Estomatite Vesicular – Revisão de Literatura

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    REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE MEDICINA VETERINRIA ISSN: 1679-7353

    Revista Cientfica Eletrnica de Medicina Veterinria uma publicao semestral da Faculdade deMedicina Veterinria e Zootecnia de Gara FAMED/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela AssociaoCultural e Educacional de Gara ACEG. Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000 www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

    Ano VI Nmero 11 Julho de 2008 Peridicos Semestral

    ESTOMATITE VESICULAR Reviso de Literatura

    FREITAS, Elaine [email protected]

    PACHECO, Alessandro MendesMARIANO, Renata S. Gomes

    Discente do curso de Medicina Veterinria FAMED - Gara

    ZAPPA, VanessaDocente da Associao Cultural e Educacional da FAMED - Gara

    RESUMO

    A Estomatite Vesicular (EV) uma enfermidade viral que acomete eqinos, bovinos, sunos,mamferos silvestres. Em virtude da EV ser clinicamente confundvel com a Febre Aftosa, imprescindvel que se realize o diagnstico diferencial, devido ao comrcio internacional deanimais e de seus produtos e subprodutos uma vez que apenas a avaliao clnica no suficiente para confirmao do agente etiolgico.Palavras chave: Estomatite vesicular, Febre AftosaTema Central: Medicina Veterinria

    ABSTRACT

    The Vesicular Stomatitis (EV) it is a viral illness that it attacks equine, bovine, swine, wildmammals. Because of EV to be clinically confundvel with the Febre Aftosa, it isindispensable that he/she takes place the differential diagnosis, due to the international tradeof animals and of their products and by-products once just the clinical evaluation is notenough for confirmation of the etiological agent.Key word: vesicular stomatitis, Aftosa Fever.

    1. INTRODUO

    A Estomatite Vesicular uma enfermidade viral de grande impacto na

    sade animal. Alm dos bovinos, a estomatite vesicular pode contaminar

    ovelhas, cabras, porcos, cavalos e o homem. Diferente da febre aftosa, o

    vrus que causa estomatite no sobrevive muito tempo no ambiente e por

    isso, a contaminao no to rpida. Ela pode acometer as pessoas que

    vo desenvolver os sintomas como gripe, dores musculares, dores de

    cabea e afta.

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    2. CONTEDO

    O agente causal da EV pertencente Famlia Rhabdoviridae, gnero

    Vesiculovruscom dois tipos imunolgicamente distintos classificados como

    New Jersey (NJ) e Indiana (Ind).

    A Estomatite Vesicular (EV) est includa entre as enfermidades

    vesiculares dos bovinos e sunos, assim, ela assume papel importante para

    os programas de sade animal, principalmente por ser clinicamente uma

    enfermidade transmissvel com um potencial de se difundir rapidamente, de

    graves conseqncias scio-econmicas e de sade pblica e de grande

    importncia para o comrcio internacional de animais e seus derivados.

    Nos seres humanos geralmente restrita a pessoas que mantiveram

    contato com animais doentes e quando ocorre manifesta-se de forma

    semelhante gripe (SEPULVEDA ET AL, 2007).

    A transmisso da doena e o modo pelo qual o vrus mantido na

    natureza durante os surtos endmicos e epidmicos no est

    completamente descrita, sabe-se que ocorre principalmente por meio das

    secrees eliminadas a partir das leses e pela saliva (QUINN et al.,2005 ).

    Tm sido implicados contato direto e insetos vetor. O vrus

    eliminado na saliva e pode contaminar a gua o os cochos de alimento. O

    envolvimento de insetos vetor deduzido da ocorrncia sazonal de casos

    do modelo de disseminao, com agrupamentos de casos ao longo de vales

    de rios e reas irrigadas. Tem sido isolado o vrus a partir de muitas

    espcies de insetos, inclusive borrachudos, mosquitos e moscas

    domsticas. A replicao viral em borrachudos tem sido demonstrada

    experimentalmente (CLARKE., et al 1996).

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    Os surtos iniciam repentinamente durante o vero e aparecem

    simultaneamente em vrias localidades de uma rea restrita, e como o vrus

    foi isolado de mosquitos do gneroPhlebotomus

    eAedes

    , estes fatos

    sugerem que poderia haver um ciclo do vrus entre animais silvestres e

    artrpodes HAYEK et al.,1998 ).

