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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR Alexandre Silva de Oliveira Orientador: Ronaldo de Andrade Martins NATAL – RN 2014

Estagio Labinfo Alexandre

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Relatório de estagio em redes de computadores

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Alexandre Silva de Oliveira

Orientador: Ronaldo de Andrade Martins

NATAL – RN

2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Relatório de Estágio Curricular

apresentado à Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, como parte dos requisitos

exigidos para obtenção da graduação no Curso

de Engenharia Elétrica.

Orientador: Ronaldo de Andrade Martins

NATAL – RN

2014

RESUMO

Este relatório descreve algumas experiências adquiridas no período de estágio no que

se refere a manutenção de nobreaks, verificação das atuais condições do cabeamento

estruturado da rede lógica e algumas atividades administrativas realizadas no Centro de

Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte com o intuito não somente de

consolidar, como também pôr em prática, alguns conceitos vistos durante o decorrer do curso

de Engenharia Elétrica.

Palavras-chave: Manutenção. Cabeamento. Administrativas.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que tanto tem me ajudado a superar as dificuldades.

Ao professor Ronaldo Andrade Martins que me ajudou sempre que precisei.

À minha mãe, que sempre acreditou em mim, mesmo nos momentos em que nem eu

acreditava.

À minha namorada Conceição Aparecida pela paciência e compreensão durante todos

os momentos que estive ausente.

À Isabel Medeiros por ser minha referência de inteligência e perseverança, pela

amizade construída ao logo de todos esses anos, e também por sempre me aconselhar sem

fazer julgamentos.

Ao amigo Giovanni Matias pelo apoio e amizade.

Finalmente, a todos os amigos que de alguma forma colaboraram durante o período de

estágio para realização deste relatório.

LISTA DE ABREVIATURAS

CB Centro de Biociências

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

LABINFO Laboratório de Informática do Centro de Biociências

MAC Media Access Control Address

IEEE Internacional Organization for Standartization /

Open Systems Interconection

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANSI American National Standards Institute

EIA Eletronic Industries Alliance

TIA Telecommunications Insdustry Association

ATR Área de Trabalho

AT Armário de Telecomunicações

SEQ Sala de Equipamentos

SET Sala de Entrada de Telecomunicações

DET Distribuidor Geral de Telecomunicações

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - TRANSFORMADOR 500 KVA .................................................................................... 10

FIGURA 2 - GERADOR 750 KVA ................................................................................................. 10

FIGURA 3 – HUB ........................................................................................................................ 15

FIGURA 4 - SG 2404 POE - SWITCH 24 PORTAS POE GIGABIT ETHERNET ................................. 16

FIGURA 5 - ROTEADOR CISCO 1900 SERIES ............................................................................... 17

FIGURA 6 - REPETIDOR WI-FI LINKSYS RE1000 WIRELESS-N .................................................. 18

FIGURA 7 - BRIDGE .................................................................................................................... 19

FIGURA 8 - PLACA DE REDE GIGABIT ETHERNET 10/100/1000 .................................................. 20

FIGURA 9 - NOBREAK RAGTECH SAVE 600VA .......................................................................... 25

FIGURA 10 - NOBREAK RAGTECH SAVE ABERTO PARA MANUTENÇÃO ...................................... 27

FIGURA 11 - RACK INSTALADO NO DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GENÉTICA .......................... 28

FIGURA 12 - CABOS SAINDO DA PAREDE .................................................................................... 28

FIGURA 13 - CABOS ABANDONADOS EM CIMA DO RACK ............................................................ 29

FIGURA 14 - RACK INSTALADO NA COZINHA.............................................................................. 29

FIGURA 15 - RACK ABERTO ....................................................................................................... 30

FIGURA 16 - PONTOS SEM SINALIZAÇÃO .................................................................................... 31

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ................................. 8

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 12

2.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO ....................................................................................... 12

2.1.1 Manutenção Corretiva ............................................................................................... 12

2.1.2 Manutenção Preventiva ............................................................................................. 13

2.1.3 Manutenção Preditiva ................................................................................................ 13

2.2 DISPOSITIVOS PARA REDES .................................................................................. 14

2.2.1 Hubs ............................................................................................................................. 14

2.2.2 Switches ....................................................................................................................... 15

2.2.3 Roteadores ................................................................................................................... 16

2.2.4 Repetidores .................................................................................................................. 17

2.2.5 Bridges (pontes) .......................................................................................................... 18

2.2.6 Gateway ....................................................................................................................... 19

2.2.7 Placas de rede .............................................................................................................. 20

2.3 CABEAMENTO ESTRUTURADO ............................................................................ 21

2.3.1 Área de Trabalho (ATR) ............................................................................................ 21

2.3.2 Rede Secundária (Cabeamento Horizontal) ............................................................ 22

2.3.3 Armário de Telecomunicações (AT) ......................................................................... 22

2.3.4 Rede Primária (Backbone) ........................................................................................ 23

2.3.5 Sala de Equipamentos (SEQ) .................................................................................... 23

2.3.6 Sala de Entrada de Telecomunicações (SET)........................................................... 24

2.3.7 Cabo de interligação externa ..................................................................................... 24

2.3.8 Documentação ............................................................................................................. 24

3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................ 25

3.1 MANUTENÇÃO DE NOBREAKS ............................................................................. 25

3.2 LEVANTAMENTO DAS FALHAS REFERENTES AO CABEAMENTO

ESTRUTURADO ..................................................................................................................... 27

3.3 ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS ........................................................................ 31

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 32

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 33

8

1 APRESENTAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Com o intuito de consolidar os conhecimentos obtidos nas disciplinas ao longo do

curso de graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio Grande do

Norte - UFRN fez-se necessária uma experiência prática, que pudesse aproximar o discente ao

mercado de trabalho. Então, o estágio obrigatório surgiu nesse contexto como uma ótima

oportunidade.

