Estatuto Dos Servidores de Maceió

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LEI N 4.973

INSTITUI O ESTATUTO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE MACEI

TTULO I

CAPTULO NICO - DAS DISPOSIES PRELIMINARES

Art. 1 - Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Municipais de Macei.

Art. 2 - Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico.

Art. 3 - Cargo Pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor, criado por lei.

Art. 4 - Jornada de trabalho a durao normal do trabalho, nas atividades desenvolvidas pelo servidor, que no exceder a 06 (seis) horas dirias ou 30 (trinta) horas semanais, ressalvadas excees previstas nesta lei.

Art. 5 - Os cargos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros e aos estrangeiros que preencham os requisitos, na forma da lei.

Pargrafo nico A investidura em cargo pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas e ttulos, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao.

Art. 6 - So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:

I a nacionalidade brasileira ou estrangeira na forma da Lei;

II - o gozo dos direitos polticos;

III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

V - a idade mnima de dezoito anos;

VI aptido fsica e mental.

Pargrafo nico Asa atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em Lei.

Art. 7 - As funes de confiana exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e os cargos em comisso a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em Lei, destinam-se, apenas, s atribuies de direo, chefia e assessoramento.

OBS: Revogado o Pargrafo nico do Art. 7 da Lei n 4.973/00. Dando outras providncias.Em

14/04/00.Art. 8 - proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Art. 9 - O Poder Executivo instituir Conselho de Poltica de Administrao e Remunerao de Pessoal, na forma prevista em Lei.

TITULO II - DO CARGO, DO PROVIMENTO, VACNCIA, REDISTRIBUIO

E SUBSTITUO.

CAPITULO I - DO PROVIMENTO

Art. 10 Provimento o ato administrativo mediante o qual a autoridade competente efetiva o preenchimento do cargo pblico com a designao do seu titular.

Art. 11 - O Provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

Art. 12 - A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse.

Art. 13 - So formas de provimento:

I - nomeao;

II- readaptao;

III- reintegrao;

IV- reverso; e

V- aproveitamento.

SEO I - DA NOMEAO

Art. 14 - Nomeao o ato formal atravs do qual o poder pblico atribui um determinado cargo a uma pessoa estranha a seus quadros.

Art. 15 A nomeao dar-se-:

I - Em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado ou de carreira de provimento efetivo;

II - Em comisso, inclusive na condio de interino, para os cargos de confiana vagos.

Pargrafo nico O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade.

Art. 16 A nomeao para o cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas de ttulos, obedecidas a ordem de classificao e o prazo de sua validade.

Pargrafo nico Os demais requisitos para o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao Pblica Municipal e seus regulamentos.

Art.17 Compete ao chefe do Poder Executivo em conjunto com o Secretrio Municipal de Administrao, os atos de nomeao, exonerao e demisso de servidores municipais no mbito da Administrao Direta, Autrquica e Fundacional.

SEO II - DA READAPTAO

Art.18 Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica realizada por Junta Mdica Oficial

1 - Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado.

2 - A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

SEO III - DA REINTEGRAO

Art.19 A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

1 - Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observando o disposto no Art.24.

2 - Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante exercer suas atribuies como excedente at a ocorrncia de vaga, sem direito a indenizao.

SEO IV - DA REVERSO

Art. 20 Reverso o retorno atividade, a pedido ou de ofcio do servidor aposentado por invalidez, quando por Junta Mdica Oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria.

Art. 21 A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao.

Pargrafo nico Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia da vaga.

Art.22 No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

SEO V - DO APROVEITAMENTO E DA DISPONIBILIDADE

Art. 23 Aproveitamento o reingresso no servio pblico do servidor estvel posto em disponibilidade, em outro cargo de natureza e vencimentos compatveis com o cargo anteriormente ocupado.

Art. 24 O Servidor posto em disponibilidade por extino do cargo ou declarao de sua desnecessidade perceber remunerao proporcional ao tempo de servio at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Art. 25 O Conselho de Poltica de Administrao e Remunerao de Pessoal determinar o imediato aproveitamento do servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica Municipal.

Art. 26 O Servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do Conselho de Poltica de Administrao e Remunerao de Pessoal, at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade.

Pargrafo nico Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada, por Junta Mdica Oficial.

CAPITULO II - DO CONCURSO PBLICO

Art. 27 O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, admitida a sua realizao em duas etapas consoante dispuserem a Lei e o Regulamento expresso no respectivo edital.

Art. 28 O prazo de validade do concurso ser de 02 (dois) anos prorrogvel uma nica vez por igual perodo.

Art. 29 Fica assegurado s pessoas portadoras de deficincia o direito de inscrever-se em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras, sendo reservadas at 20% das vagas oferecidas no concurso.

Art. 30 As condies de realizao e prazo de validade do concurso sero obrigatoriamente fixados em edital que ser publicado no Dirio Oficial do Municpio.

Art. 31 Enquanto houver candidato aprovado em concurso com prazo de validade no expirado, no ser aberto novo concurso para o respectivo cargo.

Art. 32 vedada a realizao de concurso interno e nula qualquer nomeao feita com base neste tipo de seleo.

SEO I - DA POSSE

Art. 33 A posse a investidura do servidor em cargo pblico e dar-se- pela assinatura do respectivo termo.

1 - A posse ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicao do ato de provimento, sendo vedada a prorrogao.

2 - Em no ocorrendo a posse no prazo previsto no pargrafo anterior, o ato de nomeao ficar automaticamente sem efeito.

3 - A posse poder dar-se mediante procurao especfica lavrada em cartrio.

4 - No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

Art. 34 A posse em cargo pblico de provimento efetivo depender de prvia inspeo mdica, realizada pela Junta Mdica Oficial do municpio, s podendo ser empossado aquele que for julgado apto fsico e mentalmente para o exerccio do cargo.

Art. 35 Cumpre autoridade que der posse verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as condies legais para a investidura.

Art. 36 So competentes para dar posse:

I - No Poder Executivoa) O Prefeito aos Titulares dos rgos da Administrao Direta, Autrquica e Fundacional;

b) O Secretrio de Administrao aos demais Cargos de Provimento Efetivo ou em Comisso da Administrao Direta, Autrquica e Fundacional.

II No Poder Legislativoa) O Presidente da Cmara aos nomeados para Cargos de Provimento em Comisso;

b) O Secretrio da Cmara aos nomeados para Cargos de Provimento Efetivo.

SEO II - DO EXERCCIO

Art. 37 Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou funo de confiana.

1 - de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse.

2 - O servidor ser exonerado de ofcio do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana se no entrar em exerccio no prazo previsto no pargrafo anterior.

3 - Cabe autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor, dar-lhe exerccio.

4 - O servidor ter direito ao vencimento a partir da data em que entrar em exerccio.

Art. 38 O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a 30 (trinta) dias da publicao.

SEO III - DO ESTGIO PROBATRIO

Art. 39 Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 36 (trinta e seis) meses durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao peridica para o desempenho do cargo, na forma da Lei, por comisso instituda para essa finalidade.

1 - assegurado o prazo de 02 (dois) anos de efetivo exerccio para aquisio da estabilidade aos servidores em estgio probatrio, at a data da publicao da Emenda Constitucional n 19, de 04 de junho de 1998.

2 - A sistemtica de avaliao de desempenho ser regulamentada mediante Decreto do Poder Executivo Municipal.

Art. 40 No ser concedido ao servidor em estgio probatrio a percepo de vantagens pecunirias a qualquer ttulo ou fundamento, exceto quando inerentes natureza do cargo.

Art. 41 O Servidor em Estgio Probatrio no poder ser cedido para ter exerccio em outra unidade administrativa, exceto, quando nomeado para cargo de provimento em comisso na administrao pblica federal, estadual ou municipal, sendo vedada a contagem deste tempo para efeito de estgio probatrio.

Art. 42 Ser concedido ao servidor em estgio probatrio as seguintes licenas e afastamentos:

I - para tratamento de sade;

II - doena em pessoa da famlia;

III - afastamento do cnjuge ou companheiro(a)

IV - servio militar obrigatrio;

V - desempenho de mandato classista;

VI - atividade poltica;

VII - mandato eletivo;

VIII gestante, adotante e paternidade;

IX - por acidente em servio.

Pargrafo nico Ficar suspenso o estgio probatrio durante o perodo em que o servidor encontrar-se afastado, nas hipteses dos incisos II VII de que trata este artigo, retomando-se a contagem a partir do trmino do impedimento.

