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O CONSTRUIR Entrevista Em entrevista exclusiva, Marcelo Gil Castello Branco, presidente do Sinduscon-PA, faz um balanço das ações desenvolvidas pelo sindicato. www.sindusconpa.org.br BOLETIM INFORMATIVO - ANO 08 - Nº 95/AGOSTO 2013 SINDUSCON-PA Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará Central de Serviços desenvolve ações estratégicas para o setor da construção

estratégicas para o setor da construção - Sinduscon-PA · terminado sistema construtivo atende a todos os requisitos da NBR 15575 - Edificações habitacionais - Desempenho. De

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Entrevista Em entrevista exclusiva, Marcelo Gil Castello Branco, presidente do Sinduscon-PA, faz um balanço das ações desenvolvidas pelo sindicato.

www.sindusconpa.org.br

BOLETIM INFORMATIVO - ANO 08 - Nº 95/AGOSTO 2013SINDUSCON-PA

Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

Central de Serviços desenvolve ações estratégicas para o setor da construção

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SINDUSCON-PASindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

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EXPEDIENTESede Administrativa: Tv. Quintino Bocaiúva, 1588, 1 Andar, Nazaré – BelémCentral Belém: Av. Nazaré, 649 – Nazaré - (91) 3241-8383Projeto Gráfico: Belle Époque Produtora/Gilvan Capistrano – Edição: Belle Époque/Gil SóterRedação: Gil Sóter/Gilvan Capistrano Fotos: Gil Sóter/Divulgação Diagramação: Fábio BeltrãoCoordenação: Eliana Veloso Farias

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Há quase uma década, o Sinduscon-PA vem atuando de ma-neira intensiva em áreas estratégicas para o pleno desenvolvimento e fortalecimento do setor da construção civil do Pará. Tendo como focos a saúde e prevenção de doenças do trabalhador, e a capacitação dos mesmos, a Central de Serviços atendeu a cerca de 8 mil trabalhadores no último ano. Assim, a matéria de capa destaca a importância das ações do sindicato ao operar nestas duas frentes fundamentais para o amadureci-mento dos serviços prestados pelas construtoras do estado.

Em entrevista exclusiva, o presidente do Sinduscon-PA, Marcelo Gil Castello Branco pontua os principais aspectos dessa atuação do sindicato, fala da importância das parcerias e dos resultados alcança-dos pela ações da Central de Serviços.

Outra pauta abordada nesta edição é a parceria entre o Sindus-con-PA e a Audiomed, empresa com uma trajetória de dez anos, que irá prestar serviços de diagnóstico rápido e atendimentos de saúde a baixo custo, com especialistas em saúde do trabalhador, em um novo espaço inaugurado na Central de Serviços.

Confira ainda uma análise sobre a geração de empregos e a nova fase vivida pelo setor no Pará, que apresentou um recuo na cria-ção de novas vagas, mas tem uma perspectiva promissora neste se-gundo semestre de 2013.

Boa leitura!A Diretoria.

Base de dados da CBIC avalia sistema construtivo em atendimento à Norma de Desempenho

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) está desenvol-vendo o projeto “Base de Dados Nacional de Conformidade em Desempe-nho”. O objetivo é reunir e disponibilizar informações sobre o desempenho de sistemas construtivos convencionais e suas variações no Brasil.

Ensaios técnicos e outros métodos de avaliação mostrarão se um de-terminado sistema construtivo atende a todos os requisitos da NBR 15575 - Edificações habitacionais - Desempenho. De acordo com a entidade, na sequência deste processo, será desenvolvido também estudos de even-tuais impactos do atendimento da norma nos custos das construções ha-bitacionais.

