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1 Luiza Lins E a inclusão cultural através do cinema Direto da empresa Aprendizes, um seriado, fraldas de pano e a paixão nacional Café bem brasileiro O pão de trigo dá energia Revista de Relacionamento da Döhler S/A | N°4 | Inverno | 2011 Brasil segue o exemplo de mais de 90 países e institui a lei antifumo Entre sem fumar

Estilo D - issue 2

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Estilo D - issue 2

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Luiza LinsE a inclusão cultural através

do cinema

Direto daempresa

Aprendizes, um seriado, fraldasde pano e a paixão nacional

Café bem brasileiro

O pão de trigo dá energia

Revista de Relacionamento da Döhler S/A | N°4 | Inverno | 2011

Brasil segue o exemplo de mais de 90 países e institui a lei antifumo

Entre sem fumar

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Em busca de novidades nos mais variados assuntos, a Estilo d per-correu lugares comuns, como os consultórios médicos, as ba-ladas, e os destinos não explora-dos pelo setor turístico, como o Nordeste sem praia de Teresina, a primeira cidade planejada do país. O que encontramos foram belas paisagens e boas histórias de pessoas que cruzaram o nos-so caminho.

Em Joinville, na sede da Döhler, um senhor simpático e cheio de boas ideias para o meio ambien-te conta o que a empresa pensa sobre sustentabilidade e o que ela já coloca em prática, Fazen-do a Diferença em seu setor. Também direto da cidade das flores, acompanhamos a evolu-ção do Programa Menor Apren-diz na Döhler, um projeto social que coloca o jovem no mercado de trabalho.

Para quem precisa de uma ajuda para manter a saúde, a editoria Viva Bem traz os benefícios de um café da manhã tipicamen-te brasileiro, além dos exames rotineiros para todas as idades. Outra opção saudável desta edi-ção é a lei antifumo e seus des-dobramentos entre fumantes e não fumantes. Nesta edição, ainda fomos atrás de dicas para você cuidar do seu filho vesti-bulando. Falando em ambiente familiar, não está na hora de pre-parar a sua casa para o inverno e deixá-la mais aconchegante? Inspirada nos ambientes rústicos dos hotéis-fazenda, a editoria Sua Casa traz soluções atuais e econômicas para dar aquela repaginada.

Esses e outros assuntos você en-contra nas próximas páginas.

Boa leitura!

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Expediente

Índice

Estilo d | Revista de relacionamento da Döhler S/A

Produção D/Araújo Comunicação | (48) 3332 8000E-mail [email protected] Fernanda Rebelo (MTB/SC 3751 JP)Tiragem 11,5 mil exemplares

Döhler S/ARua Arno Waldemar Döhler, 145 | Distrito IndustrialJoinville, Santa CatarinaTelefone (47) 3441 1666

Fazendo a Diferença

Viaje Nessa

3 3 4 Em Destaque

02 Carta ao Leitor03 Editorial06 Isso é Tendência08 @Mídias Sociais09 Crônica da Dedê10 Acontece Aqui14 Momento Döhler17 Novinhas em Folha18 Balcão19 Comportamento20 Sua Casa21 É de Família22 O Curioso23 Viva Bem

Uma revista caixeira-viajante

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No ano passado, tomei a decisão de participar dos principais even-tos de relacionamento com con-sumidores, lojistas e consultores de vendas que a empresa realiza pelo país. Desde janeiro, fui de Belo Horizonte a Teresina, pas-sando por Campo Grande, Volta Redonda e Ribeirão Preto. Depois de alguns meses, tenho a certe-za de que minha decisão foi das

laboratório para a nossa marca. Medimos a presença da Döhler em cada região, ouvimos elogios, sugestões e aceitamos de cora-ção aberto eventuais críticas. E tudo ali, na hora, pois relaciona-mento de verdade tem que ser baseado em confiança.

Esse é o jeito Döhler de se relacio-nar. É o que norteia nossas ações de marketing e o que estimula nossa equipe a entender os há-bitos de consumo de quem opta pelos nossos produtos. Quanto mais convivemos com nossos consumidores, mais nos apai-xonamos pelo que fazemos. Ao observar as pessoas no Momento Döhler – bordando, cantando e interagindo com nossa equipe – nos entusiasmamos mais e mais em proporcionar uma experi-ência diferenciada com a nossa marca, baseada na emoção e não apenas na oferta de produtos.

Nas palavras da maior autoridade da administração moderna do mundo, Philip Kotler, “Marketing deixou de ser apenas um proces-so de vendas e publicidade para ser um conjunto de pro cessos em criar, comunicar, transmitir e entregar valor.” É o que a Döhler faz.

Humanizar é o nosso verbo

Carlos Alexandre DöhlerDiretor Comercial

Editorial

Não adianta oferecer somente produtos de qualidade com preço justo para fidelizar o cliente. Uma marca que busca reconhecimento precisa ouvir o consumidor, olhá-lo nos olhos e conquistá-lo. E é em busca dessa relação que, em 2011, a Döhler percorre todas as regiões do país

mais acertadas. Afinal, se a ideia é humanizar nossas relações comerciais, tanto no marketing, quanto no corpo a corpo com os lojistas, precisamos ouvir as pes-soas e suas experiências com a nossa marca.

No Momento Döhler, buscamos medir a aceitação dos nossos produtos e, mais do que isso, o sentimento que eles propor-cionam. Assim, ao receber um abraço, um agradecimento ou uma sugestão de quem já levou nossa marca para casa, a equipe entende a importância do even-to e tem a certeza de que o re-lacionamento da Döhler com o seu público ultrapassa as mídias sociais, os sites institucionais e as ações meramente comerciais. Vender sem conquistar está fora dos nossos objetivos e, para con-quistar, temos a difícil missão de conhecer nosso consumidor e as peculiaridades de cada região.

Nessa rotina de viagens aprendi que o primeiro passo é saber um pouco mais sobre o local de des-tino. E ao chegar lá são as pessoas que nos apresentam, em palavras ou costumes, como é esse lugar. Assim, nossos cursos de artesa-nato gratuitos tornaram-se um

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Luiza Lins já mudou a vida de mais de 100 mil crianças. Esse é o número de frequentadores da Mostra Internacional de Cinema Infantil de Florianópolis, idealiza-da por Luiza, e que visa à inclusão social e à educação por meio da sétima arte. Muitas dessas crian-ças jamais teriam a oportunidade de entrar numa sala escura de exibição se não fosse pelo evento, que chegou este ano à décima edição.

Catarinense de Itajaí, com forma-ção técnica em Artes Cênicas, Luiza usa a sétima arte como ins-trumento transformador. É com o cinema feito no Brasil – e pensa-do para as crianças – que ela de-seja não só formar público, mas também fortalecer a cidadania e a identidade nacional.

Mãe de Catarina, 20 anos, e Anto-nio, 11, Luiza dribla desafios com persistência, por acreditar no po-der da arte e da cultura para tor-narem o mundo um lugar onde as diferenças são respeitadas. Ela faz de sua bandeira um exemplo de esperança na humanidade. Os mais de 100 mil sorrisos que ela despertou – e os que ainda des-pertará – são a força motriz de sua perseverança.

Como foi a criação da Mostra de Cinema Infantil?

Quando começamos, não tinha nem filme infantil para exibir. Ninguém levantava a bandeira do cinema brasileiro para crian-ças. Estamos na décima edição, e vamos lançar uma caixa com 33 curtas nacionais! É uma cons-trução. Na época, pensamos em provocar esse debate, para que houvesse a segunda edição da Mostra. E foi acontecendo. Estou indo para cidades do interior de Santa Catarina para divulgar a Mostra e fazer um Cineclube, e as pessoas reclamam que em suas cidades não tem nada. Tudo é uma construção, alguém tem que fazer.

