29
ReBEn, 35 102-130, 1982 ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTUDANTE DE ENFERMAGEM Zélia Sena Costa Josete Luzia Leite * Solange Sanchez * ReBEn/lO COSTA, Z.S. e Colaradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen- Escolar do Estudante de Enfergem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982. 1. INTRODUÇAO A Universidade como um sistema aberto tem a responsabilidade de ofere- cer uma contribuição efetiva para o aperfeiçoamento das atividades de pro - dução exercidas peo estudante. Sabe-se que, apesar de inúmeros estudos já efe- tuados em relação à formação de pro- fissionais à nível superior, ainda não satisfazem as necessidades sentid pe- los estudiosos, educadores e pelo próprio mercado de trabalho. Face à multiplicidade de atividades curriculares deenvolvidas pelo estudan - te de enfermagem durante o períOdo de sua formação profissional, encontra-se ele, na contingência de executar tare- fas de ordem administrativa, educativa, 'técnica, de pesquisa e outras. Somos cônscios de que todas elas são realizadas com a finalidade precípua de promover uma melhor atenção de enfermagem ao cliente. A enfermagem acompanha, dia a dia, o desenvolvimento científico e tecnológico, principalmente, a evolução da prcfissão em seus aspectos globais. Considerada como um sub-sistema in- tegrador do sistema saúde, utiliza-se de métodos, normas e procedimentos espe- cíficos fundamentados mormente na fi- losofia e objetivos por ela definidos vi- sando a conhecer e atender às necessi- dades básicas do homem. É norio, pois, a grande responsa- bilidade da Universidade quanto à qua- lidade da preparação de profissionais de al'to nível e, conseqüentemente, a quali- dad.e da produção destes prOfissionaiS entregues à comunidade. Deste modo, a aceleração do desenvolvimento do País depende, em grande parte, dos profis- sionais egressos das Universidades. Esta ação se ,estende, também, aos recursos humanos de nível médio, visto que, é responsabilidade dos prOfissionais de nível superior a preparação, a coor- denação e a direção destes elementos. * Professora do Curso de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Rio de Janeiro - I-RIO. 102

ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

  • Upload
    vantu

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

ReBEn, 35 102-130, 1982

ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O RENDIMENTO ESCOLAR DO ESTUDANTE DE ENFERMAGEM

Zélia Sena Costa >I< Josete Luzia Leite * Solange Sanchez *

ReBEn/lO

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­

to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

1 . INTRODUÇAO

A Universidade como um sistema aberto tem a responsabilidade de ofere­cer uma contribuição efetiva para o aperfeiçoamento das atividades de pro­dução exercidas peo estudante. Sabe-se que, apesar de inúmeros estudos já efe­tuados em relação à formação de pro­fissionais à nível superior, ainda não satisfazem as necessidades sentidas pe­los estudiosos, educadores e pelo próprio mercado de trabalho.

Face à multiplicidade de atividades curriculares del'lenvolvidas pelo estudan­te de enfermagem durante o períOdo de sua formação profissional, encontra-se ele, na contingência de executar tare­fas de ordem administrativa, educativa, 'técnica, de pesquisa e outras. Somos cônscios de que todas elas são realizadas com a finalidade precípua de promover uma melhor atenção de enfermagem ao cliente. A enfermagem acompanha, dia

a dia, o desenvolvimento científico e tecnológico, principalmente, a evolução da prcfissão em seus aspectos globais. Considerada como um sub-sistema in­tegrador do sistema saúde, utiliza-se de métodos, normas e procedimentos espe­cíficos fundamentados mormente na fi­losofia e objetivos por ela definidos vi­sando a conhecer e atender às necessi­dades básicas do homem.

É notório, pois, a grande responsa­bilidade da Universidade quanto à qua­lidade da preparação de profissionais de al'to nível e, conseqüentemente, a quali­dad.e da produção destes prOfissionaiS entregues à comunidade. Deste modo, a aceleração do desenvolvimento do País depende, em grande parte, dos profis­sionais egressos das Universidades.

Esta ação se ,estende, também, aos recursos humanos de nível médio, visto que, é responsabilidade dos prOfissionais de nível superior a preparação, a coor­denação e a direção destes elementos.

* Professora do Curso de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO.

102

Page 2: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enl.; DF, 35 : 102-130, 1982.

A avaliação do rendimento escolar e o desejo de aperfeiçoamento contínuo do desempenho eficiente do estudante têm sido as freqüentes preocupações de todos os educadores da área de enfer­magem. Partindo dessa premissa, o alu­no de enfermagem deve apresentar con­dições adequadas às requeridas pela na­tureza das atividades pertinentes à pro­fissão.

As autoras pretendem demonstrar neste estudo o desempenho de um gru­po de estudantes, seu rendimento esco­lar, relacionados aos principais fatores

que interferem nesta problemática. Este estudo se prende às constantes observa­ções efetuadas pelos docentes do Curso de Enfermagem da Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) quanto à reação deste grupo frente a determinadas si­tuações e o aparente desinteresse no de­senvolvimento das atividades discentes, o que se supõe sejam decorrentes de inúmeros fatores, tais como : cansaço, baixa renda familiar, moradia distante e tempo insuficiente para o sono, re­pouso e o lazer.

Em decorrência dos resultados obti­dos, as autoras sugerem a utilização de estratégias especiais no processo ensino­aprendizagem, orientação contínua pe­los docentes responsáveis pelo alunado e uma sistematização na escolha das disciplinas e créditos correspondentes.

Baseadas nessas considerações, ela­borou-se oote trabalho, visando aos se­

guintes OBJETIVOS :

• proceder um levantamento dos alu­nos do Curso de Graduação em Emfermagem que exerçam outra atividade além do curso ;

• identificar os diferentes fatores que possam interferir no processo ensi­no/aprendizagem ;

• detectar, junto aos enfermeiros su­pervisores, a quantidade do desempe-

nho do elemento da sua equipe que estuda enfermagem;

• investigar as causas prováveis doo desempenho inadequado do aluno

de enfermagem face ao seu rendi­mento escolar;

• caracterizar a natureza da ativida­de remunerada e a sua influência no desempenho das atividades cur­riculares;

• estabelecer a relação existente en­tre a natureza da atividade remu­nerada e as atividades de aprendi­zagem ;

• analisar as dificuldades advindas da atividade remunerada influencian­do as atividades curriculares ;

• estabelecer propostas alternativas que sirvam de padrão para o acom­panhamento específico deste-s alu­noS.

2 . CONSIDERAÇõES GERAIS

Dé �á muito o estudo das condições de aptidão requeridas para as principais profissões liberais foi alvo de estudo e investigação.

Já no século XVI, em 1591, Juan Dias Huarte publicou o seu famoso livro "EXAMEN DE INGENIOS PARA LAS CIENCIAS", no qual analisa, inteligen­temente, o assunto.

Os problemas relacionados ao tra­balho e as condições dos profissionais de enfermagem têm preocupado sobre­modo os estudiosos na matéria, tanto que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mun­dial de Saúde (OMS) , em reunião con­j unta, em 1976, abordaram de modo efi­caz e eficiente as "Condições de Traba­lho e de Vida do Pessoal de Enferma­gem".

PALMER (1976) define a ErgoDo­mia como : o estudo científico da rela­ção entre o homem e seu ambiente de trabalho (instrumentos, matérias-pri­mas, métodos e organização do 'traba-

103

Page 3: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to· Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 102-130, 1982.

lho) . Relacionada a tudo isto está a na­tureza do próprio homem incluindo suas habilidades e capacidades de limitações. Correlacionados à ergonomia estão as relações interpessoais do homem, seus colegas, supervisores, seus dirigentes e sua família. Todos esses aspec'tis, muito embora façam parte do campo das ciên­cias sociais não deverão ser omitidos, visto que desempenham um papel assaz importante para a solução de vários problemas desta ciência.

Conforme referências anteriores, a Enfermagem constitui um sub-sistema no Sistema de Saúde; o homem tem o seu papel definido no contexto, neces­sitando trabalhar em condições favorá­veis e suas atividades deverão ser orga­nizadas de forma a atender as exigên­cias que as tarefas lhe impõem.

CARVALHO ( 1977) comunica à Clas­se sobre a 61 .a Conferência da Organi­zação Internacional do Trabalho (OIT) - "Condições de Trabalho do Pessoal de Enfermagem" - Refere, a autora, que em quase todos os países do mundo as condições de trabalho do pessoal de en­fermagem não são satisfatórias. E acres­centa que a "diversidade de categorias de trabalhadores nesse campo aumen­ta a dificuldade de se planejar uma boa formação técnica e é'tico profissional para os elementos de cada uma delas". Ainda, a mesma autora enfatiza as con­clusões da conferência, chamando aten­ção para o capítulO que trata do preparo de pessoal.

Sabe-se que em nosso meio as con­dições de trabalho para o pessoal de en­fermagem, de um modo geral, não aten­dem às necessidades específicas da pro­fissão.

Reconhece-se, também, que os re­quisitos exigidos · para a formação de pessoal de enfermagem são específicos, requerendo dos candidatos saúde física e mental. Daí a necessidade de atenção e orientação, mais acurada, ·dos docen-

104

'tes ao alunado, durante todo o Curso. Entretanto, o aluno de enfermagem, como qualquer ser humano, pode ser oriundo de diferentes camadas sociais, inclusive a de baixo poder aquisitivo, necessitando, portanto, de condições para se subsistir ou, até mesmo, ser um arrimo de família. Deste modo. é levado a procurar atividade remunerada. o que pode interferir, consideravelmente, nas suas atividades estudantis originando inúmeros problemas paralelos.

A procura de emprego desse grupo, em busca de melhores condições de vida e remuneração, leva o Ensino de Enfer­magem a uma situação que pode se considerar complexa, principalmente, no que se prende ao desempenho e à qua­lidade.

