Upload
henrique-teixeira
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Estudo dos esquemas lógico-expositivos
EXEMPLIFICAÇÃO a partir do artigo jornalístico
ONDE E COMO APOSTAR AS FICHASde GILSON SCHWARTZ
Especial Folha de São Paulo, domingo, 22 de abril de 200110 MANDAMENTOS PARA A CARREIRA
Organizar a redação do texto a partir da organização das ideias nos parágrafos: Ideia núcleo (ou tópico frasal) e secundárias
desdobram-se em dois movimentos básicos:De ideias gerais para particulares
e/ouDe ideias particulares para gerais
Pode-se apresentar as ideias em confronto para se chegar a uma síntese.
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(1) Onde está o conhecimento? Como fazer para não apenas se apropriar dele mas ser capaz de produzi-lo? São as duas questões essenciais, o "onde" e o "como" da aposta de alto risco em que se transformou a conquista de um bom emprego.Indagação do tema / Interrogação
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(2) Já temos o hardware e o software, a infra-estrutura e os códigos, regras, protocolos e sistemas para operar essa infra-estrutura. No entanto o próprio desenvolvimento da tecnologia de hardware e software bateu de frente, nos anos mais recentes, com limites. Declaração afirmativa/ Enumeração (lista de elementos)
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(3) Exemplo concreto: as máquinas Xerox tornaram-se tão complexas que os técnicos não têm mais como dar assistência técnica apenas com base no manual de instruções. É que as máquinas desenvolveram "personalidades" (à la "2001 - Uma Odisséia no Espaço"). Elas se comportam reagindo aos usos que lhes são dados. Os técnicos chegam a dar nomes às máquinas. A assistência técnica precisa entender esses usos, e também a comunidade que trabalha com a máquina precisa tornar-se mais humana para que a tecnologia faça sentido. Exemplificação/ Analogia
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(4)Impõe-se o "knowware": a prática, a combinação de conhecimento e experiência que se adquire por meios tácitos, pelo convívio com os usuários das máquinas e com a própria comunidade de técnicos que prestam assistência. Definição
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(5) A Xerox passou a patrocinar cafés da manhã para os técnicos papearem. O "knowware", no caso, não é um código nem uma ferramenta, mas uma relação social em que o uso da ferramenta ganha sentido, vira compartilhamento de conhecimento. Exemplo / Definição (particularizando o parágrafo 4)
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(6) Ao mesmo tempo, "knowware" é um trocadilho com "nowhere", "lugar nenhum". Onde está esse conhecimento? Está disperso em hábitos e cultura, muito além (espacial e temporalmente) da leitura exaustiva dos manuais de fábrica. É como diz a inscrição que rodeia a torre na praça do relógio da USP (Universidade de São Paulo): "No mundo da cultura, o centro está em toda parte".Definição/ Interrogação / Citação informal (e direta)
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(7) Esse conhecimento perde vida se virar apenas um acervo congelado. E apenas a promoção de conexões, em todas as direções e sentidos, como na multiplicação de sinapses cerebrais, torna esse organismo vivo inteligente. Como notou com extrema lucidez o sociólogo Manuel Castells no artigo do Mais! de 1º de abril, é a capacidade de fazer conexões que diferencia o humano do animal, não o número de genes em si mesmo. Citação formal (e indireta)
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(8) Essas conexões tornaram-se uma condição necessária (embora nem sempre suficiente) de "empregabilidade" (mais uma palavrinha feia inventada pelos economistas). Quem conseguir, individual ou corporativamente, criar e ajudar a criar essas conexões será parte de um organismo mais inteligente e com mais capacidade de sobrevivência.Declaração afirmativa / Definição
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(9) Mas onde está o "knowware"? O Brasil já dispõe dessa "coisa" que é uma mistura de infra-estrutura, informação e práticas coletivas de produção de conhecimento?Interrogação / Definição
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(10) Infelizmente, ainda não. Aliás, no mundo inteiro a corrida pela competitividade passa hoje pela construção dessas redes inteligentes. Sem elas, o desemprego tende apenas a aumentar, radicalizado por novas formas de exclusão, como a tão falada "exclusão digital".Declaração negativa (relação de consequência)
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
(11) Na USP, coordeno, a partir do Instituto de Estudos Avançados, uma rede com essas pretensões. É a "Cidade do Conhecimento", uma rede de aprendizado permanentemente vinculada a uma das maiores e melhores universidades do país. Se outras universidades, empresas, organizações governamentais e não-governamentais se associarem a uma mesma rede, o país será mais competitivo e haverá mais emprego para todos, em todas as profissões (www.usp.br/iea/cidade).Exemplo / Hipótese
Estudo dos esquemas lógico-expositivosEstudo dos esquemas lógico-expositivos
Esquemas lógico-expositivos identificados no artigo de Gilson Schwartz
1. Indagação do tema / Interrogação2.Definição3.Exemplo 4.Citação informal e formal5.Analogia6.Declaração afirmativa / negativa7.Hipótese
Exemplos também em Folha São Paulo – Especial 10 Mandamentos para a carreira:
8. Histórico 9. Enumeração 10. Resumo de texto