Marcelo Gil Castelo BrancoPresidente

Fernando de Almeida TeixeiraVice-Presidente

Manoel Pereira dos Santos JúniorDiretor de Obras Públicas de Edificações

Luiz Pires Maia JúniorDiretor Adjunto de Obras Públicas de Edificações

Lázaro Ferreira de CastroDiretor de Obras Públicas Rodoviárias

Paulo Maurício Oliveira SalesDiretor Adjunto de Obras Públicas Rodoviárias

Paulo Guilherme Cavalleiro de MacedoDiretor de Obras Públicas de Saneamento e Urbanismo

Wagner Jaccoud BitarDiretor de Obras e Serviços da Iniciativa Privada

João Ricardo Domingues LoboDiretor de Indústria Imobiliária

Alex Dias CarvalhoDiretor Adjunto de Indústria Imobiliária

Fernando José Hoyos BentesDiretor de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente

Luiz Carlos Corrêa de OliveiraDiretor Adjunto de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente

Paulo Henrique Domingues LoboDiretor de Materiais de Construção

Jorge Manoel Coutinho FerreiraDiretor Adjunto de Materiais de Construção

Luiz Sérgio Campos LisboaDiretor de Economia e Estatística

Armando Câmara Uchôa JúniorDiretor Adjunto de Economia e Estatística

Daniel de Oliveira Sobrinho Diretor do Setor Elétrico

Oriovaldo MateusDiretor Regional Sul do Pará

SUPLENTES DE DIRETORIA

José Maria dos Reis Cardoso1º SuplenteÁlvaro Gomes Tandaya Neto2° SuplenteAlexandre de Souza Coelho3° Suplente

CONSELHO FISCAL

Lutfala de Castro BitarJefferson Rodrigues BrasilAntônio Clementino Rezende dos SantosClóvis Acatauassú Freire Antônio Fernando Wanderley MoreiraJosé Nicolau Netto Sabádo

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da Construção e os trabalhadores que nele atuam. “A atenção em saúde e segurança do trabalhador é uma prioridade deste sindicato há anos e, por isso, já proporcionou atendimentos especializados, im-plementação de programas, qualificações, dentre outras ações. Esse novo passo representa novos investimentos em celeridade, qualidade e preço justo”, avalia Eliana Veloso.

Com o serviço, a expectativa é que 1.400 aten-dimentos sejam realizados por mês na Central de Serviços, que tem como diferencial o cumprimento às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, já que é o sindicato patronal promovendo as ações. O próximo passo do Sinduscon-PA é aliar programas de saúde do trabalho ao projeto Construção Saudável, que trata da educação do trabalhador em temas rela-cionados a sua saúde. “O resultado dessa ação é a re-dução de doenças, inclusive ocupacionais,diminuindo o absenteísmo e acidentes no trabalho”, destaca Elia-na Veloso.

No canteiro de obras, o trabalhador da cons-trução civil é o agente central no funcionamento do setor. E para resguardar a saúde desses trabalhado-res, no último dia 16, o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-PA) implementou um importante serviço de diagnóstico rápido e consultas médicas a baixo custo que estará à disposição das empresas e cola-boradores do setor.

Em um espaço novo e equipado, além de consul-tas de rotina, serão oferecidos serviços como audiome-tria, elaboração e coordenação de Programa de Contro-le Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), entre outros atendimentos. Em parceria com a Clínica Audiomed, empresa com dez anos de trajetória, os atendimentos serão realizados por médicos especialistas em seguran-ça no trabalho.

“Investir no colaborador, na sua saúde, na valo-rização do seu trabalho é com certeza um investimen-to com retorno garantido. Observo que muitas em-presas acham que gastar com a saúde do trabalhador é um custo, porém, essa perspectiva é um equívoco. A empresa moderna cria ações para o bem estar, promovendo a satisfação do funcionário no local de trabalho, e, consequentemente, o aumento de produ-tividade”, destaca Nelson Vasconcelos, administrador da Audiomed.

Apenas no primeiro semestre deste ano, mais de 2.900 trabalhadores foram atendidos na Central de Serviços do Sinduscon-PA, que agora firma par-ceria com a Audiomed em busca de oferecer mais e melhores serviços de saúde aos trabalhadores do setor.