Nas institui'ções hospitalares, o ele­mento fundamental deste sistema é o

pessoal de enfermagem, constituindo o grupo mais numeroso e, geralmente, fa­zendo parte também deste sistema es­tudantes de enfermagem com ativida­des remuneradas, os quais podem ser

utilizados em setores de alta complexi­dade, considerados estressantes, tais co­mo: Unidades de Tratamento Intensivo,

de Emergência, Centros Cirúrgicos e ou­tros, substituindo, eventualmente, pro­

fissionais.

Outro desafio com que se deparam

aqueles que militam no ensino da en­fermagem é constituído pelo grupo que

já trabalha na ocasião em que ingressa na Universidade, seja na área da Saúde ou fora dela. Em se tratando daqueles que atuam na área da Enfermagem, os

problemas se apresentam nas mais va­riadas forinas, face à natureza desta atividade, como, por exemplo : jornadas longas de trabalho, condições físicas e ambientais precárias e tipo de tarefa que execu'tam . Deste modo, o professor

deverá utilizar estratégias diferenciadas

para este grupo .

Page 4: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

Diante desta problemática, o aluno,

certamente, já debilitadõ por outras

causas emocionais, psíquicas, sociais,

acrescidas ao cansaço do trabalho e do

estudo, poderá ser levado à fadiga e até

ao stress.

A fadiga é tema discutido e pesqui­

sado por uma gama de profissionais,

tais como : fisiologistas, psicólogos, psi­

quiatras e antropólogos, médicos, en­

fermeiros e outros profissionais. Sob o

ponto de vista da fisiologia, o problema

tem sido estudado e pesquisado, sobre.­

tudo os efeitos decorrentes do excesso do trabalho muscular ressaltando a fi­

xação dos recursos capazes de obviá-los

na área. Quanto aos estudos da fadiga

no campo da an'tropologia são muito

mais vastos e se relacionam à verifica­

ção de certas culturas que se predis­

põem mais do que outras para o seu de­sencadeamento, a exemplo das estru­

turas competitivas de elevado índice de

atrito social. Os antropologistas traba­

lham em estreita conexão com psiCó­logos sociais, médicos e psiquiatras.

A fadiga não é uma enfermidade,

entretanto pOderá causar no indivíduo

mal-estar com alterações em seu estado

psicossomático. Quando ela atinge o

máximo e se caracteriza por estafa, os

pl"incipais efeitos são os seguintes: di­

minuIção de sensibilidade tátil, diminui­

ção da velocidade de contrações, relaxa­

mento ou contração dos músculos, des­

coordenação e imprecisão dos movimen­

tos, diminuição da agilidade, da habi­

lidade, da destreza e da força, enfra­

quecimento da atenção, da memória,

da coordenação de idéias e da vontade.

Esses efeitos acarretam diminuição de rendimento global, observados na produ­

ção, quer no aspecto qualitativo, quer no

quantitativo.

TUTLLE e SCHOTTELIUS '( 1969)

afirmaram que a fadiga, quando se apre­senta, a eficiência diminui; para tanto

recomendam-se períodos de descanso

adequados para se conservar uma boa

disposição física. No corpo humano, a

sensação de fadiga não se deve confun­dir com a perda verdadeira das pro­

priedades fisiológicas em conseqüência

da atividade. A sensação mencionada,

também chamada fadiga SUbjetiva, mui­

tas vezes, não é senão um simples aborrecimento, enquanto que, fadiga ob­

jetiva é a perda fiSiológica da capaci­

dade de se continuar 'trabalhando com

a mesma velocidade. Depende muito,

também, das condições individuais :

constituição e temperamento variável,

inadaptação efetiva ao tipo de trabalho que desenvolve e, como conseqüência,

baixa de produtividade na execução do

trabalho do indivíduo.

MULLER-BURT (973) afirmam

não serem ainda conhecidas todas as

causas de fadiga, mas qualquer que sej a

sua origem, fica u m alerta para a ne­

cessidade do repouso e do lazer.

AGUIAR ( 1978) cita que as causas

de fadiga estão relacionadas com o re­

pouso inadequado, iluminação e ventila­

ção deficientes, calor, ruído, tarefas de­

sagradáveis, trabalho em ritmo inade­

quado, ausência de lazer, fumo e excesso

de horas extras.

A área da saúde, atualmente, man­

tém um interesse crescente sobre o es­

tudo deste problema como um dos fa­

tores que mais afetam a saúde do ho­

mem. Modernamente, no âmbito profis­

sional e dos negóciOS, a vida tem impe­

lido o homem a constantes situações de

expectativas e de tensões. É óbvio que

evitar semelhantes problemas seria de

todo impossível; no entanto, há métodos

capazes de prevení-Ios, tais como : um

período de trabalho diário bem plane­

j ado com tempo suficiente para o des­

canso e lazer, uma vida familiar social

e religiosa feliz . Sabe-se que todos os

seres vivos, constantemente estão ex­

postos a tensões, o que se traduz pelo

105

Page 5: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

desgaste a que está sujeitso o nosso or­ganismo e que pode aumentar cada vez que um acontecimento agradável ou de­sagradável exacerbe a intensidade do nosso viver.

Em contraposição ao que geralmente Se pensa, o stress não é uma simples tensão nervosa, nem mesmo o resultado de um transtorno nocivo, orgânico e funcional. O stress é o acompanhante invariável de todos os nossos impulsos orgânicos. }j: algo que surge sempre que exigimos um esforço por parte do nosso organismo. O paciente que se apresenta com hipertemia; um torcedor apaixo­nado por futebol ao apreciar uma par­tida decisiva ; um estudante na expec­tativa de uma avaliação, todos eles se encontram em estado de tensão.

Os desportos poderão também nos levar à tensão, tanto da mente, como do físico. Este tipo de tensão que aumenta a capacidade do esforço muscular, de­nomina-se de estresse esporádico, social­mente acerto, voluntário e provocado. Há indivíduos que suportam melhor as tensões do que outros, por�m todos nós estamos predispostos a diminuir nossas forças se a pressão ultrapassar a certos limites.

SELYE, em 1925, quando estudante de Medicina da Universidade de Praga, observou, pela primeira vez, em ,seus pa­cientes algo que denominou de stress, bem como de Síndrome Geral de Adap­tação (SGA ) , concluindo pelos estudOS realizados que as reações emocionais apresentadas pelos seus pacientes não consistiam, apenas, em síndromes pato­lógicas, mas, sim, tensões que mais tar­de denominaria de stress. Deste modo, considerou importante o estudo sobre o mecanismo da doença ao invés de focà­lizar, exclusivamente, as manifestações específicas de cada patologia. Dez anos mais tarde, trabalhando no Departa­mento de Biologia da Universidade Mcmll, de Montreal, procurou isolar um

106

novo método de preparo desses extratos, observando que todos eles causavam uma síndrome caracterizada por:

a) aumento da cortex das glându­las supra-renais;

b) úlceras gastro-intestinais; e c ) involução d o timo e dos gânglios

linfáticos.

Concluiu, SELYE, numa simples conj ectura, a possível ligação entre a intuição puramente especulativa e qua­se esquecida de seus dias de estudante, e as alterações, experimentalmente, re­produzíveis em animais de laboratório, as quais iriam servir de base para a teoria do stress. Deste modo, conectou o conceito clínico anterior com essas experiências para a conceituação do stress.

TURNER (1965) enfatiza estudos realizados, na Guerra da Coréia, em sol­dados americanos antes e depois do combate, demonstrando que os exames de sangue, saliva e urina, destes solda­dos que estiveram sob fogo intenso de artilharia durante 5 dias, com apenas 7 % de mortes, encontravam-se em con­dições bem piores do que aqueles que suportaram 18 horas de combate intenso durante as quais as baixas foram em 'torno de 70%. Constatando-se que os soldados que combateram durante 18

horas apresentaram uma descarga e re­serva supra-renal elevadas, enquanto aqueles que estiveram em frente de combate durante 5 dias mostraram-se em esgotamento grave e, conseqüente­mente uma maior falência das supra­renais.

É oportuno, pois, recomendar-se que se deve adotar uma forma de vida sau­dável em que se possa desenvolver ati­tudes mentais que nos permitam assu­mir responsabilidades sem grandes an­gústias ou 'tensões excessivas.

TURNER (1965) afirma que o sono é considerado umlt' das necessidades oá-

Page 6: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

sicas do organismo. É o .momento em

que os tecidos do corpo aproveitam para

reparar suas perdas. Sabe-se que todo ser humano privado do sono durante um

certo tempo poderá morrer. O homem

não consegue permanecer mais do que

10 (dez) dias sem dormir, portanto, é

uma necessidade que deve ser atendida

em intervalos periódicos. Pode-se tomar

como exemplo a pesquisa realizada na

Western Electric Co. - com um grupo

de operárias jovens que desenvolviam

um trabalho manual ligeiro e que exigia

destreza, com a finalidade de comparar

o renclimento individual diário e o nú­

mero de horas que estas operárias dor­

miram na noite anterior. Esta observa­

ção foi realizada durante seis meses, de

onde se pôde concluir que o sono, comO

uma necessidade. básica do organismo, é tão importante que serve para determi­

nar o poder de produção do indivíduo.

Sob o ponto de vista de redução da ca­

pacidade para o trabalho, algumas des­sas operárias poderiam suportar melhor

a perda do sono do que outras.

3 . METODOLOGIA

A metodologia empregada para a elaboração do presente trabalho cons­

tou de um levantamento entre profis­

sionais atuantes em 5 (cinco) institui­

ções hospitalares de caráter governa­

mental, docentes e estudantes do Curso

de Graduação em Enfermagem da Uni­

versidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO) ,

com a finalidade de obter informações

sobre o desempenho do servidor estu­dante de enfermagem, como também

sobre as dificuldades por ele.s encontra­

das no trabalho e as causas possíveis

que poderão influenciar no seu rendi­

mento escolar.

Com base nos objetivos elaborados,

o estudo se desenvolveu obedecendo às

seguintes etapas:

a) levantamento bibliográfico;

b) elaboração de questionário ;

c) dimensionamento da amostra;

d) tabulação dos dados ;

e) análise _dos dados levantados ; e

f) comentários.

