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Brasília, 2010 Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Stricto Sensu em Gerontologia ESTIMULAÇÃO COGNITIVA CONJUGADA COMO EXERCÍCIOS FÍSICOS EM IDOSAS ATIVAS: EXAMINANDO UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Autora: Maribel Silva Dias Orientador: Prof. Dr. Ricardo Moreno Lima

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Brasília, 2010

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Stricto Sensu em Gerontologia

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA CONJUGADA

COMO EXERCÍCIOS FÍSICOS EM IDOSAS

ATIVAS: EXAMINANDO UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO

Autora: Maribel Silva Dias

Orientador: Prof. Dr. Ricardo Moreno Lima

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Brasília, 2010

MARIBEL SILVA DIAS

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA CONJUGADA COM EXERCÍCIOS FÍSICOS EM IDOSAS ATIVAS: EXAMINANDO UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO

Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação

Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade

Católica de Brasília, como requisito parcial para

obtenção do Título de Mestre em Gerontologia.

Orientador: Prof. Dr. Ricardo Moreno Lima

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Dedicatória

A minha querida mãe, Coraci Silva, por amor

e gratidão e a todas as idosas que gentilmente

cooperaram para que esse trabalho se

concretizasse.

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SINCEROS AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela oportunidade de crescimento, iluminação, força e determinação para realizar meus sonhos.

A minha mãe, Coraci Silva, que me preparou para a vida e me ensinou a vencer obstáculos.

Ao Prof. Dr. Ricardo Moreno Lima, meu orientador, pela dedicação e paciência que teve comigo.

À Secretaria de Educação do Distrito Federal, que me proporcionou o afastamento do trabalho para que pudesse me dedicar exclusivamente ao mestrado, dando-me a oportunidade de crescimento pessoal e profissional.

Ao Centro de Aperfeiçoamento em Pessoal de Ensino superior (Capes), pela concessão da bolsa, que me apoiou financeiramente nesta jornada.

À Secretaria de Esportes do Distrito Federal, pela cessão do espaço físico e apoio no desenvolvimento do Projeto Piloto de Pesquisa.

Ao Serviço Social do Comércio (SESC-Guará), em especial, Mauro Francisco M. Marques, supervisor de atividades do SESC-Guará e Regina Caetano, coordenadora de Assistência Social do SESC, por terem me dado a oportunidade de executar essa pesquisa nessa instituição, tão séria, que realiza um trabalho exemplar e comprometido em melhorar a qualidade de vida dos idosos.

A todo o corpo docente do Programa de Pós-Graduação Strito Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, que com muita eficiência compartilhou seu saber e me fez apaixonar pelo estudo do envelhecimento humano e em especial à professora Dra. Gislane Ferreira Melo, que com suas argumentações me conduziu ao insight de como unir atividades físicas a estímulos cognitivos.

A todos os idosos e idosas que participaram dessa pesquisa e às voluntárias, Emília Borges e Delmari Corrêa Mendes, minhas auxiliares, que contribuíram para a realização deste trabalho.

Aos meus ex-alunos que sempre me motivaram e me inspiraram a buscar respostas através do conhecimento, em especial, Sr. Joel de Medeiros, que me incentivou a ingressar no mestrado.

Às amigas e enfermeiras Isabel Borges Santos e Neusa Matos, por terem dividido seus conhecimentos comigo, me permitindo acompanhar a Oficina de Memória ministrada por elas na Unidade Mista de Saúde de Taguatinga, me proporcionando unir à teoria a prática.

A minha querida amiga Maria Helena Rodrigues Astolfi que sempre esteve comigo nesta caminhada, ouvindo minhas angústias e aflições, me apoiando, auxiliando e me dando forças para vencer as dificuldades que se apresentavam.

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Aos amigos Paulo Eduardo Lopes, Henrique Cruvinel, Divina Evangelina Ferreira, minha sobrinha Isadora Macedo Carneiro e minha irmã Luciene Silva pelo auxílio em diferentes etapas deste trabalho.

Aos colegas, professores de Educação Física e meus familiares pela torcida no sucesso desta jornada.

Às Examinadoras, que aceitaram o meu convite, e com certeza as suas correções contribuirão para o meu crescimento acadêmico e profissional.

Muito obrigada a todos! Vocês foram verdadeiros anjos que Deus colocou no meu caminho.

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¨Vem, envelhece comigo. O melhor ainda é viver a segunda parte da vida, para qual a primeira foi feita¨. Nossos tempos estão em suas mãos. Dele é que diz,¨eu planejei o todo, a mocidade só mostra a metade. Confia em Deus, vê tudo e não temas¨.

Browning

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RESUMO

Dias, Maribel Silva. Estimulação Cognitiva Conjugada com Exercícios Físicos em Idosas Ativas: Examinando uma proposta de Intervenção. 2010. 132 p. Dissertação de Mestrado em Gerontologia pela Universidade Católica de Brasília, Brasília - Distrito Federal, 2010.

Objetivo: A finalidade desse estudo foi verificar os efeitos da conjugação de estimulação cognitiva e exercícios físicos na memória de idosas ativas, inserindo técnicas mnemônicas e estratégias de oficinas de memória tradicionais em sessões de atividade físicas. Metodologia: Este estudo apresentou um delineamento experimental. A amostra foi constituída por 55 mulheres idosas, com idade entre 60 a 80 anos com média e desvio padrão de 68,4 ± 5,6 residentes no Distrito Federal, as quais foram aleatoriamente divididas em três grupos: 1) Estimulação Cognitiva Tradicional (ECT), com 17 idosas; 2) Estimulação Cognitiva e Exercícios Físicos (ECE), com 19; e 3) Grupo Controle (GC) com 19 idosas. As intervenções foram realizadas em doze sessões, numa frequência semanal de 3 vezes. No grupo ECT foram aplicados exercícios de oficinas de memória tradicionais; no ECE, exercícios de oficina de memória aliados a atividades físicas; e o grupo controle permaneceu com suas atividades normais, sem intervenção do pesquisador. Para seleção da amostra foram aplicados o Mine Exame do Estado mental (MEEM) e Escala de Depressão Geriátrica - Versão resumida (EDG- 15) e questionário de identificação. Para avaliar a memória foram utilizados os seguintes testes: Memória de Lista de Palavras (MLP), Fluência Verbal (FV) e Escala de Queixas de Memória (EQM). Essas avaliações foram realizadas em todas as participantes, antes e após o período de intervenção. Resultados: Foi observada diferença significativa entre o pré e pós-intervenções nos grupos ECE e ECT, para todas variáveis avaliadas de memória, enquanto que nenhuma alteração significativa foi notada no GC. Ainda, foi verificado que o valor de EQM na pós-intervenção foi significativamente maior no GC em comparação ao ECE e ao ECT e houve uma interação significativa tempo*grupo nas variáveis EQM e FV, nos grupos ECE e ECT, indicando uma maior magnitude de alteração, em relação ao GC. Conclusão: A Estimulação cognitiva aliada a exercícios físicos produziu efeitos semelhantes àqueles observados com oficinas de memória tradicionais. Os grupos que foram submetidos às intervenções (i.e., ECE e ECT) exibiram melhor rendimento nos testes de MLP e FV, e menor escore na EQM, quando comparado ao momento pré-intervenção. O GC não apresentou alterações significativas nos testes pré e pós para nenhuma das variáveis estudadas. Embora a conjugação de exercícios físicos e estimulação cognitiva da memória não tenham apresentado escores superiores significativos, demonstrou ser eficaz e válida como intervenção para a estimulação da memória em grupos de idosas.

Palavras-chaves: memória, exercícios físicos, cognição, idoso.

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ABSTRACT

Dias, Maribel Silva. Conjugated Cognitive Stimulation with physical exercise in Active Elderly Women: Examining a Proposal of Intervention. 2010. 131 pages. Dissertation in Gerontology from the Catholic University of, Brasilia – Federal District, 2010.

Objective: This study´s purpose was to verify the effects of the combination of cognitive stimulation and physical exercises in the active elderly ladies memories by inserting mnemonics techniques and strategies from traditional memory workshops in physical activities lesion. Additionally, to verify if the proposition of stimulating cognition conjugated with physical exercises combined to cognitive stimulation provides additional benefits to memory when compared to cognitive stimulation by itself. Methodology: This study presented an experimental delineation. The sample was constituted by 55 elderly women, whose ages were between 60 and 80 years old, with an average of 68, 4 years old and 5,6 years old of standard deviation. These women live in Federal District of Brazil and were randomly divided in three groups: 1)Traditional Cognitive Stimulation (TCS), composed by 17 elderly women; 2) Cognitive Stimulation and Physical Exercise (CSPE), composed by 19 elderly women; 3) Control Groups (CG), composed by 19 elderly women. These interventions were made during twelve sessions, occurring three times a week. In the TCS group were applied exercises from traditional memory workshops in the CSPE group were applied memory workshop exercises combined to physical exercises; and the control group remained with its normal activities and had no intervention from the researcher. The Mini-Mental State Examination (MMSE), the Scale of Geriatric Depression Resumed Version (GDS-15) and an identification questionary were applied to select the sample. The following tests were used to evaluate the Word List Memory task (WLM), Verbal Fluency (VF), Scale of Memory Complaints (SMC). These evaluations were taken by all of the participants before and after the intervention. Results: It was observed a significant difference between the pre-intervention behavior and the post-intervention one in the TCS and the CSPE groups, to all memory variables evaluated, as no significant difference was noticed in the CG. Yet, it was verified that the post-intervention SMC value was significantly bigger in the CG compared to the TCS and CSPE groups and there was a meaningful time * group interaction in the SMC and VF variables in the TCS and CSPE groups. This last fact indicates a bigger alteration magnitude related to the CG. Conclusion: The cognitive stimulation combined to physical exercises produced similar effects to those observed in traditional memory workshops. The intervention subjected groups (i. e. TCS and CSPE) exhibited better throughput in the WLM and VF tests and a lower score in the SMC when compared to the pre-intervention moment. The CG did not present significant changes between the pre-intervention and the post-intervention tests for any of the studied variables. Although the

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combination of cognitive stimulation to physical exercises did not present significantly superior scores, it proved to be efficient and valid as an intervention to memory stimulation in groups composed by elderly ladies.

Key-words: memory, cognition, exercises physical, elderly.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1- Sistemas e subsistemas da memória.......................................................26

Figura 1- Fluxograma do recrutamento das voluntárias do estudo..........................45

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Estatística descritiva. Valores expressos em média e desvio

padrão........................................................................................................................46

Tabela 2 - Caracterização da amostra em relação à reposição hormonal, uso de

medicamentos, hipertensão, atividades intelectuais, atividade laboral e estado

civil..............................................................................................................................47

Tabela 3 - Características da amostra em relação aos grupos estudados................48

Tabela 4 - Caracterização da amostra em relação à reposição hormonal, uso de

medicamentos, hipertensão, atividades intelectuais, atividade laboral e estado civil

nos grupos de estudo.................................................................................................49

Tabela 5 - Resultados dos testes de memória antes e após o protocolo

experimental, para os três grupos..............................................................................50

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LISTA DE ABREVIATURAS

CERAD- Consortium to Estabilish a Registry for Alzheimer Disease

EDG- Escala de Depressão Geriátrica

EQM- Escala de Queixa de Memória

ECT- Estimulação Cognitiva Tradicional

ECE- Estimulação Cognitiva e Exercício

FV- Fluência Verbal

GC- Grupo Controle

MP- Memória Primária

MCP- Memória a Curto Prazo

MLP- Memória e Lista de Palavras

NT-3- Fator Neutrofina

NGF- Fator de Crescimento do Nervo

SNC- Sistema Nervoso Central

SESC Serviço Social do Comercio

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 17

2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 19

2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................. 19

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 19

3 HIPÓTESES ........................................................................................................ 20

4 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 20

4.1 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA NERVOSO E PLASTICIDADE CEREBRAL20

4.2 COGNIÇÃO, MEMÓRIA E ENVELHECIMENTO ............................................... 24

4.3 EXERCÍCIOS DE COGNIÇÃO E MEMÓRIA EM PESSOAS IDOSAS .............. 29

4.4 EXERCÍCIOS FÍSICOS, COGNIÇÃO E MEMÓRIA EM PESSOAS IDOSAS .... 31

4.5 EXERCÍCIOS FÍSICOS CONJUGADOS COM EXERCÍCIOS DE COGNIÇÃO . 33

5 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 34

5.1- DELINEAMENTO DO ESTUDO ......................................................................... 35

5.2 - AMOSTRA ........................................................................................................ 35

5.2.1- Critérios de inclusão ..................................................................................... 35

5.2.2 - Critério de exclusão ..................................................................................... 35

5.3 CUIDADOS ÉTICOS .......................................................................................... 37

5.4 INSTRUMENTOS ............................................................................................... 36

5.4.1- Mini-exame do Estado Mental ...................................................................... 38

5.4.2 - Escala de Depressão Geriátrica .................................................................. 38

5.4.3 - Memória de Lista de Palavras ..................................................................... 39

5.4.4 - Teste de Fluência Verbal ............................................................................. 39

5.4.5 - Escala Subjetiva de Memória ...................................................................... 40

5.5- INTERVENÇÕES ............................................................................................... 40

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5.5.1- Estimulação Cognitiva Tradicional .......................................................... ....41

5.5.2- Estimulação Cognitiva e Exercícios Físicos ............................................... 42

5.5.3- Grupo Controle .............................................................................................. 43

5.6 - TRATAMENTO ESTATÍSTICO ......................................................................... 43

6 - RESULTADOS......................................................................................................44

6.1- CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA..................................................................44

6.2 - RESULTADOS DAS INTERVENÇÕES.............................................................49

7 – DISCUSSÃO........................................................................................................50

7.1- PARTICIPANTES DA PESQUISA......................................................................51

7.2- ESTIMULAÇÃO COGNITIVA TRADICIONAL.....................................................54

7.3- ESTIMULAÇÃO COGNITIVA CONJUGADA COM EXERCÍCIOS FÍSICOS....55

7.4 - RELEVÂNCIA DE CONJUGAR EXERCÍCIOS COGNITIVOS COM

EXERCÍCIOS FÍSICOS..............................................................................................57

7.5- LIMITAÇÕES DO ESTUDO................................................................................58

7.6 - APLICABILIDADE PRÁTICA.............................................................................59

8- CONCLUSÃO........................................................................................................60

9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................61

APÊNDICES.........................................................................................................77

APÊNDICE A - Questionário de Identificação........................................................77

APÊNDICE B - Mini-Exame do Estado Mental......................................................80

APÊNDICE C - Escala de Depressão Geriátrica....................................................85

APÊNDICE D - Memória de Lista de Palavras.......................................................86

APÊNDICE E - Teste de Fluência Verbal...............................................................87

APÊNDICE F - Escala Subjetiva de Memória........................................................88

APÊNDICE G - Plano de Ensino das Intervenções................................................91

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APÊNDICE H - Oficina de Estimulação Cognitiva Tradicional..............................91

APÊNDICE I - Oficina da Estimulação Cognitiva e Movimento Corporal.............93

ANEXOS

ANEXO 1-Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.....................................95

ANEXO 2- Aprovação do Comitê de Ética da FEPECS ......................................97

ANEXO 3- Cronograma de Atividades da Pesquisa.............................................98

ANEXO 4- Oficina de Estimulação Cognitiva Tradicional.....................................99

ANEXO 5- Oficina de Estimulação Cognitiva e Movimento.................................114

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1- INTRODUÇÃO

O envelhecimento humano sempre despertou interesse, tanto popular como

das ciências. Estas, geralmente com intuito de compreender, prevenir e amenizar os

efeitos desse processo e prolongar a vida. Várias conquistas nessa área do

conhecimento foram obtidas, contribuindo para o aumento da expectativa de vida e o

bem-estar do homem que envelhece. No entanto, alterações fisiológicas,

bioquímicas e psicológicas sempre fizeram parte do ciclo natural da vida, e

continuarão fazendo. Quando se chega à velhice, essas modificações podem trazer

reduções de capacidade e perdas, podendo chegar a déficits físicos e cognitivos.

Uma das alterações importantes é a que ocorre no cérebro, em diversos

aspectos. No aspecto morfológico, ocorre a redução do tamanho e peso, por perdas

de neurônios e morte celular. No fisiológico, aparece a diminuição da quantidade e

velocidade das sinapses (AZEVEDO, 2003) e mudanças anatômicas e bioquímicas

(CANÇADO; HORTA, 2006). Além disso, podem incidir alterações com a pouca

estimulação (ISQUIERDO, 2003) e escassa reserva cognitiva (STERN, 2002), que

contribui para que muitos aspectos da memória e do processo cognitivo se

deteriorem com a idade. Estudo como de Yassuda; Lasca e Neri (2005) mostra que

mesmo na ausência de patologias, o envelhecimento induz a um declínio modesto,

mas gradual e significativo da memória. Todavia, esse declínio não é uniforme e

alguns tipos de memória são afetados e outros não. Do mesmo modo, ocorrem

diferenças individuais sobre os efeitos do envelhecimento na memória (CANÇADO;

HORTA, 2006).

Os limites entre o declínio normal e patológico não estão bem determinados.

Na Doença de Alzheimer (DA), ainda não existe um marcador biológico seguro e os

testes psicométricos podem dar resultados falso-positivos ou falso-negativos. No

idoso normal, o declínio da memória operacional e memória secundária (recente) é

maior que o das memórias primária (imediata) e terciária (remota), de modo similar

ao encontrado nas fases iniciais da DA. Na neuroimagem, os achados de atrofia ou

hipoperfusão em regiões entorrinais-hipocampais ou temporo-parietais são

sugestivos de DA, mas podem estar ausentes nas fases iniciais desta doença.

(DAMASCENO, 1999). Outras características patológicas da doença de Alzheimer,

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18

como a perda de sinapse, placas amilóides e emaranhados neurofibrilares, pode

correlacionar com declínio cognitivo no envelhecimento e tornar-se extensas na

doença de Alzheimer, mas são detectados em vários graus em muitos indivíduos

com idade avançada e com ausência de demência (SNOWDON, 2003; BISHOP, LU

TAO E YANKER, 2010). Muitas vezes, o declínio cognitivo pode chegar a um

comprometimento cognitivo ou pode ser prelúdio de demências, trazendo

dificuldades para as atividades diárias, problemas no convívio social e perda da

autonomia (FALCÃO; BUCHER-MALUSCHKE, 2009). A taxa de conversão de

comprometimento cognitivo leve para a doença de Alzheimer é de aproximadamente

de 10% a 15% ao ano (PERTENSEN, 2001).

Por ser a memória uma das funções cognitivas essenciais para a vida, pois é

através dela que retemos e utilizamos informações, nela incide grande parte das

queixas dos idosos. Estudos epidemiológicos indicam que 4% a 54% dos idosos

apresentam queixas relacionadas à memória (BARKEN; JONE; JENNISON, 1995).

Pela importância de manter essa função para se ter um envelhecimento saudável, é

necessário a aplicação de intervenções nos declínios normativos ou em demências,

com o objetivo de assegurar um desempenho razoável que garanta a qualidade e

gestão da própria vida e evitar maiores prejuízos.

Com o intuito de estimular a memória e promover a plasticidade cerebral,

várias intervenções têm sido propostas em estudos científicos, tais como: treino

cognitivo em oficinas (VERHAEGHEN; MARCOEN; GOOSENS, 1992; SHERRY et

al., 2006; YASSUDA, 2006; NOVOA; JUAREZ; NEBOT, 2008), programas de

computador (GUENTHER, 2003), musicoterapia (GATTI, 2008), videojogos

(TORRES; ZAGALO, 2008) e exercícios físicos (Antunes.,et al., 2006). Duas

intervenções muito comuns e disponíveis, treinamento de memória em oficinas e a

prática de exercícios físicos, têm evidenciado efeitos benéficos na cognição e

memória dos idosos. Contudo, na literatura, poucos pesquisadores investigaram a

união das duas técnicas. Com essa abordagem, ressaltam-se os estudos de Oswald

et al., (1996), e Fabre et al., (2002), que uniram exercícios físicos e exercícios

cognitivos com a finalidade de potencializar os efeitos na cognição e na memória. Os

resultados dessas intervenções sugerem que a união das duas técnicas pode

melhorar a cognição ou mesmo maximizar seus efeitos. Todavia, os autores desses

estudos não detalharam os métodos utilizados para essa conjugação.

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19

Adicionalmente, não foi encontrado, no Brasil, nenhum estudo que examinasse o

efeito dessa conjugação, portanto, esse tema merece maiores investigações para

elucidar se mesma é possível, se pode produzir efeitos benéficos na cognição como

a estimulação cognitiva tradicional e se é capaz de reforçar esses efeitos.

