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Introdução ao Estudo da Bíblia Luis Henrique Beust, 2012 Aula 13: Apocalipse – Introdução e Algumas Profecias Dedicada à memória dos Sverre Taetz e Abbas Andrade “Ó meu Deus! Ó Tu que perdoas os pecados, Tu que concedes dádivas e afastas aflições! Suplico-Te, verdadeiramente, que perdoes os pecados dos que abandonaram as vestes físicas e ascenderam ao mundo espiritual. [...]

Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

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Aula 13 do curso de introdução ao estudo da Bíblia, por Luís Henrique Beust. Thema: "Apocalipse: Introdução".

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Page 1: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

Introdução ao Estudo da Bíblia

Luis Henrique Beust, 2012

Aula 13: Apocalipse – Introdução e Algumas Profecias

Dedicada à memória dos Sverre Taetz e Abbas Andrade

“Ó meu Deus! Ó Tu que perdoas os pecados, Tu que concedes dádivas e afastas aflições! Suplico-Te, verdadeiramente, que perdoes os pecados dos que abandonaram as vestes físicas e ascenderam ao mundo espiritual. [...]

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“[...] Ó meu Senhor! Purifica-os das transgressões; as tristezas, desvanece-lhes; e transforma sua escuridão em luz. [...]

“[...] Permite que entrem no Jardim da felicidade, se purifiquem com a água mais límpida e no mais sublime monte, contemplem Teus esplendores.” Bahá’u’lláh

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AT: Antigo Testamento

City Temple, Holborn, Londres, antes da destruição da nave, na Segunda Guerra Mundial. Local da primeira palestra pública de ‘Abdu’l-Bahá, em 10 de setembro de 1911.

AT: Antigo Testamento

O City Temple acomodava três mil pessoas sentadas.

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AT: Antigo Testamento

City Temple, Holborn, Londres, a fachada não foi destruída nos bombardeios na Segunda Guerra Mundial.

AT: Antigo Testamento

“Este livro é o Sagrado Livro de Deus, de inspiração celestial. É a Bíblia da Salvação, o Nobre Evangelho. É o Mistério do Reino e sua luz. É a Graça divina, o sinal da guia de Deus.” ‘Abdu’l-Bahá ‘Abbás. Escrito na Bíblia do púlpito do City Temple depois de Sua primeira palestra pública no Ocidente, em 10 de setembro de 1911. In: Earl Redman, ‘Abdu’l-Bahá in Their Midst, p. 31-32,34.

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NT: Novo Testamento AT: Antigo Testamento

•  Cânone Samaritano: 5 livros •  Cânone Hebreu: 24 livros •  Cânone Protestante: 39 livros (mesmo conteúdo do cânone hebreu, com ordem diversa e alguns livros divididos.) •  Cânone católico romano: 46 livros •  Cânone ortodoxo grego: 50 livros •  Outros cânones orientais: 51, 52 livros

Cânone cristão: 27 livros

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A Revelação de São João (Apocalipse) João nasceu em Bethsaida, filho de Zebedeu e Salomé e irmão de Tiago, o velho. No evangelho ambos os irmãos são chamados “os filhos de Zebedeu”. Segundo a tradição, ele e seu irmão, assim como Pedro e André, haviam sido seguidores de João Batista. Eram pescadores, e Jesus os chamou para serem seus discípulos quando remendavam suas redes, junto ao mar da Galiléia.

São João Evangelista. Livro de Evangelhos do Abade Wedricus, 1147.

Zampieri (Domenichino). São João Evangelista, 1624-29. National Gallery, Londres.

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A tradição atribui o Apocalipse a João, o Evangelista, embora o texto não o afirme explicitamente. João está tradicionalmente relacionado à Igreja de Éfeso, na atual Turquia. Seu nome também é ligado à Ilha de Patmos, na Grécia, para onde foi exilado em 95 dC., no décimo ano do reinado de Domiciano (81-96 dC.), e onde teria escrito o Apocalipse.

Francois Andre Vincent. São João Evangelista, 1973. The Detroit Institute of Arts.

A Revelação de São João (Apocalipse)

Patmos

Éfeso

Grécia

Turquia Mar Egeu

Mar de Creta

Mar Mediterrâneo

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Ilha de Patmos, Grécia

Page 9: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

Ilha de Patmos, Grécia. Monastério de São João Divino. Iniciado em 1088. Contém uma das mais importantes bibliotecas do mundo cristão.

Ilha de Patmos, Grécia. Monastério de São João Divino. Iniciado em 1088. Contém uma das mais importantes bibliotecas do mundo cristão.

Page 10: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação.

Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação. João recebe a Revelação de Deus e a dita a Prócoro.

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Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação.

Ilha de Patmos, Grécia. Gruta da Revelação.

Page 12: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

Um apocalipse (no grego: !!"#$%&'() apocálypsis, que significa “desven-damento”, “revelação”) é um texto religioso contendo a revelação de algo oculto. Na Revelação de João (no grego !!"#$%&'() "*$++"&, Apocalypsis Ioannou), o último livro do Novo Testamento, a revelação que João recebe é aquela da vitória final do bem sobre o mal e do fim da era vigente; por isso muitos usam a palavra apocalipse de forma ampla para se referir a qualquer cenário do Fim dos Tempos, ou do Fim do Mundo.

