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1 ESTUDO DE VIABILIDADE NA ESCOLHA DE FUNDAÇÃO DO TIPO ESTACA HÉLICE-CONTÍNUA OU ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO EM EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR. Alexsandro do A. Tomé de Souza 1 - UNITOLEDO Axl Davidson Sousa Moreira 1 UNITOLEDO Carlos Adriano Rufino da Silva 2 UNITOLEDO Resumo O presente trabalho faz um estudo de caso de um bloco em um condomínio residencial multifamiliar em Birigui, SP, para o qual foi adotada a execução de fundação em estacas tipo hélice contínua. Baseando-se nas investigações geotécnicas do local, optou-se por redimensionar a fundação adotando uma solução alternativa em estacas pré-moldadas de concreto para uma amostra de 1 prédio. Na análise econômica da situação real de fundação por estaca hélice contínua verificou-se que a empresa contratada praticou valores extraordinários a cerca de 70% abaixo do mercado, levando a necessidade da elaboração de uma cotação de preços comerciais usualmente praticados, para uma comparação realista entre os custos pertinentes a cada tipo de fundação. Palavras-chave: Fundações, hélice contínua, estaca pré-moldado. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho trata do estudo de caso aplicado a um condomínio residencial de apartamentos localizado na cidade de Birigui, SP, para o qual se optou pela estaca tipo hélice contínua como solução de fundação. Porém, partindo da análise das cargas da estrutura, somada aos dados das investigações geotécnicas do terreno e a tecnologia local disponível para execução de fundações, será realizado um estudo comparativo com a adoção de estacas pré-moldadas de concreto como solução alternativa de fundação. A escolha da alternativa adequada é conduzida pelas características das obras, em 1 Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo Araçatuba (2017). [email protected] 1 Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo Araçatuba (2017). [email protected] 2 Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP Ilha Solteira (2009). [email protected]

ESTUDO DE VIABILIDADE NA ESCOLHA DE FUNDAÇÃO DO … · descompressão do solo; Podem perfurar solos com SPT (Standard Renetation Test) acima de 50 e a ... profundidade na ponta

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ESTUDO DE VIABILIDADE NA ESCOLHA DE FUNDAÇÃO DO

TIPO ESTACA HÉLICE-CONTÍNUA OU ESTACA PRÉ-MOLDADA

DE CONCRETO EM EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR.

Alexsandro do A. Tomé de Souza 1 - UNITOLEDO

Axl Davidson Sousa Moreira 1 – UNITOLEDO

Carlos Adriano Rufino da Silva2 – UNITOLEDO

Resumo

O presente trabalho faz um estudo de caso de um bloco em um condomínio residencial

multifamiliar em Birigui, SP, para o qual foi adotada a execução de fundação em estacas

tipo hélice contínua. Baseando-se nas investigações geotécnicas do local, optou-se por

redimensionar a fundação adotando uma solução alternativa em estacas pré-moldadas de

concreto para uma amostra de 1 prédio. Na análise econômica da situação real de fundação

por estaca hélice contínua verificou-se que a empresa contratada praticou valores

extraordinários a cerca de 70% abaixo do mercado, levando a necessidade da elaboração de

uma cotação de preços comerciais usualmente praticados, para uma comparação realista

entre os custos pertinentes a cada tipo de fundação.

Palavras-chave: Fundações, hélice contínua, estaca pré-moldado.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho trata do estudo de caso aplicado a um condomínio residencial de

apartamentos localizado na cidade de Birigui, SP, para o qual se optou pela estaca tipo

hélice contínua como solução de fundação. Porém, partindo da análise das cargas da

estrutura, somada aos dados das investigações geotécnicas do terreno e a tecnologia local

disponível para execução de fundações, será realizado um estudo comparativo com a

adoção de estacas pré-moldadas de concreto como solução alternativa de fundação.

A escolha da alternativa adequada é conduzida pelas características das obras, em

1 Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo Araçatuba

(2017). [email protected]

1 Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo Araçatuba

(2017). [email protected] 2 Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP –

Ilha Solteira (2009). [email protected]

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especial as cargas atuantes e as condições de subsolo. Hachich et al (1998) afirma que é

indispensável um estudo cuidadoso de cada caso, no qual a escolha do tipo de fundação

mais adequada deve-se basear em menor custo e menor prazo de execução.

1.1 Objetivo

Realizar um estudo comparativo da viabilidade técnica e econômica de execução

entre estaca tipo hélice contínua e estaca pré-moldada de concreto, para verificar qual

solução se apresenta como a alternativa técnica e econômica, mais viável.

