Estudo Do Ensaio de Jar-Test ETE-Uberabinha

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Relatrio de Estgio no Departamento Municipal de gua e Esgoto DMAE ETE Uberabinha.Estudo do Ensaio de Jar-Test das Amostras de Efluentes de RAFA da ETE Uberabinha.1 Farley Vieira da Silva;1Estagirio ETE Uberabinha, graduando do curso de Engenharia Qumica;

Resumo: Este estudo apresenta uma anlise das concentraes de agentes de coagulao Cloreto Frrico e de agentes de floculao Polmero que levam a uma reduo da turbidez no efluente do RAFA da estao de tratamento de esgoto da cidade de Uberlndia Minas Gerais. Os testes foram realizados em um equipamento de Jar-Test, aplicando as concentraes utilizadas no processo de tratamento da ETE e variando estas, na tentativa de encontrar valores de uma concentrao tima, que simulou as etapas de coagulao, floculao e sedimentao. Na etapa de coagulao a concentrao 81mg/L, e na etapa de floculao a concentrao de 3mg/L de polmero so as que resultam na reduo significativa da turbidez inicial. A concentrao de sulfetos do efluente do RAFA gera um consumo de FeCl3 resultando em uma reao indesejada.

Palavras-chave: Jar-Test, agente de coagulao e polmero.

ObjetivoO estudo busca atravs do ensaio de Jar-Test obter valores ideais de dosagens de agentes de coagulao (Cloreto Frrico FeCl3) e agentes de floculao (Polmero orgnico Poliacrilamida) em diferentes concentraes, utilizando a turbidez como principal parmetro e observar a ocorrncia da reao entre o agente de coagulao e o sulfeto presente nas amostras utilizadas no ensaio.

IntroduoA gua um recurso natural continuamente contaminado, as fontes de contaminao so inmeras desde efluentes das residncias at efluentes industriais, sendo necessrio realizar o tratamento destes efluentes para reduzir os impactos que podero ser gerados no meio ambiente. As estaes de tratamento de esgotos (ETE) visam reduzir a emisso de substncias contaminantes de rios, lagos, represas e lenis subterrneos.Uma das etapas aplicadas para o tratamento de efluentes de guas residuais a flotao, removendo slidos em suspenso e, quando em combinao com agentes coagulantes, pode remover nutrientes, principalmente o fsforo, e parcela da matria orgnica dissolvida. Dentre estes benefcios, a flotao proporciona a reduo dos teores de gases odorferos, alm de elevar o nvel de oxignio dissolvido, o que resulta num efluente de melhor qualidade.O presente estudo ser baseado no processo de tratamento de efluentes da ETE-Uberabinha, na qual o efluente proveniente dos reatores anaerbicos (efluentes de RAFA) destinado para canais de flotao, o processo de tratamento fsico-qumico, utilizando-se da metodologia de Jar-Test no laboratrio da ETE.O ensaio ser realizado com efluentes de RAFA - Reator Anaerbio de Fluxo Ascendente - sendo estudada a aplicao de diferentes concentraes de agentes de coagulao e agentes de floculao, pois uma boa dosagem de produtos qumicos leva a uma eficincia elevada da remoo de slidos suspensos, sendo a dosagem determinada atravs de teste de laboratrio.A coagulao consiste na aglutinao das partculas suspensas, facilitando a remoo destas. Os coagulantes so substncias adicionadas na gua com a finalidade de reduzir as foras eletrostticas de repulso, que mantm separadas as partculas em suspenso. Eles liberam espcies qumicas com alta densidade de cargas eltricas de sinal contrrio s manifestadas pelas partculas presentes no efluente. O agente coagulante utilizado neste trabalho um sal trivalente de ferro em soluo - Cloreto Frrico (FeCl3(aq)) ocorre reao do FeCl3 com a alcalinidade natural do efluente, formando o Fe(OH)3, que o responsvel pela formao dos cogulos, Figura 1.

