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7/26/2019 Estatsticas de Empreendedorismo
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2013
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Presidenta da Repblica
Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto
Presidenta
Diretor-Executivo
RGOS ESPECFICOS SINGULARES
Diretoria de Pesquisas
Diretoria de Geocincias
Diretoria de Informtica
Centro de Documentao e Disseminao de Informaes
Escola Nacional de Cincias Estatsticas
UNIDADE RESPONSVEL
Diretoria de Pesquisas
Dilma Rousseff
Nelson Barbosa
Wasmlia Bivar
Roberto Lus Olinto Ramos
Wadih Joo Scandar Neto
Paulo Csar Moraes Simes
David Wu Tai
INSTITUTO BRASILEIRODE GEOGRAFIA EESTATSTICA - IBGE
Fernando J. Abrantes
Maysa Sacramento de Magalhes
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Estatsticas de Empreendedorismo
2013
Rio de Janeiro2015
Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE
Diretoria de Pesquisas
Estudos e PesquisasInformao Econmica
nmero 26
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Elaborao do arquivo PDF
Roberto Cavararo
Produo de multimdiaLGonzagaMrcia do Rosrio BraunsMnica Pimentel Cinelli RibeiroRoberto Cavararo
Capa
Eduardo Sidney e Marcelo Thadeu Rodrigues -Coordenao de Marketing/Centro de Documentao eDisseminao de Informaes - CDDI
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGEAv. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISSN 1679-480X Estudos e pesquisasDivulga estudos descritivos e anlises de resultados de tabulaesespeciais de uma ou mais pesquisas, de autoria institucional. A srieEstudos e pesquisas est subdividida em: Informao Demogrficae Socioeconmica, Informao Econmica, Informao Geogrfica eDocumentao e Disseminao de Informaes.
ISBN 978-85-240-4367-3 (meio impresso)
IBGE. 2015
Estatsticas de empreendedorismo : 2013 / IBGE, Diretoria dePesquisas. - Rio de Janeiro : IBGE, 2015.91 p. - (Estudos e pesquisas. Informao econmica, ISSN 1679-480X;n. 26)
Acompanha um CD-ROM, em bolso.Inclui bibliografia.ISBN 978-85-240-4367-3
1. Empreendedorismo Brasil - Estatstica. 2. Pequenas e mdiasempresas Brasil - Estatstica. I. IBGE. Diretoria de Pesquisas. II. Srie.
Gerncia de Biblioteca e Acervos Especiais CDU 334.722.1RJ/IBGE/2015-26 ECO
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
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Sumrio
Apresentao
Introduo
Conceito de empreendedorismo
A importncia das empresas de alto crescimentoRecorte temtico alternativo
Notas tcnicas
Bases utilizadas
Classificao de atividades econmicas
mbito do estudo
Alcance do estudo
Regras de arredondamento
Regras de desidentificao
Comentrios gerais
Contexto econmico
Panorama geral das empresas ativas
Panorama geral das empresas de alto crescimentoTaxa de crescimentoGerao de postos de trabalho assalariadosPorteIdadeSexo e nvel de escolaridade do pessoal ocupado assalariado
Empresas gazelasPorteSexo e nvel de escolaridade do pessoal ocupado assalariado
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Convenes- Dado numrico igual a zero no resultante
de arredondamento;
.. No se aplica dado numrico;
... Dado numrico no disponvel;
x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao da infor-mao;
0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento deum dado numrico originalmente positivo; e
-0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento deum dado numrico originalmente negativo.
Anlise setorial das empresas de alto crescimentoNmero de empresas: representatividade por atividadeeconmicaNmero de empresas: distribuio por atividadeeconmicaPessoal ocupado assalariado: distribuio por atividadeeconmicaGerao de postos de trabalho assalariado porsees de atividade econmicaSalrios e outras remuneraesIdadeSexo e nvel de escolaridade do pessoal ocupado assalariadoEmpresas gazelas por sees de atividade econmicaVariveis econmicas
Valor adicionado bruto
Produtividade do trabalhoReceita lquida
Panorama geral das empresas de alto crescimento contnuoSees de atividade econmica
Recorte temtico alternativoEmpresas multilocalizadasPanorama geral das empresas multilocalizadasPorte das empresas de alto crescimento multilocalizadasIntensidade das ligaes por municpiosDensidade municipal das sedes de empresas de alto crescimentomultilocalizadas
Anlise regional das empresas de alto crescimentoGrandes RegiesUnidades da Federao
Concluses
Referncias
Glossrio
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Apresentao
Esta publicao divulga os resultados da quinta edio do estudoEstatsticas de Empreendedorismo, referente ao ano de 2013,realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, coma cooperao tcnica da Endeavor Brasil. A Endeavor uma organizao
global sem fins lucrativos de fomento ao empreendedorismo.Este estudo foi elaborado a partir das informaes do Cadastro
Central de Empresas - CEMPREe das pesquisas econmicas estruturaisnas reas de Indstria, Construo, Comrcio e Servios, realizadaspelo IBGE, que contemplam informaes sobre o segmento empresarialformalmente constitudo da economia brasileira.
apresentada uma contextualizao do tema empreendedorismo,explicando a sua relevncia e discutindo os conceitos de empresasde alto crescimento e gazelas, utilizados como tema do estudo, apartir de definies adotadas pela Organizao para a Cooperao e
o Desenvolvimento Econmico - OCDE (Organisation for EconomicCooperation and Development - OECD). Em seguida, so apresentadasas notas tcnicas, abordando as bases utilizadas, a classificao deatividades econmicas, o mbito do estudo e as variveis investigadas.Ao final, a seo de comentrios gerais discorre sobre o desempenhodas empresas de alto crescimento, destacadas por recorte temticoalternativo. O CD-ROM que acompanha a publicao reproduz o volumeimpresso e traz tabelas adicionais ao presente contedo
Roberto Lus Olinto Ramos
Diretor de Pesquisas
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Introduo
Esta publicao trata da explorao de variveis que caracterizam oalto crescimento de empresas, conceito que considera a gerao depostos de trabalho assalariados ao longo do tempo. Os resultados soapresentados em comparaes trienais. Os dados mais atuais disponveispara descrever tal fenmeno se referem ao ano-base de 2013. Portanto,no seu conceito-chave, analisam-se dados do trinio 2011-2013. Tal fatoposiciona o estudo Estatsticas de Empreendedorismo 2013 em ummomento posterior ao epicentro da crise na economia global ocorridaentre 2008 e 20091 (WORLD..., 2014). A partir desse perodo, logoposterior a 2009, muito se tem discutido como mudanas na economiaafetam os fatores do crescimento econmico. Nesse contexto, a ideia deempreendedorismo como promotor do crescimento e da inovao vemganhando destaque. Para Ahmad e Hoffman (2008), o empreendedorismo um instrumento importante no aumento da produtividade, nacompetitividade e na gerao de novos postos de trabalho. No entanto,se, por um lado, h uma vasta literatura destacando sua importncia, por
outro, sabida a complexidade de sua mensurao.
Esforos recentes vm sendo feitos no sentido de padronizar edelimitar o conceito de empreendedorismo. Desde o final da dcadapassada (2001-2010) e o incio da atual, o estudo do tema e a disponibilidadede informaes se encontram em contnuo desenvolvimento (PINHEIRO etal.,2014). Com o intuito de facilitar a mensurao e possibilitar a comparaointernacional, a Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento
1A economia mundial, que at 2007 experimentava um ciclo de expanso, iniciou, em 2008, umprocesso de retrao, com reduo das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto - PIB em todoo mundo. Entre 2009 e 2012, a Zona do Euro apresentou um crescimento mdio negativo do PIB(-0,4). No Brasil, a mdia foi positiva, abaixo do nvel verificado no perodo anterior, no entanto, com
uma reduo do crescimento de 4,6% (2005-2008) para 2,7% (2009-2012). Vale ressaltar que, no casobrasileiro, essa desacelerao no veio acompanhada de altas taxas de desemprego como no casodas economias avanadas (8,02%). Com exceo de 2009, a taxa de desemprego brasileira apresentouuma tendncia decrescente em todo o perodo, atingindo mnimos histricos (WORLD..., 2014).
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Econmico - OCDE (Organisation for Economic Co-operation and Development - OECD)publicou o estudo Defining entrepreneurial activity: definitions supporting frameworksfor data collection, em 2008, elaborado por Ahmad e Seymor (2008), com definiesnecessrias para caracterizar tais aspectos. O Brasil tornou-se um parceiro da OCDE apartir de 2007, e o IBGE passou a fazer parte do programa em 2009, lanando, em 2011,seu primeiro estudo referente ao tema, denominado Estatsticas de Empreendedorismo2008. Os estudos que se seguiram (ESTATSTICAS..., 2012; ESTATSTICAS..., 2013) tinhamcomo objetivo aprofundar a anlise da dinmica empreendedora no Brasil. No universodas empresas, optou-se pela utilizao das empresas de alto crescimento como objeto deestudo. Tal foco justifica-se pela relevncia dessas empresas no crescimento econmico,principalmente na criao de empregos (AHMAD; SEYMOUR, 2008). Dessa forma, ao longoda anlise, adota-se o conceito de alto crescimento de empresas como uma aproximaodo termo empreendedorismo.
Nas edies anteriores, assim como na atual, utiliza-se a Classificao Nacional
de Atividades Econmicas - CNAE 2.02
, oficialmente adotada pelo Sistema EstatsticoNacional e compatvel com a Reviso 4 da Clasificacin Industrial InternacionalUniforme de todas las Actividades Econmicas - CIIU (International Standard IndustrialClassification of all Economic Activities - ISIC). No entanto, em um contexto deconstante transformao e globalizao, fenmenos relevantes podem ocorrer emrecortes diferentes do tradicional. A realizao de uma anlise da distribuio espacialdas empresas de alto crescimento permite o estudo de tais fenmenos. Com esseintuito, a presente edio traz, adicionalmente, uma abordagem temtica diferentedas anteriores, a partir de um recorte especfico dessas empresas: as multilocalizadas,isto , aquelas com pelo menos uma filial (unidade local) situada em um municpiodiferente do municpio onde se localiza a sede da empresa.
Conceito de empreendedorismoO termo "empreendedor" possuiu vrios significados ao longo dos ltimos
sculos (HEBERT; LINK, 1988). Tradicionalmente, a noo de empreendedorismo creditada a Jean-Baptiste Say (1767-1832), mas foi o economista franco-irlands RichardCantillon (dcada de 1680-1734), quem introduziu, em 1755, o termo ao utiliz-lo paradescrever algum que exerce um julgamento de negcios em face da incerteza(BULL; WILLARD, 1993, p. 185, traduo nossa)3. A partir das contribuies de Cantillon,diversos autores se debruaram sobre o tema, como Adam Smith (1723-1790), JeanBaptiste Say (1767-1832), Alfred Marshall (1842-1924), Joseph Alois Schumpeter (1883-
1950), Frank Hyneman Knight (1885-1972), Edith Elura Tilton Penrose (1914-1996) eIsrael Meir Kirzner (1930- ) (HEBERT; LINK, 1988).
