Estudo comparado nas administrações públicas de quatro países europeus: estatísticas de sinistralidade laboral 2004 - 2008

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    Estudo comparado nas administraes pblicas dequatro pases europeus: estatsticas de sinistralidadelaboral 2004 - 2008

    Baptista, Conceioa, Anjos, Cludiaa , Gago da Silva, Matildea , Alves Pinto,

    Fernandob, Hiplito, Joob , Pessoa, Susana

    aInstituto Nacional de Administrao, IP., Palcio Marqueses do Pombal 2784-540 Oeiras, email:

    [email protected] para a Segurana Alimentar e Econmica, Av. Conde de Valbom, 98 1050-070 Lisboa, e-mail:

    [email protected]

    ResumoO presente artigo concretiza uma recolha e reflexo sobre os dados de sinistralidade laboral no sector daAdministrao pblica (AP) em Portugal, Espanha, Reino Unido, Sucia. A recolha de dados foi efectuadatendo em considerao o sistema ESAW (Eurostat) e os dados disponibilizados e validados por cada pasno que se refere ao nmero e principal causa de acidentes de trabalho na administrao pblica de cadaum dos pases reportados neste artigo. Este sector de actividade reveste-se de evidentes limitaes no seuestudo: o modelo e a configurao do sector oferece substanciais diferenas entre os pases estudados, asestatsticas de acidentes de trabalho no se revestem do mesmo tratamento e no apresentam os mesmosnveis de fidedignidade, existem categorias de anlise que no so consideradas para o sector daAdministrao pblica por ausncia de dados disponveis, existem fontes que so contraditrias face aonmero de acidentes ocorridos no sector, existe uma limitao de interpretao pela dificuldade em atenderquais os subsectores da AP que mais influem para os nmeros disponveis. So diversas as dificuldadescolocadas ao estudo destas distintas realidades. No seu conjunto, estas restries colocaram ameaas componente de comparabilidade entre pases, ficando evidente que a definio de uma estratgiacomunitria para a promoo da Segurana no trabalho no sector da Administrao pblica deve, antes dequalquer protocolo, assentar sobre uma evoluo no processo de uniformizao, harmonizao eespecificao dos mecanismos de recolha e tratamento de dados neste sector que representa um grandevolume de trabalhadores em cada pas. Neste ponto, o investimento consistente pelo Eurostat tem sidoreconhecido e concreto dado que, oferecendo uma metodologia (ESAW) influencia os pases adesencadear processos de recolha e reporte de dados com crescente fiabilidade.Palavras-chave: Administrao pblica, estatsticas, acidentes de trabalho, taxas de incidncia

    1. INTRODUO

    Em Portugal, a Administrao pblica no tem sido um dos sectores primordiais de estudo de diagnsticodas condies de trabalho e delineao de estratgias de interveno especficas para a promoo dasmesmas. Existem dados dispersos e incompletos (em funo da fonte de informao) que no permitemuma leitura vlida e coerente da realidade. Para contrariar este problema que tambm se coloca em algunspases europeus, por exemplo no que se refere ao sub reporte (e.g. Reino Unido), a Directiva 89/391/ECC

    de 12/6/1989 requer que a Comisso Europeia proceda a harmonizao dos dados relativos a acidentes detrabalho com mais de 3 dias de ausncia, no espao europeu. Esta importante directiva especifica que theemployer shall keep a list of occupational accidents resulting in a worker being unfit for work for more thanthree working days e draw up, for the responsible authorities and in accordance with national laws and/orpractices, reports on occupational accidents suffered by his workersedeu origem, em 1990, ao projectoESAW European Statistics of Accidents at Work. Este projecto essencial para a comparao einterpretao de dados que permitam a monitorizao das principais tendncias SST e delineao deestratgias eficazes de preveno de ocorrncia de acidentes de trabalho, nos Estados Membros. Niza,Silva e Lima (2006) assinalam a elevada variabilidade que existe na definio e operacionalizao deacidente de trabalho. Concluso idntica foi referida por Jacinto e Aspinwall (2004) relativamente ao sistemade reporte de acidentes de trabalho, na Europa. A problemtica da comparabilidade de dados e tendnciasSST no espao europeu assume crescente preocupao, no s em termos acadmicos, tambm emtermos de formulao de polticas pblicas adequadas promoo das condies de trabalho e preveno

    da sinistralidade laboral. No presente trabalho sobre sinistralidade laboral, e considerando a diferenciaona conceptualizao de acidente de trabalho e de formas de reporte formal dos mesmos, assumimos ainformao veiculada pelo projecto ESAW, especificamente adoptando a noo de acidente de trabalhocomo a discrete occurrence in the course of work which leads to a psysical or mental harm e a noo de