Figura 1 Reao do Cloreto Frrico no tratamento de guas residuais.O FeCl3 possui as seguintes caractersticas: concentrao de 38% (m/m) e densidade igual a 1,40 g/cm3 a 20C.A floculao a etapa onde a gua residuria agitada lentamente, visando formao de flocos de tamanho grande que facilite a sua remoo. um processo fsico no qual as partculas coloidais so colocadas em contato umas com as outras, de modo a permitir o aumento do seu tamanho fsico, alterando desta forma sua massa e acelerando a velocidade de decantao. O agente floculante utilizado o polieletrlito de natureza catinica, polmero orgnico Poliacrilamida, o polmero usado na unidade de flotao e no ensaio uma emulso com nvel de slidos ativos entre 35 e 50% que possui as seguintes caractersticas: alto peso molecular e alta densidade de corpo, que atua como auxiliar de floculao, a seguir frmula molecular do polmero Figura 2.

Figura 2 Monmero do polmero Poliacrilamida.MetodologiaAs amostras de efluentes do RAFA foram coletadas da ETE Uberabinha, localizada as margens do Rio Uberabinha no setor industrial da cidade de Uberlndia Minas Gerais.As amostragens so realizadas de acordo com procedimentos internos do laboratrio, os quais seguem as normas vigentes.Um equipamento de Jar-Test foi utilizado para os testes, com capacidade para seis ensaios simultneos, Figura 3.

Figura 3 Equipamento de Jar-Test com o efluente do RAFA. O processo de coleta de dados experimentais foi realizado em nove dias, no consecutivos, realizando trs ou quatros ensaios, nos quais os volumes de coagulante e floculante utilizados em cada cuba foram variados, dependendo do plano de trabalho definido pelo responsvel tcnico do laboratrio da ETE Uberabinha.Inicialmente realiza-se um procedimento de preparo dos agentes de coagulao e floculao.- Cloreto Frrico (FeCl3):Prepara-se o FeCl3 a 3% (m/V) a partir do cloreto frrico 54% (m/V) presente nos tanques da linha de flotao da seguinte maneira: adicionam-se 5,5mL do Cloreto Frrico 54% (m/V) em balo volumtrico de 100mL, completando com gua destilada.- Polmero (Poliacrilamida):Prepara-se o polmero a 0,2% (V/V) a partir da emulso com 35-50% de matria ativa da seguinte maneira, adicionando 1 mL do polmero 40% em um bquer de 1 L contendo 500mL de gua destilada, posteriormente submete-se a agitao intensamente (aproximadamente 20 minutos) at que a soluo fique homognea.Antes de iniciar o ensaio de Jar-Test, realizamos medidas de pH e turbidez do efluente que ser utilizado no ensaio. Tambm foi realizadas anlises da concentrao de sulfeto nas amostras do efluente.Posteriormente, colocamos em cada uma das cubas para teste, 1L de efluente do RAFA, medido com o auxlio de uma proveta, colocando as mesmas no equipamento de Jar-Test. Ligou-se o equipamento com uma rotao inicial das ps em 70rpm durante 1 minuto, para promover uma mistura do efluente, Figura 4.

Figura 4 Agitao do efluente para homogeneizar. Etapa de coagulao:O volume de agente de coagulao a ser dosado em cada cuba com o efluente do RAFA dado pela seguinte equao:

(1)Nesta etapa adicionamos o volume de Cloreto Frrico dado pela equao (1), mantendo a rotao inicial por 2 minutos, Figura 5.

Figura 5 Formao dos flocos na etapa de coagulao. Etapa de floculao:Deve-se calcular o volume de reagente floculante a ser adicionado nas cubas utilizadas no ensaio fazendo uso da seguinte equao:

(2)Utilizamos uma seringa para realizar as dosagens definidas para cada cuba a partir da equao (2), neste momento reduz a rotao das ps para 20rpm, mantendo a rotao por 4 minutos.Observou-se a formao de flocos maiores e mais consistentes. Etapa de sedimentao:Concludo o tempo da etapa acima descrita, desliga-se a rotao das ps do equipamento, tal condio de repouso permite que as partculas mais densas do efluente decante por ao da gravidade, nesta etapa o sistema repousa por 2 minutos, Figura 6.

