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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
EESSTTRRAATTÉÉGGIIAASS DDAA PPRROODDUUÇÇÃÃOO FFRREENNTTEE ÀÀSS NNOOVVAASS
TTEENNDDÊÊNNCCIIAASS NNAA IINNDDÚÚSSTTRRIIAA DDEE CCOOSSMMÉÉTTIICCOOSS
VIVIAN DE OLIVEIRA VIANA DA SILVA
ORIENTADOR: PROF. MARCO ANTÔNIO LAROSA
Rio de Janeiro, Janeiro de 2004.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
EESSTTRRAATTÉÉGGIIAASS DDAA PPRROODDUUÇÇÃÃOO FFRREENNTTEE ÀÀSS NNOOVVAASS
TTEENNDDÊÊNNCCIIAASS NNAA IINNDDÚÚSSTTRRIIAA DDEE CCOOSSMMÉÉTTIICCOOSS
Trabalho Monográfico apresentado como
requisito parcial para obtenção do Grau de Pós
Graduação em Logística Empresarial.
Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 2004.
Dedico este trabalho, àqueles que não têm medo de
aprender, que encaram o aprendizado como uma
oportunidade de mudança, não temendo assim
enfrentar riscos, sabendo, sobretudo, de onde vieram e
onde pretendem chegar... alcançando assim, seus
objetivos.
Agradeço a DEUS por dar-me a oportunidade de
estar aqui nesse mundo e ter concretizado este
trabalho;
Aos meus amigos que sempre se fizeram
presentes;
E, especialmente a minha família que ensinou-me
que na vida precisamos ter garra e por mais difícil que
seja, nunca desistir de nossos sonhos.
RESUMO
A situação econômica não está muito boa, mas pode-se dizer que a área estética é a
que menos tem sofrido. O Brasil é Meca da beleza, o que fica claro pelos números de
exportação: a indústria de cosméticos brasileira já está presente em mais de 80 países, teve
aumento de 72,9% nas vendas nos últimos cinco anos e espera saldo positivo neste ano.
Preocupadas em atender à esta possível demanda, as indústrias de cosméticos
brasileiras estão buscando otimizar suas produções e estão seguindo as diretrizes
estabelecidas no Regulamento Técnico de sua área. Essas normas vêm sendo aplicadas nos
seus processos, envolvendo desde a aquisição dos insumos, seu processamento, até a
liberação do produto acabado e entrega ao cliente, tendo como objetivo garantir a
qualidade de seus produtos sem afetar sob nenhum aspecto a saúde de seus clientes.
O papel da produção é implantar, apoiar e liderar a estratégia global da companhia,
contribuindo para que a mesma atinja seus objetivos competitivos. À área de produção
destas indústrias é dada maior atenção, pois é onde são processados e produzidos os
produtos, para serem comercializados aos clientes. Esta área atua de forma integrada com
as demais áreas da empresa considerando vários aspectos, tais como:
X Tendência de Mercado;
X Regulamentação do Setor;
X Planejamento da Produção;
X Qualidade;
X Preocupação com a saúde dos clientes.
A estratégia atual da produção é: conciliar seus objetivos de desempenho com as
exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, órgão regulador, com
o intuito de promover entre outras coisas, a proteção da saúde dos clientes, produzindo
produtos de qualidade, a baixo custo disponibilizando-os no momento certo, de maneia que
estes atendam as expectativas e exigências do mercado.
Ter conhecimento de todos os processos que envolvem a produção, conscientizar e
motivar os funcionários sobre a importância de seguir o roteiro de fabricação sugerido pelo
Regulamento Técnico do setor e aplicar esses conhecimentos nas áreas pertinentes, garante
diferencial competitivo na área de produção e possibilita a conquista de novos mercados
para empresa.
SUMÁRIO INTRODUÇÃO …………………………………………………...…........... 9
CAPÍTULO I – INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS: CARACTERÍSTICAS DO
SETOR .................................................................….........……………............. 11
1.1. Sistema de Regulamentação do Setor de Cosméticos .................................. 12
1.2. Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle / Portaria 348 ............... 13
1.3. Características do Mercado de Cosméticos Brasileiro ……......................... 14
1.4. Logística na Área de Cosméticos ………………......................................… 15
1.5. Perspectivas do Setor …………………………………………………...…. 15
CAPÍTULO II – ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO .......………………........ 17
2.1. Objetivos de Desempenho da Produção .................................................…... 18
2.1.1. Qualidade …………………………................................................ 19
2.1.2. Rapidez ……………………………................................................ 20
2.1.3. Confiabilidade ……………………................................................. 20
2.1.4. Flexibilidade …………………………............................................ 20
2.1.5. Custo……….………………………................................................ 20
2.2. Modelo de Transformação de Recursos ………………................................. 22
CAPÍTULO III – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO.... 24
3.1. Objetivos do Planejamento e Controle da Produção ……………………..... 25
3.2. Adequação da Capacidade …………………………………………………. 26
3.3. Planejamento e Controle de Longo, Médio e Curto Prazo ............................. 26
3.4 Natureza da Demanda e do Fornecimento ………………………………..… 28
3.4.1. Incerteza no Fornecimento ………………………………………… 28
3.4.2. Incerteza na Demanda ………………………………….................... 28
3.5. Programação …………………………………….……………...................... 29
3.6. Acompanhamento dos Estoques ……………….……………........................ 30
CAPÍTULO IV – UMA ABORDAGEM SOBRE QUALIDADE ................... 31
4.1. O Planejamento da Qualidade .................................…………....................... 33
4.2. Gerenciamento da Qualidade .................................…………........................ 34
4.3. Qualidade de Processo ..........................................…………........................ 34
4.4. Abordagem por Processos ..........................................…………........... ....... 35
4.5. Melhoria Contínua .....................................................…………........... ....... 36
4.6. Gerenciamento de Processos pelo Ciclo PDCA..........…………........... ....... 37
4.7. Técnicas de Melhoramento .........................................…………........... ....... 38
4.7.1. Análise Entrada-Saída .......………………………………………… 39
4.7.2. Diagrama de Pareto …………………………………....................... 39
CAPÍTULO V – QUALIDADE E O REGULAMENTO TÉCNICO PARA
INDÚSTRIAS DE COSMÉTICOS ..................................................................... 41
5.1. Conformidade à Especificação .................................…………....................... 42
5.2. Controle de Qualidade ..............................................…………....................... 42
5.3. Documentação ..........................................................…………....................... 45
5.4 Garantia da Qualidade .................................................................................... 45
5.5. Rastreabilidade dos Produtos ....................................…………....................... 46
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 48 ANEXO I ............................................................................................................... 50 ANEXO II ............................................................................................................. 51 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 52
INTRODUÇÃO As elevadas taxas de crescimento do setor de higiene e limpeza nos últimos anos
têm feito com que empresas nacionais, desse segmento, tenham uma maior preocupação
com a inovação de suas linhas de produtos e otimização dos processos envolvidos para se
tornarem competitivas frente à onda de novos investidores nacionais e internacionais.
