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Seminário _ Património Hospitalar de Lisboa: Que futuro? 2 e 3 de Dezembro de 2010, Lisboa, FA-UTL/CIAUD; ICOMOS Portugal; CHLC 1 ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE DO CENTRO DE LISBOA ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE CENTRO DE LISBOA

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE

DO CENTRO DE LISBOA

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE CENTRO DE LISBOA

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE

• Localização privilegiada, face à excelente relação com o rio, e à topografia, que leva à criação de diversos enquadramentos visuais, pontos de fuga e miradouros

• Riqueza formal e complexidade funcional

• Enorme valor simbólico, urbanístico, histórico e cultural

• Capacidade comercial

• Atractividade turística

• Boas relações de vizinhança e sociabilidade

• Forte sentimento de pertença

• Capacidade de adaptação e flexibilidade

• Segurança

• Existência de logradouros

• Extrema importância na memória urbana

• Testemunho das tradições de várias gerações

POTENCIALIDADES

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE POTENCIALIDADES

ELEMENTOS ÚNICOS E IDENTIDADEO centro da cidade de Lisboa é definido pela heterogeneidade, pela presença de uma identidade bem marcada, e por uma forte capacidade de reconhecimento.

Carácter único.• Aspectos físicos _ formas, traçados, cores, texturas…• Modelos produtivos e processos de evolução• Aspectos culturais da população• Existência de regras• Hábitos, interacção e tradições da população

Questões da memória e do tempo.Deve ser conservada a especificidade destes locais, impedindo as renovações, e a instalação de funções incompatíveis.É necessário um grande controlo das alterações, e dos processos de conservação.A salvaguarda da identidade pode conduzir a um desenvolvimento sustentável.

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE FRAGILIDADES

• Degradação das estruturas físicas e sociais

• Existência de diversas patologias

• Condições de habitabilidade desajustadas em relação aos actuais padrões de conforto, higiene e segurança

• Carências ao nível das infra-estruturas básicas

• Despovoamento

• Envelhecimento da população

• Diminuição da teia de relações

• Dificuldade na realização das tarefas diárias

• Necessidade de espaços de circulação para o peão

• Mobilidade

• Estacionamento

• Perda de competitividade

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE FRAGILIDADES

Dimensão Habitacional

Dimensão Vivencial

Dimensão Comercial

Dimensão Cultural

Dimensão Turística

DIMENSÕES DO DESPOVOAMENTO

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE FRAGILIDADES _ SHRINKING CITIES

• Bienal de Veneza -2006- “As Cidades, Arquitectura e Sociedade”

• Cidades que têm vindo a perder população

• Risco de desaparecimento até 2100

• Detroit (USA), Halle e Leipzig (Alemanha), Ivanovo(Rússia), e Manchester e Liverpool (UK)

• Lisboa e Porto

• Propostas de intervenção de contexto global

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE FRAGILIDADES

DECADÊNCIA DAS ÁREAS CENTRAIS

O centro da cidade não conseguia dar resposta aos problemas e necessidades. Tinha más condições de alojamento e excessivo número de habitantes.Inicialmente o fenómeno de diminuição da população foi planeado.

O aumento da degradação levou ao abandono deste local por parte das classes média e alta.Optam pelas áreas periféricas, onde os solos são mais baratos, e há maior disponibilidade de espaço. O traçado era considerado menos estreito e mais arejado.

Grande ruptura com a morfologia urbana tradicional.Apresentavam boas condições, infra-estruturas, e preços mais económicos na aquisição de imóveis.Predomínio das classes mais baixas no centro.

Perda da atractividade acentuada pelo aumento da mobilidade, das telecomunicações, e pela proliferação dos centros comerciais.

Assiste-se, actualmente, a um aumento do número de edifícios devolutos, e de população envelhecida.O centro começa a apresentar degradação das condições de vida, tráfego congestionado, diminuição do emprego e poluição.

