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Estreptococos

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Page 1: Estreptococos

Estreptococos

Prof. José Maurício Pereira Lopes

Page 2: Estreptococos

Estreptococos

• Colonizadores da flora humana (trato respiratório, gastrintestinal e geniturinário

• Mais de 30 espécies (várias patogênicas)

• Múltiplas síndromes (variada localização e gravidade)

• Sistemas de classificação

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Estreptococos

• Família Streptococcaceae

• Cocos gram-positivos em cadeias ou aos pares, imóveis

• Anaeróbios facultativos (maioria)

• Virulência – componentes da parede celular e toxinas

Page 4: Estreptococos

Classificação

• Tipos de hemólise nas culturas em ágar-sangue

• Grupo sorológico ( Lancefield )

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Hemólise

• Beta-hemolíticos ( total )– Streptococcus pyogenes– Streptococcus agalactiae

• Alfa-hemolíticos ( parcial )– Streptococcus pneumomiae– Streptococcus viridans

• Gama-hemolíticos ou não hemolíticos

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Classificação de Lancefield

• Estreptococos beta-hemolíticos

• Diferenças antigênicas dos carboidratos da parede celular

• A-H e K-V

• A,B,C,D e G ( mais comuns)– A – S. pyogenes– B – S. agalactiae

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Streptococcus pyogenes

• Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A• Infecções supurativas/ complicações não

supurativas• Podem colonizar cavidade nasal e orofaringe • Patogenia:

– superfície celular ( proteína M, ácido hialurônico etc ) – produtos extracelulares ( estreptolisinas S e O,

estreptoquinases, exotoxina pirogênicas etc )

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Streptococcus pyogenes

• Infecções supurativas– Faringite– Escarlatina– Otite média– Sinusite– Erisipela – Celulite– Impetigo – Pneumonia– Sepse – Síndrome do choque tóxico

estreptocócico– Fasciite necrotizante

• Complicações não supurativas– Febre reumática– Glomerulonefrite difusa

aguda

Page 9: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Faringite– Crianças (5 a 15

anos)– Quadro variável– Incubação: 1 a 4 dias– Resolução: 3 a 5 dias– Diagnóstico – Tratamento: 10 dias

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Streptococcus pyogenes

• Complicações da Faringite– Linfadenite cervical – Abscesso

periamigdaliano ou retrofaríngeo

– Sinusite– Otite média – Meningite

Page 11: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Complicações da Faringite– Bacteremia– Endocardite– Pneumonia– Febre reumática– Glomerulonefrite

aguda

Page 12: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Escarlatina– Infecção estreptocócica com exantema

característico ( exotoxinas pirogênicas )– Rash

• 1º ou 2º dia de doença• Papulas diminutas ( aspecto em lixa )• Início: porção superior do tronco • Poupa as regiões palmares • Palidez perioral ( sinal de Filatow )

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Streptococcus pyogenes

• Língua em framboesa– Hipertrofia das papilas– Intenso eritema

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Streptococcus pyogenes

• Sinal de Pastia

Page 15: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Desaparecimento do rash– 6 a 10 dias

• Descamação laminar

Page 16: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Erisipela – Porta de entrada– Bordas elevadas e

bem definidas– Face e membros

inferiores– Fatores de risco

• Estase venosa• Isquemia• Obstrução linfática

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Streptococcus pyogenes

• Erisipela – Recorrência

• Linfedema crônico

Apresentações – Vesicular – Bolhosa– Hemorrágica– Gangrenosa

Page 18: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Celulite– Infecção de pele e

tecido celular subcutâneo

– Porta de entrada– Sem demarcação de

limites– Maior potencial de

gravidade– S. aureus; anaeróbios

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Streptococcus pyogenes

• Impetigo estreptocócico

Page 20: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Ectima– Variedade do impetigo– Vesícula – Vesículo – pústula– Ulcera rasa– Crostas rígidas espessas e

aderentes– Febre e adenite– Ectima gangrenoso, ulcera

de estase e leishmaniose tegumentar

Page 21: Estreptococos

Streptococcus pyogenes

• Fasciite necrotizante– Tecidos subcutâneos

profundos e fáscia muscular

– Necrose extensa– Prostração– Bacteremia– Abscessos a distância– Óbito

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Streptococcus pyogenes

• Fasciite necrotizante– Fatores

predisponentes– Doenças crônicas– Alcoolismo– Desnutrição– Imunodepressão– Cirurgias– Traumas

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Streptococcus pyogenes

• Fasciite necrotizante– Diagnóstico diferencial

• Gangrena gasosa (Clostridium perfrigens)

