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Goiás na Ponta do Lápis Novidades incentivam participação de alunos Estudantes do colégio Pedro Gomes combatem o Aedes aegypti e adquirem experiências para produzir material do concurso. Págs. 6 e 7 tribunadoplanalto.com.br/escola Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste FOTOS: PAULO JOSÉ Cobranças excessivas dos pais, familiares e sociedade para que o aluno obtenha boas notas e se prepare de forma exaustiva para provas e seleções estão levando crianças e adolescentes a apresentarem graus elevados de ansiedade, com reflexos negativos no processo do aprendizado. Especialistas, como a psicóloga clínica Laís Moreira (foto), explicam que os estudantes precisam ficar atentos e não deixar que as pressões da vida adulta atrapalhem o bom rendimento escolar. Págs. 4 e 5 Ansiedade é inimiga do aprendizado ANO 10 - NÚ ME RO 749 – GO IÂNIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

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Goiás na Ponta do Lápis

Novidades incentivamparticipação de alunosEstudantes do colégio Pedro

Gomes

combatem o Aedes aegypti e adquirem

experiências para produzir material do

concurso. Págs. 6 e 7

tri bu na do pla nal to.com.br/es co la

Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

FOTOS: PAULO JOSÉ

Cobranças excessivas dos pais,familiares e sociedade para queo aluno obtenha boas notas ese prepare de forma exaustivapara provas e seleções estãolevando crianças e adolescentesa apresentarem graus elevadosde ansiedade, com reflexosnegativos no processo doaprendizado. Especialistas,como a psicóloga clínica LaísMoreira (foto), explicam que osestudantes precisam ficaratentos e não deixar que aspressões da vida adultaatrapalhem o bom rendimentoescolar. Págs. 4 e 5

Ansiedadeé inimiga doaprendizado

GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 20168

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Torcedores, atletas e equipe de arbi-tragem são figuras vistas rotineira-mente nos estádios de futebol em diasde jogo. No entanto, o Estádio SerraDourada recebeu uma turma diferentenos bastidores da partida entre os clu-bes goianos Atlético e Anapolina, nodomingo, 10 de abril. Um total 120alunos, com idade entre 10 e 14 anos,participaram de visita promovida peloprojeto “O Árbitro e a Escola”, quebusca ensinar sobre o papel do árbitrono esporte. As crianças e adolescentesacompanharam as etapas da prepara-ção do jogo, além de assistir a rodadado Campeonato Goiano.

A iniciativa é fruto da parceria daPrefeitura de Goiânia, Sindicato dosÁrbitros de Futebol de Goiás (Safego)e a Federação Goiana de Futebol(FGF). Para o gerente de IniciaçãoEsportiva, Esporte Educacional eRendimento, Jair Marinho, o projeto,

além de destacar a figura do árbitro,proporciona conhecimento que podecontribuir para a vida das crianças.

“O maior objetivo é que eles apren-dam a importância do esporte e apren-dam a respeitar as regras, pois, respei-tando as regras de um jogo, eles res-peitarão as regras de convívio emsociedade”, avalia.

Para o presidente do Sindicato dosÁrbitros de Futebol do Estado deGoiás (Safego), Edson Antônio deSousa, a iniciativa tem alcançado bonsresultados.

“Já é o segundo ano do projeto etem sido uma experiência gratificante,o contato direto com jovens e crianças,

onde daremos a nossa contribuiçãopara o futuro da nossa sociedade edaqui sairão torcedores mais conscien-tes e quem sabe futuros árbitros defutebol”, comenta.

DIA DE JOGOO professor da rede municipal,

Adailton Alves, acompanhou os alu-nos durante a visita e elogiou a inicia-tiva pela oportunidade dada às crian-ças e adolescentes.

“É um projeto inédito em Goiás.Muito interessante para as criançasconhecerem a realidade do nosso fute-bol. Tem crianças que nunca vieram aoestádio e, pela primeira vez, estão

vindo. Muitos só viram pela televi-são”.

Para Alves, entre os temas levanta-dos, a disciplina que o árbitro impõeno futebol está entre os mais impor-tantes.

Apesar de ser um esporte com maisadesão de meninos, o futebol tambémse tornou atrativo para a aluna Natáliados Santos Paulino, 10 anos, que soubereconhecer a importância do esporte.

“Eu gosto do projeto, só não gostomuito de futebol, mas é legal porqueajuda a saber de regras, a desenvolvero corpo e a não ser violento”, afirmou.

Já Ângelo Gabriel, 10 anos, estudana Escola Municipal Paulo Teixeira deMendonça e é adepto da bola. O alunopôde conferir de perto um jogo de seutime, o Atlético.

“Aprendi muita coisa sobre o fute-bol, os árbitros e os jogadores. Hojeassisti o meu time jogar”, comentou.

O projeto foi iniciado no segundosemestre de 2015 e prossegue com ati-vidades nas escolas. Marinho explica adinâmica do projeto.

“Os árbitros vão às escolas e minis-tram uma palestra sobre o trabalho dearbitragem, quem são e quem pode serárbitro, além de ressaltar a importân-cia da atividade física para o atleta,uma dedicação que também é exigidado árbitro. Na sequência, os alunosvêm ao estádio e podem ver de perto aexperiência relatada na palestra. Naúltima fase, que é feita na escola, osalunos produzem uma redação sobreo projeto”, detalha.

Visita de alunos da redemunicipal ao Estádio SerraDourada integraprogramação do projeto “OÁrbitro e a Escola”, queaborda temas como aimportância do esporte e adisciplina

Roseneide Ramalho

Entre os alunos, o atleticano Ângelo Gabriel acompanhou o jogo do seu time

ANO 10 - NÚ ME RO 749 – GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

Árbitros ensinam as crianças sobre a função e temas como respeito às regras Visitação dos alunos da rede municipal ao campo do Serra Dourada

Aprendizagem com árbitros de futebol

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2 GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

E S C O L AE S C O L A

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil va

se bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Gerente de ProjetosEnoel Júnior

enoeljunior@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado no jornal Tribuna do Planalto

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

MÔNICA SALVADOR

Educação EM FOCO

Da Redação

Na tarde da última quarta-feira(13/04), um grupo estudantes foi até aReitoria da Universidade Federal de Goiás(UFG) reivindicar o apoio da gestão paracombater casos de assédio e violênciasexual na Universidade. A ação, organiza-da pelas redes sociais, e chamada de 1º Atocontra Assédio e Violência Sexual naUniversidade Federal de Goiás reuniu estu-dantes que relataram casos de abusossofridos dentro da UFG, registraramdenúncias na Ouvidoria e receberam orien-tação sobre como proceder nesses casos.As informações são da Assessoria deComunicação da UFG.O vice-reitor, Manoel Chaves, recebeu

o grupo na Sala de Reuniões do Gabinete eexplicou como funcionam os processosadministrativos e a importância de instalaruma comissão para apurar os casos.Diante da preocupação dos estudantes, ovice-reitor se comprometeu a analisar pro-postas de ações de conscientização sobre oproblema, além acompanhar as investiga-ções e tomar as providências cabíveis noscasos denunciados. Além disso, lembrouque uma campanha sobre assédio sexual emoral já está sendo produzida pelaAssessoria de Comunicação da UFG edeve ser amplamente divulgada nos próxi-mos meses.Casos de assédio e violência sexual

podem ser denunciados na Ouvidoria daUFG, localizada no segundo andar do pré-dio da Reitoria, ou pelo telefone (62) 3521-1149 ou e-mail: [email protected].

ENSINO SUPERIOR

Mais um livro é lançadonoPalácio das EsmeraldasO governador Marconi Perillo e a pri-

meira-dama Valéria Perillo receberam noPalácio das Esmeraldas na noite de terça-feira, 12, a escritora goiana Alba Dayrell(foto) para o lançamento do seu livro“Razão e Emoção”. O lançamento fezparte de uma série de eventos culturaisque o governador Marconi Perillo temrecebido no Palácio ao menos uma vez acada duas semanas. Só este ano já foramnove lançamentos de livros. Incentivadorda cultura goiana, ele ressaltou a impor-tância de valorizar e incentivar os artistase autores locais. Em seu discurso, a secre-tária Raquel Teixeira (Seduce) parabenizou a iniciativa de Marconi em transformar oSalão Gercina Borges em um espaço cultural em Goiás. Toda a renda da comercializa-ção dos livros será doada ao Grupo de Orações São Sebastião, de Goiânia.

Grupo celebra 400 anos da morte de ShakespearePara celebrar os 400 anos de falecimento do dramaturgo inglês William

Shakspeare, que acontece no próximo dia 23 de abril, a Pulo do Gato Arte eComunicação estreia o espetáculo teatral Milk-Shakespeare, uma Ópera-Rock criadaa partir da mistura de três tragédias shakespearianas (Hamlet, Ricardo III eMacbeth). As apresentações ocorrem nos dias 26,27, 28 e 30 de abril no Sesc Centro,Goiânia. Valor do ingresso: R$ 15 (inteira); R$ 7,50 (meia) e R$ 5 (comerciário).

Escola de Governoseleciona instrutoresinternosEstão abertas até o próximo dia 13

de maio as inscrições para a seleção deservidores efetivos e comissionados paraatuar como instrutores internos no pro-grama de capacitação da Escola deGoverno Henrique Santillo. As inscriçõessão presenciais ou por procuração sim-ples, feitas exclusivamente na secretariada Escola de Governo, localizada naRua C-135, Quadra 291, Lote 03, noJardim América, em Goiânia, de segundaa sexta-feira, das 8 às 13 horas e das 14às 20 horas, mediante entrega de docu-mentação encadernada, conforme espe-cificado no edital. Mais informações:(62) 3201-9259

Curso de Informática Básica exclusivo para mulheresCom o objetivo de promover a inclusão digital, a Secretaria Municipal de Políticas

para as Mulheres (SMPM) da Prefeitura de Goiânia, em parceria com o Senac, oferececurso gratuito de Informática Básica, exclusivo para mulheres. Estão disponíveis 20 vagasdistribuídas em duas turmas. As aulas serão realizadas no laboratório de informática daSMPM e acontecerão às segundas-feiras (turma I) e às quartas-feiras (turma II), das 14hàs 18h. A duração do curso é de aproximadamente dois meses. Para garantir a vaga, asinteressadas deverão ter no mínimo 16 anos, preencher o formulário da pré-inscrição(https://goo.gl/jy3SaS) e realizar a matrícula pessoalmente na SMPM (Rua 16 A, nº 350,Setor Aeroporto) até o dia 14/04/2016. Mais informações (62) 3524 2933 / 3524 2934.

Grupo pedeapoio emcasos deassédio eviolênciasexual Reunião foi uma ação organizada

pelas redes sociais

CARLOS SIQUEIRA

DIVULGAÇÃO

Livro defende aimportância das palavrasA palavra ultrapassa o que é

usual, trivial e cotidiano. É o quedefende a escritora carioca AlexandraVieira de Almeida em seu novo livrode poemas intitulado “Dormindo noverbo”. Lançado pela editora Penalux(R$ 34,00) e composto por 67 poe-sias, a obra pretende mostrar a impor-tância da percepção da palavra naconstrução de tudo que nos cerca.Segundo a poetisa, o seu trabalho uneo intelectivo e o linguístico num sócanal. O livro transmite ao leitor aimagem de que o verbo, ou seja, aação, é muito valioso para a recriaçãodo mundo.

GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016 7

A entrega do material de divulgaçãodo Concurso de Redação, Desenho,Fotografia e Vídeo Goiás na Ponta doLápis já foi realizada em todo o estado deGoiás. As 40 subsecretarias de Educaçãojá receberam o material, composto de car-tazes, fôlderes, proposta de organizaçãogeral e regulamento. O gerente de Projetosda Tribuna do Planalto, Enoel Júnior,

concluiu essa fase de entrega do materialde divulgação na semana passada.O professor Juliano Avelar, diretor do

Núcleo Pedagógico na SubsecretariaMetropolitana, diz que os folderes jáforam entregue nas mãos dos estudantesdas 130 escolas estaduais da capital.“Esta edição vai proporcionar um

grande debate no ambiente escolar.

Acreditamos que muitos alunos vãoadquirir aprendizado após a participaçãodo concurso. Isso é o mais importante”,observa o diretor.As Subsecretarias Regionais de

Educação de todo o estado são responsá-veis pela entrega do material às unidadesescolares da rede estadual e também para assecretarias municipais de suas jurisdições.

Professora de português, LudimlaMacedo: Se orgulha em trabalharcom os alunos sobre o concurso

Nathalya Rodrigues: “Vou apresentarum ótimo trabalho”

Estudantes da Escola Estadual Pedro Gomes, em Goiânia estão unidos para combater o Aedes . Além das práticas decombate, os alunos já estão adquirindo experiências para produzir material do concurso

Além ter mais chance de usar a criati-vidade, na 12ª do certame os alunos estãose sentindo à vontade para produzir omaterial, de forma educativa e saudável.Os alunos da Escola Estadual PedroGomes estão brincando com as palavras eo diretor está motivando eles a produziros trabalhos.“Nosso diretor vem nos ajudando

nessa jornada de produção do materialpara o concurso. Até os vídeos, ele vai nosajudar a criar. Queremos todas as edições

dessa forma”, pede Juliana Porto.Para a estudante Nathalya Rodrigues,

de 15 anos, o concurso vai servir para elacolocar no papel as práticas que vemusando no combate ao Aedes.“Eu tenho praticado o combate ao

Aedes e a escola tem me orientado comofazer isso com frequência. Vou apresentarum ótimo trabalho a partir da minhaexperiência. As produções além vão privi-legiar muitos alunos e isso é motivador”,diz Nathalya Rodrigues.

As novidades da 12ª do concursoGoiás na Ponta do Lápis estão despertan-do nos professores desejo maior ainda deorientar os alunos nas diversas formas deproduzir os trabalhos. Essa oportunidadeé observada pelos educadores como umamaneira de avaliar os alunos nas diferen-tes formas de criatividade.Para a professora de português

Ludimila Macedo, que dá aula na EscolaEstadual Pedro Gomes, o concurso acres-centa muito conhecimento para os estu-dantes. Ela lembra que já participou deoutras edições ainda como aluna. Ela sesente privilegiada em saber que quem par-ticipa do certame de alguma forma saivencedor, pois é um aprendizado.“Tenho orgulho de trabalhar com os

alunos sobre o concurso e saber que eletem resultados. Eu achei muito interes-sante as novidades das produções dostrabalhos, porque como professoresvamos avaliar os estudantes de diversasformas. Estamos incentivando eles aapresentarem bons materiais”, diz a pro-fessora.

Brincando com a criatividade

Subsecretarias já têm o material de divulgação

“Já participeide outrasedições aindacomo aluna”

FOTOS: PAULO JOSÉ

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SEDUCE

Fabiola Rodrigues

A 12ª edição do concurso Goiás naPonta do Lápis continua com as inscriçõesabertas até o dia 15 de maio. Este ano,diferentemente das outras edições, os alu-nos que desejam participar precisam reali-zar a inscrição pelo site www.tribunado-planalto.com.br. Vale lembrar aos estudan-tes que fazer o cadastro no site garante aparticipação no concurso. Agora faltamenos de um mês para o encerramentodas inscrições. O maior concurso de reda-ção, desenho, fotografia e vídeo doCentro-Oeste pretende alcançar 1,8milhões de estudantes dos 246 municípiosgoianos.

Para participar, é preciso estar regular-mente matriculado nas redes de ensinoestadual, municipal ou particular emqualquer cidade do estado de Goiás.Realizado pela Tribuna do Planalto comapoio do Governo estadual através daSecretaria de Educação, Cultura eEsporte e Secretaria de Saúde, o certameestá com novidades este ano. Ao contráriodas edições anteriores, os alunos a partirda edição deste ano podem produzir,além das redações, trabalhos nas catego-rias Desenho, Fotografia e Vídeo.

O tema do concurso é “Histórias reaisde combate ao Aedes” e tem como inten-ção envolver e conscientizar toda a comu-nidade escolar, para que se tornem rotinaàs ações de combate ao mosquito Aedesaegypti, causador de doenças como den-gue, chikungunya e zika. Os alunos devemrelatar ações reais de combate ao mosqui-to e as melhores produções serão premia-das com notebooks, tablets, smartphones,bicicletas, medalhas, certificados e bolsasde estudo.

6 GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

Além de terem mais opçõespara usar a criatividade,estudantes estão se sentindoà vontade para produzir omaterial para a 12ª ediçãodo certame

Concurso dá maisliberdade para alunos

Riziery Souza: “Achei muito bom não ter só a opção deredação. Vamos produzir vários trabalhos”

Juliana Porto: “Com as novas modalidades, muitosestudantes estão me falando que vão participar”

Da Redação

Uma comitiva de Rondônia esteveem Goiânia na semana passada paraconhecer o projeto de gestão compar-tilhada com Organizações Sociais naEducação, proposta cuja implementa-ção está em andamento pelaSecretaria de Educação, Cultura eEsporte de Goiás (Seduce) nas escolasda rede pública de ensino. Anfitriã, asecretária Raquel Teixeira recebeu aequipe em seu gabinete, na terça-feira, 12/4, e ainda falou sobre outrosprojetos desenvolvidos pela pasta.

O secretário adjunto de Educaçãode Rondônia, Márcio Félix, disse estarimpressionado com a estrutura daSeduce.

“Realmente tem projetos bemadiantados aqui, principalmente essaquestão das Organizações Sociais.Goiás está um passo à frente detodos os outros Estados. O que ébom tem que ser copiado. Por issoviemos aqui ver como funciona esseprojeto, para copiar e levar atéRondônia”, disse.

Durante o encontro, o secretáriorondoniense explicou que a visitaatende a um pedido do governadorConfúcio Moura, que deseja melho-

rar os índices da Educação estadual.“Nós já temos uma lei para criar

OS na Educação, então agora é traba-lhar para implantar isso, principal-mente na parte da merenda, da lim-peza, da gestão escolar”, explicou.

Raquel Teixeira lembrou que rece-beu recentemente uma comitiva doCeará, que também estava interessa-da em conhecer de perto o projetodas OSs. Ainda falou sobre o orgulhodos últimos índices alcançados pelosalunos da rede estadual.

“Tivemos 47 mil alunos partici-pando do último Enem. Desses, 22mil foram aprovados e conquistaramvagas em universidades. Estamosmuito felizes com os resultados. Issonos motiva a trabalhar para conquis-tar mais números expressivos”,explicou a secretária.

AGENDA

A comitiva de Rondônia se reuniunovamente com técnicos da Seducena quarta-feira, 13, quando conhece-ram os projetos de forma mais apro-fundada. Márcio Félix está emGoiânia acompanhado do diretor exe-cutivo da Seduc-RO, Flávio Cioffi, eda assessora da Casa Civil-RO, MailaAndrade.

Participaram do encontro com atitular da Seduce o procurador-chefeda advocacia setorial, AndersonMáximo, os superintendentesExecutivo, Ivo César Vilela; de Gestão,Planejamento e Finanças, RivaelAguiar; de Ensino Fundamental,Márcia Rocha; de Acompanhamentodos Programas Institucionais, RalphRangel; e de Inteligência Pedagógica,Marcelo Jerônimo.

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Para secretário adjunto deEducação rondoniense,modelo que será implantado“é bom e tem que sercopiado”

O desempenho positivo dosalunos de escolas estaduais goia-nas, conforme explicou RaquelTeixeira, é reflexo dos diversosprojetos em andamento. A equi-pe de trabalho da Seduce queparticipou da reunião com acomitiva de Rondônia explicousuperficialmente cada iniciativa,como as escolas em tempo inte-gral, o currículo referência deGoiás, a Avaliação DirigidaAmostral (ADA) e outras açõesvoltadas aos estudantes.

Outro projeto bastante elogia-do pela comitiva rondoniense foio Goiás 360. Além de oferecerinformações sobre as unidadesda Seduce em todo o Estado nainternet, o programa tambémtem ferramentas internas paragestão. Com um clique é possí-vel acompanhar informaçõessobre escolas, quadro de profes-sores e desempenho dos alunos.

“Achamos o projeto muitointeressante. Ele oferece informa-ção para alunos, comunidadeescolar, população em geral e atépara os órgãos de controle”, elo-giou Márcio Félix.

Secretárioadjunto elogiaprograma Goiás 360

Comitiva de Rondôniaconhece projeto de OS na Educação Secretário de Educação de

Rondônia, Márcio Félix

Secretário Raquel Teixeira falou sobre o orgulho dos últimos índicesalcançados pelos alunos da rede estadual

Os estudantes da Escola EstadualPedro Gomes, em Goiânia estão uni-dos para combater o Aedes e evitar queo ambiente escolar se torne local deproliferação do mosquito. Além dasprát icas de combate , os a lunos jáadquirem experiências para produzirmaterial do concurso. A aluna RizierySouza, de 16 anos, fica contente emajudar no combate.

“Nós estamos fazendo mutirão den-tro da escola. Tiramos dias para aparar agrama, a horta, retirar todos os sacos elatinhas do nosso ambiente de estudo. Éótimo fazer isso com o envolvimento dosmeus colegas de sala. Estamos ajudandoa erradicar o Aedes”, diz a estudante.

As novidades do concurso, como aprodução de desenhos, fotografias evídeos, estão motivando ainda mais osalunos a participarem da edição inova-dora do certame. A estudante RizierySouza, conta que as novas possibilidadesde criar os trabalhos foi motivador.

“Achei muito bom não ter só a opçãode redação. Vamos poder produzir váriostipos de trabalhos relacionados ao tema.A paródia que foi o gênero textual escolhi-do para o ensino médio teve ótima reper-cussão aqui na nossa escola, gostamosmuito. Vai dar para fazer muitos materiaislegais. Podemos usar vários ritmos musi-cais e criar novas músicas”, diz, animada,a estudante.

Riziery Souza faz o terceiro ano doensino médio e conta que seu trabalhoestá quase pronto. Ela vai brincar com umritmo musical infantil envolvendo o com-bate ao mosquito Aedes.

A estudante Juliana Porto, de 15 anos,faz o primeiro ano do ensino médio. Elaadora escrever e diz que as novidades doconcurso vai envolver mais alunos nanova edição.

“Escrever é uma paixão minha, masexistem pessoas que não gostam. E asvezes nem participavam do concursoporque não tinha outra opção. Com asnovas modalidades, muitos estudantesestão me falando que vão participar”,conta a estudante.

GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 20163

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SEDUCE

Fabiola Rodrigues

A 12ª edição do concurso Goiás naPonta do Lápis continua com as inscriçõesabertas até o dia 15 de maio. Este ano,diferentemente das outras edições, os alu-nos que desejam participar precisam reali-zar a inscrição pelo site www.tribunado-planalto.com.br. Vale lembrar aos estudan-tes que fazer o cadastro no site garante aparticipação no concurso. Agora faltamenos de um mês para o encerramentodas inscrições. O maior concurso de reda-ção, desenho, fotografia e vídeo doCentro-Oeste pretende alcançar 1,8milhões de estudantes dos 246 municípiosgoianos.