O Universo para o estudo foi cons­

tituído de estudantes do 3.° ao 9.° pe­

ríodo de Graduação, enfermeiros de 5 (cinco) instituições hospitalares do tipo

governamental e docentes de enferma­

gem da UNI-RIO.

O levantamento preliminar identifi­cou 407 estudantes, 100 enfermeiros, 50 docentes, chegando-se a uma amostra de 376 estudantes, 42 enfermeiros, 50 do­

centes, assim distribuídos: 376 alunos

do Curso de Graduação; 42 enfermeiros

nos hospitais do Rio de Janeiro e 50 do­

cente.s do Curso de Enfermagem da Uni­

versidade do Rio de Janeiro.

Além dos questionários, utilizou-se, também, dados secundários provenien­

tes dos registros e arquivos dos Depar­

tamentos de Enfermagem e da Secreta­

ria Escolar do Curso de Enfermagem da

UNI-RIO, a fim de adquirir subsídios

sobre o rendimento escolar.

4 . INTERPRETAÇAO DOS DADOS

Foram respondidos pelos estudantes

376 questionários, sendo que a maioria

dos respondentes, isto é, 79,8 % , é do

sexo feminino (300) e 20,2% do sexo masculino (76) . A faixa etária predomi­

nante é de 20 a 30 anos, constituindo o

percentual de 60%, ou seja, 225 estudan­

te.s. Quanto ao estado civil, 74,2 % (279) são solteiros e apenas 22,7% ( 186) são casados (Tabela I ) .

A situação d o estudante e m relação

a trabalho e estudo é verificada na Ta­

bela II; numa visão global, 59,8 % (225) estudam exclusivamente, enquanto que

40,2 % (151) estudam e trabalham. Com

base no número dos que não trabalham,

107

Page 7: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 102-130, 1982.

isto é, S9,8 % (225) observa-se que des­tes 79,8 % , ou seja. 178, pretendem ainda trabalhar, e 28,8% (47) não pretendem.

A Tabela IH demonstra que dos es­

tudantes que trabalham, 80,3 % (121) atuam na área da enfermagem, en­

quanto que 15,1 % (23) atuam em ser­

viço burocrático e 4,6 % (7) em outras

atividades. A mesma tabela evidencia

ainda os itens referentes à j ornada de trabalho e a turnos correspondentes. Na

área de enfermagem, a j ornada pl'edo­

minante é a de 47,7% (72) que corres­

ponde a 12 horas de trabalho com 60 de

descanso. Seguindo-se a de 12 horas de

trabalho por 36 horas de descanso,

33,1 % (50 ) . A j ornada correspondente a

plantão de 24 horas corridas constituiu

um percentual de 14% (21) e a de 6 a 8 horas diárias compreendem respectiva­

mente 3,9 % e 1,3% (6 e 2 ) , neste grupo,

situam-se os estudantes que ora fazem

in'ternato em instituições hospitalares.

Quanto ao turno da atividade, o prefe­

rido é o noturno 80,1 % (121) , logica­

mente, por desenvolverem o curso em tempo integral. Os turnos diurnos e ves­

pertinos correspondendo a 14,6% (22) e

5,3% (8) constituem a minoria. Enquan­

to que os enfermeiros supervisores 92,8% (39) trabalharam em tempo integral e

7,2% (3) em tempo parcial (Tabela IV) .

Nas Tabelas V e VI observa-se que

os enfermeiros supervisores 100% (42) que responderam aos itens referentes ao

desempenho e atitude do servidor estu­

dante 33,4% ( 14) consideram o desem­

penho deficiente, enquanto que 21,4% (9) responderam satisfatório, 21,4% (9) acharam bom, apenas 11,9% (5) consi­

deram o desempenho excelente. No en­

tanto, 11,9% ( 5) foram de opinião que

o desempenho é insuficiente. No que se

refere à atitude, 64,3% (27) dos supervi­

sores interrogados alegam que o servi­

dor apresenta-se cansado, 11,9 % ( 5) de­

sinteressado, 9,5 % (4) interessado, 4,8%

108

(2) ativo e 2,4% (1) omisso, 7,1% (3) sem resposta.

Depreende-se daí, pela Tabela VII. que, dentre as difi.culdades enumeradas

pelos acadêmicos de enfermagem, para

levarem a termo as atividades estudan­tis, 35,9 % ( 135) alegam falta de tempo

para dormir, 25,2% (95) falta de tempo

para estudar, 20,2% (76) dizem estar cansados, enquanto que, 18,7% (70) re­ferem-se à situação econômica insufi­

ciente. Estes dados vêm reforçar a pre­ferência do grupo pelo serviço noturno, daqueles que realizam o curso em tem­

po integral.

Na mesma linha de pensamento

está a afirmação dos enfermeiros super­

visores que cítam como dificuldades en­

::ontradas durante a realização de seus cursos, 66,6% (28) falta d� condições

para acompanhar as tarefas estudantis;

28,6% ( 12) trabalhar e estudar e 4,8% (2) trabalhar dentro da própria área,

considerando-se a natureza do trabalho

que exige do indivíduo um maior des­

gaste físico (Tabela VIII) .

A opinião dos supervisores enfer­

meiros quanto à compatibilidade das

atividades estudantis responderam 50% (21) que o estudante deveria apenas es­

'tudar, 33,3% ( 14) que estes deveriam

trabalhar em enfermagem e estudar,

enquanto que 11,9% (5) afirmam, que

estes deveriam trabalhar em atividades

simples e estudar, 4,8% (2) deixaram de responder (Tabela IX) .

Convém lembrar que a população

dos supervisores enfermeiros estudada, que respondeu aos questionários, carac­

te·rizou-se pela conclusão do seu Curso

de Graduação no período compreendido

entre 1951 a 1979 e que deste grupo ape­nas, 47 % ( 16) possuem habilitação e

seis deles deixaram de colocar o ano da graduação, 1,2% ( 6) (Tabela XL

A faixa etária predominante destes enfermeiros está situada entre 30-40 anos, isto é, 28,6� (2) (Tabela XI) .

Page 8: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

Estes, interrogados, se durante o seu curso de graduação exerciam outras ati­vidades, 100% (42) responderam afirma­tivamente e destes, em relação aos tur­nos, 64,3% (27) desenvolviam suas ativi­dades em serviços noturnos, 28,6% ( 12) em serviço diurno, 4,8% (2) em serviço parcial e, apenas, 2,3 % ( 1 ) em horário livre (Tabela XII) .

No que tange aos docentes da UNI­RIO, as parcelas são consideráveis da­queles que não trabalharam durante o curso, isto é, 72% ( 36) enquanto que trabalharam 28% ( 14) (Tabela XIII ) . O maior percentual j ustifica-se, em vir­tude destes docentes haverem realizado o seu Curso de Graduação na época em que as Escolas de Enfermagem manti­nham regime de internato.

Observe-se que a maior freqüência da faixa etária (Tabela XIV) está com­preendida entre 40 a 50 anos, 48 % ( 24l .

Pressupõe-se que dos 28% ( 14) que trabalharam estão na faixa etária de 20-30 anos, 20 % , o que pode ser justi­ficado porque já havia nas Escolas de Enfermagem a opção do externato. Des­tes, também, a natureza do trabalho predominante foi a enfermagem 70% (35) seguindo-se de 16% (8) €. 14% (7) em outras a'tividades (Tabela XV) . E como demonstra a Tabela XVI, estes docentes não sentiram dificuldades em acompanhar as tarefas estudantis 70% ( 35·) e dos 30% ( 15) que sentiram difi­culdades, estas giraram em torno de cansaço 67 % ( 10) e situação econômica insuficiente 33% (5) . Isto porque sabe­se que aqueles que cursavam, enferma­gem recebiam amparo especial dos su­periores ou facilidade nos horários quan­do servidores, ou mesmo bolsas de estu­do o que supria, certamente', as dificul­dades exiStentes.

Na opinião dos docentes, o estudan­te que trabalha, geralmente, sofre in­fluências da área que atua sobre' a sua vida estudantil 90% (45) e 10% (5)

acham que não (Tabela XVII) . Todos os

decentes observam que o rendimento es­colar dessas pessoas que trabalham e estudam estão entre : deficiente - 56% (28) , insuficiente - 28% ( 14) e bom -16% (8) (Tabela XVIII) . Na Tabela XIX verifica-se as diferentes atitudes dos es­tudantes observadas pelOS docentes em salas de aula, laboratório ou mesmo no ensino clínico - 64% ( 32) apresentam­se cansados, 32 % ( 16) desinteressados e 4% (2) interessados. Comparando-se es­tes dados com os da Tabela XX obser­va-se que 84% (42) de docentes são de opinião que o estudante deve apenas estudar e 16% (8) trabalhar em ativi­dades simples.

No que se refere aos estudantes que trabalham durante a realização do cur­so para o seu próprio sustento o percen­tual é evidenciado em 39,3% ( 148) sen­do que 60,7% ( 228) não exercem ativi­dades remuneradas para sua subsistên­cia (Tabela XXI) . Pressupõe-se que es­tes são os que seus gastos são financia­dos pela família, outras instituições, in­clusive crédito educativo, cujo percen­tual é significativo, isto é, 58,7% ( 22 1 ) (Tabela XXII) . Observa-se, também, na Tabela XXIII que os 30% (05) de estu­dantes contribuem, parcialmente, para o sustento de sua família, enquanto que 70% (271) não contribuem para a ren­da familiar.

Com base nos demonstrativos do es­tudante que trabalha e alega dificulda­des, para tal, a Tabela XXIV mostra que ele mesmo r=conhece a impossibilidade de conciliar trabalho e estudo, 72,1 % (271) consideram incompatíveis as ati­vidades trabalho e estudo, enquanto que 27,9% ( 105) acreditam nesta conciliação.

5 . COMENTÁRIOS

O Curso de Enfermagem da UNI­RIO tem por objetivo formar enfermei­ros, proporcionando-lhes condições para

109

Page 9: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

planejar, executar e supervisionar a as­

sistência de enfermagem.

