192
JORGE LUIZ VIANNA STEGMANN ESTUDO DE CASO - SUSTENTABILIDADE NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Diploma de Engenheiro de Produção. São Paulo 2006

Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

  • Upload
    angelmp

  • View
    221

  • Download
    5

Embed Size (px)

DESCRIPTION

estudo-de-caso-sustentabilidade-no-departamento-de-engenharia-de-producao-da-

Citation preview

Page 1: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

JORGE LUIZ VIANNA STEGMANN

ESTUDO DE CASO - SUSTENTABILIDADE NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Diploma de Engenheiro de Produção.

São Paulo 2006

Page 2: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

JORGE LUIZ VIANNA STEGMANN

ESTUDO DE CASO - SUSTENTABILIDADE NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Trabalho de Formatura apresentado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do Diploma de Engenheiro de Produção.

Orientador: Prof. Dr. Laerte Idal Sznelwar

São Paulo 2006

Page 3: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

“O futuro dependerá daquilo que fizermos no presente.”

Mahatma Gandhi

Page 4: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

AGRADECIMENTOS

A toda minha família pelo apoio e dedicação indispensáveis, em especial a minha

mãe, Tereza Vianna, pelo suporte incondicional durante toda minha vida.

Aos amigos que fiz nesses anos de faculdade, que por mais breve que tenham

sido os momentos vividos juntos foram eles que me definiram como pessoa,

profissional e cidadão.

Aos funcionários do PURE, PURA e USP Recicla, representados nas figuras dos

engenheiros Leonardo Favato, Humberto Tamaki e o educador Paulo Diaz,

respectivamente, pela atenção e apoio durante o trabalho e pelo trabalho que

realizam na universidade.

Aos funcionários do departamento de Engenharia de Produção e as equipes de

limpeza, em especial a Maria Olívia e Ana pela ajuda e atenção durante todo o

trabalho.

Aos professores da Escola Politécnica, especialmente aos professores do

departamento de Engenharia de Produção pelos conhecimentos e experiências

compartilhados, cujos quais ainda não posso avaliar o quanto me serão úteis ao

longo de minha vida.

Aos colegas de trabalho pela compreensão e motivação durante todo projeto .

E em especial ao Professor Doutor Laerte Idal Sznelwar pela proposta do trabalho

e suporte durante todo ano .

Page 5: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

RESUMO

O presente trabalho apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável por

uma ótica humana. Faz uma análise da situação atual do departamento de

Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

quanto à utilização de recursos (uso de materiais, água e energia) e apresenta

propostas para solucionar os problemas encontrados. O trabalho, em última

estância, pretende iniciar a discussão sobre desenvolvimento sustentável no

departamento através do início da implantação do processo de reciclagem e um

projeto para substituição de equipamentos não favoráveis ao uso racional de

energia. Os resultados mostram que ainda há diversas ações a serem tomadas

para que o departamento possa tratar seus resíduos de maneira e usar a energia

mais racionalmente.

Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável, reciclagem e meio ambiente.

Page 6: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ABSTRACT

This paper presents the concept of sustainable development through its human

side. It analyzes the use of natural resources (materials utilization, water, energy

and waste) by the Departamento de Engenharia de Produção da Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo and presents suggestions to solve

problems found. Ultimately, the paper pretends to start a debate around

sustainable development in the department through the implementation of the first

steps of a recycling process and a project to substitute equipment that interfere in

a rational energy use. The results show that there are several actions to be taken

in order to the department take good care of its waste correctly and use wisely the

energy.

Keywords: Sustainable Development, recycling and environment.

Page 7: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Cogumelos provenientes dos grãos usados na fabricação de cerveja (ZERI, 2006). ..................................................................................................................... 20 Figura 2: Modelo do desenho dos processos .............................................................. 41 Figura 3: Fluxo para papel A4......................................................................................... 42 Figura 4: Fluxo para copo descartável (180ml)............................................................ 43 Figura 5: Fluxo para papel higiênico.............................................................................. 45 Figura 6: Fluxo para água sanitária ............................................................................... 46 Figura 7: Fluxo para o álcool........................................................................................... 47 Figura 8: Fluxo para o limpador multiuso...................................................................... 48 Figura 9: Fluxo para o detergente .................................................................................. 49 Figura 10: Fluxo para filtro de papel .............................................................................. 50 Figura 11: Fluxo para cartuchos de impressora .......................................................... 51 Figura 12: Fluxo para pilhas e baterias ......................................................................... 52 Figura 13: Fluxo para papel toalha ................................................................................ 53 Figura 14: Ciclo dos principais materiais usados pelos professores........................ 56 Figura 15: Ciclo dos principais materiais usados pelos funcionários da secretaria............................................................................................................................................. 56 Figura 16: Ciclo dos principais materiais usados pelo funcionário da copa............ 57 Figura 17: Ciclo dos principais materiais usados pelos alunos ................................. 57 Figura 18: Coleta de papel.............................................................................................. 58 Figura 19: Coleta de plástico .......................................................................................... 59 Figura 20: Coleta de vidros ............................................................................................. 60 Figura 21: Coleta de metal.............................................................................................. 61 Figura 22: Fluxo de eletrônicos ...................................................................................... 62 Figura 23: Coleta e doação de eletrônicos ................................................................... 64 Figura 24: Compostagem de material orgânico........................................................... 65 Figura 25: Descarte comum ............................................................................................ 66 Figura 26: Descarte de pilhas ......................................................................................... 67 Figura 27: Cartaz para separação de copos ................................................................ 71 Figura 28: Coletores na entrada do departamento ..................................................... 72 Figura 29: Coletores de papel e pilhas.......................................................................... 73 Figura 30: Processo do piloto de reciclagem ............................................................... 75 Figura 31: Processo revisado do piloto de reciclagem ............................................... 76 Figura 32: Comunicação revisada dos coletores do pátio ......................................... 77 Figura 33: Comunicação revisada dos coletores de copos ....................................... 77 Figura 34: Comunicação revisada dos cartazes.......................................................... 78 Figura 35: Processo implementado para coleta de papel.......................................... 82 Figura 36: Processo implementado para coleta de plástico ...................................... 82 Figura 37: Processo implementado para coleta de metal.......................................... 83 Figura 38: Processo implementado para coleta de pilhas e baterias....................... 83 Figura 39: Coletores de lixo com cores (NATURAL LIMP, 2006) ............................. 85 Figura 40: Coletores de lixo em cores (unidades separadas) (NATURAL LIMP, 2006) ................................................................................................................................... 85 Figura 41: Coletor com compartimento para lixo comum (NATURAL LIMP, 2006)............................................................................................................................................. 86 Figura 42: Coletor simples com cesta (NATURAL LIMP, 2006) ............................... 86

Page 8: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

Figura 43: Coletor simples em tubo (NATURAL LIMP, 2006) ................................... 87 Figura 44: Contêiner (NATURAL LIMP, 2006) ............................................................. 88 Figura 45: Base de gastos com materiais em 2005 (base analisada) ..................... 89 Figura 46: Rede viva do papel........................................................................................ 93 Figura 47: Fluxo do açúcar ............................................................................................ 106 Figura 48: Fluxo do adoçante ....................................................................................... 107 Figura 49: Fluxo do açúcar sache ................................................................................ 108 Figura 50: Fluxo para lanches ...................................................................................... 110 Figura 51: Fluxo para biscoitos e bolachas ................................................................ 111 Figura 52: Fluxo para frutas .......................................................................................... 112 Figura 53: Fluxo para o café ......................................................................................... 113 Figura 54: Fluxo para o chá .......................................................................................... 114 Figura 55: Fluxo para guardanapos ............................................................................. 116 Figura 56: Fluxo para lã de aço .................................................................................... 117 Figura 57: Fluxo para luva cirúrgica............................................................................. 118 Figura 58: Fluxo para sucos.......................................................................................... 119 Figura 59: Fluxo para papel almaço ............................................................................ 120 Figura 60: Fluxo para jornais ........................................................................................ 121 Figura 61: Fluxo para revista Exame ........................................................................... 122 Figura 62: Fluxo para revista Harvard Business Review.......................................... 123 Figura 63: Fluxo para envelopes .................................................................................. 124 Figura 64: Fluxo para bobinas de papel...................................................................... 125 Figura 65: Fluxo para geléia.......................................................................................... 126 Figura 66: Fluxo para refrigerantes.............................................................................. 127 Figura 67: Fluxo para copo descartável (110ml) ....................................................... 128 Figura 68: Fluxo para canetas ...................................................................................... 129 Figura 69: Fluxo para lápis ............................................................................................ 130 Figura 70: Fluxo para clipes de papel.......................................................................... 131 Figura 71: Fluxo para papel lembrete .......................................................................... 132 Figura 72: Fluxo para pastas plásticas........................................................................ 133 Figura 73: Fluxo para transparências .......................................................................... 134 Figura 74: Fluxo para papel toalha .............................................................................. 135 Figura 75: Fluxo para protetor de assento sanitário.................................................. 136 Figura 76: Fluxo para placas de mictório .................................................................... 137 Figura 77: Consumo de energia elétrica de fevereiro a maio de 2006 (PURE-USP, 2006) ................................................................................................................................. 170 Figura 78: Consumo de energia elétrica em maio de 2006 (PURE-USP, 2006) . 170 Figura 79: Luminárias eficientes (ARCOWEB, 2006) ............................................... 172 Figura 80: Consumo de água no dia 30 de maio (PURA-USP, 2006) ................... 176 Figura 81: Consumo de água no ano de 2005 (PURA-USP, 2006) ....................... 176

Page 9: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Estrutura do Departamento de Engenharia da Produção em janeiro de 2006 ...................................................................................................................................... 3 Tabela 2: Redução porcentual nos gastos de processos de reciclagem em relação aos processos de produção com matéria prima virgem (WORLDWATCH INSTITUTE, 1987) ............................................................................................................ 24 Tabela 3: Estimativa de uso de copos descartáveis por mês ................................... 44 Tabela 4: Padrões sugeridos para impressão de documentos ................................. 92 Tabela 5: Impacto nos gastos com papel A4 pelo uso de papel reciclado ............. 94 Tabela 6: Exemplo de informações para requisição de projeto no PURE .............. 98

Page 10: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BASF Empresa química

BTU British Thermal Unit

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior

CECAE -USP Coordenadoria Executiva de Cooperação

Universitária e de Atividades Especiais da USP

CODAGE -USP Coordenadoria de Administração Geral da USP

COESF-USP Coordenaria do Espaço Físico da USP

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

EPUSP Escola Politécnica da USP

FAPESP Fundação de Ampara a Pesquisa do Estado de São

Paulo

FUNDUSP Fundo de Construção da USP

IPPC Intergovernmental Panel on Climate Change

IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas

LSP Laboratório de Sistemas Prediais

PCC Departamento de Construção Civil da POLI

PEA Departamento de Energia e Automação da POLI

PEAD Polietileno de Alta Densidade

PET Polietileno Tereftalato

POLI - USP RECICLA Projeto de análise de resíduos da EPUSP

PURA Programa de Uso Racional da Água

PURE Programa de Uso Eficiente da Energia

PUREFA Programa de Uso de Fontes Alternativas de Energia

Page 11: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

SISGEN Sistema de Gestão da Energia Elétrica

TR Tonelada Refrigerada

UNEP United Nations Envinronment Programme

USP Universidade de São Paulo

USP RECICLA Programa de reciclagem da USP

ZERI Zero Emissions Research & Initiatives

Page 12: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...........................................................................................................................2

1.1. HISTÓRICO E ESTRUTURA FÍSICA ................................................................................................................ 2 1.2. FUNDAÇÃO VANZOLINI................................................................................................................................... 4 1.3. SITUAÇÃO ATUAL............................................................................................................................................. 4

2. CONCEITOS ...........................................................................................................................................................8 2.1. EMPRESA VIVA ................................................................................................................................................ 8 2.2. IMPACTO AMBIENTAL...................................................................................................................................... 9 2.3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - CONCEITO.................................................................................... 11 2.4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - PRÁTICA ....................................................................................... 14

3. CASOS DE SUCESSO .....................................................................................................................................17 3.1. GENERAL MOTORS DO MÉXICO ................................................................................................................. 17 3.2. BASF .............................................................................................................................................................. 17 3.3. CERVEJARIAS SUSTENTÁVEIS..................................................................................................................... 19 3.4. AMBEV .......................................................................................................................................................... 20

4. CONCEITOS APLICADOS .............................................................................................................................23 4.1. OS 3 R’S ......................................................................................................................................................... 23 4.2. GESTÃO COMPARTILHADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................... 25

5. ESTUDOS DE CASO ........................................................................................................................................28 5.1. USP RECICLA................................................................................................................................................ 28 5.2. POLI - USP RECICLA .................................................................................................................................. 32

6. ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................................................................35 6.1. ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS ............................................................................................................... 35 6.2. ANÁLISES DO USO DE ENERGIA E USO DE ÁGUA ..................................................................................... 37

7. ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS ........................................................................................................39 7.1. LEVANTAMENTO DE DADOS ......................................................................................................................... 39 7.2. FLUXO DOS MATERIAIS ................................................................................................................................. 40 7.3. RECICLAGEM .................................................................................................................................................. 54 7.4. PILOTO DE RECICLAGEM.............................................................................................................................. 69 7.5. DEFINIÇÃO DO PROCESSO DE RECICLAGEM............................................................................................ 81 7.6. REDUÇÃO DO USO E REUTILIZAÇÃO .......................................................................................................... 88

8. GESTOR DO LIXO .............................................................................................................................................96 9. ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA...............................................................98

9.1. PROJETO - PURE ......................................................................................................................................... 98 10. CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 101 LISTA DE REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 103 ANEXOS ........................................................................................................................................................................ 106

Page 13: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1

CONSIDERAÇÕES

INICIAIS

Page 14: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2

1. Considerações iniciais

1.1. Histórico e Estrutura Física

O Departamento de Engenharia de Produção foi fundado em 1958, com a

participação, entre outros, dos professores Ruy Aguiar da Silva Leme, Américo

Oswaldo Campiglia e Marcos Pontual. Inicialmente, funcionou no Bairro da Luz e

em 1965 mudou-se para o prédio de Engenharia Mecânica na Cidade

Universitária, onde ficou até o final de 1973. Em janeiro de 1974, transferiu-se

para o 2o andar do prédio J. O. Monteiro de Camargo, onde está instalado até

hoje.

Em 1967 houve a criação da Fundação Carlos Alberto Vanzolini pelos professores

do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo, com a finalidade de divulgar os conhecimentos

científicos e tecnológicos inerentes à Engenharia de Produção e à Administração

Industrial, visando ao aperfeiçoamento de estudo das disciplinas pertinentes, e

respectiva didática.

Na tabela 1 é possível ver a estrutura do Departamento da Engenharia de

Produção, na estrutura física foi considerado o espaço ocupado pela Fundação

Vanzolini no campus porque toda a estrutura física é de responsabilidade do

departamento. E mesmo porque nas considerações de consumo de água e luz a

estrutura ocupada pela Vanzolini é considerada em conjunto com o departamento .

Page 15: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

3

Tipo Nº ComentárioProfessores - Período Integral 25 RDIDPProfessores - Período Parcial 16 RTC / RTPFuncionários Administrativos 7Funcionários - Limpeza 6 TerceirizadosAlunos de Graduação 301Alunos de Pós-Graduação 132

Salas de Professores 29Salas de Reunião / Projetos 7Salas de Escritório 11 Incluindo salas de secretáriasSalas de Aula 12Copa 2Almoxarifado 1Sala de Café 1Sala de Manutenção de Informática 1Salas de Computadores 2Laboratório LTE 2Banheiros 7

Salão 1Secretaria 1Salas de Estudo 9Copa 1Banheiro 1

Telefones 40Impressoras 43Copiadoras 2Computadores 102Projetores 14Bebedouros 10 Apenas 3 são de responsabilidade do DepartamentoMáquinas de Café 2Fogões 2Pias - Copa 3Pias - Banheiros 19Vasos Sanitários 24Mictórios 14

Biblioteca (responsabilidade do serviço de bibliotecas da POLI)

ESTRUTURA DE EQUIPAMENTOS (Departamento de Engenharia de Produção)

ESTRUTURA DE PESSOAL (Departamento de Engenharia de Produção)

ESTRUTURA FÍSICA (Departamento de Engenharia de Produção e Fundação Vanzolini)

Tabela 1: Estrutura do Departamento de Engenharia da Produção em janeiro de

2006

Page 16: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

4

1.2. Fundação Vanzolini

A intenção do trabalho nas análises de materiais era considerar a Fundação

Vanzolini, mas não houve como coletar as informações de consumo da fundação,

já que não havia os dados de consumo, havia apenas os dados contábeis.

No segundo semestre de 2006 foi montada uma equipe da fundação para

elaborar planos de ação para reciclagem, este trabalho também será base para o

trabalho desta equipe.

1.3. Situação atual

Departamento

No Departamento de Engenharia de Produção da EPUSP não há ações

institucionais quanto ao tratamento do lixo gerado, economia de água ou de

energia. Houve ações do PURE - USP (Programa de Uso Eficiente de Energia da

Universidade de São Paulo) relativas à economia de energia entre 2001 e 2002

devidas ao racionamento. A situação atual do departamento não condiz com a

situação ideal de uma instituição de ensino público, seja pelo papel educador da

instituição frente à sociedade, seja pelos recursos escassos no ensino público

superior no país.

Lixo

Estima-se que diariamente produz-se 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos

domiciliares no mundo, o que ao ano significa 730 milhões de toneladas. Nos

países do norte do hemisfério, a média de geração de resíduos por habitante é

bastante superior a de países do sul: o Canadá chega a produzir 1,9 kg por

pessoa/dia, os Estados Unidos 1,5 kg/dia, na Índia já desce para 0,4 kg/dia e no

Brasil a média é de 0,7 kg/dia. De fato, em alguns segmentos sociais mais

pobres, com poder aquisitivo mínimo, este número pode baixar para 0,3 kg ou até

menos. Nos países mais pobres, a média oscila entre 0,4 e 0,9 kg/dia por

habitante (World Health Organization, 1995).

No Brasil são produzidas 130 mil toneladas de resíduos domiciliares ao dia, por

ano são 47,5 milhões de toneladas. Uma parcela mínima dos municípios destina

Page 17: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

5

seus resíduos para reciclagem, são cerca de 135 municípios com sistemas de

coleta seletiva no país . (CEMPRE, 2006).

Já São Paulo, produz 15 mil toneladas de lixo por dia e como menos de 1% é

reciclado, o aterro sanitário acaba sendo o destino de quase todo ele. Acontece

que os dois aterros sanitários estão no limite. No maior, as camadas de lixo e

terra já atingiram 130 metros de altura. Os aterros não têm mais para onde

crescer, estão cercados por estradas, a cidade e a mata atlântica, o que é um

péssimo sinal. Pelo estudo da empresa de controle ambiental do Estado, a

capacidade dos aterros esta se esgotando e até agora não se tem um plano para

definir o que fazer com o lixo nos próximos anos e não há mais terrenos

adequados para serem transformados em aterros sanitários no município de São

Paulo. (CEMPRE, 2006).

Energia

A crise energética no Brasil teve seu momento mais crítico entre 2001 e 2002 com

os apagões, todo o país se mobilizou para economizar energia naquele período

quando se sentiram ameaçados pela sua escassez num futuro próximo. Poucos

anos se passaram e a questão foi esquecida e só relembrada agora com o

período eleitoral, graças às propostas de crescimento econômico dos candidatos.

A grande questão é como o Brasil será capaz de crescer o quanto os políticos

prometem sem um plano energético adequado a este crescimento. O primeiro

passo seria reduzir o consumo de energia atual. Convencer os maiores

gastadores, a indústria nacional, é mais simples, pois reduzir seu consumo leva a

reduzir significativamente seus gastos, o que pode ser feito para ajudá-las é

incentivar a compra de equipamentos mais eficientes, através de redução de

impostos, por exemplo. Já convencer as pessoas de mudarem seus hábitos, tanto

em seus domicílios quanto em seus ambientes de trabalho se torna mais

complicado.

Compreender que a energia elétrica não é um recurso simples de gerar é um

passo enorme para que as pessoas passem a entender que os seus custos

tendem a aumentar consideravelmente se o seu uso não for racional.

Page 18: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

6

Água

A situação dos recursos hídricos no país ainda não foi exposta da mesma

maneira que o problema energético, pois se trata de um recurso em abundância

para parte da população brasileira. Os problemas que ocorrem são isolados e, em

geral, devidos a problemas climáticos que se refletem no esvaziamento de

reservatórios, impedindo que algumas cidades e comunidades tenham acesso a

água tratada, mas não que este problema seja pequeno ele é relevante e mostra

que há problemas no gerenciamento dos recursos hídricos no país.O que pode

ser feito é evitar o desperdício, que é o que todo cidadão e toda instituição pode

fazer, através de mudanças de hábitos e troca de equipamentos.

Page 19: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

7

CONCEITOS

Page 20: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

8

2. Conceitos

2.1. Empresa Viva

O mercado, conforme evoluiu com o capitalismo, se tornou imprevisível, dinâmico

e em permanente busca pelo crescimento econômico, o qual se caracteriza pelo

aumento progressivo de lucros e valores das ações das empresas. Já estas, na

figura dos seus líderes, se mostram inseguras pela falta da plena compreensão

das regras que ditam esse mercado e, logo, não conseguem prever o que deve

ser feito para se adequar ao que ainda está por vir.

Para atender o dinamismo desse mercado foram criados sistemas complexos,

que representam avanço tecnológico e o aumento de possibilidades que para o

ser humano. Mas, com o passar do tempo, estes sistemas passaram a reger o dia

a dia das pessoas, da sociedade, das empresas e demais organizações e hoje se

percebe que a falta de controle desses sistemas criados por nós mesmos resulta,

concomitantemente, num temor da destruição do nosso habitat, ameaçando a

própria sobrevivência da humanidade.

Uma empresa viva para poder solucionar esse problema muda sua concepção,

deixa de priorizar o lucro e valor das ações e passa a focar nos seres humanos,

institucionalizando projetos de auto-sustento.

Os líderes das empresas não conseguem extrair o resultado esperado das

propostas implementadas nesse sentido e apontam obstáculos para essa

mudança. Segundo Capra (2002), há um paradoxo nas organizações atuais

quanto suas intenções: aumentar o lucro, o valor das ações, o poder político e ao

mesmo se constituírem por grupos de pessoas (ou comunidades) que interagem

entre si buscando atingir seus objetivos pessoais, que cada vez mais se

distanciam dos interesses das empresas.

Isso nos esclarece a dificuldade das organizações quanto à unidade de ação

frente às transformações. As pessoas têm uma resistência natural às imposições

e isso torna mais dificultoso o processo de mudança, e é isso que os líderes

desconhecem, que as transformações devem ser vivenciadas como um processo,

ou seja, as pessoas são atraídas pelas mudanças ao seguir um percurso mais

natural possível.

Page 21: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

9

Para isso Capra (2002) sugere que compreender a vida na natureza é passo

fundamental para estabelecer essa transformação, porque num sistema vivo as

mudanças sempre são absorvidas por todos seus elementos e toda força está na

rede criada dentro do sistema, é ela que dissemina a transformação e torna a

adaptação do sistema viável. Num sistema vivo maduro nada é desperdiçado,

tudo se transforma, o que um elemento da rede considera resíduo o outro

considera alimento assim tornando tudo cíclico e todos interdependentes. Assim o

grande salto está em inserir esse conceito nas empresas, encarando a empresa

como um sistema vivo dentro de um sistema maior em que todos participam, e

que uma mudança em qualquer elemento da rede requer transformações e

adaptações em todos seus elementos. Com essa rede em funcionamento todos

seus elementos ficam mais sólidos e preparados para mudanças porque a

informação e os materiais fluem naturalmente entre eles tornando todos sensíveis

ao estado global do sistema.

Essa concepção de empresa contrasta com a visão atual, na qual a empresa é

tida como uma máquina que tem seus processos independentes do sistema a sua

volta, que tem um fluxo linear que deve ser seguido a todo custo e impossibilita a

flexibilidade e criatividade de quem a controla.

Enquanto na organização viva se articulam os conceitos de compreensão,

parceria, renovação, flexibilidade e reconhecimento, na organização máquina

utilizam-se conceitos de controle, demandas, exigências, hierarquia e coerção.

2.2. Impacto ambiental

Segundo os economistas, líderes políticos e líderes empresariais a nova

economia global, ratificada com o desmoronamento do socialismo no fim da

década de 1990, leva a uma expansão que beneficia em cadeia todas as pessoas

com o crescimento econômico.

Porém percebe-se um equívoco, pois o capitalismo atual, por eles formulado,

somente agravou a pobreza e a exclusão social. (Capra apud Castells, 2000). A

nova economia não previu esse resultado porque foram desconsiderados pelos

economistas os custos sociais e ambientais na busca contínua e indiferenciada

pelo crescimento econômico.

Page 22: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

10

As novas atividades financeiras privilegiaram quem já possuía o capital,

concentrando-o ainda mais nas mãos destes indivíduos, contrário do previsto

pelos neoliberalistas, acentuando a exclusão social. Da mesma forma o meio

ambiente natural foi prejudicado, com o crescimento econômico, também cresce,

a necessidade do uso de recursos naturais, seja na forma de matéria prima,

energia, água, combustíveis, etc. A falta de consciência e prioridade ao atender

as demandas crescentes do mercado em expansão levou as empresas a tomar

iniciativas unilaterais sem se preocupar com os problemas ambientais que

surgiriam das suas ações.

Nesse sentido, os países ricos, representados por suas empresas, acabaram se

utilizando dos recursos naturais dos países pobres, que por sua vez se

submeteram a essa exploração, pois se tratava da única maneira de participar da

economia global e tentar compartilhar deste crescimento. Essas empresas se

aproveitaram de leis ambientais menos rígidas, mais abrangentes ou de falta de

fiscalização adequada (poucos fiscais, subornos, pressões políticas, etc.) de

países subdesenvolvidos e protegeram seus lucros com a desculpa do livre

comércio. Da mesma maneira, com a exaustão dos mercados nos países ricos,

essas empresas entraram nos mercados destes países pobres interferindo no

estilo de vida das pessoas, impondo um consumismo incompatível com a

sustentabilidade do planeta. Segundo Capra (2002), “é instrutivo comparar essas

situações a das redes ecológicas... A dominação (ou soberania) existe, mas é

sempre exercida dentro de um contexto maior de cooperação, mesmo nas

relações entre predador e presa. As múltiplas espécies do ecossistema não se

distribuem em hierarquia, como se diz equivocadamente, mas existem melhores

dentro de redes. Há uma diferença crucial entre as redes da natureza e as redes

empresariais da sociedade humana. Num ecossistema nenhum ser é excluído da

rede, até mesmo as menores dentre as bactérias, contribuem para a

sustentabilidade do todo, já no mundo humano da riqueza e do poder, grandes

segmentos da população são excluídos das redes globais e se tornam

insignificantes do ponto de vista global”. Logo, a exclusão desses grupos, cada

vez mais numerosos, impossibilitam o sucesso do sistema como um todo.

Uma análise racional mostra a insustentabilidade da nova economia global. Esse

capitalismo tem que ser revisado desde suas bases tendo em vista a

Page 23: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

11

imprevisibilidade e o caráter auto-destruidor que ameaça a sobrevivência do

sistema no qual vivemos.

Toda ação gera uma reação, e a natureza sempre converge para um equilíbrio

dinâmico, uma situação estável, mas as ações atuais estão gerando reações que

aos poucos tornam o meio-ambiente inóspito. O desmatamento, crescimento

populacional, o não tratamento de rejeitos industriais (sólidos, líquidos e gasosos),

tudo isso fragiliza os ecossistemas e desregula as condições climáticas.

Para muitos não há como mudar o sistema capitalista em que vivemos, alegam

que apesar de ser o mais correto rever os valores que imperam hoje não há como

mudar as regras atuais, entretanto o sistema foi criado por homens e assim pode

ser revisto ou repensado, há diversos estudos com propostas de meios para

inserir esses novos valores na sociedade, o que falta é vontade política para a

viabilização.

Os primeiros passos para estabelecer a direção deste novo modelo seriam uma

legislação rigorosa, uma atividade empresarial ética e tecnologia (processos) eco-

eficientes.

A comunidade sustentável se constitui de maneira que seu tipo de vida ou seu

jeito de viver não se oponha à capacidade intrínseca da natureza sustentar a vida.

Como membros da comunidade global, que inclui todos os seres vivos e os

ambientes que os hospedam, é preciso ter essa consciência, mesmo como

cidadãos, de buscar e garantir a qualidade de vida, da nossa e de gerações

futuras, sendo este o significado da sustentabilidade.

2.3. Desenvolvimento Sustentável - Conceito

O conceito de sustentabilidade foi criado na década de 1980 por Lester Brown,

fundador do Worldwatch Institute que definiu a sociedade sustentável como

aquela que é capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as

chances de sobrevivência das gerações futuras.

Como já foi discutido o atual modelo de crescimento econômico gerou enormes

desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza no mundo, por outro

lado, a pobreza, a degradação ambiental aumentam dia-a-dia. Diante desta

constatação, surgiu a idéia do Desenvolvimento Sustentável, buscando conciliar o

Page 24: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

12

desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e com o fim da

pobreza no mundo.

Para se garantir a sustentabilidade, a proteção do ambiente tem que ser

ressignificada como parte do processo de desenvolvimento , ela não pode ser

considerada isoladamente. Para tal, passa a ser importante entender a diferença

entre crescimento e desenvolvimento, o primeiro não conduz automaticamente à

igualdade nem à justiça social, pois não leva em consideração nenhum outro

aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas

mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento, por sua

vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem a intenção de

distribuí-las e de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em

consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta. O desenvolvimento

foca o todo enquanto o crescimento somente o indivíduo.

