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Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 1 ISSN 1980-7406 ESTUDO DE TRIBUTAÇÃO EM PESSOA FISICA OU JURIDÍCA, NA ATIVIDADE RURAL. PIVATO, Everton 1 RICACHESKI, Marcos 2 BURIN, Suzana 3 RESUMO Com a informatização ganhando mercado, hoje o produtor rural está mais acessível às novas tecnologias, desta forma o contador ganha mercado na área rural, ramo de atividade que ainda tem poucos profissionais especializados, hoje grandes e pequenos produtores precisão minimizar ao máximo suas despesas e custos, a análise de uma forma de tributação com menos ônus terá como efeito de aumento de seu lucro, cabe ao contador fazer sua parte no mercado com novas formas de tributação para o produtor rural, assim desenvolvendo estudo com objetivo de apresentar cálculos comparativos ao mesmo em formas de tributação por pessoa física ou jurídica demonstrando de qual forma terá menos ônus tributários e assim aumente seu conhecimento e lhe proporcione uma maior renda na propriedade rural. PALAVRA CHAVE: Tributação. Produtor. Rural. STUDY OF TAXATION IN PHYSICAL PERSON OR JURIDÍCA, IN THE RURAL ACTIVITY. ABSTRACT The use of information technology is gaining market, today the rural producer is more accessible to new technologies, thus the counter have more market in rural areas,it is a business activity that still has few specialized professionals. Today large and small producers need to minimize costs and expenses. The analysis of taxation form with less burden will have the effect of increase the profit, It is up to the counter to do the job on the market with new forms of taxation for the rural producer, thus developing studies with the objective of presenting a comparative calculations in taxation forms for legal or physical person demonstrating how can they have less tax burden and thus increase the knowledge and provide greater income in the rural property. Keyword: Rural Producer Taxation 1 INTRODUÇÃO Com a agropecuária em alta no Paraná, a contabilidade tem como necessidade de acompanhar a evolução, nas práticas contábeis em relação a esta atuação. O âmbito deste estudo é analisar os tipos de tributação e passar aos produtores formas de menor carga na atividade rural assim demonstrando duas que são por pessoa física e pessoa jurídica com fins de o próprio produtor rural optar de qual será mais viável na situação. O agronegócio com sua evolução acelerada coloca o produtor a buscar novas informações, ou seja, acelerar sua evolução em conhecimento, tecnologia, novas estratégias, novos mercados, novas tributação, ai está a importância da contabilidade rural com fornecimento de informações simples e objetivas, pois hoje na área rural temos produtores com grau de escolaridade baixa, porém com experiência de campo muito grande. Hoje o produtor está cada vez mais necessitado de informações contábeis para organizar sua empresa rural, com intuito de melhorar seus conhecimentos na sua área de atuação agrícola ou pecuária, as informações contábeis lhe auxiliaram em análise de mercado financeiro para melhor forma de venda de sua produção. Com isto de qual forma o produtor rural terá menos carga tributária na sua declaração de imposto de renda (IR) pessoa física ou jurídica? E assim o procedimento será através de um estudo de caso analisando as formas de tributação para pessoa física e pessoa jurídica, levantando referencial teórico sobre o tema, tabular e calcular as formas de tributação proposta.

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Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 1

ISSN 1980-7406

ESTUDO DE TRIBUTAÇÃO EM PESSOA FISICA OU JURIDÍCA, NA

ATIVIDADE RURAL.

PIVATO, Everton1

RICACHESKI, Marcos2

BURIN, Suzana3

RESUMO

Com a informatização ganhando mercado, hoje o produtor rural está mais acessível às novas tecnologias, desta

forma o contador ganha mercado na área rural, ramo de atividade que ainda tem poucos profissionais

especializados, hoje grandes e pequenos produtores precisão minimizar ao máximo suas despesas e custos, a análise de uma forma de tributação com menos ônus terá como efeito de aumento de seu lucro, cabe ao contador

fazer sua parte no mercado com novas formas de tributação para o produtor rural, assim desenvolvendo estudo

com objetivo de apresentar cálculos comparativos ao mesmo em formas de tributação por pessoa física ou jurídica demonstrando de qual forma terá menos ônus tributários e assim aumente seu conhecimento e lhe proporcione

uma maior renda na propriedade rural.

PALAVRA CHAVE: Tributação. Produtor. Rural.

STUDY OF TAXATION IN PHYSICAL PERSON OR JURIDÍCA, IN THE RURAL

ACTIVITY.

ABSTRACT

The use of information technology is gaining market, today the rural producer is more accessible to new

technologies, thus the counter have more market in rural areas,it is a business activity that still has few specialized professionals. Today large and small producers need to minimize costs and expenses. The analysis of taxation

form with less burden will have the effect of increase the profit, It is up to the counter to do the job on the market

with new forms of taxation for the rural producer, thus developing studies with the objective of presenting a comparative calculations in taxation forms for legal or physical person demonstrating how can they have less tax

burden and thus increase the knowledge and provide greater income in the rural property.