O cenário atual é outro. Produtos cosméticos deixaram de ser classificados como bens
de luxo e passaram a ser considerados bens necessários para o bom funcionamento da
saúde. Nesse novo cenário houve mudança de comportamento de ambos os lados. De um
lado houve o aumento da demanda, determinando uma tendência de crescimento do
consumo e por outro lado, as indústrias dessa área têm dado uma maior atenção às suas
áreas de produção, organização e distribuição de produtos, de maneira que estas áreas não
comprometam a eficácia de seus produtos ou causem danos à saúde de seus clientes.
Uma análise da evolução da produção de cosméticos, realizada a partir de dados
apresentados pela ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos, mostra que a indústria cosmética vem crescendo de forma
acelerada nos últimos anos. A competitividade acirrada nesse setor, decorrente da
globalização da economia e do maior grau de exigência dos consumidores, fez crescer nas
indústrias de cosméticos a busca por melhores desempenhos, através da melhoria de seus
sistemas produtivos e gerenciais.
Uma das formas de atender às expectativas dos consumidores e melhorar os
sistemas produtivos, garantindo assim a competitividade, é reconhecer a produção como
peça chave no apoio à estratégia empresarial. A função de produção na organização
representa a reunião de recursos destinados à produção de bens e serviços, razão de ser das
organizações.
Diante deste cenário, este trabalho dará enfoque à Estratégia da Produção em
Indústrias de Cosméticos, com o propósito de fornecer conceitos claros, bem estruturados e
atuais sobre os fluxos produtivos na área, às exigências legais e à preocupação com a
saúde, bem estar e principalmente satisfação dos seus clientes, mostrando que este
segmento é viável para quem trabalha com ética e competência, garantindo assim,
vantagem competitiva e diferencial sobre os demais.
CAPÍTULO I
INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS: CARACTERÍSTICAS DO SETOR
A Indústria de higiene e limpeza apresenta uma variedade muito grande de
produtos, o que torna os processos de produção muito diferentes, com empresas de
diversos portes e sistemas de produção muito diversificados. Estes produtos deixaram de
ser classificados como supérfluos e hoje são vistos como bens necessários à saúde e bem
estar da população.
As empresas nacionais nesse segmento têm se dedicado à pesquisa para o
lançamento de novos produtos que atendam às necessidades estéticas e de saúde dos seus
clientes, seguindo roteiros em seus processos de fabricação que são impostos por órgãos
fiscalizadores do governo.
1.1. . Sistema de Regulamentação do Setor
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA - criada pela Lei nº 9.782,
de 26 de janeiro de 1999, é uma autarquia sob regime especial, ou seja, uma agência
reguladora caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes
durante o período de mandato e autonomia financeira. A gestão da ANVISA é
responsabilidade de uma Diretoria Colegiada, composta por cinco membros. Na estrutura
da Administração Pública Federal, a Agência está vinculada ao Ministério da Saúde, sendo
que este relacionamento é regulado por Contrato de Gestão.
A finalidade institucional da Agência é promover a proteção da saúde da população
por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e
serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos
insumos e das tecnologias a eles relacionados. Além disso, a Agência exerce o controle de
portos, aeroportos e fronteiras e a interlocução junto ao Ministério das Relações Exteriores
e instituições estrangeiras para tratar de assuntos internacionais na área de vigilância
sanitária.
A ANVISA determina a todos os estabelecimentos fabricantes de Produtos de
Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, o cumprimento de Diretrizes estabelecidas no
Regulamento Técnico através do Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF
e C), estando autorizada a interditar, como medida de vigilância sanitária, os locais de
fabricação, controle, importação, armazenamento, distribuição e venda de produtos e de
prestação de serviços relativos à saúde, em caso de violação da legislação pertinente ou de
risco iminente à saúde.
Sendo assim, as indústrias de cosméticos vêm se adaptando a essa nova realidade
fazendo modificações necessárias em todos os processos envolvidos na fabricação de seus
produtos, com o intuito de cumprir as Diretrizes estabelecidas e contribuir para elevação
dos padrões técnicos, de modo que a produção dos mesmos seja dada de maneira segura
não influenciando na qualidade.
A ANVISA propõe à essas empresas uma metodologia a ser seguida através de uma
série de roteiros para as diferentes etapas do processo de fabricação onde são descritas as
atividades que guiam à garantia da qualidade.
1.2. . Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle
Portaria 348/97
Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle é um guia para a fabricação de
Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes que tem o objetivo de organizar e
direcionar a produção destes produtos de forma segura, de modo que fatores externos que
possam influenciar na qualidade dos produtos estejam sob controle, garantindo assim a
qualidade dos mesmos.
O atendimento desta norma garante às empresas de Produtos de Higiene Pessoal,
Cosméticos e Perfumes o Certificado de Boas Práticas de Fabricação para Cosméticos,
Produtos de Higiene Pessoal e Perfumes conforme ANEXO I, garantido por lei através da
Resolução RE nº 1450 de 11 de setembro de 2001.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, através da Gerência Geral
de Inspeção e Controle de Medicamentos e Produtos - GGIMP emitirá este Certificado de
Boas Práticas de Fabricação para Cosméticos, Produtos de Higiene Pessoal e Perfumes,
quando solicitado pela empresa através do e Modelo de Formulário de Petição conforme
ANEXO II .
A concessão deste Certificado, dependerá de comprovação pela Autoridade Sanitária
competente através de inspeção sanitária, observado o cumprimento das Boas Práticas de
Fabricação previsto na Portaria SVS/MS nº 348/97, pela empresa solicitante, tendo
validade de um ano a partir da data de expedição e publicação em Diário Oficial da União
podendo ser cancelado quando ficar comprovada irregularidade que configure infração
sanitária praticada pelo estabelecimento.
Por esta razão as empresas têm se moldado às exigências da norma, reavaliando seus
processos industriais e fluxos de informações, trazendo para realidade de suas fábricas o
cumprimento dessas diretrizes, garantindo assim sua autorização de funcionamento e sua
competitividade no setor.
1.3. . Características do Mercado de Cosméticos Brasileiro
No mercado de cosméticos os clientes são bastante sensíveis em relação ao
atendimento de suas necessidades, sejam em função das mercadorias estarem na hora
desejada no local certo, seja pelo atendimento às suas expectativas. A criação de novas
empresas nesse segmento é freqüente. Essas iniciativas, no entanto, tem seu ponto crítico
no momento de expandir as vendas dos grupos iniciais para o grande público, esbarrando
na dificuldade em aumentar sua capacidade produtiva e de estabelecer canais de
distribuição.
O mercado consumidor de brasileiro nessa área tem crescido a taxas elevadas o que
configura como um dos maiores mercados consumidores mundiais. A industria de higiene
e limpeza apresenta uma variedade muito grande de produtos, o que torna os processos de
produção muito diferentes, existindo empresas de diversos portes e sistemas de produção
muito diversificados. Atender a este mercado, inclui atender às necessidades dos clientes e
às normas vigentes no país. Conseguir conciliar garante a sobrevivência no mercado.
1.4. . Logística na área de Cosméticos
A Logística tem ocupado um espaço cada vez mais crescente entre o Marketing e a
produção nas empresas modernas, podendo interferir no planejamento e controle da
produção, disponibilizando produtos no momento certo para serem expedidos ao mercado.
Devido às mudanças recentes ocorridas neste mercado, pressionadas pela
globalização, a logística tem sido vista com outros olhos. De acordo com Fleury, P. F., a
logística deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta gerencial,
capaz de agregar valor por meio dos serviços prestados. E isso se aplica às industrias de
cosméticos.