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    acidente de trabalho mortal como accidents at work leading to the death of the victim within a year (afterthe day) of the accident. A comparabilidade de dados ESAW sobre as Administraes pblicas dos EstadosMembros permitir compreender quais os pases que revelam uma evoluo positiva e que prticasorganizacionais, legais ou outras esto aliceradas a esses resultados; quais as principais causas paraocorrncia de acidentes de trabalho e se existe uma transversalidade na causalidade apurada; como secaracteriza Portugal, no conjunto das outras AP europeias, em termos de sinistralidade laboral e que pontosdevem ser corrigidos e incrementados em termos de preveno de riscos e acidentes. O presente artigoapresenta os dados de 4 pases europeus (Portugal, Espanha, Reino Unido e Sucia) e acentuaconstrangimentos nacionais para o estudo e, subsequente, interveno planeada na realidade diversa daAP Portuguesa.

    2. MTODO

    As fontes para recolha de informao foram o Eurostat, especificamente o enquadramento de refernciaESAW - European Statistics on Accidents at Work. Foi igualmente tido em considerao o sistema nacionalde cada um dois pases estudados. No caso de Portugal foi dada a primazia aos dados disponibilizadospelo Gabinete de Estratgia e Planeamento (GEP) do Ministrio do Trabalho e da Segurana Social(MTSS). Para alm do GEP foram tambm efectuadas reunies de trabalho com os seguintes organismos:Escola Nacional de Sade Pblica, Direco Geral da Administrao e do Emprego Pblico e Autoridadepara as Condies de Trabalho. No caso da Espanha, as estatsticas relativas a AP espanhola foram

    obtidos no Ministrio de Trabajo e Inmigraciondo qual faz parte o Instituto Nacional de Seguridad e Higieneen el Trabajo. No Reino Unido, os dados foram reportados pelo Health and Safety Executivee pela Healthand Safety Comission. Na Sucia, os dados foram caracterizados pela Swedish Work EnvironmentAuthority. No caso portugus e sueco em que a informao da respectiva AP no estava publicada oucarecia de indicadores relevantes para o estudo (e.g. taxas de incidncia), foram directamente contactadosos servios responsveis pelo apuramento das estatsticas em causa.Os principais indicadores explorados no estudo, dado permitirem a comparabilidade entre administraespblicas, foram: a taxa de incidncia de acidentes de trabalho (total), a taxa de incidncia de acidentes detrabalho mortais, n de dias perdidos e durao mdia das baixas por acidente de trabalho e, finalmente,principais tipologias de causa nos acidentes ocorridos e reportados. Todos estes indicadores estocaracterizados no mbito da metodologia ESAW e nos respectivos acervos legais de SST e estatsticos decada pas analisado.

    3. RESULTADOS E DISCUSSO

    Os 4 pases aqui caracterizados adoptam a metodologia ESAW, sendo que nem todos os campos relativos AP so reportados e tratados, de forma idntica, por estes pases. Os constrangimentos relacionam-secom o entendimento e conceptualizao da noo de acidente de trabalho, com a metodologia de recolhade informao e agregao da mesma (e.g. dias perdidos, taxas de incidncia) e, inclusivamente, sobre oconstituio orgnica e dimenso do sector em anlise: a administrao pblica. As realidades europeiasso distintas. Esse ponto deve ser mantido em forte considerao para que se compreenda que boasprticas SST em determinada organizao pblica europeia no so passveis de transferabilidade,aprendizagem e implementao para a realidade cultural da organizao pblica portuguesa. Os nmerosdevem ser enquadrados nas circunstncias que os caracterizam e que facilitam a sua sustentao notempo. Um dos constrangimentos dos pases estudados relaciona-se com o sistema e procedimento de