2 FUNDAÇÕES

2.1 O estudo de fundações

Fundação é a parte de uma estrutura que tem a função de transmitir todas as cargas

recebidas para o terreno onde está sendo empregada. Toda fundação se compõe

primeiramente de dois estudos distintos: Cálculo das cargas atuantes sobre ela; estudo do

terreno onde será feita a execução.

A partir desses dois princípios, inicia-se a análise de qual tipo de fundação poderá

ser empregada sobre um determinado solo. A escolha da fundação deve levar em conta a

capacidade de carga do elemento de fundação, de modo que as cargas da estrutura sejam

resistidas pelo solo e o elemento estrutural, sem que ambos sofram ruptura, bem como, as

deformações do solo que ocorrerem nas camadas subjacentes à cota de apoio da fundação

têm de ser compatíveis com as deformações da estrutura. Após a consideração dos aspectos

técnicos e econômicos pertinentes ao projeto de fundações seguem-se ás fases de

detalhamento e dimensionamento, estudando-se a fundação como um elemento estrutural

(CAPUTO, 2012).

3 ESTACA TIPO HÉLICE-CONTÍNUA

3.1 Breve Histórico

Este tipo de estaca surgiu na década de 50, nos Estados Unidos. Os equipamentos

eram constituídos por guindastes de torre acoplada, dotados de mesa perfuradora que

executavam estacas com diâmetros de 27,5 cm, 30 cm e 40 cm. No início da década de 70,

esse sistema, foi introduzido na Alemanha, de onde se espalhou para o resto da Europa e

Japão. Segundo Velloso e Lopes (2010), o sistema passou a ser utilizado no Brasil a partir

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da década de 80.

3.2 Definição

A norma brasileira de fundações (NBR 6122/2010) define estaca hélice contínua

monitorada como estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introdução,

por rotação, de um trado helicoidal contínuo no terreno e injeção de concreto pela própria

haste central do trado simultaneamente com a sua retirada, sendo que a armadura é

introduzida após a concretagem da estaca.

3.3 Vantagens e Desvantagens

As estacas hélice contínua apresentam (HACHICH, 1996):

Alta produtividade, diminuindo substancialmente o cronograma da obra com

utilização de apenas uma equipe de trabalho;

O processo de execução não provoca distúrbios e vibrações típicos dos

equipamentos geralmente utilizados para estacas cravadas, além da percussão não causar

descompressão do solo;

Podem perfurar solos com SPT (Standard Renetation Test) acima de 50 e a

perfuração não gera detritos poluídos por lama bentonítica, eliminando os inconvenientes

relacionados à disposição final do material resultante da escavação.

Segundo Hachich (1996) e Almeida Neto (2002), as principais desvantagens deste

tipo de estaca são:

As áreas de trabalho devem ser planas e de fácil movimentação, devido ao porte

dos equipamentos, assim como o solo deve ter capacidade de suportar o peso dos

equipamentos;

Devido a sua alta produtividade e do alto volume de concreto demandado durante a

execução das estacas, é necessária a presença de uma central de concreto nas proximidades

do local da obra;

Necessidade de um equipamento para a limpeza do material gerado durante a

escavação, a exemplo de uma pá-carregadeira;

Necessidade de uma quantidade mínima de estacas para compensar o custo,

normalmente elevado, de mobilização dos equipamentos.

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3.4 Fases de execução

A execução desse tipo de fundação

é constituída por três fases, são elas:

perfuração, concretagem e colocação da

armação.

Figura 1 – Sequencia executiva

Fonte: Fundações - Teoria e prática, 1998.

3.4.1 Perfuração

Segundo a NBR 6122 (ABNT, 2010), o equipamento de perfuração deve ser

posicionado e nivelado, assegurando a centralização e verticalidade da estaca (salvo em

caso de estaca inclinada). Aconselha-se também a verificação do diâmetro do trado, para

certificar que as premissas de projeto estão sendo seguidas.

O controle de execução é comumente realizado por um equipamento conhecido

como Taracord CE, de origem francesa, um dos mais utilizados no Brasil e no mundo. O

aparelho é composto por sensores acoplados a máquina, que coletam dados como a

profundidade na ponta do trado, a velocidade de rotação, o torque, a inclinação da torre, a

pressão e o volume do concreto; e por um mostrador digital que registra tais dados e gera

um relatório da perfuração. A figura abaixo mostra um exemplo de relatório elaborado pelo

software.