Os trabalhos do austraco Joseph Schumpeter tiveram papel fundamental naconsolidao do empreendedorismo como campo de estudo, ligando-o ao conceitode inovao. O empreendedor passa a ser visto, ento, como o agente que utiliza deforma diferente os recursos, deslocando-os de seu uso tradicional a partir de novascombinaes. J Edith Penrose foi uma das primeiras autoras a introduzir conceitosligados atividade empreendedora e s capacidades empreendedoras dentro daorganizao, alterando o foco da anlise da figura do empreendedor para a ideia doempreendedorismo inserido no contexto da firma (PENROSE, 1959).
2Para informaes mais detalhadas sobre classificaes adotadas pelo IBGE, acessar o endereo: .3Traduzido a partir do texto original: It [term entrepreneur] first appeared in the writings of Richard Cantillon in 1755 whoused the term to describe someone who exercises business judgment in the face of uncertainty.
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Introduo ________________________________________________________________________________________________
Na literatura recente, o estudo do empreendedorismo aprofundou-se na anlisedas oportunidades empreendedoras, situaes em que novos produtos, servios,materiais ou mtodos organizacionais podem ser introduzidos e vendidos por um
preo maior do que o seu custo de produo (CASSON, 1982). No entanto, se, porum lado, h uma vasta literatura destacando sua importncia, por outro, no hconsenso sobre a definio do conceito de empreendedorismo. Wennekers e Thurik(1999), por exemplo, destacam as diversas dimenses envolvidas no conceito deempreendedorismo, dependentes do nvel de anlise (individual, firma e nveisagregados da atividade econmica) em foco.
No decorrer deste estudo, adotam-se as seguintes definies propostas porAhmad e Seymor (2008) em seu estudo publicado pela OCDE:
Empreendedores: so pessoas, necessariamente donos de negcios, que
buscam gerar valor por meio da criao ou expanso de alguma atividade
econmica, identificando e explorando novos produtos, processos e mercados;
Atividade empreendedora: a ao humana empreendedora que busca gerar
valor, por meio da criao ou expanso da atividade econmica, identificando
novos produtos, processos e mercados; e
Empreendedorismo: o fenmeno associado atividade empreendedora.
Pela definio, possvel que uma empresa tenha muitos empregados e aindaseja empreendedora, uma vez que o fenmeno no est associado a estratos especficosnem da atividade econmica, tampouco do porte e/ou idade da empresa. Tal fenmenoespalha-se por qualquer tipo de firma que seja capaz de expandir seus negcios por meioda gerao de valor e criao de novos produtos, processos e mercados.
Visando construo de um modelo brasileiro de mensurao de empreende-dorismo por meio da integrao, organizao e interpretao de informaes siste-mticas referentes ao tema, e usando como fonte de informao as bases de dadosj disponveis no IBGE, este trabalho tem como objetivo geral dar continuidade anlise exploratria do perfil socioeconmico das empresas de alto crescimento, apartir do cruzamento de informaes das bases de microdados do Cadastro Centralde Empresas - CEMPREno trinio 2011-2013. Tal avaliao se d com base, fundamental-mente, na apreciao de indicadores apontados como relevantes, pela literatura, taiscomo idade, porte e setor de atividade das empresas e pessoal ocupado assalariadonessas empresas (DEMOGRAFIA..., 2010-2015).
A importncia das empresas de alto crescimentoAo longo do tempo, a anlise do fenmeno do crescimento por meio de seus
fundamentos microeconmicos tem colaborado para destacar o papel das empresas dealto crescimento. Nesse sentido, Acs, Parsons e Tracy (2008) ressaltam a necessidadede aprofundar a caracterizao das empresas de alto crescimento. De acordo com odocumento EUROSTAT-OECD manual on business demography statistics,publicadoem 2007, essas empresas desempenham papel fundamental no tratamento de questesessenciais de polticas pblicas, principalmente pela sua participao na gerao de
emprego. No entanto, este um objeto de anlise ainda pouco tratado em pesquisastericas e empricas. Pouco se sabe sobre as empresas de alto crescimento e aindamenos sobre os seus determinantes.
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Segundo estudos empricos (ACS; PARSONS; TRACY, 2008; AUDRETSCH, 2012),as empresas de alto crescimento, mesmo que representem uma parcela pequena dototal de firmas, so responsveis por percentual considervel da criao de empregos.H estudos que apontam que tal desproporo ainda maior no caso brasileiro, o quesugere o grau de importncia das empresas de alto crescimento para a dinmica daeconomia de pases em desenvolvimento (PINHEIRO et al., 2014). No que concernes caractersticas das empresas, parte da recente literatura emprica de crescimentode firmas corrobora a afirmao proposta por Ahmad e Hoffman (2008) de que hfatores determinantes da performance empreendedora.
A definio de empresas de alto crescimento adotada pelo IBGE est de acordo como documento EUROSTAT-OECD manual on business demography statistics. Uma empresa classificada como de alto crescimento quando apresenta crescimento mdio do pessoalocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano por um perodo de trs anos e tem 10pessoas ou mais ocupadas assalariadas no ano inicial de observao (EUROSTAT-OECD...,2007). Em linha com edies anteriores, o presente estudo se debrua tambm sobre asempresas de alto crescimento contnuo, ou seja, aquelas que tiveram crescimento mdiodo pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um perodo ininterrupto,desde o ano inicial de observao, superior a trs anos. Sendo o alto crescimento contnuoum fenmeno raro (HIGHGROWTH, 2010), segundo estudo divulgado pela OECD,sua mensurao gera possibilidades de evidenciar comportamentos distintos do altocrescimento observado no total de empresas de alto crescimento.
Recorte temtico alternativoNos ltimos anos, verificou-se uma demanda crescente por dados relacionados
a recortes temticos alternativos de empresas, uma vez que a utilizao de novasperspectivas uma maneira de compreender questes atuais que no esto explcitasnos recortes tradicionais.
Esta edio do estudo apresenta, como recorte alternativo, resultados para umconjunto especfico de empresas o das multilocalizadas. A explorao dos dadosfoi realizada por meio da identificao das empresas com pelo menos uma filial(unidade local) situada em um municpio diferente do municpio onde se localiza asede da empresa, esta observada, tambm, sob a tica do alto crescimento. Entendera gerao de emprego em empresas de alto crescimento sob o prisma das ligaesmultilocalizadas (intermunicipais) entre sedes e filiais de empresas se coloca comouma questo relevante. Com este estudo, busca-se compreender como as diferentesregies e cidades se conectam, e quais so os centros que concentram a capacidadede comando e controle nesta dinmica de anlise. Em conjunto, essa caracterizaovem se destacando, notadamente, pela sua capacidade de gerar e irradiar novosconhecimentos, alavancando, assim, o desenvolvimento (GESTO..., 2014)4.
Saindo da definio clssica das medidas de centralidade, que se baseia noacmulo de funes urbanas, no presente estudo, so identificados os centros quepropiciam o desenvolvimento de estrutura tcnico-social para sustentar novas redes,por meio de agentes como as empresas de alto crescimento. A anlise teve enfoquemunicipal, observando-se municpio a municpio, ou, ento, considerando-se asrelaes entre pares de municpios.
4O Projeto Redes e Fluxos do Territrio constitui uma linha de investigao permanente do IBGE, que tem por objetivo
analisar os relacionamentos e as ligaes entre as cidades brasileiras, sua acessibilidade e a configurao espacial desuas trocas, quer de natureza material (pessoas, mercadorias, cargas), quer imaterial (informaes, ordens, dinheiro). Oestudo Gesto do territrio, divulgado, em 2014, no mbito desse Projeto, aborda o tema em uma de suas dimensesimateriais, porm com grande fora de organizao espacial: os fluxos de gesto.
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Notas tcnicas
Opresente estudo um levantamento sistemtico de dadosdas empresas. Adota-se, nesta publicao, a empresa de altocrescimento como conceito central, ainda que dados das empresasgazelas tambm sejam explorados. Uma vez que o conceito de
empresas de alto crescimento se restringe, entre outros aspectos,quelas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas no ano inicialde observao, os resultados so apresentados comparativamenteentre as empresas de alto crescimento e as empresas ativas com 1
pessoa ou mais ocupada assalariada ou com as empresas com 10pessoas ou mais ocupadas assalariadas.
Outro conceito central para esta publicao o de unidade local.Conforme j utilizado em outras publicaes do IBGE, considera-secomo tal o endereo de atuao da empresa que ocupa, geralmente,
uma rea contnua na qual so desenvolvidas uma ou mais atividades
econmicas, identificado pelo nmero de ordem (sufixo) da inscrio noCadastro Nacional da Pessoa Jurdica - CNPJ, da Secretaria da ReceitaFederal. So consideradas as unidades locais estabelecidas no Pas.
Bases utilizadasPara a realizao deste estudo, foram utilizadas informaes
provenientes do Cadastro Central de Empresas - CEMPREe das pesquisas
econmicas estruturais do IBGE, de 2010 a 2013, nas reas de Indstria,Construo, Comrcio e Servios.
OCEMPREengloba registros de pessoas jurdicas inscritas no CNPJ,independentemente da atividade exercida ou da natureza jurdica. Essasinformaes resultam da consolidao de registros administrativos,
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como a Relao Anual de Informaes Sociais - RAIS e o Cadastro Geral de Empregadose Desempregados - CAGED, do ento Ministrio do Trabalho e Emprego5, com os daspesquisas econmicas realizadas pelo IBGE, dando-se prioridade aos dados obtidos
por estas6
. As informaes cadastrais das empresas e outras organizaes contidas noCEMPREso: razo social, cdigo da natureza jurdica, classificao da atividade econmicaprincipal e ano de fundao, alm de endereo completo e nome de fantasia para asunidades locais. O CEMPRE contm ainda dados econmicos, como pessoal ocupadototal e assalariado, salrios e outras remuneraes e, para as empresas oriundas daspesquisas econmicas realizadas pelo IBGE, existem ainda dados sobre pessoal ocupadototal; pessoal ocupado assalariado; nmero mdio de pessoal ocupado no ano; custose despesas de pessoal; outros gastos de pessoal, como Fundo de Garantia do Tempo deServio - FGTS, contribuies para a previdncia social, contribuies para a previdnciaprivada, indenizaes trabalhistas, benefcios concedidos aos empregados etc.; custosdos aluguis e arrendamentos; custos das mercadorias adquiridas para revenda; custosdas operaes da atividade principal; outros custos e despesas; receita total; receita bruta;
receita operacional lquida; produtividade; valor adicionado bruto7.