De acordo com a legislação vigente

_ Resolução n.o 4/72 do MEC-CFE e

Parecer n.o 163/72 -, a carga horária

mínima do Curso de Graduação em En­

fermagem no País é de 2.500 horas para

o tronco profissional comum, incluindo

o pré-profissional. Após a realização do

tronco profissional comum o conclu­

dente poderá optar para as habilitações

em Enfermagem Médico-Cirúrgica, En­

fermagem de Saúde Pública, Enferma­

gem Obstétrica, com a carga horária

mínima de 500 (quinhentas) horas cada

uma. O ano acadêmico da UNI-RIO

compreende 2 (dois) períodos, por se­

mestre, com o mínimo de 90 (noventa)

dias úteis, ou seja, 15 (quinze) semanas

por semestre. O trabalho escolar tem

como unidade básica o Sistema de Cré­

ditos, havendo diferença entre o crédito

teórico e o prático. O estudante poderá

escolher as disciplinas de um semestre

para realização de sua matrícula. No

entanto, de acordo com o que estabelece

a legislação vigente, o aluno de Enfer­

magem deve realizar o seu curso no pe­

ríodo de 4 (quatro) a 6 (seis) anos.

Reconhece-se que o ensino da En­

fermagem só pode ser ministrado com

a colaboração de outras ciências, num

espírito interdisciplinar e deve ser de­

senvolvido num perfeito relacionamento

entre a teoria e a prática. Porém, não

somente a prática ou apenas a teoria,

mas, sim, uma teoria da prática. Isto

significa que a experiência (prática)

sempre ocorre a partir de uma teoria e

que o questionamento teórico significa­

tivo deve sempre partir de preocupações

e necessidades práticas.

No Curso de Graduação em Enfer­

magem da UNI-RIO, procura-se desen­

volver no alunado um ensino de caráter

instrumental (o auxílio que a teoria

presta à solução dos problemas práticos)

acompanhado de um espírito crítico que

110.

questiona continuamente a prática. Des­

te modo, o universitário consciente do

prob�ema, deve procurar um constante

relacionamento, tanto entre as discipli­nas teóricas e as práticas, como, tam­

bém, entre o seu estudo, como um todo,

e a realidade social em que vive.

Os docentes da UNI-RIO procuram

proporcionar um estudo fundamentado

na realidade, generalizando-o, de ma­

neira que o aluno possa obter conheci­

mentos gerais e uma instrumentaliza­

ção básica, adequada, que lhe permita,

através de um esforço próprio de ope­

racionalização deste instrumental en­

frentar os problemas de uma realidade

modificada, com a qual defrontar-se-á

ao sair da Universidade. Para tanto,

quandO os recebemos do ciclo básico, in­

tentamos incutir em sua mente, no iní­

cio do 3.° período, que a vida universi­

tária será embasada de aulas teórico­

práticas, seminários, trabalhos cientifi­

cos e discussões em grupos. O tempo

empregado para a realização destes es­

tudos será integral, não havendo um

hiato teórico, distante da vida real do

estudante. O seu trabalho intelectual

deve ser fundamentado em conhecimen­

tos mais profundos e de um aperfeiçoa­

men'to da realidade da comunidade uni­

versitária.

Face a todas estas considerações so­

bre o desenvolvimento do sistema de

ensino do Curso de Graduação em En­

fermagem da UNI-RIO e da natureza

do processo ensino/aprendizagem requer

do aluno, de um'a maneira geral, dedi­

ca·ção integral para os estudos, impos­

sibilitando-o muitas vezes de assumir

atividades e responsabilidades paralelas.

Levando-se em conta, ainda, que na

área da enfermagem as condições de

trabalho, fatores ambientais, j ornada de

trabalho, alimentação, planejamento de

tarefas diárias, nem sempre são favorá­

veis ao desenvolvimento das atividades

específicas, poderá oconer, deste modo,

uma sobrecarga nas funções orgânicas

Page 10: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

do indivíduo, advindas do .esforço des­

pendido, não somente pelas atividades

exercidas, como, também, pela ausên:::ia

de repouso, sono, lazer e outros fatores

circunstanciais, acrescidos dos proble­

mas inerentes à vida moderna. Como

se pode observar, o aluno que estuda e

trabalha, comparado àquele que apenas

estuda encontra-se em absoluta des­

vantagem com este, podendo, muitas ve­

zes, ser levado ao cansaço, à fadiga, à

estafa, ao estresse e até mesmo a outros

problemas mais graves, conseqüente­

mente, o seu rendimento escolar sofrerá

influência desta problemática.

Conforme se pode observar nas ta­

belas apresentadas, as informações são

compatíveis e oportunas sobre alguns

aspectos da situação escolar dos estu­

dantes de Enfermagem.

Com base nos resultados obtidos

mediante os diversos recursos : fichas de

cadastro, de observação, de ocorrências

e mapas de avaliação de aprendizagem,

existentes nos Departamentos do Curso

de Enfermagem e da Secretaria Esco­

lar, levantamos os dados essenciais para

traçarmos o perfil e avaliarmos o desem­

penho global do estudante em apreço.

Quando nas propostas alternativas

sugeriu-se a estratégia de "promover a

integração do estudante na comunidade

universitária", nossa meta era a de fa­

vorecer mudanças no comportamento

desses estudantes. O primeiro passo se­

ria a previsão das experiências de apren.­

dizagem, em função do que antes deci­

diu-se - compatibilizar a vida escolar

com outra atividade. Deste modo, plane­

j ou-se uma metodologia de ensino espe­

cial (atendendo às diferenças indivi­

duais) onde se procedeu à avaliação so­

bre a viabilidade e adequação das es­

tratégias propostas, considerando-se efi­caz aquela que conduz aos objetivos, vi­

sados em menor prazo e menor custo.

Note-se que a fase do planejamento

exige dos docentes inúmeras decisões,

particularmente no que concerne às técnicas e à instrumentação utilizadas

no processo ensino/aprendizagem.

Deste modo, observou-se e'Ill inter­

valos regulares o progresso desses estu­

dantes e pôde-se, então, com maior se­

gurança, avaliar as necessidades indivi­

duais com o propósito de corrigir pos­

síveis deficiências e, se necessário, for­

mar-se um grupo especial dentro da

turma.

Urge, pois, uma tomada de posição

dos docentes quanto ao planejamento e às decisões do grupo em referência, vis­

to que tais fatores irão afetar a forma­

ção do enfermeiro. Sabe-se que o pla­

nej amento adequado ao ensino é o pri­

meiro passo para o atendimento dos an­

seios e dos propóSitos dos órgãos forma­

dores e, conseqüentemente, a melhoria

qualita'tiva da produção destes profis­

sionais que serão entregues à sociedade.

Sem maiores pretensões, a nossa in­

tenção é a de alertar aos docentes e aos

enfermeiros da área assistencial sobre o

tema e motivá-los, a fim de que futuras

discussões surjam sobre O assunto, o que,

certamente, será de vital importância

para o ensino da enfermagem no Brasil.

6 . PROPOSTAS ALTERNATIVAS

Diante da problemática em questão

p. para operacionalização das estratégias,

optou-se pela apresentação de algumas

propostas alternativas que possam con­

trIbuir para um modelo de ação especí­

fica compatíveis com as necessidades do

ensino.

A utilização das propostas alternati­

vas implica na observância dos seguin­

tes princípios:

• Valorizar o estudante de Enferma­

gem como um ser biopsicossocial;

111

Page 11: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

CoSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

e Promover meios para uma relação docente/discente satisfatória ;

• Orientar o estudante quanto ao pla­nejamento adequado da sua vida es­�olar ;

G Sistematizar, no ato da matrícula, a es::olha do número de disciplinas R. serem cursadas, obedecendo 03 pré­requisi tos ;

4 Promover a integração do �t-udante na comunidade universitárIa :

" Orientar o estudante na escolha do emprego ou atividade remunerada,

. a fim de compatibilizá-lo com a vida escolar ;

• Preparar o aluno para enfrentar, naturalmente, as avaliações da aprendizagem, sem as preocupações e as tensões que lhes impõem o sis­tema tradicional de ensino ;

• Acompanhar o aluno, de um modo efetivo, a fim de promover uma par­ticipação ativa e permanente no processo ensino/aprendizagem.

Como base nos princípios referidos e nos fatores identificados as autoras elaboraram propostas alte·rnativas a se­rem ' utilizadas j unto ao estudante que trabalhe (em anexo) .

7 . CONCLUSõES E SUGESTÕES

Diante do exposto e dos fatores identifi�ados mediante os instrumentos aplicados na pesquisa realizada, as au­toras propõem para a implementação nos Cursos de Graduação em Enferma­gem, algumas estratégias sobre a ma­téria, sugerindo que:

• . se promova maior integração do ór­. gão ' Formador x órgão Empr;egador,

a fim de estabelecer critérios para o

fas g serem d'esempenhadas pelo aluno que exer:!e atividade· remune­rada ;

&) o estudante receba orientação do­cente no ato da matrícula, quanto às disciplinas a serem cursadas, co­mo, também, sobre a organização de sua vida escolar ;

• se mantenha nos CUr'sos de Gradua­ção professores orientadores com vistas ao acompanhamento efetivo do aluno ;

• os responsáveis pelos serviços assis­tenciais envidem esforços junto aos órgãos de direção, a fim de propi­ciarem condições favoráveis de tra­balho ;

e se reestude os padrões mínimos que . estabelecem as diretrizes para o fun­cionamento satisfa!tório de um ser­viço de enfermagem, principalmen­te quanto às condições ambientais e j ornadas de trabalho;

• seja constante a preocupação dos responsáveis pelas equipes de traba­lho de enfermagem no que se refere a propiciar meios j unto aos órgãos competentes para fornecer uma ali­mentação adequada ao seu pes­soal, face ao tipo de atividade que exerce ;

• tanto os órgãos Empregadores como os órgãos Formadores promovam oportunidades para a realização de atividades de lazer como medida preventiva das tensões ;

• se fomente, j unto às Empresas, a ne­cessidade de se oferecer oportunida­des para o estudante participar co­mo bolsista em seus programas de trabalho ;

• os docentes e enfermeiros de Insti­tuições Empregadoras procedam es­tudos mais acurados sobre a maté-

desenvolvimento adequado das tare- ria.

