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_________________________________________ISSN 1983-4209 – Volume 09 – Número 04 – 2013
ESTUDO COMPARATIVO SOBRE O USO DE PLANTAS MEDICINAIS EM DUAS
CIDADES PARAIBANAS PERTENCENTES ÀS MESORREGIÕES DO SERTÃO E DO
CURIMATAÚ OCIDENTAL
Danielly da Silva Lucena1. Clécio Maynard Batista da Fonsêca
2. Maria das Graças Veloso
Marinho3. Pierre Farias de Souza
4
RESUMO - A etnobotânica como ciência estuda as interações entre pessoas e plantas em sistemas
dinâmicos. Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo comparativo sobre o uso de Plantas
Medicinais em duas cidades paraibanas pertencentes ás mesorregiões do Sertão (Cajazeiras) e do
Curimataú Ocidental (Remígio). O município de Cajazeiras tem como vegetação predominante à
caatinga, apresenta clima quente e seco. O município de Remígio apresenta clima tropical úmido e
sua vegetação é constituída de brejos de altitude e caatinga. Esta pesquisa foi realizada através de
visita às residências dos informantes e aplicação de um questionário semiestruturado, que abordava
o grau de escolaridade dos entrevistados, e o conhecimento dos mesmos sobre plantas medicinais.
Para este estudo 40 pessoas foram entrevistadas, 20 em cada município. A faixa etária dos
entrevistados está entre 20 e 85 anos e as mulheres representam 65% dos informantes em cada área
estudada. Os entrevistados citaram um total de 35 espécies medicinais, pertencentes a 33 Gêneros e
21 famílias. As famílias mais representativas foram Asteraceae e Lamiaceae com quatro espécies e
Fabaceae com três espécies. No município de Remígio as indicações de uso mais citadas foram:
analgésico, digestivo, reumatismo, antiinflamatório, calmante, asma e problemas intestinais, para o
município de Cajazeiras pouco diferiram, analgésico, digestivo, antiinflamatório, calmante,
cicatrizante, reumatismo e expectorante. A variedade de uso das plantas medicinais nessas áreas
evidenciam o potencial medicinal das espécies da região. Esta peaquisa assim como outras da
mesma área vem com o intuito de resgatar o conhecimento tradicional sobre o uso dos fitoterápicos.
Unitermos: Etnobotânica, Conhecimento popular, Flora.
COMPARATIVE STUDY ON THE USE OF MEDICINAL PLANTS IN TWO CITIES
PARAIBANAS BELONGING TO MESOREGIONS OF SERTÃO AND OF WESTERN
CURIMATAU
ABSTRACT - The ethnobotany as a science, links to botany and anthropology, and studies the
interactions between people and plants in dynamic systems. This research aims to conduct a
comparative study on the use of medicinal plants in two cities paraibanas mesoregions belonging of
Sertão (Cajazeiras) and Western Curimataú (Remígio). The municipality shows Cajazeiras as
predominant vegetation to savanna, has hot and dry climate. The municipality of Remigio shows a
humid tropical climate and lush vegetation consists of wet forests and savanna. This research was
conducted through visits to the residences of the informants and application of a semi-structured
questionnaire that addressed the educational level of the interviewees, and knowledge of them on
_______________________________________________________________________________ 1 Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
Centro de Ciências Biológicas, Recife, Pernambuco, Brasil: [email protected] 2 Mestre em Ciências Florestais,
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, Patos, Paraíba,
Brasil: [email protected] 3 Professora Drª, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Unidade
Acadêmica de Ciências Biológicas, Patos, Paraíba, Brasil: [email protected] 4 Doutorando em Ciências
Florestais, Universidade de Brasília (UnB), Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais, Brasília, Distrito
Federal, Brasil: [email protected]
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medicinal plants. For this study, 40 people were interviewed, 20 in each municipality. The age
range of the interviewees is between 20 and 85 years and women represent 65% of respondents in
each study area. Respondents cited a total of 35 medicinal species belonging to 33 genera and 21
families. The most representative families were Asteraceae and Lamiaceae with four species and
Fabaceae with three species. Municipality of Remígio indications use most cited were: analgesic,
digestive, rheumatisn, anti-inflammatory, soothing, asthma and intestinal problems for the
municipality of Cajazeiras differ little, analgesic, digestive, anti-inflammatory, soothing, healing,
rheumatisn and expectorant. The variety of use of medicinal plants in these areas evidence the
medicinal potential of the species. This research as well as others in the same area comes with the
intention of rescuing traditional knowledge about the use of phytotherapics.