Tal experiência ocorreu no Centro de Biociências - CB da UFRN, localizado no

Campus Universitário, s/n - Lagoa Nova, mais especificamente no Laboratório de Informática

(Labinfo - CB), durante o período entre 01 de Abril de 2013 e 01 de Junho de 2014, tendo

uma carga horária de aproximadamente 20 horas semanais, sendo composta por 4 horas

diárias, de segunda a sexta.

O Labinfo - CB é responsável por dar suporte aos servidores lotados no Centro de

Biociências - sendo estes professores, técnicos ou terceirizados - em tudo que diz respeito à

informática e ao sistema de redes. O Labinfo é muito bem localizado, de frente aos principais

auditórios do Centro e apenas alguns metros à esquerda da entrada principal do prédio.

O laboratório é divido em duas partes: a primeira, de uso livre, em que os alunos

utilizam os computadores disponibilizados para acesso à internet e realização de tarefas em

alguns softwares específicos, composta por dezesseis computadores (desktop) com softwares

devidamente instalados para atender as necessidades, não apenas dos alunos, como também

dos professores que precisam das máquinas para suas aulas; a outra parte funciona como um

laboratório de manutenção de hardware e software de equipamentos relacionados à

informática (desktop, notebook, impressora, nobreak, pendrive) e administração dos serviços

de rede, e é composta por uma bancada com ferramentas necessárias ao atendimento (ferro de

solda, alicates, chaves de fenda etc.), por três computadores (desktop) e um armário para

guardar os equipamentos. É nesta parte também que fica situada a parte de administração,

logística e operacional, da informática do Centro, tendo em sua composição três técnicos

administrativos - sendo dois deles especializados em tecnologia da informação – e oito

estagiários.

O processo de atendimento aos clientes é realizado de forma sistemática: uma “fila” é

formada para organizar a ordem e a classe de prioridade em que cada servidor terá seu

problema resolvido. Para tanto, o setor de suporte possui uma página web para registro de

9

ocorrências (cujo link para acesso está localizado no site do CB), criada com a finalidade de

disponibilizar uma melhor interação entre a equipe de manutenção e o usuário.

Uma vez que o problema é registrado, a equipe de manutenção tem um prazo máximo

de duas semanas para dar um diagnóstico definitivo ao cliente, para que ele possa estar ciente

da situação e definir o procedimento a ser tomado pela equipe, seja este compra de peças,

conserto, ou mesmo substituição do equipamento.

Devido ao estudante estagiário ser graduando do curso de Engenharia Elétrica, a

chefia do setor entendeu que seria de melhor aproveitamento para o CB que suas obrigações

fossem estendidas a outras atividades, não limitadas apenas ao Labinfo, de forma que o

concluinte pôde acompanhar em diversas ocasiões visitas técnicas em todo o Centro de

Biociências para análise das condições da rede, distribuição e manutenção dos pontos de

internet. Tais atividades serão devidamente relatadas no decorrer deste documento a fim de

apontar algumas correções que o Centro deve priorizar para que seu funcionamento possa ser

otimizado, melhorando, assim, o ambiente de trabalho e/ou estudos para as pessoas que

utilizam este espaço da universidade.

Em relação à sua estrutura física, o Centro possui mais de 70 laboratórios – contando

com o de informática – com o objetivo de auxiliar nas pesquisas acadêmicas e nas aulas

práticas, dando suporte aos nove departamentos que compõem o CB. Ainda lembrando que

sua estrutura conta com dois museus e diversos anexos com o objetivo de proporcionar

melhorias nas condições de trabalho e estudo, devido ao aumento considerável na quantidade

de alunos ingressantes na universidade por meio do incentivo do governo federal.

Além disso, o Centro possui uma subestação abrigada (abaixadora), sendo sua

alimentação em 13,8 kV e seu fornecimento de 380 V – no lado de baixa – sendo composta

por dois transformadores de 500 kVA a seco com ventilação forçada, sendo vista na Figura 1.

10

Figura 1 - Transformador 500 kVA

Fonte: Autoria própria

O CB também possui um grupo gerador de 750 kVA, com o intuito de guarnecer

qualquer falha na rede da concessionária local (COSERN). Entretanto, se torna válido

salientar que o gerador está fora de operação por motivos tanto operacionais quanto

burocráticos. Na figura 2, observa-se o gerador de 750 kVA do CB.

Figura 2 - Gerador 750 kVA

Fonte: Autoria própria

11

A equipe técnica responsável pela manutenção elétrica nas dependências do

Biociências não tem autorização para efetuar reparos ou mesmo substituição dos

equipamentos danificados. Assim, quando ocorreu um problema nos módulos de controle do

equipamento, em tese deveria ter sido contratada uma empresa especializada para solucionar o

impasse, mas como trata-se de uma instituição federal, se fez necessário um concurso

licitatório para definir a empresa responsável pela manutenção desses equipamentos,

empecilho esse que ainda não foi resolvido.

12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo tem por finalidade adquirir subsídios suficientes para construir uma base

sólida na obtenção dos conhecimentos práticos adquiridos no período de estágio do estudante.

2.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO

2.1.1 Manutenção Corretiva

A manutenção corretiva corresponde à realização de reparos em equipamentos

defeituosos ou com um rendimento abaixo do esperado, ou seja, é utilizada após a avaria

ocorrer, o que prejudica, em muitos casos, a normalidade do processo produtivo.

Por ter esse caráter de atraso na produção, este tipo de manutenção possui um preço

bastante elevado. Atualmente é considerada para a indústria um método inadequado

economicamente, podendo prejudicar todo o planejamento da produção, visto que um

equipamento danificado inesperadamente pode gerar consequências bastante danosas para a

empresa, tais como: custos elevados, atraso em relação ao prazo da entrega, problemas

contratuais e outros.