Por que é tão importante o ci-nema infantil e brasileiro?

Nos primeiros encontros, as pes-soas associavam cinema infantil a cinema social, achavam que eu estava fazendo uma boa ação. É muito mais que isso. É estraté-gico para o mercado brasileiro. Acredito piamente que estamos formando público para o cinema brasileiro. Se as crianças cresce-rem habituadas a ver sua cultu-ra na tela, vão consumir cinema quando jovens e adultas. Além disso, é estratégico para a cultu-ra, para a sociedade como um todo, para a nação, para a forma-ção do cidadão, para fortalecer a identidade nacional.

Como assim?

A criança que cresce vendo só filme americano não tem familia-ridade com a sua cultura, com o Outro brasileiro, com as diferen-ças. Não é à toa que o Norte Eu-ropeu, o Canadá e outros países investem 25% dos recursos de cinema para o cinema infantil. Tem gente que cresceu vendo outra cultura e acha a nossa me-nor. Diariamente, vemos pessoas, no seu discurso cotidiano, dimi-nuindo o Brasil, porque não se re-conhecem enquanto brasileiros. Não conhecem o Brasil.

Qual o papel da cultura nesse processo?

Acredito que uma criança sem contato com a cultura não vai ser uma cidadã plena. Educação não se faz só na escola. Essa se-paração entre escola e cultura é muito danosa.

Como superar os obstáculos que aparecem?

Acredito muito no que eu faço, e isso me dá muita força. Acredito

A arte de transformar

3 X 4

A diretora da Mostra Internacional de Cinema Infantil de Florianópolis, Luiza Lins, acredita no poder da séti-ma arte para fortalecer a cidadania

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na inclusão social através da cultu-ra. Isso me dá muita propriedade. Ao mesmo tempo, fico buscando

estraté-gias para superar a

falta de conhecimento da pessoa que está na minha frente. Procu-ro um meio pelo qual eu possa entrar, com cuidado para não ser uma coisa arrogante. Tem que ter muita paciência para explicar. A gente está formando também essa pessoa, geralmente de cida-des fora dos grandes centros, e que provavelmente não teve uma formação cultural na infância. Eu venço pelo cansaço, e sou um pouco obsessiva pelo tema. Se não fosse, não conseguiria. Escu-to uns quatro nãos, e na quinta vez, eu vou lá e tento de novo. Tenho total domínio do tema, e me emociono, porque o que estou falando é uma verdade. Isso me dá força e me nutre.

A Mostra fica maior a cada edição. Por que isso?

É difícil fazer um evento diferente todo ano, cada vez maior e me-lhor, mas tem de ser, para cha-mar a atenção. Porque se não for assim, vai cair na mesmice e não consigo mais captar recursos para

sua realização. Todo ano tenho que provar que é importante, en-tão é preciso renovação, sempre.

A arte de transformar

Tem que inovar para ser atrativo, é fundamental. Fomos pioneiros em SC. Na época que começa-mos, não havia o hábito de fazer projetos com inclusão social. Nós levamos crianças de famílias de baixa renda para as salas de cine-ma, e levamos exibições para ci-dades onde não há cinema.

O evento conta com a parti-cipação de atores e diretores, além de oficinas e workshops para as crianças sobre como fazer cinema. Qual a impor-tância de se entender o pro-cesso?

A criança tem de entender que tudo tem uma construção. Uma coisa é ver, a outra é fazer. E outra coisa é a atriz principal ou o dire-tor do filme sentarem e conversa-rem com ela. Isso tudo amplia o conhecimento, faz entender ou-tras coisas, que aquilo exigiu um certo esforço e, ao desconstruir, ela consegue analisar e pensar sua própria vida. Tornamos o cinema

uma coisa muito pró-

xima da criança. Não é tão distan-te quanto parece. As coisas não aparecem de repente, tiveram uma construção que levou ao produto final.

A Mostra tem filmes de vários países do mundo. Por quê?

É fundamental conhecer outras

culturas. A gente vê que o mundo é feito de muitas diferenças e isso é o legal. Tenho ido para lugares muito diferentes, como o Irã e a Suécia, por exemplo. Aceitar a diferença é muito legal. A diversi-dade é a riqueza do mundo. Ter contato com isso nos torna muito mais tolerantes. Por isso digo que a cultura salva. Temos uma com-preensão da condição humana muito maior. Ver as crianças de lencinho no Irã me emocionou muito, porque são crianças.

Por que você se emociona?

A criança é a possibilidade da gente recomeçar. O mundo não está legal. Temos conflitos, guer-ras, violência, agressões ao meio ambiente. A criança representa a possibilidade de transformar o mundo num lugar mais justo e sustentável. É como um novo amanhecer. A tua manhã é a possibilidade de um dia melhor. A criança é a possibilidade de tornar um mundo melhor.

CurrículoFormação:estudou Comunicação na PU-RJ, fez Inglês e cursos de teatro em Nova York, EUA.Trabalhos:atuou no programa infantil Revis-tinha (TV Cultura) e foi dublado-ra na Álamo, em São Paulo. Em Florianópolis, fez teatro e apre-sentou programas de TV.Realizou projetos nas áreas de vídeo e cinema, e recebeu diver-sos prêmios e homenagens. Em 2002, criou a primeira Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Presidiu a Cinemateca Catarinen-se entre 2006 e 2008.

Luiza Lins vê nas crianças a possibilidade de recomeçar e de fazer um mundo melhor

Fila para entrada da Mostra

Para algumas crianças, é a primeira vez no cinema

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Aqui, brasilidade. No exterior, tropi-calismo. Não im-

porta o nome. O fato é que fru-tas, flores e animais são recriados em estampas e invadiram as pas-sarelas europeias, ditando a ten-dência das próximas estações. Sejam os limões sicilianos da es-tilista inglesa Stella McCartney ou as bananas e macacos da italiana Miuccia Prada. Até a primeira--dama norte-americana, Michelle Obama, que já virou a queridinha dos jornalistas de moda, mostrou que a tendência é forte também nos Estados Unidos e desfilou, em recente visita ao Brasil, com estampa de plantas.

Mas o Tropicalismo não é tão novo, pelo menos não por aqui. É só olhar para atrás, lá no final da década de 60, para ver que a moda imita a arte e que as rou-pas utilizadas pelos artistas da Tropicália podem muito bem ter

inspirado as cole-ções de 2011. As bananas já esta-vam presentes nas roupas de Caetano Veloso e as plantas e flores, nos belos vestidos de Rita Lee. Saindo do Brasil e indo para os Estados Unidos, encontramos nos filmes que retratam a déca-da de 50, mamães vestindo tubi-nhos com estampas de frutas.

A coleção de inverno mal foi lançada na Semana de Moda de Paris e já tem desdobramentos aqui no Brasil. A febre da meia estação é o casaqueto com es-tampas florais, que também es-tão nas camisetes, relembrando o estilo Liberty. As frutas já des-filaram na coleção do verão bra-sileiro e voltam ainda tímidas. Assim, a moda do nosso outono não só reforça as tendências de marcas consagradas do exterior, como também dá aquele toque brasileiro.