Evolução da população na cidade de Lisboa (esquerda), e na “Grande Lisboa”(direita)

Relação entre o número de jovens e idosos na cidade de Lisboa

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE REABILITAÇÃO URBANA

Cingia-se à noção restrita de “Monumento” – edifícios de carácter excepcional.Rapidamente o seu âmbito é alargado.

Foram elaboradas várias Cartas, Recomendações e Resoluções.Carta de Veneza -1964- alarga o conceito a sítios, urbanos ou rurais.Carta Europeia do Património Arquitectónico -1975-define o conceito de conservação integrada.

A cidade histórica passa a ser vista como exemplo ao nível espacial, bem como ao nível das vivências que proporciona.Preocupação em entender toda a sua complexidade, e de a recuperar, no que respeita às suas características físicas, funcionais e sociais.Problemas como a exclusão social e do território, a sustentabilidade, e os limites do crescimento, passaram a estar em discussão.

• Rápido crescimento da zona suburbana –Surgimento de graves problemas no alojamento, soluções marginais e carências a nível do comércio e serviços.• Crise económica dos anos 70

Estes aspectos contribuíram para a preocupação pela resolução dos problemas das áreas mais antigas da cidade.Encontravam-se perante um acentuado processo de degradação física e social.

Defensores de processos de renovação.

A reabilitação urbana começa a surgir ligada às questões da cidade histórica a partir das décadas de 60 e 70. Até aqui, e desde meados do século XIX, o objectivo era apenas a salvaguarda do Património.

AUMENTO DE INTERESSE PELOS CENTROS HISTÓRICOS

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE APOIO

• PRID

• Gabinetes Técnicos Locais – Unidades de Projecto

• RECRIA; REHABITA; RECRIPH; SOLARH; PER e PROHABITA

• Sociedades de Reabilitação Urbana

• Programas da EPUL

• Lx – Rehabitar o Centro

• Programa Porta 65

• Observatório da Habitação e da Reabilitação Urbana

• Fundo Sete Colinas

• Frente Tejo, S.A.

• Iniciativa JESSICA

• Lx Porta-a-Porta

• Invest Lisboa

INSTRUMENTOS DE APOIO

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE

INSTRUMENTOS

DE

PLANEAMENTO

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PLANOS ESPECIAIS DE SALVAGUARDA

Um dos objectivos da criação dos Gabinetes Técnicos Locais consistia na elaboração de Planos de Salvaguarda.

Não têm conteúdo jurídico, uma vez que nunca chegaram a ser regulamentados. No entanto, isto não impediu que alguns dos seus princípios fossem aplicados.

Quatro princípios fundamentais:• Protecção do património arquitectónico;• Fomento do desenvolvimento do tecido socioeconómico;• Manutenção dos usos urbanos tradicionais;• Definição de condições de segurança.

Objectivo:• Definição e orientação das operações de reabilitação urbana.

Importância da habitação, e da manutenção da identidade dos núcleos urbanos.

Medidas:• Incentivo à participação - Envolvimento e interesse por parte de todos.• Sistematização da informação;• Instalação de equipamentos;• Definição de estratégias que colmatavam carências.

Permitiram a evolução da problemática da reabilitação urbana do centro histórico de Lisboa. Contudo, estes Planos não tiveram uma implementação plena.

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PLANO ESTRATÉGICO DE LISBOA

Aprovado em Junho de 1992. Constitui um importante apoio à tomada de decisão no processo de planeamento.

Instrumento de longo prazo (10 anos), onde são estabelecidas linhas orientadoras bem como os objectivos prioritários para Lisboa, com base numa partilha de responsabilidade com as entidades, agentes e organizações que intervêm na cidade.

Lema:•“Tornar Lisboa a Capital Atlântica da Europa”.

É um instrumento de base socioeconómica, que aponta as debilidades e potencialidades existentes na cidade, e define linhas de orientação, propostas de estratégias, acções e meios para o desenvolvimento da mesma, com vista a potenciar o seu futuro

Debilidades:

• Mobilidade / Acessibilidade;• Condições de habitat e Qualidade de vida;• Sistema Institucional;• Decadência do sistema industrial.