Keyword: Rural Producer Taxation

1 INTRODUÇÃO

Com a agropecuária em alta no Paraná, a contabilidade tem como necessidade de

acompanhar a evolução, nas práticas contábeis em relação a esta atuação. O âmbito deste

estudo é analisar os tipos de tributação e passar aos produtores formas de menor carga na

atividade rural assim demonstrando duas que são por pessoa física e pessoa jurídica com

fins de o próprio produtor rural optar de qual será mais viável na situação.

O agronegócio com sua evolução acelerada coloca o produtor a buscar novas

informações, ou seja, acelerar sua evolução em conhecimento, tecnologia, novas

estratégias, novos mercados, novas tributação, ai está a importância da contabilidade rural

com fornecimento de informações simples e objetivas, pois hoje na área rural temos

produtores com grau de escolaridade baixa, porém com experiência de campo muito

grande.

Hoje o produtor está cada vez mais necessitado de informações contábeis para

organizar sua empresa rural, com intuito de melhorar seus conhecimentos na sua área de

atuação agrícola ou pecuária, as informações contábeis lhe auxiliaram em análise de

mercado financeiro para melhor forma de venda de sua produção.

Com isto de qual forma o produtor rural terá menos carga tributária na sua

declaração de imposto de renda (IR) pessoa física ou jurídica? E assim o procedimento será

através de um estudo de caso analisando as formas de tributação para pessoa física e pessoa

jurídica, levantando referencial teórico sobre o tema, tabular e calcular as formas de

tributação proposta.

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2 REVISÕES BIBLIOGRÁFICA

Proceder através de um estudo de caso qual forma de tributação acarretará menos

ônus ao produtor rural, analisando as possíveis formas como pessoa física e pessoa jurídica.

A contabilidade na atividade rural não atinge apenas com tributos, mas sim com

maneiras organizacionais na atividade, assim fornecendo ao proprietário informações das

quais o mesmo utilizara para aumentar sua rentabilidade na atividade, o contador tem por

sua responsabilidade orientar seus clientes de como administrar melhor sua empresa.

Produtor que está sendo analisado, adquire todos seus insumos na cidade de

QUEDAS DO IGUAÇU, porém equipamentos quando adquiridos são no próprio Estado, e

toda sua produção e comercializada na própria cidade que situa a propriedade.

Neste capítulo tem como fundamento abordagem dos conceitos básicos da atividade

agropecuária, importância da contabilidade agropecuária, ativos biológicos, depreciação na

agropecuária, planificação contábil, imposto de renda agropecuário, tributação pessoa

física, tributação pessoa jurídica, fluxo de caixa e plano de contas completo para uma

empresa agropecuária.

2.1 CONCEITO BÁSICO DA CONTABILIDADE AGROPECUÁRIA

Marion (2012) relata que empresas do ramo rural são aquelas que através do uso do

solo exploram sua capacidade produtiva com cultivo da terra com criação de animais ou

produção de alimentos, podendo ser classificadas em diferentes grupos de produção como

atividade agrícola, zootécnica e atividade agroindustrial.

2.1.1 Atividades agrícola

Na atividade agrícola podemos destacar grandes grupos de atividade como cultivo

de hortaliças, e forrageiras como exemplo, cereais como feijão soja, arroz, milho, trigo,

aveia, hortaliças, tubérculos, tubérculos, oleaginosas, e floricultura.

2.1.2 Atividades zootécnica

Na atividade zootécnica trabalha-se nas partes de criação e cuidados animais e

insetos como apicultura, avicultura, cunicultura, pecuária, piscicultura, raniculturas e outros

vários pequenos animais, destes tantos citados a pecuária hoje tem predominância o

mercado brasileiro, ou seja, animais criados em confinamento ou a pasto, para fins de

consumo e processos industriais.

2.1.3 Atividades agroindustrial

Refere-se ao processamento agroindustrial de todos os processos agropecuários

relacionados, ou seja, beneficiamento de produtos agrícolas como arroz, feijão, café e milho

ou zootécnicos como mel, laticínios ou casulos da seda, processamento de cana de açúcar

que se obtém vários subprodutos como agua ardente, álcool, como da soja que podemos

subtrair o óleo ou até mesmo da uva que subtraímos o vinho ou vinagre, ou seja,

transformações de produtos agropecuárias.

2.2 IMPORTÂNCIAS DA CONTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO

De acordo com Crepaldi (2010), na atividade agrícola o produtor rural não tem se

utilizado da contabilidade, ferramenta está, muito essencial para administração da empresa

rural como auxilio em tomadas de decisão, pois o mesmo vê esta ferramenta como uma

técnica muito complexa e sem retorno para sua área de atuação.

O autor ainda cita como um ponto que leva o produtor a temer da prática contábil,

que se refere a difícil interpretação do trabalho, ou seja, existem poucos profissionais

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habilitados para poder passar ao proprietário rural de forma sucinta e de fácil entendimento,

que venha a este agricultor adquirir esta tecnologia.