Capra (2002) sugere dois passos para as organizações chegarem ao

desenvolvimento sustentável usando os conceitos básicos da vida. O primeiro

passo é o que ele chama de alfabetização ecológica, ou seja, a compreensão dos

princípios dos sistemas vivos. Entender o desenvolvimento dos ecossistemas

para sustentar a vida através de seis princípios básicos:

• Redes: as redes são as ligações que os sistemas vivos fazem entre si para

atingir o equilíbrio do sistema maior a qual pertencem;

• Ciclos: para sobreviver, os sistemas, recebem fluxos contínuos de matéria

e energia do ambiente, mas no processo também são gerados resíduos,

que desaparecem no sistema maior, como um todo, já que o resíduo de um

sistema é o alimento de outro, logo, os resíduos circulam continuamente

dentro da rede, dentro de ciclos;

• Energia solar: fonte primária de toda a energia;

• Parcerias: a cooperação, através das redes formadas, promove a

sustentabilidade de todos dentro de um sistema;

• Diversidade: quanto maior a diversidade de seus elementos (sistemas

menores) mais forte é o sistema e mais capaz é ele de se recuperar de

eventuais desequilíbrios, quanto mais sistemas vivos em rede um sistema

Page 25: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

13

possuir, menor é o impacto da falta de funcionamento de um de seus

sistemas;

• Equilíbrio dinâmico: cada sistema não pretende chegar num valor máximo,

todos estão interligados dentro de redes e buscam o valor ótimo do sistema

maior no qual estão inseridos.

Esses conhecimentos devem estar alinhados em todas as esferas da sociedade

para que seja possível a implementação do desenvolvimento sustentável. Aqui

eles estão apresentados de maneira genérica, mas caso a caso é possível

organizar as redes formadas entre as organizações.

O segundo passo se trata de estabelecer um projeto ecológico e aplicar esses

conhecimentos da alfabetização ecológica na reformulação de tecnologias e das

organizações. É a moldagem de fluxos de energia e de materiais feita em vista

dos fins humanos, é montar os processos de interesses econômicos dentro da

grande rede e fluxos do meio-ambiente, em seu estado natural.

Ainda não há unidade de concepção e ação de desenvolvimento sustentável entre

os grupos envolvidos: governos, empresas, grupos que atuam com o meio-

ambiente e grupos interessados em acabar com a exclusão social, isso impede

que o movimento ganhe força chegando ao grande público. Visto que grupos

ambientais questionam o termo desenvolvimento e também ressentem não terem

sido ambientalistas os criadores do conceito, a UNEP (United Nations

Environment Programme) também tem as mesmas restrições por não ter

participado da concepção do modelo, grupos desenvolvimentistas não acham que

o modelo atenderá às necessidades atuais da população, governos evitam o tema

por não se enquadrar dentro de um ministério ou departamento sendo um

conceito que exige um nível de integração e alinhamento inatingíveis pela

estrutura atual das instituições públicas, acadêmicos não gostam do tema por não

conseguirem enquadrá-lo em uma disciplina e por considerar o tema vago com

várias definições recorrentes, e por último, o grande público se incomoda com as

mudanças necessárias não só nas organizações, mas no estilo de vida delas

mesmas que na visão delas será afetado retirando o conforto e acrescentando

tarefas (separar o lixo, reduzir o uso de água e energia, etc.). (Capra, 2002).

Page 26: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

14

2.4. Desenvolvimento Sustentável - Prática

O que foi apresentado até aqui foi uma visão ideológica do desenvolvimento

sustentável, que não reflete as razões reais pelas quais as corporações investem

neste conceito .

O conceito por trás da sustentabilidade que as empresas empregam é o conceito

dos 3P’s, Planet, People e Profit (planeta, pessoas e lucro). Sempre a

sustentabilidade está vinculada ao lucro, nenhuma ação é levada à frente por ser

uma boa ação ou um ato altruísta.

Medidas sustentáveis podem ajudar uma corporação a aumentar os lucros de

diversas maneiras: diminuindo custos, eliminando desperdícios, aumentando o

faturamento e aumentando a produtividade dos processos da empresa em geral.

Aqui estão algumas maneiras pelas quais a sustentabilidade se paga e levam as

empresas a investirem no conceito.

Empresas sustentáveis conseguem atingir um público mais criterioso, que vê

valor nessas ações e está disposto a pagar mais por produtos destas empresa,

logo as empresas que investem em sustentabilidade tem uma estratégia de

diferenciação com foco no mercado de consumidores eco-conscientes. O ganho

com essa melhoria de imagem e subseqüente valorização da marca é difícil de

ser mensurado, mas é possível ver o reflexo do valor de medidas sustentáveis

nas estratégias de precificação de empresas que promovem o desenvolvimento

sustentável.

A sustentabilidade envolve utilizar os recursos da melhor maneira possível, logo

envolve trabalhos para a redução do uso e reutilização de matérias primas, água

e energia, por exemplo, e assim leva a empresa a gastar menos com esses

recursos, reduzindo gastos e/ou aumentando a produtividade de seus processos.

Da mesma maneira as empresas sustentáveis trabalham para reduzir e tratar

seus resíduos, assim elas evitam gastos com multas, reduzindo o risco do

negócio e diminuindo também os prêmios de seguro para riscos ambientais.

Em alguns casos as empresas também conseguem ganhar através de créditos

ambientais, estes créditos funcionam da seguinte maneira, empresas de um setor

Page 27: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCEITOS

15

da indústria recebem bônus negociáveis, metas e prazos para redução de

emissão de poluentes das agências reguladoras, as empresas que falharem em

atingir as metas nos devidos prazos são obrigadas a comprarem os bônus das

empresas que obtiveram sucesso.

Segundo Scharf (2004), há três meios que fazem com que as empresas mudem,

passando a seguir um modelo sustentável: mecanismos de comando e controle,

instrumentos econômicos e auto-regulação.

Mecanismos de comando e controle são normas governamentais que definem

padrões máximos de emissões ou limites para toxicidades de um determinado

produto ou processo, estes mecanismos pressupõe uma estrutura eficaz de

fiscalização.

Instrumentos econômicos são também ações do governo, se tratam de impostos,

taxas e subsídios diretos ou indiretos. São incentivos do governo para que as

empresas tomem o rumo da sustentabilidade.

A auto-regulação se trata de ações das empresas sem incentivo do governo,

estas ações são realizadas para se aproximar dos stakeholders de modo a reduzir

algum efeito negativo sobre os lucros da empresa, seja através de certificações

ou de um trabalho para melhorar a sua imagem.

Portanto as empresas têm diversas razões para buscar a sustentabilidade, razões

estas que envolvem ganhos ou evitam gastos, mas nunca se tratam de ações de

caridade. Logo, os principais impulsos em direção da sustentabilidade estão nas

mãos da sociedade e seus representantes, o governo, que deve regular e

incentivar as ações das empresas.

Page 28: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CASOS DE SUCESSO

16

CASOS DE SUCESSO

Page 29: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CASOS DE SUCESSO

17

3. Casos de sucesso

Nesta seção serão apresentados casos de sucesso de empresas que

conseguiram modificar as maneiras de realizar suas atividades considerando o

sistema a sua volta, mudando paradigmas e atingindo novos patamares de

sustentabilidade.

3.1. General Motors do México

O complexo Automotivo Ramos Arzipe está localizado numa região árida do

México, onde a única e pequena fonte de água contém um alto grau salino. Com

o crescimento do complexo industrial, cresceu a sua necessidade de água, mas,

ao mesmo tempo, decresciam os níveis de água, assim como os limites de

retirada e os nível de efluentes que poderiam ser despejados na água.

Com esse cenário, foram definidos passos para economizar o consumo de água

dos poços. O primeiro passo foi buscar oportunidades de economia da água

através da busca por vazamentos e desperdícios. O segundo passo foi reduzir o

consumo de água para eliminar dejetos sanitários e industriais, e reutilizar essa

água tratando os efluentes.

Mesclando técnicas simples como bacias de evaporação solar e técnicas com alta

tecnologia como filtragens por membranas, foi possível reutilizar quase 70% das

águas desperdiçadas anteriormente.

Assim, de 1986 para 2000 o consumo de água do poço caiu de 1.470.000 m³ de

água para 700.000 m³, o consumo de água para fabricação de um veículo caiu de

32 m³ para 2,2 m³ e o mais impressionante é que esses indicadores caíram e a

produção de veículos da fábrica aumentou em sete vezes, a produção de motores

subiu 50% em volume e foi aberta uma nova fábrica de transmissões em 2000

(SCHMIDHEINY et al., 2002).

Com a água se tornando um recurso escasso na região, a General Motors se viu

obrigada a buscar alternativas para reutilização e redução do uso deste recurso,

fazendo isso evitou o investimento em uma nova fábrica em outro local e ainda

criou uma referência para o uso de água nas suas outras fábricas.

3.2. BASF

Page 30: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CASOS DE SUCESSO

18

A BASF em conjunto com a consultoria Roland Berger criou uma ferramenta

estratégica para incluir os custos ambientais em análises de diversos projetos

relacionados a importantes produtos e processos da empresa.

A ferramenta gera um gráfico de dois eixos, um com o custo ambiental e outro

com o custo total do produto ou processo. Assim é possível comparar vantagens

ecológicas e econômicas dos projetos.

A avaliação ambiental do projeto leva em consideração:

• Consumo de matérias-primas;

• Consumo de energia;

• Emissões e descarte de resíduos;

• Toxidade potencial dos materiais;

• Riscos potencias; e

• Uso da terra.

A ferramenta foi utilizada, por exemplo, para avaliar a maneira mais barata e

menos danosa ao meio-ambiente de transportar 25.000 toneladas de estireno por

115 quilômetros entre duas cidades holandesas, havia as opções de levar de trem

ou de caminhão. Economicamente o transporte rodoviário era mais vantajoso,

mas ao avaliar o consumo de energia, as emissões de resíduos e danos a saúde

dos trabalhadores, o meio de transporte escolhido foi o ferroviário.

Com a ferramenta a BASF, desde 2000, consegue aprimorar seus produtos e

processos. Ao mesmo tempo permite que ela crie condições de monitorar as

metas de pesquisa e desenvolvimento (SCHMIDHEINY et al., 2002).

A avaliação do custo ambiental por empresas químicas como a BASF não pode

ser considerada uma boa ação, se trata um movimento que faz parte de um

trabalho para reconstruir a imagem da empresa frente a um crescente público

eco-consciente. A indústria química foi uma das primeiras a sofrer com críticas de

ambientalistas nas décadas de 1970 e 1980, logo hoje ela é a indústria que mais

evoluiu no caminho da sustentabilidade, modificando seus processos e tratando

seus resíduos. Outras indústrias só estão começando a sofrer impactos

Page 31: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CASOS DE SUCESSO

19

significativos na sua imagem agora, na medida em que a consciência ecológica

de seus consumidores evoluiu.

3.3. Cervejarias sustentáveis

Uma cervejaria tradicional produz cerveja, mas também produz lixo orgânico

jogando fora um material rico em nutrientes. Como o lixo é orgânico ele poderia

ser considerado de baixo impacto ambiental, mas devido ao alto uso de água na

produção de cerveja (mais de 20 litros de água para 1 litro de cerveja) ele é

considerado um problema.

No processo muitas proteínas e nutrientes dos grãos não são aproveitados, os

grãos usados poderiam servir de alimento para animais, só que estes grãos não

são facilmente digeridos por eles e o resultado dessa indigestão é a emissão de

gás metano por esses animais.

Os grãos usados são ricos em fibras e proteínas, logo são um excelente

substituto para farinha em pães. Outra oportunidade é misturar esses grãos com

outras fibras, nessas condições os grãos se tornam um ingrediente valioso para a

produção de cogumelos. A figura 1 mostra um saco com cereais usado para

produzir cogumelos.

A vantagem de usar os grãos para produzir cogumelos é que os cogumelos

tornarão os grãos digeríveis para os animais aumentando sua quantidade de

proteínas, e ajudando no crescimento dos animais e a qualidade da carne deles.

Em seguida, os dejetos dos animais podem ser levados a um biodigestor junto

com a água desperdiçada na produção da cerveja. O biodigestor gera biogás e

uma solução nutritiva, por sua vez esta pode ser levada a um dique raso onde

algas, através de fotossíntese, poderão digerir a solução e mais tarde serem

levadas a um viveiro de peixes, onde os peixes comerão as algas e o sistema do

viveiro já estará preparado para lidar com os futuros dejetos desta e tapa.

Agregando valor, foram usados todos os resíduos da produção da cerveja e os

resíduos dos processos subseqüentes de maneira a criar mais empregos, maior

receita e um ambiente melhor. Existem cervejarias funcionando desta maneira no

Canadá, na Namíbia e na Suécia (ZERI, 2006).

Page 32: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CASOS DE SUCESSO

20

Essas cervejarias já foram criadas com os conceitos de sustentabilidade, mas ao

mesmo tempo que ela nasce com um sistema completo, onde todo resíduo é

reaproveitado de alguma maneira, ele também fornece mais fontes de receita

para empresa e gera diferenciação da marca.

Figura 1: Cogumelos provenientes dos grãos usados na fabricação de cerveja

(ZERI, 2006).

3.4. AMBEV

Poucos negócios no país têm resultados financeiros tão bons quanto a AMBEV,

com 70% do mercado de cervejas no país teve, nos últimos três anos, um

aumento de 50% da produção e dobrou o seu faturamento.

Nessa busca por melhores resultados uma diretriz foi definida pelos executivos da

empresa: produzir mais com menos. Foi essa idéia fixa que levou a empresa a se

tornar um modelo de eco-eficiência.

Energia

Para reduzir o uso de óleo combustível e gás natural algumas fábricas da

empresa passaram a usar o biogás, a partir da decomposição do material

orgânico gerado no processo de tratamento de água, e a queima de biomassa,

queimando paletes velhos de madeira, cascas de babaçu e serragem. Com essas

medidas foi gerada uma economia de 5,6 milhões de reais em 2005.

Page 33: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CASOS DE SUCESSO

21

Resíduos

Para a empresa o processo de fabricação de cerveja não gera mais resíduos,

mas sim subprodutos. O bagaço do malte é vendido para fábricas de rações, o

fermento rejeitado pode ser vendido tanto para fábricas de rações quanto para a

produção de sopas e caldos, e as embalagens como latas e cacos de vidros são

100% reaproveitadas, tendo seus rótulos retirados e vendidos como matéria-

prima para empresas de papel. Com a venda desses subprodutos a AMBEV

conseguiu, em 2005, 51milhões de reais.

Água

A empresa passou a reaproveitar a água do processo industrial para lavar o chão

por exemplo, passou a enxaguar os engradados com a mesma água que havia

enxaguado as garrafas e passou a utilizar a mesma água que, na pasteurização,

aquece a cerveja para esfriá-la. Com isso a AMBEV conseguiu criar uma nova

referência mundial para uso de água na fabricação de cerveja, 3,4 litros de água

para cada litro de cerveja produzido (a referência anterior era de 3,7 litros).

Para empresa isso representou ganhos financeiros claros, e ao mesmo tempo

trouxe benefícios ambientais para a sociedade com suas medidas.

Page 34: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

22

CONCEITOS

APLICADOS

Page 35: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

23

4. Conceitos Aplicados

4.1. Os 3 R’s

Os 3 Rs: Redução, Reutilização e Reciclagem - são os passos para que

indivíduos, instituições e governos, segundo a Agenda 211, consigam realmente

minimizar a exploração de recursos naturais, o impacto ambiental de nossa

sociedade urbano-industrial e, enfim, a quantidade do nosso lixo (USP RECICLA,

2006).

A redução é o passo inicial e mais efetivo na diminuição do impacto ambiental, é a

adoção de medidas para se reduzir o gasto na outra ponta em relação à geração

do lixo, implica uma diminuição no próprio uso, no consumo e no desperdício de

materiais. Assim, a redução é uma revisão nos atuais padrões de consumo.

A reutilização, por sua vez, é representada pelas atividades que aproveitam

produtos antes de seu descarte como reuso direto (usar o verso de folhas de

papel e guardar vasilhames, por exemplo), restauros, trocas de usados,

artesanato com sobras, etc.

A reciclagem é o tratamento dos materiais descartados, com alteração de suas

características físicas. Diferente da reutilização, a reciclagem envolve um

reprocessamento do material. A reciclagem pode ser direta (pré-consumo) ou

indireta (pós-consumo), a direta é mais comum em processos industriais quando

são reprocessados materiais descartados na própria linha de produção, como

aparas de papel, rebarbas metálicas, etc., já os indiretos se trata da reciclagem

mais comum quando são reprocessados materiais que foram descartados como

lixo por seus usuários.

Como é possível observar, os 3 Rs estão numa seqüência relacionada ao impacto

ambiental de cada ação. É melhor evitar o descarte de materiais do que reutilizar

os materiais usados, que por sua vez é melhor que separar os materiais

1 “A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. Constitui-se na mais abrangente tentativa já realizada de orientar para u m novo padrão de desenvolvimento para o século XXI, cujo alicerce é a sinergia da sustentabilidade ambiental, social e econômica, perpassando em todas as suas ações propostas”. (Ministério do Meio Ambiente, 2006).

Page 36: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

24

descartados para reciclagem. Deixar de produzir lixo é mais interessante do que

reciclá-lo, parece óbvio, mas quando começou a onda de reciclagem no mundo

isso deixou de ser claro, as pessoas tendiam a se concentrar em buscar

oportunidades de reciclagem em vez de diminuir o uso desses materiais

descartáveis. Quando o consumo e o desperdício diminuem, a própria

necessidade de produção de bens e, portanto, o uso de matéria-prima, água e

energia diminuem conjuntamente, preservando diversos outros recursos naturais.

A reciclagem, ainda que contribua para diminuir o volume de lixo destinado aos

lixões e aterros e contribua para a recuperação de materiais, água e energia, não

deve ser uma ação desvinculada dos 2 primeiros Rs, pois caso contrário ela

poderia servir para legitimar o desperdício. (USP RECICLA, 2006).

Na tabela 2 é possível ver que apesar de apresentar menor impacto ambiental

que o processo de produção original de cada material, a reciclagem, como

atividade industrial, também consome água e energia, polui o ar e a água, e gera

seus próprios resíduos. A reciclagem de papel, por exemplo, embora polua o ar e

a água menos que o processo tradicional (35% e 74%, respectivamente), produz

um efluente com fibrículas e sulfato de alumínio e libera gases como monóxido de

carbono e dióxido de enxofre, quando da queima de combustíveis durante a

secagem, e fuligem, se for usada lenha (CEMPRE, 1995).

Papel Vidro Ferro Alumínio Plástico

Uso de energia 23-74 % 4-32 % 47-74 % 90-97 % 89 %

Uso de água 58 % 50 % 40 % - -

Poluição de

água

35 % - 76 % 97 % -

Poluição do ar 74 % 20 % 85 % 95 % -

Uso de

matéria-prima

Redução de

20 árvores /

ton. papel

100 % 90 % 75 % -

Tabela 2: Redução porcentual nos gastos de processos de reciclagem em relação aos processos de produção com matéria prima virgem (WORLDWATCH

INSTITUTE, 1987)

Page 37: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

25

Uma ressalva se torna necessária, apesar da redução do uso e a reutilização

serem amplamente favoráveis ambientalmente, elas perdem força socialmente

quando atrapalham a economia que envolve os processos de reciclagem, nas

grandes cidades brasileiras existem milhares de pessoas que vivem da economia

do lixo. Elas vivem de recolher, separar, vender e reciclar lixo, sejam catadores

autônomos, cooperativas ou recicladores (empresas ou cooperativas que

transformam o material descartado em matéria-prima para as empresas que

produzem e comercializam os materiais). A redução drástica do uso afeta

diretamente a subsistência desse grupo.

4.2. Gestão Compartilhada de Resíduos Sólidos

Antes a gestão de resíduos era vista como uma questão de engenharia. A coleta

do lixo e sua destinação estariam resolvidas se houvesse um eficiente sistema de

limpeza urbana.

Embora, segundo a Constituição Brasileira, o poder público municipal seja

responsável pela coleta de lixo nas cidades, o acondicionamento e,

principalmente, a geração dos resíduos compete a cada um de nós. Neste

sentido, profissionais da área ambiental e saneamento têm mudado o foco de

seus esforços. Mais do que aprimorar sistemas e investir em tecnologias,

equacionar o problema do lixo depende da co-responsabilização da comunidade,

de um novo modelo de gestão socialmente compartilhada dos resíduos.

Os programas de gestão compartilhada de resíduos enfrentam hoje alguns

desafios que não foram e dificilmente poderiam ser previstos há alguns anos.

Estas iniciativas de parcerias entre prefeituras e cooperativas/associações de

catadores de materiais recicláveis, criadas visando a eficiência dos programas de

coleta seletiva de lixo e a valorização do trabalho feito por grupos organizados de

catadores, defrontam-se com uma redução significativa na quantidade e na

qualidade de resíduos coletados. A principal causa deste cenário é o aumento do

número de catadores autônomos, de organizações da sociedade civil e de

empresas privadas interessadas na coleta e comercialização deste material.

Assim, embora o aumento de interesse pelos resíduos recicláveis se apresente

como positivo face à lógica do mercado, esta nova realidade ameaça a

sustentabilidade destes projetos de gestão compartilhada que dependem de um

Page 38: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

26

fluxo constante de resíduos para as centrais de triagem. (Demajorovic et al.,

2005).

Page 39: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

27

ESTUDOS DE CASO

Page 40: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

28

5. Estudos de caso

5.1. USP Recicla

O USP Recicla é um programa interno da Universidade de São Paulo,

coordenado pelo CECAE-USP2, que contribui por meio de iniciativas de gestão

ambiental e de formação de pessoas capazes de compreender e aceitar este

desafio nos campi da universidade.

Usando os princípios dos 3 R's e os ideais da participação, autonomia,

tecnologias ambientalmente adequadas e avaliação continuada, o programa

caracteriza-se por:

• Um modelo de gestão ambiental que se constrói por meio de Comissões

Internas nas unidades e órgãos dos 6 campi da Universidade; por

estudantes interessados que atuam como estagiários, por contribuições de

docentes e por uma equipe de Coordenação, técnicos e educadores.

• Um trabalho que requer envolvimento de todos, e que, por isso, forma e

fortalece os envolvidos, como o debate, a reflexão, o resgate e a

constituição de valores, a revisão de hábitos e costumes e a modificação

de comportamentos.

O programa tem como missão: "contribuir para a construção de sociedades

sustentáveis através de ações voltadas à minimização de resíduos, conservação

do meio ambiente, melhoria da qualidade de vida e formação de pessoas

comprometidas com esta missão". (USP RECICLA, 2006).

O USP Recicla desenvolve na comunidade universitária, (alunos, servidores e

visitantes) uma mentalidade voltada para a recuperação, conservação e melhoria

do ambiente e da qualidade de vida com o objetivo de estimular e apoiar a

formação de práticas voltadas à sustentabilidade, através da gestão

2CECAE-USP (Coordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e Atividades Especiais) é um órgão da Reitoria da Universidade de São Paulo que atua como centro aglutinador e articulador de atividades que envolvem pesquisa, extensão e ensino, e como uma estrutura de interface facilitadora dos projetos de cooperação da universidade com os diversos segmentos da sociedade, gerando assim novas soluções e projetos para a Universidade e para a Sociedade. (CECAE-USP, 2006)

Page 41: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

29

compartilhada e integrada de resíduos. Em linhas gerais, o programa tem como

objetivos:

• Estimular valores, atitudes e comportamentos voltados à minimização de

resíduos e à adoção de práticas ambientalmente adequadas, mediante a

implementação de um programa educativo na USP;

• Articular e fomentar o desenvolvimento de projetos em torno do tema,

englobando aspectos de pesquisa, ensino, extensão e gestão cotidiana da

Universidade;

• Contribuir para o estabelecimento de diretrizes para uma política interna de

conservação, recuperação, melhoria do meio ambiente e da qualidade de

vida na USP, no seu entorno e interfaces.

Para atingir esses objetivos o USP Recicla realiza, com suas equipes, projetos

nas entidades da USP. Os projetos consistem basicamente de quatro etapas

descritas abaixo:

• 1a ETAPA: Explorando o lixo

A implantação do Programa em cada Unidade ou órgão da USP começa

pela caracterização dos resíduos produzidos.

Neste "diagnóstico" amostras de lixo são estudadas para:

o Desvendar hábitos de consumo e desperdício dos geradores;

o Identificar a quantidade (peso e volume) e a qualidade dos materiais

descartados;

o Estimar o potencial de minimização de resíduos (3 Rs): quais

materiais podem ser evitados, reutilizados e/ou reciclados;

o Obter um parâmetro para avaliação da diminuição do lixo gerado, já

que novos diagnósticos são feitos periodicamente após a

implantação do programa nas unidades; desta forma, os dados

comparativos do lixo (antes e depois da implantação) refletem a

evolução das mudanças comportamentais almejadas.

Page 42: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

30

Ainda com esse diagnóstico fica-se mais próximo da realidade de

"descarte" da Unidade, enriquecendo a discussão a ser desenvolvida

durante as atividades educativas com os geradores.

Na Unidade onde o programa será implantado, além do diagnóstico do lixo,

são levantadas informações acerca:

o Da comunidade, identificando-se o número de servidores, alunos,

visitantes, associações e lideranças

o Das linhas de pesquisa em resíduos sólidos, realizando-se um

mapeamento dos pesquisadores que atuam na área e a maneira

com que poderiam integrar-se ao programa

o Das iniciativas anteriores de coleta seletiva, resgatando (se houver)

seu histórico e funcionamento

o Das fontes de desperdício

o Dos locais para armazenamento provisório dos recicláveis, antes do

recolhimento dos materiais na unidade

o Das alternativas de destinação dos materiais (catadores?

sucateiros? indústrias recicladoras? programas municipais de coleta

seletiva?

• 2a ETAPA: Conversando com os geradores de lixo

Após os levantamentos, os servidores e alunos da Unidade são convidados

a participar de um dos vários encontros educativos realizados pelos

educadores do Programa.

Os encontros, que duram aproximadamente 90 min., abordam tópicos

como geração, acondicionamento e destinação do lixo, impacto ambiental

na exploração de recursos naturais, redução, reutilização e reciclagem,

compostagem, consumismo, desperdício etc.

Os encontros são momentos de maior sensibilização e incentivo à

mobilização da comunidade, durante os quais, valoriza-se o fortalecimento

de vínculos afetivos e a revisão de valores para com o ambiente. Desta

Page 43: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

31

forma, a participação nestes encontros é considerada fundamental para o

sucesso do programa de minimização dessa unidade.

• 3a ETAPA: Mudando rotinas

Após os levantamentos, e com as sugestões apresentadas pelos

participantes dos encontros educativos, é estruturado o Programa de

minimização de resíduos da Unidade, incluindo a coleta seletiva de

materiais, de acordo com a situação de cada campus.

Um exemplo de mudança de rotina é a implementação do descarte seletivo

de papéis, realizado pelos servidores que nos encontros educativos

receberam coletores para estes fins. Estes papéis são coletados

seletivamente pelas equipes de limpeza, beneficiados em centrais

preparadas para este fim em cada campus, e encaminhados a sucateiros,

entidades assistenciais ou empresas recicladoras.

A opção pela coleta seletiva do papel em todos os campi da USP se deu

pela facilidade de escoamento desse material e pelo fato dele representar

cerca de 70% do peso total do lixo uspiano.

Os demais resíduos são descartados em cestos de lixo, coletados e

destinados como tal.

Nos campi de Ribeirão Preto e Bauru, onde o USP Recicla está integrado

aos programas municipais de coleta seletiva, as caixas distribuídas

também recebem outros recicláveis como metais, plásticos e vidros, uma

vez que o escoamento destes materiais está garantido.

• 4a ETAPA: Avaliando e divulgando o Programa

Passado o período de implantação, a equipe do USP Recicla retorna às

unidades periodicamente para acompanhar o desenvolvimento do

programa, realizando atividades como:

o "Pentes-finos": visitas regulares para verificação de mudanças de

hábitos e rotinas e da geração de resíduos. Busca-se, nestes

momentos, reforçar a motivação e participação ativa das pessoas

junto ao programa de minimização de sua unidade. Recolhem-se

comentários e sugestões (veja nossas conquistas).

Page 44: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

32

o Re-diagnósticos de lixo: novas pesagens e triagens são realizadas

para comparação destes dados com os obtidos na fase de

implantação.

As informações coletadas são repassadas à comunidade pelos meios de

comunicação da Universidade (boletins internos, Jornal e Rádio USP, etc.).

O USP Recicla também tem ampla divulgação fora da Universidade. É

regularmente apresentado em seminários e congressos no Brasil e exterior. Tem

sido tema de monografias e dissertações acadêmicas e citado em diversos artigos

e publicações. O contato do USP Recicla se encontra no anexo B.

5.2. POLI - USP Recicla

A comissão da EPUSP no USP Recicla criou o projeto POLI – USP Recicla que

foi iniciado na segunda quinzena de maio. O projeto conta com total apoio da

diretoria da Escola. Com o projeto a POLI se distancia do padrão de atuação do

USP Recicla buscando um rumo que atenda melhor as suas reais necessidades.

O projeto visa diagnosticar a situação atual dos resíduos gerados na Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo, incluindo os tipos de resíduos gerados,

locais de geração, quantidades geradas, tratamentos e destinos atuais. O objetivo

é fornecer embasamento para a implantação de um programa de gerenciamento

de resíduos sólidos.

O trabalho será realizado em etapas, conforme descrito a seguir:

• Planejamento: O planejamento tem como objetivo orientar a execução do

projeto, de forma a otimizar a coleta e consolidação dos dados. Os

instrumentos utilizados foram:

o Questionários e entrevistas com professores, funcionários e alunos;

o Observação do material descartado na EPUSP;

o Inspeções de área para verificar os locais de descarte;

o Caracterização física dos prédios da EPUSP;

o Análise de documentos.

• Coleta de Dados:

Page 45: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTUDOS DE CASO

33

o Visitas aos departamentos, laboratórios, restaurantes, xerox, bem

como todas às áreas geradoras de resíduos da Escola;

o Levantamento dos resíduos gerados em condições de rotina de

todos os departamentos, bem como os já armazenados;

o Avaliação das práticas atuais relacionadas à gestão de resíduos,

incluindo os processos de reciclagem existentes;

o Exame de documentos, incluindo autorizações e documentação dos

receptores de resíduos (caso exista);

o Levantamento da legislação relativa aos resíduos perigosos

gerados.

o Consolidação dos dados obtidos.