O termo apocalipse começou a ser usado a partir do segundo século da era cristã para identificar um tipo de escritura bíblica que apresenta semelhança à Revelação de João, qual seja: não assume nenhuma forma literária comum, podendo ser diversa e mesmo híbrida em sua expressão literária. O termo “literatura apocalíptica” se refere a um corpo de escritos revelatórios produzido nos círculos judaicos entre 250 aC e 200 dC, e posteriormente incorporados à tradição cristã.

Hans Burgkmair the Elder (1473–1531) Altarpiece of John the Evangelist-Evangelist Johannes auf Patmos, 1518.

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A literatura do tipo apocalipse é o registro das revelações divinas através de anjos, sonhos e visões. Os eruditos bíblicos geralmente consideram Ezequiel 38-39, Isaías 24-27, Zacarias 12-14 e Joel 3 se não como apocalipses, pelo menos como seus antecessores. Já o livro de Daniel é o outro grande apocalipse da Bíblia, junto com o de São João.

“O simbolismo, já foi dito, é a linguagem do estilo apocalíptico de escritura, uma linguagem em código rico em imagens cultivadas tanto da tradição bíblica quanto da cananeia e babilônica. De forma geral, a tradição é facilmente reconhecível: bestas selvagens representam as nações gentias, chifres animais são governantes gentios, pessoas são anjos, e assim por diante.”

D.S. Russell. The Oxford Companion to the Bible: Apocalyptic Literature.

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O Apocalipse de João foi escrito durante o reinado de Domiciano (81-96 dC), com o propósito de encorajar os cristãos que enfrentavam perseguição em todo o Império Romano. Domiciano deu início à segunda grande perseguição aos cristãos (a primeira havia sido de Nero, imperador de 37 a 68 dC).

Icon Apocalypse. First half of the 16th century.

O Apocalipse de João foi aceito no cânone ocidental de maneira relativamente tranquila. O mesmo não pode ser dito em relação às igrejas orientais. O Apocalipse, por exemplo, está ausente em várias listas do cânone oriental do quarto século, e foi-lhe negado estatus canônico até tão tardiamente quanto o Concílio Quinisextino, em Constantinopla, 692 dC.

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“Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia:

“O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.” Apocalipse 1:10-11

Icon Apocalypse. First half of the 16th century.

O Apocalipse de João foi aceito no cânone ocidental de maneira relativamente tranquila. O mesmo não pode ser dito em relação às igrejas orientais. O Apocalipse, por exemplo, está ausente em várias listas do cânone oriental do quarto século, e foi-lhe negado estatus canônico até tão tardiamente quanto o Concílio Quinisextino, em Constantinopla, 692 dC.

As sete igrejas do Apocalipse

Cidade Uma das “Sete Igrejas” (Ap. 2-3)

Principais estradas romanas

Tiatira

Éfeso

Pérgamo

Smirna Filadélfia

Sardes

Laodiceia

Mar Negro

Mar Egeu

João escreve para as 7 igrejas

a partir de Patmos

Mar Mediterrâneo

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“O livro da Revelação é extraordinariamente complexo. Na superfície, a narrativa parece simples: João, um profeta, tem a visão de uma figura celestial (1:9-20), anota mensagens para sete igrejas (2:1-3:22), sobe aos céus (4:1), onde tem uma visão de Deus em Seu trono (4:2-11) e do Cordeiro (5:1-14). Em seguida tem visões do julgamento de Deus para os maus, especialmente o julgamento de Roma (6:1-21:8). Tudo isso culmina com uma visão da descida da Jerusalém celestial, onde habitarão os fieis (21:9-22:7).” Paul B. Duff. The Oxford Encyclopedia of the Books of the Bible: Revelation.

Old Orthodox Apocalipse Wall-painting from medieval Osogovo Monastery, Republic of Macedonia

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“Uma análise mais cuidadosa mostra que isso é apenas parte da história. [...] Muito do que ocorre acontece debaixo da superfície do texto. João frequentemente utiliza linguagem indireto para fazer comparações e contrastes sutis; ele usa extensamente a ironia; e alude às escrituras judaicas repetidamente.

“É importante notar que o livro não oferece uma narrativa que avança de forma linear do começo ao fim. Por exemplo, quando o sexto selo é aberto, as estrelas caem do céu (6:13), mas quando o quarto anjo toca sua trombeta, dois capítulos adiante, ainda há estrelas no firmamento (8:12).” Paul B. Duff. The Oxford Encyclopedia of the Books of the Bible: Revelation.

Donatelo-San Giovanni Evangelista, 1408-1415.

“No livro da Revelação o tempo se dobra sobre si mesmo repetidamente. Ciclos posteriores de visões repetem os anteriores, oferecendo detalhes diferentes e acrescentando novas perspectivas. No livro, a ordem específica dos eventos, de forma geral, é menos importante do que o padrão repetitivo das visões futuras sobre perseguições, castigo dos maus e a vitória de Deus, do Cordeiro e dos fieis.” Paul B. Duff. The Oxford Encyclopedia of the Books of the Bible: Revelation.