112'

Page 12: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

,.,.. t;

PR

OP

OS

TA

S

AL

TE

RN

AT

IVA

S

DA

S

ES

TR

AT

ÉG

IAS

A

S

ER

EM

U

TIL

IZA

DA

S

JU

NT

O A

O

ES

TU

DA

NT

E

QU

E T

RA

BA

LH

A

FAT

C?.E

S

ID

EN

TI

FI

CA

DO

S

Inco

mpa

tib

ilid

ad

e en

tre

as

ati

vi

dade

s es

cola

res

e re

mun

erad

as.

Baix

o re

ndim

ento

.

ES

TR

AT

I:G

IA

S

Ofe

rec

er

mei

os

para

me

lho

r r�

laçã

o in

teIp

esso

al

do a

lun

o n

a c

omun

ida

de

niv

ersi

tár

ia.

Orie

nta

r o

alun

o no

at

o da

mat

rícu

la

para

a e

scol

ha d

o núm

ero

de d

isci

pli­

nas

a s

erem

cur

sada

s.

Aju

dar

o es

tuda

nte

a fa

zer

esco

lhas

,

plan

os

e in

terp

reta

ções

cri

teri

osas

.

Dis

trib

uir

tar

efas

ade

quad

as

ã su

a

capa

cida

de e

apt

idão

.

Aval

iar

as

con

diçõ

es d

e tr

abal

ho

(jo �

na

da

, tu

rno

, al

imen

taçã

o e

ambie

ntefr

sico

e

outr

asl

PR

OP

úS

IT

OS

Pro

mov

er a

in

tegr

ação

do

es

tud

ante

na c

omun

idad

e un

iver

sita

ria

.

Evit

ar s

obre

carg

a de

ati

vid

ades

cu

r

ricu

lare

s.

Solu

cion

ar p

ossí

vei

s di

ficu

ldad

es

surg

idas

.

Proc

urar

con

diçõ

es f

avor

ávei

s ao

trab

alho

.

Esta

bele

cer

com

para

çao

entr

e a

ta­

refa

des

empe

nhad

a e

o ní

vel

de c

paci

taçã

o e

apti

dão

do e

stud

ante

.

(')

õ§ >

t;j-

8�

pr

'1 ('D

s=L(')

o

o t;j

P>

",c"

a

g

s=L�

s=L

::I o

e.-'1

('D

� '"

gol

t;j't;j

El,

('D � ��

oq

s=L

('D('D

p

> àQ

�§ � �

'';l

�� ��

.l.'!l'"

=

.0

E:'�

tl

H

";lEl,

��

tn

::l

•.

S. I"

�S

,!.

O

��

.... ::1

co

s=L

00 �

.

�g

Page 13: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

....

- �

FATO

RES

IDEN

TIFI

CADO

S

Dese

mpe

nho

abai

xo d

o ni

vel

de

seja

do.

Cans

aço

apar

ente

.

ESTR

A1tGI

AS

Diag

nost

icar

os

poss

ivei

s fa

tore

s qu

e

estã

o in

terf

erin

do n

o de

semp

enho

do

estu

dant

e.

Iden

tifi

car

as

nece

ssid

ades

pri

orit

á­

rias

do

gru

po.

Orie

nta

r o

alun

o pa

ra q

ue

elab

ore

um

plan

ejam

ento

ade

quad

o à

sua

vida

est

u

darit

il.

Aju

dar

o es

tuda

nte

a id

enti

fica

r,

co�

pr

eend

er e

res

olve

r os

se

us p

robl

emas

.

Proc

eder

uma

inte

graç

ão e

ntre

a E

sco­

la e

o O

rgão

Em

preg

ador

a f

im d

e pr

mov

erem

uma p

arti

cipa

ção

efet

iva

na

PROP

OSIT

OS

Cont

ribu

ir p

ara

o de

sem

penh

o ef

i -

caz

e ef

icie

nte

.

Ofer

ecer

con

diçõ

es

para

a

elim

ina­

ção

das

caus

as

dete

rmin

ante

s do

s

fato

res

diag

nost

icad

os.

Ade

quar

o

ensi

no à

s ne

cess

idad

es d�

fato

e

aos

recu

rsos

ex

iste

nte

s.

Aper

feiç

oar

o de

sem

penh

0.

Prop

icia

r co

ndiç

ões

para

des

envo

l -

ver

no

alun

o a

auto

-dis

cipl

ina

para

a au

to-d

ireç

ão d

e su

a ap

rend

izag

em.

Esta

bele

cer

uma

estr

atég

ia d

e en

si­

no e

spec

ial

e ad

equa

da.

Solu

cion

ar a

s di

ficu

ldad

es e

stud

an­

tis

advi

ndas

de

su

a si

tuaç

ão f

unci

o

nal

.

a

s�

t.%jr-

"'�

8

· ..

. 00

�.

"1

(1) §' 9

t.%jilõ'

rn

e"

�Sl

Po

'"

�§'

.,.

."1

(1) '" rn

g-,

��

.... �

i§'

aq�

(1)

(1)

p>

t:rJ�

(1)

::I :'I

rn o:g

Si''''

�g

�m

=

,0

!""�

(I) tj

....

o:ga

E"

C1I�

.. 9

. ..

.. '"

SS

,!.o

(I) ..

.. ::1

<De:

S (I) ::I •

Page 14: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

...

....

01

FATO

RES

IDEN

TIFI

CADO

S

Reaç

ões

inad

equa

das

do e

st�

dant

e du

rant

e as

at

ivid

ades

curr

i�ul

ares

.

Apa

rent

e de

sin

tere

sse

na

part

icip

ação

das

at

ivid

des

curr

icul

ares

.

ESTR

AT�G

IAS

solu

ção

de p

ossi

vei

s pr

obla

mas

fu

cion

ais

apre

sent

ados

pe

los

estu

dan

tes

o

Orie

ntar

o a

luno

par

a o

dese

nvol

vi

men

to

do s

enso

de

auto

-crL

tica

.

Proc

eder

o c

ontr

ole

no

dom

Lnio

af

e

tiv

o.

Prom

over

in

tegr

ação

com

as

inst

i

tuiç

ões

empr

egad

oras

. .

Prop

icia

r m

eios

par

a a

inte

graç

ão

entr

e a

Esco

la e

o ô

rgão

Em

preg

a -

dor

.

Con

trol

ar d

e fo

rma

grad

ual

e co

ntL

nua

.

l'ROP

(jSIT

OS

Cons

egui

r um

a pa

rtic

ipaç

ão a

tiv

a e

coer

ente

nas

at

ivid

ades

cu

rric

ula-

res

.

Just

ific

ar a

im

port

ânci

a de

ati

tu­

des

adeq

uada

s du

rant

e as

at

ivid

a -

des

curr

icul

ares

.

Min

imiz

ar a

s po

ssiv

eis

difi

culd

a -

des

do e

stud

ante

.

Corr

igir

as

atit

udes

in

adeq

uada

s.

Ate

nder

as

nec

essi

dade

s es

tuda

nti

s e

func

iona

is.

a

s�

t'j-

g�

-

Ul

1;0.

o;

(I) Do

a

o o

MP;

r:n

o' S"

g

Do 1;0

§'

.,..0;

(I)

10 r:n g.

1 �

�s.

�o

aq

Do

(I) (I)

13

> �

t'P ::s

� r:n "!l

$l'1'>

�S

.

l".Ir:n aog

�.

(I)

tlH

"!l

a

-;"E'

c:n

gl

.. a

e

to:> ,!.o

-(I)

.... ::s

..,

Do

�§'

.

� I

Page 15: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

.....

.....

O>

FAT

OR

ES

IDEN

TIF

ICA

DORE

S

Hor

as

insu

fic

ien

tes

para

ate

der

as

nec

ess

ida

des

d

o s

on

o.

�ST

RAT

�GIA

S

a p

art

icip

açã

o d

o es

tuda

nte

nas

tiv

ida

des

estu

dan

tis

e fu

nci

ona

is.

Ado

tar

um s

iste

ma

de a

va

liaç

ão

per

� ód

ica.

Or

ien

tar

o a

lun

o pa

ra e

lab

ora

r um

prog

ram

a d

e! a

ti'v

ida

des

que

se

aju

te i

s su

as n

eces

sid

ade

s.

Rec

omen

dar

ati

vid

ade

s de

spor

tiv

as

e

Soc

iais

.

. D

iagn

osti

car

a s

itu

açã

o fu

nci

ona

l.

Ava

liar

as

co

nd

içõ

es

de

tra

ba

lho

em

con

jun

to

com

o

órg

ão

empr

ega

dor

.

PRO

POSI

TOS

Con

duz

ir e

d

isc

ipli

nar

as

oes

.

Co

ntr

ibu

ir

para

o

de

sem

pen

ho

ef

i

ca

z e

e

fic

ien

te.

Pro

mov

er

o aj

ust

amen

to d

o e

stu

-

dan

te

às

exig

ên

cia

s de

su

a v

ida

estu

dan

til

e fu

nci

ona

l.

Co

ntr

ibu

ir p

ara

o

equ

ilíb

rio

e

a ma

nute

n ção

da

saúd

e.

Prc

,lO

ccio

na

r op

ortt;

nid

ades

p

ara

o

laze

r.

Dese

nv'Jl-

..,-er

apl-e

r�diz

ag.:::m

de

adap

­ta

çio

para

as

!iif

cre

nte

s s

itu

aç�ffi

de

vid

a,

dive

�tir

-se

e co

ntri

bu -

ir

para

a d

ivc�

s�o

de o

utr

os

.

Uti

liza

r t�

cnic

as d

e en

sin

o a

de

quad

as.

