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A Grande Aliançabvespirita.com/A Grande Alianca (Gary E. Schwartz).pdf · Deepak Chopra GARYE SCHWARTZ é doutor pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, onde foi professor

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Orelhas"Gary Schwartz aplica procedimentos de experimentação que fazem qualquercéticoficarsemargumentos."DeepakChopraGARYE SCHWARTZ é doutor pela Universidade de Harvard, nos EstadosUnidos,onde foiprofessorassistenteporcincoanos.Foi tambémprofessordaUniversidadeYale,nas áreasdePsiquiatria ePsicologia, bemcomodiretordoCentrodePsicofisiologiaecodiretordaClínicadeMedicinaComportamentaldaYale.Em1988mudou-separaoArizona.Atualmente,éprofessordeMedicina,Psicologia, Neurologia, Psiquiatria e Cirurgia na Universidade do Arizona ediretor do laboratório de Avanços da Saúde e Consciência, da Universidade.DoutorGarytambémédiretordedesenvolvimentodeCuraEnergéticanoRanchResortseautordediversoslivrosqueabordamaespiritualidadeàluzdaciência.Parasabermaissobreoautoracesse:www.drgaryschwartz.comContracapaAGRANDEALIANÇAGaryE.Schwartz,PhDMuitos já questionaramosmistériosdavida.Como seria se soubéssemos, pormeiodecomprovaçãocientífica,queexisteumaRealidadeEspiritualSuperiorequeoespíritotemumimportantepapelnasnossasvidas?O doutor Gary E. Schwartz nos apresenta evidências em suas pesquisas queapontam para a existência do espírito; afinal, vivemos tempos de grandesmudanças e acontecimentos na história, e não podemos esperar mais para"despertar"paraessanovapercepçãodosfatosedaprópriavida.Este livro busca a ampliação da consciência, mostrando como a ciência e aespiritualidadecaminhamjuntasepodemmudarverdadeiramentenossamaneiradeenxergaravida.Se vivermos conectados com esse universo espiritual, este mesmo universorepletodeoportunidadesesinaisvaiseapresentarcheiodepossibilidadesenosconduziráparaumagrandealiançadeharmonia,equilíbrioepazinterior.

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GaryE.Schwartz,PhDA

GRANDEALIANÇA

CiênciaeEspiritualidadecaminhandojuntas

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Tradução:ElianaRocha

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Títulodaediçãooriginal:TheSacredPromiseHowScienceisDiscoveringSpirit'sCollaborationwithUsInOurDailyLives.©2011bytheAtriaBooks/BeyondWordsPublishingDireitosdaediçãoemportuguês©2011EditoraVida&ConsciênciaLtda.TodososdireitosreservadosCoordenaçãodearte:MarcioLipariCapaeProjetográfico:MarcelaBadolattoDiagramação:PriscillaAndradeTraduçãoepreparação:ElianaRochaRevisão:MelinaMarineSandraGarciaCustódio

1aedição1aimpressão3.000exemplaresoutubro2012DadosInternacionaisdeCatalogaçãonaPublicação(CIP)(CâmaraBrasileiradoLivro,SP,Brasil)Schwartz,GaryE.Agrande aliança: ciência e espiritualidade caminhando juntasGarySchwartz; traduçãodeElianaRochaSãoPauloCentrodeEstudosVida&ConsciênciaEditora,2012.Títulooriginal:TheSacredPromise.ISBN978-85-7722-210-01.CiênciaeespiritismoI.Título.12-01809CDD-133.9Índicesparacatálogosistemático:1.Ciênciaeespiritismo133.9Todososdireitosreservados.Nenhumapartedestaediçãopodeserutilizadaoureproduzida,porqualquerformaoumeio,sejaelemecânicooueletrônico,fotocópia,gravaçãoetc.,tampoucoapropriadaouestocadaemsistemadebancodedados,semaexpressaautorizaçãodaeditora(Lein°5.988,de14/12/1973).Estelivroadotaasregrasdonovoacordoortográfico(2009).EditoraVida&ConsciênciaRuaAgostinhoGomes,2.312SãoPauloSPBrasilCEP04206-001editora@vidaeconsciencia.com.brwww.vidaeconsciencia.com.br

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ParaJerryCohen,oProgramaVoyagere"oscaras".“Seosfatosdeumlivrosãofalsos,desminta-os;seseusraciocíniossãofalsos,refute-os.Mas,peloamordeDeus,permitaqueouçamosambososlados,seoquisermos.”

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ThomasJefferson

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SUMÀRIOPrefácioPrólogoAgradecimentosPartel:AgrandealiançaIntrodução:Osespíritospodemnosajudaremnossosproblemascotidianos?1.Aimportânciadosespíritos2.ParceriacomosespíritosParteII:Asboasintençõesdosespíritos3.Einsteinaindateriaumamenteecondiçõesdeprovarisso?4.Anecessidadepodeevocarumamãeinventiva?5.OprestativoespíritomensageirodeSusySmith6.OespíritodaprincesaDianamanifestasuaintençãodenosguiareprotegerParteIII:Apossibilidadedecuracomassistênciaespiritual7.Osespíritospodemdesempenharumpapelnacurafísica?8.Testandoapresençadosespíritosnassessõesdecura9.Umaliçãodecuraespiritualsobreailusãodadoença10.OpapeldosespíritosnacuraemocionalParteIV:Umaconexãoespiritualmaisampla11.Ocasodosguiasespirituais12.TestandooanjoSophiaesuasintenções13.Detectandoapresençadeanjosnolaboratóriodebiofotogênese14.OSantoGraaldacomunicaçãocomosespíritos15.AprendendoaseconectarcomosespíritosEpílogo

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OsespíritosestãonoschamandoApêndiceA:PerguntasfrequentesecomentáriosApêndiceB:RiscosevantagensdabuscapelosespíritosApêndiceC:Seriamosespíritosumailusãoeestaríamosnosenganando?ApêndiceD:Ceticismosaudáveledestrutivosobreosespíritos

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Nãomordameudedo;olheparaondeestouapontando.DoutorWarrenS.McCulloch

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PREFÁCIO

Quando o doutor Gary Schwartz me pediu para escrever o prefácio destelivro, eu me senti honrado. Nosso relacionamento é profissional e não incluireuniõessociaisoutelefonemasamigáveis.Trocamose-mailsalgumasvezesporano para dizer “alô” e falar sobre nossa família, nosso trabalho, mas nuncasuspeitei de que seria convidado para escrever este prefácio. Nossorelacionamento data de dez anos e inclui quatro fases de estudos sobre asobrevivência da consciência que foram exibidos no documentário Lifeafterlife[Avidaapósamorte],apresentadopelaHBO,eemumlivroanteriordodoutorSchwartzchamadoTheafterlifeexperiments[Experimentossobreavidaapósamorte],alémdediversosdebateseentrevistas—todosfocalizandosuaevoluçãopessoaleespiritualou,maisapropriadamente,suarevoluçãoespiritual.

Digo “revolução” não apenas como um jogo de palavras com “evolução”,mas tambémporqueGaryéumgrande linguista.Suacompetênciapara falaraplateiasdetodasasidadesecondiçõessociaisfazdeleumgrandecomunicadoreprofessor.Mas foram sua exuberância juvenil e sua paixão para partilhar seusconhecimentosquetornaramsuasmensagenstãoprofundas.

Quando pensamos na palavra “cientista”, imediatamente imaginamos umsujeitoemumlaboratório,usandoumjalecobrancoefazendoexperiências.Eapalavra geralmente tem uma conotação clínica.Muitas vezes está associada atermoscomo“respeitado”,“conceituado”ou“autorizado”.Mas,nacondiçãodemédium,minha linha de trabalho é geralmente antecedida por adjetivos como“pretenso”e“suposto”.Quandodisseaosmeuscolegasqueestavaparticipandodos estudos conduzidos porGary, recebi uma enxurrada de críticas de algunsdeles.

Pessoas que ganham a vida ensinando metafísica me disseram que essesestudoseram“umaarmadilha”ouqueeuestava“destinadoaofracasso”.Minharesposta era sempre a mesma: um reconhecido cientista de uma universidaderespeitável deseja me dar a oportunidade de trazer credibilidade científica àminhapaixão,aotrabalhodeminhavida.Comodeixardeparticipar?

Lembro-medeumaconversatelefônicaquetivecomelelogonoiníciodostrabalhos, quando lhe disse que as pessoas me achavam “maluco” ou“embusteiro”.ArespostadeGaryfoiaseguinte:“Gostariaquenossaspesquisasmudassemessestermospara‘amigo’”.Lembro-medepensarquenãoprecisavatê-locomoamigo,pormaisgentisque tivessemsidosuaspalavras,masnossotrabalho com certeza precisava disso. Precisava de um professor universitárioque lhe conferisse credibilidade — que o fizesse deixar de ser considerado

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simplesmágicade salãoemquesomenteos tolosacreditam—eoelevasseauma posição em que despertasse conversas sérias e contribuísse para ocrescimentopessoal,queéoquedáinícioàverdadeiracuradaalma.

Possodizerqueéenormeaquantidadedeataquesqueummédiumsofreporpartedoscéticos,assimcomodaquelesquetêmmedodeviveravidadamelhormaneirapossível.Mas,quandoalguémcomverdadeiracredibilidadeacadêmicasedispõeaaplicarrigorosostestesduplos-cegosemumapesquisasobreavidaapósamorteesobreapossibilidadedemedi-la,suareputaçãosetornaumalvo.Certa noite, quando participei de um painel do programa Larry King Live,alguém me perguntou por que eu não me submetia ao teste de 1 milhão dedólares proposto pelo Incrível Randi1. Minha resposta foi simples: “Vocêgostariadesertestadoporalguémquetemumadjetivocomoprimeironomeoupor um professor conceituado como o doutor Gary Schwartz, como é o meucaso?”.

Depoisquedisseisso,oníveldosataquesverbaisaocaráterdeumapessoaque nem ao menos participava do painel para se defender ou se explicar foiquaseinacreditável.UmacoisaquemeimpressionavaemGarySchwartzerasuacapacidade,decomunicaçãodiretadiantedascríticasdecrentesoudescrentes.Diantededesafiosaoseusistemadecrenças,ouàfaltadele,elejamaisperdeuacalma. Ao contrário, concentrava-se na missão de chamar a atenção para osdadosdequedispunhaetirarconclusõesapartirdeles.

MuitosmédiunsesperavamqueGarylhesconcedesseautenticidadepelofatodeteremrealizadocomunicaçõesmediúnicascomopartedoestudo.Comoessascomunicações foram bem-sucedidas, gostariam de poder dizer que foramvalidadas.Noladoopostodoespectro,existemcínicosquecomparamapesquisacom fotos do Monstro do Lago Ness, com a lenda do Pé Grande e com aexistênciadefadas.Honrandoseusprincípioscientíficos,Garynuncasedesvioudeseucaminho,prosseguiucomsuaspesquisasemantevesuadeclaraçãoinicialdequehámuitacoisaemnossaáreaaserpesquisadaeestudada,tantoporelequantoporoutros.Econtinuouarepetireampliarseusdados,avançandocadavezmais.Somentealguémquesemantémfielàverdade,comoGary,seriacapazdemanteroequilíbriosemseabalarcomascrençasedesejosalheios.

Lembro que um dos médiuns disse que estávamos fazendo história e queprovaríamosaexistênciadavidaapósamorte.Euriedisse:“Não!Sóestamostrabalhandoparaacomunidadecientífica.Quandodemonstrarmosaoscientistasqueexistede fatoum reinoespiritual, eque somoscapazesdenos comunicarcomeleemcondiçõesdelaboratório,issoabriránovoscamposdeestudo,umaverdadeira caixa de Pandora que durará muitos anos”. Fico feliz de ver queminhaprevisãoseconcretizou.

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ArevoluçãoespiritualiniciadaporGary,tantoprofissional'mentequantoemsua própria vida, é uma jornada de esclarecimento em que ele é nosso guiaterreno. Ele escreveu um livro que constitui, até hoje, suamaior contribuiçãocientífica ao mundo acadêmico. Desafiando as crenças estabelecidas, ele sepermitiuiratéondesuamentedepesquisadorolevou,semnuncaperderdevistasuahumanidade.Elevaroníveldeconscientizaçãodomundo físicoe torná-loumlugarmelhormedianteavançosnas ideias,na tecnologiaeemoutrasáreasnãoseriaopropósitoprimordialdaspesquisascientíficas?

Este livro põe a nu o empenho de um professor universitário de ciências,assimcomosuaemoçãoesuaconsciênciaespiritual.AcreditoqueGaryrealizoubemseutrabalho,nomesmoestilodeThesecret[Osegredo2]ounofilmeWhatthe“bleep”doweknow?![Quemsomosnós].AleituradeAgrandealiançanosajudaráafazermaisperguntas.

Comomédium,tenhodeadmiraratenacidadeeapaixãoqueGaryincuteemsuas pesquisas, que oferecem lições esclarecedoras até mesmo sobre assuntosvagos como a tristeza. Seu trabalho o obriga a registrar emedir questões queincluem tragédias pessoais, emoções e personalidade. Uma de suas frasespreferidas,queele costumava repetirdurante aspesquisas comodemonstraçãodeapoio,era:“Vocêsóprecisaencontrarumcorvobrancoparaprovarqueeleexiste”.Quandoliestelivro,fiqueifelizdeperceberamesmavozcientíficadarazãoedalógica,temperadacomaconstataçãodequetalvez,apenastalvez,estemundodeenergiadoqual fazemosparte tenhamaiscamadasdoqueaciênciatemsidocapazdedemonstrar.

Um estímulo ao pensamento! Desafiador e revolucionário! Essas foram aspalavras que me vieram à mente enquanto lia o primeiro capítulo. Este livroobriga o leitor a examinar suas experiências e questioná-las, assumindo aresponsabilidadeporseuspensamentoseações.Permite-nosvivercomoapoiodesseelefanteinvisívelqueseencontraaonossoladoequeconhecemoscomoESPIRITO.

Gary Schwartz é um explorador moderno que navega por partesdesconhecidas de um oceano de energia ainda nãomapeado. Suas credenciaislhe permitem uma travessia segura para os que lerem suas pesquisas. Comonossosoceanosterrenosaindaestãonosensinandomuitacoisa,essaspesquisasprometemfazeromesmopormuitosanosainda.

Comosempre...aproveitemaviagem!

JohnEdwardVoucomeçarcomohomemnoespelho.

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Voupedirqueelemude.Enenhumamensagempodesermaisclara.Sevocêquerfazerdomundoumlugarmelhor,Olheparavocêmesmo,Efaçaumamudança.

—dacançãoManinthemirror[Homemnoespelho],deSiedahGarretteGlenBallardNotas1.JamesRandi(1928-),conhecidocomoTheAmazingRandi[OIncrívelRandi],éummágicoilusionistaecético que combate a paranormalidade. Ele é mais conhecido pelo One Million Dollar ParanormalChallenge [Desafio paranormal de ummilhão de dólares], no qual a sua fundação se dispõe a pagar 1milhãodedólaresaqualquerumqueprovareventoparanormal,sobrenaturaloudepoderesocultos.(NotadaTradução-N.T.)2.BYRNE,Rhonda.Osegredo.TraduçãodeMarcosJosédaCunha.RiodeJaneiro:Ediouro,2007.(NotadaRevisão-N.R.)

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PRÓLOGOAMENSAGEMDESTELIVROOsespíritosexistem?Seexistem,desempenhamumpapelútil,senãoessencial,emnossavidaindividualecoletiva?

Existem fontes invisíveis de informação eorientação esperandopara seremdescobertaseutilizadasselhesdermosouvidos?

Se, em nossa essência, somos espíritos também, podemos enxergar essapossibilidadequandonosolhamosnoespelho?Podemosusar comsabedoriaeamoressegrandepotencial internodeenergiaparamudarnossaconduta,antesquesejatardedemaisparaahumanidade?

Acreditoque, alémde responder a essasperguntas, a ciência tempotencialpara aumentar nossa capacidade de receber informações espirituais de formacorreta,paraquepossamosempregá-lascomsabedoriaesegurança.HÁMAISCOISASPORAÍ

Vivemos em um período crucial da evolução humana. Estamossuperpovoando e arrasando o planeta. Os efeitos de nosso crescimentodescontroladosãoabrangenteseestãobemdocumentados,desdeapoluiçãodaágua, passando pela destruição da vida vegetal e animal, até a instabilidadeeconômicaeclimática.

Essa mensagem clara— de que devemos mudar para poder fazer algumacoisapelomundo—foiexpressanacançãodesucessoManintheMirror (ou,emportuguês,Homemnoespelho),compostaporSiedahGarretteGlenBailarei.Artistascriativos—escritores,compositoresoupintores—sentemmuitasvezesqueasinformaçõeschegamaelespormeiodefonteinvisível.Frequentemente,alegamsentirasdoresdomundoeanecessidadedefazeralgumacoisaaesserespeito.

Um famoso compositor que também foi arauto das mudanças pessoais eglobais,assimcomodoscontatoscomosespíritos,foiofalecidoJohnLennon.Eledisse:

Quandoaverdadeiramúsicachegaamim—amúsicadasesferas,amúsicaqueultrapassaoentendimento—,issonãotemnadaavercomigo,poissouapenasocanal.

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Minhaúnicaalegriaétersidoescolhidoparatranscrevê-la.Comoummédium.Eparaessesmomentosqueeuvivo.

SeriampessoascomoJohnLennonartistasbrilhantes,masmauspsicólogos?

Seriamexcêntricosouatémalucos?Outeriamse“olhadonoespelho”profundae honestamente, descobrindo algo fundamental sobre a natureza humana e arealidadeespiritual?

Pessoasfalecidas,comoogenialcientistaAlbertEinsteinoucomoosensívelartista John Lennon, ainda estariam por aqui, com a finalidade de continuarcontribuindo com a humanidade e com o planeta? Se eles e outros seresespirituaiselevadosestãoserevelandotantoemnossos laboratóriosquantoemnossasvidaspessoais,comoestudamosnestelivro,aprudênciarecomendaquefaçamoscontatocomeles.

Pois, se algum dia houve uma oportunidade de constituir uma parceriasagradaentrenóseelesdemodocriativoeresponsável,essediaéhoje.INTEGRANDOAAUTOCIÊNCIAEACIÊNCIALABORATORIAL

Agrande aliança trata dessa séria possibilidade. O livro se vale de liçõesfundamentaisreunidaspormétodoscientíficos,quepodemosaplicardiretamenteem nossa vida cotidiana para nos comunicarmos com os espíritos demodo aobterajudaeorientação.

Algumasdasevidênciasrelatadasnestelivroprovêmdeminhavidapessoal,comocientista autodidata.Embora falem sobre a possível realidadedomundoespiritualeseupapelemergenteemnossavida,muitasdessashistóriastambémsãoexperiênciasdotipo“provadeconceito”,quemostramapossibilidadedeseefetuaremmais pesquisas sobre a participação dos espíritos em nossas vidas.Demonstram, por exemplo, como aplicar a autociência com o propósito deutilizaraajudaeaorientaçãodomundoespiritual.

Estaautociênciaésemelhanteaoquefazemostodososdiasquandoseguimosnossos palpites e intuições, ou vislumbramos conexões entre eventosaparentemente casuais, como repetidas referências a nomes ou números, masutilizaaobjetividadedométodocientífico,istoé,oquestionamentodetudoeabusca de confirmações independentes. Acredito que tais eventos sejam oscartõesdevisitadosespíritos.Analisaremosaquicomonostornarmaisatentosaelesecomointerpretá-los.

Como parte dessa análise, relatarei fenômenos que ocorreram emexperiências de laboratório concebidas intencionalmente para estudar essa

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realidade emergente, todas aprovadas pelo Comitê de Assuntos Humanos daUniversidade doArizona.Relatarei tambémas investigações exploratórias nosprimeiros estágios do projeto experimental, nos quais nós, cientistas, nostestamospreviamente.PORQUEFALARAGORA?

Embora os críticos tenham se apressado a informar que nenhuma dessasevidências é definitiva— e sou o primeiro a concordar com eles—, o leitoratentoe interessadosaberáreconhecerqueas informaçõesrelatadasneste livroreforçamsignificativamenteapossibilidadeeapromessadoenvolvimentodosespíritos em nossa vida, e de sua disposição em nos ajudar com nossosproblemascotidianos.Esteéumlivrodeprovadeconceito,queofereceprovasda possibilidade e da promessa de nosso sagrado contato com o mundoespiritual.

Considerandoqueotempodahumanidadepodeestarterminando,sintoqueéimportante agir com certa urgência para aproveitar a oportunidade. Com basenas evidências relatadas neste livro, acredito que os espíritos, além de seremcapazesdenosprestaremajudaedeestaremdispostosafazê-lo,insistememquetenhamos uma compreensãomais ampla da urgência do assunto. Escrevi estelivro agora porque acredito, do fundo do coração e da mente, que, secontinuarmos a ignorar nossa verdadeira natureza espiritual, agindo de formainsalubre,perderemosaoportunidadedeefetuarcorreçõeseescolhassábiasemquasetodososaspectosdenossavidaindividualecoletiva.

OQUEÉAGRANDEALIANÇA?

A grande aliança é de importância vital. Émais que simplesmente o títulodeste livro e tem implicações abrangentes que precisam ser compreendidas.Existemtrêsníveisdiferentesdesignificadoparaaexpressão:

Nível I: Os espíritos estabeleceram o compromisso sagrado de ajudar ahumanidade a redescobrir sua fundamental natureza espiritual e de trabalharem colaboração conosco, de modo a solucionar nossos prementes problemasindividuais e globais — mas somente se conseguirmos despertar para aexistênciadosespíritoseaceitarsuaajuda.NívelII:Osespíritostêmacapacidadedeparticiparativamentedaspesquisascientíficas e são tão confiáveis e responsáveis quanto os cientistas com quem

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trabalham.Nível III: A ciência tem o potencial de determinar, além de qualquer dúvidarazoável,queosespíritosexistemepodemdesempenharumpapelfundamentalemnossavidaindividualecoletiva.

Oprimeironíveldaaliançadequefalaestelivroéocompromissotangívelqueomundoespiritualestabeleceuparaseassociarcomcadaserhumanocomafinalidade de resolver nossos problemas pessoais e sociais, enquanto nos guiaparanossaessênciaespiritual.Para muitos, em especial para os cientistas, pode parecer uma alegaçãoambiciosa. Posso assegurar que não é. E não se trata apenas de experiênciaspessoais, mas de evidências científicas reais — muitas das quais serãoapresentadas neste livro— de que os espíritos têm disposição, capacidade edesejodecolaborarcomaevoluçãodossereshumanosemdireçãoàfelicidade.

Paraosmaiscautelososemtirarconclusõesbaseadasnoqueéclaramenteumtrabalho emandamentodopontodevista científico, háo segundonível dessaaliança,que,paraocientistaqueexistedentrodevocê,émaisfácildeaceitar.As investigações e os experimentos formais relatados nas páginas seguintesindicam que os espíritos participam ativamente das pesquisas, o que constituiumademonstraçãodaverdadepotencialdenossahipótesemais importante:osespíritos, juntamente com a humanidade, são os responsáveis pela evoluçãohumana.

Para aqueles que são incapazes de aceitar a segunda hipótese dos espíritosparticipando ativamente de nossas experiências, como parceiros científicos deigualimportância,ofereçoahipótesemenoscontroversa:aciênciajádispõedosinstrumentosparademonstrarqueosespíritosexistemedesempenhamumpapelessencial em nossa vida individual e coletiva. Para muitos, até mesmo essahipótese é duvidosa. Como pode a ciência provar a existência do espírito? Oobjetivo da ciência não seria demonstrar que a existência dos espíritos não énecessária para provar nossas leis e hipóteses científicas?A simples aceitaçãodosespíritosnãointerferirianaverdadeirainvestigaçãocientífica?Novamente,arespostaéumsonoro“não”.

Podeserqueeuesteja trabalhandonosdomíniosdeumanovaciência,masminhasdescobertassãoverdadeiramentecientíficas.Nãosouoúnicocientistaaconsideraraexistênciadeumpontozero,noqualtodasaslembrançasetodaaenergia continuamaexistir para sempre.OdoutorErvinLaszlo,por exemplo,realizou trabalhos pioneiros acerca do relacionamento entre a ciência e osregistros akáshicos1, e ele é apenas um entre diversos cientistas, de uma

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variedadededisciplinas,queestãocriandoexperimentosparatestareverificaropapeldoespíritonavidacotidiana.

Agrandealiançatemopropósitodeabrirseusolhosparaonovomundoqueestá diante de nós.ComoCaroleKing escreveu e cantou: “Posso ver que suamente mudou; mas nós precisamos é de uma mudança no coração”2. Minhaesperançaéquevocêleiaestelivrocomamenteecomocoração.Nuncahouveuma época em que fosse tão urgente que nossos corações e mentesdesempenhassempapéisdeigualrelevâncianaorientaçãodenossasescolhasnodia adia.Paramim,nossa linhadeaçãoé clara.Mascadaumdenós temderesponderàperguntaporsimesmo.Estaremosdispostosaaceitarfortaleceroselosetrabalharcomosespíritosparacriarummundoquehonrenossoscoraçõesementes?Notas1.Registrosakáshicos(Akashaéumapalavraemsânscritoquesignificacéu,espaçoouéter),segundoohinduísmoediversascorrentesmísticas,sãoumconjuntodeconhe¬cimentosarmazenadosmisticamentenoéter,queabrangetudooqueocorre,ocorreueocorreránoUniverso.(N.T.)

2.“Icanseeyou'vegotachangeinmind.Butwhatweneedisachangeofheart”(trechodamúsicaChangeofmind,changeofheart,deCaroleKing).(N.R.)

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Àsvezes,nossaluzseapagaeéreacendidapelacentelhadeoutrapessoa.Cadaumdenóstemmotivosparapensarcomprofundagratidãonaquelesqueacenderamachamaquehádentrodenós.—DoutorAlbertSchweitzer

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AGRADECIMENTOSEste livro se tornou possível graças amuitas pessoas que acenderam a chamadentrodemimparaqueeuoescrevesse.Aolongodocaminho,aluzseapagoualgumas vezes, apenas para ser reacendida pela chama de outra pessoa ouentidadetantodaquiquanto,aparentemente,delá.Seestelivrobrilhar,éporqueelasbrilham.

Duas pessoas foram especialmente responsáveis por acender e reacender achama que produziu este livro: Susy Smith e Rhonda Eklund. Ao longo dosanos, tive a bênção de conhecer algumas mulheres graciosas, generosas,inspiradorasepoderosas—enenhumadelasexemplificamaisessasqualidadesdoqueSusyeRhonda.

Acredito que Susy faz questão de que a humanidade descubra que asobrevivênciadaconsciênciaéumfenômenotãorealquantoaluzdasestrelas.ERhonda, assim como sua mãeMareia Eklund, quer muito que a humanidadedescubra que os espíritos são a verdadeira realidade. Assim como minhaentusiásticamãeShirleySchwartz, essasmulheres suportaramamavelmenteasrepetidas perguntas do agnóstico cientista e parente na qualidade de avóemprestada,esposaemãe.

Sevocêtiverasensaçãodequeopresentetrabalhofoiinspirado,emprimeirolugar, por mulheres, foi essa a minha experiência. Eu também gostaria deexpressar minha humilde gratidão pela contribuição de algumas mulheres, as“coinspiradoras”quevocêencontrarádurantealeitura.Sãoelas:

Mary Occhino, estrela do programa radiofônicoAngels onCall [Anjos dePlantão], e sua suposta equipe de anjos, que sempre me encorajam a superarmeus temores e aproveitar a oportunidade de permitir que os espíritosdemonstremsuasqualidades.Maryéumaautênticaexploradoradoconsciente,alémdeconselheiraespiritualatuantenomundointeiro.Sópararegistrar:Marynão gosta muito da palavra “espírito”. Prefere termos como “energia” e“universo”.

Hazel Courteney, cujos maravilhosos livros Divine interventions[Intervençõesdivinas],Theevidenceforthesixthsense[Asevidênciasdosextosentido] e Countdoum to coherence [Contagem regressiva para a coerência]continuam a me impressionar e inspirar. Algumas das conversas maisemocionantesetransformadorasquetivearespeitodasconexõesentreaciênciaeosespíritosforamtravadascomela.

A princesa Diana, cuja aparente associação com Hazel e outros médiuns

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pesquisadorescontinuaamesurpreendereesclarecer.CarrieKennedy, diretora doProgramaCorporativo doCanyonRanch, pelo

infalível apoio e encorajamento, e pelas manifestações de nossas conexõessincrônicas, que continuamentenos lembramdequehámais coisas ocorrendoaquidoquepodemosenxergar.

ClarissaSiebern,coordenadoradeprogramasdoLaboratóriodeAvançosnaConsciência e na Saúde, por sua dedicação e devoção a este trabalho, e pelacoragem em nos contar sua jornada pessoal e profissional durante odesenvolvimentodesuashabilidadesintuitivasnacomunicaçãocomosespíritos.

Além dessas mulheres incríveis, alguns homens fizeram contribuiçõesfundamentaisparaestetrabalho.

OprimeiroéJerryCohen,diretor-presidentedoCanyonRanch,aquemestelivro é dedicado. Há muito tempo Jerry tem defendido, nos bastidores, aexistência potencial dos espíritos e de uma realidade espiritual maior. Jerry éumadaspessoasmaisinteligentes,judiciosaseaomesmotemposimplesquejáconheci. Ao lado de Mel e Enid Zuckermen, ele aos poucos, masconsistentemente, incutiuaenergiaeaespiritualidadenoCanyonRanch.E,aolado deGary Frost eRichardCarmona, tem defendido pesquisas e aplicaçõesvisionárias,porémresponsáveis. JerryépadrinhoesupervisordoProgramadePesquisasVoyager.Muitasdasprovasexploratóriasnaspesquisasdeprincípiosrelatadas neste livro, assim como a própria existência deste livro, só forampossíveisgraçasaJerry.EJerryéumamantedaciência.

Outros homens que também inspiraram este trabalho e merecem nossoprofundoreconhecimentosão:

Mark Boccuzzi, meu mal pago especialista em pesquisas, cuja habilidadecomcomputadoresetecnologiaseequiparaàsuacompaixãopelosanimaiseseucompromisso com a busca da verdade, principalmente no que se refere amecanismosenergéticoseespirituaisdamenteedasaúde.

RobertStek,psicólogo“aposentado”queesperoutrintaanosparaconcretizarseu sonho de realizar pesquisas comigo. Bob ingressou no laboratório comopesquisador voluntário e acabou se tornando meu colega e amigo. Suacolaboraçãonãotempreço,mesmoqueeupudessepagá-la.

John Edward, que se sentou na “cadeira elétrica” do laboratório para trêsexperiências antes de se tornar ummédium famoso. E que continua a ser umgrandedefensordauniãoentreciênciaeespíritos,enquantoeducaomundoparaarealidadedamediunidade.Sinto-mehonradocomoprefácioqueeleescreveuparaestelivro.

JonathanEllerby,diretordoProgramadeEspiritualidadedoCanyonRanch,meu jovem irmão espiritual, que publicou seu primeiro livro, Return to the

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sacred[Retornoaosagrado],enquantoestelivroestavasendoescritoequemetornou tio honorário de seu filho Narayan (“Pequeno Buda”), não me deixaesquecerqueestelivroédestinadoespecialmenteàscrianças.

AlbertEinstein,meuheróinoscamposda físicaedaética,cujasestátuasebustosdecorammeusescritóriosnauniversidadeeemcasa,equeaparentementeinsiste em tentar provar que ainda está por aqui com a mesma paixão ecomprometimentocomaciênciaecomapazmundial.Agoraqueestelivroestápronto,estoupensandosejánãoestánahoradeAlbertseenvolverformalmenteemnossaspesquisas(risos).

Há ainda muitos homens e mulheres, não mencionados neste livro, oumencionados com nomes fictícios, que desempenharam papéis decisivos nestetrabalho. Jamais poderei lhes agradecer o bastante por sua contribuição. Entreelesestãomédiuns,terapeutas,colegasdepesquisaseestudantes.Elessabemaquemme refiro. Intencionalmente, deixei de mencionar pelo nome alguns demeus colegas de pesquisas, pois o foco deste livro .é tão controverso que àsvezes pode ocorrer a chamada “culpa por associação”. Só para que fiqueregistrado: este trabalho não é omeu trabalho; é o nosso trabalho, e isso osinclui,assimcomosuasextensasfamíliasespirituais.

Gostaria de destacar três pessoas muito especiais que contribuíramenormementeparaaelaboraçãodestelivro:

William Gladstone, meu agente, conselheiro e amigo, que escreveu oromancemotivacionalOsdoze.Estelivroexisteporqueeleexiste.

John Nelson, o talentoso editor de A grande aliança, que é também umcompetente escritor de ficção e de não ficção. Em inúmeras conversastelefônicas, John me chamou de “irmão”. Vejo este tratamento informal,amplamente usado pelos havaianos, com muita reverência. Cynthia Black,presidentedaBeyondWordsPublishingeseuparceiroeeditor,RichardCohn,quenãosóenxergaramopotencialdestelivro(e,juntamentecomseuscolegas,transformaramum tosco rascunho emum livro elaborado e, ameu ver,muitobonito),comotambéminsistiramparaqueJohnopublicasse.

As investigações relatadas neste livro foram totalmente financiadas pordoações particulares ou de empresas. Nenhuma verba pública, federal ouestadual,foicanalizadaparaestetrabalho.Inúmeraspessoasdoaramgentilmenteseutempoeexperiênciaaolongodosanos,etodosnósconsideramosumgrandeprivilégiotermossidocapazesdefazerisso.

Outros indivíduosdoaramfundosmesmodepoisde suamorte.SusySmith,por exemplo, destinou fundos de seu pequeno espólio ao laboratório. Umapequena parte dos direitos autorais de seus livros é destinada à Fundação

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UniversidadedoArizona.Paraprotegerosdoadoresdesolicitaçõesindesejáveis,não incluí seusnomesneste livro.Eles sabemquemsãoe como suasdoaçõestêmsidopreciosas.Seexisteumarealidadeespiritualmaisampla,suasdoaçõesparaestetrabalhocontinuarãoadarfrutos.

Algumas das pesquisas relatadas neste livro foram conduzidas naUniversidadedoArizona,emuitasoutras foramrealizadasparticularmentepormimeporoutraspessoas.Emboraeutenhaalgunsdetratoresnauniversidade(eem outros lugares) que têm tentado desacreditar meu trabalho, osadministradores, professores e alunos têm sido surpreendentementecompreensivos(eporvezesatéencorajadores).

A Universidade do Arizona, importante instituição de pesquisas e ensino,reconhecea importânciada liberdadeacadêmicanabuscadoconhecimentodeforma rigorosa e criativa. Em livros anteriores, já mencionei algunsadministradoresecolegas,eminhagratidãoporelesaumentaàmedidaquemeutrabalho se desenvolve. Gostaria de agradecer especialmente ao doutor AlKaszniak, professor e ex-diretor do Departamento de Psicologia, por suasabedoria,compromissocomaintegridadeeexcepcionalsensodehumor.

Gostaria ainda de expressar meu especial apreço e admiração por AllanHamilton, professor de cirurgia e psicologia, e ex-diretor doDepartamento deCirurgia da Universidade do Arizona. Allan é o cientista dos cientistas. Seulivro,The scalpel and the soul [O bisturi e a alma] é de tirar o fôlego, e seutrabalhoacendeuumachamadentrodemim.Eletemsidoumardentedefensordo financiamento de pesquisas sobre os possíveis papéis da energia e dosespíritosemcurasenamelhoriadaqualidadedevida.Emboratalveznãosaiba,Allanreacendeuminhapaixãoalgumasvezes.

Finalmente, devo reconhecer a aparente colaboração de uma realidadeespiritualmaior.Cientistasnãoconseguemdeixardeusarsensatasecautelosaspalavras como “suposto”, “aparente” e “possível”— a cautela está em nossosangue,mesmoquandoestamossendocorajosos.Entretanto,sejamosdiretosporummomento.Algumascoisas,emúltima instância, sãoumaquestãode“sim”ou“não”:

Ouosespíritosexistemounãoexistem.Ouosespíritosestãoaqui,ajudando-nosadirecionarestetrabalho,ounãoestão.Ouosespíritosestãonoschamandoparaqueacordemos,descubramosnossaverdadeiraidentidadeerealidade,enosjuntemosaelesparacurar,cresceretransformar,ounãoestão.

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Seasrespostasaessasdúvidasforemnegativas,queosejam.Aprenderemosa viver em harmonia com a natureza e com os outros, existindo ou não umarealidadeespiritualmaisampla.

Entretanto,searespostaforsimepudermosprová-lacientificamente,entãoouniverso é mais maravilhoso e empolgante — e mais repleto de prodígios eoportunidades—doqueamaioriadenóspoderiaimaginar.

Ahistóriadaciêncianoslembradequepossivelmentetemosopoderdefazeressadescoberta,transformandonossoscoraçõesementesnoprocesso.

ComoEinsteinnoslembra:“Epossíveldizerqueoeternomistériodomundoésuacompreensibilidade”.

Muitos povos e culturas antigas acreditavam que os espíritos eram reais edesempenhavamumpapelfundamentalemnossasvidas,assimcomonavidadoplaneta. O que a ciência pode fazer é estudar e validar essas crenças e, noprocesso,desenvolvernossosconhecimentosetecnologias.

Umexemplo relevanteéa invençãoeevoluçãodas técnicasdevoo.Comodiscutiremosbrevementenocapítulo14,houveumtempoemquenãoexistiamaviões.Acapacidadedevoareraapenasumsonhopartilhadotantopelospovosantigos quanto pelas culturas tecnológicas. Mas os irmãos Wright e outrospioneirosacabaramdescobrindoquetínhamosopotencialdecriarmáquinasquenospermitiriamvoar.OprimeirovoodosWrightsdurouapenas12segundos.Amaioria denósnãopoderia ter imaginado, então, que emapenasum séculoteríamos máquinas voadoras, de todos os tamanhos e formatos, decolando epousando a cada segundo ao redor domundo, 24 horas por dia, sete dias porsemana.Eomaisespantosoéqueoqueantesera inimaginávelagoraé lugar-comum.

Seeste livroestivercerto,destaco istomaisumavez,oaviãodosespíritospareceestardecolando.Emboraovoometafórico tenhasidobreve,parecequerealmente se deslocou no ar. Assim, estamos vivenciando um momento deirmãosWright.

Senóstambém,emúltimainstância,somosespíritosetemosopotencialdealçarvoo,devemosaprenderavoar?

Se investirmos tempo e esforço nisso, nossas conexões potenciais com osespíritos irão evoluir até se transformarem em uma coisa tão espetacular econfiávelquantoosvoosespaciais?

E,emumfuturoprevisível,issotambémsetornarálugar-comum?Seosespíritosexistemdefatoeestãonoschamando,averdadeéquetemos

com“oscaras”(comoJerryCohenoschamaafetuosamente)umaenormedívidadegratidão.Elesmerecemnossomaisprofundorespeito.

Apesardemeusaparentementeinfindáveisquestionamentosedúvidas,àluz

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dasevidênciasreveladasnestelivro,pareceprudente,aestaaltura,concederaosespíritosobenefíciodadúvida.

Com amaior humildade e reconhecimento de sua paciência, persistência eparticipação,sevocêsrealmenteestiveremaqui,muitoobrigado,espíritos!

P.S.Convidovocê, leitor,a lerosapêndices,principalmenteoApêndiceA,que inclui perguntas-chave e comentários sobre a autociência, os riscos doceticismo,tantosaudávelquantodoentio,eaoportunidadedecuraroplaneta.

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PARTEIAGRANDEALIANÇA

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INTRODUÇÃOOSESPÍRITOSPODEMNOSAJUDAREMNOSSOSPROBLEMASCOTIDIANOS?

Todososgrandesavançosdaciênciaresultaramdaaudáciadaimaginação.—JohnDewey—

Nostemposantigos,povosdetodoomundonãosóaceitavamaexistênciadosespíritos, como também acreditavam fervorosamente que seus ancestraiscontinuavam a desempenhar um papel central em sua vida pessoal e dacomunidade. Além de se comunicar com seus falecidos ancestrais e com oGrande Espírito, as pessoas eram encorajadas a entrar em contato com osespíritosvivosdaTerra,dosanimais,dasplantaseatédasestrelas.

Aospoucos,noentanto,ahumanidadedeixoudeencorajarocontatodiretocomosespíritosparafavorecercontatosindiretoscomumarealidadeespiritualmaior através de rabinos ou padres. Nesse processo, o contato espiritual foitransformado em uma prática primordialmente reservada aos templos ou àsigrejas,eatémesmorestritaaosfinaisdesemana.

Hoje,acompanhandoacrescenteseparaçãoentreIgrejaeEstado,aconexãodiretacomosespíritosévistacomomitoousuperstição,oucomoexpressãodeexperiênciasmalorientadasdeadeptosexcêntricosdaNovaEra.

Fui criado em um lar agnóstico e educado em um meio altamente ateístainseridonacorrenteprincipaldaciênciaocidental.Se alguém foi encorajado a descartar a existência dos espíritos e de seupapelpotencialmente benéfico na vida humana, este alguém sou eu. Entretanto,enquanto testemunhava o aumento da expectativa da vida humana com ocontrole das infecções bacterianas, assisti também à substituição dessasinfecções por doenças como a arteriosclerose e o diabetes. Comecei, então, apensarsenossodesligamentodosespíritosnãoestariaassociadoaosproblemasemocionaiseespirituaiscrônicosqueassolamahumanidadeatualmente.

Por exemplo, uma das maiores crises de saúde pública que a humanidadeenfrenta,especialmentenoOcidente,éosobrepesoeaobesidade.Hánumerosasrazõesparaessacondição:

1. A fácil obtenção de alimentos e bebidas saborosos, mas extremamente

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calóricosecomaltoteordegordura;2.Apublicidademaciçaderestaurantesfast-food;3.Arelativafaltadeexercíciosestimuladapelatelevisão,pelainterneteporjogosdecomputadorextraordinariamenterealistas;4.Oestresse e a consequentedepressãoquenosafligem,porvivermosemumaépocadominadaporsériasincertezaseconômicaseambientais.Esetodasessascausasforemnaverdadesintomasdeoutracausamaior,mais

primordialemaisdifusa:nossaseparaçãodosespíritos?E se nossos crescentes sentimentos de vazio, solidão, desesperança e

insignificânciaestiveremsendofomentadospornossadescrençaemumuniversoespiritual?

Esenossafomefísicafor,naverdade,sintomadeumafomeespiritualmuitomaior?

Eseosespíritosestiveremdefatoemtornodenós,prontosparanosincutirenergia, esperança e orientação se estivermos preparados para cooperar comeles?

Eseaenergiaespiritualfor,comooareaágua,facilmentedisponívelparanóssequisermosprocurá-la?

Comoprelúdiodenossainvestigaçãosobrecomoaciênciaestádescobrindoque os espíritos não só existem, mas também podem colaborar conosco emnossocotidiano,vamosconsiderarumasituaçãoverdadeira,naqualosespíritosparecemterdesempenhadoumpapelsurpreendentementeútilemminhaprópriacrisedesaúde.Enquantoestiverlendoestahistória,peçoquevocêselembredealgumacrisesemelhantepelaqual tenhapassadoemsua.vida.Coloque-seemmeu lugar, ou imagine o que poderia ter acontecido se você estivesse cientedesserecurso.

O que acho mais curioso nessa história é que ela aconteceu comigo, umcientistadementeaberta,mascéticoarespeitodetaisocorrências.Emboraumaexplicaçãocientíficaparaofatoaindaaguardefuturaspesquisas,possogarantirqueo relatoquevocêvai ler não é frutodeumapercepção equivocadaoudeilusão.

Se estivermos receptivos à existência dos espíritos e pedirmos suacolaboração ativa, podem eles nos ajudar em nossos problemas cotidianos?Comoesseéoassuntodestelivro,decidiapresentarestahistóriadeautociêncialogonoinício,antesdeestabelecerosfundamentosdeminhainvestigaçãosobreoenvolvimentodosespíritosemnossavidapessoal.Gostariadepediraoleitorque respondesse como coração; o restante do livro apresentará o caso para océrebro.

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UMTRATAMENTODENTÁRIOCOMAASSISTÊNCIADOSESPÍRITOS

Eraoutubrode2008.Euhaviacompletadoamaioriadaspesquisasrelatadasnestelivro.Sabiaqueaciênciacontemporâneanãoestavaapenasverificandoapossível existência dos espíritos, mas também descobrindo que eles têmpotencialparadesempenharumpapelmuitoimportanteemnossavida.

Haviatrêsmeses,euvinhasofrendodeumagraveinfecçãonasgengivas,queenvolviaprincipalmentedoisdentesdaarcadasuperiordireita.

Em meados dos anos 1980, um cirurgião-dentista tivera de remover umgrande molar do fundo de minha boca. Ele me disse que, como o espaçoresultanteeramuitogrande—pareciaumacavernaparamim—,eraprovávelque os dois dentes adjacentes se enfraquecessem e caíssem dentro de poucosdias.

Apesar de sua previsão, 21 anos mais tarde eu ainda tinha aqueles doisdentes.Noentanto,nofinaldoverãode2008,agengivaemtornodessesdentesficouseriamenteinflamada,eosdentessetornaramextremamentesensíveisaofrioea substânciasquentes.Eunãoconseguia suportaramenorpressãosobreelessemexperimentarumadoraguda.

Meses antes, meu dentista me dissera que eu precisava consultar umperiodontista omais rápido possível e que provavelmente eu perderia aquelesdentes. Por intuição, decidi que não faria novos exames dentários nem mesubmeteriaa intervenções invasivasnaquelemomento.Mais tarde,percebiqueessa decisão foi um erro. (Atenção, por favor: não estou recomendando aninguém que evite obter avaliações médicas e dentárias responsáveis, nemsugerindo que tratamentos com assistência espiritual possam substituir otratamentomédicoedentárioconvencional).

A coisa chegou a tal ponto que eu só conseguia beber líquidos mornos emastigardo ladoesquerdo.Embora tivessesido treinadoemvárias técnicasdecuraenergéticaenquantoefetuavapesquisasparaumlivroanterior—etivesseatécomeçadoarealizarumencontrosemanalnoCanyonRanchsobretécnicasdeautomedicaçãocomassistênciaespiritual—,eununcapensaraemaplicaroqueaprenderaemmimmesmo.

Certa noite, enquanto minha boca latejava e eu refletia sobre todas essasimplicações, um novo pensamento pipocou em minha cabeça. Percebi que,embora estivéssemos cercados de tanto ar, deveríamos respirar maisprofundamente sequiséssemosotimizar seusefeitos revigorantes.Omesmoseaplicavaàágua: sequiséssemosotimizarseusefeitos revigorantes,deveríamosbebermaisdela.Pergunteiamimmesmoseissotambémseaplicavaatodosos

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espíritos,ou“energiasespirituais”,queestãoaonossoredor—esedeveríamosutilizarseusefeitosrevigorantes.

Emtermosmaissimples,percebiqueosespíritospoderiamsercomooareaágua.Nãopodemosviversemessassubstâncias.Geralmente,consumimosesseselementos de forma inconsciente e natural. Porém, se assim decidirmos,poderemos aprender a consumidos de modo mais eficiente e judicioso parabeneficiarnossasaúdeevitalidade.

Pensei sobre o que aconteceria se eu pedisse aosmeus pretensos ajudantesespirituais—inclusivepessoasfalecidaseanjos—quemeajudassematratarainfecçãodemeusdentesegengivas.Damesma formaquedevemos respirareingerir água todos os dias, perguntei-me se precisaríamos criar uma rotina deconvidarosespíritosanosajudar.Alémdisso,perguntei-mesedeveríamosserprestimosos ao convidar os espíritos a nos assistirem e colaborar com eles deformaintencionaleconsciente.