Figura 2 - Aplicação do software

Fonte: Fundesp, 2003

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3.4.2 Concretagem

O concreto é injetado sob pressão positiva. A pressão positiva objetiva garantir a

continuidade e a integridade do fuste da estaca e, para isto, é necessária a observação de

dois aspectos executivos fundamentais nesta fase. O primeiro é garantir que a ponta do

trado, durante a perfuração, tenha atingido um solo que permita a formação da bucha, para

que o concreto injetado se mantenha abaixo da ponta da estaca, evitando que o mesmo

retorne pela interface solo-trado. O segundo aspecto é o controle da velocidade de retirada

do trado, de forma que sempre haja um sobre consumo de concreto (ALMEIDA NETO,

2002)

3.4.3 Colocação da armação

A armação deve ser em forma de “gaiola”, feitas de barras grossas, com estribo

helicoidal soldado nas barras longitudinais e a extremidade inferior levemente afunilada,

para facilitar e evitar sua deformação. (ANTUNES E TAROZZO, 1998).

Quando comprometidas a esforços de compressão, as estacas não necessitam seguir

o critério de armação da NBR 6122, ficando a critério do projetista a escolha da armação e

do tipo de ligação com o bloco, em geral, levam uma armação no topo de 2 m de

comprimento.

4 ESTACA PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO

4.1 Definição

Estaca constituída de segmentos de concreto pré-moldado ou pré-fabricado e

introduzida no terreno por golpes de martelo de gravidade, de explosão, hidráulico ou

martelo vibratório. Para fins exclusivamente geotécnicos não há distinção entre estacas

pré-moldadas e pré-fabricadas, e para os efeitos desta Norma elas serão denominadas pré-

moldadas. (NBR 6122, 2010, p. 3).

4.2 Breve histórico

No século XIX, com o advento da revolução industrial, criou-se uma demanda por

estruturas pesadas e econômicas, o que tornou o custo da fundação um item de extrema

importância, obrigando engenheiros a se empenhar no desenvolvimento de métodos para

especificar a quantidade necessária de elementos para suportar uma determinada

edificação. Os esforços para obter informações com um gasto mínimo de dinheiro e

trabalho levou a especulações teóricas, de onde originou-se uma impressionante coleção de

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fórmulas. Entretanto, não demorou muito para perceberem que as fórmulas tinham

deficiências inerentes, o que tornou o teste de carga em estacas, o método cada vez mais

usual para a determinação da carga admissível.

Muitas fundações projetadas por esse modelo apresentaram resultados satisfatórios,

mas, comumente, também ocorriam dimensionamentos excessivos e inesperados. E enfim,

idealizou-se que a capacidade de suporte de uma estaca isolada era apenas uma parte da

informação necessária para um projeto de fundações, que precisava ser complementada

com o estudo das tensões provocadas no solo pela fundação, bem como a estimativa da

cota de assentamento em função dessas tensões, o que exigia o emprego de conhecimentos

fundamentais da mecânica dos solos. (TERZAGHI, 1996).

4.3 Vantagens e desvantagens

Dentre as vantagens na utilização das estacas pré-moldadas de concreto, podemos citar:

Um maior controle de qualidade durante a fabricação da estaca;

O material da estaca pode ser inspecionado antes da cravação;

O procedimento de construção não é afetado pelo lençol freático;

O diâmetro e comprimentos são precisos;

Podem ser cravadas em grandes comprimentos;

Menor geração de resíduos em obras, em comparação com as escavadas.

A grande vantagem das estacas pré-moldadas sobre as moldadas no terreno está na

boa qualidade do concreto que se pode obter e no fato de que os agentes agressivos,

eventualmente encontrados no solo, nenhumas ações terão na pega e cura do concreto.

Outra vantagem é a segurança que oferecem na passagem através de camadas muito moles,

onde a concretagem in loco pode apresentar problemas. (VELLOSO E LOPES, 2002, p.21)

As desvantagens são:

Dificuldade de cravação em solos compactos;

Vibrações e ruídos em excesso, gerando transtornos para vizinhança;

Podem sofrer danos durante a cravação;

Sobra ou quebras que geram perdas significativas;

Limitação de pé-direito em função da elevada altura do equipamento de cravação;

Possíveis dificuldades de transporte dentro da obra.

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Conforme averígua-se nos estudos realizados por Velloso e Lopes (2002): Como

desvantagem principal das estacas pré-moldadas pode ser apontada a dificuldade de

adaptação às variações do terreno. Se a profundidade em que se encontra a camada

resistente não for relativamente constante e se a previsão de comprimento não for feita

cuidadosamente, ter-se-á que enfrentar o problema do corte ou emenda de estacas com

sérios prejuízos para a economia da obra.

4.4 Execução

As estacas são classificadas quanto à forma de execução em concreto vibrado,

concreto centrifugado e extrusão.

Recomenda-se o texto de Hachich et al (1998) para detalhamento da execução de

cada tipo apresentado acima.

Quanto à armadura, classificam-se em concreto armado e concreto protendido. A

definição de ambos os tipos citados pode ser encontrada na NBR 6118/2010, a norma

brasileira que trata dos procedimentos para execução de estruturas de concreto.