Potencialidades:

• Condições Naturais e Património edificado;• Recursos humanos e científicos;• Capital – Funções centrais;• Localização geoestratégica e Terciarização desordenada.

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

Integra um modelo urbanístico espacializado e diferenciado em quatro zonas ou unidades territoriais, que apresentam alguma homogeneidade.

Linhas Estratégicas: • Fazer de Lisboa uma cidade atractiva para viver e trabalhar;• Tornar Lisboa competitiva no sistema das cidades europeias;• Lisboa, Capital Metrópole;• Uma administração moderna, eficiente e participada.

Grande importância estratégica da reabilitação das áreas centrais da cidade, no processo de desenvolvimento de Lisboa.

Objectivos:• Revalorizar a função habitacional da cidade;• Inverter a tendência para a terciarização;• Atrair novos residentes;• Preservar as ambiências urbanas e sociais.

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PDM

A sua elaboração é decorrente do Plano Estratégico de Lisboa.

Concluído em 1993, e ratificado em 1994. Constitui um instrumento ordenador, com conteúdo normativo.

Procura “estabelecer as regras a que deve obedecer a ocupação, uso e transformação do território municipal e definir as normas gerais de gestão urbanística”.

A preocupação pelas áreas urbanas consolidadas começa a assumir um maior protagonismo, no que diz respeito à preservação das suas características, e àsua revitalização socioeconómica.

Há uma tipificação e pormenorização de categorias de espaço urbano.

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

O PDM define diversas áreas para as quais cria um conjunto de condições de uso e de edificabilidade. Éestabelecida a preservação das áreas históricas, no que respeita à sua morfologia, ambiente e imagem urbana, mas também a necessidade de executar um processo de revitalização social e funcional, através da adopção e coordenação de mecanismos legais e da utilização de financiamentos que possibilitem a reabilitação e requalificação urbanas.

O PDM é responsável pela gestão dos centros históricos, através da delimitação de áreas de valor patrimonial e imposição de regras para a edificação e demolição nestas áreas. No entanto, na zona da Baixa Pombalina/Chiado, apenas prevê obras de restauro.

Objectivos:

• Preservar os usos;

• Controlar a alteração das tipologias urbanas;

• Melhorar as condições de salubridade, segurança e conforto;

• Adequar os equipamentos e infra-estruturas às necessidades dos residentes e da vida moderna.

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

REVISÃO DO PDM

A Câmara Municipal de Lisboa deliberou, em Fevereiro de 2003, rever o Plano Director Municipal de Lisboa.

O projecto preliminar foi aprovado em Novembro de 2010. Encontra-se neste momento, em fase de elaboração.

Objectivos:• Estabelecer as grandes estratégias de desenvolvimento, as orientações e as políticas urbanísticas para o território municipal;• Programar a respectiva execução;• Criar regras para a contratualização com os vários actores que intervêm no território.

“UMA CIDADE PARA O FUTURO, UMA CIDADE PARA AS PESSOAS”

Princípios de Acção:• Harmonia; Intervenção Diferenciada; Reabilitação;Integração; Ocupação selectiva e prudente dos vazios urbanos; Democratização; e Cosmopolitismo.

Cidade mais sustentável, eficiente e enriquecida do ponto de vista vivencial.

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PLANOS DE URBANIZAÇÃO

Aprovados pela Assembleia Municipal de Lisboa, em 1996, os Planos de Urbanização são criados pelos Gabinetes Técnicos Locais, quando se verifica um alargamento das suas áreas de intervenção.

Objectivos:• Potenciar o aumento da qualidade urbana das respectivas áreas;• Resolver situações prioritárias;• Orientar as principais transformações a serem efectuadas.

Obedecem às disposições previstas no regime jurídico dos planos municipais e no regulamento do Plano Director Municipal.

Definição presente no PDM:

“O Plano de Urbanização (PU), define a organização espacial de uma determinada parte do território municipal, que exija uma intervenção integrada de planeamento nomeadamente a definição da rede viária estruturante, localização de equipamentos de uso e interesse colectivo, a estrutura ecológica, o sistema urbano de circulação e transportes, o estacionamento, etc.”