Para participar, é preciso estar regular-mente matriculado nas redes de ensinoestadual, municipal ou particular emqualquer cidade do estado de Goiás.Realizado pela Tribuna do Planalto comapoio do Governo estadual através daSecretaria de Educação, Cultura eEsporte e Secretaria de Saúde, o certameestá com novidades este ano. Ao contráriodas edições anteriores, os alunos a partirda edição deste ano podem produzir,além das redações, trabalhos nas catego-rias Desenho, Fotografia e Vídeo.

O tema do concurso é “Histórias reaisde combate ao Aedes” e tem como inten-ção envolver e conscientizar toda a comu-nidade escolar, para que se tornem rotinaàs ações de combate ao mosquito Aedesaegypti, causador de doenças como den-gue, chikungunya e zika. Os alunos devemrelatar ações reais de combate ao mosqui-to e as melhores produções serão premia-das com notebooks, tablets, smartphones,bicicletas, medalhas, certificados e bolsasde estudo.

6 GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

Além de terem mais opçõespara usar a criatividade,estudantes estão se sentindoà vontade para produzir omaterial para a 12ª ediçãodo certame

Concurso dá maisliberdade para alunos

Riziery Souza: “Achei muito bom não ter só a opção deredação. Vamos produzir vários trabalhos”

Juliana Porto: “Com as novas modalidades, muitosestudantes estão me falando que vão participar”

Da Redação

Uma comitiva de Rondônia esteveem Goiânia na semana passada paraconhecer o projeto de gestão compar-tilhada com Organizações Sociais naEducação, proposta cuja implementa-ção está em andamento pelaSecretaria de Educação, Cultura eEsporte de Goiás (Seduce) nas escolasda rede pública de ensino. Anfitriã, asecretária Raquel Teixeira recebeu aequipe em seu gabinete, na terça-feira, 12/4, e ainda falou sobre outrosprojetos desenvolvidos pela pasta.

O secretário adjunto de Educaçãode Rondônia, Márcio Félix, disse estarimpressionado com a estrutura daSeduce.

“Realmente tem projetos bemadiantados aqui, principalmente essaquestão das Organizações Sociais.Goiás está um passo à frente detodos os outros Estados. O que ébom tem que ser copiado. Por issoviemos aqui ver como funciona esseprojeto, para copiar e levar atéRondônia”, disse.

Durante o encontro, o secretáriorondoniense explicou que a visitaatende a um pedido do governadorConfúcio Moura, que deseja melho-

rar os índices da Educação estadual.“Nós já temos uma lei para criar

OS na Educação, então agora é traba-lhar para implantar isso, principal-mente na parte da merenda, da lim-peza, da gestão escolar”, explicou.

Raquel Teixeira lembrou que rece-beu recentemente uma comitiva doCeará, que também estava interessa-da em conhecer de perto o projetodas OSs. Ainda falou sobre o orgulhodos últimos índices alcançados pelosalunos da rede estadual.

“Tivemos 47 mil alunos partici-pando do último Enem. Desses, 22mil foram aprovados e conquistaramvagas em universidades. Estamosmuito felizes com os resultados. Issonos motiva a trabalhar para conquis-tar mais números expressivos”,explicou a secretária.

AGENDA

A comitiva de Rondônia se reuniunovamente com técnicos da Seducena quarta-feira, 13, quando conhece-ram os projetos de forma mais apro-fundada. Márcio Félix está emGoiânia acompanhado do diretor exe-cutivo da Seduc-RO, Flávio Cioffi, eda assessora da Casa Civil-RO, MailaAndrade.

Participaram do encontro com atitular da Seduce o procurador-chefeda advocacia setorial, AndersonMáximo, os superintendentesExecutivo, Ivo César Vilela; de Gestão,Planejamento e Finanças, RivaelAguiar; de Ensino Fundamental,Márcia Rocha; de Acompanhamentodos Programas Institucionais, RalphRangel; e de Inteligência Pedagógica,Marcelo Jerônimo.

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Para secretário adjunto deEducação rondoniense,modelo que será implantado“é bom e tem que sercopiado”

O desempenho positivo dosalunos de escolas estaduais goia-nas, conforme explicou RaquelTeixeira, é reflexo dos diversosprojetos em andamento. A equi-pe de trabalho da Seduce queparticipou da reunião com acomitiva de Rondônia explicousuperficialmente cada iniciativa,como as escolas em tempo inte-gral, o currículo referência deGoiás, a Avaliação DirigidaAmostral (ADA) e outras açõesvoltadas aos estudantes.

Outro projeto bastante elogia-do pela comitiva rondoniense foio Goiás 360. Além de oferecerinformações sobre as unidadesda Seduce em todo o Estado nainternet, o programa tambémtem ferramentas internas paragestão. Com um clique é possí-vel acompanhar informaçõessobre escolas, quadro de profes-sores e desempenho dos alunos.

“Achamos o projeto muitointeressante. Ele oferece informa-ção para alunos, comunidadeescolar, população em geral e atépara os órgãos de controle”, elo-giou Márcio Félix.

Secretárioadjunto elogiaprograma Goiás 360

Comitiva de Rondôniaconhece projeto de OS na Educação Secretário de Educação de

Rondônia, Márcio Félix

Secretário Raquel Teixeira falou sobre o orgulho dos últimos índicesalcançados pelos alunos da rede estadual

Os estudantes da Escola EstadualPedro Gomes, em Goiânia estão uni-dos para combater o Aedes e evitar queo ambiente escolar se torne local deproliferação do mosquito. Além dasprát icas de combate , os a lunos jáadquirem experiências para produzirmaterial do concurso. A aluna RizierySouza, de 16 anos, fica contente emajudar no combate.

“Nós estamos fazendo mutirão den-tro da escola. Tiramos dias para aparar agrama, a horta, retirar todos os sacos elatinhas do nosso ambiente de estudo. Éótimo fazer isso com o envolvimento dosmeus colegas de sala. Estamos ajudandoa erradicar o Aedes”, diz a estudante.

As novidades do concurso, como aprodução de desenhos, fotografias evídeos, estão motivando ainda mais osalunos a participarem da edição inova-dora do certame. A estudante RizierySouza, conta que as novas possibilidadesde criar os trabalhos foi motivador.

“Achei muito bom não ter só a opçãode redação. Vamos poder produzir váriostipos de trabalhos relacionados ao tema.A paródia que foi o gênero textual escolhi-do para o ensino médio teve ótima reper-cussão aqui na nossa escola, gostamosmuito. Vai dar para fazer muitos materiaislegais. Podemos usar vários ritmos musi-cais e criar novas músicas”, diz, animada,a estudante.

Riziery Souza faz o terceiro ano doensino médio e conta que seu trabalhoestá quase pronto. Ela vai brincar com umritmo musical infantil envolvendo o com-bate ao mosquito Aedes.

A estudante Juliana Porto, de 15 anos,faz o primeiro ano do ensino médio. Elaadora escrever e diz que as novidades doconcurso vai envolver mais alunos nanova edição.

“Escrever é uma paixão minha, masexistem pessoas que não gostam. E asvezes nem participavam do concursoporque não tinha outra opção. Com asnovas modalidades, muitos estudantesestão me falando que vão participar”,conta a estudante.

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AMBIENTE ESCOLAR

A ansiedade do estudante hoje é um reflexo do que a sociedade está vivendo.Isso tem chegado no ambiente escolar de uma forma negativa e marcante. O alunoé cada vez mais pressionado a se adequar em modelos econômicos e sociais quedizem que quanto antes ele aprender mais ele estará pronto para o mercado de tra-balho.

Para a psicopedagoga Jordana Balduino, o papel da família em ajudar o alunoa superar a ansiedade no ambiente escolar é fundamental. Quando o estudantenão se sentir capaz de fazer uma prova ou não desenvolver bem uma matéria, ospais precisam ajudá-los e não recriminá-los, como vem acontecendo.

A psicopedagoga trabalha com um projeto escolar em Goiânia chamado“Criança em questão”, orientando pais, familiares e comunidade em geral a deixaros estudantes mais à vontade e não pressioná-los para serem melhores sempre. Elaalerta aos pais que uma boa conversa com os filhos pode ser um bom caminho.

“A força da família é fundamental para ajudar o estudante sentir menos ansie-dade no ambiente escolar. As cobranças precisam ser feitas por etapas para eles sedesenvolverem gradativamente”, diz a psicopedagoga.

Quando o aluno passa a observar que a escola é um ambiente de aprendizado efaz parte do processo da formação humana, ele passa a querer tirar boas notas eser um bom aluno de forma natural. Esse caminho é o mais correto para ensinaros estudantes a serem bons alunos. E os professores podem ajudar nesse processo.

“O professor deve reconhecer bem o seu papel, trabalhar da melhor forma aoensinar o conteúdo. O processo de aprendizado também é de ensino”, lembraJordana Balduino.

As cobranças excessivas feitas pelospais, familiares e sociedade para que oaluno obtenha boas notas e se prepare deforma exaustiva para provas e seleçõesestão levando crianças e adolescentes aapresentarem graus elevados de ansiedade,refletindo negativamente inclusive no pro-cesso do aprendizado. Os sinais de ansie-dade aparecem principalmente no dia defazer uma prova, quando muitos alunosficam tensos ou apreensivos acima do nor-mal.

A psicóloga clínica Laís Moreira dizque os estudantes precisam ficar atentos enão deixar que as pressões da vida adultaatrapalhem o bom rendimento escolar. Aoatender diariamente somente crianças eadolescentes, que são alunos em processode formação, ela afirma que a criança nãoestá sendo tratada como criança. E nemadolescente sendo tratado como tal. Elessão cada vez mais vistos como as pessoasque vão mudar para melhor futuro e seesquecem de que eles precisam viver aidade que eles têm hoje.

“A criança tem brincado menos. E abrincadeira é fundamental para o desen-volvimento cognitivo dos alunos. Elaajuda a desenvolver partes do cérebro quenenhuma matéria em sala de aula conse-guiria desenvolver. O adolescente, além dese concentrar nos estudos, precisa de maisentretenimento. Quando a mente estátranquila ela automaticamente se abrepara o conhecimento”, diz a psicóloga.

Basta as avaliações escolares se apro-ximarem para muitos alunos entrarem empânico. Eles sentem um misto de senti-mentos como medo, frustração e preocu-pação. Ele estudam muito mas na hora daprova dá o famoso “branco”. Isso ocorreprincipalmente porque eles se concentramapenas no resultado.

A cobrança feita pelos pais ou atémesmo pelo próprio estudante acabamcausando uma carga emocional muitopesada, tornando um teste ou seleçãomais difícil. A ansiedade na vida do alunonos últimos anos tomou uma proporçãoexacerbada – diz Lais Moreira. Isso sedeve às cobranças dos pais, professores emercado de trabalho, que está cada vezmais exigente.

A ansiedade tem levado crianças e ado-lescentes a apresentarem sintomas dedepressão. Quando ele se esforça paraaprender uma matéria ou se sair bem emuma prova e não consegue, a baixa estimase manifesta no comportamento do aluno.Uma das manifestações desse problema éagressividade, seja contra colegas ou con-tra o próprio aluno. O estudante podetambém ficar agressivo até mesmo com oprofessor ou cria traumas – explica a psi-cóloga.