O avanço da tecnologia no mercado leva o empresário rural a buscar novas

alternativas com intuito de aumentar suas possibilidades de tomada de decisões, para isso, o

mercado contábil está com escassez de profissionais que atuem forte na área rural e que

levem informações e coletem dados para que se torne um ciclo e preencha este vazio no

mercado da contabilidade rural.

Segundo o autor, a contabilidade rural tem como ponto fundamental na atividade,

através de práticas contábeis com intuito de redução de custos e despesas, ou seja,

planejamentos a serem executados que fornecerão informações para análise se um

investimento trará resultado para a atividade.

2.3 EXERCÍCIOS SOCIAL

Para Marion (2012), temos uma regra na contabilidade para o fechamento anual em

31/12, isso não se aplica na contabilidade rural, pois se observa que empresa de maneira

geral obtém receitas e despesas constantes, ou seja, todos os meses do ano, porém não se

aplica que e de necessidade o fechamento no mês doze, mas sim a qualquer mês do

respectivo ano poderá ser escolhido e refletira o resultado dos últimos 12 meses.

Na grande maioria das empresas o fechamento anual ocorre no último mês do

respectivo anual por motivos de encerramento de suas atividades em casos de férias

coletivas, inventário de mercadorias ou até interrupção de atividades operacionais.

2.3.1 Atividades agrícola

Marion (2012) relata que o fechamento de exercício social na atividade agrícola

pode ser realizado ao final da colheita que pode ser realizada em alguns dias ou meses do

ano dependendo do tamanho da atividade, o ano agrícola se considera em que planta, colhe

e alguns casos comercializam, porem à opção de estocagem deste produto na expectativa de

melhores preços assim se considera o encerramento do exercício ao final da colheita e o

produto armazenado e registrado ao balanço como ativo biológico.

O autor relata que a apuração do resultado logo após a colheita e comercialização e

uma forma mais adequada na avaliação do resultado agrícola, pois a agricultura tem

períodos curtos para encerramento de sua produção, do início do plantio ao final da colheita

são poucos meses, não há o porquê de aguardar o encerramento do ano.

Desta forma evita-se o fechamento anual com culturas em formação, pois seria de

difícil e inadequada avaliação de uma cultura que esteja em seu processo vegetativo, se

realizada a contabilidade não terá utilidade, por isso, recomenda-se o encerramento do ano

social ao termino do ano agrícola, ou seja, ao final da colheita.

2.3.2 Atividades pecuária

Marion (2012 pg.06) relata que:

O período adequado para o encerramento do exercício social, assim como da

atividade agrícola, não é o ano civil. O ideal realizá-lo logo após o nascimento

dos bezerros ou do desmame.

Segundo o autor na pecuária a possibilidade de manejar os nascimentos dos bezerros

através de um acompanhamento e programação de monta planejada e de inseminação

artificial ou aceleração de cio, assim o nascimento dos bezerros podem ocorrer em épocas

de pastagens ruins, vendo que os até seus primeiros três meses de vida não a consumo de

matéria verde.

O autor relata que empresa que não há este planejamento de períodos de nascimento

se torna mais complicado o fechamento do resultado anual, vendo que em comparação com

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atividade agrícola neste caso o bezerro e o fruto, ou seja, produto final que agrega valor ao

resultado do ano social.

De acordo com Marion (2012), a atividade pecuária e dividida em três fases de

atividade básica que são cria normalmente com finalidade de criação de bezerros para

venda após o desmame, recrias com o objetivo de aquisição de bezerros desmamados para

produção e desenvolvimento e venda como novilho magro, e por fim, engorda que a partir

do novilho magro adquirido, feito à terminação e vendido para abate.

O autor demonstra a possibilidade de junções destas fases em uma atividade rural

como relacionadas abaixo:

Cria;

Recria;

Cria-recria;

Cria-recria-engorda

Recria-engorda

Engorda

O autor destaca também que muitas fazendas destinam parte de seu rebanho para

reprodução, principalmente na área de corte que se destina fêmeas e alguns machos

reprodutores.

Marion (2012 pg. 96) afirma que:

Todavia, a decisão de incorporar ao plantel permanente parcela do rebanho nascida na própria fazenda (ou mesmo adquirida), com a finalidade de

reprodução, só é possível quando o gado demonstrar qualidade para tal: fertilidade, ardor sexual, carcaça, peso etc. dessa forma, recomenda-se

classificar todo o rebanho nascido na fazenda como estoque (Ativo Circulante).

Somente quando houver certeza de que o animal tem habilidade para procriação ele será transferido para o Ativo Não Circulante-Imobilizado. Em

ambos os casos são denominados Ativos Biológicos.

2.4 ATIVOS BIOLÓGICO

Marion (2012) define ativos biológicos plantas e animais vivos referentes à

produção ou criação da atividade agrícola ou pecuária, considerando-se seu crescimento,

desenvolvimento, produção e procriação que causam mudanças na estrutura da atividade

tanto nas formas qualitativas e quantitativas.