Para a gestora da Central de Serviços do Sin-duscon-PA, a parceria com a Audiomed representa uma evolução dos serviços que beneficiam o Setor

Central de Serviços do Sinduscon-PA oferece novo serviço de saúde

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Proteção contra descargas elétricas é tema de palestra

Descargas elétricas são fenômenos naturais imprevisíveis. Num clima marcado por constantes chuvas e tempestades como o do estado do Pará, a incidência de raios é constante e requer cuidados redobrados. A fim de orientar projetistas, engenhei-ros e técnicos envolvidos em projetos elétricos so-bre o assunto, o Sinduscon-PA promoveu, no último dia 29 de agosto, a palestra sobre Sistema de Prote-ção Contra Descarga Atmosférica (SPDA).

O objetivo da palestra foi demonstrar métodos do sistema de proteção de forma que, a partir dele, possam ser minimizados danos estruturais e danos à rede elétrica, e até mesmo resguardar vidas.

“Um SPDA projetado e instalado conforme norma não pode assegurar a proteção absoluta de uma estrutura, pessoas ou objetos, entretanto reduz os riscos de danos”, destaca Normando Alves, dire-tor de Engenharia da Termotécnica Pára-Raios, que ministrou o curso.

O tipo e o posicionamento do SPDA devem ser estudados no projeto da edificação para máxi-mo proveito dos elementos condutores da estrutura. Quando tal sistema é corretamente instalado, reduz consideravelmente os riscos de danos, pois pode cap-tar os raios que iriam – fatalmente - cair nas proximi-dades de sua instalação, proporcionando um caminho seguro e de baixa resistência ao escoamento das cor-rentes elétricas das descargas atmosféricas.

Realizado no auditório da Fiepa, o curso con-tou com a participação de 51 profissionais de 32 empresas. Entre os tópicos abordados, Formação de nuvens e raios, Parâmetros dos raios, Acidentes

com pessoas, Acidentes em edificações, Métodos de dimensionamento, Cálculo das descidas, Ater-ramento e Equalização de potenciais. Os principais métodos para dimensionamento do sub-sistema da captação também foram discutidos: Franklin, Eletro-geométrico e Malhas ou gaiola.

Para Tiago Alencar Silva, técnico de segu-rança da Infraero, a palestra foi uma importante iniciativa do Sinduscon-PA. “Foi muito enriquecedor porque foi uma oportunidade de interagir com ou-tros profissionais e trocar experiências em seguran-ça do trabalho. Além disso, o tema é fundamental para qualquer profissional que atua em construções e também nos setores aéreos e portuários, porque aqui temos um índice de raios muito maior que no sul, por exemplo, e temos muitas chuvas. Então saber aplicar técnicas de segurança para evitar danos provocados por descargas elétricas é primordial”, destaca.

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End.: ROD. PA-150 (ALÇA VIÁRIA) KM 2,5 S/N - MARITUBA/PATEL/FAX.: (91) 3184-8500 / 3184-8560

Há 9 anos, a Central de Serviços do Sinduscon-PA teve sua abrangência ampliada de forma inédita. A criação do Projeto Construir agregou ao sindicato a possibilidade de promover diversos serviços, atuando de maneira importante na prevenção de doenças e acidentes do trabalho, e na qualificação dos trabalha-dores que operam nos canteiros de obra do estado. Indispensáveis para o bom andamento do setor da construção, a qualidade de vida a qualidade profissio-nal dos trabalhadores, então, tornaram-se as linhas de frente de ação da central.

No mais recente ano de trabalho, a Central de Serviços alcançou um número significativo de benefi-ciados. Foram 1.920 trabalhadores capacitados; quase três mil atendimentos médicos prestados e 3.127 par-ticipantes das palestras de prevenção de doenças pro-movidas gratuitamente pelo projeto Construção Sau-dável nos canteiros de obras. Os números apontam que, entre julho de 2012 e junho de 2013, cerca de 8 mil trabalhadores foram diretamente beneficiados pela atuação da Central de Serviços do Sinduscon-PA.

