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ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL “O SUS É UMA ESCOLA DE CIDADANIA” Salvador, abril 2008

ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO DO CONTROLE …§ãoes do Primeiro... · Secretaria do Desenvolvimento Territorial, e apoio da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma

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ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO DO CONTROLE

SOCIAL

“O SUS É UMA ESCOLA DE CIDADANIA”

Salvador, abril 2008

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Organização:

Superintendência de Recursos Humanos da Saúde

Diretoria de Gestão da Educação e do Trabalho na Saúde

Coordenação de Gestão da Educação Permanente

- PROJETO -

ESTRATÉGIAS PARA O FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL

“O SUS É UMA ESCOLA DE CIDADANIA”

Grupo de Trabalho Mobiliza SUS:

Diretoria de Gestão da Educação e do Trabalho na Saúde

Escola Estadual de Saúde Pública

Conselho Estadual de Saúde

Diretoria de Currículos Especiais – Secretaria da Educação do Estado da Bahia

Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde

Ministério Público da Bahia

Salvador, abril 2008

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APRESEAPRESEAPRESEAPRESENNNNTAÇÃOTAÇÃOTAÇÃOTAÇÃO

“O SUS é uma Escola de Cidadania”

O Sistema Único de Saúde, a maior política pública advinda da conquista histórica de um povo é uma verdadeira Escola de Cidadania. Como emergiu da sociedade, depende dela pra se efetivar, e nesses 20 (vinte) anos de SUS vimos experimentando e aperfeiçoando os mecanismos de controle social das políticas públicas de saúde, aprendendo a ocupar o espaço de sujeitos de direito na construção de nossa democracia.

A Declaração de Direitos que compõe a atual Constituição Brasileira a caracteriza como um dos mais avançados textos constitucionais do mundo, particularmente no que se refere ao conjunto de direitos sociais e, sobretudo, quanto à afirmação aos direitos no campo da Saúde. Contudo a Constituição por si só não é capaz de materializar em práticas as conquistas legais. Há um descompasso evidente entre o nível do direito legal e o pleno exercício do direito. Faz-se oportuno lembrarmos que “é função prática da linguagem dos direitos, a de emprestar força particular às reivindicações dos movimentos que demandam para si e para os outros a satisfação de novas carências materiais e morais; ao mesmo tempo em que a torna enganadora e obscurece a diferença entre o direito reivindicado e o direito reconhecido e protegido” (Bobbio, 1992: 10).

Todavia, apesar dessa distância entre o que há nos escritos legais e o que vivenciamos na prática cotidiana, com relação ao direito à saúde, temos ocupado e experimentado os espaços instituídos do controle social das políticas públicas. Em que pese a situação em que se encontram muitos conselhos de saúde na Bahia (não atendendo às diretrizes regulamentadas pela resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 333 de 2003)1 não se pode desconsiderar, pelo menos como potencialidade para transformação: a existência 417 Conselhos Municipais de Saúde (um por município); a assunção de uma gestão que se compromete no plano de governo a estimular a participação popular e o controle social; e a realização da maior Conferência de Saúde da Bahia em 2007 com a realização de 393 Conferências Municipais.

Nesse contexto é que, partindo da demanda de Movimentos Sociais de Salvador, que reivindicaram da Gestão da Saúde um espaço para que pudessem ser escutados e dessa forma participar da construção das Políticas Públicas de Saúde para a Bahia, foram realizados em 2007 seis Seminários Regionais sobre Movimentos Sociais e Saúde, totalizando uma participação de 291 pessoas e 186 movimentos sociais. Estes Seminários foram caracterizados como momentos de escuta aberta das demandas dos Movimentos Sociais, conduzida através de trabalhos de grupo, originando aproximadamente 187 propostas para a nova gestão estadual.

Dessas propostas surgiram as bases do projeto “Mobiliza SUS: estratégias para o fortalecimento do Controle Social” que aqui é apresentado. Para seu desenvolvimento, está em atividade um Grupo de Trabalho formado por representantes da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, da Secretaria da Educação, do Conselho Estadual de Saúde, do Ministério Público e do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia.

