Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

Embed Size (px)

Citation preview

  • 5/14/2018 Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

    1/7

    n 1 . Edltor~~ Sara.vaA v . M a rq u~ s d e S a o V i ce n te . 1 6 9 7 - C E P 0 1 13 9- 90 4B a r ra F u n d a- T e l. : P A B X ( O X X 1 1) 3 6 13 - 30 0 0F a x : (O X X 1 1 ) 3 6 1 1 -3 3 0 8 - T e l e ve n d a s :( O X X 1 1 ) 3 6 1 3- 3 3 4 4F a x V e n da s ( O X X 1 1) 3 6 11 - 32 6 8 - s a o P a u l o - S PE n d e r e e o I n t e m e t : h t t p : / / w w w . e d i t o r a s a r a i v a . c o m . b rF i l i a i s :A M A Z O N A S / R O N D O N I N R O R A I M N A C R ER u a C o st a A z e ve d o. 5 6 - C e nt roF a n e/ F ax : ( O X X 9 2) 3 6 3 3 - 42 2 7/ 3 63 3 -4 7 8 2 - M a n a usB A H I N S E R G I P ER u a A g ri pi no D o re a. 2 3 - B r ot asF an e : (O X X 7 1j 3 3 8 1- 58 5 4/ 33 8 1- 58 95 /3 38 1 -0 95 9 - S a lv ad orB A U R U iS A o P A U LO( s a la d o s p r o fe s s o re s )R u a M o n se nh o r C la ro , 2 -5 5/ 2- 57 - C e nt roF a ne : ( O X X 14 ) 3 2 34 -5 64 3/ 32 3 4- 74 01 - B a ur uC A M P IN A S iS A O P A U LO( s a la d o s p r o te s s o re s )R u a C a m ar go P im e nt el . 6 6 0 - J d. G u an a ba raF o ne : ( O X X1 9) 3 2 4 3- 80 0 4/ 32 43 -8 25 9 - C a m pi na sC E A R N P I A U I / M A R A N H A OA v . F i l o m e n o G o m e s . 6 7 0 - J a c ar e c a n gaF a n e: ( O X X 8 5 j3 2 38 - 23 2 3/ 3 23 8 -1 3 3 1 - F o rt a le z aD I S T R IT O F E D E R A LS IG S u i Q d . 3 - B I. B - Lo ja 9 7 - Se to r In du str ia l G r af ic oF a ne : ( O X X 6 1 j3 3 44 - 29 2 0 / 3 34 4 -2 9 51 / 33 4 4- 1 70 9 - B r ps f li aG O I A S / T O C A N T I N SA v . f n de p e nd l nc ia , 5 3 3 0 - S e to r A e r o p or toF a ne : ( O X X6 2) 3 2 25 -2 8 82 /3 21 2- 28 0 6/ 32 24 -3 01 6 - G o ia ni aM A T O G R O S S O D O S U lj M AT O G R O S S OR u a 1 4 d e J u lh o . 3 1 4 8- C e nt roF o ne : ( O X X6 7) 3 3 82 -3 68 2 /3 3 82 -0 11 2 - C a m po G r an d eM I N A S G E R A I SR u a A I! m P a ra lb a , 44 9 - L ag o in haF o ne : ( O X X 3 1 ) 3 4 2 9- 8 30 0 - B e la H o r iz o nt eP A R N A M A P AT r av e ss a A p i na g ~ s, 1 8 6 - B a ti s ta C a m p o sF an e : (O X X 9 1) 3 2 22 -9 0 34 /3 22 4- 90 3 8/ 32 41 -0 49 9 - B e l! mP A R A N A / S A N T A C A T A R I N AR u a C o n s e lh e ir o t a ur ln d o, 2 8 9 5 - P r ad o V e l h oF a n e: ( O X X 4 1) 3 3 3 2 -4 8 9 4 - C u r it ib aP E R N A M B U C O / A L A G O A S /P A R A I B N R . G . D O N O R T ER u a C o rr ed or d o B i s po . 1 8 5 - B o a V is taF a n e: ( O X X 8 1 ) 3 4 2 1- 4 24 6 /3 4 2 1- 4 51 0 - R e c if eR I B E IR A O P R E T O / S A O P A U L OA v . F r a nc is c o J u n q u ei ra , 1 2 5 5 - C e n tr oF o n e: ( O X X 1 6 ) 3 6 10 - 58 4 3/ 3 61 0 -8 2 8 4 - R i b ei ra o P r e toR I O D E J A N E IR O / E S p IR I T O S A N T OR u a V is co n de d e S a nt a I s ab el . 1 13 a 1 19 - V il a I s ab e lF o n e : ( 0 X X 2 1 )2 5 7 7 - 9 4 9 4 / 2 5 7 7 - f J P 1 J 1 / 25 7 7 -9 5 65 - R io o o Ja n e ir uR I O G R A N DE D O S U lA v . A . J . R e nn e r. 2 3 1 - F ar ra po sF o n e : ( O X X 5 1 ) 3 3 7 1 - 4 0 0 1P o r t o A l e g r esA o J O S t D O R I O P R E T O /S A O P A U L O( s a la d o s p r o t e s s o re s )A v : B f i g . Fa I ia L im J , 6 3 63 - R i o P re t oS i lo r l' in g C o o le r- V . S l o J o s eF a n e : (O X X 1 7 ) 2 2 7 -3 8 1 9 /2 2 7 - 1J 9 8 2 /2 2 H i 2 4 9 -S l o J o se d o R i o P r B l osA o J O S E D O S C A M P O S /s A o P A U LO( s a la d o s p r o t e s s o r e s jR u a S a n t a Iuzia , 1 06 -J d. S a nt a M a d al en aF an e : (O X X 12 ) 3 92 1- 07 3 2 - s ao J os e d o s C a m p o sS A O P A U L OA v . M a rq u ~s d e S a o V i ce nt e, 1 6 97 - B a rr a F un daF a ne : P A B X ( O X X 11 ) 3 61 3- 30 00 / 3 6 1 1- 33 0 8- Sa o P a ul o