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

O PDM permitiu enquadrar os Planos de Urbanização, orientando-os no desenvolvimento do seu trabalho, e possibilitando a integração dos núcleos antigos nas dinâmicas da cidade.

Os Planos de Urbanização apresentam um conjunto de levantamentos mais exaustivo do que os anteriores Planos Especiais de Salvaguarda.

De acordo com a legislação que os enquadra, estes Planos incluem um plano de financiamento, onde estáintegrada a programação física e financeira

MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA URBANA

Propostas:

• Preservação do património;

• Criação de equipamentos e acessibilidades;

• Melhoria do espaço público;

• Melhoria das condições de habitabilidade, segurança e salubridade dos fogos;

• Condicionar a terciarização (revitalização funcional) – Boa distribuição de usos;

• Criação de medidas que facilitem a circulação e o estacionamento;

• Adaptação às novas exigências da sociedade;

• Travar o fenómeno de despovoamento;

• Reforçar a iluminação pública.

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PLANOS INTEGRADOS DE REABILITAÇÃO URBANA

Os Planos Integrados de Reabilitação Urbana foram criados em 1997.

Pressupunham a implementação do conceito de reabilitação integrada, com acções nos vários domínios da vida social - físico, económico, social e cultural, através de parcerias nas vertentes do planeamento, do financiamento e da decisão, partilhando responsabilidades e encargos.

Medidas:• Recuperação do parque edificado;• Valorização do património;• Revitalização económica;• Animação sociocultural.

Intervenção sobre os edifícios habitacionais, equipamentos e espaços públicos.

Criação de um Grupo de Pilotagem, responsável por:• Planeamento estratégico;• Avaliação processual;• Integração da participação da população.

Objectivo:• Dinamizar o processo de reabilitação a nível geral

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PROPOSTA DE REVITALIZAÇÃO DA BAIXA-CHIADO

Esta Proposta foi apresentada pelo Comissariado da Baixa em 2006.

• Recuperar, reabilitar, requalificar e revitalizar a Baixa-Chiado;• Travar o declínio desta área, atraindo residentes e actividades, despoletando uma dinâmica de sustentabilidade.

A revitalização proposta assenta em quatro ideias estruturantes:

• “Uma centralidade política e institucional com futuro na globalização: um novo Terreiro do Paço”;

• “Um motor de criação de emprego qualificado: um pólo especializado de serviços na economia baseada no conhecimento”;

• “Uma centralidade empresarial específica: um espaço diferenciado de actividades financeiras”;

• “Uma proposta inovadora de organização do espaço e do tempo: um espaço de eficiência colectiva, ordenado e organizado, sujeito a multiutilizações com horários alargados e capaz de gerir o seu ciclo de vida”.

Projecto integrado e sustentável, ao nível social, ambiental e financeiro.

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

Medidas:• Reabilitação e recuperação do edificado e do espaço público, criando condições de conforto e segurança;• Recuperação de imóveis para a habitação de jovens e população de classe média; • Aposta na reabilitação da Frente Ribeirinha;• Reforço da componente turística da zona;• Aumentar a conectividade entre a Baixa e as Colinas;• Criação de espaço comercial ao ar livre;• Criação de uma passagem superior responsável pela ligação entre o Chiado e o Castelo de São Jorge;• Criação de uma circular interna – Circular das Colinas.

Objectivos:• Recolocar a Baixa-Chiado no centro do dinamismo e possibilitar a sua influência no aumento da competitividade da cidade de Lisboa;• Tornar esta zona apta a responder aos desafios do futuro.

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

VISÃO ESTRATÉGICA _ LISBOA 2012

Surge na sequência do anterior Plano Estratégico, sendo o seu processo de preparação iniciado em 2002.

Debilidades:• Mobilidade e Acessibilidades;• Despovoamento dos núcleos históricos;• Carência de equipamentos de proximidade;• Áreas obsoletas do sistema industrial;• Insuficiente Presença e Actividades Produtivas.