Uniterms: Ethnobotany, Knowledge popular, Flora.
INTRODUÇÃO
A utilização dos recursos vegetais com fins terapêuticos remonta ao início da civilização
humana, confundindo-se com a própria origem do homem, e consiste na busca da cura das doenças
através do uso das plantas medicinais.
As informações sobre o uso e as virtudes terapêuticas das plantas medicinais foram sendo
acumuladas através dos séculos e a utilização de suas propriedades representa uma forma de
tratamento e cura das doenças (Dantas & Guimarães, 2007), principalmente por populações urbanas
de origem rural, onde a utilização dos recursos naturais é orientada por um conjunto de
conhecimentos resultantes da relação com o ambiente natural na qual estavam inseridas bem como
pelas relações sociais em que estão imersas no meio urbano (Oliveira. Oliveira. Andrade, 2010).
Contudo urbanização das cidades e a migração da população rural para a área urbana muitas
vezes levam à perda do conhecimento sobre as plantas medicinais. Seja em função do
distanciamento das plantas ou da falta de interesse no aprendizado de suas propriedades, as novas
gerações parecem estar perdendo este conhecimento, acumulado pelos seus antepassados (Veiga
Junior, 2008).
Desta forma estudos relacionados com a medicina popular têm merecido cada vez mais
atenção devido a gama de informações e esclarecimentos que fornecem à sociedade contemporânea.
Pois ainda é notável o crescente número de pessoas interessadas no conhecimento de plantas
medicinais principalmente pela consciência dos males causados pelo excesso de remédios químicos
(Parente, 2001).
A Etnobotânica apresenta como característica básica de estudo o contato direto com as
populações tradicionais, procurando uma aproximação e vivência que permitam conquistar a
confiança destas comunidades, resgatando, assim, todo conhecimento possível sobre a relação de
afinidade entre o homem e as plantas de uma comunidade. Portanto, o estudo etnobotânico é o
primeiro passo para um trabalho multidisciplinar envolvendo botânicos, engenheiros florestais,
engenheiros agrônomos, antropólogos, médicos, químicos, entre outros, para se estabelecer quais
são as espécies vegetais promissoras para pesquisas agropecuárias e florestais, justificando assim
seu uso e sua conservação (Rodrigues & Carvalho, 2001).
O consumo de espécies medicinais é uma prática que tem sido cada vez mais disseminada
pelas comunidades pertencentes a região Nordeste, segundo Mosca & Loiola (2009), apesar da
grande influência dos meios de comunicação e do número crescente de farmácias na região
Nordeste, a mesma destaca-se por apresentar frequência na utilização das plantas medicinais tanto
na zona rural como no meio urbano, neste último uma das principais formas de propagação do uso
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das plantas e suas utilidades é realizada por raizeiros encontrados em pontos estratégicos de
algumas cidades.
Para o estado da Paraíba existem cerca de 50 trabalhos abordando o tema plantas medicinais,
contudo para a cidade de Remígio não há registros de trabalhos com o tema, não sendo, conhecidas
as espécies medicinais utilizadas pela população desta cidade, para a cidade paraibana de Cajazeiras
existe registro de apenas um trabalho enfatizando o tema plantas medicinais, o mesmo foi
desenvolvido em área de assentamento, na zona rural deste município, por (Araujo, 2009). Diante
do exposto é objetivo deste trabalho conhecer as espécies medicinais utilizadas nessas duas cidades
paraibanas localizadas nas mesorregiões do sertão e do e do Curimataú Ocidental, fazendo assim
uma análise comparativa entre as indicações de uso, as partes utilizadas, as espécies medicinais
consumidas e as formas de utilização das plantas medicinais.
METODOLOGIA
Área de Estudo
Esta pesquisa foi desenvolvida nos municípios de Cajazeiras e Remígio, localizados
respectivamente nas mesorregiões do Sertão e do Curimataú Ocidental no estado da Paraíba (Figura
1).
Fonte: (IBGE, 2013; Mapas Brasil, 2013).