Pr

omov

er c

ondi

ções

fa

vor

ave

is

de

tra

ba

lho

.

o

O

n-Ul

o

� txJ

?'

�N

o

· -

Ul

�.

>1

Cl> 0.

0

o o

txJP>

rn

O'

""'0

C

>1 0.

10

�g.

.,.

.. ....

Cl> 10 rn

�I

txJtxJ

::s

rn ..

.,.,...

(!lã

� o

aqo.

Cl>

Cl> 13

> àii'

�c

Cl>

::s �

rn

1:1:1'";1

...

10 10

S

til ....

Cl> l"J

rn

1:1.0

..

.. c

�. Cl>

tjH

'";1

:::' �

c

c.n�

..9.

10 ::;S

""

'o

��

Cl>

..... ::s

",

o.

ex> _

. !"'

S Cl> p ,

Page 16: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

.....

.....

-.J

FATO

RES

ID

EN

TIF

ICA

DOS

Ba

ixa

ren

da f

amil

iar

(con

trib

ui

ção

pa

ra o

se

u p

róp

rio

sust

en -

to)

Con

trib

uiç

ão

efe

tiv

a pa

ra

o s

eu

sust

ento

e

da

fam

íli

a.

EST

RA�

GIA

S

Pro

vis

ão

de

expe

riê

nci

as

de

apre

ndi

zage

m.

Ori

enta

r o

alu

no

no

plan

ejam

ento

da

su

a

vid

a e

stu

dan

til

com

vis

tas

aos

pro

ble

mas

fam

ilia

res

.

Con

trib

uir

no

ofer

ecim

ento

de

op

ortu

nid

des

p

ela

Un

iver

sida

de

, pa

ra i

nte

gra

r o

gru

po

de b

ols

ista

s.

Sele

cion

ar o

s e

stud

ante

s qu

e a

pre

s·en

tam

as

mes

mas

cara

cter

ís

tica

s,

por

ocas

ião

da

matr

ícu

la.

Pro

ced

er

inte

graç

ão

com

o

Org

ão

Emp

rega

-

dor

.

An

ali

sa.r

o d

esem

pen

ho

estu

da.n

til

e f

und

o

nal

.

FROP

OSI

TOS

Pro

porc

ion

ar

o d

esen

vo

lvim

ento

de

h

áb

itos

d

esej

áve

is

con

heci

men

tos

e a

titu

des

cm

rel

ação

a

sua

hig

i­en

e in

div

idu

al.

Ra

cion

ali

zar

o nú

me

ro

de

dis

cip

li

nas

a

ser

em c

urs

adas

. -

Dim

inu

ir a

s

obre

carg

a e

sco

lar

.

Dim

inu

ir

o ca

ns

aço

.

Des

empe

nha

r su

as

ativ

ida

des

fu

nci

o n

as

de m

odo

efi

cie

nte

. -

Mel

hor

ar o

·re

ndi

men

to

esc

ola

r.

Con

st

itu

ir u

m

gru

po

esp

ecia

l pa

ra

a ap

lic

açã

o de

cnic

as

esp

ecia

is.

Pro

pic

iar

o eq

uil

íbri

o e

ntr

e as

tiv

ida

des

es

tuda

nti

s e

asd

eser

vid

or

Dia

gnos

tica

r a

s n

eces

sida

des

o

riun

da

s da

s d

ific

uld

ad

es

sen

tid

as

.

Q

�g

ü

>-3

t<J?

'" a

N

p;'

..., ct>

0.0

o

O t<J

p)

"'O"

C+

o

.,: ...,

o.�

� o.

O c+

..., ct>

� '"

t;1

t<Jt<J

'" �

S-""

0.

� O

(JQo.

ct>

ct> �

>

aq

��

ct> �

� CIl

t=�

...

I" ti�

ct> t!j

'"

=.0

..

.. .,:

;. ct>

t:P�

�g,

<J1�

..

g .

..... S

g 'o

..

... ��

ct>

..... g.

co ..

... �

S •

ct> � ,

Page 17: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

B I B L I O G R A F I A

1 . AGUIAR, M. A. - Conferência sobre "Higiene e Segurança do Trabalho".

2 . ALLEN, Robert - Industrial hygiene. Englewood Clifs, N. J., prentice Hall, 1976.

3 . BART, Pierre - Ergonomia e organi­zação do trabalho. In: Saúde Ocu­pacional, 6(21) :6-11,1978.

4 . BECK, CarIton E. - Fundamentos ji­losóficos da orientação educacional. São Paulo, EPU, EDUSP, 1977.

5 . BRASIL. Ministério d a Educação e Cul­tura - Elaboração e avaliação de programas de ensino. Brasília, MEC, 1976.

6 . BRASIL. Ministério d a Educação e Cul­tura - Plano de avaliação : meto­dologia. Brasília, MEC, 1978.

7 . BRASIL. Ministério da Educação e Cul­tura - Supervisão pedagógica e ori­entação educacional. Brasilia, MEC, 1977.

8 . BRASIL. Ministério do Trabalho e Pre­vidência Social - Programa nacio­nal de valorização do trabalhador. Rio de Janeiro, Departamento Na­cional de Segurança e Higiene do Trabalho, 1973.

9 . BRASIL. Ministério do Trabalho e Pre­vidência Social - Segurança e hi­giene do trabalho. Rio de Janeiro, Departamento Nacional de Segu­rança e Higiene do Trabalho, 1971.

10 . BRETAN, Jairo - Legislação sobre higiene e segurança do trabalho. In : Fundação Centro Nacional de Se­gurança, Higiene e Medicina do Trabalho. Curso de Medcina do Trabalho, v. 2, págs. 401-30.

11 . CARVALHO, Amália C. - Condições de trabalho do pessoal de enferma­gem. In: Rev. Bras. Enf., 30 (3) : 157-161, 1977.

12 . CARVALHO, Amália C. - Recursos humanos em enfermagem. In : Rev. Bras. Enj., 28 ( 1) , 1975.

13 . Ergonomia : a ciência que torna o tra­balho mais suave e seguro para o homem. In : Ind. e Produt., 7 (74) : 5-6, 1974.

14 . Ergonomia : uma nova interpretação da relação homem-máquina. In: Rev. Senai, 35 ( 134) : 8-12, 1979.

15 . L'ergonomie : étude de l'atmosphére dans le lieu de travail. In: Travail et Ma'itrise, 9 : 9-10, 1976.

1 6 . FLEMING, C. M. - Psicologia do en­sino. São Paulo, Nacional, 1971.

118

17. GILMORE, Charles Lee - Accident prevention and less controlo New York, American Management Asso­ciation, 1970.

18. O importante papel da ergonomia na postura do trabalho : In: Dirigente Industrial, 17(6) : 16-20, 1976.

19 . ISAAC, Mielnik - Higiene mental do trabalho. São Paulo, Artes Médicas, 1976.

20 . LA VILLE, Antoine - Ergonomia. São Paulo, EDUSP, 1977.

2 1 . LOFFREDI, Lais Esteves - Paradigma da orientação educacional. Rio de Janeiro, F. Alves, 1977.

22 . MAURO, Maria Ivone Chaves, et alii - Fadiga e aspectos ergonômicos n'J trabalho de enfermagem. In: Rev. Bras. Enj. 29 ( 1 ) : 7-18, 1976.

23 . Medicina do Trabalho, investimento que dá lucro. In : Ind. e Desenv., 7 ( 10) : 12-i, 1974.

24 . MITTIDIERI, Jorge - Segurança, hi­giene e medicina do trabalho. In: Ind. e Prod., 7(76) : 1921, 1974.

25 . MURREL, Hywel - Homens e máqui­nas. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.

26 . PALMER, C. - Ergonomia. Rio de Janeiro, Fundaçã'J Getúlio Vargas, 1976.

27 . SOUNIS, Emílio - Manual de higiene e medicina do trabalho. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1975.

28 . STEGEMANN, Jürgen - Fisiologia do esforço. Rio de Janeiro, Cultura Mé­dica, 1979.

29 . STEGEMANN, Jeanne, et alii - Tra­balho e saúde na indústria : riscos físicos e quimicos e prevenção de acidentes. Sã'J Paulo, EPU, EDUSP, 1975.

30 . REZENDE, A. M. - Iniciação teórica e prática das ciências da educação. Petrópolis, Vozes, 1979.

31 . TURNER, C. E. - Higiene dei indi­viduo y de la comunidad. México, Centro Regional de Ayuda Tecnica, 1965.

32 . TURRA, Clódia Maria Godoy, et alii - Planejamento de ensino e ava­liação. Porto Alegre, Ed. Meridional Emma, 1975.

33 . VERDUSSEN, Roberto - Ergonomia : a racionalização humanizada do tra­balho. Rio de Janeiro, Livros Téc­nicos e Científicos, 1978.

34 . WHITTAKER, James D. - Psicologia. México, Interamericana, 1971.

Page 18: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

RESUMO

As constantes dificuldades e o apa­rente desinteresse de um grupo de estu­dantes do Curso de Enfermagem, obser­vados pelos docentes durante o desen­volvimento do processo ensino/aprendi­zagem, motivaram as autoras a procede­rem um estudo sobre os fatores e as possíveis causas determinantes dessa problemática.

Os instrumentos de avaliação do alunado, a análise dos questionários e a experiên::ia docente constituíram subsí­dios para o desenvolvimento do tra­balho.

Dos resultados obtidos, sugere-se a utilização de estratégias ,especiais de en­sino, orientação efetiva do alunado e uma sistematização na escolha de disci­plinas e créditos correspondentes.

SUMMARY

The constant difficulties and appa­

rent disinterest of one group of students

on the Nursing Course wruch have been

observed by the teachers during the

development of the teaching-Iearning

process, have given the authors reason

to carry out a study of these factors

and possible causes of trus problem.

The means for evaluating the stu­

dents, the analysis of the questionnaires

and the experience of the teachers con­

tributed to the work's progresso

It is suggested that the use of

special teacrung methods, effective stu­

dent orientation and a systematic plan

in the choice of subjects and corres­

ponding credits be implemented.