Diego Velázquez. John the Evangelist from Patmos, 1619-1620.

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Preterismo: escola de escatologia cristã que interpreta as profecias da Bíblia, especialmente os livros de Daniel e o Apocalipse, como relativas a eventos já ocorridos no primeiro século dC.

Historicismo: método de interpretação da escatologia cristã que busca associar as profecias bíblicas a eventos históricos reais e identificar os seres simbólicos com personagens ou sociedades históricos na história da igreja. Este método foi privilegiado pelos teólogos da Reforma protestante. Alonso Cano. John the Evangelist from Patmos, 1640-1650.

Escolas Interpretativas

Idealismo: também conhecido como a abordagem alegórica ou simbólica, é uma interpretação do Livro da Revelação que vê as imagens do livro como símbolos não-literais. É a abordagem comum dos eruditos cristãos modernos, com maior ou menor apelo ao simbólico.

Futurismo: abordagem interpretativa que vê os símbolos como referências a pessoas ou eventos particulares do futuro, especialmente a volta de Cristo. Esta escola é adotada pelos Dispensionalistas e tornou-se firmemente enraizada nas igrejas evangélicas norte-americanas.

Alonso Cano. John the Evangelist from Patmos, 1640-1650.

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Apocalipse Abertura e indicação de

simbologia

“Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João; o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, de tudo quanto viu. Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” Apocalipse, 1:1-3 Apocalipse 1:1-3 El_Greco 1594-1604.

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“E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candeeiros de ouro, e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem, vestido de uma roupa talar, e cingido à altura do peito com um cinto de ouro; […] Tinha ele na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois gumes; e o seu rosto era como o sol, quando resplandece na sua força. [...]

“Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último. Escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de suceder. Eis o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.” Apocalipse 1:12-13;16-20

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“Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos” Ap. 11:18

Julgamento dos mortos

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“Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. “Aquele que não ama permanece na morte.” I João 3:14

“Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” Ap. 13:18

O número da Besta: 666 - Nero

As interpretações preteristas entendem o número da Besta como referindo-se a Nero Caesar, imperador romano de 54 a 68 dC. versão grega do nome do título (Nero César) traduz-se para o hebraico como "#$" $%& , e resulta num valor numérico de 666, como mostra o quadro:

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O número da Besta: 666 – o Papado Empregado e gematria hebraica, as letras para o título do Papa, Vicarius Fili Dei, somam 666 em numerais romanos. O primeiro registro desta interpretação é de 1612, por Andreas Helwig, na sua obra Antichristus Romanus. Várias denominações protestantes, como os Adventistas do Sétimo Dia, a aceitam ainda nos dias atuais.

O número da Besta: 666 – Uma Data ‘Abdu'l-Bahá, em uma epístola, deu uma explicação sobre a referência à “besta” mencionada no Apocalipse 13:18, dizendo que o valor numérico dado à besta naquela passagem se refere a uma data, um ano, ou seja, 666 dC, quando o governante Omíada se estabeleceu. Isto é, obviamente, uma referência a Mu'áwíyih, o califa omíada que se opôs ao Imamato. (Memorando do Centro Internacional de Estudos à Casa Universal de Justiça, em 01 de agosto de 1978)

Omíada Califa-Mu'áwíyih bin Abi Sufyan 661-80

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As profecias não são uma guia para os que buscam, mas um presente

para os que encontraram.

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Apocalipse 11

1Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e foi-me dito: Levanta-te, mede o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram.

Apocalipse 11

1Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e foi-me dito: Levanta-te, mede o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram.

“Esta cana é um homem perfeito que se assemelha a uma cana, e a maneira de sua semelhança é esta; quando o interior de uma cana está vazio e livre de toda matéria, pode produzir belas melodias; e como o som e as melodias não provêm da cana, mas sim, do flautista que a toca, também o coração desse bendito ser está vazio e livre de tudo menos de Deus, puro e isento dos laços de todas as condições humanas, e é o companheiro do Espírito Divino. O que ele diz não procede dele mesmo mas do verdadeiro flautista, e é uma inspiração divina. É por isso que ele é comparado a uma cana; e esta cana é como uma vara, isto quer dizer, é uma ajuda para todo incapacitado, o sustentáculo dos seres humanos. É a vara do Pastor Divino com a qual Ele guarda Seu rebanho e o conduz pelos pastos do Reino. [...]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

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Apocalipse 11

1 Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e foi-me dito: Levanta-te, mede o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram.

Apocalipse 11

1 Foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e foi-me dito: Levanta-te, mede o santuário de Deus, e o altar, e os que nele adoram.

“[...] quer isto dizer, comparar e medir; pela medição se descobre a proporção. Assim disse o anjo: Compara o templo de Deus e o altar e aqueles que aí oram, isto é, investiga sua verdadeira condição, descobre em que grau estão, quais são suas qualidades, perfeições, conduta, e que atributos possuem, e informa-te dos mistérios dessas almas santas que habitam o Santo dos Santos, em pureza e santidade. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

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2 Mas deixa o átrio que está fora do santuário, e não o meças; porque foi dado aos gentios; e eles pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.