Atualmente, a dinamicidade do mercado de cosméticos e o cada vez maior grau de
exigência dos clientes, têm provocado uma diminuição dos ciclos de vida dos produtos,
exigindo respostas mais eficazes da gestão de materiais, da produção e da distribuição
física, ou seja, da logística como um todo.
A redução do tempo entre a colocação de um pedido de compra pelo cliente e a
entrega dos produtos requisitados, que se define por tempo de ciclo do pedido, constitui
fator crítico de disputa entre cadeias de suprimento em empresas desse setor.
Atualmente os clientes têm se mostrado cada vez mais sensíveis em relação ao
tempo, reconhecendo e valorizando aquelas cadeias que conseguem atendê-los com maior
eficácia. Cadeias de suprimento que possuem e conseguem sustentar baixos tempos de
ciclo de pedido, possuem vantagens competitivas sobre as demais.
1.5. . Perspectivas do Setor
O setor de higiene e limpeza é um segmento com excelentes perspectivas. Alguns
fatores suportam esse cenário:
X O envelhecimento da população – o que aumenta a demanda por produtos que
retardem o aparecimento de rugas, bom como sua eliminação, mesmo que
temporariamente;
X A crescente participação do segmento masculino nesse mercado;
X Participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho;
X Aumento da produtividade da Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos, tornando seus produtos mais competitivos.
Baseado nessas informações é que diversas empresas vêm aumentando o número de
lançamento de seus produtos, e por conseqüência, sua capacidade produtiva, estando
atentas à qualidade de seus produtos e satisfação de seus clientes, buscando sua fidelização
e também a conquistar de novos.
CAPÍTULO II
ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO
Seguindo a regulamentação da ANVISA para indústrias de cosméticos através da
portaria 348, em cada etapa da produção devem ser concebidas e seguidas, medidas no
sentido de garantir a segurança do uso do produto, de modo que os mesmos não venham
afetar à saúde dos clientes.
A produção nestas indústrias funciona de forma integrada com as áreas de vendas e
expedição de produtos. A otimização da capacidade produtiva está diretamente ligada à
prioridade de produção dada para o atendimento dos pedidos. Em cada etapa da produção
segue-se medidas que ajudam a garantir a segurança no uso do produto, de maneira que a
sua eficácia seja garantida e o atendimento às normas seja cumprido.
A preocupação com a produção envolve tanto o processo produtivo, quanto o
pessoal envolvido. A disposição das máquinas e dos equipamentos deve garantir que a
movimentação de materiais e pessoas não constitua um risco para a qualidade dos
produtos.
Todas as organizações que desejam ser bem sucedidas a curto, médio e longo
prazo, consideram a contribuição da produção como fundamental. Essa contribuição dá à
empresa vantagem competitiva baseada na produção. Na indústria de cosméticos não é
diferente. As pessoas envolvidas no processo produtivo são conscientes da estratégia da
sua produção, buscando assim, o alcance dos objetivos de desempenho da mesma.
2.1. Objetivos de Desempenho da produção
Para obter vantagem competitiva baseada na produção, é necessário que as pessoas
envolvidas no processo produtivo conheçam os objetivos de desempenho do setor. Os
objetivos de desempenho buscados pela produção são: qualidade, rapidez, confiabilidade,
flexibilidade e custo. E na indústria de cosméticos não podia ser diferente. O alcance
desses objetivos de desempenho visa duas coisas, a satisfação dos clientes e a
conseqüência lucratividade da empresa.
Figura 2.1 Relação entre a produção e o alcance dos “objetivos de desempenho”.
2.1.1 Qualidade
Qualidade consiste em fazer certo as coisas e varia de acordo com o tipo de
operação. Por exemplo, na indústria de cosméticos, qualidade significa assegurar que o
produto seja produzido de acordo com as especificações técnicas, seguindo o Manual de
Boas Práticas de Fabricação e Controle, de maneira a assegurar a eficácia do produto.
A qualidade contribui para a redução dos custos, visto que quanto menos erros têm
em cada atividade dentro do processo, menor será o tempo necessário para a correção e,
consequentemente, menos gastos com retrabalho ou reprocessamento. A qualidade envolve
a eficiência dos setores internos e a satisfação dos clientes.
2.1.2 Rapidez
Produzir certo
Produzir com rapidez
Produzir no prazo previsto
Alterar se necessário
Produzir mais barato
Qualidade
Rapidez
Confiabilidade
Flexibilidade
Custo
Garante
SAT
ISF
AÇ
ÃO
DO
CL
IEN
TE
LU
CR
O P
AR
A E
MP
RE
SA
Rapidez significa quanto tempo os consumidores precisam esperar para receber
seus produtos ou serviços. Como visto, a concorrência na área de cosméticos é acirrada.
Quanto maior a capacidade das indústrias em disponibilizar seus produtos aos clientes,
dentro das especificações, maior sua chance do cliente adquirir seus produtos e se tornar
fiel a eles.
2.1.3 Confiabilidade
Confiabilidade significa produzir em tempo para os clientes receberem seus bens ou
serviços quando foram prometidos.
2.1.4 Flexibilidade
Flexibilidade significa ser capaz de mudar a operação de alguma forma, seja alterar
o que a operação faz, ou como, onde e quando faz.
A alteração por exemplo, da fórmula de um produto deve ser feita sem que isto
afete a qualidade do produto final. Mudanças no processo industrial, também devem ser
feitas, quando necessário, sem que a qualidade seja afetada.
2.1.5 Custo
Para empresas que concorrem diretamente em preço, o custo será o principal
objetivo de produção. Quanto menor for o custo na produção dos produtos, menor será o
preço oferecido aos clientes. Cada centavo retirado dos custos de produção é acrescido ao
lucro.
Deve-se levar em consideração que o custo é afetado por outros objetivos de
desempenho. Por exemplo, operações de alta qualidade não desperdiçam tempo, esforços
de retrabalho ou recolhimento dos produtos com problemas no mercado, contribuindo
assim para a redução dos custos.
Todos esses objetivos de desempenho da produção têm efeitos externos e internos.
Como efeito externo tem-se a satisfação dos clientes e sua fidelização. Como efeitos
internos tem a redução dos custos e conseqüente aumento dos lucros quando se atinge a
alta qualidade dos produtos, rapidez, confiabilidade e flexibilidade na produção.
Figura 2.2 Efeitos internos e externos dos objetivos de desempenho. Fonte: Livro
Administração da Produção
Custo
Efeitos internos dos cinco objetivos de desempenho
Alta produtividade
Produção rápida
Operação confiável
Processos isentos de erro
Habilidade para mudar
Confiabilidade
FlexibilidaQualidade
Rapide
Tempo de entrega reduzido
Preço baixo, margem alta para
Entrega Confiável
Produtos dentro da especificação
Ajustamento de volume, entrega,
variação dos
Efeitos externos dos cinco objetivos de
2.2. Modelo de Transformação de Recursos
A função de produção de uma organização é responsável por produzir seus
produtos ou serviços.
Qualquer operação que produz bens ou serviços, ou um misto dos dois, faz isso por
um processo de transformação. Transformar é utilizar recursos (entradas) para mudar o
estado ou condição de algo e produzir saídas.