A união de exercícios físicos, com técnicas de oficina de memória demonstrou

que pode ser uma intervenção interessante e eficiente, com aproveitamento de

recursos e tempo, visto que, em uma única sessão, podem ser trabalhados

importantes aspectos para envelhecimento saudável (físico e mental). Com isso,

essa conjugação Estimulação Cognitiva e Exercícios Físicos (ECE) poderá constituir

uma estratégia a ser utilizada nas aulas de atividades físicas para idosos,

exercitando rotineiramente a memória.

2- OBJETIVOS

2.1- OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da conjugação de estimulação cognitiva e exercícios

físicos sobre indicadores da memória de idosas ativas.

2.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Conjugar estímulos cognitivos e exercícios físicos para estimular a memória de

idosos, inserindo técnicas mnemônicas, em sessão de atividade física para idosos.

- Verificar se a proposta de estimular a cognição conjugada com exercícios físicos

proporciona ganhos adicionais de memória, quando comparada à estimulação

cognitiva isoladamente.

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3- HIPÓTESES

Com base na revisão da literatura, será considerada a hipótese de que tanto a

estimulação cognitiva como a estimulação cognitiva conjugada com exercícios

físicos influenciarão positivamente nos aspectos da memória, com uma possível

superioridade do grupo que praticou o treino combinado (ECE).

4 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1- ENVELHECIMENTO, SISTEMA NERVOSO E PLASTICIDADE CEREBRAL

O envelhecimento fisiológico compreende uma série de alterações nas

funções orgânicas e mentais do homem. Devido aos efeitos da idade avançada

sobre o organismo, este vai perdendo a sua capacidade de manter o equilíbrio

homeostático, e todas as funções fisiológicas gradualmente começam a declinar.

(STRAUB et al., 2001)

No sistema nervoso central, durante o processo de envelhecimento, ocorre

uma perda progressiva das células nervosas (SOARES, 2006) e uma retração

neuronal (GRILL; RIDDLE, 2002; CANÇADO; HORTA, 2006), caracterizando certa

atrofia cerebral (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2000; CANÇADO; HORTA,

2006). Essa redução ocorre por morte celular, principalmente no córtex dos giros

pré-centrais, nos giros temporais e no córtex do cerebelo (CARVALHO FILHO;

PAPALÉO NETTO, 2000), hipocampo, amígdala, substância negra, núcleos

hipotalâmicos, núcleos de base, tálamo, tronco cerebral (núcleo facial) e medula

espinhal. Ainda, ocorrem alterações como redução de tamanho das células na

substância branca e corpo caloso, e no núcleo coclear do tronco cerebral (MORA;

PORRAS, 1998). O número de células nervosas decrescendo com o envelhecimento

é normal. Em algumas áreas a perda da célula é mínima, em outras (por exemplo, o

hipocampo), a perda é pronunciada (CANÇADO e HORTA, 2006). No cerebelo, a

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21

magnitude desta perda se dá em torno de 2,5% das células de Purkinje por década;

na substância negra, passa de 1,4% entre os quinze e os sessenta e cinco anos,

para 11% entre os sessenta e cinco e oitenta e cinco anos (MORA; PORRAS, 1998).

Essa redução neuronal acaba alterando as conexões entre os neurônios

(AZEVEDO, 2003) e, em função dessas, a velocidade de condução nervosa é

reduzida (HEATH, 1994), tendo uma queda de 15% entre os cinquenta e oitenta

anos (BORGE; HERNÁNDEZ; EGEA, 1999) ou, segundo Vargas (2001), de 1% a

15% até os sessenta anos.

Ocorrem ainda, alterações dendríticas que podem se refletir em uma

diminuição da densidade sináptica, sendo este processo geralmente acompanhado

da degeneração dos axônios mielínicos (BERNHARDI, 2005). Além disso, pode

incidir uma queda de 50% das sinapses a partir de 80 anos, se comparadas com as

de indivíduos de 50 a 60 anos. Simultaneamente, pode acontecer o aumento das

sinapses remanescentes, como um mecanismo compensador (PITELLA, 2005).

Com todas essas alterações o cérebro humano perde peso e volume. Ou seja, com

o avanço da idade o peso do cérebro humano diminui, chegando a uma redução em

torno de 10%. Esse declínio apresenta-se mais precocemente na mulher do que no

homem Uma explicação para este evento pode estar relacionada ao declínio do

estrógeno nas mulheres a partir da menopausa (CANÇADO; HORTA, 2006). Em

relação ao volume, a magnitude desta diminuição seria de aproximadamente 2% por

década a partir dos cinquenta anos (MORA; PORRAS, 1998; BORGE;

HERNÁNDEZ; EGEA, 1999).

Acompanhando esta redução de peso e volume, observam-se mudanças

anatômicas em diversas estruturas do sistema nervoso. Segundo Pitela (2005),

estas são: alargamento e aprofundamento dos sulcos corticais, redução da largura

dos giros, alargamento das fissuras e cisternas basais, redução da substância

branca e espaçamento das meninges. Além disso, ocorrem alterações bioquímicas

(CANÇADO; HORTA, 2006) afetando o sistema de neurotransmissores, no qual

ocorre a diminuição dos níveis de acetilcolina, receptores colinérgicos, ácido gama-

aminobutírico, seretonina, dopamina. Ademais, Richard e Amouyel (2001)

observaram, por meio de análise histológica que durante o processo de

envelhecimento podem aparecer placas senis, degeneração neurofibrilar e

granulovascular e acúmulo de lipofuscina.

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Somadas a tudo isso, podem ocorrer também modificações fisiológicas no

processo de envelhecimento que vão influenciar negativamente na cognição, tais

como: diminuição da audição, aumento da pressão arterial e aumento das doenças

crônicas não transmissíveis. Estudo como o de Kopper; Teixeira; Dorneles (2009)

evidencia piores desempenhos no teste de Mini-Exame do Estado Mental (MEEM),

de acordo com o grau de deficiência auditiva e escolaridade. No que diz respeito à

hipertensão relacionada à cognição, um artigo de revisão analisou onze estudos e

verificou que, em oito destes artigos, encontrou-se uma relação entre hipertensão

arterial e risco de déficits cognitivos (SASHIDA; FONTES; DRIUSO, 2008). Quanto

às doenças crônicas não transmissíveis como o diabetes melitus, diversos trabalhos

têm associado com as disfunções cognitivas (ALMEIDA-PITTITO, ALMADA FILHO;

CENDOROGLO, 2008), assim como arteriosclerose, doenças cardiovasculares

(KIVEPETTO et al., 2001) e obesidade (GUSTAFSON et al., 2003).

Contudo, Okuma (1998) sugere que o envelhecimento humano é pessoal e

diferenciado e envolve vários processos, os quais abrangem aspectos

biopsicossociais. Além de não ser uniforme e não ocorrer de forma simultânea no

organismo, não está associado à existência de doenças (PALACIOS, 2004). Em

relação ao envelhecimento do Sistema Nervoso Central destaca-se o experimento

em modelo animal (ratos) de Rosenzweig et al, (1962), que utilizou o arranjo de

gaiolas viveiros diferentes daquelas comumente encontradas em biotérios, contendo

animais em conjunto ou alojados individualmente. Os pesquisadores criaram um

ambiente enriquecido, onde foram utilizadas gaiolas viveiros maiores e que

ofereciam uma grande quantidade e variedade de estímulos, tais como objetos de

formas diferentes, espelhos, rodas de atividades, escadas, além de possibilidades

diversas para conseguir alimento. Nesse experimento, pode-se observar que,

independentemente das idades dos animais, houve uma interação com ambientes

ricos em estimulação, resultando em alterações específicas no Sistema Nervoso

Central (SNC) dos ratos. Entre estas, estavam incluídas o aumento na espessura

das camadas do córtex visual, no tamanho de corpos neuronais e dos núcleos dos

corpos neuronais, no número de sinapses e na área das zonas de contato sináptico,

no número de dendritos e de espinhas dendríticas, no volume e no peso cerebral,

além de alterações em níveis de neurotransmissores.

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Apesar de ocorrerem muitas perdas no SNC, pode ocorrer também à

plasticidade cerebral, que pode ser definida como mudança adaptativa na estrutura

e nas funções do sistema nervoso. A plasticidade cerebral pode vir a existir em

qualquer estágio da ontogenia, como função de interações com o ambiente interno

ou externo ou, ainda, como resultado de danos de traumatismos ou de lesões que

afetam o ambiente neural (PHELPS, 1990).

O alcance da Plasticidade não parece ser influenciado pela idade, podendo

esta, assim, ser estimulada inclusive em idosos (BHERER et al., 2006). Lent (2004)

indica a existência de várias formas de plasticidade: de regeneração, plasticidade

axônica, dendrítica, sináptica e somática. A plasticidade de regeneração é a

capacidade de recuperar axônios lesados. A plasticidade axônica permite que os

terminais axônicos de neurônios sadios possam reorganizar sua distribuição de

acordo com estímulos do ambiente. Ainda, os dendritos sadios têm essa

capacidade, que se manifesta nos troncos, ramos e espinhas dendríticas, sendo

esta a chamada plasticidade dendrítica. Além disso, as sinapses podem fazer uso

de aumentos ou diminuições nas transmissões sinápticas, ocorrendo a plasticidade

sináptica. Ademais, também pode ocorrer a plasticidade somática que é a

capacidade de regular a proliferação ou morte de células nervosas. Segundo

Cardoso et al. (2007), a plasticidade neural pode ser entendida como a propriedade

que o cérebro dispõe para amenizar as perdas fisiológicas com a passagem do

tempo, sendo um mecanismo compensador.

A capacidade de formação de novos brotos e crescimento dos axônios pode

ser programada geneticamente ou pode depender do meio. Existe uma classe de

proteínas regenerativas, as quais promovem esse evento e são denominados fatores

tróficos. São eles: fator de crescimento do nervo (NGF–nerve growth factor), fator

neurotrófico derivado do cérebro (BDNF–brain derived neurotrophic), fator

neurotrofina 3 (NT-3 –neurotrophin-3), neurotrofinas 4, 5 e 6, fator neurotrófico ciliar

(CTNF–ciliary neurotrophic factor) (ANNUNCIATO; SILVA, 1998), fator neurotrófico

derivado da glia (GDNF–glial derived neurotrophic factor) (DA SILVA; LIMA;

TREZENA, 1990), fator de crescimento fibroblástico ácido (AFGF–acidic fibroblast

growth factor), fator de crescimento fibroblástico básico (BFGF–basic fibroblast

growth factor), fator de crescimento epidérmico (EGF–epidermal growth factor)

(CERRUTTI; FERRARI, 1995), dentre outros.

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Outro recurso individual no processo de envelhecimento do sistema nervoso e

declínio das habilidades cognitivas é a Reserva Cognitiva, que pode ser entendida

como a capacidade de ação de ativação progressiva de redes neurais a demandas

crescentes. Nesse sentido, a reserva cognitiva é um processo normal utilizado pelo

cérebro saudável durante as tarefas intelectuais. Por outro lado, pode-se considerar

Reserva Cognitiva como a capacidade que permite o indivíduo com maior educação,

maior nível ocupacional e maior inteligência compensar com maior êxito as

patologias e enfermidades, por utilizar estruturas cerebrais e redes neurais não

usadas normalmente por cérebros saudáveis (STERN, 2002). Assim, as pessoas

podem ter a mesma quantidade de tecido no encéfalo, mas uma pode mostrar muito

mais demência do que a outra (ALVAREZ; RODRIGUES, 2004). Segundo os

mesmos autores, atualmente o estudo da Reserva Cognitiva tem integrado

diferentes fatores que atuam no desempenho cognitivo, tais como: capacidades

inatas, fatores socioeconômicos, educação, posto de trabalho desempenhado e

atividades de lazer, principalmente em idades mais avançadas.

4.2 - COGNIÇÃO, MEMÓRIA E ENVELHECIMENTO.

A cognição tem sido vista como a função cortical que pode ser subdividida em

sub-funções distintas, como a atenção, orientação, memória, organização

visuomotora, raciocínio, função executiva, planejamento e solução de problemas. A

conceituação, em geral, ilustra a cognição como a capacidade de adquirir e usar

informação, a fim de que o indivíduo adapte-se às demandas do meio ambiente.

Esse conceito engloba capacidades de processamento da informação,

aprendizagem e generalização (ABREU; TAMAI, 2006).

Entre as funções cognitivas, uma de suma importância é a memória que,

segundo Xavier (1996), é a capacidade de alterar o comportamento em função de

experiências anteriores e, segundo Lezak; Howeison; Loring (2004) é a habilidade

capaz de registrar, armazenar e evocar informações. Historicamente, os romanos

imaginavam a memória como uma rede de conectores complexa ligados entre si.

Posteriormente, acreditava-se que era como um lugar onde se guardavam as

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lembranças. Com o avanço tecnológico, ela já foi comparada a uma central

telefônica e, mais recentemente, ao computador. Várias pesquisas procuram

esclarecer o funcionamento da memória, sendo as questões mais frequentes

relativas à sua localização e funcionamento e, mais recentemente, às associações

ao envelhecimento e as consequências sociais e familiares (PINTO, 1999).

Do ponto de vista biológico e funcional, algumas regiões do encéfalo estão

ligadas ao armazenamento de informações. Considera-se que as informações

transitórias e duradouras são armazenadas em diversas áreas corticais: memórias

motoras no córtex motor, memórias visuais no córtex visual, e assim por diante.

Dessas regiões elas podem ser mobilizadas; por exemplo, a memória operacional é

mobilizada pelas áreas pré-frontais do córtex em ligação com áreas do córtex

parietal e occipitotemporal. Do mesmo modo, as memórias explícitas podem ser

consolidadas pelo hipocampo e áreas corticais adjacentes do lobo temporal medial,

em conexão com núcleos do tálamo e hipotálamo. O processo de consolidação é

fortemente influenciado por sistemas moduladores, especialmente aqueles

envolvidos com o processo emocional, como o complexo amidalóide do lobo

temporal (LENT, 2004). Contudo, sabe-se que a memória não está localizada em

uma estrutura isolada do cérebro; ela pode ser considerada um fenômeno biológico

e psicológico, envolvendo uma aliança de sistemas que funcionam juntos. A tudo

isso, deve se juntar a dimensão social da vida do homem, a qual contribui para a

qualidade da memória (PINTO, 1999)

A literatura sobre esse tema apresenta a memória em vários modelos,

formada por sistemas. Um dos mais influentes foi o proposto por Atkinson e Shiffrin

(1968), que define três grupos de memória: memória sensorial ou primária (MP),

memória de curto prazo (MCP) e memória de longo prazo (MLP). De acordo com

este modelo, os estímulos externos chegam através do ambiente e são inicialmente

armazenados na memória sensorial. Uma vez processadas, as informações são

transferidas para a memória de curto prazo e, posteriormente, para a memória de

longo prazo. Atkinson e Shiffrin (1968) também identificaram que, quanto mais

tempo se mantiver um item na memória de curto prazo, maior a probabilidade de

este ser transferido para a memória de longo prazo (BADDELEY, 1998). Porém,

esse modelo apresentou algumas limitações, pois indicava que os pacientes com

déficits em MCP apresentariam também problemas na MLP. Posteriormente,

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algumas pesquisas que testaram o modelo de Atkinson e Shiffrin (1968) revelaram

certa independência dos dois subsistemas propostos, apesar de constatarem, nas

suas atuações, cooperação em determinadas situações (SHALLICE;

WARRINGTON,1970).

O sistema de memória proposto por Atkinson e Shiffrin se baseia no tempo e

divide-se em subsistemas, de acordo com o conteúdo (Quadro 1). Apesar de suas

limitações, esse modelo é utilizado até hoje em estudos.

Tempo Conteúdo

Memória de Curtíssimo Prazo

Memória Sensorial

Memória a Curto Prazo

Memória de Trabalho

Memória a Longo Prazo

Memória Explicita (declarativa)

- Episódica

- Semântica

Memória Implícita ( não declarativa)

- Procedimental

Fonte: Atkinson e Shiffrin (1968)

Quadro 1- Sistemas e Subsistemas de Memória

Em relação ao conteúdo deste modelo, a memória sensorial é a memória de

curtíssimo prazo, cuja retenção dura apenas alguns segundos. Já a memória de

trabalho é um tipo de memória de curta duração que depende de um

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armazenamento transitório de processamento de informação para a realização de

tarefas (BADDELEY, 1981).

A memória explicita ou declaratória é formada de maneira consciente e é

evocada por meio da palavra. Ao contrário, a memória implícita é formada de

maneira inconsciente e não é possível verbalizá-la (IZQUIERDO, 2003). Um tipo de

memória explicita é a memória episódica, que se refere à retenção de experiências

sobre fatos e eventos do passado. Outro é a memória semântica, considerada como

reservatório de conhecimento sobre o mundo e as proposições a respeito dele. Esta

possibilita que a pessoa mantenha conversas com significado (FRANK; LADEIRA,

2006). Por fim, a memória procedimental se refere à capacidade de aprender novas

habilidades motoras, perceptivas ou cognitivas, e requer treino e repetição da tarefa

em questão (HELENE; XAVIER, 2003). Os sistemas de memória funcionam de

forma cooperativa, mas muitas vezes independentes (XAVIER, 1996).

Apesar do modelo de Atkinson e Shiffrin (1968) ser limitado, ele foi utilizado

como precursor de uma série de modelos e seus sistemas são utilizados em estudos

até hoje. O presente estudo adotou este modelo, por ser o mais utilizado nos

estudos científicos. Todavia, outros estudos refletem sobre a existência de diversos

sistemas de memória, como o modelo de Hunt (1971), que distinguiu entre os

componentes básicos da memória e os processos de controle. Os componentes

básicos seriam o buffer sensorial, equivalente à memória sensorial (MS), memória

de curto prazo (MCP), memória de médio prazo (MMP) e memória de longo prazo

(MLP). Por exemplo, em uma conversa, a MCP seria responsável pela recordação

de palavra por palavra, a MMP recordaria o tema geral da conversa e a MLP

conservaria o conteúdo que se conhece da conversa. Também atuariam processos

de controle, que seriam os processos atencionais, os quais permitem transferir a

informação, desde a percepção sensorial até a MLP (COLOM; FLORES, 2001).

Outro modelo foi o de Craik e Lockhart (1971), que sugeriram a

independência dos subsistemas e a possibilidade do processamento ser paralelo,

isto é, a MCP e a MLP poderiam funcionar independente e simultaneamente. De

acordo com esses autores, a MCP não é o portão de entrada da MLP, mas existe

uma integração entre a retenção de informação na MCP e na MLP (BADDELEY,

1999). Entretanto, Olton (1989), questiona a lógica que levou à proposta de

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diferentes sistemas de memória e propõe uma análise dimensional, envolvendo

contingências temporais e procedimentos de treinamento que teriam, maior valor

heurístico para a análise dos processos e mecanismos responsáveis pela memória.

No envelhecimento normal, muitos idosos apresentam alterações na memória

(BERTOLLUCI, 2000), e nesse processo os sistemas de memória não são afetados

uniformemente, sendo alguns mais afetados do que outros (OSTROSKKY-SOLIS;

JAIME, 1998). Pesquisa sobre esse assunto revela que, na memória de curto prazo,

a memória sensorial sofre poucas alterações (KAUSLER, 1990), mas a memória de

trabalho ou operacional sofre um declínio considerável (STUART-HAMILTON, 2002).

Na memória em longo prazo, a episódica é fortemente alterada (BADDELEY, 1999).

Sendo que a semântica (RONNLUND et al., 2005) e a implícita são menos afetadas

(KENSINGER; CORKIN, 2003).

Um aspecto importante na memória, que ocorre no processo de

envelhecimento, é a diminuição da velocidade de processamento de informações

(SALTHOUSE, 1991). Podem ocorrer ainda déficits em codificação, armazenagem e

resgate de informações (SÉ GASPARETO; QUEIROZ; YASSUDA 2004). Entretanto,

a memória pode ser estimulada. Segundo Isquierdo (2003), o exercício contínuo de

memória provavelmente seja a principal diferença entre o declínio cognitivo entre os

idosos e as outras pessoas adultas.

Segundo Yassuda (2006), alguns fatores determinam a magnitude dos efeitos

do envelhecimento sobre a memória, sendo eles: composição genética do indivíduo,

nível educacional e socioeconômico, acuidade visual e auditiva, relações sociais e

estilo de vida, ademais, depressão e desaceleração na síntese dos peptídeos

específicos da memória (MCGEER; MCGEER, 1980). Além disso, influenciam

negativamente na memória as doenças cardiovasculares, a administração de

medicamentos e sedativos, e a alteração nos níveis de atividade física habitual

(POITRENAUD et al. 1994), fatores psicossociais como o isolamento (LAMBERTY;

BIELIAUSKAS, 1991). O estudo de Fratiglion et. al. (2000) sugere que a

participação em atividades e redes de suporte social e emocional está associada a

um menor declínio cognitivo na velhice.