Perguntei-me se, caso eles trabalhassem comigo no tratamento de meusdentes e gengivas, formando uma grande aliança, poderíamos alcançar umresultado positivo. É claro que essa não era uma experiência de laboratórioformal;eraumainvestigaçãopessoal,umobjetodeestudoinformaleincidental.

Eunãoestavatentandoconfirmar,porexemplo,comoauxíliodeummédiumexperienteeconfiável,seosespíritosapareceriamquandoeuosconvidasseameajudar no tratamento deminhas gengivas. E não estava sendomonitorado porequipamentos biomédicos. Eu simplesmente me deitava na cama à noite,tentandofazeralgoquenuncafizeraantes.

Então, disse amimmesmouma coisa completamente nova, esperando nãomearrependerdepois: fizumapromessaespecíficaaoUniverso.Disseque, semeus dentes e gengivas apresentassem uma melhora rápida, drástica epermanente — mesmo que isso exigisse minha atenção (como quandorespiramosmaisebebemosmaiságua)econvocaçãodiáriadosespíritos—,eulevariaessamelhoramuitoasério.Nãomelimitariaarespeitá-laehonrá-la,masfariacomqueoutraspessoastambémsebeneficiassemdela.

Para meu completo espanto, depois de alguns dias, minhas gengivasinflamadasretornaramaoestadosaudável.Pararamdesangrarquando eu as escovava e se tornaram pouco sensíveis ao toque.A persistentesensibilidadeaocaloreaofrio,assimcomoador,quetinhamestadopresentesdurantemeses,diminuíramdrasticamente.

Assim, estendi o tratamento dentário com assistência espiritual a toda aminha boca. No período em que estava editando este capítulo, em agosto de2010, minha boca apresentava condições excelentes, o que não ocorria haviamais de quatro anos. Não tive coragem de retornar ao meu dentista para lhe

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explicar o que poderia ter ocorrido. Embora ele parecesse um profissional demente aberta, a ideia de um tratamento dentário com assistência espiritualpoderiaserintolerávelparaele.

E claro que podemos especular que meus dentes e gengivas podem ter securadoporsimesmos,semnenhumaassistênciadosespíritosouminha.Onomedisso é remissão espontânea. Entretanto, esse não foi o prognóstico oferecidopelo meu dentista, com base em mais de vinte anos de prática clínica. Suaprevisãofoiqueminhasgengivasedentesiriampiorar,enãomelhorar.

Podemostambémespecularqueacuraresultoudainfluênciadamentesobreo corpo. Talvez, por eu acreditar que meus problemas dentários seriamresolvidos,meusdentesegengivastenhamatendidoaminhasexpectativas—oefeitoplacebo.Talveznenhumespíritotenhaseenvolvidonacura.

Entretanto, a verdade é que eu não sabia semeus dentes e gengivas iriammelhorar.Não conhecia nenhum caso de alguémque tivesse usado a força damenteparatratarumagravedoençadagengivaedosdentes.Podeserqueessescasosexistissem,maseunãoosconhecia.Minhaatitudeemrelaçãoaoocorridofoi:“Nãosei.Podeserquesimounão.Mostrem-meosfatos.Minhamenteestáaberta”.Essaéaessênciadeuma“provadeconceito”:certificar-sedequehouveum efeito e de que são necessárias pesquisas para determinar sua verdadeiracausa.

Evidentemente,nãoseioquevaiacontecercommeusdentesegengivasnofuturo.Tudoqueseiéoqueaconteceunosúltimosdoisanos.Sóseique,quandome lembro de convidar os espíritos para me ajudar com meus dentes, assimcomomelembroderespirarfundoedebebermaiságua,minhasaúdemelhora.

Por si só,minha experiência positiva de tratamento dentário nada significaem termos científicos — embora minha boca esteja muito feliz,independentemente dosmecanismos envolvidos em suamelhora.Entretanto, àluz de muitos experimentos controlados, assim como de observaçõesinvestigativas sobre as quais você vai ler neste livro,meu tratamento dentáriobem-sucedido é digno de nota. O fato ilustra a possibilidade de a assistênciaespiritual desempenhar um papel significativo tanto no tratamento dentárioquantoemqualquertratamentodesaúde.

E claro que somente você vive em seu corpo e somente eu vivo no meu.Somente você pode optar por respirar mais fundo, beber mais água, comermenos,ingerirmenosálcooleconvidarosespíritosafazerpartedesuavida.Omesmoseaplicaamim.

Não basta ir a uma casa de culto, rezar por ajuda e esperar que tudo sejaresolvido.Serreligioso,porsisó,nãogarantequeseremossaudáveisoufelizes.O que estou dizendo é que existe uma grande aliança, uma verdadeira

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colaboraçãoentreosespíritosenós.Nãosetratadeumrelacionamentoouumaparceria,masdeumrelacionamentoeumaparceriaativa.

Consciente ou inconscientemente, muitos de nós presumimos que nãoexistemespíritosquenosajudamemnossavida.Porcausadessevazioquenósmesmosnos impomos, tendemosacomerdemais, consumirálcool e fazerusoabusivodedrogasfarmacêuticas.

Eseestivermoserrados?Então,estaremoscometendoumerrosério.Se vivemos em um universo povoado por espíritos, e semuitos de nossos

maioresproblemasdecorrem,diretaouindiretamente,denossafalsacrençaemum universo sem espíritos, já está mais do que na hora de reexaminar essacrençapotencialmenteequivocadaerealizaraspesquisasnecessáriasparaobterumarespostaclaraemumsentidoouemoutro.

O que você acha? Pode imaginar-se pedindo aos espíritos que o ajudem aresolveralgumproblemaeconômicooudesaúde,ouasolucionaracriseemseurelacionamentocomsuamãeoucomsuafilha,ouaprotegerseufilhoqueestánoexército?Pensenisso.Mastalveznãobastepedir;émelhoracreditareestarreceptivo, o que, para muitos de nós, significa ter provas. Eis por que estouescrevendoestelivro.

Enquanto estiver fazendo essa jornada de descobertas científicas,profissionais e pessoais aomeu lado, você poderá descobrir que seumodo depensar a respeito dessa parceria será radical e permanentemente transformadopelasevidênciasqueestourevelando.

Essajornadaoaguarda.

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1.AIMPORTÂNCIADOSESPÍRITOS

Oimportanteénãoparardefazerperguntas.—AlbertEinstein—

Considereasseguintesperguntas:

Será que nossa consciência, inclusive nossa personalidade e nossaslembranças,sobreviveàmortefísica?

Cada um de nós possui guias espirituais, às vezes chamados de anjos daguarda,quepodemdesempenharumpapelativonaorientaçãodenossavida?

Osespíritosdesempenhamumpapel fundamentalnacuraenamanutençãodasaúde?

Podemosaprenderaconvocarosespíritos,inclusivenossosentesqueridosjáfalecidos,guiasespirituaismaiselevadoseoGrandeEspírito,oSagrado,paranossaprópriacuraeparaarecuperaçãodoplanetacomoumtodo?

Imagine o que significaria para você, e para o mundo todo, seconseguíssemosestabelecercientificamente—edeumavezportodas—quearespostaatodasessasperguntaséafirmativa.

Neste livro, você lerá, pela primeira vez, relatos sobre as pesquisas emandamentonomeulaboratório,queapontaminexoravelmenteparaaconclusãode que todas essas possibilidades, e outras mais, são reais. E, ainda maisespantoso,voulhemostrarcomoessaspossibilidadessematerializamemminhavidaenavidadetodosaomeuredor,ecomovocêpodeaprenderareconhecê-lasemsuavida,começandoaestabelecersuaprópriaparceria.

Einstein disse que “a imaginação émais importante que o conhecimento”.Portanto, vamos imaginar, como base de discussão, que de fato existe umarealidadeespiritualmaisampla.

Imaginemos, por um momento, que somos, em essência, seres espirituaistendoumaexperiênciafísica.

Imaginemosqueoqueestátravandonossacapacidadedenoscomunicarmoscom essa realidade espiritual maior é nossa relativa falta de conhecimento ematuridadecomoespécie,enossodesligamentodanatureza,quecostumaseroeloentreumacoisaeoutra.

Imaginemosque,assimcomoacreditávamosqueaTerraeraplana,queoSolgiravaemtornodaTerra,queosobjetoseramsólidosequeochamadovácuoera vazio — ideias fundamentalmente erradas —, as crenças científicasocidentais sobre um universo sem espíritos e sem inteligência também estão

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fundamentalmenteerradas.Imaginemos que, assim como não sabíamos até recentemente que campos

invisíveis de energia podem transportar informações paralelasextraordinariamente complexas, possibilitando que bilhões de nós noscomuniquemosatravésdetelefonescelularesousejamoslocalizadosatravésdeaparelhos de GPS, esses mesmos campos invisíveis de energia transportamcomplexos padrões de informação associados a uma realidade espiritual maisampla.

Imaginemosqueadescobertadasleisfísicaseainvençãodeumatecnologiaquenos permita evoluir do telefone celular para o telefone “da alma”—umatecnologia avançada que possibilitará nossa comunicação com essa realidadeespiritualmaior—éapenasumaquestãodetempo.

Sevocê temdificuldadede imaginaressaspossibilidades, lembre-sedequehouve um tempo em que as pessoas não conseguiam imaginar aviõessupersônicos e naves espaciais, sistemas de comunicação global por satélites,televisãodigitaldealtadefiniçãooumesmosmartphonescomputadorizadosdebolso,comvelocidadede1giga-hertz.

Imaginemos ainda que, com a ajuda dessa avançada tecnologia espiritual,será possível ter acesso a informações e orientações capazes de nos ajudar asuperarnossaperigosaprogramaçãoconceitualecomportamental,queperpetuapráticas insalubres e insensatas, prejudiciais a nós mesmos, aos outros e aoplanetacomoumtodo;como,porexemplo,trataromundonaturalcomosefossealgosemvida,cujaúnicafinalidadeéserexploradopornós.

Imaginemos que exista uma inteligência sagrada e infinita que poderemosconhecer cada vezmelhor, demodo a viver em harmonia com sua finalidademaior.

Eimaginemosqueosprogressosdaciência,criadoseempregadospelamentehumana,têmacapacidadederevelartudoissoeaindamais.ANATUREZADAPESQUISA

Ofatoéqueamídia,assimcomoaacademiaeatéasreligiõesorganizadasem geral, tem medo de que essas possibilidades sejam prováveis. Issosuplantaria sua autoridade e seu domínio, que elas talvez acreditam serbenéficos,masquenaverdadesãoumobstáculoànossaevoluçãoemdireçãoaomundoespiritual.

Seexisteumarealidadeespiritual—eenfatizoesse“se”—,essesindivíduoseinstituiçõesestãofazendoumdesserviçoanossasespécieseanossoplaneta,em especial nestes tempos críticos. Estão impedindo a descoberta de uma

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verdadeprofundaquepoderiaencorajarnossasobrevivênciaetransformarnossavidapresenteefuturanumverdadeiroparaísonaTerra.

Seapesquisaemergenteestivercorreta—enovamenteenfatizoo“se”—,entãoarealidadeespiritualestáfazendoumapromessasagradadenosajudaremnossacuraeevolução;istoé,seestivermospreparadosedispostosaouvir.

EscreviAgrandealiançaparainspirarvocê,leitor,aconsiderarseriamenteapossibilidade de que a ciência esteja prestes a fazer momentosas descobertassobreaexistênciaeanaturezadaalmahumana,deseresespirituaissuperioreseda fontede tudo isso—edequeelespossamestar envolvidosnumaparceriaconosco. Issosignificanosajudarenosguiarempequenasegrandesdecisõescotidianas.

Este livro“provadeconceito”éumurgentechamadoparaqueoshumanosouçam e observemmais de perto o convite dos espíritos de colaborarem comnossavidadiária.Pelaprimeiravez, compartilhoo fatodequea evidênçiadeumarealidadeespiritualmaisamplaestáserevelandonãoapenasnolaboratóriodeminhauniversidade,mastambémnolaboratóriodeminhavidapessoal,comorelatei na introduçãodeste livro, e da vida de outras pessoas.Estou revelandoesta extraordinária pesquisa que envolveu não só a ciência praticada emlaboratório,mastambémaautociência,paradocumentarqueissonãoseaplicaapenasaocampodaciência,masdiretamenteànossavida.Comojáafirmei,ahumanidadepareceestartendooseumomentodeirmãosWrightdeexcepcionalimportância.

A verdade é que estou revelando informações controversas e minhametodologiacomgrandeapreensão.Seiquenãoestouapenaspartilhandomeuinteresse nessas questões, mas também, ao me aprofundar em experiênciaspessoais, ultrapassando os limites entre uma pesquisa científica formal e aexperiência pessoal, embora para isso utilize a mesma mente crítica. Assimsendo,alguns leitorespodemacharquemeaproximeidemaisdemeu temadeestudooufuisubjetivodemaisemminhaabordagem.

Entendo essas preocupações e essas perguntas que faço a mim mesmoregularmente. E uma atitude responsável e lúcida. Entretanto, se o que estoupesquisandoneste livroforverdade—edevoregistrarque tudooqueescrevirealmenteaconteceu—,asimplicaçõessãoprofundaseteremosquereexaminaralgumasdenossascrençasmaisqueridas,enessecasonãopossosercovarde.

Isso é inevitável. Reavaliar nosso sistema de crenças se torna nossomaiordesafio, embora nos dê a maravilhosa oportunidade de cura e transformação.Issoéfundamentalparaqueagrandealiançaseestabeleça.

A IMPORTÂNCIA DA AUTOCIÊNCIA, DAS INVESTIGAÇÕES

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EXPLORATÓRIASEDOCOMITÊDEÉTICAEMPESQUISACOMSERESHUMANOS

Oqueéexatamenteumapesquisaecomoelaserelacionacomaautociência?Apalavra“pesquisa” temumsignificado tantogenéricoquantoespecífico,eéfundamentalqueeuesclareçacomootermoéusadonestelivro.

Em todas as línguas, a palavra “pesquisa” tem diversas acepções.Literalmente, “pesquisa” significa uma investigação minuciosa realizadarepetidasvezes.Podemosfazerváriostiposdepesquisa:pesquisadebiblioteca,pesquisadecampo,pesquisapessoal,pesquisa informal,pesquisaexploratória,pesquisa-piloto,pesquisasistemática,pesquisaaltamentecontrolada,pesquisadeprovade conceito, pesquisapara testar umahipótese epesquisapor repetição.Pode-se pesquisar praticamente qualquer coisa, de partículas subatômicas agruposdegaláxias.Pode-sepesquisarocorpo,amenteeoespírito.Todostemosumamente investigativa e adoramos descobrir coisas novas e entender comofuncionam.

OgovernofederaldosEstadosUnidosestabeleceuimportantesdiretrizesparadiferentes tipos de pesquisa, inclusive aquelas com seres humanos e animais.Embora possa parecer estranho, para cumprir as diretrizes federais, asuniversidadescostumamcolocaraseguintequestão1:Este projeto é uma investigação sistemática destinada a desenvolver oucontribuir para o conhecimento generalizado (podendo ser utilizado,inclusive,emtesesedissertações,publicaçõesouapresentações)?SeNÃO,oprojetonão seráconsideradopesquisa.AanálisedoComitêdeÉticaemPesquisa não é necessária.(Sublinhados, negritos e MAIUSCULAS comoconstamdosite;acrescenteiositálicos.)

Sim,vocêleucorretamente:talprojetonãoseráconsideradopesquisa.Dessa

perspectiva,doistiposdeinvestigaçãorelatadosnestelivronãosãooficialmenteconsideradospesquisa.Oargumentoéqueessasinvestigaçõesnãosãopassíveisde generalização — baseiam-se quase sempre num único exemplo — efrequentemente não são sistemáticas. Portanto, (1) observações cuidadosasrealizadassobreavidapessoaldealguéme(2) investigaçõesexploratóriasnasquais os cientistas da universidade se submetempreviamente a testes antes deconduzir a subsequente pesquisa controlada com sujeitos recrutados não sãoconsideradaspesquisasaosolhosdogoverno federal edoComitêdeÉticaemPesquisas(IRB—InstitutionalReviewBoard).

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Entretanto, essa restrição ao uso da palavra “pesquisa” não significa queobservaçõessobreavidapessoal(aquidenominadasinvestigaçõesdotipoI)ouexperimentos de pré-teste (investigações do tipo II) não sejam importantes ouinformativos e devam, portanto, ser rejeitados. Muito pelo contrário: o quechamamos de autociência — observações conduzidas no laboratório vivo denossa vida (tipo I) ou investigações exploratórias nas quais os cientistas sesubmetemapré-testes(tipoII)—àsvezesrevelaprovasdeconceitoessenciaisque servem de fundamento para a ciência avançada. Além disso, quando asinformaçõesdo tipo I edo tipo II sãocuidadosamentecombinadascomdadosobtidos em pesquisas sistemáticas em grande escala, intencionalmenteconcebidasparaseremgeneralizadas(investigaçõesdotipoIII),o“todoémaiorqueasomadesuaspartes”.

ParapreservaraclarezaeobedeceràsdiretrizesfederaisimplementadaspeloComitêdeÉticaemPesquisadaUniversidadedoArizona,vamosnosreferiràsinvestigações dos tipos I e II como investigações pessoais e exploratórias,respectivamente. Entretanto, às vezes a palavra “pesquisa” precisa serempregadanocontextodavidacotidiana,porqueessaéamaneiramaisclaradeinformarqueométodocientíficopode ser aplicado tanto ànossavidapessoalcomo aos experimentos de laboratório da universidade. O processo deautociência se estende além do uso semântico restrito do termo “pesquisa” eabrangeosentidomaisprofundodapalavra.QUE TIPO DE EVIDÊNCIA PODERÁ PROVAR A EXISTÊNCIA DOSESPÍRITOS?

Apesardeserfilosoficamenteumagnósticoortodoxo—ou,talvez,porcausadisso—, apreciomuito a sábia afirmação: “Moderação em tudo, inclusive namoderação”.Portanto,éprudente“questionar tudo, inclusiveoquestionamentode tudo”.Emoutraspalavras, àsvezesoquestionamentooumesmoométodocientíficotemsuaslimitações.

De vez em quando, a ciência descobre que alguma coisa é confiável everdadeira,mesmoqueoscientistasnãosaibamprecisamentecomoouporqueelafunciona.Vamosconsideraraleidagravidade.Nósavivenciamostodososdias quando saltamos de um veículo ou descemos uma escada. Físicos eengenheiros fizeram enorme progresso ao estudar os efeitos da gravidade, aponto de ser possível lançar emanter satélites no espaço e atémesmo pousarsondasrobóticasnaLua,emMarteealém.Entretanto,é importantenotarque,embora possamos realizar esses feitos incríveis de tecnologia, ainda nãosabemos com certeza se a gravidade é uma força física, uma curvatura do

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espaço-tempoouumapropriedadedesupercorrentesquecriammassa(enãoocontrário).Eaindaháoutrasteoriascríveissobreagravidade.Aanalogiaaquiéperceberquepodemosinvestigarsealgoexisteounãoapenasporseusefeitos,mesmo que não sejamos capazes de propor, com total segurança, uma teoriaexplicativa.

Você está prestes a ler sobre uma série de investigações e experimentosconduzidosnolaboratóriodauniversidade(tipoIII),eobservaçõesrealizadasnolaboratório deminha vida pessoal (tipo I) e de outras pessoas— inclusive ospré-testes a que os pesquisadores se submeteram previamente (tipo II) —, etodos apontam inexoravelmente para a existência dos espíritos e nossacolaboraçãocomumarealidadeespiritualmaior.Masnenhumdosexperimentosou investigações são per se definitivos. Além disso, muitos deles sãoexcessivamente exploratórios e controversospara serempublicados em jornaiscientíficos(epubliqueicentenasdeartigoscientíficosnessesjornais).

Mas isso não significa que faltem às descobertas aqui relatadas utilidade evalidadecientífica.Muitopelocontrário:todososexperimentoseinvestigaçõessãovaliososeoferecemconclusõessignificativas,namedidaemque levantamquestõesimportantesparafuturaspesquisaseaplicações.Maisumavez,afirmoqueestamosnafasedeprovadeconceitonessaexploraçãodomundoespiritualedenossopossívelrelacionamentocomele.Observequeéacombinaçãodessesousadosexperimentosnãoortodoxos—eanaturezacomplementaresinérgicadesuasconclusões—queestabeleceumcasoconvincentequelevaráaciênciaase dedicar a essas questões fundamentais de maneira criativa, abrangente edefinitiva.

Se existe um tempo e um lugar quenosobriguemanosmanter atentos aofatodequeotodoémaiorqueasomadesuaspartes,éaquieagora.

Deve a ciência assumir essa tarefa? Acredito que sim. A promessa dessapesquisaégrandiosa.As implicaçõesparanossavidaeparaavidadoplanetasãoamplaseprofundas.Easoportunidadesqueessapesquisaabriráparaacurapessoaleglobaleatransformaçãosãodelongoalcance.

Sim, existem riscos na realização de tal pesquisa e na ligação com osespíritos.Tratodealgumasdessasquestõesepreocupaçõesnaconclusãodestelivro. Entretanto, se a premissa deste trabalho estiver correta, nossasobrevivência e nossa evolução como espécie podem depender de nosmostrarmos à altura da oportunidade e realizarmos essa pesquisa crítica comcuidado,mascomousadia.

Se a grandiosa implicação da pesquisa emergente neste campo se revelarcorreta, os espíritos estão formando uma aliança para nos guiar em direção àsaúde coletiva e à prosperidade, e de nos ajudar a resolver alguns dos nossos

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maioresdesafios seestivermospreparadosparaouvireagiremharmoniacomeles.

Todospodemosparticipardessapesquisa,porqueochamadodosespíritossedirigeacadaumdenós,desdeque,éclaro,estejamosdispostosaexpandirnossamenteerealizarnossatarefa.

Cadavidahumanaéumlaboratóriovivo,ealgumasdescobertassópoderãoser feitas por nós individualmente. Se você tiver um problema de saúde, porexemplo, e pedir a ajuda dos espíritos, e uma hora depois um amigo lherecomendarumtratamentoalternativoquemaistardeserevelaproveitoso,vocêpodedizerquefoiumacoincidênciaouatésincronicidade.Mas,seessasituaçãoserepetecontinuamente,suavidaestálheoferecendoamelhorprovapossível:efeitosreaisnomundoreal.

Essetipodeajudaecuraespiritualindicaaexistênciadeumfenômenoqueodoutor Carl Jung chamou de sincronicidade. Em poucas palavras, asincronicidadeocorrequandodoisoumaisacontecimentosparecemconectadose sujeitos a umamesma influência ou energia,mas lhes falta uma relação decausaeefeito.Averdadeéquesónóspodemosobservaroqueacontecedentrode nós e ao nosso redor. Só nós podemos descobrir até que ponto podemosdesenvolver com os espíritos uma parceria capaz de melhorar nossa vida naprática. Só nós podemos descobrir, emnossa vida, padrões de acontecimentosque se juntam de maneira significativa e nos proporcionam encorajamento eorientaçãoparaprogredir.

Alémdetratardessegrandepropósito,escreviestelivrocomoumaaventuraespiritual real. Como você verá, esta jornada para reunir ciência e mundoespiritual—ereconectá-locomcadaumdenós—estácheiademaravilhas,umverdadeiroprazerparamentescuriosasecoraçõesafetuosos,e,nomínimo,umagrandediversão.Nota1. Por necessidade, os parágrafos da citação utilizam uma linguagem técnica e formal. Portanto, sejampacientes comigo. A citação, referente à pesquisa com humanos, foi tirada do site da Universidade doArizona.

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2.PARCERIACOMOSESPÍRITOS

Todomundo temdireitoa tersuaprópriaopinião,masnãoseusprópriosfatos.—DanielPatrickMoynihan—

Seosespíritosexistem,seráqueelespodemdesempenharumpapelfundamentalemnossavida?

Crescemasevidênciascientíficasdequeissoestáocorrendo,masigualmentecrucial é o testemunho de pessoas de todas as classes que alegam terempresenciado tais acontecimentos.Nos últimos dez anos, conheci, investiguei eacabeimetornandoamigodeumgrupodepessoasquenãosóestãoconvencidasdequeosespíritosexistem,masmantêmcontatodiáriocomessasentidadesouenergias invisíveis. Essas pessoas insistem emque não apenas acreditam,massabem que os espíritos desempenham um papel fundamental em sua vida.Vivenciam a presença desses espíritos como seus guias e colaboradores. ParaClarissaSiebern, que vamos conhecer no capítulo 15, seus guias a instruem adizeroufazercoisasqueacabamserevelandooportunasesignificativas,esãouma evidência de suas habilidades intuitivas emergentes. Certa vez, ela foiinduzida ame oferecer uma pintura de SalvadorDali,Rosameditativa, o quelevouaumasériedesincronicidadescomrosasqueterminoucincodiasdepois,quando conheci minha futura esposa, Rhonda, nome que, em grego, significa“rosa”.

Essaspessoasestãoconvencidasdequeseusguiasespirituais—quepodemserpessoasfalecidas,entidadessuperiorescomoosanjosouoGrandeEspírito— são seus amigos, companheiros, membros de sua família ampliada eparceiros.Algumasmantêmdiálogosmentaiscomeles,pedindo-lhesconselhoseorientação,comofariamcomumamigoousábioconselheiro.Outrasapenasfazemseuspedidoseaguardamosresultados.Podem,porexemplo, fazerumacontribuição de caridade induzidas pelo guia espiritual e, dias depois, receberuma compensação equivalente de outra fonte. Talvez você tenha vivido umasituaçãosemelhante,masnãotenhafeitoaligação.

Chamo a isso “parceria sagrada”, porque essas pessoas recebem ajuda dosespíritoscomoreflexodeumrelacionamentocujoobjetivoéglobale,aomesmotempo,pessoal.Elasestãoconvencidasdequeessaparceriasagradanãoexisteapenas para seu benefício,mas para o bem-estar da humanidade e do planetacomoumtodo.Vivenciamasacralidadedessaparcerianaformadesentimentos

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deamor,confiança,gratidão,completude,reverênciaetranscendência.Essaspessoaspertencematodasasclassessociaisetêmumavidaplenade

realizações.Entreelasestão:•ovice-presidentesêniordeumaimportanteempresadeinvestimentos;•ummembrodaequipedeadministraçãodeumaimportanteuniversidade;•váriospsiquiatrasepsicólogosclínicos;• um engenheiro de computação e programador sênior da empresa desoftwareFortune100;•umpesquisadorembiofísicaquesetornouumcuradorespiritual;•umex-professordematemática.Nestelivro,vocêconheceráalgumasdessaspessoasporsuacontribuiçãoàs

evidênciascientíficasdahipótesedaparceriasagrada.Muitos de meus colegas acadêmicos presumiriam que essas pessoas são

ingênuas,ignorantes,tolas,iludidas,fraudulentasouatémesmoloucas.Comoahistória nos ensinou que alguns dos indivíduos mais insanos e destrutivosacreditavam estar a serviço dos espíritos ou do próprioDeus, é fácil entenderesseceticismo.OassassinoemsérieDavidBerkowitz,porexemplo,conhecidocomo“FilhodeSam”,alegouqueseguiainstruçõesdo“PaiSam”eestavasendovítimadepossessãodemoníaca.Voltaremosaesteassuntonofimdolivro.

Masaspessoasaquemerefiro,equerecebemorientaçãodosespíritos,nãomostram sinais de esquizofrenia ou de qualquer outra doençamental. Não seencaixamnoestereótipodeexcêntricosdaNovaEra.Tampoucosãopessoasdementeperturbada,emboratenhamumpensamentopoucoconvencional.Nãosãoimpostores,nemestãoenvolvidosematosdestrutivosouilusórios.

São pessoas que ocupam cargos de responsabilidade e são, via de regra,excelentes comunicadoras. Alguns publicaram livros, outros ainda os estãoescrevendo.Revelamumagrandecompetência,maspreferemcombinarrazãoeintuição em sua vida cotidiana. Todos demonstram evidência de capacidadeparanormal, como foi o caso do banqueiro de investimentos que seguiurepetidamentesua intuiçãoaorecomendar tecnologiasemergentesquegeraramlucros inesperados para seus clientes, ou dopsiquiatra que, durante as sessõescomseusclientes,vê imagensoníricasqueacabamgerandomudançascruciaisemsuaterapia.

Sãopessoasgentis, afetuosas, criativas, éticas e solidárias.E todas têmumaltograude jovialidadeeapuradosensodehumor,oqueas tornacompanhiasagradáveisedivertidas.

Entretanto, existe alguma evidência científica de que isso em que essas

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pessoasacreditamsejade fato real?Seráqueosespíritosexistemrealmentee,casoexistam,podemexerceropapeldecolaboradoresemnossavida?

Como disse Daniel PatrickMoynihan: “Todomundo tem direito a ter suaprópriaopinião,masnãoseusprópriosfatos”.Assimsendo,quantodoqueessaspessoasalegamsabersãoopiniãodelasequantoédefatorealidade?Ondeestãoasprovas?

Para responder a essas perguntas desafiadoras, a sociedade quase semprerecorreàciência.Aciênciacontemporâneatemnosoferecidomuitasopiniõesejulgamentos sobrea realidadedomundoespiritual,masquase semprecríticos,quando não desdenhosos. Mas essas opiniões negativas se baseiam quasetotalmente nas teorias materialistas dominantes e na falta de pesquisa factualsobreomundoespiritual.

Masissoestáprestesamudar,eomundoqueconhecemosnuncamaisseráomesmo. Como revela A grande aliança, a ciência moderna está pronta pararedescobrir o mundo espiritual de uma maneira inventiva, inspiradora eesclarecedora.UMA HIPÓTESE ANTIGA E OUTRA CONTEMPORÂNEA SOBRE OINVISÍVEL

Desdeoiníciodahistória,aspessoasacreditavamnaexistênciadeummundoespiritual que teria prestado uma colaboração fundamental na criação,manifestação e transformação do mundo físico. Presumia-se que o mundoespiritual não era físico, porque não podia ser percebido pelos nossos cincosentidos:visão,audição,paladar,olfatoetato.

Omundoespiritualera invisívelàmaioriadenósnamaiorpartedotempo.Entretanto, sob certas circunstâncias, certos indivíduos — chamados xamãs,curandeiros ou videntes — tinham acesso ao mundo invisível e podiamcomunicar-se conscientemente e até mesmo colaborar com essa realidadesupostamentemaisalta.

Osxamãsmaias,porexemplo,descobriramoburaconegronocentrodaViaLáctea,eseusastrônomosverificaramaprecessãodosequinóciosmuitoantesdaciênciamoderna.Eatribodogom,doMali,conheciaaestrelaSiriusBantesqueaastronomiadoséculoXXverificassesuaexistência(esemtelescópios,elessópoderiamterconhecimentodessefatoatravésdeumaexperiênciadireta,comoumasupostaviagemespiritual).

Na década de 1960, ressurgiu o interesse público no xamanismo, na curaespiritual e nas habilidadesmediúnicas, entre elas a possibilidade de prever ofuturoeconversarcomosmortos.Amídiacapitalizouesseinteressepúblico,e

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hojeémaiordoquenuncaonúmerodeprogramasderádioetevêdedicadosaesseassunto.

Umarazãodessaaberturadopúblicoaomundoinvisíveléofatodevivermosnumaépocaemqueoinvisívelserevelounapráticacientífica.AntesdoséculoXX,essemundoeraapenasreinodosxamãs,médiuns,curandeirosemísticos.Com a descoberta das ondas de rádio e a evolução da televisão e dascomunicaçõesporsatélite,essaciência invisívelpassoua terumforte impactoemnossavidacotidiana.

Hoje temos a tevê de alta definição graças a ondas eletromagnéticastransmitidasporsatélitesnoespaço.Acomunicaçãoéfeitaatravésdetelefonescelularesdigitais contendopoderososmicrocomputadoresquepermitemenviarmensagensdetexto,navegarnainternet,recebervídeoson-linedamídiaoudeamigoseatébrincarcomjogossofisticados.

Temosumacoleçãodecontroles remotospara tevê,DVD, jogosesistemasde somestereofônicosqueusammicro-ondas invisíveis.E épossível cozinharcomamesmatecnologia—anãoserquevocêsejaumioguequevivadepuroprana.

Vivemosnumarededecomunicaçõessemfio,etodaessaincríveltecnologiabaseia-se na capacidade informativa do mundo invisível de frequênciaseletromagnéticas.Na verdade, grande parte dessa ciência baseia-se em teoriasabstratasdafísicaquântica,querevelouomundomicrocósmicoocultodentrodomundoaparentementesólidodaciênciaclássica.

Muitaimaginaçãonãoénecessáriaparapassardatecnologiainvisívelatualàpossibilidadedomundo invisível dos xamãs vislumbradopelos povos antigos.Talveznossostelefonescelularespossamseradaptadosparaesseuso,comoasjarrasde soproperuanas.Durante séculos, acreditou-seque essesutensíliosdeargilafossemjarrasdeágua,atéquealguémsoprounoseubicoeproduziuumafrequênciasonoraquealteraoestadodeconsciência.Especula-sequeosxamãsusassemessesomparaviajaraoutrosmundos.PORQUEACIÊNCIAOFICIALPRESUMEQUEOMUNDOESPIRITUALNÃOEXISTE?

No fimdos anos1960, quando eumepreparavaparaomeudoutorado emfilosofia em Harvard, ocorria uma revolução na psicologia. Conceituadospsicólogosexperimentais,queseguiamosistemacomportamentaldoprofessorB.F.Skinner,alegavamquenossospensamentosesentimentoseramilusõesouirrelevantesparacompreendercomooserhumanofunciona.

Nessa época, presumia-se que a experiência subjetiva, especialmente a

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espiritual, era um epifenômeno — um fenômeno secundário de poucaimportância.SegundoodicionárioWebster,epifenômeno,nosentidomédico,é“um evento acidental ou acessório no curso de uma doença, mas nãonecessariamente relacionado a essa doença”. As palavras “mente” e“consciência”eramtabunoléxicodamedicina.

Hoje sabemos que essa visão, popular à época, eramíope— isso para sergentil.Hojeainda,aspalavras“espírito”,“alma”e“sagrado”sãoconsideradastabu por grande parte da ciência. A crença nos espíritos é consideradasuperstição ou estupidez. A espiritualidade é quase sempre vista como umepifenômeno,ouumefeitocolateraldocérebro,oucomonossanecessidadedeesperança,mesmoqueilusória.

Porqueaciênciapredominanterejeitaapossibilidadedomundoespiritualeporquedevemosnospreocuparcomisso?

Primeiro, como mencionei brevemente, isso reflete a história sórdida defraude e patologia associada a um grupo de pessoas que se proclamamespiritualistas, o que inclui famosos líderes religiosos e políticos, assim comopretensosmédiunsecuradores.Entretanto,háoutras razõesparaqueaciênciaoficialrejeiteaexistênciadosespíritos:

•Historicamente,descobertasgenuínasforamrejeitadasousuprimidasporpoderosasinstituiçõesreligiosas.NaIdadeMédia,oscientistaseramameaçadoseatémesmopresospordesafiaremadoutrinadaIgreja.• Uma consequência dessa supressão foi que a ciência, como disciplina,precisou se divorciar de tudo que fosse religioso ou espiritual para poderbuscar livremente a verdade e desenvolver métodos que permitissemdiscernirofatodafé,dafantasiaedaficção.•Nesseprocesso,oscientistaspassarama transferirseufocodeatençãodapura ciência e da verdade, buscando um “cientificismo” que cria seusprópriosdogmas.Assim,aciênciaseequiparouaumateoriamaterial,enãoespiritual do universo. Quando os fundamentos da ciência passaram doprocesso de descoberta para a teoria/filosofia, a possibilidade de descobriraspectosnãofísicosdanaturezafoiminimizada,quandonãosuprimida.

Entretanto,quandoaciênciacomo instituiçãoseconcentraemopiniõesem

detrimentodosfatos,poderejeitarouignoraralgunsdosprofundosdesafiosqueasociedadeeoplanetaenfrentamnestemomentodahistória,eissopodeterumforteimpactosobrenossasvidas.Eisumexemplo:duranteoitoanos,ogovernoBush procurou os cientistas que contestavam a clara evidência de umaquecimento global e usou essa “ciência” para ignorar o problema. A ciência

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deveseapoiaremevidências,nãoemopiniões.Considere uma hipótese: se você fosse um espírito e fosse convidado a

participardeumapesquisacomcientistasnaTerra,vocêprefeririatrabalharcompessoas gentis, alegres e genuinamente dedicadas à descoberta da verdade oucom pessoas hostis e mais preocupadas em provar ou contestar determinadasteoriasdoquedescobriralgocapazdecontrariarsuascrenças?Queexperiênciasatrairiam sua participação?Às vezes eume pergunto se uma das razões pelasquaiseuemeuscolegastemosasortedequasesempreobterresultadospositivoséosespíritossaberemqueestamospreocupadosemdescobriraverdadeequeseguiremososdadosaondeelesnoslevarem.

Este livro se concentra na realidade emergente do mundo espiritual,redescoberta através demétodos científicos expandidos pela autociência, e napromessadaajudacadavezmaiordosespíritos.Entretanto,seusubtextotratadadivergência entre a natureza da ciência e o cientificismo, no contexto de umarealidade espiritual maior e do objetivo de viver em harmonia com o mundofísicoeespiritual.EMQUEVOCÊACREDITAQUANTOÀEXISTÊNCIADOSESPÍRITOS?

Como você responderia às perguntas seguintes, usando um sistema deavaliaçãode-3a+3:

+3DefinitivamenteSIM-1PossivelmenteNÃO+2ProvavelmenteSIM-2ProvavelmenteNÃO+1PossivelmenteSIM-3DefinitivamenteNÃO0Nãoseirespondernumsentidoounooutro

•Osespíritosexistemedesempenhamumpapelfundamentalemnossavida?• As sincronicidades que ocorrem em nossa vida podem ser obra dosespíritos?• Podemos confiar em nossa conexão com os espíritos em busca deorientação?Asopiniõesdaspessoasvãodacrençacética(umNÃOdefinitivo)àfétotal

(umSIMdefinitivo).Suasrespostasaessasperguntas(mesmoqueelasnãolhesejamfeitas)sãoumbarômetroparatestarsuareceptividadeouresistência.Emúltimainstância,cabeaoindivíduodarosaltoemdireçãoàféouaosentimento.Mas,primeiro,vocêtemdesaberprecisamenteemquepéestá.

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Quando iniciei esta pesquisa hámais de uma década, estava entre 0 e +1.Talvezemtornode+0,3ou+0,4Emoutraspalavras,estavaumtantoreceptivoàpossibilidadedequeosespíritosexistissemepudessemexerceralgumpapelemnossavida.Observequeusoaexpressão“umtantoreceptivo”aliadaàspalavras“possibilidade”, “pudessem” e “algum papel”. Eu estava firmemente situadoentre0e1.Issosedeviaemparteàminhamentequestionadoraeemparteaomeuconhecimentodefísicaquântica,quedeixaaportalevementeentreabertaaessapossibilidade.

Entretanto,fuicriadonumlarreformistajudaico,queacreditavaque“éspóeaopóretornarás”ecasoencerrado.Eminhaeducaçãocientíficaempsicologiaefisiologia professava que a mente era inteiramente produto do cérebro.Consequentemente,graçasameusantecedentes,qualquerexperiênciadomundoespiritual seria classificada como superstição ou estupidez, na melhor dashipóteses, ou como sinal de psicose, na pior hipótese. Com base na minhacriação e educação, eu tinhaboas razõesparadesacreditar napossibilidadedomundo espiritual e sabia como adotar uma posição -3. Para sua informação,ainda tenho.E como andar de bicicleta: uma vez que a gente aprende, jamaisesquece.

Enquanto ler este livro, você irá descobrir como passei, lenta, masseguramente,deumnível+0,3ou+0,4a+2,8ou+2,9.Tenhoesperançadequeomesmopossaacontecercomvocê.Depoisdeexaminarcomcuidadotodasasevidênciasrelatadasnestelivroeconsiderarapossibilidadedeessasdescobertasseremapenasapontado iceberg, talvezvocêconcordecomigoqueéapenasateimosiaquemotivaosobstinadosdescrentes.Maisumavez,oqueéfascinanteemrelaçãoàsevidênciasrelatadasnestelivroéqueelascombinaminvestigaçõesexploratórias (tipo II) e experimentos sistemáticos (tipo III), conduzidos emlaboratórios científicos, com dados coletados no laboratório natural de nossavida (tipo I). Isso é autociência, e esses dados devem ser consideradosobjetivamente. Evidências cuidadosamente documentadas da vida de pessoascomplementamoqueapesquisadelaboratórioestárevelando—sejaapesquisadelaboratórioconduzidafisicamentedentrodoambienteacadêmicoformal,sejana casa das pessoas. Acredito que a combinação dos dois tipos de evidência(informal/pessoale formal/laboratorial)semostramaisconvincentedoqueumou outro isoladamente. Juntos, eles estabelecem uma irrefutável prova deconceito.

Uma coisa é observar um fenômeno num laboratório de ciência, outra éobservá-lo em nosso cotidiano. Uma coisa é ter fatos sobre pessoas mortasconfirmados num experimento duplo-cego, outra é ouvir uma voz ou ter aintuiçãode sair deumaestrada e escapar deuma tempestadequeprovocaum

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engavetamento cerca de dois quilômetros adiante. Quando os dois tipos deevidênciaconvergem,e issoacontece repetidamente,não temos razõessóparaacreditar na realidade do fenômeno, mas também para incorporar esseconhecimentoemnossavidaeagirdeacordocomele.TRÊSCATEGORIASDEEVIDÊNCIAEAJORNADADEDESCOBERTA

Alémdeutilizarostrêstiposdeinvestigação,vamosexaminartrêscategoriasde evidência.Você serámais capazde empreender a jornadadedescoberta aomeu lado se puder entender como cheguei a minhas conclusões — e, nesseprocesso, tirar suas próprias conclusões —, além de partilhar a excitação, odeslumbramento, a frustração, a confusão e o prazer de realizar essa tarefa aomeulado.

Maisumavez,comonoslembraCaroleKing,essaéumajornadadacabeçaparaocoração,naqual,emboraàsvezespossamosfazergrandesavanços,umaanálise rigorosaéumbompontodepartida.Amedidaquenosaprofundarmosem cada categoria, gostaria que você pensasse em sua história de vida e emcomoestaexploraçãopoderáexplicaracontecimentosatéentãoinexplicáveisouignoradosequeagoralhevêmàmente.

A primeira categoria de evidência trata da possibilidade de a consciênciasobreviver à morte física e permanecer tão viva, determinada e intencionalquantoadequalquerumdenós.Vocêverácomochegueiàconclusãodequeasinformações coletadasnas investigações e experimentos commédiuns indicamque os supostos espíritos não só parecem estar vivos e bem, mas continuamsendo inteligentes, determinados e brincalhões como nós, se não mais. Essessupostos espíritosvãodemãesepaisdesconhecidosàprincesaDianaeHarryHoudini.

Cabe aqui um rápido, porém essencial, esclarecimento: é importante notarque uso o termo “supostos” em relação aos espíritos e que isso está sempreimplícito,mesmoqueeunãooafirmeexplicitamente.Issotambémseaplicaaosguiasespirituais,anjos,oumesmoaoSagrado.Quandomencionarapresençadoprofessor Einstein ou da princesa Diana, o invisível “suposto” também estaráimplícito.

Asegundacategoriadeevidênciaenvolveapossibilidadedacuraobtidacoma ajuda dos espíritos. Os exemplos vão de estudos de caso cuidadosamenteanalisados,emqueoespíritopareceterdesempenhadoumpapelnacura(tipoI),ainvestigaçõesdelaboratóriodotipoprovadeconceito(tipoII)eexperimentos(tipo III) que demonstram que esse tipo de cura pode ser cientificamenteinvestigadoemlaboratório.

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Aterceiracategoriadeevidênciaédelongeamaisdesafiadoraecontroversa.Envolveapossívelexistênciadeumarealidadeespiritualmaiorqueincluianjoseguiasespirituais.Incluoexemplospessoaisparaalimentarahipótesedeguiasespirituais, mas o faço com uma mente aberta, porém crítica, com o uso deinstrumentos biofísicos extremamente sensíveis potencialmente capazes dedetectarsuapresença.

Vamos começar com uma pergunta: se os espíritos existem, como possoprovarsuaexistência?Comovocêveránopróximocapítulo,umcritérioformalfoicriadoparaproporessasquestõesacomputadoresinteligentes,porexemplo,enenhumdelespassounoteste.Minhaprovadeconceitoéque,seosespíritosforemtãoatentosedeterminadosquantonós,elesserãonomínimocapazesdepassarnotestedesobrevivênciadepersonalidade...etalvezemoutrosmais.

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PARTEIIASBOASINTENÇÕESDOSESPÍRITOS

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3.EINSTEINAINDATERIAUMAMENTEECONDIÇÕESDEPROVARISSO?

Vocêacreditanaimortalidade?“Não,eumavidamebasta.”—AlbertEinstein—

Podeserdifícildeacreditar,masváriosmédiunscomosquaisfaçoexperimentosde laboratóriosobreavidaapósamortecostumammedizerqueEinsteinestávivodooutro ladoe tem importantesmensagenspara ahumanidade.Se essesmédiunsestiveremcertos,acitaçãoqueabreestecapítulonãoémaisválida.

Emboratenhaouvidoemsilêncioessesrelatos,atéagoranãofiznadasobreeles.Nãoescrevisobreasmuitasalegaçõescoincidenteseindependentesdessesmédiuns, nem sobre suas evidências em relação à presença de Einstein nomundo espiritual. Além disso, ainda terei que convidar Einstein a participarformalmentedenossapesquisadelaboratório.

MinhadiscussãosobreEinsteineasobrevivênciadesuaconsciênciaapontaum verdadeiro dilema científico que precisa ser resolvido completa eponderadamente. Ele nos dá a oportunidade de explorar o que consideramosevidênciasda existênciados espíritos e porquenecessitamosde critérios comfoco na intenção. Esses critérios são importantes não só para estabelecer aexistência dos espíritos, mas também para determinar se nossa voz interior éuma projeção psicológica ou tem caráter próprio e pode ser o sussurro dosespíritosanosguiar.

OSIGNIFICADOEOUSODADEMONSTRAÇÃOEDAPROVADECONCEITO

Cabemaquiumesclarecimentoeumadefinição:é importanteentenderquecientistasnãocostumamusaraspalavras“demonstração”e“prova”,e issomeinclui. Cientistas preferem afirmações como “determinar a probabilidade dedeterminada explicação justificar os dados disponíveis”. A palavra“demonstração”égeralmente reservadaàmatemática: “verificar a correçãoouvalidade de algo por meio de demonstração matemática ou prova aritmética”[RandomHouseUnabridgedDictionary].

Entretanto,uso intencionalmenteapalavra“demonstração”no sentidomaisgenérico, cotidiano do termo: “submeter a teste, experimento, comparação,

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análise ou coisas do mesmo tipo para determinar qualidade, quantidade,aceitabilidade, características etc.” (Random House Unabridged Dictionary).Além disso, como observei anteriormente, existe a fase de prova de conceito,queésimilaràexpressão“provadeprincípio”.Eisumadefiniçãosimples(queparafraseei): “prova de conceito” é um experimento, pré-teste ou mesmoprotótipo que demonstra, em princípio, a exequibilidade de uma abordagemcientíficaouaviabilidadedeumprodutoparaverificarseumconceitoouteoriamerecemaisexperimentaçãoformaloudesenvolvimentodoproduto.

Aprovadeconceitoéemgeralconsideradaummarconabuscadoperfeitofuncionamento de um protótipo. Considero que todas as investigaçõespreliminaresouexploratóriaseobservaçõesdaautociênciaincluídasnestelivrosão exemplos de provas de conceito ou provas de princípio, porque sãodemonstrações do uso potencial do método científico para responder àsperguntas: “O espírito é real?” e “Pode o espírito desempenhar um papel emnossavidaindividualecoletiva?”.Ou,porexemplo:“Einsteinaindaestávivo?”e“PodeEinsteindesempenharumpapelemnossavidaindividualecoletiva?”.

