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Estrelas (III) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP AGA 210 – 1° semestre/2016 www.astro.iag.usp.br/~aga210/ Razão massa/luminosidade Tempo de vida das estrelas Nuvens moleculares Colapso gravitacional Formação estelar Berçário estelar

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Estrelas (III)

Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira

IAG/USP

AGA 210 – 1° semestre/2016

www.astro.iag.usp.br/~aga210/

Razão massa/luminosidade Tempo de vida das estrelas Nuvens moleculares Colapso gravitacional Formação estelar Berçário estelar

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Propriedades de estrelas •  O que observamos e medimos:

–  Brilho (magnitude) � fluxo de energia recebido na Terra. –  Cor/Tipo espectral � observação do espectro;

•  Classificação espectral: OBAFGKM. –  Distância � usando, por exemplo, paralaxe. –  Movimento:

•  radial � efeito doppler; •  transversal � movimento próprio (na esfera celeste).

•  O que deduzimos: –  Luminosidade: relação entre brilho e distância. –  Temperatura e Tamanho: estrelas são aproximadamente corpos negros,

usamos a cor para temperatura e o fluxo na superfície para o tamanho. –  Massa: movimento de estrelas em sistemas binários.

•  Diagrama Cor—Magnitude � Diagrama HR –  As estrelas não se distribuem aleatoriamente no diagrama HR:

•  Sequência Principal (90% das estrelas), Gigantes, Supergigantes e Anãs Brancas

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Relação Massa–Luminosidade

•  Para as estrelas da Sequência Principal existe uma relação bem definida entre a massa e a luminosidade.

massa (unidade solar)

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Relação Massa–Luminosidade

•  Para as estrelas da Sequência Principal existe uma relação bem definida entre a massa e a luminosidade.

massa (unidade solar)

lum

inos

idad

e (u

nida

de s

olar

)

luminosidadelum. do Sol

=massa

massa do Sol

⎝⎜

⎠⎟3,3

Luminosidade baseada na magnitude aparente e distância

Massa medida em sistemas binários

•  Note que a massa varia entre 0,1 e 100 M�.

•  A luminosidade varia de 0,001 a 1.000.000 L�.

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Tempo de vida de uma estrela •  A duração de vida de uma estrela pode ser estimada como:

•  A energia disponível é aproximadamente proporcional à massa da estrela: –  Produção de energia por fusão nuclear, diferença de massa

convertida em energia � Eq. de Einstein: E = massa c2.

•  Energia produzida no centro se propaga até a fotosfera e é emitida � Energia emitida = Luminosidade

tempo de vida = τ ∝

massa

luminosidade

tempo de vida =energia disponível

energia emitida

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Tempo de vida de uma estrela •  A duração de vida de uma estrela pode ser estimada como:

•  Acabamos de ver que a luminosidade (na Sequência Principal) obedece: L m+3,3. Logo:

tempo de vida = τ ∝massa

luminosidade

tempo de vida =energia disponível

energia emitida

τ ∝massa

massa+3,3 ⇒ τ ∝ massa(1– 3,3) ⇒ τ ∝ massa–2,3

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Tempo de vida na Sequência Principal

•  Estrelas com 0,1 M� podem viver até 10 trilhões de anos. •  Estrelas com 0,9 M� têm vida igual à idade do universo atual (~14 bilhões) •  Estrelas com 100 M� vivem ~ 3 milhões de anos.

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Formação estelar •  Estrelas se formam no meio interestelar (entre as estrelas)

dentro das galáxias.

•  Estrelas “herdam” o material que está distribuído no meio.

•  Em algumas galáxias (como a nossa) a formação estelar se dá continuamente.

•  Em outras, a formação de dá em um ou mais surtos de curta duração.

•  O “berçário” de formação estelar são as nuvens moleculares, nas chamadas regiões de formação estelar.

•  Em uma galáxia podem existir várias regiões de formação de estrelas.

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Nuvens moleculares •  Regiões relativamente densas e frias na Galáxia:

–  massa ~ 1.000.000 × massa Solar –  densidade ~ 100–300 partículas/cm3 –  temperatura ~ 20 K –  dimensão ~ 50 pc

•  Existem milhares conhecidas na Via Láctea.

•  Há centenas de moléculas diferentes no meio interestelar:

–  H2 e CO são as mais comuns. –  Amônia, Metanol, Etanol... –  PAHs (Hidrocarbonos

Aromáticos Policíclicos): benzeno, naftalina, fluoreno, etc...

Nebulosa da Águia nos “Pilares da Criação”

Leo Blitz (UCB), Jeff Hester & Paul Scowen (ASU), HST

Obs: Galáxia com G maiúsculo se refere à Via Láctea

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Nuvens moleculares

•  Regiões com muita poeira. •  A poeira bloqueia a luz visível, mas podemos ver através no infravermelho.

–  O comprimento de onda no infravermelho (distante) é maior do que o tamanho típico dos grãos de poeira.

