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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ARTIGO CIENTÍFICO 1 Estratégia Saúde da Família no Município de Nova Iguaçu: Como promover sua eficiência Renato Brito de Souza Santos [email protected] UFF/ICHS Resumo Partindo da premissa de que o direito à saúde é garantido constitucionalmente a todos os brasileiros, o presente artigo, através de uma pesquisa aplicada, explicativa e bibliográfica, juntamente com a confrontação dos dados obtidos pelo Departamento de Atenção Básica e a aplicação de um questionário virtual a 96 moradores da cidade de Nova Iguaçu-RJ, se propõe a discutir, problematizar e relacionar os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade na gestão da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município em questão, de modo a identificar os fatores que comprometem o rendimento dos seus agentes e os métodos que os estimulam a contribuir de forma espontânea e voluntária para um melhor desenvolvimento da organização. Para tanto, buscou-se apresentar o contexto social, político e econômico em que a eficiência, eficácia e produtividade passaram a ser requisitos indispensáveis à gestão pública, trazendo a contribuição de diversos autores acerca do assunto e a confrontação dos dados obtidos com o referencial teórico. Assim, conclui-se que, apesar de serem grandes os esforços da Gestão da Saúde Pública do município em promover de maneira eficiente e eficaz a atenção básica à saúde a todos os seus cidadãos, este não tem sido o suficiente para garantir a efetividade do programa. Palavras-chave: Eficiência; Eficácia, Efetividade; Saúde Pública; SUS; Estratégia saúde da Família.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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Estratégia Saúde da Família no Município de Nova Iguaçu:

Como promover sua eficiência

Renato Brito de Souza Santos – [email protected] – UFF/ICHS

Resumo

Partindo da premissa de que o direito à saúde é garantido constitucionalmente a todos os

brasileiros, o presente artigo, através de uma pesquisa aplicada, explicativa e bibliográfica,

juntamente com a confrontação dos dados obtidos pelo Departamento de Atenção Básica e a

aplicação de um questionário virtual a 96 moradores da cidade de Nova Iguaçu-RJ, se propõe

a discutir, problematizar e relacionar os conceitos de eficiência, eficácia e efetividade na

gestão da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município em questão, de modo a identificar

os fatores que comprometem o rendimento dos seus agentes e os métodos que os estimulam a

contribuir de forma espontânea e voluntária para um melhor desenvolvimento da organização.

Para tanto, buscou-se apresentar o contexto social, político e econômico em que a eficiência,

eficácia e produtividade passaram a ser requisitos indispensáveis à gestão pública, trazendo a

contribuição de diversos autores acerca do assunto e a confrontação dos dados obtidos com o

referencial teórico. Assim, conclui-se que, apesar de serem grandes os esforços da Gestão da

Saúde Pública do município em promover de maneira eficiente e eficaz a atenção básica à

saúde a todos os seus cidadãos, este não tem sido o suficiente para garantir a efetividade do

programa.

Palavras-chave: Eficiência; Eficácia, Efetividade; Saúde Pública; SUS; Estratégia saúde da

Família.

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1. Introdução

Com a globalização da economia e à crise social, política e econômica vivida pelo

Estado brasileiro na década de 1980, constatou-se a insuficiência do modelo administrativo

vigente (burocrático) e a necessidade de se redefinir as funções administrativas básicas do

Estado (BRESSER-PEREIRA, 1996). O modelo burocrático de administração pública, que

outrora havia substituído o modelo patrimonialista, a partir da reforma administrativa ocorrida

em 1995, cede lugar ao modelo administrativo gerencial, instituído com a finalidade de pôr

fim às práticas clientelistas e patrimonialistas do antigo modelo, propondo sólidas mudanças

para a sociedade, ao invés de mudanças institucionais com pouca significância (BRESSER-

PEREIRA, 1996, p.6).

Nesse contexto, o modelo gerencial de administração pública, com o intuito de

expandir suas as atividades e alcançar seus objetivos de forma mais célere, passou a empregar

técnicas frequentemente utilizadas na iniciativa privada para fomentar seus rendimentos,

proporcionando serviços públicos de melhor qualidade e com maior alcance para os seus

usuários (ANDION, 2009, p6). No entanto, apesar da perspectiva otimista trazida pelo

modelo gerencialista, podemos observar ainda, inúmeros problemas que comprometem a

eficiência e a eficácia da Administração Pública na oferta dos serviços essenciais a sociedade.