Figura 2.3 A transformação dos recursos.
Qualquer atividade de produção pode ser vista conforme esse modelo entrada-
transformação-saída. O mesmo ocorre na produção de cosméticos, as entradas seriam os
insumos que são processados (transformação) resultando no produto final.
Entradas
• Matéria-prima
• Mão-de-obra
• Capital
• Tecnologia
Saídas
• Produto Acabado
•Matéria-prima
transformada
•Mão-de-obra
modificada
•Capital agregado
•Procedimentos
modificados
Processo de
Transformação
Controle Real x Desejado
Transformação
Segundo o Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle, as indústrias
cosméticas devem tomar algumas precauções nas suas áreas de produção, evitando assim,
o risco de contaminações, trocas de materiais, alterações indevidas na formulação dos seus
produtos, procedimentos inadequados do pessoal envolvido.
As instruções relativas ao processo de fabricação devem estar descritas e
disponíveis nas devidas áreas, evitando assim diferenças no procedimento dos
funcionários. Os processos realizados para a fabricação dos produtos devem ser
verificados, como falado, documentados e validados antes de colocados em prática pela
produção.
É essencial a existência de uma única fórmula, para assegurar o padrão do produto.
A forma como os profissionais envolvidos devem proceder, consta no procedimento
operacional padrão, documento que descreve na ordem todas as atividades necessárias
para produção do produto.
Há dois tipos de recursos de transformação fundamentais em todas as operações: as
instalações e os funcionários.
X Instalações – São prédios, máquinas e equipamentos, terrenos, tecnologia do
processo de produção.
X Funcionários – São os que operam, mantêm, planejam e administram a
produção.
Tanto as instalações quanto o pessoal envolvido na fabricação precisam estar de
acordo com as exigências da ANVISA, cumprindo as normas que constam no Manual de
Boas Práticas de Fabricação e Controle.
CAPÍTULO III
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Quem não planeja, programa e controla o que produz, provavelmente terá
dificuldade de alcançar os índices de produtividade e qualidade que o mercado exige. Para
que isso não ocorra, o empresário deve buscar gerenciar sua empresa de maneira mais
objetiva, dinâmica e eficaz.
A garantia de bons resultados está ligada ao bom planejamento, programação e
controle de todo o processo de produção. Desse modo, torna-se possível atuar corretamente
quando ocorrerem desvios, falhas do processo, ou agir em metas traçadas para a melhoria
dos produtos.
3.1. Objetivos do Planejamento e Controle da Produção
O Planejamento e Controle da Produção (PCP), tem por objetivo garantir que a
produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços de acordo com o especificado.
Ele faz com que os recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, momento e
nível de qualidade adequado, definindo o que será produzido, como, por quem e com quais
recursos, para que o atendimento do pedido seja feito em tempo hábil.
O objetivo global do PCP não envolve somente o planejamento, mas também a
programação (definição de quando fazer) e o controle do que foi estabelecido, não
deixando que o objetivo final seja desviado do plano, ou ainda, decidindo sobre quaisquer
mudanças que possam ocorrer, acaso defeitos ou falhas do planejado passem a atuar no
sistema
Em suma, o PCP tem como função a organização, padronização e sistematização do
processo, levando a empresa a produzir com mais perfeição, segurança, rapidez, facilidade,
correção e menor custo, conciliando a demanda por produtos e o fornecimento dos
insumos necessários à produção dos mesmos.
3.2. Adequação da Capacidade Produtiva
Capacidade tem o significado da quantidade máxima de execução de uma
atividade, em determinada operação normal e em um dado tempo. O ajuste da capacidade
pode ser feito variando-se a quantidade de horas efetivamente trabalhadas pelo pessoal da
produção, de acordo com a demanda.
Muitas organizações operam abaixo de sua capacidade máxima de processamento,
seja porque a demanda é insuficiente para preencher completamente sua capacidade, seja
por política da empresa. O planejamento e controle de capacidade é a tarefa de determinar
a capacidade efetiva da operação produtiva, permitindo assim, que ela possa responder à
demanda.
Ao receber um pedido de produção, o PCP aloca os recursos necessários a essa
produção, sejam eles recursos materiais e recursos de pessoal, verificando que máquinas
serão responsáveis pela fabricação e em que prazos serão entregues ao cliente.
3.3. Planejamento e Controle de Longo, Médio e Curto Prazo
No longo prazo, os gerentes de produção criam planos relativos ao que eles
pretendem fazer, que recursos eles precisam e quais objetivos eles esperam atingir. A
ênfase está mais no planejamento que no controle, porque existe pouco a ser controlado.
No planejamento e controle de médio prazo, existe maior preocupação em planejar
com mais detalhes, por outro lado no planejamento e controle a curto prazo, muitos dos
recursos terão sido definidos e será difícil fazer mudanças de grande escala nos recursos.
Importância do planejamento ou controle
Mes
es/a
nos
Planejamento e controle de
Figura 3.1 Equilíbrio entre atividades de planejamento e controle muda no longo, médio e
curto prazo. Fonte: Livro Administração da Produção.
Atualmente, as empresas de cosméticos em função das diversas mudanças
tecnológicas e inserção de novos produtos no mercado, tem programado suas produções a
curto prazo. O mercado atual, não permite mais que previsões a longo prazo sejam
cumpridas em sua totalidade, acarretando assim em perda de tempo e retrabalho para o
levantamento dos custos, alocação das máquinas, de pessoal, etc.
3.4. Natureza da Demanda e do Fornecimento
A natureza das decisões tomadas para planejar e controlar operações produtivas
dependerão tanto da natureza da demanda pelos produtos, como da natureza do
fornecimento dos insumos para essa operação.
Ter o conhecimento do que deverá ser produzido e possuir os insumos necessários à
fabricação é função do planejamento e controle da produção. Mas nem sempre é possível
prever o que será requisitado pelos clientes, o que não garante que a empresa tenha os
insumos necessários estocados.
3.4.1. Incerteza no fornecimento
Algumas operações são razoavelmente previsíveis e correm conforme o plano.
Nessas situações, a necessidade de controle é mínima, por exemplo, quando os clientes,
neste caso os atacadistas, colocam um pedido com antecedência à área de vendas. Nessa
situação é possível programar a produção de acordo com os estoques mantidos pela
empresa e reabastecer os mesmos.
De maneira oposta, podem ocorrer problemas no abastecimento para a produção de
determinado pedido, e neste momento os programadores de produção precisam refazer seu
planejamento de forma a não atrasar à entrega do pedido ao cliente.
3.4.2. Incerteza de demanda
Da mesma forma, pode haver incerteza na demanda. Neste caso, a política de
produção deve ser criada pelos administradores da empresa, onde é decidido se produz
para estoque, onde os produtos aguardam no almoxarifado até a entrada de um pedido e
liberação dos estoques, ou se aguardam e produzem contra pedidos já colocados na
empresa.
No caso de optarem por produzir para estoque, as indústrias de cosméticos seguem
também normas do manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle. Neste caso é
necessário que o produto acabado, seja guardado em condições apropriadas à sua natureza,
de forma a garantir uma identificação eficiente do lote, como também uma correta
movimentação.