Uma vez delimitado o conjunto de empresas de alto crescimento pelo CEMPRE,pode-se explorar a estrutura econmica destas nas seguintes pesquisas econmicasestruturais do IBGE:
Pesquisa Industrial Anual - Empresa - PIA-Empresa;
Pesquisa Anual da Indstria da Construo - PAIC;
Pesquisa Anual de Comrcio - PAC; e
Pesquisa Anual de Servios8.
Classificao de atividades econmicasAs empresas e as respectivas unidades locais produtivas so classificadas de
acordo com a principal atividade econmica desenvolvida, com base na ClassificaoNacional de Atividades Econmicas - CNAE 2.0, oficialmente utilizada pelo SistemaEstatstico Nacional e compatvel com a Reviso 4 da Clasificacin IndustrialInternacional Uniforme de todas las Actividades Econmicas - CIIU (InternationalStandard Industrial Classification of all Economic Activities - ISIC).
mbito do estudoEm relao natureza jurdica, esta publicao considera, no seu mbito,
somente as entidades empresariais, tal como definido na Tabela de Natureza Jurdica9.
5A criao do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, mediante a fuso do Ministrio do Trabalho e Emprego com oMinistrio da Previdncia Social, foi oficializada por meio da Medida Provisria n. 696, de 02.10.2015.6Para informaes mais detalhadas sobre aspectos metodolgicos da constituio do CEMPRE, ver a publicao Demografiadas empresas(2013).7Para informaes mais detalhadas sobre a conceituao das variveis exploradas no estudo, consultar o Glossrioaofinal da publicao.8Para uma descrio completa das metodologias das pesquisas econmicas aqui apresentadas, consultar o portal doIBGE na Internet, no endereo: .9Consultar a Tabela de Natureza Jurdica 2009.1, organizada no mbito da Comisso Nacional de Classificao - CONCLA,por meio da Resoluo CONCLAn. 2, de 21.12.2011, publicada no Dirio Oficial da Unio em 30.12.2011, no portal do IBGE,na Internet, no endereo: .
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Notas tcnicas _____________________________________________________________________________________________
Em termos de atividade econmica, o mbito desta publicao, para resultadosdo CEMPRE, so todas as sees da CNAE 2.0. Quando se tratar de variveis advindas daspesquisas econmicas, descritas anteriormente, o mbito se restringir ao das pesquisas10:
PIA-Empresa: atividade principal compreendida nas sees B e C;
PAIC: atividade principal compreendida na seo F;
PAC: atividade principal compreendida na seo G, exceo do grupo 452 eda classe 4543-9; e
PAS: atividade principal compreendida nas divises 37, 39, 50, 52, 53, 55, 56,58, 59, 60, 61, 62, 63, 66, 68, 71, 73, 74, 77, 78, 79, 80, 82, 90, 92, 93, 95 e 96, nosgrupos 01.6, 02.3, 38.1, 38.2, 38.3, 45.2, 49.1, 49.2, 49.3, 49.4, 49.5, 51.1, 51.2,69.2, 70.2, 81.2, 81.3, 85.5, 85.9 e nas classes 45.43, 69.11 e 81.11.
Alcance do estudoO propsito deste tpico pontuar alguns aspectos metodolgicos que
delimitam a anlise dos resultados.
A limitao de mbito, quando se passa das variveis do CEMPRE para aspesquisas econmicas, evidente. O CEMPRErepresenta o universo de empresas doPas em um determinado ano; portanto, os nmeros absolutos do conta de toda aeconomia brasileira para o ano-base em questo. Em contrapartida, as pesquisaseconmicas seguem modelos amostrais, o que significa que, uma vez identificadasas empresas de alto crescimento e as gazelas nas pesquisas econmicas, cria-se
um subconjunto que, na pesquisa, no contm todas as empresas daquele setor. Apartir desse subconjunto, as estimativas para as empresas de alto crescimento dosetor so produzidas utilizando-se o procedimento de ps-estratificao, que leva emconta o novo domnio: o universo de empresas de alto crescimento proveniente doCEMPRE. Posteriormente, so utilizados dois estimadores para a calibrao dos pesosoriginais, dependendo do setor: estimador de total para subpopulaes ou estimadorde regresso. No caso do estimador de regresso, ajustam-se os totais obtidos com oestimador de subpopulao aos totais populacionais de nmero de empresas, pessoalocupado e salrio dos novos domnios, disponveis no Cadastro Bsico de Seleo- CBS. Por fim, na explorao dos resultados regionais, por Unidades da Federao,
utiliza-se o conceito definido no incio deste tpico: unidade local de empresa de altocrescimento.
Os resultados esto apresentados, em cartogramas, ao final da publicao.
Regras de arredondamentoTendo em vista que as informaes monetrias da pesquisa foram coletadas
em Reais (R$) e tabuladas em mil Reais (R$ 1 000), para cada linha das tabelas deresultados, as informaes de uma determinada varivel foram somadas, dividindo-se os valores por 1 000 somente no momento da totalizao desta linha para esta
10 Para uma descrio detalhada das divises, grupos e classes da CNAE 2.0, consultar: .
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determinada varivel. O arredondamento, aps a diviso, foi feito aumentando-sede uma unidade a parte inteira do total davarivel, quando a parte decimal eraigual ou superior a 0,5. Por esses motivos, podem ocorrer pequenas diferenas de
arredondamento entre os totais apresentados e a soma das parcelas em uma mesmatabela, mas que correspondem ao mesmo conjunto de unidades de investigao.
Regras de desidenticaoCom o objetivo de assegurar o sigilo das informaes individualizadas, de acordo
com a legislao vigente, so adotadas regras de desidenticao na divulgaodos resultados. Quando, para um determinado detalhamento da atividade, existirapenas uma ou duas empresas, todas as informaes da linha correspondente soassinaladas com (x).
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Comentrios gerais
Contexto econmicoComo mencionado na Introduo do presente volume, quinta
edio do estudo Estatsticas de Empreendedorismo, seu recortetemporal compreende o trinio 2011-2013. De maneira geral, tal perodo
pode ser caracterizado por um arrefecimento nas taxas do crescimentomundial. Segundo dados do World Economic Outlook Database, doFundo Monetrio Internacional - FMI (International Monetary Fund - IMF),em 2013, enquanto os pases avanados11apresentavam crescimentoreduzido, 1,4% de crescimento do Produto Interno Bruto - PIB, entre
as economias emergentes e em desenvolvimento12, a taxa foi de 5,0%(Grfico 1). Esses grupos de pases, contudo, so bem heterogneos. Aoconsiderar o Brasil, por exemplo, possvel observar que, desde 2011, suamdia de crescimento est abaixo da mdia das economias emergentese em desenvolvimento, grupo do qual faz parte. Em 2013, a taxa decrescimento do PIB nacional foi de 2,7%, valor prximo ao verificado entre
os pases da Amrica Latina e Caribe (2,9%), porm abaixo das mdiasmundial (3,4%) e do seu grupo (5,0%).
O Grfico 1 apresenta a variao percentual do PIB para: Brasil;
Mundo; Unio Europeia; economias avanadas; mercados emergentese economias em desenvolvimento; e Amrica Latina e Caribe.
Pode-se ressaltar que, a partir de 2011, o PIB brasileiro apresentou taxas
de crescimento abaixo das mdias mundial e dos pases da AmricaLatina e Caribe. Em 2012, todos os grupos de pases apresentaram
11Classificao do FMI para um grupo composto por 35 pases, dentre eles: Alemanha, Austrlia,
Blgica, Canad, Coreia, Espanha, Estados Unidos, Frana, Itlia, Japo, Portugal e Reino Unido(COUNTRY..., 2013).12Classificao do FMI para um grupo composto por 152 pases, dentre eles: Afeganisto, Argentina,Brasil, Chile, China, ndia e Rssia (COUNTRY..., 2013).
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_____________________________________________________________________ Estatsticas de Empreendedorismo 2013
reduo do ritmo de crescimento, puxado pela reduo de mais de 2,0 pontospercentuais do crescimento da Unio Europeia. No mesmo ano, o Brasil seguiu atendncia mundial, reduzindo sua taxa de crescimento de 3,9% para 1,8%. No ano
seguinte, o Pas apresentou uma melhora na taxa de crescimento, quando atingiu2,7%, aproximando-se novamente da mdia dos pases da Amrica Latina e Caribe.
Como pode ser visto no Grfico 1, cabe notar tambm que o desempenho daeconomia brasileira entre 2012 e 2013 se comportou de forma distinta da observadanas demais economias emergentes e em desenvolvimento, que apresentaram ligeirareduo nas taxas de crescimento.
Como discutido anteriormente, a partir de 2010, houve uma desacelerao do
crescimento mundial, bem como da economia nacional. O Grfico 2, a seguir, mostra
que o volume de comrcio internacional de bens e servios passou de -10,9%, em
2009, para 12,5%, em 2010, decrescendo para 2,7% em 2012. Ao considerar o trinioinvestigado, 2011-2013, houve uma reduo de 6,9% para 3,3%.
O comportamento do volume das exportaes brasileiras de bens e servios
apresentou trajetria errtica no perodo considerado: aps uma queda significativa
em 2009, seguida por uma breve recuperao em 2010, assinalou tendncia de queda
em 2011 e 2012, com uma ligeira recuperao, da ordem de 3,1%, em 2013 (Grfico 3).
Assim como as exportaes, o ritmo das importaes brasileiras tambm
apresentou trajetria errtica no perodo considerado. Aps uma variao de 37,0% no
imediato ps-crise (2010), a taxa de crescimento do volume das importaes atingiu
um mnimo de -2,3% em 2012, para, em seguida, atingir um crescimento de 8,6% em
2013, prximo ao patamar de 8,9% alcanado em 2011 (Grfico 3).
Grfico 1 - Variao percentual do Produto Interno Bruto - PIBBrasil, Mundo, Economias Avanadas, Unio Europeia, Mercados Emergentes e
Economias em Desenvolvimento e Amrica Latina e Caribe - 2009-2013
%
Brasil Mundo
Economias Avanadas Unio Europeia
Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento Amrica La tina e Caribe
Fonte: Brazil, world, advanced economies, euro area, european union, emerging market and developing economies, LatinAmerica and the Caribbean. Gross domestic product, constant prices, percent change 2009-2013. In: International
Monetary Fund. WEO: world economic outlook database. Washington, DC: IMF, 2014. Disponvel em: . Acesso em: out. 2014.
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
2009 2010 2011 2012 2013
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Comentrios gerais ________________________________________________________________________________________
O cmbio, no perodo de 2010 a 2013, apresentou tendncia de depreciao.