Figura 1. Localização das áreas de estudo, municípios de Cajazeiras - PB e Remígio - PB.
O município de Remígio está localizado na microrregião do Curimataú Ocidental, com
altitude variando de 500 e 550 metros. O clima predominante, segundo a classificação de Koppen
(1948), é do tipo Asi: áreas com clima tropical úmido apresentando verão seco. O período seco está
compreendido entre setembro e fevereiro. O suporte econômico de Remígio é a lavoura,
destacando a agricultura de sequeiro que prevalece com as culturas de subsistência como cana-de-
açúcar, mandioca, feijão, milho, algodão, banana, laranja e outros.
A vegetação é composta pela floresta latifoliada de brejos de altitude e vegetação de
caatinga, as famílias mais freqüentes são: Euphorbiaceae, Fabaceae, Rubiaceae, Anacardiaceae, e
Myrtaceae. Entre as espécies arbóreas destacam-se o pau d’arco amarelo (Tabebuia serratifolia
(Vahl) G. Nichols.), canafístula (Senna spectabilis (DC.) Irwin & Barneby). Também apresenta
espécies de caatinga, onde predominam as espécies pertencentes a família Fabaceae: Catingueira
(Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P.Queiroz), Pau-ferro (Libidibia ferrea (Mart. ex Tul)
L.P.Queiroz) e Feijão Bravo (Capparis flexuosa (L.) L.) da família Capparaceae (Pereira et al.,
2002). Esta é uma área que está localizada entre mesoregiões como o Cariri e microrregiões como o
38˚34’ 35˚46’
6˚53’
6˚56’
Figura modificada
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brejo paraibano, sendo considerada uma área em transição, e uma região importante para a cultura
de plantas medicinais.
Já o município de Cajazeiras, inserido na extremidade ocidental do estado possui clima,
segundo a classificação de Koppen (1948), do tipo BSh. A estação seca ocorre nos meses de
setembro a dezembro e a chuvosa restringe-se a um período de 3 a 4 meses por ano.
O suporte econômico de Cajazeiras tem destaque na área de prestação de serviços, seguido
das atividades de pecuária e agricultura de subsistência, com cultivo de feijão, milho, arroz e outros.
A vegetação é caatinga arbustiva arbórea, classificada, segundo (Veloso. Rangel Filho.
Lima, 1991), como savana estépica, com ocorrência de cactáceas, arbustos e árvores de pequeno,
médio e de grande porte. O regime pluviométrico é baixo e irregular com médias anuais de
880,6 mm/ano.
Coleta de Dados
A pesquisa foi realizada através de visita a residência dos informantes e aplicação de questionários
semiestruturados nas duas comunidades (Anexo 1), o mesmo continha questões sobre o perfil social
dos entrevistados (idade e nível de escolaridade), espécies de plantas medicinais utilizadas por
estes, partes da planta utilizadas (folhas, flores, raízes, casca, frutos, sementes e parte aérea da
planta) e finalidade de uso. Para que a entrevista pudesse ser realizada, o entrevistado tinha que
demonstrar interesse em contribuir com o trabalho e ser maior de 18 anos. Um checklist foi
elaborado contendo nomes científicos, nomes populares e família botânica de cada espécie, bem
como as finalidades terapêuticas do uso dessas plantas e as parte(s) utilizada(s). Nas duas
mesorregiões estudadas foram entrevistadas 40 pessoas, 20 pessoas em cada cidade.
A identificação das espécies citadas pelos entrevistados em ambos os municípios foi
realizada no momento das entrevistas com o acompanhamento dos informantes, nas próprias
residências ou em locais indicados por estes, através de consulta a bibliografias especializadas.
Quando o reconhecimento não foi possível no momento das entrevistas, o material botânico foi
coletado e comparado com exsicatas existentes no Herbário CSTR da Universidade Federal de
Campina Grande campus de Patos, Paraíba.
Análise dos Dados
Os resultados obtidos em cada cidade, foram correlacionados, quanto as espécies utilizadas,
a forma de uso e suas indicações. Esses parametros auxiliarão na avaliação da utilização das
espécies citadas nos diferentes municípios e microrregiões paraibanas.
A indicação problemas intestinais refere-se neste trabalho a diarréia, cólicas intestinais e
carminativo.