Conforme definição de CPC 29, ativo biológico e tudo que nasce, cresce e morre,

assim quando se encerra a vida de um ativo biológico este se transforma em produto

agrícola, ou seja, em uma plantação de eucalipto, por exemplo, quando se corta a madeira e

se beneficia, este deixa de ser um ativo biológico e passa a se representar como produto

agrícola.

Marion (2012 pg. 12) descreve que:

Os ativos biológicos devem ser reconhecidos inicialmente e em período

subsequente a cada data de reporte pelo seu valor justo menos os custos

estimados no ponto de venda, a menos que o valor justo não possa ser

mensurado de forma confiável.

Segundo Marion (2012) os ativos biológicos com o passar do tempo têm constantes

mudanças em sua valorização, pois se considera que os ativos têm seus desenvolvimentos

assim gerando ganho econômico para atividade, ganho este que e considerado como receita

de demonstração de resultado, esta avaliação e feita por seu valor justo através de cotação

de mercado, por transações recentes ou até mesmo produtos similares.

2.5 DEPRECIAÇÕES

Para Marion (2012), existem algumas dificuldades para se calcular a depreciação,

pois se usa geralmente o critério de cálculo através dos sistemas fiscais com taxas

anuais, pois se observa que não a o uso interrupto de implementos e máquinas assim se uso

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o embasamento para depreciar através de cálculos sobre horas trabalhadas, estima-se o

número de horas utilizadas do equipamento ou maquina ao invés de quantidade de anos de

sua vida útil.

O autor também descreve que em casos de extremo tempo desta máquina ou

equipamento em período ocioso, improdutivo, os valores em folha de pagamento poderão

ser apropriados como perdas do período, um uma despesa não operacional.

Marion (2012, pg. 57) diz:

Conforme conceitos apresentados, toda a cultura permanente que produzir frutos (Ativo Biológico) será alvo de depreciação. Por um lado, a árvore

produtora não e extraída do solo; seu produto final e o fruto e não a própria

árvore.

2.6 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO

Uma empresa pode analisar e definir em qual regime de tributação, melhor se

encaixa referente à sua atividade. Essas decisões são tomadas pelos contadores

administradores anualmente, o autor ainda descreve três formas de apuração;

1. Lucro Real (apuração anual ou trimestral)

2. Lucro Presumido; e.

3. Simples Nacional (opção exclusiva para microempresas e Empresas

de pequeno porte).

Segundo Safras&cifras (2014), Empresas que atuam em atividade agropecuária, ou

agroindustrial, todas se sujeitam igualmente aos tributos, podendo optar por tributação por

pessoa física ou jurídica, podendo acarretar em ganhos tributários, ou seja, redução no valor

de imposto.

2.6.1 Microempresas e empresas de pequeno porte

Para Marion (2012), Microempresas e empresas de pequeno porte considera receita

bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, retirando

vendas canceladas e descontos incondicionais. Atividades com receita bruta igual ou

inferior a R$ 240.000,00 poderá ser considerada Microempresa, atividades com valor

superior se enquadram nas empresas de pequeno porte.

2.7 TRIBUTAÇÃO PESSOA JURÍDICA

Marion (2012 pg. 191) descreve:

A pessoa jurídica que explorar atividade rural determinará o imposto de renda

com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31

de dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9430/96, art.1º).

O autor também relata outra maneira de se calcular o imposto devido, podendo ser

por lucro real, ao final de dezembro, desde que recolha mensalmente por método de

estimativa, este método usa uma base de cálculo de aplicação de 8% (oito por cento), sobre

sua receita bruta do mês, após se aplica a alíquota de 15% (quinze por cento). Em caso de

valores excederem R$ 20.000,00 (vinte mil reais) aplica-se 10% de alíquota adicional.

2.7.1 Resultados operacional

Para Marion (2012), o resultado operacional e o resultado representado das

atividades principais que constitui objeto de pessoa jurídica, as empresas de ramo rural tem

como sua atividade principal venda e comercialização de produtos agropecuários como

exemplo soja, milho, trigo, feijão, aveia etc. por ela produzidos, e suas receitas e despesas

decorrente de aplicações financeiras, variações monetárias ativas e passivas, reversões de

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provisões, recuperação de crédito, resultado positivo ou negativo na equivalência

patrimonial, aluguel e arrendamento, compra e venda de mercadoria, prestação de serviço.

Porém estas atividades acessórias não contemplam neste regime de tributação, ou

seja, não e permitido incluir, somete se apura sobre atividades decorrentes principais, caso

o a pessoa jurídica explore outras atividades, deve-se segregar contabilmente as receitas da

atividade rural de outras, também se denomina este tipo de empresa como atividade mista.

2.8 TRIBUTAÇÃO PESSOA FISICA

Para Marion (2012), se beneficia por tributação por pessoa física atividades do ramo

rural ligado à agricultura, pecuária, extração e exploração vegetal e animal, apicultura,

avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura e outros cultivos de animais,

produtos da atividade rural in natura, ou seja, não processado industrialmente, e também

comercialização de sêmen de reprodutores e produção de embriões em geral.