• Conclusão, entrega do relatório final contendo:

o Levantamento dos resíduos gerados nas atividades de ensino,

pesquisa e extensão e seus agentes;

o Classificação e quantificação destes resíduos, especialmente, os

potencialmente perigosos e potencialmente recicláveis e/ou re-

aproveitáveis levantados, estabelecendo prioridades para o

tratamento e destinação dos mesmos.

o Avaliação das necessidades para implantação da coleta seleti va,

incluindo recursos humanos, equipamentos, benfeitorias e serviços

externos;

o Avaliação do nível de adesão para futura implantação de um

sistema de gerenciamento de resíduos na Escola.

Assim o trabalho resultará numa série de propostas que serão avaliadas pela

diretoria e comissão do POLI – USP Recicla, em seguida serão levados em frente

os projetos considerados prioritários, sempre considerando a escola como um

todo.

Page 46: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTRUTURA DO TRABALHO

34

ESTRUTURA DO TRABALHO

Page 47: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTRUTURA DO TRABALHO

35

6. Estrutura do trabalho

6.1. Análise do uso dos materiais

Uma estrutura de trabalho aplicado no Departamento de Engenharia de Produção

foi desenvolvida considerando os estudos de caso observados na USP.

O trabalho foi dividido nas seguintes etapas:

• Levantamento de dados: nesta etapa procurou-se entender qual a situação

da coleta do lixo e qual a origem dos materiais, isso através do:

o Entendimento de como é realizada a coleta interna do lixo (quem a

realiza, freqüência, onde o lixo é armazenado, etc.);

o Entendimento do processo de compras (quem a realiza, quais são

as fontes, como as compras são aprovadas);

o Montagem de uma base de dados dos materiais comprados, suas

quantidades e preços para o período regular selecionado (é

importante que o período selecionado seja representativo do lixo

gerado no ano).

• Fluxos dos materiais: com a base de dados montada foram selecionados

os materiais com volumes e valores relevantes ou com descarte crítico

(exemplos: pilhas e baterias) que devam ser avaliados melhor, esta análise

passou por:

o Identificar qual a principal fonte de recursos para cada material;

o Identificar onde cada material é armazenado;

o Identificar quem são os principais usuários;

o Entender como é o acesso desses usuários aos materiais (há algum

controle de uso, há regras para o uso dos materiais, etc.);

o Entender quais os principais usos de cada material;

o Identificar o material do produto, de sua embalagem e se há

resíduos no seu uso para definir os elementos recicláveis;

Page 48: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTRUTURA DO TRABALHO

36

o Estimar os tempos do fluxo e assim entender, para cada material,

qual o tempo entre a compra e o descarte (de todos os elementos:

produto, embalagem e resíduo);

o Entender como e onde os materiais são descartados.

• Processo de reciclagem: com os fluxos dos materiais estabelecidos se

definiu como fazer a separação deles. Esta etapa seguiu da seguinte

maneira:

o Identificar onde são os focos principais de descarte de cada

material;

o Analisar onde é necessário focar a coleta para algum material

específico e onde deve haver separação mais genérica dos

materiais, considerando os espaços necessários e a localização dos

usuários;

o Procurar parceiros para realizar a coleta dos materiais gerados;

o Identificar onde é possível armazenar o material separadamente até

a sua coleta;

• Piloto de reciclagem: realizou-se um piloto em menor escala para

sensibilizar a comunidade, para testar o processo elaborado e para

identificar os materiais que não foram observados no diagnóstico. Esta

etapa teve o intuito de reduzir o escopo do processo de reciclagem, de

acordo com os recursos disponíveis, para ter uma resposta prévia sobre o

diagnóstico realizado, ela passou pelos seguintes passos:

o Identificar materiais críticos para o processo;

o Identificar principais locais de passagem para analisar o descarte

(para identificar os materiais trazidos de fora);

o Comunicar para a comunidade o piloto;

o Realizar o piloto;

o Avaliações intermediárias;

o Analisar os resultados do piloto.

Page 49: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ESTRUTURA DO TRABALHO

37

• Definir programação passo a passo para sair do piloto e estabelecer

processo final de reciclagem: o processo elaborado foi revisado a partir das

análises sobre o piloto e projetar a expansão do piloto até o processo final.

• Avaliar propostas de redução e reutilização dos materiais: com a base de

dados dos materiais montada, foram feitas, para os materiais críticos (em

quantidade ou em valor), propostas para redução e reutilização e foram

avaliadas estas propostas com os usuários:

o Entrevistar usuários e e laborar propostas para os materiais críticos;

o Validar as propostas com os usuários;

o Implementar propostas validadas.

A ordem das etapas do trabalho não foi necessariamente cronológica, sendo que

parte das etapas ocorreram paralelamente.

A intenção desta estrutura, montada para a implementação da reciclagem e de

propostas redução do uso e reutilização de materiais no Departamento de

Engenharia de Produção da EPUSP, é de, ao contrário dos outros modelos,

iniciar o processo pela reciclagem e levantar o interesse da comunidade a partir

dele, para que depois, com o processo de reciclagem já em funcionamento,

levantar o interesse da comunidade para oportunidades de diminuir o lixo gerado,

levantando os hábitos da comunidade.

6.2. Análises do uso de energia e uso de água

Nos casos de energia e água não foi feita uma análise estruturada, porque o

Departamento de Engenharia de Produção tem suas medições feitas

conjuntamente com o Biênio, o que torna difícil fazer uma análise exclusiva para o

departamento.

Logo, o que se verificou foi a aderência do departamento às indicações de

funcionamento do PURE e PURA.

Page 50: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

38

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

Page 51: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

39

7. Análise do Uso dos Materiais

7.1. Levantamento de dados

Compras

O Departamento de Engenharia de Produção teve disponíveis em 2005 três

fontes de verbas para compra de materiais. Há a verba do orçamento da EPUSP,

dos reembolsos aprovados pela Fundação Vanzolini e do PROAP (verba cedida

pela CAPES para compra de materiais para projetos de pós-graduação).

As compras são centralizadas na secretária, professores e funcionários

encaminham seus pedidos e a secretaria destina a compra à verba mais

adequada para a situação, com a validação do professor responsável por

controlar o orçamento do departamento, responsável pelo orçamento da EPUSP e

reembolsos da fundação, e/ou do professor responsável pelos programas de pós-

graduação que também é responsável pelo orçamento da PROAP. Cabe a estes

professores validar as compras de acordo com o orçamento prévio elaborado

para o departamento no ano em questão.

Coleta interna do lixo

No departamento há cinco diferentes órgãos ocupando o espaço comum, o

departamento, a Fundação Vanzolini, a lanchonete, o centro acadêmico e a

biblioteca. As salas de professores, de projetos, salas de computadores, salas

administrativas e reunião do departamento são limpas pela empresa terceirizada

contratada pela EPUSP, as salas administrativas da Fundação Vanzolini, todas as

salas de aula e pátio são limpas pela empresa terceirizada contratada pela

fundação e a área da biblioteca é limpa pela mesma equipe de limpeza contratada

pela EPUSP. O lixo de cada equipe de limpeza é misturado e levado para um

espaço externo ao departamento (onde a coleta simples da prefeitura o recolhe)

pela equipe contratada pela fundação.

As equipes recolhem o lixo duas vezes ao dia, pela manhã e à tarde, e

diariamente o lixo é levado, no fim da tarde, ao contêiner para ser recolhido pela

prefeitura.

Page 52: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

40

O área do Centro Acadêmico da Engenharia de Produção é limpa pelo pessoal

que trabalha no xérox e o lixo é recolhido por uma outra equipe da empresa

contratada pela EPUSP, responsável pela limpeza do prédio do Biênio por isso

não está considerado neste trabalho.

A lanchonete não é de responsabilidade do departamento nem da fundação, a

sua limpeza é realizada pelos próprios funcionários e o lixo é recolhido pela

equipe de limpeza contratada pela fundação, ela não será considerada nesta

análise, mas os materiais descartados lá estão na discussão sobre os próximos

passos, após o fim deste trabalho.

Base de dados de compras 2005

A montagem da base de dados foi elaborada de acordo com os pedidos do

departamento ao setor de compras da EPUSP (almoxarifado POLI), que são

registrados no sistema Mercúrio, com as notas fiscais reembolsadas pela

Fundação Vanzolini e com os materiais comprados com a verba do PROAP.

O material para os banheiros são comprados por reembolso da fundação e são

comprados por um contrato com a Kimberly Clark, por isso na identificação dos

fluxos abaixo eles estão com a fonte diferenciada (Kimberly Clark), mas a verba

para as compras é da fundação.

Não foram considerados na base de dados os copos fornecidos pela empresa que

aluga a máquina de café por não haver detalhes do volume no contrato e notas

fiscais do ano de 2005.

A base de dados inclui os materiais, suas quantidades e valores das compras, os

dados são referentes ao ano de 2005, a base completa de compras do

departamento esta no anexo C.

7.2. Fluxo dos materiais

Na figura 2 o modelo dos fluxos pelos quais os materiais passam no

departamento, com as informações relativas a cada material.

Page 53: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

41

PRODUTO

Volume anual: (Volume de material comprado)

Valor anual: (Valor anual comprado)

Embalagem: (Tipo de material da embalagem)

Fonte: (Fontes principais de recursos para compra)

Responsável: (Responsável pelo lixo)Usuários principais: (Usuários que mais usam o produto)

Armazenagem: (Onde o material fica o estocado)

EstoqueAção

Dia

Ator

Ação

Dia

Ator

Resíduo: (Tipo de resíduo causado pelo uso do produto, exceto o descarte da embalagem e do produto. Exemplo: o resto de café no copo descartável)

Destino Resíduo: (Destino desse resíduo)

Produto: (Tipo de material do produto)

XCondição

Este campo diz o dia em que ocorre a ação. D0 representa o primeiro dia, DX representa X dias após D0, MY representa Y meses após D0. Dn é usado quando não há uma definição precisa do dia.

Local de estoque do produto.

Quem realiza a ação.Quando necessário, uma condição é criada para o fluxo, para que ele siga de uma ou outra maneira.

Direcionamento para os fluxos de reciclagem de cada tio de material (papel, plástico, metal, etc.).

Figura 2: Modelo do desenho dos processos

O objetivo de desenhar o fluxo dos materiais no departamento é clarificar os seus

caminhos até o descarte. Desta maneira é possível também definir os

responsáveis pelo descarte, o tempo entre o uso e o descarte e identificar

oportunidades dentro dos conceitos dos 3 R’s (Redução, Reutilização e

Reciclagem).

A análise não será feita para materiais com volume comprado baixo no ano de

2005, materiais duráveis (como escadas, facas, etc.) e materiais que por definição

não serão descartados no departamento (como material para brindes, envelopes

e papel para convites, etc.), outra premissa que será aplicada é que o que foi

comprado foi usado no mesmo ano e que o uso é distribuído igualmente ao longo

do ano, mas há casos em que foi feita uma análise melhor, serão apresentados

no corpo do texto os fluxos mais representativos, os demais fluxos podem ser

encontrados no anexo A.

Page 54: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

42

Papel

PAPEL A4

Volume anual: 537.500 folhas (2,5 toneladas)Valor anual: R$ 7.123,00Embalagem: Papel

Fonte: Vanzolini / PROAP / Almoxarifado POLI

Resíduo: -Destino Resíduo: - Usuários principais:

Professores e FuncionáriosProduto: Papel

Secretaria

Imprimir material

D0...D30

Usuários

Imprimir material

D0...D30

Usuários

Buscar resma na Secretaria

D0

Usuários

Buscar resma na Secretaria

D0

Usuários

Descartar Papel

D0...D30 + M6

Usuários

Descartar Papel

D0...D30 + M6

Usuários

Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria

Usar papel para rascunhos ou

anotações

D0...D30

Usuários

Usar papel para rascunhos ou

anotações

D0...D30

Usuários

Descartar Papel

D0...D30 + M1

Usuários

Descartar Papel

D0...D30 + M1

Usuários

Descartar embalagem

D30

Usuários

Descartar embalagem

D30

Usuários

A

Figura 3: Fluxo para papel A4

As resmas de papel A4 ficam na secretária e os professores e funcionários as

buscam lá. Por ser o produto mais utilizado e com maior volume anual é o que se

deve ter a maior atenção. A figura 3 mostra o fluxo do papel A4.

É difícil estimar o volume descartado e o tempo entre o uso e o descarte com

qualquer precisão, como também é difícil dizer ao certo o quanto desse papel é

descartado no próprio departamento e quanto é levado para fora não sendo

descartado no departamento . O fluxo A para reciclagem de papel está

representado na figura 18.

Page 55: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

43

Copo Descartável (180ml)

COPO DESCARTÁVEL 180ml

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para os bebedouros

D0

Funcionário Copa

Levar para os bebedouros

D0

Funcionário Copa

Usar os copos

D0

Usuários

Usar os copos

D0

Usuários

Descartar os copos

D0

Usuários

Descartar os copos

D0

Usuários

Volume anual: 67.500 unidadesValor anual: R$ 1.540,00Embalagem: Plástico

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores , Alunos e FuncionáriosProduto: Plástico

B

Descartar embalagem

D0

Usuários

Descartar embalagem

D0

Usuários

Figura 4: Fluxo para copo descartável (180ml)

Para estimar o uso de copos descartáveis de 180ml ao longo dos meses pode-se

usar o consumo de galões no departamento. Segundo a tesouraria da EPUSP

são em média compradas 15 galões por mês para o Departamento da Engenharia

de Produção (lembrando que são apenas quatro os bebedouros de

responsabilidade do departamento ,). A figura 4 mostra o fluxo de copos

descartáveis de 180ml no departamento.

Segundo a funcionária da copa há uma sazonalidade e pode-se dividir o consumo

mensal em quatro tipos de meses: meses quentes com aula, meses quentes sem

aula, meses frios com aula e meses frios sem aula. Outra informação fornecida foi

que o há meses em que chegam a ser comprados 25 galões e meses que

chegam a ser comprados menos de 10 galões. Com todas essas informações há

como estimar um consumo mensal de copos descartáveis por mês. Essa

estimativa encontra-se na tabela 3.

Page 56: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

44

Foram considerados meses quente com aula: fevereiro, março, outubro e

novembro; meses quentes sem aula: janeiro e dezembro; meses frios com aula:

abril, maio, junho, agosto e setembro; mês frio sem aula: julho .

MêsGalões de água

Copos descartáveis

Janeiro 15 5473Fevereiro 25 9122Março 25 9122Abril 10 3649Maio 10 3649Junho 10 3649Julho 5 1824Agosto 10 3649Setembro 10 3649Outubro 25 9122Novembro 25 9122Dezembro 15 5473TOTAL 185 67500

Tabela 3: Estimativa de uso de copos descartáveis por mês

Os copos descartáveis de 180ml apenas são comprados para serem colocados

ao lado dos bebedouros, mas também são usados em eventos e reuniões no

departamento. O fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura

19.

Page 57: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

45

Papel Higiênico

PAPEL HIGIÊNICO

Copa Reabastecer recipiente com papel higiênico

D0

Funcionário Copa

Reabastecer recipiente com papel higiênico

D0

Funcionário Copa

Usar papel higiênico

D0...Dn

Usuários

Usar papel higiênico

D0...Dn

Usuários

Volume anual: 348.000 unidades (folhas)Valor anual: R$ 3.053,00Embalagem: Papelão

Fonte: Kimberly Clark

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Todos

Produto: Papel

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Reabastecer?

Sim

Não

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Descartar papel higiênico

D0...Dn

Usuários

Descartar papel higiênico

D0...Dn

Usuários

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

AEmbala-gem vazia?

SimNão

F

Figura 5: Fluxo para papel higiênico

São em média 6.700 folhas de papel higiênico descartadas por semana e 5

embalagens descartadas a cada 2 meses. A figura 5 exibe o fluxo do papel

higiênico. Neste caso não há nenhuma oportunidade de redução, reutilização ou

reciclagem, a não ser a reciclagem da embalagem de papelão. O fluxo F para

descarte do lixo genérico está representado na figura 25 e o fluxo A para

reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 58: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

46

Materiais de limpeza

ÁGUA SANITÁRIA

Copa Usar para limpezas

específicas

D0...~D45

Funcionário Copa

Usar para limpezas

específicas

D0...~D45

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D45

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D45

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Resíduos eliminados pelo

ralo

D0...~D45

-

Resíduos eliminados pelo

ralo

D0...~D45

-

Volume anual: 9 unidadesValor anual: R$ 20,00Embalagem: Plástico

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaUsuários principais: Funcionário da Copa

Armazenagem: Copa

Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: EsgotoProduto: Químico

B

Figura 6: Fluxo para água sanitária

Page 59: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

47

ÁLCOOL

Copa Usar em situações

específicas

D0...~D30

Funcionário Copa

Usar em situações

específicas

D0...~D30

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D30

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D30

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Resíduos evaporam no ar

D0...~D30

-

Resíduos evaporam no ar

D0...~D30

-

Volume anual: 12 unidadesValor anual: R$ 29,00Embalagem: Plástico

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: Ar

Usuários principais: Funcionário da Copa

Produto: Químico

B

Figura 7: Fluxo para o álcool

Page 60: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

48

LIMPADOR MULTI-USO

Copa Usar em situações

específicas

D0...~D20

Funcionário Copa

Usar em situações

específicas

D0...~D20

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D20

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D20

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Resíduos evaporam no ar

D0...~D20

-

Resíduos evaporam no ar

D0...~D20

-

Volume anual: 16 unidadesValor anual: R$ 18,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: Ar

Usuários principais: Funcionário da Copa

Produto: Químico

B

Figura 8: Fluxo para o limpador multiuso

Page 61: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

49

DETERGENTE

Copa Usar em limpezas na

copa

D0...~D10

Funcionário Copa

Usar em limpezas na

copa

D0...~D10

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D10

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D10

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Resíduos eliminados pelo

ralo

D0...~D10

-

Resíduos eliminados pelo

ralo

D0...~D10

-

Volume anual: 35 unidadesValor anual: R$ 22,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: QuímicoDestino Resíduo: Esgoto

Usuários principais: Funcionário da Copa

Produto: Químico

B

Figura 9: Fluxo para o detergente

Os materiais de limpeza aqui considerados são os de uso exclusivo da copa do

Departamento da Engenharia de Produção, isso porque o material de limpeza

usado para limpar todo o departamento vem da empresa terceirizada pela

EPUSP, e as suas embalagens não geram lixo porque eles usam vasilhames para

fazer refil dos produtos. As figuras 6, 7, 8 e 9 mostram os fluxos de,

respectivamente, água sanitária, álcool, limpador multiuso e detergente.

Os produtos considerados aqui têm um volume anual baixo e suas compras estão

distribuídas ao longo do ano .

Para todos esses materiais o único lixo gerado são as embalagens, que podem

ser recicladas, mas precisam ser separadas para serem enviadas para reciclagem

secas, não há como reutilizar o material nem as embalagens. O fluxo B para

reciclagem de plástico está representado na figura 19.

Page 62: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

50

Filtro de Papel

FILTRO DE PAPEL

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Preparar café

D0

Funcionário Copa

Preparar café

D0

Funcionário Copa

Recolher filtro usado

D0

Funcionário Copa

Recolher filtro usado

D0

Funcionário Copa

Descartar o filtro úmido com

café

D0

Funcionário Copa

Descartar o filtro úmido com

café

D0

Funcionário Copa

Beber na copa

D0

Usuários

Beber na copa

D0

Usuários

Volume anual: 840 unidadesValor anual: R$ 36,00Embalagem: Papelão

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Funcionário da Copa

Produto: Papel

C

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Descartar embalagem

Dn

Funcionário Copa

Descartar embalagem

Dn

Funcionário Copa

A

Figura 10: Fluxo para filtro de papel

As compras foram feitas regularmente ao longo do ano, o consumo é contínuo,

são, em média, 70 filtros por mês e são 5 caixas de filtro a cada 4 meses. A figura

10 mostra o fluxo do filtro de papel.

O filtro de papel é usado na preparação do café. O descarte do filtro é orgânico

por causa do resíduo (o café) que é descartado com ele. Não há como reutilizar o

material, mas há oportunidades de reciclagem dos dois tipos de lixo, da

embalagem de papelão e o material orgânico do filtro. O fluxo A para descarte do

papel está representado na figura 18 e o fluxo C para reciclagem do lixo orgânico

está representado na figura 24.

Page 63: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

51

Cartuchos para Impressoras

CARTUCHOS DE IMPRESSORA

Volume anual: 433 unidades (115 COL / 318 PB)Valor anual: R$ 20.047,00Embalagem: PapelãoResíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Plástico / Químico / Eletrônico

Levar cartucho antigo na

Secretaria e buscar o novo

D0/D1

Usuários

Levar cartucho antigo na

Secretaria e buscar o novo

D0/D1

Usuários

Instalar cartucho na impressora

D0/D1

Usuários

Instalar cartucho na impressora

D0/D1

Usuários

Usar cartucho

D0/D1...M2

Usuários

Usar cartucho

D0/D1...M2

Usuários

Fonte: Almoxarifado POLI / PROAP

Usuários principais: Professores

Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria

Pedir cartucho na Secretaria

D0

Usuários

Pedir cartucho na Secretaria

D0

Usuários

Cartucho no

estoque?

Sim

Não

Comprar cartucho

D1

Secretaria

Comprar cartucho

D1

Secretaria

ADescartar

embalagem

D0/D1

Usuários

Descartar embalagem

D0/D1

Usuários

Secretaria

Encaminhar cartucho antigo

para o Almoxarifado

D0/D1

Secretaria

Encaminhar cartucho antigo

para o Almoxarifado

D0/D1

Secretaria

Figura 11: Fluxo para cartuchos de impressora

A EPUSP, através de seu almoxarifado já recicla os cartuchos de impressora,

sempre ao entregar um novo cartucho o funcionário do almoxarifado cobra o

velho para poder recarregá-lo no futuro. A figura 11 mostra o fluxo do cartucho no

departamento.

São 36 embalagens de cartucho de impressora descartadas, em média, por mês.

A embalagem representa a única oportunidade de reciclagem, é a da embalagem.

O fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura 19.

Page 64: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

52

Pilha

PILHA

Volume anual: 72 unidadesValor anual: R$ 110,00Embalagem: Papelão / PlásticoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: QuímicoProduto: Metal

Secretaria Buscar pilhas na Secretaria

D0

Usuários

Buscar pilhas na Secretaria

D0

Usuários

Usar para telefones e controles remoto

D0...M4

Usuários

Usar para telefones e controles remoto

D0...M4

Usuários

Separar pilhas usadas para

descarte especial

M4

Usuários

Separar pilhas usadas para

descarte especial

M4

Usuários

Fonte: Vanzolini

Usuários principais: Funcionários

Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria

G

Descartar embalagem

M6

Secretaria

Descartar embalagem

M6

Secretaria

A

Figura 12: Fluxo para pilhas e baterias

São descartadas em média 6 pilhas por mês, Neste caso não há oportunidade de

redução do uso e de reutilização, a reciclagem é possível para as embalagens,

mas de qualquer maneira esse fluxo é singular, já que pela toxicidade do produto

este deve ser separado do lixo comum e levado para centros específicos para

descarte. A figura 12 mostra o fluxo de pilhas no departamento.

O fluxo G para descarte de pilhas está representado na figura 26 e o fluxo A para

papel está representado na figura 18.

Page 65: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

53

Papel Toalha

PAPEL TOALHA

Copa Reabastecer recipiente com

papel toalha

D0

Funcionário Copa

Reabastecer recipiente com

papel toalha

D0

Funcionário Copa

Usar papel higiênico toalha

D0...Dn

Usuários

Usar papel higiênico toalha

D0...Dn

Usuários

Volume anual: 190.000 unidadesValor anual: R$ 3.630,00Embalagem: Papelão

Fonte: Kimberly Clark

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: ÁguaDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Todos

Produto: Papel

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Reabastecer?

Sim

Não

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Descartar papel toalha

D0...Dn

Usuários

Descartar papel toalha

D0...Dn

Usuários

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

AEmbala

-gem vazia?

SimNão

A

Figura 13: Fluxo para papel toalha

São 3.700 folhas de papel toalha e 3 embalagens descartadas em um mês. Neste

caso não há nenhuma oportunidade de redução e reutilização, há oportunidade

de reciclagem do papel toalha e da embalagem de papelão. A figura 13 mostra o

fluxo de papel toalha no departamento. O fluxo A para reciclagem de papel está

representado na figura 18.

Page 66: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

54

7.3. Reciclagem

Dentro dos conceitos dos 3 R’s a reciclagem é último recurso, somente aceito

após as possibilidades de redução no uso e reutilização serem exauridas, mas

deve-se ponderar. Essa análise só considera o custo ambiental que os processos

industriais implicam, não considera os impactos sociais, o custo social da

diminuição do uso de certos materiais, bem como a diminuição da chamada

economia do lixo que sustenta milhares de famílias só na cidade de São Paulo.

Os 3 R’s é um conceito muito útil para a análise de oportunidades de diminuição

na emissão de resíduos e do descarte de lixo, mas não deve ser adotado como

solução única para os problemas ecológicos que o planeta enfrenta, mesmo

porque esse não é o único problema que a sociedade global enfrenta. O conceito

de desenvolvimento sustentável se propõe a muito mais do que tratar resíduos e

lixo, logo analisando o uso dos materiais com este foco deve-se dar mais peso a

reciclagem dos produtos, tanto como uma solução para o lixo gerado como

também uma fonte de renda para diversas famílias.

A reciclagem também é importante na educação ambiental da comunidade e

sendo o departamento um órgão de ensino público, essa função da reciclagem

fica ainda mais importante. As pessoas que compõe a comunidade do

departamento passarão a pensar no destino do lixo que eles geram ao ver a

coleta seletiva no departamento, sendo esta a primeira vez que vêem uma coleta

seletiva ou terão a idéia reforçada por conviverem num local que procura

selecionar o material descartado.

Para realizar a coleta de materiais para reciclagem há três tipos básicos de

parceiros externos: cooperativas de catadores, sucateiros e recicladores. Os

recicladores são empresas que realizam a reciclagem, elas costumam comprar os

materiais já processados (já triado e prensado) e em grandes volumes (a partir de

uma tonelada), já sucateiros e cooperativas de catadores se diferem na obtenção

dos materiais, enquanto os catadores buscam materiais recicláveis nos lixos das

ruas e aceitam doações, os sucateiros compram material de empresas ou de

pessoas dispostas a coletar e vender estes materiais para reciclagem. Sucateiros

e cooperativas aceitam material em volumes menores desde que recebam o

material, mas para buscarem o material eles exigem um volume entre 500 e 1000

Page 67: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

55

quilos de lixo seco. Os contatos de alguns possíveis parceiros podem ser

encontrados no anexo B.

Os valores pagos pelos sucateiros variam entre: R$ 0,17 e R$ 0,20 o quilo para

papel branco (A4, almaço e bobinas para fax), R$ 0,02 e R$ 0,05 o quilo para

papéis coloridos e outros (jornais, revistas, papelão, etc.), R$ 0,17 e R$ 0,20 para

o quilo de plásticos em geral e entre R$0,00 e R$ 0,04 para o quilo de vidros.

Material eletrônico danificado não tem valor.

Apesar das opções apresentadas, há uma diretriz do USP Recicla, apoiada pelo

departamento Jurídico da Reitoria, de que vender o lixo em benefício de

indivíduos não é permitido por ele ser de propriedade da USP. Logo, como não há

como realizar a entrada contábil desse valor, também não é permitido que esse

valor seja deixado como caixinha para os funcionários.

Com o processo de coleta seletiva para realização da reciclagem pretende-se

criar um ciclo renovável para os materiais, criando assim uma ligação entre a

ponta final, o descarte, e a ponta inicial, a demanda. As figuras 14, 15, 16 e 17

ilustram, em linhas gerais, como serão os ciclos completos (da compra à

reciclagem dos materiais) dos principais materiais para cada perfil de usuário no

departamento, de qualquer modo ainda há materiais que não são recicláveis,

logo, não há o que fazer senão descartá-los com o lixo comum (não-reciclável).

Para cada perfil de usuário foram selecionados os principais materiais usados

daquele perfil, mas não significa que os materiais selecionados para um perfil não

seja usado por usuários de outros perfis.

Page 68: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

56

FLUXO MATERIAIS - PROFESSOR

Papel

Secretaria Coletor de papel nas

salas

ProfessorProfessor

AlunoAluno

Cartuchos

Pedido para novo

cartucho

Entrega do cartucho novo e

recolhimento do usado

POLI encaminha o

cartucho usado para

refil

Coletor de papel nos corredores

Contêiner Coleta seletiva

Reciclagem

Figura 14: Ciclo dos principais materiais usados pelos professores

FLUXO MATERIAIS – FUNCIONÁRIOS SECRETARIA

PapelSecretaria Coletor de

papel nas salas

FuncionárioFuncionário

Contêiner Coleta seletiva

Reciclagem

ProfessorProfessor

Figura 15: Ciclo dos principais materiais usados pelos funcionários da secretaria

Page 69: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

57

FLUXO MATERIAIS – FUNCIONÁRIO COPA

Copa

Separação das

embalagens plásticas

FuncionárioFuncionário

Contêiner Coleta seletiva

Reciclagem

OutrosusuáriosOutros

usuários

Café

MaterialLimpeza

Biscoitos

Separação das

embalagens de papel

Descarte comum das embalagens de biscoito

Coleta simples da Prefeitura

Separação das do café coado

para compostagem

Centro de compostagem

na USP

Adubo para jardins da

USP

Figura 16: Ciclo dos principais materiais usados pelo funcionário da copa

FLUXO MATERIAIS – ALUNOS

CoposPlásticos

Copa

Coletores nos

bebedouros

AlunoAluno

ProdutosDiversos

Descarte nos

coletores nos

corredores

Contêiner Coleta seletiva

Reciclagem

Orgânico

Plástico

Metal

Papel

Comum

Coleta simples da Prefeitura

Centro de compostagem

na USP

Adubo para jardins da

USP

PapelToalha

Coletores nos nos

banheiros

Figura 17: Ciclo dos principais materiais usados pelos alunos

Page 70: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

58

Estesão os ciclos completos, mas o que precisa ser implementado para que

esses ciclos possam ocorrer são processos de coleta seletiva, separando os

materiais recicláveis dos demais para que possam ser enviados aos devidos

parceiros.

