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Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue – CGPNCD SVS - Ministério da Saúde 14 de Outubro de 2016 Brasília/DF Estratégias promissoras para o controle de Aedes aegypti em tempos de tríplice epidemia: repensando metodologias para novos e velhos desafios na saúde pública

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Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue – CGPNCDSVS - Ministério da Saúde

14 de Outubro de 2016

Brasília/DF

Estratégias promissoras para o controle de Aedes

aegypti em tempos de tríplice epidemia: repensando metodologias para novos e velhos

desafios na saúde pública

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Estrutura do Programa Nacional de Controle da Dengue -Vigilância Entomológica / Controle de Vetores

PNCD (2002) constituído por 10 componentes de ação (caráter intersetorial e permanente)

1. Vigilância epidemiológica 2. Combate ao vetor3. Assistência aos pacientes4. Integração com atenção Básica (PAC/ESF)5. Ações de saneamento ambiental6. Ações integradas de educação em saúde,

comunicação e mobilização social7. Capacitação de recursos humanos8. Legislação de apoio9. Sustentação político-social10. Acompanhamento/avaliação do programa

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Estrutura do Programa Nacional de Controle da Dengue -Vigilância Entomológica / Controle de Vetores

1. Vigilância epidemiológica 2. Combate ao vetor3. Assistência aos pacientes4. Integração com atenção Básica (PAC/ESF)5. Ações de saneamento ambiental6. Ações integradas de educação em Saúde,

comunicação e mobilização social7. Capacitação de recursos humanos8. Legislação de apoio9. Sustentação político-social10. Acompanhamento/avaliação do programa

Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue (2009)

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Atividades de prevenção:

� Visitas domiciliares

� Inquérito larvário

� Eliminação de criadouros (controle mecânico, legal, biológico)

� Tratamento químico de criadouros

� Mobilização: gestores e população

Vigilância Entomológica / Controle de Vetores

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Satisfatório - IIP < 1,0Alerta - 1,0 ≤ IIP ≤ 3,9Risco - 4,0 ≤ IIPNão realizou / Sem informação

Dos 1.843 municípios que realizaram o LIRAa:

- 952 em situação satisfatória (51,6%)

- 685 em situação de alerta (37,1%)

- 206 em situação de risco (11,1%)

Vigilância Entomológica / Controle de Vetores LIRAa Nacional 2015 - Situação dos municípios brasileiros

Série histórica LIRAa Nacional

Total de municípios

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Vigilância Entomológica / Controle de Vetor Eliminação e tratamento químico de criadouros

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Atividades de resposta a surtos:

� Aplicação larvicidas

� Aplicação espacial a ultra baixo volume

- Equipamentos acoplado a veículos

- Equipamentos costais

� Aplicação residual

Estrutura do Programa Nacional de Controle da Dengue –Vigilância Entomológica / Controle de Vetor

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Populações brasileiras de Aedes aegypti resistentes ao inseticida temephós (organofosforado)

5 – 10

15-20

25-30

35-40

45-50

55-60

65-70

75-80

85-90

95-100

Escala de mortalidade (%)

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Macrodeterminantes

Fonte: IBGE, 2010

� Fenômeno metropolitano -26,4% da população urbanado país;

� 88,2% dos domicílios emfavelas concentrados emregiões com mais de 1 milhãode habitantes;

Aglomerados Subnormais Resíduos Sólidos Urbanos - RSU

Fonte: SNIS / Ministério das Cidades, 2016; IBGE, 2010Ano-base:2014

� 64,4 milhões detoneladas RSU coletados;

� Entre 2003 e 2014:29% massa per capita

Racionamento água

Fonte: PNSB/IBGE, 2010; http://www.tratabrasil.org.br

� A intermitência noabastecimento afeta 20% dosdistritos abastecidos;

� 35 milhões de brasileiros semacesso a abastecimento de água.

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Hierarquização de desenhos de estudos:avaliação de novos métodos de controle

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Performance Manejo Integrado

de Vetor

Desfecho medido: Índice Breteau

Métodos de controle vetorial existentes: meta-análise

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Métodos de controle vetorial existentes e em desenvolvimento

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http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/11955-boletins-epidemiologicos-arquivos

Reunião internacional:avaliação de novos métodos de controle vetorial

� O objetivo da reunião: avaliar novas tecnologias para o controle do Aedes aegypti

com base em evidências de seus resultados e potencial utilização em escalaampliada.