Estas medidas podem ser de caráter paliativo, quando são provisórias, visando

restabelecer o funcionamento mínimo aceitável para depois efetuar um reparo definitivo ou

curativo, quando são definitivas, restabelecendo completamente a função requerida do

equipamento [1].

Se torna válido salientar que tal manutenção pode ocorrer de forma planejada ou

simplesmente ocasional, sendo estas duas maneiras diferenciadas por meio do planejamento

gerencial da empresa, que define se haverá uma manutenção em um período programado

(com monitoramento do equipamento, contanto que o defeito não seja um problema grave),

ou se simplesmente resolve o problema quando o equipamento quebrar, usando-o até o limite

de sua capacidade.

13

2.1.2 Manutenção Preventiva

Caracterizada por ser executada antes mesmo que ocorra a falha, este tipo de

manutenção é tido como um ato de cautela, em que o equipamento passa por uma série de

procedimentos periódicos programados com base na experiência da equipe de manutenção e

pelas orientações do fabricante da máquina, para diminuir ou evitar problemas no processo

produtivo por problemas inesperados deste modo, reduzindo consideravelmente a

probabilidade da ocorrência de danos. Com isso, a empresa pode economizar os custos,

melhorar a eficiência e aumentar a vida útil do equipamento.

“Este método, é bastante eficiente em equipamentos ou peças que sofram algum tipo

de degradação em um ritmo uniforme e conhecido, e para as quais os custos de uma falha

sejam altos se comparados aos custos de sua manutenção”[2].

Contudo, este método possui algumas falhas, como a paralização do processo de

produção (que em muitos casos não é necessário) para a realização do procedimento da troca

de peças, lubrificação e outras atitudes. Além disso, pode ocorrer a quebra repentina de um

equipamento antes da (ou logo após a) data prevista, obrigando a empresa a ter peças reservas

ou mesmo outro equipamento para a substituição imediata em caso de uma avaria mais grave,

acarretando em mais paralizações do que as planejadas e provocando prejuízos ao fim do

processo.

2.1.3 Manutenção Preditiva

Este método é definido pela ocorrência de uma monitoração contínua do equipamento,

verificando seu estado para detectar sinais de possíveis falhas. Deste modo, a equipe de

manutenção da empresa passa a ter um histórico da máquina, possibilitando prever possíveis

desgastes das peças ou mesmo do próprio equipamento como um todo, tornando possível a

intervenção antes que o problema aconteça, a fim de garantir a eficiência e a confiabilidade do

processo produtivo.

No entanto, se torna válido dizer que esta é uma técnica com um alto custo de

implementação, pois para ser posta em prática este tipo de manutenção exige a aquisição e

utilização de vários aparelhos, por parte da empresa, que possam monitorar e registrar

diversos fenômenos, tais como: vibrações da máquina, pressão, temperatura, aceleração,

desempenho etc. Com isso, a atitude mais adequada é aderir à manutenção preditiva para os

equipamentos de importância crítica para o processo.

14

A ideia básica é que apesar do investimento inicial ser alto, este tipo de técnica

apresenta resultados tão eficazes que cada vez mais vem sendo considerada como atividade

produtiva e o principal método para obtenção de parâmetros para ação de manutenção

preventiva dos equipamentos, sendo bastante compensador executá-la.

Além disso, segundo Mathew [3], a manutenção preditiva para diversas situações se

torna mais vantajosa que a corretiva, afirmando que “quando se compara a manutenção

preditiva com a corretiva, aquela apresenta muitas vantagens, econômicas em especial, e vem

se tornando a estratégia de manutenção mais recomendada”.

Neste momento, se torna relevante dizer que cada um dos tipos de manutenção citados

neste documento tem suas funcionalidades e vantagens próprias. Assim sendo, a escolha do

tipo ou modalidade a ser executada em determinados tipos de equipamentos é de escolha

meramente gerencial.

2.2 DISPOSITIVOS PARA REDES

Uma rede de computadores pode ser definida como a interligação de um grupo de

computadores, ou outros dispositivos (scanners, impressoras, modems etc.), que permite o

compartilhamento de informações e serviços.

Esta tecnologia evoluiu bastante nos últimos anos, desobstruindo as limitações de

velocidade e distância existentes nas primeiras redes construídas. Para que a rede, seja ela

cabeada ou wireless (sem fio), possa ser implementada, faz-se necessário o uso de diversos

equipamentos, tais como: switches, racks, hubs, placas de rede etc.

2.2.1 Hubs

Os hubs são os responsáveis por interligar os diversos equipamentos de uma rede

local, sejam eles estações de trabalho ou servidores. Sendo considerado a parte central das

conexões, o hub tem cada computador conectado em uma de suas portas (entradas para

conectar o cabo de rede) e retransmite os dados recebidos de uma para as outras máquinas,

impossibilitando que todos os usuários enviem informações simultaneamente. Por este

motivo, não é aconselhável usar hubs para uma rede com muitas máquinas.

Em outras palavras, os equipamentos que estiverem conectados ao hub recebem todo o

tráfego que passa por ele e, quanto mais conexões existirem, maiores são as chances de

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ocorrerem colisões (ocorrendo quando duas ou mais estações de trabalho enviam informações

ao mesmo tempo).

É bastante relevante dizer que o hub recebe as informações e, ao retransmitir, envia

esses dados para todas as portas. A quantidade destas, por sua vez, pode variar de acordo com

o fabricante do equipamento.

Segundo Tannenbaum [4], este equipamento vem perdendo espaço no mercado para os

Switches, que além de eliminar grande parte do problema das colisões, vêm apresentando uma

relação custo-benefício bastante atraente, tornando os hubs cada vez mais obsoletos. A figura

3, mostra um modelo de hub.