SEO IV - DA ESTABILIDADE

Art. 43 So estveis aps trs anos de efetivos exerccios os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico, aps ser considerado apto, atravs de avaliao especial de desempenho, por comisso instituda para essa finalidade.

Art. 44 O servidor pblico estvel s perder o cargo:

I em virtude de sentena judicial transitada em julgado;

II- mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa;

IV - quando as despesas com pessoal ativo e inativo excederem os limites estabelecidos em lei e a reduo em pelo menos 20% (vinte por cento) das despesas com cargos em comisso e funes de confiana e a exonerao dos servidores no estveis, no tenham sido suficientes para assegurar o cumprimento da determinao da lei referida neste artigo;

1 - O servidor estvel somente poder perder o cargo na forma do inciso IV desde que o ato normativo motivado do Poder Executivo especifique a atividade funcional, o rgo ou unidade administrativa objeto da reduo de pessoal e far jus neste caso, a indenizao correspondente a 01 (um) ms de remunerao por ano de servio.

2 - O cargo objeto de reduo prevista no pargrafo anterior ser considerado extinto, vedada a criao de cargo, emprego ou funo com atribuies iguais ou assemelhadas pelo prazo de 04 (quatro) anos.

Art. 45 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, exercer suas atribuies como excedente at a ocorrncia de vaga ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio.

CAPTULO III - DA VACNCIA

Art. 46 A Vacncia do cargo pblico decorrer de:

I - exonerao;

II demisso;

III readaptao;

IV - aposentadoria;

V - falecimento.

Art. 47 A exonerao do cargo efetivo dar-se- a pedido ou de ofcio.

Pargrafo nico A exonerao de ofcio dar-se-:

I quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio;

II quando, tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo estabelecido.

Art. 48 A exonerao do cargo em comisso e a dispensa da funo de confiana dar-se-:

I a juzo da autoridade competente;

II a pedido do prprio servidor.

Art. 49 Demisso a penalidade disciplinar que acarreta a perda do cargo efetivo a servidor que infringir as hipteses previstas no artigo 159, desta Lei.

Pargrafo nico Aos servidores ocupantes de cargo em comisso, aplica-se o disposto no artigo 162.

CAPITULO IV - DA SUBSTITUIO

Art. 50 Os servidores investidos em cargo ou funo de direo ou chefia e os cargos de natureza especial tero substitutos designados por ato do chefe do Poder Executivo Municipal nas seguintes hipteses: frias, viagem a servio e licenas, previstas nesta lei.

Pargrafo nico O substituto assumir automtica e cumulativamente, sem prejuzo do cargo que ocupa, o exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia e os de natureza especial, nos afastamentos constantes no caput deste artigo, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo.

TITULO III - DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPITULO I - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO

Art. 51 Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de Cargo Pblico, com valor fixado em lei.

Pargrafo nico Nenhum servidor receber, titulo de vencimento, importncia inferior ao piso salarial mnimo praticado no municpio.

Art. 52 Remunerao o vencimento do cargo pblico acrescido das vantagens pecunirias estabelecidas em lei.

Pargrafo nico A remunerao do servidor investido em funo ou cargo em comisso ser paga na forma prevista em lei especfica.

Art. 53 A remunerao dos servidores do Quadro de Pessoal do Poder Executivo Municipal, bem assim a dos servidores das autarquias e fundaes pblicas, includas as vantagens de natureza pessoal, corresponder no mximo, a 80% (oitenta por cento) do valor que pago, em espcie, a qualquer ttulo, ao Secretrio Municipal.

Pargrafo nico Os valores, em espcie, a qualquer ttulo, que ultrapassarem o patamar superior da remunerao fixada no caput deste artigo, no existem juridicamente, merc do proibitivo legal e do preceituado no artigo 17 dos ADCT da CF/ 88, devendo o aumento do servidor ser considerado em seu quantificador real, para todos os efeitos, inclusive descontos obrigatrios.

Art. 54 Os Secretrios Municipais e Autoridades equivalentes da Administrao Direta, Autrquica e Fundacional Pblica sero remunerados, exclusivamente, por subsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria.

1 - O subsdio de que trata o caput deste artigo somente poder ser fixado ou alterado por lei especfica, no podendo exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

Art. 55 vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para efeito de remunerao de pessoal do servio pblico municipal.

Art. 56 Os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico, no sero computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores.

Art. 57 O servidor perder:

I - a remunerao dos dias em que faltar ao servio;

II A Parcela da remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias e sadas

antecipadas, iguais ou superiores a 15(quinze) minutos.III - a remunerao dos dias na hiptese de suspenso.

1 - Podero ser abonadas at 02 (duas) faltas durante o ms, a critrio do chefe imediato.

2 - No caso de faltas sucessivas, os dias sem expediente intercalados entre estas, sero computados para efeito de desconto.

Art. 58 Salvo por imposio legal ou mandato judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento.

Art. 59 As reposies e indenizaes ao errio sero descontadas em parcelas mensais no superiores dcima parte da remunerao ou provento, em valores atualizados.

Art. 60 Ao servidor em dbito com o errio, que for demitido, destitudo, exonerado ou que tiver sua aposentadoria

ou disponibilidade cassada, ter prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o dbito.

Art. 61 O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, salvo nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

CAPITULO II - DAS VANTAGENS

Art. 62 Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I - indenizao;

II gratificao;

III adicionais.

1 - As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

2 - As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, somente nos casos e condies indicados em lei.

Art. 63 As vantagens pecunirias no sero computadas, nem acumuladas, para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.SEO I - DAS INDENIZAES

Art. 64 Constituem indenizaes ao servidor:

I - ajuda de custo;

II diria.

Art. 65 Os valores das indenizaes, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidos em regulamento.

Art. 66 Sero pagas ao servidor, antecipadamente, as importncias correspondentes as dirias ou ajuda de custo.

Art. 67 vedada a concesso simultnea de ajuda de custo e diria.

SUBSEO I - DA AJUDA DE CUSTO

Art. 68 A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor, que no interesse pblico, for designado para servio, curso ou outra atividade fora do municpio, por um perodo superior a 30 (trinta) dias.

Art. 69 O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, regressar antes de terminada a incumbncia, pedir exonerao ou abandonar o servio.

SUBSEO II - DAS DIRIAS

Art. 70 o servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento.

1 - A diria ser concedida por dia de afastamento sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando o municpio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias.

Art.71 Tambm no far jus diria o servidor que se desloca dentro da mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou micro-regio constitudas por municpios limtrofes e regularmente institudos, salvo se houver pernoite fora da sede, hiptese em que as dirias pagas sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territrio nacional.

Art. 72 O servidor que recebe dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias.

Pargrafo nico Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto na caput.

SEO II - DAS GRATIFICAES E ADICIONAIS

Art. 73 Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta lei sero deferidos aos servidores as seguintes gratificaes e adicionais:

I - gratificao pelo exerccio de funo de confiana;

II - gratificao natalina;

III gratificao de produtividade;

IV - gratificao pela participao em rgo de deliberao coletiva;

V - adicional pelo exerccio de atividades insalubres ou perigosas;

VI - adicional noturno;

VII adicional de frias.

SUBSEO I - DA GRATIFICAO PELO EXERCCIO DE FUNO DE CONFIANA

Art. 74 Gratificao pelo exerccio de funo de confiana a vantagem acessria ao vencimento, criada por lei para atender a encargos de chefia.

Art. 75 vedado conceder funo gratificada a servidor pelo exerccio de chefia quando esta atividade for inerente ao exerccio do seu cargo.

Pargrafo nico No perder direito gratificao de funo o servidor que se ausente do servio em virtude de frias, luto, casamento e doena comprovada por Junta Mdica Oficial.

SUBSEO II - DA GRATIFICAO NATALINA

Art. 76 A gratificao natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms do exerccio no respectivo ano.

Pargrafo nico A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms integral.

Art. 77 O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio calculada sobre a remunerao do ms da exonerao.

Art. 78 A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria.

SUBSEO III - DA GRATIFICAO DE PRODUTIVIDADE

Art.79 Ser concedida a servidor ocupante de cargo efetivo, gratificao de produtividade, destinada a estimular a produo de atividades especficas na forma e condies previstas em lei.

SUBSEO IV - DA GRATIFICAO PELA PARTICIPAO EM RGOS DE DELIBERAO COLETIVA

Art. 80 Ao servidor pblico municipal que esteja participando, como integrante ou auxiliar, em comisso, em grupo especial de trabalho, em grupo de pesquisa, de apoio e assessoramento tcnico e em rgo de deliberao coletiva, poder ser concedido critrio da administrao, uma vantagem contingente e acessria ao vencimento, a ttulo de gratificao.