Em 2011, aps um primeiro semestre de apreciao, em que a taxa de cmbio passou
de R$ 1,67, no incio do ano, para um mnimo de R$ 1,56, iniciou-se um processo de
depreciao, que perdurou at meados de 2013, quando se estabilizou em um patamarprximo a R$ 2,30 (Grfico 4). Considerando todo o trinio 2011-2013, o dlar obteve
elevao de 40,0%.
Grfico 2 - Variao percentual do volume de comrcio internacionalde bens e servios - Mundo - 2009-2013
%
2009 2010 2011 2012 2013
Fonte: World. Trade volume of goods and services, percent change 2009-2013. In: International Monetary Fund. WEO:
world economic outlook database. Washington, DC: IMF, 2014. Disponvel em: . Acesso em: out. 2014.
-10,9
12,5
6,9
2,7 3,3
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
Grfico 3 - Variao percentual do volume de importao e exportaode bens e servios - Brasil - 2009-2013
%
2009 2010 2011 2012 2013
Importao Exportao
Fonte: Brazil. Volume of imports/exports of goods and services, percent change 2009-2013. In: International MonetaryFund. WEO: world economic outlook database. Washington, DC: IMF, 2014. Disponvel em: . Acesso em: out. 2014.
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
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19/89
_____________________________________________________________________ Estatsticas de Empreendedorismo 2013
O Grfico 5 apresenta as curvas dos crditos livre13, direcionado14, pessoa fsica,pessoa jurdica e total. De modo geral, em 2009, as curvas apontam para uma reduono ritmo de concesso de crdito, seguida por uma relativa recuperao em 2010.J entre 2010 e 2013, as taxas de crescimento decrescem. A exceo, nos tipos decarteira, a srie de crdito direcionado, que se manteve acima das demais ao longodo perodo e cresceu quando os outros tipos de carteira decresciam - no segundo
semestre de 2009 e de meados de 2012 at o segundo semestre de 2013.
Assim, a partir de 2011, o fraco crescimento das economias avanadas e adesacelerao do ritmo das atividades econmicas nos mercados emergentes e emdesenvolvimento foram acompanhados por uma quebra na trajetria de crescimentodas exportaes brasileiras e por uma reduo na taxa de crescimento do crditodomstico, em especial das carteiras de crdito livre, pessoa fsica e pessoa jurdica.
No que se refere ao comportamento da taxa bsica de jurosSELIC15, definida peloBanco Central do Brasil, e do ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo - IPCA,calculado pelo IBGE, o Grfico 6 contrasta as duas trajetrias no trinio 2011-2013.Observa-se uma reduo na taxa SELIC, de 11,2% ao ano, em janeiro de 2011, para 9,9%ao ano, em dezembro de 2013, atingindo um mnimo de 7,1% ao ano no final de 2012,quando houve uma inverso, dando incio a uma tendncia de alta. Nota-se que areduo da taxa SELICno perodo ocorreu simultaneamente desacelerao do IPCA,iniciada em meados de 2011. Esses dois processos levaram a um nvel historicamentebaixo da taxa real de juros no incio de 2013.
13Crditos concedidos conforme critrios dos financiadores.14Crditos concedidos a atividades rurais, emprstimos imobilirios e crditos do Banco Nacional do DesenvolvimentoEconmico e Social - BNDES.15Taxa de referncia do Sistema Especial de Liquidao e de Custdia.
Grfico 4 - Taxa de cmbio livre - US$ - Venda - Brasil - 2009-2013
R$ por US$
jan-dez2009
jan-dez2010
jan-dez2011
jan-dez2012
jan-dez2013
Fonte: Sries temporais. Setor externo. Taxas de cmbio 2009-2013. In: Banco Central do Brasil. SGS: sistema gerencia-dor de sries temporais. Braslia, DF, [2014]. Disponvel em: . Acessoem: set. 2014.
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2
2,4
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Comentrios gerais ________________________________________________________________________________________
Grfico 5 - Crescimento anual da carteira de crdito, por tipo de carteira
Brasil - dez. 2008-dez. 2013
Livre DirecionadoTotal Pessoa fsica Pessoa jurdica
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
dez.
2008
%
jan-dez2009
jan-dez2010
jan-dez2011
jan-dez2012
jan-dez2013
Fonte: Banco Central do Brasil. Relatrio de estabilidade financeira. Braslia, DF, v. 13, n. 1, mar. 2014. Disponvel em:. Acesso em: out. 2015.
Grfico 6 - Taxa de juros do Sistema Especial de Liquidao e Custdia - SELICendice de Preos ao Consumidor-Amplo - IPCA
Brasil - jan. 2009-jan. 2013
Taxa SELIC IPCA
IPCATaxa SELIC
Fonte: Banco Central do Brasil. Histrico das taxas de juros fixadas pelo Copom e evoluo da taxa Selic. Braslia, DF,
2015. Disponvel em: . Acesso em: out. 2015.
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
jan-dez2009
jan-dez2010
jan-dez2011
jan-dez2012
jan-dez2013
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O Grfico 7 apresenta a evoluo da taxa de crescimento real do PIB trimestralnos trs principais setores econmicos: Agropecuria, Indstria e Servios.Nota-se que o setor agropecurio apresentou forte instabilidade aps 2012, reflexo
de fenmenos climticos e mudanas significativas nos mercados internacionaisde commodities agrcolas. J o setor industrial exibiu tendncia desacelerao,passando de um crescimento trimestral de 5,6%, no incio de 2011, para um mnimode -2,2%, no segundo trimestre de 2012, embora um ano aps este mnimo tenhaocorrido uma leve recuperao do setor a partir do segundo trimestre de 2013. Notrinio de interesse, o crescimento total do PIB apresentou tendncia estabilidade,em um patamar inferior ao verificado no incio de 2011, mas ainda no campo positivo.Este resultado foi largamente influenciado pelo setor de servios, subgrupo de maiorpeso na composio do PIB, que, diferentemente dos demais setores, apresentou taxade crescimento relativamente estvel no perodo.
O Grfico 8 apresenta a srie histrica anual do IPCA, que mede a inflao efetiva
e utilizado, pelo Banco Central do Brasil, para o regime de metas da inflao, com
seus respectivos limites inferior e superior. No perodo considerado, de 2009 a 2013,
a inflao esteve acima do centro da meta (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%)
em todos os anos, exceto em 2011, quando o igualou, registrando 5,8%, em 2012, e
5,9% em 2013.
Nota-se que, apesar de no ter ultrapassado o limite superior da meta oficial,
a inflao esteve acima do centro da meta durante todo o trinio considerado. A
dinmica dos preos, portanto, aparentemente no reagiu reduo do crescimento
da economia observada aps 2010 (Grfico 7), possivelmente devido manuteno
da tendncia positiva no mercado de trabalho (Grfico 9).
Grfico 7 - Variao real trimestral do PIB setorialBrasil - 1otrimestre 2009-4otrimestre 2013
-15,0
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
2009 2010 2011 2012 2013
Total Agropecuria Indstria Servios
%
Fonte: Contas nacionais. Contas nacionais trimestrais. Tabelas completas 2009-2013. Rio de Janeiro: IBGE, [2015].Disponvel em: . Acesso em: out. 2015.
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Comentrios gerais ________________________________________________________________________________________
A dinmica do mercado de trabalho no Brasil, no trinio 2011-2013, apresentouuma tendncia contnua de reduo do desemprego, atingindo nveis historicamentebaixos. Nota-se que esta dinmica foi distinta da apresentada pelas economiasavanadas e pases da rea do Euro. Ao final de 2013, a taxa de desemprego no
Brasil foi de 5,4%, 2,5 pontos percentuais abaixo da taxa observada nas economiasavanadas (7,9%) e menos da metade da verificada nos pases da rea do Euro (12,0%)no mesmo ano (Grfico 9). Tal tendncia foi acompanhada tambm pela manutenodo processo de formalizao do emprego.
Grfico 8 - ndice de Preos ao Consumidor-Amplo - IPCA, acumulado em 12 mesesBrasil - 2009-2013
Inflao efetiva(IPCA % ao ano)
Meta (%) Limite inferior Limite superior
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
Fonte: Sistema nacional de ndices de preos ao consumidor. Srie histrica do IPCA 2009-2013. Rio de Janeiro: IBGE,[2015]. Disponvel em: .Acesso em: out. 2015.
4,3
5,9
6,5
5,8
5,9
2009 2010 2011 2012 2013
Grfico 9 - Taxa de desemprego - Brasil, Economias Avanadas e rea do Euro2009-2013
Brasil Economias Avanadas rea do Euro
Fonte: Advanced economies, euro area, Brazil. Unemployment rate, percent of total labor force 2009-2013. In: InternationalMonetary Fund. WEO: world economic outlook database. Washington, DC: IMF, 2014. Disponvel em: . Acesso em: out. 2014.
8,08,3
8,0 8,0 7,9
9,510,1 10,1
11,3
12,0
8,1
6,7
6,05,5 5,4
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
2009 2010 2011 2012 2013
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Panorama geral das empresas ativasSegundo dados do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, existiam no Brasil,
em 2013, cerca de 4,8 milhes de empresas ativas, responsveis por ocupar 41,9milhes de pessoas, sendo 35,0 milhes (83,6%) como assalariados e 6,9 milhes(16,4%) na condio de scios ou proprietrios (Tabela 1). No entanto, ao considerarapenas aquelas com 1 pessoa ou mais ocupada assalariada, o nmero se reduz para2,4 milhes, o que indica que 50,6% das empresas ativas, no Pas, possuam, em 2013,algum vnculo empregatcio.
As empresas ativas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, querepresentavam, em 2013, 10,0% do total, mantiveram a trajetria de crescimento verificadadesde 2009. Os dados revelam um crescimento de 22,7% no nmero de empresas destegrupo, no perodo de 2009 a 2013, mas, ao considerar os binios isoladamente, observa-seuma reduo na taxa de crescimento de 8,3% (2009-2010) para 3,1% (2012-2013). Dentre os
totais das empresas ativas, tambm verifica-se um arrefecimento na taxa de crescimentoat o binio 2011-2012, acompanhado de uma ligeira recuperao nos ltimo binio(aumento de 3,8%). A anlise conjunta dos grupos revela que 52,3% da variao no totalde empresas ativas ocorreu devido ao aumento no nmero de empresas sem vnculoempregatcio, pois da variao de 176,2 mil novas empresas, 84,0 mil eram empresascom 1 pessoa ou mais ocupada assalariada (47,7%).
No que diz respeito aos salrios e outras remuneraes pagos, os resultadosda Tabela 1 indicam um crescimento de 12,6% em termos nominais no binio2012-2013; no entanto, em termos reais16, esse crescimento foi de apenas 5,5%, o menorvalor dentre os binios do perodo. A maior variao ocorreu em 2009-2010 (12,4%).
