

    Para evitar situações idênticas será importante que o aluno em causa nas aulas

    seguintes realize tarefas mais simples (deslocações laterais), de modo a que este

    aumente os seus níveis de confiança e melhore a sua técnica.

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    Reflexão

    Aula 14 de Dezembro Escalada

    Foram realizadas atividades que conciliaram a escalada com o espirito natalício.Colocaram-se sacos com rebuçados, chupas e chocolates no topo das vias, para os

    alunos tentarem tirar. Colocaram-se fitas de Natal no topo da parede para simbolizar

    uma árvore de Natal. Foi ainda pedido aos alunos que fizessem simulação de abertura

    de via recorrendo a bolas de Natal em vez de expresses.

    Os alunos reagiram bastante bem e a aula correu como era esperado. Em futura

    atividade semelhante, funciona melhor prender os sacos com uma alça senão torna-se

    mais difícil para os alunos.

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    Reflexão

    Aula de 20 de Outubro Orientação

    A aula começou com a apresentação dos conceitos básicos da orientação a um aluno

    que nunca tinha ido, enquanto os restantes começaram a realizar percursos preparados

    pela professora.

    A Professora pediu ainda a dois alunos (Bruno e Gabriel) que fizessem o seu

    próprio percurso para que este possa ser realizado pelos colegas na aula seguinte.

    Foi-me pedido no final da aula que corrigisse esses percursos e que os preparasse

    para poderem ser utilizados na aula seguinte.

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    Reflexão

    Aula 27 de Outubro Orientação

    Devido às condições do tempo teve de ser improvisada uma forma alternativa de

    aula. Começamos por realizar o jogo “futebol aranha” no qual os alunos se mostraram

    interessados.

    O restante da aula destinou-se á realização de um jogo de Andebol bastante

    simplificado apenas com algumas restrições.

    Penso que os alunos reagiram bem a esta alternativa proposta pela Professora o

    que lhes permitiu que se divertissem dado o imprevisto que foi o mau tempo.

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    Reflexão

    Aula 3 de Novembro Orientação

    A aula começou com o habitual aquecimento. De seguida os alunos começaram a

    realizar os jogos que tinham sido feitos pelo Tomás e pelo Diogo nas aulas passadas. O

    Diogo esteve uma boa parte da aula a ajudar um colega que ainda não tinha muita

    experiência em orientação, penso que foi algo importante para ele e uma experiência

    interessante na qual ele se colocou na posição de professor.

    A meu ver a aula correu bem, se bem que por vezes era necessário dar um

    “empurrão” para motivar alguns alunos que naquele dia estavam um pouco preguiçosos.

    Esta foi a última aula de treino antes do treino de fim-de-semana que se realizaria

    no dia 14 de Novembro.

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    Reflexão

    Aula 17 de Novembro Orientação

    A aula começou com o habitual aquecimento, a maioria dos alunos realizou o

    aquecimento em pares.

    A seguir alguns alunos começaram a realizar mapas de aulas anteriores enquanto

    os que já estão mais avançados fizeram o jogo da Speranta. A maioria dos alunos sentiu

    alguma dificuldade em realizar o jogo da Speranta mas com alguma ajuda da Professora

    todos conseguiram acabá-lo.

    Na parte final da aula foi realizado um jogo com os alunos que iam acabando as

    suas tarefas. O jogo foi idêntico ao da aula anterior e verificou-se alguma perda de

    interesse da parte dos alunos, pelo que talvez seja melhor preparar outra atividade para

    ocupar os “tempos mortos”. 

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    Reflexão

    Aula 1 de Dezembro Orientação

    Para esta aula procedeu-se á divisão da turma em dois grupos, sendo que, os

    elementos de um grupo realizaram introdução á escalada e aos restantes elementos foi-

    lhes atribuída a tarefa de criarem o seu próprio jogo de orientação.

    A aula de introdução á escalada decorreu bem uma vez que este grupo apenas

    tinha 3 elementos, logo foi fácil dividir a atenção pelos alunos para que estes

    compreendessem aquilo que era necessário. O número reduzido de alunos permitiu

    também que estes escalassem várias vezes a parede.

    Por outro lado foi complicado conseguir gerir os dois grupos a partir do momento

    que que o grupo de orientação terminou a sua tarefa, já que a professora se ausentou

    mais cedo e eu tive de estar concentrado ao fazer segurança na parede de escala.

    Não consegui então dar a necessária atenção aos alunos do grupo de orientação,

    limitando-me a receber o jogo que eles tinham preparado.

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    Reflexão 

    Aula 15 de Dezembro Orientação

    Realização de Escalda pela metade da turma que ainda não tinha feito. Os

    restantes alunos realizaram vários jogos como voleibol e o jogo dos 10 passes.

    Foi difícil coordenar os alunos que estavam na parede com os restantes alunos, o

    que levou a que o segundo grupo não realizasse as atividades como era suposto e

    passaram a maior parte da aula a “brincar”. 

