Estudo de Caso GERDAU 2009 v2

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GERDAU 2009/2010Fontes: Relatrio Anual 2009 e Revista Ddesafios do Desenvolvimento. Novembro de 2006., Eliana Simonetti.Adaptado pelo professor Luiz Rodrigo Cunha Moura.

INTRODUO

A Gerdau lder na produo de aos longos nas Amricas e uma das maiores fornecedoras de aos longos especiais no mundo. Possui mais de 40 mil colaboradores e presena industrial em 14 pases, com operaes nas Amricas, na Europa e na sia, as quais somam uma capacidade instalada superior a 25 milhes de toneladas de ao. a maior recicladora da Amrica Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhes de toneladas de sucata em ao. Com mais de 140 mil acionistas, as empresas de capital aberto da Gerdau esto listadas nas bolsas de valores de So Paulo, Nova Iorque, Toronto e Lima.

Produz aos longos comuns, especiais e planos para os setores da construo civil, da indstria e da agropecuria. Seus produtos fazem parte do dia a dia das pessoas e esto presentes em residncias, automveis, rodovias, pontes, mquinas agrcolas, eletrodomsticos, torres de telefonia, torres e linhas de transmisso de energia, entre outros. a maior recicladora da Amrica Latina e reaproveita, no mundo, milhes de toneladas de sucata ferrosa anualmente.AUMISSO -> A Gerdau uma empresa com foco em siderurgia, que busca satisfazer as necessidades dos clientes e criar valor para os acionistas, comprometida com a realizao das pessoas e com o desenvolvimento sustentado da sociedade.

VISO -> Ser uma empresa siderrgica global, entre as mais rentveis do setor.

A satisfao do cliente prioridade absoluta para a Gerdau. Por isso, a Empresa trabalha continuamente para oferecer produtos e servios inovadores e com qualidade superior, de forma a atender necessidades especficas e contribuir para o aumento da competitividade de seus clientes.

PERSPECTIVAS

Para os prximos cinco anos, a Gerdau ir investir R$ 9,5 bilhes, sendo que cerca de 80% desse total sero destinados para o Brasil. Entra em operao o lingotamento contnuo de placas na unidade de Ouro Branco (MG), matria-prima para a produo de aos planos. Tambm so anunciadas a instalao de um laminador de chapas grossas e a expanso da capacidade de produo de perfis estruturais.

iniciada a produo da mina de Vrzea do Lopes (MG). Em 2010, somando a produo em Miguel Burnier (MG) e Vrzea do Lopes, a Gerdau alcanar um ritmo de produo anual de 2,7 milhes de toneladas de minrio de ferro, volume que atender 50% das necessidades de consumo de sua usina integrada em Ouro Branco (MG). Alm disso, j est em andamento a expanso das atividades da mina de Vrzea do Lopes, que dever alcanar um ritmo de produo de 5,4 milhes de toneladas por ano em 2012. Com isso, o volume total de produo prpria de minrio de ferro dever chegar a 6,6 milhes de toneladas por ano, o que representar o atendimento de 100% das necessidades de consumo da unidade de Ouro Branco.

Em relao Amrica Latina, os mercados devero continuar apresentando sinais de melhora em 2010. O Instituto Latino- Americano de Ferro e Ao (ILAFA) prev que o consumo aparente na regio, excludo o Brasil, dever alcanar em torno de 30 milhes de toneladas de ao, o que significa um acrscimo de 17% sobre 2009. Na Amrica Latina, a Gerdau investe na atualizao tecnolgica e no aumento da produtividade de suas plantas. instalada uma nova aciaria em Tocancip (Colmbia) e ampliada a capacidade do laminador e da aciaria da Sidertul (Mxico). Alm disso, tm andamento a implantao do novo laminador de vergalhes e perfis na Repblica Dominicana e os investimentos industriais e ambientais na Siderperu (Peru). Gerdau tambm realiza investimentos nos Estados Unidos, com uma nova unidade de corte e dobra prxima de Dallas (Texas), novo equipamento de finishing end em Wilton (Iowa) e modernizao do forno de reaquecimento em Midlothian (Texas). Na ndia, so comunicados a instalao de um laminador destinado produo de aos especiais e vergalhes, uma sinterizao e um projeto de gerao de energia em sua joint venture Kalyani Gerdau.

Esto em estudos a instalao de um novo laminador de rolos, na Operao de Negcio Brasil, e o aumento da capacidade de laminao e inspeo na Operao de Negcio Aos Especiais, no mesmo pas. Alm disso, a Companhia segue investindo na expanso do servio de corte e dobra de vergalhes e na fabricao de produtos prontos para uso no Brasil, buscando ampliar a produtividade da construo civil e garantindo o pleno atendimento da demanda.

O ano 2010 dever ser positivo, pela continuidade da melhoria da demanda mundial por ao e pelo trabalho de manuteno das sinergias obtidas entre nossas operaes em 2009. Para atender ao crescimento futuro da demanda e ampliar o valor agregado dos nossos produtos, vamos investir R$ 9,5 bilhes nos prximos cinco anos, sendo que, desse total, cerca de 80% sero direcionados para as unidades no Brasil. Para 2010, as perspectivas apontam para a melhoria da demanda nos distintos mercados. Estamos plenamente capacitados para atender a evoluo do consumo de ao decorrente da recuperao gradual das economias.

Os mercados devem seguir se recuperando ao longo de 2010, porm, em graus distintos, dependendo da regio geogrfica um movimento iniciado em 2009. Segundo a World Steel Association, o consumo mundial de ao dever chegar a 1,2 bilho de toneladas em 2010, o que representa 10,7% de evoluo sobre 2009 e praticamente iguala-se ao volume registrado em 2008, reflexo principalmente da demanda na China.

A Gerdau est preparada para atender a evoluo da demanda por ao no Brasil e no mundo. Alm disso, ir investir R$ 9,5 bilhes nos prximos cinco anos (2010-2014) em suas operaes.

Nos primeiros meses de 2009, a unidade de Ouro Branco (MG), maior usina da Gerdau no mundo, com capacidade instalada de 4,5 milhes de toneladas por ano, enfrentou dificuldades devido forte retrao da demanda por ao no mercado brasileiro e, principalmente, no mercado internacional. Contudo, as medidas de ajuste e conteno de despesas adotadas pela unidade, somadas ao incio do processo de recuperao dos mercados, permitiram a retomada de investimentos ainda durante o ano de 2009. Paralisado em dezembro de 2008 para manuteno antecipada, o alto-forno 1, principal equipamento da planta, retomou suas atividades em julho de 2009. Diante da melhoria dos mercados, a unidade manteve o alto-forno 2 em funcionamento, cuja parada estava programada para julho. Paralelamente, foram retomados importantes investimentos, que devero aumentar ainda mais a competitividade e a produtividade da usina de Ouro Branco.