1 - A gratificao de que trata o caput deste artigo fica limitada a 70% (setenta por cento) do vencimento e s ser concedida pelo prazo de 06 (seis) meses, podendo ser renovada por igual perodo.

2 - Fica vedada a acumulao de vantagem a ttulo de gratificao sob idntico fundamento.

Art. 81 A designao para participao em comisso na forma do artigo 80, no isenta o servidor do exerccio do cargo em que esteja provido.

SUBSEO V - DO ADICIONAL PELO EXERCCIO DE ATIVIDADE INSALUBRE OU PERIGOSA

Art. 82 Os servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.

1 - O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles.

2 - O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso, no se incorporando ao vencimento ou provento, cabendo ao chefe imediato do servidor comunicar Secretaria de Administrao quando da cessao do direito percepo do referido adicional.

Art. 83 Haver permanente controle das atividades de servidores em operaes ou locais considerados insalubres ou perigosos.

Pargrafo nico A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local e servio salubre e no perigoso.

Art. 84 O servidor que desenvolva atividades e operaes envolvendo agentes biolgicos e passveis de serem considerados insalubres, recebero adicionais nos seguintes percentuais:

1 - Insalubridade de grau mximo 40% para trabalhos ou operaes, em contato permanente com:

I pacientes em isolamento por doenas infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, no previamente esterilizado;

II - carnes, glndulas, vsceras, sangue, ossos, couros, plos e dejees de animais portadores de doenas infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

III esgotos ( galerias e tanques); e

IV - lixo urbano (coleta e industrializao).

2 - Insalubridade de grau mdio 20% para trabalhos e operaes em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante em :

I hospitais, servios de emergncia, enfermaria, ambulatrios, postos de vacinao e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da sade humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, no previamente esterilizados).

II contato em laboratrios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;

III laboratrios de anlise clnica e histo-patologia (aplica-se to somente ao pessoal tcnico);

IV - gabinetes de autpsias, de anatomia e histonotomopatia (aplica-se somente ao pessoal tcnico);

V - cemitrio (exumao de corpos);

VI - estbulos e cavalarias;

VII resduos de animais deteriorados.

3 - Insalubridade de grau mnimo 10% para trabalhos e operaes que envolvam atividades com agentes qumicos:

I atividades permanentes de superfcie nas operaes a seco, com britadores, peneiras e classificadores.

II pintura a pistola ou manual, com pigmentos de compostos de chumbo ao ar livre.

Art. 85 No caso de incidncia de mais um fator de insalubridade, ser considerado para concesso do adicional o de grau mais elevado.

Art. 86 A caracterizao e a classificao de insalubridade e de periculosidade ser realizada obrigatoriamente por Mdico habilitado em Medicina do trabalho, atravs de percia tcnica e preenchimento de Laudo Pericial de caracterizao de insalubridade c/ ou periculosidade, e homologado pela Junta Mdica oficial do Municpio.

Art. 87 A concesso e a cessao dos adicionais sero efetivadas mediante portaria individual ou coletiva do Secretrio Municipal de Administrao emitidas com base nas concluses tcnicas contidas no Laudo Pericial, e publicadas no Dirio Oficial do Municpio.

Art.88 Os servios executados em carter eventual nos locais insalubres ou perigosos, no sero considerados para a concesso dos adicionais.

Art. 89 So considerados atividades ou operaes perigosas, aquelas que, por natureza ou mtodos do trabalho, impliquem no contato permanente com inflamveis, explosivos, com energia eltrica e radiaes ionizantes em condies de risco acentuado.

Art. 90 O trabalho em condies de periculosidade assegura ao servidor um adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o vencimento.

SUBSEO VI - DO ADICIONAL NOTURNO

Art. 91 O servio noturno, prestado em horrio compreendido entre 22 (vinte duas) horas de um dia e 05 (cinco) horas do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinqenta e dois minutos e trinta segundos.

Pargrafo nico Em se tratando de servio extraordinrio, este ser remunerado com acrscimo de 50%(cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho.

SUBSEO VII - DO ADICIONAL DE FRIAS

Art. 92 Ser pago ao servidor, por ocasio de frias, um adicional correspondente a 1/3 da remunerao do perodo das frias.

1 - No caso do servidor exercer funo gratificada ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo.

2 - Nos casos previstos no artigo 95 o adicional ser pago no primeiro semestre do gozo.

SEO II

SUBSEO VIII - DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIO

Art. 93 Ao servidor conceder-se-, anteriormente, a cada ano de efetivo exerccio no municpio, um adicional correspondente a 1%(um por cento), incidente sobre o vencimento de seu cargo efetivo, at o limite de 35 (trinta e cinco) anos.

1 - O servidor ter direito ao adicional a partir do ms em que completar o anunio.

2 - O servidor que exercer cumulativamente mais de um cargo, o clculo do adicional incidir sobre aquele de maior valor.

3 - O servidor efetivo ocupante de cargo em comisso ter o adicional calculado sobre o vencimento desse cargo.

4 - O servidor continuar a perceber, na aposentadoria e na disponibilidade o adicional em cujo gozo se encontrava na atividade.

CAPITULO III - DAS FRIAS

Art. 94 O servidor gozar obrigatoriamente, 30 (trinta) dias consecutivos de frias por ano, independentemente de solicitao, na data correspondente sua admisso nos quadros da Administrao Pblica Municipal de Macei.

1 - Na hiptese de imperiosa necessidade de servio, a Administrao Pblica poder, mediante requerimento do chefe imediato do servidor Secretaria de Administrao, prorrogar o gozo de frias do servidor por um perodo que no poder ultrapassar 180 (cento e oitenta) dias.

2 - Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses de efetivo exerccio.

3 - vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio.

4 - Durante as frias o servidor ter direito ao vencimento e a todas as vantagens do cargo que estiver ocupando.

5 - O servidor exonerado, falecido ou aposentado do cargo efetivo ou em comisso, perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos por ms de efetivo exerccio, ou frao igual ou superior a quinze dias, calculada com base na remunerao do ms em que for publicado o respectivo ato.

Art.95 O servidor que opera direta e permanentemente com raio X ou substncias radioativas gozar 20 (vinte) dias consecutivos de frias por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hiptese a acumulao.

Art. 96 As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarado pela autoridade mxima do rgo ou entidade.

CAPITULO IV - DAS LICENAS

Art. 97 Conceder-se- ao servidor licena:

I para tratamento de sade;

II gestante, adotante e paternidade;

III por acidente em servio;

IV - por motivo de doena em pessoa da famlia;

V - por motivo de afastamento do(a) cnjuge ou companheiro (a);

VI para o servio militar;

VII para atividade poltica;

VIII para capacitao;

IX - para tratar de interesses particulares;

X - para desempenho de mandato classista;

XI - para qualificao profissional.

Art. 98 A licena concedida dentro de 60 (sessenta) dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao.

Art. 99 So competentes para conceder licena:

I - para tratar de interesses particulares e qualificao profissional o Prefeito e o Presidente da Cmara Municipal, conforme o poder;

II - nos demais casos do Poder Executivo o Secretrio Municipal de Administrao.

Art. 100 Terminada a licena, o servidor reassumir o exerccio no primeiro dia til subseqente, exceto, se houver prorrogao.

Pargrafo nico O pedido de prorrogao dever ser apresentado por escrito, at 08 (oito) dias antes de findo o prazo, no podendo o servidor permanecer afastado sem a concluso do processo.

SEO I - DA LICENA PARA TRATAMENTO DE SADE

Art. 101 Ser concedida ao servidor Licena para Tratamento de Sade, a pedido ou de ofcio, com base em percia mdica, sem prejuzo da remunerao a que fizer jus.

Art. 102 Para licena at 03 (trs) dias, a inspeo ser feita por mdico assistente e, se por prazo superior, por Junta Mdica Oficial.

1 - Sempre que necessrio, a inspeo mdica ser realizada na residncia do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

2 - O servidor que durante o mesmo exerccio atingir o limite de 30 (trinta) dias de licena para tratamento de sade, consecutivos ou no, para a concesso de nova licena, independentemente do prazo de sua durao, ser submetido inspeo por Junta Mdica Oficial.

Art. 103 Findo o prazo da licena, o servidor ser submetido a nova inspeo mdica, que concluir pela volta ao servio, pela prorrogao da licena ou pela aposentadoria.