E de obrigação a pessoas físicas, a conservação e guarda do livro-caixa e de

documentos fiscais.

3 METODOLOGIAS APLICADA.

Esta pesquisa se trata-se de um estudo técnico exploratório em uma propriedade de

Quedas do Iguaçu, onde será realizada a coleta de dados na área de cultivo agrícola e

pecuário para fins de levantamento de carga tributária da propriedade.

Severino (2013) comenta que estudo de caso é pesquisa de campo com levantamento

de dados precisos e registrados rigorosamente através de procedimentos e apresentado em

relatórios qualificados.

3.1 FORMAS DE PESQUISA

Severino (2013) descreve pesquisa exploratória como objeto de buscar e levantar

informações sobre determinado assunto com fundamento de preparar para uma pesquisa

que registra e analisa os comportamentos do fenômeno estudado.

Gil (2010, p.152) descreve;

A fase exploratória da pesquisa-ação objetiva determinar o campo de

investigação, as expectativas dos interessados, bem como o tipo de auxílio que

estes poderão oferecer ao longo do processo de pesquisa. Enquanto na pesquisa clássica a fase exploratória costuma caracterizar-se pela imersão sistemática na

literatura disponível acerca do problema, na pesquisa-ação essa fase privilegia

o contato direto com o campo em que está desenvolvida.

Em formação deste estudo terá que elaborar um levantamento de dados específicos

da área de atuação do produtor em pesquisa, com âmbito de investigar o assunto e formar as

possibilidades de tributação existentes para formar a tomada de decisão por qual método

será mais vantajoso. A necessidade também de elaboração de pesquisa bibliográfica.

Severino (2013) refere-se como pesquisa bibliográfica realização a partir de artigos,

teses, livros com registros disponíveis elaborados por outros pesquisadores devidamente

registrados, usados como fontes de temas para o novo pesquisador elaborar seus estudos.

Foram utilizados livros de contabilidade rural e pecuária como fonte de pesquisa,

para definição de processos da contabilidade na área atuada, com incremento de pesquisa

documental.

Para o autor Severino (2013) pesquisa documental e todo registro de dados e

informações tanto impressos ou outras formas como filmes e gravações que não passaram

por processo analítico no qual o pesquisador irá desenvolveu sua investigação e análise.

Para elaboração desta pesquisa será utilizado documentos fiscais que descrevem

receitas e despesas da atividade estudada referente ao ano anterior já encerrado.

Gil (2010) os dados primários são aqueles que não tiveram tratamento de analise,

elementos desta pesquisa são como notas fiscais, de vendas e/ou saídas e livro caixa. E

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também questionamento ao produtor referente qual é sua atual e principal atividade assim

buscando em qual está declarando seus impostos. Ainda neste estudo será analisado dado

secundário.

Segundo Gil (2010), dados secundários são aqueles que já sofreram analise e estudo,

nesta pesquisa será de uso como dados secundários a busca em livros, relatórios formas de

tributação que se enquadram na atividade atual.

3.2 PESQUISAS QUANTITATIVA.

Para Rauup e Bauren (2003) a coleta destas informações se caracteriza através de

dados estatísticos desde mais simples, como, media, desvio padrão, ou até mesmo mais

complexas relacionadas ao analises de coeficientes, destaca-se com grau de muita

importância de garantir a precisão dos resultados evitando assim, distorção de resultados

com grande margem de segurança.

Neste estudo, a pesquisa quantitativa se destaca na apuração de valores, como

receitas e despesas, para elaboração dos ônus tributários relativos para levantamento de

qual das tributações terá menos encargo ao produtor rural.

3.3 PESQUISAS QUALITATIVA.

Severino (2013 pg. 214) relata como características qualitativas;

Quaisquer que sejam as distinções que possam fazer para caracterizar as várias

formas de trabalhos científicos, e preciso afirmar preliminarmente que todos eles têm em comum a necessária procedência de um trabalho de pesquisa e de

reflexão que seja pessoal, autônomo, criativo e rigoroso.

Neste projeto, a pesquisa qualitativa se destaca nas formas de tributação que serão

estudadas com intuito de fornecer ao produtor as possibilidades de declaração de imposto

de renda com menos carga tributária.

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os dados relacionados abaixo relatam os resultados calculados e discutidos referente

as formas de tributação do IR na carteira de produtor rural em Pessoa Física e Pessoa

Jurídica, com receitas do ano 2013.

Gil (2010) entende-se como documento utilizado para pesquisa qualquer fonte de

documentação já existente, ou seja, todo escrituração deixada pelo ser humano, classifica-se

o que será de utilidade para a elaboração de sua pesquisa documentos que tenham assunto a

se relacionar, Para elaboração desta pesquisa será utilizado documentos fiscais que

descrevem receitas e despesas da atividade estudada referente ao ano anterior já encerrado.