A indicação de mal estar refere-se a enjôo, dor de cabeça e sensação de desequilíbrio.
Planta inteira considerada neste trabalho refere-se à utilização de toda a parte aérea da planta
medicinal.
As recomendações referentes à finalidade de uso das plantas medicinais foram
contabilizadas, podendo uma ou mais espécies medicinais apresentarem as mesmas indicações de
uso, e essas serem citadas por mais de um entrevistado.
Para este estudo as espécies de plantas medicinais citadas, foram classificadas quanto à
origem, se nativo ou exótico e quanto ao hábito, se arbustivo, subarbustivo, herbáceo ou arbóreo.
Para a análise dos dados foi utilizando o programa Microsoft Excel 2010.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Os entrevistados das áreas de estudo citaram um total de 35 espécies, pertencentes a 33
Gêneros e 21 famílias botânicas. Resultados semelhantes foram encontrados por (Medeiros.
Fonseca. Andreata, 2004), em um estudo realizado com os sitiantes da Reserva Rio das Pedras,
Mangaratiba- RJ, onde o número de espécies encontados foi 36, sendo essas pertencentes 34
gêneros e 25 famílias.
As famílias mais representativas em relação ao número de espécies citadas foram Asteraceae
e Lamiaceae com quatro espécies cada família e Fabaceae com tres espécies, estas famílias também
foram mais representativas em outros estudos desenvolvidos por (Lucena et al., 2013; Cunha &
Bortolotto, 2011). Analizando os dados separadamente temos para o município de Cajazeiras a
ocorrência de 15 espécies e para o município de Remígio foram registradas 30 espécies, sendo que
10 espécies são comuns nos dois municípios: Chenopodium ambrosoides L., Cymbopogon citrates
(DC.) Stapf., Lippia alba (Mill.) N. E. Br., Mentha x villosa Huds., Peumus boldus Molina.,
Phyllantus niruri L., Pimpinella anisum L., Punica granatum L., Rosmarinus officinalis L. e Ruta
graveolens L. (Tabela 1). O município de Remígio apresentou um maior número de espécies
utilizadas na medicina popular.
No município de Cajazeiras a família Lamiaceae é a mais representativa em número de
espécies. As espécies mais citadas neste município foram: Chenopodium ambrosoides L.,
Cymbopogon citrates (DC.) Stapf., Lippia alba (Mill.) N. E. Br., Mentha x villosa Huds. e
Pimpinella anisum L..
Para o município de Remígio as famílias Asteraceae (tres espécies), e Lamiaceae (cinco
ssp), foram as mais representativas em número de espécies. As espécies mais citadas pelos
entrevistados desta cidade foram: Aloe vera (L.) Burm. F., Cymbopogon citrates (DC.) Stapf.,
Lippia alba (Mill.) N. E. Br., Pimpinella anisum L., Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.,
Plectranthus barbatus Andrews e Vernonia condensata Baker.
Dados próximos aos encontrados nos dois municípios foram obtidos por Soares, et al.
(2009), em uma pesquisa realizada com a população de Gurinhém-PB, dentre as espécies de plantas
medicinais utilizadas as mais mencionadas foram: capim-santo (Cymbopogon citratus Stapf.);
hortelã-da-folha-miúda (Mentha x villosa Huds.); erva cidreira (Lippia alba (Mill.) N.E. Brown e
arruda (Ruta graveolens L.).
Quanto a origem das plantas medicinais usadas pelas comunidades estudadas, 51% das
espécies são de origem exótica e 49% é nativa do Brasil (Tabela 1). Lucena et al. (2013), obteve
resultados semelhantes em uma pesquisa realizada na comunidade urbana de Lagoa, sertão
paraibano, nesta pesquisa 50% das espécies utilizadas na medicina popular eram de origem nativa.
Observa-se também que o hábito predominante entre as especies citadas foi o herbáceo (32,35%),
seguido pelo arbóreo (29,41%), subarbustivo (26,47%) e arbustivo (11,76%) (Tabela 1).
Tabela 1: Plantas medicinais utilizadas pelas comunidades estudadas, Família botânica, nome
científico e popular, origem das espécies citadas e hábito, classificadas em ordem alfabética de
família.