Figura 3 – Hub

Fonte: http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/05/entenda-diferenca-entre-hub-switch-roteador-e-

modem.html. Acesso: 11/05/2014

2.2.2 Switches

Os switches também são utilizados para conectar segmentos de redes locais. No

entanto, assim como dito anteriormente, estes equipamentos não sofrem grandes problemas de

congestionamento, pois as informações encaminhadas pelos switches vão apenas para a porta

de destino e não para todas, diferentemente dos hubs, e com isso o desempenho da rede

aumenta de maneira bastante considerável.

O nome dado para a operação de utilizar switches no lugar de hubs é “Ethernet

Switching” [5], também podendo ser conhecida por “micro segmentação” pelo fato deste uso

do equipamento realizar uma segmentação do barramento ao nível de uma única estação.

16

Neste momento, torna-se válido dizer que esse aparelhamento também possui seu número de

portas de acordo com o estipulado pelo seu fabricante.

Atualmente, existe um modelo que vem ganhando um espaço bastante amplo no

mercado que é o “hub switch”. Trata-se de um switch mais simples e econômico, utilizado

quase sempre para redes com poucos computadores (até no máximo 24 máquinas), e que

possui um preço muito atrativo, muito similar ao de um hub convencional. Os switches são os

mais indicados para redes de maior porte, desde que não seja necessária a instalação de um

roteador. A seguir, a figura 4 mostra um modelo de switch de 24 portas de marca Intelbras.

Figura 4 - SG 2404 PoE - Switch 24 portas PoE Gigabit Ethernet

Fonte: http://www.intelbras.com.br/Produtos/Redes/Redes-com-fio/Switches/SG-2404-PoE-Switch-Gerenciavel-

24-portas-PoE-Gigabit-Ethernet-com-4-Mini-GBIC-compartilhadas. Acesso em 15/05/2014.

2.2.3 Roteadores

Quando a rede possui um nível mais elevado de complexidade, o switch passa a não

ser mais suficiente, e com isso o roteador passa a se destacar, pois este equipamento não

somente possui todas as funcionalidades do anterior, como também é mais eficiente no

quesito envio de dados.

Os roteadores são capazes de definir rotas mais apropriadas para que determinados

pacotes de dados cheguem ao seu destino de maneira mais rápida, garantindo uma maior

eficiência. Desta forma, este dispositivo escolhe o melhor caminho tomando como base a

disponibilidade e o custo para enviar os dados sobre cada rota. Para isso, o roteador dispõe em

sua memória de uma tabela com todos os endereços de rede conhecidos, possíveis caminhos

entre ele e os demais rotadores conectados a ele e o custo de envio para cada rota.

Estes dispositivos são adequados para interligar diferentes redes, que em diversas

situações podem estar situadas em localidades muito distantes. A internet é um forte exemplo

17

disso, pois é composta por uma quantidade exorbitante de roteadores, e a cada vez que um

usuário tenta conectar-se a uma página, o sinal passa por vários destes equipamentos. Torna-

se completamente válido salientar que, para este exemplo, se a página carregar rapidamente

significa dizer que todos, ou pelo menos a maioria dos roteadores estão livres. Já para uma

situação diferente desta, pode ser que a página demore consideravelmente a abrir [6].

Possuindo mais informações que as Bridges (comentadas mais adiante), os roteadores

podem conseguir uma melhor entrega de pacotes, mas geralmente são mais lentos [7]. Na

figura 5, está a exibição de um roteador Cisco 1900 Series.

Figura 5 - Roteador Cisco 1900 Series

Fonte: http://www.rjnetwork.com.br/produtos/var:produto/prodlink:roteador-cisco-1921-k9. Acesso em

15/05/2014

2.2.4 Repetidores

Os cabos de uma rede local possuem algumas limitações, visto que, se forem

compridos demais, a potência do sinal pode não ser suficiente para fornecer a corrente

necessária para percorrer toda a extensão do cabo, gerando perdas da qualidade na entrega de

informações. Fato semelhante pode ocorrer para os casos de rede sem fio, cujo sinal pode não

conseguir alcançar o destinatário desejado, devido à elevada distância de sua localização.

Neste ponto, os repetidores entram com a finalidade de contornar esse problema

simplesmente recebendo os sinais de transmissão e repetindo-os, permitindo que a rede se

estenda e se propague muito além do que normalmente seria capaz.

Embora aumente o comprimento da rede, o repetidor pode interferir no seu

desempenho, isso devido ao fato de que ele também amplifica eventuais ruídos que podem

18

existir no sinal, pois estes dispositivos não fazem nenhum tratamento da informação que passa

por eles.

A situação mais comum atualmente é encontrar os repetidores embarcados em outros

equipamentos, geralmente hubs e switches, ao invés de aparelhos independentes. Entretanto,

vale dizer que segundo Torres [8], “Todo hub é um repetidor mas nem todo repetidor é um

hub”, ou seja, lembrando de suas características já citadas, quando um equipamento ligado a

um hub envia informações a outro equipamento, todos os demais da rede recebem esses

dados. Na figura 6, é possível visualizar um repetidor independente para rede sem fio da

Linksys.

Figura 6 - Repetidor Wi-Fi Linksys RE1000 Wireless-N

Fonte: http://www.ibyte.com.br/repetidor-wi-fi-linksys-re1000-wireless-n.html. Acesso em 15/05/2014

2.2.5 Bridges (pontes)

As bridges são equipamentos que conseguem segmentar uma rede local em várias

menores, diminuindo assim seu tráfego interno. Elas monitoram todas as informações dos

segmentos que passam pela sua interface, reduzindo, com isso, a quantidade de colisões e

melhorando o tempo de resposta ao usuário.

Estes dispositivos utilizam um processo de filtragem, repetindo somente os pacotes

que precisam passar por eles para chegar à interface de destino. Deste modo, as bridges

podem escolher quais informações devem encaminhar e para quais destinatários.