Saúde e Educação são considerados direitos sociais fundamentais, pois representam importantes condicionantes ao acesso aos demais direitos, e estão intrinsecamente ligados.

1 Informações disponíveis na INTERNET, no sítio: “Perfil dos Conselhos de Saúde no Brasil”, endereço:

http://www.extranet.ead.fiocruz.br/perfil_conselho_view/script/login2.php

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A ação em saúde é basicamente uma ação educativa que se dá num processo de encontros e relações visando à constituição de sujeitos que ajam com maior autonomia e autocuidado no seu viver cotidiano. E a escola é uma instituição inerente à produção de ações educativas em saúde porque é capaz de suscitar uma reflexão crítica e uma intervenção a cerca da construção de uma vida saudável e a própria busca pela efetivação do direito à saúde.

O Ministério Público a quem é incumbida a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, dentre suas atribuições, deve “zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia”2.

O que se verá nas próximas páginas é fruto da articulação intersetorial entre Saúde, Educação e Ministério Público, visando à construção de caminhos e possibilidades para efetivação da participação da sociedade na formulação, gestão e controle social das políticas públicas de saúde, ratificando a expressão já cunhada em debates e exposições sobre o Sistema Único de Saúde: “O SUS é uma Escola de Cidadania”.

2 Art. 129 da Constituição Federal de 1988

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SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

Sumário ....................................................................................................................................5

Introdução.................................................................................................................................6

Objetivos...................................................................................................................................7

Objetivo Geral .......................................................................................................................7

Objetivos Específicos ............................................................................................................7

Metodologia ..............................................................................................................................8

Estratégia I - Desenvolvimento de Seminários Regionais Mobiliza SUS ..............................8

Estratégia II - Formação de rede de Articuladores e Facilitadores de Educação Permanente

- EP para Controle Social no SUS ........................................................................................9

Etapa I – Formação de Articuladores Regionais de EPCS..............................................10

Etapa II - Formação de Facilitadores de EPCS ...............................................................10

Acompanhamento...................................................................................................................12

Cronograma de execução das atividades do projeto..............................................................13

Referências bibliográficas.......................................................................................................14

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INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A participação social sempre representou um desafio à constituição de sociedades democráticas. No Brasil, a participação dos movimentos sociais desempenhou papel fundamental para o processo de redemocratização do país, e particularmente para a formulação do Sistema Único de Saúde. Quer seja de forma autônoma ou institucionalmente deliberada, a participação social tem contribuído para uma maior reflexão sobre a ação do controle social na gestão das políticas de saúde e na tomada de decisões.

O Ministério da Saúde ao publicar o Pacto pela Saúde, particularmente o seu componente em Defesa do SUS, reiterou a necessidade de pensar iniciativas que visem a “repolitização da Saúde”, compreendida como um movimento de retomada da Reforma Sanitária Brasileira (Brasil, 2006). Nesta direção, elencou uma série de ações necessárias à concretização desse objetivo, a exemplo do estabelecimento do diálogo com a sociedade para além dos limites do SUS e o fortalecimento das relações com os movimentos sociais, principalmente aqueles que lutam pelos direitos da saúde e cidadania.

Recentemente o Conselho Nacional de Saúde, após aprovação das diretrizes nacionais para o processo de educação permanente para o controle social, elaborou a Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no SUS, cujo objetivo geral é “atuar na promoção da democratização do Estado, na garantia dos direitos sociais e na participação da população na política de saúde...” (Brasil, 2007), sendo estabelecidas estratégias para a implantação da Política nos âmbitos estadual e municipal.