Os esquecimentos constantes dos nomes das pessoas, dos remédios, dos

compromissos, de onde deixou algo, do fogão aceso e outros indicam que algo não

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vai bem. Recursos internos como a consciência de si (self) e o mecanismo de auto-

regulação pode trazer ao indivíduo a noção do que está ocorrendo. Essa

consciência é importante para a procura de meios para amenizar esses declínios e

manter, em níveis razoáveis, a memória.

4.3- EXERCÍCIOS DE COGNIÇÃO E MEMÓRIA EM PESSOAS IDOSAS

Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que o cérebro perdia a sua

plasticidade e sua capacidade de mudança à medida que o homem envelhecia

(COTMAN; BERCHTOLD, 2002; GOLDBERG, 2002). Porém, o desenvolvimento é

um processo que dura a vida inteira. O cérebro adulto é plástico, está sempre ávido

para aprender (FOZA; FERREIRA, 2005). Esse fato abre um novo modo de pensar

sobre os efeitos do exercício cognitivo, como um meio, defendido por estudiosos,

para manter a mente em intensa atividade e promover a plasticidade cerebral. Esses

exercícios são capazes de ativar o cérebro, provocar o crescimento de novas

conexões entre as células nervosas, melhorar o suprimento sanguíneo cerebral

através do crescimento intensificado de pequenos vasos sanguíneos e, ainda,

retardar a progressão de desordens cerebrais degenerativas (COTMAN;

BERCHTOLD, 2002; GLODBERG, 2002). Vários estudos realizados confirmam a

melhora de várias funções cognitivas, entre elas, a memória, com esses treinos

(VERHAEGHEN; MARCOEN e GOOSENS,1992; SHERRY et al, 2006, ALMEIDA

BEGER E WATANABE, 2007) .

Um estudo realizado entre 1998 e 2004, conduzido por Sherry et al., (2006),

nos Estados Unidos, com quatro grupos (treinamento de memória, raciocínio,

velocidade de processamento e grupo controle) em dez sessões e reforço de quatro

sessões. Em 11 e 35 meses após o treinamento, demonstrou que a cognição teve

respostas melhoradas até cinco anos depois das intervenções. Ocorreu também um

menor declínio na habilidade de se executar atividades da vida diária, em

comparação com aqueles que não receberam o treinamento. Do mesmo modo,

pesquisa feita por Almeida; Beger e Watanabe (2007) com 45 idosos submetidos a

uma oficina da memória por um semestre, concluiu que houve uma diminuição no

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número de queixas sobre a memória de 1,22 para 0,88, e a citação de esquecimento

não precisa caiu de 38% para 20%. Evidenciou-se, assim, a eficácia do treinamento

dessa função. Por sua vez, a meta-análise de Verhaeghen; Marcoen; Goosens

(1992) que pesquisou a diferença no desempenho entre o pré e o pós-teste no grupo

experimental, controle e placebo de 32 estudos com treino de memória episódica,

documentaram que estes programas geram um aumento significativo no

desempenho cognitivo dos idosos. Esse estudo indicou que idosos aprendem a usar

estratégias de memorização, mesmo as mais complexas, apesar de não sugerir a

superioridade de nenhuma técnica em particular. Outro estudo de revisão sobre a

efetividade das intervenções cognitivas na prevenção e deterioração da memória de

idosos saudáveis sugere que intervenções cognitivas são efetivas e previne o

declínio dessa função, principalmente a memória recente verbal (NOVOA; JUAREZ;

NEBOT, 2008).

Na busca de recursos para maximizar os efeitos dos treinos cognitivos,

pesquisadores estão investigando a eficácia de treinos feitos através do computador

(LAURANCE et al., 2002; GUENTHER, et al., 2003). Ainda, atualmente, as oficinas

de memória para idosos vêm ampliando suas intervenções em uma abordagem mais

ampla, de otimização cognitiva, com fatores cognitivos e não-cognitivos.

(GUERREIRO; CALDAS, 2001). Os fatores cognitivos podem ser divididos em

internos, externos e condições para realização de tarefas. Os internos são:

escolaridade, nível cultural, grau de atividade, habilidades, domínio de

conhecimentos, características cognitivas e metacognição. Os recursos externos

são: ajudas externas como: agendas, calendário, lista de compra, entre outros. As

condições para realização de tarefas são as condições ambientais e condições de

apresentação da informação. Já os fatores não cognitivos compreendem as

condições relacionadas à saúde física do indivíduo (sono, nutrição, atividade física,

uso de medicamentos, álcool e outras drogas, tabagismo, hipertensão arterial,

diabetes, doenças agudas ou crônicas etc.), suas condições psico-afetivas (traços

neuróticos, ansiedade, depressão, crenças sobre a própria capacidade, motivação,

etc.) e sociais (engajamento, suporte social, crenças sobre o envelhecimento, etc.).

Essa abordagem vem demonstrando melhores resultados nos estudos que analisam

a eficácia de treinamento de memória (VAN DER LINDEN; HUPET, 1994).

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4.4- EXERCÍCIOS FÍSICOS, COGNIÇÃO E MEMÓRIA EM PESSOAS IDOSAS

Estudos evidenciam o efeito positivo da atividade física e do exercício físico

no declínio biológico causado pelo envelhecimento e seus efeitos benéficos no

processo cognitivo (memória, aprendizagem, atenção, etc) (OKUMA, 1998; SILVA;

NAVARRO; CAMPOS, 2007; UNGER; JOHNSON, 2008). Além disso, o estudo de

Rovio (2005) mostra a associação entre atividades físicas e menores risco de

demência e doença de Alzheimer. A possível influência da atividade física sobre as

funções cerebrais do idoso foi discutida por diferentes autores (KALSHA; SHAUTH,

2001; SHEPHARD, 2003; KRAMER et al., 2005; CHIARI et al., 2010). Segundo

Antunes et al (2006) O exercício físico pode interferir no desempenho cognitivo por

diversos motivos: a) em função do aumento nos níveis dos neurotransmissores e por

mudanças em estruturas cerebrais (isso seria evidenciado na comparação de

indivíduos fisicamente ativos x sedentários); b) pela melhora cognitiva observada em

indivíduos com prejuízo mental (baseado na comparação com indivíduos saudáveis);

c) na melhora limitada obtida por indivíduos idosos, em função de uma menor

flexibilidade mental e atencional quando comparado com um grupo jovem. Ainda, os

exercícios físicos ativam cascatas musculares e celulares que mantêm a plasticidade

do cérebro, promovendo a vascularização do cérebrom neurogênese e mudança nas

estruturas neuronais (COTMAN e BERTCHTOLD, 2002) e mudanças funcionais

saudáveis no envelhecimento. O estudo de Cavalini e Chor (2003), realizado com

idosas, para detectar déficit cognitivo, conclui que sedentárias apresentam

prevalência de déficit cognitivo cerca de duas vezes maior quando comparados com

idosas ativas.

Em relação aos efeitos dos exercícios físicos sobre as funções cognitivas,

entre elas a memória, os exercícios aeróbicos são multifatoriais e estão relacionados

a alterações em vários sistemas. A diminuição no ritmo do declínio da função

memória, induzida pelos exercícios aeróbicos, pode ocorrer pelos seguintes

mecanismos: auxílio no bom funcionamento cerebrovascular, melhoria da função

cardiorrespiratória e aumento do transporte de oxigênio para o cérebro (ANTUNES

et al., 2001). Os exercícios físicos aumentam a síntese e degradação dos

neurotransmissores, auxiliam na diminuição da pressão arterial, na concentração de

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colesterol e triglicerídeos, na inibição da agregação plaquetária (ROBERGS;

ROBERTS, 2002) e reduz o cortisol (KHALSA; STAUTH, 2001).

Pesquisa de Colcombe e Kramer (2003), no qual os tecidos cerebrais foram

mapeados através de técnicas de ressonância magnética funcional, verificou que

indivíduos fisicamente ativos exibem menores taxas de perdas teciduais durante o

envelhecimento do que indivíduos sedentários. Um estudo de revisão, incluindo 30

estudos realizados de 1970 a 2003, demonstrou que os exercícios físicos contribuem

para a diminuição de ocorrência de demências no envelhecimento (HEYN; ABREU;

OTTENBACHER, 2004).

Diferentes características do exercício físico podem interferir na memória.

Logo após a realização de um exercício físico intenso (efeito agudo do exercício),

formações de novas memórias podem ser afetadas negativamente Os protocolos

desenvolvidos para investigar os efeitos do exercício intenso nas funções cognitivas

são realizados pela demanda anaeróbia máxima, podendo causar um estado de

fadiga e conseqüentemente um declínio cognitivo (ANTUNES, et al, 2006 Já o

exercício regular sistematizado pode ajudar no armazenamento de novas

informações (MELO et al., 2005).

A maioria das pesquisas, sobre memória e exercícios físicos, foi feita por meio

de exercícios aeróbicos, evidenciando a melhora dessa função e da cognição como

um todo (SHERPHARD, 2003; KRAMER et al., 2005), mas, recentemente, os efeitos

dos exercícios resistidos na memória têm sido pesquisados, sendo o número de

estudos bem menor do que aqueles utilizando os dos exercícios aeróbicos. Porém,

seus resultados têm sido animadores. Estudos de Ozkaya et al., (2005) e Busse et

al., (2008) verificaram a melhoria dessa função com esse tipo de exercício. Todavia,

a combinação de exercícios aeróbicos e exercícios de força podem melhorar ainda

mais o desempenho da memória de trabalho, comparada com os efeitos dos

exercícios aeróbicos. Isso foi demonstrado na metanálise de Colcombe e Kramer

(2003).

Pesquisa de Charchat e Moreira (2008) relata que mesmo uma sessão de

exercícios físicos pode apresentar resultados benéficos no desempenho cognitivo

em idosos, em atividades que requerem funções executivas, com implicações na

memória de trabalho. Quanto às funções de atenção e estado de alerta, estudo de

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Cordova et al. (2009) evidenciou também melhoras. Este estudo mostrou que a

melhor intensidade para esses efeitos são exercícios moderados a intensos. A

intensidade mais adequada foi a de 90% do limiar anaeróbio.

Outro aspecto do exercício físico modulador da memória diz respeito aos

mecanismos hormonais e humorais estimulados na sua prática. Segundo Izquierdo

et al., (1988), os mecanismos que influenciam a memória e os mecanismos

humorais envolvidos no exercício físico conduzem a mais de uma especulação a

respeito da possível influência do exercício na memória. A adrenalina, noradrenalina,

adrenocorticotrófico (ACTH), vasopressina, opióide e B-endorfina são moduladores

fisiológicos da memória e todos estes estão envolvidos na regulação homeostática

do exercício. Sugere-se com essa relação mais um efeito do exercício físico na

modulação da memória (SANTOS; MILANO; ROSAT, 1998).

4.5- EXERCÍCIOS FÍSICOS CONJUGADOS COM EXERCÍCIOS DE COGNIÇÃO

Foram encontrados poucos estudos unindo exercícios físicos com exercícios

para a cognição ou memória. Contendo essa conjugação citamos o estudo

denominado The SIMA project de OSVALDO et al., 1996, feito no Instituto de

Psicogerontologia da Universidade de Erlange na Alemanha, sobre a manutenção e

apoio à vida independente na terceira idade. Os experimentos tiveram a participação

de 309 pessoas com idade entre 75 e 89 anos e foi realizado em 30 sessões. Os

idosos foram divididos em seis grupos: grupo controle, grupo de programa de

treinamento de competências, grupo de treinamento de memória, programa de

treinamento psicomotor, treinamento psicomotor e competência, e treinamento

psicomotor e memória. Os resultados demonstram que o treinamento de memória e

o treinamento combinado, psicomotor e memória, apresentaram melhores

resultados, sem diferença significativa entre eles.

Outro estudo é o de Fabre et al.,(2002), no qual foram comparados os efeitos

do treinamento físico aeróbio e treinamento mental na função cognitiva, e se

procurou determinar se a associação das duas técnicas poderia demonstrar

melhores resultados. Participaram deste estudo 32 idosos entre 60 e 76 anos, que

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foram alocados em quatro grupos, com intervenções por dois meses (treinamento

aeróbico, treinamento mental, combinado treinamento aeróbico e mental, e controle).

O programa de exercícios aeróbicos e o programa de treinamento mental, ambos

resultaram na melhora da função cognitiva; no entanto, o método combinado foi o

que obteve melhores respostas na memória, sugerindo que a utilização combinada

dos dois métodos pode potencializar os resultados mais do que o uso de apenas

uma das técnicas.

5 - MATERIAIS E MÉTODOS

5.1- DELINEAMENTO DO ESTUDO

O estudo apresentou um delineamento experimental, com intervenções de

estimulação da memória em dois grupos e a presença de um grupo controle. Foram

feitas avaliações da memória pré e pós-intervenções nos grupos, comparando seus

resultados.

Participaram do estudo mulheres idosas, com idade compreendida entre 60 a

80 anos, residentes no Distrito Federal, as quais foram aleatoriamente divididas em

três grupos: 1) Estimulação Cognitiva Tradicional (ECT); 2) Estimulação Cognitiva

conjugados com exercícios físicos (ECE); e 3) Grupo Controle (GC). No grupo de

ECT foram aplicados exercícios de oficinas de memória tradicional e, no ECE,

exercícios de oficina de memória aliados a movimentos corporais. O grupo controle

permaneceu com suas atividades normais, sem intervenção do pesquisador. Os

aspectos principais analisados com o estudo foram os efeitos das intervenções

sobre parâmetros da memória.

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5.2- AMOSTRA

A amostra foi composta por 96 idosas, praticantes de atividades físicas

sistematizadas no Serviço Social do Comercio (SESC) na cidade satélite do Guará,

DF, com idade compreendida entre 60 e 80 anos. Esta foi dividida aleatoriamente

em três grupos de 32 sujeitos cada: grupo de Estimulação Cognitiva Tradicional

(ECT); grupo de Estimulação Cognitiva e Exercícios (ECE); e Grupo Controle (GC).

No entanto, iniciou-se a intervenção com 24 idosas no grupo ECM e 21 no grupo

ECT, mas frequentaram 70% das sessões, número mínimo para ser incluída na

pesquisa, 19 e 17 respectivamente. No grupo controle foram selecionadas

aleatoriamente 19 para o pós-teste, totalizando uma amostra de 55 idosas. O

presente estudo adotou os seguintes critérios de inclusão e de exclusão.

5.2.1- Critérios de inclusão

• Idosas do sexo feminino com idade compreendida entre 60 e 80 anos e

aparentemente saudáveis. Isto é, que não apresentassem doenças crônicas

não controladas que impeçam sua participação no estudo;

• Alfabetizadas, que saiba ler, interpretar o que leu e escrever.

• Idosas que praticam atividades físicas sistematizadas

• As idosas do grupo ECM, aptas a praticarem atividades físicas de intensidade

leve a moderada.

5.2.2- Critérios de exclusão

• Cirurgias recentes;

• Portadores de doenças crônicas não transmissíveis que não estejam

controladas;

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• Idosos que utilizam medicamentos que favorecem a confusão mental como:

drogas psicoativas, antidepressivos, antipsicóticos, neurolépticos e

benzodiazepínicos;

• Alcoolismo;

• Sinais de provável depressão: ponto de corte acima de 5 na Escala de

Depressão Geriátrica 15 (Yesavage), versão resumida;

• Deficiência auditiva e visual sem correção;

• Comprometimento cognitivo, avaliado por meio do MEEM. Pontos de corte:

analfabetos, 13; 1 a 8 anos incompletos, 18; e maior ou igual a 8 anos de

escolaridade, 26 (BERTOLUCCI et al,1994).

Todos os participantes foram orientados para que informassem à pesquisadora,

caso iniciassem qualquer nova medicação, a fim de excluir possível interferência

desta no processo cognitivo durante realização das oficinas.

5.3- Cuidados Éticos

O estudo somente foi colocado em campo após a aprovação pelo Comitê de

Ética em Pesquisa da Secretária de Estado de Saúde do DF (ANEXO 2). Antes da

coleta de dados e do início das intervenções, foram feitas reuniões com os

responsáveis pelo departamento de atividades com idosos do SESC para prestar

esclarecimentos sobre o planejamento da pesquisa.

Posteriormente, todos os participantes receberam orientações orais e escritas

sobre a pesquisa, com todos os aspectos relacionados ao seu formato, sigilo dos

dados e responsabilidade dos pesquisadores e profissionais envolvidos. Os

participantes foram ainda informados sobre os possíveis riscos e benefícios do

protocolo experimental, bem como sobre a possibilidade de deixarem de participar

da pesquisa a qualquer momento. Em seguida, todos os participantes preencheram

e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, formulado de acordo

com a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (ANEXO1),

concordando com sua participação voluntária na pesquisa.

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5.4- INSTRUMENTOS

Os critérios de seleção dos testes, que foram aplicados nesse estudo, foram

os seguintes: aspectos da memória do idoso importantes para avaliação (memória a

curto prazo, fluência verbal e função executiva e autopercepção da memória),

qualidade do teste para avaliar esses aspectos, eficiência, praticidade e tempo

necessário para aplicação, aplicabilidade pela comunidade científica e testes

específicos para a população de idosos. Os testes adotados foram: para seleção da

amostra, o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) (FOLSTEIN, 1975) e a Escala de

Depressão Geriátrica, versão resumida (EDG-15) (SHEIK; YASAVAGE, 1986); para

a memória, o Teste de Memória da Lista de Palavras (MLP) (ATKINSON; SHIFFIN,

1971), Teste de Fluência Verbal (FV) (ISAAC; KENNIE 1973) e a Escala Subjetiva

de Queixa de Memória (EQM) (Cambridge Examination for Mental Disorders of the

Eldely - CAMDEX, ROTH et al., 1988).

Para obtenção de resultados mais fidedignos nos testes, a aplicação foi

precedida de um período de treinamento, sendo este constituído pela observação de

profissionais experientes e pela aplicação propriamente dita em aproximadamente

30 idosos, os quais não entraram nas análises do estudo. Antes da aplicação dos

testes, as voluntárias responderam o questionário de identificação (APÊNDICE A). A

seguir, encontram-se os detalhes sobre os instrumentos de avaliação que foram

aplicados nas voluntárias desta investigação.

5.4.1- Mini- Exame do Estado Mental (Apêndice B)

O MEEM foi criado por Folstein (1975) e adaptado para a população brasileira

por Bertolucci et al. (1994). Foi projetado para ser uma avaliação clinica prática de

mudanças do estado cognitivo em pacientes geriátricos, com alfa de Cronbach 0,80

(SANTOS, et al., 2010). Desde a sua publicação, é um importante instrumento de

rastreio de comprometimento cognitivo, utilizado como instrumento clínico ou em

pesquisas em estudos epidemiológicos populacionais (BRUCKI et al., 2003). É

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composto por questões agrupadas em sete categorias, que tem o objetivo de avaliar

funções cognitivas como a orientação temporal (5 pontos cada), retenção ou registro

de dados (3 pontos), atenção e cálculo (5 pontos), memória (3 pontos), linguagem (8

pontos), capacidade construtiva visual (1 ponto) e orientação espacial ( 5 pontos). O

escore pode variar de um mínimo de zero até um total máximo de 30 pontos. A

versão em português selecionada para este estudo foi traduzida e validada por

Bertolucci et al., (1994). Atualmente é uma das mais utilizadas no Brasil, e leva em

consideração diferentes níveis de escolaridade. Seu ponto de corte para analfabetos

é 13, 1 a 8 anos incompletos de escolaridade, 18 e maior ou igual a 8 anos de

escolaridade, 26. O MEEM é utilizado para rastreamento de comprometimento

cognitivo; portanto, foi adotado para identificar voluntárias que estejam abaixo do

ponto de corte, ou seja, com sugestão de comprometimento que pudesse afetar os

resultados do presente estudo.

5.4.2- Escala de Depressão Geriátrica- EDG -15 (Apêndice C)

Ainda para selecionar a amostra, foi aplicada a EDG-15, devido à associação

entre a depressão e o comprometimento cognitivo, que há muito tempo tem sido

relacionada e vem sendo alvo de pesquisas. Metanálise de Huang et al., 2010

evidencia relação entre depressão, comprometimento cognitivo e demência. A EDG-

15 foi criada por Sheik e Yasavage (1986) e traduzida para o português por Stoppe

Júnior; Jacob Filho; Louza Neto (1986) foi validada no Brasil por Almeida e Almeida.