O incio da operao do laminador de chapas grossas est programado para o final de 2012, tendo como principal foco o segmento petrolfero, seguido das indstrias naval, da construo civil e de equipamentos pesados. Tambm est programada a expanso do laminador de perfis estruturais, o que representa um investimento de R$ 100 milhes. Dessa forma, a capacidade instalada anual do equipamento passar de 540 mil para 700 mil toneladas em 2011. O incremento da produo de perfis estruturais objetiva principalmente abastecer as obras para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e as Olimpadas de 2016 no Brasil, assim como as demandas que sero geradas no Pas pela explorao do petrleo do pr-sal. Destacam-se tambm as perspectivas de ampliao da compra de casa prpria, com o Programa Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Acelerao do Crescimento (PAC).

O ano de 2010 dever ser positivo para o segmento de aos longos especiais, com a continuidade do bom momento da indstria automotiva brasileira e da retomada dos mercados dos Estados Unidos e Espanha.

As perspectivas para o mercado brasileiro apontam que as vendas e a produo de veculos devero crescer, em razo da continuidade da manuteno do IPI reduzido para automveis biocombustveis no primeiro trimestre e do estmulo renovao da frota de caminhes, a partir da reduo fiscal do IPI e de condies de financiamento diferenciadas at o final do ano. Alm disso, acredita-se na retomada dos mercados de exportao de veculos e autopeas, com a recuperao da economia internacional. Para fazer frente a essa demanda, est em estudo o aumento da capacidade de laminao e inspeo na Operao de Negcio Aos Especiais no Brasil.

Nos EUA, a indstria automotiva, aps um ano de reestruturao, j est aumentando gradualmente os patamares de produo. H expectativa de aumento das vendas de automveis e caminhes, perante um cenrio de retomada dos nveis de crdito e da confiana dos consumidores. Esto em avaliao investimentos para aumento da capacidade e aprimoramento da qualidade dos produtos de aos longos especiais.

O mercado espanhol dever seguir o movimento de melhoria, com crescimento da produo de veculos leves e pesados, recuperao dos estoques de componentes pela cadeia automotiva e retomada de investimentos em energia, entre outros.

A expectativa de que a demanda por ao aumente gradualmente na Amrica do Norte. Em relao aos reflexos dos programas governamentais norte-americanos de estmulo economia, h um expressivo volume de recursos a serem alocados. Os projetos de construo de trens de alta velocidade, estradas e pontes j comearam a ganhar impulso e devero contribuir para a ampliao dos desembolsos em infraestrutura. Essa melhoria tambm dever ser influenciada pelo trmino da menor demanda sazonal no quarto trimestre de 2009. Alm disso, antevemos oportunidades comerciais para a Gerdau Ameristeel no segmento de energia nuclear. A Empresa possui usinas e unidades de transformao j certificadas para fabricar produtos especficos para esse segmento e, em 2009, j fechou contratos de fornecimento de ao com duas usinas nucleares, sendo que h potencial significativo de construo de novas plantas nos prximos anos. Em relao s exportaes, a expectativa de crescimento em 2010.

CONCORRNCIAO final de 2006 foi marcado pela negociao que resultou no surgimento de um conglomerado siderrgico gigantesco, o Arcelor-Mittal, primeiro do setor a superar a marca de produo de 100 milhes de toneladas de ao por ano. O caso tem a ver com o Brasil, pois a Mittal, companhia de origem indiana, dona da reserva de minrio da Minerao Brasileira de Ferro, em Caetit, na Bahia, comprada em agosto do ano passado (embora este seja, ainda, um projeto para longo prazo); e a Arcelor, com sede em Luxemburgo, controla as siderrgicas Belgo-Mineira, Tubaro, Vega do Sul e Acesita - de onde vem um tero de seu resultado. Interessa tambm porque um grupo com tamanho poder, e com acesso facilitado ao ferro, gua e energia - insumos da siderurgia que o Brasil tem em abundncia -, fragiliza as condies das empresas nacionais na concorrncia externa e, com isso, incita uma reorganizao do setor. No anncio da fuso, Lakshmi Mittal, presidente "honorrio"do novo grupo, disse querer impulsionar o Brasil como plataforma de exportao. Para o Tesouro, essa uma boa notcia, j que sinaliza maior ingresso de dlares no pas. Os novos investimentos tambm devero criar empregos.

A voracidade das compras chinesas e a escalada da produo mundial de ao parecem infindveis. Segundo dados do International Iron and Steel Institute (IISI), organismo internacional que rene as empresas do setor, entre 1970 e 2000 a produo mundial cresceu em mdia 1, 2% ao ano. De 2003 a 2005, o salto foi de 17% - isso em quantidade, porque com o aumento dos preos o faturamento das empresas praticamente dobrou. A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anda ansiosa para aproveitar a mar e, mesmo sendo minoritria em algumas companhias, tem influenciado decises. Planeja a construo de uma nova usina, com capacidade de produo de 5 milhes de toneladas anuais de placas de ao. Tem ainda participao em dois projetos que fabricaro 6, 8 milhes de toneladas por ano a partir de 2008: a Companhia Siderrgica do Atlntico (CSA), em parceria com a alem Thyssen Krupp; e a Cear Steel, fruto de consrcio com a italiana Danieli e a coreana Dongkuk. H outros trs projetos para o Rio de Janeiro, para os anos de 2007 e 2008.

Outra potncia nacional do ramo, a Companhia Siderrgica Nacional (CSN) concluiu, no incio de agosto, as negociaes para a fuso de seus ativos nos Estados Unidos com a americana Wheeling-Pittsburgh, recentemente recuperada de um processo de falncia. Segundo comunicado das empresas, o acordo envolve direitos de distribuio exclusivos dos produtos laminados planos da CSN na Amrica do Norte e um compromisso de longo prazo para o fornecimento de placas pela empresa brasileira. Nos ltimos doze meses, as aes da CSN experimentaram valorizao de 52, 83% - a maior do setor e quase cinco vezes superior elevao mdia do ndice da Bolsa de Valores de So Paulo, que ficou em 10,26%.