Figura 6 Sedimentao dos flocos aps a etapa de floculao.Finalizada as trs etapas descritas, realizamos medidas de turbidez de cada efluente obtido nas cubas utilizadas no ensaio.Resultados e DiscussoO efluente do RAFA apresentava inicialmente os seguintes valores de pH, turbidez e concentrao de sulfetos [S2-], Tabela 1.

N do ensaio de Jar-TestDatapHTurbidez (NTU)[S2-] (mg/L)

A19/05/20117,05133,0018,40

B27/05/20117,33147,3015,20

C02/06/20117,33166,6714,80

D09/06/20117,21180,0020,20

E16/06/20117,40163,0014,21

F04/07/20116,96154,6714,20

G10/11/20117,10174,3320,40

Tabela 1 Valores de pH e turbidez iniciais do efluente.Plotagem da variao do pH inicial das amostras de efluente do RAFA, segue o Grfico 1.

Grfico 1 pH inicial das amostras.Da mesma forma construmos grficos para a turbidez e concentrao de sulfetos, Grfico 2 e Grfico 3, respectivamente.

Grfico 2 Turbidez inicial das amostras.

Grfico 3 Concentrao de sulfetos das amostras.No processo de tratamento de guas residuais fundamental conhecer algumas caractersticas iniciais do efluente, porque a eficincia do processo varia com estas, assim, o conhecimento da solubilidade das diversas espcies hidrolisadas de ferro, presente em diferentes valores de pH de grande importncia pois os mecanismos da coagulao dependem da concentrao de cada espcie na soluo, nos dando uma ideia do pH timo de coagulao.Uma caracterstica inicial medida foi a concentrao de sulfetos, sendo um dos objetivos deste estudo analisar a ocorrncia de uma reao indesejada entre o cloreto frrico e as espcies qumicas ionizadas do sulfeto de hidrognio (H2S). A reao ocorre devido s altas concentraes de sulfetos no efluente do RAFA, gerando um consumo maior de agente coagulante no tratamento de efluentes de guas residuais. Veja a seguir reaes qumicas:H2S H+ + HS-HS- H+ + S2-FeCl3 Fe3+ + 3Cl-Fe3+ + S2- Fe2S3(S)A espcie qumica Fe2S3(S) o precipitado de colorao escura presente no efluente final e observou-se que tal fato ocorre quando temos uma concentrao de sulfetos maior que 20 mg/L. Analisando o Grfico 3 temos que isto ocorre nos ensaios D e G, os quais apresentam um efluente final com um aspecto visual menos ideal do que nos demais ensaios.Os ensaios de Jar-Test foram realizados utilizando-se de duas situaes: com dosagens de reagentes iguais s aplicados nos canais de flotao da ETE e variando as dosagens de reagentes, na tentativa de avaliar uma concentrao tima de reagentes a ser utilizada, desde que eficiente na reduo da turbidez.A Tabela 2 apresenta o registro do Jar-Test, na qual apresentamos as dosagens de reagentes utilizados nos ensaios e as os valores obtidos de turbidez aps as etapas de coagulao, floculao e sedimentao.Registro de Jar-Test ETE Uberabinha (DMAE)

EnsaioN Cuba[FeCl3] (mg/L)V (mL) de FeCl3Polmero (mg/L)V(mL) de PolmeroTurbidez (NTU)