    registo de ocorrncia de acidentes de trabalho. A realidade dspar entre pases. Esse facto influncia acredibilidade das interpretaes e ilaes a retirar. Em Portugal, no Reino Unido e na Espanha a principalfonte de informao para clculo de estatsticas de acidentes de trabalho assenta nos elementosdisponibilizados pelas seguradoras e sistema de segurana social. No caso do Reino Unido e da Suciaessa informao tambm veiculada pelos Organismos inspectivos da rea SST. Num esforo deharmonizao e comparabilidade de dados, nesses casos, o Eurostat efectua um ajustamento das taxas(Standardised incidence rate) com vista a minimizar o enviesamento de dados resultante de fontes distintase do fenmeno de sub reporte de informao prestada pela entidade empregadora a essas autoridadesnacionais.Outro constrangimento para a caracterizao do sector da Administrao pblica portuguesa assenta naausncia de um levantamento sistemtico das condies, reais e percebidas, dos aspectos fsicos e mentaisdo trabalho desenvolvido. Este seria um output interessante para a comparabilidade europeia do sector daAdministrao pblica.

    Em Portugal, no esto disponveis, pelo GEP / MTSS, as taxas de incidncia de acidentes de trabalho e deacidentes de trabalho mortais na Administrao pblica. Os dados disponveis assentam em nmerosabsolutos que no permitem a correcta comparabilidade de sinistralidade com os outros pases em estudo.

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    As estatsticas apuradas tem por base a informao emitida pelo sistema de reparao sediado nascompanhias de seguro. No esto includos os acidentes ocorridos na Administrao pblica comsubscritores da Caixa Geral de Aposentaes.Em termos absolutos, o nmero total de AT na AP portuguesa no sofreu evidentes oscilaes; nodemonstra uma tendncia e decrscimo. Considerando este periodo de 2004 2008, regista-se umatendncia para acrscimo no nmero total de dias de ausncia devido a AT.Os dados passveis de comparao esto relacionados com as principais causas de acidente no sector.Neste ponto, existem semelhanas com Espanha apesar da diferente terminologia utilizada. Apesar de noserem a causa principal mais frequente, a perda de controlo de mquina, meio de transporte, equipamentomanuseado, ferramenta, objecto e o escorregamento e quedas so importantes em ambos os pases paraocorrncia de AT. Esta ltima (Escorregamento e quedas) partilhada com a Sucia que apresenta estatipologia como a principal causa de AT no sector. Sobre a anlise dos dias de ausncia em resultado de AT, o GEP apresenta os valores totais anuais para osector e vrias categorias de agregao de tempos de ausncia (1 a 29 dias; 30 a 59 dias; 60 a 90 dias; 91a 120 dias; 121 a 150 dias; 151 a 180 dias; 181 a 211 dias; 212 a 242 dias; 243 a 272 dias; 273 a 303 dias;304 a 334 dias; 335 a 365 dias). Outros pases (e.g. Sucia) apresentam distinta metodologia para partiode dados.

    Quadro 1 AP Portuguesa: Indicadores de sinistralidade no trabalho (Nmero total de AT; Nmero total de AT mortais;Nmero total de AT no mortais; Nmero total de dias de ausncia devido a AT) no perodo 2004 2008

    AP Portuguesa 2004 2005 2006 2007 2008

    Nmero total de AT 6.293 6.574 7.450 6.339 6.446Nmero total de ATmortais

    3 11 4 4 6

    Nmero total de ATno mortais

    6.290 6.563 7.446 6.335 6.440

    Nmero total de diasde ausncia devido aAT

    156.428 183.659 199.242 197.455 201.439

    Principal causa de AT

    Movimento docorpo sujeito a

    constrangimentofsico

    Movimento docorpo sujeito aconstrangimento

    fsico

    Movimento docorpo sujeito aconstrangimento

    fsico

    Movimento docorpo sujeito aconstrangimento

    fsico

    Movimento docorpo sujeito aconstrangimento

    fsico

    Em Espanha so apresentados os nmeros absolutos e so calculadas as taxas de incidncia de acidentesde trabalho e de acidentes de trabalho mortais, no sector da Administrao pblica. A informao publicada anualmente no relatrio denominado de Informe anual de Accidentes de Trabajo en Espaa, combase nos dados registados no Anuario de Estadsticas Laborales y de Asuntos Sociales do Ministerio deTrabajo e Inmigracine com base na Encuesta de Poblacin Activado Instituto Nacional de Estadstica.Os nmeros publicados demonstram que se manteve a mesma tendncia de ocorrncias e de duraomdia das baixas por acidentes de trabalho, sem fortes oscilaes, entre 2004 2008. A tipologia causaldos acidentes tambm se manteve neste quadro temporal: excessivo esforo fsico.Como adiante ser referido, e excluindo Portugal, a Espanha o pas que apresenta indicadores de

    incidncia mais elevados comparativamente aos pases referidos neste artigo.