Aspessoascostumammeperguntar:“VocêestátentandoprovarX,sendoXavidaapósamorte,aexistênciadomundoespiritualouopapeldosespíritosnacura?”.“Absolutamentenão!”éminharesposta.“Oqueestou tentandofazerédaraXaoportunidadedeseprovar.”SeXexiste—nestecaso,aideiageraldosespíritos e de uma realidade espiritual maior—, estamos usando ummétodocientífico para otimizar a possibilidade de os espíritos, se existirem, provaremsua existência. Em outras palavras, a prova do pudim está no paladar, umpreceitoqueoshomensdenegócios,assimcomooscientistas,ouatémesmoasmães,usamtodososdias.Portanto,seEinsteinexiste,oquepodemosfazerélhedar a oportunidade de provar isso em laboratório — se tivermos coragemsuficiente.

Mas, antes de considerar essa nova abordagem, será útil conduzir umexperimentogedanken, ou experimentomental, emque apenas sepropõeumahipótese mental. Einstein adorava Gedankenexperiment. Seu mais famosoexperimento desse tipo foi imaginar que estava viajando num raio de luz àvelocidade da luz. Nosso experimento gedanken requer que imaginemos queEinstein de fato ainda está aqui e tentemos nos colocar no lugar de seu serespiritual.COLOCANDO-SENOLUGARDEEINSTEIN(OUDESUACONSCIÊNCIA)

VamosimaginarqueanetadeEinsteinprocureummédium.Vamossuporporenquanto que o médium não seja uma fraude, não esteja envolvido em falsa

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mediunidadenemusetécnicasmentaisdemagia.AnetadeEinsteinnãodáaomédiumnenhumapistasobreseuavô.Naverdade,vamosimaginarqueelanãodigaaomédiumquetemalgumarelaçãocomEinstein.

De sua posição no outro lado, Einstein está consciente de que o fato de omédiumoferecerevidênciasdesuahistóriapassadanãoésuficienteparaprovarque sua consciência sobreviveu à morte do corpo. Ele, assim como qualquerobservadorobjetivo,entendequeéteoricamentepossívelqueomédiumsejaumparanormal e esteja lendo telepaticamente amente de sua neta. Se omédiumestiverlendosuamente,asinformaçõesacuradasquesupostamenteviriamdelenãoconstituiriamprovadequeelasprovêmdeEinstein.

Mesmo que o médium não esteja lendo a mente de sua neta, pode estarobtendoinformaçõesdeoutrasfontes,entreelasoquealgunscientistaschamamde “campo do ponto zero”. Assim como as informações codificadas na luzestelar continuam a existir no vácuo muito depois que a estrela morreu, éteoricamentepossívelqueomédiumesteja recuperandoaenergiaqueEinsteindeixounovácuo,criadaenquantoelevivia.

Vamos imaginar, ainda, que sua neta seja cética— ou pior, uma cientistacomoele.Einsteintemconsciênciadapossibilidadeteóricadeleramente,assimcomo do que se chama “super-psi”— ler informações dos mortos no vácuoquântico.ComoessamulhercéticasaberiaqueEinstein,emespírito,estavanaverdade se comunicando com o médium? Como Einstein demonstraria à suacéticanetaqueeleestáconsciente,vivoeevoluindodooutrolado?

OQUESIGNIFICATERUMAMENTE,UMACONSCIÊNCIAVIVA?

Para entenderodilemadeEinstein, odilemademinha falecidamãeoudasua,vamosimaginarquevocêestejamorto.Como,estandodooutrolado,vocêconseguiriaprovarqueaindaestánãoapenasconsciente,masvivo?

Para resolver essas questões fundamentais e abrangentes, convém dar umpassoatráseconsideraroquesignificaestarconscienteevivo,eexaminarcomoconseguiríamosprovarqueestamosconscientesevivosnomundofísico.Umareflexãoirárevelaralgunsextraordináriosdesafiossubjacentesaessasquestõesaparentementesimplesetriviais.

Vamos considerar primeiro a consciência. Como eu poderia provar a vocêqueestouconscienteeescrevendoestelivro?

Averdadeéqueaúnicaconsciênciaqueconhecemosaocertoéanossa.Euvivencio meus pensamentos e sentimentos enquanto você vivência os seus.Mesmo que você empatize com meus pensamentos e sentimentos, não podevivenciá-losdiretamente.Euposso,porexemplo,lhedizerqueestouvendoum

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lindo pôr do sol laranja que pode parecer laranja a você também. Entretanto,você não pode ter certeza de que minha visão do laranja seja a mesmaexperiênciadolaranjaquevocêtem,nemeupossotercertezadequeaminhaéamesmaqueasua.Sóporquelhedigoqueestouconsciente,issonãoprovaqueestoumesmoconsciente.

Apenas como exemplo, posso programar um computador para travar umdiálogocomplexo,comosefosseeu.

Vocêpoderiaperguntaraocomputador:“Comovocêsechama?”.Eupossoterprogramadoocomputadorparadetectaropadrãovocal“Como

vocêsechama?”eresponder:“MeunomeéGary”.Você poderia perguntar, então: “Onde você vive?”. Da mesma forma, o

programadecomputadorpoderiadetectaressepadrãoeresponder:“EuvivoemTucson,Arizona”.

Então,vocêpoderiafazerumaperguntacapciosa:“Vocêestáconsciente?”.Eeu poderia ter programado o computador para detectar o padrão e responder:“Evidentemente.Evocê?”.

Eu poderia programar milhares de perguntas possíveis e conectá-Ias cominúmeros tipos de resposta, e assim fazer com que o computador parecesseconsciente, criativo e vivo. Na verdade, se estivéssemos conduzindo esseexperimento de comunicação ao telefone, você pensaria que estava de fatofalandocomigo!

O principal é que não posso provar que estou consciente, especialmenteporque os computadores podem me representar bastante bem. O melhor quevocêpodefazeréinferirqueestouconscientepelomeucomportamento.Epossofazer o mesmo em relação a você: inferir que você está consciente por seucomportamento.

Essedesafio fundamental (algunsdiriam“problema”) se agravadepois quemorremos.Senãopossolheprovardefinitivamentequeestouconscientequandoestouvivo,comopodereiconvencê-lodequeaindaestouconscientedepoisdemorto?Ocernedaquestãoéqueomédiumdeveinferirqueoespíritodomortoestá consciente, damesma forma que você infere que eu estou consciente nomundofísico.

É essencial compreender que os físicos experimentais estão acostumados ainferir processos que não podem medir diretamente. Como mencioneianteriormente, por exemplo, os físicos inferem a existência de um campogravitacionalpelocomportamentodosobjetosquesemovemnoespaçooupelocomportamento dos números que se alternam na tela de um computador. Agravidade não pode ser vista, ouvida ou detectada por nossos sentidos. Agravidadeéinferidaindiretamenteporseusefeitossobreamatériaoualuz,eo

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mesmoocorrecomaconsciência.Seiqueestouconscienteeinfiroquevocêestáconsciente.Vocêsabequeestáconscienteeinferequeestouconsciente.Emuitodifícilprovarqueestamosconscientes.Provarquesomosumaconsciênciavivaéaindamaisdifícil.

Pense no seguinte: evidentemente, não há nenhuma dificuldade em provarque estou biofisicamente vivo. Você pode medir minhas ondas cerebrais, asbatidas de meu coração, meu consumo de oxigênio, e assim por diante, econcluirquenomomentoestoufisicamentevivo.Entretanto,oquevocêmediriapara provar que minha consciência está viva? Além disso, como eu poderiaprovaravocêqueestoumentalmentevivo?

Issopodepareceróbvio também.Vocêpodemefazerperguntaseeupossorespondê-las. Mas esse processo prova que minha consciência está viva? Oexemplo da programação de computador apresentado acima — às vezeschamado teste Turing, nome do cientista de computação que primeiro odescreveu— nos lembra de que o paradigma pergunta-resposta não prova aexistência da consciência, muito menos que ela está viva. Embora repostascriativaseinteligentesindiquemvida,nãosãoprovadisso.

Quandoummédiumdiz:“VejoEinstein,eeleestápulandoparacimaeparabaixo”, isso significa necessariamente que Einstein está pulando para cima eparabaixodooutrolado?Oupodeomédiumestarvendoumregistrohistóricode Einstein pulando para cima e para baixo, ou imaginando que Einstein estápulando?

SóporqueomédiumdizquevêEinsteinfazendooudizendoalgumacoisa,não significa que ele esteja ali e vivo, mesmo que a informação seja muitoprecisaepossaserconfirmadaporparentesououtroscientistasvivos.Aquestãoaquinãoédeprecisão,masdesobrevivênciadaconsciênciaedevida.

Então, comoEinstein, estandodooutro lado,podeprovarqueaindaéumaconsciência viva? Como sua neta, que em nosso experimento mental é umacientista cética, pode chegar à conclusão de que o grande cientista — suaessência—aindaestáaqui?EnãoimportaseEinsteinéumcientistamortoouShirley, minha falecida mãe: ambos têm o mesmo problema. E agora,conceitualmente,sevocêestátendocontatocomumserqueridoquejámorreuouumguiaespiritual,vocêtambémtemumproblema.

MOSTRANDOAOSCIENTISTASQUEOSMORTOSTÊMMENTE

Estatemsidoumaquestãofundamentalparaoscientistasepesquisadoresdavida após a morte interessados em documentar se a consciência sobrevive àmorte física. É relativamente fácil para os pesquisadores estabelecer

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definitivamente que as explicações convencionais da mediunidade não sãocapazes de justificar todas as descobertas. É mais difícil estabelecer que omédiumnãoestálendoamenteconscientedosujeito.

Comodiscutiemmeuslivrosanteriores,háevidênciassubstanciaisdequeosmédiunsnãosódeixamdetransmitirainformaçãoprecisaemqueosujeitoestápensando conscientemente, mas muitas vezes fornecem informações que osujeitojáesqueceuedasquaisselembrarámaistarde,ouatéinformaçõesqueosujeitonãotinha.Outroscientistasprofissionais,comoodoutorDavidFontana,assimcomocientistaslaicascomoSusySmith,tambémdiscutiramoassuntoemseuslivros.Entretanto,permaneceemabertoapossibilidadedequeosmédiunsestejampraticandoumatodeparanormalidade,comoleramentedistantedeumparenteouamigo,outeracessoainformaçõesdeixadasnovácuoquântico.

Enquanto isso, lembre que, em nosso experimento mental, estamosimaginando que Einstein está de fato do outro lado, esforçando-se paraconvencer sua neta querida— assim como eu e você— de que está não sóconsciente,masmuitovivo.Comoelefazisso?

Arespostaéqueelesemanifestacriativaeconvincentemente.OSESPÍRITOSSEMANIFESTAMDEMANEIRASENGENHOSAS

Averdadeéque,emboraconhecesseaspesquisasrealizadasaolongodemaisdeum século sobre a sobrevivência da consciência, não imaginei quenovas econvincentes evidências começariam a se revelar inesperada e repetidamentetanto em meus experimentos formais em laboratório quanto em minhasinvestigações informais de autociência, sem nenhum esforço ou controleconscientedeminhaparte.

Desde o início de meu programa de pesquisas, testemunhei exemplos nãoprevistos ou planejados que sugeriam fortemente a sobrevivência do espírito.Essa evidência era acentuada, às vezes de maneira extraordinária, depois damortedepessoas ilustresqueeramcientistas amadores—especialmenteSusySmith—equetinhamgrandefamiliaridadecomaspesquisassobreavidaapósa morte. Você vai conhecer algumas dessas pessoas e as lições que elas meensinaramnospróximosquatrocapítulos.

Àmedida que testemunhava esses exemplos de aparente sobrevivência umdepoisdooutro,ficouclaroparamimqueamaneiracomodeterminadapessoamorta, como Einstein ou minha mãe, provava que estava viva era umamanifestação.

Elas eram capazes de assumir o controle da situação emostrar que tinhamumaintençãoconsciente,quechamamoscientificamentedeintençãoincorpórea.

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AfalecidaSusySmith era capazde revelar que tinhaumamenteprópria epodia usá-la demaneira criativa, às vezes jocosa e, em certos casos, decisiva.Podia mostrar que tinha nomínimo tanta liberdade quanto eu ou você, e eracapazdetomardecisõeseseguirseuprópriocaminho.

Podia inclusive mostrar que não era escrava de nossos experimentos; aocontrário, tinha tanto oumais controle dos resultados que os cientistas que osconduziam.

Emoutras palavras, podia demonstrar que omédiumnão estava obtendo ainformação,masqueainformaçãoestavasendodadaaomédium.Comoeueadoutora Julie Beischel expressamos em nosso artigo de 2007, publicado noEXPLORE:TheJournalofScienceandHealing,osmédiunsnãotransmitemainformação;elesarecebem.

Curiosamente,minhapesquisa revelaquepessoasqueexerciamocomandonavida físicacontinuamfazendo issonavidaapósamorte.Pessoasqueeramafirmativasdesteladocontinuamsendoafirmativasdooutrolado.Aquelesqueeram criativos e perspicazes na Terra continuam se comportando de maneiracriativaeperspicazdepoisdemortos.Lembre-sedequeessecritériotambémseaplica à sua voz interior: quem fala com você é seu complexo sistemapsicológico ou algo independente de sua história e determinado porcircunstânciasexternas?

Usando a linguagem científica, as informações recebidas por médiunsrevelaram propriedades que indicam a existência de: intenção, assertividade,tomadadedecisões,autocontrole,divergência,teimosiaetc.,característicasqueessaspessoasjámostravamnavidafísica.

Vamos considerar uma última questão importante antes de explorar asevidênciasdeprovadeconceito.

Comopossoprovaravocêque tenhoumamente—e,porextensão,comovocê pode provar a mim, ou a seus entes queridos, que tem uma mente —independentementedeestarnomundofísicoounopós-físico,dooutrolado?

Seeuresponder:

1.Possointerrompê-loenquantovocêestáfalando.2.Possosurpreendê-locomumavisitainesperada.3. Você podeme fazer uma pergunta,mas posso preferir responder a umaperguntaanterior.4.Possodiscordardeumaafirmaçãosua.5.Possoignorarseupedidoparaqueeupare.6. Se vocême pedir uma determinada informação, posso dizer: “Não, nãovoulhedizer”.

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7.Possoatémentirparavocê.Seaconsciênciarealmentesobrevive, teoricamentepossofazeressascoisas

estando ou não no mundo físico. Se você me der a oportunidade de memanifestar,possomostrarquesouamesmapessoa.

Vocêpodefazeromesmo.AssimcomoEinstein.

EVIDÊNCIASNÃOPLANEJADASDAINTENÇÃOINCORPÓREA

O que você está prestes a ler nos quatro capítulos a seguir é uma série deexemplossurpreendentes,namaiorianãoplanejadosnemprevistospormim,queocorreram no curso de nossas pesquisas sobre a vida após amorte. Confessominha confusão, surpresa, prazer, descrença, frustração e deslumbramento àmedidaquecadarelatosedesenrola.Entreessescasosnãoplanejados,hámortosdesconhecidos, como minha mãe e minha sogra, e mortos famosos, como aprincesaDiana.Comomeensinouumcientistafalecidodepoisdesuamorte:“Asobrevivência está em detalhes” (e você deve se lembrar do termo “suposto”quandodigoisso).

Comovocêvaidescobrir,osmortosàsvezessãomaisastutoseconvincentesdoquenós,cientistas—emuitomaismaliciosos.

Se os mortos realmente sobreviveram, evidentemente sabem mais sobre avidaapósamortedoquenós.

A pergunta é: será que estamos preparados e dispostos a ouvir? Estamosdispostos a, com sua orientação e colaboração, conceber e conduzir futurosexperimentoscapazesdeestabelecerdefinitivamente,acimadequalquerdúvidarazoável,queelesaindaestãoaqui?

Maisdesafiadordoqueestabelecercientificamentequeelesaindaestãoaquié determinar sua fervorosa intenção de nos ajudar, individual e coletivamente.Noentanto,éexatamenteissoqueaciênciadevefazer:descobrirumamaneiradedocumentarqueaintençãodosespíritosnãosóexiste,comoestáfocadanonossobem-estar.

Issotornaajustificativacientíficarelevanteparaaminhaeasuaexploraçãodo mundo espiritual. Se vamos aceitar os conselhos dos espíritos, é melhortermoscertezadequeessaajudaérealedequenãoestamosnosenganandoouprojetandonossasesperançasedesejosnovácuo.Agrandealiança tratadessagrande possibilidade e oferece evidências de prova de conceito para quepossamoslevaressatarefaadiantecomseriedadeeresponsabilidade.

Lembre-se: se os médiuns utilizados nas pesquisas estiverem corretos,

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Einsteineoutrasgrandesfigurashistóricasaguardamcomcertaimpaciênciaquenós, inclusive os cientistas conservadores, finalmente levemos a sério suasintenções. E, como você verá, as percepções desses médiuns responsáveis ededicados—pormaisestranhasquepossamàsvezesparecer—merecemnossaconsideração.

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4.ANECESSIDADEPODEEVOCARUMAMÃEINVENTIVA?

Amãeéanecessidadedainvenção.—Anônimo—

Costuma-sedizerqueanecessidadeéamãedainvenção.Minhamãe,afalecidaShirley S. Schwartz, ensinou-me o contrário: as mães podem se tonar anecessidade da invenção para seus filhos.Ao longo dos anos,minhamãemeajudouaterumavisãoglobalemmuitassurpreendentesememoráveisliçõesdevida, quase sempre usando criatividade e bomhumor,mas sempre fazendo ascoisasaseumodo.

As sogras também podem ser mestras mesmo depois de mortas. Nestecapítulo, vou apresentar evidências de duas investigações: uma conduzida nolaboratório de pesquisa e envolvendo minha mãe, e outra realizada nolaboratóriodavidaeenvolvendominhasogra,MareiaEklund,esuafilha,minhaesposa Rhonda. Elas ilustram de maneira clara e convincente que os mortosaparentementepodemsemanifestar,provarquetêmumamenteenosajudar.

Você pode estar se perguntando em que sentido tais observações sãocientíficas. Além disso, você deve estar pensando se elas não refletem umainclinação subjetiva da parte dos observadores. São preocupações válidas efundamentaisquemerecemserlevadasemconsideração.

Primeiro, as observações relatadas aqui são científicas no sentido de queforamregistradascuidadosamentee,emcertoscasos,testemunhadaspordoisoumais indivíduos. Esses fatos realmente aconteceram. Não houve fraude oudeturpação.

Em segundo lugar, as observações foram analisadas de diferentesperspectivas,oqueincluiuumcuidadosoquestionamentodocontextoemqueosfatosocorreram,assimcomodesuaspossíveis interpretações. Insistoem levarem consideração explicações alternativas das observações e dar a todas asinterpretaçõespossíveisajustaatenção.

Em terceiro lugar, amplas pesquisas da física quântica e da parapsicologiaindicam que a receptividade e as intenções do observador — seja ele umcientistaprofissionalouumleigo—podemafetaroqueestásendoobservadoemedido.A receptividadeanovasdescobertas e a aprovaçãodoqueestá sendomostradopodemcriarumestadofavorávelaosurgimentodecertosfenômenosgenuínos,aopassoqueváriosobservadoresexcluemoautoengano.Issotambémseaplicaaoscéticos,quenavidadiáriapodemtentarcopiaralgumasdeminhas

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investigações da autociência. Entretanto, uma atitude cordial como a minhapareceevocarumareaçãopositiva,enquantoumaposturamenosreceptivapodeexpulsá-lossumariamente.

Finalmente, nas primeiras fases da pesquisa científica emumnovo campo,estabelecer a viabilidade de conceitos inovadores, assim como métodos parainvestigá-los,éessencialparajustificareconceberfuturaspesquisassistemáticasnessa área. É nesse contexto que compartilho essas importantes observaçõespessoaisdeprovasdeconceito.LIÇÕESDAVISÃOGLOBALDESHIRLEY

Asmãesemgeralnãosãomuitoconhecidas,anãoserporseusfilhoseporumpequenocírculode familiares e amigos.Entretanto, asmães costumam teruma influência fundamental e duradoura sobre nossa vida, e, como descobri,podemcontinuarexercendoessamaternidademesmodepoisdemortas.

Emboraminhamãe fosseumapianistaclássicadesconhecidaquese tornouprofessora de escola fundamental — sua única e breve notoriedade ocorreuquandoassumiuapresidênciadaAssociaçãodePaiseMestresdenossaescolaemLongIsland—,elaera,porassimdizer,muitofamosaparamimeparaosque a conheciam.Era tida comoumaboapessoa, donadeumgrande coraçãoque transbordava de carinho, coragem e convicção. A família e os amigosíntimossabiamqueelaeraumaforçacomquepodiamcontar.Elamerecianãosónossoamorerespeito,masàsvezestambémnossacautela.Aprendemosquenãoconvinhacontradizê-la.

Comomencionei no capítulo anterior, minha pesquisa sobre a vida após amorte(assimcomoadeoutrosinvestigadores)indicaquepessoasquesãomuitofamosas nesta vida em geral continuam assim na próxima. E curioso, eprovavelmenteapropriado,queaprimeiraevidênciaclaradeintençãoincorpóreametenhasidoensinada,paraminhagrandesurpresa,porminhafalecidamãe.

Partes do incidente que descrevo a seguir foram reveladas em Theafterlifeexperiments[Experimentosdavidaapósamorte].Entretanto,jáétempodeapresentarahistóriacompleta(econtroversa)eaprofundaliçãodeintençãoincorpórea que minha mãe tentou me ensinar. Digo “tentou” porque, durantequaseumadécada,recebiréplicasdesuaintençãoporpartedecriançaseoutrosparentes mortos — testemunhadas por mim e independentemente por meuscolegas e outros cientistas — até finalmente aceitar o que minha mãeaparentemente estava me mostrando. Naturalmente, isso quer dizer que aconsciênciaeasintençõesdeminhamãesobreviveram.

Eugostariaquevocêparticipassedenovodeumexperimentomental,dessa

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vezparatentarimaginarquevocêéminhafalecidamãe.Comovocê convenceria um cientista agnóstico e questionador como eu de

que sua consciência e sua personalidade, por melhores ou piores que sejam(estoubrincando,mãe),aindaestãovivas?Especialmentequandolhepedi—emminhamente (considerando a possibilidade de que você ainda esteja aqui)—que não interferisse num determinado experimento controlado que eu estavaconduzindoàépoca!

Estávamos no verão de 1999, e eu emeus colegas nos preparávamos paraconduzirumainvestigaçãocuidadosamentecontroladacomtrêsmédiunsecincosujeitos.Eraoprimeiroexperimentoquetínhamosconcebidonoqualosujeitoficariaemcompletosilêncio,nuncateriapermissãoparafalar.AinvestigaçãoerafinanciadaporumadoaçãodoCanyonRanch,quecobriaasdespesasdeviagemealojamentodostrêsmédiunseousodoranchoparaaconduçãodaexperiência.

Cadamédiumtrabalhavacomuminvestigador,oucondutor.Tiveasortedetrabalhar com JohnEdward, à época ummédium relativamente desconhecido.Duranteas sessõesexperimentais,osmédiuns sentaram-seemsalas separadas,diantedecâmerasdevídeo,decostasparaumatelaqueiadotetoaochãoeosseparava dos sujeitos da pesquisa e dos pesquisadores.Osmédiuns só tinhampermissão para falar com seus respectivos pesquisadores, mas nunca com ossujeitos,quetambémnãopodiamsedirigiraeles.

Eram cinco sujeitos cuidadosamente selecionados, todas mulheres quetiveram um certo desconforto com uma extensa análise pós-experimental.Depoisquepassaramporsessõesindividuaiscomcadaumdostrêsmédiuns,quetranscrevemos as fitas e pontuamos cada item das respostas, elas receberam adesanimadora tarefa de classificar cuidadosamente as três sessões. Além declassificar cada item de suas três sessões usando uma pontuação de -3 a +3,ainda teriam que classificar todos os itens das outras doze sessões dos outrosquatro sujeitos. Nosso propósito era determinar se a informação de umadeterminadasessãoeraexclusivacomparadacomassessõesdecontrole,istoé,assessõesdeoutrossujeitosdomesmosexo.

Cadasessãodaexperiência tinhaduaspartes.Naprimeiraparte,omédiumerasolicitadoarelatarasinformaçõesquepudesseobtersobreosentesqueridosdosujeito.Elenãotinhaconhecimentodonomedosujeito,nemdosnomesdeseusentesqueridosfalecidos.Alémdisso,nãopodiafazerperguntasaosujeito,quetambémnãotinhapermissãoparafalar.

Nasegundaparte,omédiumtinhapermissãoparafazerperguntassimplesaosujeito,queresponderiaapenascomsimounão.Mas,nãopodendofalar,teriaderesponderàsperguntascomummovimentodecabeça,eoinvestigador,quenãoconheciaahistóriadosentesqueridosdosujeito,diriasimounão.Aúnicavoz

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queomédiumouviaduranteascincosessões(umaparacadasujeito)eraadoinvestigador.Portanto, aúnicavozque Johnouviudurante a experiência foi aminha.

Cerca de uma semana antes das sessões, ocorreu-me que valeria a penaacrescentaraoexperimentomaisumasessão,dessavezsemnenhumsujeito.Oinvestigador entraria pa sala sem um sujeito e funcionaria como um sujeitosecreto (emretrospecto,parecequeeuqueriapassarporumasessãoouestavasendoinstigadoafazê-lo,comoseverá).

Digo“secreto”porqueosmédiunsnãosaberiamqueumadassessõesnãoteriaumsujeito.Issoaumentariaototaldesessõesdecincoparaseis,e,portanto,ototaldesessõesavaliadaspelossujeitosdequinzeparadezoito.Alémdisso,cadaumdostrêspesquisadoresseriasolicitadoaavaliartodasasdezoitosessõesparadeterminar seuma informaçãoexclusiva seriaobtidaquandoos investigadoreseramossujeitossecretos.

Infelizmente,quandoosmédiunschegaramaTucsoneficaramsabendoqueplanejávamos seis sessões durante o dia de experiência em vez das cincoinicialmente combinadas, não concordaram, argumentando, com razão, queficariam muito cansados depois de cinco sessões. Lembraram-me do estressefísico e psicológico que representava passar por uma sessão intensa depois daoutra, aumentado pelo fato de não lhes ser permitido ver ou falar com ossujeitos.

Percebi que, em sã consciência, não podia negar aos cinco sujeitospreviamenteselecionadosaoportunidadedeparticipar.Estavamtodosansiososparapassarporessaexperiênciacomumgrupotãoseletodemédiuns.Depoisdeumareuniãocomminhaequipedepesquisa,decidiabrirmãodasextasessão,naqualospesquisadoresfuncionariamcomosujeitossecretos.Issosignificavaqueosentesqueridosdospesquisadoresnãoteriamaoportunidadedeparticipar.

DepoisdeduasexperiênciasanteriorescomJohn,eutinhafortesevidênciasnão só de que ele era verdadeiro, mas de que as informações que recebiaapoiavam a tese de que a consciência sobrevive à morte física. Assim,mentalmente, desconvideimeupai,minhamãe emeus avós aparticiparemdaexperiência,maslhesprometiquenumfuturoexperimentoeufuncionariacomosujeitosecretoeelesvoltariamateraoportunidadedeatuaremnossapesquisa.Comonão soumédium, não tinha amenor ideia semeus parentes tinhammeouvido.

Entretanto, semmeu conhecimento,minhamãe tinha seus próprios planos.Iriasemanifestarnofimdodia,deixarclaroqueaindaeraelaquemandavaequetinhaalgoimportanteamemostrar.

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SHIRLEYINVADEASESSÃO

Quandochegamosàquintaeúltimasessão,Johneeuestávamosexaustoseloucos para encerrar o dia. Apesar disso, John enfrentou a última sessão,colhendoimagensenomesdepessoasqueosujeitoreconheceueconfirmounasegunda parte da sessão. Mas não demorou muito para John perceber umadiferença no que estava vivenciando. E importante prestar muita atenção àspalavrasprecisasqueJohnusou:

John Edvuards (JE): Isso não está fluindo como normalmente. Estourecebendo uns anúncios... como os que escrevi no papel antes que todosentrassemnasala.ElesestãomedizendoqueamulherquetemnomecomSestá aqui, cumprimentando seus meninos. Um deve estar na área médica,porqueédoutor.Queseumaridoestáaqui.ElafaladosignodeGêmeos,oque pode significar alguémdeGêmeos ou gêmeos.Mas isso não é para osujeito.Gary,podeserparavocê.

Fiquei estupefato e secretamente feliz. Minha mãe, cujo nome, Shirley,

começacomS,assimcomoseusegundonome,Sarah,tevedoisfilhos,umdosquais é um doutor: eu, que, embora não sejamédico, tenho doutorado. Alémdisso,soudeGêmeos.Essesquatrofatosdefiniramumpadrãoqueseadequavaperfeitamenteamim.Masseriaainformaçãorealmenteparamim?

Johncontinuourecebendoinformaçõesdamesmapessoa.JE:Alguémquerserchamadode“leiteiro”.Éestranho,porqueapessoanãoestá tentando mostrar que entrega leite. Ele é leiteiro... Tenho duas mãesaqui.Elasnãotêmrelaçãonenhuma.Gary,éparavocê...Duas mães, sem nenhuma relação? Surpreso e intrigado, estimulei John a

continuar recebendo as informações, fossem elas paramim ou para o sujeito.Mais informações fatuais foram reveladas durante a segunda fase da sessão e,como John identificou que elas se dirigiam amim, as respostas se referem amim,enãoaosujeito.

JE:...suavesículafoiremovida?GarySchwartz(GS):Nãoexatamente.JE:Desculpe.Houveumacirurgiadeabdômen,comremoçãodoapêndice?GS:Sim.

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JE:Esuamãeéfalecida?GS:Sim.JE:ÉelaoS?GS:Sim.JE:Vocêtemumirmão?GS:Hã-hã(sim).JE:Nãoestousentadocomseuirmão,correto?GS:Como?JE:Estesujeitoéseuirmão?GS:Não.JE:OK.Issoéparavocê.Oleiteiroéparavocê.GS:Hum.JE:Seupaitambéméfalecido?GS:Sim.JE:ExisteumMorrisnafamília?GS:Sim.JE:Oquevejopareceserumtioouumavô.GS:Hã-hã(sim).Depoisdessediálogo,Johnsolicitoupermissãoparapediràminhamãeque

ficasse em silêncio, para que ele pudesse receber informações do sujeito.Mascontinuoutendodificuldade.Então,identificouafontedoproblema:comoelejáhaviapercebido,duasmãesestavampresentes.

JE:Umaparaosujeito,outraparavocê.Suamãefalamaisalto,Gary.AinterpretaçãodeJohneracoerentecomapersonalidadedeminhamãe.Ela

sempreforadominadora,paradizeromínimo.Johnconseguiuseconcentrarnoverdadeirosujeitodasessão,mas,emborarecebesseinformaçõessignificativaseprecisasparaela,continuouarelatarinformaçõesprecisasparamim.

Confirmou que o leiteiro que tinha mencionado antes era para mim, e,curiosamente,alegouquemeutioMorriseraconhecidopordoisoutrosnomes,quepareciamMauriceeMerle.Doisoutrosnomes?

Depoisdoexperimento,ligueiparameuirmão,queligouparanossoprimo,filhode tioMorris.OprimoconfirmouaversãodeJohn: seupaieraàsvezeschamado de Moshia e outras vezes de Moe. Como não eram exatamente osnomesqueJohntinhadado,eradiscutívelseessesnomeseramsuficientementesemelhantesounão.Masofatodeeleserchamadopordoisoutrosnomes,ede

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amboscomeçaremcomaletraM,eraumtironoalvo.Alémdisso,eunãosabiadissonaépoca.

Se eu aplicasse a pontuaçãode -3 a+3 às informaçõesque, segundo John,procediam de minha família, minha avaliação seria de no mínimo 80%. Acombinação de informações—mãe com nome que começa com S, um filhodoutor,umgeminiano,umapêndiceretirado,umirmão,umpaifalecidoeumtioMorrisquetinhaoutrosdoisnomesiniciadoscomM(issonãotinhacorrelaçãocom nenhum dos sujeitos da experiência nem dos pesquisadores) — só seaplicavaamim.Alémdisso, apossibilidadedequeessas informações tenhamocorridoporacasoémuitomenorqueumaemummilhão.

As informações sobre minha família eram em sua maioria interessantes eprecisas.Maseareferênciaao“leiteiro”?Quandochequeicomtodosossujeitose pesquisadores se algumdeles tinha um relacionamento ou uma ligação comalgumleiteiro,ninguémconfirmouessahipótese.Eraoqueeuesperava,porqueestava certo desde o início de que aquela informação provavelmente era paramim.Naverdade,issotrouxeàtonaumalembrançadeinfâncianaqualeunãopensavahaviadécadas.

Quandocriança,interessei-meporcolecionargarrafasdeleite,queusavaparaguardar as coisas que os meninos costumavam colecionar nessa época:bonequinhosdeplásticodecaubóise índios,moedas,besourosmortosevaga-lumes.Eutinhaumagrandecoleçãodessasgarrafas,oquedevetermecolocadonalistanegradenossosimpáticoleiteiro,queconstantementemepediaqueeuasdevolvesse.Odiaemqueasgarrafasdeleiteeosleiteirosforamsubstituídospor embalagens de papelão foi um susto para mim e para minha simpática ecarinhosamãe.

SeriaamençãodeJohnaumleiteiroumareferênciaàminhalembrançadeinfância?Evidentemente,nãopoderíamossaberissocomcerteza.Maseuestavainclinado a considerar essa possibilidade. Será queminhamãe trouxera isso àbaila depropósito para tumultuar a sessão?Sómuitomais tardepercebi outraimplicaçãodessareferênciaaoleiteiro.Aessaalturademinhacarreira,euestavacomeçando a conduzir investigações exploratórias sobre a vida após a morte,mas aindanão tinhamedecidido a escrever sobre elas.Sabendodisso, estariaminha mãe tentando me dizer para não guardar essas informações, como eufizera comminha coleção de brinquedos? Paramim, seriamuito perigoso darpublicidadeaessasinformações,emespecialàsdescobertasfeitasnolaboratóriodeminhavidaparticular,eelasabiadisso.

O interessante é que, de centenas de sessões que tive o privilégio detestemunhardesdeentão,nenhumafoi invadidaporqualquerumdosmembrosdeminha família. Jamais umdeles interferiu numa sessão, nempor umbreve

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período. No entanto, da única vez que secretamente convidei minha mãe aparticipar de um experimento e depois a desconvidei, ela parece ter semanifestado assim mesmo. Como você verá no caso que revelarei a seguir,minhamãeàsvezestinha—eaparentementecontinuatendo—umirreverentesensodehumor.OUTRASESSÃOQUEENVOLVEUMINHAMÃE

Depois que vi minha mãe chegar sem ser convidada ao Canyon Ranch emonopolizaraquintasessãoporalgumtempo,sentinecessidadedeatuarcomosujeitoemumasessãosecretacomoutromédium,quenãosoubesseoquetinhaacontecido.Essasessãoocorreulogodepoiseenvolveuummédiumquepreferenãoseridentificado.

Uma noite, essemédium entrou em contato comigo alegando que sentia apresença deminhamãe e que ela queria falar comigo.Perguntei-lhe seminhamãequeriaqueelefizesseumasessãoparamim.Omédiumrespondeuquesim.

Como não se tratava de uma investigação formal,mas de uma experiênciaparticular, a sessão não foi gravada, nem tomei notas. Entretanto, como asinformações foram tãoespecíficas, significativasememoráveis,pareceque foiontem. Além disso, logo depois, compartilhei as informações com algumaspessoas,entreelasmeuirmão.

Perguntei ao médium se minha mãe podia nos mostrar como morreu. Omédium disse que ela estava mostrando que estava gravemente doente e quemorreudeumalongadoença.Issoeraverdade:minhamãesofriadediabetesehipertensãoeacaboutendoumadeficiênciarenal.

Perguntei aomédium seminhamãe podia lhe falar sobre seu funeral. Elerespondeu que ela estava mostrando o serviço fúnebre e, depois, uma casafuneráriaondefuibuscarsuascinzas.Issotambémeraverdade:minhamãetinhasidocremada.

Ele então disse algo como: “Sua mãe está me mostrando que as cinzasestavamnumacaixaquepareciadesapatos.Eraumrecipientegrosseiro”.

Fiquei espantado como comentário domédium.Até então, eu nunca tinhaidoaumcrematóriobuscarascinzasdealguém.Pareceque,comonãosoliciteiumrecipientesofisticado,ascinzasdeminhamãeforamcolocadasnumalatadecafé! Só eu e meu irmão sabíamos que as cinzas de mamãe tinham sidoentregues dessa maneira. Embora o médium não tenha dito “lata de café”, asemelhançacomumrecipientegrosseiro,comoumacaixadesapatos,édignadenota.

Omédiumentãodisse:“Suamãeestámostrandovocêeseuirmãoviajando

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paraapraia.Eestámuitofrioeventandomuito”.Issoeraverdade.Minhamãemorreunoinverno,etinhapedidoamimeameuirmãoqueespalhássemossuascinzasnagrandebaíasul,nacostadeLongIsland.Fomosdecarroatéumapraiaperto da Captree Fishing Dock para realizar sua vontade. Era um dia frio ecinzento,enevava.

Omédiumentãodisse:“Estámemostrandoquevocê teveumproblemaaoespalharascinzas.Queelasforamsopradaspelovento”.Fiqueichocado.

A baía estava em parte congelada, e eu emeu irmão tivemos de caminharsobreogeloparachegarpertodaágua.Quandotenteilançarascinzasnaágua,oventoassoproudevoltanaminhadireção,sujandomeucasaco,minhascalçaseatémeurosto.

Nósnossentimosidiotasfazendoisso.Erairritante,mastentávamosrealizaro último desejo demamãe—pelomenos era o que pensávamos.Minhamãemorreunoiníciodadécadade1980,emeuirmãoeeutínhamossidoensinadosdesdeainfânciadeque“éspóeaopóretornarás.Ecasoencerrado”.

Foi então que o médium me deu uma das mensagens mais estranhas econfortadorasquejáouvi.Eledisse:“Suamãeestámemostrandoqueelaeseupai estavam lá”.Meupai tinhamorridoalgunsanosantesdela. “Elae seupaiestãosorrindo,eelamedizqueelesacharamoquevocêe seu irmão fizerammuito engraçado”. A experiência tinha sido traumática para mim: ser cobertopelas cinzas deminhamãe era quase como ser sufocado por sua presença, àsvezesavassaladora.Amensagemdomédiumajudouacuraressaferida.

Entretanto,pormaisconvincentesquefossemasobservaçõesdoexperimentodeCanyonRanch,aciênciaexigerepetição.Preciseiobterrepetidasevidênciasde pessoas mortas que participaram de minhas pesquisas para finalmente melivrardemeuceticismoarraigadoeconcluirqueminhamãe,minhasogra(cujocasoserárelatadoaseguir)e,porextensão,todososnossosentesqueridosaindaestãoporaqui.

Ocuriosoéque,àmedidaqueotempopassoueapesquisasedesenvolveu,asevidênciasde intenções incorpóreas tornaram-secadavezmais inesperadas,aparentemente inacreditáveis e mais incontestáveis. Parecia que, quanto maispreparado eu estava para antever e entender as evidências de intençãoincorpórea,maiselaboradasecriativaselassetornavam.

Estariaeumeinteressandopelahipótesedeintençãoincorpórea?Sim.Poressarazão,tivetodoocuidadodeficaratentoapossíveisinterpretações

deausênciadeintenção(e,portanto,ausênciadesobrevivência).LIÇÕESDEMARCIADEPOISDEMORTA

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Asinformaçõesquevoupartilharaseguirvieramdodiáriodeminhamulher,Rhonda Eklund, sobre suas experiências de comunicação espiritual depois damortedesuamãe.SãoapresentadasemdetalhesnolivroqueelapublicarácomotítulodeLoveeternal.

Vourelataresseincidenteporqueelerevelaoutranotávelmaneirapelaqualos espíritos podem semanifestar e não apenas provar que ainda podem estarentre nós, mas também nos ajudar em certos momentos — a essência de Agrandealiança.

Quando conheci Rhonda, Mareia tinha morrido cinco anos antes. Rhondatinhaelaboradoumcuidadosorelatodeumasériedeincidentesextraordináriosqueafizeramconcluirqueoespíritodesuamãeaindaestavaaqui.Rhondaerafilhaúnica,emãeefilhatinhamumrelacionamentoexcepcionalmentepróximo.Mareiaeraumamulherprofundamente religiosaque,no fimdavida,praticaracura espiritual (esse fato será importante na parte III deste livro, quandodiscutiremosaspesquisassobreacurapromovidacomaajudadosespíritos).Eisorelato,naspalavrasdeRhonda:

Segunda-feira,26denovembrode2001.Minha semana estava ocupada em resolver as questões relacionadas aoespólio. Marquei uma hora e fui até a empresa da qual meu pai seaposentaraparainformá-losdofalecimentodeminhamãe.Eueelatínhamosestadoládepoisqueeleficouincapacitado.Nessaépoca,umaapólicedeseguro,criadahaviadezanos,teriadesertransferida.Elesme informaramdequenãoconseguiamencontrarospapéis enão selembravamdesseacordo.Nessa época, eu vivia rezando a Deus e conversando com mamãe. Volteiparacasaepenseique,seseguisseminhanatureza,vasculhariacadagavetada casa outra vez, determinada a encontrar nossa cópia dos documentos[Nota:Rhonda já tinhavasculhadoacasasemencontraraapólice].Mas,comoprecisavavoltaraotrabalhoemSeatlenasemanaseguinte,nãotinhatempoparaisso.Pareisoboarcoqueseparavaasaladeestardasaladejantarepedi:“MeuDeus,seiqueoSenhorsabeondeestãoessespapéisepode revelar sua localização. E, mãe, sei que você sabe onde eles estãotambém e por que preciso encontrá-los. Então, se você pudermemostrarondeelesestão,porfavor,façaisso”.Imediatamente,aspalavrascomeçaramasoardentrodeminhacabeça:“Váatéoarmáriodemeuescritórioeolheatrásdabandeiradepapaiqueestádobradanochão”.

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Nãoquestioneinemanaliseiaorientação.Erafácilchecá-la.Caminhei até o escritório em curiosa expectativa, empurrei a porta queestava entreaberta e senti quemeu coração começou a batermais rápidoquando a luz da sala inundou o armário, revelando a bandeira militardobrada,portrásdaqualseprojetavamalgumasfolhassoltas!Nãoconseguiaacreditarnoquevia.Seriamospapéisqueeuprocurava?Peguei-os, sem tempodepensardireitonas implicações seaqueles fossemdefatoospapéisqueeuprocurava.Sim,eramosdocumentosatrásdosquaiseuviraraacasadecabeçaparabaixo.Naturalmente, o relato de Rhonda, por mais dramático que seja, não

estabelece definitivamente que objetos perdidos possam ser encontrados, nemqueumespíritotenhaseenvolvidoativamentenesseprocesso.Mas,seRhondanão tivesse encontrado a apólice, as consequências econômicas seriamgraves,alémdoseudesgasteemocional.

Osparapsicólogosseapressarãoaargumentar—ecomrazão—queobjetosperdidos às vezes podem ser encontrados com a utilização de uma técnicachamada “visão remota”. Entretanto, é importante entender que o fato dealgumas pessoas, algumas vezes, poderem encontrar objetos perdidos usandoprocedimentosdevisualizaçãonãonosinformacomoavisãoremotafunciona.

Até onde sabemos, é possível que a visão remota de objetos perdidosfuncione porque os espíritos às vezes ajudam o vidente a localizar os objetosperdidos,mesmoqueelenãotenhaconsciênciadessaajuda.Averdadeéquenãoconhecemososmecanismosdavisãoremota.

Eisoqueimportaparaaciência,avisãomaiorouamensagem.OsexemplosdeShirleyeMareianeste capítulo revelamaoportunidadeque temosde levaressas possibilidades—manifestações e descoberta de objetos perdidos— aolaboratório e submetê-las a teste. Se não estivermos abertos à ideia de queShirleyeMareiaestãodefatoaqui,jamaisrealizaremosaspesquisascapazesdeverificarseosespíritosestãoounãoaquiepodemnosajudaremnossavida.

Vocêestáprestesadescobrirumexemplonotáveldeumespíritosofisticadoque implementouumnovoparadigmaexperimental,provandoqueumapessoamorta pode escolher trazer outro morto até ummédium—mesmo quando omédium desconhece totalmente a identidade dessa segunda pessoa, nem sabe,que a primeira está vindo para uma sessão — tudo para provar uma coisa:“estamosaquiequeremosajudar”.

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5. O PRESTATIVO ESPÍRITOMENSAGEIRO DESUSYSMITH

Inverno,verãoououtono,VocêsóprecisaligarEeuestareiaí,sim,euestarei.Vocêtemumamigo.—JamesTaylor—

Quando penso na falecida Susy Smith, autora de cerca de trinta livros sobreparapsicologiaevidaapósamorte,lembrodacançãodeJamesTaylor,You’vegot a friend (ou, em português, “você ganhou um amigo”). E, como acabeidescobrindo, não fui o único que ganhou uma amiga, mas todos os queinvestigamaexistênciadavidaapósamorte e adisposiçãodosespíritosparanosajudarenosguiar.

Em meus livros anteriores, contei como conheci Susy e descrevidetalhadamentealgumasdaspesquisasquerealizamosjuntos,antesedepoisdesuamorte.Agora,devodizerquerelatareiqualquercoisaquesejarelevanteparaanossabuscaatual.

QuandoconheciSusy,elatinha85anosesepreparavaparamorrer.Tinhaatéescritoseuobituário.Empouco tempo,elase tornouminhaprimeira (eúnica)avóadotiva,ecostumavamechamar,brincando,deseufilhoilegítimo.E,comogostava de dizer, não via a hora de morrer para poder provar ao mundo —inclusiveamim—queaindaestariaaqui.

Mas eu jamais podería prever, ou mesmo imaginar, as provas criativas eextraordináriasqueSusy,estandodooutrolado,nosdariadavidaapósamorteedopapelativoqueosespíritoscontinuamexercendoemnossavida.Naverdade,comopartedeminhabuscapessoalparadescobrirseSusyaindaestavaaquiecontinuavaaterumainfluênciasignificativasobremim,elaacabourevelandoaeste cientista adotivo umnovo protocolo de pesquisa para explorar a aparenterealidadedomundoespiritualeseuspossíveisbenefíciosparatodosnós.

Continuo achando notável que aquilo que faço em minha vida particular,principalmentenoqueserefereaomundoespiritual,acabetrazendoinformaçõeseavançosparaaminhavidaprofissional.Issotalvezocorraporqueamenteouoego separa o profissional do pessoal, assim como separa os vivos dosmortos,enquantoomundoespiritualinsisteemumtodounificado.

Curiosamente, Shirley, minha mãe biológica, e Susy, minha avó adotiva,tinham algumas qualidades em comum: uma paixão pela vida, uma bondade

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inerente, um profundo compromisso com suas respectivas causas e umapersonalidadeforte,quefoidetectadarepetidamenteedemaneiraindependenteporváriosmédiuns.

ComoShirley,Susyeradurona.Seprecisasseseafirmar,elao faria.Enãopermitiríaqueeuinterpretasseerradamentesuascrenças,fossemelasválidasounão.Comoessaerasuapersonalidadequandoeraviva,haviaboasrazõesparaimaginarque,sesuaconsciênciativessesobrevividoàmorte,elacontinuariaaseafirmardamesmamaneira.

Além disso, se havia alguém capaz de insistir que eu não interpretasseerroneamenteascomunicaçõesgenuínasdooutroladoenãoasexplicassecomotelepatiaoucaptaçãodeinformaçõesexistentesnovácuoporpartedemédiuns,essapessoaseriaSusy.