No que tange a saúde pública, por exemplo, Filho (1987) diz que:

A deficiência na distribuição dos recursos destinados a saúde no Brasil é

caracterizada por uma desigualdade geográfica tão acentuada que deveria merecer

mais atenção por parte dos tomadores de decisões e dos planejadores do serviço

público (FILHO, 1987, p. 52).

Juntamente com a deficiência na distribuição dos recursos, podemos observar também,

a dificuldade que as unidades de assistência básicas de saúde têm em atender de forma

eficiente os seus usuários, o que acaba por contribuir para o constante aumento da

superlotação nos hospitais (MADEIRO, 2013).

Assim, com o intuito de desenvolver as Organizações de Saúde Públicas para um

elevado patamar de Eficiência e Produtividade, torna-se imprescindível estruturar de forma

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efetiva e integrada o Sistema Único de Saúde aos Programas de Atenção Básica, pois, em um

país de dimensões continentais como o Brasil, onde especificidades regionais coexistem, a

parceria com os Estados e Municípios é fundamental para alcançar resultados positivos

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

O Ministério da Saúde acredita ainda que, dentre os agentes públicos da saúde, o

prefeito consciente é o principal ator político do desafio de levar a saúde de qualidade à

população e, por meio de seu trabalho, a organização alcançará ou não um bom

desenvolvimento, pois somente com gestores municipais comprometidos, será possível

fortalecer a estratégia para provocar uma profunda mudança na atenção básica à saúde, mais

eficiente, eficaz e produtiva, preocupada com a prevenção e promoção da saúde e menos

centrada nos serviços dos hospitais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009).

Para tanto, será apresentada, por seu tipo e natureza, a metodologia utilizada para

desenvolvimento do trabalho; as contribuições trazidas por diversos autores fundamentadas

através do referencial teórico; a apresentação dos resultados, discussões e problematizações,

além da conclusão do que fora exposto no artigo.

Neste sentido, o presente artigo tem como propósito apresentar o programa Estratégia

Saúde da Família no município de Nova Iguaçu, relacionando os seus resultados aos conceitos

de eficiência, eficácia e efetividade.

2. Metodologia

2.1 Tipo

O presente artigo trata-se de uma pesquisa aplicada, explicativa e bibliográfica.

Por seu tipo ou natureza, este artigo é considerado como sendo uma pesquisa aplicada,

pois, de acordo com a definição de Barros e Lehfeld (2000)

Tem como motivação a necessidade de produzir conhecimento para a aplicação de

seus resultados, com o objetivo de contribuir para fins práticos, visando à solução

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade (BARROS e

LEHFELD, 2000, p. 78).

Assim, podemos dizer que o presente artigo é considerado de natureza aplicada por

buscar uma solução ótima – a curto e médio prazo - para a resolução dos problemas

relacionados à ineficiência e a produtividade dos órgãos de saúde pública espalhados por todo

o país, em especial do município de Nova Iguaçu.

Em relação aos seus objetivos, trata-se uma pesquisa do tipo explicativa, onde, a

preocupação central está relacionada à determinação dos fatores e a análise de fatos que

contribuem para a ineficiência e a baixa produtividade dos órgãos de saúde pública

brasileiros.

Por fim, trata-se também de uma pesquisa bibliográfica, pois, foi desenvolvida a partir

de materiais ou referenciais teóricos já elaborados por outros autores, permitindo uma

cobertura mais ampla e o acesso a outros posicionamentos acerca dos fenômenos abordados.

2.2 Coleta de Dados

A coleta de dados do presente artigo se deu através dos dados divulgados pelo

Departamento de Atenção Básica e de um questionário virtual (Google Forms) aplicado a um

grupo de pessoas residentes no município de Nova Iguaçu – RJ com o intuito de verificar a

efetividade da Estratégia Saúde da Família no presente município. Para tanto, foram

selecionadas 96 pessoas de ambos os sexos, com acesso à internet e idades entre 16 e 73 anos

que, no primeiro trimestre de 2016, responderam quantitativamente e qualitativamente ao

questionário aplicado (Apêndice I), cujos dados foram exportados e tabulados em uma

planilha eletrônica.

Cabe ressaltar, que algumas dessas pessoas, mesmo em um número pouco expressivo,

não se sentiram à vontade em responder algumas perguntas, o que causou uma pequena

variação do número total de entrevistados em relação ao número de respostas.