Potencialidades:• Condições naturais e Património;• Recursos humanos e científicos;• Localização geoestratégica Atlântico-Mediterrânica;• Funções Centrais de Capital Metrópole Europeia;• Conectividade e Inserção em Redes Supranacionais.

A Visão Estratégica constitui a base do II Plano Estratégico de Lisboa.

Missão:“Reposicionar Lisboa, simultaneamente, como Capital Atlântica da Europa e como Porta Europeia do Mediterrâneo, retirando partido de um conjunto de factores de inegável valia, nomeadamente, a posição geoestratégica, o património natural, construído e cultural, o dinamismo económico e a distinção no contexto europeu.”

Eixos de Desenvolvimento Urbano:• Lisboa, Cidade de Bairros;

• Lisboa, Cidade de Empreendedores;

• Lisboa, Cidade de Culturas;

• Lisboa, Cidade de Modernidade e Inovação.

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PLANO ESTRATÉGICO DO PORTO DE LISBOAO Plano Estratégico do Porto de Lisboa foi criado pela Administração do Porto de Lisboa em 2007. Tem um horizonte de actuação até 2025.

Prevê uma especialização em três domínios para a frente ribeirinha:• Ao nível da carga contentorizada;• Ao nível dos navios de cruzeiro;• Ao nível náutico de desporto e de recreio.

O novo Terminal de Cruzeiros, tem a sua conclusão prevista para 2013:• Área total de 7790m²;• Projecto do arquitecto Carrilho da Graça;• Promove um forte diálogo entre a cidade e o rio, entre a colina de Alfama e o Tejo;• Criação de um grande parque verde urbano envolvente;• Espaço polifuncional.

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PLANO DE PORMENOR DE SALVAGUARDA DA BAIXA POMBALINA

Opções Estratégicas:• Promoção da requalificação urbana;• Preservação da identidade histórica e arquitectónica;• Revitalização e revalorização funcional;• Atracção de população residente;• Estruturação da ligação entre a Baixa e as Colinas;• Criação de mais oferta de estacionamento;• Integração de medidas de participação.

A Proposta de Plano foi aprovada em Reunião de Câmara em Novembro de 2010, e submetida àAssembleia Municipal de Lisboa.

Princípio Geral de Intervenção: Manutenção e Conservação do existente.

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

PLANOS DE PORMENOR DE REABILITAÇÃO URBANA

Objectivos:• Inverter a tendência de abandono da população;• Preservar o ambiente e morfologia das áreas intervencionadas;• Incentivar a reabilitação e a sustentabilidade ambiental; • Promover a salvaguarda do património edificado;• Reforçar a função residencial destas áreas; • criar medidas relacionadas com a estruturação do espaço público, para que este se adapte às novas exigências de conforto e segurança;• Reordenar o trânsito automóvel;• Criar equipamentos públicos de proximidade e de percursos pedonais;• Interligar as Colinas.

Estes Planos propõem a alteração e adaptação dos Planos de Urbanização, de forma a poderem responder às actuais necessidades e exigências. A sua conclusão está prevista para 2012.

Plano do Bairro Alto/Bica – 550 000m²Plano da Madragoa – 267 000m²Plano da Colina do Castelo – 680 000m²

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

CARTA ESTRATÉGICA DE LISBOA 2010-2024

Tem como objectivo, dar resposta aos principais desafios que se colocam actualmente à cidade de Lisboa, e que se traduzem em:

• “Como recuperar, rejuvenescer e equilibrar socialmente a população?”• “Como tornar Lisboa uma cidade amigável, segura e inclusiva para todos?”• “Como tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente?”• “Como transformar Lisboa numa cidade inovadora, criativa e capaz de competir num contexto global, gerando riqueza e emprego?”• “Como afirmar a identidade de Lisboa, num Mundo globalizado?”• “Como criar um modelo de governo eficiente, participado e financeiramente sustentado?”