4.5 Transporte e içamento.

O içamento das estacas para a cravação é executado pelo próprio bate-estaca por

meio de um cabo de aço, dando-se uma laçada bem apertada a uma distância de 3/L da

extremidade que deverá ser a superior; exige-se uma atenção especial nessa fase do

processo para evitar o choque da estaca com as demais, ou com os objetos no entorno ou

com o próprio equipamento de cravação.

Figura 4.1 - Levantamento pelos quintos Figura 4.2 - Levantamento pelo terço

Fonte: Fundações - Teoria e prática, 1998. Fonte: Fundações - Teoria e prática, 1998.

4.6 Cravação

O processo cravação das estacas pré-moldadas pode se dar por prensagem, vibração

ou percussão, as especificações de cada método podem ser encontradas em Hachich

(1998).

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As tensões que ocorrem na cabeça da estaca são diretamente proporcionais à altura

da queda do martelo, por esse motivo trabalha-se com alturas pequenas, em geral, menores

que 1 metro, a fim de evitar o esmagamento da cabeça da estaca. A norma brasileira de

fundações, NBR 6122/2010, recomenda que o peso do martelo seja de no mínimo 70% do

peso total da estaca, e pelo menos 20kN.

4.7 Emenda de estacas

A emenda dos elementos, quando necessário, pode ser feita soldando-se luvas ou

anéis metálicos ou por luva de encaixe. De qualquer modo, a região de emenda deve ser

executada para resistir a todas as solicitações que nelas ocorram durante a cravação e a

utilização da estaca.

Figura 4.3 - Emenda por anel metálico

Fonte: Fundações - Teoria e prática, 1998.

4.8 Arrasamento da estaca

O topo da estaca deve ser preparado para receber o bloco de coroamento, a

qualidade desse trecho e a ligação com o bloco é de extrema importância, por ser nessa

região onde se verifica os maiores esforços da estaca. O “arrasamento da estaca” deve ser

feito por ponteiros ou talhadeiras com cortes horizontais que preservem o concreto e

armadura no trecho necessário para ligação.

5 INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Para a obtenção de amostras ou utilização de algum outro processo para a

identificação e classificação dos solos, exige-se a execução de ensaios “in situ”. As

determinações das propriedades do solo em princípio podem ser determinadas através de

ensaios de laboratório e campo. Entretanto, na prática, há predominância quase total dos

ensaios “in situ”, ficando a investigação laboratorial restrita a alguns poucos casos

especiais em solos coesivos. Entre os ensaios de campo existentes em todo o mundo,

alguns se destacam mais, como exemplos, temos alguns desses ensaios abaixo:

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O “Standard Penetration Test” – SPT;

O “Standard Penetration Test” complementado com medidas de torque – SPT-T;

Ensaio de penetração de cone – CPT;

O ensaio de palheta – “Vane taste”;

Os ensaios de carregamento de placa – provas de cargas;

Os ensaios geofísicos, em particular o ensaio de “Cross-Hole”.

O SPT é o ensaio mais executado na maioria dos países, inclusive no Brasil. Porém,

nos últimos anos, a tendência é substituí-lo pelo SPT-T, que é mais completo e

praticamente de mesmo custo.

5.1 Sondagem de Simples Reconhecimento à Percussão (SPT)

A sondagem a percussão é um reconhecimento simples geotécnico de campo, que é

capaz de amostrar o subsolo de um determinado terreno. Quando associado ao ensaio de

percussão SPT, é capaz de medir a resistência do solo ao longo de sua profundidade

perfurada. Uma sondagem é utilizada quando se pretende conhecer três fatores importantes

em um determinado solo: O tipo de solo atravessado, através de uma amostra deformada

retirada a cada metro perfurado; o índice de resistência a penetração (N) oferecida pelo

solo á cravação do amostrador padrão a cada metro perfurado e a posição do nível ou

níveis d’água, quando encontrado durante sua perfuração;

De acordo com Hachich (1998), na década de oitenta foi apresentado um

documento intitulado “International Reference Test Procedure”, que trata, em linhas gerais,

do procedimento recomendado 'para execução do ensaio SPT (Standard Penetration Test).

No Brasil, este ensaio é normalizado pela associação brasileira de normas técnicas, através

da norma brasileira NBR 6484/1980 – Execução de sondagem de simples reconhecimento

dos solos.

O processo consiste basicamente da cravação de um amostrador padrão no solo,

através da queda livre de um peso de 65 kg (que leva o nome de martelo), caindo de uma

altura já determinada de 75 cm. O amostrador padrão tem suas características especificadas

na NBR 6484/2001.