A160,002,0082,70

281,002,703,001,5069,90

3102,003,4064,80

B11,000,5085,70

281,002,702,001,0082,30

33,001,5083,06

44,002,0081,00

C160,002,0079,50

281,002,703,001,5066,37

3102,003,4052,47

D181,002,7059,10

2102,003,403,001,5038,90

3120,004,0026,20

E181,002,7066,90

2102,003,403,001,5052,10

3120,004,0038,90

F160,002,0076,10

281,002,703,001,5076,30

3102,003,4051,30

G181,002,7052,60

290,003,003,001,5045,60

3102,003,4043,10

Tabela 2 Registros do Jar-Test.Os ensaios A, C, D, E, F e G foram realizados utilizando a mesma dosagem de polmero, sendo que a seguir temos a representao grfica de cada ensaio e nesta no ser plotada uma curva correspondente ao agente de floculao.Plotagem dos resultados obtidos na execuo do Jar-Test para os ensaios A, B, C, D, E, F e G, respectivamente.

Grfico 4 Registro de Jar-Test ensaio A.Neste ensaio a concentrao de agente de coagulao que resulta em uma maior reduo da turbidez inicial encontra-se na cuba de nmero 2, sendo que um aumento desta concentrao na cuba de nmero 3 no resulta em uma diminuio significativa da turbidez.

Grfico 5 Registro de Jar-Test ensaio B.Diferentemente do ensaio anterior e dos demais ensaios seguintes, o ensaio B apresenta uma variao do volume de polmero utilizado em cada cuba, resultando em valores altos de turbidez, sendo que a turbidez inicial do efluente utilizado no ensaio apresenta um aumento aproximadamente de 10% da turbidez inicial do ensaio A, indicando que a variao da concentrao do agente de floculao no resulta em uma melhora da turbidez do efluente final e na qualidade do tratamento. O efluente sofre mais influncia da etapa de coagulao, uma maior ateno deve ser dada para a concentrao de sulfetos. Uma vez que uma concentrao alta de sulfetos ir gerar uma etapa de coagulao menos eficiente e consequentemente influenciar na etapa de flotao, mas como neste caso a concentrao de sulfetos menor do que a verificada no ensaio anterior, no se verifica a influncia da concentrao de sulfetos na eficincia de coagulao deste ensaio. Como a variao da concentrao do agente de floculao no resultar em uma eficincia maior no tratamento do efluente do RAFA da ETE Uberabinha, no foi utilizada uma dosagem maior do que 3 mg/L de polmero.As discusses dos grficos dos ensaios C, D, E, F e G, so apresentadas ao final de todas as representaes grficas.

Grfico 6 Registro de Jar-Test ensaio C.

Grfico 7 Registro de Jar-Test ensaio D.

Grfico 8 Registro de Jar-Test ensaio E.

Grfico 9 Registro de Jar-Test ensaio F.