    Quadro 2 AP Espanhola: Indicadores de sinistralidade no trabalho (Taxa de incidncia de acidentes de trabalho; Taxade incidncia de acidentes de trabalho mortais; Durao mdia das baixas por AT; Principal causa AT) no perodo 2004 2008

    AP Espanhola 2004 2005 2006 2007 2008

    Taxa incidncia AT 3.539,1 3.502,3 3.361,7 3.552,0 3.611,2Taxa incidncia AT mortais 3,1 3,0 3,0 2,7 2,9Durao mdia das baixas por AT 25,2 26 25,7 26,7 23,9

    Principal causa ATExcessivo

    esforofsico

    Excessivoesforofsico

    Excessivoesforofsico

    Excessivoesforofsico

    Excessivoesforofsico

    No caso do Reino Unido, o Health and Safety Executiveapresenta dados que evidenciam uma tendncia dedecrscimo na taxa de incidncia de AT na Administrao pblica, entre o perodo de 2004/05 e 2008/09.

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    Esta tendncia est relacionada com um investimento global em termos de SST para todos os sectores deactividade. Este investimento est concretizado na estratgia global denominada de Revitalising Health andSafety(RHS) que foi lanada pela Health and Safety Comissione pelo Governo em Junho de 2000.

    No caso da taxa de incidncia de acidentes mortais e na mdia de dias perdidos por trabalhador no seconsubstancia esta consistente tendncia de decrscimo que se verifica na taxa de incidncia de AT. Outrofacto interessante a notar assenta na disponibilizao de dados qualitativos e quantitativos sobre tipologiasde causalidade de acidentes de trabalho na AP do Reino Unido. Foi atribuda, pelos organismoscompetentes, especial primazia na preveno de acidentes originados por quedas. O relatrio Statistics ofWorkplace fatalities and injuries Falls from a Heightda Health and Safety Comissionagrega dados entre operiodo 1996/1997 2007/2008 e que foram reportados no mbito do sistema nacional RIDDORReporting of Injuries, Disease and Dangerous Occurrences Regulations 1995. Neste relatrio acentuada aimportncia de preveno desta tipologia na ocorrncia de acidentes de trabalho, transversalmente a todosos sectores de actividade. Para a administrao pblica no esto publicamente disponveis dadosquantitativos, em sries temporais, sobre outras tipologias de AT. De sublinhar ainda que, no caso do ReinoUnido, so muitas vezes encontradas diferenas de valores de sinistralidade em funo da fonte deinformao utilizada (RIDDOR ou LFS). Existe evidncia de um sub reporte de acidentes (no mortais) sautoridades no mbito do RIDDOR, em comparao com os dados disponibilizados pelo Labour ForceSurvey(LFS).

    Quadro 3 AP Reino Unido: Indicadores de sinistralidade no trabalho (Taxa incidncia AT; Taxa incidncia AT mortais;Nmero total dias perdidos devido a AT; Mdia dos dias perdidos/trabalhador; Principal causa AT) no perodo 2004/05 2008/09

    AP Reino Unido 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09

    Taxa incidncia AT 1.144,3 1.128,1 1.107,2 774.3 708.3Taxa incidncia AT mortais 0,6 0,1 0,4 0,7 0,6Nmero total dias perdidos devido a AT 312 457 555 351 387Mdia dos dias perdidos / Trabalhador 0,19 0,27 0,33 0,20 0,22