Foi utilizada por ser de entendimento simples, com respostas do tipo sim ou não, de

rápida e fácil aplicação, e possuir propriedades de validade e confiabilidade

satisfatórias para o rastreamento dos sinais sugestivos de depressão no idoso

(HOYL et al., 1999; ERTA: EKER, 2000), com o alfa de Cronbach 0,94 (PARADELA,

LOURENÇO; VERAS, 2005). A versão original da Escala de Depressão Geriátrica

(EDG) possui 30 itens, entretanto foi utilizada uma versão mais curta, no estudo,

sendo composta por 15 itens. Essa versão aplicada em ambientes não

especializados (ambulatórios), no Brasil, também foi previamente validada por

Paradela; Lourenço e Veras (2005). O ponto de corte é o sugerido inicialmente pelos

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autores que traduziram esta escala para o português. Para eles, a partir de cinco

pontos haveria sinais sugestivos de depressão.

5.4.3- Memória da Lista de Palavras- MLP (Apêndice D)

O teste de MLP foi concebido por Atkinson e Shiffin (1971), e faz parte da

Bateria do Consortium to Estabilish a Registry for Alzheimer Disease - CERAD. É um

instrumento que avalia a memória a curto prazo. O teste consiste na leitura, feita

pelo examinador, de 10 palavras não relacionadas, no ritmo de cada palavra e em

dois segundos. Terminada a leitura, é realizada a evocação. Depois, o procedimento

é repetido, mais duas vezes, com as palavras em uma ordem diferente. A pontuação

é obtida pela soma das palavras recordadas nas três tentativas. A avaliação será

realizada antes e após o período de intervenção.

5.4. 4 - Teste de Fluência Verbal- FV (Apêndice E)

Este teste foi validado por Isaacs e Kennie (1973) e fornece informações

sobre a capacidade de armazenamento do sistema de memória semântica

(BUTMAN et al., 2000), habilidade de recuperar informações armazenadas e

processamento das funções executivas (RODRIGUES; YAMASHITA; CHIAPPETTA,

2008). Existem duas modalidades do teste de FV: a semântica (animais) e a

categoria fonológica, com evocação de palavras que se iniciam com uma

determinada letra. O teste mais empregado em estudos brasileiros é o de categoria

semântica (animais), devido à facilidade de sua aplicação e à disponibilidade de

notas de corte definidas em função da escolaridade (NITRINI et al., 2005). A

memória semântica pertence ao sistema de memória explícita (declarativa) e implica

o uso de produtos verbais como nomes de pessoas, lugares, descrições de

acontecimentos, vocabulário, significados e regras gramaticais, classificação e

conceitos abstratos (IZQUIERDO, 2003).

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O teste aplicado foi o de categoria de animais de Isaac e Kennie (1973), no

qual é dado o comando para o sujeito dar o nome de todos os animais que

conseguir em um minuto. O escore corresponde ao número de animais lembrado

nesse tempo, não pontuando gêneros iguais, exceto quando as denominações são

diferentes (ex. cavalo e égua); nesse caso, ambos são pontuados (BERTOLUCCI,

2001).

5.4.5- Escala Subjetiva de Queixas de Memória (Apêndice F)

Outro aspecto considerado foi à auto-avaliação dos sujeitos da pesquisa em

relação a sua própria memória. Nesse sentido, foi aplicado a EQM, que é um teste

que avalia a percepção da memória. A EQM é uma escala breve em comparação

com as tabelas oficiais de metamemória, mas seu conteúdo é bastante significativo

(JONKER; GEERLINGS; SCHMAND, 1996). A percepção do declínio cognitivo pode

levar à tomada de consciência, gerando ações no sentido de recrutar recursos

internos e externos para superar as dificuldades apresentadas com tal quadro. A

EQM é um questionário proveniente da bateria CAMDEX (Cambridge Examination

for Mental Disorders of the Eldely), sendo composto por 10 questões de forma que,

quanto mais queixas e quanto mais estas tenham interferência na vida do indivíduo,

maior será a pontuação, que varia de 0 a 21.

5.5 - INTERVENÇÕES

Para melhor desenvolvimento das intervenções, foi realizado um

acompanhamento da oficina de memória para idosos, ministrada na Unidade Mista

de Taguatinga, da Secretária de Saúde do DF, por um período de dois meses. Além

disso, foram aplicadas cinco sessões-piloto de intervenções em grupos de idosos no

DF (Secretária de Esporte do DF), com a finalidade de estabelecer ajustes, melhorar

e viabilizar a proposta. No planejamento das intervenções foi elaborado um plano de

ensino (APÊNDICE G) e planos de sessões (Apêndices H e G), sendo que as

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intervenções ECT e ECE foram as mais similares possíveis, diferenciando apenas

pela inclusão de exercícios físicos.

5.5.1- Estímulação Cognitivo Tradicional (ECT)

A intervenção de ECT foi realizada no SESC-Guará, DF, com uma frequência

de três sessões semanais, durante um mês, totalizando doze sessões. Cada sessão

teve a duração aproximada de noventa minutos e foi estruturada tomando como

base a pesquisa bibliográfica (ALVAREZ, 2004; GEDIMAN e CRINELLA, 2008;

DELLSOLA, 2008) e estudos de oficinas de memória tais como Verhaeghen;

Marcoen; Goosens, (1992), Yassuda (1999); Ball et al. (2002), Lasca (2003) e Matos

(2006), entre outros.

O conteúdo incluiu uma parte teórica e outra prática. A parte teórica constou

de explanações e discussões sobre envelhecimento e crenças, etapas e sistemas de

memória, metamemória, auto-eficácia e suas influências, estratégias externas e

internas para facilitar a lembrança. A parte prática foi composta por exercícios de

estratégias mnemônicas, percepção, atenção e concentração. Ademais, incluiu

atividades de raciocínio lógico, atividades verbais e resolução de problemas com

memória recente e memória pregressa.

Todos os exercícios foram graduados do simples para o complexo e do

concreto para o abstrato, com atividades individuais e em grupos, jogos e atividades

lúdicas, estimulando os mecanismos para melhor desempenho da memória. Além

disso, foram sempre requisitados exercícios para casa, utilizando métodos

aprendidos nas sessões. Para aderência dos participantes, na pesquisa foram

utilizadas práticas estratégicas para maximizar a participação dos sujeitos, como

telefonemas para os idosos faltosos e atividades de integração dos participantes.

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42

5.5.2- Estimulação Cognitiva e Exercícios Físicos (ECE)

O número de sessões por semana e a duração da intervenção de ECE foi

igual à intervenção por meio do ECT e o local também foi o mesmo. As atividades

práticas de estimulação da memória também seguiram o conteúdo da ECT, sendo a

principal diferença a conjugação com exercícios físicos. As atividades foram

estabelecidas dentro de um plano de ensino, tendo como base a pesquisa

bibliográfica (VERHAEGHEN; MARCOEN; GOOSENS, 1992; MANIDI e MICHEL,

2001; YASSUDA 1999; MORENO, 2002; BALL et al, 2002; LASCA 2003;

GEIS,2003; ALVAREZ, 2004; MATOS, 2006; GEDIMAN e CRINELLA, 2008;

DELLSOLA, 2008 ) e a criatividade, e foram distribuídas em partes semelhantes às

sessões de exercícios físicos: parte inicial, parte principal e parte final.

Na parte inicial, foram feitas exposições teóricas sobre envelhecimento,

crenças, mitos, memória e metamemória, além de discussões sobre a execução dos

exercícios que foram passados para casa. Toda essa parte foi intercalada com

movimentos de preparação corporal e mental para o restante da sessão como, por

exemplo, caminhada, atividades de mobilidade geral e exercícios respiratórios.

Na parte principal, foram aplicadas estratégias mnemônicas como:

associação, categorização, imagem mental e localização. Tudo isso aliado a

exercícios físicos que contribuem para a flexibilidade, força e resistência aeróbia,

com todas as atividades exercitando a memória. Além disso, foram utilizadas

estratégias tais como jogos ativos e moderados de atenção, concentração, rapidez

de reação, resolução de problemas, ginástica natural e dança. Além de aplicados

exercícios de Neurobiótica, método de programa de exercícios que consiste em

proporcionar ao cérebro experiências fora da rotina, utilizando inúmeras

combinações dos cinco sentidos (KATS, 2000). Ainda foram aplicados exercícios de

Brain Gym (DENNILSON; DENNILSON, 1996), método que se dá através da prática

de determinados exercícios que ativam áreas do cérebro e conectam o lado direito

com o lado esquerdo.

Encerrando a sessão, a parte final foi composta de exposições teóricas sobre

estratégias internas e externas para facilitar a lembrança, influências que sofre a

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memória e auto-eficácia. Tudo isso foi intercalado com relaxamento, exercícios

respiratórios e técnicas de meditação.

Os exercícios físicos seguiram os princípios básicos do treinamento físico:

individualidade biológica, sobrecarga, continuidade, interdependência do volume,

intensidade e variabilidade. As atividades cognitivas foram igualmente graduadas do

simples para o complexo e do concreto para o abstrato. Todas as ações de

aderência estabelecidas no grupo de ECT foram adotadas do mesmo modo no ECE.

5.5.3- Grupo Controle (GC)

O Grupo controle foi instruído a não alterar sua rotina e permanecer sem

estímulos específicos para a memória durante o tempo da pesquisa. Seus

participantes apenas foram submetidos aos testes cognitivos, antes e após o

período da intervenção. Como estratégia de adesão dos participantes à pesquisa, foi

realizada uma palestra e mantido contato através de telefonemas. Ao final da coleta

de dados foi oferecido, aos interessados deste grupo, o treinamento de memória

com atividades da oficina tradicional e da oficina conjugada com atividades físicas.

5. 6 - TRATAMENTO ESTATÍSTICO

Para verificar a normalidade da distribuição dos dados foi utilizado o teste de

Kolmogorov-Smirnov. Os dados são apresentados através da estatística descritiva,

utilizando-se os procedimentos de média e desvio padrão. Para verificar diferenças

entre os grupos na linha de base do estudo, foi conduzida uma análise de variância

(ANOVA) para as variáveis contínuas, e o teste qui-quadrado para as variáveis

categóricas. Um ANOVA fatorial {(2 x 3) (Tempo [pré e pós] * Grupo (ECE, ECT e

GC) foi utilizada para verificar os efeitos da intervenção. Nesse sentido, os valores

intra-sujeitos foram as variáveis dependentes e os fatores inter-sujeitos foram os

grupos. Uma vez que o nível de atividade intelectual apresentou uma diferença

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limítrofe entre os grupos, essa foi tratada como co-variável nas análises. Ocorrendo

diferença significativa em alguma das variáveis, testes de comparações múltiplas

Bonferroni foram conduzidos para identificação de contrastes relevantes entre as

médias. A significância estatística adotada para as análises foi um valor de P ≤ 0,05

e o software SPSS versão 15,0 foi utilizado para a realização de todas as análises.

6 - RESULTADOS

6.1- CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

A coleta de dados da presente pesquisa foi desenvolvida de março a agosto

de 2010, no Serviço Social do Comércio (SESC), onde, nesse período, praticavam

atividades físicas 2533 pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos. O número

de idosos participantes das diversas atividades é de 780. Dessa população inicial,

participantes potenciais foram informados sobre a pesquisa por meio de uma

palestra acerca da memória e envelhecimento e avisos verbais oferecidos nas

turmas. Inicialmente, 131 idosas se voluntariaram para as avaliações envolvendo a

aplicação do EDG e do MEEM. Após aplicação dos critérios de exclusão, 96

voluntárias foram selecionadas e distribuídas aleatoriamente em três grupos: 1)

ECE; 2) ECT; e 3) GC. As participantes do GC foram orientadas para que

permanecessem com suas atividades rotineiras, e também com esse grupo foi

realizado um encontro, envolvendo uma palestra sobre hipertensão, para controle e

aderência do mesmo. Os grupos ECE e ECT iniciaram a intervenção com 24 e 21

idosas, uma vez que as demais apresentaram incompatibilidade de horário.

Entretanto, frequentaram o número mínimo de sessões (i.e., 70% das sessões) 19 e

17 voluntárias para o ECE e ECT, respectivamente. Das voluntárias inicialmente

alocadas no GC, 19 foram aleatoriamente selecionadas para realizar as avaliações

pós-intervenção. Dessa forma, um total de 55 voluntárias entrou nas análises da

presente investigação. Para um melhor entendimento do leitor, o fluxograma de

recrutamento da amostra é apresentado na figura 1.

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GC: Grupo Controle; ECM: Estimulação Cognitiva e Movimento; ECT: Estimulação

Cognitiva Tradicional

Figura 1: Fluxograma do recrutamento das voluntárias do estudo

A Tabela 1 apresenta as características descritivas (média ± desvio padrão) da amostra estudada, indicando as variáveis coletadas. Participaram do estudo 55 idosas, com idade média de 68,4 ± 5,6 anos. Especificamente, são apresentados na tabela os dados das variáveis contínuas, tais como idade, número de pessoas no domicílio, escolaridade e resultados dos testes psicrométricos de memória.

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Tabela 1. Estatística descritiva (média ± desvio padrão)

das variáveis estudadas na linha de base do estudo.

Variáveis

N 55

Idade (anos) 68,4 ± 5,6

EQM 6,2 ± 4,2

MLP 15,6 ± 4,0

FV 15,4 ± 4,0

MEEM 26,3 ± 2,2

EDG 1,7 ± 1,4

Escolaridade (anos) 10,0 ± 4,8

Pessoas no domicílio 2,8 ± 1,5

EQM = Escala de Queixa de Memória; MLP = Memória de

Lista de Palavras; FV = Fluência Verbal; MEEM = Mini-

Exame de Estado Mental; EDG= Escala de Depressão

Geriátrica)

Ainda em relação às características da amostra estudada, estão

apresentadas na Tabela 2 as variáveis categóricas coletadas na linha de base do

estudo. Nesse sentido, são apresentados resultados referentes à reposição

hormonal, uso regular de medicamentos, estados civil, realização de tarefas

intelectuais e laborais e condições clínicas, como hipertensão arterial, diabetes e

alterações da tireóide. Tais características foram identificadas, pois podem

influenciar a memória.

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Tabela 2. Caracterização da amostra em relação à reposição

hormonal, uso de medicamentos, hipertensão, atividades intelectuais,

atividade laboral e estado civil

Características N(%)

Reposição Hormonal

Sim 4 (7,3%)

Não 51(92,7%)

Uso Regular de Medicamentos

Sim 52 (94,5%)

Não 3 (5,6%)

Hipertensão

Sim 35 (63,6%)

Não 20 (36,4%)

Diabetes

Sim 5 (9,1%)

Não 50 (90.9%)

Realiza Atividades Intelectuais

Sim 39 (70,9%)

Não 16 (29.1%)

Atividade Laboral

Nunca exerceu 13 (23,6%)

Já exerceu 34 (61,8%)

Exerce atualmente 8 (14,6%)

Estado Civil

Solteira 4 (7,8%)

Casada 18 (32,7%)

Viúva 18 (32,7%)

Separada 15 (27,8%)

Hipotiroidismo

Sim 11 (20%)

Não 44 (80%)

Hipertiroidismo

Sim 1 (1,82%)

Não 54 (98,9%)

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A Tabela 3 apresenta as características da amostra em função dos grupos

estudados (GC, ECE e ECT). Não foi observada diferença significativa entre os

grupos para as variáveis; idade, escolaridade, pessoas no domicílio e resultados das

avaliações de memória realizadas na linha de base do estudo. Adicionalmente, as

variáveis categóricas foram comparadas entre os grupos, por meio do teste qui-

quadrado (Tabela 4). Não foram observadas diferenças significativas entre grupos

para uso de medicamentos, reposição hormonal, hipertensão arterial, diabetes ou

disfunção da tireóide. Entretanto, foi observada uma diferença estatística limítrofe (p

= 0,05) para realização de atividades intelectuais. Dessa forma, a realização de

atividades intelectuais entrou como co-variante nas análises subsequentes.

Tabela 3. Características (Média ± Desvio Padrão) da amostra em relação

aos grupos estudados (GC – controle; ECE = Estimulação Cognitiva e

Exercícios; e ECT = Estimulação Cognitiva Tradicional).

Grupos GC ECE ECT Valor de P

N 19 19 17

Idade (anos) 67,8 ± 5,4 69,9 ± 4,7 67,5 ± 6,6 0,39

EQM pre 5,9 ± 3,6 5,3 ± 3,9 7,6 ± 4,9 0,24

MLP pre 16,2 ± 5,5 15,4 ± 2,7 15,2 ± 3,3 0,73

FV pre 15,8 ± 40 15,1 ± 3,5 15,2 ± 3,7 0,83

MEEM 26,2 ± 2,0 26,5 ± 1,8 26,1 ± 2,9 0,81

EDG 1,7 ± 1,3 1,5 ± 1,4 2,1± 1,6 0,48

Pessoas no domicílio 2,6 ± 1,2 3,4 ± 1,8 2,4 ±1,5 0,13

Escolaridade 8,8 ± 4,3 11,1 ± 5,1 10,1 ± 5,1 0,34

GC: Grupo Controle; ECM: Estimulação Cognitiva e Exercício;

ECT: Estimulação Cognitiva Tradicional; EQM: Escala de Queixa de Memória

MLP: Memória de Lista de Palavras; FV: Fluência Verbal

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Tabela 4. Caracterização da amostra em relação à reposição hormonal, ao uso de

medicamentos, hipertensão, atividades intelectuais, atividade laboral, diabetes,

disfunção tireoidiana e estado civil nos grupos de estudo.

Variável

ECE ECT GC Valor de P

N (%) N (%) N (%)

Reposição Hormonal 2 (10,52%) 1 (5,86%) 1 (5,26) 0,79

Uso de outros medicamentos 17(89,47%) 17 (100%) 17 (89,47%) 0,38

Hipertensão 14 (73,68%) 9 (52,94%) 12 (63,16%) 0,43

Diabetes 1 (5,26%) 2 (21,05%) 2 (10,53%) 0,49

Realiza atividades intelectuais 17 (89,48%) 9 (52,94%) 14 (73,68%) 0,05

Hipotiroidismo 5 (26,31%) 3 (17,65%) 3 (15,79%) 0,70

Hipertiroidismo 1 (5,26%) 0 (0%) 0 (0%) 0,38

Atividade laboral

Nunca exerceu 4 (21,05%) 6 (35,29%) 3 (15,79%) 0,73

Já exerceu 12 (63,16%) 9 (52,94%) 13 (68,42%)

Exerce atualmente 3 (15,79%) 2 (11,76%) 3 (15,79%)

Estado Civil

Solteira 1 (5,26%) 1 (5,88%) 2 (10,53%) 0,63

Casada 8 (42,11%) 4 (23,53%) 6 (31,58%)

Viúva 5 (26,32%) 5 (29,41%) 8 (42,11%)

Separada 5 (26,32%) 7 (41,18%) 3 (15,79%)

GC: Grupo Controle; ECE: Estimulação Cognitiva e Exercício; ECT: Estimulação

Cognitiva Tradicional; EQM: Escala de Queixa de Memória; MLP: Memória de Lista de

Palavras; FV: Fluência Verbal.

6.2- RESULTADOS DAS INTERVENÇÕES

Os resultados das avaliações de memória antes e após o protocolo

experimental são apresentados na Tabela 5. Foi observada diferença significativa

entre o pré e pós-intervenção nos grupos ECE e ECT, para todas as variáveis de

memória avaliadas, enquanto nenhuma alteração significativa foi notada no GC.

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Adicionalmente, foi verificado que o valor de EQM na pós-intervenção foi

significativamente maior no GC em comparação ao ECE e ao ECT. Finalmente, a

ANOVA revelou uma interação significativa tempo*grupo nas variáveis EQM e FV,

isto é, indicando uma maior magnitude de alteração no ECE e ECT em relação ao

GC.

Tabela 5. Resultados dos testes de memória antes e após o protocolo

experimental, para os três grupos (ECE, ECT e GC). Os valores são expressos

em média ± desvio padrão.