Art. 104 O laudo da Junta Mdica no se referir ao nome ou natureza da doena, salvo quando se tratar de leses produzidas por acidente em servio ou doena profissional.

Art. 105 O servidor que apresentar indcios de leses orgnicas ou funcionais ser submetido a inspeo mdica.

SEO II - DA LICENA, GESTANTE, ADOTANTE E DA LICENA PATERNIDADE

Art. 106 Ser concedida licena servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuzo da remunerao.

1 - A licena poder ter incio no primeiro dia do nono ms de gestao, salvo antecipao por prescrio mdica.

2 - No caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto.

3 - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora ser submetida a exame mdico, e se julgada apta, reassumir o exerccio.

4 - No caso de aborto natural atestado por mdico assistente e homologado por Junta Mdica Oficial, a servidora ter direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 107 Pelo nascimento ou adoo de filhos, o servidor ter direito licena paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos.

Art. 108 Para amamentar o prprio filho, at a idade de seis meses, a servidora lactante ter direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poder ser parcelada em dois perodos de meia hora.

Art. 109 A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criana at 01 (um) ano de idade, ser concedida 90 (noventa) dias de licena remunerada.

Pargrafo nico No caso de adoo ou guarda judicial da criana com mais de 01 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo de 30 (trinta) dias.

SEO III - DA LICENA POR ACIDENTE EM SERVIO

Art. 110 Ser licenciado, com remunerao integral, o servidor acidentado em servio.

Art. 111 Configura acidente em servio o dano fsico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuies do cargo exercido.

Pargrafo nico Equipara-se ao acidente em servio o dano:

I - decorrente de agresso sofrida e no provocada pelo servidor no exerccio do cargo;

II - sofrido no percurso da residncia para o trabalho e vice-versa.

Art. 112 A prova do acidente ser feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogvel quando as circunstncias o exigirem.

SEO IV - DA LICENA POR MOTIVO DE DOENA EM PESSOA DA FAMLIA

Art. 113 Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheiro (a), dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao por Junta Mdica Oficial.

1 - A licena somente ser deferida se a assistncia direta do servidor for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, de acordo com o interesse e convenincia da Administrao Pblica.

2 - A licena ser concedida sem prejuzo da remunerao do cargo efetivo, at 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por mais 30 (trinta) dias mediante parecer da Junta Mdica Oficial e, sem remunerao, vedada a concesso de nova licena antes de decorrido o prazo mnimo de 180 (cento e oitenta) dias.

3 - vedado o exerccio de atividade remunerada enquanto perdurar a licena.

SEO V - DA LICENA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CNJUGE

Art. 114 Poder ser concedida a critrio da Administrao, licena sem remunerao ao servidor efetivo para acompanhar cnjuge ou companheiro (a) que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato efetivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

1 - A licena ser pelo prazo de at 03 (trs) anos consecutivos, prorrogvel uma nica vez por igual perodo.

2 - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo no ser concedida licena para tratar de interesse particular antes do decorrido perodo igual ao do afastamento.

SEO VI - DA LICENA PARA O SERVIO MILITAR

Art. 115 Ao servidor convocado para o servio militar obrigatrio e outros encargos de segurana nacional ser concedida licena, a vista de documentao oficial com prazo e remunerao previsto na legislao especfica.

1 - Descontar-se- da remunerao a importncia que o servidor perceba na qualidade de incorporado, sendo-lhe facultado, entretanto, optar pelo estipndio como militar.

2 - Ao servidor desincorporado ser concedido prazo no excedente a 30 (trinta) dias para reassumir o exerccio sem perda do vencimento.

SEO VII - DA LICENA PARA ATIVIDADE POLITICA

Art. 116 O servidor ter direito a licena, sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral.

1 - O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funes e que exera cargo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou fiscalizao, dele ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dcimo dia seguinte ao do pleito.

2 - A partir do registro da candidatura e at o dcimo dia seguinte ao da eleio, o servidor efetivo far jus licena, assegurada a remunerao do cargo, somente pelo perodo de trs meses.

SEO VIII - DA LICENA PARA CAPACITAO

Art. 117 Aps cada qinqnio de efetivo exerccio, o servidor poder, no interesse da Administrao, afastar- se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at trs meses, para participar de curso de capacitao profissional, devidamente comprovado.

Pargrafo nico Os perodos da licena de que trata o caput no so acumulveis.

SEO IX - DA LICENA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 118 A critrio da Administrao, poder ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estgio probatrio, licena para trato de assuntos particulares pelo prazo de at trs anos consecutivos, sem remunerao, prorrogvel uma nica vez por perodo no superior a esse limite.

1 - A licena poder ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do servio.

2 - No se conceder nova licena antes de decorrido igual perodo do trmino da anterior ou de sua prorrogao.

3 - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo, no ser concedida licena de que trata o artigo 114 desta lei.

SEO X - DA LICENA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

Art. 119 assegurado ao servidor o direito licena com remunerao para o desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe de mbito nacional, estadual ou municipal, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso.

1 - Somente podero ser licenciados servidores eleitos para cargos de direo ou representao, at o mximo de 03 (trs) por entidade devidamente cadastrada.

2 - A licena ter durao igual do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleio, e por uma nica vez.

SEO XI - DA LICENA PARA QUALIFICAO PROFISSIONAL

Art. 120 A critrio da Administrao e no interesse do Servio Pblico poder ser concedida ao servidor que no esteja em estgio probatrio, licena para realizao de cursos de Aperfeioamento, Especializao, Mestrado ou Doutorado, no pas ou no exterior.

1 - A ausncia ser remunerada e no exceder 04 (quatro) anos e, finda, somente decorrido igual perodo, ser permitido novo afastamento.

2 - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo no ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesse particular antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalva a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

CAPITULO V - DOS AFASTAMENTOS

SEO I - DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO RGO OU ENTIDADE

Art. 121 O servidor poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses:

I para exerccio de cargo em comisso com nus para o rgo cessionrio e mediante convnio;

II em casos previstos em Leis especficas.

1 - A cesso far-se- mediante Portaria do Chefe do Poder Executivo Municipal Publicada no Dirio Oficial do Municpio.

Art. 122 Mediante autorizao expressa do Secretrio de Administrao, poder o servidor ser cedido no mbito do Poder Executivo Municipal, por prazo determinado, e nas seguintes hipteses:

I - para compor comisso, grupo especial de trabalho ou grupo de pesquisa;

II - para participar de projetos de natureza especial;

III por imperiosa necessidade do servio, declarada expressamente pelo chefe do Executivo.

1 - O rgo interessado na cesso do servidor nas hipteses previstas nos Incisos I e II dever encaminhar Secretaria Municipal de Administrao, relatrio contendo a natureza do trabalho, plano de trabalho, perfil do profissional necessrio ao cumprimento do plano de trabalho e a durao do plano, programa ou projeto.

SEO II - DO AFASTAMENTO PARA EXERCCIO DE MANDATO ELETIVO

Art. 123 Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposies:

I - tratando-se de mandato Federal ou Estadual, ficar afastado do cargo;

II investido no mandato de Prefeito ou Vice- Prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

III investido no mandato de Vereador;

a) havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo;

b) no havendo contabilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao.

CAPITULO VI - DAS CONCESSES

Art. 124 Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio:

I por 01 (um) dia, para doao de sangue;

II - por 02 (dois) dias, para se alistar como eleitor;

III - por 08 (oito) dias consecutivos em razo de:

a) casamento;

b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, irmos, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela.

CAPITULO VII - DO TEMPO DE SERVIO E DO TEMPO DE CONTRIBUIO

Art. 125 A apurao do tempo de servio ser feita em dias, que sero convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

Art. 126 Considera-se tempo de contribuio, o tempo de servio em que h o efetivo e correspondente recolhimento previdencirio.

Art. 127 - Alm das ausncias ao servio previstas no artigo 124, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude:

I frias;

II exerccio de cargo em comisso ou equivalente, em rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, Municpios e Distrito Federal;

III - participao em programa de treinamento regularmente institudo;

IV - jri e outros servios obrigatrios por Lei;

V - licena;

a) gestante, adotante e paternidade;

b) para tratamento da prpria sade;

c) por motivo de acidente em servio ou doena profissional;

d) para capacitao;

e) por convocao para o servio militar;

f) para qualificao profissional;

g) para tratamento de sade de pessoa da famlia do servidor, pelo perodo remunerado.