3.5. Programação
Baseado nas informações da área de vendas a respeito de que produtos serão
produzidos e em que quantidades, a área de PCP faz levantamento dos materiais e recursos
necessários para atender o pedido. A programação é feita com base na capacidade das
máquinas, como visto, e sua disponibilidade.
A programação da produção possui ferramentas para auxiliar no controle dos
processos. O mais comumente usado é o gráfico de Gantt (inventado por H. L. Gantt em
1917), que mostra o andamento da produção.
TRABALHO
SEGUNDA
2
TERÇA
3
QUARTA
4
QUINTA
5
SEXTA
6
SEGUNDA
9
FRASCOS
TAMPAS
ENVASE
Figura 3.1 Gráfico de Gantt para andamento de trabalho (produção de desodorante)
A programação define quando as atividades serão iniciadas e terminadas, fazendo
os devidos ajustes sempre que necessário. Ela pode ser classificada como programação
Tempo programada da atividade Andamento real Agora
empurrada, onde as decisões de planejamento são emitidas para centros de trabalho que
produzem suas peças e enviam para a estação de trabalho seguinte, e programação puxada,
onde as requisições de produção partem da estação de trabalho consumidora (consumidor
interno).
Garantir que a operação corra eficazmente e produza os produtos como se deve
produzir é o propósito do planejamento e um dos principais objetivos das empresas.
3.6. Acompanhamento dos Estoques
Apesar do processo de melhoria operacional pelo qual tem passado as empresas de
classe mundial com reduções significativas nos custos de estoque, estes ainda continuam a
ser considerados críticos em muitas destas organizações. Os gerentes de logística e de
produção constantemente se deparam com a necessidade de reduzir estoques, sem
prejudicar o nível de serviço.
Por um lado os estoques são custosos, e algumas vezes empatam considerável
quantidade de capital, sendo ainda arriscado mantê-los por muito tempo, pois podem
deteriorar, além de ocupar espaço. Por outro lado, proporcionam alguma segurança em um
ambiente complexo e incerto. Dessa forma as empresas mantém itens em estoque, para o
caso de consumidores ou programas de produção os demandarem, sendo uma garantia
contra o inesperado.
Quando um cliente adquire produtos de outro fornecedor por não encontrar itens
em estoque, o valor dos estoques é inquestionável, por outro lado, se os materiais ficam
muito tempo no estoque representam custos. Este é o dilema do gerenciamento de estoque.
Apesar dos custos e de outras desvantagens associados à sua manutenção, eles facilitam a
acomodação entre fornecimento e demanda.
CAPÍTULO IV
UMA ABORDAGEM SOBRE QUALIDADE
A qualidade tem se tornado um dos principais pontos de competição dos últimos
anos. A acirrada competição e a busca pela sobrevivência em mercados cada vez mais
globalizados têm tornado a melhoria da qualidade uma necessidade evidente. Apesar dos
esforços dedicados à melhoria da qualidade, através da implementação de programas,
técnicas e instrumentos, o progresso vem sendo lento.
A alta administração das empresas está a associando qualidade à lucratividade,
incluindo esta questão no planejamento estratégico e definindo-a sob a ótica do cliente.
Nos casos mais radicais de todos os avanços, “insistem em que a qualidade seja vista como
uma arma agressiva de concorrência”, visto que muitos programas implementados têm se
restringido, exclusivamente, no âmbito interno das fábricas, não possuindo vínculos fortes
com a estratégia de concorrência.
Hoje os consumidores são mais sensíveis às diferenças de qualidade e
provavelmente capazes de estabelecerem suas opções de compra em função disto.
Pesquisas mostraram que empresas com produtos de qualidade superior tinham maior
retorno sobre o investimento, independente da participação no mercado, e também que
ganhos de qualidade estavam associados a aumentos da participação no mercado. Até aqui,
o foco está associado à diferenciação.
Visto pelo lado da produção, sabe-se que muitos gerentes conhecem os custos da
qualidade, mas só há pouco tempo atentaram para a relação entre a qualidade e
produtividade. Um processo de fabricação sem defeitos é muito mais eficiente e
produtivo, que outro que seja sempre interrompido para retrabalhos e reparos. A utilização
de máquinas será maior, os estoques de segurança menores e a mão de obra mais
produtiva. Portanto, tanto do lado do mercado quanto do lado dos custos, a qualidade é
uma arma essencial e poderosa.
4.1. O Planejamento da Qualidade
A preocupação das empresas com o melhoramento e inovação de seus processos,
produtos e serviços tem o intuito de manterem-se competitivas, tanto no mercado interno
como no mundial, através da elaboração de planos concretos de qualidade juntamente com
as etapas de planejamento.
Planejamento da Qualidade é a atividade de desenvolver produtos e processos
necessários para atender às necessidades dos clientes, com o propósito de auxiliar as
empresas a detectar e evitar a deficiência de seus produtos e processos, e fornecer aos
meios de produção a capacidade de fazer produtos que atendam às especificações.
O planejamento da qualidade é aplicado aos produtos em geral, tanto bens como
serviços; a todos os níveis na hierarquia, desde o mais alto executivo ao trabalhador braçal;
a todas as funções; a todas as indústrias, de serviços e de fabricação, públicas e
particulares.
Os fatores que contribuem para o sucesso da implementação do planejamento da
qualidade na empresa e que merecem destaque são: forte foco no cliente, definição e
desdobramento para todos os funcionários da visão, missão, metas e valores; melhoria de
todos os processos de negócios; e comprometimento e participação do presidente da
empresa.
O Sistema para Garantia da Qualidade estabelece, pratica e mantém, um Sistema da
Qualidade que se adapta às atividades e natureza dos produtos que uma empresa possui.
Em nível de produção consiste de um sistema completo que inclui: estrutura
organizacional, responsabilidades, recursos disponíveis, procedimentos e processos.
4.2. Gerenciamento da Qualidade
O gerenciamento da qualidade é um conjunto de atividades cujo objetivo é
assegurar que os produtos da organização tenham qualidade. Para as empresas, produzir
com qualidade significa:
X Produzir com qualidade é mais barato devido à eliminação dos desperdícios;
X Produtos de qualidade proporcionam maior margem de lucro, pois podem ser
vendidos a bom preço;
X Produtos de qualidade conquistam a fidelidade dos clientes;
X A qualidade permite que a empresa se destaque em relação aos concorrentes;
X A qualidade não acarreta nenhum prejuízo.
Gerenciar a qualidade significa:
X Planejar: conhecer bem os clientes e os requisitos de qualidade dos produtos e
escolher a maneira adequada de atingi-la com regularidade;
X Organizar: dividir o trabalho de modo adequado, estabelecendo regras (ou
procedimentos) e responsabilidades claras;
X Dirigir: cuidar para que as pessoas saibam o que precisa ser feito e tenham
competências, habilidade e disposição (ou motivação) para isso;
X Controlar: verificar se a qualidade planejada está sendo atingida e tomar as
medidas necessárias para corrigir.
4.3. Qualidade de Processo
Quando as fábricas começaram a inspecionar rigorosamente a qualidade dos
produtos, acumularam grandes quantidades de produtos defeituosos que precisavam ser
consertados ou até mesmo descartados. Isso acarretava grandes custos. Às vezes as
fábricas não conseguiam entregar produtos em tempo aos seus clientes porque problemas
na produção causavam perda dos lotes destinados a eles.