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Salienta-se ainda, que o presente artigo não tem a intenção de validar estatisticamente

os dados obtidos durante a coleta ou generalizá-los, servindo apenas como base para o

desenvolvimento deste trabalho e que, futuramente, poderá ser posto á prova por outros

pesquisadores.

3. Discussão Segundo a Literatura.

3.1 Eficiência, Eficácia e Efetividade na Gestão da Saúde Pública Brasileira.

Cada vez mais complexo e dinâmico, o mundo organizacional tende a buscar de forma

constante métodos que propiciem a eficiência. Tratar e perceber as organizações como

sistemas que influenciam e são influenciados pelo meio é entender que a busca da eficiência e

da produtividade vai além das práticas mecanicistas e burocráticas ainda adotadas por muitas

organizações. Desenvolver as Organizações - em especial as de Saúde Pública - a um elevado

patamar de Eficiência e Produtividade implica, de maneira imprescindível, o estímulo dos

agentes públicos da saúde com o intuito de promover um melhor rendimento dos principais

responsáveis pelo perfeito andamento destas organizações.

A Eficiência é conceituada por muitos doutrinadores como um meio equânime de

desenvolver qualquer atividade no menor prazo possível e com a menor incidência de erros,

gerando um processo de qualidade com importância singular para a área da saúde. Drucker

(1993) corrobora a definição já pacificada de que “ser eficiente é empregar a menor

quantidade de recursos possíveis e de forma racional para alcançar a eficácia”.

No entanto, somente a eficiência não garante o desenvolvimento e a realização dos

objetivos organizacionais, pois ela está intrinsecamente ligada aos meios e não aos fins, ou

seja, está focada no modo com que as coisas são feitas e não em seus resultados.

Alcântara (2010) ressalta que “o conceito de eficiência apresenta necessariamente

contornos diferenciados em organizações privadas e públicas”. Segundo ele:

Nas organizações públicas o que deve prevalecer são os interesses ou as

necessidades dos cidadãos, enquanto que, nas instituições privadas, predominam os

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interesses financeiros de seus proprietários e a maximização dos lucros

(ALCÂNTARA, 2010, p. 26).

Ainda acerca do assunto, Nassuno (1999, p. 335 – 361), contribui com o tema dizendo

que “a eficiência, por si só, não permite adequada avaliação sobre que grupos sociais estão

sendo beneficiados com as decisões dos gestores públicos”.

Vale ressaltar ainda que, mesmo com seus fatores limitadores, a eficiência é um dos

princípios da administração pública e que de acordo com Castro (2006, p.3), foi “o maior

êxito da reforma ocorrida na administração pública brasileira, possibilitando a adoção de

inúmeras inovações na esfera pública”.

Meirelles (2002) reforça dizendo que

O Princípio da Eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com

presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função

administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada com legalidade,

exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das

necessidades da comunidade e seus membros (MEIRELLES, 2002, p. 94).

Em relação à eficácia, há um consenso na literatura científica que a sintetiza como

sendo a capacidade de se fazer aquilo que é preciso, ou seja, de fazer as coisas certas e assim

alcançar os objetivos organizacionais. Ao contrário da eficiência, que se preocupa com os

meios, a eficácia vai mais além, preocupando-se com os fins, com os resultados a serem

obtidos.

Chiavenato (1994, p.70) contribui com o tema afirmando que “todas as organizações

devem ser analisadas sob o escopo da eficiência e da eficácia”. Para ele, “eficiência é uma

medida normativa da utilização dos recursos, ao passo que a eficácia é uma medida normativa

do alcance dos resultados nos processos”.

A aplicabilidade desses conceitos a realidade organizacional e a busca do equilíbrio

entre eles é o que possibilitará a mensuração do desempenho de uma organização. De acordo

com Bio (1996, p. 22), “a eficácia depende não somente do acerto das decisões estratégicas e

das ações tomadas no ambiente externo, mas também do nível de eficiência organizacional”.

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Em virtude disso, a gestão da saúde pública tem como desafio fazer com que as

organizações trabalhem de maneira eficiente e eficaz ao mesmo tempo. Sabemos que nem

sempre é possível que isso aconteça concomitantemente, o que por muitas vezes, contribui

para a não ou má efetivação dos serviços públicos oferecidos à sociedade.