Família/Espécie Nome
Popular Origem Hábito
Adoxaceae
Sambucus australis Cham. & Schltdl.* Sabugueiro Nativa Arbustivo
Amaranthaceae
Chenopodium ambrosoides L.*** Mastruz Nativa Herbáceo
Anacardiaceae
Anacardium occidentale L.* Cajueiro Roxo Nativa Arbórea
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Myracrodruon urundeuva Allemão** Aroeira Nativa Arbórea
Apiaceae
Pimpinella anisum L.*** Erva doce Exótica Herbáceo
Anethum graveolens L.* Endro Exótica Herbáceo
Asteraceae
Achillea millefolium L.* Anador Exótica Herbáceo
Egletes viscosa (L.) Less.** Macela Nativa Herbáceo
Solidago chilensis Meyen* Arnica Nativa Subarbustivo
Vernonia condensata Baker * Boldo Nativa Arbustivo
Brassicaceae
Nasturtium officinale R. Br.** Agrião Exótica Herbáceo
Crassulaceae
Bryophyllum Pinnatum (Lam.) Oken* Saião Exótica Subarbustivo
Fabaceae
Stryphnodendron adstringen (Mart.) Cov.* Babatenon Nativa Arbórea
Hymenaea courbaril L.* Jatobá Nativa Arbórea
Amburana cearensis (Allemão)A.C.Sm.** Cumarú Nativa Arbórea
Lamiaceae
Rosmarinus officinalis L.*** Alecrim Exótica Subarbustivo
Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.* Hortelã
Grosso
Exótica Subarbustivo
Mentha x villosa Huds.*** Hortelã Miúdo Exótica Herbáceo
Mentha pulegium L.* Poejo Exótica Herbáceo
Plectranthus barbatus Andrews* Sete-dores Exótica Subarbustivo
Lauraceae
Persea americana Mill.* Abacate Nativa Arbórea
Laurus nobilis L.* Louro Exótica Arbórea
Lythraceae
Punica granatum L.*** Romã Exótica Arbustivo
Monimiaceae
Peumus boldus Molina. *** Boldo do
Chile
Exótica Subarbustivo
Myrtaceae
Eucalyptus globulus Labill.* Eucalipto Exótica Arbórea
Eugenia uniflora L.* Pitanga Nativa Arbustivo
Phyllantaceae
Phyllantus niruri L.*** Quebra-pedra Nativa Herbáceo
Poaceae
Cymbopogon citrates (DC.) Stapf.*** Capim-santo Nativa Herbáceo
Rutaceae
Ruta graveolens L.*** Arruda Exótica Subarbustivo
Citrus aurantium L.* Laranjeira Exótica Arbórea
Sapotaceae
Sideroxylon obtusifolium (Roem.&
Schult.) T.D.Penn. *
Quixabeira Nativa Arbórea
Urticaceae
Urtica dioica L.* Urtiga Branca Nativa Subarbustivo
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Verbenaceae
Lippia alba (Mill.) N. E. Br.*** Erva cidreira Nativa Subarbustivo
Xanthorrhoeaceae
Aloe vera (L.) Burm. F.* Babosa Exótica Erva suculenta
Zingiberaceae
Zingiber officinalis Roscoe.** Gengibre Exótica Subarbustivo *Espécies encontradas somente no município de Remígio, **Espécies encontradas somente no município de Cajazeiras,
***Espécies encontradas nos dois municípios.
O hábito herbáceo também foi predominante no trabalho desenvolvido em Caicó – RN,
(Roque. Rocha. Loiola, 2008), esses autores afirmam que o elevado número de citações de
herbáceas pode está ligado a diversos fatores: facilidade de coleta das plantas com esse hábito,
maior disponibilidade no curto período das chuvas (geralmente janeiro-março), o que coincide
também com o surgimento de diversas doenças respiratórias e algumas espécies herbáceas são
infestantes de lavouras, e por conter uso específico são toleradas pelos agricultores.
A faixa etária dos entrevistados está entre 20 e 85 anos. No município de Cajazeiras não
foram registrados indivíduos com idade acima de 70 anos, sendo que 50% dos entrevistados nesta
cidade apresentaram idade superior a 50 anos, para o município de Remígio a idade mínima dos
entrevistados foi de 27 anos, e 80% destes, estão acima dos 50 anos de idade.