No âmbito estadual, o programa de Governo Wagner apresenta o estímulo à participação e controle social para além de conferências e conselhos de saúde como um dos princípios e proposições de sua gestão para a saúde, além de identificar o fortalecimento dos espaços de controle social como um dos eixos prioritários da política de saúde.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, enquanto órgão responsável pela gestão do Sistema Único de Saúde, em consonância com a Constituição Federal, com a lei 8.080/90 e 8.142/90, tem o dever de garantir a participação e consolidar o controle social desse sistema, como principio imprescindível para sua consolidação. Essa responsabilidade foi ratificada pela assunção do Pacto pela Saúde Estadual assinado em julho do corrente ano, em que assume, dentre outros compromissos, “Apoiar o processo de formação dos Conselheiros de Saúde”, através do desenvolvimento de “processos de formação/qualificação de conselheiros e promoção de espaços de reflexão das práticas de participação popular na lógica da educação permanente, com monitoramento, acompanhamento e avaliação”.

Nesse sentido, o projeto propõe-se a fortalecer o controle social através da articulação entre movimentos sociais, conselheiros e profissionais da Saúde, Educação e Ministério Público para formar uma rede que dialogue com os movimentos populares, qualifique os conselhos de saúde, incentive o protagonismo juvenil nas escolas para a Gestão Participativa no SUS e articule as instituições públicas que exercem o controle social, rumo à efetivação do Direito à Saúde.

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OBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOSOBJETIVOS

Objetivo GeralObjetivo GeralObjetivo GeralObjetivo Geral

Promover o fortalecimento do Controle Social no SUS, desenvolvendo processos pedagógicos que contribuam para a ampliação e qualificação da participação da população na formulação, gestão e controle social das políticas de saúde.

Objetivos EspecíficosObjetivos EspecíficosObjetivos EspecíficosObjetivos Específicos

• Potencializar a capacidade loco regional do controle social através da formação de uma rede de Articuladores Regionais e Facilitadores de Educação Permanente para o controle social;

• Promover espaços de reflexão das práticas de participação popular na lógica da educação permanente para o controle social;

• Estabelecer um canal de diálogo com os movimentos populares, estimulando a co-responsabilidade social em defesa do SUS;

• Qualificar a atuação dos conselheiros de saúde, enquanto sujeitos sociais representantes da sociedade, que devem atuar na formulação e acompanhamento das políticas de saúde;

• Inserir conteúdo acerca do direito à saúde nas escolas de ensino médio, incentivando o protagonismo juvenil em defesa do SUS.

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METODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIAMETODOLOGIA

O Estado da Bahia é formado por 417 municípios, com uma população estimada em 13.815.334 habitantes (IBGE, 2005). Possui 417 de Conselhos Municipais de Saúde, além do Conselho Estadual. O atual Plano Diretor de Regionalização da Saúde na Bahia organiza esses municípios em 28 microrregiões e 09 macrorregiões de saúde, possuindo 31 Diretorias Regionais de Saúde – DIRES.

A Bahia está organizada também em:

• 33 Diretorias Regionais de Educação – DIREC;

• 29 Promotorias Regionais de Saúde, com 281 comarcas;

• 26 (vinte e seis) Territórios de Identidade, articulados pela Coordenação Estadual dos Territórios. Com incentivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário, através da Secretaria do Desenvolvimento Territorial, e apoio da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, cada Território de Identidade possui um Articulador responsável pela mobilização dos Movimentos Sociais para o Desenvolvimento Territorial.

O Projeto Mobiliza SUS adotará metodologias participativas, dialogando com a territorialização baiana, articulando os sujeitos desses espaços para a potencialização da capacidade de resposta loco-regional para a gestão participativa e controle social no SUS. Através do desenvolvimento de processos pedagógicos formais e não-formais que valorizem as diversas experiências já desenvolvidas no âmbito do SUS estadual, proporcionará a reflexão crítica e co-produção do desconforto essencial para a implicação dos sujeitos na construção coletiva de uma nova concepção de controle social no SUS da Bahia.

Está estruturado a partir de duas estratégias principais: desenvolvimento de Seminários Regionais Mobiliza SUS e formação de uma rede de Articuladores e Facilitadores de Educação Permanente para o Controle Social no SUS - EPCS. As duas estratégias se desenvolverão de forma paralela e complementar nas microrregiões da saúde.

