Estudo Da Bíblia 12 - O Maior Mandamento

Introdução ao Estudo da Bíblia

Luis Henrique Beust, 2012

Aula 12: O Maior Mandamento Dedicada à memória dos amigos Robert e Miriam Miessler

“Ó meu Deus! Ó Tu que perdoas os pecados, Tu que concedes dádivas e afastas aflições! Suplico-Te, verdadeiramente, que perdoes os pecados dos que abandonaram as vestes físicas e ascenderam ao mundo espiritual. [...]

“[...] Ó meu Senhor! Purifica-os das transgressões; as tristezas, desvanece-lhes; e transforma sua escuridão em luz. [...]

“[...] Permite que entrem no Jardim da felicidade, se purifiquem com a água mais límpida e no mais sublime monte, contemplem Teus esplendores.” Bahá’u’lláh

AT: Antigo Testamento

City Temple, Holborn, Londres, antes da destruição da nave, na Segunda Guerra Mundial. Local da primeira palestra pública de ‘Abdu’l-Bahá, em 10 de setembro de 1911.


O City Temple acomodava três mil pessoas sentadas.


City Temple, Holborn, Londres, a fachada não foi destruída nos bombardeios na Segunda Guerra Mundial.


“Este livro é o Sagrado Livro de Deus, de inspiração celestial. É a Bíblia da Salvação, o Nobre Evangelho. É o Mistério do Reino e sua luz. É a Graça divina, o sinal da guia de Deus.” ‘Abdu’l-Bahá ‘Abbás. Escrito na Bíblia do púlpito do City Temple depois de Sua primeira palestra pública no Ocidente, em 10 de setembro de 1911. In: Earl Redman, ‘Abdu’l-Bahá in Their Midst, p. 31-32,34.

NT: Novo Testamento AT: Antigo Testamento

• Cânone Samaritano: 5 livros • Cânone Hebreu: 24 livros • Cânone Protestante: 39 livros (mesmo conteúdo do cânone hebreu, com ordem diversa e alguns livros divididos.) • Cânone católico romano: 46 livros • Cânone ortodoxo grego: 50 livros • Outros cânones orientais: 51, 52 livros

Cânone cristão: 27 livros

“Aproximou-se dele um dos escribas que os ouvira discutir e, percebendo que lhes havia respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” Marcos 12:28

Gustave Doré (1832-1883). Jesus com os friseus.

“Havia uma disputa sobre isso [qual o maior mandamento] entre os estudiosos da Lei. Alguns considera-vam que a lei da circuncisão era o maior mandamento, já outros pensavam que era a lei do Shabat, e outros ainda, a lei dos sacrifícios, de acordo como eram afetados por elas e como expressavam sua fé; [...]

“[...] por isso quiseram ver o que Cristo diria sobre a questão, esperando assim colocar o povo contra ele, no caso de ele não responder de acordo com a opinião do vulgo; e caso magnificasse um mandamento eles o acusariam de ter desprezado os demais.” Matthew Henry, Commentary on the Whole Bible.

“Respondeu Jesus: O primeiro é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças. E o segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que esses.” Marcos 12:28-31

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mateus 22:34-40

“Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças..” Deuteronômio 6:4-5

“Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Levítico 19:18

Ora, os sábios judeus geralmente interpretavam o “próximo” como sendo apenas pessoas de sua própria

nacionalidade e religião. Em Lucas, o homem que perguntou a Jesus sobre o maior dos mandamentos também queria uma

explicação para esta interpretação, por isso pergunta a Jesus “E quem é o meu próximo?”. Em resposta, Jesus conta a

famosa Parábola do Bom Samaritano.

“Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo. […]”

“De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo.[…]”

Velha estrada para Jericó

“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; […]”

Jan Wijnan. O Bom Samaritano, 1670.

“... e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele.[…]”

Vincent van Gogh. O Bom Samaritano (segundo Delacroix), 1890.

“No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?[…]”

Rembrant van Rijn. O Bom Samaritano, 1630.

“Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo.”

Herri met deBles aka(Herri de Dinant, Herry de Patinir, Civetta (c. 1510 – c. 1555–1560).