Para Marcelo Castello Branco, presidente do Sinduscon-PA, o saldo positivo das ações da Central de Serviço foi estratégico para o amadurecimento do mercado da construção no Pará. “Os serviços re-alizados atendem à estratégia de desenvolvimento setorial por meio do investimento no humano e no tec-nológico. Conseguimos fazer com que, principalmen-te, as pequenas empresas do setor recebessem uma série de serviços e se qualificassem para poder operar dentro do padrão de qualidade exigido pelo mercado. Isso foi decisivo para o setor no Pará”, analisa.

Convênios e parcerias com diversas entida-des foram fundamentais para realização dessas ações. “O Sebrae-PA é nosso parceiro e acredita em nossa filosofia de trabalho desde o início. Construí-

mos juntos e, com muito trabalho, o Projeto Construir na Grande Belém, o Projeto Construção na Região de Carajás e o Projeto de Desenvolvimento do Setor da Construção”, destaca Marcelo Castello Branco.

Outros importantes exemplos de parcerias são instituições como a Fiepa, Acop, Ademi-PA, Seter, Crea-PA, Clube de Engenharia, universidades e cen-tros de ensino e pesquisa.

CapacitaçãoNo período, trabalhadores de 109 empresas

participaram de cursos e palestras de capacitação, ministrados por especialistas em segurança do tra-

Sinduscon-PA desenvolve serviços estratégicos para o setor

Banner da Campanha Construção Saudável 2013

Palestra para trabalhadores no canteiro de obras da Síntese

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balho e engenheiros da construção civil. No total, foram mais de 70 turmas, beneficiando 1.920 traba-lhadores.

“Um profissional formalmente capacitado ren-de muito mais para a empresa, pois adquire conhe-cimentos para executar os seus serviços da maneira correta, ou seja, de acordo com as normas técni-cas. Além disso, as capacitações permitem habili-tar nossos funcionários para outras funções. Dessa forma, os cursos oferecidos pelo Sinduscon-PA são de grande importância visto que ampliam os conhe-cimentos dos nossos funcionários e muitas vezes permitem que o mesmo ascenda profissionalmente”, avalia Amanda Contente, do Comitê de Qualidade da Freire Mello, uma das construtoras de maior par-ticipação nos cursos e palestras promovidos pelo Sinduscon-PA.

Prevenção e SaúdeForam mais de 3 mil atendimentos médicos pro-

movidos pela Central de Serviços, que oferece, a baixo custo, serviços como audiometria, elaboração e coor-denação de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Constru-ção Civil (PCMAT), Programa de Prevenção dos Ris-

cos Ambientais (PPRA) e outros.Dentro do Projeto Construção Saudável, o

Sinduscon-PA oferece palestras que abordam doen-ças recorrentes entre os trabalhadores que atuam nos canteiros de obras.

Com o objetivo de orientar os colaboradores da construção civil, o projeto é desenvolvido desde 2011, e é ação integrante da política de responsa-bilidade social desenvolvida pelo sindicato. A cam-panha tem o apoio do Ministério Público do Estado (MPE), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI) e da Associação das Construtoras de Obras Públicas do Estado do Pará (ACOP).

Cerca de 10 mil pessoas já participaram de atividades da campanha. No último ano, mais de 3 mil trabalhadores de 25 empresas foram beneficia-dos com cerca de 60 palestras proferidas em diver-sos canteiros de obras.

“Os investimentos em prevenção são es-trategicamente indicados para o desenvolvimento empresarial e setorial porque utilizam tempo e ser-viços de forma inteligente, minimizando ao máximo problemas ocasionados pela insegurança, pela de-sinformação e pelo desconhecimento. Importantes resultados foram conquistados, como a redução nos índices de acidentes no trabalho nas empresas que utilizam os nossos serviços”, destaca Marcelo Cas-tello Branco.

Investir em saúde preventiva mostra-se um benefício tanto para o trabalhador quando para o empresariado. “É de grande interesse para a empresa que seus funcionários estejam sau-dáveis e tenham conhecimento de medidas de prevenção e tratamento de doenças, porque des-ta forma podem se dedicar plenamente as suas funções sem necessidades de afastamentos por problemas de saúde”, analisa Amanda Conten-te, da Freire Mello.