CAPITULO VIII - DA AVERBAO DE TEMPO DE SERVIO

Art. 128 Para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recproca de tempo de contribuio na administrao pblica e na atividade privada, rural e urbana, hiptese em que os diversos sistemas de previdncia social se compensaro financeiramente, segundo critrios estabelecidos em lei.

Art. 129 Para efeito de Averbao de Tempo de Servio prestado Unio, aos Estados, aos Municpios e ao Distrito Federal, ser exigida a seguinte prova documental:

I em se tratando de tempo de servio pblico, a declarao do rgo pblico acompanhada de cpia autenticada do ato de nomeao, do termo de posse e da ficha funcional;

II - em se tratando de servio prestado na atividade privada, a certido de tempo de servio emitida pelo Sistema Geral de Previdncia Social.

1 - O tempo de aluno aprendiz de escola pblica profissionalizante exercido entre fevereiro de 1942 a fevereiro de 1959, ser computado para fins de aposentadoria e disponibilidade mediante apresentao de certido emitida pelo rgo competente, desde que comprovada a retribuio pecuniria conta do oramento, admitindo-se como tal o recebimento de alimentao, fardamento, material escolar e parcela de renda auferida com a execuo de encomendas para terceiros.

2 - O tempo de servio apresentado atravs de justificao judicial de tempo de servio que no esteja acompanhada do recolhimento previdencirio correspondente, contar apenas para efeito de disponibilidade.

3 - computado para fins de aposentadoria, o tempo de servio militar obrigatrio.

4 - vedada a contagem cumulativa de tempo de servio prestado concomitantemente em mais de um cargo ou funo de rgo ou entidades dos poderes da Unio, Estado, Distrito Federal e Municpio.

5 - No ser contado para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo de servio prestado na condio de estagirio ou bolsista.

6 - No ser computado para fins de aposentadoria, qualquer tempo de contribuio fictcia.

Art. 130 Tempo de licena prmio por assiduidade, frias ou quaisquer outras formas de tempo fictcio, averbado em ficha funcional do servidor, somente ser levado para clculo de aposentadoria se poca da publicao da Emenda 20 de 16.12.98 da Constituio Federal, o servidor tivesse implementado todos os requisitos necessrios para obteno da aposentadoria.

Art. 131 Considera-se tempo fictcio, todo aquele considerado em lei como tempo de servio pblico para fins de concesso de aposentadoria sem que haja, por parte do servidor, cumulativamente, a prestao de servio e a correspondente contribuio previdenciria.

CAPITULO IX - DA ACUMULAO

Art. 132 vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto quando houver compatibilidade de horrios:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro, tcnico ou cientfico;

c) a de dois cargos privativo de mdico.

1 - A proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder pblico.

2 - A acumulao de cargos, ainda que lcita, fica condicionada comprovao da compatibilidade de horrio.

3 - vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta lei, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao.

Art. 133 O servidor no poder exercer mais de um cargo em comisso, nem ser remunerado pela participao em mais de um rgo de deliberao coletiva.

Art. 134 O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comisso, ficar afastado de ambos os cargos efetivos.

CAPITULO X - DO DIREITO DE PETIO

Art. 135 assegurado ao servidor o direito de requerer aos poderes pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo.

Art. 136 O requerimento ser dirigido autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermdio daquele a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 137 Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira deciso, no podendo ser renovado.

Pargrafo nico O requerimento e o pedido de reconsiderao de que trata o artigo anterior dever ser despachado no prazo de 05 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

Art. 138 Caber recursos:

I do indeferimento do pedido de reconsiderao;

II das decises sobre os recursos sucessivamente interpostos.

1 - O recurso ser dirigido autoridade imediatamente superior que tiver expedido o ato ou proferido a deciso, e, sucessivamente, em escala ascendente, s demais autoridades.

2 - o recurso ser encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 139 O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de recurso de 30 (trinta) dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida.

Art. 140 O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo, a juzo da autoridade competente.

Pargrafo nico Em caso de provimento do pedido de reconsiderao ou de recursos, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado.

Art. 141 O direito de requerer prescreve:

I - em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em Lei.

Pargrafo nico O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado.

Art. 142 O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio.

Art. 143 A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao.

Art. 144 Para o exerccio do direito de petio, assegurada vista do processo ou documento na repartio, ao servidor ou a procurador por ele constitudo.

Art. 145 So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidos neste captulo, salvo motivo de fora maior.

TITULO IV - DO REGIME DISCIPLINAR

CAPITULO I - DOS DEVERES

Art. 146 So deveres do servidor:

I exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo;

II - ser leal s instituies a que servir;

III - observar as normas legais e regulamentares;

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V - atender com presteza:

a) ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) a expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal; e

c) as requisies para a defesa da Fazenda Pblica.

VI levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo;

VII - zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico;

VIII guardar sigilo sobre assunto de repartio;

IX - manter conduta compatvel com a moralidade administrativa;

X - ser assduo e pontual ao servio;

XI tratar com urbanidade as pessoas;

XII representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder.

Pargrafo nico A representao de que trata o inciso XII ser encaminhada pela via hierrquica prpria e apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se, ao representado, ampla defesa.

CAPITULO II - DAS PROIBIES

Art. 147 Ao servidor proibido:

I ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato;

II retirar, sem prvia anuncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio;

III recusar f a documentos pblicos;

IV opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo de servio;

V - promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio;

VI - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associao profissional ou sindical, ou a partido poltico;

VIII manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil;

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica;

X - participar de gerncia ou administrao de empresa privada, de sociedade civil ou exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, quotista ou comanditrio;

XI - atuar, como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou companheiro;

XII receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies;

XIII aceitar comisso, emprego ou penso de estado estrangeiro;

XIV praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV proceder de forma desidiosa;

XVI utilizar pessoal ou recursos materiais de repartio em servios ou atividades particulares:

XVII cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias;

XVIII exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho;

XIX recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

CAPITULO III - DAS RESPONSABILIDADES

Art. 148 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exerccio irregular de suas atribuies.

Art. 149 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuzo ao errio ou a terceiros.

1 - A indenizao de prejuzo dolosamente causado ao errio somente ser liquidada na forma prevista no artigo 57, na falta de outros bens que assegurem a execuo de dbito pela via judicial.

2 - Tratando-se de dano causado a terceiros, responder o servidor perante a Fazenda Pblica, em ao regressiva.

3 - A obrigao de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra ele ser executada, at o limite do valor da herana recebida.

Art. 150 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 151 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou funo.

Art. 152 As sanes civis, penais e administrativas podero cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 153 A responsabilidade administrativa do servidor ser afastada no caso de absolvio criminal que negue a existncia do fato ou sua autoria.

CAPITULO IV - DAS PENALIDADES

Art. 154 So penalidades disciplinares:

I advertncia;

II suspenso;

III demisso;

IV - cassao de aposentadoria ou disponibilidade;

V - destituio de cargo em comisso;

VI destituio de funo gratificada.

Art. 155 Na aplicao das penalidades sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao cometida, os danos que dela provierem para o servio pblico, as circunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

Pargrafo nico O ato de imposio da penalidade mencionar sempre o fundamento legal e a causa da sano disciplinar.

Art. 156 A advertncia ser aplicada por escrito, nos casos de violao de proibio constante do artigo 147, incisos I VIII e de inobservncia das responsabilidades funcionais previstos em lei, regulamentao ou norma interna, que no justifiquem imposio de penalidade mais grave.

Art. 157 A suspenso ser aplicada em caso de reincidncia das faltas punidas com advertncia e de violao das proibies que no tipifiquem infrao sujeita a penalidade de demisso, no podendo exceder de 90 (noventa) dias.

1 - Ser punido com suspenso de at 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeo mdica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinao.

2 - Quando houver convenincia para o servio, a penalidade de suspenso poder ser convertida em multa, na base de 50% (cinqenta por cento) por dia de remunerao, ficando o servidor obrigado a permanecer em servio.

Art. 158 As penalidades de advertncia e de suspenso tero seus registros cancelados, aps o discurso de 03 (trs) e 05 (cinco) anos de efetivo exerccio, respectivamente, se o servidor no houver, nesse perodo, praticado nova infrao disciplinar.

Pargrafo nico O cancelamento da penalidade no surtir efeitos retroativos.