No entendimento de Alcântara (2010, p.29)

A avaliação da eficácia do serviço público é um desafio ainda maior do que a análise

sobre a eficiência, para o Poder Judiciário, especialmente porque a eficácia, em

geral, estará relacionada à definição e possível consecução de objetivos, que muitas

vezes estarão no âmbito da discricionariedade do administrador público

(ALCÂNTARA, 2010, p. 29).

No que tange à efetividade, Sano e Filho (2013, p.40) destacam que “a efetividade

está relacionada ao impacto social que procura identificar os efeitos produzidos sobre uma

população-alvo de um programa social”. Já Castro (2006, p. 5) diz que

A efetividade, na área pública, afere em que medida os resultados de uma ação

trazem benefício à população. Ou seja, ela é mais abrangente que a eficácia, na

medida em que esta indica se o objetivo foi atingido, enquanto a efetividade mostra

se aquele objetivo trouxe melhorias para a população visada (CASTRO, 2006, p. 5).

No entanto, Torres (2004, p. 175) afirma que

A efetividade é o mais complexo dos três conceitos, em que a preocupação central é

averiguar a real necessidade e oportunidade de determinadas ações estatais,

deixando claro que setores são beneficiados em detrimento de outros atores sociais.

[...] Este conceito não se relaciona estritamente com a ideia de eficiência, que tem

uma conotação econômica muito forte, haja vista que, nada mais impróprio para a

administração pública do que fazer com eficiência o que simplesmente não precisa

ser feito (TORRES, 2004, p. 175).

Apesar de possuírem conceitos diferenciados, a eficiência, eficácia e efetividade

possuem inter-relações que precisam estar em pleno e constante desenvolvimento e harmonia

para que a gestão pública e, em especial a da saúde, possa de maneira efetiva, justa e

igualitária, promover os serviços públicos demandados pela sociedade.

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3.2 Política de Atenção Básica à Saúde no Brasil.

A instituição do Sistema Único de Saúde enquanto política pública se deu a partir da

Constituição Federal de 1988, após inúmeras reivindicações sociais que exigiam, dentre

outras providências, uma reforma sanitária. Em seu artigo 196, o texto constitucional estipula

que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e

econômicas que visem à redução do risco à doença e de outros agravos e ao acesso universal e

igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 1988).

Até o final da década de 1980, antes da promulgação da Constituição Cidadã, o

atendimento médico-hospitalar de qualidade era restrito àqueles que podiam arcar com

alguma prestação pecuniária, enquanto o restante da população dependia de atendimentos em

casas de caridade e filantropia. A partir da promulgação das Leis 8.080 de 1990 e 8.142 de

1990, o SUS foi regulamentado. No entanto, a sua mera regulamentação não é suficiente, pois

existe todo um processo, permanentemente em construção e desenvolvimento para que seus

princípios – equidade, universalidade e integralidade da assistência – sejam honrados.

O atual modelo de gestão sofreu muitas mudanças e apesar das dificuldades em sua

trajetória, é possível identificar avanços relevantes. A própria concepção de saúde, bem como

salienta Marcondes (2004), “passou a ser entendida não apenas como ausência de doença, mas

como um processo dinâmico, em constante mudança, que incorpora os condicionantes e

determinantes sociais, trazendo a noção de qualidade de vida, traduzida em bem-estar físico,

mental e social”.

Ainda há de se falar da relevância da descentralização do sistema com direção única,

que possibilitou a redistribuição do poder da união aos estados e municípios, fazendo com que

as decisões políticas de cada ente federado fossem implementadas de modo adequado às

realidades sociais de cada região.

De acordo com o Ministério da Saúde (2012), é nesse contexto que surgem as Políticas

Nacionais de Atenção Básica (PNAB), como resultado da experiência cumulada de vários

atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único

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de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas

de governo.

O Anexo I da Portaria n°2.488/2011 do Ministério da Saúde (2012), salienta ainda,

que a Atenção Básica caracteriza-se por

Um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a

promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o

tratamento, a reabilitação, redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo

de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia

das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. É

desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e

participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas à população de territórios

definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a

dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza

tecnologia de cuidados complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das

demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu

território, observando critério de riscos, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo

ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser

acolhidos. É desenvolvida com o mais alto grau de descentralização e capilaridade,

próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a

principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002, p. 19).