Para execução de uma sondagem é preciso que se determine, em planta, na área que

será investigada, a posição de cada ponto a ser sondado. Em caso de uma edificação, é

aconselhável que se disponha as sondagens em posições próximas aos limites de projeção,

e nos pontos onde houver a maior concentração de cargas. Em áreas extensas, para estudos

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de viabilidade, as distâncias entre as sondagens variam de 50 a 100 metros. Da definição de

projeto, esta campanha de sondagem deve ser completada por furos menos distantes. Em

qualquer caso deve-se evitar a locação de pontos alinhados entre si, de forma a permitir

uma interpretação em diversos pontos de corte. Deve-se evitar também apenas um único

furo de sondagem. São muito comuns as variações de resistências e tipo de solo em áreas

não necessariamente grandes. Na elaboração do projeto convêm considerar a interpretação

das resistências à penetração de forma estática, assim, anomalias locais terão sua

importância minimizada.

6 SEGURANÇA NAS FUNDAÇÕES

“Uma estrutura é considerada segura quando puder suportar as ações que vierem a

solicitá-la durante a sua vida útil sem ser impedida, quer permanente, quer

temporariamente, de desempenhar as funções para as quais foi concebida.” (HACHICH,

1998)

Qualquer condição cuja ocorrência conduza a estrutura à interrupção parcial ou

total do desempenho de suas funções caracteriza o chamado “estado-limite”.

A NBR 6122:2010 especifica que para análise da segurança as situações de projeto

devem ser verificadas quanto ao estado-limite último (ELU) e de serviço (ELS),

considerando as ações e suas combinações, bem como outras solicitações com substancial

probabilidade de ocorrência. Além disso, a norma atenta para a sensibilidade das estruturas

ás deformações da fundação, e quando da ocorrência de estruturas sensíveis a recalques

deve-se considerar a interação solo-estrutura na fase de análise do projeto.

6.1 Ações nas Fundações

De acordo com a norma brasileira de fundações, as principais ações atuantes nas

fundações são: ações provenientes da superestrutura, ações decorrentes do terreno, ações

decorrentes da água superficial e subterrânea, ações excepcionais, peso próprio das

fundações, alívio de cargas devido a vigas alavanca, atrito negativo.

6.2 Estado-Limite Último

A NBR 6122:2010 associa o estado-limite último ao colapso parcial ou total da

obra, e o caracteriza através dos seguintes mecanismos: perda de estabilidade global,

ruptura por esgotamento da capacidade de carga do terreno, ruptura por deslizamento

(fundações superficiais), ruptura estrutural em decorrência de movimentos da fundação,

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arrancamento ou insuficiência de resistência por tração, ruptura do terreno decorrente de

carregamentos transversais, ruptura estrutural (estaca ou tubulão) por compressão, flexão,

flambagem ou cisalhamento.

A grandeza fundamental para o projeto de fundações profundas é a carga

admissível (método dos valores admissíveis) ou carga resistente de projeto (método de

valores de projeto). Essas tensões devem obedecer simultaneamente ao ELU e ELS, para

cada elemento isolado de fundação e para o conjunto.

6.3 Estado-Limite de Serviço

A norma brasileira de fundações associa o estado-limite de serviço a ocorrência de

deformações excessivas, fissuras etc. que comprometam o uso da edificação. Os limites de

serviço a serem considerados são: recalques excessivos, levantamentos excessivos

decorrentes, por exemplo, de expansão do solo ou outras causas, vibrações inaceitáveis.

7 METODOLOGIA

A metodologia deste trabalho propõe uma análise da empregabilidade das

fundações por estacas tipo hélice contínua e pré-moldada de concreto em função das

características da obra em estudo, e elabora um estudo de pré-viabilidade econômica de

ambas. Para tanto, a metodologia divide-se em três etapas, sendo fundamentada por uma

ampla revisão bibliográfica, constituída por livros, artigos técnicos, monografias e revistas

técnicas.

8 ESTUDO DE CASO

O condomínio residencial multifamiliar em estudo no presente trabalho é um

empreendimento de grande porte, constituído por 31 prédios com 4 pavimentos, e 16

apartamentos; resultando em 496 apartamentos de aproximadamente 44m² cada. O terreno

conta com uma área de 27.728,35m² e com uma área construída de 25.171,32m².

Os resultados processados baseiam-se em amostragem. Adotou-se 4 dos 31 blocos

para aplicação da metodologia, os blocos 15 e 16 e blocos 17 e 18.

Devido às proporções da obra, as sondagens dividem-se em regiões representativas,

ou seja, cada sondagem tem sua área de influência. Os blocos 15 e 16 pertencem à área de

abrangência do perfil de sondagem SP-07, enquanto que os blocos 17 e 18 pertencem ao

perfil SP-10. As sondagens encontram-se no (Anexo II).

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Figura 8.1 - Planta Chave do Empreendimento

Fonte: MRV Engenharia.