    V 4 4 6 f3 . e d .V a s co n c el lo s , M a r co A n to n io S a n do v al d e , 1 9 4 5 -F un d am e nt os d e E c on om i a / M a rc o A n to ni o S . V a s co nc el lo s, M a nu el E .

    G a rc ia . - 3 .e d. - s ao P a ul o: S a ra iv a. 2 0 08 .c o n t er n g l o ss a r ioi nc lu i b ib l io g ra f ia e i n di ceI S B N 9 7 8 - 85 - 0 2 -0 6 7 6 7 -71 . E c o no m i a. l. E m r iq u e z G a r ci a , M a n u el . I I. T i t ul o .0 8 - 2 3 7 1 . c d d: 3 3 0

    c d u : 3 3 00 0 7 1 1 7 Sobre OS Autores

    M a rc o A nt on io S an do va l d e V a sc on ce llo s e b ac ha re l, m es tre e d ou to r e m E co no miap el a F ac ul da de d e E co no mia , A dm ln ls tra ca o e C on ta bi li da de d a U niv er sid ad e d e S aoP a u lo ( F E NU S P ) . E p ro fe ss or d o D ep ar ta me nto d e E co no mia d a F EN U SP e d os c ur so sd e e s p ec ia l iz a c ao , M B A e p o s -q r ad u a ca o l a ta s e n su d a F u nd ac ao I ns ti tu to d e P e sq u is asE c on om ic as ( FI PE l e F u nd ac ao I ns ti tu to d e A d m in ls tr ac ao ( FI A) .E c o or de n ad or d e c ur so se p ro je to s n a F IP E, e x-m em bro d a C om is sa o d e A va lia r;:a o d e E ns in o d e E co no mia( Av al ia r; :a o d as F ac ul da de s e P ro v ao ) d o M ln is te ri o d a E d uc ac ao e e x- vi ce -p re si de nt e d oC on se lh o R eg io na l d e E co no mia d e S ao P au lo e c on se lh elro d o C on se lh o F ed era l d eEconomia.Ma n ue l E n ri qu e z G a rc ia e b ac ha re l, m es tr e e d ou to r e m E co no mia p el a U ni ve rs id ad ed e S a o P a ul o. E p ro fe ss or d o D ep ar ta me nto d e E co no mia d a F ac uld ad e d e E co no mi a,A dm in is tra ca o e C on ta bili da de d a U ni ve rs id ad e d e S ao P au lo ( FE A /U SP ). E tarnbernadvog ado, inscrito n a O AB - S eccao de S ao P au lo. E x-p rofessor da P on tiffc iaU n iv e rs id ad e C a t6 1 ic a d e S a o P a u lo ( PU C lS P ). E p ro fe s so r e c oo rd en a do r d e c u rs os d aF IP E ( F un d ar ;: ao I ns ti tu to d e P e sq u is as E c on om lc as ). n a s a r ea s d e E c on o mi a, D ir ei to eNeg6c ios In te rnaciona is .