IssoocorreríaprincipalmentequandooespíritoemquestãofosseSusyeeufosseosujeitodaexperiência.SeSusyencontrasseumamaneirademeimpedirdeinterpretarmaloqueestavaocorrendo,elaofaria.Suaabordagempragmáticaéummodeloparaqualquerpessoaqueestejabuscandoaverdadesobreavidaapósamorteenãoqueiraseenganar.

Sabendo muito bem que eu era um agnóstico ortodoxo, Susy tinhaconsciência de que precisaria de muitas evidências — dentro e fora dolaboratório— para me levar a crer que sua consciência sobrevivera e que apresença dos espíritos em nossa vida era constante. Como veremos, Susyprovidenciouevidênciasaosmontes.SURPRESA!ESTOUAQUI!

ComodescrevidetalhadamenteemThetruthaboutmédium[Averdadesobreosmédiuns],24horasdepoisdamortedeSusy,aos89anos,em11defevereirode2001,comeceiaconduzirsessõescegasparaverificarseosmédiunspodiamobter evidências da sobrevivência espiritual de Susy. Não eram experimentosconduzidosnoâmbitodauniversidade,masapenasinvestigaçõesrealizadasemminhavidaprivada—deautociência,comoeuaschamo.

Emboraessassessõestenhamsidonotáveisporsuaprecisãoeespecificidade,nãoprovaramqueaconsciênciadeSusycontinuavavivendoapóssuamorte.

Além disso, se a situação fosse contrária — eu tivesse morrido e Susycontinuasse aqui—, ela não se convenceria daminha sobrevivência espiritualcominformaçõessemelhantes.

Mas,cercadeummêsdepoisdesuamorte,recebiume-maildeumasupostamédium, ainda desconhecida. Para preservar seu anonimato, vou chamá-la deJoan e dizer apenas que ela vivia emPacificNorthwest. Joan alegavaque era

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médiumdesdecriança,mas,comotinhaumbomcasamentoeumfilhopequeno,esforçava-separalevarumavidanormal.Dissetambémque,devezemquando,osmortos—pessoasconhecidasouestranhos—semanifestavamsemavisoemsuacasa.

Emseguida,contouqueumasenhoraidosachamadaSusyandavarondandosua casa e tinha importantesmensagensparamim. Imaginei que Joan já tinhaouvido falar de Susy Smith, uma vez que eu descrevera algumas de minhaspesquisas com ela em meu primeiro livro, The living energy universe [Ouniversodeenergiaviva].Joanafirmou,ainda,quenãosabiaseasinformaçõesrecebidaseramválidas,masquegostariadesabersealgumadelasestavacorreta.

Seria possível que a falecida Susy Smith tivesse se manifestadoinesperadamente em uma casa emPacificNorthwest e estivesse incomodandouma dona de casa para fazer contato comigo? E se amulher que alegava sermédiumfosseloucaouestivessequerendomepassaraperna?Aessaalturaeunãosabianadasobreela.

Será que Joan teria motivos ocultos? Estaria buscando fama, dinheiro oualgumaoutracoisa?ChegueiaconsiderarapossibilidadedequeJoanfosseumaespiã do infame Incrível Randi, que tinha fama de tentar expor cientistasingênuoseoutraspessoasque investigavammanifestaçõesparanormais.Tendotestemunhadosuasfarsaseengodos,teriasidoimprudentenãolevaremcontatalpossibilidade.

Talvez você esteja se perguntando: por que então investigar? Se Susyestivesse de fato viva e quisesse se comunicar comigo, seria inestimável teralguémcomseusantecedentesdooutroladocomocolaborador.

Escrevi a Joan, agradecendo seu contato, e sugeri que ela me transmitissequaisquer informações que o suposto espírito que alegava ser Susy quisessecomunicar.Disseaelaqueaúnicamaneiradedeterminarsuaveracidadeseriaanalisarcuidadosamenteessascomunicações.

Joan concordou comminha sugestão e enviou detalhadas informações quesupostamentereceberadeSusy.Quandolisuamensagem,verifiqueiquemaisde80%do que ela dizia era factualmente preciso e, além disso, parecia ser umacomunicaçãodeSusy.Estudandocuidadosamenteasinformações,percebiqueoconteúdo especificamente relacionado a mim podia ser dividido em duascategorias:

Àprimeiracategoriachameide“informaçõesdevigilância”.Diziamrespeitoàminhavidaatual,comoporexemplo:“SusymemostraquerecentementevocêpassouporX”.Naturalmente, issoera importanteparanossa investigaçãoparasaberseosespíritospodiameiriamnosajudareguiar.

Asegundacategoriadeionomede“informaçõesproféticas”.Diziamrespeito

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ao meu futuro, como: “Susy está me mostrando que daqui a alguns dias Yacontecerácomvocê”.Essasinformaçõestambémeramimportantesparanossasinvestigações,eumadelassereveloucrítica.

Naturalmente, a essa altura eu não sabia se Joan era honesta. Entretanto,penseique,seSusyestavarealmentemevigiandoeatémeoferecendoprevisões,issopoderiaserverificadoexperimentalmentecomcomportamentosespontâneose intencionalmente planejados. Num e-mail seguinte, propus a Joan queconduzíssemosumainvestigaçãoinformalemqueeuatuariacomoumapessoaque desejasse abordar sua vida como cientista e descobrir se esse espírito eraSusyounão.

Sugeri que em determinada semana, de segunda a sexta, Joan entrasse emcontatocomSusyelhefizesseduasperguntas:

1.OqueSusyviraquemeaconteceunas24horasanteriores—informaçãodevigilância.2. O que Susy previra que vai me acontecer nas próximas 24 horas —informaçãoprofética.

JoanentãometransmitiriaasinformaçõesquetivesserecebidodeSusy.Mais

tarde, no mesmo dia, eu avaliaria as informações, item por item. Seriarelativamente fácil lembrar o que eu fizera nas 24 horas anteriores. Como amaioria das informações era de vigilância, concentramos nossa atenção nelas.Toda noite eu transmitiria minha avaliação a Joan por e-mail, para que elapudesseacompanhardiariamenteoqueestavaacontecendo.

Concordamos que não haveria comunicação nos fins de semana, para queJoan tivesse um descanso, mas Susy provavelmente teria que me vigiar aosdomingos, para que estivesse em condições de ser entrevistada por Joan nasegunda-feirademanhã.Esseprocedimentorevelou-seimportantemaistarde.

EmboraJoanadmitisseestarnervosa,estavaansiosaparaoteste,edecidimosiniciarnossoexperimentoinformalnasegunda-feiraseguinte.

ASSISTINDO A UM FILME SOBRE BEISEBOL E COMENDO COMIDACHINESANACAMA

Como você pode imaginar, eu também estava nervoso, mas por razõesdiferentes. Se Susy estivesse mesmo me vigiando e Joan fosse uma genuínamédium,eulogoteriaevidênciasdequeosmortos,oupelomenosSusy,podiamdecidirestarconoscoregularmente,estivesseeuconscientedissoounão.

Entretanto, eu sabia que não haveria evidências se Joan relatasse

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simplesmentequeGaryescovouosdentes,tomoubanhoousaiudecarroparaotrabalho.Essasaçõessãopraticadasregularmentepormuitaspessoas,inclusivepormim,oqueastornacientificamenteinúteis,aindaqueSusyastestemunhasserealmente.

Masseeupropositalmentedecidissefazercoisasdiferenteseraras,eJoanasrelatasse,supostamenteatravésdeSusy,seriaalgosignificativo.ParadaraJoane a Susy uma boa chance de sucesso, decidi iniciar a experiência naqueledomingoassistindoaumfilmediferentedeumamaneiradiferente.

AssistiaovídeodofilmeCampodossonhos,lançadoem1989,queeutinhavistopelaprimeiravezanosantes.Eumfilmequetratadaquestãodavidaapósamorteecontémcenasnasquaisjogadoresdebeisebolfalecidosjogamemumcampoconstruídonumafazendadomeio-oeste.

Êimportantenotarqueraramentevejo jogosdebeisebol.Emboraaprecieojogoesteticamente,oesportenãoatraimeuinteressenemprendeminhaatenção.Essefatoseriaimportanteembreve.

Decidi tambémpedircomidachinesa,algoquenãofaziahaviadoisou trêsanos, já que preferia comer comida chinesa em restaurantes. Nessa época, eucostumavapedircomidaitaliana.

Finalmente, assisti ao filme e comiminha comida chinesa na cama— trêscoisas que nunca fizera. Como aprendi naquela noite, comer com pauzinhosreclinadonacamanãoéfácil!

Namanhãseguinte,comcertaapreensão,abriocomputadoreviume-maildeJoan.NomeiodamensagemJoanescreveu:“Susyestámemostrandoalgosobrebeisebol;vocêassistiuaumjogodebeisebolnanoitepassada”.

Pensei:“Hum...euestavaassistindoaumfilmesobrebeisebol”.Joan então escreveu: “Susy estámemostrandovocê comendouma comida

estrangeira”.Elanãousouapalavra“chinesa”.Emboraeutivessecomidoumacomida estrangeira na noite anterior, a palavra também se aplicaria à comidaitaliana.Comocostumopediralgumacomidaestrangeirapelomenosduasnoitespor semana, não dei muito crédito a essa informação, embora jantar comidachinesaemcasafossecertamenteumanovidade.Ecomercompauzinhosémaisestrangeiroqueusarumgarfo.

Entretanto, o que aconteceu em seguida chamou minha atenção. Joanescreveu: “Estou tentando ver onde você está jantando. Susy não me mostravocêsentadoàmesadacozinhaoudasaladejantar.Nãoentendo,maselamemostraquevocêestácomendoreclinado.Issofazsentido?”.

Apalavra-chaveaquié“reclinado”,porquefoiexatamenteoquefiz.Eumereclinei na cama para comer comida estrangeira com utensílios estrangeirosenquanto assistia a um filme sobre beisebol. Eu não conseguia me lembrar

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quandoforaaúltimavezquecominacamaassistindoaumfilme,ecomcertezanãotinhasidocomidachinesacompauzinhos.

Quandotodasasinformaçõesforamavaliadas,oresultadodoprimeirodiafoicercade80%deprecisão.

Estimuladospelo sucesso inicial, continuamosnossa exploração, cincodiaspor semana,pormaisdedoismeses.As informaçõesatingiramumamédiade80%de precisão.Monitorei cuidadosamenteminhas atividades e descobri quenãovinhasendovigiadopormeiosconvencionais.EunãodiziaaJoanquandoestaria viajando, nem para onde. Se estivesse mesmome vigiando, achei queseriacapazdemeseguirparaqualquerlugar.

Asvezesas informaçõesde Joanerambastantemisteriosas,principalmentequandoserevelavamemformadeadvertências.Umamanhã,JoanescreveuqueSusydisseraqueeuprecisavaverificarospneusdomeucarro.Nãofiznadaemrelação a seu suposto pedido. Mais tarde, naquele mesmo dia, descobri noestacionamentodo laboratórioquemeucarro tinhaumpneuvazio.Eunãomelembrava da última vez em que tinha tido um pneu vazio. Decidi trocar osquatro.

Os céticos teriam razão de levantar a hipótese de que Joan pudesse estartrapaceando.Erapossívelqueelativessearranjadoalguémparamevigiar,ouatémesmo esvaziar meu pneu. Entretanto, Joan também me contou que umadeterminadamulher, que chamarei deMartha, estava prestes a me fazer mal.Trêshorasdepoisde recebero e-mail, fiquei sabendoporuma terceirapessoaqueMartha tinhade fato tentadomeprejudicar. Issoaconteceunocontextodeuma questão legal, e eramuito improvável que Joan eMartha estivessem emconluio.

Diante de tudo isso, pareceu-me razoável concluir que no mínimo algumfenômeno paranormal estava ocorrendo. Entretanto, por mais confiáveis esurpreendentesquefossemasevidências,nãoeramsuficientesparaconcluirqueSusyestavadefatomevigiandoe,àsvezes,dando-meavisosúteis.

Era possível, como já discutimos, que Joan fosse apenas uma paranormal,compoderesdevisãoremotaeprecognição—acapacidadedeprevereventosfuturos.OfatodeJoannãoterinterpretadoasevidênciascomovisãoremotanãoeraporsisóumajustificativaparaconcluirquehaviaalgomaisqueisso.

Masoqueaconteceuemseguidasuperouminhamaisloucaimaginação.Naverdade, transformou-se numa descoberta transformadora proporcionada pelafalecida, mas espiritualmente viva, Susy Smith, um espírito intrometido porexcelência.

UMESPÍRITONOBANCODETRÁSDOCARRO

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Era o outono de 2001. Eu estava na costa leste para um compromisso de

trabalhoe,aomesmotempo,umaviagemdelazer(parapreservaroanonimatodaspessoasenvolvidas,mantereialocalizaçãovaga).Nosábado,saídacidadepara o subúrbio para visitar um casal de idosos que tinha perdido uma filharecentementeemconsequênciadeumcâncercerebral.TantoomaridoquantoaesposaeramsobreviventesdoHolocausto.Nessaviagem,afilhamaisvelhadocasal, que chamarei de Alice, contou-me um pouco da história de sua irmãfalecida.

Alice gostaria de ter uma conversa convincente com ummédium para tercerteza de que a essência de sua irmã estava viva. Queria que seus paissoubessem que as pesquisas científicas contemporâneas alimentavam suaesperançadequehouvessevidadepoisdamorteedequeelespudessemalgumdiareencontrarafilha.

OuvindoAlice,percebiqueestavatendoumaexperiênciacientíficasingularcom Joan. Estava recebendo o tipo de informação que, embora não pudesseconvencerumcientistacético,dariagrandeconfortoapessoasleigasembuscadeevidênciasdequeseusentesqueridosestavambem.

A verdade é que comecei ame sentir culpado.Desejei profundamente queAlice e sua família tivessem o mesmo consolo que eu estava tendo sobre apossibilidadedavidaapósamorte.

No dia seguinte, domingo, de volta à cidade, chequei meus e-mails e nãopude acreditar no que li. A mensagem de Joan continha uma históriainacreditável.

Joan começou dizendo que sabia que era fim de semana, mas algo muitoestranho, até mesmo para ela, acontecera e por isso estava me escrevendo.Contavaquenamanhãdesábado,maisoumenosnohorárioemqueviajeiparaencontrarocasaldeidosos—naturalmente,eunãotinhacontadoaJoansobreminhaviagemnemsobreoquefarialá—,elaestavadirigindoseunovocarropor uma estrada.De repente, Susy e umapessoa desconhecida apareceramnocarro.

Presumo que deve ter sido perturbador e até mesmo perigoso dirigir compessoasmortascomopassageiros.Joansabiamenteparounoacostamento,faloucom Susy e acabou fazendo uma sessão com a mulher desconhecida. Susy ainstruiu ame passar a informação sobre essa sessão imediatamente, insistindoqueeusaberiaoquefazercomela.

Pensei: seráquenaquele sábado, enquanto eume sentia culpado epensavaemSusyeemnossoexperimento,elameouviuequisajudaraquelafamília?

SeráqueairmãfalecidadeAliceestavanocarroquandoAlicefalavasobre

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elaeSusyatinhaencontrado?Será que, ouvindo Alice e lendo meus pensamentos e desejos, Susy tinha

percebidoquepodia invadirocarrodeJoane lhepedirpara fazerumasessãoimprovisadacomairmãmortaparaconsolarsuafamília?

Analisando as informações de Joan, não pude dizer se alguma delas eraprecisa,excetoporalgunsdetalhes.

Eraamanhãdedomingoeeutinhaumnovodilema:deverialigarparaAlice,dizer-lhe o que tinha acontecido e então verificar se as informaçõescorrespondiamàsuairmãfalecida?SeráqueAlicepensariaqueeuestavalouco?Ouficariafelizcomaoportunidadedereceberumamensageminesperada?

Acabeidecidindoqueaúnicamaneiraderesponderatodasessasperguntas,assimcomoatenderaoaparentedesejodeSusy,erareunircoragemetelefonarparaAlice.Fiz isso nodomingo à tarde.Expliquei que algo incomum, se nãototalmentesobrenatural,tinhaacontecidoeexpliqueiascircunstâncias.PergunteiaAlice segostariadeouviroqueestavaescritonoe-maileavaliarcada itemcuidadosamente. Ela disse que sim, e passamos uma hora analisando asinformações.

Paraminha surpresa, a avaliação deAlice indicou uma precisão superior a80%.

Entretanto,comomencioneianteriormente,asobrevivênciaestánosdetalhes.Umainformaçãosingularfoicrucialparaainvestigação.

Acertaalturadeseue-mail,Joandiziaqueafalecidadisseraqueaságuiaseramimportantesparaela.Queeuprecisavafalarcomafamíliasobreaságuiaseelesentenderiamoqueissosignificava.

Nessemomento,dooutroladodotelefone,Alicesoluçava.Lembre-sedequeJoan não sabia que eume encontrara comAlice e sua família, nemque tinhaviajadoparaacosta leste.Então,Alicemecontouquea irmãtinhapaixãoporáguias.Aáguiaeracomoumanimaltotêmicoparaela.

Aparentemente,depoisqueelamorreue foi cremada, emvezdo recipientecomsuascinzas,aimagemdeumaáguiaesculpidaemvidrofoicolocadasobreamesanoserviçomemorial,eafamíliatocouacançãoFlylikeaneagle [Voecomoumaáguia].E,paraqueeupudesseconstatartudoisso,elesmeenviaramumvídeodacerimônia.

EnquantoAlicemeexplicavatudoissoaotelefone,passoupelaminhacabeçaqueSusytinhareveladoumpotencialparadigmadepesquisanovoparaaprovadeconceito.Esseexperimentosurpreendenteconduzidopelooutroladoindicavaqueumapessoamortapodiatrazerumasegundapessoamortaatéummédium.Emoutraspalavras,aprimeirapessoamortapodiaatuarcomoumaespéciedepesquisadorsobreavidaalémdamorte.

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Imaginei que, usando esse novo paradigma, seria possível ir além dosexperimentosduplos-cegosconvencionaiseosucessodoestudoiriarequereracolaboração ativa do outro lado. Além de impedir que o médium lessetelepaticamenteamentedosujeitooudoinvestigador,esseparadigmatambémgarantiria queomédiumnão recebesse simplesmente informaçõesperdidasnoespaço, jáqueaprecisãodas informaçõesexigiriaacooperação intencionaldeumespíritonopapeldecoinvestigador.Issofornecerianovasprovasdaintençãoincorpórea — os espíritos agindo com a mesma intenção dos vivos — queajudariamacomprovarsuapresençae,nomínimo,suacapacidadedeoferecerconselhoseorientação.

Possíveis experimentos futuros relampejaram em minha mente.Naturalmente,eunãopodiapartilharessesplanoscomAlice,queestavaimersanadoremocionalenoconfortodedescobrirqueasinformaçõescorrespondiamà irmã falecida. Tudo isso implicava que a irmã cooperara com outra pessoafalecida para convencer umamédium, que de nada suspeitava, a realizar umainesperada sessão para convencer sua família de que ela estava viva do outrolado.

TerminadaaconversacomAlice, euestava inspiradoeperplexo. Inspiradoporque o que tinha acabado de testemunhar superava quaisquer previsões devisão remota ou mesmo do que se costuma chamar de super-psi. O que eutestemunharaerapotencialmenterevolucionário:umapesquisasobreevidênciasda existência do mundo espiritual concebida e implementada por alguém dooutrolado.

Eu estava consciente de que, antes de propor uma pesquisa formal nauniversidadeusandoonovoparadigmacomdoisespíritos,euprecisariaverificarparticularmenteseessasituaçãoserepetiamuitasvezesantesdeconcluirqueoqueeuexperimentarapessoalmenteeraumprotocolo legítimo.Comoacabariase revelando, o que eu testemunhara erametaforicamente o indício da luz doalvorecersurgindoportrásdasmontanhas.Comotempo,essaluzsetornariatãointensaquesópoderiamosolharparaabrilhantebolaamarelaatravésdelentesdotadasdefiltrospoderosos.EXPLORANDOOPARADIGMADOSDOISESPÍRITOS

Nos seis meses seguintes, aproveitei todas as oportunidades que seapresentaram espontaneamente emminha vida particular para determinar se oparadigma dos dois espíritos, criado por Susy, se repetiria. Todas essasinvestigações de autociência foram um sucesso. Vou relatar brevemente umadelas.

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DeciditestaroparadigmadosdoisespíritoscomMaryOcchino.Maryéumamédiumextraordinária,queapresentaoprogramaderádiodiárioAngelsonCall[AnjosdePlantão],degrandesucesso.ConheçoMarydesde2003,econstateiaprecisãodesuasinformaçõesmediúnicasemváriasocasiões.VamosfalarmaisdelanaparteIVdestelivro,quandoanalisarmosseosanjossãoreaiseexercemumpapeldeproteçãoemnossavida.

A princípio testamos o paradigma informalmente. Esse teste pessoal comMaryenvolveuoriginalmenteanetadeumamédiumfalecida.Éimportantequeeumantenhaaidentidadedetodaselasemsegredo.Conteiàfilhaeànetasobrea pesquisa do novo paradigma.Acabei descobrindo que Susy e amédium emquestãotinhamseconhecidoquandoestavamvivas.

Disseànetaqueescreveraume-mail -aMaryconvidando-aaparticipardoexperimento informal.Nessamensagem, eu lhe pedira para entrar em contatocom Susy e lhe explicara que ela traria um segundo espírito, de uma pessoadesconhecida,equeeladeveriafazerumasessãocomessapessoaenospassarasinformaçõespore-mail.

Namanhãdodiada sessão, ligueiparaMaryparamecertificardequeelatinha recebido meu e-mail. Ela me contou que, enquanto conversávamos,apareceuumasenhoraidosa,queelamedescreveu.Marymeperguntouseessaseria a pessoa que Susy traria, e eu lhe respondi que não estava autorizado aconfirmarounegaressapossibilidade.

Entretanto, depois que desliguei o telefone, perguntei-me se essa seria amédiummorta emencionei o que tinha acontecido de passagem a umamoçacomquemeuestavasaindonaépoca.Muitosurpresa,minhanamoradadissequeamulherqueMarydescreverapareciasuaqueridaavómorta!EssamoçatinhaquaseamesmaidadedanetadamédiumqueSusydeveriatrazeratéMary.

Seráqueeuestavarecebendoopresentededuasavósfalecidaspelopreçodeuma?

LigueidenovoparaMaryepergunteiseelafariaduassessões:umacomamulher que se manifestara espontaneamente e outra com a que Susy deveriatrazer.Mary concordou gentilmente. No início da tarde, ela terminou as duassessões.Lembre-sedequeelanãoconheciaaidentidadedasavósnemdasnetas.Eumesmo só sabia alguma coisa sobre amédium falecida,mas nada sobre aoutraavó.

Nofimdatarde,convoqueiasduasnetaselhespediqueavaliassemosdoisconjuntosdeinformaçõesprovenientesdassessões.Elasidentificaramprontaecorretamentequaldassessõespertenciaàavódelas.Aporcentagemdeprecisãofoidecercade80%parasuasrespectivasavósede40%paraaoutramulher.

Embora eu não esteja autorizado a revelar detalhes sobre essas sessões, as

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informaçõesespecíficasobtidasatravésdeMaryeram tão impressionantesqueumaavaliaçãocegateriaproduzidoexatamenteosmesmosresultados.

Esse surpreendente teste informal do paradigma dos dois espíritos foiespecial porqueumdeles tinha semanifestadoespontaneamente.Eunão sabianadasobreaavódaminhanamorada:elaliteralmenteinvadiuacena.

Pense no seguinte: se o paradigma dos dois espíritos fosse legítimo, asinformaçõesdeveriamcorrespondercommaiorprecisãoàpessoaqueoespíritoinvestigador estava trazendo para a sessão diante do sujeito-alvo, ou seja, apessoaqueesperavaqueseuentequeridofossetrazidoporSusy.OTESTEDUPLO-CEGODOPARADIGMADOSDOISESPÍRITOS

Combasenostestes informais inspiradosporSusySmith,concebiumtesteformal de prova de conceito sobre o paradigma dos dois espíritos com autilização de dois médiuns e dois espíritos colaboradores. Haveria tambémvários pesquisadores como eu e vários sujeitos (as pessoas que recebem assessões),todosemcondiçõesdeumexperimentoduplo-cego,ouseja,emqueosmédiuns e os sujeitos não entram em contato. Realizei essa investigação emcaráter privado, com a colaboração de um cientista que também estavainvestigando particularmente se os médiuns poderiam fornecer evidências dasobrevivênciaespiritualdesuafilhafalecida.

AsduasmédiunsqueparticiparamdainvestigaçãoforamJoaneMary.Haviadoisinvestigadores:euemTucsoneumcientistanacostaleste,aquemchamareidedoutorOrtega.OsdoisespíritoscolaboradoreseramSusySmitheElizabethOrtega—nomequevouusarparaidentificarafilhafalecidadodoutorOrtega.

EramcincosujeitossituadosemdiferentespartesdosEstadosUnidos.Todoseramprofissionaisemeusamigospessoais.Doiserammulheres:umamédicaeumaterapeutadeluto;etrêseramhomens:ummédico,umassistentesocialeopresidente de uma pequena fundação. Susy trabalhou com a médium Joan, eElizabeth,comamédiumMary.

Naprimeirafasedainvestigação,SusyeElizabethvigiaramumdossujeitosnumdeterminadodia.JoanentrouemcontadocomSusyparaasessão,eMarycom Elizabeth. Ambas enviaram suas informações por e-mail a um terceiropesquisador, que as codificou e em seguida as enviou a cada um dos cincosujeitos,quedeveriamverificarsealgumainformaçãoserelacionavacomeles.Durantecincodias,cadasujeitofoivigiadoduasvezes,umavezporElizabetheoutraporSusy.Usandocincoenvelopesemordemaleatória,euabriaumdelesnumdeterminadodiaepediaaSusyquevisitasseosujeitonomeado.

OdoutorOrtega tinha um conjunto de envelopes correspondentes, também

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em ordem aleatória. Ele abria um dos dois num determinado dia e pedia aElizabeth que visitasse o sujeito nomeado. O doutor Ortega não me deuconhecimento da ordem das visitas determinadas por seus envelopes, e fiz omesmoemrelaçãoaosmeus.Comoossujeitosnãoforamavisadosemquediasseriamvigiados,nemporqualespírito,nãosabiamdizerquaisrelatóriosdentreosdezeramosseus.

A segunda fase da investigação envolveu o paradigma dos dois espíritos.SusyeElizabeth,osdoisespíritoscolaboradores,foraminstruídasalevarematéJoan e Mary, respectivamente, a pessoa morta relacionada a um determinadosujeito,que,maisumavez,eraescolhidoaleatoriamente.

Aanálisedassessõesrevelouqueoparadigmadosdoisespíritoseraplausívelcomo protocolo experimental. Efeitos estatisticamente significativos foramobtidosparaosdois sujeitosdo sexo femininonasduas fasesda investigação,assim como para os espíritos colaboradores e as médiuns. Os resultados dossujeitosdosexomasculinonãorevelaramimportânciaestatística,porqueasduasmédiunsnãoconseguiramobter informações sobreumdos sujeitos.Emoutraspalavras,essaincapacidadedeleiturafoirelatadaindependentementeporambasasmédiuns.Curiosamente,essehomemtinhaperdidoseusentesqueridoshaviamuitotempo,demodoquenãosentiamaisumafortenecessidadeemocionaldefazer contato com eles. Exceto em seu caso, os resultados dos outros doishomensforamsemelhantesaosdasmulheres.

Estecapítulomostraapossibilidadedeestabelecer,deumavezportodas,queaconsciência(umaconsciênciavivaeintencional)sobreviveequenossosentesqueridos falecidospodemcontinuaraonosso lado—eatémesmonoseducar,ajudareguiar—seestivermosdispostosaouvir.Emoutraspalavras,épossívelprovarcientificamentequeaexistênciadeumafortealiançaédefatoumpactosoleneentreosespíritosenós.

Pormais profundo que seja o paradigma dos dois espíritos, é apenas umaestrelabrilhandonumcéunoturnocheiodeoutrasestrelasesperandoparaseremdescobertas.

Estamos prestes a investigar outro paradigma experimental com ajudaespiritual,maisumavezreveladoporSusySmith.Adescobertadesseparadigmaenvolveuumacelebridade:afalecidaprincesaDiana.Parecequepersonalidadesfamosas como a princesa Diana são no mínimo tão persistentes em suastentativas de se fazerem ouvir quanto personas desconhecidas, como Susy,Shirley,MareiaeElizabeth.Algumasdelasparecemteraintençãodecolaboraremfuturaspesquisaseajudaracuraromundo—enósdevemosusartodaajudaquepudermosobter.

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6. O ESPÍRITODA PRINCESADIANAMANIFESTA SUA INTENÇÃODENOSGUIAREPROTEGER

Estoucientedequeaspessoasqueameiemorreramestãonomundoespiritualcuidandodemim.—PrincesaDiana—

Se a consciência sobrevive e, portanto, a intenção incorpórea — a genuínacapacidade de inteligência, criatividade, decisão, vontade e bom humor —permanece depois que morremos, a principal premissa de muitos filósofosespiritualistas é plausível: existe vida após amorte. Líderes espirituais, assimcomoleigos, frequentementealegamque,quandoestamosnoplanofísico,nãosó somos vigiados pelos espíritos, mas também protegidos por eles. E suaproteçãopodesemanifestardemaneirassurpreendenteseatémesmointricadas,comodemonstraestecapítulo.

Nocapítuloanterior,mencioneidoisexemplosdeminhasinvestigaçõescomJoan,nasquaisSusy intencionalmentemeadvertiude riscos futuros:umpneuvazio e um ato potencialmente prejudicial por parte de uma mulher mal-intencionada. Como, no curso daquela investigação, eu estava focado nasafirmações fruto da sua vigilância, e não nas advertências proféticas visandominha proteção, talvez Susy tenha achado que ignorei sua carinhosapreocupaçãocomigo.

Imagine uma possibilidade: se você estivesse morto e tentasse oferecerorientaçãoeproteçãoaseusentesqueridos,eelesrecebessemainformação,masnãoa levassemasério,comovocêse sentiria?Lembre-sedeque,alémdeseramorosaedurona,Susytinhaamissãodeprovarqueaindaestavaporaqui.Asvezes brinco que Susy deu um novo significado à frase: “Nunca terminamosnossotrabalho”.Aparentemente,amissãodevidadeSusyfoiestendidaparaavidaapósamorte.

O relato seguinte narra umaocorrência surpreendente e bizarra durante umexperimentoformalcuidadosamenteconcebidoeaprovadopeloComitêdeÉticaemPesquisa,noqualSusymeensinouumaprofundaliçãosobreavidaapósamorte: a capacidade que têm os espíritos de nos proteger, escolhendo queinformação irãoounãonosoferecer.Alémdisso,o relato ilustraacooperaçãocriativaquepode existir dooutro ladoquando espíritos sofisticados se juntamnãoapenasparaparticipardeumapesquisa,masparaensinarimportantesliçõessobrearealidadedavidaapósamorte,eaintençãoconstantedealgunsespíritos

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de nos ajudar. Como afirmei anteriormente, num sentido profundo, asobrevivênciaestánosdetalhes.Oquevocêvailerpodeparecerficçãocientíficaespiritual, mas é tudo verdade, embora alguns nomes e detalhes de menorimportânciatenhamsidosuprimidosparapreservaroanonimatodessaspessoas.

Comovocêverá,parecequeosespíritospodemnãosóocultar informaçõesimportantes,masmentirparanosproteger,comonesseexemplo.Epodemaindaatrapalharumapesquisacuidadosamenteconcebidaporumpropósitomaior—revelando nesse processo um novo paradigma para documentar a vida após amorteeaajudaespiritual.TESTANDOACAPACIDADESOBRENATURALDEUMMÉDIUM

Na primavera de 2005, fui contratado por uma produtora de cinemaamericanoqueestavarealizandoumdocumentáriosobreumamédiumeuropeia,aquemvouchamardeSandra.Aprodutorameperguntouseeuestavadispostoatestar Sandra diante das câmeras. Ela alegava que Sandra eraextraordinariamente dotada e forneceria importantes dados para minhaspesquisas.

Eununca tinha testado formalmenteummédiumeuropeu.AmulherestariaemConnecticutnaépocadoexperimento.Aprodutorapagariaapesquisa, eotesteocorrerianoverão—umaépocaadorávelparatirarfériasevoltaràminhacasa em Guilford, Connecticut, visitar a Universidade de Yale e explorar aslindascidadeslitorâneas.

Além disso, a filmagem do documentário me daria a oportunidade deconduzir um experimento único sobre a vida após a morte em três locações:Arizona, Connecticut e Europa. Eu queria que o segmento duplo-cego doexperimentofosseconduzidopeladoutoraJulieBeischel—naépoca,detentorade uma bolsa William James de pós-doutorado sob minha orientação— portelefone, de Tucson. A médium, a produtora, o diretor, os câmeras e euestaríamosemConnecticut,eosdoissujeitossecretosdaexperiência,naEuropa.

AdoutoraBeischel e eu acrescentamos essamédiumao experimento sobremediunidade que realizávamos na universidade. No segmento duplo-cego daexperiência — no qual não existe contato entre o médium e o sujeito —, adoutora Beischel, falando por telefone do Arizona, fez à médium, emConnecticut, uma série de perguntas padronizadas sobre os parentes falecidosdos sujeitos. Os sujeitos, situados na Europa, não estavam ao telefone e,portanto,nãoouviramassessões.Asinformaçõesdassessõesforamtranscritasepassadaspore-mail aos sujeitos,queasavaliaramsemsaberqualconjuntodeinformaçõeseraoseu.Nosegmentoduplo-cegodoexperimento,conduzidopor

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mim emConnecticut, amédium teve permissão para falar com os sujeitos naEuropa por telefone. Nas duas partes do experimento, a médium não tinhaconhecimentodaidentidadedossujeitosnemdeseusentesqueridosfalecidos.

Otestefoirealizadoduranteumfimdesemana.Paraumdossujeitoseseusparentes falecidos,o segmentoduplo-cegodoexperimento seria realizadopelamanhã,eaoutraparteà tarde.Emboraesseexperimentofossenovoemcertossentidos,nãoincluítécnicasespecíficasquepudessemrevelarasobrevivênciadaconsciência.Estávamostestandoacapacidadedamediunidade,nãoavidaapósamorte.

Porexemplo:nãoutilizeioparadigmadosdoisespíritos,porqueseriamuitodifícilexplicá-loaopúblicododocumentário.Assimsendo, indivíduoscomoafalecidaSusySmithnãoforamconvidadosaparticipardapesquisa,umavezquenão precisaríamos de um espírito intermediário. Vou repetir: Susy nãoparticipariadesseexperimento.

Seo teste tivesse resultadospositivos,oprojetodaexperiêncianãoexcluíauma leitura telepática dos pesquisadores e dos sujeitos por parte da médium,nemacaptaçãodeinformaçõesperdidasnoespaço.Otestevisavadeterminarsemédiuns, como Sandra, tinham capacidade mediúnica, e não provar que elesestavamdefatorecebendocomunicaçõesintencionaisdosespíritos.

Entretanto,comoseverá,oexperimentonãosaiucomoplanejado.Surgiramcomplicações inconvenientes, que se descobriu terem sido provocadas por umespírito e acabaram revelando um novo e poderoso paradigma de prova deconceito. Embora tudo o que você vá ler tenha de fato ocorrido, ainda achodifícilacreditarqueaconteceu.APRINCESADIANAPARTICIPADOEXPERIMENTO

A produtora concordou que eumantivesse sob sigilo a identidade dos doissujeitos e de seus parentes falecidos para ela e sua equipe, assim como damédium.Escolhidoissujeitos,queestavamnaEuropanaépocadoteste.

VouchamaroprimeirosujeitodesenhoraParker.Apessoadaqualelaqueriater notícias era seumarido falecido, que vou chamar de professor Parker. EleforaumconhecidocientistaeprofessordepsicologiaquetrabalhavanaHolanda(essas informações foram alteradas a fim de preservar a identidade dosenvolvidos).TiveoprivilégiodeconheceroprofessorParker,queforaumheróiparamim.Emrespeitoaodesejodafamília,oculteisuaidentidade.OsegundosujeitoeraHazelCourtney,umaconhecida jornalista inglesa,autorademuitosartigos e livros no campo da medicina alternativa. Ela narra sua experiêncianessainvestigaçãoemseulivroEvidencefordesixthsense[Evidênciasdosexto

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sentido].A pessoa de quem ela queria ter notícias era a princesa Diana. Hazel

conhecera Diana e, mais tarde, tivera experiências espirituais com a princesafalecida, que verifiquei numa pesquisa sobre mediunidade. Hazel estiveragravemente doente e sentira que a princesa Diana, em espírito, tivera umainfluência protetora e curativa em sua recuperação. A princesa Diana teriarecomendadotratamentosefeitoprevisõesqueHazelconfirmoumaistarde.

Havia a possibilidade de que a médium recebesse informações que asfamílias não gostariam de tornar públicas. Em toda pesquisa que envolvepessoas, o anonimato do sujeito deve ser protegido. Essa exigência era aindamaisrigorosanocasodenossoexperimentodevidoàvisibilidadedosespíritosede suas famílias, além do fato de a pesquisa estar sendo conduzida para umdocumentárioqueseriaexibidonatelevisão.

Obedecendoàsdiretrizesdauniversidadeedogovernofederal,negocieicoma produtora um contrato formal segundo o qual toda a filmagem da pesquisaestaria sob proteção e eu teria a última palavra sobre o conteúdo que seriaincluídonodocumentário.

Depossedesseacordolegal,eupoderiamostraracadaumdossujeitosqueinformaçõesaprodutoraqueriadivulgar,eelespoderiamescolherqueaspectosaceitariam revelar. Entretanto, eu não tinha controle sobre o rolo B, assequências suplementares filmadas fora do contexto formal da pesquisa. Osprodutores têm controle sobre sua obra, com todo o direito, desde que osparticipantesassinemumacordolegalconcedendo-lhesessecontrole.

Os dois sujeitos do experimento foram informados de que a pesquisa seriaconduzidaparaumdocumentário,massabiamqueasinformaçõesprovenientesda pesquisa estariam protegidas por força de documentos aprovados pelauniversidade. Como se viu, essas proteções legais não seriam suficientes pararesguardar plenamente os direitos dos sujeitos e das famílias das pessoasfalecidasporcausadoquepoderiatranspirarnassequênciasdoroloB.Eunãosabia dessa limitação, já que não posso prever o futuro, mas, aparentemente,meusespíritoscolaboradoressabiameestavamdecididosafazeralgumacoisa.E,curiosamente,arevelaçãodessascomplicaçõeslegaiscoubeaninguémmenosqueSusySmith!

LAMENTO,MASSEUFALECIDOMARIDOESTÁDORMINDO

Cheguei aConnecticut na sexta-feira à noite, conversei rapidamente comamédium Sandra, com os produtores e com a equipe. Sandra estavaevidentementenervosa.Nuncatinhasidoformalmentetestadaporumcientista,

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com a agravante de que, dessa vez, seria avaliada como parte de umdocumentáriosobreseu trabalho.Revisamososprocedimentosde teste,queseiniciaria na manhã de sábado. Os membros da equipe entenderam que aidentidade dos sujeitos e das pessoas falecidas tinha que ser preservada e nãosabiamqueossujeitoseosfalecidoserameuropeus.Nossareuniãofoigravada.

Nosábadodemanhã, assimqueascâmeras foram ligadas, telefoneiparaadoutoraBeischel noArizona, e o experimento teve início.A doutoraBeischelseguiuoprotocolopadrãoqueusávamosàépoca.Depoisdeseapresentar,pediuaSandraquesedispusesseareceberqualquerinformaçãoquepudesseobterdaspessoasmortasrelacionadascomosujeitoausente.Sandranãosabiaonomedosujeito,nemdosmortos.

Sandracomeçouafalar.Dissequeestavavendoumamulher,quedescreveu,juntamentecomoutrasinformaçõessobreela.Comoeunãoconheciaahistóriados parentes mortos da senhora Parker — a não ser alguma coisa sobre oprofessorParker—,nãotinhaideiadequempoderiaserenemseSandraestavaobtendodelaalgumainformaçãoválida.

Depoisdecercadedezminutos,adoutoraBeischelfezasegundapergunta,dessavezmaisdireta.Disseàmédiumqueo sujeitoestava interessadoem ternotíciasdeumapessoaespecífica,seufalecidomarido,quecostumavachamá-laporumdeterminadoapelidocarinhoso.Nóssabíamosque,quandoasolicitaçãoé mais direta, o médium costuma fornecer informações mais diretamenterelacionadascomapessoafalecidaqueosujeitoquercontatar.

O que aconteceu em seguida foi total e absolutamente bizarro. Amédiumdeclarou que o espírito damulher estava dizendo que omaridomorto estavadormindonoandarsuperiorequenãoiriaacordá-lo!

O quê?! Um espírito estava interferindo na sessão? Uma mulher mortaalegava que a pessoa com quem a médium queria se comunicar estavadormindo?

Meu primeiro pensamento foi que Sandra era uma fraude e não seriaaprovada no rigoroso teste da pesquisa. Aquilo poderia ser um truque de suaparte para esconder seu fracasso e pôr a culpa no espírito. Em dez anos depesquisas,eununcapresenciaraumincidenteigual.AdoutoraBeischel,quesóestava havia alguns anos nessa área — seu doutorado era em toxicologia efarmacologia,nãoempsicologiacognitivaouparapsicologia—,estavasemfala.

Não havia sentido em continuar essa fase do experimento, em que seriamfeitas perguntas mais diretas, como “Qual é a aparência da pessoa morta?”“Comoelamorreu?”“Quaiseramseushobbiesl”.

Mas, antes que a doutora Beischel desligasse, pedi a Sandra, diante dascâmeras, que conversasse com amulher e verificasse se ela estava disposta a

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acordar o cavalheiro mais tarde, já pensando na fase que conduziria à tarde.Segundoamédium,amulherdisse“talvez”.

Talvez? Eu estava pasmo, mas extremamente cético quanto ao que estavaocorrendo. A parte formal da sessão terminou. A doutora Beischel desligou,totalmenteconfusa.

Sandra estava perturbada; aparentemente, fracassara na primeira parte dotestedemediunidade.AscâmerascontinuaramfilmandoquandoconverseicomSandrasobreassequênciasdodocumentárioquenãofaziampartedapesquisa.O que aconteceu em seguida passou do bizarro ao francamente alarmante.Sandracomeçouaobterinformaçõessobreosujeitoeseurelacionamentocomohomemmorto, e percebi que elas eram acuradas.Além disso, algumas coisasque Sandra dizia eram muito pessoais, e duvidei de que a senhora Parkerquisessedivulgá-lasnumdocumentário.

Não consegui discernir se Sandra estava obtendo essas informações lendominhamente, praticando visão remota ou através de seus guias.O que estavaclaro é que elas não vinham do falecido professor Parker. Sandra não falavacomoseestivessesecomunicandocomomorto.Elanãodizia:“Oespíritoestámemostrandoisso”ou“Ohomemestámedizendoaquilo”.

Percebi rapidamente que não teria controle sobre essa parte informal. Aprodutoraeodiretorpareciamencantadoscomasinformaçõessensacionalistasqueestavamsendoreveladas,oquemedeixoumuitopreocupado.Comoaquiloque estava acontecendo não fazia parte da pesquisa formal, eu não teriacondiçõesdeprotegerasenhoraParker,dando-lheaopçãodeimpedirqueessasinformaçõesespontâneasfossemincluídasnodocumentário.

Estava diante de um dilema ético e soube imediatamente o que precisavafazer. Disse à produtora, diante das câmeras, que algumas informações queSandra estava obtendo naquele momento não pareciam se relacionar com asenhora que estava atuando como sujeito e seu marido falecido, e que euduvidavadeque elaquisessedivulgá-las.Disse-lheque teríamosque emendarnosso contrato para incluirmeu controle sobre qualquer sequência que tivesserelação com a pesquisa, ou eu interromper ia o experimento e abandonaria oprojeto.

Aprodutoraficoufuriosa,mas,emborarelutanteedemávontade,concordouem refazero contrato.Decidimos fazerum intervalo emarcamosuma reuniãoparadaliaumahoraparaacrescentarasmodificaçõesnecessárias.Terminadasasmudanças, concordei em conduzir a segunda parte do experimento. Sandraestavaestressadaeexausta.Comoseverá,amédiumnãotinhaamenorculpadetodasascomplicações.

Saí no carro que alugara e liguei para a doutora Beischel. Informei-a dos

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últimosacontecimentosepergunteiseelafaziaideiadequempoderiaseratalmulher falecida. Em umas poucas ocasiões, sua mãe tinha se manifestadoespontaneamentenosexperimentosqueelaconduzia.RelendoascaracterísticasdamulherintrometidatransmitidasporSandra,percebemosrapidamentequenãosetratavadamãedadoutoraBeischel.

Entretanto,comeceiaentenderquenomínimo80%dasinformações—queincluíamtraçosdecaráter—correspondiamaalguémquealgumasvezesjáseintrometeraemnossaspesquisas:SusySmith!

EntãomelembreidequeSusyconheceraoprofessorParkerquandoamboseram vivos. Na verdade, Susy admirava o professor e seu trabalho. Além denossapesquisa,elacomcertezasepreocupariacomeleecomsuaviúva.SeráqueSusyseintrometera,possivelmentedeacordocomoprofessorParker,paraproteger a senhora Parker, meu laboratório e nossa pesquisa? Estaria eutestemunhandoumanovapossibilidadedeprovadeconceito?Asperguntaseramlógicaserazoáveis.

Naturalmente, eu não tinha meios de ter certeza, principalmente àquelaépoca,seSusysemanifestaracomoexplícitopropósitodenosproteger.Cabelembrar que isso não fazia parte do protocolo ou do planejamento doexperimento.

Mas,diantedohistóricodomeurelacionamentocomSusyantesedepoisdesuamorte—assimcomodadescobertadoparadigmadosdoisespíritos—,asevidências apoiavam fortemente a hipótese de que Susy fosse um espíritointermediário criativo, inteligente, carinhoso, persistente e durão. Não percebiqueaquiloeraapenasumpreâmbulodesurpresasaindamaioresedeliçõesquesurgiriamnocursodaquelefimdesemanatransformador.

Naquelamesmatarde,supervisioneiumasessãoportelefoneentreSandraeasenhoraParker.ComoamédiumagoratinhapermissãoparafalarcomasenhoraParker, rapidamente reconheceu seu sotaque estrangeiro. De acordo com asenhora Parker, e com tudo que eu sabia sobre seu marido, Sandra obteveinformaçõesprecisasesignificativasrelacionadasaoprofessorParker.

MasSandradissealgumascoisas,supostamenteouvidasdoprofessorParker,sobrecertaspreocupaçõesdeleemrelaçãoàesposa,queelarejeitou,emboraatenham perturbado. Formado em psicologia clínica, percebi o potencial e aprecisãodaspercepçõesdamédiumeadificuldadedasenhoraParkeremaceitaralgumas das preocupações e orientações supostamente manifestadas por seufalecidomarido.

ASURPREENDENTEREVELAÇÃODAMÉDIUM

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Tanto Sandra quanto a produtora ficaram aliviadas quando a entrevistatelefônica terminou. Sandra parecia ser uma médium genuína, apesar de aprimeira fasedo teste, o segmentoduplo-cego, ter sidoumcompleto fracasso,pelomenosemobterqualquerinformaçãorelacionadaaocavalheiroqueestariadormindo.

Subimos ao andar superior para os coquetéis e o jantar. As câmerascontinuavam ligadas.Acerta altura,Sandramedisse: “Talvezvocênão saiba,masjátivealgunsclientesmuitofamosos.UmapessoadaqualfuiespecialmentepróximafoiaprincesaDiana,evouconfessarissonodocumentário”.