O Sistema Usiminas, formado pelas Usinas Siderrgicas de Minas Gerais e pela Companhia Siderrgica Paulista (Cosipa), faturou mais de 13 bilhes de reais em 2005. "Vivenciamos uma nova fase de crescimento da indstria mundial de ao, caracterizada principalmente pela demanda chinesa. Assistimos tambm continuidade do processo de consolidao, reflexo da globalizao. Diante desse quadro de constantes mudanas e variveis diversas, nossas usinas operam num ambiente de estabilidade e buscam constantes avanos", disse Rinaldo Campos Soares, diretor-presidente do grupo Usiminas, ao anunciar os resultados, em meados de agosto.

As preocupaes esto voltadas para o movimento internacional de concentrao de empresas e tambm para o crescimento mpar da economia chinesa. Segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), entre 2000 e 2004 a produo chinesa de ao saltou 114, 96%. Com o passar do tempo, o pas deve alcanar a auto-suficincia. Um grande problema, pois boa parte do mercado, atualmente, trabalha para saciar o apetite chins. Haver, portanto, instabilidade nas empresas e nos preos. Alm disso, de supor que a China aumente a venda de produtos acabados e abale toda a cadeia produtiva.

Historicamente, o Brasil sempre teve forte participao internacional no setor. A primeira siderrgica integrada foi a Belgo-Mineira, associao entre a Companhia Siderrgica Mineira e capital belgo-luxemburgus. Depois veio a Mannesmann, com participao alem; e na seqncia a Usiminas, com participao japonesa da Nippon Steel. Recentemente, o Grupo Arcelor adquiriu a CST, a Belgo e passou a ter participao na Acesita. Agora, se uniu indiana Mittal. Entre os grupos sob controle nacional, temos o Sistema Usiminas, a CSN e a Gerdau. So empresas com participao no mercado internacional. A Gerdau tem plantas no Uruguai, Chile, Peru, Colmbia, Argentina, Canad e Estados Unidos. A CSN, em Portugal e nos Estados Unidos. A Usiminas associada ao Grupo Techint, da Argentina, com participao na Ternium, que est na Argentina, na Venezuela e no Mxico.

No relatrio "Countries and Commodities Reports Steel - 2006", do Banco Mundial, o consultor Tony Sweeney faz um exerccio interessante para detectar quais sero os maiores consumidores de ao no futuro. A equao soma produo e importao, subtrai a exportao de produtos finais e divide o resultado pela populao do pas. Assim, descobre-se que, em 2003, nos Emirados rabes, consumiam- se 1, 1 mil quilos de ao por pessoa. A taxa de consumo per capita, na Coria do Sul, era 950; no Japo, 575; na Unio Europia, 360;nos Estados Unidos, 350; na China, 200; no Brasil, 95; e na ndia, 30. "Geralmente, pases industrializados tm consumo de ao per capita elevado e relativamente constante. Os menos desenvolvidos apresentam nveis inferiores, mas crescentes. E o que se verifica no consumo ocorre na produo, pois o ao largamente consumido onde produzido", afirma. "Essa uma maneira simplificada de observar uma situao que, no momento, bastante complexa. Mas inegvel que China, ndia e Brasil ainda tm um bom caminho a andar."

GERDAU EM 2009

O ano de 2009 foi um perodo de expressivos desafios para a Gerdau. Trabalhou-se fortemente para ajustar, de forma rpida e eficiente, os nveis de atividade das operaes frente menor demanda por ao no mundo, reflexo da crise econmica mundial. Com o apoio e a dedicao de nossas equipes, conseguiu-se reduzir custos, capital de giro e endividamento, mantendo forte posio de caixa. No ano, diminuram-se os custos fixos de produo em R$ 2 bilhes, o capital de giro em R$ 5 bilhes e a dvida lquida em R$ 8 bilhes. Esse conjunto de iniciativas ampliou nossa competitividade e flexibilidade no mercado global de ao, assim como permitiu que mantivssemos a posio de investment grade junto s agncias internacionais de avaliao de riscos.

Ao longo do ano, a retomada da demanda por ao ocorreu em distintos nveis, de acordo com a regio geogrfica, sendo que o Brasil apresentou o melhor resultado entre nossas operaes, devido ao crescimento da construo civil e da indstria. Como consequncia da gradual melhoria dos mercados e do nosso esforo gerencial, encerramos o ano com desempenho operacional e financeiro positivo, ainda que em patamares inferiores a 2008. A produo de ao da Companhia foi de 13,5 milhes de toneladas, enquanto as vendas fsicas atingiram 14 milhes de toneladas. Conseguimos chegar aos 108 anos de existncia com lucro lquido em todos os exerccios. Em 2009, o faturamento bruto alcanou R$ 30,1 bilhes e o lucro lquido consolidado foi de R$ 1 bilho. Excluindo o efeito das perdas por baixas contbeis de ativos, verificadas no segundo e terceiro trimestres do ano, no valor de R$ 886 milhes, lquidos de imposto de renda, o lucro lquido teria sido de R$ 1,9 bilho. importante registrar que as perdas por baixas contbeis de ativos representaram desembolso de caixa pouco significativo e podem ser parcialmente recuperadas no futuro.

A Gerdau focou seus esforos, em 2009, no ajuste de suas operaes menor demanda por ao no mundo, buscando ampliar sua produtividade e eficincia. Diante desse cenrio, trabalhou para minimizar os impactos da crise econmica mundial que afetaram os negcios da Gerdau em nveis distintos, de acordo com a regio geogrfica onde esto localizados. No ano, as vendas fsicas consolidadas da Gerdau totalizaram 14 milhes de toneladas, volume 26,8% inferior ao registrado em 2008. A produo de ao bruto, por sua vez, alcanou 13,5 milhes de toneladas, uma reduo de 31,1% em relao ao ano anterior. A partir do segundo semestre, entretanto, os mercados comearam a apresentar melhoria nos nveis de demanda, em maior ou menor grau, sendo que o principal destaque positivo foi o Brasil.

De janeiro a dezembro, os investimentos em ativo imobilizado somaram R$ 1,4 bilho, dos quais 59,6% foram direcionados para as unidades do Brasil e 40,4% para os demais pases. No Brasil, destaca-se a implantao do lingotamento contnuo de placas na unidade de Ouro Branco (MG) e o aumento da velocidade do lingotamento contnuo na Aos Especiais Piratini (RS). Nos demais pases da Amrica Latina, foi instalada a nova aciaria de Tocancip (Colmbia) e ampliada a capacidade do laminador e da aciaria da Sidertul (Mxico).