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A Samaria era uma região no centro da Palestina, capital do antigo reino do norte de Israel, após a morte de Salomão (o do sul era a Judeia, com capital em Jerusalém). Em 721 a.C. ela foi capturada pelos assírios, que deportaram muito da população e os substituíram por colonos (2 Reis 17:24-33). Os colonos eram pagãos, que eventualmente casaram com os judeus (samaritanos) remanescentes e adotaram sua religião, mas que seguiram adorando seus ídolos pagãos.

Os judeus consideravam os samaritanos hereges religiosos, de uma nacionalidade distinta e de uma raça inferior. Os samaritanos se ofereceram para reconstruir o templo de Jerusalém, mas seu oferecimento foi rudemente recusado (Ezra 4:1-3). Ao final, os samaritanos construíram um templo rival no Monte Gerizim, e o proclamaram a verdadeira casa de Deus. No tempo de Jesus os judeus e os samaritanos se haviam odiado mutuamente por séculos. As tensões eram particularmente graves nas primeiras décadas do primeiro século porque os samaritanos haviam dessecrado o Templo Judeu na Páscoa, com ossos humanos.

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mateus 22:34-40

Vasily Perov, Dostoevsky,1872.

"Quanto mais amor tenho pela humanidade em geral, menos amo as pessoas em particular.” Dostoievski, Os Irmãos Karamazov, cap.9.

Como iríamos amar a Deus, se não fosse o amor ao próximo?

“Nenhum homem é uma ilha, isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar dos teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. Por isso, não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.” John Donne, Meditations XVII

“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” João 15:12

“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” João 13:34-35

“Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.” Mateus 5:43-45

“Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.” Mateus 5:46-48

“Bahá'u'lláh disse que devemos amar até nossos inimigos e ser para com eles como amigos. Se todos os homens observarem este princípio, a maior unidade e compreensão serão estabelecidas nos corações da humanidade.” ‘Abdu’l-Bahá. Palestras em Paris, p.43

Mas… como amar nossos inimigos?

1. Mudar nossa visão do outro

“A própria vida deveis sacrificar um pelo outro. Com todo ser humano deveis ser infinitamente bondosos. A ninguém trateis como se estranho fora; não considereis a ninguém vosso inimigo. Sede como se todos os homens fossem vossos familiares e amigos honrados.” ‘Abdu’l-Bahá. Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá, #221

“Entre os ensinamentos de Bahá’u’lláh, há um que exige do homem, sob todas as condições e circunstâncias, que perdoe e mesmo ame ao seu inimigo, e considere o malévolo como pessoa bem intencionada. […]

“[...] Isso não quer dizer que se veja a alguém como inimigo, e então suporte e tolere. Isso seria hipocrisia e não amor verdadeiro. Não, pelo contrário, deveis ter os vossos inimigos como amigos, as pessoas que vos desejam mal como pessoas que vos desejam bem, e tratá-las de acordo. […]

“[…] Vosso amor e bondade devem ser verdadeiros... não apenas por tolerância, porque a tolerância não vindo do coração é hipocrisia.”

‘Abdu’l-Bahá. Bahá’u’lláh e a Nova Era, p. 70

Caravaggio. A Conversão de São Paulo, 1600-1601.

2. Amar por amor a Deus

“Deforme era a humanidade à qual Bahá´u´lláh se dirigiu, aleijada de mente e espírito, e Ele proveu a cura. Na receita que ofereceu, a vida pessoal deve imbuir-se de um grande fluxo de amor e compreensão. Quando não podemos amar um indivíduo por suas características pessoais, devemos apreciá-lo por amor a Deus. Todo homem é filho do Criador. Deve ser nosso objetivo ver a face de Deus – falando figuradamente – em toda criatura humana.” ‘Abdu’l-Bahá. Palestras em Paris, p.39

“Que vossos olhos estejam dirigidos para o reino da verdade e não para o reino da criação. Amai as criaturas por amor a Deus e não por elas mesmas. […]

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“[…] Jamais ficareis zangados ou impacientes se os amardes por amor a Deus. A humanidade não é perfeita. Há imperfeições em todo ser humano, e sempre ficareis infelizes se olhardes para as pessoas em si mesmas. […]


“[…] Se, porém, contemplardes Deus, sereis bondosos com eles e os amareis, pois o mundo de Deus é o mundo da perfeição e completa misericórdia. […]


“[…] Por isso, não olheis as falhas de qualquer pessoa; olhai com os olhos do perdão. O olho imperfeito vê imperfeições. O olho que oculta as falhas contempla o Criador de almas. […]


“[…] Ele as criou, Ele as treina e sustenta, dota-as de capacidade e vida, visão e audição; por isso elas são os sinais de Sua grandeza. […]


“[…] Deveis amar e ser bondosos com todos, amparar o pobre, proteger o fraco, curar o enfermo, educar e instruir o ignorante.” ‘Abdu’l-Bahá. A Proclamação da Paz Universal, p. 13.