    Cantata com as autores:Ma rc o A n to n io S a n do v al d e V a sc o nc e ll os

    m a r c oa n t on [email protected] n ue l E n ri qu e z G a rc ia

    [email protected]

    /

    http://www.editorasaraiva.com.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.editorasaraiva.com.br/
  • 5/14/2018 Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

    2/7

  • 5/14/2018 Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

    3/7

    ;, 96 Fundamentos de Economia

    E s p ec if ic a m en te p a ra 0 c as o d e e stru tu ra s o lig op olis ta s d e m erc ad o, v ere mo s q ueu ma te oria a lte rn ativ a, q ue p re ss up 6e q ue a e mp re sa m ax im iz a 0mark-up, qu e e a me nt re a r ec ei ta e o s c us to s d ir et os ( ou v ar ia ve is ) d e p ro du ca o.

    7.2 Concorrenciapura ou perfeitaA concorrencla p ura o u concorrenda perfeita eum tipo de m ercadoem que ha

    n urn ero d e v en de do re s (e m p r es a s }, d e ta ls orte q ue u ma e mp re sa , ls ola da me nte , n aoa o fe rta d o m erc ad o n em , consequenternente, 0 preco de equillbrlo. 0 grande numeroe mp re sa s n es se m er ca do fa z c om q ue e la s s eja m a pe na s to ma do ra sd e precos, outakers.

    N e ss e t ip o d e m e rc ad o, d ev em p re va le ce r a s s e g ui nt es p re m is sa s:

    ~ m ercado a tom izado , com posto de grande nurnero d e e mp re sa s, c om o se F osse" M om o s ':

    ~ p ro du to s h om oq en eo s: n ao e xis te d lfe re nd ac ao e ntre _ pro du to s o fe rta do s p ela s ep resas conco r ren tes ;

    ~ nao exis tem barre iras pa ra 0 l nq re ss o d e e m pr es as n o m e rc ad o;., tra ns pa re nc la d o m erc ad o: to da s a s i nfo rrn ac ce ss ob re lu cr os , p re co s e tc . s ao

    c id as p or t od os o s p ar ti ci pa nt es d o m e rc ad o.

    U m a ca ra i: :t er is tic a d o m e rc ad o e m c on co rr en cl a p er fe it a e q ue , n o lo ng o p ra zo , n a ote m lu cro s e xtra s o u e xtra ord ln arlo s (e m q ue a s re ce ita s su pe ra m o s c usto s) , m aso s c ha ma do s lu cro s n or ma is , q ue re pre se nta m a r em un era ca o im plic ita d o e rn pr es ar ioc u st o d e o p o rt un id a de ).

    E m c on co rr en ci a p er fe it a, c om o 0 r n er ca d oe t ra n ~p ~ f~ h te , s e e X is tt re m l uc ro s e x tr ao rd i-n ar lo s a c ur to p ra zo , i ss o a tr ai ra n ov as f ir m as p ar a d , t d ~ r t ~ ' d b ,o is t ar nb er n n ao h a b ar re ir as~~I .a o a ce ss o. C o m 0 a um en to d a o fe rta d e m erc ad o (d ev id o ~o a um en to n o n um ero d e e rn pre -s as ), o s p re co s d e m erc ad o te nd era oa c air, e c on se qu en te rn en te ta rn be rn o s lu cro s e xtra sq ue t en de m a z er o. E x is ti ra o a pe n as l uc ro s n or ma ls .lm p ll cl to s n os c us to s, q ua nd o e nt ao c es sao i ng re ss o d e n ov as e m pr es as n es se m e rc ad o.

    D e v e -s e s a l ie n t ar q u e , n a r e a li d a de , n a o e x i st e 0m e rc a do t ip ic a m en te d e c o nc o rr en c ias e n d o t a lv e z 0 m e rc ad o d e p ro du to s h or ti fr ut ig ra nj ei ro s o e xe m plo m a is p ro xi mo a e ss e m o d el o.

    A F ig ura 7.1 re pre se nta a sltu ac ao d e u ma e mp re sa o pe ra nd o e m u m m erc ad o d e c on -c o r re n c ia p e r fe i ta .