“[…] é um dia que eu te dei por cada ano.” Ezequiel 4:6

42 meses = 1260 dias = 1260 anos

1260 anos = duração da Dispensação de Maomé 1260 AH (ano da Hégira) = 1844 dC (declaração do Báb)

2 Mas deixa o átrio que está fora do santuário, e não o meças; porque foi dado aos gentios; e eles pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.

“No princípio do sétimo século depois de Cristo, quando Jerusalém foi conquistada, o Santo dos Santos foi preservado exteriormente; isto quer dizer, a casa que Salomão construiu; mas fora do Santo dos Santos o átrio foi dado aos gentios. ‘E eles hão de pisar com os pés a cidade santa por quarenta e dois meses’, isto é, os gentios haverão de governar e controlar Jerusalém por quarenta e dois meses, significando mil duzentos e sessenta dias; e como cada dia significa um ano, assim isso quer dizer mil e duzentos e sessenta anos, o que é a duração do ciclo do Alcorão. Pois nos textos do Livro Sagrado, cada dia é um ano; assim como diz no quarto capítulo de Ezequiel, versículo 6: ‘Tomarás sobre ti a iniqüidade da casa de Judá por quarenta dias; é um dia que eu te dei por cada ano’. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

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2 Mas deixa o átrio que está fora do santuário, e não o meças; porque foi dado aos gentios; e eles pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.

“[...] Estas profecias são desde o tempo do aparecimento do Islã, quando Jerusalém foi pisada com os pés, o que significa que foi desonrada. Mas o Santo dos Santos foi preservado, protegido e respeitado; e esses acontecimentos continuaram até 1260 [AH]. Estes mil duzentos e sessenta anos se referem à manifestação do Báb [a Porta] de Bahá´u´lláh, o que ocorreu no ano 1260 da Héjira de Maomé, e como o período de mil duzentos e sessenta anos já findou, Jerusalém, a Cidade Santa, está começando agora a prosperar, tornando-se populosa e florescente. Qualquer pessoa que viu Jerusalém há sessenta anos passados e a vê agora, deve reconhecer quanto tem crescido e prosperado e como está sendo outra vez honrada. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

3 E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.

Apcalipse de Bamberg, 1000 dC.

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3 E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.

“[...] Essas duas testemunhas são Maomé, o Mensageiro de Deus, e Áli, filho de Abu Talib. “No Alcorão está escrito que Deus se dirigiu a Maomé, o Mensageiro de Deus, dizendo: 'Fizemos de vós uma Testemunha, um Arauto de boas novas e um Admoestador.' […] O significado de testemunha é aquele por cujo testemunho coisas podem ser verificadas. Os mandamentos dessas duas testemunhas seriam cumpridos mil duzentos e sessenta dias, sendo que cada dia significa um ano. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

3 E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.

“[...] Ora, Maomé foi a raiz, e Ali o ramo, assim como Moisés e Josué. Está escrito que eles ‘estão vestidos de saco’, significando que, aparentemente, seriam vestidos em roupas velhas, e não novas; em outras palavras, de início, não possuiriam eles esplendor algum aos olhos do povo, nem pareceria nova a sua Causa; pois a Lei espiritual de Maomé corresponde à de Cristo no Evangelho, e a maioria de Suas leis relativas às coisas materiais corresponde às do Pentateuco. Eis o que significa a vestimenta velha. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

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3 E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.

3 E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.

“[...] Essas duas almas são comparadas a oliveiras porque naquele tempo todas as lâmpadas se acendiam com azeite de oliva. Significa, pois, duas pessoas que irradiam aquele espírito da sabedoria de Deus, a causa da iluminação do mundo. Essas luzes de Deus haveriam de brilhar e resplandecer, sendo assim semelhantes a dois candeeiros – o candeeiro é onde reside a luz e donde se irradia. Do mesmo modo cintilaria a luz que guia, emitida por essas almas iluminadas. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

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3 E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra.

“Em seguida está escrito: ‘Estão postos diante de Deus’, o que significa que estão a serviço de Deus, educando Suas criaturas, tais como as bárbaras tribos nômades da península árabe, as quais eles educaram de tal maneira que naquele tempo alcançaram o mais alto grau de civilização, tornando-se mundiais sua fama e seu renome. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

5 E, se alguém lhes quiser fazer mal, das suas bocas sairá fogo e devorará os seus inimigos; pois se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.

Page 32: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

5 E, se alguém lhes quiser fazer mal, das suas bocas sairá fogo e devorará os seus inimigos; pois se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.