Estilistas de grandes marcas apresentam releituras do Tropicalismo para colorir a moda do inverno e primavera do Hemisfério Norte

A quitanda da moda

Isso é Tendência

Bananas e macacos estili-zados na coleção da Prada

Muito antes, na década de 60, Caetano Veloso ditava moda

Os limões sicilia-nos nas criações de Stella McCartney

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“bananismo” da estilista Miuccia Prada e criar suas próprias peças?

Com Dior, era sinônimo de luxo. Anos mais tarde ganhou cores nas criações de Marc Jacobs e as ruas, em produtos que vestem desde os pés até a cabeça das mulheres

Onça: do luxo ao pop

Casaqueto floral com manga 3/4 é a aposta das consumidoras

O tecido também é da linha de artesanato e já está nas lojas

Estilo Liberty para decorar a sua casa

Ao lançar o perfume Miss Dior, em 1947, Christian Dior também lançou, consciente ou não, uma tendência que não se esgota – a estampa de onça. Um pouco antes, a estampa aparecia de vez em quando nos looks da cantora Josephine Baker, que adorava tanto onças que tinha uma de verdade como bicho de estimação. Também a eter-na bonequinha de luxo Audrey Hepburn teve suas aparições

com acessórios de oncinha.Já na época do perfume de Dior, a estampa não fazia parte do produto, mas ilustrava a campa-nha publicitária. Foi o suficiente para se transformar em um item de luxo. Da década de 40 para os dias de hoje, a oncinha pas-sou por diversas criações, como as de Saint Laurent, Dolce e Gabbana, Roberto Cavalli e Marc Jacobs. Este último inovou, em 2010, incluindo cores vibrantes

à estampa, nas bolsas da Louis Vuitton.Por aqui, a brasileiríssima onça--pintada, também conhecida por jaguaretê, era referência no Tropicalismo. Com o tempo, ganhou espaço nas linhas de lingerie e de acessórios, até se expandir para todos os itens do vestuário. Para o outono/inverno 2011, as novidades são meias--calças e calças legging com a estampa.

Tendência invade a coleção da DöhlerNão dá para ficar de fora da moda. Seja para decorar a sua casa ou embelezar seu artesanato, florais e frutas invadem os produtos da coleção 2011 e são um convite à criatividade

Na linha de tecidos para patch-work, a Döhler confirma que o estilo Liberty nunca sai de moda. As consumidoras tam-bém confirmam seu talento no artesanato e vão além, com criações de belos casaquetos de meia-estação em estampas florais. Aliás, o romantismo das flores pode colorir sua casa, com a utilização dos tecidos para decoração da linha Belize e da cortina Elena.

A marca também se antecipou com a coleção inspirada na brasilidade e oferece o tecido de patchwork com bananas e abacaxis. Que tal se inspirar no

A meia calça de oncinha é a novidade do inverno

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João está sintonizado na sua rádio preferida quando escuta a propa-ganda da empresa que fabrica a camiseta que ele adora. Ao abrir seu email, recebe informações de uma promoção da mesma marca e, quando tem uma dúvida sobre como lavar sua camiseta sem es-tragar a estampa, ele descobre que o Serviço de Atendimento ao Consumidor tem a solução. Mas não foi preciso ligar para o 0800, bastou utilizar o Twitter.

A sensação que João tem – e aqui podia ser qualquer outra pessoa – é a de ser reconhecido e prontamente atendido. Apesar da marca ter milhares de clientes, suas ações consideraram a indivi-dualidade de João e, assim, ele se transformou em um consumidor satisfeito e a marca da camiseta ganhou um cliente fiel.

Foi-se o tempo em que o Serviço de Atendimento ao Consumidor só atendia por demanda. Com a mudança do perfil do consu-midor – agora ele sabe dos seus direitos e busca empresas que pensam como ele –, o SAC tam-bém mudou. Agora, o canal de relacionamento busca no diálogo a confiança do seu consumidor. Ultrapassa as linhas telefônicas para marcar presença também na internet, aproximando-se com

pró-atividade. Enfim, o SAC na web monitora e previne even-tuais crises, porque na rede mundial de computadores, um comentário ruim pode ganhar grandes proporções.

Quando o assunto é reclamar, fica ainda mais fácil mobilizar as pessoas. Através da internet, elas compartilham informações e se mobilizam para pressionar as empresas a cumprirem os seus deveres. Assim, quem quer uma

O consumidor espera um bom atendimento, além de um produto de qualidade com preço justo. No cami-nho para conquistar sua confiança está a comunicação, através do SAC ou das ações de marketing, sendo es-sencial reconhecer o consumidor e estar onde ele está

@ Mídias SociaisSAC com diálogo

Döhler na rede

Quando a empresa entrou nas mídias sociais, no final de 2010, viu que o relacionamento com o consumidor na internet era constan-te e eficiente. Exatamente o que a marca buscava. Além de intera-gir, através da personagem Dedê, algumas pessoas aproveitam o canal para solicitar informações.

O SAC da empresa começa, aos poucos, a oferecer seus serviços na internet. Segundo a coordenadora do setor, Vera Nöthen, a maioria dos contatos ainda é pelo 0800 – mais de 1,7 mil em abril – e por email – 205 solicitações em abril. Porém, há a possibilidade de soli-citações através do Skype e do site www.reclameaqui.com.br. Como a empresa possui perfis nas redes sociais e um serviço de monitoramento da marca, o SAC consegue responder as solicitações e corrigir even-tuais falhas divulgadas pelos consumidores na internet.

imagem positiva no meio digital precisa rever seu jeito de corrigir falhas e de atender seu consumi-dor. A postura passiva, de atender somente solicitações, dá lugar ao monitoramento constante da marca e da pró-atividade para avaliar a sua recepção e para res-ponder àqueles que divulgam sua insatisfação.

A equipe do SAC - próprio e em constante capacitação

Na web, o atendimento requer agilidade e preparo para gerenciar eventuais crises

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Os jovens são diferentes en-tre si. Alguns querem mudar o mundo, uns planejam construir uma família e outros não que-rem saber de nada disso. Mas uma coisa eles têm em comum, no Brasil e no mundo: o consu-mo no meio digital.

Pode ser para buscar informa-ção, música, contatos ou para comprar produtos... Por aqui, 89% dos jovens brasileiros aces-sam a internet em casa e mais da metade destes faz isso to-dos os dias e, quando navegam, adoram um bate-papo: 94% curte o MSN, 95% a rede social Orkut, 33% o microblog Twitter e 21% o Facebook. Os dados, no entanto, mudam a cada dia,

pois o tempo ficou obsoleto na era digital.

Os dados acima são do Dossiê Universo Jovem, realizado em 2010 pelo canal ícone da cultu-ra jovem no mundo, a MTV. Nas mais de duas mil entrevistas re-alizadas pelo país, com pessoas entre 12 e 30 anos, quatro pala-vrinhas definiram o que buscam os jovens quando consomem mídia e tecnologia nos tempos atuais: crescimento, mudança, inovação e rapidez. O que eles e o resto do mundo percebem é que a tecnologia mudou a vida das pessoas, principalmente a internet, por socializar o acesso à informação e ampliar o conta-to com pessoas de qualquer lu-

Conexão sem fronteiras

Comportamento

Xbox, podcast, URL, Google, chat, WAP, HD, download, Blu-Ray, MSN, Facebook, Web 2.0, iPod, iPhone, 3G, Twitter. Você já fala essa língua?

gar do mundo. É a sensação de estar entre quatro paredes, mas de não ter fronteiras.