    Principal causa ATInformao

    nodisponvel

    Informaono

    disponvel

    Informaono

    disponvel

    Informaono

    disponvel

    Informaono

    disponvel

    No caso da Sucia, a taxa de incidncia de AT tem vindo, desde 2004, a decrescer, com excepo pontual

    do ano de 2008. Esta mesma tendncia de decrscimo registada no nmero de trabalhadores ausentesem funo de baixa por acidente de trabalho.Um ponto interessante a assinalar de que o formato de recolha e tratamento de dados para os diasperdidos distinto dos outros pases em anlise. So estudados os nmeros de funcionrios pblicos emausncia por categorias de tempo de baixa (1-3 dias; 4-14 dias; mais de 14 dias; fatais) e no o nmerototal de dias de ausncia por perodo temporal (e.g. Portugal e Reino Unido).Desde 2007, o nmero absoluto de acidentes mortais tem vindo a decrescer. Alis, na anlise globalefectuada aos indicadores de sinistralidade laboral na AP sueca (2004 2008) evidente a sustentadatendncia de decrscimo nos valores, com excepo do indicador nmero total de acidentes em 2006. Entre2004 2008 permaneceu inaltervel a principal causa de AT no sector da AP: escorregamento e queda.

    Quadro 4 AP Sueca: Indicadores de sinistralidade no trabalho (Nmero total de AT; Nmero total de AT mortais; Taxaincidncia AT; Taxa incidncia AT mortais; Nmero de trabalhadores ausentes por durao estimada de ausncia ao

    trabalho devido AT; Principal causa AT) no perodo 2004 2008

    AP Sueca 2004 2005 2006 2007 2008

    Nmero total de AT 1699 1625 1641 1418 1409Nmero total de AT mortais 5 5 5 1 1Taxa incidncia AT 715 688 665 575 590Taxa incidncia AT mortais 2 2 2 4 0Nmero detrabalhadoresausentes porduraoestimada deausncia ao

    trabalho devidoAT

    4-14 dias

    716 655 658 520 504

    > 14 dias629 619 596 495 489

    Principal causaAT Escorrega

    Escorregamento Escorregamento Escorregamento Escorregamento

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    mento equedas

    aomesmo

    nvel

    e quedas aomesmo nvel

    e quedas aomesmo nvel

    e quedas aomesmo nvel

    e quedas aomesmo nvel

    Em comparao com Reino Unido e Sucia, a Espanha apresenta taxa de incidncia de AT (total e mortais)

    mais alta relativamente ao sector da Administrao pblica. Esta comparao deixa de fora Portugal dadoque o GEP/MTSS no apresenta dados oficiais sobre a taxa de incidncia de AT na AP portuguesa.Verifica-se tambm a manuteno desta tendncia de liderana da Espanha no que se refere taxa deincidncia de acidentes de trabalho (graves), a nvel nacional (sem partio por sector Administraopblica), para o perodo de 2004 2006. Situao diferente se apresenta no que concerne taxa deincidncia de acidentes de trabalho mortais, a nvel de global nacional (sem partio sectorial). Neste ponto,a Espanha o pas que apresenta os valores mais baixos entre 2004 2006.A Sucia o pas em que se regista a menor taxa de incidncia de acidentes de trabalho no sectorAdministrao pblica. Em termos globais nacionais e mantendo em considerao todos os sectores deactividade, sem especifica partio por sector Administrao pblica e durante o perodo 2004 - 2006, o pasque apresenta, comparativamente, menor taxa de incidncia de acidentes de trabalho (graves ) Portugal.Aparentemente, e em perspectiva comparada, o Reino Unido apresenta a mais baixa taxa de incidncia deacidentes de trabalho (mortais) na Administrao pblica. Esta mesma tendncia de consistente decrscimo

    tambm se verifica nos indicadores britnicos de sinistralidade laboral (neste caso, taxa de incidncia deacidentes de trabalho e taxa de incidncia de acidentes de trabalho mortais). No entanto, de ressalvarque, os dados estatsticos reportados devem ser lidos com precauo e com ateno detalhada dado oreconhecimento de potencial sub reporte de ocorrncias.