16Em valores de dezembro de 2013. Todos os valores de rendimentos em termos reais do presente estudo foramdeflacionados com base no IPCA, cujas taxas foram: 26,9% (dez./2009); 20,1% (dez./2010); 12,7% (dez./2011); e 6,7% (dez./2012).
Varivel 2009 2010 2011 2012 2013
Empresas ativas
Absoluto 4 268 930 4 530 583 4 538 347 4 598 919 4 775 098
Relativo (%) 100 100 100 100 100
Empresas ativas com 1 pessoa ou mais pessoa
ocupada assalariada
Absoluto 1 976 569 2 125 099 2 246 220 2 333 337 2 417 418
Relativo (%) 46,3 46,9 49,5 50,7 50,6
Empresas ativas com 10 pessoas ou mais ocupadas
assalariadas
Absoluto 390 536 422 926 447 742 464 968 479 237
Relativo (%) 9,1 9,3 9,9 10,1 10,0
Pessoal ocupado total (assalariados + scio e pro-
prietrios) 34 354 174 37 184 416 39 293 724 40 646 593 41 906 597
Pessoal ocupado assalariado 28 238 708 30 821 123 32 706 200 33 915 323 35 050 524
Salrios e outras remuneraes (preos correntes -
1 000 R$) 476 684 684 566 094 846 660 201 447 756 570 036 852 191 343
Salrios e outras remuneraes (preos de dezem-bro
de 2013 - 1 000 R$) 604 943 514 680 085 063 743 749 742 807 619 675 852 191 343
Salrio mdio mensal (em salrios mnimos) 2,9 2,9 2,9 2,8 2,8
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2009-2013.
Nota: Valores deflacionados pelo IPCA (IBGE).
Tabela 1 - Nmero de empresas ativas, pessoal ocupado, salrio e
outras remuneraes e pessoas ocupadas assalariadas - Brasil - 2009-2013
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Comentrios gerais ________________________________________________________________________________________
Em 2013, os salrios e outras remuneraes pagos pelas entidades empresariaistotalizaram R$ 852,2 bilhes, equivalentes a 2,8 salrios mnimos mdios mensais 17.
Panorama geral das empresas de alto crescimentoEste tpico se dedica a explorar as caractersticas das empresas de alto
crescimento no Brasil por meio de indicadores apontados como relevantes na literaturade empreendedorismo. Para tal, a definio de empresas de alto crescimento adotadapelo IBGE est de acordo com o documento EUROSTAT-OECD manual on businessdemography statistics, ou seja: uma empresa classificada como de alto crescimentoquando apresenta crescimento mdio do pessoal ocupado assalariado de pelomenos 20% ao ano por um perodo de trs anos e tem 10 pessoas ou mais ocupadasassalariadas no ano inicial de observao (EUROSTAT-OECD..., 2007).
Cabe destacar que, uma vez que so consideradas as informaes das empresasque preencheram o critrio de alto crescimento a cada ano, os dados no necessariamenterepresentam o mesmo conjunto de firmas. Ademais, a literatura sugere que o altocrescimento contnuo um fenmeno raro de se observar. Nas tabelas a seguir, como aempresa de alto crescimento definida no grupo das empresas ativas com 10 pessoasou mais ocupadas assalariadas, com algumas excees indicadas no texto, este sersempre o grupo-base de comparao e no o total de empresas ativas18.
Em 2013, existiam, no Brasil, 33 374 empresas de alto crescimento, queocupavam cerca de 5,0 milhes de pessoas assalariadas e pagavam R$ 107,5 bilhesem salrios e outras remuneraes (Tabela 2). Em relao ao ano anterior, houve umareduo de 5,2% no nmero de empresas de alto crescimento, de 5,8% no pessoal
ocupado assalariado e de 1,1 % nos salrios e outras remuneraes pagos por essasempresas, em valores nominais.
Em relao ao total de empresas ativas, a participao das empresas de altocrescimento permaneceu abaixo de 1% em todo o trinio considerado. No que se refere participao no total de empresas com 1 pessoa ou mais ocupada assalariada, a taxade 1,5% permaneceu relativamente estvel no trinio, atingindo 1,4% em 2013. Poroutro lado, em relao s empresas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas,o valor tem decrescido, passando de 7,7%, em 2011, para 7,0%, em 2013 (Tabela 2).
No que se refere proporo de pessoal ocupado assalariado em relao sempresas ativas com 1 pessoa ou mais ocupada assalariada, entre 2011 e 2012 houveuma variao de 15,4% para 15,6%, seguida por uma reduo, atingindo 14,3% no
binio seguinte. Esta perda de participao tambm foi observada no total de salriose outras remuneraes pagos em relao s empresas ativas com 1 pessoa ou maisocupada assalariada, que, aps uma taxa constante de 14,4% no binio 2011-2012,decresceu para 12,7% no binio 2012-2013. Por fim, observou-se tambm uma reduono salrio mdio mensal absoluto19, que era de 2,7 salrios mnimos em 2011, caindopara 2,5 salrios mnimos no binio 2012-2013 (Tabela 2).
17Para o clculo deste indicador, utilizou-se a frmula: massa salarial em t / (pessoal ocupado assalariado mdio em t * salriomnimo mdio em t * 13). Os valores de salrio mnimo mdio mensal considerados a cada ano foram: R$ 409,62 (2008);R$ 461,15 (2009); R$ 510,00 (2010); R$ 544,32 (2011); R$ 622,00 (2012); e R$ 678,00 (2013).18A excluso das empresas ativas com at 9 pessoas ocupadas assalariadas evita distores nas taxas de crescimento,pois pequenas variaes absolutas no pessoal ocupado assalariado podem ocasionar grandes variaes relativas
(DEMOGRAFIA..., 2013).19Utiliza-se o clculo do valor do salrio mdio mensal absoluto como definido no Glossrio, ao final da publicao, ouseja: massa salarial em t / (pessoal ocupado assalariado em t * salrio mnimo em t * 13). Os valores de salrio mnimomensal considerados a cada ano foram: R$ 510,00 (2010); R$ 545,00 (2011); R$ 622,00 (2012); e R$ 678,00 (2013).
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Taxa de crescimentoAs empresas de alto crescimento representavam, em 2013, 0,7% das empresas
ativas, 1,4% das empresas com 1 pessoa ou mais ocupada assalariada e 7,0% dasempresas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas (Tabela 2). No entanto,apesar de representarem uma parcela pequena do total de empresas ativas no Brasil,elas se destacam em termos de crescimento de postos de trabalho assalariados.Considerando a definio de empresa de alto crescimento, a empresa que pertencea este grupo, em 2013, apresentou um aumento de pessoal ocupado assalariado de,no mnimo, 72,8%, nos binios 2010-2011, 2011-2012 e 2012-2013120.
A Tabela 3 a seguir detalha o crescimento do pessoal ocupado assalariado nasempresas classificadas como de alto crescimento em 2011, 2012 e 2013, por binio.Nas empresas de alto crescimento de 2013, houve um aumento de 172,0% do pessoalocupado entre 2010 e 2013, valor acima do verificado no ano anterior (167,8%), mas
abaixo da taxa observada em 2011, quando alcanou 175,5%. Dessa forma, entre2011 e 2013 houve uma reduo de 3,5 pontos percentuais no ritmo de crescimentodessas empresas.
Analisando as taxas de crescimento percentual do pessoal ocupado assalariadodas empresas classificadas como de alto crescimento, por binio, percebe-se que,em todos os grupos, o binio inicial apresenta o valor mais elevado, decrescendonos subsequentes. Em 2013, observa-se que a taxa de crescimento foi de 56,4% nobinio 2010-2011, e permaneceu estvel em 31,9% nos outros dois binios (Tabela 3).
20Uma empresa classificada como de alto crescimento quando apresenta crescimento mdio do pessoal ocupadoassalariado de pelo menos 20% ao ano por um perodo de trs anos. Assim, para verificar se a empresa de alto crescimentoem 2013, consideram-se suas taxas de crescimento nos binios 2010-2011, 2011-2012 e 2012-2013. De modo anlogo, para
verificar se a empresa de alto crescimento em 2012, consideram-se suas taxas de crescimento nos binios 2009-2010,2010-2011 e 2011-2012. O mesmo ocorre para verificar se a empresa de alto crescimento em 2011, isto , consideram-sesuas taxas de crescimento nos binios 2008-2009, 2009-2010 e 2010-2011. Dessa forma, em termos de pessoal ocupadoassalariado, tem-se um aumento no trinio 2011-2013 de (1,20)3= 1,728.
Ao total
de
empresas
ativas
Ao total
de
empresas
com 1
pessoa ou
mais
ocupada
assala-
riada
Ao total
de
empresas
com 10
pessoas
ou mais
ocupadas
assala-
riadas
2011 34 528 0,8 1,5 7,7 5 035 464 15,4 95 355 188 14,4 2,7
2012 35 206 0,8 1,5 7,6 5 285 197 15,6 108 758 174 14,4 2,5
2013 33 374 0,7 1,4 7,0 4 977 380 14,3 107 532 069 12,7 2,5
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Ano
Tabela 2 - Nmero de empresas, pessoal ocupado assalariado, salrios e outras
remuneraes, salrio mdio mensal e respectivas taxas para as
empresas de alto crescimento - Brasil - 2011-2013
Salrio
mdio
mensal
absoluto
(salrios
mnimos)Absoluto
Taxa em relao (%) Taxa em
relao ao
total de
empresas
com 1
pessoa
ou mais
ocupada
assala-
riada(%)
AbsolutoAbsoluto
(1 000 R$)
Taxa em
relao ao
total de
empresas
com 1
pessoa
ou mais
ocupada
assala-
riada(%)
Nmero de empresas
de alto crescimento
Pessoal ocupado
assalariado
nas empresas de
alto crescimento
Salrios e outras
remuneraes do
pessoal ocupado
assalariado nas
empresas de
alto crescimento
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Comentrios gerais ________________________________________________________________________________________
Gerao de postos de trabalho assalariados
Como mencionado anteriormente, apesar de serem poucas em termosquantitativos, pois representam somente 0,7% das empresas brasileiras, as empresasde alto crescimento exercem um papel central na gerao de empregos formais noPas. A Tabela 4 apresenta a gerao de postos de trabalho assalariado nas empresasde alto crescimento em 2013. Para avali-la, necessrio comparar os totais de pessoalocupado assalariado nos anos inicial e final de observao. Ou seja, quantas pessoasas empresas consideradas de alto crescimento em 2013 ocupavam em 2010.