    Estruturas de Mercado 97

    F ig u ra 7 .1 : C o n c o rr en d o p e rf ei ~a .(a) Oferta doP mercada P Oferta daempresa

    Demandada srnpresaDemanda demercada

    D oEquilibria de mercadaQ

    Equilibria da empresa

    A c urv a d a d em an da , d o p on to d e v is ta d a e mp re sa p erfe ita me nte c om pe titiva , te m acont iquracao d e u ma re ta (qrafico b), most rando 0 preco e s ta b el ec id o p e la s forces de merca-d o ( g ra f ic o 0), e t od as a s f ir ma s c om p on en te s d es se m e rc ad o t or na rn -s e t om a do ra s d e p re co ,N e nh un :' a f ir ma i so la da m en te t em c on dk oe s d e a lt er ar 0p re co o u p ra tic ar p re co s up erio r a o

    . e sta be l~ cid o n om erc ad o. E la p o ss ui u ma p eq ue na p ar tic pa ca o n o m er ca do (e u m " at or no " )e s ua a tu ac ao n ao i nf lu e nd ar a 0 p re co d e m erc ad o p or n ao d is po r d e q ua ntid ad e s ufic ie ntep ar a t an to . C on tu do , a e ss e p re co d ad o p elo m erc ad o, e la p od era v en de r q ua nto p ud er, lim i-t ad a a pe na s p or s ua e st ru tu ra d e c us to s . .

    C om oo p re co e f ix a do , a r e ce it a a d ic io n a l ( m a rg in a l) t am b e rn e f ix ad a e i gu ii \la o p re co . A s -s im , e m c on co rr en ci a p er fe it a, a c o n dl ca o n a q ua l a e m pr es a m a xim iz a l ue ro /V is ta n o c ap it uloa n te r io r , R M g =C Mg , p od e s er d ad a p or P =C M g .

    7.3 Monopolioo m erc ad o m on op olis ta c ara cte riz a-s e p or a pre se nta r c on dk oe s d ia me tra lm en te

    o po st as a s d a c on co rr en cl a p er fe it a. N e le e xi st e u m u ni co e rn pr es ar io ( em p re sa ) d om in an -d o in te ira me nte a o fe rta , d e u m la do , e to do s o s c on su mid ore s, d e o utro . N ao h a, p orta nto ,c on co rre nd a, n em p ro du to s ub stitu to o u c on co rre nte . N es se c as o, o u o s c on su mid ore s s es ub me te m a s c on dlc oe s im po sta s p elo v en de do r, o u s im ple sm en te d elx ara o d e c on su miro p r od u to .

    N e ss a e st ru tu ra d e m e rc ad o, a c ur va d a d em a nd a d a e m pr es a e a p ro pr ia c ur va d a d em a nd ad o m er ca do c om o u m to do A o s er e x clu siv a n o m erc ad o, a e mp re sa m on op olis ta d ete rm in a 0p re c o d e e q ui li br io , d e a c or d o c o m s u a c a p ac id a de d e p ro d uc a o: s e e l a a u m e n ta r a c if er ta , 0 preco

  • 5/14/2018 Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

    4/7

    98 Fundamentos de Economia

    de mercado dirninuira; sereduzi r a oferta, 0 preco aurnentara Assim, enquanto em concorrenciaper feita a demanda para af i rma e dada, e e uma reta paralela ao eixo das quant idades, em mono-p61io af i rma def ronta com uma curva de demanda negat ivamente inC/inada, como na Figura 7.2.

    F ig u ra 7 .2 : Monop6lio.- w _

    p

    Demanda de mer cado(= Demanda da f irma

    monopolista)

    Q

    Como vimos no item sobre el asticidades, quando nao existirem bens concorrentes ousubstitutos, como acontece no mercado monopolista, a demands de mercado tende a serinelast ica Entao, quando 0 preco se elevar, havera uma queda relativamente pequena noconsumo da mercadoria, 0 que redundara em aumento da receita total da empresa (0 aucmento do preco supera proporcionalmente a queda no consumo). Contudo, isso naosiqnif icaque 0 monopolista podera aumentar os precos indefinidamente: se 0 preco se el evar emdemasi a, pesara muit o no orcarnento dos consumidores, que tenderao a consumir menosdo produto . Em outras palav ras, a demanda delxara de ser lne last lca, e passara a ser e lasti ca(quando, enta.o , a queda no consumo supera 0 aumento do preco).