    Em virtude de a EV ser clinicamente confundvel com a Febre Aftosa,

    que est em fase de erradicao em alguns Estados brasileiros, e tambm

    devido ao comrcio internacional de animais e de seus produtos e

    subprodutos, imprescindvel que se realize o diagnstico diferencial com a

    Febre Aftosa, uma vez que apenas a avaliao clnica no suficiente para

    confirmao do agente etiolgico. O vrus provavelmente entre no organismo

    por abrases na pele ou nas membranas mucosas, ou aps uma picada de

    inseto. As vesculas que se desenvolvem no local de infeco podem

    coalescer. A disseminao pode ocorrer localmente pela extenso das

    leses primrias. (QUINN et al., 2005).

    Embora leses secundrias possam desenvolver se em locais

    distantes, no est clara a forma como ocorre a transferncia do vrus nem

    se essas leses resultam da viremia ou de contaminao ambiental

    (CLARKE et al., 1996).

    O tratamento constitui basicamente no oferecimento de alimentos de

    fcil apreenso e mastigao, favorecendo a recuperao das leses orais.

    As medidas adotadas para o controle da doena so interdies da

    propriedade, isolamento dos animais doentes, controle de insetos e

    desinfeco da propriedade (HAYEK et al., 1998).

    O perodo de incubao de ate cinco dias. Animais afetados, que

    em geral tm mais de um ano de idade, ficam febris. Vesculas

    desenvolvem-se na lngua e nas membranas mucosas orais. Claudicao

    so muitas vezes caractersticas proeminentes da doena em sunos. Em

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    vacas, pode desenvolver-se mastite, com leses graves nos tetos (CLARKE

    et al., 1996).

    . Na ausncia de infeco secundria, as leses geralmente curamdentro de duas semanas. Aps a infeco, os animais desenvolvem altos

    ttulos de anticorpos neutralizastes, mas a durao da proteo varivel.

    limitada a proteo cruzada entre o vrus da estomatite vesicular de Indiana

    e o vrus da estomatite vesicular de New Jersey (PEREZ et al, 1988).

    .Os espcimes adequados para isolamentos do vrus ou para

    deteco do antgeno viral incluem epitlio das leses e fluido vesicular. O

    vrus pode ser isolado em linhagem de clulas adequadas, em ovos

    embrionrios ou por inoculao intracerebral em camundongos lactentes.

    Ele citoptico. A microscopia eletrnica pode ser usada para identificao

    do vrus em espcimes ou em cultura de tecidos. Os nveis de anticorpos em

    animais recuperados podem ser analisados mediante TFC, vrus

    neutralizao, ELISA competitivo ou ELISA de captura especfica ao IgM.

    Como os nveis de complemento fixado e de anticorpos IgM persistem por

    curtos perodo, ensaios com base em procedimentos envolvendo esses

    anticorpos podem ser usados para confirmar infeco recentes em reas

    endmicas.

    No est disponvel tratamento especfico. Podem ser benficas as

    medidas que ajudam a minimizar infeces secundrias (PEREZ et al,

    1988).

    Casos suspeitos devem ser notificados s autoridades pertinentes.

    Restrio ao deslocamento e isolamento de 30 dias aps o ltimo caso

    clnico so recomendadas para propriedades infectadas. (SEPULVEDA et al,

    2007).

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    3. CONCLUSO

    A Estomatite Vesicular de grande importncia econmica que est

    relacionada s perdas na produo, seleo e a outras medidas de

    controle, causando diversos prejuzos a pecuria.

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CLARKE,G.R., Stallknecht,D.E. and Howerth, E.W. (1996). Experimentalinfection of swine with a sandfly (Lutzomyia Shannoni) isolate of vesicular

    Stomatitis virus, New Jersey serotype. Journal of Veterinary DiagnosticInvestigation, 8, 105-108.

    HAYEK, A. M.; MCCLUSKEY, B. J.; CHAVEZ, G. T.; SALMAN, M. D.Financial Impact of the 1995 outbreak of vesicular stomatitis on 16 beefranches in Colorado. Journal of American Veterinary MedicalAssociation , v. 212, n. 6, p. 820-823, 1998

    PEREZ, E.; CORNELISSEN, B. Retrospective study of the temporaldistribution of vesicular stomatitis in cattle in Costa Rica, 1972-1986.Preventive Veterinary Medic ine, v. 6, p. 1-8, 1988.

    QUINN. P.J.; MARKEY. B.K.; CARTER. M.E.; DONNELLY. W.J.; LEONARD.F.C.Microbiologia Veterinria e Doenas Infecciosas, Porto Alegre:Artmed, 2005. Cap II. 383,384 e 385.

    SEPULVEDA, Lya Madureira, et al. Diagnstico rpido do vrus daestomatite vesicular no Equador mediante o uso da reao em cadeia dapolimerase. Braz. J.Microbiol., jul./set. 2007, vol.38, no.3, p.500-506. ISSN1517-8382.

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