A onipresença da redeEnquanto assiste à TV, Felippe Corrêa programa o churrasco com os amigos e com a namo-rada, pela internet no celular. Mas no colo também está o laptop, para escolher as mú-sicas que vão embalar a festa. Ele participa de tudo e está em todos os lugares, virtualmente falando. É assim quase todo o fim de semana. Felippe tem 22 anos, faz faculdade, trabalha na prefeitura da sua cidade e mora com os pais.

Em casa, ele utiliza o wireless, pois ainda é caro ter internet

no celular, mas adora ter a pos-sibilidade de enviar um email quando está na rua ou de ba-ter papo no MSN quando pega o ônibus para Florianópolis. Já a sua namorada, Sabrina Filipi-ni, de 21 anos, “é meio por fora dessas facilidades”. Ela gosta mesmo é de ter bônus de SMS para mandar suas mensagens. Como ela, 96% dos entrevista-dos pelo Dossiê da MTV têm no SMS a função mais utilizada no celular.

“Torpedo é barato e uma forma rápida de se comunicar, mas tem

um problema: a gente nunca sabe direito se a pessoa está falando sério ou não. Por isso, algumas coisas eu prefiro falar ao vivo”, conta Sabrina. Essa vontade de interagir pessoal-mente não se perdeu com o avanço das mídias sociais. Pelo contrário, até para navegar na internet, os jovens gostam da companhia dos amigos. Assim, alguns estudiosos do compor-tamento na era digital gostam de dizer que quando os jovens se trancam nos seu quartos não é para se isolar, mas para intera-gir com o seu mundo.

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A tímida Daiane Damario, de 17 anos, chegou à Döhler com mui-tas dificuldades. Era complicado se expressar por palavras e até mesmo falar ao telefone. Mas, depois de dois meses na empre-sa, ela percebe que a primeira experiência profissional trará competências para o trabalho e lições para a vida. Na empresa, ela auxilia as atividades da se-cretária da diretoria comercial, Dieyd Zolet. Entre suas tarefas diárias, a jovem já escolheu a sua preferida – organizar as via-gens dos gestores. “Estou muito feliz por iniciar minha carreira profissional em uma empresa do porte da Döhler. Essa oportuni-dade me incentivou ainda mais e pretendo prestar vestibular no final do ano”, revela nossa jovem aprendiz.

O contato com os colegas de trabalho e com as atividades ad-ministrativas da empresa deixa-ram Daiane mais confiante. Ela conta que em dois meses muita coisa mudou. “Minha dificulda-de de escrita e a timidez pre-judicavam o meu desempenho no trabalho. Era difícil até falar ao telefone. Aí a Dieyd percebeu isso e me indicou a leitura para melhorar minha ortografia. Se-gui seu conselho, fui à biblioteca da Döhler e já sinto a diferença depois de ler dois livros”. Fora do trabalho, a jovem continua seus estudos de Serviços Adminis-

trativos, no Centro Educacional Dom Bosco, em Joinville.

Como Daiane, outros jovens, a partir de 15 anos, podem par-ticipar do programa Menor Aprendiz na Döhler. As histórias de superação já se espalham pelos corredores da empresa. Para o diretor comercial da em-presa, Carlos Alexandre Döhler, o projeto traz benefícios para

A Döhler é umas das empresas parceiras do Menor Aprendiz, que proporciona inclusão social e profissional a jovens maiores de 15 anos

Acontece AquiUma oportunidade para mudar vidas

o jovem e para a empresa, pois dá aos colaboradores a chance de repassar seus melhores valo-res – pessoais e profissionais. “O programa está em consonân-cia com as crenças sociais da Döhler, pois tira o menor de um ambiente muitas vezes inseguro e sem referências, para um local onde a ética norteia deveres e direitos e as relações interpesso-ais”, ressalta o diretor.

Mais de 500 empresas brasileiras são parceiras de uma entidade que, desde 1979, capacita jovens para o mercado de trabalho. Um dos projetos dessa entidade não governamental chamada Associação de Ensino Social Profissionalizante (Espro) é o progra-ma Menor Aprendiz. Nele, a Espro alia-se a instituições de ensino e a empresas para dar oportunidade a jovens de várias cidades brasileiras. Desde 2000, a instituição os encaminha para empre-sas em diversas regiões do país. Segundo a entidade, são 13 mil jovens capacitados todos os anos.

O programa pelo país

Daiane (à direita) desenvolve as tarefas sob a tutela de Dieyd

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O primeiro seriado de comédia da HBO Brasil, gravado em Porto Alegre (RS), traz itens da linha de cama da marca

Depois do Flamengo, Döhler traz itens de outros clubes brasileiros

Uma oportunidade para mudar vidas

Para agradar os homens ou por pura esquisitice, a personagem Graça tem a mania de copiar a personalidade dos homens com quem se envolve. Com o fuman-te, ela fuma. Com o atleta, ela malha. Suas aventuras em bus-ca de um amor foram exibidas

com muito bom humor no se-riado Mulher de Fases, transmi-tido em 13 capítulos, nos meses de abril e maio, pela HBO Brasil.

Em parceria com a produção da série, gravada em Porto Alegre, a marca levou para a televisão

Produtos da Döhler compõemcenário na TV

Paixão nacional As fraldas de pano voltaram

Torcedor que é torcedor não veste só a camisa do time, mas se co-bre com as cores do clube e leva o timão à praia. Após lançar a linha de licenciados para os flamenguis-tas – a maior torcida do país, a Döhler traz ao mercado produtos de mais seis clubes e está em fase de amostras com outros cinco.

Já estão disponíveis para ven-da as colchas de solteiro de Gorgurão e as toalhas de praia Velour com as cores e os bra-sões do Atlético Paranaense, Atlético Mineiro, Botafogo, Coriti-ba, Cruzeiro e Vasco.

uma mostra dos seus produtos. No quarto da protagonista, toda a roupa de cama era Döhler. Com essa ação, que dá continuidade aos estudos da marca sobre o universo feminino, a empresa con-solida o relacionamento com a mulher brasileira de classe média.

É certo que muitas mães e avós nunca deixaram de lado as fral-dinhas de pano que dão mais conforto ao bebê e são a op-ção para quem preserva hábitos sustentáveis. No entanto, com a criação das fraldas industrializa-das e a correria do dia a dia, mui-tas optaram pela praticidade do material plástico descartável.

Há quase um século, a Döhler produz fraldas e, agora, com um empurrãozinho de um ícone da TV, a marca comemora seu retorno

Fraldas de pano na cor branca e com estampas intantis

Depois de algum tempo esque-cido pelo mercado, o produto retorna às prateleiras e ganha adeptos famosos. Afinal, o cus-to é menor – dá para comprar em metro ou em pacotes com várias unidades –, não são des-cartadas após o primeiro uso e, dependendo da qualidade do material, resistem a mui-tas lavagens. Na Döhler, as fraldas de pano são fabrica-das há quase 100 anos na cor branca e em várias estampas infantis, para meninos e me-ninas, com 100% de algodão.

Para reforçar a tradição centená-ria da empresa, a Döhler presen-teou a neta da apresentadora Ana Maria Braga com um kit do produto. E recebeu um agrade-cimento especial, ao vivo, duran-te o programa da Rede Globo, Mais Você.