“A ansiedade tomou conta das criançase adolescentes. Muitas fazem exames e

não descobrem, nada porque é uma doen-ça emocional”, lembra Laís Moreira.

Para a psicóloga um dos problemasque causam tensão nos alunos são as for-mas como as provas, vestibulares e sele-ções como o Exame Nacional do Ensinomédio (Enem) vêm sendo apresentados.Dá a entender que os alunos precisamficar somente estudando. E assim não fun-ciona. Cada aluno tem um limite de con-

centração, porém todos conseguem apren-der da sua maneira.

“Os alunos precisam se sentir menospressionados. Sabemos que hoje umafamília vive com o tempo escasso paradedicar tempo para o lazer ou entreteni-mento, porém isso é necessário. Não vaiadiantar ter dentro de uma família umgrande estudioso, porém doente e frustra-do”, observa.

Psicopedagoga Jordana Balduino: família deve ajudar o aluno a superar aansiedade no ambiente escolar

Este ano, o concurso realizado pela Tribuna do Planalto envolve toda a comunidade escolar diretamente no combate ao mosquito Aedes aegyptiA ansiedade na vida dosestudates nos últimos anostomou uma proporçãoexacerbada. Especialistasrecomendam atenção paraevitar que as pressões davida adulta atrapalhem orendimento escolar

Fabiola Rodrigues

Estudantesestão cada vezmais ansiosos

A estudante Juliana Canedo, de 16anos, sofre com ansiedade em sala deaula. O pânico dela é aprender a matériade História. Por mais que se esforce, asnotas sempre chegam baixas em casa. Eela já sabe que a mãe dela vai brigar e adeixará de castigo.

“Eu não sei por que não consigo meconcentrar. Já fiz muitas coisas para ten-tar, mas não tem dado certo. E quandopenso que no meu boletim e que na notavai vir baixa, fico nervosa. Minha mãe mecobra melhor desempenho. E choro porisso, não sei mais o que faço”, diz a estu-dante.

Juliana conta que, além da pequenaconcentração em sala de aula paraaprender a matéria, fica pensando namãe. Ela diz que aquilo que parece sercomplicado na cabeça dela vira um“monstro” maior ainda, por imaginar narepreensão que vai receber dentro decasa.

A estudante também está decidindo ocurso que deseja para prestar vestibular:psicologia ou medicina. A mãe preferemedicina. E ela se sente pressionada porisso.

Outra estudante que vem sofrendocom ansiedade é Emilly Araújo, 13 anos.

Ela tem problemas com a matéria deportuguês. Cada aula para ela é como sefosse um tormento. Ela alega que a pro-fessora não ajuda na hora de repassar oconhecimento e, como ela já tem dificul-dade em aprender, fica mais complicado.

“Eu acho português muito difícil. Nahora da prova eu fico nervosa e me dábranco de mais. Travo mesmo e passomal”, diz Emilly.

Entre um dia e outro em sala de aula,a estudante conta que vai tentando

aprender a matéria, mas a família emcasa fica sempre acompanhando parasaber se ela vai conseguir ou não melho-res notas. Emilly lembra que não se sentebem com a pressão que sente e que issosó prejudica o aprendizado.

A força da famíliapode ajudar o aluno

Histórias de pânico e tormento em sala de aula

Psicóloga Laís Moreira: “A ansiedade tem levado crianças e adolescentes aapresentarem sintomas de depressão”

Estudante Juliana Canedo: pânico na hora de estudar adisciplina de História

Emilly Araújo: cada aula de Português para ela é como sefosse um tormento

PAULO JOSE

PAULO JOSE

Page 5: Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de ...tribunadoplanalto.com.br/wp-content/uploads/2016/04/17-04-2016... · Dourada recebeu uma turma diferente nos bastidores da

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AMBIENTE ESCOLAR

A ansiedade do estudante hoje é um reflexo do que a sociedade está vivendo.Isso tem chegado no ambiente escolar de uma forma negativa e marcante. O alunoé cada vez mais pressionado a se adequar em modelos econômicos e sociais quedizem que quanto antes ele aprender mais ele estará pronto para o mercado de tra-balho.

Para a psicopedagoga Jordana Balduino, o papel da família em ajudar o alunoa superar a ansiedade no ambiente escolar é fundamental. Quando o estudantenão se sentir capaz de fazer uma prova ou não desenvolver bem uma matéria, ospais precisam ajudá-los e não recriminá-los, como vem acontecendo.

A psicopedagoga trabalha com um projeto escolar em Goiânia chamado“Criança em questão”, orientando pais, familiares e comunidade em geral a deixaros estudantes mais à vontade e não pressioná-los para serem melhores sempre. Elaalerta aos pais que uma boa conversa com os filhos pode ser um bom caminho.

“A força da família é fundamental para ajudar o estudante sentir menos ansie-dade no ambiente escolar. As cobranças precisam ser feitas por etapas para eles sedesenvolverem gradativamente”, diz a psicopedagoga.

Quando o aluno passa a observar que a escola é um ambiente de aprendizado efaz parte do processo da formação humana, ele passa a querer tirar boas notas eser um bom aluno de forma natural. Esse caminho é o mais correto para ensinaros estudantes a serem bons alunos. E os professores podem ajudar nesse processo.

“O professor deve reconhecer bem o seu papel, trabalhar da melhor forma aoensinar o conteúdo. O processo de aprendizado também é de ensino”, lembraJordana Balduino.

As cobranças excessivas feitas pelospais, familiares e sociedade para que oaluno obtenha boas notas e se prepare deforma exaustiva para provas e seleçõesestão levando crianças e adolescentes aapresentarem graus elevados de ansiedade,refletindo negativamente inclusive no pro-cesso do aprendizado. Os sinais de ansie-dade aparecem principalmente no dia defazer uma prova, quando muitos alunosficam tensos ou apreensivos acima do nor-mal.

A psicóloga clínica Laís Moreira dizque os estudantes precisam ficar atentos enão deixar que as pressões da vida adultaatrapalhem o bom rendimento escolar. Aoatender diariamente somente crianças eadolescentes, que são alunos em processode formação, ela afirma que a criança nãoestá sendo tratada como criança. E nemadolescente sendo tratado como tal. Elessão cada vez mais vistos como as pessoasque vão mudar para melhor futuro e seesquecem de que eles precisam viver aidade que eles têm hoje.

“A criança tem brincado menos. E abrincadeira é fundamental para o desen-volvimento cognitivo dos alunos. Elaajuda a desenvolver partes do cérebro quenenhuma matéria em sala de aula conse-guiria desenvolver. O adolescente, além dese concentrar nos estudos, precisa de maisentretenimento. Quando a mente estátranquila ela automaticamente se abrepara o conhecimento”, diz a psicóloga.

Basta as avaliações escolares se apro-ximarem para muitos alunos entrarem empânico. Eles sentem um misto de senti-mentos como medo, frustração e preocu-pação. Ele estudam muito mas na hora daprova dá o famoso “branco”. Isso ocorreprincipalmente porque eles se concentramapenas no resultado.

A cobrança feita pelos pais ou atémesmo pelo próprio estudante acabamcausando uma carga emocional muitopesada, tornando um teste ou seleçãomais difícil. A ansiedade na vida do alunonos últimos anos tomou uma proporçãoexacerbada – diz Lais Moreira. Isso sedeve às cobranças dos pais, professores emercado de trabalho, que está cada vezmais exigente.

A ansiedade tem levado crianças e ado-lescentes a apresentarem sintomas dedepressão. Quando ele se esforça paraaprender uma matéria ou se sair bem emuma prova e não consegue, a baixa estimase manifesta no comportamento do aluno.Uma das manifestações desse problema éagressividade, seja contra colegas ou con-tra o próprio aluno. O estudante podetambém ficar agressivo até mesmo com oprofessor ou cria traumas – explica a psi-cóloga.

“A ansiedade tomou conta das criançase adolescentes. Muitas fazem exames e

não descobrem, nada porque é uma doen-ça emocional”, lembra Laís Moreira.

Para a psicóloga um dos problemasque causam tensão nos alunos são as for-mas como as provas, vestibulares e sele-ções como o Exame Nacional do Ensinomédio (Enem) vêm sendo apresentados.Dá a entender que os alunos precisamficar somente estudando. E assim não fun-ciona. Cada aluno tem um limite de con-

centração, porém todos conseguem apren-der da sua maneira.

“Os alunos precisam se sentir menospressionados. Sabemos que hoje umafamília vive com o tempo escasso paradedicar tempo para o lazer ou entreteni-mento, porém isso é necessário. Não vaiadiantar ter dentro de uma família umgrande estudioso, porém doente e frustra-do”, observa.

Psicopedagoga Jordana Balduino: família deve ajudar o aluno a superar aansiedade no ambiente escolar

Este ano, o concurso realizado pela Tribuna do Planalto envolve toda a comunidade escolar diretamente no combate ao mosquito Aedes aegyptiA ansiedade na vida dosestudates nos últimos anostomou uma proporçãoexacerbada. Especialistasrecomendam atenção paraevitar que as pressões davida adulta atrapalhem orendimento escolar

Fabiola Rodrigues

Estudantesestão cada vezmais ansiosos

A estudante Juliana Canedo, de 16anos, sofre com ansiedade em sala deaula. O pânico dela é aprender a matériade História. Por mais que se esforce, asnotas sempre chegam baixas em casa. Eela já sabe que a mãe dela vai brigar e adeixará de castigo.

“Eu não sei por que não consigo meconcentrar. Já fiz muitas coisas para ten-tar, mas não tem dado certo. E quandopenso que no meu boletim e que na notavai vir baixa, fico nervosa. Minha mãe mecobra melhor desempenho. E choro porisso, não sei mais o que faço”, diz a estu-dante.

Juliana conta que, além da pequenaconcentração em sala de aula paraaprender a matéria, fica pensando namãe. Ela diz que aquilo que parece sercomplicado na cabeça dela vira um“monstro” maior ainda, por imaginar narepreensão que vai receber dentro decasa.

A estudante também está decidindo ocurso que deseja para prestar vestibular:psicologia ou medicina. A mãe preferemedicina. E ela se sente pressionada porisso.

Outra estudante que vem sofrendocom ansiedade é Emilly Araújo, 13 anos.

Ela tem problemas com a matéria deportuguês. Cada aula para ela é como sefosse um tormento. Ela alega que a pro-fessora não ajuda na hora de repassar oconhecimento e, como ela já tem dificul-dade em aprender, fica mais complicado.

“Eu acho português muito difícil. Nahora da prova eu fico nervosa e me dábranco de mais. Travo mesmo e passomal”, diz Emilly.

Entre um dia e outro em sala de aula,a estudante conta que vai tentando

aprender a matéria, mas a família emcasa fica sempre acompanhando parasaber se ela vai conseguir ou não melho-res notas. Emilly lembra que não se sentebem com a pressão que sente e que issosó prejudica o aprendizado.