O pessoal ocupado assalariado das empresas de alto crescimento passou de1,8 milho, em 2010, para cerca de 5,0 milhes, em 2013, o que representou um incrementode 3,1 milhes de pessoas ocupadas assalariadas, ou 172,0%. Esta variao dos postos detrabalho assalariados nas empresas de alto crescimento representa 42,0% do total gerado
nas empresas com 1 pessoa ou mais ocupada assalariada e 91,9% nas empresas com10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas. No Brasil, entre 2010 e 2013, foram criados7,5 milhes de postos de trabalho, o que representa um aumento de 27,2%. Esta taxa situa-se abaixo da verificada nas empresas de alto crescimento (172,0%) e acima da observadanas empresas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas (13,4%).
A empresas
com 1
pessoa ou
mais
ocupada
assalariada
A empresas
com 10
pessoas ou
mais
ocupadas
assalariadas
2010 2013
Empresas com 1 pessoa ou mais
ocupada assalariada 27 560 531 35 050 524 7 489 993 - - 27,2
Empresas com 10 pessoas ou
mais ocupadas assalariadas 25 584 893 29 011 078 3 426 185 - - 13,4
Empresas de alto crescimento 1 830 155 4 977 380 3 147 225 42,0 91,9 172,0
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2007-2013.
Tabela 4 - Gerao de postos de trabalho assalariados pelas empresas,
segundo o tipo de empresa - Brasil - 2010/2013
Postos de
trabalho
assalariado
gerados
Representatividade
dos postos de trabalho
assalariados gerados
pelas empresas de altocrescimento em relao
(%)
Taxa decrescimento
do pessoal
ocupado
assalariado
(%)
Tipo de empresa
Pessoal ocupado
assalariado
2010/2013
Total
no trinio
correspon-
dente
2008-2009 2009-2010 2010-2011 2011-2012 2012-2013
2011 34 528 175,5 55,7 37,0 29,1 -
2012 35 206 167,8 - 59,3 32,4 27,0
2013 33 374 172,0 56,4 31,9 31,9
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 3 - Taxa de crescimento percentual do pessoal ocupado assalariado das empresas
de alto crescimento - Brasil - 2011-2013
Ano
Nmero
de
empresas
Taxa de crescimento percentual do pessoal ocupado assalariado (%)
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O Grfico 10 mostra a evoluo da participao das empresas de alto crescimentono saldo do pessoal ocupado assalariado nas empresas com 1 pessoa ou mais ocupadaassalariada. Entre 2008 e 2013, a taxa passou de 57,4% para 42,0%. A maior participao
foi verificada em 2012, quando as empresas de alto crescimento respondiam por 58,3%dos postos de trabalho assalariado gerados. Ou seja, entre 2012 e 2013, houve umaqueda de 16,3 pontos percentuais nessa participao.
PorteOutra caracterstica importante no estudo das empresas de alto crescimento
a anlise do seu porte. O intuito verificar se existe uma relao entre o tamanho ea manuteno do ritmo de crescimento acelerado.
Os dados da Tabela 5 revelam que mais de 50% das empresas de alto crescimentopossuam 10 a 49 pessoas ocupadas assalariadas nos trs anos considerados (51,5% em2011, 51,7% em 2012 e 52,4% em 2013). Observa-se tambm que o padro de distribuioda participao relativa do nmero de empresas se manteve constante ao longo dos anos:mais de 90% das empresas de alto crescimento possuam 10 a 249 pessoas ocupadas
assalariadas no trinio 2011-2013. Este resultado sugere a baixa participao das empresascom 250 pessoas mais ocupadas assalariadas entre as de alto crescimento e est de acordocom o encontrado em estudos anteriores (DEMOGRAFIA..., 2013; DEMOGRAFIA..., 2014).No entanto, mesmo que a participao das empresas com 250 pessoas ou mais sejapequena em relao s outras categorias (em torno de 9%), ela elevada em relao taxa verificada em outros pases. Segundo estudo publicado no peridico Monthly LaborReview, do US Bureau of Labor Statistics - BLS, nos Estados Unidos, por exemplo, estataxa era de 2,3% em 2012 (CLAYTON et al., 2013).
O cenrio de protagonismo das empresas com at 249 pessoas ocupadasassalariadas muda ao se considerar as participaes relativas nos totais de pessoal
ocupado e salrios e outras remuneraes. Em 2013, o pessoal ocupado assalariadonas empresas com 10 a 49 pessoas ocupadas representavam 11,0% do total, e essasempresas pagavam 8,7% de salrios e outras remuneraes.
Grfico 10 - Participao das empresas de alto crescimento no saldo dopessoal ocupado assalariado em empresas com 1 pessoa ou mais
ocupada assalariada - Brasil - 2008-2013%
42,6 40,4 41,8 43,8 41,7
57,4 59,6 58,2 56,2 58,3
2008 2009 2010 2011 2012
58,0
42,0
2013
Empresas de alto crescimento Outras empresas
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2005-2013.
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
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Comentrios gerais ________________________________________________________________________________________
As empresas com 250 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, apesar de suabaixa representatividade no total de empresas de alto crescimento, apresentavamuma participao, em 2013, de 63,0% do total de pessoal ocupado assalariado neste
grupo. Essa ordem de grandeza, em torno de 60,0%, se verifica tambm em 2011 e2012. No que concerne participao relativa de salrios e outras remuneraes, asempresas com 250 pessoas ou mais ocupadas assalariadas responderam por umaparcela superior a 67,0% em todos os anos do trinio, com uma tendncia quedaentre 2011 e 2013 (de 68,1% para 67,2%).
IdadeEm 2013, a mdia de idade das empresas de alto crescimento era de 13,9 anos.
Pode-se observar na Tabela 6 que, naquele ano, 79,6% das empresas de alto crescimento
estavam concentradas na faixa at 20 anos, participao relativamente constante nos trsanos analisados. Esta faixa de idade tambm concentrava 68,0% do pessoal ocupadoassalariado e pagava 66,0% do total de salrios e outras remuneraes. Entre 2012 e 2013,nas empresas com at 20 anos de idade, houve um aumento da participao no total desalrios e outras remuneraes, de 62,7% para 66,0%, e uma reduo da participao nototal de pessoal ocupado assalariado, de 68,3% para 68,0%.
Em contrapartida, as empresas com mais de 40 anos de idade representavam
2,7% do total de empresas de alto crescimento em 2013. Contudo, apesar de sua baixa
representatividade, essas empresas ocupavam 8,8% do pessoal ocupado assalariado
e pagavam 11,3% dos salrios e outras remuneraes. Dentre as faixas de idade
consideradas, a de maior participao nas variveis selecionadas no trinio a faixamaior que 10 at 20 anos. Por fim, vale destacar que a faixa de 3 at 5 anos corresponde
s empresas gazelas, cujas caractersticas sero discutidas em detalhes a seguir.
2011 2012 2013
Empresas com 10 a 49 pessoas ocupadas
assalariadas 51,5 51,7 52,4
Empresas com 50 a 249 pessoas ocupadas
assalariadas 38,9 38,9 38,3
Empresas com 250 pessoas ou mais
ocupadas assalariadas 9,6 9,4 9,4
Empresas com 10 a 49 pessoas ocupadas
assalariadas 11,1 10,9 11,0
Empresas com 50 a 249 pessoas ocupadas
assalariadas 27,1 26,3 26,0
Empresas com 250 pessoas ou mais
ocupadas assalariadas 61,8 62,9 63,0
Empresas com 10 a 49 pessoas ocupadas
assalariadas 8,3 8,3 8,7
Empresas com 50 a 249 pessoas ocupadas
assalariadas 23,6 24,2 24,2
Empresas com 250 pessoas ou mais
ocupadas assalariadas 68,1 67,5 67,2
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Participao relativa do pessoal ocupado assalariado (%)
Participao relativa de salrio e outras remuneraes (%)
Tabela 5 - Empresas de alto crescimento, por variveis selecionadas,
segundo o porte da empresa - Brasil - 2011-2013
Porte da empresaEmpresas de alto crescimento
Participao relativa do nmero de empresas (%)
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Sexo e nvel de escolaridade do pessoal ocupadoassalariado
Por conta do seu grande potencial de gerao de emprego, conhecer o perfildo pessoal que est sendo ocupado nas empresas de alto crescimento, como sexo eescolaridade, ajuda a compreender o fenmeno do alto crescimento. Com esse intuito,a Tabela 7 detalha o percentual de pessoal ocupado assalariado nessas empresas,segundo tais caractersticas.
Entre 2011 e 2013, houve um aumento da participao feminina no mercado detrabalho brasileiro como um todo. Esta tendncia se verifica tanto nas empresas dealto crescimento (de 33,0% para 34,9%) quanto nas empresas ativas com 10 pessoasou mais ocupadas assalariadas (de 34,9% para 36,0%). Apesar desse aumento, aparticipao das mulheres nas empresas de alto crescimento ainda 30,0 pontospercentuais, aproximadamente, menor do que a participao dos homens. Alm disso,as empresas ativas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas apresentaramum percentual de mulheres empregadas acima do verificado nas empresas de altocrescimento, nos trs anos investigados.
Em relao ao nvel de escolaridade21, entre 2011 e 2013, a participao dopessoal ocupado assalariado com ensino superior completo passou de 11,0% para12,2% nas empresas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas. J nas empresasde alto crescimento, a variao foi menor, passando de 9,9% para 10,0%.
Nos trs anos analisados, os percentuais de pessoal ocupado assalariado comensino superior completo nas empresas de alto crescimento foram, aproximadamente,2,0 pontos percentuais menores do que os observados nas empresas com 10 pessoasou mais ocupadas assalariadas. Estes resultados podem indicar que a gerao depostos de trabalho nas empresas de alto crescimento no necessariamente estassociada a funes que exigem mo de obra qualificada.
21Considera-se que um indivduo possui ensino superior completo caso tenha algum dos seguintes graus de instruo:graduao completa, ps-graduao incompleta ou completa, mestrado incompleto ou completo, doutorado incompletoou completo.
2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013
De 3 at 5 anos 12,4 13,3 13,6 8,1 8,0 8,2 7,5 7,2 7,6
Maior que 5 e at 10 anos 30,2 29,8 30,2 23,2 23,9 23,8 19,8 21,4 22,5
Maior que 10 e at 20 anos 37,3 36,9 35,8 37,5 36,4 36,0 35,6 34,0 35,9
Maior que 20 e at 30 anos 13,3 13,0 13,4 15,5 13,6 14,5 16,6 13,1 13,8
Maior que 30 e at 40 anos 4,4 4,6 4,4 8,0 9,2 8,7 8,7 11,1 8,9
Maior que 40 anos 2,4 2,4 2,7 7,7 8,9 8,8 11,8 13,2 11,3
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 6 - Participao relativa das empresas de alto crescimento,
por variveis selecionadas, segundo as faixas de idade das empresas
Brasil - 2011-2013
Faixas de idade
das empresasNmero de empresas
Total de pessoal
ocupado assalariado
Salrios e
outras remuneraes
Participao relativa de empresas de alto crescimento (%)
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Empresas gazelasEste tpico se debrua sobre as empresas gazelas, que representam um subconjunto
das empresas de alto crescimento formado por empresas mais jovens. Dando continuidadeao relatrio anterior, o conceito de gazela apresentado de acordo com o entendimento doano de referncia para o clculo da idade da empresa (AHMAD; SEYMOR, 2008)22. Assim,empresas gazelas so aquelas com at trs anos de idade no ano inicial de observaoou, dito de outra forma, empresas com at cinco anos de idade no ano de referncia.