3.3 A Estratégia Saúde da Família (ESF)

Com o intuito de reorganizar a atenção básica à saúde, adequando-a aos preceitos

básicos estabelecidos pelo SUS, as ações de saúde da família, anteriormente voltadas à

cobertura de pequenos municípios, como foco em áreas de maior risco social, passam a

adquirir centralidade na agenda do governo federal com a criação do Programa Saúde da

Família (CUNHA e SÁ, 2013).

Devido a sua incorporação como uma das principais estratégias do governo federal

para ampliar, qualificar e consolidar a atenção básica à saúde no país, o Programa Saúde da

Família (PSF) passou, no meado nos anos 1990, a ser denominado como Estratégia Saúde da

Família (ESF), que segundo o Ministério da Saúde (2012)

Favoreceu uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de

aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a

resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de

proporcionar uma importante relação custo-efetividade (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2012, p. 54).

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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A partir desse momento, as diretrizes da Estratégia de Saúde da Família (ESF)

passaram a se contrapor ao modelo de atenção básica vigente, que até então, baseava-se na

lógica curativa e medicalizante, propondo então, uma atenção centrada na família e no

território, baseando-se em ações de prevenção das doenças, promoção e assistência à saúde

(BRASIL, 2012; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2008).

Como estratégia central, a adstrição do território tronou-se imprescindível à Estratégia

Saúde da Família, pois permite o planejamento, programação descentralizada e o

desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais e ações de promoção, prevenção e atenção

à saúde (MONKEN; BARCELOS, 2005). Além disso, permite aos gestores, aos profissionais

e usuários do SUS compreender a dinâmica dos lugares e dos sujeitos, desvelando as

desigualdades sociais e as iniquidades em saúde (GONDIM, 2012).

3.4 A Rede de Atenção a Saúde, as equipes e atribuições dos profissionais da

Estratégia Saúde da Família.

Segundo Figueiredo (2012), “para que toda estrutura possa funcionar, dando respostas

adequadas às necessidades dos usuários, de forma coordenada, é necessário estabelecer

estratégias que permitam criar múltiplas respostas para o enfrentamento da produção saúde-

doença”.

O Ministério da Saúde (2009) define a Rede de Atenção à Saúde (RAS) como sendo

O arranjo organizativo formado pelo conjunto de serviços e equipamentos de saúde,

num determinado território geográfico, responsável não apenas pela oferta de

serviços, mas ocupando-se também de como estão se relacionando, assegurando

dessa forma que a ampliação da cobertura em saúde seja acompanhada de uma

ampliação de comunicação entre os serviços, a fim de garantir a integralidade da

atenção (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, p. 5).

Nesse sentido, destaca-se a importância de se ter uma rede municipal de atenção à

saúde bem estruturada de forma que, possibilite a consecução dos objetivos da Estratégia

Saúde da Família em consonância com os preceitos estabelecidos pelo SUS.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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De acordo com o que fora preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o

programa Estratégia Saúde da Família deve ser composto por

Uma equipe multiprofissional, possuindo no mínimo, médico generalista ou

especialista em Saúde da Família ou médico de Família e Comunidade, enfermeiro

generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico em enfermagem

e agentes comunitários de saúde (ACS), podendo ser acrescentado a esta

composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde

bucal: cirurgião dentista generalista ou especialista em Saúde da Família; auxiliar

e/ou técnico em saúde bucal. (MINISTÉRIO DA SAÚDE. 2012, p. 59-60)

Recomenda-se ainda, que o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) deve

ser o suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas

por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo

recomendado de pessoas por equipe.

Figueiredo (2012) ressalta que:

para um grande número de pessoas, distribuído em um território, às vezes de forma

dispersa e outras tão concentradas, é preciso desenvolver tanto um trabalho

colaborativo e conjunto, envolvendo todos os membros da equipe, quanto trabalhos

específicos, seguindo as disposições legais que regulamentam o exercício de cada

uma das profissões (FIGUEIREDO, 2012, p. 6).

Assim, estão condicionadas como atribuições dos profissionais da Estratégia Saúde

da Família a participação do processo de territorialização e mapeamento do território adstrito,

de modo a identificar os riscos e vulnerabilidades de cada indivíduo ou famílias, mantendo

atualizado de forma fidedigna as informações contidas no cadastro dos mesmos, garantindo a

integralidade da atenção básica à saúde conforme a necessidade da população, bem como as

previstas nas prioridades e protocolos da gestão local.