Para o torcedor dormir e acordar com o seu time

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Em DestaqueLei antifumo: a liberdade de um e o direito do outroRestaurantes com mesas para fumantes, pistas de dança en-fumaçadas, bares cheios de cin-zeiros nos balcões. Essas cenas estão virando coisa do passado, tanto quanto fumar nos escri-tórios, prática comum há duas décadas e abolida nos últimos anos. Um dos motivos para essas mu-danças de comportamento é a lei antifumo, que se espalhou pelo país e que proíbe o consu-mo do cigarro em locais públi-cos e fechados. A oncologista Senen Hauff, do Centro de Pes-quisas Oncológicas (Cepon) de Santa Catarina, lembra que es-sas medidas seguem um tratado internacional. Uma lei nacional está tramitando no Congresso, em Brasília. – A próxima geração terá um modelo de comportamento mais saudável a seguir, e tere-mos um percentual cada vez menor de fumantes entre a po-pulação. Em Florianópolis, onde a lei está em vigor desde maio de 2010, foi observada a redução de 10,5% nas internações por infarto, o que Senen associa à redução do fumo. No entan-to, há o outro lado da moeda: e o direito do fumante de fazer sua própria escolha, como fica? A médica do Programa de

Tabagismo da Unimed Grande Florianópolis, Silvia Cardoso Bittencourt, reconhece que, por um lado, os fumantes se sen-tem pressionados. Ao mesmo tempo, afirmam que a medida tem estimulado para que eles fumem menos. – Ao sair para fumar, esse ato se torna mais consciente. Assim, não acendem o cigarro apenas por hábito, mas sim quando re-almente sentem vontade de fu-mar – destaca Silvia. O jornalista Fábio Bianchini, que não fuma, considera a lei auto-ritária. Ele entende que seria mais simples se proprietários de estabelecimentos optassem por permitir ou não o fumo, e os frequentadores escolheriam em que locais ir. – Se tantos reclamam da fuma-ça, acredito que prefeririam um lugar assim, sem ter que impedir os outros de fumar enquanto be-bem suas cervejas no balcão ou na pista de dança – argumenta. Para não perder a clientela, os estabelecimentos tiveram de se adaptar. Alguns abriram espaços ao ar livre, outros modificaram o sistema de cobrança para per-mitir a saída dos fumantes. Em princípio, empresários dos setores de bares, hotéis e res-taurantes eram contra a medida,

segundo o diretor de relações governamentais da Associação Comercial e Industrial de Floria-nópolis (Acif), Bernardo Meyer. Havia o temor da perda de clien-tes, o que não se confirmou. – Ninguém deixou de sair ou frequentar restaurantes por isso, ao contrário. Aumentou o número de pessoas, por-que não precisam conviver

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NO MUNDO1,2 bilhão de fumantes • 4,9 milhões de mortes por ano (10 mil por dia) NO BRASIL38 milhões - 200 mil mortes por ano • 1 milhão de hospitaliza-ções no sistema público de saúde (SUS) em 2007 • R$ 1,5 bilhão gastos com essas hospitalizações ONDE A LEI PEGOUSão mais de 90 países, entre eles: Austrália, Nova Zelândia, Vietnã, Taiwan, Butão, Cazaquistão, Turquia, Síria, Estônia, Letô-nia, Noruega, Suécia, Finlândia, Holanda, Reino Unido, Irlanda, França, Espanha, Islândia, Uruguai, Colômbia, Canadá, México Fontes: Sistema Único de Saúde (SUS), Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, site www.queroparardefumar.com.br

com a fumaça. Os ambientes estão mais saudáveis, tanto para os clientes quanto para os funcionários e os próprios empresários – observa Meyer. Garçons e garçonetes não pre-cisam mais voltar para casa com cheiro de cigarro nas roupas, e dei-xaram de ser fumantes passivos.

Bianchini lembra que há outros hábitos que incomodam mais do que o cigarro: falta de educa-ção em filas, gente briguenta e, pior ainda, pessoas que dirigem alcoolizadas. Em todo o caso, vale usar o bom senso e pensar que todos são livres, desde que a liberdade de um termine onde começa a do outro.

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“Muito obrigada pelo empenho e carinho de todos”, “Agradece-mos o seu apoio”, “Que o traba-lho de vocês possa ser partilhado entre os mais carentes”. A Döhler guarda com orgulho essas e ou-tras manifestações de agradeci-mento e se engrandece ao saber que um evento que começou há um ano, tímido, mas cheio de ex-pectativas, já se consolida nacio-nalmente. Unir arte e ação social, em um ambiente descontraído só podia mesmo dar certo. Em um ano de Momento Döhler, mais de dez destinos foram visitados, com cerca de 5 mil consumidores par-ticipantes e, aproximadamente, 2,5 mil consultores. O evento pro-movido pela Döhler ganha corpo e até dezembro de 2011 vai per-correr as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste. Por onde passa, o Momento

Döhler leva informação e alegria, além de compartilhar com os par-ticipantes os valores da empresa. Um deles, a responsabilidade so-cial, mobiliza cada cidade a ajudar uma instituição local, com doa-ções de alimentos e outros itens de necessidade básica. O convite à solidariedade é aceito pelos par-ticipantes e é possível arrecadar mais de uma tonelada de alimen-tos a cada evento. Até maio, com o evento em Ribeirão Preto, São Paulo, 16 entidades que cuidam de jovens em situação de risco, idosos e pessoas enfermas foram beneficiadas. Em janeiro, as instituições de Belo Horizonte (MG), Leuceminas e Lar Teresa de Jesus – casas de apoio para pessoas carentes portadoras de câncer – dividiram uma tone-lada de alimentos arrecadados no

“O Lar Teresa de Jesus e demais pessoas acolhidas pela institui-ção agradecem o recebimento da doação de alimentos, que foram arrecadados durante a realização do evento Momento Döhler. Muito obrigada pelo em-penho e carinho de todos!Aqui estamos sempre em ora-ção por todos que nos ajudam nesta caminhada.”Diretoria do Lar Teresa de Jesus, de Belo Horizonte

Um evento que aproxima consumidores e consultores de vendas também leva a solida-riedade para as cidades brasileiras

Momento Döhler Multiplicar o bem

Retorno que nos engrandece

evento. Em abril, o Centro Social Dom Bosco e Casa da Criança Peniel, de Campo Grande (MS), receberam mais de 300 kg de alimentos para auxiliar as famílias assistidas pelos projetos. Além desses locais, a Döhler, junto com os amantes do artesanato ajudou, até maio deste ano, a Casa de As-sis e a Unidade Familiar (São José dos Campos – SP), o Lar Infantil Sol Amigo e o Cajema (Curitiba – PR), a Associação de Amigos da Crian-ça com Câncer (Cuiabá – MT), o Abrigo São Vicente de Paulo e o Vida Serena (Ilhéus – BA), a Casa do Excepcional Santa Rita de Cás-sia e o IE – Dias da Cruz (Porto Alegre – RS), o Abrigo São Lucas (Teresina - PI), o Centro Educacio-nal Infantil Monte do Carmo (Pal-mas – TO), o Lar e Escola Recanto das Crianças (Volta Redonda – RJ) e o Corassol (Ribeirão Preto – SP).

“Gostaríamos de agradecer pelas doações que nos foram encami-nhadas. Somamos ao todo 319 kg de alimentos não perecíveis, o que muito nos ajudará na ma-nutenção das cestas básicas leva-das, mensalmente, aos nossos as-sistidos. Que o trabalho de vocês possa ser sempre abençoado por Deus e partilhado com os mais pobres.”Centro Social Dom Bosco,de Campo Grande

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A crença dos índios, as caracte-rísticas étnicas dos negros e os traços linguísticos dos portugue-ses compõem a singularidade do povo de Teresina. Uma capital no interior, longe das atrações praianas do resto do Nordeste, encanta pelo planejamento de seu território, com avenidas arbo-rizadas, praças e parques para o passeio em família. Os menores índices de criminalidade entre as

capitais do país, aliados à voca-ção para o trabalho, completam a capital que traz em seu nome uma homenagem à Imperatriz Teresa Cristina.