Alm disso, dedicamos ateno mxima segurana de nossos colaboradores no ambiente de trabalho. No exerccio, destinamos R$ 39,9 milhes em novos equipamentos e tecnologias para a preveno de acidentes, campanhas de conscientizao e auditorias para detectar oportunidades de melhoria, com o apoio de consultorias especializadas. Alm disso, a prtica da Hora da Segurana realizada nas unidades no Brasil foi internacionalmente reconhecida pela World Steel Association. A Hora da Segurana envolve, diariamente, mais de 1,2 mil lderes e suas equipes, que se renem durante uma hora para tratar do tema, gerando aprimoramento contnuo das prticas e resultados nessa rea.

GOVERNANA CORPORATIVA

A Gerdau possui uma slida estrutura de governana corporativa voltada para alcanar nveis crescentes de eficincia nos negcios e gerar valor aos acionistas. Sua atuao pautada pela transparncia da gesto e pela conduta empresarial ntegra.

O Conselho de Administrao da Gerdau S.A. formado por nove membros, que acompanham a execuo das polticas por eles estabelecidas e tambm definem as estratgias de longo prazo da Empresa. O rgo responsvel ainda pela escolha da Diretoria e pela nomeao dos membros do Comit Executivo, alm de tomar decises a respeito de temas relevantes no mbito dos negcios e das operaes. O Conselho de Administrao da Gerdau S.A. realiza de oito a dez reunies ordinrias ao ano e, em caso de necessidade, rene-se extraordinariamente. O mandato de seus membros de um ano, com possibilidade de reeleies.

GESTO DE RISCOS

A Gerdau monitora os seus riscos de negcios e operacionais por meio de um sistema de controle estruturado. Alm disso, periodicamente revisa e reavalia esses riscos com o objetivo de aprimorar ainda mais os seus mecanismos de proteo. A Empresa possui, desde 2000, um Comit de Riscos, rgo de apoio ao Comit Executivo Gerdau (CEG), que se rene trimestralmente para reavaliar as vulnerabilidades do negcio. Em 2009, foram realizadas mais de 260 entrevistas com os principais executivos da Companhia para atualizar o mapeamento dos pontos crticos das operaes e processos da Gerdau.

Para a Gerdau, os riscos de negcio se dividem em riscos estratgicos, de operao e financeiros, e se referem a temas relacionados competitividade e ao posicionamento da Empresa no mercado. Eles so monitorados diretamente pelo CEG e pelo Comit de Riscos.

Os riscos estratgicos abrangem o surgimento de novos concorrentes, as fuses e aquisies da concorrncia, o lanamento de novos produtos, a reputao da Gerdau junto aos seus diversos pblicos de interesse e as necessidades de investimentos futuros. J os riscos de operao envolvem a reteno de talentos pela Organizao, o desenvolvimento de novas tecnologias de produo, a gesto de custos e o cumprimento das polticas e diretrizes da Empresa.

Alm disso, a Empresa est permanentemente atenta aos riscos financeiros a que est exposta. Eles incluem itens como nveis de liquidez no mercado, taxas de juros, cmbio e custos de captao. A Gerdau possui uma poltica de gesto financeira conservadora, comprometida com nveis de endividamento compatveis com o perfil do setor. A Empresa busca a contnua atualizao a respeito das legislaes de cada pas em que atua e cumpre rigorosamente todas as regulamentaes e normas legais vigentes.

Os riscos operacionais esto relacionados ao processo industrial e gesto das diversas reas da Empresa. Eles abrangem o fornecimento de matrias-primas e insumos, segurana e sade no ambiente de trabalho, marketing e vendas, tecnologia da informao, gesto de pessoas, logstica, relacionamento com a comunidade, clientes, fornecedores e acionistas. Todos os aspectos referentes gesto administrativa, contbil e tributria tambm so rigorosamente monitorados. A proteo e a preservao do meio ambiente so prioridades para a Gerdau. Portanto, para proteger-se dos riscos ambientais inerentes ao negcio, a Companhia possui um estruturado sistema de gesto ambiental alinhado norma ISO 14.001. Esse sistema monitora todo o processo de produo, desde o recebimento das matrias-primas at o produto final e a destinao dos co-produtos.

ESTRATGIA E DIFERENCIAIS COMPETITIVOS

A busca por novos patamares de rentabilidade e o crescimento sustentvel so as prioridades da estratgia da Gerdau e visam atender cada vez melhor clientes, acionistas, colaboradores e comunidade. Essa estratgia foi aprimorada em 2009 como parte do processo de discusso contnua frente aos movimentos dos mercados e das economias. Ao longo dos prximos anos, a Companhia seguir trabalhando para superar desafios, sempre buscando adotar as melhores prticas de sustentabilidade, nas reas econmica, social e ambiental. Para atingir esses objetivos, a Gerdau baseia sua atuao em quatro pilares:

Relevncia nos mercados Competitividade do negcio Player em todos os segmentos Diversificao geogrfica

Na base de tudo, est a cultura empresarial Gerdau, que faz da Companhia uma organizao cada vez mais integrada nos distintos pases em que atua. Isso tem se dado, fundamentalmente, por meio de pessoas que compartilham os valores construdos ao longo de uma histria centenria, da busca pela excelncia e do aprimoramento do sistema de gesto. A Gerdau tambm acredita que a construo de uma organizao integrada um processo contnuo e, portanto, requer constante aprimoramento.

A capacidade de aprimorar as prticas de gesto em suas operaes nos distintos continentes, gerando rentabilidade e produtividade crescentes em um ritmo cada vez mais rpido, um dos principais diferenciais competitivos da Gerdau. Esse trabalho realizado por meio do Gerdau Business System (GBS), sistema de gesto que consolida e transfere as melhores prticas de modo padronizado para as operaes.

Isso permite que cada operao avalie o seu prprio patamar de eficincia em todos os macroprocessos de operao e de suporte e, ao mesmo tempo, busque alcanar a excelncia em tudo o que faz. O GBS tambm propicia a difuso e a incorporao de valores, polticas, diretrizes, metodologias e indicadores globais da Organizao pelas operaes. Atualmente, o GBS abrange 18 macroprocessos, com seus respectivos desdobramentos.