Calábria et al. (2008), durante a realização do levantamento etnobotânico e etnofarmacológico de
plantas medicinais em Indianópolis-MG, encontrou como faixa etária mais frequente entre os
entrevistados 61-70 anos (26,3%), seguida por 51-60 anos (23,7%). Em outros estudos, a idade
média encontrada é de 46,2 anos (Ming & Amaral Junior, 2003) e de 56-72 anos (Rodrigues &
Carvalho, 2001).
Quanto ao sexo dos entrevistados, as mulheres foram maioria nas duas áreas abordadas,
estando representadas por 65% dos entrevistados, e os homens estando representados por 35% dos
entrevistados. Resultados semelhantes foram registrados para o estado do Rio Grande do Norte, em
um estudo realizado por Mosca & Loiola, 2009, nesta pesquisa a porcentagem de mulheres foi de
76% e por Marinho, Silva, Andrade, 2011.
Quanto ao grau de escolaridade dos entrevistados, na cidade de Remígio 70% das pessoas
possuem o primeiro grau incompleto, 10% são analfabetos, 10% possuem segundo grau completo e
10% possuem segundo grau incompleto. Em Cajazeiras 45% das pessoas possuem o primeiro grau
completo, 30% possuem primeiro grau incompleto e 25% são pessoas analfabetas.
A transmissão dos conhecimentos sobre plantas medicinais pelos entrevistados da cidade de
Remígio é realizada através dos pais (55%), avós (20%), e também por outros meios de
comunicação como livros, revistas e programas áudio-visuais (25%). Os entrevistados da cidade de
Cajazeiras também citaram os pais (20%), os avós (75%), livros, revistas e programas áudio-visuais
(05%), como forma de aquisição dos conhecimentos sobre espécies vegetais de uso medicinal.
Pode-se observar nos dois municípios que a tradição familiar ainda é uma das formas mais comuns
de transmissão dos conhecimentos sobre utilização dos recursos vegetais, para combater ou tratar de
doenças. Resultados semelhantes foram observados também por (Oliveira. Oliveira. Andrade,
2010).
As plantas medicinais são utilizadas para as mais diversas finalidades nas duas áreas
estudadas (Tabela 2), no município de Remígio as indicações mais freqüentes de uso dos
fitoterápicos foram: analgésico, digestivo, reumatismo, antiinflamatório, calmante, asma, e
problemas intestinais, para o município de Cajazeiras pouco diferiram, sendo as indicações mais
frequentes, analgésico, digestivo, antiinflamatório, calmante, cicatrizante, reumatismo e
expectorante (Figura 1).
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Guerra et al. (2010) obteve como indicações terapêuticas mais citadas pela comunidade
Moacir Lucena em Apodi – RN, cicatrização de ferimentos, antiinflamatórios, dores de cabeça,
intestinais e musculares, calmante, transtornos digestivos e sintomas gripais. Todas as indicações
encontradas por (Guerra et al., 2010) também foram citadas pelas comunidades entrevistadas.
As indicações de uso mencionadas abaixo, foram citadas no máximo cinco vezes pelas
pessoas entrevistadas nas duas comunidades, são estas: amidalite, antiamenorréica,
antiespasmódica, bexiga, controle do sistema nervoso, diurético, estimulantes, faringite, fígado,
fortificante do estômago, furúnculo, gripe, insônia, laringite, mal estar e rouquidão, sendo citadas
para a comunidade de Cajazeiras. Para a comunidade de Remígio foram citadas: amidalite,
antiamenorréica, antimicrobiana, antiespasmódica, antiplasmódicas, anti-séptico, bexiga, controle
do sistema nervoso, diurético, dor de cabeça, faringite, febre, fígado, frieira, fortificante do
estômago, gripe, laringite, hemorróidas, infecção, queimaduras, sudorífero, tratamento de diabetes,
tosse, úlceras e vermífugo, sendo 17 e 25 indicações de uso, respectivamente para as comunidades
de Cajazeiras e Remígio (Tabela 2).