    Paraque existam monop6l ios, deve haver barreiras que praticamente impecarn a ent radade novas f irmas no mercado. Essasbarrei ras a ent rada podem advir das seguintes condkoes;

    ~. rnonopollo puro ou natural: ocarre quando 0 mercado, por caracterist icas propr las, .exige elevado volume de capital . Asempresas ja instaladas operam com grandesplan-t as indust ri ais , com elevadas economias de escala e cus tos unit arlos bas tante baixos ,o que possib il it a a cobranca de precos re lat ivarnente baixos por seu produto , 0 que.acaba sendo uma grande barreira para a ent rada de novos concarrentes;

    ~ patentes: enquanto a patente nao cai em dominio publico, a empresa e a unka quedetern a tecnolog ia apropri ada para produzir aquele dete rmmado bem;

    ~ controle de materias-prlrnas basicas: por exemplo, 0 contro le das minas de bauxit apelas empresas produtoras de aluminio.

    Estruturas de Mercado 99

    Existe, ainda, 0 monop61io insti tucional ou estatal em setores considerados est rateqkosou de sequranca nac iana l (por exemplo , energ ia , cornunicacoes e pet r6 Ieo). 1550 ocorreu ea inda oearre com muit os desses seto res no Brasi l e no mundo.

    Dada a exisrencia de barreiras a ent rada de novas ernpresas, os lucros ext raordinarlosdevem persistir tambern no l ongo prazo em mercados monopolizados, diferentemente doque ocorre em concor renc la perf eit a, quando no longo prazo 56 exlst lr ao luc ros narmais .

    7.4 Oligopolioo oligop61io e um t ipo de est rutura normal mente caracterizada por um pequeno numero de

    empresas que dominam a ofert a de mercado. Elepode serdef in ido como um mercado em queha pequeno nurnero de empresas, como a industr ia automobil is ti ca, ou entao em que hagrandenurnero de empresas, mas poucas dominam 0mercado, como na industr ia de bebidas.o setor produtivo brasi leiro e altamente oligopolizado,sendo possivel encontrar lnumerosexemplos: rnontadoras de veiculos, setor de cosrnet icos, industr ia de papel, industr ia de bebl-das, industria quimica, industria farrnaceutica, dentre outras.

    No ol iqopolio, tanto as quantidades ofertadas como os precos sao fixados entre as em-presas por meio de conluios ou car te ls. 0 carte l e uma orqan izacao jfo rrnal ou in fo rmal ) deprodutores dentro de um setor que determina a po!ftica de precos para todas as empresasque a el a pertencem. Elas costumam adotar uma polftica de precos comum, agindo comomonopo li st as (achamada solucao de monop6Iio ). Etaspodem fazer uma concorrencla ex-tr a-p reco em termos de propaganda, pub li ci dade, p ro rnocoes . e tc .

    Nos o li gop6 lios, na empresas l ideres que, vi a de regra , fixam 0 preco, respeitando as es-tr utu ras de custos das demais , e ha ernpresas satel it es que seguem as regras d itadas pelas.Hderes. Esse e um mode lo chamado de l ideranca de precos, Como exemplo , no Bras il , pode-se citar a industr ia de bebidas.

    Epossivel caracteri za r t ambern tan to o llqopol los com produtos d if erenc iados (como a in -dustr ia automobil is ti ca) como oliqopolios corn produtos hornoqeneos (alumfnio,c imento).

    Quanto aos objetivos da empresa oligopol ista, a teoria rnkroeconornka tem duas cor-rentes principais: ateor ia marginalista au neoclassica, pela qual 0oligopolista maximiza lucros,v is ta no cap it ulo ante rio r, e a teo r ia da orqan lzacao i ndust ri al , na qua l 0 objetivo principal'do oligopolista e maxi mizar mark-up, que e igual a:

    Mark-up = Recei ta de vendas - Custos diretos (ou vor iaveis)Ateoria da orqanizacao industrial discute ainda outros provaveis objetivos, tais como: rnaximizacao ou manuten-,ao da partldpacao no mercado; diferenc;:asentre asmetas desejadas pelos aclonistas eo comportamento doexecutivo responsavel que normalmente e contratado e quer maximizar seu prestfgio no mercado; diferencasentre objetivos de curto e de lonqo prazo das empresas etc.Ver EQUIPEDE PROFESSORESDA USP.Manual deeconomia.4. ed.SaoPaulo:Saraiva,2003.Capitulo 9.