9 RESULTADOS

9.1 Monitoramento da Hélice Contínua

A empresa responsável pelo empreendimento adotou como solução para fundação

as estacas tipo hélice contínua. O serviço foi executado por uma perfuratriz hidráulica,

modelo SR-55, da marca Soilmec, um produto nacional. De acordo com os dados

fornecidos pela empresa a máquina tem motor com potência de 200 KW, torque máximo

de 161 kNm, profundidade máxima de perfuração 24 m, diâmetro máximo do trado 1000

mm.

Empregou-se na fundação da obra estacas com diâmetros de 30 e 40 cm. Para os

blocos tomados como amostra (15/16 e 17/18) foram executadas 40 estacas de 30 cm e 22

estacas de 40 cm, todas com profundidade prevista de 17 m.

Figura 9.1 - Perfuratriz Hidráulica Soilmec SR-55

Fonte: Própria, 2016.

O monitoramento eletrônico da hélice contínua fornece uma série de dados. A

ficha de controle de execução elaborada na metodologia da ênfase apenas em alguns dados,

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tais como a profundidade final, volume real, horário de início e término da perfuração e

concretagem, e a pressão de torque final, pertinente a cada estaca. As tabelas 5.1 e 5.2

mostram as fichas de verificação com os dados referentes a fundação dos blocos 15/16 e

17/18, respectivamente. (Anexo I) - Ficha de verificação de serviço, blocos 15/16 e

17/18. O gráfico 9.1 representa a comparação entre o tempo global de perfuração dos

blocos 15/16 e 17/18, bem como o tempo médio de execução. O gráfico 9.2 representa as

comparações entre o tempo médio de perfuração relacionado ao diâmetro de cada estaca.

Gráfico 9.1 - Tempo total (Hélice Contínua) Gráfico 9.2 - Tempo médio de execução por diâmetro

Tabela 9.1 – Ficha de Avaliação Técnica

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9.2 Dimensionamento da Fundação por Estacas

O dimensionamento da fundação por estacas de concreto pré-moldado empregou os

elementos fabricados pela Protendit, empresa pioneira do mercado de artefatos pré-

moldados de concreto no Brasil, e que possui fábrica em São José do Rio Preto, distante

cerca de 150 km da obra.

As sondagens SP-07 e SP-10 (Anexo II) serviram de base para determinação da

capacidade de carga do solo.

Tabela 9.2 - Capacidade de carga SP-07

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Tabela 9.3 - Capacidade de carga SP-10

9.3 Dimensionamento do número de estacas

(Anexo III) - Tabela - Dimensionamento do número de estacas.

Tabela 1 - Blocos 15/16

Tabela 2 - Blocos 17/18.

9.4 Estudo de pré-viabilidade econômica

Os quantitativos para o orçamento da hélice contínua (custo real) foram levantados

através dos dados das tabelas 1 e 2 (ANEXO I), e os valores praticados foram informados

pela empresa responsável do empreendimento; os dados da hélice (cotação) foram

informados por empresas especializadas em cada ramo envolvido no processo, e os dados

quantitativos baseiam-se em valores teóricos; para a estaca pré-moldada de concreto

(cotação) os dados foram retirados das tabelas 1 e 2 (ANEXO III), e os valores praticados

foram dados por empresa especializada em execução de fundação por elementos pré-

moldados, situada na região de Birigui-SP.

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Tabela 9.5 - Custo Real Estaca Hélice Contínua (empresa contratada)

Tabela 9.6 - Estaca Pré-moldada de Concreto – Cotação

Tabela 9.7 - Orçamento da Estaca de Concreto Pré-moldado

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10 Discussão

No estudo de caso, as sondagens do local detectaram nível da água á

aproximadamente 10 metros de profundidade, e solo com boa capacidade de carga em

torno de 17 metros; a hélice contínua permitiu a execução das estacas abaixo do nível da

água até atingir o solo resistente, além disso, apresentaram alta versatilidade ao executar

estacas com diâmetros de 30 e 40 cm, e baixo nível de ruídos. As estacas de 30 cm

gastaram em média 10 minutos e 18 segundos para a perfuração e concretagem, enquanto

que as estacas de 40 cm apresentaram um tempo 23% maior, média de 12 minutos e 52

segundos.

O sistema da hélice apesar de todos os benefícios, também apresenta desvantagens

notáveis, e que geram custos adicionais não incluídos neste estudo. A necessidade de ter

um local plano para locomoção dos equipamentos demanda locação de máquinas pesadas

para adaptações na terraplanagem do terreno; no caso em estudo, os platôs foram

projetados em cota superior à da rua, requerendo a execução de rampas longas e

compactadas para permitir o acesso dos equipamentos; outro fator negativo é a geração de

grande volume de solo decorrente da perfuração, cuja remoção requer uma mini

carregadeira acompanhando a perfuratriz em tempo integral; além disso, é necessário

prover caminhões basculantes para bota-fora desse material, cujo transporte e descarte

devem ser controlados para assegurar o comprimento das normas ambientais vigentes.