B V I

J H Ks

4,9 arcmin

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Nuvens moleculares •  Formação estelar ocorre em nuvens frias e densas.

•  � Nuvens moleculares e glóbulos de Bok (regiões mais densas, com muita poeira das nuvens moleculares).

NASA/ESA/STScI/AURA

Hubble Space Telescope

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Glóbulos de Bok

•  Estudado por Bart Bok nos anos 1940.

•  Regiões frias e densas: –  Temperatura ~ 10 K; –  densidade ~ 10.000 partículas/cm3; –  massa ~ 1–1000 massas solares; –  dimensão ~ 1 pc.

1906 - 1983

“Caroços” no interior das nuvens moleculares

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Colapso gravitacional •  Se uma nuvem está em equilíbrio, nada acontece...

•  O equilíbrio se dá entre a força gravitacional e a pressão do gás.

•  Para um gás perfeito:

Pressão = n kT –  n = densidade de partículas –  T = temperatura –  k = constante de Boltzman = 1,38×10–23 Joule/Kelvin

•  Quando não há equilíbrio: � Colapso Gravitacional

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Colapso gravitacional

•  Critério de equilíbrio (descoberto no séc. XIX e estudado por Sir James Jeans no início do séc XX).

•  Teorema do virial para sistemas em equilíbrio: 2 × energia cinética + energia potencial = 0

•  energia cinética => pressão do gás => densidade e temperatura.

•  energia potencial => massa do gás

=> força gravitacional.

(1877 – 1946)

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Colapso gravitacional

•  Critério de equilíbrio (descoberto no séc. XIX e estudado por Sir James Jeans no início do séc XX).

•  Condição para haver colapso: 2 × energia cinética < energia potencial

•  Não há energia cinética suficiente para contrabalançar o peso do gás.

•  O gás “cai” para o centro ==> Colapso.

colapso de uma esfera homogênea

sem rotação

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Colapso gravitacional

•  Condição para haver colapso: 2 × energia cinética < energia potencial

•  Pode ser escrito em função da massa ou do raio.

•  Se a massa > massa limite então há colapso.

•  Exemplos: –  se T = 50 K e dens. = 500/cm3, então MJ ~ 1500 M�. –  se T = 150 K e dens. = 108/cm3, então MJ ~ 17 M�.

“massa de Jeans”

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Formação estelar

•  A formação estelar se inicia com a fragmentação de uma nuvem molecular.

•  Colapso das regiões mais densas e frias.

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Etapas da formação estelar

•  Baseado em Greene, site do telescópio Spitzer

A nuvem mãe deve ter regiões densas, por exemplo, com temperatura T = 10 K e densidade ρ = 109 partículas/m3 (1000 partículas/cm3). Esta nuvem contém milhares de vezes a massa do Sol, em forma de gás atômico e molecular (a fração de poeira é pequena, porém importante).

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Etapas da formação estelar

Júpiter

M16 (águia)

M17 (ferradura)

M8 (Lagoon)

Via Láctea

Hale-Bopp

•  imagem de W. Keel

Regiões de formação estelar

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Etapas da formação estelar

Imagem: T.A. Rector & B.A. Wolpa

Região de formação estelar

M16 (águia)

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Etapas da formação estelar Região de formação estelar “Pilares da Criação” na nebulosa M16 (Águia) a 2 mil parsecs da Terra.

A imagem colorida é construída a partir de 3 imagens (bandas) separadas: • Azul: oxigênio • Verde: hidrogênio e nitrogênio • Laranja: enxôfre

NASA, ESA, STScI, and J. Hester & P. Scowen (Arizona State University),

Hubble Heritage Team Total de exposição: 53h

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Etapas da formação estelar

Imagem do Telescópio Espacial Hubble

Região de formação estelar

M16 (Nebulosa da Águia) “Pilares da Criação”

tamanho do Sistema Solar

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Zoom da Via Láctea até os Pilares da Criação

http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2015/01/video/b/

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Etapas da formação estelar

•  Baseado em Greene, site do telescópio Spitzer

O colapso inicial ocorre quando o nuvem fica instável devido a algum agente externo ou devido a uma queda de temperatura. Nestes casos, a pressão interna não é mais suficiente para impedir a contração.

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Formação da proto-estrela

•  No centro do caroço da nuvem molecular o gás vai se comprimindo e aquecendo.

•  Mas a energia é emitida; no infravermelho distante os fótons escapam da nuvem (comprimento de onda maior que o tamanho dos grãos de poeira).

•  Detectamos assim uma proto-estrela; sua luz no visível não escapa da nuvem molecular.

•  A energia de uma proto-estrela vem do colapso gravitacional (energia potencial). –  Em uma estrela já formada a energia vem de reações nucleares. –  Matéria cai na proto-estrela e produz muita radiação.

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Etapas da formação estelar

•  Parte da energia potencial é transformada em radiação eletromagnética.