Grfico 10 Registro de Jar-Test ensaio G.Os ensaios C e F apresentam as mesmas dosagens de agentes de coagulao e os valores de turbidez inicial so 166 e 155 NTU, respectivamente, ao final do ensaio os valores de turbidez encontram-se prximos, com exceo da cuba de nmero 2 do ensaio F, a qual apresenta um valor maior de turbidez em relao a cuba de nmero 1, o que no era de se esperar, gerando um possvel erro na execuo do ensaio. O que observamos uma equivalncia quanto ao valor timo de dosagem do agente de coagulao em 60 mg/L, porque obtemos bons valores de turbidez do efluente. A utilizao de 102 mg/L de FeCl3 reduz consideravelmente a turbidez, mas temos um gasto grande de reagente, o que pode tornar a operao dispendiosa.Nos ensaios D e E so aplicadas dosagens equivalentes de FeCl3 e em volumes maiores que os ensaios anteriores, na tentativa de avaliar o comportamento da turbidez frente s altas concentraes de agentes de coagulao.Nestes ensaios temos uma grande reduo da turbidez do efluente, tanto para concentraes menores quanto para altas concentraes, sendo que no ensaio D na cuba de nmero 3 tem-se uma maior eficincia, pois ocorre uma diminuio da turbidez de 180 NTU inicial para 26,20 NTU contra 163 NTU inicial para 38,90 NTU no ensaio E, assim concentraes altas de FeCl3 resultam em um efluente mais clarificado, ou seja, com menores valores de turbidez, mas geram um alto consumo deste reagente.O ltimo ensaio realizado neste estudo foi o G, o qual feito aplicando valores de dosagens entre o intervalo de 81 mg/L e 102 mg/L, as quais foram aplicadas nos ensaios anteriores, obtendo bons resultado finais de turbidez. Neste ensaio a cuba de nmero 2 com 90 mg/L de FeCl3 apresenta um valor de turbidez melhor do que quando utilizamos a concentrao de 102 mg/L nos ensaios A, C, E e F, mesmo apresentando valor de turbidez inicial maior que os demais, o que mostra ser uma concentrao ideal na realizao do ensaio.Observamos em todos os ensaios, com exceo do ensaio B, uma reduo da turbidez, assim os reagentes utilizados promovem um tratamento eficiente do efluente do RAFA.ConclusoO tratamento de guas residuais de grande complexidade, devido s variaes do efluente a ser tratado. Os reagentes utilizados pela ETE-Uberabinha geram um efluente que atendem os parmetros de lanamento nos corpos hdricos, mas a principal funo deste estudo foi em analisar uma concentrao tima destes reagentes.Neste estudo a concentrao de 81 mg/L de FeCl3nos ensaios A, C, D, E e G resulta em uma reduo significativa dos valores de turbidez do efluente do RAFA, sendo uma boa dosagem a ser utilizada no processo de tratamento executado na ETE no canal de flotao, observando que temos valores de turbidez iniciais menores que 200 NTU e que como carga orgnica, varia linearmente, o recomendado realizar ensaios de Jar-Test diariamente para uma melhor avaliao.O ensaio G traz uma nova concentrao de FeCl3 que de 90 mg/L, a qual resulta em uma eficincia maior na reduo da turbidez em relao a 81 mg/L, em porcentagens temos um aumento de aproximadamente de 11% de FeCl3 da cuba de nmero 1 para a cuba de nmero 2, resultando em uma reduo de aproximadamente 15% da turbidez, o que pode ser uma concentrao a ser utilizada nos canais de flotao da ETE para obter um efluente mais clarificado. Mas para tal faz-se necessrio realizar alguns ensaios com efluentes do RAFA para testar esta concentrao em valores diferentes de turbidez e analisar se o comportamento do ensaio G observado em outros casos.As altas dosagens de cloreto frrico levam a uma reduo significativa da turbidez, mas em funo de estarmos utilizando um reagente qumico, devemos pensar no alto custo que pode gerar no processo, no controle de pH e na concentrao de ferro solvel, de modo a no comprometer as condies de lanamento no corpo hdrico. Uma considerao a ser feita deve ser em relao s concentraes de sulfetos no efluente do RAFA, a qual contribui para uma reduo da eficincia da etapa de coagulao, sendo que nos casos de uma alta concentrao destes, faz se necessrio a adio de maiores concentraes de FeCl3 para compensar este gasto a mais de reagente sem perder eficincia do processo de tratamento. Assim podemos dizer que a concentrao de sulfeto um parmetro que regula as dosagens de cloreto frrico na ETE Uberabinha.Bibliografia

Marcela V. C. Machado, Jos P. Thompson Jr., Talita F. R. Costa, Fbio A. Amaral; Estudo das Velocidades de Agitao nas Etapas de Floculao e coagulao no Tratamento de Efluentes de Lavanderia Industrial. XVI Jornada em Engenharia Qumica, Uberlndia, 2011. Miguel M. Aisse, Dcio Jurgensen, Marco A. P. Reali, Rogrio Penetra, Lourdinha Florencio e Pedro A. Sobrinho; Ps-Tratamento de efluentes de reatores Anaerbicos por sistemas de Flotao. Standard Methods for the Examination of Water & Wastewater; American Public Health Association; 21 Har/Cdredition, October 2005. http://pt.wikipedia.org.