Art. 159 A demisso ser aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administrao pblica;

II abandono do cargo;

III inassiduidade habitual;

IV - improbidade administrativa;

V - incontinncia pblica e conduta escandalosa, na repartio;

VI - insubordinao grave em servio;

VII ofensa fsica, em servio, a servidor ou a particular, salvo em legtima defesa prpria ou de outrem;

VIII aplicao irregular de dinheiro pblico;

IX - revelao de segredo do qual se apropriou em razo do cargo;

X - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio;

XI - corrupo;

XII - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas.

Art. 160 Detectada a qualquer tempo a acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas, a coordenao geral apurao de acumulao ilcita de cargo da SEMAD, notificar o servidor, pessoalmente ou por intermdio de sua chefia imediata, para apresentar opo no prazo improrrogvel de 10 (dez) dias, contados da data da cincia e, na hiptese de omisso, adotar procedimento sumrio para a sua apurao e regularizao imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolver nas seguintes fases:

I - indicao da autoria e a materialidade da transgresso objeto da apurao;

II - encaminhamento comisso de inqurito administrativo no prazo de 03 dias;

III julgamento.

Pargrafo nico Caracterizada a acumulao ilegal e provada, aplicar-se- a pena de demisso, destituio ou cassao de aposentadoria ou disponibilidade em relao aos cargos, empregos ou funes pblicas em regime de acumulao ilegal, hiptese em que rgos ou entidades de vinculao sero comunicados.

Art. 161 Ser cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do servidor que houver praticado, na atividade, falta punvel com a demisso.

Art. 162 - A destituio do cargo em comisso exercido por no ocupante de cargo efetivo ser aplicada nos casos de infrao sujeita s penalidades de suspenso e de demisso, sem prejuzo da ao penal cabvel.

Art. 163 - Configura abandono de cargo a ausncia injustificada do servidor ao servio por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.

Art. 164 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao servio, sem causa justificada, por 30 (trinta) dias, interpoladamente, durante o perodo de 12 (doze) meses.

Art. 165 - Na apurao de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, ser observada especialmente:

I - a indicao da materialidade:

a) na hiptese de abandono de cargo, pela indicao precisa do perodo de ausncia injustificada do servidor ao servio, superior a 15 (quinze) dias.

b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicao dos dias de falta ao servio, sem causa justificada, por perodo igual ou superior a 30 (trinta) dias interpoladamente, durante o perodo de 12 (doze) meses;

Art. 166 As penalidades disciplinares sero aplicadas:

I - pelo Prefeito do Municpio e pelo Presidente da Cmara Municipal, quando se tratar de demisso e cassao de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder;

II pelos titulares dos rgos/entidades nos casos de advertncia e suspenso;

III pela autoridade que houver feito a nomeao, quando se tratar de destituio de cargo em comisso.

Art. 167 A ao disciplinar preservar:

I - em 05 (cinco) anos, quanto s infraes punveis com demisso, cassao de aposentadoria ou disponibilidade e destituio de cargo em comisso;

II em 02 (dois) anos, quanto suspenso;

III em 180(cento e oitenta) dias, quanto advertncia.

1 - O prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

2 - Os prazos de prescrio previstos na lei penal aplicam-se s infraes disciplinares capituladas tambm como crime.

3 - A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a deciso final proferida por autoridade competente.

4 - Interrompido o curso da prescrio, o prazo comear a partir do dia em que cessar interrupo.

Art. 168 A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata, mediante processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

Pargrafo nico Compete ao Conselho de Poltica de Administrao e Remunerao de Pessoal supervisionar e fiscalizar cumprimento do disposto neste artigo.

Art. 169 As denncias sobre irregularidades sero objeto de apurao, desde que contenham a identificao e o endereo do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.

Pargrafo nico Quando o fato narrado no configurar evidente infrao disciplinar ou ilcito penal, a denncia ser arquivada, por falta de objeto.

Art. 170 Sempre que o ilcito praticado pelo servidor ensejar a imposio de penalidade de suspenso por mais de 30 (trinta) dias, de demisso, cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituio de cargo em comisso, ser obrigatria a instaurao de processo disciplinar.

TITULO V - DA SINDICNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

DISCIPLINAR

CAPITULO I - DA SINDICNCIA

Art. 171 Sindicncia administrativa o meio sumrio de elucidao de irregularidades no servio para subsequente instaurao de processo administrativo disciplinar e punio do infrator.

Art. 172 - O processo de sindicncia administrativa ser conduzido por uma comisso de 03 (trs) membros, designados pelo titular da pasta em que ocorrer a irregularidade.

Art. 173 - A sindicncia transcorrer com rapidez, objetividade e preciso, e dever ser concluda no prazo mximo de 15 dias.

CAPITULO II - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 174 - O processo administrativo disciplinar o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infrao praticada no exerccio de suas atribuies, ou que tenha relao com as atribuies do cargo em que se encontre investido.

Art. 175 O processo administrativo disciplinar ser conduzido por uma comisso composta por 05 (cinco) servidores estveis, designados pelo Prefeito Municipal, que indicar, dentre eles, o seu Presidente.

1 - O Presidente da Comisso de que trata o caput deste artigo, ser necessariamente um Procurador do Municpio.

2 - Dos integrantes da comisso de inqurito administrativo, 03 (trs) membros, no mnimo sero Procuradores do Municpio.

3 - A comisso ter como secretrio, servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicao recair em um de seus membros.

4 - A comisso ser renovada a cada ano em 1/3 (um tero).

5 - No poder participar da comisso de sindicncia ou de inqurito, cnjuge, companheiro ou parente de acusado, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau.

Art. 176 A comisso exercer suas atividades com independncia e imparcialidade, assegurado o sigilo necessrio elucidao do fato ou exigido pelo interesse da administrao.

Pargrafo nico As reunies e as audincias das comisses tero carter reservado.

Art. 177 - O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

I instaurao, com a publicao do ato que constituir a comisso;

II inqurito administrativo, que compreende instruo, defesa e relatrio;

III julgamento.

Art. 178 O prazo para a concluso do processo disciplinar no exceder 60 (sessenta) dias, contados da data de instaurao do processo, admitida a sua prorrogao por igual prazo, quando as circunstncias o exigirem.

1 - Sempre que necessrio, a comisso dedicar tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados das atividades habituais, at a entrega do relatrio final.

2 - As reunies da comisso sero registradas em atas que devero detalhar as deliberaes adotadas.

SEO I - DO INQUERITO

Art.179 O inqurito administrativo obedecer ao princpio do contraditrio, assegurada ao acusado, ampla defesa, com a utilizao dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 180 - Na fase do inqurito, a comisso promover a tomada de depoimentos, acareaes, investigaes e diligncias cabveis, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessrio, a tcnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidao dos fatos.

Art. 181 assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermdio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

1 - O presidente da comisso poder denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatrios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

2 - Ser indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovao do fato independer de conhecimento especial de perito.

SEO II - DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 182 Como medida cautelar e afim de que o servidor no venha influir na apurao da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poder determinar o seu afastamento do exerccio do cargo pelo prazo de at 60 (sessenta) dias, sem prejuzo da remunerao, executando-se os valores percebidos a titulo de produtividade.

Pargrafo nico O afastamento poder ser prorrogado por igual prazo, findo o qual, cessaro os seus efeitos ainda que no concludo o processo.

Art. 183 As testemunhas sero intimadas a depor mediante mandato expedido pelo presidente da comisso devendo a segunda via do mandato, com o ciente do interessado, a ser anexado aos autos.

Pargrafo nico Se a testemunha for servidor pblico, a expedio do mandato ser imediatamente comunicada ao chefe da repartio onde serve, com a indicao do dia e hora marcados para inquirio.

Art. 184 O depoimento ser prestado oralmente e reduzido a termo, no sendo lcito a testemunha traz-lo por escrito.

1 - As testemunhas sero inquiridas separadamente.

2 - Na hiptese de depoimentos contraditrios ou que se conflitem, proceder-se- acareao entre os depoentes.

Art. 185 Concluda a inquirio das testemunhas, a comisso promover o interrogatrio do acusado.

1 - No caso de mais de um acusado, cada um deles ser ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declaraes sobre fatos ou circunstncias, ser promovida a acareao entre eles.

2 O procurador do acusado poder assistir ao interrogatrio, bem como inquirio das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-se-lhe, porm, reinquiri-las, por intermdio do Presidente da comisso.

Art. 186 Quando houver dvida sobre a sanidade mental do acusado, a comisso propor a autoridade competente que ele seja submetido exame, por junta mdica oficial, da qual participe pelo menos um mdico psiquiatra.