Coleta de Papel

RECICLAGEM PAPEL

ContêinerA

Recolher papel nos recipientes nas salas,

papel toalha nos banheiros, jornais e

revistas na secretaria

D0...Dn

Equipe limpeza POLI

Recolher papel nos recipientes nas salas,

papel toalha nos banheiros, jornais e

revistas na secretaria

D0...Dn

Equipe limpeza POLI

Recolher embalagens na copa

D0...Dn

Funcionário Copa

Recolher embalagens na copa

D0...Dn

Funcionário Copa

Encaminhar papel para ser

levado para reciclagem

Dn

Limpeza FCAV

Encaminhar papel para ser

levado para reciclagem

Dn

Limpeza FCAV

Recolher material dos coletores para papel

no pátio e papel toalha nos banheiros

D0...Dn

Limpeza FCAV

Recolher material dos coletores para papel

no pátio e papel toalha nos banheiros

D0...Dn

Limpeza FCAV

Figura 18: Coleta de papel

Como o papel é o material com maior volume no departamento é o que requer

maior atenção na coleta, isso também porque todos os funcionários e professores

geram papel como lixo. Apesar disso não é um lixo preocupante porque ele se

decompõe com relativa facilidade se descartado na natureza (de 3 meses a 1

ano) e pode até ser compostado, se tornando adubo, se esse fosse o caso, assim

o impacto ambiental que ele causa é baixo, sendo relevante pelo volume gerado.

A figura 18 ilustra o processo de coleta de papel no departamento .

Coleta de Plástico

Page 71: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

59

RECICLAGEM PLÁSTICO

ContêinerB

Recolher embalagens na

Copa

D0...Dn

Func. Copa

Recolher embalagens na

Copa

D0...Dn

Func. Copa

Encaminhar plástico para

ser levado para reciclagem

Dn

Limpeza FCAV

Encaminhar plástico para

ser levado para reciclagem

Dn

Limpeza FCAV

Separar embalagens

descartadas nas salas e recolher

copos descartáveis em bebedouros

D0...Dn

Limpeza POLI

Separar embalagens

descartadas nas salas e recolher

copos descartáveis em bebedouros

D0...Dn

Limpeza POLI

Recolher material dos coletores para plástico no pátio e

copos nos bebedouros

D0...Dn

Limpeza FCAV

Recolher material dos coletores para plástico no pátio e

copos nos bebedouros

D0...Dn

Limpeza FCAV

Figura 19: Coleta de plástico

A maioria absoluta dos plásticos é produzida a partir de petróleo, logo o descarte

dele no ambiente tem, além de um alto custo ambiental, um alto custo econômico

já que o petróleo é uma fonte não-renovável de recursos.

Um copo descartável demora 50 anos para se decompor naturalmente, enquanto

garrafas de polietileno tereftalato (PET) e outras embalagens de plástico,

geralmente polietileno de alta densidade (PEAD), chegam a demorar 500 anos

para serem absorvidas pelo meio-ambiente.

Portanto, apesar do pequeno volume gerado no departamento (em relação ao

papel), deve-se ter a mesma ou ainda maior preocupação com o descarte de

plásticos. A figura 19 ilustra o processo de coleta de plástico no departamento .

Page 72: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

60

Coleta de Vidro

RECICLAGEM VIDRO

ContêinerE

Recolher embalagens de

vidro

D0...Dn

Funcionário Copa

Recolher embalagens de

vidro

D0...Dn

Funcionário Copa

Encaminhar vidro para ser

levado para reciclagem

Dn

Funcionário Copa

Encaminhar vidro para ser

levado para reciclagem

Dn

Funcionário Copa

Lavar embalagens de

vidro

D0...Dn

Funcionário Copa

Lavar embalagens de

vidro

D0...Dn

Funcionário Copa

Figura 20: Coleta de vidros

O vidro é o material que demora mais para se decompor na natureza, estima-se

que demore 1 milhão de anos para a natureza absorver um fragmento de vidro.

No departamento, dentro dos materiais analisados, o único que contem vidro são

as geléias, que possuem embalagens de vidro.

A pouca quantidade do material e a facilidade de reciclar esse tipo de vidro

simplificam esse fluxo. A reciclagem do vidro é a única com 100% de

reaproveitamento, 1 quilo de vidro descartado gera 1 quilo de material reciclável.

A figura 20 ilustra o processo de coleta de vidro no departamento.

Page 73: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

61

Coleta de Metal

RECICLAGEM METAL

Contêiner

Recolher embalagens de metal nas salas

D0...Dn

Limpeza POLI

Recolher embalagens de metal nas salas

D0...Dn

Limpeza POLI Encaminhar metal para ser

levado para reciclagem

Dn

Funcionário Copa

Encaminhar metal para ser

levado para reciclagem

Dn

Funcionário CopaRecolher embalagens de

metal dos coletores no

pátio

D0...Dn

Limpeza FCAV

Recolher embalagens de

metal dos coletores no

pátio

D0...Dn

Limpeza FCAV

Figura 21: Coleta de metal

Não foi identificado nenhum material de metal na base de dados de compras de

2005, mas há o consumo de latas de alumínio por alunos, professores e

funcionários. Para isso serão colocados coletores especiais para metal no pátio e

corredores do departamento. O metal é um material preocupante quanto ao seu

descarte, nos aterros os metais levam mais de mil anos para se decompor. A

figura 21 ilustra o fluxo para os materiais de metal no departamento.

Page 74: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

62

Coleta e doação de Eletrônicos

POLI

ELETRÔNICOS

Instalar novos equipamentos e

retirar os velhos

A0

Funcionário TI

Instalar novos equipamentos e

retirar os velhos

A0

Funcionário TI

Usar equipamento

A0...A3

Usuários

Usar equipamento

A0...A3

Usuários

Produto: Eletrônicos diversos

Comprar?

Sim

Não

Trocar a peça ou

equipamento

A0...A3

Funcionário TI

Trocar a peça ou

equipamento

A0...A3

Funcionário TI

HQuebra

?Sim

Não

Fonte: Vanzolini / POLIResponsável: TI

Usuários principais: Professores e Funcionários

Avaliar caso-a-caso a

necessidade de comprar novos equipamentos

A0

Funcionário TI

Avaliar caso-a-caso a

necessidade de comprar novos equipamentos

A0

Funcionário TI

Manter equipamento

A0...A3

Usuários

Manter equipamento

A0...A3

Usuários

Repassar equipamento

para outro usuário?

Não

Sim

POLI ou Vanzolini

?

VanzoliniI

Devolver para a POLI

A0

Funcionário TI

Devolver para a POLI

A0

Funcionário TI

Figura 22: Fluxo de eletrônicos

O fluxo de eletrônicos (basicamente computadores e periféricos) está separado

dos demais por se tratar de um bem permanente, fazendo parte do ativo

imobilizado, o que significa que é um bem que sofre depreciação. A figura 22

ilustra o fluxo de materiais eletrônicos no departamento, este é o fluxo atual de

material eletrônico no departamento e fundação.

De acordo com a lei brasileira a depreciação de computadores e periféricos

(hardware) se dá em 5 anos (20% do valor ao ano), logo se a doação de um

equipamento ocorre antes de 5 anos da instalação do equipamento incorre um

débito do patrimônio da instituição, enquanto se a doação for realizada após do

período de depreciação não haverá transação de valores contábeis apenas a

saída do equipamento da instituição. Há outra questão contábil envolvendo

computadores, o simples ato de abrir um computador para trocar uma peça faz o

mesmo perder seu valor contábil. (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2006).

Page 75: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

63

Voltando ao fluxo de equipamentos eletrônicos. Segundo a área de TI as trocas

de computador acontecem, aproximadamente de três em três anos. Com um

limite máximo de 10 computadores por ano. A avaliação para troca de

computadores segue os seguintes critérios: distância do padrão, aplicação e

regime de trabalho, sendo que este último só é aplicável aos professores e todos

tem graduação de 0 a 10. Distância do padrão é um indicador de quanto o

computador do usuário está inferior ao computador padrão definido no

departamento, aplicação é um indicador das necessidades do usuário quanto ao

uso do equipamento, por exemplo, professores que trabalham com modelos

matemáticos complexos um uma graduação maior nesse quesito por precisarem

de um equipamento que suporte estes cálculos, e por último o regime de trabalho,

considera se o professor trabalha em regime integral ou parcial no departamento.

Considerando-se estes quesitos chega-se a uma lista que define quem tem maior

prioridade para trocar de computador. A parte dessa análise ficam os

computadores das salas dos alunos de pós-graduação, que pela alta aplicação

sempre que necessário tem prioridade na troca.

Quando comprados e instalados os novos equipamentos o primeiro passo é

verificar se o equipamento velho pode ainda ser usado por outro funcionário ou

professor, caso haja essa possibilidade o computador é repassado e o

computador mais antigo tem dois caminhos possíveis, se ele pertencer a EPUSP

ele deve ser devolvido à escola e, centralmente, ela define uma instituição para

doar os equipamentos, já se o equipamento pertencer a Fundação Vanzolini ele é

devolvido para fundação e descartado.

Paralelo às trocas há a manutenção dos equipamentos, que envolvem a

substituição de peças quebradas, essas peças recolhidas são avaliadas e se

realmente não houver viabilidade no conserto elas são jogadas fora. Diante desse

cenário a figura 23 sugere duas propostas de aproveitamento destes materiais.

Quanto aos equipamentos da fundação que não serão mais utilizados, eles

podem ser doados para instituições beneficentes que necessitem de

equipamentos, já as peças quebradas podem participar da coleta de recicláveis já

que as peças podem ser desmontadas e reutilizadas ou recicladas em suas

partes. Esta proposta ainda depende da revisão do pessoal de tecnologia.

Page 76: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

64

RECICLAGEM E DOAÇÃO DE ELETRÔNICOS

Separar peças sem conserto

na manutenção

D0... M4

Funcionário TI

Separar peças sem conserto

na manutenção

D0... M4

Funcionário TI

Levar peças para o

funcionário da copa

M4

Funcionário TI

Levar peças para o

funcionário da copa

M4

Funcionário TI

Levar peças para serem levadas para reciclagem

M4

Funcionário Copa

Levar peças para serem levadas para reciclagem

M4

Funcionário Copa

H

Juntar todos equipamentos que não serão mais utilizados

A0

Funcionário TI

Juntar todos equipamentos que não serão mais utilizados

A0

Funcionário TI

Verificar associações que precisam

de computadores

A0

Funcionário TI

Verificar associações que precisam

de computadores

A0

Funcionário TI

Doar equipamentos

M4

Funcionário TI

Doar equipamentos

M4

Funcionário TI

I

Infor-mática

Figura 23: Coleta e doação de eletrônicos

Page 77: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

65

Coleta para compostagem de material orgânico

COMPOSTAGEM DE ORGÂNICOS

CopaC

Recolher material dos

coletores para orgânicos no

pátio

D0...D7

Limpeza FCAV

Recolher material dos

coletores para orgânicos no

pátio

D0...D7

Limpeza FCAV

Levar lixo orgânico para

uma composteira do

campus

D7

A ser definido

Levar lixo orgânico para

uma composteira do

campus

D7

A ser definido

Recolher restos orgânicos em

reuniões, lanches e eventos

D0...D7

Funcionário Copa

Recolher restos orgânicos em

reuniões, lanches e eventos

D0...D7

Funcionário Copa

Recolher filtros de papel

usados com café, saches de

chá e outros restos na copa

D0...D7

Funcionário Copa

Recolher filtros de papel

usados com café, saches de

chá e outros restos na copa

D0...D7

Funcionário Copa

Figura 24: Compostagem de material orgânico

O material orgânico descartado no departamento é pequeno, mas como há

diversas iniciativas de composteiras na USP cabe ao departamento incluí-las

como parceiras na diminuição do lixo gerado, pela base de dados de 2005 este

material é basicamente composto pelos filtros de café e saches de chá usados,

também há esporádicos restos de lanches das reuniões e eventos, mas ainda há

o material descartado nos corredores e no pátio do departamento para serem

avaliados, além do material gerado na lanchonete que não esta sendo aqui

considerado.

Pelo volume pequeno e a falta de espaço físico no departamento não é viável a

construção de uma composteira no departamento, por mais simples que seja a

estrutura e manutenção desta. A figura 24 ilustra o processo de coleta de material

orgânico no departamento.

Page 78: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

66

Dada rápida decomposição do material e aos incômodos que trazem armazená-lo

(mau cheiro, atrai animais, etc.) o período máximo de uma semana deve ser

considerado para algum voluntário levá-lo a uma composteira no campus de São

Paulo da USP.

Descarte Comum

DESCARTE COMUM

F

Recolher lixo comum de corredores,

salas e banheiros

D0

Funcionário Copa

Recolher lixo comum de corredores,

salas e banheiros

D0

Funcionário Copa

Encaminhar para coleta de lixo municipal

D0

Funcionário Copa

Encaminhar para coleta de lixo municipal

D0

Funcionário Copa

Figura 25: Descarte comum

Há uma série de materiais que não podem ser reciclados, seja por razões

técnicas (como alguns tipos de embalagens de biscoito que são de termoplásticos

aluminizados) ou razões sanitárias (como por exemplo papel higiênico), ou que a

sua reciclagem ainda não tem um processo economicamente viável, para estes

materiais o lixo comum ainda é o único destino. A figura 25 ilustra o processo de

coleta de lixo não-reciclável no departamento .

Page 79: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

67

Coleta de Pilhas

DESCARTE DE PILHAS

GLevar pilhas

para a Secretaria

D0... Dn

Usuários

Levar pilhas para a

Secretaria

D0... Dn

Usuários

Recolher as pilhas e separar em recipiente

D0... Dn

Func. Secretaria

Recolher as pilhas e separar em recipiente

D0... Dn

Func. Secretaria

Levar para local de descarte

especial para pilhas e baterias

Dn

A ser definido

Levar para local de descarte

especial para pilhas e baterias

Dn

A ser definido

Secre-taria

Figura 26: Descarte de pilhas

Apesar das pilhas hoje serem industrializadas no Brasil dentro dos limites de

metais pesados definidos pelo CONAMA, isso não significa que os metais

pesados das pilhas sejam menos agressivos em relação ao meio ambiente,

apenas significa que as pilhas têm menos metais pesados que tinham antes. A

Resolução 257 do CONAMA sobre pilhas e baterias, de 30 de julho de 1999

determina que a responsabilidade sobre os procedimentos de coleta,

armazenamento, transporte, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição

final ambientalmente adequada desses resíduos é dos fabricantes e

importadores. A figura 26 ilustra o processo de coleta de pilhas no departamento .

O volume de pilhas no departamento é pequeno, segundo esta análise são 6

pilhas descartadas por mês, em média, mas por ser, dentre os lixos não-

industriais, o lixo com maior impacto ambiental deve-se tomar as devidas

precauções com o seu descarte. Deve-se acumular as pilhas e baterias usadas

Page 80: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

68

por um período de tempo e em seguida levá -las para o descarte. A sugestão é

que haja um lixo dentro da secretária e que as pessoas levassem as pilhas até lá

para serem descartadas. Há diversos pontos de coleta, é necessário um

voluntário disposto a levar as pilhas e baterias sempre que necessário, e caberia

a ele identificar o ponto de coleto mais acessível para o descarte, uma proposta

seria considerar qualquer hipermercado Carrefour, já que todos possuem posto

de coleta de pilhas e baterias.

É interessante aproveitar essa ação e abrangê-la, fazendo com que funcionários,

professores e alunos tragam suas pilhas de casa para serem descartadas

corretamente pelo departamento, assim ainda divulgando as ações do mesmo,

centralizando assim o descarte de pilhas na secretaria. Essa iniciativa ainda deve

ser discutida no departamento e caso seja levada em frente terá a comunicação

como peça fundamental para ser eficaz.

Outro material que exige descarte especial são as lâmpadas fluorescentes, mas

estas, como os cartuchos de impressora, são fornecidas pela EPUSP que ao

trocar a lâmpada usada recolhe a velha e faz o descarte adequado. Ela não

entrou na análise porque a responsabilidade pela troca de lâmpadas é da

manutenção central da EPUSP.

Page 81: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

69

7.4. Piloto de reciclagem

Materiais críticos

Os materiais críticos escolhidos para ter uma coleta especial durante o piloto

foram: o papel das salas de professores e demais salas administrativas do

departamento, os copos plásticos descartados nos bebedouros e as pilhas, tendo

seu descarte centralizado na secretaria do departamento.

Comunicação do piloto

Foram espalhados cartazes pelo departamento e enviados e-mails para

professores, alunos e funcionários semanalmente. A intenção era que houvesse

também uma reunião apresentando o projeto para professores e funcionários do

departamento, mas não foi possível a sua realização.

Parte das idéias para comunicação e para a realização do piloto foram colhidas

em entrevistas com professores, funcionários e alunos. Isso vale tanto para a

comunicação e processo inicial como para as alterações durante o piloto. Essas

entrevistas tinham como propósito avaliar as propostas de redução e reutilização

do uso dos materiais e de energia (no caso das impressoras) e avaliar o uso do

papel por professores e funcionários, mas durante as entrevistas foram

levantadas também sugestões para o piloto. O guia para as entrevistas tinha os

seguintes pontos:

• Sugestões para realização e comunicação do piloto;

• Entender o ponto de vista dos usuários para as seguintes propostas de

redução:

o Troca de açúcar em saches por açucareiro;

o Substituir galões de água por bebedouros de água filtrada;

o Diminuir número de impressoras para uma por sala;

o Diminuir o uso de copos descartáveis com o uso de canecas;

• Entender o uso de papel dos professores e funcionários levantando os

seguintes pontos:

o Caracterização dos documentos impressos;

Page 82: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

70

o Caracterização de documentos necessariamente impressos com

cor;

o Número de páginas que o usuário consegue ler em cópia digital;

o Entender se os usuários imprimem mudam as configurações das

impressoras para imprimir diferentes tipos de documentos;

o Aceitação do uso de papel reciclado.

Realização do piloto

O piloto no departamento teve início no dia 18/10, quarta-feira, e tem a previsão é

que dure um mês, se encerrando no dia 17/11. O piloto consiste de:

• Um conjunto de 5 coletores (lixeiras adaptadas) para separação dos

materiais na entrada do departamento (lixo comum (não-reciclável), papel,

plástico, metal e orgânico);

• Coletores exclusivos para papel em todas as salas de professores e

secretaria;

• Tornar as lixeiras ao lado dos galões de água em coletores exclusivos para

copos plásticos;

• Tornar a secretaria do departamento em um posto de separação de pilhas

e baterias;

• Recolher o papel toalha descartado nos banheiros.

No caso do papel toalha, o lixo é apenas recolhido nos coletores ao lado das pias

dos banheiros do departamento , já para os copos descartáveis foram colocados

avisos nos locais (além dos e-mails e cartazes) pedindo para que as pessoas

apenas descartassem copos naquele coletor. A figura 27 mostra um aviso fixado

num desses coletores para copos.

Os papéis toalha e copos descartáveis foram recolhidos em todo departamento,

tanto pela equipe de limpeza contratada pela Fundação Vanzolini como pela

contratada pela EPUSP.

Page 83: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

71

Figura 27: Cartaz para separação de copos

Para o conjunto de 5 coletores na entrada do departamento foram recolhidas 5

lixeiras para serem transformadas em coletores e montados pequenos cartazes

para identificar o material a ser jogado nos coletores. A diferença entre uma lixeira

e um coletor é que a lixeira acumula lixo e o coletor é usado para recolher

materiais que poderão ser reciclado, logo o uso do termo coletor neste trabalho. A

figura 28 mostra os coletores colocados na entrada do departamento.

O material destes coletores na entrada do departamento foram recolhidos pela

equipe contratada pela Fundação Vanzolini.

Page 84: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

72

Figura 28: Coletores na entrada do departamento

Para recolher o papel nas salas de professores e salas administrativas e recolher

as pilhas na secretária foram escolhidas pastas para arquivo morto e foram

montados cartazes para acompanhá-las. A figura 29 mostra os coletores usados

para pilhas e papel na entrada do departamento.

O papel foi recolhido pela equipe de limpeza contratada pela EPUSP e as pilhas

são recolhidas pelos funcionários da secretaria.

Page 85: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

73

Figura 29: Coletores de papel e pilhas

Page 86: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

74

Exceto as pilhas, os demais materiais foram armazenados nos espaço em cima

da copa do departamento , no segundo andar do bloco FG, a funcionária da copa

ficou responsável por organizar o lixo.

Logo o processo do piloto ficou desenhado da seguinte forma:

• As equipes de limpeza do departamento e da fundação recolhem os copos

descartáveis e o papel toalha diariamente e levam até a copa;

• A equipe de limpeza da EPUSP recolhe os papéis direto dos coletores de

papel e as garrafas plásticas e latas de metal do lixo comum das salas do

departamento e os leva até a copa diariamente;

• A equipe da FCAV recolhe os materiais dos coletores na entrada do

departamento apenas quando o coletor estiver cheio e os leva para copa

(isso para poupar sacos de lixo);

• No final do período de um mês serão recolhidos os materiais de papel,

plástico e metal, serão pesados e entregues a uma cooperativa;

• No caso do material orgânico, eles serão levados semanalmente para uma

composteira da USP.

• No caso de pilhas e baterias, elas serão levadas no fim do piloto para um

posto de coleta especial.

A figura 30 tem o desenho do processo para o piloto.

Page 87: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

75

PILOTO DE RECICLAGEM

Copa

Chamar uma cooperativa

para recolher o material coletado

D30

-

Chamar uma cooperativa

para recolher o material coletado

D30

-

Recolher os copos dos lixos ao

lado dos bebedouros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Recolher os copos dos lixos ao

lado dos bebedouros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Recolher papel dos coletores nas

salas

D0...D30

Equipe EPUSP

Recolher papel dos coletores nas

salas

D0...D30

Equipe EPUSP

Copos descartáveis

Papel Toalha

Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Papel

Armazenar pilhas descartadas

D0...D30

Secretaria

Armazenar pilhas descartadas

D0...D30

Secretaria

Pilhas

Verificar os coletores

D0...D30

Equipe FCAV

Verificar os coletores

D0...D30

Equipe FCAV

Coletores: papel,

plástico, metal

Coletores cheios?

Não

Sim

Recolher coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Recolher coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Coletor: orgânico

Levar lixo orgânico para

uma composteira do

campus

D7

-

Levar lixo orgânico para

uma composteira do

campus

D7

-

Recolher material do coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Recolher material do coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Levar pilhas a um posto de coleta

D0...D30

-

Levar pilhas a um posto de coleta

D0...D30

-

Recolher plástico e metal do lixo

comum das salas

D0...D30

Equipe POLI

Recolher plástico e metal do lixo

comum das salas

D0...D30

Equipe POLI

Plástico e metas

Figura 30: Processo do piloto de reciclagem

Avaliações intermediárias do piloto

O piloto tem como objetivo testar algumas premissas adotadas no diagnóstico,

logo ele deve ser avaliado durante o seu decorrer para que se possa corrigir o

que havia sido elaborado apenas com base na teoria. Durante o piloto foram

avaliados tanto o funcionamento do processo como a comunicação do mesmo.

No fim da primeira semana de piloto o processo, houve um problema com o

coletor de papel. Ao esperar que os coletores estivessem cheios para serem

recolhido, para economizar sacos de lixo, os materiais de papel foram recolhidos

por alguém de fora, isto é provável dado o grande número de catadores que

circulam pela USP recolhendo lixo. Logo a solução encontrada foi que o material

daqueles coletores também fosse enviado a copa diariamente, evitando que ele

Page 88: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

76

ficasse com acesso fácil para catadores de lixo. A figura 31 mostra o processo

revisado do piloto.

PILOTO DE RECICLAGEM - REVISADO

CopaChamar uma cooperativa

para recolher o material coletado

D30

-

Chamar uma cooperativa

para recolher o material coletado

D30

-

Recolher os copos dos lixos ao

lado dos bebedouros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Recolher os copos dos lixos ao

lado dos bebedouros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Recolher papel dos coletores nas

salas

D0...D30

Equipe EPUSP

Recolher papel dos coletores nas

salas

D0...D30

Equipe EPUSP

Copos descartáveis

Papel Toalha

Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Recolher os papéis toalha dos lixos do banheiros

D0...D30

Equipes de Limpeza

Papel

Armazenar pilhas descartadas

D0...D30

Secretaria

Armazenar pilhas descartadas

D0...D30

Secretaria

Pilhas

Recolher material do coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Recolher material do coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Coletores: papel,

plástico, metal

Recolher coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Recolher coletor

D0...D30

Equipe FCAV

Coletor: orgânico

Levar lixo orgânico para

uma composteira do

campus

D7

-

Levar lixo orgânico para

uma composteira do

campus

D7

-

Levar pilhas a um posto de coleta

D0...D30

-

Levar pilhas a um posto de coleta

D0...D30

-

Recolher plástico e metal do lixo

comum das salas

D0...D30

Equipe POLI

Recolher plástico e metal do lixo

comum das salas

D0...D30

Equipe POLI

Plástico e metas

Figura 31: Processo revisado do piloto de reciclagem

Quanto a comunicação houve algumas sugestões específicas de alunos,

professores e funcionários, mas todos demonstram ter ficando sabendo do piloto,

seja pelos cartazes ou pelos e-mails. As sugestões resultaram em um e-mail e um

cartaz explicando melhor que material deve ser descartado em cada coletor

(papel, plástico, comum, metal e orgânico), mudanças nos cartazes para copos

descartáveis e nos cartazes dos coletores da entrada do departamento. As figuras

32, 33 e 34 mostram as mudanças na comunicação do piloto.

Page 89: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

77

Figura 32: Comunicação revisada dos coletores do pátio

Figura 33: Comunicação revisada dos coletores de copos

Page 90: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

78

Figura 34: Comunicação revisada dos cartazes

Page 91: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

79

Resultado do piloto

O término do piloto acaba no dia 17/11/2006, mas por motivos de datas o

resultado considerado para este trabalho é referente ao período de 18/10/2006 à

9/11/2006.

Os resultados aproximados para os materiais recicláveis neste período foram:

• Papel

o Papel Toalha da fundação: 93 quilos

o Papel Toalha do departamento: 31 quilos

o Salas do departamento e copa: 32 quilos

o Coletor na entrada do departamento : 3 quilos

• Plástico

o Copos descartáveis da fundação: 29 quilos

o Copos descartáveis do departamento : 12 quilos

o Coletor na entrada do departamento : 2 quilos

o Salas do departamento e copa: 1 quilo

• Metal

o Coletor na entrada do departamento : menos de 1 quilo

o Salas do departamento e copa: menos de 1 quilo

• Orgânico

o Os únicos materiais orgânicos descartados no coletor para material

orgânico na entrada do departamento foram duas cascas de banana

e os restos de uma maçã

• Pilhas

o Havia pilhas já guardadas na secretaria e não há um descarte

regular de pilhas, mas o descarte de pilhas já foi colocado no piloto

por se tratar de um material extremamente crítico para o meio-

ambiente.

Page 92: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

80

Os resultados foram obtidos na balança da cooperativa Cooperação, após o

material ser recolhido pela cooperativa no departamento. Os sacos estavam já

marcados com o tipo de material e origem (departamento ou fundação).

Houve um problema na primeira semana de piloto quando o papel do coletor na

entrada do departamento foi recolhido por alguém de fora, mas se o descarte de

papel for considerado o mesmo da média das outras duas semanas avaliadas o

volume obtido passaria a ser de 4,5 quilos.

Os resultados observados representam o descarte durante os meses de outubro e

novembro, sendo estes meses comuns de aula, não reflete os meses de férias

dos alunos nem meses mais quentes do ano, onde são esperadas mudanças no

consumo de materiais, em grande parte pelos alunos pelo consumo de água e

assim de copos durante os meses quentes e pela falta deles nos meses de férias.

Outro sinal apontado pelos funcionários de limpeza da POLI é que durante janeiro

os professores e funcionários têm o costume de realizar limpezas de arquivos e

reorganizarem seus materiais o que acaba por levar a um descarte mais intenso

de papel.

A tendência dos materiais descartados no pátio e corredores do departamento

(exceto coletores para copos) é diminuir nos meses de férias dos alunos e,

através desse resultado, pode-se dizer que o material coletado nestes coletores

tem um volume muito inferior ao dos coletados nos demais pontos do

departamento, mas como o piloto foi realizado só com um ponto de coleta

também não é possível aferir com precisão qual seria o volume total do material

descartado, para isso será preciso realizar avaliações futuras com a expansão do

número de coletores pelo departamento.

O único material que não obteve descarte adequado foi o material orgânico

coletado no coletor da entrada do departamento, e o volume real do material foi

muito abaixo do esperado e como este material não apresenta, no seu descarte,

nenhum perigo ao meio ambiente não há a necessidade de coletores específicos

para ele no departamento, só nos locais específicos de seu descarte, como a

copa e a lanchonete, onde ele pode ser facilmente separado e levado para

compostagem.

Page 93: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

81

7.5. Definição do processo de reciclagem

Processo implementado de reciclagem

Com o término do piloto acaba no dia 17/11/2006 serão observadas possíveis

alterações quantitativas e qualitativas no descarte do lixo , alterações em relação

aos resultados observados no dia 09/11. Caso não haja alterações significativas o

processo implementado deste trabalho será o aqui descrito:

• As equipes de limpeza do departamento e da fundação recolhem os copos

descartáveis e o papel toalha diariamente e levam até a copa;

• A equipe de limpeza da EPUSP recolhe os papéis direto dos coletores de

papel e as garrafas plásticas e latas de metal do lixo comum das salas do

departamento (salas de professores e administrativas) e os leva até a copa

diariamente;

• A equipe da FCAV recolhe os materiais dos coletores na entrada do

departamento (papel, plástico e metal) e leva até a copa diariamente;

• Toda quinta-feira serão recolhidos os materiais de papel, plástico e metal,

na copa e levados até a entrada do departamento para serem recolhidos

por uma cooperativa;

As figuras 35, 36, 37 e 38 ilustram o processo implementado de reciclagem.