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Streptococcus pyogenes

• Síndrome do choque tóxico estreptocócico– 5 a 10 casos por 100 mil indivíduos– Porta de entrada: faringe, pele e vagina e

procedimentos cirúrgicos– Exotoxinas pirogênicas A, B e C– Pródromos ( febre, calafrio, mialgia, náuseas,

vômitos e diarréia )– Hipotensão ( 24 a 48 horas)– Associação com fasciite necrotizante

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Streptococcus pyogenes

• Síndrome do choque tóxico estreptocócico– Tratamento– Antibiótico ( beta – lactâmico e clindamicina )– Pronta exploração cirúrgica– Hidratação vigorosa e drogas vasoativas

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Comparação entre síndromes do choque tóxico

Aspecto Estafilocócico Estreptocócico

Idade 15-35 anos 20-50 anos

Sexo Mais freqüente em mulheres

Sem predileção

Dor intensa Rara Comum

Hipotensão 100% 100%

Eritrodermia cutânea Muito comum Menos comum

Falência renal Comum Comum

Bacteremia Baixa 60%

Necrose tecidual Rara Comum

Fatores predisponentes Tampões vaginais Cortes, contusões, quemaduras, varicela

Trombocitopenia Comum Comum

Letalidade <3% 30-70%Schechter, M.; Marangoni, D.V., !998

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Streptococcus pyogenes

• Complicações não supurativas– Febre reumática– Glomerulonefrite difusa aguda

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Streptococcus agalactiae

• Estreptococos beta-hemolíticos do grupo B

• Isolado do trato genital e gastrintestinal inferior em 5 a 40% das mulheres grávidas – Infecções precoces do recém-nascido – Infecções tardias do recém-nascido– Infecções em adultos

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Streptococcus agalactiae

• Colonização de neonatos – Transmissão in utero (ascendente/ parto)– Mãos dos profissionais de saúde

Page 31: Estreptococos

Streptococcus agalactiae

• Infecções precoces do recém-nascido– Complicações obstétricas– Prematuridade – Primeiros 7 dias de vida

• Sepse (25 a 40%)• Pneumonia (35 a 55%)• Meningite (5 a 15%)

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Streptococcus agalactiae

• Infecções precoces do recém-nascido– Sinais respiratórios ( apnéia, respiração

ruidosa )– Taquipnéia– Cianose– Hipotensão– Choque

Page 33: Estreptococos

Streptococcus agalactiae

• Infecções tardia do recém-nascido– Entre 7 dias e 3 meses de vida– Febre, adinamia, anorexia, irritabilidade e

taquipnéia– Meningite (40%)– Bacteremia isolada ou associada a artrite/

osteomielite

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Streptococcus agalactiae

• Infecções em adultos– Período pós parto (endometrite, infecção de

sítio cirúrgico ou infecção urinária)– Febre– Distensão abdominal– Dor à palpação de útero e anexos genitais– Boa positividade em hemocultura e cultura de

secreções vaginais

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Streptococcus agalactiae

• Infecções em adultos– Idosos– Doenças crônicas (DM, insuficiência renal,

cardiopatia etc)– Imunodepressão

• Celulite • ITU• Pneumonia• Endocardite etc

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Estreptococos beta-hemolíticos dos grupos C e G

• Doenças semelhantes as causadas pelo Streptococcus pyogenes

• Menor freqüência

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Streptococcus viridans

• Colonizam cavidade oral, trato gastrintestinal e genital feminino

• Abrange diversas espécies

• Endocardite bacteriana subaguda (principalmente em lesões valvulares ou próteses)

• Bacteremia em pacientes neutropênicos

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Streptococcus pneumoniae

• Estreptococos alfa-hemolíticos

• Pneumonia

• Meningite

• Otite média aguda e sinusite

• Sepse

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Streptococcus pneumoniae

• Resistência crescente à penicilina e macrolídeos

• Mecanismos de resistência– Alteração de PBP– Bomba de efluxo– Produção de enzima inativadora

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Referências Bibliográficas

• Harrison, T.R. Medicina Interna, 15ª ed, Rio de Janeiro, Editora McGraw-Hill, 2002

• Melo, H.R. L.; et al Condutas em Doenças infecciosas, Rio de Janeiro, Editora Medsi, 2004.

• Schechter, M.; Marangoni, D.V. Doenças Infecciosas: conduta diagnóstica e terapêutica, 2ª ed, Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1998.

• Veronesi, R.; Focaccia, R. Tratado de Infectologia, 2ª ed, São Paulo, Editora Atheneu, 2004.