A força da famíliapode ajudar o aluno

Histórias de pânico e tormento em sala de aula

Psicóloga Laís Moreira: “A ansiedade tem levado crianças e adolescentes aapresentarem sintomas de depressão”

Estudante Juliana Canedo: pânico na hora de estudar adisciplina de História

Emilly Araújo: cada aula de Português para ela é como sefosse um tormento

PAULO JOSE

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2 GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil va

se bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Gerente de ProjetosEnoel Júnior

enoeljunior@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado no jornal Tribuna do Planalto

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

MÔNICA SALVADOR

Educação EM FOCO

Da Redação

Na tarde da última quarta-feira(13/04), um grupo estudantes foi até aReitoria da Universidade Federal de Goiás(UFG) reivindicar o apoio da gestão paracombater casos de assédio e violênciasexual na Universidade. A ação, organiza-da pelas redes sociais, e chamada de 1º Atocontra Assédio e Violência Sexual naUniversidade Federal de Goiás reuniu estu-dantes que relataram casos de abusossofridos dentro da UFG, registraramdenúncias na Ouvidoria e receberam orien-tação sobre como proceder nesses casos.As informações são da Assessoria deComunicação da UFG.O vice-reitor, Manoel Chaves, recebeu

o grupo na Sala de Reuniões do Gabinete eexplicou como funcionam os processosadministrativos e a importância de instalaruma comissão para apurar os casos.Diante da preocupação dos estudantes, ovice-reitor se comprometeu a analisar pro-postas de ações de conscientização sobre oproblema, além acompanhar as investiga-ções e tomar as providências cabíveis noscasos denunciados. Além disso, lembrouque uma campanha sobre assédio sexual emoral já está sendo produzida pelaAssessoria de Comunicação da UFG edeve ser amplamente divulgada nos próxi-mos meses.Casos de assédio e violência sexual

podem ser denunciados na Ouvidoria daUFG, localizada no segundo andar do pré-dio da Reitoria, ou pelo telefone (62) 3521-1149 ou e-mail: [email protected].

ENSINO SUPERIOR

Mais um livro é lançadonoPalácio das EsmeraldasO governador Marconi Perillo e a pri-

meira-dama Valéria Perillo receberam noPalácio das Esmeraldas na noite de terça-feira, 12, a escritora goiana Alba Dayrell(foto) para o lançamento do seu livro“Razão e Emoção”. O lançamento fezparte de uma série de eventos culturaisque o governador Marconi Perillo temrecebido no Palácio ao menos uma vez acada duas semanas. Só este ano já foramnove lançamentos de livros. Incentivadorda cultura goiana, ele ressaltou a impor-tância de valorizar e incentivar os artistase autores locais. Em seu discurso, a secre-tária Raquel Teixeira (Seduce) parabenizou a iniciativa de Marconi em transformar oSalão Gercina Borges em um espaço cultural em Goiás. Toda a renda da comercializa-ção dos livros será doada ao Grupo de Orações São Sebastião, de Goiânia.

Grupo celebra 400 anos da morte de ShakespearePara celebrar os 400 anos de falecimento do dramaturgo inglês William

Shakspeare, que acontece no próximo dia 23 de abril, a Pulo do Gato Arte eComunicação estreia o espetáculo teatral Milk-Shakespeare, uma Ópera-Rock criadaa partir da mistura de três tragédias shakespearianas (Hamlet, Ricardo III eMacbeth). As apresentações ocorrem nos dias 26,27, 28 e 30 de abril no Sesc Centro,Goiânia. Valor do ingresso: R$ 15 (inteira); R$ 7,50 (meia) e R$ 5 (comerciário).

Escola de Governoseleciona instrutoresinternosEstão abertas até o próximo dia 13

de maio as inscrições para a seleção deservidores efetivos e comissionados paraatuar como instrutores internos no pro-grama de capacitação da Escola deGoverno Henrique Santillo. As inscriçõessão presenciais ou por procuração sim-ples, feitas exclusivamente na secretariada Escola de Governo, localizada naRua C-135, Quadra 291, Lote 03, noJardim América, em Goiânia, de segundaa sexta-feira, das 8 às 13 horas e das 14às 20 horas, mediante entrega de docu-mentação encadernada, conforme espe-cificado no edital. Mais informações:(62) 3201-9259

Curso de Informática Básica exclusivo para mulheresCom o objetivo de promover a inclusão digital, a Secretaria Municipal de Políticas

para as Mulheres (SMPM) da Prefeitura de Goiânia, em parceria com o Senac, oferececurso gratuito de Informática Básica, exclusivo para mulheres. Estão disponíveis 20 vagasdistribuídas em duas turmas. As aulas serão realizadas no laboratório de informática daSMPM e acontecerão às segundas-feiras (turma I) e às quartas-feiras (turma II), das 14hàs 18h. A duração do curso é de aproximadamente dois meses. Para garantir a vaga, asinteressadas deverão ter no mínimo 16 anos, preencher o formulário da pré-inscrição(https://goo.gl/jy3SaS) e realizar a matrícula pessoalmente na SMPM (Rua 16 A, nº 350,Setor Aeroporto) até o dia 14/04/2016. Mais informações (62) 3524 2933 / 3524 2934.

Grupo pedeapoio emcasos deassédio eviolênciasexual Reunião foi uma ação organizada

pelas redes sociais

CARLOS SIQUEIRA

DIVULGAÇÃO

Livro defende aimportância das palavrasA palavra ultrapassa o que é

usual, trivial e cotidiano. É o quedefende a escritora carioca AlexandraVieira de Almeida em seu novo livrode poemas intitulado “Dormindo noverbo”. Lançado pela editora Penalux(R$ 34,00) e composto por 67 poe-sias, a obra pretende mostrar a impor-tância da percepção da palavra naconstrução de tudo que nos cerca.Segundo a poetisa, o seu trabalho uneo intelectivo e o linguístico num sócanal. O livro transmite ao leitor aimagem de que o verbo, ou seja, aação, é muito valioso para a recriaçãodo mundo.

GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016 7

A entrega do material de divulgaçãodo Concurso de Redação, Desenho,Fotografia e Vídeo Goiás na Ponta doLápis já foi realizada em todo o estado deGoiás. As 40 subsecretarias de Educaçãojá receberam o material, composto de car-tazes, fôlderes, proposta de organizaçãogeral e regulamento. O gerente de Projetosda Tribuna do Planalto, Enoel Júnior,

concluiu essa fase de entrega do materialde divulgação na semana passada.O professor Juliano Avelar, diretor do

Núcleo Pedagógico na SubsecretariaMetropolitana, diz que os folderes jáforam entregue nas mãos dos estudantesdas 130 escolas estaduais da capital.“Esta edição vai proporcionar um

grande debate no ambiente escolar.

Acreditamos que muitos alunos vãoadquirir aprendizado após a participaçãodo concurso. Isso é o mais importante”,observa o diretor.As Subsecretarias Regionais de

Educação de todo o estado são responsá-veis pela entrega do material às unidadesescolares da rede estadual e também para assecretarias municipais de suas jurisdições.

Professora de português, LudimlaMacedo: Se orgulha em trabalharcom os alunos sobre o concurso

Nathalya Rodrigues: “Vou apresentarum ótimo trabalho”

Estudantes da Escola Estadual Pedro Gomes, em Goiânia estão unidos para combater o Aedes . Além das práticas decombate, os alunos já estão adquirindo experiências para produzir material do concurso

Além ter mais chance de usar a criati-vidade, na 12ª do certame os alunos estãose sentindo à vontade para produzir omaterial, de forma educativa e saudável.Os alunos da Escola Estadual PedroGomes estão brincando com as palavras eo diretor está motivando eles a produziros trabalhos.“Nosso diretor vem nos ajudando

nessa jornada de produção do materialpara o concurso. Até os vídeos, ele vai nosajudar a criar. Queremos todas as edições

dessa forma”, pede Juliana Porto.Para a estudante Nathalya Rodrigues,

de 15 anos, o concurso vai servir para elacolocar no papel as práticas que vemusando no combate ao Aedes.“Eu tenho praticado o combate ao

Aedes e a escola tem me orientado comofazer isso com frequência. Vou apresentarum ótimo trabalho a partir da minhaexperiência. As produções além vão privi-legiar muitos alunos e isso é motivador”,diz Nathalya Rodrigues.

As novidades da 12ª do concursoGoiás na Ponta do Lápis estão despertan-do nos professores desejo maior ainda deorientar os alunos nas diversas formas deproduzir os trabalhos. Essa oportunidadeé observada pelos educadores como umamaneira de avaliar os alunos nas diferen-tes formas de criatividade.Para a professora de português

Ludimila Macedo, que dá aula na EscolaEstadual Pedro Gomes, o concurso acres-centa muito conhecimento para os estu-dantes. Ela lembra que já participou deoutras edições ainda como aluna. Ela sesente privilegiada em saber que quem par-ticipa do certame de alguma forma saivencedor, pois é um aprendizado.“Tenho orgulho de trabalhar com os

alunos sobre o concurso e saber que eletem resultados. Eu achei muito interes-sante as novidades das produções dostrabalhos, porque como professoresvamos avaliar os estudantes de diversasformas. Estamos incentivando eles aapresentarem bons materiais”, diz a pro-fessora.

Brincando com a criatividade

Subsecretarias já têm o material de divulgação

“Já participeide outrasedições aindacomo aluna”

FOTOS: PAULO JOSÉ

SEDUCE

Fabiola Rodrigues

A 12ª edição do concurso Goiás naPonta do Lápis continua com as inscriçõesabertas até o dia 15 de maio. Este ano,diferentemente das outras edições, os alu-nos que desejam participar precisam reali-zar a inscrição pelo site www.tribunado-planalto.com.br. Vale lembrar aos estudan-tes que fazer o cadastro no site garante aparticipação no concurso. Agora faltamenos de um mês para o encerramentodas inscrições. O maior concurso de reda-ção, desenho, fotografia e vídeo doCentro-Oeste pretende alcançar 1,8milhões de estudantes dos 246 municípiosgoianos.

Para participar, é preciso estar regular-mente matriculado nas redes de ensinoestadual, municipal ou particular emqualquer cidade do estado de Goiás.Realizado pela Tribuna do Planalto comapoio do Governo estadual através daSecretaria de Educação, Cultura eEsporte e Secretaria de Saúde, o certameestá com novidades este ano. Ao contráriodas edições anteriores, os alunos a partirda edição deste ano podem produzir,além das redações, trabalhos nas catego-rias Desenho, Fotografia e Vídeo.

O tema do concurso é “Histórias reaisde combate ao Aedes” e tem como inten-ção envolver e conscientizar toda a comu-nidade escolar, para que se tornem rotinaàs ações de combate ao mosquito Aedesaegypti, causador de doenças como den-gue, chikungunya e zika. Os alunos devemrelatar ações reais de combate ao mosqui-to e as melhores produções serão premia-das com notebooks, tablets, smartphones,bicicletas, medalhas, certificados e bolsasde estudo.

6 GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

Além de terem mais opçõespara usar a criatividade,estudantes estão se sentindoà vontade para produzir omaterial para a 12ª ediçãodo certame

Concurso dá maisliberdade para alunos

Riziery Souza: “Achei muito bom não ter só a opção deredação. Vamos produzir vários trabalhos”

Juliana Porto: “Com as novas modalidades, muitosestudantes estão me falando que vão participar”

Da Redação

Uma comitiva de Rondônia esteveem Goiânia na semana passada paraconhecer o projeto de gestão compar-tilhada com Organizações Sociais naEducação, proposta cuja implementa-ção está em andamento pelaSecretaria de Educação, Cultura eEsporte de Goiás (Seduce) nas escolasda rede pública de ensino. Anfitriã, asecretária Raquel Teixeira recebeu aequipe em seu gabinete, na terça-feira, 12/4, e ainda falou sobre outrosprojetos desenvolvidos pela pasta.

O secretário adjunto de Educaçãode Rondônia, Márcio Félix, disse estarimpressionado com a estrutura daSeduce.

“Realmente tem projetos bemadiantados aqui, principalmente essaquestão das Organizações Sociais.Goiás está um passo à frente detodos os outros Estados. O que ébom tem que ser copiado. Por issoviemos aqui ver como funciona esseprojeto, para copiar e levar atéRondônia”, disse.