Pargrafo nico O incidente de sanidade mental ser processado em auto apartado e apenso ao processo principal, aps a expedio do laudo parcial.

Art. 187- Tipificada a infrao disciplinar, ser formulada a indiciao do servidor, com a especificao de fatos a ele imputados e das respectivas provas. 1 - O indiciado ser citado por mandato expedido pelo presidente da comisso para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartio.

2 - Havendo dois ou mais indiciados, o prazo ser comum e de 20 (vinte) dias.

3 - O prazo de defesa poder ser prorrogado pelo dobro, para diligncias reputadas indispensveis.

4 - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cpia da citao, o prazo para defesa contar-se- da data declarada, em termo prprio, pelo membro da comisso que fez a citao, com a assinatura de 02 (duas) testemunhas.

Art. 188 O indiciado que mudar de residncia fica obrigado a comunicar comisso o lugar onde poder ser encontrado.

Art. 189 Achando-se o indiciado em lugar incerto e no sabido, ser citado por edital, publicado no Dirio Oficial do Municpio em jornal de grande circulao na localidade de ltimo domiclio conhecido, para apresentar defesa.

Pargrafo nico Na hiptese deste artigo, o prazo para defesa ser de 15 (quinze) dias, a partir da ltima publicao do edital.

Art. 190 Considerar-se- revel o indiciado que, regulamente citado, no apresentar defesa no prazo legal.

1 - A revelia ser declarada, por termo, nos autos do processo e devolver o prazo para a defesa.

2 - Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designar um servidor como defensor dativo, que dever ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nvel, ou ter nvel de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.

Art. 191 Apreciada a defesa, a comisso elaborar relatrio minucioso, onde resumir as peas principais dos autos e mencionar as provas em que se baseou para formar a sua convico.

1 - O relatrio ser sempre conclusivo quanto inocncia ou responsabilidade do servidor.

2 - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comisso indicar o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstncias agravantes ou atenuantes.

Art. 192 O processo disciplinar, com o relatrio da comisso, ser remetido ao Chefe do Executivo Municipal, para julgamento.

SEO III - DO JULGAMENTO

Art. 193 No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferir a sua deciso.

1 - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alada da autoridade instauradora do processo, este ser encaminhado autoridade competente, que decidir em igual prazo.

2 - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanes, o julgamento caber a autoridade competente para a imposio da pena mais grave.

3 - Se a penalidade prevista for a demisso ou cassao de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caber ao Chefe do Poder Executivo.

4 - Reconhecida pela comisso a inocncia do servidor, a autoridade instauradora do processo determinar o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrria prova dos autos.

Art. 194 O julgamento acatar o relatrio da comisso, salvo quando contrrio as provas dos autos.

Pargrafo nico Quando o relatrio da comisso contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poder, motivadamente, agravar a penalidade proposta abrand-la ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 195 Verificada a ocorrncia de vcio insanvel, a autoridade que determinou a instaurao do processo ou outra de hierarquia superior declarar a sua nulidade, total ou parcial, e ordenar, no mesmo ato, a constituio de outra comisso para instaurao de novo processo.

1 - O julgamento fora do prazo legal no implica nulidade do processo.

2 - A autoridade julgadora que der causa prescrio de que trata o artigo 169, ser responsabilizada civil penal e/ou administrativamente conforme o caso.

Art. 196 Extinta a punibilidade pela prescrio, a autoridade julgadora determinar o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor.

Art. 197 Quando a infrao estiver capitulada como crime, o processo disciplinar ser remetido ao Ministrio Pblico para instaurao da ao penal, ficando transladado na repartio.

Art. 198 O servidor que responder a processo disciplinar s poder ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, aps a concluso do processo e o cumprimento da penalidade, caso aplicada.

Pargrafo nico Ocorrida a exonerao de que trata o artigo 46, Pargrafo nico, Inciso I, o ato ser convertido em demisso, se for o caso.

CAPITULO III - DA REVISO DO PROCESSO

Art. 199 O processo administrativo disciplinar poder ser revisto, a pedido ou de oficio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstncias suscetveis de justificar a inocncia do punido ou a inadequao da penalidade aplicada, obedecidos os prazos de que trata o artigo 167.

1 - Em caso de falecimento, ausncia ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da famlia poder requerer a reviso do processo.

2 - No caso da incapacidade mental do servidor, a reviso ser requerida pelo respectivo curador.

Art. 200 No processo revisional, o nus da prova cabe ao requerente.

Art. 201 A simples alegao de injustia da penalidade no constitui fundamento para a reviso, que requer elementos novos, ainda no apreciados no processo originrio.

Art. 202 O requerimento de reviso do processo ser dirigido ao Secretrio Municipal de Administrao, que, se autorizar a reviso, encaminhar a comisso revisora composta nos moldes do artigo 175 e pargrafos.

Pargrafo nico Deferida a petio, a autoridade competente providenciar a constituio de comisso revisora.

Art. 203 A reviso correr em apenso ao processo originrio.

Pargrafo nico Na petio inicial, o requerente pedir dia e hora para a produo de provas e inquirio das testemunhas que arrolar.

Art. 204 A comisso revisora ter 60 (sessenta) dias para a concluso dos trabalhos.

Art. 205 Aplicam-se aos trabalhos da comisso revisora, no que couber, as normas e procedimentos prprios da comisso do processo administrativo disciplinar.

Pargrafo nico O prazo para julgamento ser de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo no curso do qual a autoridade julgadora poder determinar diligncias.

Art. 206 Julgada procedente a reviso, ser declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relao a destituio do cargo em comisso, que ser convertida em exonerao.

Pargrafo nico Da reviso do processo no poder resultar agravamento de penalidade.

TITULO VI - DO SISTEMA PREVIDENCIRIO

CAPITULO I - DISPOSIES GERAIS

Art. 207 O Sistema de Previdncia do Municpio de Macei, obedecer as regras gerais de organizao e funcionamento de regime prprio de previdncia social, institudo pela lei n 4.846 de 02/07/99, de natureza autrquica vinculado a Chefia do Poder Executivo Municipal.

Art. 208 Os segurados do Sistema de Previdncia do Municpio de Macei so obrigatoriamente todos os servidores pblicos municipais do quadro efetivo ativos e inativos da administrao direta, autrquica e fundacional do Municpio de Macei e do Poder Legislativo Municipal.

Art. 209 - Os benefcios do Sistema de Previdncia Municipal so devidos:

I aos segurados;

a) aposentadoria por invalidez;

b) aposentadoria por idade;

c) aposentadoria por tempo de contribuio;

d) auxilio - natalidade para servidor de baixa renda, na forma da lei.

II aos dependentes;

a) penso por morte;

b) auxilio recluso para os dependentes de servidores de baixa renda, na forma da lei.

Art. 210 So dependentes habilitados como beneficirios do recebimento da penso por morte:

I Penso Vitalcia:

a) o cnjuge;

b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada com percepo de penso alimentcia;

c) o companheiro ou companheira designada que comprove unio estvel, como entidade familiar.

d) a me ou o pai que comprove dependncia econmica exclusiva do servidor.

II Penso Temporria:

a) os filhos at 21 anos de idade e se invlidos enquanto durar a invalidez;

b) a irm ou irmo rfo, at 21 anos de idade se comprovar dependncia econmica exclusiva do servidor falecido e se invlido enquanto durar a invalidez;

c) menor sob guarda e tutela judicial com dependncia econmica exclusiva do servidor at 21 anos de idade e se invlido enquanto durar a invalidez;

1 - A penso vitalcia somente se extinguir com a morte do beneficirio.

2 - A penso temporria se extinguir quando o beneficirio atingir a maioridade, excetuando-se as condies de estudante universitrios que ter prorrogada a extino da penso at 24 anos de idade e de invalidez que se extinguir quando cessada a invalidez.

CAPITULO II - DA APOSENTADORIA

OBS: D nova redao ao inciso II do art. 57 e aos artigos 211 e 239 da Lei n 4.973/00. E d Outras providncias.Passando a vigorar com as seguintes redaes:

Art. 211 O servidor pblico titular do cargo efetivo ter direito a aposentadoria na forma de que dispe o Art. 40 da Constituio Federal.Art. 211 o servidor pblico titular de cargo efetivo que tomar posse no servio pblico a partir de 16/12/98, ter direito a aposentadoria:

I por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em lei;

1 - Considera-se, para os efeitos da lei, doena grave, contagiosa ou incurvel, cardiopatia grave, cegueira total, doenas contagiosas graves, neoplasia maligna, doenas neurolgicas com seqelas que tragam graves limitaes funcionais, mutilaes de membros com impossibilidade do uso de prtese ou perda total da capacidade funcional, alteraes das faculdades mentais com grave perturbao da vida orgnica e social, doenas que exijam permanncia contnua no leito e doenas que tragam incapacidade permanente para atividade da vida diria.