Ficou evidente que não basta inspecionar a qualidade, o fundamental é produzir
com qualidade. As empresas começaram a estudar então as condições que os processos de
produção deveriam atender para manter a qualidade uniforme, eliminando a produção de
lotes defeituosos e, conseqüentemente, os desperdícios.
4.4. Abordagem por Processos
Os objetivos das empresas tornam-se realidade com resultados de processos, isto é,
conjuntos de atividades coordenadas, com propósitos bem definidos. A empresa precisa
reconhecer os processos essenciais para seu sucesso e investir em melhorar seu
desempenho, até atingir o nível de excelência, isto é, o melhor possível. Dessa maneira ela
pode destacar-se entre seus concorrentes e conquistar os clientes pela qualidade, preço e
prazo de entrega.
Processo é um conjunto de atividades que transformam insumos, provenientes de
fornecedores, em saídas ou produtos que possuem valor agregado para os clientes aos
quais se destinam.
Entradas Saídas
Fornecedores
Clientes
Atividades
Figura 4.1: Elementos de um processo
Deve-se notar que:
X O produto tem valor na medida em que satisfaz necessidades dos clientes;
X O processo é eficaz quando produz saídas adequadas em quantidade, qualidade e
prazo;
X O processo é capaz quando produz com qualidade regular, sem falhas nem
desperdícios;
X O processo é eficiente quando seu consumo de recursos (entradas) é reduzido;
X O desempenho do processo depende do uso de insumos (entradas) de qualidade
adequada;
X Insumos de qualidade regular dependem de fornecedores qualificados.
4.5. Melhoria Contínua
A melhoria contínua deve ser um objetivo permanente da organização. As empresas
precisam melhorar continuamente seus produtos e processos de trabalho porque:
X Nada é perfeito, tudo pode ser melhorado;
X Os clientes tornam-se cada vez mais exigentes;
X Os concorrentes estão sempre evoluindo.
A principal ferramenta para melhoria contínua dos produtos e processos é o ciclo
PDCA, que significa Planejar, Executar, Verificar e Atuar (em inglês, “Plan, Do, Check,
Act”).
P Planejar
D Executar
C Verificar
A Atuar
Figura 4.2: Ciclo PDCA da melhoria Contínua
4.6. Gerenciamento de Processos pelo Ciclo PDCA
O ciclo da qualidade ou ciclo PDCA (Em inglês: “Plan, Do, Check, Act”; ou seja:
planejar, executar, verificar, atuar) é um instrumento básico de controle gerencial, e
constitui o fundamento da gestão da qualidade total. Este ciclo combina ação e
aprendizagem, exigindo agir de acordo com o pensamento e pensar de acordo com as
ações. Assim, ele leva a uma melhoria contínua dos padrões de desempenho.
Resumidamente, o ciclo PDCA consta de quatro etapas:
X P (Plan): elaborar um plano. Neste ponto as empresas definem os objetivos a
serem alcançados e determinam as condições e métodos necessários para
conseguí-los;
X D (Do): executar o plano. Nesta etapa as empresas criam condições e
proporcionam os treinamentos e ensinamentos necessários para executar o
plano;
X C (Check): verificar os resultados. Fazer as verificações necessárias para
determinar se o trabalho está progredindo de acordo com o plano e se os
resultados esperados estão sendo obtidos;
X A (Act): atuar corretivamente. Se as verificações mostrarem que o trabalho
não está sendo feito de acordo com os planos e padrões ou que os resultados
desejados não estão sendo obtidos, as empresas devem determinar as medidas
necessárias para as correções apropriadas. Estando atentas a prevenção de
novas falhas, não se limitando apenas a corrigir as que já ocorreram.
O ciclo da qualidade pode ser visto como uma espiral, com o desempenho do
processo melhorando continuamente enquanto se rodam as quatro etapas do PDCA.
P
A
A
A
C
C
C
C
D
D
D
D
P
P
P
P
DCA
A
Melhoria daqualidade eprodutividade
Figura 4.3 - Espiral de melhoria da qualidade e produtividade
A qualidade é vista como um objetivo de desempenho particularmente importante
nas operações produtivas porque afeta diretamente consumidores internos e externos,
contribuindo tanto para a redução dos custos quanto para o aumento das receitas.
4.7. Técnicas de Melhoramento
Existem várias técnicas vistas como técnicas de melhoramento que buscam
melhorar o desempenho das operações. As empresas optam pelas mais próximas aos seus
moldes de produção e controle, para que venham contribuir para o alcance de melhores
resultados de desempenho.
4.7.1. Análise entrada-saída
Para entender qualquer oportunidade para melhoramento é preciso entender o
contexto em que a operação entrada-processo-saída está envolvida. Para tal, é necessário:
X Identificar as entradas e saídas do processo – Todas as entradas do processo são
listadas. Por exemplo: informações e materiais necessários ao processo, pessoas
envolvidas, instalações e equipamentos utilizados.
X Identificar as fontes de entradas e as destinações das saídas – Lista de todas as
saídas do processo. Por exemplo: produtos e bens tangíveis, informação fornecida.
Conhecer bem o processo de fabricação é a base para que o sistema flua. O
levantamento desses dados ajuda na identificação de todos os envolvidos, suas funções e
sua ligação com as demais áreas.
4.7.2. Diagramas de Pareto
O propósito do diagrama de Pareto é classificar os problemas mais importantes dos
menos importantes, avaliando dentro do todo.
Não-Conformidade Quant.%acumulado %
1 Nos raios do Fundo da Peça 7853 17,00% 17,00%
2 Impureza 5705 29,35% 12,35% 3 Corte Fora de Esquadro 4786 39,71% 10,36% 4 Medida da Aba 4656 49,79% 10,08% 5 Mal Repuxada 3825 58,07% 8,28% 6 Nas Laterais da Peça 3696 66,07% 8,00% 7 Transporte da Chapa 3506 73,66% 7,59% 8 Perda de Fio de Corte 3492 81,22% 7,56% 9 Estampagem 3294 88,35% 7,13%
10 Umidade 3072 95,00% 6,65% 11 Outros 2310 100,00% 5,00%
Tabela 4.1 – Não-conformidades na produção de frascos.
Gráfico de Pareto
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Seqüência2
Seqüência1
Figura 4.4: Diagrama de Pareto das não-conformidades na produção de frascos.
Observando o Diagrama de Pareto e as informações contidas na tabela de não-
conformidades, observa-se qual a não-conformidade de maior incidência, facilitando a
visualização a respeito das áreas críticas.
O melhoramento contínuo é gradual, mas buscado por todas as empresas que
objetivam o alcance da qualidade de seus processos e produtos finais.
CAPÍTULO V
QUALIDADE E O REGULAMENTO TÉCNICO PARA INDÚSTRIAS DE COSMÉTICOS.
As indústrias de produtos cosméticos precisam estabelecer uma série de roteiros
para as diferentes etapas do processo de fabricação, descrevendo as atividades que guiam à
garantia da qualidade, estando atentas aos desenvolvimentos tecnológicos ligados às
máquinas, embalagens e aos equipamentos de controle, implantando as Boas Práticas de
Fabricação de acordo com sua realidade.