Variável ECE (N = 19) ECT (N = 17) GC (N = 19)

EQM pré 5,3 ± 3,9 7,6 ± 4,9 6,2 ± 4,2

EQM pós$ 2,8 ± 2,1* 2,9 ± 2,0* 6,3 ± 4,3#

MLP pré 15,4 ± 2,7 15,2 ± 3,3 16,2 ± 5,5

MLP pós 18,0 ± 3,8* 17,5 ± 2,4* 16,5 ± 4,6

FV pré 15,1 ± 3,5 15,2 ± 3,8 15,8 ± 4,9

FV pós$ 18,9 ± 4,2* 19,6 ± 5,3* 16,5 ± 5,3

* Diferença em relação ao pré no mesmo grupo (P < 0,05). $ Interação tempo*grupo significativa (P < 0,05). # Diferença significativa em relação ao momento pós do ECE e do ECT (P <

0,05).

EQM = Escala de Queixa de Memória; MLP = Memória de Lista de Palavras;

FV = Fluência Verbal; GC: Grupo Controle; ECE: Estimulação Cognitiva e

Exercício; ECT: Estimulação Cognitiva Tradicional

7- DISCUSSÃO

Tem sido frequentemente argumentado que a prática de atividades físicas

pode influenciar no desempenho da memória de indivíduos idosos (SILVA;

NAVARRO; CAMPOS, 2007; UNGER; JONHNSON, 2008: CHIARI et al., 2010).

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Ademais, as oficinas de memória tradicionais, isto é, utilizando estratégias de

memorização já conhecidas na literatura e em forma de oficinas, demonstram

também uma melhora significativa no desempenho da memória nos grupos que

foram submetidos a essa intervenção (NOVOA; JUAREZ; NEBOT, 2008). Com o intuito

de potencializar esses efeitos, foi examinado um programa conjugando exercícios

físicos à estimulação da memória (i.e., ECE) neste estudo para examinar tal

possibilidade.

A presente pesquisa é original, pois conjuga exercícios cognitivos através

das técnicas mnemônicas, realizadas por meio de tarefas com exercícios físicos e

traz informações acerca dos resultados obtidos na memória. A ECE produziu efeitos

semelhantes àqueles observados com oficina de memória tradicional e mostrou

estratégias de como viabilizar essa conjugação. A partir desses achados, sugerimos

a possibilidade de realizar intervenções com essas duas vertentes, estimulação

cognitiva da memória e exercícios físicos, com o objetivo de manter a saúde física e

mental dos idosos, proporcionando a eles os benefícios dos dois tipos de trabalho.

Embora a intervenção Estimulação Cognitiva e Exercício não tenha apresentado

superioridade nos resultados, quando comparada à Estimulação Cognitiva

Tradicional, negando em parte a hipótese elaborada pela pesquisa, seus efeitos

foram similares e indicam que a conjugação das intervenções pode representar uma

metodologia que maximize o aproveitamento do tempo e trabalhe questões da

aptidão física e da memória de forma concomitante.

7.1- PARTICIPANTES DA PESQUISA

A amostra que foi investigada é distinta dos demais idosos brasileiros, no que

se refere à escolaridade e a prática de atividades físicas sistematizadas. A

escolaridade média dos idosos pesquisados foi de 10,0 anos sendo que a do grupo

controle foi de 8,8, no ECE 11,1 e 10,1 no ECT, sem diferenças significativas entre

os grupos. Tais resultados são superiores à média nacional que é de 4,1 anos (4,3

para homens e 3,9 para as mulheres) (PNAD, 2009). De acordo com vários estudos

(ARGIMON; STEIN, 2005; LOURENÇO; VERAS, 2006; DINIZ; VOLPE; TAVARES,

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2007), a escolaridade influencia direta e positivamente no desempenho dos testes

cognitivos, mas vale salientar que este estudo adotou em seu delineamento a

distribuição dos sujeitos de forma aleatória, nos três grupos, e não foi encontrada

diferença significativa entre eles, na escolaridade. Além disso, originou

homogeneidade intergrupos nas avaliações de memória pré-intervenções.

Da mesma forma, o número de idosos que praticam atividades físicas

sistematizadas no Brasil, de acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da

Saúde, Vigilância de Fatores de Risco e Proteção a Doenças Crônicas

Degenerativas – Vigitel (2009), mostra que apenas 14,7% da população acima de 18

anos praticam atividades físicas no seu tempo livre e são considerados ativos, de

acordo com recomendações internacionais (WORD HEALT ORGANIZATION, 2004).

Entre os idosos, a frequência é um pouco maior, de 18,1%, embora entre as

mulheres idosas seja apenas de 10,8 %. Por esse padrão, tais pessoas são

classificadas como as que fazem atividades físicas leves ou moderadas pelo menos

30 minutos diários em cinco ou mais dias da semana, ou pelo menos 20 minutos de

intensidade vigorosa em três dias da semana. Neste estudo, as idosas praticavam

atividades físicas sistematizadas, com uma frequência semanal no mínimo de duas

vezes. Semelhante à escolaridade, os exercícios físicos e as atividades físicas

contribuem para melhor desempenho cognitivo e na memória dos idosos (CHIARI et

al., 2010).

Poucos estudos, com os mesmos testes utilizados neste estudo foram

encontrados pesquisando a memória de idosos fisicamente ativos. As investigações

utilizando os mesmos instrumentos concentram-se em idosos com comprometimento

cognitivo, com doença de Alzheimer ou situações clínicas específicas (BUSSE et al.,

2008; MELO, 2008; SANTOS, 2010). Confrontando as habilidades de memória

testadas nos pré-testes desse estudo com sujeitos semelhantes, encontrou-se o

estudo Di Nucci et al., (2010) realizado no município de Amparo (SP), sobre a

relação entre hipertensão e desempenho cognitivo em idosos. Participaram dessa

pesquisa 80 idosos, homens e mulheres, dos quais apenas 26% da amostra

praticavam atividades físicas; contudo, os seus resultados não foram confrontados

com idosos inativos. A média e o desvio padrão, nos testes de MLP e FV

encontrados foram: nos normotensos, 13,65 ± 4,46 e 13,2 ± 3,67 e nos hipertensos

13,8 ± 3,76 e 11,65 ± 3,6, respectivamente. Outro estudo, de Silva-Lima et al.,

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(2010), delineado com o objetivo de investigar a relação entre atividade física e

cognição associou o desempenho no teste de fluência verbal (categoria animais) às

variáveis relativas ao nível de atividade física realizada pelos participantes. Este

envolveu 383 idosos, na cidade de Matarazzo, SP, no qual a realização de

atividades físicas foi avaliada por 57 questões divididas em 5 módulos: atividades

físicas de locomoção, atividades físicas na hora do lazer, atividades físicas

domésticas, atividades físicas no trabalho e comportamento ao assistir televisão.

Para que os indivíduos fossem considerados ativos eram necessários que

realizassem pelo menos 150 minutos de atividades físicas em cada domínio. Como

resultado, constatou o citado estudo que houve diferença significativa entre os

grupos ativos e inativos, a favor do grupo ativo, no número de animais falados nos

primeiros 15 segundos, o que sugere que os idosos ativos são mais rápidos na

busca semântica. Para o total de animais falados, a diferença aproximou-se da

significância estatística. A média e o desvio padrão dos idosos ativos foram 11,48 ±

3,61. Confrontando os resultados desses dois estudos com os observados em nossa

pesquisa, nota-se uma superioridade nos valores dos escores obtidos pela amostra

selecionada, no qual a média e o desvio padrão dos testes nos grupos foram: MLP:

GC,16,2 ± 5,5; ECE, 15,4 ± 2,7 e ECT, 15,2 ± 3,3. No teste de FV: GC, 15,8 ± 4,0;

ECE, 15,1 ± 3,5 e ECT, 15,2 ± 3,7. Tais resultados podem estar relacionados ao fato

de que a presente amostra apresentou nível de escolaridade acima da média e

estava engajada em programas sistematizados de atividades físicas.

Do mesmo modo, contrapondo a presente investigação a um estudo que

utilizou instrumento idêntico (EQM), encontrou-se a pesquisa de Kasai et al. (2010),

que verificou os efeitos da prática de Tai Chi Chuan na cognição de 26 idosas com

comprometimento cognitivo leve. Os testes pré-intervenção apresentou na EQM 9

para o grupo que praticou Tai Chi e 7,92 para o grupo controle. Fazendo um

comparativo desses dados, observa-se que as queixas de memória encontradas

foram menores em relação aos dados observados no presente estudo, sendo que o

GC apresentou um escore de 6,2; o ECE de 5,3 e o ECT de 7,6. Em geral,

confrontando os resultados das avaliações de memória na linha de base deste

estudo, foram observados valores superiores a estudos disponíveis na literatura,

achados possivelmente relacionados ao fato da presente amostra ser composta por

indivíduos fisicamente ativos e sem comprometimento cognitivo.

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7.2 – ESTIMULAÇÃO DE MEMÓRIA TRADICIONAL

Em relação aos resultados dos treinamentos de memória seguindo o modelo

tradicional, este estudo segue a tendência dos demais, demonstrando que essas

intervenções são eficientes para estimular a memória e aumentar seu desempenho

(NOVOA; JUAREZ; NEBOT, 2008). Evidências desses efeitos são notadas mesmo em

idosos com comprometimento cognitivo (OLCHIK, 2008; SHIMIDT; VICENTE;

YASSUDA, 2009; SANTOS, 2010). No estudo de Santos (2010), isso é demonstrado

com oficina de estimulação cognitiva para idosos analfabetos e com transtorno

cognitivo. O citado estudo foi realizado na cidade de Brasília, em dez sessões de

oficinas de memória, com a amostra composta por 63 idosos. Estes foram

distribuídos em: 22 idosos no grupo experimental, 21 idosos do grupo controle 1 e

20 idosos do grupo controle 2. O grupo experimental participou de oficina com jogos

e brincadeiras adaptados para idosos analfabetos com estimulação de memória a

curto e a longo prazo. O grupo controle 1 participou de palestras de educação em

saúde e o grupo controle 2 permaneceu sem atividades. O resultado da pesquisa

mostrou que o grupo experimental melhorou a cognição, sociabilização, integração e

o desempenho nas atividades da vida diária. Ainda, o grupo experimental e o

controle 1 melhoraram a percepção da memória e os resultados no MEEM, fato que

não é observado no grupo controle 2.

Outro estudo que pode ser citado é o de Unverzagt et al., (2007), com

treinamento cognitivo de memória, raciocínio e atenção visual para idosos,

totalizando dez sessões realizadas no Estados Unidos, no qual foram avaliados os

resultados de 2580 idosos normais e 193 com comprometimento da memória. Os

resultados desses pesquisadores indicaram que participantes com comprometimento

cognitivo não tiveram o mesmo aproveitamento dos idosos normais, durante o

treinamento, mas mostraram ganhos após a intervenção. Já o grupo normal

apresentou melhoras significativas. Resultados similares são observados na

população brasileira, com o estudo de Olchik (2008), envolvendo 142 idosos normais

e com comprometimento cognitivo, no qual os participantes foram distribuídos

aleatoriamente em três grupos: treinos de memória, intervenção educativa e grupo

controle. As sessões foram em número de oito, tanto o treinamento de memória

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como a intervenção educativa. Após a intervenção, os três grupos apresentaram

escores mais altos, inclusive o grupo controle, achados que possivelmente estão

relacionados ao efeito de aprendizagem dos testes. Entretanto, os grupos que

receberam o treino de memória e a intervenção educativa apresentaram escores

superiores ao grupo controle, sendo que a diferença entre eles não atingiu

significância estatística. De forma interessante, no treino de memória os

participantes com comprometimento cognitivo exibiram desempenho no pós-teste

semelhante aos idosos normais no momento do pré-teste, observações que

sugerem relevância clínica do protocolo de intervenção.

Destaca-se que a proposta de intervenção da Estimulação Cognitiva

Tradicional no presente estudo foi elaborada com o treino do uso de recursos para

maximizar a memória e a abordagem educativa. Embora não tenham sido

encontrados estudos que utilizaram o mesmo molde desta estruturação e os

mesmos instrumentos de avaliação aplicados em idosos ativos para confrontar os

resultados, as observações indicaram que as oficinas tradicionais utilizadas foram

eficazes em melhorar aspectos da memória, o que não foi notado no grupo controle.

7.3 – ESTIMULAÇÃO COGNITIVA CONJUGADA COM EXERCÍCIOS FÍSICOS

Mesmo que alguns estudos tenham examinado a influência de oficinas

tradicionais e os benefícios dos exercícios sobre a memória em idosos, poucos se

preocuparam em examinar uma intervenção que aliasse exercícios físicos e

estímulos na memória. Na revisão bibliográfica deste estudo foi encontrado apenas o

estudo de Fabre et al (2002) e o de Oswald et al. (1996). A hipótese levantada foi

de que a combinação desses dois estímulos poderia potencializar os resultados;

entretanto, isso não foi evidenciado no presente estudo. Não obstante, a conjugação

de exercícios físicos e estimulação de memória induziram melhora significativa nas

avaliações realizadas. Tais resultados foram semelhantes a estimulação cognitiva

Tradicionais, o que sugere eficiência de tal intervenção.

O estudo de Fabre et al. (2002), que investigou por dois meses a combinação

de treinamento mental e exercícios aeróbios em 32 idosos, entre 60 e 76 anos. Os

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participantes foram distribuídos em quatro grupos: grupo combinado com exercícios

aeróbios e mentais, grupo de exercícios aeróbicos, grupo de treinamento mental e

grupo controle. O grupo aeróbico e o grupo combinado praticaram atividades físicas

por uma hora semanal. Além disso, o grupo combinado ainda realizou 90 minutos

semanais de intervenção, que constava de estímulos visuais e auditivos para

estimular a memória. Da mesma forma, essas atividades foram realizadas pelo

grupo de treinamento mental. Comparando os resultados pós-intervenções, os

dados demonstraram que os três grupos que foram submetidos às intervenções

apresentaram melhoras na memória. Porém, os resultados do grupo combinado

foram superiores aos demais.

Outro estudo encontrado combinando atividades motoras e cognitivas foi o de

Oswald et al. (1996), o qual corresponde a um projeto interdisciplinar sobre a

manutenção e apoio à vida independente na velhice (denominado The SIMA

project). Nesse estudo foram investigados 309 idosos, com idade compreendida

entre 75 e 89 anos, os quais foram distribuídos em seis grupos, submetidos a 30

sessões, em nove meses, com frequência de uma vez por semana. Os grupos

foram: 1) grupo de treinamento de competência, que tinha como alvo transmitir

estratégia para lidar com mudanças relacionadas à idade e ao cotidiano; 2) grupo de

treinamento psicomotor, para promover a coordenação e a motricidade com

segurança; 3) grupo de treinamento de memória, baseado em um modelo de multi-

armazenamento; 4) grupo de treinamento psicomotor e competência; 5) grupo de

treinamento psicomotor e memória; e 6) grupo controle. Os grupos treinamento de

memória e treinamento combinado mostraram os melhores resultados na

estimulação da memória, sendo a diferença entre eles sem significância estatística.

Além do que, o método combinado mostrou benefícios psicomotores.

No presente estudo, apesar dos dados evidenciarem que a conjugação de

exercícios físicos ao treinamento de memória proporciona melhoras não foi

detectado superioridade nos resultados em relação à estimulação cognitiva

tradicional. Em virtude dos benefícios para a memória, através dos treinamentos

tradicionais e também através das atividades físicas comprovados por vários

estudos (NOVOA; JUAREZ; NEBOT, 2008: CHIARI et al, 2010), poderia se supor que

os dois estímulos unidos melhorariam ainda mais os efeitos sobre a memória.

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Porém, isso não foi verificado. As explicações para esses achados merecem

futuras investigações. Entretanto, os resultados foram semelhantes entre as

intervenções, sugerindo que a proposta Estimulação Cognitiva através de Atividades

Físicas constitua uma interessante opção de intervenção válida com a finalidade de

manter as funções cognitivas dos idosos, além de possivelmente influenciar na

motricidade e aptidão física e capacidade funcional dos mesmos, contribuindo para

uma velhice saudável e com qualidade de vida.

7.4 - RELEVÂNCIA DE SE CONJUGAR EXERCÍCIOS COGNITIVOS COM

EXERCÍCIOS FÍSICOS

Pode-se considerar relevante a conjugação de exercícios físicos e atividades,

que estimulem a memória pelos seguintes fatores: fisiológicos, motivacionais,

otimização do tempo, e fatores psicológicos. No fisiológico, as duas intervenções

podem estimular o cérebro, favorecer a plasticidade cerebral, aumentar a circulação

sanguínea para essa região e, consequentemente, a oxigenação (COTMAN;

BERCTOLD, 2002; GOLDBERG, 2002; SHERPHARD, 2003; KRAMER et al., 2005;

SILVA; NAVARRO; CAMPOS, 2007). Ainda, estudos prévios demonstram os

benefícios da prática de atividades físicas, contribuindo para a prevenção de

demências (COTMAN; BERCHTOLD, 2002; GOLDBERG, 2002; CAVALINI; CHOR,

2003; CHIARI et al,.2010). No aspecto motivacional, a atividade física é capaz de

mobiliar os sentidos, o corpo e as funções cognitivas ao mesmo tempo, de uma

forma global. Com isso, favorecer um maior envolvimento do indivíduo com a

atividade recrutada. Além disso, as estratégias e materiais utilizados em sessões de

atividades físicas podem diversificar as atividades cognitivas nas oficinas

tradicionais, como: jogos, contestes, gincanas, entre outros, que farão com que os

exercícios cognitivos fiquem mais atraentes e estimulantes, gerando motivação para

a participação. No aspecto tempo, há um maior aproveitamento, já que a atividade

das duas abordagens de trabalho é realizada simultaneamente. A união das duas

intervenções pode produzir paralelamente benefícios físicos, cognitivos e na saúde,

como um todo. Outro aspecto a considerar é o psicológico, devido à capacidade de

sociabilização e integração que atividades em grupos podem gerar, e a possibilidade

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que as duas intervenções oferecem com esse intuito, ampliando as relações sociais

e o convívio, situações tão importantes na velhice. Ainda, nesse aspecto, melhora do

humor, do sono (MELLO et al., 2005), da auto-estima e auto-imagem (MAZO;

CARDOSO; AGUIAR, 2006; RAHHAN, 2009), influenciando positivamente na saúde

mental e qualidade de vida dos idosos.

Com a conjugação de exercícios cognitivos a atividades físicas, abre-se uma

nova possibilidade de intervir positivamente no processo de envelhecimento humano

em aspectos tão importantes. Essa proposta pode sair do paradigma cartesiano, tão

comum nas práticas de saúde, e pode abranger todas as dimensões do homem,

cognitiva, motora, psicológica e social.

7.5 - LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Apesar de este estudo ser original e trazer contribuições para o conhecimento

científico e estratégias para a prática docente de atividades físicas para idosos,

apresenta algumas limitações. Entre elas, a ausência de mensuração das variáveis

de aptidão física antes e depois da intervenção da ECE, bem como o controle

dessas durante as sessões. Não obstante, o intuito foi realizar uma investigação

inicial da possibilidade de conjugação, sendo importante que futuros estudos

examinem os possíveis efeitos no aprimoramento de variáveis da aptidão física

relacionada à saúde como condicionamento cardiorrespiratório, força e resistência

muscular e flexibilidade. Outro fato a ser mencionado é o número reduzido de

sessões (12 sessões), que foram implementadas para obter ganhos expressivos nas

variáveis de memória. Porém, tal delineamento foi espelhado no que comumente se

observa nos estudos que empregaram oficinas de memória tradicionais (de cinco a

12 sessões). Nesse sentido, é válido ressaltar que os benefícios do treinamento

físico são reversíveis, ou seja, se perdem ao cessar a prática, portanto precisam ser

realizados continuamente. Futuros estudos são necessários para investigar os

efeitos a longo prazo de intervenções com treinamento de memória e aptidão física

conjuntos .

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7. 6 - APLICABILIDADE PRÁTICA

No que diz respeito à aplicabilidade da proposta examinada (i.e., ECE), é

possível e se mostrou eficaz a união de exercícios cognitivos estimuladores da

memória com exercícios físicos. Dessa forma, profissionais da área de saúde

poderão utilizar estratégias dessa conjugação em treinamentos de memória

tradicionais, para diversificar as atividades, vivências em grupos de idosos e

principalmente em sessões de atividades físicas para essa população. Levando em

consideração que a cada dia é maior o número de idosos que procuram exercícios

físicos, por recomendações médicas ou influência da mídia, essa prática torna-se

um momento oportuno e propício para trabalhar aspectos cognitivos que são tão

importantes para independência, autonomia e qualidade de vida dos mesmos.