A Tabela 8 apresenta o nmero de empresas classificadas como gazelas notrinio 2011-2013. Em 2013, existiam 4 529 empresas gazelas, o que corresponde aum aumento de 5,6% em relao a 2011, quando totalizavam 4 287. A quantidade deempresas deste tipo cresceu 9,0% entre 2011 e 2012, atingindo 4 671, e decresceu3,0% entre 2012 e 2013. J a representatividade das empresas gazelas em relao sempresas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas se manteve relativamenteconstante nos trs anos, em torno de 1%. No tocante sua participao em relaos empresas de alto crescimento, observa-se crescimento durante todo o perodo: de12,4%, em 2011, para 13,6% em 2013.
A Tabela 9 apresenta alguns indicadores interessantes para a anlise dasempresas gazelas. A princpio, pode-se destacar a relativa estabilidade na participaodestas empresas em relao aos outros grupos. No que diz respeito ao nmero de
empresas, a comparao com as empresas com 1 pessoa ou mais ocupada assalariadamostra que a taxa permaneceu constante em 0,2% e, na comparao com as empresascom 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, observa-se que a participao dasgazelas ficou em torno de 1% nos trs anos.
Em 2013, as 4 529 empresas gazelas ocupavam 1,2% do pessoal ocupadoassalariado nas empresas ativas com 1 pessoa ou mais ocupada assalariada e pagavamR$ 8,1 milhes em salrios e outras remuneraes, o que corresponde a um salrio
22Nas edies anteriores do estudo, foram definidos dois conceitos de empresa gazela: o primeiro, denominado gazela 8,diz respeito empresa de alto crescimento com at oito anos de idade no ano de referncia, enquanto o segundo, gazela 5,se refere empresa de alto crescimento com at cinco anos de idade no ano de referncia. Ambas as classificaes foramadotadas em trabalhos anteriores do IBGE (ESTATSTICAS..., 2012; ESTATSTICAS..., 2013); no entanto, no presente estudo,
optou-se por apresentar, na anlise, apenas o grupo de empresas de alto crescimento classificadas como gazelas 5. Talescolha justifica-se porque os recentes esforos por parte da OCDE e do EUROSTATvo nesta direo. Contudo, a fim demanter a comparabilidade internacional e com os estudos anteriores, ambos os conceitos so tabulados e apresentadosno CD-ROM que acompanha a publicao.
2011 2012 2013 2011 2012 2013
Sexo
Homem 67,0 66,5 65,1 65,1 64,6 64,0
Mulher 33,0 33,5 34,9 34,9 35,4 36,0
Nvel de escolaridade
Ensino superior completo 9,9 9,3 10,0 11,0 11,5 12,2
Sem ensino superior 90,1 90,7 90,0 89,0 88,5 87,8
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 7 - Percentual de pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento
e nas empresas ativas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas,
segundo o sexo e o nvel de escolaridade - Brasil - 2011-2013
Sexo
e
nvel de escolaridade
Percentual de pessoal ocupado assalariado nas empresas (%)
De alto crescimentoAtivas com 10 pessoas ou mais
ocupadas assalariadas
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mdio mensal de 2,3 salrios mnimos. Portanto, apesar do crescimento em termosabsolutos, entre 2011 e 2013, houve uma relativa estabilidade na representatividade dasempresas gazelas, tanto no que diz respeito ao pessoal ocupado assalariado quanto
no que concerne aos salrios e outras remuneraes pagos.
Porte
No que se refere ao tamanho das empresas, em 2013, pode-se observar, no
Grfico 11, que a maioria das empresas das duas categorias consideradas empresas
de alto crescimento e gazelas esto concentradas na faixa de 10 a 49 pessoas
ocupadas assalariadas. A representatividade das empresas desta faixa no total deempresas gazelas foi de 58,6%, taxa superior participao de tais empresas no grupo
das empresas de alto crescimento, 52,4%.
Absoluto
Taxa de
crescimento
em relao
empresas com
10 pessoas
ou mais
ocupadasassalariadas
(%)
Absoluto
Taxa de
crescimento
em relao
empresas com
10 pessoas
ou mais
ocupadasassalariadas
(%)
Taxa de
crescimento
em relao s
empresas de alto
crescimento
(%)
2011 34 528 7,7 4 287 1,0 12,4
2012 35 206 7,6 4 671 1,0 13,3
2013 33 374 7,0 4 529 0,9 13,6
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 8 - Nmero de empresas de alto crescimento e de empresas gazelas,
com indicao das respectivas taxas de crescimento - Brasil - 2011- 2013
De alto crescimento Gazelas
Ano
Nmero de empresas
Especificao 2011 2012 2013
Nmero de empresas 4 287 4 671 4 529
Taxa de crescimento em relao s empresas com
1 pessoa ou mais ocupada assalariada (%) 0,2 0,2 0,2
Taxa de crescimento em relao s empresas com 10
pessoas ou mais ocupadas assalariadas (%) 1,0 1,0 0,9
Pessoal ocupado assalariado 408 690 424 043 407 231
Taxa de crescimento em relao s empresas com
1 pessoa ou mais ocupada assalariada (%) 1,2 1,3 1,2
Salrio e outras remuneraes (1 000 R$) 7 166 869 7 874 772 8 126 559
Taxa de crescimento em relao s empresas com1 pessoa ou mais ocupada assalariada (%) 1,1 1,0 1,0
Salrio mdio mensal absoluto (em salrios minmos) 2,5 2,3 2,3
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 9 - Nmero de empresas, pessoal ocupado assalariado, salrios e outras
remuneraes e salrio mdio mensal das empresas gazelas, com indicao das
respectivas taxas de crescimento - Brasil - 2011-2013
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em 2011, a maior participao relativa de mulheres no pessoal ocupado assalariado(34,9%). Nos anos seguintes, houve uma reverso deste cenrio em favor das empresasgazelas, com 35,9%, em 2012, e 38,4%, em 2013, sendo esta ltima a maior taxa
verificada nos trs anos, em todos os grupos de empresas.Quanto ao nvel de escolaridade, as empresas gazelas apresentaram participao
do pessoal ocupado assalariado com ensino superior completo menor que a observadaentre as empresas de alto crescimento e as empresas ativas com 10 pessoas ou maisocupadas assalariadas. Ademais, houve uma reduo na participao do pessoalocupado assalariado com ensino superior completo entre 2012 e 2013, passando de7,6% para 7,2%. Este movimento foi oposto ao experimentado pelas empresas de altocrescimento e as empresas ativas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, queregistraram, em ambos os casos, aumento de 0,7 ponto percentual na participaoda mo de obra qualificada nesse mesmo perodo.
Anlise setorial das empresas de alto crescimentoA anlise setorial empreendida neste tpico tem como foco as empresas de alto
crescimento e sua representatividade em relao ao total de empresas ativas com 10pessoas ou mais ocupadas assalariadas.
Nmero de empresas: representatividade por atividadeeconmica
A Tabela 12 apresenta a participao das empresas de alto crescimento no total
de empresas ativas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, segundo as sees
da CNAE 2.0, agrupadas em setores de atividades. Em 2013, o setor mais representativo
foi o de Construo (10,5%), seguido pelo de Servios (8,2%) e o de Indstria (7,2%).
J o setor de Comrcio destaca-se pela menor representatividade relativa (5,5%). Por
outro lado, em termos absolutos, a ordem de relevncia dos setores se altera: das
33 374 empresas de alto crescimento, 8 810 esto no setor de Comrcio; 9 948, em
Servios; e o setor de Construo, cuja representatividade em relao s empresas
com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas a mais alta, possui 4 037 empresas.
2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013
Sexo
Homem 65,1 64,6 64,0 67,0 66,5 65,1 67,5 64,1 61,6
Mulher 34,9 35,4 36,0 33,0 33,5 34,9 32,5 35,9 38,4
Nvel de escolaridadeEnsino superior completo 11,0 11,5 12,2 9,9 9,3 10,0 6,8 7,6 7,2
Sem ensino superior 89,0 88,5 87,8 90,1 90,7 90,0 93,2 92,4 92,8
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 11 - Percentual de pessoal ocupado assalariado nas empresas ativas com10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, nas empresas de alto crescimento e
nas empresas gazelas, segundo o sexo e o nvel de escolaridade - Brasil - 2011-2013
Sexo
e
nvel de escolaridade
Percentual de pessoal ocupado assalariado nas empresas (%)
Ativas com
10 pessoas ou mais
ocupadas assalariadas
De alto crescimento Gazelas
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O Grfico 12 apresenta a participao das empresas de alto crescimento no
total de empresas com 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, em 19 sees da
CNAE 2.023, no trinio 2011-2013. Em 2013, assim como no ano anterior, as seguintes
sees se destacaram: Atividades administrativas e servios complementares
(11,1%); Construo (10,5%); gua, esgoto, atividades de gesto de resduos e
descontaminao(10,4%); Atividades financeiras, de seguros e servios relacionados
(10,0%); e Transporte, armazenagem e correio(9,4%). Diferentemente de 2012, a seo
Indstrias extrativasno figura entre as cinco maiores taxas de representatividade.
J as sees com menor representatividade foram: Alojamento e alimentao(4,0%)
e Artes, cultura, esporte e recreao(5,5%). A seo Administrao pblica, defesa
e seguridade social passou da segunda menor representatividade (6,0%), em 2012,
para a quarta menor (5,6%), em 2013.
Entre 2011 e 2013, as empresas de alto crescimento pertencentes a 14 das 19
sees consideradas da CNAE 2.0 reduziram sua participao relativa nas empresas
de 10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas. Dentre as sees consideradas, quatro
merecem destaque no perodo. A maior queda ocorreu na seo Administrao
pblica, defesa e seguridade social(3,3 pontos percentuais). Tal reduo verificou-semajoritariamente entre 2011 e 2012, quando sua representatividade caiu 2,9 pontospercentuais. A participao da seo Construo tambm diminuiu ao longo dosanos (2,2 pontos percentuais), com maior variao no segundo binio 2012-2013 (1,3
ponto percentual). Variaes positivas na participao foram verificadas apenas em
duas sees: Eletricidade e gs(1,2 ponto percentual) e gua, esgoto, atividades degesto de resduos e descontaminao(0,7 ponto percentual).