Nãopudeacreditarnoqueacabaradeouvir.Pensenoseguinte:eutinhaescolhidoHazelcomoosujeitosecretodasessão

dedomingoeaprincesaDianaseriaoespíritosecreto,eagoraficavasabendoqueamédiumtinhaumlongorelacionamentocomaprincesaDiana!

Qual seria a probabilidade de eu escolher a princesaDiana para participarsecretamente de um experimento e o médium em questão ter um secreto eprofundo relacionamento com ela? Sabíamos que a princesaDiana costumavaconsultarmédiuns e paranormais,mas quantos eles seriam?Muito poucos, euimaginava.

SeSandrafosseumamédiumgenuínaedefatoconhecesseaprincesaDianaintimamente,logoreconheceriaquemeraapessoafalecidanosegmentoduplo-cego do experimento, que por isso deixaria de ser duplo-cego! Em outraspalavras,asegundafasedoexperimentotambémfracassaria,dessavezporummotivodiferente.

Dois experimentos fracassados em dois dias? Por outro lado, lembrei que,como tinhacontrole sobreaediçãodequalquerparteda filmagemrelacionadacom a nossa pesquisa, poderia proteger qualquer informação sobre a princesaDiana que viesse à tona. Se havia uma pessoa falecida e uma família quemerecessemterseuanonimatopreservadoeramaprincesaDianaesuafamília*,

Então eumeperguntei: seráqueSusy tinha conhecimentodesse fato?Seráque ela e o professor Parker se juntariam à princesa Diana para garantir aproteção de todas as partes, pelo menos no segmento duplo-cego daqueleexperimentocuidadosamenteconcebido?

Emboraestivessealiviadoporterconseguidoprotegerlegalmenteomaterialquepudessesurgir,temiaqueessapartedoexperimentofosseumfracasso.

Maisumavez,porém,euestavaerrado.Oqueveioàtonafoiinacreditáveleprofundamente significativo no que diz respeito à proteção e às lições que osespíritospodemnosoferecer.

AINCRÍVELSESSÃOCOMAPRINCESADIANA

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Namanhãdodomingo,ligueiparaadoutoraBeischeleelaconduziuasessão

duplo-cega. Ela se reapresentou e pediu a Sandra que recebesse quaisquerinformações que pudesse obter sobre os entes queridos mortos do segundosujeito. Como na sessão duplo-cega de sábado, Sandra não sabia o nome dosujeito nem das pessoas falecidas. Teoricamente, qualquer pessoa poderia semanifestar.

Sandradissequeviaumamulher.Erabastantealta,magraeestavanocampo.Curiosamente,nãomostravaseurosto.EntãoadoutoraBeischelfezasegundapergunta, mais direta. Disse a Sandra que o sujeito estava interessado em ternotícias de uma determinada pessoa, umamulher que era conhecida sua.NãopronunciamosonomeDianaporrazõesóbvias.Sandracontinuouadescreveramulher misteriosa que aparentemente não diria seu nome nem mostraria seurosto.PenseimaisumavezqueaquilopodiaserumtruquedeSandra,queusavaoespíritoparasedesculpardesua incapacidadedeobter informações,oqueérelativamente fácil para um médium dotado. Ou alguma outra coisa estariaacontecendo? Então a doutora Beischel fez uma pergunta específica: “Queaparênciatemessamulher?”.Emresposta,Sandradescreveuumamulheraltaemagra,comcabeloscastanho-aloiradoscurtoselisos.Usavaumvestidolongoesimpleseestavanumlugarnocampo,pertodeumatípicacasadefazenda.Maisumavez,Sandraafirmounãoconseguirveroseurosto.

Quando a doutora Beischel lhe perguntou: “Quais eram os hobbies damulher?”,Sandradissequeviaamulheresquiandocomos filhosequeelasepreocupavamuitocomeles.

Amedidaqueouviaasinformações,percebiqueadescriçãopodiafacilmentecorresponder à princesa Diana, desde que se soubesse quem era a mulherfalecida. As informações específicas não correspondiam à mãe da doutoraBeischel, nem à minha, tampouco a Susy Smith. Eu esperava que Sandradissesse:“Reconheçoessamulher.EaprincesaDiana”.MasSandraafirmouquenãotinhaideiadequemeraaquelamulherfalecida!

Depois que a doutora Beischel terminou a parte formal do experimento,entramosnaparteinformal.PressioneiSandra,perguntando-lheseelanãotinhaideiadequemseriaamulher.Sandrareafirmouqueamulhernãoestavapróximaequenãoconseguiaver seu rostoousaber seunome.E insistiuqueamulhersussurroufrequentementeduranteasessão.

Quem já ouviu uma pessoa morta sussurrar? Sandra disse que estava tãoconfusaquantoeu.Quantomaiseuapressionava,maiselaresistia.Fuiobrigadoa concluir que ou Sandra era a atriz mais talentosa que eu já vira ou estavarealmentefrustradaenãosabiamesmoquemeraomisteriosoespíritofeminino.

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Naturalmente, se Sandra realmente não pudera identificar a morta, osegmento duplo-cego do experimento podia ser considerado um sucesso. Eutemia que a sessão fosse prejudicada pelo relacionamento anterior de Sandracom a princesa Diana, mas a parte duplo-cega do experimento parecia terfuncionadobem.

Pense no seguinte: se Sandra tivesse lido minha mente (ou da doutoraBeischel),saberiaquesetratavadaprincesaDiana.

Foi então que pensei: será que Susy e o professor Parker podiam terescondidointencionalmenteinformaçõesduranteasessãoduplo-cegadesábado?E será que a princesa Diana teria ocultado intencionalmente sua identidadeduranteasessãododomingo?

Lembre-sedequeaprincesaDianajátinhaparticipadodeumexperimentodemediunidadecomigoeHazelCourtney.Noentanto,aideiadequeelaestivesseescondendosuaidentidadepareciarazoávelàluzdoqueestavasedesenrolando,maseunãosabiaseissoeraverdade.

Terminadaasessãoinformal,fizemosumintervalodeumahora.FuiparaomeuhoteleligueiparaadoutoraBeischel.Contei-lheoquetinhaacontecidoeelaconcordouqueasinformaçõesrecebidasnasessãocaíamcomoumaluvanaprincesaDiana.E,comoeu,tevemuitadificuldadedeacreditarqueSandranãotivessereconhecidosuasupostaamiga,Diana.

Voltei para a sessão da tarde mais confuso do que nunca. Liguei para osegundo sujeito, Hazel Courtney, em Londres, e deixei que Sandra seapresentasse. Presumo que Sandra tenha percebido imediatamente que Hazeltinhaumsotaquebritânico.Paraminhaenormesurpresa,Sandradisse:“Vejoamulher falecida, e ela está se virando... Oh,meuDeus, é a princesaDiana!”.Começouasoluçar,eumacertaconfusãoseseguiu.

Emborameu coração estivesse comSandra,meu primeiro pensamento foi:“Ótimo, agora essa parte do experimento também está arruinada! A médiumdescobriuqueméapessoafalecidae,pior,aconheceintimamente”.

HazelentãoconfessouquequeriaternotíciasdaprincesaDiana.Emseguida,Sandra disse entre lágrimas: “Agora entendo por que ela me sussurrava. Emváriasocasiões,aprincesaDianameligouembuscadeconselhoespiritual.Eumecomuniquei comparentesmortos e espíritosque sepreocupavamcomela.Era importante para Diana que as pessoas não soubessem que ela mantinhacontatocomumamédium,eporissocostumavasussurraraotelefone”.

Quempoderiaimaginarqueumespíritosemanifestariasussurrandoporsertãoimportanteeconhecido?

Quemimaginariaqueessepequenodetalheconfirmariaahipótesedequenãosóaconsciênciasobrevivecomintenção,masespíritos inteligentes,criativose

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afetuosos podem assumir o controle de um experimento cuidadosamenteelaborado,conduzidocoma supervisãodeumauniversidade,eoferecer liçõesvaliosas para todos nós — desde que estejamos dispostos a ouvir. Estavanascendoumanovapossibilidadedepesquisadeprovadeconceito.

PROVANDOQUEOSESPÍRITOSTÊMCONTROLEDAINFORMAÇÃO

Tenteresolveroenigma.PresumindoqueSandra,adoutoraBeischel,Hazeleeunãoestivéssemosenvolvidosnumafraude—epossoafirmarcategoricamentequenãoestávamos—,asinformaçõesreveladasduranteessesdoisdiasdetestesnãopodiamserplausivelmenteexplicadasporumaleituratelepáticaporpartedeSandra,queterialidoaminhamente,adadoutoraBeischeleadosdoissujeitos.

Alémdisso,as informações,naformacomovieramà luz,nãopareciamtersidocaptadasnoespaçoporSandra.Aocontrário,pareciamtersidotransmitidasaSandracomaintençãodeprotegere,aomesmotempo,informar.SusySmith,oprofessorParkereaprincesaDianapareciamtertidoaintençãodedemonstrarnão só que estavam presentes e no controle de sua vida,mas também que sepreocupavam com seus entes queridos e com a pesquisa sobre a vida após amorte.

Sevocêachadifícilacreditarnisso,bem-vindoaoclube!Seaprendialgumaliçãoaoparticipardessapesquisa,foiaseguinte:estejapreparadoparasurpresas.

Iniciamos este capítulo com uma pergunta: Podem os espíritos proteger osvivos? E terminamos o capítulo com outra pergunta: Podem os espíritoscontrolarsuasinformações?

Será que os espíritos são capazes de ocultar ou revelar determinadasinformações. Se são, e continuarmos documentando essa possibilidade emfuturaspesquisascontroladas, issoajudaráaprovarapremissafundamentaldequeasobrevivênciadaconsciênciaérealeosespíritospodemdecidircomovãointeragiremnossavidaindividualecoletiva?

Embora o documentário aparentemente nunca tenha sido concluído, aprodutora estava certa. Sandra de fato me fornecera dados importantes depesquisa,muitomaisdoqueeupoderiaimaginar.

E se você acredita nisso, a jornada está apenas começando, emais estrelasbrilhantesvãoaparecer.

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PARTEIIIAPOSSIBILIDADEDECURACOM

ASSISTÊNCIAESPIRITUAL

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7. OS ESPÍRITOS PODEM DESEMPENHAR UM PAPEL NA CURAFÍSICA?

A doença pode oferecer oportunidades de manter contatocom poderes que ultrapassam o plano físico. Quandoestendemosamão,omundoespiritualsetornanosso.—DoutorAllanHamilton—

Quandoeueracriança,participeidemuitascerimôniasdaPáscoa judaica,quecelebraapassagemdoAntigoTestamentoquecontacomoMoiséssalvouopovojudeudaescravidãonoEgito.Ahistóriacontémmuitoselementossobrenaturais,entre eles omilagre da divisão domarVermelho, que permitiu que os judeusfugissem e fez com que os soldados do exército egípcio que os perseguiammorressemafogados.

Apesar de simpatizar com a libertação dos judeus, como eu faria comqualquer povo cruelmente escravizado, achei impossível acreditar que umvolumegigantescodeáguasedividissemisteriosamentemovidoporumpoderinvisível. Até onde sei, não há evidências históricas de que tal coisa tenhaacontecido, nem provas científicas de que isso seja possível. (Recentemente,porém, tive conhecimentodeque cientistas especularam se, sob circunstânciasmuitoespeciaisdevento,águasrelativamenterasascobrindoumsulcoprofundonosolodomarpoderiamsertemporariamentesopradasparalonge.)

Nessaépoca,euachavaqueacreditaremcurasespirituaiseracomoacreditarnadivisãodomarVermelho.Fuiensinadoaacreditarqueacuraespiritualeramito,mentiraouefeitodopoderdamentesobreocorpo.

Mas a verdade é que, se seres espirituais superiores realmente existem, emteoriaseriamcapazes, senãodecurar,pelomenosdeorientaro tratamentodedoenças físicas e mentais. E devo acrescentar que o contrário é igualmentepossível. Na América do Sul, legítimos profissionais de saúde mentalconsideram a possessão dos espíritos uma doença psiquiátrica e conseguiramcurar pessoas depois de exorcizar espíritos malignos. Sei que alguns podemconsideraressetipodediagnósticoumabsurdo,masexistemevidênciasdesuaveracidade.

Portanto, se Susy, Shirley,Mareia e a princesaDiana continuam existindo,comoexploramosnasegundapartedestelivro,Einsteintambémpoderiaexistir,assim como talentosos cirurgiões, enfermeiras e outros profissionais de saúde

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mortos.E,seelesestãodispostosanosajudaraencontrardocumentosperdidos,como aconteceu no caso de Mareia, imagine qual seria sua motivação paraajudarseusentesqueridosdoentes.

Aluzdasobservaçõesrelatadasnasegundapartedestelivro,nãoémaisumerroteóricojustificaropoderdecuradosespíritos,ajudandoosprofissionaisdesaúde aqui na terra ou trabalhando diretamente conosco num processo deautocura.

Por razões científicas e pessoais, fui levado a encarar essa possibilidade.Descrevo dois exemplos transformadores. À medida que eu os relatar, tenteimaginarcomovocêsesentiriaemmeulugar(1)vendoumconhecidopsicólogoenfiar um instrumento de quebrar gelo na face sem dor e nenhum sinal deferimento ou (2) sentindo uma violenta dor nas costas desaparecer depois deespíritos terem sido convidados a removê-la. Convido você a imaginar comoseria testemunhar e vivenciar esses fatos impressionantes. A que conclusõesvocêchegaria?

De antemão eu o previno de que o que você vai ler contém afirmações einformações bizarras que inevitavelmente fogem do pensamento ocidentalconvencional. Relato esses fatos não só porque realmente aconteceram, masporquecolocamemcontextoumaquestãoabrangente: seosespíritospodemeestãodispostosadesempenharumpapelnacuraesepodemosdocumentarissocientificamente.DEMONSTRAÇÃODEUMDANOCORPORALDELIBERADOEDARÁPIDACURA“SUFI”

No inverno de 2002, dei uma palestra no congresso da AssociaçãoInternacional Qigong que se realizava em São Francisco, onde conheci umrespeitado psicólogo clínico que me contou uma história inacreditável queaconteceucomele.

Antes,porém,vou fazerumbreve retrospecto.SeunomeéHowardHall, eele temdoisdoutorados:umempsicologiaexperimentalpelaUniversidadedePrincetoneoutroempsicologiaclínicapelaUniversidadeRutgers.Alémdisso,o doutor Hall é professor titular da Case Western Reserve University emCleveland, onde pratica medicina comportamental familiar, em especial comcrianças que sofrem de doenças crônicas. Tem experiência em terapiacomportamental, hipnose ebiofeedback. Suamulher tambémé profissional desaúde.

O doutorHall é um homemmuito espiritualizado, discípulo e seguidor dosufismo,ramodaféislâmicaquetemumasériedecrençasepráticasmísticas.O

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sufismo é para o islamismo o que o hassidismo representa para o judaísmo.Muitagenteconheceadançagiratóriadosdervixessufis,queénaverdadeumaformademeditaçãoativa.

Uma das práticas controversas da escola sufi no Iraque, chamada tariqacasnazaniyyah (quenuma tradução aproximada significa “caminhodo segredoque ninguém conhece”), consiste num dano corporal deliberado. Segundo odoutorHall,osdervixesdeliberadamenteseinfligemferimentos,quesefechamcom uma rapidez surpreendente, sem sangramento e com total controle deinfecções.

Alega-se que essa prática inclui, mas não se limita a martelar adagas nocrânio, a inserir pregos e agulhas de aço no corpo,mastigar e engolir vidro elâminasdenavalha,resistiraofogoeacobrasvenenosas.Afirma-sequeelanãocausa danos ao corpo, nem sangramento ou dor, e fecha as feridas em dezsegundos.

Ospraticantesacreditamqueesseseventossãopossíveisgraçasàajudadosancestrais sufis aliados a Alá — o nome que eles dão ao Sagrado. Para oscéticos, eles fingem infligir-se ferimentos. Não há dúvida de que as fraudesexistem,equehápessoasquetrapaceiamesãodescobertas.

AtéconhecerodoutorHalleparticipardeumainvestigaçãoexploratóriadofenômeno, eu também achava que as manifestações dos sufis eram fraudes.Comoseviu,minhassuposiçõesestavamerradas.Nemtodasasmanifestaçõeseramfalsas,ealgumaseramtãoreaisquantoumalâminadeaço.

Essapráticanãoéexclusivadossufis.Adançadosoldosíndiosamericanospode incluir a inserção de estiletes na pele, e os devotos hindus às vezesperfuram o corpo com agulhas, anzóis e estiletes. Os médiuns indianos sãofamososporsegolpearemcomaespada,enoSriLankaháquemsependureporganchos fincados no corpo. Entretanto, certos membros da escola tariqacasnazaniyyahparecemlevaressaspráticasaoextremo.

Pormuitasrazõeséticasepráticas,essefenômenonãotemsidoestudadodemaneirasistemáticaempesquisasdelaboratóriodoOcidente.(OsLaboratóriosParamanndeAman,naJordânia,conduziramumapesquisasobreosferimentosautoinfligidospelosdervixes.)Arazãomaisevidenteenvolveoriscopotencialaos sujeitos humanos — além dos riscos legais às universidades. Quem seapresentaria como voluntário para colaborar com tais pesquisas? Como ofenômenoenvolveasuposiçãodequeosespíritosprotegemhumanosdegravesferimentos,estádentrodemeuinteressedepesquisa.

Uma investigação precursora foi conduzida pelo doutor Eric Peper e seuscolegas, que estudaram um iogue japonês de 63 anos, com 37 anos de

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experiênciaeotítulodesamrat.Oiogueeracapazdeenfiarumestiletedemetalnalínguasemmanifestarnenhumadoresupostamentesemrevelaromenorsinaldesangramentooudeferimento,comoumaescaraouumainflamação.

Através de um eletroencefalograma, o doutor Peper e seus colegasregistraram as ondas cerebrais do iogue antes, durante e após a perfuração dalíngua. Durante a perfuração, verificou-se um aumento de ondas de baixafrequência, principalmente ondas subdelta, delta e teta, um padrão que indicaque o iogue conseguia desligar o cérebro de estímulos externos, inclusivecorporais.

Entretanto,nãosabemoscomoocérebrodoioguesedesligavadosestímulos.Seráqueelefaziaissosozinho,ouseja,sócomaforçadamente?Ouseráqueele recebiaajudadosancestrais, alémdaconexãocomoSagrado?Osmestresioguesacreditamnopoderdosancestrais—mestresioguesfalecidos—,assimcomoemsuaconexãocomaFonteoriginal.Iogasignificaliteralmente“união”.

Tendo ouvido falar dessa práticamística, o doutorHall quis testemunhar ofenômenopessoalmente.Malsabiaelequeacabariasetornandovoluntárionumteste. Em novembro de 1998, ele viajou de Cleveland para Bagdá e recolheuvídeos e fotos de feitos aparentemente impossíveis de danos físicosautoinfligidos. Depois que o doutor Hall testemunhou e gravou um xeiqueiraquianopraticandoumagrandevariedadededanoscorporais,oxeiquesugeriuaodoutorHall que tentasse omesmo.Comocostumavapraticarmeditaçãonatradição sufi, o doutor Hall estava aberto a acreditar na cura com ajudaespiritual.Aceitandoasugestãodoxeique,mascomfortetemor,elecomeçouaorar,pedindoajudadosancestraissufisedaFonte.

Emseguida,umestiletedemetalfoiinseridonafacedodoutorHall.Parasuasurpresa,elenãosentiuamenordor.Alémdisso,quandooestiletefoiremovido,nãosurgiunenhumsangramento,eoferimentofechouemmenosdeumminuto,semmostrarsinaldeinflamaçãoouescara.

Embora não quisesse abusar da sorte, o doutor Hall percebeu que seriaimportante repetir esse aparente resultado em laboratório. Quando a NationalGeographicquisfazerumdocumentárioparaatelevisãosobreosfenômenosdedanos corporais autoinfligidos, fui convidado a participar de uma investigaçãoexploratória em que o doutor Hall seria filmado perfurando a face com umfurador de gelo sem causar ferimento. Nessa investigação, o doutor Hall sesubmeteriaaotesteenósavaliaríamososefeitos.

Decidimos registrar dezenove canais de ondas cerebrais antes, durante edepois que o doutor Hall perfurasse a face. Resolvemos também usar umequipamento de eletrofotografia que utiliza o sistema GDV (Gas DischargeVisualisationou,emportuguês,visualizaçãodadescargadegás),desenvolvido

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pelo doutor Konstantin Korotov, professor de física na Universidade de SãoPetersburgo, na Rússia. A câmera GVD foi concebida paramedir os' camposenergéticos biofísicos ao redor do corpo.Gravamos uma série de registros deGDVantesedepoisdoexperimento.

Osinstrumentosqueusamosemmeulaboratório—EEGecâmeraGDV—foram aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa de várias universidades,inclusive aUniversidade doArizona.Como essa investigação exploratória (1)estava sendo conduzida para um documentário daNational Geographic; (2) osujeitodapesquisaeraodoutorHall,cientistauniversitárioeprofessorclínico;(3) o doutor Hall solicitou que essa demonstração consensual de autociênciafosse conduzida nomeu laboratório; e (4) estávamos usando instrumentos deregistrobiofísicopreviamenteaprovados,permitiqueademonstraçãododoutorHallfossefilmadaemmeulaboratório.Afinal,nãosetratavadeumprojetodepesquisaoficialdaUniversidadedoArizona.

AequipedolaboratóriopresentenainvestigaçãoincluiuumtécnicoemEEG,uma enfermeira, um médium e um doutor em psicologia apenas comoobservador, além do doutorHall e demim.E esperávamos que do outro ladohouvesseoutrostantos.

Paragarantirquenãohaveriatruques,compreiuminstrumentoperfuradordegelodemetalnumalojadedepartamentosemTucsonepossoconfirmarquefoiesseinstrumentoqueodoutorHallusouduranteoexperimento.

AntesqueaseletrofotosGDVfossembatidas,odoutorHallfechouosolhos,meditou e rezou por quase noventa minutos. Fizemos contínuos registros deEEGduranteesseperíodo.OdoutorHallnosfezumsinaldequeestavaprontoparaperfuraraface.Nuncatenteiperfurarafacecomumfuradordegelo,nemadequalqueroutrapessoa,aliás.Aparentemente,nãoeranadafácil.OdoutorHallforçouoinstrumentoporcercadeumminutoantesqueeleconseguisseperfurara bochechade lado a lado.Elemanteveos olhos fechados por cincominutos,duranteosquaisregistramosseuEEG.

Terminadoesseperíodo,odoutorHallfoisolicitadoaremoverofuradordegelo. Ele fez isso praticamente sem esforço e sem nenhuma reação verbal oufísicaaumapossíveldor.Suafacefoiimediatamenteexaminadapelaenfermeiraepormim.Umaúnicagotadesanguesurgiucercadevintesegundosdepoisdaremoçãodoinstrumento.Agotafoiremovidacomalgodão.Depoisdecercadesessenta segundos, o local do ferimento foi examinado em busca de algumainflamaçãooucorte.Nemeunemaenfermeira encontramosomenor sinaldeferimento.

Foram então feitas as fotos GDV pós-perfuração, e o doutor Hall foientrevistado.Elenoscontouqueficarasurpresoepreocupadocomadificuldade

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de perfurar a face com o furador de gelo. Mas afirmou não ter sentido dordurante ou depois da perfuração. Eu sabia que, se o doutor Hall estivessementindoouseenganando,sinaisdeestresseoudorseriamregistradosnoEEG.Numa conversa posterior, depois que voltou a Cleveland, o doutor Hall mecontouquenãotiveranenhumsinaldeinflamação,escaraouinfecçãonosdiasesemanasqueseseguiramaoexperimento.

Posteriormente, foram feitas análises dos EEGs em três períodos de cincominutos:osprimeiros eosúltimoscincominutosdemeditaçãoeoração, eoscincominutosintermediáriosquedurouaperfuração.Osperíodosdemeditaçãoe oração não revelaram nada de notável, a não ser um cérebro relaxado comondasdebaixafrequência—tetaedelta—naregiãofrontal.

Entretanto, durante o período de perfuração, as frequências foramextraordinárias.Não houve evidência de aumento da atividade cerebral, comoseriadeseesperarseodoutorHallestivessesentindodorouestresse,tampoucohouve aumento de tensão do músculo craniano. Ao contrário, seu cérebroreveloubaixasfrequências,principalmentetetaedelta.Aatividadecerebralerasemelhante à demonstrada pelos iogues no experimento do doutor Peper, que,presume-se,estariarealizandoainvestigaçãoemconexãocomosespíritos.

Quando analisamos os registros deGDV, os padrões do período anterior àperfuraçãonãorevelaramnadadeextraordinário.Ossinaisdocampoenergéticorevelados na tela eram relativamente uniformes no crânio e nos ombros dodoutor Hall. Entretanto, os padrões do período posterior à perfuração foramnotáveis. Verificou-se uma surpreendente ausência de campo energéticomensurável no lado esquerdo do rosto do doutorHall, onde tinha sido feita aperfuração.Essepadrãonãopodiaserexplicadoemfunçãodoprocedimentoderegistro.

Emboratenhaafirmadoquenãotinhasehipnotizado,odoutorHallrevelaraumestadoderelaxamento.Evidentemente,algotinhaacontecido.

ÉóbvioqueodoutorHallacreditanafilosofiadosufismo;seriapossívelqueessesresultadossedevesseminteiramenteaosefeitosmente-cércbro-corpo?Emteoria, sim. O teste do doutor Hall não explica como o fenômeno de danoautoinfligidoocorre.Apenasdemonstraque elepodeocorrer emdeterminadascondições.

Entretanto,erapossívelqueosespíritosestivessemenvolvidosnaproduçãodesse registro surpreendente e que ele indicasse sua assistência durante oexperimento?Convidovocêaimaginaroqueteriapensadoesentidosetivessetestemunhadotudoisso.Alémdisso,peçoquevocêimagineoqueteriapensadoe sentido se estivesse em meu lugar e tivesse entrevistado o médium e opsicólogo,quetambémeraummédiumbem-dotado.

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Ambos declararam ter visto muitos espíritos no laboratório durante osperíodosdeoração,meditaçãoeperfuração.Tivegrandedificuldadedeacreditarnisso,masos dois afirmaramqueMaomé tinha semanifestado (e isso seria omesmoqueJesusaparecernumacerimôniacristã).

Como nem o médium nem o psicólogo desconheciam o objetivo doexperimento é evidente que tratamos seus relatos com cautela. É possível quesuavisãotivessesidoinfluenciadaporsuaexpectativa.Comosetratavadeumainvestigação exploratória realizada pelo próprio doutor Hall, e não umexperimento sistematicamente controlado, não considerei suas observaçõesdignasdeseremregistradasemvídeoourelatadasemdetalhes.

Por outro lado, ambos haviam sido submetidos a numerosos testes emlaboratóriosemconhecimentodoobjetivodoexperimentoereveladorepetidaseimpressionantes evidências de mediunidade. Embora sua visão de espíritosdurante nosso experimento não seja definitiva, ambos merecem nossaconsideração—emespecialà luzdosnotáveis registrosGDV.Oimportanteéqueacombinaçãoderesultados indicaanecessidadedepesquisas futurasparademonstrarseosespíritossãocapazesdesemanifestarnessassessõeseterumpapeldeproteçãoecura.Emboranãovejapessoasmortas,tampoucoalegueterrelacionamentocomanjos—duasmanifestaçõesquesãocredosdosufismo—,o doutor Hall acredita que o que ele experimentou e nós testemunhamos foipossívelgraçasaosespíritos.

Vale a pena lembrar que o doutorHall não é um swami, um xamã ou umcurandeiro espiritual. E um respeitado psicólogo clínico e experimental dePrincetonedeRutgerseprofessordeumaimportanteuniversidade.Umacoisaérejeitar as alegações de um iogue samrat de 63 anos; outramuito diferente édescrerdeumcientistaepsicólogodealtoníveleducacional.

Embora o doutor Hall não conhecesse minha história nesse campo, tenhograndefamiliaridadecomacuraespiritualecomossupostosefeitosterapêuticosdaaçãodosancestraiseoutrosseresespirituais.Meuexperimentodeprovadeconceito constatou uma rápida e impressionante eliminação de grave dor nascostas, seguida por um total e inesperado restabelecimento de uma dor aindamaisgrave.

Exceto pormeus colegas e amigosmais próximos, até agora não partilheiessa experiência com ninguém. Entretanto, percebi que, com a decisão deescrever este livro,particularmente este capítulo, éomomentode revelar essaexperiênciaesclarecedora.Comoesperarquealguémacreditenaspalavrasdelesseeumesmonãofizerisso?

Regrageral,asdescobertasfeitasnoslaboratóriosdasuniversidades,emborasejamimportantesparaaciênciaeoconhecimento,nãotêmconsequênciaspara

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toda a vida. Entretanto, evidências pessoais são surpreendentes etransformadoras.

Oquevocêestáprestesa lernãoenvolvemediçõesdeEEGouGDV.Nãohaviacâmerasouenfermeiraspresentesparamonitorarasituação.Souapenaseulançando-meemnovasexperiências,comoademóveisemmovimento.Apesardisso,ofatonãodeixadeserrealouimportante.COMOSABERQUEISSONÃOÉOEFEITOPLACEBO?

Hácercadevinteanos,quandoeueraprofessoremYale,fizumacoisamuitotola.Euhaviacompradoumrelógiodemadeiraantigodequasedoismetrosdealturaeresolvitentarcarregá-losozinhoemumaescadaria.

Quandomeabaixeiparaergueroimensogabinetedorelógio,sentiumestalonas costas, seguido de uma dor insuportável. Tive enorme dificuldade de mecolocarnaposiçãoereta.Umexamemédicoindicouqueeupoderiaterestiradoum ligamento ou rompido um disco da coluna. Nessa época, eu morava emConnecticut e pertencia a uma importante escola de medicina (Yale) queconsiderava quiropráticos e massoterapeutas praticantes de magia negra. Fuiaconselhado a tomar relaxantes musculares e banhos, e a colocar o menoresforçopossívelnascostas.Naprimeirasemana,passeiamaiorpartedotemponacama.

Durantequasetrêsmeses,reduziaomínimootempoemqueficavasentado.Instaleimeucomputadornomeuescritórioaumaalturaquemepermitiadigitarem pé. No início, a dor era terrível. Mas, com o tempo, foi cedendo, e nãopreciseideumacirurgianacoluna.

Embora tivesse se recuperado,minhacoluna ficou fraca edolorida.Acadaseismeses,comoumrelógio(semintençãodetrocadilho),minhascostasdoíam,eeuprecisava lhesdarumdescanso.Asvezesaconteciaporqueeu tinha feitoalgo estúpido, como levantar uma caixa de livros.Outras vezes acontecia porqualquercoisa,comomecurvarparacolocarumlivronumaprateleirabaixadaestante.Duranteanos,euouviradizerqueomelhorremédioparaascostaseraorepouso,daraelaseaorestodocorpoumasférias.Defato,algunsdiasderepousoeramsuficientesparamepermitirretomarminhasfunçõesnormais.

Era ls de janeiro de 2000. O novo milênio começava sem grandesacontecimentos,eaprevistapanemundialnoscomputadoresnãotinhaocorrido.Entretanto, eu tinha acabado de tomar o que chamei deminha “resolução domilênio”:uma resoluçãoparaospróximosmilanos.Eraumadecisãosimples,masprofunda.Decidivivero restodeminhavidacomosea sobrevivênciada

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consciênciafosseverdade.Nessa época, eu estava terminando o rascunho deTheafterlifeexperiments,

demodoque essa hipótese ocupavaminha cabeça.Vou repetir: decidi viver orestodeminhavidacomoseasobrevivênciadaconsciênciafosseverdade.Aspalavrasfundamentaissão“decidi”e“comose”.Eisomeuraciocínio:

Por um lado, se a sobrevivência da consciência não existisse, quando eumorresse perderia tudo, inclusive a consciência. Portanto, como não existiriamais,eununcasaberiaseminhadecisãotinhasidoumerro.Jamaissaberiaqueestavaerradoporvivercomoseasobrevivênciadaconsciênciafosseverdade.

Por outro lado, se a sobrevivência da consciência existisse, quando eumorresse continuaria a ter consciência, a pensar, a ter lembranças, a tomardecisões e assim por diante. Portanto, como eu existiria, saberia que tinhatomadoadecisãocorreta.Saberia tambémquemeprepararparao futuroalémdocorpotinhasidoprudenteevalidoapena.

Lembre-se de que esse era um experimento mental, do tipo que Einsteincostumavafazerquandoestavanoplanofísico.

Eunãoestavatirandoumaconclusãoprematurasobreavidaapósamorte.Oque eu estava fazendo era considerar as opções e tomar certas decisõesconscientes,entendendoqueasobrevivênciadaconsciênciapodiaserverdade.Eunãosabiaqueseriaimediatamentepostoàprova,porassimdizer,paraverseeuagiriadeacordocomminharesoluçãovitalícia.Eisoqueaconteceu.

Nodia2dejaneirode2000,quandomecurveiparacolocarumlivronumaprateleirabaixa,minhacolunasedeslocou.Deumahoraparaoutra,adorveioterrível.Fazianomínimooitomesesdesdeoúltimoepisódiosemelhante.Mas,como queria ir até meu laboratório na universidade, decidi tomar um banho.Comtodoocuidado,entreinabanheira,abriatorneirae,mesmoparado,adorcontinuava.

Foientãoquemeocorreuquenãotinhapostoempráticaminharesoluçãodomilênio. Eu tinha sido treinado em várias técnicas de cura, inclusive reiki ejohrei, e sabia que curadores experimentados costumam evocar a ajuda dosespíritosnaformadepessoasmortas,anjosouenergiadivina.Jamaispensaraempediraajudadosespíritosparamim(nemparaqualqueroutrapessoa).

Aliestavaeu,depésobochuveiro,edecidifazeropedidomentalmente.Disseparamimmesmo:“Sealguémemespíritopudesseajudaracurarminha

dor nas costas, eu ficaria muito grato”. Enviei meu pedido a vários seresfalecidosquetinhaconhecido,entreelesofundadordoMovimentoJohrei,eatéaShemuel,nomehebraicodeDeus.

Cerca de cinco minutos depois, quando saí do chuveiro e comecei a meenxugar, fiquei chocado ao perceber que a dor nas costas diminuíra uns 80%.

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Numaescalade0a10,emque0representariaaausênciatotaldedore10umadorgrave,minhadorcaírade8ou9para1ou2.

Não pude acreditar.A dor tinha diminuído drasticamente emminutos. Issonuncatinhameacontecido.

Quandoacabeidemebarbearecomeçavaamevestir,penseinumapossívelexplicação para a drástica redução da dor. Enquanto vestia as calças, fiz aseguinteperguntamentalmente:“Comosaberqueissonãoéoefeitoplacebo?”.Lembre-sedeque souumcientista investigativoe, evidentemente, essa éumaperguntafundamental.

O que ouvi em seguida me pegou de surpresa. Enquanto escrevo estaspalavras, ainda possome ver nomeu quarto como se tudo tivesse acontecidoontem.

“Nós simplesmente vamos retirar nosso apoio”, ouvi claramente dentro deminha cabeça. Imediatamente, senti uma dor fortíssima — no mínimo tãoterrívelquantonodiaemquetentaracarregarorelógio.Numaescalade0a10,serianomínimo12.

Caí na cama eme encolhi em posição fetal, com as calçasmeio vestidas.Nuncasentiranadacomoaquelador.Eratãofortequeeunemconseguiaacabardevestirascalças.Estavaimobilizadodedor.

Enquanto isso, minha cabeça intelectual e acadêmica teve o seguintepensamento:“Issopodeserumsuperefeitoplacebo!”.

Percebique,dasduasuma:1.Oueutiveraumareaçãodeduplo-placebo,naqual:

A.imagineiqueosespíritosajudaramacurarminhadoredepois;B.imagineiqueosespíritosdisseramqueiriamretirarseuapoio,equeminhadorvoltouaindamaisforte.

2.Ouagoraeuentendia—deummodonovoeprofundo—o significadomaiordaconhecidafrase:“Podiasermuitopior”.Sevocêéumcéticoe/ouumpsicólogoconvencional,presumiráqueoque

experimentei foiumevento raroe/ouum tipodeefeitoduplo-placebo (mente-corpo).Sejacomofor,aexplicaçãonadateriaavercomosespíritos.

Maseseosespíritostivessemalgoavercomorápidoalíviodadorseguidodeumadoraindamaisforte?

Eseosespíritosnaverdadenosajudamotempotodo,masnãopercebemosisso?

Eseafrase“Podiasermuitopior”seaplicaotempotodo,porqueomundoespiritual,normalmenteinvisível,nosoferececonstanteapoioeorientação?

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Eseforpossível,seassimquisermos,pedirajudaadicionalaosespíritoscomsinceridadeedefatorecebê-la?

E se todos nós tivermos guias espirituais, assim como acesso às energiasespirituaisdecura?

Naquela hora, deitadona cama, dobradodedor, eunão tinha condiçõesderesolveressemistério.Entretanto,percebiquemeforadadaaoportunidadedepensar sobre esse mistério e decidi dar à minha coluna o tempo de repousonecessário.

Passeiosdiasseguinteslendolivrossobretemasespirituaisquenuncativeratempo de explorar, entre eles A autobiografia de um iogue e um livro dofundadordoJohrei,demodoanãoperdercontatocomamensagemespiritual.QUANDO OUVIR RUÍDO DE CASCOS DE CAVALOS, NÃO PROCUREPRIMEIROPORESPÍRITOS

Existeumafrasemuitousadanoserviçomédicodeemergênciaquetambémseaplicaàciência:“Quandoouvirruídodecascos,procureporcavalos,nãoporzebras”.Oraciocínioéoseguinte:

Na emergência médica, na qual decisões de vida ou morte precisam sertomadascomrapidez,éprudenteconsiderarprimeiroascausasmaisprováveisdeumadeterminada situação e sódepois passar àmenosprovável.Emoutraspalavras,seasituaçãoouosintomaforem,metaforicamente,ruídosdecascosdecavalos, a frase correta seria: “Quando ouvir ruídos de cascos de cavalos,procureprimeiroporcavalos”.

Seahipótesenãoforconfirmadapelosfatos,omédicodaemergênciadeveconsiderarahipóteseseguintemaisprovável(continuandocomametáfora,umpôneiouumamula).Nãoseriaconvenienteprocurarporumazebraenquantoaspossibilidades de ser um cavalo, um pônei, uma mula ou um burro não seesgotassem.

Seconsiderarmososdoisexperimentosrelatadosnestecapítulo—oaparenteferimento aufoinfligido pelo doutor Hall, demonstrado no laboratório dauniversidade,eaaparentereduçãoeposteriorrecaídademinhadornascostas,ocorrida no laboratório de minha vida particular —, a explicação maisapropriada para o ruído de cascos de cavalo seria o cavalo (o placebo/mente-corpo),enãoazebra(aajudaespiritual).

Entretanto,quandolevamosemcontaasinformaçõesapresentadasnaparteIIdo livro, há razões para recepcionar a hipótese de que os espíritos existem.Consequentemente,éprudente incluirazebra—aassistênciadosespíritos—em nossa lista de explicações possíveis. Bem, agora é possível para a ciência

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testarseosespíritosrealmentesemanifestamnassessõesdecura.Agoraacuraespiritual pode ser conduzidamesmo que a pessoa doente não saiba que estárecebendoacura,comoseveránopróximocapítulo.

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8.TESTANDOAPRESENÇADOSESPÍRITOSNASSESSÕESDECURA

Oamorintensonãosemede;eleapenassedoa.—MadreTeresa—

Você deve se lembrar de que o doutor Hall acredita que espíritos invisíveispodemterumaparticipaçãofundamentalemsuacapacidadedeperfurarorosto(1) sem sentir dor, (2) com sangra mento mínimo e (3) com um fechamentoquase imediato do ferimento. Além disso, o médium e a psicóloga queparticiparamdapesquisaalegaramteremvistoumgrupodeespíritospresentesdurantenossainvestigaçãoexploratóriacomodoutorHall.

Como discutimos no capítulo anterior, a ciência recomenda que seconsideremváriashipótesesracionais—comofraude,errodepercepção,efeitoplacebooumente-corpo—antesdelevaremcontahipótesesmenosracionais,como a assistência de médicos falecidos, anjos e, em última instância, doSagrado.

Entretanto, surge uma pergunta desafiadora: é possível documentarcientificamente se os espíritos estiveram de fato presentes em determinadasessãodecura?Senãosoubermosresponderaessaperguntafundamental,nãofazsentido tentar responderseosespíritos têmumpapeldeorientação,ouatémesmodemediação,noprocessodecura.Estecapítuloeoseguinteapresentamos resultados de duas novas investigações exploratórias conduzidas emminhavidapessoal—earepetiçãodainvestigaçãoemlaboratório—,quetratamdestaquestão:épossíveldocumentarapresençadosespíritosemsessõesdecura?

Emboraambasas investigaçõesdavidarealpareçamterocorridofortuitaeacidentalmente,oscuradoresemédiunsquedelaparticiparamalegaramqueumgrupo de espíritos se envolveu intimamente para que essas surpreendentesdescobertasocorressem.Alémdisso,oscuradoresemédiunsafirmaramqueosresultadosquedocumentamoseramnaverdadeumadoaçãodeamor.AAJUDAESPIRITUALDEUMMÉDICOFALECIDO

Logo depois de minha resolução para o milênio, conheci um doutor empsicologiaquerealizavacurasenergéticasealegava,entusiasmado,quesuaavó,uma médica falecida, costumava ajudá-lo em suas curas. Para preservar seuanonimato, vou chamá-lo de doutor Michaels, e sua avó, de doutora Jones(algunsoutrospequenosdetalhestambémforammodificados).

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O doutor Michaels me relatou uma série de experiências aparentementeextraordináriasemqueadoutoraJonessemanifestouparaajudá-loemsessõesde cura. Ele contou que às vezes a doutora Jones lhe mostrava onde deviacolocarasmãose,outrasvezes,entravaliteralmenteemseucorpoeasguiava.

O doutor Michaels amava e admirava profundamente a avó. Embora adoutoraJonestivesseumaformaçãoocidental,eraumapessoadotadadegrandecompaixão e espiritualidade. Muitos de seus antigos pacientes estavamconvencidos de que as curas da doutora Jones envolviam mais do que osremédios e tratamentos que ela prescrevia. Ela aparentemente rezava por seuspacientesepediaaajudadosespíritosparasuarecuperação.

Em sua experiência clínica, o doutorMichaels descobriu que, sempre queconvocavaaajudadaavó—tantoemsuascurasquantoemsuavidapessoal—,elaoajudava.

PergunteiaodoutorMichaelscomoelesabiaqueaavóestavapresente.Eledissequeàsvezesaviaaospésdamesademassagem,outrasaouviaeoutrasainda apenas sentia sua presença. E contou que alguns de seus pacienteschegaramarelatartervistoumespíritofemininonasala.

Entretanto, ele afirmou que sempre sentia as mãos aquecidas quando adoutora Jones estava pronta para trabalhar com ele. As vezes, as mãos seaqueciamnoiníciodasessão,nafasedediagnósticodeenergia,eoutrasvezesele sentia as mãos ganhando calor no transcorrer da sessão, pouco antes deiniciar a fase de cura energética. Essa afirmação em particular me chamou aatenção,porquepercebiquehaviaumprocedimentoquepoderiasermanipuladoemedido.

Minha“doençachamadaciência”imediatamentesemanifestou:acrençadodoutorMichaels— “As vezes sinto minhas mãos se aquecendo no início dasessão e outras vezesmais tarde, quando a doutora Jones semanifesta”— setransformounumaquestão:ofatodeasmãosdodoutorMichaelseaqueceremnoinícioounomeiodasessãodependedomomentoemqueadoutoraJonessemanifesta?

Issolevouaumahipóteseeumprognóstico:seadoutoraJonessemanifestano início da sessão, asmãos do doutorMichaels se aquecemmais cedo; se adoutora Jones semanifestamais tarde na sessão, asmãos do doutorMichaelstambémseaquecemmaistarde.Então,fiqueipensandocomopoderíamostestara hipótese experimentalmente em linguagem científica, o que se chamaoperacionalizar.

Uma possibilidade era que um médium de pesquisa de grande precisãopudessesecomunicarcomadoutoraJonesetrabalharcomelaemváriassessõesparaverificar seela semanifestariano inícioounomeiodeumadeterminada

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sessãododoutorMichaels.Para entender meu raciocínio, é conveniente lembrar que, depois de sua

morte,algumaspessoasparecemmanterumrelacionamentocontínuocomseusentesqueridoseestabelecernovasligaçõescompessoasdoplanofísico.

Você deve se lembrar, por exemplo, do capítulo 5, emque a falecidaSusySmith,alémdemeajudaremminhapesquisa,parecetercriadoumlongoebem-sucedido relacionamento com uma médium que chamamos de Joan. Emnumerosas ocasiões, observamos evidências de que os espíritos podem semanifestar em experimentos formais em laboratório. Você deve se lembrartambémdequeSusySmithaparentementesemanifestounocarrodeJoansemser convidada, trazendo com ela um espírito feminino desconhecido quemaistardefoiidentificado.

Felizmente, um médium que vou chamar de Philip tinha participado desessõescomodoutorMichaelseforacapazdeobterinformaçõesprecisassobrea doutora Jones. Philip e o doutorMichaels viviam em estados diferentes, demodoqueassessõesteriamdeserconduzidasalongadistância,portelefone.

EseantesdeumadeterminadasessãoPhilippudesseentraremcontatocomadoutoraJonesejuntosdecidiremseelairiasemanifestarnoinícioounomeiodasessão?PhilipmanteriasegredodesuacomunicaçãocomadoutoraJonesesobre omomento de sua visita. Será que o doutorMichaels, que não saberiaquandoadoutora Jones semanifestarianapróxima sessãode cura, poderia selembrar quando suas mãos se aqueceram e registrar isso para uma análisesubsequente?

Se essa investigação particular de prova de conceito chegasse a resultadospositivos, sofisticados experimentos poderiam ser conduzidos futuramente nauniversidade. Um dos meus experimentos dos sonhos era usar uma modernacâmera termográfica (de raios infravermelhos) para medir as mudanças detemperatura das mãos de um curador durante sessões de cura. A grandevantagem desse tipo de câmera é que ela registra momento a momento asmudanças de temperatura de uma distância de no mínimo trinta centímetros.Portanto, não interferiria nos movimentos espontâneos do curador nem nossensoresdetemperaturaligadosàssuasmãos.

Raciocineique(1)sepudesseconstataracoincidênciadefatosdezvezes—com Philip e a doutora Jones determinando secretamente quando ela semanifestarianumadeterminadasessãoeodoutorMichaels registrandoquandosuasmãosseaqueciam—e(2)seosresultadosserepetissemcomoPhilipeodoutorMichaelsacreditavam,então(3)dezexperimentosindependentesseriamsuficientesparaobterumresultadoestatisticamentesignificativo.

Para garantir que os procedimentos fossem seguidos apropriadamente, eu

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atuariacomopesquisadorassistente.EntrariaemcontatocomPhilipelhepediriapara ter uma sessão secreta com a doutora Jones. Aguardaria que Philip meligassedevoltaparaconfirmarquetinhatidosucessoeanotaraquandoadoutoraJonessemanifestaria.Eunãoteriaconhecimentodessainformação.

Então,entrariaemcontatocomodoutorMichaelselhepediriapararegistrarquandoadoutoraJonessemanifestarianapróximasessãodecura.Considerandoos compromissos de todos os envolvidos e que essa investigação exploratóriaseria parte do trabalho clínico normal de Philip, levaríamos cerca de dezsemanasparacompletarasdeztentativas.