Através dessa intervenção, poderiam se minimizar os efeitos do envelhecimento no

físico e no cognitivo, podendo contribuir para a prevenção das demências e diminuir

as perdas nas funções motoras, como também manter a capacidade funcional e

melhorar a aptidão física. A deterioração da função mental e a incapacidade

funcional podem causar prejuízos de todas as ordens e estão associadas até ao

aumento da mortalidade nos idosos. Estudo longitudinal de Campbell et al., (1985)

em Gisborne, na Nova Zelândia, com 308 idosos, no qual fatores preditores de

mortalidade foram avaliados, usando análise de regressão de Cox's, após controle

para idade, demonstrou que esses foram principais fatores de prognóstico de

mortalidade entre eles. Com intervenções com essas características é possível

prevenir esses preditores e favorecer a interação da saúde física e mental e,

consequentemente, independência na vida diária, alvos tão almejados no

envelhecimento saudável e com qualidade de vida.

O aproveitamento da metodologia na conjugação de exercícios físicos com

exercícios cognitivos pode ser igual à proposta adotada, ou utilizá-las em partes das

sessões de atividades físicas, ou seja, atividades cognitivas com exercícios físicos

na parte inicial, principal ou final das sessões. A abordagem educativa pode-se

adequar na parte final das sessões. É também recomendável utilizar tarefas para

casa com o intuito de facilitar a fixação dessas técnicas no dia-a-dia do idoso.

Algumas estratégias dessa proposta ainda podem ser utilizadas em oficinas de

memória tradicionais, já que algumas técnicas mnemônicas se adaptam muito bem

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em atividades com exercícios físicos. Por meio dessa metodologia pode-se

promover o atendimento do idoso no seu aspecto mais global, abordagem

considerada Ideal no atendimento a indivíduos com idade avançada.

8 - CONCLUSÕES

Os resultados observados na presente investigação, consistente com

achados anteriores, indicam que doze sessões de estimulação cognitiva tradicional

podem aumentar o desempenho na função da memória em mulheres idosas.

Ademais, a proposta de intervenção com conjugação de exercícios físicos com

estimulação cognitiva da memória apresentou resultados similares aos observados

com as oficinas tradicionais. Especificamente, os grupos que foram submetidos às

intervenções (i.e., ECE e ECT) exibiram melhor rendimento nos testes de MLP e FV,

e menor escore na EQM, quando comparados ao momento pré-intervenção. O GC

não apresentou alterações significativas durante o período do estudo para nenhuma

das variáveis estudadas. Tais resultados sugerem que as intervenções aplicadas

induziram melhora em aspectos da memória na amostra estudada.

A possibilidade de conjugar as duas atividades, exercício físico e atividade

cognitiva, constitui uma opção para a estimulação cognitiva da memória em idosos,

com otimização do tempo, trabalhando simultaneamente o físico e o cognitivo,

dimensões humanas essenciais para a qualidade de vida dessa população. Uma vez

que estudos anteriores tenham demonstrado efeitos positivos na memória,

ocasionados pelas oficinas de treinamento de memória tradicional e pelos exercícios

físicos, é possível sugerir que a conjugação de ambos possa atuar de forma

sinérgica sobre a memória de idosos, embora a temática precise ser mais bem

estudada.

Por essas razões, futuras pesquisas sobre esse tema devem ser

incentivadas, verificando os efeitos a longo prazo dessa conjugação, bem como

alterações na capacidade funcional e em variáveis da aptidão física relacionada à

saúde como força, flexibilidade e aptidão aeróbia. Em adendo, é importante que

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cognitivo e demências, bem como em indivíduos do sexo masculino.

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APÊNDICES

Apêndice A - Questionário de Identificação

1- Nome: _______________________________________________________

_________________________________________________________

2- E-mail:_______________________________________________________

3- Telefone: _____________________________________________________

4- Data de Nascimento:__ / __ / ____

5- Endereço: ___________________________________________________

______________________________________________________________

6- Telefone: ____________________________________________________

7- Estado civil:

( ) casado ( ) viúvo ( ) separado ( ) solteiro

8- Além da senhora, quantas pessoas vivem em seu domicílio? _________

9- Frequentou a escola?

( ) Sim, por ___ anos ( ) Não

10- Profissão:__________________________________________________

11- Trabalha?

( ) Sim. Em que?__________ ( ) Não

12- É aposentada?

( ) Sim ( ) Não

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78

13- É a principal responsável pelo seu sustento ou contribui para o sustento da

casa?

( ) Sim ( ) Não

14- Toma medicamentos? Quantos?

( ) Sim ( ) Não

Qual a indicação______________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

15- Faz reposição hormonal?

( ) Sim ( ) Não

16- Já teve doenças anteriores?

( ) Sim ( ) Não

17-No caso de sim, quais?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

18- Apresenta alguma doença atualmente?

( ) Sim ( ) Não

16- No caso de sim, quais?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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19- Mantém atividades intelectuais?

( ) Sim ( ) Não

20. O que acha da sua memória?

( ) É ótima ( ) É boa ( ) É regular ( ) É ruim

21- Acha que sua memória mudou com a idade?

( ) Sim ( ) Não

Como?______________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

22- Faz atividades físicas?

( ) Sim ( ) Não

23- Quantas Vezes por semana?

( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ou mais

24- Apresenta algum problema de saúde que interfere nas atividades físicas?

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

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80

Apêndice B – Mini-Exame do Estado Mental

1-Orientação Temporal: 1 ponto para cada resposta certa. No item horário,

considerar 1 hora a mais ou a menos.

Que dia é hoje?

Em que mês

estamos?

Em que ano?

Em que dia da

semana?

Hora aproximada

Total

2-Orientação Espacial:

Em que local

estamos?

Que local é este

aqui?

Que bairro ou rua?

Que cidade?

Que estado?

Total

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3- Retenção de registro de dados, memória imediata. Nomeie três objetos (carro,

vaso, tijolo), levando um segundo para cada.

Depois, peça à participante que os repita.

Carro

Vaso

Tijolo

Total

4- Atenção e Cálculo: subtraia 7 de 100; subtraia 7 desse número etc. (5 pontos)

Interrompa após 5 respostas.

100-7

93-7

86-7

79-7

72-7

65

Total

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5- Evocação de palavra: peça à participante que nomeie os três objetos aprendidos.

Um ponto para cada palavra correta, máximo 3 pontos.

Carro

Vaso

Tijolo

Total

6- Linguagem: mostre uma caneta e um relógio. Peça à participante que nomeie

cada um conforme você os mostra. Um ponto para cada resposta correta, máximo 2

pontos.

Caneta

Relógio

Total

7- Repetição: Peça à participante que repita “nem aqui, nem ali, nem lá”. (1 ponto)

Considere somente se a resposta for correta.

Total= __________

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8- Comando: Peça à participante que obedeça a instrução: “Pegue o papel com sua

mão direita. Dobre-o ao meio com as duas mãos”. “Coloque o papel no chão”. Um

ponto para cada execução correta. Máximo 3 pontos.

Pegue o papel com sua mão

direita

Dobre-o ao meio com as duas

mãos

Coloque o papel no chão

Total

9- Leitura: Peça à participante para ler e obedecer ao seguinte “Feche os olhos”. (1

ponto)

Total _____________

10- Linguagem: Peça à participante que escreva uma frase de sua escolha. (1

ponto)

Total=______________

11- Cópia de desenho. Peça á participante que copie o seguinte desenho: (1 ponto)

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84

Pontuação=__________________

Resultado:

Analfabeto___________13

1a 8 anos____________18

Acima de 8___________26

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85

Apêndice C- Escala de Depressão Geriátrica- abreviada

1- Satisfeito(a) com a vida? (NÃO)

2- Interrompeu muitas de suas atividades? (SIM)

3- Acha sua vida vazia? (SIM)

4- Aborrece-se com frequência? (SIM)

5- Sente-se de bem com a vida a maior parte do tempo? (NÃO)

6- Teme que algo ruim lhe aconteça? (SIM)

7- Sente-se alegre a maior parte do tempo? (NÃO)

8- Sente-se desamparado(a) com frequência? (SIM)

9- Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas? (SIM)

10- Acha que tem mais problemas de memória que outras pessoas? (SIM)

11- Acha que é maravilhoso estar vivo(a) agora? (NÃO)

12- Vale a pena viver como vive agora? (NÃO)

13- Sente-se cheio(a) de energia? (NÃO)

14- Acha que sua situação tem solução? (NÃO)

15- Acha que tem muita gente em situação melhor? (SIM)

O = quando a resposta for diferente do exemplo entre parênteses

1 = quando a resposta for igual ao exemplo entre parênteses

Total > 5 = suspeita de depressão.

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Apêndice D - Memória de Lista de Palavras

Leitura em voz alta de 10 palavras a um ritmo de uma palavra para cada dois

segundos. Terminada a leitura é feita evocação, por um período máximo de 90

segundos. O procedimento é repetido com as palavras em outra ordem, mais duas

vezes. A pontuação é obtida pela soma das palavras corretas que foram evocadas

nas três tentativas, com escore máximo de 30 pontos.

Palavras

MANTEIGA

BRAÇO

PRAIA

CARTA

RAINHA

CABANA

POSTE

BILHETE

ERVA

MOTOR

Pontuação: ________

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Apêndice E- Teste de Fluência Verbal

Instrução: Falar todos os animais que conhecem num minuto

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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Apêndice F- Escala Subjetiva da Memória

1-Você tem qualquer dificuldade com a sua memória?

Não= 0

Sim=1

Sim, com problemas= 2

Problemas graves= 3

2- Outras pessoas acham você esquecido?

Não=0

Sim= 1

Sim, com problemas= 2

Problemas graves= 3

3-Você esquece o nome de amigo próximo ou parente?

Não= 0

Sim= 1

Sim, com problemas= 2

Problemas graves= 3

4-Você esquece onde deixa as coisas mais do que usual?

Não= 0

Sim= 1

Sim, com problemas=2

Problemas graves=3

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5-Você tem usado lembretes ou listas para evitar que se esqueça das coisas?

Não= 0

Sim= 1

Sim, com problemas= 2

Problemas graves= 3

6-Quando fala, você tem dificuldade para encontrar a palavra que quer, ou algumas

vezes diz a palavra errada?

Não= 0

Sim= 1

Sim, com problemas= 2

Problemas graves= 3

7-Você alguma vez perdeu-se perto de casa?

Não= 0

Sim= 1

8-Há vezes em que seus pensamentos tornam-se mais lentos do que o normal?

Não=0

Sim=1

Sim, com graves problemas= 2

8- Às vezes seus pensamentos se tornam confusos?

Não=0

Sim=1

Sim, com graves problemas=2

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90

9- Você tem achado mais difícil concentrar-se do que normalmente?

Não=0

Sim=1

Sim, com graves problemas= 2

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91

Apêndice G - Plano de Ensino das Intervenções

Planejamento das intervenções: Estimulação Cognitiva Tradicional

Objetivos

Conteúdos

Estratégias

Avaliações

1-Levar conhecimentos

que vão auxiliar no auto-

conhecimento e nos

processos da memória.

2.1- Aumentar o nível de

atenção e concentração,

eliminando a distração e

dispersão.

2.2- Facilitar a

armazenagem e evocação

de informações

1-Conteúdo teórico:

envelhecimento e

memória; crenças e auto-

eficácia, recursos internos

e externos para facilitar a

memória; fatores que

prejudicam a memória.

2-Conteúdo Prático:

2.1- Atenção ativa

2.2- Técnicas

mnemônicas: Associação,

Categorização, Imagem

Mental e método de Loci.

1-Explanações teóricas,

discussões em grupos e

compartilhamento de

experiências.

2.1- Atividades, jogos e

brincadeiras de

observações e atenção.

2.2- Jogos moderados e

calmos, contestes,

exercícios com resolução

de problemas, atividades

intelectuais, isso tudo com

1-Verificar através de arguições verbais e tarefas

para casa se as participantes assimilaram o

conteúdo repassado

2.1- Observar o nível de atenção das

participantes e o desempenho das participantes

nessas atividades

2.2- Averiguar através dos exercícios nas oficinas

e para casa se as participantes conseguem

aplicar as técnicas mnemônicas repassadas.

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92

3-Treinar a descontração

física e mental, abaixando

o nível de cortisol e

proporcionando o foco de

atenção em determinado

objetivo.

3-Relaxamento e

Técnicas de meditação

exercícios individuais, em

e duplas e grupos.

Tarefas para casa

3- Exercícios respiratórios,

exercícios de

relaxamento, exercícios

de auto-percepção,

exercícios para direcionar

a atenção.

3- Verificar através da observação e depoimentos

verbais se as técnicas repassadas foram

apreendidas

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93

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA E MOVIMENTO CORPORAL

Objetivos

Conteúdos

Estratégias

Avaliações

1-Levar conhecimentos

que vão auxiliar no auto-

conhecimento e nos

processos da memória.

2.1-Aumentar o nível de

atenção e concentração,

eliminando a distração e a

dispersão.

2.2-Facilitar a

armazenagem e evocação

de informações

1-Conteúdo teórico:

envelhecimento e

memória; crenças e auto-

eficácia, recursos internos

e externos para facilitar a

memória; fatores que

prejudicam a memória.

2-Conteúdo Prático:

2.1- Atenção ativa

2.2- Técnicas

mnemônicas: Associação,

Categorização, Imagem

Mental e método de Loci.

1-Explanações teóricas,

discussões em grupos e

compartilhamento de

experiências.

2.1- Atividades, jogos e

brincadeiras de

observações e atenção.

2.2- Jogos moderados e

calmos, contestes,

exercícios com resolução

de problemas, atividades

intelectuais, isso tudo com

1-Verificar através de arguições verbais e tarefas

para casa se as participantes assimilaram o

conteúdo repassado

2.1- Observar o nível de atenção das

participantes e o desempenho das participantes

nessas atividades

2.2- Averiguar através dos exercícios nas oficinas

e para casa se as participantes conseguem

aplicar as técnicas mnemônicas repassadas.

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3-Treinar a descontração

física e mental, abaixando

o nível de cortisol e

proporcionando o foco de

atenção em determinado

objetivo.

4-Aumentar a resistência

aeróbica, melhorando o

sistema

cardiorrespiratório.

5- Aumentar a mobilidade,

proporcionando

movimento com as

articulações.

6- Desenvolver a força

dos membros inferiores

3-Relaxamento e Técnicas

de meditação

4-Resistência aeróbica

5- Flexibilidade

6- Força

exercícios individuais, em

e duplas e grupos. Tarefas

par casa.

3- Exercícios respiratórios,

exercícios de

relaxamento, exercícios

de auto-percepção,

exercícios para direcionar

a atenção.

4- Caminhadas e

exercícios contínuos

5-Alongamento e

exercícios localizados

6- Movimentos contra a

gravidade

3- Verificar através da observação e depoimentos

verbais se as técnicas repassadas foram

apreendidas

4-Verificar se as idosas desempenham as

atividades propostas que seguem o princípio de

sobrecarga do treinamento esportivo

5- Idem ao anterior

6- Idem ao anterior

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Anexo 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE

A senhora está sendo convidada a participar do projeto: Estimulação da memória por meio de Atividades Físicas em idosas saudáveis: Examinando uma proposta de Intervenção. O nosso objetivo é verificar os efeitos de um programa de estimulação cognitiva por meio de atividades físicas sobre a memória de idosas saudáveis.

A senhora receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá, sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-la.

A sua participação será através de avaliações de sua memória, que serão aplicadas pela pesquisadora, e participação no programa de estimulação da memória em data combinada. Nas avaliações de memória, informamos que a senhora pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento, sem nenhum prejuízo para a senhora no seu entendimento. Os testes são: Mini-Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica, Memória de Lista de Palavras, Escala de Queixa de Memória e Fluência Verbal.

As voluntárias serão aleatoriamente divididas em três possíveis grupos: 1) Estimulação Cognitiva Tradicional (ECT); 2) Estimulação Cognitiva Aliada a Movimentos Corporais (ECM); e 3) Grupo Controle (GC). No grupo de ECT serão aplicados exercícios de oficinas de memória tradicional e no ECM exercícios de oficina de memória aliados a movimentos corporais. O grupo controle permanecerá com suas atividades normais sem intervenção do pesquisador.

A presente pesquisa não se caracteriza por avaliações ou intervenções que venham a causar desconfortos ou riscos aos participantes, entretanto, todo esforço será realizado para prevenir qualquer situação desconfortável. O pesquisador terá a responsabilidade de estar presente no local e horário marcados para avaliação ou aplicação da intervenção, e de responder prontamente questionamento dos participantes em relação à pesquisa. O pesquisador responsável suspenderá a pesquisa imediatamente, ao perceber algum risco ou dano à saúde do participante, mesmo riscos não previstos neste termo de consentimento.

Os resultados da pesquisa serão divulgados na Universidade Católica de Brasília, na Unidade Mista de Taguatinga e no Hospital Regional de Taguatinga (UMT) /SES podendo, inclusive, ser publicados posteriormente. Os dados e

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materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda do Setor de Geriatria da UMT e Biblioteca da UCB.

Se a senhora tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor, telefone para a pesquisadora Maribel Silva Dias, nos telefones 3037-9181 e 9637-2425 e para o orientador Dr. Ricardo Moreno, telefone 8109444, no horário comercial.

Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SES/DF. Qualquer dúvida com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos através do telefone: (61) 3325-4955.

Este documento foi elaborado em duas vias; uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa.

______________________________________________

Nome / assinatura:

____________________________________________

Pesquisador Responsável

Nome e assinatura:

Brasília, ___ de __________de _________

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Anexo 2- Aprovação do Comitê de Ética

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Anexo 3- Cronograma das Atividades da Pesquisa

Etapas/m ê s /ano

8 /2 00 9

9 /2 00 9

1 0/20 09

1 1/20 09

1 2/20 09

2 /2 01 0

3 /2 01 0

4 /2 01 0

5 /2 01 0

6 /2 01 0

7 /2 01 0

8 /2 01 0

9 /2 01 0

1 0/20 10

Le vantame nto

bibliográfico

X

Elaboração do

proje to

X

X

X

Estudo Piloto

X

X

X

X

X

Q ualificação

X

Subm issão ao

com itê de é tica

X

Divulgação e

inscrição

X

Pré - te ste

X

Interve nção

X

Pós- Te ste

X

Estatística dos

dados

X

Re dação da

disse rtação

X

Re visão final

X

Elaboração/subm i

ssão do artigo

X

A pre se ntação da

disse rtação

X

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Anexo 4 - Oficina de Estimulação Cognitiva Tradicional

Sessão 1: Associação

1- Parte teórica:

1.1- Falar sobre envelhecimento e memória.

1.2- Falar sobre a técnica mnemônica associação.

2- Parte prática:

2.1- Parte principal:

2.1.1- Sentadas em círculo, fazer uma reflexão de como está a memória.

2.1.2- Conversar com a colega do lado direito com a intenção de conhecê-la.

Perguntar principalmente seu nome, enquanto observa detalhes pedidos pelo

professor como a forma, cor dos olhos, altura, entre outros.

2.1.3 - O mesmo exercício anterior com a colega do lado esquerdo.

2.1.4 – Enumerar o grupo. Com o sinal, os números pares se levantam e trocam de

lugar e repete-se o exercício de número 2.2 e 2.3. O mesmo se faz com os

números ímpares.

2.1.5- Contar uma história de uma senhora com vários compromissos. Associar cada

compromisso a um número, de acordo com a prioridade e requisitar números

aleatoriamente, para que as participantes digam qual é o compromisso.

2.1.6- O professor mostra figuras de pessoas, dizendo seus nomes. Pedir para que

as participantes associem detalhes para guardar os respectivos nomes.

2..2- Parte final:

2.2.1- Formar um círculo e compartilhar com as colegas sobre o estado da sua

memória.

3- Tarefas para casa:

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3.1- Conhecer três pessoas diferentes e associar detalhes seus para guardar os

nomes.

3.2- Fazer uma lista de tarefas a serem realizadas esta semana.

Sessão 2: Categorização

Parte Teórica:

1.2- Relembrar a sessão anterior.

1.3- Comentar as tarefas de casa.

1.4- Falar sobre auto-eficácia e memória.

1.5- Falar sobre a técnica mnemônica categorização.

2- Parte Prática:

2.1- Parte Principal:

2.1.2- Em círculo, cumprimentar a colega do lado direito, perguntar o seu nome, e

associar detalhe ao nome. Fazer o mesmo com a colega do lado esquerdo.

2.1.3- Enumerar as participantes; os números pares mudam de lugar e repete-se o

exercício anterior. Fazer o mesmo com os números impares.

2.1.4- Distribuir uma lista com 15 palavras (itens de supermercado). As participantes

deverão tentar memorizar esses itens. Em seguida, explicar a técnica de

categorização e memorizar a lista, aplicando essa técnica e compartilhar com a

colega do lado.