3. Olhos que não veem o mal

“Guardar silêncio sobre os defeitos dos outros, pedir a Deus por eles, e ajudá-los com bondade a corrigir seus defeitos; que devemos olhar sempre para o bem e nunca para o mal; […]

Yin

Yang

“[…] que, se um homem tiver dez qualidades boas e uma só má, devemos olhar para as dez e nos esquecer desta última; […]

“[…] e que, se um homem tiver dez qualidades más e apenas uma boa, devemos olhar para esta última e nos esquecermos das demais, […]

“[…] que jamais consintamos pronunciar – ao falarmos de outra pessoa - ainda que inimiga - uma só palavra que não seja bondosa.” ‘Abdu’l-Bahá. Bahá’u’lláh e a Nova Era, p. 71

“A única diferença entre os membros da família humana é a de grau. Alguns são semelhantes a crianças, que carecem de instrução e devem ser reeducadas até chegarem à maturidade. […]


“[...] Outros são semelhantes aos doentes e devem ser tratados com ternura e cuidado. Nenhum deles é mau ou perverso! […]


“[...] Não devemos rejeitar essas pobres crianças. Devemos tratar todos com grande bondade, ensinando os ignorantes e cuidando ternamente dos enfermos.” ‘Abdu’l-Bahá. Palestras em Paris, p.43


“Conquanto sem instrução, infantis ou doentes, eles devem ser amados e socorridos, e não antipatizados por causa de sua imperfeição.” ‘Abdu’l-Bahá. Palestras em Paris, p.39


“Toda a raça humana é submersa no mar da mercê do Senhor, e todos nós somos as ovelhas do mesmo Pastor divino. Qualquer falha que exista entre nós deve ser remediada. […]


“[…] Por exemplo, os insipientes devem ser educados de modo a se tornarem sábios; […]

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“[…] os enfermos devem ser tratados até se restabelecerem; […]


“[…] os imaturos devem ser instruídos a fim de atingir a maturidade; […]


“[…] os adormecidos devem ser despertados. Tudo isto deve ser realizado através do amor, e não do ódio e da hostilidade.” ‘Abdu’l-Bahá, Alicerces da Unidade Mundial, XXVIII


Quando ‘Abdu’l-Bahá estava aprisionado em ‘Akká, vivia lá um homem do Afeganistão, chamado Haji Siddiq, um muçulmano austero e rígido. Para ele o Mestre era um herege. Ele nutria uma grande inimizade para com ‘Abdu’l-Bahá, e provocava as outras pessoas contra Ele. Quando tinha oportunidade de se dirigir às pessoas, ele O atacava com palavras amargas...

Amor irrestrito

Francesco Alban. Batismo de Cristo, 1600.

Experiência do Dr. Dolf Zillmann, Universidade do Alabama.

O que um homem pensa, isso ele é!

Faz grande diferença para a trajetória da raiva se o pensamento que lhe deu origem é seguido por mais pensamentos de indignação e vingança. Ficar remoendo a situação que gerou o aborrecimento é uma maneira segura de fazer a raiva crescer. A chave para diminuir e estancar a ira, portanto, é evitar que pensamentos tóxicos adicionais se manifestem

“Como podem pensamentos do tipo ‘Ele me ofendeu; ele me enganou; ele me roubou’ livrar alguém das amarras da raiva? O ódio nunca é eliminado pelo ódio. O ódio é banido apenas pelo amor. Essa é uma lei que jamais foi alterada.” (Buda. Dhammapada. Apud Star: p.60)

“‘Ele me insultou, zombou de mim, ele me bateu.’ Assim alguém poderá pensar, e, enquanto nutrir pensamentos desse jaez, sua ira continuará. O ódio nunca desaparece enquanto pensamentos de mágoa forem alimentados na mente. Ele desaparecerá tão logo esses pensamentos de mágoa forem esquecidos.” Buda. A Doutrina de Buda, p.363; 371