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Em entrevista ao informativo, o presidente do Sinduscon-PA, Marcelo Castello Branco, faz um balanço da última década de atuação do sin-dicato e destaca a importância para o setor dos projetos desenvolvidos pela Central de Serviços.

Em mais de 70 anos de trajetória, o Sin-duscon-PA vive, há 9 anos, um momento dife-renciado da Central de Serviços. Qual a sua avaliação do desempenho dos projetos nessa última década de atuação?

Tivemos um grande diferencial com a cria-ção da Central de Serviços e com a implantação de ações como o Projeto Construir, o Alfabetiza-ção na Construção, e o Construção Saudável. Im-portantes resultados foram conquistados, como a redução nos índices de acidentes no trabalho nas empresas que utilizam os nossos serviços. A im-plantação de ações como a qualificação evolutiva das construtoras em qualidade e produtividade, o planejamento de obras, o assessoramento em mercado e a consultoria em direito preventivo be-neficiam nossas construtoras no seu cotidiano e na sua gestão. Milhares de trabalhadores foram beneficiados com cursos de qualificação, orien-tação para o trabalho e para a sua qualidade de vida. Temos a produção do melhor Custo Unitário Básico do Brasil, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção; fomos reconheci-dos com o Prêmio Nacional de Responsabilida-de Social pelas boas práticas desenvolvidas em qualificação, inserção no mercado e inclusão so-cial; temos reconhecimento do Instituto Casa da Criança pela ação integrada e compartilhada dos construtores ao abrigo de crianças com deficiên-cia. São exemplos dos nossos bons resultados, mas também são indicadores de que o Sindus-con-PA deve sempre trilhar com o foco na solução

dos desafios enfrentados pelas construtoras e que não são poucos, visto que o nosso setor tem o PIB estadual de R$ 5.491.033, de acordo com o mais recente levantamento, datado de 2012.

Qual a importância desse tipo de iniciati-va para o Setor da Construção no Pará?

Conseguimos fazer com que, principalmente, as pequenas empresas do setor recebessem uma série de serviços e se qualificassem para poder operar dentro do padrão de qualidade exigido pelo mercado. Isso foi decisivo para o setor no Pará. Esse tipo de atuação garante uma nova performan-ce institucional ao Sinduscon-PA e contribui para a elevação da competitividade empresarial das nos-sas construtora. Atualmente o Setor da Construção emprega mais de 95 mil trabalhadores no Pará, de acordo com dados de julho deste ano, sendo o seg-mento econômico que mais emprega e que aquece uma cadeia produtiva de 285 mil trabalhadores.

Que parcerias foram firmadas para que a Central de Serviços chegasse ao nível que está hoje?

Convênios e parcerias com diversas entida-des foram fundamentais para realização dessas

Entrevista

Marcelo Gil Castello Branco

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ações. O Sebrae-PA é nosso parceiro e acredi-ta em nossa filosofia de trabalho desde o iní-cio. Construímos juntos e, com muito trabalho, o Projeto Construir na Grande Belém, o Projeto Construção na Região de Carajás e o Projeto de Desenvolvimento do Setor da Construção. Outros importantes exemplos de parcerias histó-ricas são instituições como a Fiepa, Acop, Ade-mi-PA, Seter, Crea-PA, Clube de Engenharia, universidades e centros de ensino e pesquisa. Sem elas dificilmente teríamos esse avanço.

Qual a importância da prevenção e do atendimento aos trabalhadores do setor?

Os investimentos em prevenção são estra-tegicamente indicados para o desenvolvimento empresarial e setorial porque utilizam tempo e serviços de forma inteligente, minimizando ao máximo problemas ocasionados pela inseguran-ça e pela desinformação. O Projeto Construção Saudável é um dos exemplos. Neste ano, foram mais 600 profissionais beneficiados com pales-tras nos canteiros de obras, e 1600 atendimen-tos médicos realizados em nossa Central de Serviços. Cada trabalhador impactado por uma palestra sobre saúde e prevenção ou um aten-dimento faz uma diferença enorme nos can-teiros de produção e nos seus outros ambien-tes de convivência. Ele passa a ser um agente multiplicador e essa é a grande importância do trabalho que vem sendo desenvolvido.