“[...] Quer isso dizer que ninguém lhes poderia resistir; se uma pessoa quisesse menosprezar seus ensinamentos e sua Lei, tal pessoa seria cercada e destruída por esta mesma Lei que procedia de suas bocas, e todo aquele que tentasse ofendê-los e lhes mostrar antagonismo e ódio, seria exterminado por um mandamento que sairia de suas bocas. E assim aconteceu: todos os seus inimigos foram vencidos, postos em fuga e aniquilados. De um modo tão evidente Deus os ajudou. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

6 Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

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6 Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

“[...] significa que nesse ciclo seriam como reis. A Lei e os ensinamentos de Maomé, e as explicações e os comentários de Ali, são graças celestiais; quando Eles desejam dispensá-las, têm o poder de assim fazer. Se não quiserem, a chuva não cairá, sendo que a chuva simboliza graças. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

6 Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

Page 34: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

6 Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

“[...] significando ser a condição de profeta própria de Maomé assim como o fora de Moisés, e ser o poder de Ali igual ao de Josué: se assim quisessem, poderiam converter a água do Nilo em sangue, para os egípcios e aqueles que os negavam. Quer isso dizer: o que era causa de sua vida, tornar-se-ia causa de sua morte, devido a sua ignorância e seu orgulho. Assim a soberania, a riqueza e o poder de Faraó e de seu povo – fontes da vida da nação – em conseqüência de sua hostilidade, rejeição e arrogância, tornaram-se causa de sua morte – foram dispersos, degradados, destituídos, aniquilados. Essas duas testemunhas têm, pois, o poder de destruir as nações. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

6 Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

The so-called “tapisseries de l’Apocalypse” were conceived and executed by Nicolas Bataille and Robert Poinçon between 1375 and 1382 (according to the designs of Hennequin de Bruges) for Louis I d’Anjou.

Page 35: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

The so-called “tapisseries de l’Apocalypse” were conceived and executed by Nicolas Bataille and Robert Poinçon between 1375 and 1382 (according to the designs of Hennequin de Bruges) for Louis I d’Anjou.

The so-called “tapisseries de l’Apocalypse” were conceived and executed by Nicolas Bataille and Robert Poinçon between 1375 and 1382 (according to the designs of Hennequin de Bruges) for Louis I d’Anjou.

Page 36: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

6 Elas têm poder para fechar o céu, para que não chova durante os dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.

“[...] significa que também teriam o poder e a força material necessária para educar os iníquos e aqueles que são opressores e tiranos; pois a essas duas testemunhas Deus concedeu tanto o poder exterior como o interior, para que pudessem educar e corrigir os árabes nômades, tão ferozes, sanguinários e tirânicos, semelhantes a animais de rapina. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará.

Hans Burgkmair the Elder, a series of 21 woodcuts of the Apocalypse for Martin Luther's translation of the New Testament (Augsburg S. Otmar, 1523). 1523 Woodcut”.

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7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará.

The so-called “tapisseries de l’Apocalypse” were conceived and executed by Nicolas Bataille and Robert Poinçon between 1375 and 1382 (according to the designs of Hennequin de Bruges) for Louis I d’Anjou.

7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará.

Apcalipse de Bamberg, 1000 dC.

Page 38: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará.

“[...] quer dizer: quando tiverem desempenhado o que lhes fora ordenado, havendo transmitido a Mensagem Divina, promovido a Lei de Deus e propagado os ensinamentos celestiais, a fim de que se manifestassem nas almas os sinais da vida espiritual, se irradiasse a luz das virtudes do mundo humano, até ser realizado entre as tribos nômades um desenvolvimento completo. “A ‘besta que sobe do abismo fará contra eles guerra e vencê-los-á e matá-los-á’ se refere aos Omíadas, que os atacaram do abismo do erro e se levantaram contra a religião de Maomé e contra a realidade de Ali, ou seja, contra o amor de Deus. [...]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará.

Getty (English) Apocalypse 1255-60.

Page 39: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará.

“ [...] Diz: ‘A besta fará contra eles (essas duas testemunhas) guerra’ – isto é, uma guerra espiritual, o que significa que ‘a besta’ agiria em inteira oposição aos ensinamentos, costumes e instituições dessas duas testemunhas, a tal ponto que as virtudes e perfeições difundidas pelo poder dessas testemunhas entre os povos e tribos se desvaneceriam completamente, e a natureza animal e os desejos carnais venceriam. Assim, pois, a guerra vitoriosa travada contra eles por essa fera, quer dizer: a escuridão do erro proveniente dessa fera haveria de exercer domínio sobre os horizontes do mundo e matar aquelas duas testemunhas, ou, em outras palavras, destruiria a vida espiritual por elas difundida em meio à nação e eliminaria totalmente as leis e ensinamentos divinos, espezinhando a Religião de Deus e nada deixando, pois, senão um corpo inanimado, sem espírito. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

8 E jazerão os seus corpos na praça da grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.

The so-called “tapisseries de l’Apocalypse” were conceived and executed by Nicolas Bataille and Robert Poinçon between 1375 and 1382 (according to the designs of Hennequin de Bruges) for Louis I d’Anjou.

Page 40: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

8 E jazerão os seus corpos na praça da grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.

“[...] ‘Os seus corpos’ significam a Religião de Deus e ‘nas praças’ quer dizer à vista do público. O significado de ‘Sodoma e Egito’, o lugar ‘onde também o nosso Senhor foi crucificado’ é esta região da Síria, e especialmente Jerusalém, onde os Omíadas tinham então seus domínios; e foi aqui que primeiro desapareceram a Religião de Deus e os ensinamentos divinos, restando assim um corpo sem espírito. ‘Seus corpos’ representam a Religião de Deus, a qual se assemelha a um corpo morto, destituído de espírito. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

9 Homens de vários povos, e tribos e línguas, e nações verão os seus corpos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados.