Durante o encontro, o secretáriorondoniense explicou que a visitaatende a um pedido do governadorConfúcio Moura, que deseja melho-

rar os índices da Educação estadual.“Nós já temos uma lei para criar

OS na Educação, então agora é traba-lhar para implantar isso, principal-mente na parte da merenda, da lim-peza, da gestão escolar”, explicou.

Raquel Teixeira lembrou que rece-beu recentemente uma comitiva doCeará, que também estava interessa-da em conhecer de perto o projetodas OSs. Ainda falou sobre o orgulhodos últimos índices alcançados pelosalunos da rede estadual.

“Tivemos 47 mil alunos partici-pando do último Enem. Desses, 22mil foram aprovados e conquistaramvagas em universidades. Estamosmuito felizes com os resultados. Issonos motiva a trabalhar para conquis-tar mais números expressivos”,explicou a secretária.

AGENDA

A comitiva de Rondônia se reuniunovamente com técnicos da Seducena quarta-feira, 13, quando conhece-ram os projetos de forma mais apro-fundada. Márcio Félix está emGoiânia acompanhado do diretor exe-cutivo da Seduc-RO, Flávio Cioffi, eda assessora da Casa Civil-RO, MailaAndrade.

Participaram do encontro com atitular da Seduce o procurador-chefeda advocacia setorial, AndersonMáximo, os superintendentesExecutivo, Ivo César Vilela; de Gestão,Planejamento e Finanças, RivaelAguiar; de Ensino Fundamental,Márcia Rocha; de Acompanhamentodos Programas Institucionais, RalphRangel; e de Inteligência Pedagógica,Marcelo Jerônimo.

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Para secretário adjunto deEducação rondoniense,modelo que será implantado“é bom e tem que sercopiado”

O desempenho positivo dosalunos de escolas estaduais goia-nas, conforme explicou RaquelTeixeira, é reflexo dos diversosprojetos em andamento. A equi-pe de trabalho da Seduce queparticipou da reunião com acomitiva de Rondônia explicousuperficialmente cada iniciativa,como as escolas em tempo inte-gral, o currículo referência deGoiás, a Avaliação DirigidaAmostral (ADA) e outras açõesvoltadas aos estudantes.

Outro projeto bastante elogia-do pela comitiva rondoniense foio Goiás 360. Além de oferecerinformações sobre as unidadesda Seduce em todo o Estado nainternet, o programa tambémtem ferramentas internas paragestão. Com um clique é possí-vel acompanhar informaçõessobre escolas, quadro de profes-sores e desempenho dos alunos.

“Achamos o projeto muitointeressante. Ele oferece informa-ção para alunos, comunidadeescolar, população em geral e atépara os órgãos de controle”, elo-giou Márcio Félix.

Secretárioadjunto elogiaprograma Goiás 360

Comitiva de Rondôniaconhece projeto de OS na Educação Secretário de Educação de

Rondônia, Márcio Félix

Secretário Raquel Teixeira falou sobre o orgulho dos últimos índicesalcançados pelos alunos da rede estadual

Os estudantes da Escola EstadualPedro Gomes, em Goiânia estão uni-dos para combater o Aedes e evitar queo ambiente escolar se torne local deproliferação do mosquito. Além dasprát icas de combate , os a lunos jáadquirem experiências para produzirmaterial do concurso. A aluna RizierySouza, de 16 anos, fica contente emajudar no combate.

“Nós estamos fazendo mutirão den-tro da escola. Tiramos dias para aparar agrama, a horta, retirar todos os sacos elatinhas do nosso ambiente de estudo. Éótimo fazer isso com o envolvimento dosmeus colegas de sala. Estamos ajudandoa erradicar o Aedes”, diz a estudante.

As novidades do concurso, como aprodução de desenhos, fotografias evídeos, estão motivando ainda mais osalunos a participarem da edição inova-dora do certame. A estudante RizierySouza, conta que as novas possibilidadesde criar os trabalhos foi motivador.

“Achei muito bom não ter só a opçãode redação. Vamos poder produzir váriostipos de trabalhos relacionados ao tema.A paródia que foi o gênero textual escolhi-do para o ensino médio teve ótima reper-cussão aqui na nossa escola, gostamosmuito. Vai dar para fazer muitos materiaislegais. Podemos usar vários ritmos musi-cais e criar novas músicas”, diz, animada,a estudante.

Riziery Souza faz o terceiro ano doensino médio e conta que seu trabalhoestá quase pronto. Ela vai brincar com umritmo musical infantil envolvendo o com-bate ao mosquito Aedes.

A estudante Juliana Porto, de 15 anos,faz o primeiro ano do ensino médio. Elaadora escrever e diz que as novidades doconcurso vai envolver mais alunos nanova edição.

“Escrever é uma paixão minha, masexistem pessoas que não gostam. E asvezes nem participavam do concursoporque não tinha outra opção. Com asnovas modalidades, muitos estudantesestão me falando que vão participar”,conta a estudante.

GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 20163

GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016 GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 201654

AMBIENTE ESCOLAR

A ansiedade do estudante hoje é um reflexo do que a sociedade está vivendo.Isso tem chegado no ambiente escolar de uma forma negativa e marcante. O alunoé cada vez mais pressionado a se adequar em modelos econômicos e sociais quedizem que quanto antes ele aprender mais ele estará pronto para o mercado de tra-balho.

Para a psicopedagoga Jordana Balduino, o papel da família em ajudar o alunoa superar a ansiedade no ambiente escolar é fundamental. Quando o estudantenão se sentir capaz de fazer uma prova ou não desenvolver bem uma matéria, ospais precisam ajudá-los e não recriminá-los, como vem acontecendo.

A psicopedagoga trabalha com um projeto escolar em Goiânia chamado“Criança em questão”, orientando pais, familiares e comunidade em geral a deixaros estudantes mais à vontade e não pressioná-los para serem melhores sempre. Elaalerta aos pais que uma boa conversa com os filhos pode ser um bom caminho.

“A força da família é fundamental para ajudar o estudante sentir menos ansie-dade no ambiente escolar. As cobranças precisam ser feitas por etapas para eles sedesenvolverem gradativamente”, diz a psicopedagoga.

Quando o aluno passa a observar que a escola é um ambiente de aprendizado efaz parte do processo da formação humana, ele passa a querer tirar boas notas eser um bom aluno de forma natural. Esse caminho é o mais correto para ensinaros estudantes a serem bons alunos. E os professores podem ajudar nesse processo.

“O professor deve reconhecer bem o seu papel, trabalhar da melhor forma aoensinar o conteúdo. O processo de aprendizado também é de ensino”, lembraJordana Balduino.

As cobranças excessivas feitas pelospais, familiares e sociedade para que oaluno obtenha boas notas e se prepare deforma exaustiva para provas e seleçõesestão levando crianças e adolescentes aapresentarem graus elevados de ansiedade,refletindo negativamente inclusive no pro-cesso do aprendizado. Os sinais de ansie-dade aparecem principalmente no dia defazer uma prova, quando muitos alunosficam tensos ou apreensivos acima do nor-mal.

A psicóloga clínica Laís Moreira dizque os estudantes precisam ficar atentos enão deixar que as pressões da vida adultaatrapalhem o bom rendimento escolar. Aoatender diariamente somente crianças eadolescentes, que são alunos em processode formação, ela afirma que a criança nãoestá sendo tratada como criança. E nemadolescente sendo tratado como tal. Elessão cada vez mais vistos como as pessoasque vão mudar para melhor futuro e seesquecem de que eles precisam viver aidade que eles têm hoje.

“A criança tem brincado menos. E abrincadeira é fundamental para o desen-volvimento cognitivo dos alunos. Elaajuda a desenvolver partes do cérebro quenenhuma matéria em sala de aula conse-guiria desenvolver. O adolescente, além dese concentrar nos estudos, precisa de maisentretenimento. Quando a mente estátranquila ela automaticamente se abrepara o conhecimento”, diz a psicóloga.

Basta as avaliações escolares se apro-ximarem para muitos alunos entrarem empânico. Eles sentem um misto de senti-mentos como medo, frustração e preocu-pação. Ele estudam muito mas na hora daprova dá o famoso “branco”. Isso ocorreprincipalmente porque eles se concentramapenas no resultado.

A cobrança feita pelos pais ou atémesmo pelo próprio estudante acabamcausando uma carga emocional muitopesada, tornando um teste ou seleçãomais difícil. A ansiedade na vida do alunonos últimos anos tomou uma proporçãoexacerbada – diz Lais Moreira. Isso sedeve às cobranças dos pais, professores emercado de trabalho, que está cada vezmais exigente.

A ansiedade tem levado crianças e ado-lescentes a apresentarem sintomas dedepressão. Quando ele se esforça paraaprender uma matéria ou se sair bem emuma prova e não consegue, a baixa estimase manifesta no comportamento do aluno.Uma das manifestações desse problema éagressividade, seja contra colegas ou con-tra o próprio aluno. O estudante podetambém ficar agressivo até mesmo com oprofessor ou cria traumas – explica a psi-cóloga.

“A ansiedade tomou conta das criançase adolescentes. Muitas fazem exames e

não descobrem, nada porque é uma doen-ça emocional”, lembra Laís Moreira.

Para a psicóloga um dos problemasque causam tensão nos alunos são as for-mas como as provas, vestibulares e sele-ções como o Exame Nacional do Ensinomédio (Enem) vêm sendo apresentados.Dá a entender que os alunos precisamficar somente estudando. E assim não fun-ciona. Cada aluno tem um limite de con-

centração, porém todos conseguem apren-der da sua maneira.

“Os alunos precisam se sentir menospressionados. Sabemos que hoje umafamília vive com o tempo escasso paradedicar tempo para o lazer ou entreteni-mento, porém isso é necessário. Não vaiadiantar ter dentro de uma família umgrande estudioso, porém doente e frustra-do”, observa.

Psicopedagoga Jordana Balduino: família deve ajudar o aluno a superar aansiedade no ambiente escolar

Este ano, o concurso realizado pela Tribuna do Planalto envolve toda a comunidade escolar diretamente no combate ao mosquito Aedes aegyptiA ansiedade na vida dosestudates nos últimos anostomou uma proporçãoexacerbada. Especialistasrecomendam atenção paraevitar que as pressões davida adulta atrapalhem orendimento escolar

Fabiola Rodrigues

Estudantesestão cada vezmais ansiosos

A estudante Juliana Canedo, de 16anos, sofre com ansiedade em sala deaula. O pânico dela é aprender a matériade História. Por mais que se esforce, asnotas sempre chegam baixas em casa. Eela já sabe que a mãe dela vai brigar e adeixará de castigo.

“Eu não sei por que não consigo meconcentrar. Já fiz muitas coisas para ten-tar, mas não tem dado certo. E quandopenso que no meu boletim e que na notavai vir baixa, fico nervosa. Minha mãe mecobra melhor desempenho. E choro porisso, não sei mais o que faço”, diz a estu-dante.

Juliana conta que, além da pequenaconcentração em sala de aula paraaprender a matéria, fica pensando namãe. Ela diz que aquilo que parece sercomplicado na cabeça dela vira um“monstro” maior ainda, por imaginar narepreensão que vai receber dentro decasa.

A estudante também está decidindo ocurso que deseja para prestar vestibular:psicologia ou medicina. A mãe preferemedicina. E ela se sente pressionada porisso.

Outra estudante que vem sofrendocom ansiedade é Emilly Araújo, 13 anos.