T A B E L A I

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM

TOTAL DE ESTUDANTES, POR FAIXA ETÁRIA, ESTADO CIVIL E SEXO

1981

D I S C R I M I N A Ç A O TOTAL %

1 . FAIXA ETÁRIA

20 1 14 30,3 20 - 30 225 60,0 30 - 40 30 7,9

+ 40 7 1 ,8 T O T A L 376 100,0

2 . ESTADO CIVIL

SOLTEIRO 179 74,2 CASADO 86 22,7 OUTROS 1 1 3 ,1

T O T A L 376 100,0 3 , SEXO

MASCULINO 76 20,2 FEMININO 300 79,8

T O T A L 376 100,0

Fonte : Questionário respondido pelos estudantes do Curso de Enfermagem da UNI-RIO.

1 19

Page 19: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

120

T A B E L A r r

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM SITUAÇÃO DO ESTUDANTE EM RELAÇÃO A TRABALHO E ESTUDO

1981

S I TUAÇÃO DO E S TUDANTE TOTAL %

E S TUDAM E X C L U S IVAMENTE 2 2 5 * 5 9 , 8

E S TUDA E TRA BALHA 1 5 1 4 0 , 2

T O T A L 3 7 6 . 1 0 0 , 0

F o n t e : Q u e s t i on á r i o r e s p o n d i d o p e l o s e s t u d an t e s ( 1 9 8 1 ) . * 1 7 8 ( 7 9 , 8 ) p r e t e n d e m t r a b a l h a r e 4 7 ( 2 8 , 8 % ) n à o

p r e t e n d e m t r a b a l h a r .

T A B E L A I r r

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM DISTRlBU:;:ÇÃO DOS ESTUDANTES SEGUNDO AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ALÊM DO CURSO DE ENFERMAGEM, JORNADA

E TURNOS DE TRABALHO DESTAS ATIVIDADES

D I S C R I M I N A ç Ã O NUMERO DE % E S TUDANTES

1 . A T I V I DADE S

ENFERMAGEM 1 2 1 8 0 , 3

BUROCRA T I C A 2 3 1 5 , 1

OUTROS 0 7 4 � 6

T O T A L 1 5 1 1 0 0 , 0

2 . J O RNADA DE TRABALHO

2 . 1 - 6 h o r a s 0 6 3 , 9

2 . 2 - 8 h o r a s 0 2 1 , 3

2 . 3 - 1 2 x 3 6 5 0 3 3 , 1

2 . 4 - 1 2 x 6 0 7 2 4 7 , 7

2 . 5 - P l an t à o - 2 4 h o r a s 2 1 1 4 , °

T ° T A L 1 5 1 1 0 0 , 0

3 . TURNO

3 . 1 - D I U RNO 2 2 1 4 , 6

3 . 2 - NOTURNO 1 2 1 8 0 , 1

3 . 3 - V E S P E R T I N O 0 8 5 , 3

3 . 4 - OUTRO S

T O T A L 1 5 1 1 0 0 , 0

F o n t e : Q ue s t i on á r i o re s p o nd i d o p e l o s e s t ud a n t e s d o C u r s o d e E n f e rmagem da U N I -R I O .

Page 20: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

T A B E L A I V

HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO NÚMERO DE GRADUADOS SEGUNDO O HORÁRIO EM QUE

CURSOU ENFERMAGEM 1981

REG I ME DO C U R S O N r;> D E GRADUADO 7.

I N T E GRAL 3 9 9 2 , 8

PARCIAL 0 3 7 , 2

T O T A L 4 2 1 0 0 , 0

F on t e : Q u e s t i o n á r i o r e s p o n d i d o p o r e n f e rme i r o s .

T A B E L A V

HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO FREQtmNCIA DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SERVIDOR

QUE ESTUDA ENFERMAGEM 1981

N íV E L D E D E S E M P E N H O F R E Q U � N C I A 7.

E X C E L E N T E 0 5 1 1 , 9

B OM 0 9 2 1 , 4

S A T I S FA T OR I O 0 9 2 1 , 4

D E F I C I E N T E 1 4 3 3 , 4

I N S U F I C I E N T E 0 5 1 1 , 9

P Il S S I M O 0 0

T O T A L 4 2 1 0 0 , 0

F o n t e : Q u e s t i o n á r i o r e s p o n d i d o p o r E n f e r me i r o s S u p e r ­v i s o r e s .

i21

Page 21: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enl.; DF, 35 : 102-130, 1982.

T A B E L A V I

HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO FREQÜ�NCIA DA AVALIAÇAO DE ATITUDES DO SERVIDOR-ESTUDANTE

DE ENFERMAGEM

122

1981

A T I TU D E S FREQU�N C I A % SEM RESPOSTA

A T I V O 0 2 4 , 8 3 7 , 1

I N T E R E S S A D O 0 4 9 , 5

CAN S ADO 2 7 6 4 , 3

D E S I N TE R E S S AD O 0 5 1 1 , 9

O M I S S O ( * ) 0 1 2 , 4

T O T A L 3 9 9 2 , 9 3 7 , 1

F o n t e : Q u e s t i o n ã r i o r e s p o n d i d o p o r E n f e rme i r o s S u p e r -v i s o r e s .

( * ) I n t e r e s s a d o s a p e n a s e m c u mp r i r t a r e f a s e s -t u d a n t i s .

T A B E L A V I I

CENTRO DE CmNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM

FREQ�NCIA DAS CAUSAS PROVAVEIS DAS DIFICULDADES

ENCONTRADAS PELOS ESTUDANTES DURANTE O CURSO 1981

CAU SAS ·P ROVXV E � S NQ DE 7-ESTUDANTES

FALTA D E T E M P O P A RA E S TUDAR 9 5 2 5 , 2 *

C A N S A Ç O P E L O T RABALHO 7 6 2 0 , 2 *

FALTA D E T E MP O PARA D O RM I R 1 3 5 3 5 , 9 *

S I TUAÇÃO E C O N ÔM I C A I N S U F I - 7 0 1 8 , 7 C I E N T E

T O T A L 3 7 6 1 0 0 , 0

F o n t e : Q u e s t i o n ã r i o r e s p o n d i d o p e l o s e s t u d an t e s do C u r ­s o d e E n f e rm a g em d a U N I - R I O .

( *) p r e s s u p o em- s e o s q u e t r a b a l h am em s e rv i ç o no -t u r n o .

Page 22: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

T A B E L A V I I I

HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO FREQÜÊNCIA DAS CAUSAS PROVAVEIS DAS DIFICULDADES

ENCONTRADAS PELOS GRADUADOS EM ENFERMAGEM QUANDO ESTUDANTE

1951 - 1979

C A U S A S PROVÃVE I S

TRABALHAR E E S TUDAR

FALTA DE COND I ÇÕ E S PARA ACOMPANHAR A S TAREFAS E S TUDAN T I S

TRABALHO DENTRO DA PROP R I A ÁREA

F o n t e :

T O T A

Q u e s t i o n á r i o m a g e m - 1 9 8 1 .

L

r e s p o n d i d o

N 9

1 2

2 8

0 2

4 2

p e l o s

T A B E L A I X

%

.2 8 , 6

6 6 , 6

4 , 8

1 0 0 , 0

g r a d u a d o s e m

HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO

E n f e r

FREQÜÊNCIA DAS OPINIõES DE SUPERVISORES EM ENFERMAGEM SOBRE DIFERENTES ATIVIDADES COMPATíVEIS COM AS ESTUDANTIS

1981

A T I V I D A D E S TOTAL % SEM RESPOSTA

E S TUDAR E TRABALHAR EM QUA� QUER T I P O D E S E RV I Ç O

APENAS E S TU DAR 2 1 5 0 0 2 4 , 8

TRABALHAR EM E N F E RMAGEM E 1 4 3 3 , 3 E S TUDAR

TRABALHAR EM A T I V IDAD E S S IM 0 5 1 1 , 9 P L E S E E STUDAR

T O T A L 4 0 9 5 , 2 0 2 4 , 8

F o n t e : Qu e s t i on ã r i o r e spon d i d o p e l o s S up e r v i s o r e s em E n f e r -m a g e m .

123

Page 23: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

.....

tJo,

TA

BE

LA

X

HO

SP

ITA

IS D

O R

IO D

E J

AN

EIR

O

ME

RO

D

E

GR

AD

UA

DO

S

EM

E

MF

ER

MA

GE

M

SE

GU

NDO

O

A

NO

D

E C

ON

CL

US

AO

DO

CU

RS

O

1951

-19

79

A

N

O

c U

R

S

O

D

E G

H A

B

R

A

D

U

A

ç

Ã

I L

I

T

A

ç

C Ã T

RO

NC

O

CO

MUM

MED

IC

.O-

CI

RO

RG

IC

A

SA

OD

E

PO

BL

IC

A

OR

ST

EI

F.!C

IA

N9

7-

N9

7-

N9

%

N

9

7.

19

51

-

19

59

1

1

26

,2

19

60

-

19

69

0

6

14

,2

0

2

4,

7

19

70

-1

97

9

03

7

,1

03

7

,1

1

1

26

,2

T O

T

A

L

20

4

7,

5

03

7

,1

1

3

30

,9

Fo

nt

e:

Qu

es

ti

on

ár

io

r

es

po

nd

id

o

po

r

en

fe

rm

ei

ro

s

su

pe

rv

is

or

es

.

O

o

Õ�

l".1.?>

N

..

... 00

�.

'1

(b §'

O

O l".1

ii>

�g

o.

� o.

:::s

O 1ti

;;i

Ul

g-,

��

..

..,c"t­(b

� '1

o.

S O

� o.

(b Fi

:> Õo

�c

(b ::l

� r:J"I

t:I:I':!l

...

� � �

t!j'"

t:l

,c

.... �

.:.

C'D ti

.....

':!la

� ""

@

.. g

. �

3

""

,!.o

:u

(b ..

.. :::s

""o.

<XI

�.

!'Os

(1) ::s ,

Page 24: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf.; DF, 35 : 102-130, 1982.