2.1.5- Conteste: dividir os participantes em grupos e passar uma tarefa em que

todas do grupo devem colaborar na sua execução. Ganha o grupo que terminar

primeiro. A tarefa é listar, utilizando a técnica de categorização, todo o material

necessários na construção de uma casa.

2.1.6- O professor verifica através de perguntas qual o grupo que lembra mais itens.

2.1.7- Repetir os exercícios anteriores, sendo que a tarefa é montar uma escola.

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3- Parte final:

3.1- Relaxamento dirigido.

4- Tarefas para casa:

4.1- Fazer sua lista de compras por categoria e memorizá-la por essa técnica.

4.2- Distribuir às participantes caça-palavras por categorias.

4.3-Conversar com duas pessoas desconhecidas e memorizar seus nomes por

associação.

Sessão 3: Técnica Imagem Mental

1- Parte teórica:

1.2- Relembrar a sessão anterior.

1.3- Comentar as tarefas de casa.

1.4- Falar sobre as etapas da memória.

1.5- Falar sob a técnica de imagem mental.

2- Parte Prática:

2.1- Cada participante deve sentar próximo a alguém de quem ainda não sabe o

nome, conversar sobre a oficina e memorizar o nome, utilizando a associação.

2.2-Em círculo, Jogo do zoológico: O professor escolhe um critério, inicia-se o jogo

com alguém dizendo que vai ao zoológico e vai ver um bicho com o critério

estabelecido pelo professor. Exemplo: ¨cor verde¨; aquelas participantes que

citarem animais de cor verde continuam no jogo, as outras são eliminadas. O

professor vai mudando de critério.

2.2- Ficar de frente à colega e observar o máximo de detalhes. Trocar de colega e

descrever a colega observada por categorias como rosto, tronco, acessórios etc.

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2.3- O professor fala sobre a imagem mental e dá exemplo de como utilizar essa

técnica para guardar informações.

2.4- Em dupla, compartilhar com a colega algo que não pode esquecer. Criar uma

história para guardar esse compromisso.

2.4- Dividir a turma em grupos e distribuir figuras para cada participante. Cada grupo

vai criar uma história com as figuras, com a colaboração dos participantes. Cada

participante, antes de adicionar a sua parte, deverá repetir a história da colega

anterior.

2.5- Formar um círculo e cada grupo vai expor a sua história.

3- Parte Final:

3.1- Reflexão sobre a técnica trabalhada.

3.2- Exercício respiratório: respiração profunda.

4- Tarefas de casa:

4.1- Fotografia mental: parar em frente a um estabelecimento e observar o máximo

de detalhes. Em seguida, fazer um desenho, colocar o máximo de detalhes que

observou.

4.2- Refletir sobre algo que sempre esqueceu e criar uma história para não mais

esquecer.

5.3- Exercícios de caça-palavras.

Sessão 4

1-Parte Teórica:

1.1- Relembrar a sessão anterior.

1.2- Comentar as tarefas de casa.

1.3- Falar sobre o cortisol, memória e relaxamento.

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2- Parte Prática:

2.1- Jogo de atenção e associação: “morto e vivo”. Sentadas, quando o professor

falar “morto”, todas flexionam o tronco para frente; se “vivo”, ficam eretas.

2.2- Em duplas, distribuir listas de palavras para cada dupla. Cada uma deve

classificar a lista por categorização e memorizar. Em seguida, falar a lista para a

colega.

2.3- Em duplas, distribuir listas de palavras para cada dupla. Cada uma deve criar

uma história para guardar a lista que foi distribuída, através da imagem mental.

Em seguida, falar a lista para a colega.

2.4- Falar sobre a categorização, memória visual, auditiva e sinestésica

2.5- Em duplas, cada participante deve se dirigir a um local determinado pelo

professor (dentro do SESC), depois voltar e descrever o local para a colega.

2.6- Ainda em dupla, cada um passa uma tarefa por um comando verbal para a

outra, que deve ser executada. Em seguida, novamente a colega pede à outra

para realizar uma tarefa e o professor coloca uma ação distraidora no meio, isso

é, com objetivo de desviar a atenção do comando que foi solicitado. Mesmo

assim, a companheira deve executar a tarefa que foi pedida pela companheira.

2.7- As participantes são divididas em dois grupos, dispostas em duas colunas. A

última da coluna faz um desenho nas costas da colega e assim sucessivamente,

até chegar à primeira participante, que desenha em um papel o que recebeu.

3- Parte Final:

3.1 Respiração profunda.

3.2-Relaxamento dirigido.

Sessão 5- Método de Loci

1- Parte Teórica:

1.1- Relembrar a sessão anterior.

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1.2- Comentar os exercícios para casa.

1.3- Falar sobre a Neuróbica.

2. Parte Prática:

Jogo de atenção: “Fazer o que eu faço e não fazer o que falo”.

2.1- Dividir as participantes em dois grupos. Cada participante observa a

disposição de todas; em seguida fica de costas e desenha o círculo com o nome

das colegas.

2.2- Ir conversar com aquela colega de quem ainda não guardou o nome e

memorizar o nome dela por associação.

2.3- Voltar ao grande círculo. As participantes observam a disposição de cada

colega; em seguida viram de costa e desenham a disposição das mesmas.

2.4- Formar dois grupos; com o sinal do professor, as participantes se dirigem a uma

mesa que está na frente de cada grupo. Observam os objetos e suas disposições

sobre as mesas. Volta ao local inicial e desenha ou nomeia a mesa com seus

objetos. Ganha o grupo que fizer isso primeiro e desenhar ou nomear mais

objetos com suas respectivas disposições.

2.5- O mesmo exercício anterior, mudando a disposição dos objetos.

2.6- Explicar o método de formar senhas com números conhecidos

2.7- Em dupla, formar senhas com números conhecidos e explicar a sua formação

para a colega.

3- Parte Final:

3.1-- O professor mostra figuras de pessoas e fala seus nomes. As participantes

deverão guardar seus nomes por associação.

3.2- Relaxamento dirigido.

3- Tarefas para casa:

3.1- As participantes deverão observar o que tem no seu guarda-roupa e depois

fazer um desenho e nomear tudo que tem lá.

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3.2- As participantes deverão observar todos os objetos amarelos que tem em casa;

depois, nomear ou desenhar sua disposição na sua casa.

3.3- Palavras cruzadas e exercícios de “memorex”.

5.4- Exercícios de Neuróbica: escovar os dentes e se pentear com a mão esquerda;

sentar em locais diferentes em casa.

Sessão 6: conjugação de todas as técnica mnemônicas ministradas

1-Parte Teórica;

1.1- Relembrar a sessão anterior.

1.2- Comentar os exercícios para casa.

1.3- Falar sobre otimização da memória.

2- Parte Prática:

2.1- Explicar a técnica de guardar senhas de número, associando os números à

forma.

2.2- Associação: em duplas, cada uma forma uma senha e a colega associa os

números à forma.

2.3- Categorização: em dupla, enumerar as participantes em número 1 e número 2.

O professor passa tarefas de categorização para cada grupo. Número 1 deve

listar em categoria tudo que é necessário para montar um salão de beleza.

Número 2 deve listar tudo que é necessário para montar uma escola. Depois,

trocar a lista com a colega. Evocar a informação através da categorização com a

colega, conferindo a lista.

2,4- Imagem mental:em dupla: cada uma cita dois afazeres que não pode esquecer,

destaca a palavra-chave e cria uma história para memorizar esses afazeres. Em

seguida, relatar a história e os afazeres para a colega.

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2.4- Método de Loci: O professor mostra figuras às participantes, que observam. O

professor deve fazer perguntas sobre a disposição e os elementos que estão na

figura.

3- Parte final:

3.1- Em dupla, o professor fala palavras não relacionadas, como os sete pecados

capitais. As participantes devem criar uma imagem mental para guardar as

palavras e depois citá-las para a colega.

3.2- Refletir sobre as técnicas mnemônicas aplicadas e questionar quais as técnicas

que as participantes mais identificaram.

3.3- Técnica de meditação.

4- Tarefas para casa:

4.1- Assistir um filme e fazer um resumo com início, meio e fim; falar sobre as

personagens, tema do filme, diretor etc.

4.2- Exercício de Neuróbica: dormir do lado contrário da cama, se vestir e se pentear

de olhos fechados.

4.3- Memorizar quatro placas de carro, atribuindo significado e utilizando a técnica

de associação para memorizar as letras e os números

4.4- Jogo de diferença.

Sessão 7: Associação

1- Parte Teórica.

1.2- Relembrar a sessão anterior.

1.3- Comentar as tarefas de casa.

1.4- Falar sobre os recursos externos para facilitar a memória.

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2- Parte Prática:

2.1- Jogo de atenção: O maestro. As participantes em círculo. Uma é escolhida para

ser o maestro, isto é, criar movimentos que todos devem acompanhar. Quando o

maestro é escolhido, uma participante se afasta do grupo e depois volta e tem

que descobrir quem é o maestro.

2.2- O professor apresenta novamente as figuras de pessoas que foram mostradas

em sessões anteriores para as participantes falarem seus nomes.

2.3- Mostra novas figuras de pessoas e pede para falarem seus nomes. As

participantes deverão guardar seus nomes por associação.

2.4- Em dupla, formar senhas com seis números. Falar essa senha para a colega,

que deve associar os números a formas.

2.5 Em dupla, cada uma participante recebe uma figura. Observar com atenção a

figura e descrevê-la para a colega.

3- Parte final:

3.1- Respiração profunda.

3.2- Meditação.

4- Tarefas para casa:

4.1- Fazer uma lista de quatro afazeres da semana, identificar suas palavras-chaves

e criar uma história com essas palavras.

4.2- Conhecer duas pessoas diferentes e associar detalhes para guardar seus

nomes.

4.3- Exercícios de Neuróbica: mudar objetos que estão em sua casa de lugar; comer

algo diferente de manhã.

4.4- Exercício de caça-palavras e memorex.

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Sessão 8: Categorização

1- Parte Teórica:

1.1- Relembrar a sessão anterior.

1.2 - Comentar as tarefas de casa.

1.3 - Falar sobre cortisol e memória.

2- Parte Prática:

2.1- Jogo de atenção; em duplas, observar a colega; em seguida, mudar de par e

descrever para a outra companheira tudo sobre a colega anterior.

2.2- Em dupla. O professor lê textos para o grupo. Cada uma deve escrever as

informações do texto no caderno por categorias e depois confere com a colega,

marcando ponto para cada detalhe lembrado.

2.3- Em dupla. O professor mostrar figuras de paisagens. Cada uma deve descrever

em categorias o que viu e depois conferir com a colega, marcando ponto para

cada detalhe lembrado.

4.4- Em dupla, cada participante deve falar a categoria de nomes pedida pelo

professor. Perde o jogo quem errar primeiro. Categorias: nomes próprios iniciados

com N, cantores, atletas.

3- Parte Final:

3.1- Exercícios respiratórios.

3.2- Meditação.

4- Tarefas de Casa:

4.1- Memorizar o telefone de três colegas, dando significado ou associando os

números, e quando chegar em casa anotar em um caderno

4.2- Exercícios de Neuróbica: escutar uma música com os olhos fechados enquanto

aspira um perfume; num dia usar roupas de tecidos leves e macios como malha e

no outro usar roupas grossas e ásperas, como jeans.

4.3- Exercício de diferença e caça-palavras

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Sessão 9: Imagem Mental

1- Parte Teórica:

1.2- Relembrar a sessão anterior.

1.3- Comentar as tarefas de casa.

1.4- Falar sobre falar sobre a atenção,distração e dispersão.

2- Parte Prática:

2.1- Jogo de atenção: em dupla, uma observa a colega. Depois, esta vira de costas

e a outra muda algum detalhe no seu corpo ou vestimenta. A participante que

observou terá que descobrir o que mudou na outra.

2.2- Cada participante deve sentar ao lado de uma pessoa da qual ainda não sabe o

nome. Memorizar o nome e o telefone da colega através da associação.

2.3- Em pé e em dupla, uma colega pergunta à outra quais são os três alimentos

que mais gosta de comer. Utilizar a imagem mental para memorizar as

informações.

2.4- Trocar de par e repetir o exercício anterior e também falar para essa colega os

alimentos que a colega anterior gosta de comer.

2.5- O professor dita palavras não relacionadas para as participantes elaborarem

histórias para memorizar as palavras.

2.6- Compartilhar as histórias com o grupo.

3- Parte Final:

3.1- Exercícios respiratórios.

3.2- Meditação.

4- Tarefas para casa:

4.1- Observar o máximo de detalhe de sua rua e usar o método de Loci para

memorizá-los. Na próxima sessão compartilhar com a colega.

4.2- Assistir 3 comerciais na TV e em seguida anotar tudo sobre eles, assunto:

personagens, cenário, entre outros.

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4.3- Criar uma história com os afazeres diários, sendo a participante a protagonista.

4.4- Exercício de Neuróbica: Fazer uma refeição de olhos fechados.

Sessão 10: Método de Loci

1. Parte Teórica:

1.1- Relembrar a sessão anterior.

1.2- Comentar as tarefas de casa.

1.3- Falar sobre falar sobre fases da memória: codificação, armazenagem e

evocação.

2- Parte Prática

2.1 Parte Inicial

2.2- Andando junto com o colega, um fala para o outro o seu endereço. Cada um

deve memorizar o endereço do outro através da associação.

2.3- Com o sinal do professor troca se de par e fala para este colega o endereço do

companheiro anterior, depois repete o exercício.

2.4- Alongamento

2.5- Braim Gym

3- Parte Principal

3.1- Em duplas, um faz um movimento de dança, de acordo com o ritmo da música,

o outro repete o movimento e coloca mais um. Em seguida o primeiro repete o

seu movimento e o movimento do colega e apresenta mais um. Assim vai se

formando uma coreografia.

3.2- Com o sinal, trocar de par e repetir o exercício

3.3- A dupla que quiser apresenta a coreografia para os demais.

3.4- O professor passa uma série de exercícios localizados e associa cada exercício

a uma parte do corpo. Quando ele disser pé, ficar com um pé na frente do outro e

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111

realizar o avanço apoiando em um bastão. Pernas, flexionar as pernas também

com auxílio do bastão. Braços, segurar o bastão com os braços em supinação e

executar flexão dos cotovelos. Costas, elevar o bastão ao alto e flexionar os

braços trazendo-o atrás da cabeça. O professor deve requisitar as partes do

corpo aleatoriamente. Os movimentos devem ser executados lentamente para

aumentar a contração dos músculos.

4- Parte final

4.1- Os alunos sentados em círculo, distribuir pequenos textos para os participantes.

Cada um deve memorizá-los associando cada parte do texto a regiões do corpo

4.2- Pedir que alguns participantes apresentem os textos para os demais.

4.3- Relaxamento

5- Tarefas para Casa

5.1- Memorex e caça-palavras

5.2- Memorizar 3 placas de carro, formando frases comas letras e dando significado

aos números.

5.4- Exercitar a memória episódica; Lembrar de 2 fatos importantes e felizes de 10

em 10anos.

5.5- Exercícios de Neuróbica: assistir um programa de TV que nunca assistiu.

Sessão 11

1- Parte Teórica

1.1- Relembrar a sessão anterior.

1.2- Comentar as tarefas de casa

1.3- Relembrar as estratégias trabalhadas e fazer comentários em duplas sobre

essas.

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2- Parte Prática

2.1- Exercício de atenção: distribuir dinheiro de papel. Cada participante observa a

nota que ganhou e responde as perguntas.

2.2- Dança das mãos: em dupla, cada um faz um movimento e o outro copia e em

seguida faz outro movimento formando uma coreografia.

2.3- Em dupla, memorizar o endereço do colega por associação ou imagem mental

em seguida trocar de lugar e falar para o próximo o colega o endereço do colega

anterior e o seu.

2.4- Repetir o exercício anterior mais duas vezes.

2.5- Formas círculos, cada um participante fala o que gosta de comer. E os outros

participantes devem memorizar por imagem mental a informação. Em seguida

sortear um número e aquele que foi sorteado deve falar o que os colegas gostam

de comer.

2.6- Ler um texto. Os participantes devem memorizar as informações do mesmo por

categorização.

3- Parte Final

3.1- Em dupla, compartilhar com os colegas as doenças que já teve. Aplicar o

método de Loci, associando cada parte do corpo aos sintomas narrado pelo

colega. Em seguida relatar para o grupo.

3.2 - Reflexão sobre a oficina, benefícios, validade, etc.

3.3 - Exercícios respiratórios e alongamento.

Sessão 12- Gincana

Tarefas

1- Enumerar cada participante de cada equipe. Cada número vai ao encontro do número semelhante e memoriza ao nome e o telefone do colega. Sorteia 5 número e estes terão que falar o nome do colega e o seu telefone.

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113

Pontuação 1 ponto para cada acerto.

2- Ler uma descrição de um local. Cada grupo deve fazer um desenho desse local.

Pontuação: Um ponto para cada detalhe descrito.

3- Ler um texto para os grupos. Os participantes deve listar o que se fala sobre a personagem do texto.

Pontuação: 1 ponto para cada detalhe

4- Adivinhação: Cada grupo tem que responder as adivinhações.

Pontuação: 1 ponto para cada resposta correta.

5- Jogo de memória.

Pontuação: 1 ponto para cada acerto.

6- Estafeta de categorização: cada participante tem que escrever o nome de um inseto.

Pontuação: 1 ponto para cada inseto.

7- Jogo dos contrarios:Enumerar cada participante o número o instrutor fala dois números um de uma equipe e outro da outra.Um fala uma palavra e o outro reponde com a plavra contraria.

Pontuação: Umponto para cada resposta certa.

8- Memorizar uma lista de palavra. O instrutor lê uma lista de palavras. Em seguida os participantes tem memorizar as palavras e escreve-las e depois cita-las.

Pontuação: um ponto para cada palavra certa.

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Anexo 5- Oficina de Estimulação Cognitiva e Movimento

Sessão 1: Associação

1- Parte teórica:

Envelhecimento e memória

2- Parte prática

2.1Parte inicial:

2.1.1- Caminhada fazendo uma avaliação de como esta a própria memória

2,1.2- Andar cumprimentar colega e perguntar o nome.

2.1.3- repetir exercício anterior, parando em frente ao colega e observar detalhes

pedidos pelo professor como: cabelo, forma, altura,entre outros.

2.1.4- O professor fala sobre a Associação como técnica para memorização

2.2 Parte principal

2,2.1- Distribuir um balão e uma figura para cada participante que deve enchê-lo

colocando a figura dentro.

2.2.2- Tocar o balão com a cabeça com as mãos, cabeça,cotovelo e os pés.

2.2.3- Associar números a parte do corpo. O professor requisita aleatoriamente

números que devem tocar o balão.

2.2.4- Em duplas tocando o balão, com a parte do corpo requisitada pelo professor

que estão associadas a números.

2.3- Parte Final

2.3.1- Cada um arrebenta seu balão e pega a figura que esta dentro e procura

alguém com uma figura igual.

2.3.2- Conhecer o colega e memorizar o nome através da associação com

detalhes.

2.3.3- Formar um círculo e compartilhar com os colegas sobre o estado da sua

memória.

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3- Tarefas para casa

3.1- Conhecer duas pessoas diferentes e associar detalhes seus para guardar

seus nomes.

3.2- Fazer uma lista de tarefas a serem realizadas esta semana.

Sessão 2: Técnica Categorização

1-Parte Teórica:

1.2- Relembrar a sessão anterior

1.3- Comentar as tarefas de casa.

1.4 - Falar sobre auto-eficácia e memória

1.5 - Falar sobre a técnica categorização

2- Parte Prática

2.1- Parte Inicial

2.2- Andando, com o sinal parar em frente ao colega e cumprimentar, perguntar o

nome e como passou, observando o detalhe mais marcante da pessoa para

associa com o nome.

2.2- Exercícios ativos com as articulações

2.2- Parte principal

2.2.1- O professor realiza junto com os alunos exercícios para as diversas partes do

corpo. Em seguida divide os alunos em grupos que deverão montar uma série de

exercícios por partes do corpo, isto é, categorias (braços, pernas, coluna,

abdômen, entre outros). Depois o grupo apresenta para os colegas que devem

acompanhá-los na execução.

2.2.2- Estafeta: Dividir os alunos em seis colunas e estas ficam uma de frente para a

outra. O professor passa tarefas de recordar utilizando a técnica de categoria. O

primeiro da coluna escreve o que se pede em uma prancheta, anda e entrega para o

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colega da coluna da frente. È o vencedor o grupo que terminar as tarefas no menor

tempo. Tarefas: animais com pelo, nome de pessoas com a, utensílios domésticos,

entre outros.