Ela tem problemas com a matéria deportuguês. Cada aula para ela é como sefosse um tormento. Ela alega que a pro-fessora não ajuda na hora de repassar oconhecimento e, como ela já tem dificul-dade em aprender, fica mais complicado.

“Eu acho português muito difícil. Nahora da prova eu fico nervosa e me dábranco de mais. Travo mesmo e passomal”, diz Emilly.

Entre um dia e outro em sala de aula,a estudante conta que vai tentando

aprender a matéria, mas a família emcasa fica sempre acompanhando parasaber se ela vai conseguir ou não melho-res notas. Emilly lembra que não se sentebem com a pressão que sente e que issosó prejudica o aprendizado.

A força da famíliapode ajudar o aluno

Histórias de pânico e tormento em sala de aula

Psicóloga Laís Moreira: “A ansiedade tem levado crianças e adolescentes aapresentarem sintomas de depressão”

Estudante Juliana Canedo: pânico na hora de estudar adisciplina de História

Emilly Araújo: cada aula de Português para ela é como sefosse um tormento

PAULO JOSE

PAULO JOSE

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Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil va

se bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Gerente de ProjetosEnoel Júnior

enoeljunior@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Este caderno é encartado no jornal Tribuna do Planalto

tri bu na do pla nal to.com.brRua An tô nio de Mo ra is Ne to, Nº 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás –

CEP: 74.403-070 - Fo ne: (62) 3226-4600

MÔNICA SALVADOR

Educação EM FOCO

Da Redação

Na tarde da última quarta-feira(13/04), um grupo estudantes foi até aReitoria da Universidade Federal de Goiás(UFG) reivindicar o apoio da gestão paracombater casos de assédio e violênciasexual na Universidade. A ação, organiza-da pelas redes sociais, e chamada de 1º Atocontra Assédio e Violência Sexual naUniversidade Federal de Goiás reuniu estu-dantes que relataram casos de abusossofridos dentro da UFG, registraramdenúncias na Ouvidoria e receberam orien-tação sobre como proceder nesses casos.As informações são da Assessoria deComunicação da UFG.O vice-reitor, Manoel Chaves, recebeu

o grupo na Sala de Reuniões do Gabinete eexplicou como funcionam os processosadministrativos e a importância de instalaruma comissão para apurar os casos.Diante da preocupação dos estudantes, ovice-reitor se comprometeu a analisar pro-postas de ações de conscientização sobre oproblema, além acompanhar as investiga-ções e tomar as providências cabíveis noscasos denunciados. Além disso, lembrouque uma campanha sobre assédio sexual emoral já está sendo produzida pelaAssessoria de Comunicação da UFG edeve ser amplamente divulgada nos próxi-mos meses.Casos de assédio e violência sexual

podem ser denunciados na Ouvidoria daUFG, localizada no segundo andar do pré-dio da Reitoria, ou pelo telefone (62) 3521-1149 ou e-mail: [email protected].

ENSINO SUPERIOR

Mais um livro é lançadonoPalácio das EsmeraldasO governador Marconi Perillo e a pri-

meira-dama Valéria Perillo receberam noPalácio das Esmeraldas na noite de terça-feira, 12, a escritora goiana Alba Dayrell(foto) para o lançamento do seu livro“Razão e Emoção”. O lançamento fezparte de uma série de eventos culturaisque o governador Marconi Perillo temrecebido no Palácio ao menos uma vez acada duas semanas. Só este ano já foramnove lançamentos de livros. Incentivadorda cultura goiana, ele ressaltou a impor-tância de valorizar e incentivar os artistase autores locais. Em seu discurso, a secre-tária Raquel Teixeira (Seduce) parabenizou a iniciativa de Marconi em transformar oSalão Gercina Borges em um espaço cultural em Goiás. Toda a renda da comercializa-ção dos livros será doada ao Grupo de Orações São Sebastião, de Goiânia.

Grupo celebra 400 anos da morte de ShakespearePara celebrar os 400 anos de falecimento do dramaturgo inglês William

Shakspeare, que acontece no próximo dia 23 de abril, a Pulo do Gato Arte eComunicação estreia o espetáculo teatral Milk-Shakespeare, uma Ópera-Rock criadaa partir da mistura de três tragédias shakespearianas (Hamlet, Ricardo III eMacbeth). As apresentações ocorrem nos dias 26,27, 28 e 30 de abril no Sesc Centro,Goiânia. Valor do ingresso: R$ 15 (inteira); R$ 7,50 (meia) e R$ 5 (comerciário).

Escola de Governoseleciona instrutoresinternosEstão abertas até o próximo dia 13

de maio as inscrições para a seleção deservidores efetivos e comissionados paraatuar como instrutores internos no pro-grama de capacitação da Escola deGoverno Henrique Santillo. As inscriçõessão presenciais ou por procuração sim-ples, feitas exclusivamente na secretariada Escola de Governo, localizada naRua C-135, Quadra 291, Lote 03, noJardim América, em Goiânia, de segundaa sexta-feira, das 8 às 13 horas e das 14às 20 horas, mediante entrega de docu-mentação encadernada, conforme espe-cificado no edital. Mais informações:(62) 3201-9259

Curso de Informática Básica exclusivo para mulheresCom o objetivo de promover a inclusão digital, a Secretaria Municipal de Políticas

para as Mulheres (SMPM) da Prefeitura de Goiânia, em parceria com o Senac, oferececurso gratuito de Informática Básica, exclusivo para mulheres. Estão disponíveis 20 vagasdistribuídas em duas turmas. As aulas serão realizadas no laboratório de informática daSMPM e acontecerão às segundas-feiras (turma I) e às quartas-feiras (turma II), das 14hàs 18h. A duração do curso é de aproximadamente dois meses. Para garantir a vaga, asinteressadas deverão ter no mínimo 16 anos, preencher o formulário da pré-inscrição(https://goo.gl/jy3SaS) e realizar a matrícula pessoalmente na SMPM (Rua 16 A, nº 350,Setor Aeroporto) até o dia 14/04/2016. Mais informações (62) 3524 2933 / 3524 2934.

Grupo pedeapoio emcasos deassédio eviolênciasexual Reunião foi uma ação organizada

pelas redes sociais

CARLOS SIQUEIRA

DIVULGAÇÃO

Livro defende aimportância das palavrasA palavra ultrapassa o que é

usual, trivial e cotidiano. É o quedefende a escritora carioca AlexandraVieira de Almeida em seu novo livrode poemas intitulado “Dormindo noverbo”. Lançado pela editora Penalux(R$ 34,00) e composto por 67 poe-sias, a obra pretende mostrar a impor-tância da percepção da palavra naconstrução de tudo que nos cerca.Segundo a poetisa, o seu trabalho uneo intelectivo e o linguístico num sócanal. O livro transmite ao leitor aimagem de que o verbo, ou seja, aação, é muito valioso para a recriaçãodo mundo.

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A entrega do material de divulgaçãodo Concurso de Redação, Desenho,Fotografia e Vídeo Goiás na Ponta doLápis já foi realizada em todo o estado deGoiás. As 40 subsecretarias de Educaçãojá receberam o material, composto de car-tazes, fôlderes, proposta de organizaçãogeral e regulamento. O gerente de Projetosda Tribuna do Planalto, Enoel Júnior,

concluiu essa fase de entrega do materialde divulgação na semana passada.O professor Juliano Avelar, diretor do

Núcleo Pedagógico na SubsecretariaMetropolitana, diz que os folderes jáforam entregue nas mãos dos estudantesdas 130 escolas estaduais da capital.“Esta edição vai proporcionar um

grande debate no ambiente escolar.

Acreditamos que muitos alunos vãoadquirir aprendizado após a participaçãodo concurso. Isso é o mais importante”,observa o diretor.As Subsecretarias Regionais de

Educação de todo o estado são responsá-veis pela entrega do material às unidadesescolares da rede estadual e também para assecretarias municipais de suas jurisdições.

Professora de português, LudimlaMacedo: Se orgulha em trabalharcom os alunos sobre o concurso

Nathalya Rodrigues: “Vou apresentarum ótimo trabalho”

Estudantes da Escola Estadual Pedro Gomes, em Goiânia estão unidos para combater o Aedes . Além das práticas decombate, os alunos já estão adquirindo experiências para produzir material do concurso

Além ter mais chance de usar a criati-vidade, na 12ª do certame os alunos estãose sentindo à vontade para produzir omaterial, de forma educativa e saudável.Os alunos da Escola Estadual PedroGomes estão brincando com as palavras eo diretor está motivando eles a produziros trabalhos.“Nosso diretor vem nos ajudando

nessa jornada de produção do materialpara o concurso. Até os vídeos, ele vai nosajudar a criar. Queremos todas as edições

dessa forma”, pede Juliana Porto.Para a estudante Nathalya Rodrigues,

de 15 anos, o concurso vai servir para elacolocar no papel as práticas que vemusando no combate ao Aedes.“Eu tenho praticado o combate ao

Aedes e a escola tem me orientado comofazer isso com frequência. Vou apresentarum ótimo trabalho a partir da minhaexperiência. As produções além vão privi-legiar muitos alunos e isso é motivador”,diz Nathalya Rodrigues.

As novidades da 12ª do concursoGoiás na Ponta do Lápis estão despertan-do nos professores desejo maior ainda deorientar os alunos nas diversas formas deproduzir os trabalhos. Essa oportunidadeé observada pelos educadores como umamaneira de avaliar os alunos nas diferen-tes formas de criatividade.Para a professora de português

Ludimila Macedo, que dá aula na EscolaEstadual Pedro Gomes, o concurso acres-centa muito conhecimento para os estu-dantes. Ela lembra que já participou deoutras edições ainda como aluna. Ela sesente privilegiada em saber que quem par-ticipa do certame de alguma forma saivencedor, pois é um aprendizado.“Tenho orgulho de trabalhar com os

alunos sobre o concurso e saber que eletem resultados. Eu achei muito interes-sante as novidades das produções dostrabalhos, porque como professoresvamos avaliar os estudantes de diversasformas. Estamos incentivando eles aapresentarem bons materiais”, diz a pro-fessora.

Brincando com a criatividade

Subsecretarias já têm o material de divulgação

“Já participeide outrasedições aindacomo aluna”

FOTOS: PAULO JOSÉ

SEDUCE

Fabiola Rodrigues

A 12ª edição do concurso Goiás naPonta do Lápis continua com as inscriçõesabertas até o dia 15 de maio. Este ano,diferentemente das outras edições, os alu-nos que desejam participar precisam reali-zar a inscrição pelo site www.tribunado-planalto.com.br. Vale lembrar aos estudan-tes que fazer o cadastro no site garante aparticipação no concurso. Agora faltamenos de um mês para o encerramentodas inscrições. O maior concurso de reda-ção, desenho, fotografia e vídeo doCentro-Oeste pretende alcançar 1,8milhões de estudantes dos 246 municípiosgoianos.

Para participar, é preciso estar regular-mente matriculado nas redes de ensinoestadual, municipal ou particular emqualquer cidade do estado de Goiás.Realizado pela Tribuna do Planalto comapoio do Governo estadual através daSecretaria de Educação, Cultura eEsporte e Secretaria de Saúde, o certameestá com novidades este ano. Ao contráriodas edições anteriores, os alunos a partirda edição deste ano podem produzir,além das redações, trabalhos nas catego-rias Desenho, Fotografia e Vídeo.

O tema do concurso é “Histórias reaisde combate ao Aedes” e tem como inten-ção envolver e conscientizar toda a comu-nidade escolar, para que se tornem rotinaàs ações de combate ao mosquito Aedesaegypti, causador de doenças como den-gue, chikungunya e zika. Os alunos devemrelatar ações reais de combate ao mosqui-to e as melhores produções serão premia-das com notebooks, tablets, smartphones,bicicletas, medalhas, certificados e bolsasde estudo.