A dependência do fornecimento de concreto usinado torna-se uma desvantagem,

pois o ritmo de produção fica atrelado à capacidade de fornecimento da indústria de

concreto, entretanto, no empreendimento em estudo não houve episódios que provocassem

atrasos significativos no cronograma executivo da obra, no decorrer do processo foram

verificadas ocorrências esporádicas como quebra de caminhões e falta de energia na central

de concreto, todas passíveis de solução imediata e/ou em curto prazo.

O estudo de caso permitiu a identificação de desvantagens não citadas nas

bibliografias consultadas. Uma delas trata-se do estado de conservação e condições de uso

dos equipamentos. Defeitos mecânicos interferem na operação das máquinas, tendo como

consequência a suspensão dos serviços até o reparo, gerando atrasos na produção, e

prejuízo financeiro referente à perda e/ou descarte de material usinado (concreto),

ociosidade da mão de obra, inatividade de equipamentos locados, dentre outros. Uma

proposta para minimizar o problema é a exigência de laudos de revisão periódicos

atestando o estado de conservação e funcionamento dos equipamentos.

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O dimensionamento da fundação por estacas de concreto pré-moldado utilizando-se

o método de Décourt-Quaresma (1978) resultou em uma quantidade de elementos de

fundação equivalente ao projeto das estacas hélice executadas. As tabelas 10.5 e 10.7

mostram a quantidade de estacas por pontos de fundação; é interessante notar que apesar

das profundidades adotadas para as estacas de cada prédio ser diferente, o número de

elementos é igual para ambos, resultando em 54 pontos de fundação com uma estaca, e 4

pontos de fundação com duas. Ao analisar a tabela de cargas e a locação dos pontos de

fundação nota-se que a maior carga da edificação, de 51,5 Tf, incide sobre os pontos cujo

dimensionamento solicitou duas estacas.

O projeto de fundação do empreendimento especificou estacas tipo hélice com

comprimento de 17 metros; aplicando-se a versão de Décourt-Quaresma (1978) adaptada

para esse tipo de fundação, o qual adota um coeficiente de minoração de 0,3 para a parcela

da resistência de ponta; e sendo os diâmetros de 30 e 40 cm, obteve-se para o perfil SP-07,

carga admissível de 48,55 Tf e 67,84 Tf, respectivamente, enquanto que para o perfil de

sondagem SP-10, obtive-se 51,94 Tf e 73,11 Tf. Em contrapartida, a carga admissível e as

dimensões da seção dos elementos pré-moldados mantiveram vantagem sobre a Hélice.

De acordo com dados técnicos do fornecedor dos elementos pré-moldados de

concreto, as estacas de seção quadrada com aresta de 19,5 cm têm uma capacidade de

carga de 48 Tf. Portanto, como nenhuma das cargas admissíveis calculadas tem valor

superior, os elementos ficam assegurados contra a ruptura ou colapso do elemento

estrutural com boa margem de segurança.

Utilizando-se tais estacas, o perfil SP-07 apresentou carga admissível de 46,93 Tf

aos 17 metros de profundidade, e o SP-10 retornou o valor de 45,15 Tf com 16 metros.

Contudo, apesar das dimensões da seção dos elementos serem menores, a capacidade de

carga resultou em valores que atendem e favorecem a segurança da fundação.

O trabalhou limitou-se a utilização de apenas um método de cálculo para fundações

profundas a critério dos autores, entretanto, em casos práticos, uma comparação de

dimensionamentos por métodos diferentes pode trazer inúmeros benefícios á um projeto,

como racionalização de materiais, economia etc.

A realidade econômica constatada para a obra em estudo é restrita e individual; os

valores praticados não devem ser tomados como base ou referência para obras semelhantes

ou ordinárias, pois foram obtidos em função de condição especifica. Já os dados e

parâmetros técnicos identificados no estudo podem ser extrapolados para outros casos,

19

para fins de análise ou comparação.

O gráfico 10.1 representa os valores estimados para cada tipo de fundação.

Gráfico 10.1 - Análise de Custos das Fundações

Em condições de ampla concorrência de mercado, executar a fundação dos prédios

de amostragem pela hélice contínua custaria R$160.197,23, em torno de 62% mais caro

que o valor real praticado pela empresa; enquanto que os elementos pré-moldados

resultariam em R$140.740,67, valor 42% maior que o real.