5.1. Conformidade à Especificação
Conformidade à especificação significa produzir produtos ou proporcionar um
serviço conforme sua especificação de projeto. A qualidade é muito importante para o
desempenho de todas as organizações. Produzir produtos livres de erros e que atendam às
especificações técnicas assegura que os produtos estejam adequados aos seus propósitos,
satisfazendo assim os consumidores.
Garantir que os produtos sejam feitos conforme a especificação envolve seis
passos:
X Definir as características de qualidade do produto;
X Definir como medir cada característica de qualidade;
X Estabelecer padrões de qualidade;
X Controlar a qualidade em relação a esses padrões;
X Encontrar e corrigir causas de má qualidade;
X Fazer melhoramentos
A área na empresa responsável por verificar se a produção dos produtos está
atendendo os requerimentos de qualidade é o Controle de Qualidade.
5.2. Controle de Qualidade (CQ)
De acordo com a ANVISA, Controle de Qualidade são operações técnicas usadas
para verificar o cumprimento dos requerimentos de qualidade, sendo responsável pelas
atividades referentes à amostragem, às especificações e aos ensaios, bem como à
organização, à documentação e aos procedimentos de liberação que garantem que os
ensaios necessários e essenciais sejam executados e que os materiais não sejam liberados
para uso, nem os produtos acabados para venda ou fornecimento, até que sua qualidade
tenha sido julgada satisfatória.
O envolvimento do controle de qualidade em todas as decisões que possam estar
relacionadas à qualidade do produto é fundamental para o alcance da mesma. Abaixo
segue algumas atividades do Controle de Qualidade durante o processo de fabricação:
1. Controle dos insumos que chegam a empresa para a fabricação, controle do produto
acabado, através de:
X Amostragem e ensaio de matérias primas e de embalagem: Inspecionar,
analisar e autorizar ou não o uso de das mesmas;
X Amostragem e ensaio de produto acabado: Inspecionar, analisar e autorizar
ou não o uso do mesmo.
2. Controle de processo durante a fabricação.
X Amostragem e ensaio de produtos intermediários e da mistura: Inspecionar,
analisar e autorizar ou não o uso dos mesmos;
X Inspecionar e analisar o produto durante a sua fabricação.
3. Amostragem: São procedimentos técnicos que garantam o recolhimento de uma
substância de forma que represente todo um lote.
4. Ensaio: São as análises propriamente ditas. Analises essas que, através de
procedimentos e/ou equipamentos apropriados, verificam a qualidade dos produtos.
PRODUÇÃO DE FRASCOS PARA DESODORANTE
ACOMPANHAMENTO DAS NÃO CONFORMIDADES DO PESO
Conforme Padrão Desvio Aceitável
Peso Médio
Encontrado Sim Não
Peso do Frasco 12gr (+/-) 0,3gr 12,5
Peso do Frasco 15gr (+/-) 0,3gr 15,2
Peso do Frasco 20gr (+/-) 0,3gr 19,8
Peso do Frasco 22gr (+/-) 0,3gr 22,5
Figura 5.1 - Relatório de Não-conformidades encontradas a partir da amostragem do
estoque de produtos em processo.
As análises são feitas em determinadas fases do processo para garantir que ao final
da produção, a qualidade do produto acabado seja apurada. Nessas análises são avaliados,
tanto aspectos físicos, como aspectos de eficácia do produto. Ao final, são criados
relatórios de controle para avaliar onde estão concentrados os maiores casos de não-
conformidade, e agir de forma corretiva para que esses problemas não ocorram novamente.
Para o caso das não-conformidades mostradas na figura 5.1 – ajustes na máquina referente
ao consumo das matérias-primas, poderia ser uma ação corretiva.
Mas não é vantajoso apenas corrigir defeitos. Tomar ações preventivas é
fundamental para a redução dos problemas e conseqüente aumento da produtividade.
Manutenções preventivas nas máquinas e equipamentos, calibração dos instrumentos de
medição, testes de novos materiais, novos fornecedores e até mesmo novas formulações
para o produto, são fundamentais para o alcance da qualidade nas linhas de produção, e
também função do pessoal envolvido no controle da qualidade.
Todas as técnicas definidas e desenvolvidas pelo CQ, são descritas em documentos
como POP (Procedimento Operacional Padrão), manuais e registros. A documentação
constitui parte essencial do sistema de garantia da qualidade e, deve estar relacionada com
todos os aspectos das BPF e C, tendo como objetivo definir as especificações de todos os
materiais e os métodos de fabricação e controle, a fim de assegurar que todo pessoal
envolvido na fabricação saiba decidir o que fazer e quando fazê-lo, fornecendo à pessoa
autorizada todas as informações necessárias para decidir liberar ou não determinado lote
do produto.
5.3. Documentação
Nas indústrias de cosméticos a documentação é indispensável para evitar erros
provenientes da transmissão da informação. A administração destes documentos deve
seguir um procedimento que indique:
X Pessoal responsável pela emissão
X Supervisão
X Local e sistema de arquivo para a documentação
Havendo modificações nos procedimentos, devem ser mencionados: o motivo, a
data e o responsável pela modificação. Esta documentação deve ser revisada regularmente
5.4. Garantia da Qualidade
Na indústria de cosméticos, a garantia da qualidade na fabricação, envolve quase
todas as operações da empresa. Para poder reduzir, eliminar e, o mais importante, prevenir
alguma deficiência na qualidade, um conjunto completo de atividades deve ser seguido
pelo Departamento de Fabricação e pelos outros ligados a este de forma direta ou indireta.
O pessoal envolvido na fabricação participa da implementação das Boas Práticas de
Fabricação e Controle e segue os procedimentos e instruções estabelecidas, reportando as
irregularidades e incidentes de não conformidade aos mesmos para que sejam tomadas as
medidas cabíveis. Os desvios de qualidade são analisados, sofrem ação corretiva e são
acompanhados durante o processo.
5.5. Rastreabilidade dos produtos
As empresas de cosmético precisam ter o controle de toda sua produção. Esse
controle é dado através dos números de lotes da produção. Número de lote é a referência
numérica, alfabética ou alfanumérica que identifica determinado produto e seu uso também
está regulamentado no Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle.
Todos os materiais ao entrar na empresa recebem identificação, são testados e se
aprovados recebem um número de lote. Para que a produção dos produtos seja possível, é
necessário que a área da fábrica faça requisições dos insumos que deverão ser utilizados na
produção. Essas requisições dão baixas nesses materiais e os mesmos são transferidos para
a área da fábrica. Os produtos são produzidos, recebendo seu número de lote que amarra
todos os lotes envolvidos para esta produção.
A identificação por lote é importante porque uma vez identificado algum problema
com a qualidade do produto, seja através de testes internos, seja através de reclamações
dos clientes, o primeiro ponto a ser observado é o número do lote. De posse desse número,
fica fácil identificar os materiais envolvidos e rever todas as análises para identificar a
origem/causa do problema.
O Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle discrimina:
“Perante um incidente de qualidade deve ser seguida uma investigação eficiente.
Para isto é essencial dispor dos registros sobre os dados de processos e embalagem
de cada lote.Uma correlação entre os documentos de registro, referentes às
diferentes operações de fabricação, assim como às operações de controle de todos
os diferentes materiais, deve permitir o rastreamento do lote”.