Quais os desafios nessa empreitada?O maior desafio é sensibilizar as empresas

construtoras, que por incrível que pareça mais de 50% das associadas ainda não acessam os serviços desenvolvidos para beneficiar o setor, mesmo que muitos desses serviços sejam ofe-recidos sem ônus aos empresários associados, como por exemplo, as palestras educativas, o Construção Saudável e as consultorias nas áre-as jurídica e econômica. Outros serviços que

também são oferecidos dentro do melhor padrão de qualidade são utilizados por uma demanda aquém das nossas expectativas de contribuição às melhorias empresariais. Essa realidade me leva à conclusão de que este desafio consiste na contribuição mais efetiva para a elevação do nível de consciência empresarial da classe, que precisa apostar menos em procedimentos ime-

diatistas e mais na visão estratégica, sustentável e de longo prazo. É necessária a participação de todo o empresariado. A força está no conjunto.

Como o senhor avalia a relação de confian-ça que o sindicato conseguiu estabelecer no se-tor?

Creio que as construtoras paraenses acredi-tam no trabalho desenvolvido pelo Sinduscon-PA e fazem parcerias para que tais serviços cheguem aos seus trabalhadores exatamente pelo empenho e participação tanto da diretoria como dos profis-sionais envolvidos nos serviços prestados. Nesses 71 anos de atuação, este sindicato já passou por vários momentos de atuação e de perfil de repre-sentatividade. Nos últimos 12 anos, buscamos o alinhamento entre as necessidades empresariais e as oportunidades. Para tanto, enfrentamos os pro-blemas com serviços, ousamos e nos empenha-mos ao máximo na aproximação com empresas, fornecedores, prestadores e parceiros. Essa é a fórmula que baliza o nosso trabalho.

“De acordo com a Jucepa, temos mais de 9 mil empresas

construtoras constituídas no Pará. O Sinduscon-PA tem cerca

de 120 associadas,se tivéssemos mil associadas,

teríamos oito vezes mais a força que temos hoje e faríamos muito mais pelo setor em todo Estado.”

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Análise do emprego da construção paraense no 1º semestre de 2013

O ritmo de crescimento do emprego da construção paraense desacelerou nos primeiros sete meses de 2013: foram criados 10.362 pos-tos formais, desempenho inferior ao registrado no mesmo período de 2012, quando foram criadas 11.736 vagas celetistas.

Belo Monte foi o principal responsável pelo desempenho na abertura de novo postos, no pe-ríodo de janeiro a julho deste ano, com criação de 7.909 postos com carteira assinada, totalizan-do 21 mil trabalhadores ocupados no canteiro de obras da hidrelétrica.

A Região Metropolitana experimentou uma baixa performance no período, quando foram cria-dos 654 postos de trabalho segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados.

A alta dos juros que vem ocorrendo na economia brasileira torna os financiamentos habitacionais mais competitivos frente a outras fontes de financiamento. Este é o caso dos fi-nanciamentos para aquisição de veículos e ele-trodomésticos, que vem crescendo substancial-mente com a alta da taxa de juros na economia brasileira.

A baixa criação do emprego formal na RMB, o principal mercado imobiliário do Pará, é decor-rente da fraca performance em lançamentos e vendas na região.

Entretanto, considerando a sazonalidade de maior produção no segundo semestre, o merca-

do imobiliário da Região Metropolitana de Belém poderá ser mais dinâmico no período de julho a dezembro do corrente exercício.

Já a partir de julho, registrou-se uma mu-dança no ritmo de geração de novos postos, que alcançou 1.809 vagas. Assim, consideran-do a sazonalidade de maior produção no segun-do semestre, tal situação indica que o mercado imobiliário da RMB poderá ser mais dinâmico a partir do mês de julho até do final do presente exercício.