4.1 BASES DE CALCULO DO IMPOSTO DE RENDA

Sitio Lambari, Linha Israel em Quedas do Iguaçu-PR.

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Tabela 1- de receitas e despesas.

TABELA DE RECEITAS E DESPESAS

MÊS RECEITAS DESPESAS

JANEIRO R$ 73.768,33 R$ 12.912,31

FEVEREIRO R$ 1.618,20 R$ 23.154,21

MARÇO R$ 141.541,66 R$ 26.764,75

ABRIL R$ 14.913,23 R$ 26.919,59

MAIO R$ 1.767,00 R$ 25.826,17

JUNHO R$ 50.357,18 R$ 33.212,51

JULHO R$ 34.508,39 R$ 21.380,22

AGOSTO R$ 12.264,00 R$ 22.010,41

SETEMBRO R$ 3.321,20 R$ 22.319,95

OUTUBRO R$ 3.435,05 R$ 26.742,77

NOVEMBRO R$ 2.659,67 R$ 10.806,96

DEZEMBRO R$ 25.000,00 R$ 21.165,96

TOTAL R$ 365.153,91 R$ 273.215,81

LUCRO BRUT0 R$ 91.938,10

Fonte; dados fornecidos por proprietário.

4.2 TRIBUTAÇÃO PESSOA FÍSICA.

Existem dois modelos de declaração para Pessoa Física.

Modelo Completo; É onde o contribuinte pode utilizar todas as deduções legais a

que tem direito, despesas de saúde, instrução, inclusive para os seus dependentes, desde que

possa comprovar as mesmas por meio de documentação idônea NF, Recibo com CPF.

Modelo Simplificado; É onde o contribuinte substitui todas as suas deduções legais

pelo desconto sugerido pela Receita Federal, a qual para o Imposto de renda deste ano está

limitada a 20% da base de cálculo.

Para o cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física usa-se a tabela progressiva,

conforme apresentado na tabela 1, nesta forma de tributação o produtor rural pode utilizar o

desconto simplificado de 20% sobre as receitas tributáveis que substitui todas as deduções

legais cabíveis.

Tabela 1- tabela progressiva para cálculo de IRPF.

Base de Cálculo anual em

R$

Alíquota (%) Parcela a Deduzir do

imposto em R$

Até 18.799,32 - -

De 18.799,33 até 28.174,20 7,5 1.409,95

De 28.174,21 até 37.566,12 15,0 3.523,01

De 37.566,13 até 46.936,56 22,5 6.340,47

Acima de 46.936,57 27,5 8.687,45

Fonte; www.receita.fazenda.gov.br

Usando a tributação pelo modelo simplificado, suas receitas menos suas despesas

chegam ao valor de R$ 91.938,10, deste valor aplicado os 20% de deduções conforme

sugerido pela receita federal apura-se a base de cálculo de R$ 73.550,48, então aplicasse a

alíquota de 27,5% teria um valor de R$ 20.226,38, podendo abater R$ 8.687,45, conforme

tabela da RECEITA FEDERAL BRASILEIRA (2013), resultando em um valor de imposto

de renda Pessoa Física a pagar de R$ 11.538,93.

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Tabela 2- Cálculo IRPF com modelo simplificado.

ÍNDICES VALORES

RECEITA BRUTA TOTAL R$ 365.153,91

(-) DESPESAS R$ 273.215,81

(=) BASE DE CÁLCULO R$ 91.938,10

(-) DESCONTO SIMPLIFICADO R$ 18.387,62

(=) BASE DE CÁLCULO R$ 73.550,48

(X) 27,5% - ALÍQUOTA DE IRPF R$ 20.226,38

(-) PARCELA A DEDUZIR -R$ 8.687,45

(=) VALOR DE IRPF A PAGAR R$ 11.538,93

Fonte: Dados apurados pelos pesquisadores.

4.3 TRIBUTAÇÃO PESSOA JURÍDICA.

Marion (2012 pg. 191) descreve:

A pessoa jurídica que explorar atividade rural determinará o imposto de renda com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração

trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31

de dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9430/96, art.1º).

O autor também relata outra maneira de se calcular o imposto devido, podendo ser

por lucro real, ao final de dezembro, desde que recolha mensalmente por método de

estimativa, este método usa uma base de cálculo de aplicação de 8% (oito por cento), sobre

sua receita bruta do mês, após se aplica a alíquota de 15% (quinze por cento). Em caso de

valores excederem R$ 20.000,00 (vinte mil reais) aplica-se 10% de alíquota adicional.

Para Marion (2012), o resultado operacional e o resultado representado das

atividades principais que constitui objeto de pessoa jurídica, as empresas de ramo rural tem

como sua atividade principal venda e comercialização de produtos agropecuários como

exemplo soja, milho, trigo, feijão, aveia etc. por ela produzidos, e suas receitas e despesas

decorrente de aplicações financeiras, variações monetárias ativas e passivas, reversões de

provisões, recuperação de crédito, resultado positivo ou negativo na equivalência

patrimonial, aluguel e arrendamento, compra e venda de mercadoria, prestação de serviço.