A resposta a estes desafios passa por:• Reabilitar e requalificar o ambiente físico da cidade;• Atrair faixas etárias mais jovens;• Reduzir as assimetrias sociais;• Melhorar a qualidade de vida da população;• Desenvolver um processo amplamente participado;• Estabelecer políticas que conduzam àsustentabilidade ambiental e à eficiência energética;• Promover empregos e oportunidades;• Criar uma forte estratégia de comunicação.

Objectivo:• Desenvolvimento sustentável de Lisboa

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE INSTRUMENTOS DE PLANEAMENTO

CARTA DOS BIP/ZIP

A Carta dos Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária encontra-se integrada no âmbito dos objectivos do Programa de Habitação Local.

Foi aprovada em Julho de 2010, e após um período de debate público, foram estabelecidos 64 BIP/ZIP

Constituem os locais em que se encontram as ocorrências mais críticas ao nível das dimensões socioeconómica e urbanística.

Apresentam carências sociais, degradação do edificado e/ou falta de equipamentos e transportes.

São propostas operações de requalificação, com a participação das todas as entidades que de alguma forma se relacionem com esses locais.

Objectivos:

• Melhoria da qualidade de vida urbana;

• Coesão territorial.

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE PARTICIPAÇÃO

Pressupõe uma parceria entre todos os actores que intervêm no território, com vista a um desenvolvimento sustentável.

Passa pela promoção de processos de diálogo entre decisores, técnicos e população geral, nos quais são discutidos pontos de vista e apresentadas todas as informações relativas às intervenções. Os cidadãos podem expressar as suas opiniões e preferências, participando nos programas de desenvolvimento local.

Leva a um planeamento estratégico, pragmático e de oportunidades.

Existem diversas metodologias de participação.

Implica uma forte estratégia de comunicação.

Integrar a população nos processos de planeamento é de extrema importância, porque:

• A falta de informação e envolvimento da população conduz, por vezes, a reacções negativas face àmudança;• Consciencializa a população para a importância da imagem da cidade, e da impossibilidade de alcançar um planeamento sustentável sem a participação de todos;• Aumenta a responsabilidade dos cidadãos, o sentido de pertença, bem como o espírito de cidadania;• Garante uma integração de saberes;• Permite ouvir e ponderar as necessidades dos vários grupos sociais afectados pelas decisões;• Diminui a incerteza e os riscos de decisão;• Combate a exclusão social, e aumenta o espírito de colaboração e solidariedade.

Leva à criação de UMA CIDADE A FAVOR DOS CIDADÃOS.

PARTICIPAÇÃO

ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE DO CENTRO DE LISBOA

• Reabilitação das construções degradadas;

• Instalação de infra-estruturas básicas;

• Recuperação e preservação dos espaços verdes e parques públicos;

• Criação de estabelecimentos comerciais de uso diário;

• Criação de estruturas técnicas de apoio e de procedimentos expeditos de aprovação de projectos de recuperação de edifícios;

• Criação de incentivos fiscais que favoreçam a adesão aos programas de apoio;

• Promoção da participação da população;

• Introdução de novas formas de mobilidade;

• Desvio de grandes infra-estruturas.

LINHAS DE ACÇÃO É proposta a Reabilitação Urbana para o desenvolvimento destas áreas.A reabilitação urbana permite fixar a população residente no local, e criar condições para atrair novas famílias.

A reabilitação urbana tem que envolver o património físico, a população e o meio ambiente, no sentido de elevar o nível das condições de vida dos seus residentes.

Preocupação pela manutenção do núcleo social. Risco de gentrificação.Somente através da integração dos núcleos antigos com os novos territórios, é possível alcançar um desenvolvimento sustentável e criar competitividade.

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Seminário _ Património Hospitalar de Lisboa: Que futuro? 2 e 3 de Dezembro de 2010, Lisboa, FA-UTL/CIAUD; ICOMOS Portugal; CHLC

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ESTRATÉGIAS PARA O REFORÇO DA ATRACTIVIDADE DO CENTRO DE LISBOA“PATRIMÓNIO HOSPITALAR DE LISBOA: QUE FUTURO?”

Miriam Pereira _ FAUTL

A Reabilitação Urbana como um novo Futuro para uma Cidade de Tradição