José Roberto Marques Rodrigues Assessor Econômico do Sinduscon-PA

Meses Pará AltamiraJaneiro 66 1.221Fevereiro 1.132 2.772Março 3.430 4.013Abril 3.769 4.287Maio 4.739 5.852Junho 7.520 7.909Julho 10.352 9.382

Fonte: CAGED/MTE

Estado do ParáConstrução Civil – EmpregoPeríodo de Janeiro a Julho/2013.

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Terceirização das atividades produtivas – diferença entre atividade meio e atividade fim

Cabe ao administrador do negócio verificar sobre a conveniência de terceirizar os setores de sua empresa, sejam estes relacionados ou não com a atividade fim da mesma, inexistindo lei or-dinária que possa vedar esta prática.

Assim, o fundamento jurídico para a imple-mentação do processo de terceirização está nos artigos 5º, inciso XIII, e 170, parágrafo único, da Constituição Federal, que dispõem:

“Art. 5º - ............... (omissis) .................inciso XIII - É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.

“Art. 170 - ............ (omissis) ...............Parágrafo único – é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de au-torização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”.

A diferenciação entre atividade-meio e atividade-fim para caracterizar a licitude ou ilic-

itude da terceirização, não é aceitável, porque a evolução e o aperfeiçoamento da administra-ção empresarial são uma necessidade imposta pelo mercado competitivo, daí porque deve ser afastada a ideia preconceituosa de que a ter-ceirização somente é legal quando realizada em atividades-meio, sendo previamente ilegal nas atividades-fim da terceirizada, na medida em que a complexidade do processo produtivo chega a tal ponto que muitas vezes é impossível diferenciar as ações acessórias das principais, e isto ocorre em face da contínua mutação das técnicas de produção.

Atividade-fim e atividade-meio não são conceitos jurídicos-trabalhistas e sim empre-sariais. Cabe, pois, às empresas contratante e contratada delimitarem o objeto da prestação de serviços.

Portanto não há critério seguro para dife-renciação de atividade-meio e atividade-fim. O critério concerne à área empresarial e não ju-rídico-trabalhista.

Por Alex BrandãoAssessor Jurídico do Sinduscon-PA

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Em agosto, o Sinduscon-PA promoveu um curso sobre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, no canteiro de obras da Síntese Engenharia, em Belém.

Vinte trabalhadores receberam informações valiosas sobre a prevenção de acidentes e do-enças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

A CIPA é composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR 05.

O curso, ministrado pelo engenheiro de se-gurança do trabalho do Sinduscon-PA, Jorge Ma-chado, abordou tópicos como a identificação dos

riscos do processo de trabalho; elaboração do mapa de riscos; plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; entre outros, além da divulgação da campanha contra o HIV Aids.

Inscrições e informaçõesCentral de Serviços Projeto Construir – Grande BelémAvenida Nazaré, 649 – 3241-8383 - www.sindusconpa.org.br - e-mail: [email protected]

CALENDÁRIO SETEMBROBELÉM

Cipa é tema de curso promovido em canteiro de obras

CURSOS CARGA HORÁRIA INSTRUTOR HORÁRIO

Curso: Aperfeiçoamento para Mestre de Obras e Encarregados 40 Willy Castelo 18h às 22h

Curso: Técnicas em Gestão do Almoxarifado na Construção Civil 20 Willy Castelo 18h às 22h

Palestra: Patologia das Instalações Hidrossanitárias 01h30m Paulo C. Corrêa Vieira 18h30 às 20h

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Boletim EconômicoBoletim EconômicoAnálise Econômica Agosto de 2013