Implantado em 2004, o GBS um sistema em constante aperfeioamento, na medida em que busca incorporar continuamente novas prticas desenvolvidas dentro da prpria Organizao ou pelo mercado, de forma que o desempenho da Gerdau seja diferenciado. No ano de 2009, essa tecnologia de gesto foi um dos principais instrumentos de apoio da Companhia na superao dos desafios impostos pelo cenrio econmico mundial. As polticas, as diretrizes e os indicadores do GBS, assim como a difuso das melhores prticas em toda a Organizao, serviram de base para a tomada de decises e a realizao dos ajustes necessrios para a adequao da Empresa nova configurao do mercado siderrgico global.

DESEMPENHO DAS OPERAES

O principal objetivo da rea de operaes e produo confeccionar produtos de alta qualidade e ao mesmo tempo, com custos mais baixos do que os seus concorrentes.

A Companhia possui ampla cobertura em territrio brasileiro, operando com 11 usinas siderrgicas, 38 unidades de corte e dobra de ao, quatro unidades de transformao e sete unidades de coleta e processamento de sucata. Alm disso, a Comercial Gerdau a maior distribuidora de ao do Brasil, contando com cerca de 70 filiais que garantem o abastecimento de seus milhares de clientes de forma gil e eficaz. No ano, a Operao de Negcio Brasil apresentou o melhor resultado, impulsionada pela recuperao da demanda da construo civil e indstria no mercado domstico, em razo dos programas governamentais de estmulo economia. Isso pode ser comprovado pelo aumento de 51,3% nas vendas do quarto trimestre em relao ao primeiro trimestre de 2009, assim como pela evoluo da produo de ao bruto, no mesmo perodo, que foi de 88,9%. J no acumulado do ano, as vendas fsicas apresentaram reduo de 21,3% em relao ao ano anterior, totalizando 5,2 milhes de toneladas. A produo de ao bruto da operao Brasil foi de 5,3 milhes de toneladas no exerccio, uma diminuio de 28,6% em relao a 2008.

Em 2009, a Gerdau buscou aprimorar ainda mais o atendimento aos seus clientes, oferecendo solues competitivas para satisfazer suas necessidades especficas. Intensificou, por exemplo, a entrega de produtos prontos para uso na construo civil, como trelias, colunas POP e telas para concreto. Tambm ampliou o servio de corte e dobra de vergalhes, o qual proporciona reduo de at 15% no consumo de ao na obra e aumenta a velocidade da construo.

A Gerdau uma das maiores fornecedoras mundiais de aos longos especiais para a indstria automotiva, alm de fornecer produtos para os segmentos naval, petrolfero, de mquinas e equipamentos, de energia elica e de equipamentos de construo, entre outros. Sua Operao de Negcio Aos Especiais abrange 12 unidades siderrgicas e 11 unidades de transformao no Brasil, Espanha e Estados Unidos, alm de uma joint venture na ndia. Essa expressiva abrangncia geogrfica tem permitido Gerdau estabelecer maior proximidade com seus clientes e firmar acordos globais de fornecimento de ao.

Em 2009, os principais mercados de atuao foram impactados em diferentes graus pela crise econmica e reagiram, tambm, de forma distinta. No Brasil, as medidas governamentais de estmulo indstria automobilstica, como diminuio do imposto sobre produtos industrializados (IPI) e das taxas de juros para financiamentos, propiciaram uma rpida recuperao da demanda, principalmente no segmento de veculos leves. Nos Estados Unidos, o programa de estmulo troca de automveis antigos por modelos novos e mais eficientes (cash for clunkers) teve um efeito positivo no aumento das vendas e na retomada da produo da indstria automotiva local. Na Espanha, por sua vez, os mercados ganharam estabilidade a partir do terceiro trimestre de 2009, fruto dos programas governamentais de incentivo indstria automotiva nos pases europeus, confirmando a expectativa da Companhia de uma recuperao gradual desse mercado.

No ano, a produo de aos longos especiais da Gerdau foi de 1,9 milho de toneladas, decrscimo de 33,1% perante o exerccio anterior. O volume de vendas tambm atingiu 1,9 milho de toneladas, uma reduo de 30,2% em relao a 2008. Vale destacar que grande parte dessa reduo ocorreu no primeiro semestre de 2009, em decorrncia da abrupta retrao da demanda e dos ajustes de estoques realizados pelos clientes. A partir do segundo semestre, todos os mercados sinalizaram recuperao dos nveis de atividade industrial e demanda.

Em relao Amrica Latina (excluindo-se o Brasil), apesar da presso das importaes de ao e dos baixos nveis de consumo na regio, a Gerdau conseguiu ajustar a sua operao com agilidade e flexibilidade aos novos patamares do mercado, adequando sua estrutura de custos e ampliando a competitividade e a produtividade das unidades. No exerccio, as vendas fsicas na Amrica Latina somaram 2 milhes de toneladas, volume 9,7% inferior ao registrado em 2008. A produo de ao bruto foi de 1,3 milho de toneladas em 2009, o que representou uma reduo de 19,8% em relao ao perodo anterior.

No ano, as vendas fsicas na Amrica do Norte atingiram 4,9 milhes de toneladas, volume 35,4% inferior ao verificado em 2008. A recuperao da demanda, a exemplo de outros mercados, foi constatada pelo aumento de 11,7% nas vendas do quarto trimestre frente ao primeiro trimestre do ano. Em 2009, a produo de ao bruto alcanou 4,9 milhes de toneladas, reduo de 35,3% comparada a 2008.

FINANAS

A Gerdau encerrou o ano de 2009 com desempenho positivo, apesar do impacto da crise econmica na indstria de ao mundial. Embora a informao sobre o faturamento bruto no seja um item requerido pelas normas contbeis do IFRS (International Financial Reporting Standards), cabe mencionar que ele foi de R$ 30,1 bilhes no exerccio contra R$ 46,7 bilhes no ano anterior. A receita lquida consolidada alcanou R$ 26,5 bilhes em 2009, 36,7% menos que em 2008. Essa reduo deveu-se diminuio de 26,8% nas vendas fsicas totais, para 14 milhes de toneladas.

O custo das vendas, o qual se refere aos custos de produo do ao comercializado no exerccio, foi de R$ 22,1 bilhes, R$ 8,9 bilhes abaixo do registrado em 2008. Essa diminuio deveu-se queda no volume de vendas, aos menores preos de insumos e ao esforo de reduo de custos realizado pela Companhia. Esse esforo de gesto pode ser constatado pelo decrscimo da participao dos custos fixos em relao aos custos totais de produo, os quais passaram de 25,6% no primeiro trimestre de 2009 para 21,6% no quarto trimestre do mesmo ano.