T A B E L A X I

HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO

NÚMERO DE GRADUADOS EM ENFERMAGEM POR FAIXA ETARIA

1951 - 1979

N Ã o R E S P o N D E R n. 1 XA E T Á R I A N 9 N 9 %

2 0 - 3 0 1 1 2 6 , 2 0 3 7 , 1

3 0 - 4 0 1 2 2 8 , 6

4 0 - 5 0 1 1 2 6 , 2

5 0 - 6 0 0 5 1 1 , 9

T o T A L 3 9 9 2 , 9 0 3 7 , 1

F o n t e : Que s t i on á r i o r e s p o n d i d o p o r e n f e rm e i r o s s u p e r v i s o r e s .

T A B E L A X I I

HOSPITAIS DO RIO DE JANEIRO

A �.

NÚMERO DE GRADUADOS QUE DURANTE O CURSO DE ENFERMAGEM

EXERCIAM OUTRAS ATIVIDADES

1951 - 1979

TURNO DAS ATIVIDADES N9 DE GRADUADOS ;{

N O T U R N O 2 7 6 4 , 3

D I U R N O 1 2 2 8 , 6

V E S P E RT I N O

PARC I A L 0 2 4 , 8

L I V RE 0 1 2 , 3

T O T A L 4 2 1 0 0 , 0

F o n t e : Q u e s t i o n i r i o r e s p o n d i d o p e l o s e n f e r me i r o s s u ­p e rv i s o r e s .

T A B E L A X I I I

CENTRO DE CI1!:NCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM

NúMERO DE DOCENTES QUE TRABALHARAM DURANTE O CURSO DE ENFERMAGEM

1940 - 1979

D O C E N T E S NUMERO

TRABALHOU 1 4

NÃO TRA BALH O U 3 6

T O T A L 5 0

%

2 8

7 2

1 0 0

F o n t e : Qu e s t i on á r i o r e s p on d i d o p e l o s d o c e n t e ll d a UNI-RIO.

125

Page 25: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enr. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

T A B E L A X I V

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM NúMERO DE DOCENTES DE ACORDO COM A FAIXA ETARIA

1940 - 1979 ----------

F A I XA E Th R I A H1lMERO í.

2 0 - 3 0 1 0 2 0

3 0 - 4 0 0 6 1 2

4 0 - 5 0 2 4 4 8

5 0 - 6 0 1 0 2 0

T O T A L 5 0 1 0 0

F o n t e : Qu e s t i o n ã r i o r e s p o n d i d o p e l o s d o c e n t e s d a U N I - R I O.

T A B E L A X V

CENTRO DE CI1!:NCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM DISTRmUIçAO DOS DOCENTES SEGUNDO ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

.ALÉM DO CURSO DE ENFERMAGEM

126

A T I V I D A D E S

E N F E RMAGEM

BUROC RAT1CA

OUTRO S ·

T O T A L

J9�0 - 1979

N9 DE DOCENTES

3 5

0 8

0 7

5 0

7 0

1 6

1 4

1 0 0

F o n t e : Q ue s t i on ár i o r e s p on d i d o p e l o s d o c e n t e s d a UNI-RIO.

T A B E L A X V I

CENTRO DE CI1!:NCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM FREQ�NCIA DAS PROVÁVEIS CAUSAS DAS DIFICULDADES

ENCONTRADAS PELOS DOCENTES QUANDO ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

1940 - 197:9

CAU S A S 1' R O V ÃV E I S F RE Q U � N C I A 7.

CAN S A Ç O P E L O T RA E A L H O 1 0 6 7

S I TUAÇÃO E C O l\ ÔN I C A I N - 0 5 3 3 S UF I C I E N T E

T O T A L 1 5 1 0 0

F on t e : Q u e s t i o n i r i o r e s p o n d i d o p e l o s d o c e n t e s d a UN I - R I O .

Page 26: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns' Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

T A B E L A X V I I

CENTRO DE CmNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM FREQtt1:NCIA DAS OPINIõES DOCENTES QUANTO AS INFLlmNCIAS

DA AREA DE ATUAÇAO SOBRE O ESTUDANTE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

O P I N I Õ E S D O C E N T E S

S O F RE I N FL U I': N C I A

NÃO S O F R E

T O T A L

1940 - 197,9

F R E QU I': N C I A

4 5

0 5

5 0

7.

9 0

1 0

1 0 0

F o n t e : q u e s t i o n 5 r i o r e s p o n d i d o p e j o s d o c e � t c s d � UN I - R I Q

T A B E L A X V I I I

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM FREQÜÊNCIA DE OPINIÕES DOCENTES SOBRE O DESEMPENHO DISCENTE

1981

N I v E L D E F R E Qu2N C I A

BOM

D E F I C I E ;-J T E

I N S U F I C I E ll T E

T O T A L

F R E Q u E N C U

0 8

2 8

1 4

5 0

%

1 6

5 6

2 8

1 0 0

F o n t e : Q u e B t i � n i < i D r e s p o n d i d o p e l o s d o c e n t e s d a U � I - R l �

T A B E L A X I X

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM FREQÜÊNCIA DE OPINIÕES DOCENTES SOBRE ATITUDES ESTUDANTIS

DURANTE SUAS ATIVIDADES CURRICULARES 1981

O P I N I Õ E S S O BRE F R E Q u E N C I A 7. A T I TU D E S D I S C E N T E S

CAN SA D O S 3 2 6 4

D E S I N T E R E S S A D O ,? 1 6 3 2

I N TE RE S S ADO S 0 2 4

T O T A L 5 0 1 0 0

F on t e : Qu e s t i o n i r i o r e s p o n d i d o p e l o s d o c e n t e s d a U N I - R I O.

127

Page 27: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

1 28

T A B E L A X X CENTRO DE CI1!;NCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM

FREQtt1i:NCIA DAS OPINIÕES DOS DOCENTES QUANTO AS ATIVIDADES COMPATíVEIS COM AS ESTUDANTIS

1981

AT I V I DAD E S F RE Q u E N C I A

A P E N A S E S T U D A R 4 2

TRA B A L HA R EM A T I V I DAD E S S I M P L E S E E S TUDAR 0 , 8

T O T A L 5 0

7.

8 4

1 6

1 0 0

F o n t e : Qu e s t i on a r i o r e s p on d i d o p e l o s d o c e n t e s d a U N I - R I O .

T A B E L A X X I CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM

FREQÜÊNCIA DE ESTUDANTES QUE TRABALHAM PARA O SEU PRóPRIO SUSTENTO

1981

E S TUDAN T E S QUE F RE Q u E N C I A 7.

TRABALIIAI1

S I M 1 4 8 3 9 , 3

NÃO 2 2 8 6 0 , 7

T O T A L 3 7 6 1 0 0

F o n t e : Q u e s t i o n á r i o r e s p o n d i d o p e l o s e s t u d a n t e s d a ti N I - R I O .

T A B E L A X X I I CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CURSO DE ENFERMAGEM NúMERO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM CUJOS GASTOS

SAO FINANCIADOS PELA FAMíLIA E OUTROS •

GA S T O S F I NAN C I A D O S

S I M

NÃO

T O T A L

1981

N 9

2 2 1

1 5 5

3 7 6

7.

5 8 , 7

4 1 , J

1 0 0

F o n t e : Q u e s t i on a r i o r e s p o n d i d o p e l o s e s t u d an t e s d a U N I - R I O .

* In c l u s i v e c r é d i t o e g u c a t i v� .

Page 28: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enf. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

T A B E L A X X I I I

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE -- CURSO DE ENFERMAGEM FREQtmNCIA DE ESTUDANTES QUE CONTRmUEM PARCIALMENTE

PARA O SUSTENTO DA FAMíLIA

1981

C O N T R I B U I Ç Ã O PARC I AL FREQuíl N C I A 7-

S I M 1 0 5 3 0 , 0

N Ã O 2 7 1 7 0 , 0

T O T A L 2 7 6 1 0 0 , 0

F O ll t C : Q u c s t i o n � r i o r e s p o n d i d o p e l o s e s t u d a n t e s d a

U N I ·- R I O .

T A B E L A X X I V

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE -- CURSO DE ENFERMAGEM

FREQÜ�CIA DAS OPINIõES DOS ESTUDANTES SOBRE A CONCILIAÇAO

TRABALHO-ESTUDO, NO CURSO DE ENFERMAGEM

1981

C O N C I L IA Ç Ã O F R E Q U � N C I A 7-TRABAL H O - E S TU D O

S I M 1 0 5 2 7 , 9

NÃO 2 7 1 7 2 , 1

T O T A L 3 7 5 1 0 0

F o n t e : Q u e s t i on ir i o r e s p o n d i d o p e l o s e s t u d a n t e s d a

UII I -R I O ,

129

Page 29: ESTUDO DE ALGUNS FATORES QUE INFLUENCIAM O … · desempenho inadequado do aluno de enfermagem face ao seu rendi ... turas competitivas de elevado índice de atrito social. Os antropologistas

COSTA, Z.S. e Colaboradoras - Estudo de Alguns Fatores que Influenciam o Rendimen­to Escolar do Estudante de Enfermagem. Rev. Bras. Enr. ; DF, 35 : 102-130, 1982.

130

OPERACIONALIZAÇÃO DO ENSINO

A

LI Q_u

_

e ___

p

_r_

e

_t7e_

n

_dO __ ? __ �r------

1 <lf------- v

A

Que mudanças no comporta- -----tiA quem irei ensinar ?rl---­mento desejo provocar L

1 I

A

ç

Ã

O

E X E C U ç Ã O

o desenvolvimento deste plano será executado com as modificações que a prática for impondo, para t�l a avaliação é a fase seguint� :

D

I

A

G

N o S

T

I

C

A

apreciação das condições de entrada

W classificatória

A V A L I A C Ã O

formativa estudo ao longo do processo en­sino-aprendiza­gem - - - - - - - - - -�

S

O

M

A

T

I

V

A

Julgamento dos resul­tados finais