Não solicitei a Philip e ao doutorMichaels queme fornecessem cópias deseus registros de chamadas telefônicas de longa distância em casa e noescritório.Imagineique,seelesestivessememconluioequisessemmeenganar,poderiamusar seuscelularesoue-mail.Comoconheciaosdois razoavelmentebem,supusquesuamotivaçãofossegenuína.Entretanto,nãoaceitariaresultadospositivosdapartedelescomototalmentelegítimos,maslhesdariaobenefíciodadúvida e consideraria suas descobertas como merecedoras de futurasinvestigações.

Nãohouvedificuldadederegistrareanalisarosresultados.SegundoPhilip,emcincodedezsessões,adoutoraJonesdissequesemanifestarianoiníciodasessãodecura,enascincooutrassessões,elaindicouquesemanifestariamaistarde.Estatisticamente,aordemdemaiscedooumaistardenumadeterminadasessãoeracompletamentealeatória,comoumcaraoucoroa.

Quando comparei as anotações de Philip sobre os momentos em que adoutoraJonessemanifestariacomoregistrododoutorMichaelssobrequandosuasmãosseaqueceramemcadasessãodecura,aporcentagemdeacertofoide100%. Além disso, só posso dizer como os dados foram constatados. AsevidênciasnãosóconfirmaramaexperiênciadodoutorMichaels;elasofizeramcomtotalperfeição.

Diante de um resultado aparentemente tão perfeito, deve-se levar em contaqueostestessóforamrealizadosdezvezesnumperíododedezsemanas.Comotodossabemos,odoutorMichaelspoderianãoteracertadonadécimaprimeiratentativaenassubsequentes.Aprobabilidadededezacertosocasionaisemdeztentativas é muito pequena: uma em 1.024, ou aproximadamente 0,1%.Entretanto,nãoé tãodesprezívelquantoumaem1.000.000.024.Portanto,nãopoderíamosinterpretarosresultadosdesseexperimentocomo“perfeitos”.

Será que esse tipo de investigação poderia “provar” que a doutora Jonesestavadefatopresente?Emboraoprojetodaexperiênciafossenovoealtamentesugestivo,nãoeradefinitivo.

Mesmo que conduzíssemos um experimento formal numa universidade e

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conseguíssemosobterosmesmosresultadosmuitasvezes(1)usandodiferentesmédiuns,curadoreseespíritos;(2)acrescentandomediçõesbiofísicasobjetivas,como uma câmera termográfica de altíssima sensibilidade; e (3) eliminandoqualquerpossibilidadedefraude,osresultadosnãojustificariamumaconclusãodefinitiva de que a doutora Jones ou qualquer outro espírito tivesse semanifestado.Outrashipótesespossíveispodemserimaginadas.

Porexemplo,erapossívelqueodoutorMichaelsfossecapazdeleramentede Philip e que suas mãos se aquecessem devido à sua expectativa de que adoutora Jones se manifestasse em determinadomomento da sessão. TeríamosqueconduzirfuturosexperimentosparadeterminarsecuradorescomoodoutorMichaelseramcapazesdeleramentedeummédiumeseasmãosdocuradorseaqueciamporqueelesabiaquandoosespíritosiriamsemanifestarouquandoomédiumdisseraqueelessemanifestariam.

Outra hipótese é que o doutorMichaels usasse técnicas de visão remota elesse as anotações de Philip. Nesse caso, teríamos que realizar futurosexperimentos para determinar se curadores como o doutor Michaels eramcapazes de ler escritos secretos.Mas futuros experimentos poderiam ser aindamaisinovadoreseconvincentes.UmmédiumcomoPhilip,porexemplo,poderiaentraremcontatocomumamédicafalecida,comoadoutoraJonese,emvezdedecidiremquandoelasemanifestaria,poderiamdecidirseelasemanifestariaemdeterminadasessão.

Aciênciaprogridepassoapasso,resultadoapósresultado,umainvestigaçãoapós outra, um experimento após o outro. Dependendo de combinaçõesespecíficas de resultados positivos e negativos que surgem nos experimentos,determinadas hipóteses podem ser confirmadas ou rejeitadas, aceitas ouexcluídas.Seestivéssemosanalisandoisoladamentea investigaçãoexploratóriasobreodoutorMichaelsePhilip,euestariainclinadoadizerqueahipótesedeleituradamenteoudevisãoremotaémaisprovávelqueahipótesedapresençadeespíritos.

Entretanto,seconsiderarmostodasasinformaçõesreveladasnaparteIIdestelivro e, portanto, analisarmos a investigação do doutor Michaels e de Philipnessecontextomaisamplo,seriarazoávelconsiderarqueapresençadeespíritosémaisprováveldoquealeituradamenteouavisãoremota.

O fato é que, se pudermos enxergar o quadro mais amplo e reter todo oconjunto de evidências em nossa mente, seremos capazes de chegar a umaconclusãoacertadasobreasduasquestõesfundamentais:osespíritosexistemepodem desempenhar um papel de orientação em nossa vida individual ecoletiva?

Enquantoisso,maisumavez,euoconvidoafazerumexperimentomental.

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Destavez,tenteimaginarcomoseriaestarnolugardodoutorMichaels.Tentevisualizarcomoserianãosósentirapresençadesuaqueridaavómédicaduranteotrabalhodecura,masparticiparcorajosamentedeumainvestigaçãoparticularparatestaravalidadedesuacrençadequesuaavócontinuaaoseulado.

Comovocêsesentiriatendoqueesperarparasaberseainvestigaçãofoiumfracassoouapenasumaindicaçãodesuahipótese,edepoisficarsabendoqueosresultados não poderiam ter sidomais positivos? Émuito difícil chegar a umníveldeacertode100%.

Evocêtambémpodetentar imaginarcomoseriaestaremmeulugareteraestranha experiência de convidar os espíritos a ajudá-lo pela primeira vez,sentindo que a dor nas costas se reduz drástica e rapidamente, para retornarimediatamentedepoisdevocêterfeitoapergunta“Seráissooefeitoplacebo?”eouvido “Vamos retirar o nosso apoio”. E depois, enquanto conduzia um novoexperimento particular, ter evidências altamente positivas de que um médicofalecidopodesemanifestarregularmenteemsessõesdecura.

Convém lembrar a sábia afirmação do doutorMcCulloch na abertura destelivro: “Não morda meu dedo; olhe para onde estou apontando”. Embora anatureza desta exploração de prova de conceito seja quase sempre confusa,fascinante e às vezes apavorante, quase sempre é divertida e muitas vezesexcitante.

Enquanto isso, mantenho contato com curadores dotados, que contamhistóriassurpreendentessobrecomosãoajudadosregularmenteporprofissionaisdesaúdefalecidos,guiasespirituais,anjoseopróprioSagrado.

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9. UMA LIÇÃO DE CURA ESPIRITUAL SOBRE A ILUSÃO DADOENÇA

31dejaneirode1904Eu costumava curar com uma palavra. Vi um homemamareloporcausadadoençae,nomomentoseguinte,olheiparaeleeviquesuacoreranormal;eleestavacurado.Eusabia como isso ocorria tanto quanto umbebê, apenas queacontecia todas as vezes. Nunca falhei; quase em umtratamento,nuncaemmaisdetrês.—MaryBakerEddy,emNotesonthecourseindivinity—

Seaprendialgumacoisanavida,foisempreestarpreparadoparasurpresas.

Curiosamente, apesar de ter aprendido essa lição, algumas vezes me videspreparado para o grau de novidade e mistério contido nas surpresasaparentemente impossíveis que sacudiram minha vida. Seriam elas fruto davontadedosespíritos?

AinspiraçãoparaescreverAgrandealiançanasceuquandoeusofriadeumagripe extremamente forte.Adoençameatacoude repente, aparentemente semaviso, e empouco tempome incapacitou. Fiquei de cama, com febre, durantecincodias,seguidosdemaiscincodiasdeextremafadiga,acompanhadadeumatossecrônicaeespasmódica.

Uma semana antes da gripe, eu viajara deTucson a Toronto para dar umapalestrasobremeulivroTheenergyhealingexperiments[Experimentossobreacuraenergética]numcongressodepsicologia.Quandoestavalá,iniciou-seumasériede24sincronicidadesquecontinuaramdepoisqueretorneiaTucson.Devoacrescentar que o fenômeno da sincronicidade foi cientificamente formuladopelodoutorCarlJung,criadordapsicologiaedapsicoterapiajungianas.Muitagentejáexperimentouofenômenodasincronicidade.Eleocorre,porexemplo,quando pensamos espontaneamente em alguém que não vemos há bastantetempoe,empoucashorasoualgunsdias,semmaisnemmenos,essapessoanosprocura.

Em poucas palavras, a sincronicidade é a ocorrência de dois ou maisacontecimentosqueocorrempróximosunsdosoutros.Acoocorrênciadefatoséaltamenteimprovável,oquesignificaqueaprobabilidadedequeelesocorramemsequênciaapenasporforçadoacasoémuitopequena,senãominúscula.A

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coocorrêncianãopode ser explicadapela leidecausaeefeito—eaela Jungchamou de conexão acausal. Para explicar a natureza não aleatória dacoocorrência, é preciso pressupor a existência de influências ou energiasinvisíveis.Ascoocorrênciasemgeralsedãoemperíodossignificativosdavida,embora o verdadeiro significado da coocorrência seja mais como umasimbologiaonírica.

Observeio fenômenoda sincronicidadedurantemaisdevinte anos.Conteiminha primeira experiência convincente de sincronicidade, que aconteceuquando eu era professor em Yale, em meu livro The G.O.D. experiments1.Originalmente,o capítulodeveria constardocorpodo livro,masmeueditor emeu parceiro na autoria acharam-no demasiado controverso — demasiado“estranho” — para ser incluído no livro. Por isso, nós o incluímos entre osapêndices.Entretanto,averdadeéqueassingularescoocorrênciasquesederamàépocasãoumaevidênciaconvincentedeque,nouniverso,existeumprocessode“orientação,organizaçãoeplanejamento”queseexpressaemnossavida.

Quandoescrevi este capítuloquevocê está lendo, já tinha reunidomaisde150evidênciasdecoocorrênciasextremamenteimprováveis.Hojepensoqueassincronicidades com tigres aqui relatadas e o contexto em que elas ocorrerammostraramamimeaRhonda,minhamulher,queàsvezes, senão sempre,osespíritospodemusarassincronicidadespararevelaracooperaçãoentreomundoespiritualeonossomundonacriaçãodessesefeitos.

Não é essencial repassar a série de eventos que chamo de “TorontoTiger”[TigredeToronto].O importanteéperceberque,quandoos sintomasdagripecomeçaram,ocorreuuma sériedeconvincentes sincronicidadescom tigres.Euasdescrevoporqueelasajudamaentenderquesuaconvergênciaeraumprelúdioparaascurasespirituaisqueexperimentei.Essassincronicidadesmelevaramareexaminarmeuentendimentodopapelsinérgicodosespíritosnascuras,assimcomoseupapelnarevelaçãodapresençadosespíritos,umaespéciedecartãodevisitas.

Nocursodeminhadoença,trêscurasespirituaissecretasmeforamoferecidassemqueeutivesseconsciênciadelas.Ascurasforamsecretasporquenãomefoiditoqueeuasreceberia,e,quandoelasocorreram,eunãosabiaqueelasestavamsendooferecidas.

Emtodososcasos,otratamentosecretofoiimediatamenteacompanhadodeuma drástica redução dos sintomas. Naturalmente, a significativa redução dossintomaspodiaserumacoincidência.Emoutraspalavras,aocorrênciadeumaou mesmo duas curas espirituais com redução de sintomas podia sersimplesmente obra do acaso. Entretanto, quando isso aconteceu não uma ouduas,mastrêsvezes,arelaçãoentreacurasecretaeumareduçãodesintomasse

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revelousuficientementeimprovávelparamerecerumasériaconsideração.Evidentemente, não foi um experimento conduzido no laboratório de uma

universidade. Eu estava doente e recebi três curas secretas. Como pratico afilosofiadaciênciaemminhavidaparticular,fuicapazdetestemunharessacuraaparentemente ajudada pelos espíritos no laboratório de minha vida pessoal.Emborapossamparecer subjetivosepoucocientíficos,osexemplosobedecemaosparâmetrosdasobservaçõeseexperimentaçõesdeprovadeconceito.

Paraqueaatençãoseconcentrenastrêscuras—enãonassincronicidadescomtigres(quesãobastantecuriosas)—,voucomeçardescrevendooprimeirotratamentodecuraqueocorreudepoisdeseisdiasdefebre.Depoisrevelareiassincronicidadeseexplicareicomoelasprepararamoterrenoparaasegundaeaterceira cura. Como elas começaram quando os sintomas estavam apenascomeçando,seránecessárioretrocederaosprimeirosdiasdeminhadoença.CURAESPIRITUALN°1:OTRATAMENTOSECRETOEASUSPENSÃODAFEBRE

Duranteseisdiaseseisnoitesconsecutivas,minhatemperaturaoscilouentre37,5ºe38,5ºC.Tomeiminha temperatura comummoderno termômetrodigitalquemostraatemperaturaemdécimosdegrau.Nesseperíodo,nãosaídacama.A noite, eu fechava a porta do quarto, e Rhonda concordou sabiamente emdormirnasaladeestar.

Erameia-noitedodia12denovembrode2008.Euvinhamonitorandominhatemperaturamaisoumenosacadahora.Comeceianotarqueestavamesentindoumpoucomelhore,porvoltade1hora,verifiqueiqueminhatemperaturatinhacaído abaixo de 37ºC. Continuei checando a cada hora, já que eraconstantemente acordado por acessos de tosse. Para minha surpresa, atemperatura se manteve entre 36,5°C e 37°C, nunca chegando a 37,5°C. Poralgumarazão,minhafebrefinalmentetinhacedido.

Enquantoisso,semqueeusoubesse,Rhondaacordouporvoltadameia-noiteouvindoumavozquelhediziaquedeviafazerumacuraparamim.ComoforacriadanumlarluteranoeadeptodaCiênciaCristã,elaestavafamiliarizadacomapráticadacuraespiritualdesdecriança.Comonavidaadultaseuconhecimentoe seus interesses se estendiammuito alémdo cristianismoedos ensinamentosconvencionais da Ciência Cristã — ela também tinha formação em curareconectiva—,Rhondaacreditaardentementenapremissafundamentaldequetudoé, emúltima instância, expressãodaperfeitamentedivina eque amentehumana pode se elevar e estar em harmonia com a mente universal. Essapremissa fundamental não é exclusiva do cristianismo e da Ciência Cristã; é

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fundamental paramuitas tradições de cura energética e espiritual ao redor domundo,inclusivedojudaísmoedosufismo.

O leitor deve entender que, além de não ser um cristão convencional ouadepto da Ciência Cristã, questiono seriamente algumas de suas crenças epráticas.OqueimportanestecapítulonãoésabersecertascrençasoupráticasdocristianismooudaCiênciaCristãsãoverdadeiras,masaocorrênciafatualeconcomitante de curas específicas e nosso sincero esforço para entender ofenômeno.

Rhonda me contou que foi guiada ao escritório e orientada a escolherpassagens do “Livro Azul”, uma coletânea dos ensinamentos de Mary BakerEddy, fundadora da Ciência Cristã, feita por seus discípulos. Durante otratamento secreto, Rhonda notou passagens do livro que afirmavam que asenhoraEddytinharealizadocurasmilagrosasapenaspronunciandocertasfrasesaosdoentes.Umhomemqueestavaparalisadoháanos,porexemplo,caminhoudepoisqueelalhedisseque“Deusamaatodos”.

Eis uma citação de seu livroNotes on the course of divinity [Observaçõessobrecaminhodadivindade]:

12demarçode1907Umdeleseraumdospioresaleijadosquejávi.Eucaminhavaporumarua—andavaapéporquenãotinhaumcentavo—eviumaleijadocomumjoelhoencolhidoatéoqueixo;seuqueixoseapoiavasobreojoelho.Aoutrapernaestavaviradaparaoladooposto,subindopelascostas.Eumeaproximeidelee linumpedaçodepapelpresoaoseuombro:“Ajudeestepobrealeijado”.Comonãotinhadinheiroparalhedar,sussurreiaoseuouvido:“Deusoama”.Eeleselevantouperfeitamenteereto.Correuparadentrodacasaeperguntoua umamulher (acho que seu nome eraAllen): “Quem é essamulher?”.Amulher lhe disse: “Esta é a senhoraGlover” [depois senhora Eddy]. “Não,nãoé”,eledisse.“Eumanjo.”Eentãolhecontouoqueacontecera.

Aparentemente,RhondatinhaouvidoaVoznasduasnoitesanteriores,masa

ignorara. Por alguma razão, naquela noite de quarta-feira resolveu lhe darouvidos.Elaconvidousuamãefalecida(praticantecertificadapelaigreja),assimcomo a falecida Susy Smith e seres espirituais superiores (como os anjos) aajudaroDivinonacura.

Depois de cerca de uma hora, sentindo que o tratamento estava completo,Rhondavoltouparaasalaedormiu.Namanhãseguinte,fiqueisurpresoaosaberda estranha “coincidência” entre a não planejada e secreta cura espiritual deRhondaeadrásticareduçãodaminhafebre.

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Seriaapenasumfatofortuitoouaquelaconexãoera,comodiziaSusySmith,“coincidênciademaisparaserocasional”?Penseisenãohaveriaumaliçãoasertiradadaquelefato.

Paraexplicarmelhoroqueocorreunasduascurasespirituaissubsequentes,vouvoltarumpoucono tempoeanalisara instalaçãoeaprogressãoda febre.Observe que as sincronicidades com tigres se revelaram importantes porque,comovocêverá,estavamdiretamenterelacionadasàsenhoraEddye,pormaisincrívelquepareça,àsuaexplicaçãosobreacuradaCiênciaCristã.ASSINCRONICIDADESCOMTIGRESINDICAMUMQUADROMAISAMPLO

Foi numa manhã de quinta-feira, 6 de novembro de 2008, que meusesporádicos acessos de tosse, que tinham começado alguns dias antes, setornaram tão fortes que eu já não conseguia falar sem tossir prolongada eincontrolavelmente. Acabei tendo que cancelar todos os meus compromissosdaquele dia, enquanto tentava diminuir os espasmos com pastilhas para agarganta,xaropeerepouso.Naquelanoite,noteiquetinhaumpoucodefebre.

A certa altura, tive um impulso de checar a lista de filmes disponíveis empay-per-viewnatevêacabo.UmdeleseraOtigreeodragão2.Eu ouvira falar do filme, mas ele me pareceu complicado demais para meuestado,demodoquesimplesmenteregistreisuapresençanalista.

Naquelanoitedormimuitomal.Namanhãseguinte, a febre tinha subidoamaisde38°Ceeumesentiapéssimo.Decidificarnacamaedaraocorpomaisumdiadedescanso.Quandoficodoentedeverdade,aúnicacoisaquegostodefazeré releros romancespoliciaisdeRobertB.Parkerque têmSpensercomoprotagonista. Trata-se de um ex-policial e detetive particular de Boston queadora cozinhar e citar poesia. Sua namorada é uma psicóloga formada emHarvard,eeleéumhomemdedicadoàverdade,àintegridade,àéticaeafazeromelhorquepode.

Fuiatéagaragem,abriacaixaondeguardavameusromancesdeSpenserepuxei o volume que estava no alto da pilha,ACatskill eagle. Quando relia oromance,noteiqueoautorusavaaspalavras“tigre”e“agachado”muitasvezes.Umavez,Parkerusouapalavra“tigre”deumamaneirainesperada:“Cadaportaqueabríamoseracrucial.Haveriaumasenhoraali?Ouumtigre?”.Eoutravezeleusouapalavra“tigre”deumamaneirasurpreendente,referindo-seaalguém“[...]queseguravaapontadorabodeumtigre”.

Nasexta-feira,comeceiarelerosegundoromancedeParker(noqualnãohámençãoa“tigre”)econtinueilendo-onosábado.Nessedia,passeialgumtempo

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assistindo a um jogo de futebol entre a Universidade do Alabama e aUniversidade do Estado da Luisiana, realizado no estádio da Universidade daLuisiana,quedescobrieraasededosTigers(tigres).Haviaatéaimagemdeumtigrenoestádio.

Ao mesmo tempo, em outro canal, realizava-se outro jogo de futeboluniversitário entre a Universidade Estadual da Pensilvânia e a UniversidadeEstadualdeIowa.Surpreso,ouviosapresentadoresconversandosobreTony,theTiger [Tony, o Tigre]. Duas menções a tigres na televisão relacionadas comfuteboleaomesmotempo?Comeceiatomarnotas.Rabisqueialgumasobservaçõessobreessaspossíveissincronicidadesnapáginade rosto de A Catskill eagle. Eu sabia que esqueceria os detalhes se nãoregistrasseosfatosàmedidaqueelesfossemacontecendo,emespecialporqueestavadoenteeumtantogrogue.

Depois descobri que um filme de James Bond estava passando em outrocanal.Quando sintonizei esse canal, Bond estava num carro dirigido por umaagenteesendoperseguidopelocarrodobandido.AcenasepassavanoJapão.EntãoBondfalouaotelefonecomumhomemestrangeiro.Paraminhasurpresa,seucodinome,comovocêpodeimaginar,eraTiger.

Pensenoseguinte:foramtrêsmençõesatigrenatelevisãoduranteumcurtoperíodo. Então, acrescentei a referência do filme de James Bond à lista deimprováveissincronicidades.

Na manhã seguinte, domingo, 9 de novembro de 2008, comecei a reler oterceiro romance policial de Parker, Taming a seahorse. Notei que um dospersonagensprincipaistrabalhavaemumlugarchamadoTigerLilies.Napágina23,alguématendiaaotelefonedizendo“TigerLilies”e,napágina87,haviaseismenções a tigres. Como eu logo descobriria, não só a palavra “tigre” eraimportantenocaso,mastambémsualigaçãocomlírios(lilies).

Fiz uma pausa na leitura e liguei a tevê. Num canal em espanhol, estavasendoexibidoumjogodotimemexicanodosTigres.

Então Rhonda entrou no quarto e me disse que seria exibido na tevê umdocumentário chamado Growing up tiger. Pensei na improbabilidade de umdocumentário sobre tigres estar sendo exibido naquele momento. Apesar deminhadificuldadeparameconcentrar—emmeioàsdores,náuseasevertigensdadoença—,não resisti aassistiraoprograma,quemostravadois filhotesdetigreduranteoprimeiroanodevida.Omachochamava-seSergeant;eafêmea,TigerLily.Exatamenteisso:TigerLily3.

Primeiro eu tinha lido sobre um lugar chamado Tiger Lily no romance deParkereagoraviaumfilhotedetigrechamadoTigerLily.

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Eambosnomesmodia.Qualeraaprobabilidadedisso?Arespostaé:minúscula.EumalpodiaesperarparacontaraRhondasobrealigação.

Quandoodocumentário terminou,Rhondavoltouaoquartoexcitada.Antesque eu dissesse qualquer coisa, elame lembrou de que sua querida cadela daraçaborzóiquemorrerahaviamaisdedezanoschamava-seLila.Rhondaeeuestávamospensando emadotar outroborzói, queRhondapretendia chamardeTigerLily.Esuainspiraçãosobreonomedenossofuturocãonãopodiasermaispropícia.

Outra notável sincronicidade ocorreu na manhã seguinte. Recebi umtelefonemadodoutorRobertStek,queestavaemRegina,noCanadá, fazendoumaapresentaçãodenosso artigo sobreSirArthurConanDoyle, cujahistóriaenvolvia o espiritualismo, e nossa mais recente pesquisa sobre a vida após amorteenvolvendoSirArthur.Numsegundolivro,aindaemelaboração,escrevisobre uma série de sincronicidades com tigres emencionei que algumasdelasenvolviamodoutorStek.Ambososlivrosilustramcomoaautociênciapodeserusadaparadescobriredocumentaraexistênciadesériesdesincronicidadesemnossa vida — que chamo de supersincronicidades — e como a ciência e aespiritualidadeestãoavançadasnoexamedessesfenômenos.

Bob tinha ligadonãosópara relataroque tinhaacontecidonaConferênciaInternacionalsobreSherlockHolmes,mastambémparamecontarumacuriosasincronicidade que envolvia a bandeira da província de Saskatchewan, cujacapitaleraRegina.Nocentrodabandeirahaviaumaflor:precisamenteumtigerlily.

Euestavacomeçandoaacreditarqueassincronicidadescomtigresduranteaminha doença eram muitas para não terem algum significado, mas não tinhaideiadequalfosse.Aessaaltura,afebrejáduravaquatrodias,amaislongaquetiveraemanos.

Naquarta-feira,sextodiadefebre,euestava irritadíssimo.Tinhaaprendidovárias técnicas de autocura energética que poderia ter aplicado se tivesselocalizadoumsintoma físico específico, comodornas costasou sangramento.Mas,emmeioàfebre,tontura,náusea,dorefadiga,nãoconseguiafocarminhaatençãoeusarnenhumadelas.Tudoqueeufaziaeraverumpoucodetelevisãoereler os romances policiais de Parker (nessa quarta-feira, Rhonda saiu paraconsertar nosso carro e notou um lindo tigre de pelúcia na vitrine de umadrogaria.Elaocomprouparamim,elhedeionomedeTigerLily.Essefatoeunãopodiaconsiderarumasincronicidade.EmboraRhondaotivesseencontradoporacaso,elatambémestavaatentaatigres).

Então, nanoite dequarta-feira, por volta dameia-noite,minha temperaturacaiu de repente e, namanhã seguinte, como já contei, fiquei sabendo da cura

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espiritualpraticadaporRhondasemeusaber.Observequeessacuraespiritualnão tinha nenhuma ligação óbvia com tigres. Além disso, jamais passou pelaminha cabeça ou de Rhonda que as sincronicidades com tigres pudessem teralgumaligaçãocomumacuraespiritualsubsequente.

CURAESPIRITUALN°2:OTRATAMENTOSECRETOEOFIMDATOSSE

Posso dizer que, com a suspensão da febre, as sincronicidades com tigrestambémcessaram.Reli um total de quinze romances deParker duranteminhadoença,esóoprimeiroeoterceirofaziammençãoatigres.

De quinta-feira a sábado, senti como se uma frota de caminhões tivessepassadosobremeucorpo.Emboraestivesseextremamentecansado,aausênciade febre era uma bênção. Entretanto, os acessos de tosse tinham piorado,especialmente à noite. Eu acordava a cada quinze ou quarenta minutos comacessos incontroláveis. Rhonda continuou dormindo na sala, mas às vezes atossetambémadespertava.

Então, no sábado à noite, por volta de uma hora, tive um acesso de tosseparticularmentegrave.Achoquefoiopiorquejátive.Mas,depoisdesseacesso,noteiqueatossecedeu.Naverdade,umahoradepois,conseguidormir,edormiaté asoitodamanhãpraticamente sem tossir.Malpodia esperarpara contar aRhondaqueminhatossepareciatercedidoderepente.

Pela manhã, quando encontrei Rhonda na sala de estar, ela estava ansiosapara falar comigo. Disse que me ouvira tossir, como acontecera nas noitesanteriores,masdessavezouviraumavozquediziaqueelaprecisavameaplicarum tratamento. Ela foi até o escritório e, dessa vez, escolheu ao acaso umcapítulo do clássico deMary Baker Eddy,Ciência e saúde com a chave dasEscrituras.

Rhondamalpôdeacreditarnoqueleu.AsenhoraEddyusavaametáforadeumtigre!Aprincípio,penseiqueelaestivessebrincamdo,maslogopercebiqueestavaerrado.Eisacitaçãodoparágrafoquetrazametáforadotigre:

Semachamadamentehumana,nãopodeexistirnenhumaaçãoinflamatóriaou letárgica do sistema. Elimine o erro e você destruirá seus efeitos.Encarando um tigre nos olhos sem medo, Sir Charles Napier o enviou,tremendo de medo, de volta à selva. Um animal pode enfurecer outroencarando-o nos olhos, e ambos vão lutar por nada. O olhar do homem,fixado corajosamente num animal feroz, em geral o faz fugir aterrorizado.Essa ocorrência representa o poder daVerdade sobre o erro—o poder da

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inteligência exercido sobre as crenças mortais para destruí-las; enquanto ahipnose e a perfuração higiênica, adotadas para curar a matéria, sãorepresentadasporduasbasesmateriaiserradas(grifosmeus).Rhondaestavaassombrada.Tentesecolocarnolugardela.Seumaridoestava

sofrendo com uma gripe violenta. Ela esperara seis dias para fazer umtratamento espiritual—vocêdeve se lembrardequenão lhepedi que fizesseisso.Elaacaboufazendooprimeirotratamento(eosdoissubsequentes)semqueeusoubesse.Nomomentoemquerealizouoprimeirotratamento,elanãosabiaoqueestavaocorrendoaomesmotempo,ouseja,queminhafebretinhacedido.

TiveaimpressãodequeRhondarelutavaempraticaracuraporrespeitarascrençasevaloresdosoutros.Elamedissequesentiuanecessidadedemecurarapenas porque ouviu uma voz dentro de sua cabeça. E, para sua surpresa (eminha),seuesforçofoirecompensadocomasuspensãodafebre.

Agora,tenteimaginarcomofoiparaRhondaacordarquatronoitesmaistardecom o sentimento de que devia realizar um segundo tratamento secreto. Elaestavaouvindoomaridotossircomolouco.Foiatéoescritório,folheouCiênciaesaúdeecomeçoualerumcapítulo.Duaspáginasdepois,deparou-secomumapassagemquesereferiaaumtigreeaoprocessodecura!

Dessa vez Rhonda soube que seu tratamento provocara a redução dossintomas da minha gripe, porque percebeu que parei de tossir. Nós doisdormimos o resto da noite, e só pela manhã fiquei sabendo do segundotratamentoedoqueRhondalerasobreumtigre.

Maistardenaqueledia,volteiaoescritóriodeRhondaereliapassagem.Assincronicidades com tigres apontavam para a mensagem contida naquelapassagemsobreamentehumanaesuascrenças:“Essaocorrência representaopoderdaVerdadesobreoerro”.

Como já disse, estava pensando emescrever um livro sobre nossa parceriacomosespíritos,mastinhasidoimpedidopelafaltadeexperimentoscientíficosqueconfirmassemoqueeusabiadentrodomeucoraçãoevivenciavaemminhavida:queosespíritosestãodispostosanosajudar.Ousariaeuiradianteusandoaautociênciacomoumdosparâmetros?Maseu tambémestavaadmiradocomaforma como amensagem chegara atémim. Eu poderia ter tirado o IChing eobtido umamensagem semelhante,mas parecia que os espíritos quiserammemostrarquenossavidaéametáforaparaomundoespiritualeseusefeitos.OSTIGRESDETOMBSTONE

Senti necessidade de celebrar a aparente emergência de uma lição que

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envolvianãosóacuraespiritual,mastambémumentendimentomaiscompletosobre nossa parceria com os espíritos, um dom que Rhonda e eu estávamosrecebendo individual e coletivamente.Além disso, dali a três dias seria nossoaniversário de casamento. Sugeri a Rhonda que, se ela estivesse disposta adirigir, poderiamos ir a Tombstone, no Arizona, almoçar num pequenorestauranteetalvezcompraralgumacoisaparacomemorarnossoaniversárioeamisteriosacurarelacionadaaostigres.

RhondadirigiuatéTombstone.AlmoçamosnoPioneerGrill,famosoporsuamaravilhosaculináriacaseira,edepoiscaminhamosatéaArlene’s,amelhorlojade produtos nativos americanos. Já tínhamos adquirido algumas peças de artenativanaquelaloja.

Osnativosamericanosemgeralnãocostumamesculpiroupintartigres,umavez que não são naturais daAmérica doNorte. Entretanto, por alguma razão,Rhonda fez aò vendedor uma pergunta queme pareceu totalmente descabida:haverianalojaalgumapeçadeartecomtigres?

Para nossa surpresa, o vendedor explicou que, na semana anterior, tinhamrecebidoumconjuntodeesculturasdedivindadesindígenas,eumadelaseradeum tigre! Na verdade, o proprietário solicitara a escultura de uma divindadenativaemformadetigre—algoquejamaisfizera.

Aquiloeraridículo.AesculturadeumtigrenumalojadeartigosindígenasdaAmérica do Norte? Infelizmente, a peça era muito cara, de modo que não acompramos,masovendedornospermitiutiraralgumasfotos.

O proprietário da Arlene’s tinha outra loja de arte contemporânea. Fomosvisitá-laedescobrimosumapequenaestátuadeumtigre,quecompramoscomolembrança.Chamei-adeMary,emhomenagemàsenhoraEddy.

Quando voltamos de Tombstone, eu estava esgotado. Tivera aventurassuficientesparaumdia.LigueiatevêeviqueestavapassandoofilmeAvoltado todo-poderoso, uma comédia espiritual estrelada porMorganFreeman, quepedia aEvanBaxter, umnovomembro doCongresso, representado porSteveCarrell,queconstruísseumaarcaparaDeus.

Eu vira A volta do todo-poderoso pelos menos umas dez vezes, em parteporqueJohnDebney—quecompôsamúsicaparaofilme,assimcomoparaOtodo-poderosoeOmistériodalibélula—eraumamigomuitoquerido.RhondaeeutivemosoprivilégiodeestaremLosAngelesquandoJohnregeuorquestraecoroparaatrilhadofilme.

Para minha surpresa, a cena encontrada por acaso tinha tigres. Das outrasvezes, eunãoprestara atenção aos tigres.Mais tardedescobri quehavia cincocenascomtigres.OquefoisignificativoparamimfoitervistoAvoltadotodo-

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poderoso com outros olhos logo depois de ter colocadoMary, a estatueta detigre,sobreminhamesa.

ExatamentequandoAvoltadotodo-poderosochegavaaofim,RhondaentrounoescritórioemedissequeodocumentáriodoHistoryChannelchamadoThebrain,apresentadopelodoutorDeanRadin,estavaprestesacomeçar.Sintonizeiocanalecomeceiaassistiraodocumentário.Eujáotinhavistoantes,masfaziacertotempo.Naverdade,nãomelembravadequeDeanfalavadapesquisasobreprecogniçãooudapesquisasobreavidaapósamorte.

Duranteodocumentário,tiveoprazerdeverDeanfalarsobrearelaçãoentreascapacidadesmediúnicaseogolfe,usandoTigerWoodscomoexemplo!HaviaatéumacenaemqueTigerdavaumatacada.

Porqueavoltadas sincronicidades com tigres?Eumeperguntei.SeráqueRhondaeeutínhamosmaisoqueaprender?

Estavaclaroqueemduasocasiões—umavezduranteafebreeoutraduranteos acessos de tosse — eu percebera uma coincidência entre as drásticasremissões demeus sintomas e a cura secreta realizada por Rhonda. Podia terhavido uma dupla coincidência, mas uma tripla ocorrência sugeria que eracoincidênciademaisparaseracidental.

Comoacabouacontecendo,houveum terceiro tratamento.Eeleocorreunamanhãdenossoaniversáriodecasamento.CURAESPIRITUALN°3:OTRATAMENTOSECRETOEOFIMDATOSSENOTURNA

A aventura do domingo foi demais para meu sistema imunológicoenfraquecido,porquenaquelanoitea tossevoltoucomforça total.Rhondameouviutossir,masaparentementenãosemexeuounãofoiimpelidaafazeroutrotratamento. Para falar a verdade, não pedi que ela me curasse. Minha tossecontinuouatésegunda-feira.Mas,naquelanoite,osacessosforamépicos.Semqueeusoubesse,Rhondafoiinspiradaafazerumterceirotratamento.Maisumavez, no meio da noite, minha tosse de repente cedeu, exceto por algunsmomentosdetossefraca.

Namanhãdeterça-feira,nossoaniversário,Rhondaconfessouquetinhafeitoumterceirotratamento.Nessemomento,sentianecessidadeearesponsabilidadede saber exatamente o que ela estava fazendo.A verdade é que eu nunca lhepediraparaescrever,detalhadamente,emqueconsistiaseutratamentodecura.

Abaixo,aexperiênciadeRhonda,segundosuasprópriaspalavras.Emnomedaclareza,inserialgunscomentáriosquandojulgueiapropriado.

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17denovembrode2008Estanoite,fuidormirnosofánovamente,paradaraGaryespaçopararelaxaredormirempaz.Acertaaltura,fuidespertadaporumacessoviolentodetosse.Imediatamenteecomfirmeautoridade,declareiemumsussurro:“Não,não,não!Essanãoéaverdade.Garynãoestádoente.Elenuncateveumresfriadooutosse.Enãoestouimpressionadaoucommedodoqueestáacontecendo.Éumamentira,enãoaceitonemacreditonoqueaparentementeestououvindo”.

ParaaquelesquenãoestãofamiliarizadoscomafilosofiadaCiênciaCristã,

ospraticantesacreditamqueaessênciadeumapessoaéespiritual,enãofísica,equenãoexistedoençaemsuaessência espiritual.Oque sevê comodoençaéconsiderado uma ilusão, porque o que parecem sintomas não representam averdadeiraessênciaouarealidadedeumapessoa.

Naturalmente, os sintomas estão ocorrendo: o termo “ilusão” refere-se ànossa interpretação do significado dos sintomas físicos, não à existência desintomasfísicosemsi.

Ao contrário, a presençade sintomas físicos é vista como consequência deerros na compreensão da essência da realidade. Os praticantes acreditam que,quandoseconectamhonestamentecomaessênciasuperiordarealidade—queeleschamamde“VerdadeDivina”—,averdadeiranaturezadeumapessoaseexpressa.Nessesentido,elesestão“encarandootigredadoença”.

Então, mentalmente, afastei meu pensamento de Gary e as evidênciassensoriais (as evidências que experimentamos com os sentidos), e só meconcentrei em Deus. Permiti que a totalidade de Deus preenchesse minhaconsciência, sem deixar nenhum espaço para qualquer outra coisa, eprosseguicomumtratamentometafísicodeoração,maisoumenoscomoaseguinte:Deus,oEspírito,éotodo—nadamaisexiste.Deuspreenchetodooespaçoe criou tudo o que existe, e sua criação é espiritual e perfeita, imutávelatravésdetodaaeternidade.GaryéumaideiaespiritualmantidaporDeusna sua Mente — perfeita em forma e função. Não existe inação, açãoexageradaoureaçãonosatosdivinos.E,naequipolênciadeDeus,todasaspressõese temperaturassãoestáveis,porquesãogovernadasecontroladasporDeus.

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Observe que essa oração é muito diferente da típica prática de curaenergética,assimcomodeváriasoutraspráticasdecuraespiritualbaseadasnaoração.EmnenhummomentoRhondameenviouconscientementeumaamorosaenergia de cura. Em nenhum momento ela tentou conscientemente usar suaintenção e sua energia para melhorar meu sistema imunológico ou suprimirminhatosse,nemrogouaDeusparamecuraroumedevolverasaúde.ERhondatambémnãoaplicouastécnicasdacurareconectiva.

Em vez disso, Rhonda fez uma série de afirmações filosóficas sobre suacrençanaessênciaenarealidadedouniverso,naunidadeetotalidadedetudooqueexiste,eencheusuaconsciênciacomessafilosofia.Issoeranovoparamim:Normalmente, isso encerraria meu tratamento, mas, como minha mãe, quemorreraalgunsanosantes,eraumapraticanteecuradoradaCiênciaCristã,pediaelaquemeajudassesepudessemeouvir.Elamemostraramuitasvezesquecontinuavavivaeenvolvidaemminhavida.PararespeitarGaryeseuinteressecientíficonãoapenasnosquetinhampassadopara o outro lado,mas também na existência de anjos e guias, convidei SusySmithetodososanjos,guiaseseresdequalquerespécie,seestivessemouvindomeupedido,paraajudarGaryaselivrardadoençaedormirbemnaquelanoite.

Depoisdessetratamentosecreto,dormiumsonotranquiloereparador,anãoser por uma ida ao banheiro. E continuei dormindo bem nas noites seguintes.Meus acessos de tosse cessaram depois do terceiro e último tratamento deRhonda.

Emminhasseisdécadasdevida,jamaissentiraoutestemunharanadacomoaquelasequênciadecuras.Natentativadeenfrentaraqueledécimoprimeirodiadegripe,nãoumanemduas,mastrêsvezes,vimeusgravessintomascederemimediatamente depois dos três secretos e não solicitados tratamentos de curaespiritual.

Num sentido profundo, eu desconhecia totalmente a verdadeira ocorrênciados tratamentos. As curas ocorreram semmeu conhecimento. Mais uma vez,minhavidapessoalestavaseorganizandopara funcionarcomoum laboratórioparaadescobertaeoaprendizado,nãosóparamim,mas também,nessecaso,paraminhaesposaRhonda—eagoratambémparavocê.MASOQUEISSOSIGNIFICA?

Minhaexperiênciadecuranãofoievidentementeumexperimentocontroladoemlaboratóriosobosauspíciosdauniversidade.Entretanto,foiumexperimentodavidareal,otipoquerealmenteimporta.Cientistaspodemconceberelegantesexperimentos em laboratório que não se aplicam ao mundo real. O teste

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verdadeiro é saber se os teoremas descobertos pela ciência formal podemexplicarasoperaçõesdanaturezaedomundoreal,ouseomundoreal inspiranovos teoremas,comonocasodeEinstein:comoomovimentorelativodeumtrem e pessoas caminhando na plataforma contribuíram para a sua teoria darelatividade.

O cerne da ciência é a observação do mundo natural, e mudanças deparadigma surgem quando teorias prévias não explicam adequadamente umconjunto de fenômenos observados. Como isso envolve observação e análisecientífica, o primeiro passo foi utilizar a mim mesmo como sujeito dessasexplorações da autociência sobre os espíritos e seus possíveis efeitos de cura,sendoahipóteseosegundopassoearepetiçãoemlaboratóriooterceiro.

Eu poderia gastar páginas e páginas detalhando as várias explicaçõespossíveisdastrêscurasqueocorreramequeincluíram:

1.remissõesespontâneas,acompanhadasporcoincidênciasaltamenteimprováveis,masnãoobstantecasuais;2.fraudee/oupercepçãoerrôneadaminhaparteoudapartedeRhonda;3. uma pista sutil da parte de Rhonda que pudesse ter sido percebida pormim,ochamadoefeitoplacebosutil;4.osefeitosdiretosdoamoredacompaixãodeRhondafocadosemminhabioquímica e fisiologia. Em outras palavras, os efeitos de sua energia eintençõesamorosasemrelaçãoamim;5.aajudadosespíritos,entreelesumafalecidacuradora,anjoseopróprioSagrado.

Se considero a quinta hipótese seriamente é por causa da presença das

estranhas sincronicidades com tigres que cercaram as curas, e o fato de elasterem persistido mesmo depois que captei a mensagem. Parece que issoaconteceuparaqueeupudessetomarconhecimentodeumafilosofianãoapenasdecura,mastambémdaconvergênciaentreomundoespiritualeonossocomobasedeumaparceriasagrada.

Apersistenteocorrênciadassincronicidadescomtigres,entremeadascomosescritos da senhora Eddy, indica a forte possibilidade de que algo maiscomplexo,inteligenteeimpressionanteestivesseocorrendo.Averdadeéque,seos espíritos podem se envolver na cura física, não sabemos se isso funcionacientificamente.

UsandoafrasedasenhoraEddyqueintroduzestecapítulo—eesseéocasocientificamente—, somoscomobebêsquando se tratadenossoconhecimentosobre o papel dos espíritos na saúde e na cura. Entretanto, não temos que

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permanecer na infância.Temos a oportunidade de usar o domde nossamenteinvestigativapararesobveressaspreciosaseprofundasquestões.

Se tivermoscoragemsuficientepara fazeressasperguntas, enfrentaremosotigreolhando-onosolhos.Notas1.OG.O.D.notítulo,alémdeumareferênciaaDeus(God),éasigladoqueoautorchamade"guiding-organizing-designingprocess”,ouseja,“processodeorientação,organizaçãoeplanejamento”.(N.T.)2.Eminglês,Crouchingtiger,hiddendragon[Tigreagachado,dragãoescondido](N.T.).3.TigerLilyéonomegenéricodeumaespéciedelírionativodonorteelestedaÁsia,inclusivedoJapão,cujonomelatinoéLiliumlancifoliumouL.tigrinum.Emportuguês,échamadodelíriotigrado.(N.T.)

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10.OPAPELDOSESPÍRITOSNACURAEMOCIONAL

Éaféquenoslevaatélá.—dofilmeOmistériodalibélula—

Explícitaouimplicitamente,amotivaçãoportrásdetodososrelatosdeaparenteeespontâneaajudaespiritualrelatadasnestelivrofoioamor.

O amor é o denominador comum que tem impulsionado os espíritos (1) arevelarsuapresença,(2)aoferecerinformaçõesúteiseatémesmoproteção(eàsvezes a ocultar intencionalmente informações secretas) (parte II) e (3) aparticipardecurasedenossacompreensãodelas(parteIII).

Amesma conclusão, de que o amor é a forçamotora, parece se aplicar aoaparecimento predominante de sincronicidades, em especial quando elasparecem ter sido mediadas pelos espíritos. Mais uma vez, sincronicidade é aocorrência, num período de tempo muito curto, de dois ou mais eventosaltamenteimprováveis,dosquaisumnãocausaooutro,masindicaapresençadeinfluênciasouenergiasinvisíveisparaqueacoocorrênciasedê.

Oquevocêvaileremseguidaéorelatofieldeumasériedesincronicidadesenvolvendo libélulas que não só parecem ter sidomediadas por espíritos,masque em última instância envolvem a cura espontânea de um profundo traumaemocionalmediadaporespíritos.

Como você se sentiria se fosse assistente de um cirurgião e sua esposa,portadoradeumagravedoença,tentasseosuicídiocortandoagarganta,evocê,aoencontrá-lamorrendo,tentasseemvãosalvarsuavida?Comoseriasevivessecom a culpa do fracasso e, um dia, sua esposa aparecesse de uma maneirainesperada,masconvincente,elhedissessequesuamortenãoforaculpasua?

QuandoviofilmeOmistériodalibélula,nãotinhaamenorideiadequeelelevariaaumasériedesincronicidadesdiretamenterelacionadascomaorientaçãoespiritualeacuraemocional.Emboraofilmefosseprofundamentecomoventeesignificativo paramim, não suspeitei de que suamensagem inesquecível logofloresceriaeminimagináveissincronicidades.

Oenredodofilmeenvolveumcasaldemédicosprofundamenteapaixonados:omarido,odoutorJoeDarrow,especializadoemmedicinadeemergência,esuamulher, a doutora Emily Darrow, que trabalha na oncologia pediátrica. Emilyestágrávidadeumamenina ansiosamente esperada eviajapara aAméricadoSul numa missão da Cruz Vermelha destinada a ajudar crianças. Um terrívelacidenteocorre,etodos,inclusiveascrianças,omotoristadoônibuseEmilysão

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dadoscomomortos.Depoisdoacidente,Joe,interpretadoporKevinCostner,começaapresenciar

emsuacasaestranhosacontecimentosenvolvendoumadascriaturaspreferidasda esposa, a libélula. Cético, Joe não consegue acreditar nos acontecimentosrelacionados a libélulas, que sugeriam a contínua presença damulher em suavida.

EmboracumprisseapromessafeitaaEmilydequecuidariadeseuspacientespediátricossealgolheacontecesse,Joedescobrequeváriascriançasquetinhamtidoumaparadacardíacaeressuscitadopassaramporestranhasexperiênciasdequase morte que envolviam sua esposa falecida. As crianças afirmavam queEmily estava querendo transmitir a Joe uma mensagem, mas não sabiam seuprecisosignificado.

Lembrodeterouvidoacomoventemúsicaqueacompanhaessascenaseterficado curioso sobre o compositor. Embora a história seja às vezesmelodramática, o filme retrata com precisão as alegações controversas de quepessoas que passam pela experiência de quase morte às vezes recebemmensagens de pessoas falecidas— tanto de entes queridos como de pessoastotalmenteestranhas.