Em dezembro de 2012, o Governo Federal anun-ciou um pacote de incentivos destinado ao setor da construção civil, com objetivo de estimular principalmen-te o setor imobiliário. Entre as mudanças anunciadas na Medida Provisória (MP) 601/2012, estava uma antiga de-manda do setor: a desoneração da folha de pagamentos. De acordo com a nova regra, no lugar da contribuição de 20% sobre a folha de salários, o setor passará a pagar 2% sobre o faturamento bruto. Embora comemorada pe-los empresários, a desoneração gerou dúvidas e levantou pontos que não ficaram bem esclarecidos. Com a queda da MP 601 e a homologação da Lei 12.844, em julho do

corrente ano, a partir do cálculo do CUB de novembro, a ser divulgado no mês de dezembro, o Custo Unitário Básico será divulgado em duas versões: CUB sem de-soneração que não sofrerá alteração e o CUB com de-soneração (deduzidos os 20% relativamente ao INSS). O montante da mão de obra informado pelas empresas, após a dedução de 20%, calculada automaticamente pelo sistema que processa os cálculos do CUB resulta-rá na redução, de 11,5%, do total da mão de obra, en-quanto que o valor do CUB desonerado, ficará reduzido em 6%. Quaisquer dúvidas poderão ser solucionadas com acesso ao e-mail [email protected].

De acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o ritmo de crescimento do emprego da construção paraense nos primeiros sete meses de 2013, totalizando a criação de 10.362 postos formais, desacelerou quando comparado com a abertura de 11.736 vagas celetistas relativamente ao mesmo inter-valo de tempo de 2012.

Os principais responsáveis pelo desempenho no período de janeiro a julho do corrente, foram Belo Mon-te com abertura de 7.909 postos celetistas, totalizando 21 mil postos formais no canteiro de obras da Hidrelé-trica, seguida pela Região Metropolitana de Belém que criou 1.809 empregos formais.

A construção paraense ainda tem fôlego para man-ter sua atividade neste segundo semestre de 2013 e no primeiro trimestre de 2014. O consórcio Norte Ener-gia estima alcançar 28 mil postos de trabalho formais.

Na Região Metropolitana de Belém, o desafio para o mercado imobiliário nos próximos meses será fechar contratos para que novas obras se iniciem quando as atuais forem concluídas.

O mercado imobiliário da RMB historicamente tem se mostrado dinâmico, pois a alta dos juros torna os financiamentos habitacionais mais competitivos frente a outras fontes de financiamentos, embora os agentes financeiros venham se mostrando um pouco mais rigo-rosos na concessão do crédito.

O cenário econômico do país é menos pessimista que o apontado pela deterioração das expectativas dos empresários do setor. Em junho, a renda continuava registrando aumento de 2,5%, o mesmo percentual de junho de 2012. O emprego ainda segue crescendo, embora em ritmo menor, e a taxa de desocupação na economia mantém-se em 6% desde 2011.

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Variação de junho em relação a maio: 0,12 %

C.U.B de Julho 2013 949,71Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R - 1B 965,45 R16 - A 1.218,16PP - 4B 919,99 CAL - 8N 1.099,73R - 8B 878,60 CSL - 8N 951,51PIS - B 651,07 CSL-16N 1.274,06R1 - N 1.128,22 CAL - 8A 1.176,34PP - 4N 1.068,95 CSL - 8A 1.034,47R8 - N 949,71 CSL-16A 1.383,29R16 - N 920,75 RP1Q 955,42R1 - A 1.410,99 GI 553,01R8 - A 1.159,45

Fonte: (1) Sinduscon/PA; (2) IBGE, (3) FGV. (*) Sinapi/PA

Índices do mês – Julho de 2013Índice Mês Ano 12 Meses Fonte % % % C.U.B 0,12 0,84 6,16 (1)Sinapi (*) -0,1 0,08 4,95 (2)INCC-DI 0,48 6,53 7,80 (3)INCC-M 0,73 6,38 7,75 (3)Pavimentação 0,13 0,48 6,83 (3)Terraplenagem 0,70 5,23 7,18 (3)INPC -0,13 3,17 6,38 (2)IPCA 0,03 3,18 6,27 (2)IGP-M 0,26 2,01 5,18 (3)

Por José Roberto Marques Rodrigues (Assessor Econômico do Sinduscon-PA)

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