Porém estas atividades acessórias não contemplam neste regime de tributação, ou

seja, não e permitido incluir, somete se apura sobre atividades decorrentes principais, caso

o a pessoa jurídica explore outras atividades, deve-se segregar contabilmente as receitas da

atividade rural de outras, também se denomina este tipo de empresa como atividade mista.

Na apuração e comparação dos dados, as formas de tributação para Pessoa Jurídica

usada nas formas de LUCRO PRESUMIDO e SIMPLES NACIONAL.

4.3.1 demonstrações de apuração por Simples Nacional.

Todas as empresas que apuram seus tributos na base de Simples Nacional deve

seguir o enquadramento analisando em qual anexo se situa sua atuação, neste caso estudado

se enquadra no anexo I, ou seja, Simples nacional para revenda.

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Tabela 3- anexo I- Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

Receita Bruta em 12 meses

(em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ICMS

0 180.000,00

4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

180.000,01

360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

360.000,01

540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

540.000,01

720.000,00

7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

720.000,01

900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

900.000,01 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

1.080.000,01 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

1.260.000,01 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

1.440.000,01 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

1.620.000,01 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

1.800.000,01 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

1.980.000,01 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

2.160.000,01 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

2.340.000,01 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

2.520.000,01 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

2.700.000,01 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

2.880.000,01 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

3.060.000,01 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

3.240.000,01 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

3.420.000,01 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

Fonte: www.receita.gov.br

O Simples Nacional deve ser calculado se baseando na receita bruta do mês, lhe

aplicando a alíquota prevista conforme a tabela e assim obtendo o valor devido.

O produtor rural pode optar por utiliza-lo como modalidade de tributação, para que o

empreendimento rural tenha reconhecimento de Empreendedor Individual, Microempresa

ou Empresa de pequeno Porte poder optar pelo Simples Nacional, deve observar os limites

da receita bruta para que a empresa rural se enquadre na forma de tributação.

A tabela 4 descreve se o produtor optasse por forma de tributação em SIMPLES

NACIONAL considerando que o mesmo obtém uma receita bruta anual entre R$

180.000,00 a R$ 3.600.000,00.

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Tabela 4- cálculo da DAS - Opção Simples Nacional na atividade rural.

ANO CALENDÁRIO

FAT. EM 12 MESES - R$

RECEITA

BRUTA DO

MÊS - R$

DRECRETO REDUÇÃO

BASE DE CALCULO

ALIQUOTA DAS (%)

DAS A

PAGAR

R$

JANEIRO R$ 359.220,07 R$ 73.768,33 0%

R$

73.768,33 3,61%

R$

2.663,04

FEVEREIRO R$ 347.345,10 R$ 1.618,20 0% R$ 1.618,20 3,61% R$ 58,42

MARÇO R$ 343.360,30 R$ 141.541,66 0%

R$

141.541,66 3,61%

R$

5.109,65

ABRIL R$ 357.007,33 R$ 14.913,23 0% R$ 14.913,23 3,61% R$ 538,37

MAIO R$ 358.797,11 R$ 1.767,00 0% R$ 1.767,00 3,61% R$ 63,79

JUNHO R$ 359.781,11 R$ 50.357,18 0% R$ 50.357,18 3,61%

R$ 1.817,89

JULHO R$ 364.466,73 R$ 34.508,39 73,96% R$ 8.985,98 4,51% R$ 405,27

AGOSTO R$ 361.811,12 R$ 12.264,00 73,96% R$ 3.193,55 4,51% R$ 144,03

SETEMBRO R$ 363.792,25 R$ 3.321,20 73,96% R$ 864,84 4,51% R$ 39,00

OUTUBRO R$ 364.125,04 R$ 3.435,05 73,96% R$ 894,49 4,51% R$ 40,34

NOVEMBRO R$ 363.909,00 R$ 2.659,67 73,96% R$ 692,58 4,51% R$ 31,24

DEZEMBRO R$ 363.967,94 R$ 25.000,00 73,96% R$ 6.510,00 4,51% R$ 293,60

RECEITA BRUTA ANUAL R$ 365.153,91 TOTAL R$ 11.204,64

Fonte: Dados elaborados pelos autores.

4.3.2 Tributações por Lucro Presumido.

O Lucro Presumido e o lucro aferido em cada trimestre através de aplicação de 8%

sobre sua receita para assim chegar ao montante a recolher pelo IRPJ, esta base de cálculo

se aplica a alíquota de 15%, e em seguida a alíquota de 10% sobre o valor que excedeu a

R$ 60.000,00 trimestral da base de cálculo.

A tributação pela forma de Lucro Presumido, e uma forma simples de apuração da

base de cálculo dos tributos de IR e CSLL sendo definitiva para todo o ano calendário.

Tabela 5 demonstra todo processo do cálculo de IRPJ pela forma de tributação no

Lucro Presumido.