Tabela 2: Plantas medicinais utilizadas pelas comunidades de Cajazeiras e Remígio, parte utilizada
e indicações de uso distribuídas em ordem alfabética de espécies
Nome
Científico
CAJAZEIRAS REMÍGIO
Parte
Utilizada Indicações
Parte
Utilizada Indicações
A. millefolium - - Folhas Dor de cabeça
A. cearensis Casca Gripe - -
A. graveolens - - Flor Analgésicas
A. occidentale - - Entrecasca Antiinflamatório, diarréia,
Asma
A. vera - - Folhas
Cicatrizante,
queimaduras, úlceras e
hemorróidas
C. ambrosoides Folhas e
sementes
Pneumonia,
rouquidão e cálculo
renal
Toda a planta Pneumonia, Vermífugo
C. aurantium - - Flor Antiplasmódica, controle
do sistema nervoso
C. citrates - - Folhas Febre
E. viscose Sementes
Controle do sistema
nervoso, mal estar,
insônia.
- -
E. globules - - Folhas Anti-séptico, Asma,
digestivo
E. uniflora - - Fruto Diarréia
H. courbaril - - Casca Anti-séptico
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L. nobilis - - Folha Reumatismo
L. Alba - - Folhas
Digestivo, reumatismo,
calmante, sudorífero,
Febre
M. urundeuva Casca Feridas, furúnculo,
reumatismo - -
N. officinale Folhas e
talos Expectorante - -
M. villosa Folhas
Antiespasmódica,
carminativo, dores
estomacais,
estimulantes
Folha Diarréia, corrimento
varginal
M. pulegium - - Folha
Tosse, dores estomacais,
cólicas intestinais,
carminativo
P. Americana - - Folha Reumatismo, rins, bexiga
e fígado
P. boldus Folhas Asma Folhas Asma
P. niruri Folhas
Diurético, fortificante
do estômago,
analgésica
Folhas
Cálculos renais,
Diurético, fortificante do
estômago, analgésica
P. anisum Folhas Expectorante,
digestivo Flor Expectorante, digestivo
P. amboinicus - - Folha Gripe
P. barbatus
Folhas, flores Dor de cabeça
R. officinalis Folha, flor, raiz Analgésico e
antiinflamatório Folha, flor, raiz Analgésico
P. granatum
Casca do fruto
e Sementes
Antiinflamatório,
amidalite, faringite,
laringite
Casca do fruto e Sementes
Antiinflamatório, amidalite,
faringite, laringite
R. graveolens Folhas Antiamenorréica,
calmante Folhas
antiamenorréica, vermífuga,
calmante
S. australis - - Flor Diurético, Antiinflamatório,
Gripes
S. chilensis - - Folha, flor e raiz Feridas
S. obtusifolium - - Entrecasca Antiinflamatório, tratamento de
diabetes
S. adstringen - - Casca Infecção, Feridas
U. dióica - - Folhas Frieira
V. condensate - - Folhas Digestivo
Z. officinalis Raiz Amidalite, faringite -
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Figura 1. Indicações de uso dos fitoterápicos pelas comunidades estudadas
De acordo com Teixeira (2006), as plantas medicinais adquiridas e cultivadas com maior
frequencia para o uso pelas populações, são aquelas empregadas como analgésicos e para
transtornos digestivos.
Lima, Magalhães, Santos (2011) ao realizarem Levantamento Etnobotânico de Plantas
Medicinais Utilizadas na Cidade de Vilhena, Rondônia, observaram que as doenças mais citadas
pelos moradores foram àquelas relacionadas com as do aparelho respiratório (gripe, febre, tosse,
resfriados e bronquite), seguidos pelas dores (barriga, cabeça, fígado, estômago, renais, dente,
garganta e ouvido), vermes, infecções e cicatrizantes.
Os entrevistados justificaram que fazem uso de plantas para tratar suas enfermidades, porque
já é tradição familiar, pela eficácia que as plantas medicinais apresentam tanto quanto remédios
farmacêuticos e também por ser economicamente viável, pois os fármacos muitas vezes apresentam
valor de aquisição alto, tornando-se inviáveis para comunidades de baixa renda.
Contudo os informantes dos dois municípios que apresentaram faixa etária de idade entre 20
a 39 anos afirmaram que utilizam plantas medicinais em uma frequencia muito baixa, e alegaram
que preferem não utilizar as plantas medicinais ou utilizar esporadicamente, por não terem certeza
da forma de preparo, quantidade utilizada e tempo de uso dessas plantas. Os mesmos só fazem uso
das plantas medicinais quando recomendadas pela pessoa mais antiga da família (avós, pais, tios).