19

Para sintetizar, é possível definir três finalidades básicas para estes dispositivos que

são: filtrar as informações recebidas para determinar se devem ser transmitidas, encaminhar as

informações à interface destino adequada, diminuir a atenuação e amplificar o sinal dos dados

recebidos [9].

As bridges, se comparadas aos repetidores, têm uma vantagem muito significativa,

pois não retransmitem ruídos ou informações com erros. Além disso, se torna válido dizer que

estes equipamentos, diferentemente dos repetidores, não trabalham com sinais elétricos mas

apenas com pacotes de dados. A figura 7 mostra um modelo de bridge.

Figura 7 - Bridge

Fonte: http://rubenleca-gpsi11.blogspot.com.br/2011/09/aula-1-14-09-2011.html Acesso em 15/05/2014

2.2.6 Gateway

Este é um elemento físico que faz a interligação entre redes de diferentes tecnologias,

uma vez que ele converte os dados entre os vários ambientes computacionais usados.

Para isso, este equipamento recebe as informações enviadas pela rede de um

determinado ambiente (que possui seu protocolo específico) e, em seguida, reenvia estes

dados com os protocolos alterados para os mesmos do ambiente computacional de destino.

20

Com isso, pode-se dizer que o gateway possui uma grande flexibilidade, servindo

como uma porta de entrada e saída de uma rede para outra. Normalmente, o gateway padrão é

o endereço de um roteador ou um servidor que age como gateway para Internet ou outra rede

qualquer [6].

2.2.7 Placas de rede

Estes são equipamentos instalados internamente nos computadores para possibilitar a

comunicação tanto entre as estações de trabalho como também entre as estações e o servidor.

Geralmente, já vêm do fabricante anexados à placa mãe do computador, mas podem

ser encontrados separadamente e, dependendo do tipo de conexão e velocidade, podem ser

encontrados com baixo custo. De acordo com Dimarzio [10], a placa transmitirá de acordo

com a capacidade de transmissão máxima suportada por ela, a menos que a rede seja mais

lenta que a capacidade máxima da placa.

Neste ponto, é interessante dizer que cada placa de rede possui um endereço eletrônico

único e permanente que a identifica na rede chamado MAC (Media Access Control Address),

sendo este imposto por um padrão internacional conhecido por IEEE (Internacional

Organization for Standartization / Open Systems Interconection) disponibilizado aos

fabricantes. A figura 8 mostra um exemplar de placa de rede.

Figura 8 - Placa de Rede Gigabit Ethernet 10/100/1000

Fonte: http://www.winplusimportadora.com.br/winplus/index.php? option=com_k2&view=item&id=15:enlga-

1320&Itemid=1 Acesso em 16/05/2014

21

2.3 CABEAMENTO ESTRUTURADO

Este é um assunto muito amplo e complicado para ser abordado como tópico, pois

teria facilmente capacidade de ser alvo de estudo detalhado para obtenção de um documento

inteiro, mas para nível deste relatório foram selecionados pelo estudante apenas os pontos

mais importantes, referentes ao período de estágio.

Entende-se por rede interna estruturada aquela que é projetada de modo a prover uma

infraestrutura que permita evolução e flexibilidade para serviços de telecomunicações, sejam

de voz, dados, imagem, sonorização, controle de iluminação, sensores de fumaça, controle de

acesso, sistemas de segurança, controles ambientais (ar condicionado e ventilação) e outros.

Considerando-se a quantidade e a complexidade destes sistemas, é imprescindível a

implementação de um sistema que satisfaça as necessidades iniciais e futuras em

telecomunicações e que garanta a possibilidade de reconfiguração ou mudanças imediatas,

sem a necessidade de obras civis adicionais [11].

No Brasil, a norma referente aos procedimentos básicos para elaboração de projetos de

cabeamento estruturado e telecomunicações para rede interna estruturada é a ABNT NBR

14565, por sua vez, está baseada nas internacionais ANSI/EIA/TIA.

Segundo a norma brasileira, um sistema de cabeamento estruturado é composto por

sete subsistemas, sendo os elementos principais: área de trabalho, rede secundária

(cabeamento horizontal), armário de telecomunicações, rede primária (backbone), sala de

equipamentos, sala de entrada de telecomunicações e cabo de interligação externa [12].

2.3.1 Área de Trabalho (ATR)

Este subsistema é referente à área da edificação que possui todas as ferramentas

utilizadas pelos usuários (computadores, câmeras de vídeo, telefones, cabos de ligação etc.)

conectadas aos pontos de energia elétrica e de telecomunicações. Sabendo disso, se torna

claro que este é o espaço destinado especificamente ao usuário, uma vez que as demais são

limitadas aos profissionais que trabalham com a rede (técnicos e equipe de manutenção e

gerenciamento da rede).

Por norma, uma área de trabalho deve possuir pelo menos 10 m2 (metros quadrados) e

no mínimo duas tomadas de comunicação (com pelo menos uma delas em cabo de par

trançado categoria 5) próximas às elétricas. Neste ponto, se torna válido salientar a existência

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de exceções em relação ao tamanho desta área, de modo que o projeto e a finalidade deste são

definidos com antecedência adequada, por exemplo os call centers [13].

2.3.2 Rede Secundária (Cabeamento Horizontal)

O cabeamento horizontal são todos os meios de transmissão que consistem nas

ligações que vão desde a tomada de telecomunicações, que fica localizada na área de trabalho,

até o equipamento de conexão localizado na sala de telecomunicações. Sendo assim, este

subsistema é composto por vários componentes, tais como: pontos de consolidação, cabos

horizontais e caminhos horizontais (eletrodutos, bandejas e eletrocalhas).