  • 5/14/2018 Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

    5/7

    100 F un da me nt os d e E co no rn ia

    o p re co c ob ra do p ela e mp re sa , n o m od elo d e mark-up, e c al cu la do d a s eg uin te f or ma :p==( l +m)C

    e m q ue :p = = prec ; :odo p rodu to ;C = =c us to d ir et o u ni ta ri o ( qu e c or re sp on de , n a t e or ia m a rg in al is ta , a o c us to v ar la ve l r ne di o) :m == ta xa d e mark-up, qu e e u m a p or ce nt ag em s ob re o s c us to s d ir et os .

    A ta xa d e mark-up d ev e s er fix ad a d e ta l f o rm a a c ob rir, a le rn d os c us to s d ire to s, o s c u sto s .fix os , e a te nd er a c erta ta xa d e re nta bilid ad e d es eja da p elo s a cio nis ta s d a e mp re sa . 0 c on -c eito d e mark-up c orre sp on de a pro xim ad am en te a o c on ce ito d e m arg em d e c on trlb ulc aou ti liz ad o n a c on ta bi li da de p ri va da , c om a d lf er en ca d e q ue e ss e u lt im o e c al cu la do p ar a c ad al ln ha d e p ro du to , e nq ua nt o 0 c on ce ito d e mark-up e m ais g era l, n orm alm en te fix ad o p elo sa ci on is ta s p ar a o s n eg 6c io s q lo ba is d a e m pr es a.

    A te oria d q mark-up re po us a n a c on sta ta ca o e mp fric a d e q ue a s e rn pre sa s, a o fix ar s eup re c;:o d e v en da , n ao c on se gu er;n p re ve r a de qu ad am en te a d em an da p ar s eu p ro du to e , p or-ta nto , s ua s r e ce ita s, m as c on he ce m m uito b em s eu s c us to s. C om o e la s t e rn p od er r no no po -! fs ti co , p od e m , e nt ao , f ix ar o s p re c; :o s n um a b as e m a is o bj et iv a, n os s eu s c us to s, d ep en de nd om en os d a d em an da p re vis ta d e rn erc ad o. D ife re a ssim d a te oria m arg in alis ta , se gu nd o aq ua l a e m pr es a, p ar a f ix ar s eu p re c; :o n o lu cr o m a xi mo , p re ci sa p re ve r t ar nb er n a s r ec el ta s (0q ue e nv olve te r ra zo av el p od er p ara p re ve r a d em an da p or s eu p ro du to ), p ara ig ua la r s ua sr ec e it as m a rg in a is a o s c u st os m a rg in a is .

    7.5 Concorrencia monopolfsticaA c o nc o rr en c la m o n op o if st ic a e u m a e st ru tu ra d e m e rc ad o l nt er rn ed la na e nt re a c on co r-

    r en cl a p er fe it a e 0 m on op 6lio , m as q ue n ao s e c on fu nd e c om 0 o h qo p ol to , p e l a s s e gu in te scaracter fst icas:

    .~ n um ero re la tiv am en te g ra nd e d e e mp re sa s c om c erto p od er c on co rre nc ial, p ore rnc om s eg m en to s d e m e rc ad os e p ro du to s d if er en ci ad os , s ej a p or c ar ac te rf st ic as f ts lc as ,e m b al ag e m , s e ja p e la p re s ta c ao d e se rv ic ;: os c o m pl em e n ta re s ( p6 s -v e nd a );

    ~ m argem de m anobrapa ra fixacao dos p recos nao m uito am pla , um a vez que ex is -t em p ro du to s s ub st it ut os n o r ne rc ad o.

    E ss as c a ra cte rfs tic as a ca ba m d an do u m p eq ue no p od er m on op olis ta s ob re 0 p re co d op ro d ut o, e m b or a 0 m erc ad o s eja c om pe titiv o (d af 0 n om e c on co rr en ci a m o no po lf st ic a, q uee a p a r en t e m e nt e c o n tr a d lt o rl o ).

    E str ut ur as d e M e rc ad o 10 1

    C om o e m c on co rr en cia p erfe ita , n ao h a b arr eir as a o a ce ss o d e e mp re sa s n o m erc ad o. A s-s im , l u cr os e xt ra or di na ri os a c ur to p ra zo a tr air ao n ov as e m pr es as , e , a l on go p ra zo , 56 exlst lraol uc ro s n o rm a i s.o Q ua dro 7 .1 re su me a s p r in cip ais d lte re nc as e ntre a s e s tru tu ra s d o m erc ad o d e b en s eservic; :os.Qu ad ro 7 .1 : Principaiscaracterlsticas das estruturas b6sicas de mercado~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ,

    3 . Q ua nt o a o c on tr oled a s e m pr es as s ob reo s p re c;o s .