Esses resultados mostram que a cultura do uso de espécies vegetais como alternativa para
tratamento de doenças está se extinguindo entre as comunidades mais jovens, um dos motivos, a
distribuição gratuita de remédios nos centros de saúde e a vivência nos centros urbanos, o que tem
distanciado os indivíduos das florestas, os resultados obtidos quanto a origem dos entrevistados nas
áreas estudadas comprovam essa afirmativa, nos municípios de Cajazeiras e Remígio 70% e 90%
respectivamente das pessoas que utilizam plantas medicinais são oriundos da Zona Rural. De
acordo com Veiga Junior (2008) as comunidades rurais estão intimamente ligadas aos usos de
planas medicinais, por estas serem, na maioria das vezes, o único recurso disponível para o
tratamento de doenças na região.
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Nos dois municípios estudados as folhas foram citadas como a parte da planta mais utilizada
no preparo de remédios a base de plantas, sendo também citadas, as cascas, raízes, flores e outras
(planta inteira) (Figura 2). Sendo as folhas, mais utilizadas, devido a facilidade de colheita.
Castellucci et al. (2000) e Jacoby et al. (2002), obtiveram os mesmos resultados em pesquisas
desenvolvidas no município de Luís Antonio – SP e na comunidade rural de Guamirim, Município
de Irati, PR, respectivamente.
De acordo com Guerra et al. (2010), as folhas são as partes mais citadas devido a sua
disponibilidade na planta a maior parte do ano e por apresentar maiores quantidades de princípios
ativos que causam a cura de enfermidades.
Figura 2. Partes das plantas medicinais utilizadas nas duas comunidades estudadas
A forma de uso dos fitoterápicos predominante nos dois municípios foi o chá, sendo mais
representativo no município de Remígio (68,6%), em relação a Cajazeiras (44,9%), outras formas
de usos das plantas medicinais também foram diagnosticadas (Figura 3). O Chá também foi a forma
de uso mais citada em trabalhos desenvolvidos por (Marinho, 2006; Lucena et al., 2013).
Pasa, Soares, Guarim Neto (2004), desenvolvendo pesquisa em uma comunidade em
Conceição-Açu no Mato Grosso do Sul também obtiveram o chá como forma de uso mais
expressiva entre os entrevistados, neste estudo outras formas também foram relatadas entres essas
estão a infusão e a maceração.
Figura 3. Forma de uso das plantas medicinais utilizadas pelos entrevistados nas duas áreas
estudadas
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Na cidade de Remígio 10% dos entrevistados comercializam plantas medicinais, cultivam e
participam de oficinas etnobotânicas com comunidades de outros municípios da Paraíba e do Rio
Grande do Norte, para Cajazeiras não foi registrado comércio de espécies vegetais entre os
entrevistados, nem cultivo de espécies medicinais.
De acordo com Azevedo & Kruel (2007), o uso e o comércio de plantas vêm sendo
estimulados, nas últimas décadas, pela necessidade crescente da população que busca uma maior
diversidade e quantidade de plantas para serem utilizadas no cuidado da saúde e também aplicadas
em tradições religiosas.
CONCLUSÃO
O uso das plantas medicinais nas áreas de estudo, evidencia o potencial medicinal das
espécies. No entanto, este tipo de cultura esta se extinguindo ao longo dos anos, estando presente
apenas na memoria das pessoas mais antigas.
Este trabalho vem com o intuito de resgatar o conhecimento tradicional sobre o uso dos
fitoterápicos, auxiliando como base de apoio a ciência, que tem buscado mais conhecimento das
propriedades terapêuticas das plantas medicinais e inserir esse uso das plantas no cotidiano das
comunidades.
A disseminação da informação sobre as plantas medicinais, nos espaços residenciais,
espaços públicos de feiras livres é de fundamental importância para a permanencia do uso das
mesmas. A preservação dessa herança cultural fortalece a disseminação das quais precisa ser
mantida por gerações, através de fontes formal ou informal acessível.
AGRADECIMENTOS
Às comunidades pertencentes aos municípios de Cajazeiras e Remígio, Paraíba, pelos
conhecimentos prestados para a elaboração deste trabalho científico etnobotânico.
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