Sabe-se que estes pontos de consolidação são locais onde podem ocorrer alterações

com relação ao número de pares do cabo, com o objetivo de dar uma maior flexibilidade ao

sistema, todavia se faz necessário esclarecer que é terminantemente proibido o uso de

extensões e/ou emendas em cabos metálicos.

As distâncias máximas que este subsistema admite depende razoavelmente do conceito

utilizado, podendo ser link permanente ou link canal. Para o primeiro, são utilizados no

máximo 90 metros de cabos metálicos de pares trançados, isso levando em consideração que o

link permanente vai desde o patch panel até a tomada RJ-45 na área de trabalho. Já para o

segundo, são adicionados mais 10 metros de cordões de conexão, sendo que cinco metros na

área de trabalho e cinco metros no armário de telecomunicações [12].

2.3.3 Armário de Telecomunicações (AT)

Trata-se do espaço destinado à transição entre a rede primária e a secundária.

Conhecidos mais popularmente como racks, são dotados de diversos equipamentos ativos

(switches, hubs etc.) necessários à conexão, patch panels e gabinetes de conexões.

A área de atendimento máximo do armário de telecomunicações corresponde a

1000 m² (metros quadrados), devendo ser instalado pelo menos um em cada andar do prédio.

Preferencialmente, o armário deve ficar situado em um ambiente com controle de

temperatura, para melhorar o desempenho, a segurança e o tempo de vida útil dos

equipamentos localizados nele. Além disso, deve-se prever a expansão do centro de

distribuição onde o armário está instalado [7].

Com relação à parte elétrica, devem existir alguns pontos de energia para ligar

dispositivos de teste e para os equipamentos de uso. Neste ponto, faz-se necessário observar

23

que todo o sistema elétrico deve estar devidamente aterrado, mas seria bastante interessante

ao sistema que este armário estivesse conectado a pelo menos um nobreak, isso para garantir

uma maior segurança não somente aos equipamentos instalados, como também uma maior

autonomia no caso de uma possível falta de energia elétrica.

2.3.4 Rede Primária (Backbone)

Segundo Marin [13], este subsistema é o responsável por interligar as salas de

telecomunicação, as salas de equipamentos e a infraestrutura principal do prédio.

O Backbone é caracterizado por possuir duas formas de cabeamento, sendo elas a de

edifício e a de campus. A primeira, é utilizada para interconectar os diferentes pavimentos

(sala de telecomunicações, sala de equipamentos e instalações de entrada) dentro de um

mesmo edifício. Já a segunda, possui a finalidade de interligar a sala de equipamentos de dois

ou mais edifícios em uma mesma área (campus) A rede primaria é composta por cabos

verticais, eletrocalhas, eletrodutos e bandejas.

2.3.5 Sala de Equipamentos (SEQ)

Este subsistema é definido como sendo o local onde se abrigam os equipamentos

(todos os dispositivos ativos principais da rede como, por exemplo, roteadores e switches,

distribuidor óptico principal, servidores corporativos da rede e centrais PABX) referentes a

telecomunicações, com isso possibilitando a interconexão entre os serviços externos e

internos do prédio.

Esta sala deve ser projetada com uma área de pelo menos 14 m² (metros quadrados),

procurando evitar lugares que possam restringir possíveis expansões futuras. Precisa, ainda, se

conectar ao cabeamento backbone (edifício ou campus), permitindo sua interligação com os

demais ambientes, como a sala de telecomunicações [7].

Por possuir diversos equipamentos importantes para o sistema, é bastante importante

controlar a umidade e a temperatura deste ambiente. Se faz necessária não somente a presença

de elementos de prevenção a incêndio, mas também a restrição ao acesso de pessoas não

habilitadas para evitar a possibilidade de sabotagem, uso indevido dos componentes ou

possíveis acidentes.

No que se refere à parte elétrica, deve-se considerar a proteção contra descargas

elétricas, a especificação de um local adequado para instalação de nobreaks (se forem maiores

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que 80 kVA, não devem dividir a sala com os demais equipamentos) e a rede elétrica deve

estar individualizada com um painel de controle próprio.

2.3.6 Sala de Entrada de Telecomunicações (SET)

De acordo com Marques [12], este lugar do prédio (podendo estar localizado no

mesmo ambiente da SEQ ou em espaços próprios) é proposto para receber o cabo de entrada

das concessionárias. É no SET que as redes primárias (externas ou internas) dos prédios são

ligadas, sendo possível também acomodar equipamentos ativos de telecomunicações.

É de fundamental importância que um sistema de proteção e aterramento seja

providenciado para evitar que ocorra qualquer tipo de acidente, seja este com pessoas ou

materiais do prédio.

2.3.7 Cabo de interligação externa

Este é para as situações em que há a necessidade da interligação entre prédios, ou seja,

trata-se do cabo que interliga o distribuidor geral de telecomunicações (DGT) - que conecta

todos os cabos primários de primeiro nível - aos distribuidores intermediários (instalados

entre o DGT e os distribuidores secundários que interligam os cabos primários aos

secundários) em outros prédios que fazem parte da mesma rede [12].

No que se refere a este cabeamento, o mais indicado é a utilização de fibra óptica, seja

multimodo (degrau ou gradual) ou monomodo, possuindo um comprimento máximo de 2000

metros.

2.3.8 Documentação

É de fundamental importância que os documentos do projeto executado sejam

guardados em segurança, para o caso de uma possível reforma ou simplesmente para sanar

alguma dúvida em relação a qualquer elemento da rede, deixando sua identificação a mais

clara e objetiva possível.

Nesta documentação devem ser incluídas as legendas, registros, ordens de serviço ou

qualquer coisa referente ao cabeamento (tipo, caminhos e passagens), hardwares, salas de

equipamentos, armários e aterramentos.

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3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Este capítulo é composto por todas as atividades desenvolvidas pelo estudante e suas

experiências adquiridas no decorrer do período de estágio. Logo, as situações descritas neste

documento ocorreram sempre com a supervisão e orientação da técnica responsável pelo

suporte de redes e informática do Centro de Biociências.