    Na o ha As e m pr es as t er n Embor ap o ss i bi li d a de s d e g ra nd e p od er p ar a d i fi cu l ta d o p e lam an ob ra s p el a s m a nt er p re co s interdependenclaempresas . re l a t ivamente e nt re a s

    e l e va d o s, s o br e tu d o empresas ,qu a ndo na o h

  • 5/14/2018 Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

    6/7

    102 Fundamentos de Economia

    d e d em an da d er iv ad a. P or e x em pl o, c om o a d e m an da d e a ut op ec as d eri va d a d em a nd a d e a ut o-r no ve is , s e h o uv er r ed uc ao d a d em a nd a d e a ut or no ve ls , c air a t arn be rn a d em an da p or

    A s e st ru tu ra s n o m er ca do d e f at or es s ao r es um id as a s eg ui r.

    7.6.1 Coneorrencia perfeita no mereado de fatoresA c o~o rre nc ia p erfe ita n o m erc ad o d e fa to re s c orre sp on de a o rn erc ad o c uja o fe rta

    fa to r d e p ro du ca o ( po r e xe mp lo , r na o-d e- ob ra n ao e sp ec ia liz ad a) e a bu nd an te , 0 qu eo p re co d es se fa to r c on sta nte . O s o fe rta nte s o u fo rn ec ed ore s, c om o s ao e m g ra nd e n urn ero ;:'J ao te rn c on dko es d e o bte r p re co s m ais e le va do s p or s eu s s erv ic es .7.6:2 Monopolio no mere ado de fatores

    Quando h3 urn m onop olista na ve nda d e insum os.7.6.3 Oligopol io l' lo mereado de fatores

    O co rre q ua nd o p ou ca s e rn pre sa s p ro du ze m u md ete rm in ad o in su mo (o lig op 6lio n a v e n-d a d o in su mo ).7.6.4 Monopsonio (monepellc na eompra de insumos)

    . .o m onop son lo ou m on op6 1io na co mpra de insu mos co mp reen de u ma form a de m erca-d o n a q ua l h a s o me nte u m c om pra do r p ara m uito s v en de do re s d os s erv lc os d os in su mo s. toc as o d a e mp re sa q ue s e i ns ta la e m d ete rm in ad a c id ad e d o in te rio r e , p or s er a u nic a, to rn a-s edemandante exclusive da mao-de-core l oc al e d as c id ad es proxlrnas, te nd o p ara s l a t ot al ld a - . ..T.:Ode d a oferta de rnao-de-obra,

    7.6.5 Oligopsonio (oligopoli~na eompra de insumos)o ollqo pso nio o u ollqo pollo na com pra d e insum os e o m erca do em q ue ha po uco s c om -

    p ra do re s n eg oc ia nd o c om m uit os v en de do re s. P or e xe mp lo : a i nd us tr ia d e la ti cf ni os , p ois e mc ad a c id ad e e xis te m d ois o u tre s la tic fn io s q ue a dq uire m a m aio r p arte d o le ite d os in urn ero sp ro du to re s r ur ai s l oc ais . A i nd us tr ia a uto m ob ilf st ic a, a le rn d e o li go po lis ta n o m er ca do d e b en se s e rv ic e s , t a rn b e rn e o li go ps on is ta n a c om pr a d e a uto pe ca s.7.6.6 Monopolio bilateral

    o rn on op olio b ila te ra l o co rre q ua nd o u m m on op so nis ta , n a c o mp ra d o fa to r d e p ro du ca o,d ef ro nt a c om u m m on op ol is ta n a v e nd a d es se fa to r. P or e x em pl o, s 6 a e mp re sa A c om pr a u m t ip ode a < ; : 0 qu e Eo p ro d uz id o a p en a s p el a s id e ru rq ka B. A e mp re sa A e m on op so nis ta , p orq ue s6 e lac o mp ra . es se t ip o d e a co , e a s id er ur qi ca B e rn on op ol is ta , p or qu e s 6 e la v en de e ss e t ip o d e a co .

    Estruturas de Mercado 103

    N es se s c as os , a d ete rrn in ac ao d os p re co s d e m erc ad o d ep en de ra n ao 5 6 d e fa to re s e co -no mico 5, m as d o pod er de ba rg anh a d e a mbos : 0 m on op so nis ta te nta nd o p ag ar 0 precom ais b aix o (u sa nd o a fo rc e d e s er 0 un ko com prad or), e 0 m on op olis ta te nta nd o v en de r p oru rn p re co m ai s e le va do (u sa nd o 0 pod er de ser 0 u n ko f o rn e c ed o r) .