2.2.3- Andando com exercícios respiratórios para fazer voltar a calma ao organismo.

3- Parte final

3.1- Relaxamento dirigido

4- Tarefas para casa

4.1- Distribuir uma lista com 15 palavras (itens de supermercado).Os participantes

deverão tentar memorizar esses itens. Em seguida explicar a técnica de

categorização e repetir o exercício aplicando essa técnica.

4.2- Fazer sua própria lista de compras organizando por categoria.

4.3- Distribuir aos participantes caça-palavras por categorias.

4.4- Conversar com 2 pessoas desconhecidas e memorizar seus nomes por

associação.

Sessão 3: Técnica Imagem Mental

1.2-Parte teórica

1.2- Relembrar a sessão anterior

1.3- Comentar as tarefas de casa

1.4 Falar sobre as etapas da memória

1.5- Falar sobre a técnica de imagem mental

2- Parte Inicial

2.1- Andar e cumprimentar o colega com partes do corpo (nomeadas pelo professor)

e perguntar o nome e memorizar-lo através da associação.

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2.2- Andando, com o sinal parar em frente ao colega e observar todos os detalhes

dessa pessoa.

2.3- Andando, com o sinal, para em frente à outra pessoa e descreve o colega

anterior.

2.4- Movimentos ativos das articulações por categorização. Membros superiores,

membros inferiores.

3- Parte Principal

3.1- Braim Gym:Explicar a técnica e seus efeitos

31- Imagem mental: O professor cita um exemplo de como utiliza a técnica de

imagem mental para memorizar informações através de filmes e histórias

imaginarias do que se quer memorizar.

3.2 - História contada com movimentos de um circuito de aventura, com todos os

participantes acompanhando os movimentos do professor.

3.3- Dividir os participantes em grupos de 5 e distribuir figuras a eles. O grupo tem

que formar uma história com movimento relacionado à figura que cada

participante recebeu. Cada um cria uma parte da história, mas antes repete a

parte do colega.

3.4- formar um grande círculo, cada grupo apresenta a história para os colegas, e

todos acompanham os movimentos da história.

4- Parte Final

4.1- Reflexão sobre a técnica trabalhada.

4.2- Exercício respiratório: respiração profunda

5- Tarefas de casa

5.1- Fotografia mental: parar em frente a um estabelecimento e observar o máximo

de detalhes. Em seguida fazer um desenho colocar o máximo de detalhes que

você observou.

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5.2- Refletir sobre algo que sempre esqueceu e criar uma história pra não mais

esquecer.

5.3- Exercícios de caça-palavras

Sessão 4: tipos da memória

1-Parte Teórica

1.4- Relembrar a sessão anterior.

1.5- Comentar as tarefas de casa

1.6- Falar sobre o cortisol, memória e relaxamento

2-Parte Prática

2.1- Parte Inicial

2.1.2- Aquecimento das articulações por categorização.

2.1.2- Dividir a turma em grupos. Cada grupo deve fazer movimentos de esportes,

classificados por categorização: esporte que utiliza as pernas, esportes no meio

liquido, esportes com bola etc. Depois cada grupo apresenta para os demais que

imitam o gesto dos esportes.

3- Parte Principal

3.1- Jogo de atenção e associação: ¨morto e vivo¨, quando o professor falar morto

todos flexiona o tronco a frente, vivo fica ereto.

3.2- Falar sobre a codificação e memória visual, auditiva e sinestésica

3.3- O professor executa uma série de exercícios e os participantes observam e

depois executam, treinando a memória visual.

3.4- O professor descreve exercícios e os participantes devem escutar com atenção

e depois executá-los, treinando a memória auditiva.

3.5- Em dupla, de frente um para o outro, tocando as mãos do colega um executa

um movimento e o outro executa acompanhando o movimento.

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4- Parte final

4.1- Os participantes e divididos em dois grupos dispostos em duas colunas. O

último da coluna faz um desenho nas costas do colega e assim sucessivamente

até que chegar no primeiro participante que desenha em um papel o que recebeu.

4.2- Respiração profunda

4.3- Relaxamentos dirigido

5- Tarefas para casa

5.1- Memorex

5,2- Palavras cruzadas

Sessão 5- Método de Loci

1-Parte Teórica

Relembrar a sessão anterior.

1.2-Comentar os exercícios para casa

1.3-Falar sobre a Neuróbica

2-Parte Prática

2.1- Parte Inicial

2.1.1- Caminhar de várias formas: no calcanhar, na ponta dos pés, com os pés

virados para dentro e para fora etc., e cumprimentar o colega pelo nome.

2.1.2- Exercícios de Braim Gym

3- Parte Principal

3.1- Os participantes em pé, apoiando em um bastão, estender e flexionar as pernas

de acordo com o comando do professor. Este associa nomes e números à flexão

e a extensão como número um, flexão, número dois extensão. Nome de fruta,

flexão,nome de verdura, extensão.

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3.2- Andando, com o sinal do professor, formar dois círculo, com o mesmo número

de participantes. Observar quem esta na minha direita e quem esta na minha

esquerda. Andando novamente, com o sinal, voltar ao círculo na mesma

disposição

3.3- Andando novamente, com o sinal, voltar ao círculo na mesma disposição.

3.4- - Andando, com o sinal do professor, formar duas colunas com o mesmo

número de participantes. Observar quem esta na minha frente e quem esta atrás.

3.5- Andando novamente, com o sinal voltar a coluna.

3.6- Igual aos dois exercícios anteriores, formando uma fileira.

3.7- Formar dois grupos, com o sinal do professor os participantes se dirigem a uma

mesa que esta na frente de cada grupo. Observam os objetos e suas disposições

sobre as mesas. Volta ao local inicial e desenha ou nomeia a mesa com seus

objetos. Ganha o grupo que fizer isso primeiro e desenhar ou nomear mais

objetos com suas respectivas disposições

3.8- O mesmo exercício anterior,mudando disposição dos objetos .

4- Parte Final

4.1- Explicar o método de formar senhas com números conhecidos

4.2- Em dupla, formar senhas com números conhecidos e explicar a sua formação

para o colega.

5- Tarefas para casa

5.1- Os participantes deverão observar o que tem no seu guarda roupa e depois

fazer um desenho e nomear tudo que tem lá.

5.2- Os participantes deverão observar todos os objetos amarelos que tem em casa,

depois, nomear ou desenhar sua disposição na sua casa.

5.3- Palavras cruzada e exercícios de memorex

5.4- Exercícios de Neuróbica: escovar os dentes e se pentear com a mão esquerda;

sentar em locais diferentes em casa.

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Sessão 6: conjugação de todas as técnica mnemônicas ministradas

1-Parte Teórica

1.4- Relembrar a sessão anterior.

1.5- Comentar os exercícios para casa

1.6- Falar sobre otimização da memória

2-Parte Prática

2.1- Parte Inicial

2.2- Andando com o sinal parar em frente a um colega. Um deve fazer um

movimento de dança de acordo com o ritmo da música. O outro imita e depois faz

o seu movimento e assim sucessivamente.

2.2- Com o sinal, volta a caminhar e depois, novamente o professor dá o sinal e

todos devem parar em frente a um colega e mostrar para o outro os exercícios

que foram executados na dupla anterior.

2.3- andando parar em frente a um colega e comentar sobre as músicas que

passaram no exercício.

2.4- Aquecimento das articulações por partes do corpo. A série deve ser montada

pelos alunos que dividirão em grupo

3- Parte Principal

3.1- Exercício de atenção: Fazer o que eu faço e não o que eu falo.

3.1- Exercitar a memória auditiva e executivo central, obedecendo o comando do

professor que passa tarefas com várias ações.Exemplo: andar até determinado

local, chegar lá flexionar as pernas 3 vezes, colocar a mão na cabeça, a mão no

joelho, dar três passos com as pernas estendidas e voltar.

3.2- Repetir o exercício anterior em dupla, com um ditando tarefa a outro.

3.4- Exercitar a memória visual: O professor passa uma coreografia, sem fala. Os

participantes devem observar e depois executar.

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4- Parte final

4.1- Em dupla, o professor fala palavras não relacionadas como os sete pecados

capitais. Os participantes devem criar uma imagem mental para guardar as

palavras e depois citá-las para colega.

4.2- Refletir sobre as técnicas mnemônicas aplicadas e questionar quais as técnicas

que os participantes mais identificaram.

4.3- Técnica de meditação

5- Tarefas para casa

5.1- Assistir um filme e fazer um resumo com inicio, meio e fim, falar sobre os

personagens, tema do filme, diretor, etc.

5.2- Exercício de Neuróbica: dormir do lado contrário da cama, se vestir e se pentear

de olhos fechados

5.3- Memorizar quatro placas de carro, atribuindo significado e utilizando a técnica

de associação par memorizar as letras e aos números

5.4- Jogo de diferença

Sessão 7: Associação

1-Parte Teórica

1.2-Relembrar a sessão anterior.

1.3- Comentar as tarefas de casa

1.4- Falar sobre os recursos externos para facilitar a memória

2- Parte Prática

2.1- Parte Inicial

2.1.1- Alongamento dirigido elo professor

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2.1.2- Andando, no ritmo da música cumprimentar o colega pelo nome e com um

passo de dança.

2.1.3- Exercícios de Braim Gym

3- Parte Principal

3.1- Em dupla, executar exercício de força com a parte superior do corpo: cada

exercício e associado a um número e depois requisitado aleatoriamente.

3.1.1- Um de frente para o outro, braços estendido a frente com as mãos tocando as

mãos do colega. Fazer força com os braços empurrando o colega.

3.1.2- Um de lado do outro, empurrar o colega pelo ombro.

3.1.3- De costas um para o outro, braços estendidos para trás, com as mãos

tocando as mãos do colega. Fazer força com os braços empurrando o colega.

3.2- Os participantes em pé, apoiados em um bastão, estender e flexionar as pernas

de acordo com o comando do professor. Este associa nomes e números à flexão

e a extensão como número um, flexão, número dois extensão. Nome de fruta,

flexão,nome de verdura, extensão.

3.3- Os participantes divididos em duas colunas. O professor faz um desenho nas

costas do último da coluna. Ele deve reproduzir o mesmo desenho nas costas do

colega que esta na sua frente. Quando chegar no último, este reproduz o desenho

no papel.

4- Parte final

4.1- Participantes em colunas, massagear as costas do colega da frente de acordo

com as orientações do professor.

4.2- O professor mostra figuras de pessoas e fala seus nomes. Os participantes

deverão guardar seus nomes por associação.

4.3- Jogo de atenção, O maestro: Os participantes em círculo. Um é escolhido para

ser o maestro, isto é criar movimentos que todos devem acompanhar. Quando o

maestro é escolhido um participante se afasta do grupo e depois volta ao mesmo

e tem que descobrir quem é o maestro.

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5- Tarefas para casa

5.1- Fazer uma lista de quatro afazeres da semana, identificar suas palavras-chaves

e criar uma história com essas palavras.

5.2- Conhecer duas pessoas diferentes e associar detalhes seus para guardar seus

nomes.

5.3- Exercícios de Neuróbica: mudar objetos que estão em sua casa de lugar;

Comer algo diferente de manhã.

5.4- Exercício de caça-palavras e memorex.

Sessão 8: Categorização

1-Parte Teórica

1.2-Relembrar a sessão anterior.

1.3- Comentar as tarefas de casa

1.4- Falar sobre cortisol e memória

2-Parte Prática

2.1- Parte Inicial

2.1.1- Alongamento

2.1.2- Andando de diversas formas: com o calcanhar, na ponta dos pés, pernas

flexionadas, pés virados para dentro, pés virado para fora.

2.2- Parte Principal

2.2.1- Os participantes em grupos deverão montar uma série de exercícios por

partes do corpo, isto é, por categorias (braços, pernas, coluna, abdômen, entre

outros).

2.2.2- Apresentar a série aos outros grupos, que devem assistir e depois repetir os

exercícios.

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2.2.3- Cada grupo deve executar a sequência toda.

2.2.4- Quatro colunas, uma de frente para a outra. Os participantes deverão

executar a tarefa, caminhar e entregar uma prancheta para o colega que está na

frente. As tarefas são: escrever animais verdes, escrever nomes de flores, e de

frutas amarelas.

3- Parte Final

3.1- Explicar à técnica de guardar senhas de número associando os números à

forma.

3.2- Associação: em duplas, cada um forma uma senha e o colega associa os

números à forma.

3.3- Em dupla, cada participante deve falar a categoria de nomes pedido pelo

professor. Perde o jogo quem errar primeiro. Categorias: nomes próprios iniciados

com N, cantores, atletas.

3.4- Meditação

3.5- Tarefas de Casa

3.6- Memorizar o telefone de três colegas, dando significado ou associando os

números, e quando chegar em casa anotar em um caderno.

3.7- Exercícios de Neuróbica: escutar uma música com os olhos fechados, enquanto

aspira um perfume; num dia usar roupas de tecidos leves e macios como malha e

no outro usar roupas grossas e ásperas como jeans.

3.8- Exercício de diferença e caça-palavras

Sessão 9: Imagem Mental

1- Parte Teórica:

1.1-Relembrar a sessão anterior.

1.2- Comentar as tarefas de casa.

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1.3- Falar sobre falar sobre atenção, distração e dispersão.

2-Parte Inicial:

2.1- Aquecimento das articulações por categorização.

2.2- Andando, com o sinal, formar um círculo e cada uma deve falar um meio de

transporte.

2,2- Repetir o exercício anterior, formando coluna e depois fileira, dizendo o nome

de mantimentos, acessórios femininos etc.

3-Parte Principal:

3.1- Dividir a turma em dois grupos. Cada grupo deve lembrar tudo o que acontece

em uma partida de futebol: posições, números de jogadores, jogadas,

comentarista, entre outros. Os participantes deverão imitar uma partida de futebol.

3.2- Andando, com o sinal parar em frente a uma colega e perguntar qual são os três

alimentos ela que mais gosta de comer. Utilizar a imagem mental para memorizar

as informações.

3.3- As participantes em círculo. Uma no centro deve jogar a bola para uma das

colegas, que fez o exercício anterior. Falar os alimentos que gosta de comer e

trocar de lugar com ela.

3.4- Em círculo, jogar uma bola para a direita, virar para a esquerda e receber outra.

A participante que errar sai do jogo.

4- Parte Final:

4.1- Exercícios respiratórios.

4.2- Meditação.

5- Tarefas para casa:

5.1- Observar o máximo de detalhe de sua rua e usar o método de Loci para

memorizá-los. Na próxima sessão compartilhar com a colega.

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5.2- Assistir a 3 comerciais na TV e em seguida anotar tudo sobre eles: assunto,

personagens, cenário, entre outros.

5.3- Criar uma história com os afazeres diários, sendo a participante a protagonista.

5.4- Exercício de Neuróbica: Fazer uma refeição de olhos fechados.

Sessão 10: Método de Loci

1-Parte Teórica:

1.1-Relembrar a sessão anterior.

1.2- Comentar as tarefas de casa.

1.3- Falar sobre falar sobre fases da memória: codificação, armazenagem e

evocação.

2-.Parte prática:

2.1- Parte Inicial:

2.2- Andando junto com a colega, uma deve falar para a outra o seu endereço. Cada

uma deve memorizar o endereço da outra através da associação.

2.3- Com o sinal do professor, trocar de par e falar para esta colega o endereço da

companheira anterior; depois repete-se o exercício.

2.4- Alongamento.

2.5- Braim Gym.

3- Parte Principal:

3.1- Em duplas, uma deve fazer um movimento de dança, de acordo com o ritmo da

música, a outra repete o movimento e coloca mais um. Em seguida, a primeira

repete o seu movimento e o movimento da colega e apresenta mais um. Assim,

vai se formando uma coreografia.

3.2- Com o sinal, trocar de par e repetir o exercício.

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3.3- A dupla que quiser, apresenta a coreografia para os demais.

3.4- O professor passa uma série de exercícios localizados e associa cada exercício

a uma parte do corpo. Quando ele disser “pé”, ficar com um pé na frente do outro

e realizar o avanço, se apoiando em um bastão. “Pernas”, flexionar as pernas,

também com auxílio do bastão. “Braços”, segurar o bastão com os braços em

supinação e executar flexão dos cotovelos. “Costas”, elevar o bastão ao alto e

flexionar os braços trazendo-o atrás da cabeça. O professor deve requisitar as

partes do corpo aleatoriamente. Os movimentos devem ser executados

lentamente, para aumentar a contração dos músculos.

4- Parte final:

4.1- Às participantes, sentadas em círculo, distribuem-se pequenos textos. Cada

uma deve memorizá-los, associando cada parte do texto a regiões do corpo.

4.2- Pedir que algumas participantes apresentem os textos para as demais.

4.3- Relaxamento.

5- Tarefas para Casa:

5.1- Memorex e caça-palavras.

5.2- Memorizar 3 placas de carro, formando frases com as letras e dando significado

aos números.

5.4- Exercitar a memória episódica: lembrar de 2 fatos importantes e felizes a cada

10 anos de sua vida.

5.5- Exercícios de Neuróbica: assistir a um programa de TV a que nunca assistiu.

Sessão 11- Miscelânea das técnicas mnemônicas

1-Parte Teórica:

1.1-Relembrar a sessão anterior.

1.2- Comentar as tarefas de casa.

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1.3- Relembrar as estratégias trabalhadas e fazer comentários em duplas sobre

essas.

2. Parte Prática:

2.1- Parte Inicial:

2.1.1- Andando, com o sinal parar em frente a uma colega e cada uma deve dizer o

nome e o endereço para a outra. Cada uma deve guardar o endereço pela técnica

de associação ou imagem mental.

2.1. 3- Andando, com o sinal parar em frente a outra colega e primeiro falar o nome

e o endereço da colega anterior, depois falar o próprio.

2.1.4- Repetir mais duas vezes o exercício anterior.

2.1.5 - Reproduzir a coreografia: em dupla. Uma deve fazer um movimento e a outra

o copia. Depois, a que reproduziu o primeiro movimento coloca mais um na

coreografia e assim sucessivamente.

2. 2- Parte Prática:

2.2.3- Andando, com o sinal do professor formar dois círculos, com o mesmo número

de participantes. Deve observar quem está à sua direita e quem está à sua

esquerda. Andando novamente, com o sinal, voltar ao círculo, na mesma

disposição.

2.2.2- As participantes formam círculos. Cada componente do círculo fala dois

alimentos de que gosta. As participantes devem guardar a informação através da

imagem mental. Em seguida, uma participante no centro deve jogar uma bola

para alguém do círculo e repetir o que a colega gosta de comer.

2.2.3- Igual ao exercício anterior, cada participante deve falar dois hobbies.

2.1.4- Exercício de atenção: em círculo, cantar a música “Escravo de Jó”, passando

uma bola, e no refrão a pessoa que está com a bola faz que vai passar a bola e

muda a direção.

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2.3- Parte Final:

2.3.1- Em dupla, compartilhar com as colegas as doenças que já teve. Aplicar o

método de Loci, associando cada parte do corpo aos sintomas narrados pela

colega. Em seguida, relatar para o grupo.

2.3.2 - Reflexão sobre a oficina, benefícios, validade etc.

2.3.3 - Exercícios respiratórios e alongamento.

Sessão 12- Gincana

Tarefas:

1 - Enumerar as participantes de cada equipe. Cada participante numerada vai ao encontro da de número semelhante e memoriza o nome e o telefone da colega. Sorteiam-se 5 números e as participantes terão que falar o nome da colega e o seu telefone.

Pontuação: 1 ponto para cada acerto.

2 - Ler a descrição de um local. Cada grupo deve fazer um desenho desse local.

Pontuação: 1 ponto para cada detalhe descrito.

3 - Ler um texto para os grupos. As participantes deve listar o que se fala sobre a personagem do texto.

Pontuação: 1 ponto para cada detalhe.

4 - Adivinhação: Cada grupo tem que responder às adivinhações.

Pontuação: 1 ponto para cada resposta correta.

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5 - Jogo de memória.

Pontuação: 1 ponto para cada acerto.

6 - Estafeta de categorização: cada participante tem que escrever o nome de um inseto.

Pontuação: 1 ponto para cada inseto.

7 - Jogo dos contrários: Enumerar cada participante. O instrutor fala dois números, um de uma equipe e outro da outra. Uma participante fala uma palavra e a outra responde com a palavra contrária.

Pontuação: 1 ponto para cada resposta certa.

9- Memorizar uma lista de palavra. O instrutor lê uma lista de palavras. Em seguida, as participantes têm memorizar as palavras, escrevê-las e depois citá-las.

Pontuação: 1 ponto para cada palavra certa.