6 GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

Além de terem mais opçõespara usar a criatividade,estudantes estão se sentindoà vontade para produzir omaterial para a 12ª ediçãodo certame

Concurso dá maisliberdade para alunos

Riziery Souza: “Achei muito bom não ter só a opção deredação. Vamos produzir vários trabalhos”

Juliana Porto: “Com as novas modalidades, muitosestudantes estão me falando que vão participar”

Da Redação

Uma comitiva de Rondônia esteveem Goiânia na semana passada paraconhecer o projeto de gestão compar-tilhada com Organizações Sociais naEducação, proposta cuja implementa-ção está em andamento pelaSecretaria de Educação, Cultura eEsporte de Goiás (Seduce) nas escolasda rede pública de ensino. Anfitriã, asecretária Raquel Teixeira recebeu aequipe em seu gabinete, na terça-feira, 12/4, e ainda falou sobre outrosprojetos desenvolvidos pela pasta.

O secretário adjunto de Educaçãode Rondônia, Márcio Félix, disse estarimpressionado com a estrutura daSeduce.

“Realmente tem projetos bemadiantados aqui, principalmente essaquestão das Organizações Sociais.Goiás está um passo à frente detodos os outros Estados. O que ébom tem que ser copiado. Por issoviemos aqui ver como funciona esseprojeto, para copiar e levar atéRondônia”, disse.

Durante o encontro, o secretáriorondoniense explicou que a visitaatende a um pedido do governadorConfúcio Moura, que deseja melho-

rar os índices da Educação estadual.“Nós já temos uma lei para criar

OS na Educação, então agora é traba-lhar para implantar isso, principal-mente na parte da merenda, da lim-peza, da gestão escolar”, explicou.

Raquel Teixeira lembrou que rece-beu recentemente uma comitiva doCeará, que também estava interessa-da em conhecer de perto o projetodas OSs. Ainda falou sobre o orgulhodos últimos índices alcançados pelosalunos da rede estadual.

“Tivemos 47 mil alunos partici-pando do último Enem. Desses, 22mil foram aprovados e conquistaramvagas em universidades. Estamosmuito felizes com os resultados. Issonos motiva a trabalhar para conquis-tar mais números expressivos”,explicou a secretária.

AGENDA

A comitiva de Rondônia se reuniunovamente com técnicos da Seducena quarta-feira, 13, quando conhece-ram os projetos de forma mais apro-fundada. Márcio Félix está emGoiânia acompanhado do diretor exe-cutivo da Seduc-RO, Flávio Cioffi, eda assessora da Casa Civil-RO, MailaAndrade.

Participaram do encontro com atitular da Seduce o procurador-chefeda advocacia setorial, AndersonMáximo, os superintendentesExecutivo, Ivo César Vilela; de Gestão,Planejamento e Finanças, RivaelAguiar; de Ensino Fundamental,Márcia Rocha; de Acompanhamentodos Programas Institucionais, RalphRangel; e de Inteligência Pedagógica,Marcelo Jerônimo.

Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte

Para secretário adjunto deEducação rondoniense,modelo que será implantado“é bom e tem que sercopiado”

O desempenho positivo dosalunos de escolas estaduais goia-nas, conforme explicou RaquelTeixeira, é reflexo dos diversosprojetos em andamento. A equi-pe de trabalho da Seduce queparticipou da reunião com acomitiva de Rondônia explicousuperficialmente cada iniciativa,como as escolas em tempo inte-gral, o currículo referência deGoiás, a Avaliação DirigidaAmostral (ADA) e outras açõesvoltadas aos estudantes.

Outro projeto bastante elogia-do pela comitiva rondoniense foio Goiás 360. Além de oferecerinformações sobre as unidadesda Seduce em todo o Estado nainternet, o programa tambémtem ferramentas internas paragestão. Com um clique é possí-vel acompanhar informaçõessobre escolas, quadro de profes-sores e desempenho dos alunos.

“Achamos o projeto muitointeressante. Ele oferece informa-ção para alunos, comunidadeescolar, população em geral e atépara os órgãos de controle”, elo-giou Márcio Félix.

Secretárioadjunto elogiaprograma Goiás 360

Comitiva de Rondôniaconhece projeto de OS na Educação Secretário de Educação de

Rondônia, Márcio Félix

Secretário Raquel Teixeira falou sobre o orgulho dos últimos índicesalcançados pelos alunos da rede estadual

Os estudantes da Escola EstadualPedro Gomes, em Goiânia estão uni-dos para combater o Aedes e evitar queo ambiente escolar se torne local deproliferação do mosquito. Além dasprát icas de combate , os a lunos jáadquirem experiências para produzirmaterial do concurso. A aluna RizierySouza, de 16 anos, fica contente emajudar no combate.

“Nós estamos fazendo mutirão den-tro da escola. Tiramos dias para aparar agrama, a horta, retirar todos os sacos elatinhas do nosso ambiente de estudo. Éótimo fazer isso com o envolvimento dosmeus colegas de sala. Estamos ajudandoa erradicar o Aedes”, diz a estudante.

As novidades do concurso, como aprodução de desenhos, fotografias evídeos, estão motivando ainda mais osalunos a participarem da edição inova-dora do certame. A estudante RizierySouza, conta que as novas possibilidadesde criar os trabalhos foi motivador.

“Achei muito bom não ter só a opçãode redação. Vamos poder produzir váriostipos de trabalhos relacionados ao tema.A paródia que foi o gênero textual escolhi-do para o ensino médio teve ótima reper-cussão aqui na nossa escola, gostamosmuito. Vai dar para fazer muitos materiaislegais. Podemos usar vários ritmos musi-cais e criar novas músicas”, diz, animada,a estudante.

Riziery Souza faz o terceiro ano doensino médio e conta que seu trabalhoestá quase pronto. Ela vai brincar com umritmo musical infantil envolvendo o com-bate ao mosquito Aedes.

A estudante Juliana Porto, de 15 anos,faz o primeiro ano do ensino médio. Elaadora escrever e diz que as novidades doconcurso vai envolver mais alunos nanova edição.

“Escrever é uma paixão minha, masexistem pessoas que não gostam. E asvezes nem participavam do concursoporque não tinha outra opção. Com asnovas modalidades, muitos estudantesestão me falando que vão participar”,conta a estudante.

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Goiás na Ponta do Lápis

Novidades incentivamparticipação de alunosEstudantes do colégio Pedro

Gomes

combatem o Aedes aegypti e adquirem

experiências para produzir material do

concurso. Págs. 6 e 7

tri bu na do pla nal to.com.br/es co la

Este suplemento circula também nos jornais Tribuna de Anápolis e Tribuna do Sudoeste

FOTOS: PAULO JOSÉ

Cobranças excessivas dos pais,familiares e sociedade para queo aluno obtenha boas notas ese prepare de forma exaustivapara provas e seleções estãolevando crianças e adolescentesa apresentarem graus elevadosde ansiedade, com reflexosnegativos no processo doaprendizado. Especialistas,como a psicóloga clínica LaísMoreira (foto), explicam que osestudantes precisam ficaratentos e não deixar que aspressões da vida adultaatrapalhem o bom rendimentoescolar. Págs. 4 e 5

Ansiedadeé inimiga doaprendizado

GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 20168

Secretaria Municipal de Educação e Esporte

Torcedores, atletas e equipe de arbi-tragem são figuras vistas rotineira-mente nos estádios de futebol em diasde jogo. No entanto, o Estádio SerraDourada recebeu uma turma diferentenos bastidores da partida entre os clu-bes goianos Atlético e Anapolina, nodomingo, 10 de abril. Um total 120alunos, com idade entre 10 e 14 anos,participaram de visita promovida peloprojeto “O Árbitro e a Escola”, quebusca ensinar sobre o papel do árbitrono esporte. As crianças e adolescentesacompanharam as etapas da prepara-ção do jogo, além de assistir a rodadado Campeonato Goiano.

A iniciativa é fruto da parceria daPrefeitura de Goiânia, Sindicato dosÁrbitros de Futebol de Goiás (Safego)e a Federação Goiana de Futebol(FGF). Para o gerente de IniciaçãoEsportiva, Esporte Educacional eRendimento, Jair Marinho, o projeto,

além de destacar a figura do árbitro,proporciona conhecimento que podecontribuir para a vida das crianças.

“O maior objetivo é que eles apren-dam a importância do esporte e apren-dam a respeitar as regras, pois, respei-tando as regras de um jogo, eles res-peitarão as regras de convívio emsociedade”, avalia.

Para o presidente do Sindicato dosÁrbitros de Futebol do Estado deGoiás (Safego), Edson Antônio deSousa, a iniciativa tem alcançado bonsresultados.

“Já é o segundo ano do projeto etem sido uma experiência gratificante,o contato direto com jovens e crianças,

onde daremos a nossa contribuiçãopara o futuro da nossa sociedade edaqui sairão torcedores mais conscien-tes e quem sabe futuros árbitros defutebol”, comenta.

DIA DE JOGOO professor da rede municipal,

Adailton Alves, acompanhou os alu-nos durante a visita e elogiou a inicia-tiva pela oportunidade dada às crian-ças e adolescentes.

“É um projeto inédito em Goiás.Muito interessante para as criançasconhecerem a realidade do nosso fute-bol. Tem crianças que nunca vieram aoestádio e, pela primeira vez, estão

vindo. Muitos só viram pela televi-são”.

Para Alves, entre os temas levanta-dos, a disciplina que o árbitro impõeno futebol está entre os mais impor-tantes.

Apesar de ser um esporte com maisadesão de meninos, o futebol tambémse tornou atrativo para a aluna Natáliados Santos Paulino, 10 anos, que soubereconhecer a importância do esporte.

“Eu gosto do projeto, só não gostomuito de futebol, mas é legal porqueajuda a saber de regras, a desenvolvero corpo e a não ser violento”, afirmou.

Já Ângelo Gabriel, 10 anos, estudana Escola Municipal Paulo Teixeira deMendonça e é adepto da bola. O alunopôde conferir de perto um jogo de seutime, o Atlético.

“Aprendi muita coisa sobre o fute-bol, os árbitros e os jogadores. Hojeassisti o meu time jogar”, comentou.

O projeto foi iniciado no segundosemestre de 2015 e prossegue com ati-vidades nas escolas. Marinho explica adinâmica do projeto.

“Os árbitros vão às escolas e minis-tram uma palestra sobre o trabalho dearbitragem, quem são e quem pode serárbitro, além de ressaltar a importân-cia da atividade física para o atleta,uma dedicação que também é exigidado árbitro. Na sequência, os alunosvêm ao estádio e podem ver de perto aexperiência relatada na palestra. Naúltima fase, que é feita na escola, osalunos produzem uma redação sobreo projeto”, detalha.

Visita de alunos da redemunicipal ao Estádio SerraDourada integraprogramação do projeto “OÁrbitro e a Escola”, queaborda temas como aimportância do esporte e adisciplina

Roseneide Ramalho

Entre os alunos, o atleticano Ângelo Gabriel acompanhou o jogo do seu time

ANO 10 - NÚ ME RO 749 – GO I Â NIA, 17 A 23 DE ABRIL DE 2016

Árbitros ensinam as crianças sobre a função e temas como respeito às regras Visitação dos alunos da rede municipal ao campo do Serra Dourada

Aprendizagem com árbitros de futebol