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Introdução A Reforma psiquiátrica contribuiu de maneira significativa na construção e transformação da representação social do dependente químico ao longo das ultimas décadas em nossa sociedade. Segue abaixo outros fatores de nossa cultura que fazem parte da construção desta representação social: Modelo de exclusão social na área da saúde marginalização; Religião Busca de transcendência ou pecado; Âmbito Jurídico crime, comportamento anti-social; Lei nº 14.592 Venda de drogas lícitas à menores; Mídia partilha de cultura, valores e normas sociais; Metodologia Resultados Objetivos Discussão e Considerações Finais Referências Desvelar as representações sociais acerca do dependente químico, constituídas pelos funcionários de um CAPS ad, especificamente; Auxiliar a compreensão do exercício desses profissionais; Evidenciar crenças e valores presentes na prática institucional; Apontar caso haja necessidade de capacitação, afirmação ou mesmo revisão de atitudes em direção ao dependente químico. Pesquisa fundamentada na teoria das Representações Sociais, buscando investigar o sistema de interpretação da realidade constitutiva dos chamados saberes de senso comum, tanto pelos conteúdos quanto pelo processo de constituição desses saberes. Amostra 94 funcionários de diferentes níveis funcionais; Sexo feminino (61,7%), sexo masculino (38,3%); Caráter dos cargos: administrativos, técnicos nível superior e nível médio, terceirizados, gerenciais, aprimorandas e operacionais; Faixa etária: 22 à 62 anos, não havendo diferenças significativas nas subcategorias. Coleta de dados Através de questionário com 3 questões abertas. Análise de Conteúdo 1)similaridade semântica; Categorias Moleculares 1)Usuário de substâncias químicas (20,4%) 2)Doente (18,4%) 3)Necessitado (17,3%) 4)Sem-vergonha (10,2%) 5)Consciente (8,2%) 6)Vítima (8,2%) 7)Mobiliza Sentimentos (6,5%) 8)Outros (4,4%) 9)Com perdas decorrentes do uso (2,7%) 10)Normal (2%) 11)Sem perspectivas (1,7%) Categorias Molares O estudo comparativo das representações por categoria funcional deixa entrever que apesar das diferenças individuais, de personalidade, cultura, todo o contexto sócio histórico sobre o tratamento do dependente químico ao longo dos anos, a influência da mídia sobre o consumo de drogas lícitas e ilícitas e vivências de cada profissional, o tipo de relacionamento que os funcionários estabelecem todos os dias com os pacientes em função do cargo que ocupam também faz parte do modo como podem sentir e viver essa relação neste ambiente de trabalho. Os elementos mais “negativos” da Representação: “sem-vergonha”, “sem perspectiva”,“violento”, que apareceram preponderantemente na zona muda, ou seja, protegidos pela situação projetiva da questão, também são constituintes das representações sociais em foco, e portanto, merecem atenção e investimento, pois provavelmente alimentam ações que, veladamente, desqualificam ou “sabotam” as atividades pautadas em percepções divergentes dessas. FRANCO, M. L. P.B. Análise de Conteúdo. Brasilia: Plano Editora, 2003. OLIVEIRA, Denize Cristina de et al. Análise das Evocações Livres: uma técnica de Análise Estrutural das Representações Sociais. In: MOREIRA, Antonia Silva Paredes et al (org.). Perspectivas Teórico- Metodológicas em Representações Sociais. João Pessoa:

ESTUDO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFISSIONAIS - 2012.ppt

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Page 1: ESTUDO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFISSIONAIS  - 2012.ppt

Introdução

A Reforma psiquiátrica contribuiu de maneira significativa na construção e transformação da representação social do dependente químico ao longo das ultimas décadas em nossa sociedade. Segue abaixo outros fatores de nossa cultura que fazem parte da construção desta representação social:

Modelo de exclusão social na área da saúde marginalização; Religião Busca de transcendência ou pecado; Âmbito Jurídico crime, comportamento anti-social; Lei nº 14.592 Venda de drogas lícitas à menores; Mídia partilha de cultura, valores e normas sociais;

Metodologia

Resultados

Objetivos

Discussão e Considerações Finais

Referências

Desvelar as representações sociais acerca do dependente químico, constituídas pelos funcionários de um CAPS ad, especificamente;Auxiliar a compreensão do exercício desses profissionais;Evidenciar crenças e valores presentes na prática institucional;Apontar caso haja necessidade de capacitação, afirmação ou mesmo revisão de atitudes em direção ao dependente químico.

Pesquisa fundamentada na teoria das Representações Sociais, buscando investigar o sistema de interpretação da realidade constitutiva dos chamados saberes de senso comum, tanto pelos conteúdos quanto pelo processo de constituição desses saberes.

Amostra 94 funcionários de diferentes níveis funcionais;Sexo feminino (61,7%), sexo masculino (38,3%); Caráter dos cargos: administrativos, técnicos nível superior e nível médio, terceirizados, gerenciais, aprimorandas e operacionais;Faixa etária: 22 à 62 anos, não havendo diferenças significativas nas subcategorias.

Coleta de dados

Através de questionário com 3 questões abertas.

Análise de Conteúdo

1)similaridade semântica;

2)avaliação frequencial das categorias; reagrupadas, em moleculares e molares.

Categorias Moleculares1)Usuário de substâncias químicas (20,4%)2)Doente (18,4%)3)Necessitado (17,3%)4)Sem-vergonha (10,2%)5)Consciente (8,2%)6)Vítima (8,2%)7)Mobiliza Sentimentos (6,5%)8)Outros (4,4%)9)Com perdas decorrentes do uso (2,7%)10)Normal (2%)11)Sem perspectivas (1,7%)

Categorias Molares

O estudo comparativo das representações por categoria funcional deixa entrever que apesar das diferenças individuais, de personalidade, cultura, todo o contexto sócio histórico sobre o tratamento do dependente químico ao longo dos anos, a influência da mídia sobre o consumo de drogas lícitas e ilícitas e vivências de cada profissional, o tipo de relacionamento que os funcionários estabelecem todos os dias com os pacientes em função do cargo que ocupam também faz parte do modo como podem sentir e viver essa relação neste ambiente de trabalho.

Os elementos mais “negativos” da Representação: “sem-vergonha”, “sem perspectiva”,“violento”, que apareceram preponderantemente na zona muda, ou seja, protegidos pela situação projetiva da 2ª questão, também são constituintes das representações sociais em foco, e portanto, merecem atenção e investimento, pois provavelmente alimentam ações que, veladamente, desqualificam ou “sabotam” as atividades pautadas em percepções divergentes dessas.

FRANCO, M. L. P.B. Análise de Conteúdo. Brasilia: Plano Editora, 2003.

OLIVEIRA, Denize Cristina de et al. Análise das Evocações Livres: uma técnica de Análise Estrutural das Representações Sociais. In: MOREIRA, Antonia Silva Paredes et al (org.). Perspectivas Teórico-Metodológicas em Representações Sociais. João Pessoa: Editora Universitária – UFPB, p. 573-603, 2005