Page 94: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

82

RECICLAGEM PAPEL

CopaA

Recolher papel nos recipientes nas salas,

papel toalha nos banheiros, jornais e

revistas na secretaria

D0...D7

Equipe limpeza POLI

Recolher papel nos recipientes nas salas,

papel toalha nos banheiros, jornais e

revistas na secretaria

D0...D7

Equipe limpeza POLI

Recolher embalagens na Copa

D0...D7

Funcionário Copa

Recolher embalagens na Copa

D0...D7

Funcionário Copa

Encaminhar papel para ser

levado para reciclagem pela

cooperativa

D7

Funcionário Copa

Encaminhar papel para ser

levado para reciclagem pela

cooperativa

D7

Funcionário Copa

Recolher material das lixeiras para papel na entrada e papel toalha

nos banheiros

D0...D7

Equipe Limpeza FCAV

Recolher material das lixeiras para papel na entrada e papel toalha

nos banheiros

D0...D7

Equipe Limpeza FCAV

Figura 35: Processo implementado para coleta de papel

RECICLAGEM PLÁSTICO

CopaB

Recolher embalagens na Copa

D0...D7

Funcionário Copa

Recolher embalagens na Copa

D0...D7

Funcionário Copa

Encaminhar plástico para

ser levado para reciclagem pela

cooperativa

D7

Funcionário Copa

Encaminhar plástico para

ser levado para reciclagem pela

cooperativa

D7

Funcionário Copa

Recolher embalagens plásticas nas salas e

copos descartáveis em bebedouros

D0...D7

Equipe Limpeza POLI

Recolher embalagens plásticas nas salas e

copos descartáveis em bebedouros

D0...D7

Equipe Limpeza POLI

Recolher material das lixeiras para plástico no pátio e copos nos

bebedouros

D0...D7

Equipe limpeza FCAV

Recolher material das lixeiras para plástico no pátio e copos nos

bebedouros

D0...D7

Equipe limpeza FCAV

Figura 36: Processo implementado para coleta de plástico

Page 95: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

83

RECICLAGEM METAL

CopaEncaminhar

Metal para ser levado para

reciclagem pela cooperativa

D7

Funcionário Copa

Encaminhar Metal para ser

levado para reciclagem pela

cooperativa

D7

Funcionário Copa

Recolher latas de metal nas salas

D0...D7

Equipe Limpeza POLI

Recolher latas de metal nas salas

D0...D7

Equipe Limpeza POLI

Recolher material dos coletores nas salas para metal no pátio

D0...D7

Equipe limpeza FCAV

Recolher material dos coletores nas salas para metal no pátio

D0...D7

Equipe limpeza FCAV

Figura 37: Processo implementado para coleta de metal

DESCARTE DE PILHAS

GLevar pilhas

para a Secretaria

D0... M6

Usuários

Levar pilhas para a

Secretaria

D0... M6

Usuários

Recolher as pilhas e separar em recipiente

D0... M6

Func. Secretaria

Recolher as pilhas e separar em recipiente

D0... M6

Func. Secretaria

Levar para local de descarte especial de

pilhas e baterias

M6

Voluntário

Levar para local de descarte especial de

pilhas e baterias

M6

Voluntário

Secre-taria

Figura 38: Processo implementado para coleta de pilhas e baterias

Page 96: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

84

Próximos passos

O que foi implementado até agora é o início do processo de reciclagem, mas é

importante seguir os passos para a expansão do processo para que ele atinja

toda área de responsabilidade do departamento e Fundação Vanzolini, em linhas

gerais os próximos passos seriam:

• Avaliar os investimentos nos coletores e em um contêiner para separar os

materiais recicláveis no departamento;

• Expandir a coleta de papel para todas as salas do departamento e

Fundação Vanzolini;

• Expandir a coleta no pátio e corredores do departamento;

• Iniciar a coleta na biblioteca do departamento;

• Iniciar a coleta de materiais orgânicos na copa e lanchonete;

• Iniciar a coleta de material eletrônico no departamento;

• Levar adiante as propostas de redução e reutilização de uso;

No anexo G há um guia para a implementação dos próximos passos com os

detalhes de cada um dos pontos acima e um resumo do que já está

implementado.

Coletores de lixo para coleta seletiva

Nos casos dos copos descartáveis e de papel foram feitas propostas para se

colocar coletores específicos para estes materiais nos locais onde são mais

comumente gerados. Uma cesta de papelão ou plástico para cada sala de

professor e sala administrativa para descarte de papel, e lixos especiais para

descarte de copos descartáveis ao lado dos bebedouros. Já no caso do material

descartado nos banheiros (papel higiênico e papel toalha), estes já são separados

pelo local de descarte, facilitando a coleta do papel toalha para reciclagem sem a

necessidade de um coletor especial.

Toda a discussão neste trabalho reflete o lixo gerado pelo material comprado no

departamento, mas há também o lixo trazido para o departamento que, em menor

quantidade, é descartado nos lixos por ele espalhados. Visando o descarte mais

adequado para este lixo uma proposta é colocar em alguns pontos os coletores

Page 97: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

85

para coleta seletiva, são aqueles coletores coloridos para separar os tipos de lixo.

As figuras 39 e 40 mostram exemplos destes tipos de coletores.

Figura 39: Coletores de lixo com cores (NATURAL LIMP, 2006)

Figura 40: Coletores de lixo em cores (unidades separadas) (NATURAL LIMP, 2006)

Não é viável colocar um conjunto desses em cada ambiente pelo custo deles e o

espaço que ocupam, mas ao mesmo tempo colocar estes coletores em um ou

dois pontos no departamento também não será suficiente, as pessoas não se

deslocarão grandes distâncias para realizar o descarte correto do seu lixo. Cada

conjunto tem o preço entre R$ 250,00 e R$ 350,00.

No anexo H há uma tabela de decisão para a compra de conjuntos de coletores

para materiais recicláveis, ela foi preenchida para definir os conjuntos de

coletores a serem colocadas no pátio do departamento , mas a tabela pode ser

usada para outras áreas modificando-se os pesos.

Para facilitar a coleta dos copos pelos funcionários podem ser comprados

coletores de copos (lixeiras específicas para copos descartáveis), que além

facilitar a coleta , deixando claro que aquele coletor é só para copos e não outros

Page 98: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

86

lixos, também diminuem o espaço necessário para armazenagem do lixo por

dispor os copos de uma maneira mais eficaz. São 10 bebedouros no total, sendo

que apenas 4 deles são mantidos pelo departamento, os demais são de

responsabilidade da Vanzolini.

As figuras 41, 42 e 43 mostram exemplos de coletores.

Figura 41: Coletor com compartimento para lixo comum (NATURAL LIMP, 2006)

Figura 42: Coletor simples com cesta (NATURAL LIMP, 2006)

Page 99: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

87

Figura 43: Coletor simples em tubo (NATURAL LIMP, 2006)

O coletor com compartimento para lixo comum deste fornecedor custa R$ 250,00,

o coletor simples com cesta custa R$ 69,00, enquanto o coletor de tubos de PVC

custa R$ 25,00.

Também buscando facilitar a coleta de um material específico, outra proposta é

deixar uma cesta para descarte exclusivo de papel em cada sala administrativa e

sala de professor. Isso facilita o trabalho do funcionário que coletará o papel.O

USP Recicla dá um subsídio para compra destes coletores. Eles possuem dois

tipos de coletores um de papelão e um de plástico, cabe ao departamento

escolher o que lhe parecer melhor. O subsídio do USP Recicla é de 50% na

compra das cestas através deles, a cesta plástica tem o valor total de R$ 13,00,

R$ 6,50 para o departamento, já a cesta de papelão tem o valor total de R$ 2,00,

R$1,00 para o departamento.

Para juntar o material recolhido no departamento pode ser comprado um

contêiner específico para guardar o material reciclável, os contêineres tem valores

entre R$300,00 e R$800,00 a figura 44 exibe um exemplo de contêiner que pode

usado no departamento .

Page 100: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

88

Figura 44: Contêiner (NATURAL LIMP, 2006)

7.6. Redução do uso e reutilização

Nesta seção se encontram as propostas de redução e reutilização de uso de

alguns dos materiais analisados. As propostas envolvendo estes 2 R’s tem a

vantagem de ao mesmo tempo reduzir a geração do lixo e reduzir também os

gastos com estes materiais.

Após a implementação completa do processo de reciclagem, com os usuários já

sensibilizados pelo descarte dos materiais, as questões de reutilização e redução

podem ser levantadas com eles como um próximo passo na mudança dos hábitos

da comunidade.

Estas propostas estão sendo consideradas à parte pela maior dificuldade de

implementação, já que elas alteram algum hábito dos usuários do material. Estas

propostas foram avaliadas em entrevistas com professores, funcionários e alunos

(foram entrevistados dezoito professores em regime integral no Departamento,

cinco funcionários e nove alunos do Departamento), verificando quantos usuários

apóiam as medidas e quantos são contra e porque são contra.

A figura 45 tem os gastos com cada tipo de material em 2005, é possível ver que

os gastos com impressões (cartuchos, toners e papel) somam quase R$ 30 mil, o

Page 101: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

89

que representa metade dos gastos com materiais no departamento. Logo, uma

redução em 20% das impressões representaria uma economia de algo em torno

de R$ 5 mil, quase 10% dos gastos com materiais.

BASE DE GASTOS COM MATERIAISDepartamento de Engenharia de ProduçãoR$ mil/ano, 2005

12.2

8.1

7.8

7.6

5.8

4.8

3.4

54.6

1.5

3.1

0.2

CartuchoPreto eBranco

Produtospara

banheiros *

CartuchoColorido

Papel ** Toner Material deEscritório

Lanche *** Produtospara copa

****

CoposBebedouros

Produtospara limpeza

TOTAL

* Produtos Kimberly Clarck** Papel A4 e Papel almaço

*** Produtos para consumo em eventos**** Produtos de consumo cotidiano

Fonte: Pedidos enviados para almoxarifado (Mercúrio), Notas reembolsada pela FCAV e material comprado com verba PROAP

Foram R$ 25,6 mil gastos só com

cartuchos e toners70 mil copos

descartáveis70 mil copos descartáveis

3 toneladas de papel

3 toneladas de papel

Figura 45: Base de gastos com materiais em 2005 (base analisada)

Açúcar em saches

O açúcar em saches é usado em eventos, reuniões e na sala de café do

departamento, mas pode ser simplesmente substituído por açucareiros para esse

fim, assim diminuindo consideravelmente o lixo e o gasto com esse material que,

naturalmente, é mais caro que o açúcar na embalagem tradicional.

Porém, esta medida não tem força com os usuários, a maioria de professores,

alunos e funcionários que utilizam açúcar não usaria um açucareiro por motivos

higiênicos. Segundo professores e funcionários um açucareiro era usado no

departamento, mas, além de ele atrair formigas e outros insetos, havia usuários

que usava a colher do açucareiro para misturar o café ou chá e colocavam a

colher de volta no açucareiro trazendo desconforto para o próximo usuário do

Page 102: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

90

açúcar. Portanto esta proposta não deve ser levada a diante, já que cerce de 55%

dos usuários que utilizam açúcar são contra a medida.

Copos Descartáveis (uso de professores e funcionários)

Comprar canecas duráveis para alunos, funcionários e professores utilizarem no

dia a dia. Essas ações diminuiriam a necessidade do uso de copos descartáveis.

A proposta é que cada qual se responsabilize por sua caneca, sua lavagem e

local para guardá-la.

O USP Recicla tem um programa para motivar o uso dessas canecas nos campi

da USP, ele vendem a caneca, que é produzida no campus da USP São Carlos,

com um subsídio para as unidades. O valor total da caneca é de R$ 1,40 e o

subsídio é de 50%, logo, cada caneca sai por R$ 0,70. Há ainda a possibilidade

de personalizar as canecas com um logo ou algo do gênero, nesse caso seria

necessário pedir uma cotação.

Durante as entrevistas professores e funcionários se dividiram, mas a maioria

deles se mostrou a favor da proposta, cerca de 60%, os que se declararam contra

a proposta levantaram as questões do desconforto em ter que lavar as canecas e

em se locomover constantemente com elas.

Copos Descartáveis (uso nos bebedouros)

Uma grande oportunidade de redução do uso de copos está na substituição dos

bebedouros com galões de água por bebedouros de pressão que usam a água

encanada, tomando essa iniciativa os copos descartáveis (de 180ml) nos

bebedouros deixariam de ser necessários.

Além da redução de lixo esse investimento também é vantajoso financeiramente.

Cada bebedouro custa em torno de R$ 550,00, como são três o investimento

inicial será de R$ 1650,00, mas haverá uma economia de aproximadamente

5.000 copos descartáveis por mês, que com o custo de R$ 0,03 por copo se torna

uma economia de R$ 150,00 por mês, e ainda uma economia na compra de

galões de R$ 45,00 (relativos a 15 galões de 20 litros por mês a R$ 3,00) . Há um

aumento pequeno de R$ 1,50 na conta de água mensal, mas levando todos os

números em 9 meses o investimento se paga (payback). No anexo D se encontra

a forma de cálculo de prazo de retorno utilizado.

Page 103: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

91

Nas entrevistas com professores, alunos e funcionários pode-se observar que os

a maioria dos alunos, sete dos nove alunos não vêem diferenças entre os

bebedouros de galão, já entre professores e funcionário apenas cerca de 55%

aprovam a idéia, logo, deve-se levar esta discussão adiante.

Material para impressão (papel A4 e cartuchos/toners)

Nas entrevistas realizadas com os professores e funcionários foram feitas

perguntas buscando entender os seus hábitos de impressão e quais os principais

documentos impressos por eles para que fosse possível identificar oportunidades

reais de diminuição no uso do papel.

Através das entrevistas foi possível identificar que os documentos impressos

pelos funcionários em grande volume são ofícios, resumos escolares e listas de

chamada, já os professores imprimem em grandes volumes trabalhos de alunos

que necessitam de correção e artigos para serem lidos com maior atenção.

Poucos professores se disseram capazes de ler documentos grandes na tela de

um computador, em média, segundo os professores, eles conseguem ler por volta

de 5 páginas em formato eletrônico, acima disso eles optam por imprimir o

material. Tanto professores quanto os funcionários disseram ter muito pouco

material colorido para imprimir, para os professores estes materiais são,

geralmente, artigos e trabalhos com gráficos coloridos ou fotos coloridas que

sejam fundamentais para o entendimento do material e relatórios finais para

apresentação para clientes de serviços de consultoria prestados por eles.

Quanto às configurações da impressora, os funcionários disseram não alterar as

configurações para imprimir diferentes materiais, já os professores se dividiram,

treze disseram alterar as configurações para documentos diferentes, já sete deles

disseram não alterar as configurações, mas mesmo os professores que disseram

alterar as configurações se referiram na sua maioria às configurações de

qualidade e cor, apenas cinco se referiram a usar impressões frente e verso.

Para verificar os padrões de impressão no departamento foram recolhidos durante

duas semanas (na segunda quinzena de outubro) as impressões deixadas na

impressora central (impressões que não foram recolhidas pelos usuários), nas

duas semanas o volume de papel era próximo a duas resmas de papel (mil folhas

de papel A4). Observando estas impressões não foi possível encontrar cópias

Page 104: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

92

configuradas para serem impressas em frente e verso ou cópias com duas

páginas por folha.

Com esse cenário a proposta seria uma padronização da configuração de uso da

impressora central para cada tipo de documento. Claro que professores e

funcionários precisam de liberdade para imprimir cada documento da melhor

maneira para a situação, a idéia aqui é uma sugestão de padrão para alguns

documentos, para que professores e funcionários tenham um guia e tenham em

mente o melhor aproveitamento do papel quando forem imprimir um documento,

sabendo que se não estão seguindo o padrão por razões objetivas. A tabela 4

mostra uma sugestão de padrão para alguns documentos, o como fazer é apenas

um exemplo ilustrativo, mas ele deve conter os passos para se fazer as

alterações na configuração da impressora.

Usuário Documento Padrão Como fazerTrabalhos de alunos para correção - Cópias frente e verso Geral

- Duas páginas por folha - Imprimir- Qualidade em rascunho - Propriedades

Artigos - Cópias frente e verso Cópias frente e verso- Qualidade em rascunho - Aba acabamento

- Imprimir em ambos os ladosMaterial para alunos em sala - Cópias frente e verso

- Duas páginas por folha Duas páginas por folha- Qualidade em rascunho - Aba acabamento

- Definir 2 páginas por folhaListas de presença - Cópias frente e verso

- Duas páginas por folha Qualidade em rascunho- Qualidade em rascunho - Aba Qualidade

- Definir qualidade 600 dpiOficios - Cópias frente e verso

- Qualidade em rascunho

Professores

Funcionários

Tabela 4: Padrões sugeridos para impressão de documentos

Papel Reciclado

Usando o conceito de rede viva (Capra, 2002), deve-se procurar fechar a rede

onde o alimento de uma empresa são os descartes ou resíduos de outra. Para

isso acontecer é importante participar da outra ponta, comprando o papel que foi

reciclado, claro que há restrições ao uso deste papel, mas em muitos casos ele

pode substituir o papel branco sem problema algum, a figura 46 exemplifica essa

rede.

Page 105: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

93

REDE VIVA DO PAPEL

Departamento

Recicladores

Comércio

Catadores ou Sucateiros

Departamento

Recicladores

Comércio

Catadores ou Sucateiros

Figura 46: Rede viva do papel

Há também uma questão econômica, já que o papel reciclado, ainda tem um

preço em torno de 20% maior do que o papel branco. Em entrevista com pessoas

do almoxarifado e do setor de compras da EPUSP foi constatado que nunca se

comprou papel reciclado centralmente, logo não há um valor de uma licitação de

compra deste produto. Atualmente o valor pago pelo departamento para EPUSP

na compra de uma resma de pape A4 (na verdade não é uma compra, mas um

desconto no orçamento) é de R$ 7,75, enquanto o valor pago normalmente por

distribuidores similares é algo em torno de R$ 9,50 (para os volumes do

departamento). No mercado é possível encontrar papel reciclado por R$ 11,60

reais, caso aberta uma licitação por papel reciclado é ponderado considerar um

redução proporcional no seu valor, ou seja, se de R$ 9,50 para R$ 11,60 tem-se

22% de aumento, se R$ 7,75 é o valor da papel branco pode-se dizer que o papel

reciclado tem o valor R$ 9,46. Na tabela 5 é possível analisar o impacto relativo

no orçamento dado pela substituição do papel branco pelo papel reciclado

(considerando o aumento de 22% no valor do papel reciclável em relação ao

papel branco), como a análise é relativa ela independe do valor, logo independe

do papel ser comprado pela EPUSP ou pela Vanzolini.

Page 106: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DOS MATERIAIS

94

Total papel branco (%)

Total papel reciclado (%)

Aumento em valor (%)

100% 0% 0%90% 10% 2%80% 20% 4%70% 30% 7%60% 40% 9%50% 50% 11%40% 60% 13%30% 70% 15%20% 80% 18%10% 90% 20%

Tabela 5: Impacto nos gastos com papel A4 pelo uso de papel reciclado

Este custo adicional pode ser considerado investimento por dois motivos: pela

diferenciação que gera na imagem do departamento dentro da comunidade USP

e pelo lado educacional pela exposição das pessoas ao material, que passam a

ver o mesmo valor que o departamento viu em usar o papel reciclável. Estes dois

motivos são subjetivos, mas o primeiro é o mesmo motivo que leva grandes

empresas a usarem papel reciclado. Há pesquisas que ilustram a preocupação

ambiental do brasileiro, em pesquisa realizada em 2002 pelo Ministério do Meio

Ambiente foram ouvidas duas mil pessoas em vários pontos do país e 35% dos

entrevistados disseram que haviam deixado de comprar algum produto por

acreditar que fazia mal ao meio-ambiente, já em pesquisa realizada em 2001 pelo

Instituto Akatu e Indicator/Gfk Pesquisa de Mercado foram ouvidas mil pessoas e

cerca de 69% declarou que consumir de forma consciente fasz parte dos seus

valores (SCHARF, 2004).

Nas entrevistas com professores e funcionários, cerca de 80% afirmaram que têm

algum uso para o papel reciclado no seu dia a dia e estariam confortáveis com

seu uso, os demais disseram se preocupar com o custo do material, enquanto nas

entrevistas com os alunos, sete dos nove alunos entrevistados afirmaram não ver

problemas em receber materiais em papel reciclado, os demais afirmaram que se

preocupariam com materiais que eles gostariam de tirar xérox, já que a cópia do

papel reciclado não possui qualidade.

Page 107: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

GESTOR DO LIXO

95

GESTOR DO LIXO

Page 108: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

GESTOR DO LIXO

96

8. Gestor do Lixo

As propostas feitas sobre a gestão do lixo no trabalho não são simples de ser

implementadas, e muito menos simples de serem mantidas, por isso seria

interessante criar a função de gestor do lixo.

Essa pessoa seria responsável por coordenar o processo de maneira geral. Num

primeiro momento seria a pessoa que faria o contato com os parceiros e

divulgaria as mudanças dentro do departamento, no inicio acompanharia de perto,

o recolhimento, armazenagem e descarte ou reciclagem do lixo, mas em seguida

quando os processos estiverem funcionando normalmente ele passaria a ser um

solucionador de problemas, acompanhando mais a distância o dia-a-dia do lixo. A

base para transição deste gestor do lixo está no guia de implementação no anexo

G encontra-se uma sugestão de guia para a implementação dos próximos passos

da reciclagem no departamento .

Page 109: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA

97

ANÁLISE DO USO DE

ENERGIA ELÉTRICA E

DE ÁGUA

Page 110: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA

98

9. Análise do uso de energia elétrica e de água

As análises relacionadas ao uso de energia e ao uso de água foram feitas em

paralelo ao trabalho sobre o uso dos materiais. O objetivo foi verificar se o

departamento estava de acordo com os regulamentos com as novas diretrizes

estabelecidas pelos Programas de Uso Racional de Energia e Água da USP,

PURE e PURA, respectivamente. Mais informações sobre o PURE e PURA

podem ser encontradas no anexo E.

As análises em detalhe se encontram no anexo F, mas o principal resultado deste

capítulo do trabalho foi o projeto enviado ao PURE, quanto ao uso de água o

departamento já tem seus equipamentos adequados às diretrizes do PURA.

9.1. Projeto - PURE

Todas as propostas de substituição de equipamentos podem ser subsidiadas e

implantadas pelo PURE, mediante a apresentação de uma proposta de projeto

com a situação atual da estrutura do departamento e, eventualmente, das

propostas de mudança. Na tabela 6 está um exemplo das informações a serem

enviadas para o PURE, os números são aproximados.

Tipo de ambiente Área (m²) Quantidade Equipamentos AtuaisQuantidade /

ambienteDetalhe dos

equipamentosLuminárias 3 Fosca

Reatores Eletromagnéticos 3 20WLâmpadas Fluorescentes 6 40WAr-Condicionado de janela 1 7.000 BTU

Luminárias 9 FoscaReatores Eletromagnéticos 9 20WLâmpadas Fluorescentes 18 40W

Ar-Condicionado Split 1 -... ... ... ... ... ...

Sala de Professor 10 29

Sala de Aula 40 12

Tabela 6: Exemplo de informações para requisição de projeto no PURE

Para se ter uma idéia os preços de alguns dos equipamentos (valores fornecidos

pelo PURE), sem a instalação, são:

• Lâmpadas 32W: R$ 8,00

• Reatores Eletrônicos: R$ 35,00

• Luminárias eficientes: R$ 70,00

Page 111: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANÁLISE DO USO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE ÁGUA

99

Então só para modificar estes equipamentos citados nas salas dos professores

seriam gastos R$ 10.527,00, não é possível estimar ganhos para o departamento

já que não temos seu consumo com precisão, mas segundo informações do

PURE em projetos de substituição de lâmpadas, luminárias e reatores a

diminuição do consumo varia entre 25% a 35%;

No anexo I se encontra o projeto enviado ao PURE em agosto de 2006,

solicitando as trocas de equipamentos (lâmpadas, luminárias, reatores e ar-

condicionados) no espaço físico de responsabilidade do Departamento de

Engenharia de Produção que corresponde às áreas ocupadas pelo departamento,

Fundação Vanzolini, Biblioteca e Centro Acadêmico (a Lanchonete por ter

passado por ter sido reformada a pouco tempo, no início de 2005, já está de

acordo com as novas diretrizes).

Page 112: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCLUSÃO

100

CONCLUSÃO

Page 113: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

CONCLUSÃO

101

10. Conclusão

O trabalho iniciou a discussão sobre sustentabilidade no departamento com o

processo de reciclagem implementado parcialmente e o projeto para substituição

de equipamentos de iluminação e ar-condicionado enviado ao PURE.

Um guia também foi gerado para viabilizar a implementação do processo

completo de reciclagem facilitando o trabalho da pessoa que ficará responsável

pela gestão deste processo e mantendo a as discussões levantadas neste

trabalho no departamento.

Como uma instituição de ensino pública cabe ao departamento manter esta

discussão se diferenciando dentro da Universidade de São Paulo e ampliando os

conhecimentos sobre o tema dentro da sua comunidade.

Page 114: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

LISTA DE REFERÊNCIAS

102

LISTA DE

REFERÊNCIAS

Page 115: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

LISTA DE REFERÊNCIAS

103

Lista de Referências

• CAPRA, F. Conexões Ocultas. São Paulo: Cultrix; 2002. 296 p.

• DEMAJOROVIC, J.; BESEN, G. R; RATHSAM, A. A. Os desafios da gestão compartilhada de resíduos sólidos face à lógica do mercado. [São Paulo]: [s.n.]; 2005. 15p.

• LUND, H. F. The McGraw Hill Recycling Handbook. [Nova York]: McGraw Hill; 1993.

• NETO, A. H.; SAIDEL, M. A.; ROMERO, M. Sustainability in public buildings. São Paulo: [s.n.], 2005. 6p.

• RIBEIRO, P. J. T. Embalagens de bens alimentares: contributos para a definição de políticas eco-eficientes em Portugal. 2002. 171p. Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia e Gestão de Tecnologia. Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior Técnico.

• RODRIGUES, P. Manual de iluminação eficiente. [Rio de Janeiro]: PROCEL; 2004. 36p.

• SCHARF, R. Manual de negócios sustentáveis. São Paulo: Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, 2004. 176p.

• SCHMIDHEINY, S.; HOLIDAY JR, C.; WATTS, P. Cumprindo o prometido: casos de sucesso de desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2002.

• SILVA, G. S.; TAMAKI, H. O.; GONÇALVES, O. M. Water conservation programs in university campi: the water conservation program of the University of São Paulo. São Paulo: [s.n.], 2005. 8p.

• VEIGA, J. E. Desenvolvimento Sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Garamond; 2005. 109-186p.

• <educar.sc.usp.br> (Acessado em 21/04/2006).

• <pa.esalq.usp.br > (Acessado no dia 31/05/2006).

• <pa.esalq.usp.br> (acessado em 02/06/2006).

• <www.arcoweb.com.br> (Acessado no dia 03/06/2006).

• <www.bebedouros.com.br> (acessado em 25/05/2006).

• <www.cecae-usp.usp.br/recicla> (acessado em 10/05/2006).

• <www.cecae-usp.usp.br/recicla> (Acessado no dia 10/05/2006).

Page 116: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

LISTA DE REFERÊNCIAS

104

• <www.cecae-usp.usp.br> (Acessado no dia 10/05/2006).

• <www.cempre.org.br> (acessado em 21/05/2006).

• <www.cetea.ital.org.br/ecodata.htm> (acessado em 21/05/2006).

• <www.cqgp.sp.gov.br> (Acessado no dia 02/06/2006).

• <www.eletrobras.com.br> (Acessado no dia 02/06/2006).

• <www.engefrio.com.br> (acessado em 02/06/2006).

• <www.kalunga.com.br > (acessado em 25/05/2006).

• <www.kfr.com.br> (acessado em 25/05/2006).

• <www.mma.gov.br > (Acessado no dia 12/05/2006).

• <www.naturallimp.com.br> (acessado em 31/05/2006).

• <www.officenet.com.br> (acessado em 25/05/2006).

• <www.osram.com.br> (Acessado no dia 03/06/2006).

• <www.poli.usp.br/pura> (Acessado no dia 10/05/2006).

• <www.poli.usp.br> (Acessado no dia 10/05/2006).

• <www.pure.usp.br > (Acessado no dia 10/05/2006).

• <www.receita.fazenda.gov.br> (acessado em 01/06/2006).

• <www.seeds.usp.br/pir> (Acessado no dia 02/06/2006).

• <www.worldwatch.org> (Acessado em 26/05/2006).

• <www.who.int> (Acessado em 26/10/2006).

• <www.zeri.org> (Acessado em 03/06/2006).

Page 117: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

105

ANEXO A

Page 118: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

106

ANEXO A

Açúcar

AÇÚCAR (EMBALAGEM DE 1 KG)

Volume anual: 170 unidadesValor anual: R$ 198,00Embalagem: Plástico

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaUsuários principais: Professores e Funcionários

Armazenagem: Copa

Copa Repassar açúcar para açucareiro

D0

Funcionário Copa

Repassar açúcar para açucareiro

D0

Funcionário Copa

Usar na preparação de alimentos ou

bebidas

Dn

Usuários

Usar na preparação de alimentos ou

bebidas

Dn

Usuários

Descartar a embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

D0

Funcionário Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico

B

Figura 47: Fluxo do açúcar

Observando as compras em 2005 percebe-se uma diferença entre o primeiro e o

segundo semestre, no primeiro semestre até junho foram comprados

aproximadamente 20 pacotes de açúcar a cada dois meses, enquanto no

segundo semestre foram comprados aproximadamente 20 pacotes por mês.

Esses valores nos dão uma idéia de consumo de aproximadamente 15 pacotes

por mês em média no ano. A figura 47 mostra o fluxo do açúcar.

A embalagem de açúcar é o único lixo gerado neste processo. Neste caso não há

oportunidades alternativas para reutilização já que o produto é ingerido pelo

usuário, como também não há como afirmar que há possibilidade de redução do

uso, mas neste caso há a oportunidade de reciclar a embalagem de plástico. O

Page 119: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

107

fluxo B para reciclagem de lixo reciclagem de plástico está representado na figura

19.