3 dias e meio = 3 anos e meio = 42 meses = 1260 dias = 1260 anos! O ano 1260 da Hégira (calendário muçulmano) é o ano 1844 do calendário gregoriano. Ano do final da Revelação da Maomé, com a declaração do Báb em 23 de maio de 1844.

“Tapisseries de l’Apocalypse”, 1375-1382. Nicolas Bataille e Robert Poinçon (segundo desenho de Hennequin de Bruges) para Louis I d’Anjou.

Page 41: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

9 Homens de vários povos, e tribos e línguas, e nações verão os seus corpos por três dias e meio, e não permitirão que sejam sepultados.

“[…] três dias e meio significam três anos e meio, os quais são quarenta e dois meses, ou sejam mil e duzentos e sessenta dias; e como cada dia, segundo o texto do Livro Sagrado, significa um ano, isso quer dizer que por mil e duzentos e sessenta anos, isto é, durante o ciclo do Alcorão, as nações, tribos e raças olhariam para seus corpos, ou fariam um espetáculo da Religião de Deus. Embora não agissem de acordo com ela, não permitiriam, todavia, que seus corpos – ou seja a Religião de Deus – fossem postos em sepulcros. Quer isto dizer: aparentemente, adeririam à Religião de Deus não permitindo que desaparecesse completamente de seu meio, nem que seu corpo fosse de todo destruído e aniquilado. Na realidade, porém, haveriam de abandoná-la, embora preservando seu nome e sua comemoração exteriormente. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

10 E os que habitam sobre a terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão; e mandarão presentes uns aos outros, porquanto estes dois profetas atormentaram os que habitam sobre a terra.

“[...] ‘Os habitantes da terra’ significam as outras nações e raças, como os povos da Europa e da Ásia longínqua, pois quando viram a completa transformação no caráter do Islã – havendo sido abandonada a Lei de Deus e perdidas as virtudes, o zelo e a honra – eles se alegraram e se encheram de júbilo porque o povo do Islã em consequência de sua corrupção moral, seria vencido por outras nações. Assim veio isto a se realizar. Observai a degradação desse povo que atingira o cume do poder; vede como está agora espezinhado. “Os outros povos ‘mandarão presentes uns aos outros’. Significa isso que haveriam de se ajudar uns aos outros, pois ‘estes dois profetas tinham atormentado os que habitavam sobre a terra’ – isto é, venceram os outros povos e nações do mundo e os subjugaram. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

Page 42: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

11 E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.

3 dias e meio = 3 anos e meio = 42 meses = 1260 dias = 1260 anos!

“Tapisseries de l’Apocalypse”, 1375-1382. Nicolas Bataille e Robert Poinçon (segundo desenho de Hennequin de Bruges) para Louis I d’Anjou.

11 E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.

“[...] Três dias e meio, como já mostramos, significam mil duzentos e sessenta anos. As duas pessoas cujos corpos jaziam sem espírito são os ensinamentos e a Lei estabelecidos por Maomé – ensinamentos estes que Ali promoveu mas que vieram depois a perder sua realidade, conservando apenas a forma. O espírito entrou novamente neles; isto é, se estabeleceram mais uma vez aqueles ensinamentos fundamentais. Em outras palavras, a espiritualidade da Religião Divina se transformara em materialidade, as virtudes em vícios. Ódio substituíra o amor a Deus; treva, a iluminação. Qualidades divinas se haviam mudado em satânicas – justiça em tirania, clemência em inimizade, sinceridade em hipocrisia, verdade em erro e pureza em sensualidade. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

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11 E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.

“[...] Então, após três dias e meio, ou sejam mil duzentos e sessenta anos, segundo a terminologia dos Livros Sagrados, esses ensinamentos divinos, essas virtudes celestiais, perfeições e graças espirituais, foram renovados com o aparecimento do Báb e pela devoção de Janabi Quddus. “Os sopros da santidade difundiram-se e a luz da verdade resplandeceu; veio a primavera ressuscitadora e o amanhecer da iluminação. Aqueles dois corpos inanimados tornaram-se vivos, ao surgirem estes dois grandes Seres, fundador e promotor, semelhantes a dois candeeiros, pois iluminaram o mundo com a luz da verdade. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

12 E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.

Cloisters apocalypse 1270-1272

Page 44: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

12 E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.

“[...] o que significa que ouviram do céu invisível a voz de Deus, dizendo: ‘Já cumpristes plenamente com vosso dever de transmitir os ensinamentos e as boas-novas; destes Minha Mensagem ao povo e levantastes o chamado de Deus, completando assim vossa missão. Agora, como Cristo, deveis sacrificar a vida pelo Bem-Amado, deveis sofrer o martírio.’ E esse Sol da Realidade e essa Lua da Orientação, (1) ambos, se puseram no horizonte do maior martírio, assim como fizera Cristo, e ascenderam ao Reino de Deus. “‘E os viram os inimigos deles’ – isto é, muitos de seus inimigos depois de terem presenciado seu martírio, perceberam sua sublimidade e excelsa virtude, e assim deram testemunho de sua grandeza e sua perfeição. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

14 É passado o segundo ai; eis que cedo vem o terceiro.