No exerccio, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciao, amortizaes e perdas por baixas contbeis de ativos), tambm conhecido como gerao de caixa operacional, somou R$ 3,8 bilhes, um decrscimo de 61,9% em comparao com o ano anterior. O resultado financeiro foi positivo em R$ 184,6 milhes, ante um resultado negativo de R$ 2,2 bilhes em 2008. Em 2009, o lucro lquido consolidado foi R$ 1,0 bilho, 79,7% abaixo do registrado no exerccio anterior.

O objetivo da rea financeira garantir o fluxo de recursos para que a empresa possa realizar os investimentos necessrios para o aproveitamento das oportunidades e ao mesmo tempo, resguardar a empresa financeiramente em funo do ambiente turbulento.

ATUAO SOCIAL DA GERDAU VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DAS COMUNIDADES

A Gerdau tem construdo, ao longo de sua histria, uma prtica permanente da responsabilidade social em todos os seus processos. O tema est presente na atitude dos seus colaboradores, que seguem valores ticos, buscam um absoluto profissionalismo no ambiente de trabalho e como cidados, contribuem de forma efetiva com a busca de solues para os desafios da sustentabilidade. Da mesma forma, o tema est presente na atuao da Companhia por meio de relaes ticas e duradouras com clientes, fornecedores, colaboradores, acionistas, governos, empresas e organizaes do terceiro setor, visando maior competitividade, desenvolvimento social e respeito ao meio ambiente.

Com o direcionamento do Instituto Gerdau, responsvel pelas polticas e diretrizes de responsabilidade social, a Gerdau desenvolve programas sociais e parcerias com entidades representativas da sociedade. Tambm sensibiliza, capacita e reconhece o trabalho voluntrio de colaboradores da Organizao, tendo como princpio fomentar a cultura de solidariedade e o crescimento dos indivduos. Sua atuao est focada na educao formal; educao pela qualidade, produtividade e competitividade; educao pela cultura e pelo esporte; educao ambiental; educao para o voluntariado e mobilizao solidria.

Em 2009, milhares de colaboradores da Gerdau atuaram como voluntrios em projetos sociais apoiados pela Companhia. Para maior capacitao das lideranas para a responsabilidade social, foram realizados no Brasil e em alguns pases da Amrica Latina, workshops para reforar conceitos, estimular reflexes e desenvolver melhores prticas e inovao nessa rea. Dessa forma, os gestores adquirem competncias que ajudam a garantir a presena do tema na cultura e nas prticas de toda a Organizao.

A Gerdau tem reforado o seu envolvimento em prol da sustentabilidade de suas cadeias produtivas, seguindo a estratgia de ganhos mtuos, por meio de programas sociais promovidos com clientes e fornecedores. Destaca-se, em 2009, o apoio s cooperativas de reciclagem, que fornecem sucata metlica para a Empresa. Nas cooperativas so realizados programas que estimulam a formao profissional e a cidadania, alm de uma melhor gesto e a qualidade de vida. Outro programa de grande destaque o MPE Brasil Prmio de Competitividade para Micro e Pequenas empresas, que incentiva a melhoria da qualidade, produtividade e competitividade dessas companhias junto a clientes, fornecedores e sociedade. Em 2009, o MPE Brasil contou com mais de 57 mil empresas inscritas de todo o Pas.

CAPACIDADE DE MOBILIZAO E COMPROMETIMENTO DOS COLABORADORES AGREGAM VALOR AOS NEGCIOS

Os colaboradores da Gerdau so formados a partir de sistemas globais de gesto de pessoas, voltados para aprimorar a sua capacidade de agregar valor ao negcio. Em contrapartida, a Empresa reconhece comportamentos diferenciados e oferece oportunidades de crescimento profissional e de desenvolvimento de uma carreira global em suas distintas operaes.

Na Gerdau, a meta em todas as unidades atingir um ndice zero de acidentes. A Empresa acredita que nenhuma situao de emergncia, produo ou resultados justifica a falta de segurana de seus colaboradores e prestadores de servio. Por isso, todas as operaes seguem o Sistema de Segurana Total da Gerdau, que rene um rigoroso conjunto de prticas. Para a preveno de acidentes, so realizados contnuos investimentos em treinamento, novos equipamentos e tecnologias, assim como no rigoroso mapeamento das atividades e situaes de risco. Em 2009, foram destinados R$ 39,9 milhes para a rea de sade e segurana.

No exerccio, a taxa de frequncia de acidentes com perda de tempo por milho de horas trabalhadas (ndice internacional que mede a ocorrncia de acidentes no ambiente de trabalho) ficou em 2,9, valor inferior ao dado mais recente disponvel sobre a mdia mundial do setor, que de 3,58, conforme a World Steel Association. Como resultado de todo esse trabalho, em 2009, as prticas de segurana da Companhia foram reconhecidas pela World Steel Association e pela Associao Latino-Americana de Segurana e Higiene no Trabalho. A premiao da World Steel Association se deveu prtica Hora da Segurana realizada nas unidades no Brasil. Ela envolve mais de 1,2 mil lderes e suas equipes, os quais se renem diariamente, de segunda a sexta-feira, durante uma hora para tratar do tema, o que resulta em um aprimoramento contnuo das prticas e resultados nessa rea.

Ao longo de 2009, a Gerdau seguiu buscando capacitar seus profissionais e formar lderes globais. Foram investidos R$ 15,8 milhes na capacitao dos colaboradores. No total, essas atividades corresponderam, em mdia, a 41 horas de treinamento por profissional. Entre as atividades de capacitao em andamento, um dos destaques o Gerdau Business Program, cuja segunda edio conta com a participao de 34 executivos. Com durao de dois anos, a iniciativa consiste em um MBA customizado, que atende as necessidades da Empresa. Os executivos so preparados para assumir desafios globais e participam de vrios mdulos em institutos de ensino de referncia em nvel mundial, localizados no Brasil e no exterior. O programa Engenheiros em Capacitao Acelerada, uma proposta inovadora de capacitao tcnica com nfase no conhecimento do processo siderrgico da Gerdau, tambm apresentou timos resultados. Foram formados 68 engenheiros ao longo de dois anos, sendo que 36 deles passaram a atuar na Colmbia, Mxico, Espanha, Estados Unidos e Canad.