Adoçante

ADOÇANTE

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0...~D15

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0...~D15

Funcionário Copa

Usar adoçante em bebidas

D0...~D15

Usuários

Usar adoçante em bebidas

D0...~D15

Usuários

Recolher embalagens

D0...~D15

Funcionário Copa

Recolher embalagens

D0...~D15

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D15

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D15

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Volume anual: 24 unidadesValor anual: R$ 50,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaUsuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos e Reuniões

Armazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico

B

Figura 48: Fluxo do adoçante

Foi realizada apenas uma compra de 24 unidades no ano de 2005 e como uma

das premissas deste trabalho é que tudo que foi comprado foi utilizado no ano,

estima-se que foram utilizados 2 adoçantes por mês, logo descartadas 2

embalagens plásticas por mês. A figura 48 mostra o fluxo do adoçante.

No caso do adoçante a embalagem também é o único lixo gerado no fluxo. Não

há como definir alternativas de redução no uso, também não há oportunidades

alternativas de reutilização, mas há a oportunidade de reciclar a embalagem de

plástico, mas para isso é necessário que a embalagem seja enviada seca ao lixo.

O fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura 19.

Page 120: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

108

Açúcar sache

AÇÚCAR SACHE

Volume anual: 2.016 pacotesValor anual: R$ 49,00Embalagem: Papel

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaUsuários principais: Participantes de Eventos e Reuniões

Armazenagem: Copa

Organizar os saches para o

evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Organizar os saches para o

evento ou reunião

D0

Funcionário CopaDescartar a embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

D0

Funcionário Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico

A

Deixar saches na sala de café

D0

Funcionário Copa

Deixar saches na sala de café

D0

Funcionário Copa

CopaUsar o açúcar em bebidas e descartar as embalagens

D0

Usuários

Usar o açúcar em bebidas e descartar as embalagens

D0

Usuários

F

Figura 49: Fluxo do açúcar sache

Foram feitas 3 compras de mesmo volume (672 saches de açúcar) no ano, uma

em abril, uma em junho e a última em setembro. Como neste caso o uso do

produto implica diretamente no descarte da embalagem e como as compras são

periódicas no ano pode-se considerar que o uso é regular durante o ano, sendo

este de 39 saches por semana em média, logo são 39 embalagens descartadas

por mês. A figura 49 mostra o fluxo do açúcar sache.

Novamente a embalagem de açúcar em saches é o único lixo gerado neste

processo, só que nesse caso o lixo gerado tem um volume consideravelmente

maior o que no caso anterior. Sendo um produto de consumo ingerido pelo

usuário não há oportunidades alternativas de reutilização. Neste caso também

não há oportunidade de reciclagem da embalagem, porque se trata de papel

encerado, mas há uma oportunidade alternativa de redução no uso. O fluxo A

Page 121: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

109

para o descarte do papel está representado na figura 18 e o fluxo F para descarte

do lixo genérico está representado na figura 25.

Page 122: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

110

Lanches

LANCHES

Copa Levar para o evento ou reunião

D0...~D5

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0...~D5

Funcionário Copa

Descartar os restos

~D5

Funcionário Copa

Descartar os restos

~D5

Funcionário Copa

Volume anual: -Valor anual: R$ 2.027,00Embalagem: -

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaUsuários principais: Funcionários e Participantes de Eventos e Reuniões

Armazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico

C

Figura 50: Fluxo para lanches

A compra de lanches (sanduíches, bolos, salgados, etc.) é mais regular do que a

compra de frutas, acontece durante todo ano, apesar de ser concentrada no início

e fim de ano, para lanches não é possível estabelecer uma medida de volume, já

que é imprevisível o que irá sobrar de restos em uma reunião ou evento. A figura

50 mostra o fluxo dos lanches no departamento .

Da mesma maneira que as frutas, os lanches (com sanduíches, bolos, etc.)

apenas são comprados para eventos e reuniões no departamento, da mesma

maneira a compostagem do lixo orgânico gerado também é uma oportunidade

para os restos orgânicos durante os eventos. O fluxo C para reciclagem do lixo

orgânico está representado na figura 24.

Page 123: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

111

Biscoitos

BISCOITOS

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0...Dn

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0...Dn

Funcionário Copa

Comer biscoitos

D0...Dn

Usuários

Comer biscoitos

D0...Dn

Usuários

Recolher embalagens

D0

Funcionário Copa

Recolher embalagens

D0

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

Dn

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

Dn

Funcionário Copa

Embala-gem

vazia?

Sim

Não

Volume anual: 1.322 unidadesValor anual: R$ 1.721,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e funcionários

Produto: Orgânico

F

Figura 51: Fluxo para biscoitos e bolachas

Foram feitas quatro compras de biscoitos e bolachas no ano de 2005, uma em

fevereiro, uma em abril, uma em junho e a última em setembro, sendo que as

maiores compras foram realizadas em abril e junho, sendo que a de junho foi a

maior, o que aparentemente gerou um estoque, porque em setembro a compra foi

significativamente menor do que as de abril e junho. É difícil estimar o uso devido

aos grandes estoques na copa, mas novamente, seguindo a premissa, é possível

dizer que o consumo é contínuo e que mensalmente se consomem 110 pacotes

de bolacha, logo são descartadas, em média, 110 embalagens de biscoito por

mês. A figura 51 mostra o fluxo dos biscoitos no departamento.

Biscoitos e bolachas são consumidos diariamente no departamento, apesar de

serem também consumidas em eventos e reuniões. Nesse caso a embalagem é o

único lixo palpável, o farelo poderia ser considerado lixo, mas não há como

controlar sua geração nem descarte, porém a embalagem desses produtos

Page 124: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

112

geralmente é feita de um material termoplástico que ainda não tem um processo

economicamente viável de reciclagem, ou ainda, dependendo do termoplástico

em questão nem é possível a reciclagem do material. O fluxo F para descarte do

lixo comum (não reciclável) está representado na figura 25.

Frutas

FRUTAS

Copa Levar para o evento ou reunião

D0...~D10

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0...~D10

Funcionário Copa

Descartar os restos

~D15

Funcionário Copa

Descartar os restos

~D15

Funcionário Copa

Volume anual: -Valor anual: R$ 160,00Embalagem: -

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaUsuários principais: Participantes de Eventos e Reuniões

Armazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Orgânico

C

Figura 52: Fluxo para frutas

Foram compradas frutas apenas duas vezes no ano, em junho e dezembro. Isso

leva a entender que frutas são compradas apenas para eventos específicos,

esporadicamente, assim não há descarte contínuo de seus restos no ano. A figura

52 mostra o fluxo das frutas no departamento.

Para as frutas, que apenas são compradas para eventos específicos no

departamento, a única oportunidade dentro do conceito dos 3R’s é a

compostagem do lixo orgânico gerado. O fluxo C para reciclagem do lixo

orgânico está representado na figura 24.

Page 125: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

113

Café

CAFÉ (EMBALAGEM DE 0,5 KG)

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0... ~D2

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0... ~D2

Funcionário Copa

Preparar café

D0...~D2

Funcionário Copa

Preparar café

D0...~D2

Funcionário Copa

Recolher embalagens

D0

Funcionário Copa

Recolher embalagens

D0

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D2

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D2

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Beber na copa

D0...~D2

Funcionário Copa

Beber na copa

D0...~D2

Funcionário Copa

Volume anual: 170 unidadesValor anual: R$ 810,00Embalagem: Plástico

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos ou Reuniões

Produto: Orgânico

F

Figura 53: Fluxo para o café

O café preparado no departamento é consumido em eventos, reuniões ou na

própria copa por funcionários, o volume não é alto pela existência do contrato de

aluguel com a Italian Coffee, que mantém uma máquina de café no departamento.

A figura 53 mostra o fluxo do café no departamento

As compras de café são feitas quase que mensalmente e geralmente são de 20

pacotes o que permite assumir que o uso é regular ao longo do ano. No final são

usados aproximadamente 15 pacotes por mês, que terão suas embalagens

descartadas no lixo comum.

Nesse fluxo não é considerado o descarte do café já que ele é realizado junto

com o filtro de papel. Assim o único lixo gerado neste fluxo é o da embalagem de

café que não pode ser reciclada por ser feita de um material termoplástico. O

fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura 25.

Page 126: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

114

Chá

CHÁ

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Preparar chá

D0

Funcionário Copa

Preparar chá

D0

Funcionário Copa

Recolher saches

D0

Funcionário Copa

Recolher saches

D0

Funcionário Copa

Descartar saches com

resíduos orgânicos

D0

Funcionário Copa

Descartar saches com

resíduos orgânicos

D0

Funcionário Copa

Beber na copa

D0

Usuários

Beber na copa

D0

Usuários

Volume anual: 1.655 unidades (saches)Valor anual: R$ 133,00Embalagem: Papelão

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos ou Reuniões

Produto: Orgânico

C

Embala-gem vazia?

Sim

Não

Descartar embalagem

Dn

Funcionário Copa

Descartar embalagem

Dn

Funcionário Copa

F

Figura 54: Fluxo para o chá

O material teve duas grandes compras, uma em junho e outras duas em setembro

de 2005, as duas compras de setembro somadas são duas vezes maiores de

junho, mas seguindo a premissa de que tudo que foi comprado foi utilizado no ano

tem-se um uso médio de 138 saches por mês, são 45 caixas de chá a cada

quatro meses. A figura 54 mostra o fluxo do chá no departamento .

O chá preparado no departamento é consumido em eventos, reuniões ou na

própria copa por funcionários e professores. Nesse fluxo há dois tipos de descarte

o da embalagem que é de papelão e o do sache que é basicamente orgânico. O

uso é adequado e não há como reutilizar o material, assim a única oportunidade é

a reciclagem dos dois tipos de lixo. O fluxo F para descarte do lixo genérico está

Page 127: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

115

representado na figura 25 e o fluxo C para reciclagem do lixo orgânico está

representado na figura 24.

Page 128: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

116

Guardanapo

GUARDANAPO

Copa Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Recolher guardanapos

usados

D0

Funcionário Copa

Recolher guardanapos

usados

D0

Funcionário Copa

Descartar guardanapo

usado

D0

Funcionário Copa

Descartar guardanapo

usado

D0

Funcionário Copa

Usar na copa

D0

Usuários

Usar na copa

D0

Usuários

Volume anual: 50.400 unidadesValor anual: R$ 558,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Papel

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

B

F

Figura 55: Fluxo para guardanapos

Foram feitas três compras de guardanapo no ano, distribuídas ao longo do ano,

são 4.200 guardanapos utilizados e descartados por mês e são 5 embalagens

descartadas a cada quatro meses. A figura 55 mostra o fluxo de guardanapos no

departamento.

Os guardanapos são usados na copa e em eventos e reuniões no departamento.

Não há oportunidade de reutilização. Novamente há a oportunidade de reciclagem

da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está representado

na figura 19 e o fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura

25.

Page 129: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

117

Lã de Aço

LÃ DE AÇO

Copa Descartar lã de aço usada

Dn

Funcionário Copa

Descartar lã de aço usada

Dn

Funcionário Copa

Usar em limpezas na

copa

D0...Dn

Funcionário Copa

Usar em limpezas na

copa

D0...Dn

Funcionário Copa

Volume anual: 400 unidadesValor anual: R$ 7,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Funcionário da Copa

Produto: Metal

Produto gasto?

Sim

Não

F

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

B

Figura 56: Fluxo para lã de aço

Foi feita apenas uma compra de lã de aço no ano em setembro, mas novamente

deve-se considerar a premissa de que um ano é o período de regime, logo o que

foi comprado será utilizado no período de doze meses. Assim são 100 lãs de aço

a cada três meses, da mesma maneira são 100 embalagens no mesmo período.

A figura 56 mostra o fluxo de lã de aço no departamento.

A lã de aço é utilizada na copa. Neste caso não há oportunidade de reutilização

nem de redução do uso. Novamente a única oportunidade clara é a de reciclagem

da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está representado

na figura 19 e o fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura

25.

Page 130: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

118

Luva Cirúrgica

LUVA CIRÚRGICA

Copa Descartar luva cirúrgica

D0

Funcionário Copa

Descartar luva cirúrgica

D0

Funcionário Copa

Usar em limpezas diversas

D0

Funcionário Copa

Usar em limpezas diversas

D0

Funcionário Copa

Volume anual: 100 unidadesValor anual: R$ 40,00Embalagem: Papelão

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: DiversosDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Funcionário da Copa

Produto: Plástico

ADescartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

F

Figura 57: Fluxo para luva cirúrgica

Foi feita uma compra em outubro do material, mas seguindo as premissas deve-

se considerar o uso ao longo do ano, são assim 25 luvas a cada três meses e 1

embalagem a cada 6 meses. A figura 57 mostra o fluxo de luvas cirúrgicas no

departamento.

A luva cirúrgica é utilizada durante limpezas na copa. Outra vez não há

oportunidade de reutilização nem de redução do uso. A oportunidade clara é a de

reciclagem da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está

representado na figura 19 e o fluxo F para descarte do lixo genérico está

representado na figura 25.

Page 131: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

119

Sucos

SUCOS

Volume anual: 153 unidadesValor anual: R$ 342,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Orgânico

Copa

Levar para o evento ou reunião

Dn

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

Dn

Funcionário Copa

Beber suco

D0...Dn

Usuários

Beber suco

D0...Dn

Usuários

Recolher embalagens

D0... Dn

Funcionário Copa

Recolher embalagens

D0... Dn

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

Dn

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

Dn

Funcionário Copa

Embala-gem

vazia?

Sim

Não

Preparar suco

D0...Dn

Funcionário Copa

Preparar suco

D0...Dn

Funcionário Copa

B

Figura 58: Fluxo para sucos

Foram feitas compras de sucos ao longo do ano, foram, portanto, 13 garrafas de

suco consumidas por mês e 13 garrafas descartadas. A figura 43 mostra o fluxo

de sucos no departamento.

Os sucos são mais consumidos em eventos e reuniões no departamento. Não há

oportunidade de reutilização. Novamente a única oportunidade clara é a de

reciclagem da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está

representado na figura 19.

Page 132: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

120

Papel Almaço

PAPEL ALMAÇO

Volume anual: 10.000 folhas (630 quilos)Valor anual: R$ 470,00Embalagem: Papel

Fonte: Vanzolini / PROAP / Almoxarifado POLI

Resíduo: -Destino Resíduo: - Usuários principais:

ProfessoresProduto: Papel

Secretária

Usar na aplicação de

provas

D0

Usuários

Usar na aplicação de

provas

D0

Usuários

Buscar bloco na secretária

D0

Usuários

Buscar bloco na secretária

D0

Usuários

Descartar Papel

M6

Usuários

Descartar Papel

M6

Usuários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

Usar para rascunhos ou

anotações

D0

Usuários

Usar para rascunhos ou

anotações

D0

Usuários

Descartar Papel

D7

Usuários

Descartar Papel

D7

Usuários

A

A

Descartar embalagem

D0

Usuários

Descartar embalagem

D0

Usuários

A

Figura 59: Fluxo para papel almaço

O papel almaço fica na secretária e os professores e funcionários o buscam lá.

Basicamente o papel almaço é utilizado pelos professores em provas e trabalhos

em aula, e geralmente eles só vão ser descartados 6 meses depois do uso. A

estimativa de descarte do papel A4 será feita na seção reciclagem, pois será feita

em conjunto com outros tipos de papel. A figura 59 mostra o fluxo de lã de aço no

departamento.

Não há oportunidade de reutilizar o material, nem de reduzir o uso, assim a

principal oportunidade deste material é a reciclagem, que funcionaria da mesma

maneira que a do papel A4 usando o mesmo coletor, específico para papel. O

fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 133: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

121

Assinaturas

ASSINATURA VALOR ECONÔMICO E GAZETA MERCANTIL

Volume anual: 520 unidadesValor anual: R$ 978,00Embalagem: -

Fonte: Vanzolini

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Papel

SecretáriaLer Jornal

D0...D6

Usuários

Ler Jornal

D0...D6

Usuários

Descartar o jornal

D7

Funcionário Sec.

Descartar o jornal

D7

Funcionário Sec.

Jornal com mais

de 7 dias?

Sim

Não

Buscar jornal na secretária

D0...D6

Usuários

Buscar jornal na secretária

D0...D6

Usuários

Devolver jornal para secretária

D0...D6

Usuários

Devolver jornal para secretária

D0...D6

Usuários

A

Figura 60: Fluxo para jornais

Os jornais ficam na secretária e os professores os buscam lá, lêem e os

devolvem. Não há oportunidade de reutilização nem redução de uso, a única

oportunidade é a de reciclagem do produto. A figura 60 mostra o fluxo de

assinaturas de jornal no departamento .

O fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 134: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

122

ASSINATURA EXAME

Volume anual: 50 unidadesValor anual: R$ 350,00Embalagem: -

Fonte: Vanzolini

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Papel

SecretáriaLer Revista

D0...D6

Usuários

Ler Revista

D0...D6

Usuários

Deixar revista na sala de café

D7

Funcionário Sec.

Deixar revista na sala de café

D7

Funcionário Sec.

Revista com mais

de 7 dias?

Sim

Não

Buscar revista na secretária

D0...D6

Usuários

Buscar revista na secretária

D0...D6

Usuários

Devolver revista para secretária

D0...D6

Usuários

Devolver revista para secretária

D0...D6

Usuários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

A

Figura 61: Fluxo para revista Exame

Page 135: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

123

ASSINATURA HARVARD BUSINESS REVIEW

Volume anual: 6 unidadesValor anual: R$ 537,00Embalagem: -

Fonte: Vanzolini

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Papel

SecretáriaLer Revista

D0...D6

Usuários

Ler Revista

D0...D6

Usuários

Deixar revista na sala de café

D7

Funcionário Sec.

Deixar revista na sala de café

D7

Funcionário Sec.

Revista com mais

de 1 mês?

Sim

Não

Buscar revista na secretária

D0...D6

Usuários

Buscar revista na secretária

D0...D6

Usuários

Devolver revista para secretária

D0...D6

Usuários

Devolver revista para secretária

D0...D6

Usuários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

A

Figura 62: Fluxo para revista Harvard Business Review

As revistas ficam na secretária e os professores as buscam lá, lêem e as

devolvem. Após o período de sete dias elas são colocadas na sala de café. Não

há oportunidade de redução de uso, há oportunidade de reutilização ao

departamento deixar professores ou funcionários interessados levarem as revistas

após determinados períodos, mas a oportunidade mais clara é a de reciclagem do

produto. As figuras 61 e 62 mostram o fluxo de assinaturas de revistas pelo

departamento.

O fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 136: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

124

Envelopes

ENVELOPES DE PAPEL

Volume anual: 2.900 folhasValor anual: R$ 453,00Embalagem: Papel

Fonte: Almoxarifado POLI

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Papel

Secretária

Usar para guardar materiais

D0

Usuários

Usar para guardar materiais

D0

Usuários

Buscar envelopes na

secretária

D0

Usuários

Buscar envelopes na

secretária

D0

Usuários

Descartar Papel

M6

Usuários

Descartar Papel

M6

Usuários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

Usar para enviar

documentos

D0

Usuários

Usar para enviar

documentos

D0

Usuários

A

Descartar embalagem

D0

Usuários

Descartar embalagem

D0

Usuários

A

Figura 63: Fluxo para envelopes

Os envelopes de papel ficam na secretária e os professores e funcionários o

buscam lá. São utilizados para arquivar provas e outros documentos e materiais.

E com esse propósito não se pode dizer com nenhuma precisão quanto e quando

será descartado. A figura 63 mostra o fluxo de envelopes no departamento .

Não há oportunidade de reutilizar o material nem de reduzir seu uso

sistematicamente. Assim a principal oportunidade novamente é a reciclagem. O

fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 137: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

125

Bobinas de papel

BOBINAS DE PAPEL

Volume anual: 12 unidades (6 quilos)Valor anual: R$ 44,00Embalagem: PapelãoResíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Papel

SecretáriaImprimir faxes

D0...Dn

Usuários

Imprimir faxes

D0...Dn

Usuários

Buscar bobina na secretária

D0

Usuários

Buscar bobina na secretária

D0

Usuários

Descartar Papel

D0...Dn + M6

Usuários

Descartar Papel

D0...Dn + M6

Usuários

Introduzir a bobina no

aparelho de fax

D0

Usuários

Introduzir a bobina no

aparelho de fax

D0

Usuários

Fonte: Almoxarifado POLI

Usuários principais: Funcionários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

Descartar embalagem

D0

Usuários

Descartar embalagem

D0

Usuários

A

A

Figura 64: Fluxo para bobinas de papel

As bobinas de papel para fax ficam na secretária e os professores e funcionários

as buscam lá. A estimativa de descarte do papel de fax será feita na seção

reciclagem, pois será feita em conjunto com outros tipos de papel. A figura 64

mostra o fluxo de bobinas de papel no departamento.

Não há oportunidade de reutilizar o material. A principal oportunidade é a

reciclagem que funcionaria da mesma maneira que a do papel A4. O fluxo A para

reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 138: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

126

Geléia

GELÉIA

Volume anual: 18 unidadesValor anual: R$ 33,00Embalagem: Vidro

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Orgânico

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Usar geléia

D0

Usuários

Usar geléia

D0

Usuários

Recolher embalagens

D0

Funcionário Copa

Recolher embalagens

D0

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D20

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

~D20

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

E

Figura 65: Fluxo para geléia

Foram feitas duas compras de geléia no ano, uma em abril outra em junho, a

primeira de 6 unidades e a segunda de 12 unidades. Novamente deve-se usar as

premissas do trabalho e considerar o uso contínuo do material, assim tem-se um

consumo médio de 3 geléias a cada dois meses. A figura 65 mostra o fluxo de

geléia no departamento .

A geléia é usada na própria copa como em reuniões no departamento.

Novamente há a oportunidade de reciclagem da embalagem. O fluxo E para

reciclagem de vidro está representado na figura 20.

Page 139: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

127

Refrigerante

REFRIGERANTE (GARRAFA PET)

Volume anual: 71 unidadesValor anual: R$ 228,00Embalagem: Plástico

Fonte: Vanzolini

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores e Funcionários

Produto: Orgânico

Copa

Levar para o evento ou reunião

Dn

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

Dn

Funcionário Copa

Beber refrigerante

D0...Dn

Usuários

Beber refrigerante

D0...Dn

Usuários

Recolher embalagens

D0... Dn

Funcionário Copa

Recolher embalagens

D0... Dn

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

Dn

Funcionário Copa

Descartar a embalagem

Dn

Funcionário Copa

Embala-gem vazia?

Sim

Não

B

Figura 66: Fluxo para refrigerantes

Foram feitas compras pequenas durante todo o ano e uma maior em março. Essa

compra foi para o evento de recepção dos alunos, e como ela distorce os dados

deve-se considerar o consumo por quadrimestre. No primeiro quadrimestre são

61 garrafas consumidas, enquanto nos outros quadrimestres são 5 garrafas

consumidas por quadrimestre. A figura 66 mostra o fluxo de refrigerantes no

departamento.

Os refrigerantes são mais consumidos em eventos e reuniões no departamento.

Não há oportunidade de reutilização. Novamente a única oportunidade clara é a

de reciclagem da embalagem plástica. O fluxo B para reciclagem de plástico está

representado na figura 19.

Page 140: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

128

Copo Descartável (110ml)

COPO DESCARTÁVEL 110ml

Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para o evento ou reunião

D0

Funcionário Copa

Levar para sala de café

D0

Funcionário Copa

Levar para sala de café

D0

Funcionário Copa

Usar os copos

D0

Usuários

Usar os copos

D0

Usuários

Descartar os copos

D0

Usuários

Descartar os copos

D0

Usuários

Volume anual: 6.000 unidadesValor anual: R$ 144,00Embalagem: Plástico

Fonte: Almoxarifado POLI

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: -Destino Resíduo: -

Usuários principais: Professores, Funcionários e Participantes de Eventos ou Reuniões

Produto: Plástico

B

Descartar embalagem

D0

Usuários

Descartar embalagem

D0

Usuários

B

Figura 67: Fluxo para copo descartável (110ml)

Foi feita apenas uma compra em junho, mas seguindo as premissas do trabalho

pode-se assumir que são usados e descartados 500 copos por mês e

descartadas 5 embalagens por mês. A figura 67 mostra o fluxo de copo

descartável 110ml no departamento. Aqui não estão considerados os copos da

máquina de café.

Os copos descartáveis de 110ml são comprados para uso na sala de café,

eventos e reuniões no departamento. Há oportunidades de redução, mas não de

reutilização, mas oportunidade mais clara é a de reciclagem, tanto da embalagem

quanto dos próprios copos. O fluxo B para reciclagem de plástico está

representado na figura 19.

Page 141: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

129

Canetas

CANETAS

Volume anual: 291 unidadesValor anual: R$ 288,00Embalagem: PapelãoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: LixoProduto: Plástico

Secretaria Buscar canetas na Secretaria

D0

Usuários

Buscar canetas na Secretaria

D0

Usuários

Usar caneta

D0...~M6

Usuários

Usar caneta

D0...~M6

Usuários

Fonte: Almoxarifado POLI / PROAP

Usuários principais: Professores e Funcionários

Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria

Embala-gem

vazia?

Sim

Não

Descartar embalagem

~M6

Usuários

Descartar embalagem

~M6

Usuários

A

FDescartar a

canetas

~M6

Usuários

Descartar a canetas

~M6

Usuários

Figura 68: Fluxo para canetas

São descartadas, seguindo a premissa do trabalho, 25 canetas por mês. A figura

68 mostra o fluxo canetas no departamento . As canetas ficam estocadas na

secretária. Neste caso não há oportunidade de reutilização e redução de uso. Há

a oportunidade de reciclagem da embalagem. O fluxo F para descarte de lixo

comum está representado na figura 25 e o fluxo A para reciclagem de papel está

representado na figura 18.

.

Page 142: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

130

Lápis

LÁPIS

Volume anual: 159 unidadesValor anual: R$ 19,00Embalagem: PapelãoResíduo: MadeiraDestino Resíduo: LixoProduto: Madeira

Secretária Buscar lápis na secretária

D0

Usuários

Buscar lápis na secretária

D0

Usuários

Usar lápis

D0... ~M6

Usuários

Usar lápis

D0... ~M6

Usuários

Fonte: Almoxarifado POLI

Usuários principais: Professores e Funcionários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

Embala-gem

vazia?

Sim

Não

Descartar embalagem

~M6

Usuários

Descartar embalagem

~M6

Usuários

A

FDescartar lápis

~M6

Usuários

Descartar lápis

~M6

Usuários

Apontar lápis

D0... ~M6

Usuários

Apontar lápis

D0... ~M6

Usuários

Descartar sobras

D0... ~M6

Usuários

Descartar sobras

D0... ~M6

Usuários

F

Figura 69: Fluxo para lápis

Os lápis ficam estocados na secretária. São descartados 13 lápis por mês. Neste

caso não há oportunidade de reutilização nem redução do uso e nem mesmo da

reciclagem do produto. A figura 69 mostra o fluxo de lápis no departamento . A

única oportunidade de reciclagem é a da embalagem. O fluxo A para reciclagem

de papel está representado na figura 18 e o fluxo F para descarte do lixo genérico

está representado na figura 25.

Page 143: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

131

Clipes

CLIPES

Volume anual: 1150 unidadesValor anual: R$ 16,00Embalagem: PapelãoResíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Metal

Secretária Buscar clipes na secretária

D0

Usuários

Buscar clipes na secretária

D0

Usuários

Usar clipes de papel

D0...Dn

Usuários

Usar clipes de papel

D0...Dn

Usuários

Guardar clipes

Dn

Usuários

Guardar clipes

Dn

Usuários

Fonte: Almoxarifado POLI

Usuários principais: Professores e Funcionários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

Descarta clipes

Dn

Usuários

Descarta clipes

Dn

Usuários

Clipes quebra-

do?

Sim

NãoDescartar

material com clipes de papel

Dn

Usuários

Descartar material com

clipes de papel

Dn

Usuários

F

Descartar embalagem

M6

Secretária

Descartar embalagem

M6

Secretária

AEmbala-gem vazia?

SimNão

Figura 70: Fluxo para clipes de papel

Como os clipes são naturalmente reutilizáveis não é possível fazer uma análise

de quantos são descartados. Neste caso os clipes devem ser sempre retirados

dos materiais sendo descartados, mas há oportunidades de redução do uso nem

da reciclagem do produto. A figura 70 mostra o fluxo de clipes no departamento.

A única oportunidade de reciclagem é a da embalagem. O fluxo A para reciclagem

de papel está representado na figura 18 e o fluxo F para descarte do lixo genérico

está representado na figura 25

Page 144: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

132

Papel Lembrete

PAPEL LEMBRETE (POST-IT)

Volume anual: 7.000 unidadesValor anual: R$ 39,00Embalagem: PlásticoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: QuímicoProduto: Papel

Secretária Buscar papel lembrete na secretária

D0

Usuários

Buscar papel lembrete na secretária

D0

Usuários

Usar papel lembrete

D0...Dn

Usuários

Usar papel lembrete

D0...Dn

Usuários

Descartar papel lembrete

M1

Usuários

Descartar papel lembrete

M1

Usuários

Fonte: Vanzolini

Usuários principais: Professores e Funcionários

Responsável: SecretáriaArmazenagem: Secretária

A

Figura 71: Fluxo para papel lembrete

Seguindo as premissas do projeto são descartados 135 unidades de papel

lembrete por semana. A figura 71 mostra o fluxo de papel lembrete no

departamento. Neste caso não há oportunidade de redução ou reutilização, a

reciclagem do material é possível em volumes pequenos quando misturado com

volumes maiores de papel e papelão, apesar da dificuldade de separá-lo quando

no descarte. O fluxo A para descarte do papel está representado na figura 18.

Page 145: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

133

Pasta Plástica

PASTA PLÁSTICA

Volume anual: 455 unidadesValor anual: R$ 568,00Embalagem: -Resíduo: -Destino Resíduo: -Produto: Plástico

Secretaria Buscar pasta na Secretaria

D0

Usuários

Buscar pasta na Secretaria

D0

Usuários

Arquivar documentos, artigos, etc.

D0...Dn

Usuários

Arquivar documentos, artigos, etc.