“E foi-me dirigida a palavra do Senhor, a qual dizia: Filho do homem, profetiza e dize: Isto diz Senhor Deus: Daí urros, ai, ai do dia; porque o dia está perto, e se apropinqua o dia do Senhor. ” Ez 30:1-3

622 dC 1844 dC

1853 dC

Maomé Báb

Bahá’u’lláh

1º AI

2º AI

3º AI

Page 45: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

14 É passado o segundo ai; eis que cedo vem o terceiro.

“[...] O primeiro ai é o aparecimento do Profeta Maomé – paz seja com Ele! O segundo ai é o do Báb – a Ele glória e louvor! O terceiro ai é o grande dia da manifestação do Senhor dos Exércitos e do esplendor da Beleza do Prometido. A explicação deste termo, ai, é mencionada no trigésimo capítulo de Ezequiel, versículos 1, 2 e 3, onde diz: ‘E foi-me dirigida a palavra do Senhor, a qual dizia: Filho do homem, profetiza e dize: Isto diz Senhor Deus: Daí urros, ai, ai do dia; porque o dia está perto, e se aproxima o dia do Senhor’. É certo, pois que o dia do ai é o dia do Senhor, pois neste dia ai é para os desatentos, ai é para os pescadores, ai é para os ignorantes. Por isso se diz: ‘É passado o segundo ai, e eis aqui o terceiro, que cedo virá! ’ Este terceiro ai é o dia da manifestação de Bahá´u´lláh, o Dia de Deus, o que é próximo ao dia do aparecimento do Báb. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

15 E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.

Cloisters apocalypse 1270-1272

Page 46: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

15 E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.

“[...] O sétimo anjo é um homem dotado de atributos celestiais, que se levantará manifestando essas qualidades e um caráter celestial. Vozes se farão ouvir: o aparecimento do Manifestante Divino será proclamado e difundido. No dia em que se manifestar o Senhor dos Exércitos, ou seja na época do ciclo divino do Onipotente – época esta que todos os livros e escritos dos Profetas prometem – neste Dia de Deus, será estabelecido o Reino Espiritual, Divino, e renovado assim o mundo. […] A humanidade será educada: desaparecerão guerras, disputas, brigas e malignidade, sendo substituídas por veracidade, justiça, honra e devoção a Deus; predominarão no mundo união, amor e fraternidade, e Deus reinará para sempre. Quer isso dizer que será estabelecido o Reino Espiritual e Eterno. É assim o Dia de Deus. Pois todos os dias passados foram os dias de Abraão, Moisés e Cristo, ou dos outros Profetas, mas este é o Dia de Deus, porque nele se levantará o Sol da Realidade em plena glória. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

16 E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,

Getty (English) Apocalypse 1255-60

Page 47: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

16 E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,

“[...] Em cada ciclo foram doze os guardiões e almas santas. Assim Jacob teve doze filhos; no tempo de Moisés, houve doze chefes das tribos; no tempo de Cristo, doze apóstolos; e no tempo de Maomé houve doze Imames. Mas nesta manifestação gloriosa, há vinte e quatro, o dobro do número dos outros, pois a grandeza desta manifestação assim requer. Estas almas santas estão na presença de Deus, sentadas em seus próprios tronos; significando isto que reinam eternamente. “Essas vinte e quatro grandes pessoas, embora estejam sentadas nos tronos do domínio eterno, adoram, no entanto, o Manifestante universal, quando aparece, e são humildes e submissos […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.

“Tapisseries de l’Apocalypse”, 1375-1382. Nicolas Bataille e Robert Poinçon (segundo desenho de Hennequin de Bruges) para Louis I d’Anjou.

Page 48: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.

“[...] Quer isso dizer: Tu emitirás todos os Teus ensinamentos, reunirás todos os povos da terra à Tua sombra e abrigarás todos os homens sob uma só tenda. Embora seja isso o Eterno Reino de Deus, e Ele tenha possuído sempre e ainda possua um Reino, o significado aqui de ‘Reino’ é a manifestação Dele Próprio [Deus] e Ele dará todas as leis e todos os ensinamentos que são o espírito do mundo humano e da vida eterna. E este Manifestante universal vencerá o mundo com poder espiritual e não por meio de guerra e combate; fará isso com paz e tranqüilidade e não pela espada ou por qualquer arma. Estabelecerá este Reino Celestial por meio do amor verdadeiro, e não pelo poder da guerra. Com bondade e retidão, promoverá Ele esses ensinamentos divinos, e não recorrendo à força ou crueldade. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

17 dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.

“[...] A tal ponto educará as nações e raças que, apesar de suas várias condições, seus costumes e caracteres diferentes, suas religiões e origens étnicas diversas, todas, assim como diz a Bíblia, semelhantes ao lobo e o carneiro, ao leopardo e o cabrito, e à criança de peito e a serpente, se tornarão companheiras e amigas. Serão inteiramente removidas as lutas entre raças, as divergências de religião e as barreiras entre nações, havendo todos de se reconciliar e atingir perfeita união à sombra da Árvore Bendita. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

Page 49: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

Silos Apocalypse. Fins do século XI, começo do XII.