Nas cantigas e poesias, a história da região é contada. O Boi Bumbá de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha canta a festa genuína do estado, o Bumba-meu-boi. “Ê, boi/ ê, boi/ ê, boi do Piauí. Quem não dançar

Viaje NessaUma cidade em homenagem à ImperatrizColoca a chulipa e alonga os cambitos pra embarcar nessa viagem pelo interior do Piauí, na primeira capital planejada do país

esse boi/ não pode sair daqui”. Olhar para a frente, sem esquecer o passado é a filosofia que o povo de Teresina segue. A cidade ga-nha torres envidraçadas, fruto do aquecimento da construção civil, mas mantém seus espaços arbori-zados, o que lhe rendeu o apelido de Cidade Verde.Para quem ainda não matou a charada do título, chulipa é tênis e cambito é perna fina.

Teresina foi a primeira cidade planejada do Brasil, fundada em 1852

Complexo Turístico Mirante Ponte Estaiada – construída sobre o rio Poti, é uma das atra-ções mais recentes da cidade. Tem um mirante a 95 metros de altura, com capacidade para 100 pessoas. O complexo in-clui playground, lanchonetes e quiosques de artesanato com produtos típicos da cidade.

Parque Ambiental Encontro dos Rios – é onde os rios Poti e Parnaíba se encontram. Há trilhas, áreas para pesca, pro-dutos artesanais, um monu-mento à lenda do Cabeça de Cuia, dois mirantes, restauran-te flutuante e central turística. Abriga o Museu dos Rios.

Museu do Piauí – sobrado em estilo colonial que foi sede do Governo da Província e do Poder

Judiciário. Tem 15 salas para exibição e 2 mil peças que con-tam a história do Piauí.

Centro de Artesanato Mestre Dezinho – feira de artesanato na Praça Pedro II, abriga a Escola de Música de Teresina e a Escola de Balé. É um ótimo lugar para comprar lembrancinhas. Saiba mais sobre turismo no Piauí no site: www.teresina-pi-gov.com.br

Crédito fotos: Secretaria de Comunicação de Teresina

A Ponte Estaiada tem um mirante a 95 metros de altura, de onde se observa boa parte da cidade

No Parque Encontro dos Rios, a principal atração natural é a foz do Rio Poti, que desá-gua no Rio Parnaíba

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Cumprir diretrizes ambientais é pouco para uma empresa que, já na década de 1980, quando o conceito de responsabilidade ambiental era pouco difundido no país, inaugurava sua estação de tratamento de efluentes e, anos mais tarde, o primeiro aterro industrial próprio do Sul do país.

A Döhler se orgulha do pioneiris-mo ambiental e de oferecer os seus produtos – todos os cinco mil itens – com selos de quali-dade e com certificações am-bientais internacionais. Agora, a empresa quer ir além, inovando nos processos para conquistar uma produção eficiente e com a utilização de menos recursos naturais ou químicos. “Precisa-mos repensar os modos tradi-cionais de produzir para investir em processos que utilizem, por exemplo, menos energia e me-nos água (ou que não a utilize); que trabalhem com produtos químicos diferenciados e mais seguros; que fechem um ciclo com menos perdas”, defende o coordenador do Sistema de Gestão da Qualidade Ambiental (SGQA), Ricardo Döhler.

Para manter um ambiente eco-logicamente correto, não basta distribuir lixeiras para a coleta se-letiva. É preciso investir em ma-quinários de última geração, já fabricados para garantir a eficácia

dos processos com uso racional de recursos, e na conscientiza-ção dos colaboradores, que são multiplicadores dos valores da empresa e de novos hábitos sus-tentáveis. Dentro e fora do tra-balho. “O sistema de gestão de qualidade trabalha com todo o ambiente de uma empresa, des-

de a organização dos setores, até a promoção de hábitos am-bientais dentro e fora do traba-lho. Assim, para atingir todos os colaboradores, é preciso contar com o esforço de supervisores e gerentes para multiplicar nossas ações”, explica o coordenador do SGQA da Döhler.

Ser sustentável é ir além

Fazendo a Diferença

Seja nos processos produtivos ou nas ações com colaboradores e com a comunidade, os valores ambientais da empresa estão presentes, multiplicando o objetivo de conquistar uma produção ainda mais moderna e sustentável

A estação de tratamento de efluentes possibilita a reu-tilização de quase um terço da água no processo produtivo

As empresas possuem diretrizes legais para atuarem de maneira ambientalmente responsável. Em 1981, uma mudança na legisla-ção ambiental brasileira deu início ao conceito de responsabilida-de objetiva, no qual os danos causados pela atividade industrial não poderiam ser partilhados com a comunidade. Para a lei, co-nhecida como Política Nacional do Meio Ambiente, não há mais dano ambiental tolerado, sendo o poluidor sujeito a multas. Após essa mudança conceitual, outras normas, inclusive internacionais, foram introduzidas na rotina das empresas, como o conjunto de ISOs. Assim, antes de abrir as portas e começar seus trabalhos, o setor produtivo cumpre regras. No entanto, algumas empresas vão além e buscam ser referência ambiental em seus setores.

A responsabilidade ambiental do papel

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preciso acessá-lo fora dos seus aparelhos, basta acessar o Ever-note pela internet.

Já que para a neurociência, a ca-pacidade de armazenamento do nosso cérebro ainda é um enig-ma, é melhor não sobrecarregar a memória com tanta informa-ção. Já basta memorizar senhas bancárias, telefones importantes, compromissos, horários de medi-camentos, aniversários e planos.

Saiba como utilizarTudo o que você captura pelo aplicativo é automaticamente processado, indexado e pesqui-sável.

Onde está o papelzinho com as dicas de filme? O que o palestran-te falou sobre gestão? Perdi o link com as informações da viagem! Qual era mesmo o nome daquele vinho que tomamos na festa?

Quem já não se deparou com essas situações e ficou pensan-do em uma maneira de anotar tudinho para não se esquecer? É isso que oferece o aplicativo para computadores, tablets e

celulares chamado Evernote. Ele armazena diversos arquivos – de texto, imagem, som, links de in-ternet – e você pode organizá--los em pastas e salvar as notas com palavras-chave para facilitar sua busca. O aplicativo tem uma versão gratuita e uma Premium, com mais recursos, podendo ser usado no sistema Windows e Mac. O ideal é instalá-lo no computador de casa, no laptop e no celular; no entanto, se for

Memória de elefante

Novinhas em Folha

Para quem quer se lembrar de tudo em apenas um clique, o Evernote salva notas de imagem, texto, áudio e links e as armazena em uma grande memória digital

Vai viajar a negócios? Guarde bilhetes de avião e números de confirmação, contas de hotel e recibos para os seus relatórios de despesas. Dá para tirar fotos desses comprovantes ou salvar o link da internet com essas in-formações.

Está em reunião? Grave o que achar interessante em reuniões e palestras e tenha o áudio de momentos importantes da sua carreira.

Provou um vinho e gostou? Com o aplicativo no seu celular é possível tirar uma foto da em-balagem para, na próxima ida ao supermercado ou ao restau-rante, você não se esquecer de comprá-lo.