Associadas a estas, outras ações devem ser desenvolvidas, tais como: a busca ativa e

notificação de doenças e agravos de notificação compulsória; reuniões sistemáticas,

organizadas de forma compartilhada, para o planejamento e avaliação das ações; dentre

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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outras. Cabe ressaltar que, a atenção básica deve ser realizada não somente no âmbito das

Unidades Básicas de Saúde, mas também em domicílios, em locais do território, quando as

visitas se tornarem essenciais para o andamento do cuidado (BRASIL, 2011).

3.5 O Município de Nova Iguaçu-RJ e o Programa Estratégia Saúde da Família.

Com o objetivo de ampliar o acesso aos serviços básicos de saúde, a prefeitura da

cidade de Nova Iguaçu-RJ, por meio do Programa “Nova Saúde Iguaçu” vem ampliando sua

rede de atenção básica à saúde através da construção de novos postos de atendimento, além da

reforma e modernização das instalações já existentes.

Do início de 2013 até o final de 2015, o programa Estratégia Saúde da Família do

município foi ampliado, cuja cobertura de 56 Equipes de Atenção Básica passou para 80.

Devido a isso, foram construídas/reformadas mais de 20 postos de saúde que funcionam de

acordo com o programa federal Estratégia Saúde da Família. Atualmente, o município conta

com mais de sessenta unidades básicas de saúde entre UPAs, UBSs e PSFs.

Nessas Unidades Básicas de Saúde e Clínicas da Família, são feitos, através das

Equipes de Atenção Básica, o cadastramento e acompanhamento dos moradores do entorno,

permitindo um diagnóstico da realidade local e a implementação dos programas públicos de

saúde adequados, com vistas à prevenção, manutenção e tratamento dos eventuais e potenciais

riscos e vulnerabilidades da parcela da população sob jurisdição.

De acordo com o Departamento de Atenção Básica (DAB), em Janeiro de 2016, o

município de Nova Iguaçu-RJ possuía aproximadamente 801.746 habitantes, cujo o teto de

Agentes Comunitários de Saúde era de 2.004 profissionais e a estimativa da população

coberta era de 50,27% da população. Em relação às Equipes de Saúde da Família, os

levantamentos feitos pelo Departamento de Atenção Básica revelaram que o teto de era de

401 equipes cobrindo aproximadamente 34,42% da população.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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4. Resultados e discussões

Como mencionado mais acima, apesar de possuírem conceitos diferenciados, a

eficiência, eficácia e efetividade possuem inter-relações que precisam estar em pleno e

constante desenvolvimento e harmonia para que a gestão pública e, em especial a da saúde,

possa de maneira efetiva, justa e igualitária, promover os serviços públicos demandados pela

sociedade.

Para avaliar o nível eficiência, eficácia e efetividade da Estratégia Saúde da Família

no município de Nova Iguaçu, serão analisados os dados divulgados pelo Departamento de

Atenção Básica (Quadro 1) em relação à cobertura dos agentes e equipes de saúde do presente

município e o formulário virtual de questões aplicado aos moradores da cidade acerca do

programa em questão.

AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA

População

Estimativa de

Cobertura

Proporção de

Cobertura

Populacional Estimada

População

Estimativa de

Cobertura

Proporção de

Cobertura

Populacional Estimada

801.746

403.075

50,27 %

801.746

276.000

34,42 %

Quadro 1 - Cobertura dos Agentes e Equipes de Saúde no município de Nova Iguaçu

Fonte: MS/SAS/ DAB e IBGE (2016).

No Quadro 2, encontram-se tabulados os dados exportados do questionário virtual

aplicado a 96 pessoas de ambos os sexos, residentes no município de Nova Iguaçu-RJ, com

acesso à internet e idades entre 16 e 73 anos.

PERGUNTAS DO QUESTIONÁRIO

SIM NÃO

N° % N° %

Possui algum problema crônico de saúde?

16

16,7

80

83,3

Precisa de atendimento médico-hospitalar com frequência?

22

22,9

74

77,1

Quando precisou, foi atendido de maneira satisfatória?

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

14

54 56,8 41 43,2

Sabe diferenciar a necessidade de cuidados primários,

secundários e terciários de saúde?

38

40

57

60

Você conhece o programa Estratégia Saúde da Família?

35

37,2

59

62,8

Possui cadastro no programa Estratégia Saúde da Família?

7

7,5

86

92,5

Recebeu a visita de algum Agente Comunitário de Saúde no

último ano (2015)?