3.1 MANUTENÇÃO DE NOBREAKS

Os nobreaks utilizados no Centro, durante o período de estágio, foram em sua maioria

da marca Ragtech Save 600VA. Este equipamento possui não só proteção eletrônica contra

sobrecargas e contra surtos de tensão na rede elétrica, mas também uma autonomia de

aproximadamente 30 minutos, podendo variar em função do envelhecimento das baterias, da

temperatura de operação e também das características das máquinas conectadas a ele. A figura

9 mostra um exemplar deste nobreak.

Figura 9 - Nobreak Ragtech Save 600VA

Fonte: http://www.gtk.com.br/loja/product_info.php?products_id=480. Acesso em 17/05/2014

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O estudante estagiário foi o responsável pelos serviços de manutenção destes

equipamentos, sendo predominantemente realizada nos componentes eletroeletrônicos do CB

(sejam eles computadores, impressoras ou nobreaks) a manutenção corretiva.

Era perceptível, com raríssimas exceções, que os usuários utilizavam os aparelhos até

o limite, sem se preocupar ao menos em tirar a poeira ou deixá-los instalados em ambientes

mais arejados. Houve situações em que foi encontrada areia em toda a placa eletrônica, ou até

formigas e outros insetos, que danificaram o equipamento de maneira definitiva, obrigando o

usuário a se desfazer do aparelho e comprar um novo.

Para a manutenção dos nobreaks, eram realizados diversos procedimentos, desde uma

simples limpeza da placa, utilizando álcool isopropílico, até a troca de componentes, passando

por verificação de contatos do transformador e soldagem de pequenos elementos.

Esta prática era realizada com uma certa dificuldade, devido à burocracia envolvida na

aquisição de pequenos componentes eletrônicos, visto que tais peças não estavam disponíveis

na lista de compras realizadas pelo CB. Sendo assim, tais peças eram compradas quase

sempre com recursos próprios, embora seja válido lembrar que a UFRN é uma instituição

pública e, como tal, precisa fazer um processo licitatório para abastecer suas necessidades.

Dito isto, o Centro não considerou a possibilidade de fazer tal processo para compra de peças,

compreendendo ser melhor comprar nobreaks novos.

Entretanto, quando o usuário se predispunha a comprar as peças usando recursos

próprios (que em muitos casos não custava mais que alguns poucos centavos), o estagiário

trocava as peças e fazia a manutenção completa do nobreak.

Na maioria dos casos, o problema encontrado estava associado ao fim da vida útil da

bateria. Todavia, vários nobreaks chegavam com um problema bastante peculiar, o que torna

bastante interessante ser relatado neste momento: sempre que o aparelho ela ligado, tocava

uma sirene, seus dois leds da parte frontal (que indicam linha e bateria) ficavam ligados ao

mesmo tempo e a saída não apresentava tensão.

Depois de estudar a placa eletrônica e suas conexões, isolando as partes a serem

analisadas (conforme aprendido em aula), o discente localizou o problema como sendo

ressecamento dos relés, impedindo os contatos da chave magnética de atuarem e, com isso,

impossibilitando seu correto funcionamento. Os relés eram trocados e o equipamento voltava

a funcionar de maneira eficiente e satisfatória. A figura 10 mostra um exemplar desse modelo

de nobreak aberto para manutenção.

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Figura 10 - Nobreak Ragtech Save aberto para manutenção

Fonte: http://s14.photobucket.com/user/KillGates/media/WP_20140206_001.jpg.html Acesso em 17/05/2014

3.2 LEVANTAMENTO DAS FALHAS REFERENTES AO CABEAMENTO ESTRUTURADO

Foi solicitado ao estagiário que fosse feito um levantamento de possíveis falhas nas

instalações lógicas do Centro, pois existe um planejamento para em breve mudar e

modernizar toda a estrutura da rede cabeada.

A princípio, o Biociências teve um projeto de cabeamento estruturado, mas não foi

levado em consideração na época que a rede iria se expandir juntamente com a tecnologia e o

avanço dos computadores, tablets, celulares etc. Com isso, atualmente o número de

equipamentos conectados à rede do CB aumentou de maneira considerável, forçando qualquer

pessoa atuante nesta área a avaliar e comprovar a inexistência de um planejamento eficiente

para o gerenciamento lógico da rede, tornando o projeto inicial completamente descartável.

Em outras palavras, o que ocorre realmente é que, quando surge a necessidade de

algum servidor (técnico ou docente) da instituição utilizar qualquer funcionalidade da rede

(seja para usar uma impressora, trabalhar ou simplesmente navegar pela internet) é

imediatamente solicitada a instalação de um ponto de lógica em sua sala, sem qualquer estudo

ou avaliação das consequências dessa atitude.

Portanto, atualmente não existe um projeto nem tão pouco um planejamento para a

situação de toda a estrutura da rede cabeada do CB. A figura 11 mostra um rack localizado no

Departamento de Biologia e Genética, e as próximas imagens irão demonstrar as

irregularidades citadas.

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Figura 11 - Rack instalado no Departamento de Biologia Genética

Fonte: Autoria própria

É possível perceber, na figura 11, que os equipamentos do rack não estão conectados a

nenhum nobreak, o que garantiria uma maior segurança e vida útil. No entanto, o problema

não é apenas esse, e o descumprimento da Norma NBR 14565 se torna evidente nas figuras

12, 13 e 14.

Figura 12 - Cabos saindo da parede

Fonte: Autoria própria

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A figura 12 mostra claramente os cabos saindo da parede sem nenhum conduíte ou

qualquer tubulação que os proteja. Além disso, a figura 13 torna possível a visualização do

emaranhado de cabos sem identificação de qualquer espécie largados em cima do rack.