É imprescindível demolir

as convicções que alimentam a raiva. Quanto mais ruminamos sobre as razões que nos fizeram raivosos, mais alimentamos o estado de fúria. Por isso que a distração é tão importante. Arejar a cabeça! SuperPipo2010. http://www.flickr.com/photos/

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Trazer à mente informações mitigadoras da raiva, ou seja, ponderações que justifiquem/expliquem/desculpem o ato, palavra ou situação provocadores da ira. Pensar: Coitado! Está de mal com a vida! Ou: Acordou de pé esquerdo! Ou: Deve estar muito infeliz! Deve estar com algum problema sério! São pensamentos que ajudam. O objetivo deve ser colocar água na fervura; e o quanto antes melhor.


É importante tratar de conhecer nossos próprios pontos fracos, para evitar que ataques surpresa nos afetem. Que coisas me irritam? Que comentários me tiram do sério? Devemos estar preparados para não reagir quando alguém, intencional ou inadvertidamente, pisa em nossos calos.


Engajar-se em alguma distração prazerosa ou ação de controle dos estados físicos: • !!sair para uma caminhada • !!exercício físico • !!respiração profunda (abdominal) • !!relaxamento muscular • !!contemplação espiritual / oração


Também deve-se buscar esfriar a cabeça num ambiente que não provoque nova raiva. Buscar baixar o estado de excitação adrenocortical, para evitar o efeito gota d’água. Buscar afastar-se da fonte de raiva, seja uma pessoa ou uma situação.

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Também funciona escrever os sentimentos de indignação, de modo a colocá-los para fora de forma consciente e ponderada. Fazer compras e comer não ajudam muito, pois os pensamentos tóxicos podem facilmente permanecer ruminando na mente e, além disso, surge um abalo na auto-estima pelo descontrole adicional. SuperPipo2010. http://www.flickr.com/photos/46332129@N06/4957752811/in/photostream/

Várias técnicas de mentalização também ajudam a impedir que nos deixemos dominar pela ira. Eis algumas delas: • imaginar que se tem um incinerador do mal num “canto” dentro de si, para onde mandamos tudo aquilo que não nos agrada, palavras ou ações que nos incomodam.

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• imaginar um campo de força, um escudo protetor ao redor de si mesmo, onde as palavras, expressões ou atos que nos ofendem simplesmente não penetram. Quando chegam no escudo - bzzzzzz - se desintegram; viram fumaça, e não nos atingem.

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• criar dentro de si uma bela sacada, um avarandado mental, de onde se contempla a mais bela paisagem possível. Sempre que necessário, durante a conversa com alguém que nos “tira do sério”, saímos mentalmente para esse avarandado, e a natureza que contemplamos nos acalma.

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Encarar os ataques de pessoas ou situações como oportunidades para o auto-aperfeiçoamento é uma sólida base para alterar os pensamentos tóxicos que conduzem à raiva.

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Passa-se a apreciar a oportunidade que a pessoa ou situação ofensiva nos oferece para o crescimento e o enobrecimento pessoal. Se não fôssemos ofendidos, como exercitaríamos o perdão, a paciência, a calma? Passa-se a ser grato pela oportunidade de perdoar as ofensas, já que é por essa medida que as nossas também serão perdoadas. Crescemos como pessoa sempre que superamos as provações que os outros nos presenteiam para crescer.


Crescemos como pessoa sempre que superamos as provações que os outros nos presenteiam para crescer.


“Por outro lado, o homem precisa adquirir as qualidades celestiais e alcançar os atributos divinos. Ele precisa ser a imagem e semelhança de

Deus.[…] Ou seja, o homem precisa sacrificar as qualidades e atributos do mundo da natureza para adquirir as qualidades e atributos do mundo de Deus.” ‘Abdu’l-Bahá. Promulgation of Universal Peace, 450-52. A tradução é nossa.

“Por exemplo, considerai a substância que chamamos ferro. Observai suas características: ele é sólido, preto, frio. […] Quando este mesmo ferro

absorve calor do fogo, ele sacrifica seu atributo de solidez pelo de fluidez. Sacrifica seu atributo de escuridão pelo atributo da luz, que é uma

qualidade do fogo. Sacrifica se atributo de frieza pelo de calor, que o fogo possui, de tal forma que no ferro não resta mais nenhuma solidez nem

escuridão nem frieza.”