Estratégia I Estratégia I Estratégia I Estratégia I ---- Desenvolvimento de Seminários Regionais Mobiliza SUS Desenvolvimento de Seminários Regionais Mobiliza SUS Desenvolvimento de Seminários Regionais Mobiliza SUS Desenvolvimento de Seminários Regionais Mobiliza SUS

Os Seminários Regionais têm o objetivo de estabelecer um canal de diálogo com os movimentos populares, estimulando a co-responsabilidade social em defesa do SUS, sensibilizando lideranças comunitárias e o protagonismo juvenil para o exercício da participação social, ampliando o compromisso social para a implementação do SUS. Converte-se no espaço estratégico e privilegiado para a discussão e reflexão crítica sobre a participação social e sobre o conceito e a prática da democracia na gestão do SUS nas diferentes regiões da Bahia.

Serão organizados em dois momentos presenciais, com uma atividade de dispersão:

Momento 1

Serão realizados 28 seminários regionais, 01 (um) por micro-região com duração de 02 dias, com estimativa de 50 participantes por encontro, totalizando 1500 participantes em toda a Bahia. Constitui-se em um espaço para a discussão da construção histórica do SUS e problematização do contexto atual de implementação

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das políticas públicas de saúde à luz da legislação básica e implicação do controle social no processo (resultados da 7ª CONFERES e da 13ª Conferência Nacional de Saúde).

Os participantes (movimentos sociais, professores, estudantes) terão um período de dispersão para o desenvolvimento de atividades junto aos Conselhos Municipais de Saúde (CMS) e às escolas dos territórios em que estão inseridos.

Momento 2

Passado esse período de dispersão, será realizada uma nova rodada de encontros regionais com duração de 01 (um) dia para a discussão sobre a realidade encontrada nos CMS e apresentação dos trabalhos realizados nas escolas, finalizando com a construção de propostas regionais de fortalecimento do Controle Social no SUS.

A mobilização dos participantes se dará através da articulação entre Diretorias Regionais de Saúde, Diretorias Regionais de Educação e Cultura, articuladores dos Territórios de Identidade, Secretarias Municipais de Saúde, Conselhos Municipais de Saúde e Facilitadores em processo de formação.

A coordenação dos trabalhos será realizada pelos Articuladores Regionais3 em parceria com os técnicos do nível central da SESAB, contando com o apoio dos Facilitadores.

Estratégia II Estratégia II Estratégia II Estratégia II ---- Formação de Formação de Formação de Formação de rede de Articuladores e rede de Articuladores e rede de Articuladores e rede de Articuladores e FFFFacilitadores de acilitadores de acilitadores de acilitadores de Educação Permanente Educação Permanente Educação Permanente Educação Permanente ---- EP para Controle Social no SUS EP para Controle Social no SUS EP para Controle Social no SUS EP para Controle Social no SUS

A formação da rede objetiva potencializar a capacidade loco-regional para os processos de Educação Permanente para o controle social no SUS. Essa estratégia estrutura-se em duas linhas de ação:

• Formação de Articuladores Regionais de Educação Permanente para o Controle Social - EPCS, composta por representantes das Diretorias Regionais de Saúde - DIRES, Diretorias Regionais de Educação e Cultura - DIREC, Ministério Público e Movimentos Sociais;

• Formação de Facilitadores de Educação Permanente para o Controle Social – EPCS, composta por duas sublinhas: Facilitadores de EP para os Conselhos Municipais de Saúde - CMS (gestores, usuários e trabalhadores), e Facilitadores de EP para a área da educação. Os facilitadores de EP para CMS atuarão diretamente nos processos de desenvolvimento e qualificação da participação popular na formulação, gestão e controle social das políticas de saúde. E os facilitadores de EP da área da educação atuarão na inserção do SUS na educação básica, desenvolvendo processos de educação permanente para os professores da rede estadual de educação e incentivando o protagonismo juvenil em defesa do SUS.

Os facilitadores em formação participarão da organização e desenvolvimento dos Seminários Regionais, oportunizando a problematização do papel de facilitador a partir de seu fazer concreto e possibilitando a construção embrionária de redes regionais de articulação da educação permanente para o controle social no SUS-Bahia.