    Quadro 5 Taxa de Incidncia de acidentes de trabalho (graves) nos pases analisados (2004 2006), global sempartio por sector Administrao pblica

    Pas 2004 2005 2006Portugal 75 74 76Espanha 92 87 85Reino Unido 88 84 75Sucia 86 85 82

    Quadro 6 Taxa de Incidncia de acidentes de trabalho (mortais) nos pases analisados (2004 2006), global sempartio por sector Administrao pblica

    Pas 2004 2005 2006Portugal 82 84 68Espanha 59 64 64Reino Unido 90 88 81Sucia 81 131 115

    4. CONCLUSES

    Os dados apresentados e as fontes consultadas acentuam a necessidade na continuidade da

    implementao do projecto ESAW para a harmonizao no processo de recolha e tratamento de dados paraformulao de estatsticas sobre acidentes de trabalho. Os sistema de reporte nacionais devem serapurados para o sector da AP. Os dados disponveis so escassos e no representam, como no casoportugus, a dimenso real do sector. Coloca-se a questo de como formular uma estratgia nacional SSTpara o sector dada a inexistncia de um levantamento de dados qualitativos e quantitativos fidedigno econsensual entre fontes.Sobre os dados aqui apresentados, e com excepo do Reino Unido que no disponibiliza oficialmentetodas as tipologias de causas de acidente de trabalho na AP, um dos aspectos que ressalta da anliseefectuada est relacionado com a manuteno, ao longo do tempo, da principal causa de acidentes detrabalho em cada um dos pases estudados. As tipologias de ocorrncias mantm-se, portanto, consistentesao longo do perodo considerado (2004 2008) em cada uma das realidades europeias.Os actuais constrangimentos metodolgicos devem ser a principal aposta de interveno e consolidaopara que se desenhe uma estratgia comunitria eficaz, realista e concretizvel para combate da

    sinistralidade laboral no sector da AP.

    5. REFERNCIAS

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    Niza, C.F. , Silva, S.A. & Lima, M.L. (2006). Work accidents in the empirical literature: Implications for thefuture. Safety and Reliability for Managing Risk. London: Taylor & Francis Group.

    Jacinto, C. & Aspinwall, E. (2004). A survey on occupational accidents reporting and registration systems inthe European Union. Safety Science, 42, 933 960.

    ESAW Methodology 2001 Edition -http://ec.europa.eu/eurostat/ramon/statmanuals/files/ESAW_2001_EN.pdf

    EUROSTAT -http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home/

    Gabinete de Estratgia e Planeamento do Ministrio do Trabalho e da Segurana Social -http://www.gep.mtss.gov.pt/

    Health and Safety Executive -http://www.hse.gov.uk/

    Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo -http://www.insht.es/portal/site/Insht/;jsessionid=4TKgNv7L4yH6LLJL6HRfrKN1l2QcnxHhTz1PhVG58P3GfnS2pcyC!691919081!1644555382

    Swedish Work Environment Authority-http://www.av.se/inenglish/

    .

    http://ec.europa.eu/eurostat/ramon/statmanuals/files/ESAW_2001_EN.pdfhttp://ec.europa.eu/eurostat/ramon/statmanuals/files/ESAW_2001_EN.pdfhttp://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home/http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home/http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home/http://www.gep.mtss.gov.pt/http://www.gep.mtss.gov.pt/http://www.hse.gov.uk/http://www.hse.gov.uk/http://www.hse.gov.uk/http://www.insht.es/portal/site/Insht/;jsessionid=4TKgNv7L4yH6LLJL6HRfrKN1l2QcnxHhTz1PhVG58P3GfnS2pcyC!691919081!1644555382http://www.insht.es/portal/site/Insht/;jsessionid=4TKgNv7L4yH6LLJL6HRfrKN1l2QcnxHhTz1PhVG58P3GfnS2pcyC!691919081!1644555382http://www.insht.es/portal/site/Insht/;jsessionid=4TKgNv7L4yH6LLJL6HRfrKN1l2QcnxHhTz1PhVG58P3GfnS2pcyC!691919081!1644555382http://www.av.se/inenglish/http://www.av.se/inenglish/http://www.av.se/inenglish/http://www.av.se/inenglish/http://www.insht.es/portal/site/Insht/;jsessionid=4TKgNv7L4yH6LLJL6HRfrKN1l2QcnxHhTz1PhVG58P3GfnS2pcyC!691919081!1644555382http://www.insht.es/portal/site/Insht/;jsessionid=4TKgNv7L4yH6LLJL6HRfrKN1l2QcnxHhTz1PhVG58P3GfnS2pcyC!691919081!1644555382http://www.hse.gov.uk/http://www.gep.mtss.gov.pt/http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page/portal/eurostat/home/http://ec.europa.eu/eurostat/ramon/statmanuals/files/ESAW_2001_EN.pdf