D0...Dn

Usuários

Descartar pasta

Dn

Usuários

Descartar pasta

Dn

Usuários

Fonte: Vanzolini

Usuários principais: Professores e Funcionários

Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria

B

Figura 72: Fluxo para pastas plásticas

Neste caso não há oportunidade de redução do uso, mas há oportunidades de

reutilização e de reciclagem. Como pastas são usadas para arquivar documentos,

provas, etc. não se pode dizer com nenhuma precisão quanto e quando será

descartado. Deve-se sempre verificar o conteúdo de pastas antigas antes de

comprar pastas novas, muitas vezes o conteúdo de pastas antigas já podem ser

descartados e assim ela já pode ser reutilizada sem a necessidade de se comprar

novas pastas. A figura 72 mostra o fluxo de pastas plásticas no departamento. O

fluxo B para reciclagem de plástico está representado na figura 19.

Page 146: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

134

Transparências

TRANSPARÊNCIA

Volume anual: 5.100 unidadesValor anual: R$ 1.360,00Embalagem: PapelãoResíduo: QuímicoDestino Resíduo: - QuímicoProduto: Plástico

Secretaria Imprimir material

D0...M6

Usuários

Imprimir material

D0...M6

Usuários

Buscar transparência

D0

Usuários

Buscar transparência

D0

Usuários

Usar em apresentações em locais sem

projetor

D0...M6

Usuários

Usar em apresentações em locais sem

projetor

D0...M6

Usuários

Fonte: Almoxarifado POLI / PROAP

Usuários principais: Professores

Responsável: SecretariaArmazenagem: Secretaria

Descartar transparências na Secretaria

M6

Usuários

Descartar transparências na Secretaria

M6

Usuários

B

Descartar embalagem

M6

Secretaria

Descartar embalagem

M6

Secretaria

AEmbala-gem vazia?

SimNão

Figura 73: Fluxo para transparências

Pelos mesmos motivos das pastas não é possível dizer quando se descarta o

material, ele é muito utilizado pelos professores que dão aulas em outros

departamentos, que não possuem datashow nas salas. A figura 73 mostra o fluxo

de transparências no departamento.

Neste caso não há nenhuma oportunidade de redução ou reutilização, a

reciclagem é possível e para facilitar a separação das transparências elas podem

ser descartadas centralmente na secretária, também é possível a reciclagem da

embalagem de papelão. O fluxo B para descarte do plástico está representado na

figura 19 e o fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 147: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

135

Papel Toalha

PAPEL TOALHA

Copa Reabastecer recipiente com

papel toalha

D0

Funcionário Copa

Reabastecer recipiente com

papel toalha

D0

Funcionário Copa

Usar papel higiênico toalha

D0...Dn

Usuários

Usar papel higiênico toalha

D0...Dn

Usuários

Volume anual: 190.000 unidadesValor anual: R$ 3.630,00Embalagem: Papelão

Fonte: Kimberly Clark

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: ÁguaDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Todos

Produto: Papel

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Reabastecer?

Sim

Não

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Descartar papel toalha

D0...Dn

Usuários

Descartar papel toalha

D0...Dn

Usuários

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

AEmbala

-gem vazia?

SimNão

A

Figura 74: Fluxo para papel toalha

São 3.700 folhas de papel toalha e 3 embalagens descartadas em um mês. Neste

caso não há nenhuma oportunidade de redução e reutilização, há oportunidade

de reciclagem do papel toalha e da embalagem de papelão. A figura 74 mostra o

fluxo de papel toalha no departamento. O fluxo A para reciclagem de papel está

representado na figura 18.

Page 148: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

136

Protetor de Assento Sanitário

PROTETOR DE ASSENTO

Copa Reabastecer recipiente com

protetores

D0

Funcionário Copa

Reabastecer recipiente com

protetores

D0

Funcionário Copa

Usar papel protetores

D0...Dn

Usuários

Usar papel protetores

D0...Dn

Usuários

Volume anual: 5.400 unidadesValor anual: R$ 733,00Embalagem: Papelão

Fonte: Kimberly Clark

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: ÁguaDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Todos

Produto: Papel

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Reabastecer?

Sim

Não

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Recolher lixo

D0

Funcionário Copa

Descartar protetores

D0...Dn

Usuários

Descartar protetores

D0...Dn

Usuários

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

AEmbala-gem vazia?

SimNão

F

Figura 75: Fluxo para protetor de assento sanitário

São 104 protetores descartados por mês e 3 embalagens descartadas a cada

quatro meses. A figura 75 mostra o fluxo de protetores de assento sanitário no

departamento. Neste caso não há nenhuma oportunidade de redução, reutilização

ou reciclagem, a não ser a reciclagem da embalagem de papelão, principalmente

por não ser possível separar estes protetores descartados do papel higiênico

descartado. O fluxo F para descarte do lixo genérico está representado na figura

25 e o fluxo A para reciclagem de papel está representado na figura 18.

Page 149: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO A

137

Placas para Mictório

PLACAS PARA MICTÓRIO

Copa Colocar novas placas no mictório

D0

Funcionário Copa

Colocar novas placas no mictório

D0

Funcionário Copa

Usar mictórios

D0...M4

Usuários

Usar mictórios

D0...M4

Usuários

Volume anual: 48 unidadesValor anual: R$ 320,00Embalagem: Papelão

Fonte: Kimberly Clark

Responsável: CopaArmazenagem: Copa

Resíduo: OrgânicoDestino Resíduo: Lixo

Usuários principais: Todos

Produto: Plástico

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Verificar necessidade de

reabastecer banheiros

D0

Funcionário Copa

Reabastecer?

Sim

Não

Descartar placas

D0...Dn

Usuários

Descartar placas

D0...Dn

Usuários

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

Descartar embalagem

D0

Funcionário Copa

AEmbala-gem vazia?

SimNão

F

Figura 76: Fluxo para placas de mictório

São 4 placas usadas por mês e 1 embalagem descartada a cada 3 meses. A

figura 76 mostra o fluxo de placas para mictório no departamento. Neste caso não

há nenhuma oportunidade de redução, reutilização ou reciclagem, a não ser a

reciclagem da embalagem de papelão. O fluxo F para descarte do lixo genérico

está representado na figura 25 e o fluxo A para reciclagem de papel está

representado na figura 18.

Page 150: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO B

138

ANEXO B

Page 151: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO B

139

CONTATOS

Sucateiros

SEMPRE LIMPO ENGENHARIA AMBIENTAL

Tipo: Sucateiro

Materiais: Plástico, Papel, Vidro e Eletrônicos.

Endereço: Rua Dr. Ulpiano da Costa Manso, 28.

Contato: Márcio Couto Lopes

Bairro: Butantã

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Fone: (11) 37469068

E-mail: [email protected]

KANVASFER COM DE SUCATAS E TAMBORES LTDA

Tipo: Sucateiro

Materiais: Plástico, Metal, Papel, Vidro, Longa Vida, Tubo Dental, Madeira,

Matéria Orgânica, Eletrônicos.

Endereço: R Maestro Sisto Mechetti 173.

Contato: Leandro Vasconcelos

Bairro: Rio Pequeno

CEP: 05379060

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Fone: (11)3781-5882 / (11)3714-0024

E-mail: [email protected]

Page 152: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO B

140

Site: www.kanvasfer.com.br

Cooperativas de catadores de lixo

COOPAMARE

Tipo: Cooperativa

Materiais: Plástico, Metal, Papel, Vidro, Longa Vida e Eletrônicos.

Endereço: Rua Galeno de Almeida, 659.

Contato: Sebastião Raimundo de Melo

Bairro: Pinheiros

CEP: 05410-030

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Fone / Fax: (11) 3064-3976

E-mail: [email protected]

COOPERAÇÃO

Tipo: Cooperativa

Materiais: Plástico, Metal, Papel, Vidro e Eletrônicos.

Endereço: Av. Embaixador Macedo Soares, 6000.

Contato: Neilton

Bairro: Vila Leopoldina

CEP: 05400-000

Cidade: São Paulo

Estado: SP

Fone: (11)3836-9043

Page 153: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO B

141

Composteiras

COSEAS - Creche Oeste

Ano de implantação: 1994

Objetivo: decomposição dos resíduos provenientes de restos de alimentos e

serragem da marcenaria.

Utilização da composteira como atividade educativa

Uso do composto: o composto é embalado em saquinhos de leite reaproveitados

e vendido para comunidade.

Produção: cerca de 30 kg/ mês

Responsável: José Edson

Tel.: 11 3091-4999

Escola de Aplicação - Faculdade de Educação

Ano de implantação: 1999

Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de poda de jardim

da unidade. Utilização da composteiras nas atividades e práticas educativas da

Escola

Situação atual: em atividade

Uso do composto: utilizado na horta da Escola

Responsável: Sr. Leo

Tel.: 11 3091-3503

Prefeitura do Campus da Cidade Universitária - PCO

Ano de implantação: 1999

Objetivo: decomposição dos resíduos vegetais produzidos nas áreas comuns do

campus. Redução de custos com transporte e recolhimento desse material.

Situação atual: em funcionamento.

Page 154: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO B

142

Uso do composto: utilizado nas áreas verdes do campus e doações para

prefeituras

Responsável: Engenheira Márcia Mauro

Tel.: 11 3091-4891

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - FEA

Ano de implantação: 2002

Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de poda de jardim e

do restaurante da unidade (terceirizado)

Situação atual: em atividade

Uso do composto: utilizado nos jardins da unidade

Responsável Sr. Jorge

Tel.: 11 3091-5811

Centro de Práticas Esportivas - CEPÊ

Ano de implantação: 2000

Objetivo: decomposição dos resíduos provenientes de poda e limpeza das áreas

verdes

Situação atual: em atividade

Uso do composto: utilizado nas áreas verdes da unidade

Responsável: Sr. Marino, Sr. Elenildo, Sr Paulo Manoel

Tel.: 11 3091-3564

Instituto de Biociências - IB

Ano de implantação: 2000

Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de poda de jardim e

limpeza das áreas verdes da unidade - folhas/ ervas daninhas

Page 155: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO B

143

Situação atual: em atividade

Uso do composto: utilizado nas áreas verdes do próprio instituto

Responsável: Sr. Erismaldo

Tel.: 11 3091-4775

Instituto de Eletrotécnica e Energia - IEE

Ano de implantação: 2002

Objetivo: decomposição dos resíduos orgânicos provenientes de podas e limpeza

das áreas verdes do instituto.

Situação atual: em atividade

Uso do composto: utilizado na própria unidade ou distribuído entre funcionário.

Produção média: 35 kg/mês

Responsável: Sr. Irineu

Tel.: 11 3091-2531

USP Recicla

USP Recicla - São Paulo

Tel.: 11 3091.4428

E-mail: [email protected]

PURA-USP

Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, travessa 4, nº 67.

Cidade Universitária - São Paulo – SP.

CEP: 05508-900

Page 156: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO B

144

Tel: (11) 3091.4720

(11) 3091.4721

Fax: (11) 3091.4722

E-mail: [email protected]

PURE-USP

Av. Prof. Lucio Martins Rodrigues, travessa 4, 67.

05508-900 - Cidade Universitária - São Paulo - SP

Tel.: (11) 3091-4724

Fax: (11) 3091-4673

E-mail: [email protected]

Page 157: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

145

ANEXO C

Page 158: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

146

Base de dados de materiais comprados em 2005

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Kimberly Clark 1/1/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 1/1/2005 Papel Toalha 5 472,60 Kimberly Clark 1/1/2005 Prot. Assento 2 162,92 Kimberly Clark 1/1/2005 Placa Perf. Para Mictório 1 80,01 Vanzolini 7/1/2005 Bolas 60m 5 12,40 Vanzolini 7/1/2005 Caixa DVD 120 134,40 Vanzolini 7/1/2005 Convites com envelope 5 74,05 Vanzolini 7/1/2005 CR Pentea 2 15,94 Vanzolini 7/1/2005 DVD 120 480,00 Vanzolini 7/1/2005 Escada 1 55,98 Vanzolini 7/1/2005 Etiquetas para Impressora Laser 1 3,53 Vanzolini 7/1/2005 Faca Legume 1 4,40 Vanzolini 7/1/2005 Faq. 42 IPA 1 39,80 Vanzolini 7/1/2005 Porta Retrato 2 11,96 Vanzolini 7/1/2005 Prato raso 6 11,40 Vanzolini 7/1/2005 Tuia PT34 1 43,90 Vanzolini 7/1/2005 Tuia Variada 1 11,40 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Açucar 10 14,80 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cadernetas Capa plast. 2 3,58 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cadernetas Capa plast. 2 6,52 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Café 10 47,66 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Canetas esf 12 3,73 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Canetas hidro 10 36,70 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 2 163,80 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 2 183,55 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 1 102,05 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Col JT 3 98,10 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho PB JT 3 172,65 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho PB JT 3 205,20 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Toner 1 135,44 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Cartucho Toner 1 134,90 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Copo descartável-180ml 50 168,50 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Envelopes Papel 2 32,29 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Lápis 20 2,48 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Marcador 10 22,50 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Papel A4 50 387,58 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Papel Almaço 8 152,60 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Percevejos 1 0,55 Almoxarifado POLI 12/1/2005 Transparência 2 55,73 Vanzolini 2/2/2005 Bicoitos 240 345,60 Vanzolini 15/2/2005 Assinatura Harvard 537,00

Vanzolini 15/2/2005 Assinatura Jornal Gazeta Mercantil 540,00

Vanzolini 23/2/2005 Lanches 6 127,00

Page 159: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

147

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Vanzolini 23/2/2005 Lanches 3 76,00 Vanzolini 23/2/2005 Refrigerantes 4 13,20 Vanzolini 23/2/2005 Refrigerantes 3 10,50 Vanzolini 28/2/2005 Borracha Caneta 12 27,72 Vanzolini 28/2/2005 Copo descartável-180ml 125 308,75 Vanzolini 28/2/2005 Envelope Plast. 4 furos 5 43,85 Vanzolini 28/2/2005 Etiquetas para Impressora Laser 2 54,00 Vanzolini 28/2/2005 Lapiseira 10 94,60 Vanzolini 28/2/2005 Papel A4 20 180,00 Vanzolini 28/2/2005 Pilha AAA 6 22,08 Kimberly Clark 1/3/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 1/3/2005 Papel Toalha 5 472,60 Kimberly Clark 1/3/2005 Prot. Assento 2 162,92 Kimberly Clark 1/3/2005 Placa Perf. Para Mictório 1 80,01 Vanzolini 2/3/2005 Lanches 6 1.241,30 Vanzolini 2/3/2005 Refrigerantes 50 157,50 Vanzolini 3/3/2005 Canetas 4 1.050,00 Vanzolini 23/3/2005 Cópias Xerográficas 251,32 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Álcool 1 1,69 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Canetas esf 36 9,86 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Canetas hidro 12 20,29 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Cartucho Col JT 2 115,10 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Detergente 1 0,72 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Envelopes Papel 2 32,29 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Grampos 1 1,67 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Papel Almaço 4 76,30 Vanzolini 28/3/2005 Plástico Cristal 0,20 1 6,60 Vanzolini 28/3/2005 Refil Calendário Fin. 9 180,00 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Réguas 3 1,90 Almoxarifado POLI 28/3/2005 Transparência 2 37,45 Vanzolini 29/3/2005 Bicoitos 340 454,00 Vanzolini 1/4/2005 Açucar sachet 2 15,44 Vanzolini 1/4/2005 Adoçante 2 49,74 Vanzolini 1/4/2005 Água Sanitária 1 15,48 Vanzolini 1/4/2005 Copo descartável-180ml 4 216,64 Vanzolini 1/4/2005 Geléia Turma Monica 2 22,72 Vanzolini 1/4/2005 Guardanapo 10 265,70 Vanzolini 1/4/2005 Lanches 5 120,00 Vanzolini 1/4/2005 Refrigerantes 4 12,60 Vanzolini 1/4/2005 Sucos 4 117,37 Vanzolini 19/4/2005 Cartucho Col JT 3 359,70 Vanzolini 19/4/2005 Cartucho PB JT 6 408,00 Vanzolini 19/4/2005 Grampos 1 5,25 Vanzolini 19/4/2005 Guia de rua 2005 1 48,00 Vanzolini 19/4/2005 Papel Lembrete Col 10 38,50 Vanzolini 19/4/2005 Pasta Registradora 10 24,00

Page 160: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

148

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Vanzolini 2/5/2005 Lanches 5 125,00 Vanzolini 2/5/2005 Refrigerantes 4 13,60 Vanzolini 9/5/2005 Mouse 1 69,00 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Almofada p/ Carimbo 1 3,07 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Ampola da Garrafa Térmica 1 0,01 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Apagadores 3 11,92 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cadeado 1 5,40 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cadernetas Capa plast. 2 3,58 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Canetas esf 20 5,96 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Canetas hidro 10 36,70 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cartucho PB JT 2 97,86 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cartucho Toner 1 135,44 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Detergente 3 1,40 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Envelopes Papel 6 96,80 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Flanela 3 1,93 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Lápis 20 2,48 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Marcador 3 6,75 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Pano 2 0,72 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Percevejos 1 0,55 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Sabão em Pedra 2 0,79 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Sabão em Pó 1 3,62 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Saco Alvejado (algodão) 3 6,14 Almoxarifado POLI 12/5/2005 Transparência 2 55,73 Vanzolini 17/5/2005 Estabilizador 1 42,00 Vanzolini 17/5/2005 Estabilizador 2 76,00 Vanzolini 17/5/2005 No Break 1 294,80 Kimberly Clark 30/5/2005 Papel Higiênico 4 421,04 Kimberly Clark 30/5/2005 Papel Toalha 8 756,16 Kimberly Clark 30/5/2005 Prot. Assento 3 244,38 Kimberly Clark 30/5/2005 Placa Perf. Para Mictório 2 160,02 Kimberly Clark 30/5/2005 Sabão Spray 3 301,86 Vanzolini 10/6/2005 Açucar sachet 2 15,44 Vanzolini 10/6/2005 Álcool 6 16,80 Vanzolini 10/6/2005 Chá 55 47,30 Vanzolini 10/6/2005 Copo descartável-110ml 2 144,00 Vanzolini 10/6/2005 Copo descartável-180ml 5 200,00 Vanzolini 10/6/2005 Detergente 1 15,12 Vanzolini 10/6/2005 Geléia Etti 6 9,54 Vanzolini 10/6/2005 Guardanapo 10 265,70 Vanzolini 10/6/2005 Limpador Multi-uso 1 14,40 Vanzolini 10/6/2005 Sucos 5 10,38 Vanzolini 10/6/2005 Sucos 5 124,56 Vanzolini 16/6/2005 Frutas 90,00 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Álcool 2 4,20 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Café 20 95,32

Page 161: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

149

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Almoxarifado POLI 21/6/2005 Canetas esf 30 8,55 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Canetas hidro 15 21,42 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Cartucho PB JT 2 130,65 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Cartucho PB JT 2 14,80 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Cartucho Toner 1 315,02 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Envelopes Papel 4 73,17 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Extrator de grampos 4 1,04 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Grampos 2 3,34 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Lápis 15 1,86 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Papel A4 50 318,13 Almoxarifado POLI 21/6/2005 Papel Almaço 4 76,30 Vanzolini 30/6/2005 Bicoitos 476 565,16 Vanzolini 1/7/2005 Lanches 5 100,00 Vanzolini 1/7/2005 Refrigerantes 4 14,00 Kimberly Clark 30/7/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 30/7/2005 Papel Toalha 8 771,20 Vanzolini 1/8/2005 Caderno Capa Dura - 200fl 5 27,00 Vanzolini 1/8/2005 Caderno Capa Dura - 96fl 5 16,25 Vanzolini 1/8/2005 Canetas hidro 24 61,68 Vanzolini 1/8/2005 Cola Bastão 25 46,25 Vanzolini 1/8/2005 Copo descartável-180ml 125 205,00 Vanzolini 1/8/2005 Envelope Plast. 4 furos 5 43,85 Vanzolini 1/8/2005 Etiquetas para Impressora Laser 2 54,00 Vanzolini 1/8/2005 Fita Adesiva 24 259,20 Vanzolini 1/8/2005 Grampeador 1 25,80 Vanzolini 1/8/2005 Grampos 5 12,10 Vanzolini 1/8/2005 Lapiseira 12 30,72 Vanzolini 1/8/2005 Papel A4 50 489,00 Vanzolini 1/8/2005 Pasta plástica c/ elástico 20 17,80 Vanzolini 1/8/2005 Pasta Polionda Azul 50 124,50 Vanzolini 1/8/2005 Pasta Polionda Azul 5 7,40 Vanzolini 1/8/2005 Pilha AA 10 26,30 Vanzolini 1/8/2005 Pilha AAA 20 62,00 Vanzolini 4/8/2005 Cartucho Toner 1 378,00 Vanzolini 4/8/2005 Luva cirúrgica 2 40,00 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Água Sanitária 2 1,08 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cadeado 1 9,45 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cadernetas Capa plast. 2 3,74 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Canetas esf 24 7,14 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho Col JT 2 204,10 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho PB JT 2 14,80 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho PB JT 2 130,65 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Cartucho Toner 2 630,03 Almoxarifado POLI 11/8/2005 CD-R 10 8,35 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Copo descartável-180ml 30 89,10 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Detergente 2 1,40

Page 162: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

150

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Almoxarifado POLI 11/8/2005 Envelopes Papel 3 44,61 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Esponja 2 1,04 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Grampeador 3 16,98 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Lápis 24 2,48 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Limpador Multi-uso 2 1,58 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Papel A4 50 318,13 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Papel Almaço 4 76,30 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Pastas 200 200,00 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Sabão em Pó 1 3,62 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Saco Alvejado (algodão) 2 4,10 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Suporte p/ Cadeado 1 0,39 Almoxarifado POLI 11/8/2005 Transparência 1 37,00 PROAP 23/8/2005 Canetas quadro branco 9 PROAP 23/8/2005 Cartucho Col JT 15 863,25 PROAP 23/8/2005 Cartucho Col JT 3 423,00 PROAP 23/8/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 8 1.083,52 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 2 203,92 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 3 945,06 PROAP 23/8/2005 Cartucho Toner 2 300,00 PROAP 23/8/2005 CD-RW 30 99,00 PROAP 23/8/2005 Papel A4 200 1.272,52 PROAP 23/8/2005 Pasta Polionda Azul 30 44,40 PROAP 23/8/2005 Pasta Registradora 10 24,00 PROAP 23/8/2005 Pastas 50 50,00 PROAP 23/8/2005 Saco plástico 9 PROAP 23/8/2005 Transparência 20 557,00 Vanzolini 29/8/2005 Assinatura Exame 350,26 Vanzolini 13/9/2005 Açucar sachet 2 17,80 Vanzolini 13/9/2005 Chá 60 55,80 Vanzolini 13/9/2005 Chá 20 30,20 Vanzolini 13/9/2005 Filtro de Papel 5 8,20 Vanzolini 13/9/2005 Guardanapo 1 26,57 Vanzolini 13/9/2005 Lã de aço 5 7,20 Vanzolini 13/9/2005 Sucos 40 89,80 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Água Sanitária 1 0,54 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Álcool 2 4,20 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Almofada p/ Carimbo 1 3,07 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Apagadores 2 7,95 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Canetas hidro 10 16,55 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Clipes 2 1,40 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Clipes 2 1,26 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Clipes 3 3,66 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Copo descartável-180ml 30 91,64 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Detergente 1 0,70

Page 163: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

151

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Almoxarifado POLI 19/9/2005 Elástico 2 0,56 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Envelopes Papel 3 44,61 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Envelopes Papel 2 11,90 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Filtro de Papel 2 3,60 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Fita Adesiva 2 4,27 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Lâmpada Incandescente 2 0,02 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Lápis 20 3,60 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Papel A4 50 318,13 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Percevejos 3 1,65 Almoxarifado POLI 19/9/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Vanzolini 20/9/2005 Bicoitos 276 355,80 Kimberly Clark 20/9/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 20/9/2005 Papel Toalha 8 771,20 PROAP 21/9/2005 Agenda 5 PROAP 21/9/2005 Canetas quadro branco 8 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 15 863,25 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 5 705,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 8 655,20 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 8 376,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 287,75 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 235,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 37,00 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/9/2005 Cartucho Toner 5 509,80 PROAP 21/9/2005 CD-RW 50 165,00 PROAP 21/9/2005 Papel A4 500 3.181,30 PROAP 21/9/2005 Pasta Polionda Azul 50 74,00 PROAP 21/9/2005 Pasta Registradora 10 24,00 PROAP 21/9/2005 Pastas 50 50,00 PROAP 21/9/2005 Refil Calendário Fin. 7 140,00 PROAP 21/9/2005 Saco plástico 9 PROAP 21/9/2005 Transparência 20 557,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Açucar 20 24,76 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Água Sanitária 1 0,54 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Álcool 1 2,10 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Canetas esf 24 7,02 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Canetas hidro 12 19,86 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Cartucho PB JT 2 14,80 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Cartucho PB JT 2 130,65 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Cartucho Toner 1 101,96 Almoxarifado POLI 17/10/2005 CD-RW 10 33,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Clipes 3 3,66 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Copo descartável-180ml 30 85,51

Page 164: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

152

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Almoxarifado POLI 17/10/2005 Detergente 2 1,40 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Envelopes Papel 3 44,61 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Lápis 24 2,48 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Marcador 4 4,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Mola para porta 1 100,00 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Papel A4 5 31,81 Almoxarifado POLI 17/10/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Vanzolini 20/10/2005 Assinatura Valor 438,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 15 863,25 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 705,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 705,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 8 655,20 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/10/2005 Cartucho Col JT 5 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 15 863,25 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 50 1.950,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 287,75 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 8 376,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 235,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 37,00 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 PROAP 21/10/2005 Cartucho PB JT 5 Vanzolini 26/10/2005 Lanches 5 130,00 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Açucar 20 17,20 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Água Sanitária 1 0,93 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Bobinas de papel 3 11,04 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cadernetas Capa plast. 1 1,86 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Canetas esf 20 5,86 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho Col JT 1 141,00 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho PB JT 1 102,05 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho PB JT 1 7,40 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Cartucho PB JT 2 94,00 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Clipes 3 2,10 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Clipes 3 3,66 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Copo descartável-180ml 30 89,10 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Detergente 2 1,40 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Elástico 3 0,84 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Envelopes Papel 4 73,17 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Esponja 2 1,04 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Filtro de Papel 2 2,94 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Flanela 2 1,48 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Lápis 24 2,48 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Limpador Multi-uso 2 1,58 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Papel A4 50 313,44 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Percevejos 2 1,10 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Sabão em Pedra 1 0,39 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Sabão em Pó 1 2,47 Almoxarifado POLI 18/11/2005 Transparência 2 30,20

Page 165: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO C

153

Fonte Data Material Quantidade Valor Total

(R$) Kimberly Clark 24/11/2005 Papel Higiênico 5 526,30 Kimberly Clark 24/11/2005 Papel Toalha 4 385,60 Kimberly Clark 24/11/2005 Prot. Assento 2 162,92 Kimberly Clark 24/11/2005 Sabão Spray 1 100,62 Vanzolini 6/12/2005 Frutas 70,00 Vanzolini 6/12/2005 Lanches 59,00 Vanzolini 7/12/2005 Lanches 2 49,00 Vanzolini 7/12/2005 Refrigerantes 2 7,00 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Açucar 20 17,20 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Água Sanitária 1 0,93 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Cadernetas Capa plast. 2 4,08 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Café 20 95,32 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Canetas esf 20 7,02 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Canetas hidro 12 19,86 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Cartucho PB JT 2 183,62 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Copo descartável-180ml 30 85,51 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Filtro de Papel 2 2,94 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Grampeador 2 11,32 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Lápis 12 1,24 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Papel A4 50 313,44 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Papel Almaço 5 88,00 Almoxarifado POLI 8/12/2005 Transparência 2 30,20

Page 166: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO D

154

ANEXO D

Page 167: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO D

155

ANEXO D

Prazo de recuperação

O payback considera a dimensão tempo do dinheiro, e é obtido por (caso o

projeto não atenda as condições abaixo diz-se que ele não tem payback :

0)/(

0)/(

1

0

0

<+

≥+=

=

=

ik

ii

ik

iii

jiF

e

jiFquetalkPayback

A análise de payback ou prazo para recuperação do capital é um indicador

voltado à medida do tempo necessário para que um projeto recupere o capital

investido. Aplicável, sem restrições, a projetos convencionais de investimento que

apresentem um fluxo de caixa com as seguintes características:

Fo < 0 e Fi > 0, i=1, ..., n.

Onde Fi é o fluxo de caixa no ano i definido por Bi - Ci, os fluxos de benefícios e

de custos dos projetos.

Em projetos que ocorrem múltiplas alterações de sinal no fluxo de caixa, a

obtenção do payback deve ser realizada com cuidado, bem como sua

interpretação, para que os resultados sejam consistentes.

Mesmo sendo um indicador com muitas limitações o payback pode ser útil como

indicador auxiliar no processo de análise. É necessário salientar que se trata de

um indicador intrinsecamente auxiliar, voltado à medida da dimensão tempo de

um projeto.

Page 168: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

156

ANEXO E

Page 169: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

157

PURE

O Programa Permanente para o Uso Eficiente de Energia Elétrica na USP, criado

em 1997 difundido na comunidade com a sigla PURE-USP, surgiu de uma

iniciativa de professores e pesquisadores do Departamento de Engenharia de

Energia e Automação Elétricas – PEA - da Escola Politécnica da USP e, desde os

primeiros momentos, contou com apoio e incentivo decisivos da Coordenadoria

de Administração Geral – CODAGE-USP, em 2004 o PURE foi incorporado à

Coordenadoria do Espaço Físico da Universidade de São Paulo - COESF-USP-

USP.

Os professores e pesquisadores do PEA (Departamento de Energia e Automação

da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) tiveram a idéia partindo do

objetivo de desenvolver as práticas, nas instalações da universidade, dos

conceitos e ensinamentos que ministravam em suas salas de aulas, com relação

à conservação de energia elétrica.

Para colher subsídios à elaboração da resposta a essa questão, foi proposto

projeto de pesquisa à FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de

São Paulo) objetivando identificar o potencial existente para aplicação dos

princípios da conservação de energia elétrica na Universidade.