Vendoseumundodecabeçaparabaixoeforadecontrole,Joeouveahistóriadeumafreira,irmãMadeline,queestárecolhendodadossobreaexperiênciadequasemortedascrianças.Eleencontraa irmãMadeline—numainterpretaçãocomoventedeLindaHunt—numacapela iluminadaporcentenasdevelas.AirmãMadelineexplicacientíficaepoeticamentequeessasexperiênciadaoutravidasãomuitasvezesreais.

No fim dessa fascinante e profundamente importante cena, ela faz umasimples afirmação que toca Joe profundamente. Tendo ao fundo a maiscomoventeelindamúsicaquejáouvi,airmãMadelinediz:“Eaféquenoslevaaté lá”.Essa frase foium lembrete euma revelaçãoparamim.Lembrou-measugestiva frase do iogueBerra: “Se eu não tivesse acreditado nisso, eu não oteriavisto”.

O que o filme transmite é que, embora conhecimento e habilidades sejamessenciaisemqualquerempreendimento,éaenergiadacrençaquenosmotivaenos inspira;poderíamosdizerqueatraiascondiçõesquenosajudamarealizarnossas tarefas, sejam elas deste ou de outro mundo. Em simples palavras,emboraoconhecimentopossanosguiar,éaféquenoslevaatélá.Omistérioda libélula tornou-seumdemeus filmespreferidos sobre temas

espirituais.Mas,quandooassistipelaprimeiravez,não tinha ideiadequeeleacabaria precipitando acontecimentos futuros totalmente imprevisíveis, cujoclímax seriameu encontro comum cão gigante, a jovemque o adotara e sua

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mãe,cujaamigateveumanotávelexperiênciadequasemortequetransformousuavidae,nofinaldascontas,tambémaminha.AFALECIDASUSYSMITHESUASMENSAGENSDOOUTROLADO

Estahistóriaéum tantocomplicada,demodoquepeçoao leitorque tenhapaciência comigo. Exceto pela troca de alguns nomes e detalhes secundários,necessáriosparapreservaroanonimatodaspessoasenvolvidas,esteéumrelatototalmenteautêntico.

Eram umas cinco horas da manhã e eu me preparava para viajar para aCalifórnia, onde faria uma série de palestras durante uma semana. Meuprograma incluía uma apresentação no Instituto de Ciências Noéticas, ondefalariasobreolivroTheafterlifeexperiments[Experimentossobreavidaapósamorte] e participaria de umevento de fimde semanapatrocinadoporDeepakChopraemLaCostaResort.

Como ficaria fora da cidade por uma semana, precisava resolver váriosassuntos pessoais e profissionais antes de viajar. Antes de partir para auniversidadeedepoisparaoaeroporto,chequeimeuse-mailseencontreiumamensageminesperadadeJoan,amédiumdocapítulo5.Vocêdeveselembrardeque Joan tinha entrado em contato comigo pela primeira vez porque estavarecebendomensagensdafalecidaSusySmitheacaboumeajudandoadescobriro paradigma dos dois mortos proposto por Susy. Desde então, Joan e eutínhamosencerradonossas investigaçõesparticulares.Mas,devezemquando,elametransmitiamensagensquealegavaseremdeSusy.

Nessee-mailemparticular,JoanmencionouqueSusysereferiaaofilmeOmistérioda libélula e que isso era importante.Susy tambémafirmavaque embreve eu encontraria uma pessoa famosa muito importante para o trabalho.Quandopenseinessasafirmações,lembreiquetinhaagendadoumencontrocomalguémquecompunhamúsicaparaocinema.Seunomenãomeera familiarenãoprocureiporelenainternet.

OcompositortinhalidoTheafterlifeexperimentseficaratãocuriosoqueeleeamulher tinhamsolicitadosessõescomumdosmédiunsqueeu testaraeaoqualmereferianolivro.(Pediramquenãofossereveladoonomedessemédium.NãoeraJoan,eelaaindanãoconheciaessemédium.)EleeafamíliaviviamnaCalifórniaedecidimosnosencontrarduranteaviagem.

Depoisdoe-maildeJoan,umpensamentosurgiunaminhacabeça:seráqueessa pessoa teria alguma relação com o filme O mistério da libélula?Rapidamente,procureiseunomenoGoogle:John

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Debney.Descobriqueeleeraocompositordacomoventemúsicadofilme!Nãoconsigoexpressarminhaexcitaçãoempalavras.Euacabaradedescobrirqueembreveiaconhecerocompositorcujamúsicametocaraaalma.

Masomaisimportanteéqueeuforalevadoaessadescobertaatravésdoe-mail de umamédium que viviamuito longe e que afirmava ter recebido essainformaçãodafalecidaSusySmith!EstariaSusypreparandoalgonovo?

Nummomento de entusiástica gratidão, escrevi a Joan e a John para lhescontarcomoforalevadoadescobrirnossaligaçãoatravésdofilmeOmistériodalibélula.Joanrespondeuparamelembrarqueelatambémtinhaumaligaçãocomo filme.Havia algum tempo, tinha descoberto que falava uma língua que nãoentendia e nunca aprendera, e levara anos para descobrir se tratava-se de umaalgaraviasemsentidoouumalínguaexistente.Umestudiosodelínguasnativasda América do Sul revelou que se tratava de um dialeto relativamentedesconhecido dos índios ianomâmis. E a língua falada pela tribo que tem umpapelcríticoedramáticoemOmistériodalibélulaera,comovocê jádeve teradivinhado,oianomâmi.

AgoraeramtrêssincronicidadescomOmistériodalibélula:acomunicaçãodeSusy,meu futuro encontro como compositor da trilha sonora do filme e aextraordinárialigaçãoentrealínguafaladaporJoaneofilme.Definitivamente,algumacoisaestavasendotramada.Minhamentevoavanaspossibilidades.SeráqueminhaqueridaSusyestavapreparandomeuencontrocomocompositordatrilhadeOmistériodalibélula!Ouseráqueotemadofilme—umamensagemdoalém—tinhaalgumarelaçãocomminhapesquisasobreavidaapósamorte?

Eu não sabia. Não tinha tempo de pensar em tais possibilidades enquantopreparavaminhaviagem.Fuiatéacaixadecorreio.Entreascartasecatálogoshaviaumenvelopedourado.Paraminhasurpresa,eradeJohnDebney!SeráqueJohnestavameenviandoumCDdesuamúsica?SeriadeOmistériodalibélula!Minhasmãos tremiamquandoabrioenvelope.DentrodelehaviaumacoleçãodeCDs,eumdeleseraatrilhasonoradeOmistériodalibélula.

Contendo as lágrimas, abri oCD e o coloquei para tocar.Brotou amúsicagloriosa que John tinha composto para o filme.Corri ao computador e envieioutroe-mailparaJohneJoan,contandodhestodasessassincronicidades.

Aessaaltura,eusabiaquealgoespecialestavaacontecendo.Imagineioqueviriaemseguida.

Umasemanamaistarde,oquepareciaimpossívelaconteceuaosmontes.ODOGUEALEMÃOADOTADOEUMACURAMEDIADAPELOSESPÍRITOS

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Embora minha viagem à Califórnia tenha sido memorável, ela apenas

preparou o terreno para o que aconteceria quando voltei a Tucson. O queaconteceu é que não encontrei os Debneys nessa viagem. Eles tiveram quecancelar nosso encontro devido a uma doença inesperada e marcamos outroencontropara omês seguinte. Isso acabou sendopropício.Quando finalmentenos encontramos, eu tinha encontrado inadvertidamente evidências de que otemadofilmeOmistériodalibélula,dequemensagenspodemsertransmitidasespontaneamenteduranteexperiênciasdequasemorte,erareal.

Eisoqueaconteceu.VolteiaTucsonnumatardedesegunda-feira.Tinhaumjantarmarcadopara

aquelanoitecomumdemeuscolegasdauniversidadeedevíamosnosencontrarnumrestaurantechinêsnãomuitolongedeminhacasaàsseisdatarde.Convémdestacar que já tínhamos jantado juntos pelomenos umas cinquenta vezes emcinco anos,mas nunca antes daquela noite num restaurante chinês. (Enquantorevisava este capítulo, fui inspirado a acrescentar o nome do restaurante:TheGoldenDragon. E só quando digitei o nome percebi a ligação que tinha mepassadodespercebida1.)

Como cheguei ao restaurante com 15 minutos de antecedência, tive ainesperada oportunidade de encontrar o maior cachorro que eu já vira.Curiosamente,relacionadaaessecãohaviaumahistóriarealdeexperiênciadequasemorteaindamaisinacreditáveldoqueadofilme.

Perto da esquina do restaurante The Golden Dragon há uma lanchoneteStarbuckscommesasnacalçada.Aumadasmesasestavamtrêsmulhereseumgigantesco dogue alemão. Esses cães costumam ser grandes, mas esse eraenorme. Como adoro cachorros, quis conhecê-lo. Quando me aproximei delecalmamente, ele ficou excitado e revelou o desejo de fazer contato comigo (oquesignificoulambermeurosto,umaexperiênciaetantodadootamanhodesualíngua).

A jovem que segurava a guia do cão ficou surpresa e contente. Eu meapresenteiefizperguntassobreocão.ElamecontouqueoadotararecentementenumcentrodedoguesalemãesabandonadosemPhoenix,queeleprovavelmentetinha sido maltratado e se mostrava arisco com a maioria dos homens. Poralgumarazão,elesesentirasegurocomigoereagiraafetuosamente.

QuandolheconteiquelecionavanaUniversidadedoArizona,ajovemdisse:—Emesmo?SoucalouranaUniversidadedoArizona.Então,umadasmulheresmaisvelhasperguntou:— Você é o Gary Schwartz que escreveu um livro chamado The afterlife

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experiments?—Sim—respondi.—Porquevocêpergunta?—Porquerecentementeganheiseulivrodepresenteeoestoulendo.Pergunteiquemhavialhedadoolivrodepresenteeelarespondeu:—JerryCohen,odiretordoCanyonRanch.Vocêoconhece?— Sim. Na verdade, um dos experimentos do livro chama-se Experimento

CanyonRanchporqueaconteceulá.ComovocêconheceJerry?—TrabalheinoCanyonRanchduranteanos—elaexplicou.Eentãodisse:—

Você sabequeuma amigaminha teve uma experiênciamais extraordinária doquequalquerrelatodeseulivro?

Será que eu ouvira direito? A experiência de sua amiga era maisextraordináriadoquequalquerrelatodomeulivro?Nemprecisodizerquefiqueicurioso.

— Que interessante!— eu disse.—Será que sua amiga estaria disposta aconversarcomigo?

—Na verdade,minha amiga escreveu um relato de sua experiência há seismesesequisentraremcontatocomvocê,masficoutemerosa.

— Emesmo?Vou lhe dar o número demeu celular. Por favor, diga à suaamigaquetereiprazeremencontrá-laeconversarsobresuaexperiência.

No dia seguinte, recebi um telefonema da amiga. Sua história era tãoinacreditável e tão cheia de evidências que lhe pedi que ela e o marido meencontrassemparaqueeuregistrasseos fatosparaumafuturapesquisa.OquefaziasuahistóriatãoinacreditávelerasuarelaçãodiretacomofilmeOmistériodalibélulaeapossibilidadedecontatocomosmortosduranteumaexperiênciadequasemorte.

Algunsdiasdepois,nosreunimosegraveioencontroemvídeo.Oquepossocontar aqui é um resumo dos pontos principais de sua história, trocando osnomesealgunsdetalhesparapreservaroanonimatodaspessoasenvolvidas.Vouchamá-la de Lynn. Ela sofria de uma lesão por esforço repetitivo e precisoupassarporumacirurgiaemPhoenix,paracorrigiroproblema.Emconsequênciada anestesia, Lynn parece ter tido uma violenta reação alérgica e precisou serressuscitada.Quandosuacondiçãoseestabilizou,aequipecirúrgicadecidiuqueerasegurorealizaraoperação.

Nasaladerecuperação,ocirurgião-chefeinformouaLynneaomaridoqueocorreraumproblemadurante a administraçãodaanestesia,masqueele tinhasido resolvido a tempo.Disse também que, imediatamente depois da cirurgia,algoraroeperturbadoraconteceracomumdosmembrosdaequipe,masqueaoperação em si tinha sido um sucesso e esperava que Lynn tivesse umarecuperação tranquila e total. O cirurgião não revelou o que acontecera logo

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depoisdacirurgia,eLynneomaridonãolhepedirammaisdetalhes.Nesse meio tempo, Lynn começou a lembrar vagamente que, durante a

cirurgia, tivera uma surpreendente e desconcertante experiência fora do corpoemqueseviaflutuandosobreamesadeoperação.Elase lembroutambémdeque, em determinado momento, despertou e disse alguma coisa a um doscirurgiões.Lynnestavaconstrangidadefalarsobreaquelaestranhaexperiênciae,emborativessecontadoaomaridomaistarde,nomomentonãodissenadaaocirurgião.

Eisamisteriosahistória.Algumassemanasdepois,LynneomaridoassistiramaofilmeOmistérioda

libélula.Nas cenas emqueas crianças têmumaexperiênciadequasemorte erecebemmensagensdooutrolado,elacomeçouaseperguntarsesuaexperiênciaforadocorponão teriasidoacompanhadade fenômenosdavidaapósamortequepudessemterperturbadoumdosmembrosdaequipecirúrgica.

Depoisdereunircoragem,Lynnligouparaocirurgião-chefeelhepediuquelhecontasseoquetinhaacontecidologodepoisdacirurgia.OqueelecontouaLynneaomaridoteriasidototalmenteinacreditávelseelanãotivesseassistidoaofilmeOmistériodalibélula.

Ela estava estendida na mesa de cirurgia, ainda sob anestesia, quando, derepente, deu um salto e, de cima, viu toda a sala e cinco pessoas usandomáscarascirúrgicas.Então,escolheuumadaspessoasedisse:“Háumamulheraqui.SeunomeéSarah.Elatemumamensagemparavocê.Elaquerquevocêsaibaqueamortedelanãofoiporculpasua”.

Emseguida,Lynncaiudenovonamesa,aparentementeinconsciente.Nessemomento,apessoaaquemelatransmitiuamensagemcorreuparaforadasala,chorando.

Maistarde,Lynnficousabendoqueohomemquefugiradasalaforadefatocasado com uma mulher chamada Sarah (nome trocado para preservar aidentidade dos envolvidos). Segundo o cirurgião, Sarah sofria de uma doençaincurável e letal, e por causa disso tornara-se gravemente deprimida, até queresolveu pôr fim à própria vida cortando a garganta.Quando omarido voltouparacasa,elaestavamorrendo.Eleaindatentouareanimaçãocardiopulmonar,masfoiemvão.Porcausadisso,omaridosentia-seculpado,acreditandoque,setivessechegadomaiscedo,poderiatê-lasalvado.

Imagineasériedesincronicidadesquereuniunóstrêsemnossasepifanias:omembro da equipe cirúrgica que testemunhou o suicídio da mulher e depoisrecebeuumamensagemdeumapacientefortementesedadadequenãoforasuaculpa; a paciente que teve a experiência fora do corpo e cuja memória foidesencadeada por um filme sobre mensagens do além; e o cientista que

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aparentementeencontrouporacasoessamulhereficousabendodesuahistória.A combinação dessas três sincronicidades é impressionante, para dizer omínimo. Parecia que uma série de acontecimentos e conexões altamenteimprováveis,senãoimpossíveis,estavasedesenrolandoentreumgrupodiversoeafastadodepessoasemlongosperíodosdetempo.ALGUNSFENÔMENOSSÓPODEMSEROBSERVADOSNAVIDAREAL

Embora algumas pesquisas sobre a assistência dos espíritos possam serconduzidas em laboratório, outras só podem ser observadas quando ocorremespontaneamente. Damesma forma que não podemos trazer estrelas cadentesparadentrodo laboratório, podemos apenasobservar seu rastrode luzquandoelas ocorrem, algumas sincronicidades como as que acabei de descrever sóacontecemnomundo real.Precisamos termuita sorteparaobservá-lasquandoelas ocorrem e registrá-las cuidadosamente. Não temos controle sobre essasobservações,masdevemosregistrá-lasecelebrarquandoelasocorrem.

As sincronicidades relativas ao filme Omistério da libélula oferecem umexemplodeautociênciaporexcelência,noqualasobservaçõessãoconvincentespara nossamente e tocam nosso coração. Certas histórias valem seu peso emouro. Mais tarde fiquei sabendo que o assistente cirúrgico que recebeu ainesperadamensagemdeconsoloeamordamulherporintermédiodapacientefoicuradograçasaoconteúdoeaocontextodopresentequetinharecebido.

Lynnteveumaprofundaexperiênciaespiritualqueaalegradesdeaqueledia.Paramim,amensagemfoimaiscomplexa.Pergunteiamimmesmo:setivesseconhecidoLynneouvidosuahistória,ela

teria me surpreendido se não fossem todas as sincronicidades que meconduziramaela?

Então,qualeraaliçãodessecaso?Percebi que os espíritos estavam me mostrando que realmente atuam em

nossavidaequeassincronicidadessãomuitasvezesseucartãodevisitas.Masamensagemparamimfoiqueaautociênciaéapróximafronteirapara

verificaraexistênciadosespíritosesuaatuaçãosobrenossavida,equeeudeviaatravessá-la e mapear esse território desconhecido. E às vezes precisamosrevisitar a experiência para descobrir ligações ainda mais fortes — como aconexãoentreorestauranteGoldenDragoneofilmeOmistériodalibélula.

Sim,oconhecimentodaciênciamedáastécnicasehabilidades.Masacreditoqueaforçadaciência,quandoaplicadacomsabedoriaecriatividade,nosajudaaentendermelhorquemsomos,porqueestamosaquiequalénossopotencial,eissomemotivaafazeroquefaço.

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Amoosmétodosdaciênciaporcausadoenormepoderdaciênciadeservirnãosóàhumanidadeeaoplaneta,mastambémacadaumdenósemnossavidacotidiana.Sobcircunstânciasadequadas,aciênciaéumadasmaioresaliadasdahumanidade.

Minhafénaciênciabaseia-seemevidências.Tenhotestemunhadoinúmerasvezes o poder da ciência. Sim, ométodo científico pode ser, e tem sido,malutilizado,esuaaplicaçãoenvolveriscos.Entretanto,nãohánadaqueosubstitua.

Felizmente, embora não seja possível apanhar estrelas cadentes, às vezesconseguimostrazerespíritosparaolaboratório.E,sobcondiçõesadequadas,elespodem se manifestar de maneiras assombrosas, até usando a mais modernatecnologiaeletrônica(veraparteIV).

Eoamorquetenhopelaciênciasetraduz,emtermoscientíficos,em:•ouvir(comumamenteabertaeinvestigativa);•operacionalizar(traduzirobservaçõesemhipótesesquepossamsertestadas);•verificar(repetireestenderasobservaçõessobcondiçõesaindamaiscontroladas);•explicar(formularinterpretaçõescombaseemobservaçõesrepetidas).

Você tambémpode amar a ciência e trazê-la para a sua vida cotidiana.Nomínimo,Agrandealiançanosofereceaoportunidadedeconstatarqueaciênciapodetrazerosespíritoseassincronicidadesparaanossavidacotidiana.

Por enquanto, só podemos perguntar o que Susy (que às vezes parece agircomo minha conselheira e protetora do outro lado) experimentou quando mepreparava para essas aventuras relacionadas comOmistério da libélula, ou oqueSarahsentiu(possivelmentetrazidaatéaquiporSusy)porsercapazdedaraomaridooconsoloeoamordequeeleprecisava.Nota1.Aligaçãoaqueoautorserefereéentreaspalavrasdragon(dragão)eDragonfly(libélula),títulooriginaldofilmecujotítuloemportuguêséOmistériodalibélula.(N.T.)

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PARTEIVUMA CONEXÃO ESPIRITUAL MAISAMPLA

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11.OCASODOSGUIASESPIRITUAIS

Osanjosvoamporqueseencaramcomleveza.—G.K.Chesterton—

Atémuitorecentemente,quandoouviafalarem“guiasespirituais”(queincluíaos “anjos”), pensava noPapaiNoel e sorria. Paramim, guias espirituais eramcomoPapaiNoelououtrosalegresseresmíticos,comooCoelhinhodaPáscoa.AdultosmadurossabemqueoPapaiNoeleoCoelhinhodaPáscoanãoexistem,eaplicamomesmoraciocínioaosguiasespirituaiseanjos.Foiissoqueaprendiquandoeracriança.

Alémdisso,aimensamaioriadoscientistasdehojetemafirmeconvicçãodequeguiasespirituaiseanjossãotolasficçõescriadaspormentesdesorientadas.Regra geral, os cientistas estão convencidos de que, se umadulto acredita emguiasespirituaisouanjos,deveserignorante,tolo,iludido,quandonãomaluco.A maioria dos cientistas profissionais, inclusive eu, chegaria a conclusõessemelhantes se um adulto fizesse essas afirmações, e suspeito que muitos devocêstambém.

Em Kirkland, perto de Seattle, no estado de Washington, há uma lojachamadaReasonstoBelieve[RazõesparaCrer]quevendepeçasdeartesanato,gravuras, esculturas de barro, estatuetas, ornamentos — tudo relacionado aoPapai Noel. O nome da loja, combinado com seu produto exclusivo (enfeitescomafiguradoPapaiNoel),atraiumeuinteresse.Depoisdeexplorarograndeestoque de expressões míticas e artísticas do Papai Noel expostas na loja,pergunteiaoproprietárioseeleacreditavaemPapaiNoel.“Não,nãoacreditoemPapaiNoel”,eledisse.“AcreditonoespíritodoPapaiNoel.”

Quandopediaohomemqueseexplicassemelhor,eledissequeacreditavanaideia de uma dádiva universal e na necessidade de reforçar esse princípio,principalmente nas crianças, e estimular as pessoas a viverem para o bem eajudá-lasafazerdeseussonhosrealidade.

Quecrençainteressanteeinspiradora!Percebi que, se na época alguémme perguntasse “Você acredita em guias

espirituais?”, eu poderia usar a inspiração do proprietário daquela loja e dizer“Não, não acredito,mas acreditono espíritodosguias espirituais”.Damesmaforma,eudiria:“Não,nãoacreditoemanjos.Acreditonoespíritodosanjos”.

Com essas respostas, eu estaria dizendo que acreditava na filosofia docarinho e da doação universal, de ajudar e proteger os outros, em especial os

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entesqueridos.E,emrelaçãoaoPapaiNoel,euacreditavanovalordealgoqueédado anonimamente e, quando possível, de um jeito que os presenteados nãosoubessemqueestavamrecebendoumpresente.Umexemplopodeajudar.

Uma ex-alunaminha, que vou chamar de Patrícia, uma vezme confessouque,noNatal,quandoosestacionamentosficavamlotados,seumcarrocheiodecrianças surgisse atrás do dela e aparecesse uma vaga, ela às vezes deixava avaga para a família.As famílias nunca souberam que Patrícia estava atuando,nessecaso,comoumadoadoraanônima,umanjoinvisível.

Entretanto, com o tempo fui obrigado a rever minha convicção de que osguiasespirituaiseanjossãocomoPapaiNoel.Naverdade,comovocêembrevevai descobrir, iniciei um projeto formal de pesquisa para testar a hipótese daexistênciadeguiasespirituais:asériapossibilidadedequeosguiasespirituais,inclusiveosanjos,fossemtãoreaisquantoaluzdeestrelasdistantes.

Por que um cientista responsável reveria suas crenças sobre a realidade dealgo tão inverossímil quanto guias espirituais e se proporia a conduzir umapesquisa formal sobre eles ou com eles? A resposta é simples: era para essecaminhoqueasevidênciasapontavam.

Para mim, integridade científica significa seguir os dados aonde eles noslevam.Estouconvencidodequeoscientistas têmaresponsabilidadedeseguirpelo caminho indicado pelos dados que vão surgindo. Isso pode significarquestionar e atémesmo rejeitar pressupostos e crenças fundamentais da nossasociedade,assimcomodenossoscolegasprofissionais.

Minha disposição de investigar a existência de guias espirituais foiestimulada pelo fato de mais de 80% de autênticos médiuns de pesquisa medizerem, quase sempre extraoficialmente, que se comunicavam regularmentecom guias espirituais, inclusive com anjos. Além disso, esses “ratos delaboratório”(comoalgunsmédiunsgostamdesedenominar)alegavamqueeramseusguiasespirituaisqueosajudavamafazercontatocompessoasfalecidaseobterdelasinformaçõesprecisas.

Em geral, os médiuns usam os termos “guias espirituais” e “anjos”indiscriminadamente,emboraosignificadoprecisodessesdoisverbetesnãosejaidêntico. Historicamente, anjos são descritos como mensageiros espirituais aserviço do Divino, mas que nunca viveram sob uma forma física. Os anjossupostamente trazemmensagensdeorientação,previsãoouproteção.Portanto,acredita-se que os anjos atuem como guias espirituais. Alguns alegam quepessoas falecidas podem atuar como anjos, oferecendo orientação, previsões eproteção,comoSusydemonstrou.

Quandoouvipelaprimeiravezasafirmaçõesdosmédiunssobreseusguiaseanjos, meu instinto foi ignorá-las. Simplesmente supus— injustamente, devo

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acrescentar—que, sendoumtantoestranhos,osmédiuns tinhampornaturezacrençasbizarras,infundadasemuitasvezestolas.

Jáeraumdesafioacadêmicoetantoestarabertoàpossibilidadedavidaapósa morte e testar a hipótese da sobrevivência da consciência em laboratório.Agora,seacrescentasseosguiasespirituaisàlistadepossibilidadesecomeçasseum projeto de pesquisa sobre essa hipótese, eu provavelmente perdería acredibilidadecientíficamesmoaosolhosdosparapsicólogos.

Odesafiopessoaleprofissionalqueenfrentei,porém,foiquemuitosmédiunsdepesquisa comquemeuhavia trabalhado, e suas alegações sobre seusguiasespirituais,mereciamserlevadosasério.

Seria responsável simplesmente rejeitar suas experiências e crenças apenasporquecontrariavamasnossasemeexpunhamaumriscoprofissional?GUIASESPIRITUAISEANJOSSÃOCOMOOSTRAS

Muitas pessoas sentem aversão quando comem certos alimentos ou ouvemcertaspalavras.

Amenosque tenhamtidoumaexperiênciapositivacomessesalimentosoupalavras quando eram crianças e tenham aprendido a gostar deles, podemaprenderanãogostardeles.E,seaexperiênciaassociadaaessesalimentosoupalavrasfoinegativa,podemdesenvolverumaforteaversão.

Eu não gosto de ostras, cruas ou assadas. Elas me parecem viscosas eesponjosas,epossosentirnáuseasóde imaginarqueasestoucomendo.Meuspaisnãogostavamdeostras, nuncaas serviramemcasanemaspediramnumrestaurante.

Poroutrolado,umaamigaíntima,quevouchamardeClaire,foieducadaporpaisque adoravamostras e transmitiramessapredileção à filha.Clairenão sósaboreiaostras,masumaveztivedesuportarvê-lachupandoostrascruascomumsorrisonorosto.

FoiClairequemmedissequesua reaçãoà ideiadaexistênciadeanjoseraigualàqueeusentiaemrelaçãoàsostras:umaaversãoprovocada,segundosuaspalavras, por uma “reação estranha e nojenta”.O curioso é queClaire é umamulher espiritualizada, acredita fielmente emDeus,mas acha a ideia de anjosfantasiosa. Seus pais acreditavam em Deus e rezavam regularmente, masquestionavam outras crenças espirituais, como a existência e a natureza dosanjos.

OutracuriosidadeameurespeitoéquefuicriadonapartesuldeLongIslandpor pais que adoravam mariscos, crus ou cozidos. Os supermercados erestaurantesdeLongIslandsempretinhammariscosfrescos.Emborameugosto

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por mariscos e amêijoas tenha sido a princípio prejudicado pelo curso dezoologia, que exigia que eu os dissecasse, logo esqueci os detalhes de suaanatomia.Até hoje apreciomariscos assados e linguini commolho branco deamêijoas.

O fato de eu ter aprendido a ter um gosto positivo por mariscos e umaaversãoporostras,enquantoClaireaprendeuagostardeDeuseterumaaversãoporanjos,ilustraquedesenvolvemospreconceitoseaversõesbaseadasmaisnaexperiênciadoquenanaturezaintrínsecadassubstânciasoudosconceitos.

Você gosta de ostras? Gosta de mariscos? Tem afinidade com a ideia deDeus?Aceitacomprazeraideiadeanjos?

Quaisquerquesejamseusgostosepreferênciasporconceitos,comoDeusouanjos,odesafiopara todosnósé reexaminarcuidadosamentenossasatitudesepreferências em relação à existência e à natureza de uma realidade espiritualmaisamplaàluzdenovasevidências.Aciêncianãodevelevaremcontagostospessoais,nememrelaçãoaalimentos,nememrelaçãoahipótesesconceituais,mas sim as evidências empíricas. Devo acrescentar que o critério do queconstitui evidência também pode ser questionado para permitir uma visãoexpandida.PRIMEIRASDÚVIDASRAZOÁVEISSOBREAEXISTÊNCIADEGUIASESPIRITUAIS

Oquevoupartilharcomvocêaseguirnãofazpartedapesquisaformalqueestava realizando à época. Hoje, a maioria dessas informações é de domíniopúblico e estou simplesmente relatando minha perspectiva biográfica eautobiográfica.Aprimeirapessoaquemeobrigouareconsiderarminhaopiniãosobre a existência de guias espirituais e anjos foi JohnEdward. Era o ano de1998. Como relatei em The afterlife experiments, John participou de trêsexperimentos sobre mediunidade em meu laboratório antes de se tornar umacelebridade.

Johnnãotemtolerânciacomostolos.ÉdescendentedeitalianoseviveemNova York, onde trabalha regularmente numa academia de ginástica. E umhomem amoroso e gentil, mas também lógico e rigoroso. Costuma obterinformaçõesespecíficasemesmorarasemsuassessões,eseugraudeprecisãonos testes de laboratório foi quase sempre de 80 a 90%.Embora não alardeieesse fato, John não só acredita, mas frequentemente recebe informações eorientação pessoal de um grupo de guias espirituais que ele chama de “osRapazes”.Johnfoicriadonocatolicismoeaprendeuaacreditarnaexistênciadeseresespirituais,entreelessantoseanjos.

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Sua decisão de escrever o livro Practical praying [Orações práticas], porexemplo,parecetersidoinspiradapelosRapazes.EmsuaresenhasobreolivronoNationalCatholicRepórterem2006,RettaBlaneyescreveu:A ideiaou“mensagem”do livronasceudos “Rapazes”, seusguias espirituais,quando ele fazia uma viagem de divulgação de seus livros. “Naquele exatomomento,o telefone tocouemmeuquarto”, eleescreve, explicandoqueeraoeditorperguntadosepoderiamconversar.“Eulhedissequesimeimediatamentecomecei a imaginar como lhe contar o que meus guias espirituais tinhamacabadodemedizerqueeudeviafazer.Tinhacertezadequeeleachariaaideiamaluca.”

Enfatizo que isso é para Johnmais do que uma crença. Essa tem sido suaexperiênciapessoalhámuitosanos.Naverdade,supostamenteforamosRapazesque inspiraram John a me telefonar em 1998 para me dizer que eu deveriaescrevero livroquese tornouTheafterlifeexperiments. John levaosRapazesmuitoasério.

EmboraminhareaçãoautomáticafosseconsiderarosRapazesdeJohncomonadamais do que seus amigos imaginários—e não pretendo ofendê-lo—, averdadeéqueJohnerademasiadoexperiente,forte,responsávelemaduroparaseencaixarnoestereótipodoexcêntricodaNewAge.ApesardenãosaberseosRapazes eram reais ou fantasiosos, minha curiosidade, assim como minharesponsabilidade científica, levou-me a pensar por que alguém como Johnsustentaria talcrençaeafirmariacomfrequênciapassarporessasexperiências.Johneraprecisoebem-sucedidodemaisparaserdesconsiderado.Elemereciaobenefício da dúvida. Para mim, o maior desafio não era saber se os Rapazeseramreais,masdeterminarcientificamenteseeleseramreaise realmenteumafontedeinformaçõesimportantesedeproteçãoparaJohn.

Na época, eu não tinha amenor ideia de como responder a essas e outrascontroversasquestõescientificamente.

No devido tempo, a oportunidade de pesquisar a hipótese dos guiasespirituaissurgiu.ANJOSDEPLANTÃO

Alguns médiuns são categóricos sobre o papel dos guias espirituais e dosanjosemsuavida,ealgunsatémesmoanunciampublicamentesuacrença,comoMaryOcchino.JáapresenteiumexemplodaextraordináriacapacidadedeMarycomomédiumdepesquisa.Agoravoufalardesuacrençaesuaexperiêncianorelacionamentocomseusguiaseanjos.

Quando este livro estava sendo escrito,Mary apresentava um programa de

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três horas diárias na rádio Sirius XM intitulado Angels on Call [Anjos dePlantão].Maryescolheuessetítuloporqueestavaabsolutamenteconvencidadequeseusucessocomomédiumeconselheiraespiritualsedeviaaofatodeseusanjosestaremliteralmenteàssuasordenssemprequeelaprecisava

Durantemaisdedoisanos,àssextas-feiras,fuiresponsávelporumsegmentodemeiahora sobre ciência noprograma.Devez emquando,Mary convidavapessoas a telefonar e partilhar experiências em que acreditavam ter sidoorientadasouprotegidasporguiasespirituaisouanjos.Emváriasocasiões,eladeclarouqueseusguiasespirituaiseanjosestavamnãosóinteressadosemnossapesquisa,mastambémprontosparaservircomosujeitosnolaboratório!

Umacoisaéumamédiumaltamentedotadaalegarquesuashabilidadessãofacilitadaspelaativacolaboraçãodeseusanjos.Outramuitodiferenteéafirmarque seus anjos estavam dispostos a ser testados para provar que eram de fatoresponsáveispeloseusucesso.Enãosetratavadeumaafirmaçãoaesmo;elaaexpressavaaalguémquevivepondoàprovaessasalegações.

Falou-se em audácia e intuição (ou tolice) não só da parte de Mary, mastambém dos supostos guias espirituais e anjos. Mas, como John, Mary édemasiadoprecisaebem-sucedidaparanãomerecerobenefíciodadúvida.

SeMary e seus anjos estavamdispostos a participar dapesquisa, achoqueessaoportunidadetinhadelhesserdada.ALIGAÇÃOENTREMÉDIUNSEANJOS

Emalgumas poucas ocasiões, conduzi investigações exploratórias para ver,por exemplo, se um médium podia ler a mente do pesquisador. Em umainvestigação, testeiummédium(quepreferesemanternoanonimato)paraverseeleseriacapazdedistinguirseopesquisadorestavapensandoemalguémqueestavavivooumorto.

Como parte desse teste particular, o médium foi solicitado a identificar osexo, a idade aproximada (jovem ou velho) e a condição (vivo oumorto) dapessoa em quem o pesquisador estava pensando. Eu era o pesquisador. Ainvestigaçãofoidotipoquechamamosde2 x 2 x 2 (metadedehomens,metadedemulheres,metadedejovens,metadedevelhos,metadedevivosemetadedemortos).Paraminhasurpresa,omédiumteve90%deacerto.

Quandoperguntei aomédiumcomoeleconseguiaesse feito, ele respondeuquenãoeraelequeofazia.Elesimplesmentepediaa informaçãoaseusguiasespirituais.

Seriaumatrapaça?Repetiainvestigação,sóquedessavezpediqueelenãobuscasseaajudados

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guias espirituais e anjos e tentasse acertar sozinho. Sob essas condições, suaprecisãonaleituradamentedopesquisadorcaiu.

Essainvestigaçãodeprovadeconceitonãoestabeleceuopapeldeseusguiasespirituaiseanjosnaleituradamente;osresultadospodiamsedeveràcrençadomédium.Emoutraspalavras,seelepensassequeiafalhar,falhava,porqueessaeraasuacrença.

Entretanto,essainvestigaçãolevantouumaquestão:seosguiasespirituaiseanjosexistem,seriamelescapazesdeforneceraosmédiunsasinformaçõesqueelesnormalmentenãoconseguiamobter?Seexistem,estariampedindoparaserlegitimadoseouvidos?

Comoagnósticorenitente,esforcei-meparamanteramenteabertaemrelaçãoa essas possibilidades, apesar de minha formação, dos gostos e aversõesadquiridosecrençascientíficas.

Seriamosguiasespirituaiseanjosreais?Minharespostaintelectualé:“Nãosei.Podeserquesimouquenão.Mostrem-meosdados.Estouaberto”.Minharespostaemocionalseriamaisparecidacomminhaaversãoaostrasdoquecommeugostopormariscos.Euficariafelizseoutrocientistaestivessepesquisandosistematicamente a existência dos guias espirituais, mas, até onde sei, até omomentoemqueestelivrofoiescrito,nãohavianenhumapesquisalaboratorialdessahipótese.

Então,porqueacabeidecidindotrazeressaquestãoaomeulaboratório?Comsua insistêncianaexistênciadosguiaseanjos,os JohnseMarysdestemundosão uma das razões.A outra foram os acontecimentos totalmente inesperados,ocorridos em minha vida profissional e pessoal, que indicaram que erafundamentalqueessacontroversahipótesetivesseumaoportunidadejustadesercientificamenteprovada.

Seosguiasespirituaisexistem—sejamelesanjosoumeramenteexerçamopapeldemensageiros—,esepodemdesempenharumpapeldeprotetoresemnossavidapessoalecoletiva,talvezpossamosabrirnossamenteenossocoraçãoao que eles estão dizendo. Se eles realmente sabem de coisas quedesconhecemos e podem enxergar possibilidades que estão fora do nossoalcance,seriapotencialmenteautodestrutivoignoraressainformação.

Diante da situação difícil que a humanidade e o planeta enfrentam, pareceprudente buscar toda a sabedoria que possamos receber, mesmo que issosignifiquedesenvolvereaceitarnovosgostos.

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12.TESTANDOOANJOSOPHIAESUASINTENÇÕES

Nãose sabe exatamenteondemoramosanjos—no ar, novazio ou nos planetas. Deus pode não querer que sejamosinformadosdolocaldesuamorada.—Voltaire—

Eu vinha evitando pensar sobre guias espirituais e anjos, pelo menos noambientedauniversidade,atéque,emumatardedecisivanoverãode2003,umnovobolsistadepós-doutoradomeperguntouseeuqueriaconversarcommeuanjodaguarda.

Se você tem dificuldade em aceitar a existência de guias espirituais,particularmentedeanjos,convémlembraroquediscutimosnocapítuloanterior:“anjossãocomoostras”.Esperoquevocêpossapelomenoslersobreanjostantoquanto posso escrever sobre ostras. Da mesma forma que existe uma grandediferença entre digitar a palavra “ostra” e engolir uma delas de verdade, nãoestou sugerindo que você engula a ideia de que os anjos da guarda existem.Apenasoestimuloalersobreosextraordináriosacontecimentosqueocorreramemminhavidaeemmeulaboratórioechegaràssuasprópriasconclusões.

Lembre-se de que estou relatando o que realmente aconteceu, mudandoapenas alguns nomes e detalhes para proteger a identidade dos envolvidos.Apessoacomquemmeencontreitinhamaisoumenos40anos,eradoutoradoemfisiologiacardiovasculareestavaprestesainiciarumapesquisadedoisanosnaUniversidadedoArizonacomumabolsade estudospatrocinadapelo InstitutoNacional da Saúde. Ele tinhame escolhido como seu primeiromentor. Antesdesse encontro pessoal, eu tinha falado com ele uma vez pelo telefone.Nessaconversa, ele nãomencionou nada sobre espíritos ou anjos. Para proteger seuanonimato(elepreferequesuaconsciênciasobreosanjosnãosejaconhecida),vouchamá-lodedoutorJackson.

Embora isso não tenha nenhuma relação com o tema de sua bolsa de pós-doutorado,odoutorJacksonsabiaqueeuhaviaconduzidopesquisassobrevidaapósamorte.Elemeconfessouqueconseguiaverespíritos, inclusiveanjos,eque umdosmeus anjos—umamulher—estava presente nomeu escritório,bematrásdemeuombrodireito!

EmmaisdetrintaanosdepesquisasemvárioslaboratóriosemHarvard,YaleenaUniversidadedoArizona,ninguématéentãotinhasereferidoàpresençade

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algum anjo emmeu escritório,muitomenos do “meu” anjo. Algunsmédiunstinham afirmado ver espíritos emmeu escritório ou laboratório, mas tambémcostumavam relatar a presença de pessoasmortas em casas, restaurantes e atésalasdauniversidade.

Apesar de ter ficado no mínimo intrigado com a declaração do doutorJackson,não julgueiapropriadoexplorar suasupostapercepçãoextrassensorialnaquele momento. O objetivo de nossa reunião era traçar planos para a suapesquisa, não manter uma conversa sobre minha suposta guia espiritual.Entretanto,àluzdeoutrosacontecimentosrelacionadosaanjosqueserepetiramnaquela época — por exemplo, eu tinha recebido de presente um livro quecontava a história dos anjos e que ainda não havia lido —, disse ao doutorJacksonquefuturamentepoderiamosconversarsobreanjosextraoficialmente.

Algum tempodepois,odoutor Jacksonacompanhouamimeadoisoutroscolegas numa viagem a uma clínica de pesquisa situada a 240 quilômetros deTucson para avaliar um instrumento de medicina energética. A caminho daclínica, perguntei ao doutor Jackson se estava disposto a conversar sobre suasexperiênciascomanjos.

ParecequeosanjosforamtãofundamentaisemsuavidaquantonavidadeMaryOcchino.OdoutorJacksonchegouadizerquedesdeainfânciaconviviacomumdosanjosqueoacompanhavampelavida.Alegavaque,devidoaesseíntimorelacionamentocomeles,àsvezeseracapazdecurarparenteseamigos.

O doutor Jackson acreditava que todos nós temos anjos que nos ajudamdurante toda a vida, que a maioria de nós não tem consciência dos anjos daguarda nem da importância de conhecê-los e trabalhar conscientemente comeles.

Aparentemente, o doutor Jackson julgava seguro partilhar essa informaçãocomigo.Naverdade,elealegouqueseusguiasespirituaiso tinhaminstruídoamedespertarparaaexistênciadosanjos,inclusivedaquelesqueestavamligadosamim.Naturalmente,imagineiváriaspossibilidades,inclusiveadequeodoutorJackson estivesse se iludindo, que quisesse me enganar ou fosse um tiposemelhanteaoIncrívelRandi,semprecomumacartanamanga.Mas,atéondeeu sabia, tratava-se de um cientista responsável, bem-sucedido e altamenterecomendado que apenas tinha crenças estranhas, semelhantes às de médiunscomoJohnEdwardeMaryOcchino.OANJOSOPHIASURGEDEREPENTE

De volta a Tucson, antes de dormir, fiquei pensando se seria possível eu,assim como todo mundo, ter um ou mais anjos da guarda. Percebi que,

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diferentemente da pesquisa sobre a sobrevivência da consciência, importanteapenasparaindivíduosquetivessemexperimentadoaperdadeumentequeridoe tivessem uma razão pessoal para se preocupar com a vida após a morte, ahipótesedosguiasespirituaistinhaopotencialdeserimportanteparatodosnós.Sepudéssemosnosdesenvolver apontodenos tornarmosconscientesdeumaorientação espiritual superior, a melhoria em nossa vida cotidiana tornaria ahipótesedosguiasespirituaismaisinteressante.

DesdeaépocaqueeueraprofessoremYale,quando“faziaumaperguntaaouniverso”, brotavam emminha cabeça novas ideias que quase sempre podiamserverificadas.

Aprimeiraperguntaquefizaouniversofoi:“PodemedizeroutronomedeDeus?”.OquebrotouimediatamenteemminhacabeçafoionomeSam.Quandoouvi“Sam”,nãopudedeixarderir.SeriaessenomefrutodemeuinconscientecriativooueuestariavivendonumfilmedeWoodyAllen?Mas,quandoprocureiaorigemdonomeSamnasegundaediçãodemeudicionárioWebster,encontrei“Samuel”. Surpreso, descobri que Samuel vem do hebraico Shemuel, quetraduzidoliteralmentesignifica“onomedeDeus”.

Depoisdepensaremnovepossíveisexplicaçõesconvencionaisparaqueessenometivessebrotadoemminhacabeça,considereiseriamenteapossibilidadedeque,fazendoumaperguntaaouniversoemumestadodeprofundasinceridade,eutivessetidoumarespostaconcretaquemais tardepoderiaverificar.EmTheG.O.D. experiments, confessei que inicialmente relutei em explorar essahipótese.Naverdade,evitei fazeroutraperguntaaouniversopormaisdeumadécada. Entretanto, quando voltei a fazer essas perguntas, as boas respostasvieram com tanta regularidade que nunca mais recusei tal caminho deinvestigação.

Assim,naquelanoiteemquevolteiaTucson,decidiperguntaraouniverso:“Tenhoumanjodaguarda,comoodoutorJacksonafirma?Eseráqueouniversopoderiamostrá-loamim?”.

O que aconteceu em seguida era novo para mim: não obtive nenhumaresposta, nenhum nome, nem imagens, sentimentos ou lembranças. A totalausência de qualquer experiência objetiva me surpreendeu. Fui dormirimpressionadocomototalfracassodemeupedido.

Mas,namanhãseguinte,liporacasoumartigonarevistaSdentificAmericansobre os chamados genes censores. São genes que impedem certos potenciaisgenéticosdeseexpressar.Então,ocorreu-mequeeutinhasidotãocondicionadoaacreditarqueanjossãocomoPapaiNoel—umaficçãoenadamais—,queminhamente provavelmente estava censurando a consciência de uma possívelpresençaangelicalemminhavida,sedefatoelaexistia.

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Naquela noite, decidi retomar meu experimento pessoal. Conscientemente,tenteimelibertardequalquercensuramentalquetivessesobreanjos.Pediqueminhamente se abrisse a todas as possibilidades e, então, fiz algo que nuncafizera.Emvezdefazerapróximaperguntaaouniverso,dirigiminhaperguntaaomeupossívelanjodaguarda.

Dissementalmente:“Anjo,sevocêestiveraqui,euadorariavê-loesaberseunome”.

Oque aconteceu em seguidanão tinhaprecedentesnaminha experiência enuncavoltouaacontecerdesdeaquelanoite.Euraramentevejoimagens.Quasesempre,pensoemtermosabstratos.Mesmomeussonhos,quandolembrodeles,sãoquasesempresimplesesemcor.Oquevi foiumagrande figurabrilhantepairando acima dos pés da cama. Meu quarto tem um teto alto. O espírito,alucinação ou o que quer que fosse aquilo, parecia estar a, no mínimo, doismetrosemeiodealtura.

Oespíritopareciaserdeumamulherdecabelosloirosesvoaçantes.Dosseusombros,irradiavamraiosdeluzquepareciamteraformadeasas,maspodiamser reflexosdeseusbraçosedeseucorpo.Elapareciausarumvestidodecoresbranquiçada.Sorriaepareciasercarinhosaegentil,apesardeestranhamenteforte.

Perguntei mentalmente o seu nome, e o que brotou em minha cabeça foiSophia.

Nessemomento,minhamente cética e racionaldeuumsalto.Pensei: “Issonãopodeserreal”,eavisãodoespíritofemininodesapareceu.Deumahoraparaoutra,sumiu.

Lembrei que, em grego, Sophia significa “sabedoria”. Mas jamais ouvirafalardeumanjochamadoSophia.Paraumserangelical,essenomemepareceutãobizarroquantoSamparaonomedeDeus,quasevinteanosantes.

Entretanto, na manhã seguinte, fui verificar no Google se havia um anjochamadoSophia.Oquedescobrimetirouofôlego.Haviamaisde5milhõesdereferências para “Anjo Sophia”, e alguns dos sites revelaram um conjunto decrençasreligiosasligadasaele.