11 Conclusão

A análise dos valores comerciais evidencia que a hélice resulta, no mínimo, 15%

mais onerosa que a estaca pré-moldada, entretanto, essa porcentagem pode chegar a 40%

de acordo com estudos similares realizados por outros autores como Reis (2011) e Ferreira

(2013).

Contudo, técnica e econômica são dependentes uma da outra em um estudo de

viabilidade, a compreensão da primeira fornece os dados para a segunda; todo o processo

requer riqueza de detalhes, os quais devem ser estudados cuidadosamente, pois a

ocorrência de falhas técnicas proporciona inúmeros riscos, das mais diversas naturezas,

além disso, a mediação de seus efeitos requerer investimentos que podem não estar

previstos na análise econômica.

Na obra em estudo, empregar a hélice contínua como alternativa de fundação foi

uma escolha adequada devida a exclusividade do contrato elaborado, que proporcionou

uma redução alarmante no cronograma financeiro. A obra atendeu a todos os critérios

técnicos para viabilizar o emprego do método, além disso, os benefícios obtidos nos

cronogramas executivos foram muito satisfatórios. A estaca de concreto pré-moldado

emprega técnica que seria absorvida pela obra sem complicações, e em condições de

valores reais de mercado se tornaria uma alternativa muito atrativa, por ser mais

econômico, e apesar do tempo de execução não ser tão enxuto quanto o da hélice, seria

possível atender o cronograma executivo estabelecido para o empreendimento.

20

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NBR 6118/2010: Norma brasileira que trata dos Procedimentos para execução de estruturas de

concreto. Rio de Janeiro: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

NBR 6122/2010: Projeto e execução de fundações (2010). Rio de Janeiro: ABNT - Associação

Brasileira de Normas Técnicas.

NBR 6484/1980: Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos. Rio de Janeiro:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

NBR 6484/2001: Solo - Sondagens de simples reconhecimentos com SPT - Método de ensaio. Rio

de Janeiro: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

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Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, USP. São Paulo.

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Teoria e Prática, Ed. PINI, ABMS, São Paulo.

Caputo, H. P. (2012). Mecânica dos solos e suas aplicações, volume 1: fundamentos. Rio de

Janeiro: LTC. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1987.

DÉCOURT, L.; QUARESMA, A.R. 1978. Capacidade de carga de estacas a partir de valores de

SPT. In: Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, VI, RJ.

Ferreira, R. (outubro de 2013). Construção Mercado - Edição 147. Acesso em 20 de abril de 2016,

disponível em Construção Mercado: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-

construcao/147/perfil-metalico-x-helice-continua-x-estaca-pre-moldada-apos-298388-1.aspx

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http://www.fundesp.com.br/2009/estacashelice_controle.html . Acesso em: 23 out. 2017.

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Reis, P. (junho de 2011). Estaca pré-moldada de concreto x estaca hélice contínua. Acesso em 31

de Março de 2016, disponível em Construção Mercado: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-

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Engenharia Civil: Unitoledo: Centro Universitário Toledo – Araçatuba.

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Oficina de Textos.

VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Resende. Fundações. Volume 2. São Paulo:

Oficina de Textos, 2002.

21

ANEXO I – Tabela 1 ( SP-07 ) - Ficha de verificação de serviço - Blocos 15/16.

22

ANEXO I – Tabela 2 ( SP-10 ) - Ficha de verificação de serviço - Blocos 17/18.

23

ANEXO II – PERFIS DE SONDAGEM SPT

24

ANEXO II – PERFIS DE SONDAGEM SPT

25

ANEXO III – Tabela 1 - Dimensionamento do número de estacas - Blocos 15/16

26

ANEXO III – Tabela 2 - Dimensionamento do número de estacas - Blocos 17/18

27

ANEXO IV – PROPOSTA DE ESTACAS PRÉ-MOLDADA DE CONCRETO

28

ANEXO IV – PROPOSTA DE CRAVAÇÃO DAS ESTACAS

ANEXO V – PROPOSTA DE EXECUÇÃO ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA

29

ANEXO VI – PROPOSTA DE AÇO E ARMAÇÃO PARA ESTACA HÉLICE

30

ANEXO VII – PROPOSTA FORNECIMENTO DE CONCRETO USINADO PARA ESTACA HÉLICE

31

ANEXO VIII – FOTOS DA EXECUÇÃO DAS ESTACAS TIPO HÉLICE

CONTÍNUA

Movimentação de máquinas no canteiro. Desperdício de concreto e geração de

resíduos.

Deformação do solo provocada pelo peso da perfuratriz e Operação simultânea da perfuratriz,

bomba estacionária, caminhão betoneira e mini carregadeira.

Geração de grande volume de solo decorrente da perfuração e Estaca armada e envelopada com

areia para evitar contaminação do concreto pelo solo residual de arenito local.