A poltica de relacionamento da Gerdau com as entidades sindicais pautada pelo respeito liberdade de expresso e o dilogo aberto e transparente. Em todas as negociaes trabalhistas, a Empresa busca conciliar o interesse comum e gerar ganhos mtuos. Em 2009, a Gerdau fechou acordos coletivos de trabalho com 16 sindicatos de trabalhadores no Brasil, Canad, Chile, Estados Unidos e Mxico. Para minimizar desligamentos em razo da crise mundial, a Gerdau suspendeu temporariamente contratos de trabalho no Brasil, permitindo que os colaboradores envolvidos nessa iniciativa frequentassem cursos de capacitao e retornassem s suas atividades frente retomada da demanda. Na Espanha, a Gerdau implantou dois Expedientes de Regulao de Emprego (ERE), uma prtica local em que as empresas podem suspender de forma provisria suas atividades ou extinguir relaes trabalhistas. Dessa forma, foram suspensos os contratos de trabalho de parte dos colaboradores, bem como antecipada a aposentadoria de alguns deles.

A Gerdau mantm uma poltica de remunerao fixa e varivel, buscando valorizar desempenhos diferenciados. Por isso, alm da remunerao fixa, os colaboradores recebem a remunerao varivel, que est fundamentada no desempenho e no alcance de metas individuais, das equipes, das unidades, das Operaes de Negcio e da Gerdau como um todo. A poltica de benefcios da Empresa para seus colaboradores e familiares envolve financiamentos educacionais e habitacionais, alm de planos de previdncia privada, seguro de vida e assistncia mdica e odontolgica. Esses benefcios variam de acordo com as necessidades nas vrias regies do mundo onde a Companhia atua.

A Gerdau mantm um dilogo franco e aberto com seus colaboradores, priorizando a transparncia e a clareza. Para isso, possui um sistema de comunicao interna em nvel global, utilizado por todas as operaes, que representa uma importante ferramenta para difundir a estratgia da Companhia e mobilizar seus colaboradores.

Em 2009, para garantir o alinhamento global das unidades e compartilhar informaes sobre os negcios, a Gerdau passou a realizar conference calls, trimestralmente, com a participao de mais de mil lderes em todo o mundo. Nessas reunies, lideradas pelo Diretor-Presidente (CEO) e Diretor- Geral de Operaes (COO), so discutidos o cenrio econmico global, a situao e as perspectivas dos negcios, bem como os desafios e as prioridades da Companhia para os perodos seguintes. Nos encontros, o CEO e COO tambm dedicam parte do tempo da reunio para responder os questionamentos das lideranas a respeito dos temas tratados.

INOVAO E QUALIDADE DOS PRODUTOS DA GERDAU CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DA COMPETITIVIDADE DE SEUS CLIENTES

A Gerdau realiza investimentos contnuos em inovao tecnolgica no Pas com o apoio do Ministrio de Cincia e Tecnologia, os quais so focados na melhoria de produtos e processos. No segmento de aos especiais, a Companhia intensificou, em 2009, o desenvolvimento de novos produtos e aplicaes em centros de pesquisa no Brasil, nos Estados Unidos e na Espanha. Alm disso, em todos os pases onde atua, a Gerdau est atenta s necessidades especficas de cada regio, abrangendo, inclusive, questes climticas e geolgicas. Na Colmbia, Peru e Chile, por exemplo, so produzidos vergalhes para utilizao em regies onde ocorrem terremotos. Os produtos, nesse caso, buscam reduzir o impacto dos abalos ssmicos nas construes, de acordo com as normas tcnicas de cada regio, a partir de suas propriedades mecnicas e composio qumica, que os tornam, ao mesmo tempo, resistentes e maleveis.

A Gerdau trabalha continuamente para acompanhar e antecipar-se s necessidades de seus clientes. O objetivo da rea de P&D justamente o de capacitar a empresa para oferecer mais valor aos clientes. Para isso, possui centros de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, nos Estados Unidos e na Espanha voltados para atender os mercados consumidores de aos longos especiais, com destaque para a indstria automotiva. No Brasil, os centros de pesquisa da Gerdau esto situados nas unidades do Rio Grande do Sul e de So Paulo. Por ano, so desenvolvidos aproximadamente 25 projetos de novos produtos. Esse trabalho realizado em parceria com clientes e diversas instituies de ensino e pesquisa do Brasil e da Argentina.

Alm do atendimento cadeia automotiva, a Gerdau tambm est desenvolvendo produtos a serem utilizados na explorao de petrleo da camada pr-sal brasileira. Outros segmentos beneficiados so minerao, ferrovirio, energia elica e metal-mecnico em geral. Na Espanha, o centro referncia internacional em pesquisa e desenvolvimento em aos longos especiais. A Gerdau, por meio de sua subsidiria local Gerdau Sidenor, trabalha em parceria com universidades, centros de pesquisa, clientes e principais produtores do segmento de aos longos especiais da Europa no desenvolvimento de produtos e processos. Alm dos aos para aplicao automotiva, so desenvolvidos na Espanha produtos para as indstrias naval, cimenteira, de energia, entre outros. So exemplos disso os eixos de propulso naval, com comprimento de 16-18 metros, que transmitem o movimento do motor hlice propulsora da embarcao. Esses eixos tm sido tecnologicamente aprimorados ao longo dos ltimos anos e so destinados a fabricantes de navios e empresas fornecedoras de componentes martimos. A Gerdau tambm investe continuamente na formao de profissionais altamente especializados no segmento de aos longos especiais, do qual fazem parte 59 mestres e 13 doutores.

FORNECEDORES

Aliana comercial de longo prazo contribui para adaptao da Gerdau s oscilaes da demanda por ao. Em 2009, a Gerdau contou com sua ampla cadeia de fornecedores para adaptar sua estrutura de custos diante da menor demanda mundial por ao. Alm disso, a Companhia deu continuidade implantao de processos modernos no desenvolvimento da relao comercial com seus fornecedores. Um exemplo disso o Gerdau Global Procurement, sistema que padroniza e alinha os procedimentos de compras da Organizao, o qual j envolve as unidades da Argentina, do Brasil, do Chile, do Canad, dos Estados Unidos e do Uruguai. Em 2010, o sistema passar a ser utilizado tambm pelas plantas industriais na Espanha.