    7.7 Grau de concentra~aoeconomica no BrasilU ma m ed id a c om um en te u tiliz ad a p ara v erific ar 0 g ra u d e c on ce nt ra ca o e co no rn ka e

    c alc ula r a propo rc ao do v alo r do fa tu ra mento d as q uatro m aio re s e mpresas de cad a ram od e a ti vi da de s o br e 0 to ta l fa tu ra do n o ra mo re sp ec tiv o. E m te rm os p erc en tu ais , q ua nto m aisp ro xim o d e 100%, maior 0 g ra u d e c on ce ntra ca o d o s eto r (a s q ua tro m aio re s re sp on de m c oma q u as e t ot al id ad e d o fa tu ra m en to ); q ua nt a m a is p ro xim o d e 0% , rnenor 0 g ra u d e c on c en tr a-< ; :a o( e , p o r ta n to , m a i or 0 g ra u d e c on co rr en cl a) d o s eto r.

    A T a b el a 7 .1 ( na p aq ln a s eg uin te ) a pre se nt a e ss e i nd ic ad or d e c on ce ntr ac ao e co no m ka p ar ao s r am os d a in du stria e d o c om erc io e m 1990. O b se rv a -s e q u e o s s e to re s m a is c on c en tr ad o s n a -q ue la d ata e ra m a ce s p ia no s (100%), m a t er ia l d e t ra n s po r te (94%), furno (91%), a mia nt o e g es so( 88 % ) e c e rv e ja ( 86 % ). O s s e to re s m a is c om p et it iv o s s a o' f ia < ; :a0 e tece lagem (20%), petroqufmica(43%) e c on fe c c oe s (46%).

    7.8 .A a~aogovernamental e os abusos do podereccnemlco nos mercados

    C om o v im os n o C ap ftu lo 3 ,0 B r a si l p o ss u i, d e s de o s a n o s 1960, e x te n s a l e gi sl a ~a o q u e p r oc u rac o ib ir o s a b u so s d o p o de r e co n or nk o e m d ef es a d a c o n co rr en cl a e d a p ro te ca o a o s c o ns um i do re s .

    D en tro d o c ha m ad o S is te ma B ra si le ir o d e D ef es a d a C on co rr en cla , 0 C o n s el h o A d m in i st ra -tiv o d e D ire ito E co n6 mic o (C ad e), a S ec re ta ria d e D es en vo lv lm en to E co no rn ic o (S DE ) e a S e-c re ta r ia d e A co mp an ha me nto E co no mic o (S EA E) sa o o s 6 rg ao s q ue te m p or o bje tiv o ju lg ar o sp ro ce ss os a dm in is tr at iv os r ela ti ve s a a bu so s d o p od er e co no rn ic o, b er n c om o a na li sa r f us 6e s .d e e mp re sa s q ue p od em c rla r s ltu ec oe s d e m on op 61 io o u m aio r d om in io d e m erc ad o. Q ua nd os e p r ov a q ue a l ir nl ta ca o d a c on co rr en cla n ao p ro pi ci a g an ho s a os c on su m id or es e m t er mo s d em en or es p re co s o u p ro du to s t ec no lo gi ca me nt e m ais a va nc ad os , 0 C ad e p od e d ete rm in ar q ueo n e g6 c io s ej a d e s fe it o.

  • 5/14/2018 Estruturas de Mercado - Vasconcellos e Garcia

    7/7

    104 Fundamentos de Economia 10 5struturas de Mercado

    Tabela 7 .1 :Grou de cooceotrocoo no Industria e (omercio por setores -----_(Faturamento das quatro maiores empresas, sobre 0 f at uramento to ta l de cada setor)

    44

    515953

    ~ Equipamentos paraconstrucao

    ~ Condutores eletrkos~ Computadores

    44

    6072

    4

    Questoes pararevisao'l, Caracterize 0 mercado concorrencial. Que regra 0 empresario segue para maximizar

    seus Iucros?2. Diferencie lucro normal de lucre extraordlnarto,3. Confronte 0 monop61io com 0 oliqopolio. Mostre as caracterlst icas de cada est rutura

    de mercado e 0 modo como 0 prec;:o e f ixado em cada urna delas .4. Quais asestruturas do mercado de fatores? Como elas se caracterizam?5. 0 que vem a ser 0 monop61io bilateral?