Figura 13 - Cabos abandonados em cima do rack

Fonte: Autoria própria

Como se isso tudo não fosse o bastante, o local em que o rack foi instalado é uma

cozinha com uma pia localizada muito próximo aos equipamentos eletrônicos. Deste modo,

existe a possibilidade iminente de ocorrer um acidente, podendo provocar sérios danos aos

equipamentos e a vidas humanas, uma vez que o fluxo de pessoas que não estão habilitadas é

bastante elevado, fugindo totalmente do que é previsto por norma. Logo a seguir, está a figura

14 para comprovar esta situação.

Figura 14 - Rack instalado na cozinha

Fonte: Autoria própria

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Outro bom exemplo pode ser visualizado no Departamento de Morfologia, que possui

uma rack instalado com capacidade extrapolada, pois não tem mais como conectar mais

pontos de rede. A situação é tão complicada que o rack passa o tempo todo aberto,

aumentando o risco de pessoas que não estão habilitadas mexerem nos equipamentos,

desconectarem pontos ou ocorrer algum acidente. Esta circunstância está sendo mostrada na

figura 15.

Figura 15 - Rack aberto

Fonte: Autoria própria

Ainda é importante comentar o fato de que quase todos os racks instalados no Centro

de Biociências não possuem nenhum tipo de identificação referente aos pontos lógicos, ou

seja, não se sabe que cabo corresponde a determinado ponto, o que dificulta enormemente

qualquer atividade de manutenção da rede. Pode-se verificar tal afirmação na figura 16.

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Figura 16 - Pontos sem sinalização

Fonte: Autoria própria

Sendo assim, se torna completamente necessária uma reformulação e a elaboração de

um novo projeto de cabeamento estruturado para o Centro.

3.3 ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS

O estudante estagiário também atuou na organização administrativa do laboratório de

informática exercendo atividades, tais como:

� Suporte aos professores em relação ao uso do laboratório para as aulas;

� Agendamento de visitas aos clientes para solução de problemas na manutenção

dos equipamentos de informática e rede;

� Assistência aos alunos com relação ao uso dos softwares instalados nos

computadores do laboratório;

� Solicitação ao almoxarifado de utensílios necessários ao bom funcionamento

do laboratório, tais como: papel, cds/dvds, álcool etc.;

� Auxílio no levantamento dos materiais, equipamentos e ferramentas que

precisam ser comprados;

� Serviços de cotação e orçamentos;

� Auxílio no planejamento de escala e horários de parte da equipe de

manutenção.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As experiências adquiridas ao longo do estágio foram de fundamental importância

para a vida profissional do discente e se mostraram bastante relevantes no que se refere às

atividades práticas e aos desafios encontrados, tais como: limitação de recursos, impaciência

de alguns usuários, demora na autorização do serviço etc.

O fato de lidar com atendimento ao público, em sua maioria professores, favoreceu

bastante o amadurecimento profissional, uma vez que cada pessoa tinha sua maneira de agir e

compreender a extensão dos problemas apresentados para a equipe de manutenção.

Os clientes (professores e servidores do Centro), tinham reações diversas para cada

situação, obrigando o estudante estagiário a se adaptar e agir de maneira mais satisfatória e

objetiva possível, levando em consideração a particularidade de cada caso.

Deve ser mencionado, também, que o ambiente de trabalho colaborou muito para a

obtenção dos bons resultados apresentados neste documento, visto que a equipe de

manutenção é composta por pessoas de diferentes áreas e, com isso, vários conhecimentos

puderam ser compartilhados, acrescentando maior aptidão e segurança ao estudante em

relação ao mercado de trabalho.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] GONÇALVES, L. F. Desenvolvimento de um sistema de manutenção inteligente

embarcado. 2011. 233 p. Tese (Doutorado em Engenharia) – Programa de Pós-Graduação em

Engenharia Elétrica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

[2] LIMA, C. R. C. de; MARCORIN, W. R. Análise de custos de manutenção e de não

manutenção em equipamentos produtivos. Revista de Ciência e Tecnologia, Piracicaba, v. 11,

n. 22, p. 35-42, 2003.

[3] MATHEW, A. D et al. Reducing maintenance cost through effective prediction

analysis and process integration. Advances in Vibration Engineering, Chennai, v.5, n.2, p.87-

96, Aug. 2006.

[4] TANNENBAUM, A. Redes de Computadores, 4 ed. Rio de Janeiro: Campus,

2003.

[5] METCALFE, R.; BOGGS, D. Ethernet: Distributed packet swiching for local

computer networks, ACM New York, NY, USA, 1976.

[6] FRANÇA, Milena Cristina. Redes de Computadores, Instituto Federal de Santa

Catarina, Florianópolis, Publicações do IF-SC, 2010.

[7] NETO, Vicente Soares, SILVA, Adelson de Paula, JÚNIOR, Mário Boscato C.

Redes de Alta Velocidade – Cabeamento Estruturado. São Paulo, SP: Editora Érica – 3ª

edição, 2002.

[8] TORRES, G. Redes de computadores curso completo. Rio de Janeiro: Excel

Books, 2001.

[9] ODOM, S.; NOTTINGHAM, H. Cisco Switching Black Book. 1. Ed. Scottsdale,

AZ, USA: Coriolis Technology Press, 2000. p 656. ISBN 157610706X.

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[10] DIMARZIO, J. F. Projetos e arquitetura de redes. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

[11] ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 14565 – Procedimento

básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna

estruturada, Rio de Janeiro. ABNT, edição 2000.

[12] MARQUES, Rodrigo Moreno. Cabeamento estruturado infraestrutura e projeto

de redes. Minas Gerais, Edição 2008.

[13] MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado. Desvendando cada passo: do

projeto à instalação. 3 ed. São Paulo: Érica, 2009.