Para aperfeioar a cadeia de fornecedores, a Gerdau manteve, em 2009, iniciativas como o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores, realizado no Brasil em parceria com o Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Com um total de 500 horas de capacitao, o projeto estimula o aprimoramento da gesto, com foco em segurana no trabalho, qualidade dos servios e reduo de custos, entre outros itens.

A Companhia tambm sensibilizou seus fornecedores a participarem do MPE Brasil Prmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, cujo objetivo o reconhecimento estadual e nacional de micro e pequenas empresas que promovem o aumento da qualidade, da produtividade e da competitividade por meio da disseminao de conceitos e prticas de gesto.

GESTO ECOEFICIENTE ASSEGURA PROTEO AMBIENTAL (GESTO AMBIENTAL)

A Gerdau adota prticas sustentveis e investe, todos os anos, em aes para reduzir o impacto de sua atividade industrial no meio ambiente. Todas as unidades seguem rigorosos procedimentos que integram o Sistema de Gesto Ambiental (SGA) da Companhia. Por meio do SGA, so avaliadas todas as atividades da Empresa, desde a obteno de matria-prima at a entrega do produto final e a destinao dos coprodutos gerados durante o processo produtivo. Atualmente, 41 plantas industriais possuem ISO 14.001, sendo que o processo de certificao das demais unidades segue o planejamento estabelecido.

Em 2009, as boas prticas de ecoeficincia da Companhia foram reconhecidas pelo Prmio Mineiro de Gesto Ambiental, concedido usina de Ouro Branco (MG) pela Unio Brasileira para a Qualidade (UBQ). A premiao busca estimular a adoo de prticas de gesto inovadoras voltadas para a preservao ambiental e o desenvolvimento sustentvel. Na unidade, destacam-se o relacionamento com as comunidades prximas, o estmulo conscientizao ambiental e a proteo do meio ambiente. Alm disso, os produtos de ao da Gerdau para a construo civil no Brasil foram reconhecidos com o Selo Ecolgico, certificao concedida pelo Instituto Falco Bauer da Qualidade, fato indito no Pas. O Selo Ecolgico foi outorgado aos vergalhes (GG 50, CA-60, CA-25 e vergalho cortado e dobrado), telas (para concreto, coluna e tubo), trelias e malhas POP. A avaliao ocorreu em todas as usinas, unidades de transformao e de corte e dobra que fabricam os produtos certificados, envolvendo 45 plantas. Alm de garantir o cumprimento dos pr-requisitos de sustentabilidade, o selo facilita a obteno, pelas construtoras, de certificaes ambientais para seus empreendimentos.

A Gerdau a maior recicladora da Amrica Latina, contribuindo para a preservao do meio ambiente e a diminuio da quantidade de material depositado em aterros e locais inadequados. Ao utilizar sucata ferrosa em seu processo produtivo, a Gerdau tambm reduz o uso de energia necessria no processo de produo de ao e, consequentemente, as emisses de CO2. Alm disso, gera oportunidades de trabalho a milhares de pessoas por meio de uma extensa cadeia de coleta e processamento de sucata.

A utilizao de recursos renovveis e o aproveitamento de fontes alternativas constituem prioridade nos investimentos em gerao de energia da Gerdau. Nesse sentido, destaca-se a construo de duas hidreltricas no estado de Gois com capacidade instalada total de 155 megawatts, as quais devem entrar em operao no primeiro semestre de 2010. A Gerdau tambm otimiza o uso de energia por meio de atualizaes peridicas de seus equipamentos e processos industriais, assim como pelo reaproveitamento de gases residuais, quando aplicvel.

Em 2009, 97,3% da gua utilizada nos processos industriais foi reaproveitada pelas unidades da Gerdau, o que representa uma referncia mundial em proteo dos recursos hdricos no setor siderrgico. Isso representa 1,7 bilho de metros cbicos reutilizados no exerccio. Como consequncia, apenas 2,7% da gua foi captada externamente pelas plantas industriais da Companhia. A pequena quantidade de gua no reaproveitada representa principalmente perdas por evaporao.

O reaproveitamento de co-produtos gerados no processo siderrgico tem apresentado nveis consistentes ao longo dos ltimos anos. Em 2009, o ndice de reaproveitamento de co-produtos alcanou 78,5% da gerao total, o que resultou em receitas de R$ 36,4 milhes no Brasil. Esses materiais so, usualmente, reutilizados pela prpria indstria siderrgica ou por outros setores da economia.

A Gerdau mantm cintures verdes em suas unidades industriais com a finalidade de manter a biodiversidade. Atualmente, de um total de 19,3 mil hectares de propriedade da Empresa, 13,5 mil hectares so de matas nativas preservadas, compostas por reservas legais, reas de proteo permanente, reserva particular de patrimnio natural, entre outras reas mantidas voluntariamente. Alm disso, a Companhia investe constantemente em projetos de plantio de flora nativa, atividade que somou, em 2009, 50 mil mudas de diferentes espcies plantadas nas unidades da Gerdau em todo o mundo.

QUESTES:1 Faa uma analogia sucinta entre a estratgia militar e a estratgia de negcios, considerando a Gerdau. Defina, empresa (tamanho, pontos fortes e fracos), concorrentes, campo de batalha (mercado e ambiente), estratgias funcionais que podem ser utilizadas como armas e objetivos da batalha.2 Relacione os conceitos e exemplos de eficcia e eficincia nas reas internas da Gerdau (marketing, produo, RH, comunicao externa, etc.)3 Identifique e descreva sucintamente algumas aes de planejamentos tticos e operacionais da CST.4 Relacione os princpios especficos do planejamento (participativo, coordenado, integrado e permanente) com a realidade da Gerdau.5 A capacidade de aprimorar as prticas de gesto em suas operaes nos distintos continentes, gerando rentabilidade e produtividade crescentes em um ritmo cada vez mais rpido, um dos principais diferenciais competitivos da Gerdau... Por que isso pode ser considerado importante. Relacione este aspecto com os conceitos de eficincia.6 Descreva sucintamente as partes do planejamento (fins, meios, organizacional, recursos e implementao/controle), comparando com PE da Gerdau. Participativo (o plano, nesse sentido o papel do responsvel pelo planejamento no , simplesmente, elabor-lo, mas facilitar o processo de sua elaborao pela prpria empresa e deve ser realizada pelas reas pertinentes ao processo.)

Coordenado (todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma que atuem Inter dependentemente,)

Integrado (os vrios escales de uma empresa)

Permanente(