Atender às exigências da ANVISA garante às empresas a certificação e
sobrevivência no mercado. Vários outros itens são avaliados pela ANVISA nas industrias
de cosméticos, porém voltados a outras áreas. Para se certificarem, as indústrias seguem
um Roteiro de Inspeção que avalia as seguintes áreas:
X Administração e informação geral;
X Almoxarifado de matéria-prima, materiais de embalagem e produto acabado;
X Devolução de Materiais;
X Recolhimento de produtos;
X Sistemas e instalações de água;
X Produção;
X Produtos sólidos e semi-sólidos;
X Produtos líquidos;
X Envase;
X Rotulagem;
X Controle da Qualidade;
X Garantia da Qualidade.
O meio mais adequado encontrado pela maioria das empresas é o treinamento de
todos os funcionários, informando sobre a posição de mercado, características da qualidade
dos processos industriais, dos produtos em processo e dos produtos acabados, mostrando
as exigências do mercado e a aceitabilidade dos produtos pelos clientes.
CONCLUSÃO
A área de produção é responsável por produzir os produtos que serão entregues ao
cliente. Sua responsabilidade quanto o atendimento às especificações técnicas,
cumprimento dos prazos previstos para entrega do produto final, comprometimento com a
qualidade, são fundamentais à organização, e por essa razão ela ocupa espaço
importantíssimo nas mesmas.
A população de maneira geral está mais preocupada com os cuidados estéticos. Os
produtos de beleza e higiene ganharam mais espaços nas prateleiras dos supermercados e
drogarias, deixando de ser considerados supérfluos para necessários nas compras do
consumidor. Estes produtos estão classificados entre Produtos Cosméticos, de Higiene
Pessoal e Perfumes, tendo ação direta na saúde e bem estar dos clientes.
À área de produção dos Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes é
dada uma atenção ainda maior, pois estes podem considerar risco iminente à saúde dos
consumidores. Devido a esse risco, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária –
ANVISA, regulamenta essas indústrias estabelecendo a importância nas mesmas adotarem
as Boas Práticas de Fabricação e Controle, com o objetivo de estabelecer roteiros para as
diferentes etapas do processo de fabricação padronizando os processos, além de descrever
as atividades que levem à garantia da qualidade.
A preocupação com a qualidade envolve todas as áreas, indo desde o recebimento
de materiais até a entrega do produto acabado ao cliente. Diversos procedimentos são
criados e seguidos pelo pessoal envolvido, que precisa conhecer bem o processo de
fabricação, entendendo sobre a importância de seguir as Boas Práticas de Fabricação, sua
aplicação e contribuição para o alcance da qualidade.
Diante desse novo comportamento, a estratégia da produção hoje é diferente. Seu
planejamento, acompanhamento, alteração quando necessário, e reprocessamento dos
materiais, deve respeitar diretrizes regulamentadas pela ANVISA.
Vários meios de controle podem ser empregados para averiguar se essas diretrizes
estão sendo cumpridas, se a produção está seguindo as normas, se a eficácia dos produtos
está sendo mantida. Cabe à área de produção optar pela que mais se aplique aos seus
processos, treinar o pessoal envolvido e acompanhar seu desenvolvimento e o alcance das
metas.
Dentro dos objetivos de desempenho que são seguidos, a busca da qualidade sofre
maior influência. Produção e qualidade agora estão diretamente ligados por um objetivo
comum: garantir a eficácia de seus produtos assegurando que estes não representem
nenhum risco à saúde de seus clientes. As indústrias de cosméticos que desejam se manter
no mercado, conquistar novos clientes e estabelecer um bom relacionamento com os
atuais, é preciso se conscientizar sobre este novo cenário.
ANEXO I
ANEXO II
FORMULÁRIO DE PETIÇÃO CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO
COSMÉTICOS, PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL E PERFUMES
DADOS GERAIS
EMPRESA: CNPJ: ENDEREÇO DA SEDE: Nº: BAIRRO: CEP: MUNICÍPIO: UF: E-MAIL: TELEFONE: ENDEREÇO DA UNIDADE FABRIL A SER CERTIFICADA: Nº: BAIRRO: CEP: MUNICÍPIO: UF: AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO N.º: CLASSES AUTORIZADAS:
COSMÉTICOS PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL PERFUMES RESPONSÁVEL TÉCNICO DA EMPRESA: CONSELHO REGIONAL /UF/ Nº INSCRIÇÃO:
REPRESENTANTE LEGAL: CPF:
DADOS PARA A CERTIFICAÇÃO
I – CLASSES DE PRODUTOS:
COSMÉTICOS PRODUTOS DE HIGIENE PERFUMES
II – NAS SEGUINTES LINHAS DE PRODUÇÃO / FORMAS (ESPECIFICAR):
LÍQUIDOS óleos, loções, outros: SÓLIDOS bastões, barras, outros: SEMI-SÓLIDOS cremes, loções emulsionadas, géis, outros: PÓS soltos, compactados AEROSSÓIS (premidos) OUTRAS FORMAS:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Gerência Geral de Inspeção e Controle de Medicamentos e Produtos. Gerência de Inspeção de Produtos.
Local Data __________________ _________________
Assinatura Assinatura Representante Legal Responsável Técnico OBS.: ANEXAR A ESTE FORMULÁRIO VIA ORIGINAL DA GUIA DE RECOLHIMENTO OU DARF ACOMPANHADO DE CÓPIA DA DECLARAÇÃO DE PORTE DA EMPRESA.
BIBLIOGRAFIA
ABNT, NBR ISO 9000 Sistemas de gestão da qualidade - Fundamentos e vocabulário. Rio
de Janeiro: Associação Brasileira de normas Técnicas, 2000.
BALLOU, Ronald H. “Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos”. 4ª ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
DEMING, W. E., Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques
Saraiva, 1990.
GITLOW, H. S., “Planejando a qualidade, a produtividade e a competitividade”, Tradução
Mauro Paganotti, Qualitymark, 51-170, 1993.
MARANHÃO, M., ISO Série 9000 - Manual de Implementação - Versão 2000. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2001.
MARTINS, Petrônio Garcia e CAMPOS, Paulo Renato. “Administração de Materiais e
Recursos Patrimoniais”. São Paulo: Editora Saraiva, 2000.
PARSON, Mary Jean e MATTHEW, J. Culligan, “Planejamento de volta às origens”.
Tradução Carlos Afonso Malferrari, Facts on File Publications, São Paulo, 9-89, 1995.
REGULAMENTO TÉCNICO – PORTARIA Nº 348 – ANVISA. Manual de Boas Práticas
de Fabricação e Controle para produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, 1997.
SLACK, Nigel... | et. al.|; “Administração da Produção”, Revisão Técnica Henrique
Corrêa, Irineu Gianesi. – São Paulo, Atlas, 1996.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Pós-Graduação "Lato Sensu"
Título: Estratégias da Produção Frente às Novas Tendências na Indústria de Cosméticos.
Autor: Vivian de Oliveira Viana da Silva
Data da Entrega: 28 de Janeiro de 2004.
Orientador: Prof. Marco Antonio Larosa
Avaliador por: ________________________________ Grau: __________________
Rio de Janeiro, _______ de _______________________________ de 200____.