2 - Na hiptese do inciso I o servidor ser submetido Junta Mdica Oficial, que atestar a invalidezquando caracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuies do cargo.

3 - A aposentadoria por invalidez ser precedida de licena para tratamento de sade, por perodo no excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

4 - Expirado o perodo de licena e no estando em condies de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor ser aposentado.

5 - O lapso de tempo compreendido entre o trmino da licena e a publicao do ato da aposentadoria ser considerado como de prorrogao da licena.

II Compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio;

III Voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies:

a) Sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher.

b) Sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio.

Art. 212 Os proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero calculados com base na remunerao do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria, na forma da lei.

Art. 213 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata esta lei, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, definidos em lei.

Art. 214 Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos, em relao aos disposto no inciso III do artigo 211, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.

Art. 215 assegurada a concesso de aposentadoria e penso, a qualquer tempo, aos servidores pblicos e aos seus dependentes que, at 16 de dezembro de 1998, tenham cumprido os requisitos para a obteno destes benefcios com base nos critrios da legislao ento vigente.

1 - O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigncias para aposentadoria integral e que opte por permanecer em atividade, far jus iseno da contribuio previdenciria, at completar as exigncias para aposentadoria contidas no artigo 211, III, a, desta lei.

2 - Os proventos da aposentadoria a ser concedida aos servidores pblicos referidos no caput, em termos integrais ou proporcionais ao tempo de servio j exercido at a data de publicao da Emenda 20 Constituio Federal, de 16/12/98, bem como as penses de seus dependentes, sero calculados de acordo com a legislao em vigor poca em que foram atendidas as prescries nelas estabelecidas para a concesso destes benefcios ou nas condies da legislao vigente.

3 - So mantidos todos os direitos e garantias assegurados nas disposies constitucionais vigentes data de publicao da Emenda 20, de 16 de dezembro de 1998, aos servidores inativos e pensionistas, bem como aqueles que j cumpriram, at aquela data, os requisitos para usufrurem tais direitos, observado o disposto no artigo 53 desta lei.

Art. 216 Observado o disposto no artigo 126 desta lei, o tempo de servio considerado pela legislao vigente para efeito de aposentadoria, cumprido at que a lei discipline a matria, ser contado como tempo de contribuio.

Art. 217 Observado o disposto no artigo 220 desta lei e ressalvado o direito de opo aposentadoria pelas normas por ela estabelecida, assegurado o direito aposentadoria voluntria com proventos calculados de acordo com o artigo 211 desta lei, aquele que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo na administrao pblica direta, autrquica e fundacional, at a data da publicao da Emenda 20/98 C.F., quando o servidor, cumulativamente:

I tiver cinqenta e trs anos de idade, se homem, e quarenta e oito anos de idade, se mulher;

II tiver cinco anos de efetivo exerccio no cargo em que se dar a aposentadoria;

III - contar tempo de contribuio igual, no mnimo, soma de:

a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher; ou

b) um perodo adicional de contribuio equivalente a vinte por cento do tempo que, na data da publicao da Emenda 20/98 C.F., faltaria para atingir o limite de tempo constante da alnea anterior.

1 - O servidor de que trata este artigo, desde que defendido o disposto em seus incisos I e II, e observado o disposto no artigo 220 desta lei, pode aposentar-se com proventos proporcionais ao tempo de contribuio, quando atendidas as seguintes condies:

I contar tempo de contribuio igual, no mnimo, soma de:

a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; ou

b) um perodo adicional de contribuio equivalente a quarenta por cento do tempo que, na data da publicao da Emenda 20/98 C.F., faltaria para atingir o limite de tempo constante da alnea anterior.

II Os proventos da aposentadoria proporcional sero equivalentes a setenta por cento do valor mximo que o servidor poderia obter de acordo com o caput, acrescido de cinco por cento por ano de contribuio que supere a soma a que se refere o inciso anterior, at o limite de cem por cento.

2 - O professor da rede municipal de ensino que, at a data da publicao da Emenda 20/98, tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput, ter o tempo de servio exercido at a publicao da Emenda 20/98, contado com o acrscimo de dezessete por cento, se homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, exclusivamente, com tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio.

3 - O servidor de que trata este artigo que, aps completar as exigncias para aposentadoria estabelecidas no caput, permanecer em atividade, far jus iseno da contribuio previdenciria at completar as exigncias para aposentadoria contidas no artigo 211, III, a.

Art. 218 Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na forma da Constituio Federal, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria a conta do regime de previdncia municipal.

Art. 219 Observado o disposto no artigo 37, XI, da C. F., os proventos de aposentadoria e as penses sero revistos na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefcios ou vantagens posteriores concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso, na forma da lei.

Art. 220 O tempo de contribuio federal, estadual, ou municipal ser contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade.

Art. 221 vedado qualquer forma de contagem de tempo de contribuio fictcio.

CAPITULO III - DA PENSO

Art. 222 A penso poder ser requerida a qualquer tempo, preservando to somente as prestaes exigveis h mais de 05 (cinco) anos.

Pargrafo nico Concedida a penso, qualquer prova posterior ou habilitao tardia que implique excluso de beneficirio ou reduo de penso s produzir efeitos a partir da data em que for oferecida.

Art. 223 No faz jus penso o beneficirio condenado pela prtica de crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor.

Art. 224 Ser concedida penso provisria por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:

I declarao de ausncia, pela autoridade judiciria competente;

II desaparecimento em desabamento, inundao, incndio ou acidente no caracterizado como em servio;

III desaparecimento no desempenho das atribuies do cargo ou em misso de segurana.

Pargrafo nico A penso provisria ser transformada em vitalcia ou temporria, conforme o caso, decorrido 05(cinco) anos de sua vigncia, ressalvando o eventual reaparecimento do servidor, hiptese em que o beneficio ser automaticamente cancelado.

Art. 225 O beneficio da penso por morte ser igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no artigo 222 desta lei.

Art. 226 Ressalvado o direito de opo, vedada a percepo cumulativa de mais de duas penses.

CAPITULO IV - DO AUXILIO RECLUSO

Art. 227 devido famlia de servidor de baixa renda, auxlio recluso, na forma da lei.

Pargrafo nico At que a lei discipline o acesso ao auxilio-recluso, o beneficio ser corrigido pelos mesmos ndices aplicados aos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social.

TITULO VII - DOS BENEFICIOS

CAPITULO I - DO SALRIO FAMILIA

Art. 228 O salrio famlia devido ao servidor ativo ou ao inativo de baixa renda, por dependente econmico, na forma da lei.

Pargrafo nico Considera-se dependentes econmicos para efeito de percepo do salrio-famlia:

I O cnjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados at 21 (vinte um) anos de idade ou, se estudante, at 24 (vinte quatro) anos ou, se invlido, de qualquer idade.

II O menor de 21 (vinte um) anos que, mediante autorizao judicial, viver na companhia e as expensas do servidor ou do inativo;

III A me e o pai sem economia prpria.

Art. 229 No se configura a dependncia econmica quando o beneficirio do salrio-famlia perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive penso ou provento de aposentadoria.

Art. 230 Quando o pai e a me forem servidores pblicos e viverem em comum, o salrio-famlia ser pago a um deles; quando separados, ser pago a um outro, de acordo com a distribuio dos dependentes.

Pargrafo nico Ao pai e me equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 231 O salrio-famlia no est sujeito a qualquer tributo, nem servir de base para qualquer contribuio, inclusive para a Previdncia Social.

CAPITULO II - DO AUXILIO FUNERAL

Art. 232 O Auxlio-Funeral devido famlia do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a trs vezes o menor salrio praticado no municpio.

Pargrafo nico O auxilio ser pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento sumarssimo, pessoa da famlia ou terceiro que houver custeado o funeral.

Art. 233 Em caso de falecimento de servidor em servio fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correro conta de recursos da administrao pblica.

TITULO VIII

CAPITULO NICO - DAS DISPOSIES GERAIS

Art. 234 O dia do Servidor Pblico Municipal ser comemorado a 09 (nove) de dezembro.

Art. 235 - Fica instituido para os servidores pblicos municipais da Administrao Direta, Autrquica e Fundacional o