Está estruturada em duas etapas, conforme detalhamento a seguir.

3 Primeiros sujeitos a comporem a rede de Articuladores e Facilitadores de Educação Permanente para o Controle Social

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Etapa IEtapa IEtapa IEtapa I –––– Formação de Articuladores Regionais de EPCS Formação de Articuladores Regionais de EPCS Formação de Articuladores Regionais de EPCS Formação de Articuladores Regionais de EPCS

Em um primeiro encontro de 3 dias, serão formados 172 Articuladores Regionais, sendo 02 técnicos de cada Diretoria Regionais de Saúde - DIRES (62 no total)e 02 técnicos de cada Diretoria Regionais de Educação – DIREC (66), 01 representante de cada Ministério Público regional (30 promotores de justiça), 08 representantes do Conselho Estadual de Saúde e 08 representantes dos Movimentos Sociais. Estes articuladores constituir-se-ão em referências do controle social na região e atuarão na execução do curso de formação de facilitadores de Educação Permanente para o Controle Social, participando do processo desde o planejamento do cronograma, até o monitoramento e avaliação dos resultados, conforme atribuições discutidas no Grupo de Trabalho MobilizaSUS:

Atribuições Sujeitos Ações Articular o processo de Formação dos Facilitadores de EP para Controle Social.

GT MOBILIZASUS Articuladores Regionais (DIRES e DIREC)

Articulação com o nível central a partir desenvolvimento de cronograma

Apoiar os processos desenvolvidos pelos Facilitadores

Articuladores Regionais (DIRES, DIREC e Movimentos Sociais)

Contribuição nas articulações intra e inter microrregião e com o nível central (apoio matricial)

Referência para o controle social demandas jurídicas

Articuladores Regionais – MP

Recebimento de representação e denúncia para providências dentro de suas atribuições. Poderão ministrar palestras, sobre temas pertinentes ao Mobiliza SUS.

Referência para o controle social

Comissão do CES de Acompanhamento dos CMS

Orientação e encaminhamento das demandas dos CMS na rede

Acompanhar e avaliar (processos, resultados, impacto)

Articuladores Regionais (DIRES, DIREC), Comissão do CES de Acompanhamento dos CMS, MP

Construir indicadores e participar no processo de monitoramento e avaliação

Etapa IIEtapa IIEtapa IIEtapa II ---- Formação de Facilitadores de EPCS Formação de Facilitadores de EPCS Formação de Facilitadores de EPCS Formação de Facilitadores de EPCS

Os processos de formação para os Facilitadores de EP para os Conselhos Municipais de Saúde de Facilitadores e para a área da educação serão realizados por microrregião, de forma concomitante. Terão duração de 40 horas, em formato de oficinas, sendo discutidos os temas: História do SUS, Modelos de atenção à Saúde, Legislação Básica, técnicas pedagógicas/educação popular e protagonismo juvenil. A proposta é que sejam intercalados encontros de debates teóricos com atividade de dispersão, que coincidam com os momentos do Seminário Regional Mobiliza SUS, totalizando duas oficinas de dois dias e a última de um dia, tendo como produto esperado a Agenda Microrregional para o Fortalecimento do Controle Social.

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Será realizado processo seletivo para os Facilitadores de EP para os Conselhos Municipais de Saúde, com disponibilização de 04 (quatro) vagas por município, sendo 01 (uma) para gestão, 01 (uma) para trabalhador da saúde e 02 (duas) para movimentos sociais. Como atividade de dispersão, desenvolverão ações junto aos Conselhos Municipais de Saúde e atuarão na organização dos Momentos dos Seminários Regionais MobilizaSUS.

Os Facilitadores de Educação Permanente para a área da Educação serão professores do ensino médio que desenvolverão ações de incentivo ao protagonismo juvenil para a gestão participativa e controle social do SUS. Como atividades de dispersão pode-se: desenvolver materiais didáticos sobre o SUS para o ensino básico e mobilizar turmas ou grêmios estudantis para a participação nos Seminários Regional Mobiliza SUS.