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Reunião internacional para implementação de alternativas para o controle do Aedes aegypti no Brasil

Recomendações

1 – Tecnologias recomendadas para inclusão nas diretrizes do PNCD

2 – Tecnologias recomendadas para inclusão nas diretrizes do PNCD para a situação específica das gestantes

3 – Tecnologias recomendadas para estudos e pesquisas

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Inclusão PNCD: Estratégia eco-bio-social no controle do Aedes aegypti

Áreas de EstudoBelo Horizonte: 27.000 imóveis

VENDA NOVA

OESTE

Goiânia: 30.000 imóveis

UECE – Prof. Andrea Caprara

� Introdução abordagem eco saúde –participação popular

� Eliminação de pequenos criadouros

� Cobertura de grandes tanques

� Parcerias SMS e Reciclanip (coleta e destinação

de pneus inservíveis no Brasil)

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Inclusão PNCD: Disseminação de inseticida por mosquitos utilizando ovitrampas impregnadas

� Micropartículas do inseticida em pó aderem aocorpo do mosquito e são levadas por ele até oscriadouros.

� Ocorre a contaminação da água por meio daspartículas dos inseticidas deixadas pelas fêmeas.

� Objetivo: verificar eficácia da disseminação delarvicida em maior escala espacial.

Fiocruz AM – Prof. Sérgio Luz

MANACAPURU• 60,000 people

• 13,500 dwellings• 650 hectares

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� Aplicação de inseticida residual dentro dasresidências, para matar os mosquitos adultos porcontato.

� Locais de repouso da fêmea (parte inferior demóveis, tanques, pias).

Inclusão PNCD: Borrifação residual intradomiciliar

SES/SP-SUCEN - Dra. Maria de Lourdes Macoris – Dalton Fonseca Jr.

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Inclusão PNCD: Estudo DENTARGET – mapeamento de risco

Áreas de estudo

Boa Vista/RRCampo Grande/MSLondrina/PRNatal/RNRio de Janeiro/RJ

� Proposta metodológica para estratificação de áreas de risco de transmissão de vírus(dengue, chikungunya e Zika).

� Baseada em parâmetros epidemiológicos, entomológicos, ambientais, climáticos esócio-demográficos.

� Auxílio no Direcionamento das ações específicas de controle vetorial para áreas derisco.

Fiocruz RJ – Profa. Nildimar Honório

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� Infectar o mosquito Aedes aegypti com cepas específicas da Wolbachia, capazes deinterferir no ciclo reprodutivo do mosquito, reduzindo drasticamente a fecundidade ea infecção por dengue e Zika vírus.

Recomendadas para estudos e pesquisas:Controle biológico com a bactéria Wolbachia

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Recomendadas para estudos e pesquisas:Mosquitos Irradiados (SIT)

1. Esterilização machos

2. Liberação

Irradiação

3. Supressão Populacional

� Separação por sexo

� Esterilização (radiação)

� Transporte, liberação

� Liberação em massa

� Cruzamento nativos com estéreis = sem prole

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� Supressão, contenção ou erradicação populacionalde espécies de mosquitos por meio dodesenvolvimento de genes letais ou capazes detornar os insetos estéreis.

� Liberação de machos

Recomendadas para estudos e pesquisas:Mosquitos Transgênicos

X

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Recomendadas para estudos e pesquisas:Larvicidas Biológicos

� Avaliação de novas formulações de Bti

- bactéria entomopatogênica que produz proteínas tóxicas- Toxinas ativadas no intestino das larvas

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Próximos passos

� Recomendadas para inclusão PNCD:

– Contratação: criação objetos, inserção propostas e pareceres no FNS

– Ajustes metodologia nos municípios elencados

– Acompanhamento e suporte pesquisadores

• Execução (mínimo 2 anos)

� Recomendadas para estudos e pesquisas:

– Acompanhamento dos resultados e novas propostas

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Considerações finais

� Risco nos municípios: circulação simultânea de dengue, chikungunya eZika

Complexos fatores determinantes e condicionantes de saúde envolvidos na dinâmicada transmissão de arboviroses, devem ser considerados para a avaliação e escolha eexecução das metodologias, compatíveis com a realidade local.

� Investimentos em projetos de diferentes linhas de pesquisa

Multiplicidade de fatores que interferem na dinâmica dos arbovírus transmitidos pelos Aedes exigem diversas abordagens.

� Necessidade de adoção de novas estratégias de controle vetorial

Adoção de metodologia inovadora não suprime continuidade de execução das açõesrotineiras já preconizadas pelo programa, tendo assim caráter complementar aorealizado atualmente.

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Obrigada

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