“Ele se torna iluminado e transformado, tendo sacrificado suas qualidades pelas qualidades e atributos do fogo.”

‘Abdu’l-Bahá. Promulgation of Universal Peace, 450-52. A tradução é nossa.

“Podia ser muito pior! Podíamos ser da família não do sequestrado, mas do sequestrador!”

“Não faças aos demais aquilo que não queres que seja feito a ti, e deseja também para o próximo aquilo que desejas e aspiras para ti mesmo. Essa é toda a Lei, atenta bem para isso.”

“Não faças a outrem o que abominas que se faça a ti. Eis toda a Lei. O resto é comentário.”

“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”

“Aquilo que é bom para qualquer um e para todos, para quem quer que seja, isso é bom para mim... O que julgo bom para mim mesmo deverei desejar para todos. Só a Lei Universal é verdadeira lei.”

“Todos temem o sofrimento e todos amam a vida. Recorda que tu também és igual a todos; faze de ti próprio a medida dos demais e, assim, abstém-te de causar-lhes dor.”

“Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, porque isso é a Lei e os Profetas.”

“Nenhum de vós é um verdadeiro crente a menos que deseje para seu irmão aquilo que deseja para si mesmo.”

“Sempre que alguém partir um galho na floresta, deve pensar como se sentiria se ele próprio fosse o galho que está sendo partido.”

“Se teus olhos estiverem volvidos para a justiça, escolhe tu para teu próximo o que para ti próprio escolhes. Bem-aventurado quem prefere seu irmão a si próprio.”

“Os homens justos estão geralmente angustiados devido aos sofrimentos da humanidade. Isto, verdadeiramente, é a forma suprema de adoração do homem que tem o espírito universal.” Bhagavata Purana 8-7-4. Apud. Campbell

“Não temos todos um único pai? Não foi um único Deus que nos criou? Por que agimos perfidamente uns com os outros, violando a aliança de nossos pais?” (Malaquias 2:10)

“Como pode um homem mortal desejar para outro mortal a aniquilação de seu corpo ou de sua alma, ou a morte de seus filhos ou de sua plantação, se tem suficiente entendimento para reconhecer que ele é mortal?” (Fragmentos, 8; Aogemáide, 48. Apud. Campbell)

“Guiados por meus ensinamentos, deveis respeitar-vos uns aos outros e afastar-vos do conflito; não deveis repelir-vos mutuamente como a água e o óleo, mas, isto sim, deveis como o leite e a água associar-vos uns aos outros.” Sakyamuni Buda 3:1. The Teaching of Buddha

“O Deus que fez o mundo e tudo que nele se encontra... de um princípio único fez todo o gênero humano para habitar sobre a superfície da terra... a fim de procurarem a divindade. Verifico que Deus não faz acepção de pessoas, mas que, em qualquer nação, quem o teme e pratica a justiça, Lhe é agradável.” (Atos dos Apóstolos, 17:26; 10:34-35)

“No princípio todos os seres humanos eram um só povo; e Deus enviou Profetas para transmitir-lhes boas-novas e para admoestá-los; e enviou com Eles o Livro da Verdade, para dirimir as divergências entre os homens.” (Alcorão, 2:213)

“As evidências da discórdia e da malícia aparecem em toda a parte, apesar de todos terem sido criados para a harmonia e a união. Diz o Grande Ser: Ó bem-amados! Ergueu-se o tabernáculo da unidade; não vos considereis uns aos outros como estranhos. Sois os frutos de uma só árvore e as folhas do mesmo ramo.” (Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, CXII)

“Tratai uns aos outros com o maior amor e harmonia, em espírito amigável e fraternal... Tão potente é a luz da unidade, que pode iluminar toda a terra.” (Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, CXXXII)

“Ó povos e raças da terra que estais em contenda! Volvei vossas faces à unidade e deixai brilhar sobre vós o esplendor de sua luz. Uni-vos e por amor a Deus resolvei extirpar qualquer coisa que motive contenda entre vós.” Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, CXI

“Que não se vanglorie quem ama seu próprio país, mas sim quem ama o mundo inteiro. A terra é um só país, e a humanidade seus cidadãos.” (Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, CXVII)

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