Tabela 5- Cálculo IRPJ e CSLL na opção Lucro Presumido na Atividade Rural.

Lucro Presumido Trimestral 1° TRIMESTRE 2° TRIMESTRE 3° TRIMESTRE 4° TRIMESTRE

RECEITA R$ 216.928,19 R$ 67.037,41 R$ 50.093,59 R$ 31.094,72

(x) Percentual Presunção 8% 8% 8% 8%

(=) Base de cálculo do IRPJ R$ 17.354,26 R$ 5.362,99 R$ 4.007,49 R$ 2.487,58

(X)IRPJ 15% R$ 2.603,14 R$ 804,45 R$ 601,12 R$ 373,14

IR adicional 10% R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

(=) Receita R$ 216.928,19 R$ 67.037,41 R$ 50.093,59 R$ 31.094,72

CSLL 12% Presunção R$ 26.031,38 R$ 8.044,49 R$ 6.011,23 R$ 3.731,37

Base de cálculo CSLL R$ 26.031,38 R$ 8.044,49 R$ 6.011,23 R$ 3.731,37

CSLL 9% R$ 2.342,82 R$ 724,00 R$ 541,01 R$ 335,82 Total IRPJ Lucro Presumido Anual. R$ 4.381,85

Total CSLL Lucro Presumido Anual R$ 3.943,66

Fonte: Dados apurados pelos autores.

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Os dados apresentados na tabela 6 mostram a resultada obtida nos cálculos de IR,

nas formas de tributação produtor Rural Pessoa Física e Produtor Rural Pessoa Jurídica

com receita Bruta total de R$ 365.153,91.

Verificando a tabela 6, com a comparação dos dados apurados, a melhor opção de

tributação do Imposto de Renda (IR), pelo Lucro Presumido, Simples Nacional e última

escolha a opção de tributação por Pessoa Física,

Tabela 6- Produtor Rural (PF) x Produtor Rural (PJ).

IMPOSTO PESSOA FÍSICA-

R$

Simples Nacional-

R$

Lucro Presumido-R$

Imposto de Renda 11.538,93 - 4.381,85

Cont. Social LL - - 3.943,66

TOTAL 11.538,93 11.204,64 8.325,51

5 CONSIDERAÇOES FINAIS

O objetivo desta análise Tributária foi demonstrar por meio de comparação, de

tributação como IRPF e IRPJ na modalidade SIMPLES NACIONAL e LUCRO

PRESUMIDO, usado neste estudo a propriedade LAMBARI localizada na linha Israel na

cidade de Quedas do Iguaçu – Paraná.

A análise tributária neste estudo foi de fundamental importância para que o produtor

estudado, que hoje está utilizando a forma de tributação como Pessoa Física pudesse

concluir qual forma o mesmo optará para um melhor rendimento financeiro de sua

propriedade, com a redução de ônus tributários, para isso foram realizados comparativos

usando a receita Bruta anual seguindo o limite de cada forma de tributação e seu

enquadramento.

No caso de tributação IRPJ, foram usados apenas o sistema Simples Nacional e

Lucro Presumido, por terem dados baseados em receita bruta, assim neste estudo não foi

abordado a forma de tributação por Lucro Real.

Podemos assim dizer que há uma grande carga tributária nas empresas rurais estão

sujeitas, no caso analisado, pode se obter uma carga de ônus menor através de comparativos

por meios de formas legais e assim aumentado seu lucro, ganho de escala e ganho de

mercado.

O resultado da pesquisa apurou-se que o sistema de tributação Lucro Presumido

como o mais vantajoso na apuração do Imposto de Renda (IR), chegando a uma diferença

de ônus de PF x PJ Lucro presumido de R$ 3.213,42 (três mil duzentos e treze reais e

quarenta e dois centavos), realmente um número muito expressivo na área rural.

Diante deste estudo, foi possível observar a real importância de um profissional

qualificado na área, com intuito de auxílio ao produtor com ferramentas de informações

para que o mesmo possa optar por um melhor e mais vantajoso sistema de tributação em

sua área de atuação, assim tornando seu empreendimento mais rentável e lucrativo.

REFERÊNCIAS.

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Paulo: Atlas, 2010.

GIL, Antônio Carlos 1946. Como elaborar projetos de pesquisa. 6ª.ed. São Paulo: Atlas,

Atlas, 2010.

LAKATOS, Eva Maria;MARCONI, Marina de Andrade Marconi; Metodologia

Cientifica- 6ªed. São Paulo: Atlas, 2011.

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MARION, José Carlos; Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade

Da pecuária, imposto de renda pessoa jurídico. 1O.ed. São Paulo: Atlas, 2012.

SAFRAS&CIFRAS, Imposto de Renda 2014; 20 questores que o produtor precisa

saber! Disponível em www.safrasecifras.com.br/artigo> postado em 14/04/2014; acessado

em 05/05/2014.

SEVERINO, Antônio Joaquim; Metodologia de trabalho cientifica ed. revisada e atual,

São Paulo; Cortez; 2012.