Os trabalhos serão coordenados pelos Articuladores Regionais em parceria com técnicos do nível central da SESAB.

Para fechar as atividades do projeto em 2008, será realizado o I Encontro Estadual do Controle Social no SUS para a disseminação e discussão dos resultados dos Seminários Regionais Mobiliza SUS e apresentação dos Facilitadores de Educação Permanente em Saúde para o Controle Social. O público alvo do evento será: Movimentos Sociais, trabalhadores da SESAB (nível central e DIRES), Secretaria da Educação do Estadual da Bahia (nível central, DIREC, professores), protagonistas juvenis, Secretários Municipais de Saúde, Conselhos Municipais de Saúde, Conselho Estadual de Saúde e Comissões de Integração Ensino-Serviço, esperando-se um total de 400 pessoas. Como resultado, espera-se a discussão e construção de agenda por macro-região para a implementação dos planos para fortalecimento do Controle Social do SUS Bahia.

Dispersão Dispersão

Ações junto aos CMS e Momento I dos Seminários

Regionais Mobiliza SUS

Momento II dos Seminários Regionais

Mobiliza SUS

Oficina de encerramento

SUBLINHA 2

SUBLINHA 1

1ª Oficina

SUBLINHA 2

SUBLINHA 1

2ª Oficina

Agenda Microrregional para Fortalecimento do Controle Social no SUS

Propostas Regionais

Ações de incentivo ao protagonismo juvenil nas escolas

Ações de incentivo ao protagonismo juvenil

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ACOMPANHAMENTOACOMPANHAMENTOACOMPANHAMENTOACOMPANHAMENTO

Como meta, pretende-se mobilizar todas as Microrregionais de Saúde para o fortalecimento do Controle Social, desenvolvendo-se:

28 Seminários Regionais Mobiliza SUS

1 Encontro Estadual do Controle Social no SUS

Formação de 172 Articuladores Regionais de Educação Permanente para o Controle Social

Formação de 1668 Facilitadores de Educação Permanente para o Controle Social para os Conselhos Municipais de Saúde

Formação de 1668 Facilitadores de Educação Permanente para o Controle Social na área da Educação

Serão utilizados como indicadores de acompanhamento do projeto:

- Indicadores de processo:

Percentual de Seminários realizados: Número de eventos realizados / número de eventos programados (30)

Percentual de facilitadores formados para os Conselhos Municipais de Saúde: Nº de facilitadores/1668

Percentual de facilitadores formados para a área da educação: Nº de facilitadores/1668

- Indicadores de resultados:

Número de participantes por seminário

Número de entidades participantes por seminário

Avaliação dos Conselhos Municipais de Saúde realizada pelos movimentos sociais

Propostas regionais de fortalecimento do Controle Social no SUS elaboradas/seminários realizados

Ações de Educação Permanente realizadas pelos facilitadores

Escolas que estão discutindo o Sistema Único de Saúde na Educação Básica

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CCCCRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES DO PROJETORONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES DO PROJETORONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES DO PROJETORONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES DO PROJETO

2008 Atividades previstas ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Formação de Articuladores Regionais

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Leste

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Nordeste

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Norte

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Centro-Norte

Avaliação Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Centro-leste

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Oeste

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro-Sudoeste

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Sul

Formação de facilitadores e realização do Seminário Mobiliza SUS na Macro Extremo-Sul

Realização do I Encontro Estadual de Movimentos Sociais e Controle Social no SUS

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Referências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficas

BAHIA. Proposta de Programa de Governo para o Setor Saúde - Wagner Governador, 2006.

BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus.1992.

BRASIL. Lei nº Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRASIL.Ministério da Saúde.Secretaria Executiva. Departamento de Apoio à Descentralização. Pacto pela Saúde 2006.Diretrizes Operacionais: Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL.Conselho Nacional de Saúde. Secretaria Executiva. Diretrizes Nacionais para o processo de Educação Permanente no Controle Social do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL.Conselho Nacional de Saúde. Secretaria Executiva. Política Nacional de Educação Permanente para o Controle Social no Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.