10

10,4

86

89,6

Há no seu bairro, algum posto de atendimento básico à saúde?

65

69,1

29

30,9

Quadro 2 – Formulário de Questões Aplicado a Moradores de Nova Iguaçu-RJ.

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016.

Ao confrontar os dados acima, torna-se imprescindível o questionamento acerca a

efetividade do programa no município, já que a comparação dos dados expostos nos quadros

nos faz perceber discrepâncias significativas, distanciando-se do próprio conceito de

efetividade que, segundo Castro (2006) “afere em que medida os resultados de uma ação

trazem benefícios à população”. No Quadro 1 por exemplo, a estimativa da população

coberta pelos Agentes Comunitários e Equipes de Saúde do programa Estratégia Saúde Da

Família no município de Nova Iguaçu-RJ corresponde cerca de 50% e 34% respectivamente.

No entanto, ao confrontar essa informação com os dados expostos no Quadro 2,

notamos que o impacto social causado pelo programa não possui a expressividade exposta no

Quadro 1, pois, 93 das 96 pessoas que responderam o questionário virtual, 92,5% delas

afirmaram não possuir cadastro no programa ESF e 89,6% afirmam não terem recebido

nenhuma visita por parte dos Agentes ou Equipes Comunitárias de Saúde no último ano

(2015), como evidenciam os gráficos abaixo:

Gráfico 1 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, possuem cadastro no Programa ESF.

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Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016.

Gráfico 2 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, afirmam ter recebido, no ano de 2015, a visita de

algum agente de saúde.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016.

Além disso, apesar de quase 70% das pessoas que responderam ao questionário

afirmarem que existem unidades Básicas de Saúde nos bairros onde moram, 62% delas

afirmam não conhecer o programa Estratégia Saúde da Família, tornando perceptíveis

elevados níveis de eficiência que, de acordo com Drucker (1993) “é empregar a menor

quantidade de recursos possíveis e de forma racional”, porém, demostram níveis moderados

de eficácia da atual gestão em alcançar do município, pois, de acordo com Bio (1996),

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“depende não só do acerto das decisões estratégicas e das ações tomadas no ambiente externo,

mas também do nível de eficiência organizacional”.

Gráfico 3 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, afirmam ter em seu bairro ao menos um posto de

saúde.

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016.

Gráfico 3 – Número de pessoas que, de acordo com a pesquisa, afirmam não conhecer o Programa ESF

Fonte: Dados da pesquisa elaborada pelo autor, 2016..

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5. Conclusão

Em vista do exposto, pode-se concluir que, no período que compreende a atual gestão

(2013 a 2016), o município de Nova Iguaçu tem alcançado níveis satisfatórios de eficiência,

pois vêm aplicando de maneira perceptível os recursos destinados à ampliação, manutenção e

consecução do Programa Estratégia Saúde da Família. O município também têm se mostrado

eficaz, à medida que, para atender cada vez mais e melhor a sua população, vem construindo,

através do Programa “Nova Saúde Iguaçu” novas unidades básicas de saúde, além de

reformar e modernizar as UBS já existentes no município.

No entanto, apesar de serem grandes os esforços da Gestão da Saúde Pública do

município em promover de maneira eficiente e eficaz a atenção básica à saúde a todos os seus

cidadãos, percebe-se que este não te sido o suficiente para garantir a efetividade do programa,

haja vista que, de acordo com os dados obtidos no formulário virtual aplicado a um grupo de

moradores do município, o impacto social causado pelo programa não tem mostrado um

efeito real.

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6. Referências Bibliográficas

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APÊNDICE I

Questionário acerca da efetividade da Estratégia Saúde da Família no Município de

Nova Iguaçu.

1. Possui algum problema crônico de saúde?

Sim

Não

2. Precisa ou procura atendimento médico com frequência?

Sim

Não

3. Quando precisou de atendimento, foi atendido de maneira satisfatória?

Sim

Sim

4. Sabe a diferença entre os níveis primários, secundários e terciários de atenção à saúde?

Sim

Não

5. Você conhece ou já ouviu falar na Estratégia de Saúde da Família?

Sim

Não

6. Já possui cadastro na Estratégia de Saúde da Família?

Sim

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Não

7. Você recebeu a visita de algum agente de saúde no último ano (2015)?

Sim

Não

8. Há no seu bairro, algum posto de atendimento?

Sim

Não