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

“[...] ‘E as gentes se irritaram’, pois Teus ensinamentos se opõem às paixões dos outros povos; e ‘chegou a Tua ira’, isto é, todos sofrerão prejuízo evidente; porque não seguem Teus preceitos, conselhos e ensinamentos, serão privados de Tua misericórdia eterna e velados à luz do Sol da Realidade. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

Page 50: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

Luca Signorelli. O Julgamento Final. Catedral de Orvieto, Itália. 1499-1504.

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

“[…] ‘E o tempo de serem julgados os mortos’ significa ter vindo o tempo em que os mortos – ou sejam os privados do espírito do amor de Deus e da santa vida eterna – serão julgados com justiça, isto é, levantar-se-ão para receber o que merecem. Ele tornará evidente a realidade de seus segredos, mostrando como é baixa sua condição no mundo existente, e que estão, realmente, sob o domínio da morte. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

Page 51: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

Apcalipse de Bamberg, 1000 dC.

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

“[…] ‘E de dares o galardão aos profetas Teus servos, e aos santos e aos que temem o Teu Nome, aos pequenos e aos grandes.’ Isto é: Ele distinguirá os retos com infinitas graças, fazendo-os brilhar no horizonte da honra eterna, assim como as estrelas do céu. Ajudá-los-á dotando-os de conduta e ações que sejam a luz do mundo humano, o meio de guiar a humanidade e lhe conceder a vida eterna no Reino Divino. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

Page 52: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

Cloisters Apocalypse 1270-1272.

18 Iraram-se, na verdade, as nações; então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares recompensa aos teus servos, os profetas, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.

“[…] ‘E de exterminar os que corromperam a terra’ significa que Ele privará totalmente os desatentos; pois estará manifesta a cegueira dos cegos, como também a visão dos que vêem. A ignorância do povo do erro será reconhecida, enquanto se tornarão evidentes os conhecimentos e a sabedoria do povo guiado. Assim, pois, serão destruídos os destruidores. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

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19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.

Albrecht Dürer (1497-1498).

19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.

“ […] ‘Então foi aberto no céu o templo de Deus’ quer dizer que a Jerusalém divina foi descoberta e o Santo dos Santos se tornou visível. Segundo a terminologia do povo da sabedoria, o Santo dos Santos significa a essência da Lei Divina e os verdadeiros ensinamentos celestiais do Senhor, que não são alterados no ciclo de Profeta algum, como já explicamos. O santuário de Jerusalém assemelha-se à realidade da Lei de Deus, a qual é o Santo dos Santos, enquanto todas as leis e convenções, os ritos e regulamentos materiais são a cidade de Jerusalém. É por isso que é chamada a Jerusalém celestial. Numa palavra, como neste ciclo o Sol da Realidade fará a Luz Divina brilhar com o máximo esplendor, assim a essência dos ensinamentos de Deus será realizada no mundo existente – será dissipada a treva da ignorância, o mundo se tornará um novo mundo, e a iluminação predominará. Assim aparecerá o Santo dos Santos. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

Page 54: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.

“[…] ‘Então foi aberto no céu o templo de Deus’ também significa que pela difusão dos ensinamentos divinos, com o aparecimento dos mistérios celestiais e o nascer do Sol da Realidade, abrir-se-ão por todos os lados as portas da prosperidade, e tornar-se-ão evidentes os sinais da bondade e das bênçãos celestiais. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.

Page 55: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.

“[…] ‘E apareceu a arca de seu testamento no seu templo’. Quer isso dizer: o Livro de Seu Testamento aparecerá em Sua Jerusalém, estabelecer-se-á a Epístola do Convênio, [Testamento de Bahá’u’lláh] e o significado do Testamento e do Convênio tornar-se-á evidente. O renome de Deus estender-se-á por Leste e Oeste, e a proclamação da Causa de Deus encherá o mundo. Os que violaram o Convênio serão degradados e postos em debandada, enquanto carinho e glória caberão aos fiéis, por se haverem segurado ao Livro do Testamento e se mantido firmes e constantes. […]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI

19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.

Page 56: Estudo Da Bíblia 13 - Apocalipse: Introdução

19 Abriu-se o santuário de Deus que está no céu, e no seu santuário foi vista a arca do seu pacto; e houve relâmpagos, vozes e trovões, e terremoto e grande saraivada.

“ […] ‘E sobrevieram relâmpagos e vozes, e trovões, e um terremoto, e uma grande chuva de pedra’, o que significa que, depois de aparecer o Livro do Testamento, haverá uma grande tempestade, e os relâmpagos da ira de Deus fulgurarão, ressoará o trovão do rompimento do Convênio, ocorrerá o terremoto das dúvidas, o granizo dos tormentos afligirá os violadores do Convênio, e até aqueles que professam a fé cairão em dificuldades e tentações.[…]” ‘Abdu’l-Bahá, RAP, cap. XI