Está pesquisando na internet? Acesse sites de seu interesse e capture essas páginas diretamente do seu navegador. É possível também guardar informações do microblog Twitter, através do @myEN.www.evernote.com

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Conviver com a diversidade dos outros não é fácil para algumas pessoas, principalmente no am-biente de trabalho. No entanto, para qualquer rotina profissio-nal dar certo e ser prazerosa, é preciso investir no bom relacio-namento entre as pessoas. Para isso, duas palavras são essen-ciais: compreensão e coopera-ção. O ambiente organizacional de hoje é muito dinâmico, com intensa interação com as pesso-as e com mudanças, sejam de processos, cultura ou até mes-mo de lideranças.

Assim, as empresas que querem acompanhar as transformações

do mercado de trabalho preci-sam investir em um ambiente que possibilite o crescimento pessoal de seus funcionários e que valorize a qualidade de vida. Para quem comanda uma equipe de vendas e quer alcan-çar melhores resultados, com um grupo disposto e unido, a dica dos especialistas em treina-mento é humanizar as relações. A própria psicologia, em seus conceitos, define o ser humano como um animal social, sendo as interações saudáveis entre es-ses seres, o caminho para desen-volver nossas habilidades. Assim, estimular o convívio da equipe é tão importante quanto oferecer

capacitação profissional ou recompensas financeiras. Para quem está no coman-do da equipe, vale uma reflexão das atitudes pro-fissionais e adoção de uma postura mais humanista.

- Seja flexível: não há uma fórmula milagrosa que sir-va para todos. Descobrir o que motiva cada funcioná-rio traz resultados positivos para o grupo.

- Dê feedback positivo: é preciso reconhecer os acer-tos mais do que os erros e destacar os pontos fortes de cada um. Mesmo no erro, as críticas precisam

ser construtivas.

- Conquiste a confiança: cobre bons resultados, prazos e metas, mas não se esqueça de cumprir o que prometeu.

- Seja pé no chão: trabalhe com metas de acordo com a realida-de do mercado. Não transforme esses números em uma frustra-ção para sua equipe de vendas.

- Participe: não apareça apenas para cobrar ou para agradecer. Estar presente para orientar e dar assistência à equipe é importan-te para entender por que as coi-sas estão ou não funcionando.

Promova relações amigáveis

Balcão

A interação saudável com os colegas de trabalho influencia o dia a dia da empresa e o desempenho do grupo

Relação interpessoal melhora ambiente de trabalho

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Promova relações amigáveis

Café da manhã bem brasileiro

Aos 63 anos, Mauro Pereira tem uma saúde invejável. Caminha, come frutas e verduras, não fuma e faz suas consultas médi-cas de rotina. “Não fujo de mé-dico. Quero viver mais de 100 anos”, brinca. Mauro faz parte de um grupo pequeno de brasileiros que investem na prevenção de problemas de saúde. É isso o que mostra a pesquisa Philips Index, que avaliou, em 2010, o estado de saúde e bem-estar das pesso-as, nos Estados Unidos, na China e no Brasil. Entre os brasileiros, apenas 46% afirmaram fazer o checkup anual de saúde.

Não só a frequência da avaliação é importante, mas também os ti-

pos de exames, já que para cada idade, rotina e histórico familiar, há um checkup diferente. Para Mauro, agora é hora de prevenir doenças da próstata, manter a pressão sanguínea saudável e os ossos fortes. “Como tenho his-tórico de problema cardíaco na família, também faço exames do coração, mas às vezes são tantos procedimentos, que fico me per-guntando se é mesmo necessá-rio”, questiona.

A dúvida dele é pertinente, pois ao contrário do que muitos pen-sam, procedimentos desnecessá-rios podem trazer riscos à saúde, já que alguns utilizam radiação, sedação ou equipamentos invasi-

Prevenir com moderação

Viva Bem

Uma consulta aqui, um exame ali, uma autoavaliação acolá e a sensação irreal de proteção

O duo pão francês com café, acompanhado de banana, dá energia para encarar um dia de trabalho

Informe-se sobre as prescrições médicas antes de realizar os exames

vos. Mas isso não quer dizer que você deve travar uma batalha com o médico a cada requisição de exame. O ideal é relatar ao es-pecialista os casos de doenças na família e questionar a relevância das prescrições médicas. Siga o exemplo do Seu Mauro: “sempre que recebo um exame novo, per-gunto como ele é feito e por que é importante eu fazer, para não ter surpresas na hora.”

Quando os imigrantes europeus chegaram ao Brasil, no século XIX, trouxeram o hábito de to-mar café da manhã logo após o sol nascer. O tradicional café colonial europeu, com pães, queijos e carnes, dava a ener-gia necessária para um dia de trabalho no campo. O brasilei-ro incorporou esse hábito e o modificou ao longo dos anos. Há quem goste de cereais com frutas, mas o café da manhã ti-

picamente brasileiro é o pão de trigo – ou d’água, cacetinho, pão francês, depende da região do país – acompanhado de café com leite.

Essa combinação é bem vista também pelos especialistas em Nutrição. Sendo o café da ma-nhã responsável por 20% das calorias de um dia, essa receita bem brasileira inclui o carboidra-to do pão, a proteína e o cálcio

do leite e, acrescentan-do uma fruta, vitaminas e minerais.

A ciência explica. Durante uma noite de sono, o corpo diminui seu ritmo, mas continha quei-mando energia, mais ou menos 80 calorias por hora. Sem uma reposição ao acordar, o corpo não ativa completamente todas as suas funções.

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Nem sempre é possível escapar da correria do dia a dia para usu-fruir da tranqui-lidade do cam-po, mas dar um toque bucólico a sua casa na cidade é possível, sim. O primei-ro passo é apostar nos materiais naturais (ou que pareçam natu-rais). Uma cortina de linho, na

Inverno aconchegante

Sua Casa

Cores neutras ou tons de terra, tapetes entrelaça-dos, pisos de madeira, te-cidos crus e rústicos, como o linho. Tudo para trazer o aconchego do campo ao meio urbano

A Döhler produz Chenille em oito cores para compor diversos ambientes e roupas

Para os móveis, a pátina enve-lhecida dá um ar rústico ao am-biente. Pode ser feita tom sobre tom, para resgatar a cor original de madeiras e de peças de me-tal, ou em cores diferentes. Uma boa dica para não deixar o am-biente escuro demais é trabalhar com essa técnica de artesanato em pequenos móveis do quarto, como em um criado mudo, ou em peças da sala de estar, como cristaleiras e mesinhas de centro. Espaços maiores podem utilizar a pátina em móveis feitos com ma-deira de demolição, como os ar-mários mineiros. Os hotéis-fazen-da costumam compor ambientes temáticos com essas peças.

cor crua ou com estampa floral, por exemplo, em conjunto com sofás e almofadas de Chenille – tecido encorpado e sofisticado – são boas opções para esquentar

a sala de estar. Aliás, quem quer ousar, pode trabalhar com a apli-cação desse tecido na parede, dando um ar ainda mais acon-chegante para a casa.

Cortina Döhler em linho e poliéster com estampa floral Pátina envelhecida

em peça de madeira

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Uma dica às famílias de jovens que estão estudando para o vestibular: a última coisa que seu filho precisa é de alguém o pressionando. É claro que os pais sofrem junto e querem mostrar o melhor caminho, mas o importante para o jovem é ter autonomia e, junto com ela, a responsabilidade pela sua esco-lha. Assim, nada melhor do que manter um diálogo aberto e franco dentro de casa. Por que o seu filho escolheu essa profis-são? Ele conhece as dificulda-des do mercado de trabalho? Quais as suas expectativas pro-fissionais?