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    Planeamentos

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    Planeamento de Aula

    Metodologia Exercício e Saúde II- Estágio de Ar Livre

    ProfessoraOrientadora:

    Professores: Local: Data:

    Unidade Didática Nº de Alunos: Aula Nº: Duração:

    Tempo Exercícios/ OrganizaçãoDidática

    Observações

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    Planeamento de Aula

    Metodologia Exercício e Saúde II- Estágio de Ar Livre

     

    Professora Orientadora:

    Rita Areias

    Professores:

    Alexandre Pinto

    Tomás Ortins

    Local:

    FADEUP

    Data:

    7 De Dezembro de

    2015

    Material:6 Arnês /6 capacetes

    4 Expresses

    6 Mosquetões assimétricos

    3 Cordas dinâmicas

    Unidade Didática

    Escalada 

     Nº de Alunos:

    10

    Aula Nº:

    9

    Duração:

    2 horas( divididasem duas aulas)

    Objetivos:Os alunos devem começar a

    respeitar as regras das

    competições de escalada,

    nomeadamente o tempo

    imposto

    Tempo Exercícios/ Organização Didática Observações

    5 min

    10 min

     Ativação Geral

    -Rotação da cabeça-Rotação dos braços

    -Rotação dos ombros-Rotação dos pulsos-Flexões do Tronco com rotação-Flexões do tronco

    - Rotação dos quadris-Rotação das Pernas ao nível dos

     joelhos-Rotação dos pés

    Trabalho de Força:

    Realização do trabalho de força:- 20 Abdominais- 2 Séries de 5 Flexões de braços- 20 Dorsais- 2 Séries de 10 Elevações com apoio nazona anterior do pé

     Ativação Geral: Corrida Ativação Específica: Restantes

    exercícios

    Os alunos que ainda nãoconseguirem realizar este nível

    deverão permanecer no nível anterior

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    40 min

    5 min

     Ascensão á Parede de Escalada:

     Alongamentos e arrumar o material

     Aula de abertura de uma terceira via,

    ficam então abertas a 1ª, 3ª e 4ª via.

    Nesta aula os alunos devem começar

    a respeitar algumas regras das

    competições de escalda. Devementão tentar subir a parede no tempo

    máximo de 90 segundos. Enquanto

    sobem os alunos não se podem

    apoiar em quem faz a segurança,

    quando tal acontecer os alunos

    deverão começar de novo.

    Na possibilidade de a aula ter mais

    alunos do que aqueles que se

    consegue por a subir a parede, a

    turma pode ser dividida em dois

    grupos sendo que um realiza otrabalho de força e o outro realiza a

    ascensão á parede.

    Esta aula servirá como treino para a

    1ª competição que se realiza a 12 de

    Dezembro na ESE

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    Planeamento de Aula

    Metodologia Exercício e Saúde II- Estágio de Ar Livre

     

    ProfessoraOrientadora:

    Rita Areias

    Professores:

    Alexandre PintoTomás Ortins

    Local:

    FADEUP

    Data:

    16 De Novembro de2015

    Unidade Didática

    Escalada 

     Nº de Alunos:

    10

    Aula Nº:

    7

    Duração:

    2 Horas (divididasem duas aulas)

    Tempo Exercícios/ OrganizaçãoDidática

    Observações

    5 min

    10 min

    1ª Aula

    45 min

    2ª Aula- Repetição da

    primeira Aula

    Aquecimento Geral

    Trabalho de Força

    Subir a Parede

    Aquecimento adequado dos

    membros superiores e

    membros inferiores

    Composto por vários

    exercícios (flexões de braços,

    trabalho abdominal, dorsais).

    Apresenta vários níveis de

    dificuldade, inicia-se nesta

    aula o nível 1.

    Inicialmente subida simples,

    depois podem ser colocadas

    condicionantes (Tempo,subir apenas pelas presas

    verdes)

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    Planeamento de Aula

    Metodologia Exercício e Saúde II- Estágio de Ar Livre

     

    Professora

    Orientadora:

    Rita Areias

    Professores:

    Alexandre PintoTomás Ortins

    Local:

    FADEUP

    Data:

    23 De Novembrode 2015

    Material:6 Arnês /6 capacetes4 expresses

    6 mosquetões

    3 cordas/ 3 oitos

    Unidade

    Didática

    Escalada 

     Nº de Alunos:

    10

    Aula Nº:

    7

    Duração:

    2 Horas (divididasem duas aulas)

    Objetivos:

    Que todos os Alunosconsigam subir pelo

    menos a 1ª via e

    realizem o nível 1 do

    TF

    Tempo Exercícios/ Organização Didática Observações

    5 min

    10 min

    Aquecimento:

    -Rotação da cabeça-Rotação dos braços

    -Rotação dos ombros

    -Rotação dos pulsos

    -Flexões do Tronco com rotação

    -Flexões do tronco

    - Rotação dos quadris

    -Rotação das Pernas ao nível dos

     joelhos

    -Rotação dos pés

    Trabalho de Força:

    Realização do nível 2 do trabalho de força

    composto por:

    - 15 Abdominais

    - 2 séries de 3 Flexões de braços

    - 15 Dorsais

    - 2 séries de 7 Elevações com apoio na zona

    anterior do pé

    Aquecimento Geral: Corrida

    Aquecimento Específico: Restantes

    exercícios

    Os alunos que ainda não conseguirem

    realizar este nível deverão permanecer

    no nível anterior

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    40 Min

    5 Min

    Ascensão á Parede de Escalada:

    Nível 1: Subir a 1ª via e tentar subir a 4ª

    Nível 2: Subir a 1ª e a 4ª vias

    Nível 3: Subir a 4ª via e tentar subir a 3ª

    Nível 4: Subir a 4ª e a 3ª vias 

    Alongamentos e arrumar o material

    Aula de abertura de uma terceira via,

    ficam então abertas a 1ª, 3ª e 4ª vias.

    Em cada nível podem ser propostas

    condicionantes, Ex: Conseguir subir num

    determinado tempo, subir apenas pelas

    presas verdes, subir sem tocar nas presas

    verdes.

    Na possibilidade de a aula ter mais

    alunos do que aqueles que se consegue

    por a subir a parede, a turma pode ser

    dividida em dois grupos sendo que um

    realiza o trabalho de força e o outro

    realiza a ascensão á parede.