De alto crescimento
Ativas com 10 pessoas
ou mais ocupadas
assalariadas
Representatividade
das empresas de
alto crescimento no
total das empresas ativas
com 10 pessoas ou mais
ocupadas assalariadas
(%)
Total 33 374 479 237 7,0
Indstria (B+C+D+E) 7 540 104 653 7,2
Servios (H+I+J+K+L+M+N+O) 9 948 121 902 8,2
Construo (F) 4 037 38 624 10,5
Comrcio (G) 8 810 160 019 5,5
Outros (A+P+Q+R+S+T+U) 3 039 45 236 6,7
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2010-2013.
Tabela 12 - Nmero de empresas de alto crescimento e de empresas ativas com
10 pessoas ou mais ocupadas assalariadas, com indicao de representatividade,
segundo as sees da CNAE 2.0 - Brasil - 2013
Sees da CNAE 2.0
Nmero de empesas
23As sees Servios domsticos eOrganismos internacionais e outras instituies extraterritoriaisno so consideradasporque tm representatividade igual a zero nos trs anos considerados. Elas se referem a atividades que, por suasespecificidades, no podem ser tratadas em conjunto com as outras: os servios domsticos remunerados exercidos nombito das famlias e as atividades exercidas em enclaves extraterritoriais.
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_____________________________________________________________________ Estatsticas de Empreendedorismo 2013
Nmero de empresas: distribuio por atividade econmicaDando continuidade anlise setorial das empresas de alto crescimento, a Tabela
13 apresenta a representatividade de cada seo da CNAE 2.0, por ano, no grupo dasempresas de alto crescimento. Em termos relativos, observa-se que, em 2013, as trsprincipais sees foram: Comrcio; reparao de veculos automotores e motocicletas(26,4%);Indstrias de transformao(21,3%); e Construo(12,1%). Estas trs sees sedestacaram por elevadas taxas de participao tambm em 2011 e 2012, enquanto outras,
como Sade humana e servios sociais, e Outras atividades de serviosapresentarambaixa representatividade em todos os anos. Em 2013, das 33,3 mil empresas de altocrescimento, 424 (1,3%) eram da seo Outras atividades de servios.
Grfico 12 - Representatividade das empresas de alto crescimento no total deempresas ativas com 10 pessoasou mais ocupadas assalariadas,
segundo as sees da CNAE 2.0 - Brasil - 2011-2013
2011 2012 2013
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
4,0
5,6
6,1
8,9
6,5
6,4
6,8
6,6
6,9
5,9
8,0
9,1
9,5
10,1
10,0
10,2
9,7
12,6
11,7
4,1
6,1
6,0
6,0
6,2
7,3
6,9
7,0
6,6
7,6
8,0
9,3
9,5
10,1
10,0
10,5
10,1
11,7
11,8
10,5
4,0
5,5
5,5
5,6
5,9
6,3
6,4
6,9
6,9
7,0
7,1
8,2
9,2
9,2
9,4
10,0
10,4
11,1
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0
I Alojamento e alimentao
R Artes, cultura, esporte e recreao
G Comrcio; reparao de veculosautomotores e motocicletas
O Administrao pblica, defesa eseguridade social
S Outras atividades de servios
L Atividades imobilirias
P Educao
Q Sade humana e servios sociais
A Agricultura, pecuria, produo florestal,pesca e aquicultura
D Eletricidade e gs
C Indstrias de transformao
M Atividades profissionais, cientficas e tcnicas
J Informao e comunicao
B Indstrias extrativas
H Transporte, armazenagem e correio
K Atividades financeiras,de seguros e servios relacionados
E gua, esgoto, atividades de gestode resduos e descontaminao
F Construo
N Atividades administrativas e servioscomplementares
%
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Comentrios gerais ________________________________________________________________________________________
No perodo como um todo, de 2011 a 2013, verifica-se que a seo Indstrias detransformaoregistrou a maior reduo no nmero de empresas de alto crescimento(-11,7%), representando uma queda de 2,0 pontos percentuais no trinio. No extremo
oposto, a seo Atividades administrativas e servios complementaresaumentou suaparticipao em 1,0 ponto percentual.
Abso-
luto
Rela-
tivo
(%)
Abso-
luto
Rela-
tivo
(%)
Abso-
luto
Rela-
tivo
(%)
Total 34 528 100,0 35 206 100,0 33 374 100,0
C Indstrias de Transformao 8 050 23,3 7 971 22,6 7 105 21,3
F Construo 4 455 12,9 4 400 12,5 4 037 12,1
G Comrcio; reparao de veculos automotores e motocicletas 9 219 26,7 9 294 26,4 8 810 26,4
H Transporte, armazenagem e correio 2 293 6,6 2 350 6,7 2 298 6,9
I Alojamento e alimentao 1 552 4,5 1 700 4,8 1 759 5,3
J Informao e comunicao 876 2,5 902 2,6 900 2,7
M Atividades profissionais, cientficas e tcnicas 1 239 3,6 1 367 3,9 1 271 3,8
N Atividades Administrativas e servios complementares 2 923 8,5 3 146 8,9 3 144 9,4
Outras atividades (K+A+B+E+L+R+D+O+T+U) 1 533 4,4 1 552 4,4 1 536 4,6
P Educao 1 313 3,8 1 396 4,0 1 385 4,1
Q Sade humana e servios sociais 627 1,8 691 2,0 705 2,1
S Outras atividades de servios 448 1,3 437 1,2 424 1,3
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 13 - Distribuio das empresas de alto crescimento,
segundo as sees da CNAE 2.0 - Brasil - 2011-2013
Sees da CNAE 2.0
Distribuio das empresas de alto crescimento
2011 2012 2013
Pessoal ocupado assalariado: distribuiopor atividade econmica
Na Tabela 14, apresentada a distribuio do pessoal ocupado assalariado dasempresas de alto crescimento, segundo as sees de atividade da CNAE 2.0, por ano. Em2013, as atividades que mais ocupavam eram tambm as de maior representatividadeno total de empresas de alto crescimento, sendo elas: Indstrias de transformao,Construo, e Comrcio; reparao de veculos automotores e motocicletas. Valedestacar tambm que as empresas da seo Atividades administrativas e servios
complementares, que representavam apenas 9,4% das empresas de alto crescimentoem 2013, ocupavam, nesse ano, 18,8% do pessoal ocupado assalariado.
Os dados indicam que as empresas que mais empregaram, em 2013, foramas das sees: Indstrias de transformao (22,5%); Atividades administrativas eservios complementares(18,8%); Comrcio; reparao de veculos automotores emotocicletas(17,7%); e Construo(16,1%). Por outro lado, sees como Administraopblica, defesa e seguridade social, bem como Eletricidade e gs apresentaramrepresentatividade prxima de zero no trinio analisado.
Ao considerar as empresas de alto crescimento no perodo de 2011 a 2013, osdados da Tabela 14 sugerem uma relativa estabilidade na distribuio do pessoal ocupado
assalariado entre as sees. Dentre as excees, destacam-seAtividades administrativase servios complementares, cuja participao aumentou 2,5 pontos percentuais, eConstruo, que reduziu 1,3 ponto percentual sua participao nesse perodo.
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Entre 2011 e 2013, houve uma reduo de 58,1 mil postos de trabalho nasempresas de alto crescimento, representando uma queda de 1,2% no trinio. Assim,tal movimento indica uma relativa estabilidade no estoque de postos de trabalho nas
empresas de alto crescimento no perodo considerado. Segundo os dados levantados,das 21 sees da CNAE 2.0, apenas oito tiveram variao positiva de pessoalocupado assalariado no perodo analisado, e dentre elas destacam-se: Atividadesadministrativas e servios complementares, Alojamento e alimentao, e Comrcio;reparao de veculos automotores e motocicletas. O aumento do pessoal ocupadoassalariado nestas trs sees foi de 206,2 mil pessoas.
Por outro lado, a reduo do pessoal ocupado assalariado nas empresas dealto crescimento justifica-se, principalmente, pela queda, em termos absolutos, dassees: Construo; Indstrias de transformao; Atividades financeiras, de seguros eservios relacionados; Transporte, armazenagem e correio; e Atividades profissionais,cientficas e tcnicas. Estas cinco sees respondem por uma reduo de 278,2 milpostos de trabalho no estoque de postos das empresas de alto crescimento.
Abso-luto
Rela-tivo(%)
Abso-luto
Rela-tivo(%)
Abso-luto
Rela-tivo(%)
Total 5 035 464 100,0 5 285 197 100,0 4 977 380 100,0
A Agricultura, pecuria, produo florestal, pesca e aqui-cultura 81 149 1,6 80 158 1,5 70 104 1,4
B Indstrias extrativas 33 072 0,7 36 159 0,7 31 858 0,6
C Indstrias de Transformao 1 188 217 23,6 1 134 264 21,5 1 121 083 22,5
D Eletricidade e gs 1 701 0,0 2 579 0,0 2 741 0,1E gua, esgoto, atividades de gesto de resduos e des-contaminao 33 154 0,7 50 396 1,0 46 832 0,9
F Construo 874 888 17,4 906 693 17,2 799 179 16,1G Comrcio; reparao de veculos automotores e moto-cicletas 851 786 16,9 925 715 17,5 882 887 17,7
H Transporte, armazenagem e correio 368 888 7,3 364 834 6,9 322 516 6,5
I Alojamento e alimentao 115 449 2,3 161 708 3,1 175 497 3,5
J Informao e comunicao 156 164 3,1 132 669 2,5 160 537 3,2K Atividades financeiras, de seguros e servios relacio-nados 119 036 2,4 66 942 1,3 63 863 1,3
L Atividades imobilirias 14 308 0,3 17 018 0,3 12 563 0,3
M Atividades profissionais, cientficas e tcnicas 148 692 3,0 143 457 2,7 114 868 2,3
N Atividades administrativas e servios complementares 822 530 16,3 1 035 935 19,6 937 531 18,8
O Administrao pblica, defesa e seguridade social 2 408 0,0 2 948 0,1 3 761 0,1
P Educao 80 808 1,6 77 620 1,5 79 813 1,6
Q Sade humana e servios sociais 99 074 2,0 103 175 2,0 114 100 2,3
R Artes, cultura, esporte e recreao 13 495 0,3 13 999 0,3 9 516 0,2
S Outras atividades de servios 30 645 0,6 28 928 0,5 28 131 0,6
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2008-2013.
Tabela 14 - Distribuio do pessoal ocupado assalariado nas empresas de
alto crescimento, segundo as sees da CNAE 2.0 - Brasil - 2011-2013
Sees da CNAE