O adolescente, apesar de inex-periente, merece ser ouvido e suas opiniões, consideradas.

Vestibulando à beira de um ataque de nervos

Confiança em primeiro lugar

É de Família

É hora de preencher a inscrição do vestibular e decidir o futuro. Os próximos meses serão de estudos e de muita ansiedade. Aos pais cabe ajudar e não atrapalhar

Para os pais que querem partici-par desse momento, a especia-lista em psicopedagogia escolar e clínica, Priscila Pasqualini, lista algumas ações importantes e ressalta que a base da relação nesse período é a conversa sem pregação; no entanto, os pais não podem esquecer que apoiar também inclui dar limi-tes ao jovem e acompanhar sua rotina de estudos.

- Estabeleça horário para os es-tudos, o lazer e as atividades da casa e procure não alterar a ro-tina do jovem.

- Proporcione ao seu filho um ambiente favorável ao estudo.

- Acompanhe o horário de es-

tudos fora da escola. A prepa-ração inclui dedicação, mas não o isolamento. Por outro lado, não cumprir o cronograma de estudos diários também é um problema.

- Incentive a prática de esporte. Isso contribui para aliviar o es-tresse e os problemas de postura causados pela rotina de estudos.

- Deixe claro que não passar no vestibular não é o fim do mun-do. O importante é escolher com calma a profissão e dar o melhor de si nas provas.

- Se o jovem está em dúvida sobre sua escolha, leve-o a um profissional da área de Orienta-ção Vocacional.

Para o jornalista Dorva Rezen-de, pai de Cleo Theodora, a convivência no período de es-tudos da filha não foi difícil. Aprovada para o curso de Edu-cação Física, na Universidade do Estado de Santa Catarina – Udesc, Cleo tem apenas 17 anos, mas seu histórico como aluna e filha não deixou o pai preocupado. “Confiei que a

Cleo estava fazendo a coisa certa, pois ela sempre foi dedi-cada e, apesar da pouca idade, muito madura para decidir o que queria. Deixei-a livre para escolher a sua profissão, sem pressioná-la, mas sabia que Educação Física seria uma das opções, pois desde criança ela pratica – e adora – esportes”, conta Dorva.

Pai e filha comemoram a aprovação na universidade, em um curso que sempre fez parte de sua vida. “Cleo está bem entusiasmada, gosta bastante do curso e se sur-preende com as boas notas, principalmente os dois 10 em Anatomia, pois no ensino mé-dio ela tinha dificuldades com as matérias de Biologia.”

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Quando a toalha era status social

Um país cheio de criatividade

O Curioso

De gregos a ingleses, a toalha de mesa representava rique-za, bom gosto e até mesmo estado civil

Ao que tudo indica foram os ro-manos, lá no século I d. C., que usaram toalhas de mesa pela primeira vez. No entanto, eram diferentes das atuais e lembra-vam tapetes, pois eram grossas e pesadas. Serviam para deco-rar, absorver líquidos e amorte-cer ruídos.

Já na Idade Média, o item foi ga-nhando o aspecto atual. As toa-lhas de mesa eram um item de

luxo, brancas e banhadas em perfume, com pinturas de pás-saros ou flores. Nos banquetes dos séculos XV e XVI elas tinham um papel importante. Eram tro-cadas durante as refeições, em um ritual que surpreendia os convidados. Eram três peças uti-lizadas nos banquetes, a primeira toalha “recebia” os convidados, a segunda revelava a refeição prin-cipal e a terceira, apresentava a sobremesa.

Com o tempo, a toalha ganhou bordados e rendas, chegando ao século XIX com cores dife-rentes, estampas com motivos geométricos, além de desenhos de frutas e de flores. Esse item também causou polêmica com a Rainha Vitória, da Inglaterra, que impôs aos ingleses, até o século XX, toalhas escuras e lisas para representarem sua viuvez.

Para quem acha que o único inventor brasileiro é Santos Dumont, O Curioso sepa-rou outras criações do nosso país para você compartilhar com os seus amigos

Cartão Telefônico

Um tanto es-quecido nos dias de hoje, o cartão fei-to de PVC foi uma criação do engenheiro Nélson Guilherme Bardini, em 1978, quando traba-lhava na empresa Telebrás. No entanto, só foi implementado ofi-cialmente no país em 1992.

Copo Americano

Copo conhecido por quem frequenta um tradicional botequim. Criado pela designer

Nadir Figueiredo, em 1947, tem cinco modelos: dose, multiuso, long drink 300 ml, long drink 450 ml, e rocks. Em 1999, o copo ame-ricano multiuso foi eleito "O Me-lhor Copo para Cerveja". Dez anos depois, o Museu de Arte Moderna de Nova York passou a vendê-lo como produto típico do Brasil. Urna Eletrônica O primeiro ter-minal de votação por computador, instalado em Brus-que, Santa Cata-rina, foi em ca-ráter experimental, nas eleições de 1989. O “pai” do projeto é o

juiz Carlos Prudêncio, que com o apoio do seu irmão, da área de in-formática, conseguiu colocar sua criação nas eleições de 2000.

Terço Eletrônico Para os fiéis não perderem a con-ta na hora das orações, Josué Cor-rêa de Lacerda criou, em 2000, o terço eletrônico. O terço é um aparelhinho à pi-lha que contém um chip eletrô-nico. Através dos botões, o fiel pro-grama o texto das orações e conta cada reza feita.

Fonte: Guia dos Curiosos.

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Blog

Entra você primeiro, vai, Suely Regina! Eu estou suando tanto, mas tanto que não vai sobrar incenso nem vela acesos até eu chegar na mesa da Madame Zú. Tem certeza de que dá para confiar? Ah, claro, se o anúncio estava no mural de classificados do mercadinho do Cebola é algo acima de qualquer suspeita. Ô, prima, prestenção, fui! Vou sair de costas pra fingir que estou entrando e... Oi, Madame Zú! Linda esta sua bola de cristal, viu?

Deixa que eu explico pra ela, Suely Regina! Nós viemos aqui saber se a senhora consegue ver se... Vou-arrumar-namorado-lo-go. Pronto, falei! Paga aí, prima, porque, afinal, é invenção sua. Entendido. Primeiro, mentalizar. Tic tac, tic tac. Nada ainda, ma-daminha do meu coração? Tam-bém, a senhora vai me descul-par, mas com a fumaceira que está vindo desses seus incensos – cof! cof! – vamos ficar com uma catinga de patchouli que nem gambá vai querer chegar perto.

Um vulto!? Viva! Um homem... Moreno? Não. Loiro, Não? Ne-gro? Oriental? Também não!? Sei. E nem baixo, nem alto. Nem gordo, nem magro. Nem feio, nem bonito. Cruzes, que sujeito mais sem graça! Dá uma olhada com mais carinho aí, e vê se não

tem nada melhorzinho no fun-do dessa bola. Aceita uma lan-terna?

Naquele mesmo dia, na Recre-ativa da Döhler, a previsão se cumpriu, quem diria, e eu co-nheci o Zezo, meu maridão há 13 anos. Cutuquei a Suely Re-gina quando na minha frente ele apareceu, recém-saído de uma partida de futebol, naquele campo encharcado pelo tempo-ral que desabou. Como é que eu sabia que era ele? Meninas, o coitado estava num estado tão deplorável que não dava mesmo para arriscar descrever fisica-mente aquele ser. Era a própria visão da Madame Zú. Kkkkk.

Fui, mas volto na próxima edição.

Dedê e Zezo, o início de tudo www.blogdadede.com.br

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