•  A poeira impede que vejamos a parte central da nebulosa.

•  No infravermelho, podemos ver o início da formação da proto-estrela.

•  Parte da radiação visível pode escapar se houver uma cavidade.

•  No infravermelho distante, a resolução não é boa e não vemos os detalhes.

visível infravermelho

telescópio espacial Spitzer foto do Palomar (DSS)

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Etapas da formação estelar

•  Comparação de duas imagens com 8 anos de intervalo •  Variabilidade observada: processo dinâmico muito ativo,

movimento do gás e poeira dentro da nuvem molecular.

Imagem: Gemini GMOS Imagem: Subaru SprimeCam

3 arcmin ~ 0,35pc ~ 72 mil U.A. (mais escuro=mais brilhante)

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Formação da proto-estrela •  A nuvem tem momento angular, isto é, rotação

(mesmo se for pouco).

•  Como o momento angular se conserva, o colapso leva à formação de um disco em rotação.

•  Origem da rotação das estrelas e sistemas planetários. –  Sistemas planetários restritos a

um plano, como no Sistema Solar.

Colapso de uma esfera em

rotação

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Etapas da formação estelar

•  Baseado em Greene, site do telescópio Spitzer

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Etapas da formação estelar

•  jato da proto-estrela: objetos Herbig-Haro •  Material ejetado a 100—1000 km/s

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Etapas da formação estelar

•  disco da proto-estrela: a proto-estrela não é observável devido à poeira.

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Etapas da formação estelar

•  Baseado em Greene, site do telescópio Spitzer

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Etapas da formação estelar

•  Na fase de T-Tauri, a estrela fica exposta. •  A luz que observamos é a soma da estrela (visível / ultravioleta) e do disco

(do infravermelho ao ultravioleta) � alta variabilidade de brilho. •  Esta fase ocorre apenas para estrelas de menos de ~2 M�.

São as progenitoras das estrelas de classe espectral F, G, K, M. •  Estrelas com massa entre ~2 e 8M� � Ae/Be de Herbig (semelhante a

T-Tauri mais quentes).

Imagem do disco de poeira em torno de HL Tauri (ALMA/ESO) Imagem IV/óptico (Hubble/NASA/ESA)

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Etapas da formação estelar

•  Baseado em Greene, site do telescópio Spitzer

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Etapas da formação estelar

•  Estrela na pré-sequência principal •  Proto planetas “limpam” sua órbita

no disco.

Animação: Philip Armitage, Univ. Colorado

Simulação da fomação de um proto-planeta e abertura de um anel (limpeza da

órbita).

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Etapas da formação estelar

•  Estrela na pré sequência principal •  Proto planetas “limpam” sua órbita no disco.

Imagens no infra-vermelho do HST resolvendo o disco de poeira

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Etapas da formação estelar

•  Baseado em Greene, site do telescópio Spitzer

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Formação do Sistema Solar

•  Início há 4,6 bilhões de anos.

•  Colapso e formação do disco proto-planetário.

•  A parte central (99,9% da massa) se torna o Sol.

•  Pequenos lóbulos na parte mais externa do disco, formam os planetas jovianos; grãos de poeira agem como núcleos de condensação formando planetesimais.

•  Ventos da estrela em formação expelem o gás da nebulosa primordial.

•  Nuvem de Oort é o que sobra do colapso na região externa.

distribuição de metais, água e

gases

Antigamente, este estudo chamava-se Cosmogonia. Era assim porque o universo conhecido era essencialmente o Sistema Solar.

Órbitas coplanares dos planetas

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Berçário de estrelas •  Regiões de formações estelar •  Zoom a partir de uma visão global da Via Láctea na região de formação estelar IC 2944, onde

vemos Glóbulos de Bok (nesta região chamados de Glóbulos de Thackeray)

http://www.eso.org/public/videos/eso1322b/

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Berçário de estrelas •  O berçário de estrelas mais próximo está em Orion, a cerca de 450 pc, onde

observamos duas nuvens moleculares gigantes.

Imagem óptica + rádio (molécula CO) Imagem óptica

Nuvens moleculares de Orion

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�����

��������

Berçário de estrelas •  Complexo de nuvens moleculares de Orion, onde milhares de estrelas estão se

formando.

óptico + Halfa (em vermelho)

Rogelio B. Andreo, DeepSkyColors.com

Nebulosa de Orion, M42

M43

NGC 1975

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Berçário de estrelas

•  Nebulosa do Trapézio em Órion: quatro estrelas de grande massa (luminosidade) iluminam a nebulosa e expulsam o gás.

Nebulosa do Trapézio

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Berçário de estrelas

•  Também vemos estrelas de baixa massa se formando.

imagem HST

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Berçário de estrelas •  Estrelas de grande massa sopram o

material que poderia cair nas estrelas menores.

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Berçário de estrelas

•  Vemos a frente de choque em uma região onde um novo sistema planetário pode estar nascendo