Como resultado deste projeto de pesquisa obteve-se um diagnóstico sobre o uso

da energia que, embora parcial, pois enfocou naquele momento apenas no

campus de São Paulo, permitiu concluir que potenciais de economia de energia

de 20% poderiam ser alcançados em quase todas as instalações e que não havia

um processo para gestão da energia na Universidade.

Neste cenário, desde sua instalação, o PURE-USP procurou implantar um

conjunto de medidas que visavam incentivar e promover o uso eficiente e racional

da energia elétrica em todas as instalações da Universidade.

Em 2004 o PURE foi incorporado ao COESF-USP-USP (Coordenadoria de

Espaços Físicos da USP), e a partir daí todas as obras dos campi USP passaram

a ter um padrão ideal de estrutura elétrica.

Atualmente o PURE se divide em três áreas: comercial, tecnológica e

relacionamentos. As atividades de cada uma são:

Page 170: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

158

• Comercial

o Gestão de faturas: análise de todas as faturas de energia de todos

os campi da USP através do sistema Contaluz Web que digitalizou o

controle de faturas na USP, ao receber a fatura o usuário vai no

sistema e digita as informações relevantes que automaticamente

ficam visíveis para a análise do PURE;

o Contratos de fornecimento de energia: através da análise das

faturas e do SISGEN os contratos de fornecimento de energia são

periodicamente revistos, com relação a consumo e fator de potência;

o Projeto Multa-Zero: esta iniciativa visa garantir que todas as outras

ações do PURE estão sendo bem executadas, de maneira que a

USP não receba nenhuma multa, por ultrapassar limite de consumo

ou fator de potência;

• Tecnológica

o SISGEN: Sistema de Gerenciamento de Energia, monitora

continuamente todo consumo de energia em cada prédio dos campi

USP (a partir do 2º semestre de 2006 os dados de consumo estarão

disponíveis a todos no site do PURE);

o Projetos: são projetos que visam aumentar a eficiência energética

nas unidades, estes projetos são propostos pelas próprias unidades

e são, geralmente, de trocas de equipamentos antigos por

equipamentos energeticamente mais eficientes.

o Banco de capacitores: é um projeto bem específico para unidades

que o PURE identifica alto fator de potência, e para evitar multas,

graças a essas unidades são montados bancos de capacitores

nelas;

• Relacionamentos:

o Treinamento de funcionários de manutenção;

o Palestras;

o Divulgação em artigos, teses, jornais, etc.

Page 171: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

159

Listam-se abaixo as atividades realizadas na área de relacionamentos:

• Criação do Projeto Agente de Energia em toda a Universidade durante o

Racionamento de Energia no segundo semestre de 2001. Foram 50 alunos

de graduação, com bolsa-trabalho emergencial, que foram treinados para

visitar as instalações da USP. O objetivo era esclarecer sobre pontos de

economia de energia, divulgar motivações e formas de ação do PURE,

constituindo-se em um ponto de apoio para uma campanha de divulgação

e conscientização sobre o uso racional e a economia de energia. Estes

Agentes foram orientados nos campi do interior por educadores do USP-

Recicla;

• Curso para Aperfeiçoamento Profissional de Eletricistas da USP: 129

eletricistas participaram do curso organizado pelo em 5 turmas no campus

São Paulo e nos campi de Piracicaba e Ribeirão Preto, no período de

outubro a novembro de 2001. O curso foi uma oportunidade dada aos

eletricistas de atualizarem os conceitos sobre eficiência energética e

conservação de energia, fazer uma reciclagem de conhecimentos, discutir

as questões da crise de energia e uniformizar as informações nas áreas de

projeto elétrico e manutenção.

• Palestras de difusão de conceitos de eficiência energética e economia de

energia foram proferidas ao longo da existência do PURE em várias

unidades da USP e até fora da USP. Na Reitoria da USP foram realizadas

palestras durante nove meses para cerca de 75% dos funcionários, com o

apoio do Departamento Pessoal e funcionários voluntário;

• Vários trabalhos foram publicados, visando a divulgação dos resultados do

PURE, bem como algumas teses de mestrado;

• Divulgação das ações de economia e eficiência energética, para

desenvolver a conscientização da importância da energia em nossas

atividades e da participação no programa. Foram utilizados para isso a

distribuição de folders, marcadores de livro, etiquetas para interruptor,

tomadas e computadores com alerta para serem desligados, cartazes e

out-doors.

Page 172: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

160

Na estrutura do PURE há uma figura muito importante nas ações do programa, é

o gestor da unidade. Ele é o braço do PURE nas unidades, é ele quem busca

oportunidades de projetos e mobiliza campanhas do PURE na sua unidade. Na

época do racionamento eles foram os principais responsáveis pela USP atingir a

meta de redução de energia.

O engenheiro Leonardo Brian Favato, foi o entrevistado para o trabalho e já tem

conhecimento das iniciativas aqui presentes, ele pode ser consultado para

esclarecer maiores dúvidas. O contado do PURE se encontra no anexo B.

PUREFA

Nos anos 70, o aquecimento global era debatido entre uns poucos círculos

científicos e apenas ambientalistas davam atenção ao tema. Em 1988, a ONU

criou o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPPC). O consumo

de energia e emissão de substâncias tóxicas no meio ambiente passaram a ser

preocupação de todos, ou pelo menos de todas as nações civilizadas. Para fazer

a sua parte a USP lançou o Programa de Uso racional de Energia e Fontes

Renováveis (PUREFA), sob a coordenação do Prof. Dr. Marco Antonio Saidel. O

projeto pretendia implantar medidas e ações de eficiência energética para reduzir

o consumo e energia elétrica e aumentar a participação das fontes alternativas.

Com recursos de R$ 2,2 milhões obtidos do Fundo Setorial de Energia Elétrica da

FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos, agência do Ministério da Ciência e

Tecnologia) o PUREFA faz parte do Programa Permanente para Uso Eficiente de

Energia (PURE), implantado na USP em 1997 e que vem progressivamente

mostrando a diminuição do consumo de energia em todos os campi. A previsão é

que o projeto seja finalizado, com o fim dos recursos da FINEP, em agosto de

2006.

Este projeto tinha como objetivo a implementação de medidas de gestão e de

eficiência energética, visando a redução do consumo e do desperdício de energia

elétrica, o aumento da participação de fontes alternativas na matriz energética, e

também, incentivar grupos de pesquisas e disseminar o uso racional e eficiente

da energia, despertando a comunidade universitária, principalmente, para a atual

forma de encarar as questões de restrições energéticas, de manutenção predial,

Page 173: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

161

meio ambiente e comportamento humano, de modo a contribuir na busca do

desenvolvimento sustentado.

Dentro da busca por fontes alternativas de energia e aliado a um melhor

gerenciamento dos rejeitos, elementos fundamentais para o desenvolvimento

sustentável e seguindo as recomendações da Agenda 21, este projeto investigou

uma opção de depósito adequado de resíduos e indicou uma alternativa para que

se aumente o uso de uma fonte renovável de energia. De acordo com o Painel

Internacional sobre Mudanças Climáticas da ONU, as emissões pela degradação

anaeróbia de resíduos são responsáveis por 14% das emissões de metano. Com

relação ao Protocolo de Quioto, esta atividade também se classifica como uma

das alternativas para a estabilização da concentração dos gases de efeito estufa,

gerando Créditos de Redução de Emissão, como prevê o Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo, uma vez que promove a redução das emissões de

metano para a atmosfera e o uso de uma fonte renovável de energia em

substituição ao uso de combustíveis fósseis.

Apesar do crescente avanço das energias alternativas na matriz energética

mundial, o Brasil, apesar do grande potencial tem uso praticamente incipiente,

principalmente eólica e solar fotovoltaica. A USP, dado ser um centro avançado

de ensino e pesquisa e formador de opiniões, no seu papel de extensão de

serviços à comunidade, vem consolidando a utilização de fontes alternativas de

energia como biomassa, gás natural, sistemas fotovoltaicos, dentro do contexto

do uso racional e eficiente de energia.

Para isso a USP construiu um sistema demonstrativo em suas instalações,

incluindo:

• Um biodigestor que opera com dejetos humanos gerados, para geração de

energia elétrica.

• Implantação de 10kW em sistemas fotovoltaicos: 6kW integrados aos

6,3kW já existentes e 4kW em um campi do interior.

• Substituição de chuveiros elétricos de um dos blocos dos alojamentos dos

alunos por um sistema de aquecimento a gás.

Page 174: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

162

• Implantação de sistemas solares de aquecimento de água em um dos

blocos dos alojamentos e restaurante .

Com a implementação deste projeto pretende-se:

• Estabelecer rotinas, estratégias, políticas e ações em conjunto com

administradores, engenheiros, técnicos e pessoal encarregado da área de

eletricidade na universidade

• Implantar sistema de gerenciamento do uso da energia elétrica através da

análise de faturas e de medições de todas as Unidades por sistema próprio

• Criar uma norma de eficiência energética em arquitetura estão

relacionados à redução do consumo de energia.

• Disseminar o conhecimento adquirido para a sociedade

Foram avaliados aspectos técnicos de implantação e operação, bem como a sua

viabilidade econômica, através da apresentação de custos e da energia

conservada.

O PUREFA tornou, durante 9 anos, a USP em um "laboratório virtual" de

pesquisas sobre fontes energéticas, ao mesmo tempo em que otimizou a gestão

dos recursos energéticos e beneficiou os usuários dos diversos campi.

PURA

Em 1995 foi criado o Programa de Uso Racional da Água (PURA), através de

Convênio entre a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP),

Laboratório de Sistemas Prediais do Departamento de Construção Civil

(LSP/PCC), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

(Sabesp) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). A criação do PURA foi

reflexo de vários trabalhos na área de conservação da água que estavam sendo

desenvolvidos em todo o mundo no final da década de 80.

O programa consiste em seis macro programas integrados, abrangendo

documentação técnica, laboratórios, novas tecnologias, estudos em edifícios

residenciais, programas da qualidade e, finalmente, estudos de caso em

diferentes tipos de edifícios (escritórios, escolas, hospitais, cozinhas, etc.).

Page 175: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

163

Em 1997 começaram os estudos nos diferentes edifícios do campus da USP (a

última etapa do programa), viabilizado através de Convênio entre USP e Sabesp,

como estudo de caso em campi universitários: Programa de Uso Racional da

Água da Universidade de São Paulo (PURA-USP). Fazem parte deste programa a

Reitoria da USP, representada pela Coordenadoria de Administração Geral

(CODAGE-USP), a Escola Politécnica da USP (EPUSP) e o Fundo de Construção

da USP (FUNDUSP).

Essa parceria entre a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de

São Paulo) e a USP, tem como intuito a redução do consumo de água no campus

em virtude dos expressivos valores de consumo observados e seus reflexos no

orçamento da Universidade. Para viabilizar o programa, a Sabesp concedeu um

desconto nas faturas e contas de água mensais do campus de São Paulo a fim de

se criar um fundo destinado às intervenções do PURA-USP. Em contrapartida, a

USP ficou responsabilizada por uma economia de água efetiva a ser obtida com a

implantação de todos os passos propostos, e pelo desenvolvimento de uma

metodologia de aplicação do programa em outras situações similares futuras. O

registro das atividades desenvolvidas também foi encarregado à Universidade.

Com esse cenário foram traçados os seguintes objetivos:

• Reduzir o consumo nas Unidades da USP, através de ações de caráter

tecnológico e comportamental (maximizando a eficiência nas atividades

que utilizam a água, sem comprometer a qualidade), e manter o perfil de

consumo reduzido ao longo do tempo

• Implantar um sistema estruturado de gestão da demanda da água

• Desenvolver metodologia a ser aplicada futuramente em outros locais

Para o desenvolvimento das atividades foi criada uma Comissão para o PURA-

USP formada por membros da EPUSP (Coordenadores e Equipe Técnica) e da

CODAGE-USP (Coordenadoria de Administração Geral da USP), COESF-USP

(Coordenadoria do Espaço Físico) e PCO (Prefeitura do Campus da Capital). Em

cada Unidade foram constituídas Comissões PURA das unidades, compostas por

Professores, Funcionários Administrativos e Pessoal da Manutenção, com a

finalidade de auxiliar nas intervenções e constituir um contato ativo dentro de

cada Unidade.

Page 176: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

164

Abaixo estão descritas as etapas de análise realizadas nas unidades localizadas

no campus de São Paulo:

• ETAPA 1: Diagnóstico geral: Levantamento de características da Unidade.

o Tipologia de uso: hospitalar, laboratorial, ocupação humana, etc.

o Histórico de consumo de água antes das intervenções.

o Componentes do sistema hidráulico, por meio de documentação

técnica, projetos, plantas, entrevistas com os funcionários e

levantamentos em campo.

Número de pontos de consumo de água e sua disposição. Foram

levantados 8.300 e 19.200 pontos nas Unidades (com exceção de pontos

especiais).

• ETAPA 2: Redução de perdas físicas.

o Cadastro das redes.

o Detecção e eliminação de vazamentos em redes externas e internas

(com uso de haste de escuta, correlacionador de ruídos, geofone

eletrônico), e em reservatórios (registros de bóia e extravasores).

• ETAPA 3: Redução de consumo nos equipamentos.

o Substituição de equipamentos convencionais por modelos

economizadores.

o Torneiras hidromecânicas de fechamento automático com arejador e

regulador de vazão.

o Torneiras eletrônicas com sensor de presença.

o Válvulas hidromecânicas de fechamento automático para mictórios e

duchas.

o Bacias sanitárias com volume de descarga reduzido (VDR) - 6 L,

podendo-se utilizar, em função da tipologia e condições de uso,

tanto com caixas acopladas como com válvulas de descarga.

o Torneiras para copas/cozinhas com bica móvel, arejador e

acionamento por alavanca.

Page 177: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

165

o Regulagem e substituição de comandos hidráulicos: válvulas de

descarga e registros.

• ETAPA 4: Caracterização de hábitos e racionalização das atividades que

consomem água:

o Adoção de procedimentos mais eficientes em cozinhas, na limpeza

e em laboratórios.

o Reuso da água de processo: destiladores e refrigeração.

o No contexto da Etapa 4, em 2001, fez-se uma análise dos estudos

até então realizados pela Sabesp do reaproveitamento da água de

resfriamento utilizada nos Destiladores dos laboratórios do campus

de São Paulo, motivada pelo elevado número de equipamentos

(cerca de 240), aliado à perda durante o processo de destilação

(50L/h em média por litro de água destilada, o que representa quase

R$ 30.000,00 por mês).

o Entre as considerações a serem feitas no estudo do melhor

aproveitamento desta água, destacam-se:

§ Entendimento físico de como é o sistema de destilação.

§ Levantamento das características e condições de todo o

sistema.

§ Consumo de água e energia dos destiladores.

§ Mapeamento dos destiladores.

§ Qualidade da água da rede.

§ Levantamento das características dos usuários.

§ Exigências quanto à qualidade da água destilada e período

de utilização.

• ETAPA 5: Campanhas educativas e treinamentos.

o Comunidade USP (docentes, alunos e funcionários): comunicação

em caráter informativo e conscientizador da importância do

programa através de cartazes, palestras, reportagens, textos

(apresentando a filosofia e abrangência do PURA)

Page 178: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

166

o Pessoal de manutenção: treinamentos realizados sobre novos

equipamentos, sua operação e manutenção adequadas

Em 2004 o PURA, da mesma maneira que o PURE, foi incorporado ao COESF-

USP, com isso toda nova construção da USP tem que seguir os padrões de

equipamento definidos pelo programa.

Atualmente a maioria dos hidrômetros de tarifação Sabesp foi substituída por

modelos eletrônicos, permitindo assim a detecção de grandes anomalias no

consumo de água e a imediata ação corretiva que, de outra forma, ocorreria

somente quando do recebimento da conta de água.

Encontram-se em execução a expansão da rede de telemedição, como parte do

programa de setorização da medição de cada uma das Unidades do PURA-USP

Fase 1. Além destes cerca de 50 hidrômetros, estão previstos para a setorização

da Fase 2, mais 150.

Pretende-se que, futuramente, as próprias Unidades possam realizar a gestão de

seu consumo de água.

A principal atividade hoje do PURA é a gestão da demanda de água, ela envolve:

• Acompanhamento do consumo.

• Ampliação da rede de setorização e telemedição.

• Conserto de vazamentos.

• Cuidados com operação e manutenção dos sistemas prediais.

• Reformas em redes hidráulicas em locais com grandes e constantes

perdas.

• Otimização das atividades que consomem água.

• Implantação de práticas de uso racional da água e, quando possível, de

reuso.

• Divulgação, campanhas de conscientização e treinamentos.

• Outros benefícios.

• Domínio sobre o sistema hidráulico.

• Cadastro e condições de redes e reservatórios.

Page 179: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO E

167

• Cadastro das ligações da concessionária pública.

• Modernização de componentes do sistema.

• Desenvolvimento de novas tecnologias.

• Conscientização dos usuários da importância da água, do seu uso racional

e conseqüentes benefícios econômicos, sociais e ambientais.

O contato do PURA se encontra no anexo B.

Page 180: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

168

ANEXO F

Page 181: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

169

Análise do Uso de Energia Elétrica

Somente a partir do racionamento em 2001 e 2002 a USP começou realmente a

buscar maneiras de economizar energia, foi neste momento que o PURE ganhou

força e reconhecimento, e também foi quando a preocupação com os gastos de

energia se espalhou para as unidades incluindo a EPUSP.

Atualmente o PURE trabalha em três linhas para diminuir os gastos com energia,

são elas: gerenciamento de contas, reeducação (de usuários e treinamentos para

pessoal de manutenção) e projetos nas unidades (troca de equipamentos ou

instalação de banco de capacitores). Na linha de projetos, as propostas devem

ser enviadas pelas próprias unidades ou departamentos e é essa oportunidade

que esta análise pretende aproveitar.

Propostas de redução de energia no departamento eram difíceis de serem

avaliadas em termos de ganho porque o departamento nem a EPUSP recebem a

conta de luz, que é paga centralmente na reitoria para todo o campus de São

Paulo, mas a partir da criação do SISGEN (Sistema de Gestão de Energia) pelo

PURE passou a ser possível saber o consumo de energia em cada prédio do

campus de São Paulo e assim avaliar os resultados destes projetos.

Especificamente para o Departamento de Engenharia de Produção não é tão

simples, como o prédio é o mesmo do Biênio os dados de consumo estão

consolidados, impossibilitando que uma análise exclusiva do departamento, a

figura 77 mostra o consumo no conjunto Biênio e Produção de fevereiro a maio de

2006 (entre março e abril houve um problema nos aparelhos de medição) e a

figura 78 mostra o consumo do mês de maio de 2006.

Com esses dados de consumo por prédio a reitoria já tem a possibilidade de orçar

e cobrar as contas de luz por unidade, não é simples fazer essa mudança, mas

essa é a intenção do PURE, que entende que fazendo a cobrança nos

departamentos incentivá-los-ia a reduzir seu consumo de energia.

Com isso em mente essa análise visa antecipar essa cobrança e propor medidas

técnicas para redução de energia. As principais oportunidades identificadas foram

relacionadas à iluminação e ar-condicionado.

Page 182: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

170

Consumo de Energia - Biênio/Produção

0

5000

10000

15000

20000

25000

Mês

Po

tên

cia

(W)

Fevereiro Março Abril Maio

Figura 77: Consumo de energia elétrica de fevereiro a maio de 2006 (PURE-USP,

2006)

Consumo Maio/06 - Biênio/Produção

-

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

18.000

01/05

02/05

03/05

04/05

05/05

06/05

07/05

08/05

09/05

10/05

11/05

12/05

13/05

14/05

15/05

16/05

17/05

18/05

19/05

20/05

21/05

22/05

23/05

24/05

25/05

26/05

27/05

28/05

29/05

30/05

31/05

Dia

Po

tên

ca (

W)

Figura 78: Consumo de energia elétrica em maio de 2006 (PURE-USP, 2006)

Iluminação

No Brasil há vários trabalhos recentes que ilustram ineficiências nos sistemas de

iluminação das edificações, públicas como privadas, geralmente esses sistemas

Page 183: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

171

se encontram fora dos padrões técnicos adequados. Os tipos mais comuns

dessas ocorrências são (Rodrigues, 2002):

• Iluminação em excesso;

• Falta de aproveitamento da iluminação artificial;

• Uso de equipamentos com baixa eficiência luminosa;

• Falta de comandos (interruptores) para as luminárias;

• Ausência de manutenção, depreciando o sistema; e

• Hábitos de uso inadequados.

No departamento há vários tipos de salas, mas basicamente todas são salas de

escritório, ou melhor, tem as mesmas necessidades de iluminação de uma sala

de escritório. Sendo assim as salas do departamento estão corretamente

dimensionadas em relação a quantidades de luminárias, mas apresentam

luminárias não eficientes na distribuição da luz e lâmpadas e reatores antigos que

consomem consideravelmente mais energia. São essas as lâmpadas de 40W, os

reatores eletromagnéticos e as luminárias foscas.

As lâmpadas fluorescentes são muito comuns em escritórios pelo conjunto

economia, boa eficiência luminosa (lumens por watts) e bom índice de reprodução

de cores, mas as lâmpadas de 40W não são mais o padrão, porque com evolução

da tecnologia das lâmpadas fluorescentes foram inventadas as lâmpadas

fluorescentes recobertas com pó trifósforo. Elas aumentam o rendimento luminoso

da lâmpada e reproduzem melhor as cores. Em geral, custam mais caro, porém

possuem vida útil é superior e a eficiência luminosa é maior, isto é, gastam menos

energia e iluminam melhor. As primeiras lâmpadas com trifósforo tinham 36W,

agora elas já são vendidas com 32W, e esse já é o padrão atual do COESF-USP

para novas instalações na USP.

Os reatores são equipamentos auxiliares para as lâmpadas e necessários ao

funcionamento de descarga da maioria dos tipos de lâmpada, com a finalidade de

proporcionar a ignição e de maneira a estabilizar a corrente elétrica do circuito. As

suas principais características são: alto fator de potência, pequenas dimensões,

vida longa, baixo nível de ruído e perdas reduzidas. São de dois tipos:

eletromagnéticos e os eletrônicos.

Page 184: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

172

Os reatores eletromagnéticos convencionais foram descontinuados do mercado

nos Estados Unidos, Europa e Japão em 2005, devido aos programas de

conservação de energia presentes nesses países. No Brasil processo de

certificação para os reatores eletrônicos foi criado só em 2003.

Com a tecnologia eletrônica podem-se operar com lâmpadas e reatores com

perfeita união, inexistente anteriormente. Isso possibilita obter uma maior

eficiência luminosa, incrementando ainda a vida útil da lâmpada em até 50%. E

obtendo ainda uma economia de energia, se comparados aos sistemas utilizados

com reatores eletromagnéticos convencionais, reduzindo significativamente o

consumo de energia das instalações elétricas.

As luminárias são peças destinadas a distribuir, filtrar e controlar a luz gerada por

uma ou mais lâmpadas. Existem luminárias para diversas finalidades e destinadas

aos diversos tipos de lâmpadas. As luminárias possuem um papel importante para

distribuir a luz da melhor maneira em um determinado ambiente.

As luminárias do departamento são foscas o que não aproveita da melhor

maneira a luz emitida pela lâmpada, logo, também não aproveita da melhor

maneira a energia elétrica gasta na geração da luz. As luminárias eficientes mais

comuns no mercado são feitas de alumínio polido, dois exemplos estão na figura

79.

Figura 79: Luminárias eficientes (ARCOWEB, 2006)

Ar-condicionado

Page 185: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

173

O departamento já possui nas salas de aula os equipamento split,mais eficientes

para a estrutura do departamento, com um grande número de salas de tamanho

similar, mas as salas de professores e secretaria ainda possuem ar-

condicionados individuais de janela que representam um aumento do consumo de

energia e do fator de potência da rede. A potência de um ar-condicionado é

medida na unidade inglesa British Thermal Unit (BTU/hora)

O aparelho de janela tem todos os seus componentes instalados num único

volume. Os modelos compactos encontrados atualmente nas lojas já apresentam

consumo de energia bastante menor, em comparação com as modelos anteriores.

Porém, como trabalham com baixas capacidades e seus níveis de perda são os

maiores dentre todos os tipos. Em projetos menores com apenas duas ou três

unidades, a diferença no consumo de energia tem menor impacto, mas o

consumo também está relacionado ao número de horas de uso e às temperaturas

médias do local. Os aparelhos menores estão disponíveis em versões de menor

potência, de 7 mil BTUs, até os de grande capacidade, com 30 mil BTUs. Os

primeiros são recomendados para ambientes de10 a 15 metros quadrados. Já os

mais potentes atendem áreas de até 60 metros quadrados, porém deve-se

considerar a distribuição desigual do ar pelo ambiente e a eventua l formação de

bolsões quentes.

Os sistemas split tem potência medida em BTUs/hora ou por tonelada de

refrigeração (TR), sendo que 1 TR equivalente a 12 mil BTUs/hora. A principal

característica do sistema split é a instalação das partes do compressor e

condensador em áreas externas, deixando somente a unidade evaporadora nos

ambientes. Vantagens estão na possibilidade de controle individual e no uso de

compressores de alta eficiência. No caso departamento seria utilizado um sistema

multisplit, pois é o que apresenta uma máquina externa para de 30 à 40 unidades

internas, dependendo da capacidade necessária em cada ponto. Em sistemas

multisplit, é possível dispor as unidades em até 100 metros de distância (sem

alteração na altura) da central ou também se pode trabalhar com uma diferença

de 50 metros de altura entre a unidade e a central. As desvantagens do sistema

split são: ele requer espaço para a instalação de equipamentos internos e

externos e nem todos modelos prevêem a troca do ar nos ambientes, mas nos

Page 186: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

174

demais casos essa operação também requer um sistema à parte e também

demanda espaço e infra-estrutura.

Nos sistemas de ar-condicionado central, água é resfriada no chiller, instalado,

por exemplo, na casa de máquinas, e dali segue para todos andares por meio de

dutos termicamente isolados. A água utilizada retorna e é resfriada novamente.

Esse sistema. O investimento inicial nesse caso é mais alto, porém seu custo

operacional é o mais baixo. Dado o tamanho dos equipamentos, deve-se

considerar um espaço para sua acomodação, operação e manutenção. O peso

das máquinas e dos tanques também devem ser considerados, pois é dado

importante para análise da estrutura da edificação.

Os sistemas de ar-condicionado central se tornam mais econômicos quando

empregam as válvulas de volume de ar variável, que possuem sensores que

captam as variações de temperatura.

Impressoras

O Departamento possui 45 impressoras para 47 funcionários e professores, a

proposta é reduzir o número de impressoras para uma por sala. Durante as

entrevistas com professores e funcionários esta proposta foi levantada, para

professores e funcionários que possuem mais de uma impressora em suas salas,

e nenhum dos funcionários viu empecilhos para trabalhar com menos

impressoras, já alguns dos professores, quatro dos dezesseis que possuíam mais

de uma impressora em suas salas, viram problemas em deixar uma impressora

só na sala, entre as razões por eles levantadas estão a descrença de que a

medida traria alguma economia e que ela dificultaria o trabalho do dia a dia dos

professores.

Gestor no departamento

Para manter o controle sobre o consumo de energia no departamento é

interessante criar a função de gestor de energia. Seria alguém que acessasse as

informações geradas pelo PURE e ficasse atento a alte rações no consumo para

poder identificar as razões para eventuais alterações sejam elas por falhas

(técnicas ou estruturais) ou por alterações nas necessidades de consumo dos

usuários.

Page 187: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

175

Seria interessante que essa pessoa, junto ao PURE, tentasse viabilizar a medição

de consumo apenas nas instalações do Departamento da Engenharia de

Produção, o separando do consumo do Biênio. Isso permitiria que a gestão de

energia fosse feita exclusivamente para o departamento.

Análise do Uso de Água

O PURA-USP também cresceu nos últimos anos com o aumento das

preocupações sobre o consumo de água no campus. O programa tem uma

estrutura bem similar ao PURE, também atuando da mesma maneira:

reeducação, projetos nas unidades e gestão do consumo. A diferença está que o

PURA, atualmente, não reforma os sistemas hidráulicos das unidades com o

objetivo de melhorar o desempenho da distribuição, ele só o faz quando há um

vazamento ou uma mudança de consumo identificada através da Gestão de

consumo.

Novamente o departamento tem seu consumo medido juntamente ao prédio do

Biênio, na figura 80 e 81 estão as medições do conjunto Biênio e Produção para o

dia 30 de maio e o ano de 2005, respectivamente.

Page 188: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

176

Figura 80: Consumo de água no dia 30 de maio (PURA-USP, 2006)

Figura 81: Consumo de água no ano de 2005 (PURA-USP, 2006)

Os equipamentos que costumam apresentar oportunidades de redução de

consumo na USP, segundo o PURA, são pias e bacias sanitárias. O

departamento tem todos seus banheiros adequados aos padrões do PURA, são

bacias de 6 litros, mictórios e pias de fechamento automático.

Propostas alternativas de redução do uso da água requerem um trabalho

elaborado sobre as reais necessidades de consumo do departamento, sobre

Page 189: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO F

177

disponibilidade de espaço e um dimensionamento para adequar o projeto a algum

ou alguns usos específicos do departamento. Um sistema de reuso de água ou

uma cisterna não são equipamentos prontos para serem instalados, envolvem um

projeto de engenharia, logo não será feita nenhuma proposta nesse sentido neste

trabalho.

Gestor no departamento

Da mesma maneira que para a energia elétrica seria interessante, para manter o

controle sobre o consumo de água no departamento, criar a função de gestor de

água. Seria alguém que acessasse as informações geradas pelo PURA e ficasse

atento a alterações no consumo para poder identificar as razões para eventuais

alterações.

Da mesma maneira que no PURE essa pessoa tentaria viabilizar, junto ao PURA,

a medição de consumo de água apenas nas instalações do Departamento da

Engenharia de Produção, separando o consumo do Biênio, o que permitiria que a

gestão de água fosse feita exclusivamente para o departamento.

Page 190: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO G

178

ANEXO G

Page 191: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO H

179

ANEXO H

Page 192: Estudo de Caso Sustentabilidade No Departamento de Engenharia de Producao Da Escola Politecnica Da Universidade de Sao Paulo

ANEXO I

180

ANEXO I