Dependendodafonte,oanjoSophiaeradescritocomo:1.aprimeiraemanaçãododivino,mãedetodaacriação,inclusivedetodososarcanjos;2.expressãofemininadodivino—aexpressãomasculinadodivinoeraumanjochamadoMetatron;3.aesposadeMetatron.

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HaviaaindamuitasreferênciasaumtextognósticochamadoPistisSophiaeumatradiçãocristãaeladedicada.

Primeiro foi Sam, o nome de Deus, e depois Sophia — dois nomesrelativamentedesconhecidosnahistóriareligiosa.ComofizeracomonomeSam— perguntei a mais de cinquenta professores e alunos da universidade seconheciamasuaorigem(apenasumapessoasabia,oqueprovaquenãoeraalgode senso comum)—, perguntei a várias pessoas que conheciam alguma coisasobreanjossejátinhamouvidofalardeumanjochamadoSophia.

Entre as primeiras nove pessoas a quem fiz a pergunta estava o doutorJackson, assim como a pessoa que me dera de presente o livroHistória dosanjos, que eu ainda não havia lido. Ninguém tinha ouvido falar de um anjochamadoSophia.

Masadécimapessoaaquemfizapergunta,quetinhavindodaCalifórniamevisitar e era um pastor, além de um executivo de sucesso, não só sabia daexistênciadeumanjochamadoSophia, como tinhaumsócioqueera tambémumestudiosoequeterminaradeescreverumlivrosobrePistisSophia.Nãotivedúvidadequesetratavadeumasincronicidade.Quandoeleficousabendocomodescobri o anjo Sophia, entrou em contato com o amigo, que me enviou umexemplardolivro.

Tentesecolocarnomeulugarnaquelaépoca.Vocêtemumencontroinocentecomumbolsistadepós-doutoradoe,nomeiodareunião,ocientistaafirmaqueumanjofemininoestáatrásdeseuombrodireitoedesejafalarcomvocê.

Maistarde,vocêreúnecoragemparatentarumaexperiênciapessoalcomseuanjo. Tem uma surpreendente visão de uma mulher angelical e ouve o nomeSophia,queaprincípiopresumenãoternadaavercomanjos.

Então, você descobre namitologia dos anjos que realmente existe umanjochamadoSophiaequeévistoemalgunscírculoscomomãedetodososanjos.

DepoisvocêconduzumapesquisainformalcompessoasquesabemalgumacoisasobreanjosenenhumadelasdizterouvidofalardeumanjoSophia.Masadécimapessoanãosósabedasuaexistência,comoconheceumestudiosoqueacaboudeescreverum livrosobrePistisSophia!Se issonãoéumacadeiadesincronicidades,nãoseioquepodeser!

O que você faria com essas informações, principalmente se conhecessemédiuns como John Edward e Mary Occhino, que, como o doutor Jackson,estavamconvencidosdequeosanjosexistem?Negligenciariaas informações?Fugiria?Bancariaoavestruzeenfiariaacabeçanaareia?

Eubemquepoderiaterfeitoisso,masminhamentenãomedeixariaempaz.O que decorreu de tudo isso foi mais um experimento pessoal de prova de

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conceito.PONDOOANJOSOPHIAÀPROVA

Devo confessar que tenho o que algumas pessoas consideram um hábitodesconcertante,paranãodizerummauhábito,emespecialnumauniversidade.Asvezesdigobrincandoaoscolegas,emesmoaestranhos,que,comocientista,desenvolviuma“doençachamadaciência”.

Eumhábitoquealgunsconsiderariamumadependência.Oquequerodizeréque, de umamaneira automática emuitas vezes incontrolável, quando alguémmerevelaumacrençaouumaexperiência,minhamentefazoseguinte:

1.transformaacrençaouexperiênciadapessoanumapergunta;2.aperguntaentãosetransformanumahipótese;3. a hipótese é operacionalizada, ou seja, é refinada de modo a poder sermedida;4. a hipótese operacionalizada é então transformada em um projeto deexperiência;5.conduzooexperimentomentalmente;6. então, se ele for exequível — ou seja, se eu tiver tempo, recursos, eequipamentos—,sintoofortedesejodeconduziroexperimento.

Como esse processo é automático e não exige esforço, quase nunca penso

muitosobreele,amenosqueahipótesesejaexcepcionalmentecontroversaeeutenhaumapossibilidaderealdetestá-lanumainvestigaçãoexploratóriaounumexperimentocompletonauniversidade.FoiissoqueaconteceudepoisquetiveavisãoefiqueisabendodecrençassobreumanjochamadoSophia.PercebiquetinhaaoportunidadedeconduzirumainvestigaçãoexploratóriaparaverificarsealgumserespiritualchamadoSophia tinhaalgumarelaçãocomigo.Aperguntaquefizfoi:seráqueeuteriacoragemsuficiente—algunsdiriamousadia—paraconduzirtalinvestigaçãodeprovadeconceito?Aoportunidadedeconduzirtalpesquisamecaiunocolo,porassimdizer.Oquesereveloumudouparasempreminhavisãosobreapotencialexistênciadeumarealidadeespiritualmaisamplaenossacapacidadedeinvestigá-laeaprendercomela.

Ocorreu-meque,seSusySmithestivessedefatomevigiando,provavelmentesaberia de minha experiência aparentemente anômala com um suposto anjochamadoSophiaeiriaquererqueeu(1)verificasseseSophiaexistiarealmenteou (2) seeraumprodutodaminha imaginação.Aessaaltura,eunãosabiadenada.

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Se Sophia era meu anjo — podia ser anjo de muitas outras pessoas serealmenteexistisse—eapareceraemmeuquarto,entãoprovavelmentesaberiaque eu sofria de uma doença chamada ciência e ia querer determinarexperimentalmenteseeladefatoexistia.

Alémdisso,seSophiaestivessemevigiandohaviamuitotempo,saberiademeu relacionamento com a falecida Susy Smith não só quando ela estava noplanofísico,masdepoisquepassaraparaooutrolado.Tambémespeculeique,se Sophia quisesse o melhor para mim, provavelmente estaria disposta acolaborar com Susy para provar sua existência. Caso contrário, por queapareceraparamim?

Passoupelaminhacabeçaque,emprincípio,SusypoderiasercapazdetrazerSophiaatéummédiumreceptivo.Imagineiapossibilidadedeumespíritotrazerumespíritoangelicalatéummédium.EseSusyconseguisse trazerSophiaatéummédium,seráqueelepoderiaconstataraexistênciadesseanjo?

Aessaalturaeuaindaestavanafasedoexperimentomental.Percebique,seainvestigação exploratória de prova de conceito fosse mesmo conduzida comresultados positivos, haveria a possibilidade de realizar uma pesquisa formal,sistemática e controlada sobre a existência de guias espirituais.Mas, antes dedescobrir se os tais guias espirituais podiam fornecer informações importantesindividual e coletivamente, era essencial determinar cientificamente se elesexistiam.Foiporaíquecomecei.ADESCONCERTANTESESSÃOCOMSOPHIAESUSY

Fui convidado a fazer uma apresentação sobrenossamais recente pesquisasobremedicina energética— patrocinada na época pelo InstitutoNacional daSaúde—emumcongressoqueseriarealizadonãomuitolongedacasadeummédiumdepesquisamuitotalentoso.Parapreservaraidentidadedomédium,aseupedido,vouchamá-lodeHarryeàsuacidadedeBaltimore.

Harrymorava a cerca de uma hora do local do congresso e já tinha dadoinformações excepcionalmente precisas em relação à SusySmith.Alémdisso,afirmavaqueSusyovisitavaespontaneamentedetemposemtempos.MasHarryera um dos poucos médiuns com quem trabalhei que não acreditava nem secomunicavacomseresangelicais.Eraumapessoamuitorealista,conhecidoporgostardereuniõessociaisebebidasalcoólicas.

EurespeitavaprofundamenteostalentosmediúnicosdeHarry,eofatodeelenão se interessar por anjos me fez escolhê-lo para minha investigaçãoexploratória particular. Assim sendo, telefonei para ele uma semana antes docongresso e lhe perguntei se poderíamos ter uma sessão pessoal.ComoHarry

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tinha algum tempo livre na semana seguinte ao congresso, marcamos umencontro.

Tecnicamente, o que aconteceu não foi uma versão do paradigma dos doisespíritos,jáqueSophianãoerapresumivelmenteumapessoamorta.Sendoanjo,elajamaisviveranoplanofísico.Entretanto,seriaumparadigmamediadopeloespíritodeumapessoamorta,jáqueSusydeveriatrazê-laatéHarry.

QuandochegueiàcasadeHarry,depoisdemecumprimentarepôrapardefatos pessoais, ele me levou à sala onde realizava as sessões. Embora eu otivessetestadováriasvezesempesquisasdelaboratório,nuncativeraumasessãopessoalcomele.DisseaHarryquequeriaternotíciasdedoisseresespirituais.Oprimeiroeuidentificariapelonome,eosegundopresumivelmenteseriatrazidopelo primeiro. Sobre esse eu não lhe daria nenhuma informação. Em nenhummomentoeudisse,oudeixeiimplícito,queumdosespíritoserapotencialmenteumanjo.

EntãolheconteiquequerianotíciasdeSusySmith.Eleficoufelizematenderaomeupedido,epartilhamosinformaçõesdeSusyporcercadequinzeminutos.Embora as informações fossem compatíveis com Susy, eram cientificamenteinúteis,porque(1)eulhetinhadadoonomedeSusy,(2)elejátinhaparticipadodepesquisasqueenvolveramSusye(3)tinhalidoalgunsdosseuslivros.Comoelanãoeraofocodainvestigação,essesfatoresnãotinhamimportância.

Emseguida,eulhedissequetinhapedidoaSusyquemetrouxesseoutroserespiritualcomquemgostariaqueHarryrealizasseumasessão.

OqueaconteceuemseguidadeixouHarrytotalmenteconfusoeperturbado.Harrycontouqueviaumamulhermuitoaltadecabelosloirosesvoaçantes,e

a descreveu como uma figura radiante que flutuava acima do chão. Dissetambémquenãoconseguiaolhá-lanosolhos,queelaeramuitopoderosaequesesentiapoucoàvontadeemsuapresença.

Eu jamais ouvira ummédium falar dessamaneira sobre uma pessoamortacomquemestivesseemcontato.Alémdisso,HarrynãosabiadizerseelatinhavividonaTerranemcomotinhamorrido.

Sentiaqueelaestavaemespíritohámuitotempo,seunomeseiniciavacom“S”eestavadealgumaformaligadaamim,masnãosabiacomo.

Contou que ela não lhe deu nenhuma indicação de que fosse uma parenteloira ou mesmo uma amiga, mas que havia entre nós uma forte ligaçãoemocionaleintelectualqueparaelenãofaziasentido.

Alémdenãosesentiràvontadeparausarsuashabilidadesmediúnicascomaquelafigura,Harryseconfessouembaraçadoporestarfazendoumasessãocomela e disse que nunca sentira essa hesitação.E eu jamais ouvi ummédium sedeclararembaraçadonumasessãocomumespírito.

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Além de confirmar que queria ter notícias de uma mulher, e que elaprovavelmenteteriacabelosloirosesvoaçantes,nãodeiaHarrynenhumretornosobreasessão;nemmesmodisseseasinformaçõestinhamsidoounãoprecisas.Disse-lheapenasque,porrazõespessoaisetambémcientíficas,aindanãopodialhe dar nenhuma indicação de quempoderia ser aquelamulher ou por que eupediraaSusyparatrazê-laàsessão.

Depoisdelheagradecerpelotempoepeloesforço,despedi-me,deixando-onumestadodegrandeconfusão.Enquantovoltavaàcidadenumcarroalugado,comecei a perceber que aquilo que tinha acabado de acontecer provavelmenteeraumfatoúniconahistóriadapesquisaespiritualsobreavidaapósamorte.

Susy Smith, autora de trinta livros sobre parapsicologia, aparentemente acriadora(estandodooutrolado)doparadigmadosdoisespíritos,acabaradesecomunicarcomumtalentosomédiumdepesquisaqueafirmaraqueelatrouxeraàsessãooutramulheremespíritocujapresençaradianteeramuitosemelhanteàvisãoqueeutinhatidodeSophia,oanjo.

TeriaSusy,umamulherfalecida,trazidoumanjo,nocasoSophia,atéHarry?TeriaHarrysecomunicadocomumanjosemsaber?OdesconfortodeHarry,aliadoà sua incapacidadede fornecer informações

simples sobre a mulher — como ela morrera, por exemplo —, seria umaevidência de que esse ser espiritual jamais vivera na Terra e, portanto, nuncamorrera?

Evidentemente, uma única sessão não representa um teste científicodefinitivo. Na pesquisa acadêmica, chamamos de “dados não generalizáveis”(vocêdeveselembrardadiscussãosobreadefiniçãodepesquisanocapítulo1).

Entretanto,umasósessãopodeservircomoguiadeoportunidades,revelandooquepoderáserexploradoedocumentadosistematicamenteemlaboratório.

Oqueeudeveriafazeremseguida?ONASCIMENTODO“PROJETOSOPHIA”EOVASTO“PROGRAMAVOYAGER”

Quanto mais pensava no que tinha se revelado através de Harry, mais eusentiaqueumapesquisaexperimentalsobreguiasespirituaisera,emprincípio,possível.Maseunãopossuíarecursosparaconduzirtalexperimento,nemtinhaideia de como levantá-los. E, mesmo que tivesse recursos para financiar esseexperimento,seriaperigosoconduzi-lo.Comojámencionei,apesquisasobreavidaapósamortejáestavaafetandominhacredibilidadecientíficaeacadêmica.

Era o mesmo que ir da frigideira para o fogo. Considerei seriamente apossibilidade de ser demitido da universidade e atirado metaforicamente na

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masmorra acadêmica se decidisse pesquisar a existência de guias espirituais.Apesarde ter sidoprofessor titular emYaleenaUniversidadedoArizona, eutinhaconsciênciadequealiberdadeacadêmicaprotegidapelatitularidadetinhaseuslimites,eeuestavamuitopertodeatravessá-los.

Assim como minha experiência de fazer perguntas ao universo, suspensaintencionalmente durante mais de uma década, evitei explorar as questõesrelativas a anjos por alguns anos — a não ser por uma investigação delaboratório secreta e bastante plausível que relato no próximo capítulo—, atéque uma oportunidade estranha, aparentemente provocada por um anjo, seapresentou.ParecequeSophiaétãodeterminadaquantoSusySmith.

Eumepergunteiseestariasendoajudado,oumesmosendotestado,porseresespirituaissuperiores.Eisumresumodoqueaconteceu.

Naprimaverade2006,umamulherdenegóciosquevouchamardeSuzannemeprocurou atravésdeuma terceira pessoa, umhomemdenegócios quevouchamar de Ed. Ed afirmava que representava uma mulher bem-sucedida quedesejavafazerumadoaçãoparticularamimeaomeutrabalho.

Quando falei comEd pela primeira vez, ele disse que Suzanne não queriasaberoqueeu faria comodinheiro—podiadoá-loàuniversidade,usá-lonolaboratóriooudepositá-loemminhacontapessoal.SegundoEd,Suzannenãoseimportava em saber o assunto que seria objeto daminha pesquisa. A escolhaseriainteiramenteminha.

Fiquei desconfiado. Minha mente agnóstica e investigativa rapidamentepercorreuaspossibilidades,inclusivedequeamulherfosselouca,dequeelaeEd quisessem me passar a perna ou fossem agentes secretos de alguémtotalmente cético que quisesse desacreditar meu trabalho. Entretanto, umapequena investigação pessoal realizada por meu assistente administrativorevelou que tanto Ed quanto Suzanne pareciam membros respeitáveis eaparentemente lúcidos do mundo empresarial de Tucson. Concordei emencontrar-me com eles no Arizona Inn para saber mais sobre os desejos deSuzanne.

SuzanneeEdsemostraraminteressadosemespiritualidadeecuraespiritual.Àmedidaqueaconversaprogredia,Suzannefezumaextraordináriaconfissão:dissequetinhaguiasespirituaisesecomunicavaregularmentecomeles.

Suzanne em seguida contou que, alguns meses antes, quando visitaraFlagstaff, no Arizona, seus anjos da guarda lhe disseram que devia apoiar odoutor Schwartz e sua pesquisa.Olhei para Ed à espera de uma confirmação:seráqueeutinhaouvidodireito?Edfezumsinalafirmativocomacabeça.

Suzannecontouqueosanjoslhedisseramquedeviatirar10mildólaresdolucrodavendarecentedeumapropriedadeedoá-losamim,semcontrapartida.

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Elaalegavaqueeusaberiaqualpartedotrabalhoprecisavaderecursos.Ao longo dos anos, conheci muitos possíveis doadores, alguns dos quais

fizeram importantes contribuições ao meu trabalho. Mas nenhum potencialdoador alegara ter sido instruído por anjos a fazer a contribuição, que euinclusivepoderiausarcomobementendesse!

Perguntei a Suzanne se ela sabia que eu tinha interesse em conduzir umapesquisa para investigar a existência de anjos, e ela disse que não. Aliás, sóalguns de meus colegas mais próximos sabiam de meu interesse nessainvestigação.Alémdisso,eunãodisseraaninguém,nemmesmoaomédiumqueparticipou da sessão com Susy e Sophia, que estava pensando em testar essahipóteseusandomédiunsdepesquisaemlaboratório.

Suzanne me contou que vinha acompanhando minhas pesquisas e textoshavia mais de dez anos. Tinha comparecido a algumas de minhas palestraspúblicasevistoalgunsdocumentáriosdetelevisãosobreomeutrabalho.Disseainda que, seu eu autografasse seu exemplar de The G.O.D. experiments,dobrariaovalordadoação!

Francamente, fiquei estupefato.Nunca ouvira falar que anjos podiam levaralguémafinanciarumapesquisasobreeles.

Pondereiseadoadoraemperspectivaestariaenganandonãosóamim,masaEdeaelamesma.Ouseráque,comoafirmavamJohnEdwardeMaryOcchino,osanjoseguiasespirituais insistiamqueeraessencialahumanidadedespertarpara a sua existência e que aquele era o momento de iniciar uma pesquisacientíficasobreosanjos?

Quandoouvi a aparentemente sinceraconfissãodeSuzannenapresençadeEd, seu confidente, ocorreu-me que a únicamaneira de aceitar a doação seriausarosrecursosparacriarumpequenoprojetodepesquisaparatestarapremissadaprópriadoação.Emoutraspalavras,oprojetodepesquisavisariaverificarse(1)osguiasespirituais, inclusiveanjos,eramreais; (2)sepodiamnosoferecerinformações e orientação; e (3) se essas informações incluiriam orientaçõessobrecomoconduzirumapesquisasobreguiasespirituais.

DisseaSuzanneeaEdqueprecisariapensaremsuagenerosaofertaequegostaria de encontrá-los dentro de alguns dias para considerar uma propostaformal.ApesardeSuzanne terditoqueeupoderiausarodinheirodamaneiraque julgasse benéfica para o trabalho, expliquei que queria que os doisanalisassem e aprovassem minha proposta. Completei dizendo que iria pediralgoqueseriaumtributoàpossívelrealidadedoqueSuzannemeconfessara:eulhe pedi que verificasse, junto a seus anjos e guias espirituais, se elesconcordavamcommeuplanoparaaplicaçãododinheiro.

Encontramo-nosdiasdepoisnoArizonaInn.DisseaSuzanneeaEdquenão

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poderiaaceitarsuadoaçãoapenasporestarseguindoaorientaçãodeseusanjos.Expliquei que, como cientista, não sabia se anjos e guias espirituais existiam.Então,contei-lhesminhasexperiências:(1)meuencontrocomodoutorJacksone sua afirmação de ter visto anjos da guarda em meu escritório; (2) minhatentativadedescobrirseexistiaumanjoligadoamim;(3)minhadescobertanainternetdequehaviaumanjochamadoSophia—nemSuzannenemEdtinhamouvido falar dela; e (4) os encorajadores resultados de uma investigaçãoparticular de prova de conceito para verificar se era possível trazer a hipótesedosguiasespirituaisaolaboratório.

Comovocêpodeimaginar,SuzanneeEdficaramsurpresosegratos.Suzanneexplicouque,emboraelaeseusanjosnãoestivesseminteressadosemserratosde laboratório (aliás, por razões experimentais e éticas, não seria convenienteincluí-los),concordavamqueeraomomentodeiniciarumapesquisacientíficaformalsobreahipótesedeexistênciadosguiasespirituais.

Propusqueadoaçãofosseusadaparainiciarumapesquisaformaldentrodauniversidade sobre a possível realidade de anjos e guias espirituais, quedenominamos Projeto Sophia. Propus também que a primeira pesquisaexplorasseainspiraçãodoprojeto:apremissadequeosanjoseguiasespirituaiseram capazes de se comunicar com as pessoas e lhes proporcionar ajuda,orientação e, às vezes, proteção. O plano era conduzir um experimento deentrevistas, aprovado peloComitê deÉtica emPesquisa comSeresHumanos,com uma amostra representativa de médiuns profissionais espalhados pelosEstadosUnidosequesecomunicassemcomanjos.

Sugeriqueaentrevistafosseconcebidademodoaexplorarsistematicamenteas experiências dos profissionais que se comunicavam regularmente compessoasmortaseanjos.Notranscorrerdaentrevista,pediríamosqueeles—osmédiuns profissionais e seus supostos guias espirituais — dessem sugestõesespecíficas do melhor formato para pesquisas subsequentes. O propósito daentrevista não era verificar a autenticidade de suas experiências,mas explorarcomalgumaprofundidadeemqueessasexperiênciasconsistiam.Parecia-meumpatamarresponsávelerelativamenteseguroparainiciarapesquisa.

No verão de 2006, nasceu o Projeto Sophia. Contratei um assistente depesquisapara trabalharnoprojetoumavezporsemana.Levamosumanoparaconceber, testar perguntas entre nós e verificar sua clareza, apresentar osdocumentos necessários à universidade e receber a aprovação para conduzir oprotocolode entrevistas.Quandoescrevia este capítulo, as entrevistas estavamquasecompletadas,eaquivãoalgumasdasrespostaspreliminaresdosmédiuns:

Pergunta:“Queinformaçõesaspessoasfalecidaslhederam?”.Respostas: “Foram sobre a vida, conselhos sobre a vida... soluções de

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problemas”.“Acomunicaçãoprecisaacontecerparaqueacuraocorra—acuratantopara

apessoafalecidaquantoparaosujeito.”“Mensagens de amor para as pessoas com quem estou trabalhando: ‘Estou

porperto’ou‘Estouajudandovocê’.Vinhamdeumlugardeamorquedesejaseexpressar.Elesqueremsolucionarproblemasnãoresolvidos.”

Pergunta:“Queinformaçõesosanjoslhederam?”.Respostas:“Mensagensdeencorajamento,cura,ajudacomproblemas”.“Umainformaçãodeapoioparaajudaralguémaencontrarasrespostaspara

suacuraouseucrescimentoespiritualepessoal.Todasasinformaçõestêmumimpactopositivo.”

“Sãosempresobrecomocriaramelhorexperiênciadevidapossível,comofacilitaroprocessoquepermiteàspessoasviveremsuafelicidade.”

Posteriormente, graças ao Canyon Ranch e a alguns doadores visionáriosassociadosao rancho, recebemos recursosparaumprogramadepesquisamaisamplo, chamado ProgramaVoyager. O nome foi sugestão do doutor JonathanEllerbe,diretordoprogramaespiritualdoCanyonRancheautordeReturntothesacred [A volta ao sagrado]. Esse vasto programa foi criado para conduzir“pesquisas integradas a mecanismos energéticos e espirituais sobre cura emelhoriadevida”.ApesquisasobreaexistênciadeguiasespirituaisdoProjetoSophiaestáincluídanesseprogramamaisamplo.AlgumasdaspesquisassobreasquaisvocêestálendonestelivroforampossíveisgraçasaoapoiofundamentaldoProgramaVoyager.

AexperiênciadeSuzannenoslembra,maisumavez,dequenestelivronãoestamosexplorandoapenaspesquisasrealizadasnumlaboratóriocientífico,mastambémnolaboratóriodenossavidapessoal.Oqueestamostestemunhandoéaaplicação cada vez maior de métodos científicos para a melhoria de nossacapacidadededescobrireexpressaraspossibilidadeshumanasdasquaismuitosde nós — em especial cientistas acadêmicos — não temos consciência oupresumimosirreaiseimpossíveis.

Se existe uma lição emergindo do Projeto Sophia, é a necessidade dehumildadeeintegridade.Aciênciadoaparentementeimpossívelestáprestesasetornaraindamaisestranha.Adquirirnovosgostospodesetornardesejáveleatémesmonecessário.

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13.DETECTANDOAPRESENÇADEANJOSNOLABORATÓRIODEBIOFOTOGÊNESE

OsanjosvoamàvelocidadedaluzporquesãoservosdaLuz—EileenEliasFreeman—

Aolongodahistória,muitodoquefoiescritosobreguiasespirituais,inclusivesobre os anjos e o próprio Divino, está ligado à luz. Na verdade, o Divino émuitasvezes chamadodeLuz.Apróprianaturezada inteligênciahumana temsido associada à luz. Falamos que alguém está “iluminado” e, quandodescobrimosaverdade,queestamos“vendoaluz”.

Quando estava em New Haven, cinco cadeiras em meu gabinete em Yaleexibiamemdestaqueolemadauniversidadeemlatim:“LuxetVeritas”,ouseja,“LuzeVerdade”.Apresençadessascadeirassempreme lembravadanaturezaespecialdaluzesuarelaçãocomoconhecimentoeasabedoria.

Quando digo que nossa energia, assim como a energia de supostos anjos eguias espirituais, é comoa luzde estrelas distantes, não faço isso apenasparacriar uma metáfora, mas por razões científicas. Porque, se algum aspecto dafísicacontemporâneamereceadesignaçãode“espiritual”,énossacompreensãodanaturezadaspartículaseondasdeluz.AFANTÁSTICANATUREZADALUZEDOSANJOS

Muitose temescritosobreaextraordinária, irracionalemisteriosanaturezada luz. Embora os físicos contemporâneos saibam muita coisa sobre aspropriedadeseocomportamentodaluz,poucosabemsobresuaessência—emoutraspalavras,oqueéquepermiteàluzmanifestarsuasestranhasefantásticaspropriedadesqueosfísicoschamam,brincando,de“esquisiticesquânticas”.

Eis algumas propriedades irracionais e suas curiosas semelhanças com ascrençassobreguiasespirituais,principalmenteanjos:

1.Aluzéumapartículaeumaonda:Aluzàsvezessecomportacomoumapartícula — localizada no espaço — e outras vezes como uma onda —distribuídanoespaço.Existeoclássicoexperimentodafendasimples/fendadupladafísicaquântica,quemostraaluzagindocomopartículanoprimeirocasoecomoondanosegundo.Algunsfísicosacreditamquealuznãoénem

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umaondanemumapartícula,masumaonda-partícula1—uma ideiaqueépraticamenteinimaginável.

Numsentidoprofundo,aluznãotemumaformaespecífica.Écuriosoqueos

anjossejamsupostamentecapazesdeaparecersobdiferentesformasepossamselocalizarnumlugarouemvárioslugaresaomesmotempo.

2.Aluzpraticamentenãotemmassa:Aluzcostumaserdescritacomoumelementosemmassanempeso,principalmentequandofuncionacomoonda.Entretanto, alguns físicos especulam que um fóton de luz pode ter umaminúsculaquantidadedemassaquandofuncionacomopartícula.

Presume-se que os anjos sejam praticamente translúcidos, o que implica

ausênciadepesoemseuestadonormal,espiritual.3. A luz viaja a uma velocidade fixa: Presume-se que a luz viaje a umavelocidade fixa no espaço — aproximadamente 299.792 km/s —,independentementedavelocidadeemqueosobjetosviajamemsuadireçãoou na direção contrária.Assim, pormaior que seja nossa velocidade, e atémesmoavelocidadedapróprialuz,jamaispoderemosalcançarumapartículaou uma onda de luz que viaja no espaço, porque ela sempre estará seafastandodenósaessamesmavelocidade.

Portanto,aluzsemprepodeviajarmaisrápidoquenós.Omesmoocorrecom

osanjos.Talvezsejaporissoque,secaptamosumvislumbredeles,elesparecemapareceroudesaparecerimediatamente.

4.Amaneiracomoaluzsecomportaquandosemistura:Sedois fótonsdeluzsemisturamoutêmpropriedadesidênticas,comoamesmarotação,earotaçãodeumdosfótonsmuda,adooutromudainstantaneamente,mesmoqueelesestejamseparadospor trilhõesdequilômetros.Emoutraspalavras,os dois fótons irão se comportar como se não houvesse nenhuma distânciaentreeles.Alémdisso,muitosfísicosespeculamquenenhumacomunicaçãomaisrápidaqueavelocidadedaluzviajeentreeles.Aocontrário,acredita-sequeaassociaçãoobservadasejatotalmenteforadotempoeinstantânea.Tem-sealegadoqueosanjose suasações,emespecial suascuras, também

podemfuncionarinstantaneamente,umavezqueelesseriameternosepoderiamevaporarou se entrelaçar comaquelesque eles curam, como semudassemou

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aumentassemsuarotação.5.Asfrequênciasdaluzsãoemsuamaioriainvisíveis:Ofatorqueparecesermais implicitamenteespiritual sobreanaturezada luzéque,aolhonu,vemos apenas uma minúscula fração do espectro de todas as frequênciasluminosasexistentesnouniverso.TodooespectroeletromagnéticoédaalturadoEmpireStateBuilding,ouseja,quasequinhentosmetrosdealtura,masaporção que conseguimos ver é muito menor que uma camada de tinta oumenosdeumbilionésimodasfrequênciasluminosasnouniverso.Em termos simples, somos literalmente cegos à maioria das frequências

luminosas presentes no universo. Presume-se que os anjos sejam seresenergéticosquevibrama frequênciasmais altas emaisvelozes.Nãopodemosenxergar as ondas de rádio (frequências mais baixas) nem os raios gama(frequênciasmaisaltas)aolhonu,masaceitamosessefato.Convémmantermosa mente aberta à possibilidade de que, pela mesma razão que não podemosenxergarosraioscósmicosdealtafrequênciaaolhonu,nãopodemosveranjosouseresdeluzdealtafrequência,pelomenosemcircunstânciasnormais.

Imagineoquepoderíamosdescobrirusandomodernascâmerasdigitaisquedetectassem frequênciasmais altas de luz embuscadapotencial existênciadeseresdealtafrequência.

6. Quando a luz é extremamente fraca: Finalmente, hoje está bemdocumentado que,mesmo em baixíssimas frequências luminosas, podemosenxergar a olho nu. A intensidade da luz pode ser muito fraca para quepossamos percebê-la conscientemente. Telescópios ópticos são capazes dedetectar a fraca luzde estrelasdistantesporqueampliama sua intensidade.Embora as células da retina sejam tão sensíveis a ponto de registraremumúnico fóton de luz, seu sinal neural é fraco demais para que possamospercebê-loconscientemente.Presume-sequeosanjosestejampresentesnumestadodefracaintensidade,

apesardealgumasexceções.Segundoosmédiuns,osanjosestãoconstantementeà nossa volta, enchendo-nos de energia, guiando-nos e protegendo-nos, masnuncadetectamossuapresença—pelomenosnãoconscientemente.Imagineoquepoderíamosdescobrirusandoavançadossistemasdecâmerassupersensíveis,capazesdedetectarequantificarumúnicofótondeluz,etentássemosrevelarapossívelexistênciadeseresespirituaisdefracaintensidadeluminosa.

Esse é apenas umexemplo das notáveis propriedades da luz que os físicos

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descobriramnoséculoXX.Oqueachoparticularmentecuriosoéque,durantemilhares de anos, alguns místicos, que afirma' vam ter passado algum tempocomosanjos,atribuíramaelescertaspropriedadesqueapenasrecentementeosfísicosdescobriramrefletiremanaturezadaluz.

Serámeracoincidênciaoualgumaverdadeprofundaestásendorevelada?MEDINDOOSEFEITOSDEHUMANOSEANJOSSOBREASPLANTAS

EmTheenergyhealingexperiments,descrevoumasériedeexperimentosqueeu e meus colegas realizamos usando avançadas câmeras digitais com CCD2

(dispositivo de carregamento acoplado). Essas câmeras controladas porcomputador costumam ser usadas para medir a luz de estrelas e galáxiasdistantes em pesquisas astrofísicas. Adotamos essa moderna tecnologia paramedir a luz de fraquíssima intensidade emitida espontaneamente por todos ossistemasvivos,inclusiveanimais,plantaseorganismosunicelulares.

A câmera que utilizamos inicialmente em nossa pesquisa sobre a curaenergéticafoiresfriadaa-95°Cecustou100mildólaressemuso,enquantoacâmeraqueusamosemnossapesquisasobreapresençadeanjoseoutrosseresespirituaisfoiresfriadaa-75°C,erausadaetinhaumpreçomaisrazoável:30mildólares.Asduascâmerassãocapazesderegistrarumúnicofótonde luzepodemserprogramadasparatirarfotosdelongaexposiçãoemespaçosescuros(câmarasousalascompouquíssima luz)duranteminutosouatémesmohoras.Alémdisso,asduassãoespetacularesnosentidodequepodemcapturarimagensluminosas.

Quandoficouevidentequepoderíamosusaressascâmerasparamedira luzinvisívelgeradaporplantasepessoas,equeaintensidadedessaluzerasensívela muitos fatores, entre eles a intenção do curador de influenciar as plantas,comeceiaimaginarseascâmerasseriamsuficientementesensíveisparadetectarasupostanaturezafotônicadosanjos,jáqueelesseriamseresdeluz.

Eueminhaousadaecriativacolega,adoutoraKathyCreath,pesquisadoradeciênciasópticasnaUniversidadedoArizonaedetentoradedoisdoutorados—umemciênciasópticaseoutroemmúsica—,decidimos,deumamaneiraumtantodespreocupada,explorarseeraplausívelusaressatecnologiaparamedirapossívelpresençadeanjos.

Realizamos quatro sessões experimentais no curso de quatro semanas. Aúnicadespesafoiocustodasespéciesdeplantas,quepagamosdonossobolso.Aprincípio,usamosacâmerade100mildólaresemumlaboratóriodepesquisadauniversidade.Nóséramosospesquisadores,enãohavianenhumserhumanoenvolvido.

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Uma médium de pesquisa, que supostamente se comunicava com anjos eguias espirituais e prefere semanter anônima, afirmou que dois de seus anjospodiamprovocarefeitosdiferentessobreasplantas:umaumentavaasemissõesdeluz,eooutrodiminuíaasemissões.Elaafirmouaindaque,seconvidássemosdois anjos a entrar na câmara escura, um de cada lado, poderíamos ver adiferençadeemissõesbiofotônicasdetectadaspelacâmera.

Em cada uma das quatro sessões experimentais, a doutora Creath e eucolocamos quatro folhas e quatro flores de gerânio numa câmara fechada etotalmente escura instalada emuma sala escura.Os computadores ficaram emoutra sala. As quatro folhas e suas respectivas flores foram separadas pordivisórias de papelão. Depois de coletar dados padrão por trinta minutos,convidamososdoisanjosaentraremnacâmaraescurapor trintaminutos.Emduassessões,oanjoX,quesupostamenteaumentariaasemissões,ficoudoladoesquerdo; e o anjo Y, que deveria diminuí-las, do lado direito. A ordem,determinadaporcaraoucoroa,foitrocadanasduassessõesseguintes.

Tínhamosconstatadopreviamentequeasfolhasgeravammaisluzdoqueasflores,maseunão sabia se as florespoderiamsermais sensíveis aos supostosefeitosdiferentesdaenergiadosanjosdoqueasfolhas.Incluíasflorespelofatodeamitologialigarosanjosaelas.

Comosetratavadeumainvestigaçãoexploratóriadeprovadeconceito,nãoestávamospreocupadosemverificarapresençadosanjosouemprovarqueelestinham de fato provocado os efeitos. Além disso, havia a possibilidade de asplantassimplesmentereagiremanossospensamentossobreopossívelresultadodasexplorações.

Entretanto, sabíamos que futuros estudos duplo-cegos poderiam serconduzidos — ou seja, desde que a investigação exploratória indicasse umaabordagem suficientemente sensível às sutis energias envolvidas a ponto derevelaralgumacoisa.Paranossasurpresa,asmedidasfeitasnasquatrosessõesindicaramquealgosignificativoocorrera.

Foramutilizadasdezesseisfloresnasquatrosessões,dasquaisoitodeveriamser mais brilhantes quando comparadas com a luz dos respectivos espécimesutilizadosnassessõesdecontrole.Dopontodevistaestatístico,eraumaamostrarelativamente pequena, mas, quando foram realizadas amostragensestatisticamenteapropriadas, adiferença foi significativa:p<0,03.Emboraasfolhastenhamapresentadoemmédiaosmesmosefeitosgerais,osresultadosnãoalcançaramsignificânciaestatística,provavelmentedevidoaotamanhopequenodaamostra.

Maistarde,analiseiasimagensdasfloresusadasnesseexperimentoporumasofisticada técnica de análise de imagens chamada fast fourier transformation

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(FFT),tambémchamadadeanáliseespectral,rotineiramenteusadaempesquisasacústicas, biofísicas e biomédicas. As computações matemáticas tomam umpadrãocomplexodefrequênciaseaspartememfaixasindividuaisdefrequênciaparaanálisedospadrões.

A técnica FFT também é usada para analisar frequências constantementemutáveisdoscamposeletromagnéticosdaTerra,comoosdocérebro.AanálisequerealizeieregistreiemgráficousouosoftwareImagJ,umsistemadeanálisefornecidosemcustopeloInstitutoNacionaldeSaúdeparapesquisasbiomédicasquepodeserbaixadonainternet.

Observamos que o anjo X estava ligado a estruturas na forma de ondasmaiores comparadas às do anjoY.Descobrimos também que o anjoX estavaassociadoapadrõesFFTmaiscomplexosdoqueoanjoY.Comovocêlogoverá,essaobservaçãoFFTseriarepetidaemváriosexperimentoseacabariarevelandoalgumas surpreendentes propriedades de emanações luminosas de altafrequência,supostamentedeanjos.CONVIDANDOOANJOSOPHIAEALUZDEDEUSAOLABORATÓRIO

Por mais intrigantes que fossem essas descobertas, naquela época eu nãopensavaemestudá-lassistematicamente.Oproblemaeraduplo:primeiro,eunãotinha recursospara conduzir uma série formalde experimentos e, em segundolugar, não estava em condições de revelar publicamente esses resultadosaparentemente positivos. Nessa época, eu ainda não conhecia Suzanne nemhaviacriadooProjetoSophiaouoProgramaVoyager.

Mais tarde,oProgramaVoyager,que investigaa integraçãodemecanismosenergéticoseespirituaisparaacuraeamelhoriadavida—queincluíaoProjetoSophia—,forneceutantoosrecursosquantoosargumentosparaaaplicaçãodosistemadeimagensbiofotônicasaoquechameide“experimentosdapresençadeespíritos”.

ComomencioneinaparteIII,experientescuradoresenergéticoseespirituaisafirmam que costumam convidar seus guias espirituais, anjos e até mesmo oSagrado (também chamado de Energia Universal, Fonte, Luz Divina ousimplesmenteDeus)aajudá-losemseustratamentos.Alémdisso,pessoascomoMaryOcchinoeodoutorJacksonseconectamregularmentecomseusanjospararesponder a perguntas num programa diário de rádio ou mesmo paraprocedimentos de rotina, como uma reunião com o seu orientador de pós-doutorado.

Aquestãofundamentalé:existealguém,oualgumacoisa,presente?Seráqueanjoseatéespíritossuperioressemanifestamnassalasdetratamento,norádioe

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atéemgabinetesdauniversidade?Se a resposta for sim, será possível medir sua presença usando uma

tecnologia supersensível, supondo-se que os espíritos estejam interessados emsermedidoseestejamdispostosacolaborarnapesquisa?

Só há uma maneira de descobrir isso: investigando. Quando escrevia oprimeiro rascunho deste capítulo, tínhamos completado três investigaçõescontroladasparatestaraexequibilidadederesolveressasquestõesnolaboratóriobiofotônico.AsduasprimeirascontaramcomapresençadeSophia,enquantoaterceiraenvolveua“LuzdeDeus”.

Nessasinvestigações,emvezdeusarumfundopreto,foiutilizadoumfundoxadrezempretoebranco.Segundoummédiumquesecomunicavacomanjosequeprefere semanternoanonimato, foi sugestãodoanjoSophia.Eleafirmouque, mesmo sem plantas, folhas ou flores, a presença de Sophia podia serdetectada.

Meuassistentedepesquisa,MarkBoccuzzi(quetrabalhavasobosauspíciosdo Programa Voyager), era o pesquisador e coletou três imagens: (1) umaimagem de controle de trinta minutos antes da presença do espírito, (2) umaimagemde trintaminutosduranteapresençadoespíritoe (3)uma imagemdetrintasegundosdepoisdapresençadoespírito.Emboraacâmarafossenegraeestivesse numa sala totalmente escura, esperávamosqueos quadrados brancospudessemservistosna imagem,mesmoquedemaneira indistinta.Embora eutivesseconcebidooexperimento,nãoestivepresenteàsessãoderegistroporquetivequeresolveroutrosassuntosdauniversidade.

Nocomeçodoperíodoanterioràpresençadoespírito,Mark leuumafrase,convidandooanjoSophiaaentrarnacâmara.Atravésdomédium,Sophiateriaconcordadopreviamenteemparticipardainvestigaçãoeestavapronta.Enquantoocomputadorcoletavaosdados,MarkouviamúsicaemseuiPod.

Quando realizamos a análise FFT, a diferença de resultados entre as trêsimagens era claríssima. Observamos que o período em que Sophia devia terestadopresentemostravaondaseumpadrãomaiscomplexo.

Observamos tambémuma indistinta formadeanjo, comacabeça inclinadapara o canto superior esquerdo e as pernas apontando para o canto inferiordireito.Poderia issoserumaespéciede testeRorschach,noqualprojetamosoquequeremosver?Talvez.MasaanáliseFFTmostrouclaramenteumadiferençaentreaimagemdeSophiaeasimagensanterioreposterioràsuapresença—sendoqueasupostapresençadoanjoSophiaeraaúnicavariável.

ImpressionadocomasondasFFTclaramentevisíveisnoperíododapresençadoespírito,tentamosrepetirainvestigação,dessavezincluindofolhaseflores.

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Devo acrescentar que nesse caso a câmera era mais barata porque tinha umsensorCCDmenor.Issoreduziaaáreadevisão,demodoquesófolhaseflorespodiamservisualizadas.Nessainvestigação,osgerâniosforamsubstituídospormargaridas.Porquê?PorqueSophiateriarecomendado(oquepossodizer?).

Denovo,foiutilizadoumfundoxadrez.Primeiro,observamosqueasfolhasbrilhavamnitidamentenoescuroedepoispercebemosnovamenteumaimagemindistinta do fundo xadrez. Entretanto, quando analisamos as imagens pelosistema FFT, a diferença entre a imagem de Sophia e as imagens anterior eposterior à sua presença era ainda mais evidente do que na primeirainvestigação.NítidasondasenchiamtodaaimagemFFTdeSophia.

AimportânciadaanáliseFFTéqueelapoderevelarpadrõesnãovisíveisaolhonu,assimcomoacâmerarevelaaluzquenãosevêaolhonu.Denovo,sóporquenãopodemosveraimagemnãosignificaqueelanãoestejalá.

Estudando as análises com Mark, ponderamos se outras altas energiaspoderiammostrar padrões semelhantes.Mark tinha aprendidoum tipode curaespiritual energética oriental. Os praticantes dessa técnica acreditam querecebemaenergiauniversalquechamamde“LuzDivina”,equepodemservirde recipiente dessa luz. Eu também tinha aprendido essa técnica— uma dascincotécnicasdecuraenergéticaqueestudeicomopartedeminhaspesquisasaolongodosanos.

Perguntei a Mark se queria ver o que aconteceria se ele, na qualidade deinvestigador,convidasseaLuzDivinaaentrarnacâmara.Markconduziuessaterceira investigação, na qual, no segundo período de trinta minutos deexposição,meditoueconvidou-aaentrarnacâmara.

Paranossa surpresa,os resultados se repetiram—asondasFFTocorreramdurante a presença do espírito. Curiosamente, das três investigaçõesexploratórias,ospadrõesFFTmaiscomplexosduranteoperíododepresençadoespíritoocorreramnosegmentodaLuzDivina.Pondereise,usandoumcondutorhumano,aintensidadeouofocodeluznãoseriamaindamaiores.PADRÕESSURPREENDENTESNAFOTOANÁLISEDERAIOSCÓSMICOS

Eu poderia acrescentar que essas câmeras extremamente sensíveis não sódetectama luznuma frequênciavisível aoolhohumano (assimcomoalgumasfrequênciasde luz infravermelha,dependendodofiltroutilizado),mas tambémsão capazes de, ao mesmo tempo, detectar explosões de raios gama/raioscósmicos.

Pense que a câmera detecta duas diferentes faixas de frequência luminosa

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simultaneamente:(1)frequênciasluminosasnormais,emsuamaioriavisíveisaoolhohumano,e(2)frequênciasextremamentealtasderaiosgama/cósmicosnãovisíveisaolhonu.Alémdisso,essesraiosgama/cósmicossãocentenasdevezesmaisbrilhantesdoquealuzbiofotônicaemitidaporcélulasvivas.Asexplosõesderaioscósmicossãogeradaspelasestrelas,inclusiveonossoSol,eatravessama atmosfera, assim como amatéria— telhados, paredes, a caixa demetal dacâmeraeaprópriacâmara.

Embora apareçam com pouca frequência, já que os raios gama são muitomaisbrilhantesquebiofótons,deixamumpontosuperbrilhantesobreaimagem(relativo aos biofótons — lembre-se de que ambas as intensidades são naverdademuito baixas). Como os raios gama aparecem aleatoriamente durantedeterminado experimento, teoricamente não devem ter uma influênciasistemáticasobreoresultadogeral.Entretanto,comosuasintensidadessãomuitograndes (relativas aos biofótons), é preferível removê-los estatisticamenteusandoosoftwareImagJ.

AsanálisesrelatadasnessastrêsinvestigaçõeseemsuasFFTsrefletiramosdadosbrutosincluindoosesporádicosraiosgama/cósmicos—porconveniência,vouchamá-los simplesmentede raioscósmicos.Tambémfoioqueocorreunainvestigação preliminar que realizei com a doutora Creath. As imagenscontinhampontosderaioscósmicosquenãoforamremovidos.

Em análises subsequentes, porém, criei duas séries de imagens, uma paracadafrequência:

1.umasériecontendopadrõesdepuraluzbiofotônica(tendosidoremovidososraioscósmicos);2.umasériecontendosóraioscósmicos(tendosidoremovidosobiofótoneofundo).

ComoeusabiaqueosanjoseaLuzDivinadeviamteramesmafrequência,

umdiadecidiexploraroqueaconteceriasefizesseumaanáliseFFTdasimagensdosraioscósmicos.Assumindoqueosraioscósmicossãoaleatórios,supusqueasFFTsrevelariamimagenssuavesetambémaleatórias.

ExpusasimagensdosraioscósmicosesuasrespectivasanálisesFFTduranteosperíodosdepresençadoespíritoesuasrespectivasfasespréepós-presençadoespíritodastrêsinvestigações(asimagenspóssepareciamcomasimagenspré).

Oqueocorreupodeserconsideradoummomentoheureca(àsvezeschamadodemomento“Oh-meu-Deus”).

Descobri que as análises FFT das imagens dos raios cósmicos, quando

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realizadasnoperíododepresençadeespírito,revelaramosmesmospadrõesdeonda vistos nas imagens combinadas de biofóton mais raios cósmicos. OsprevisíveispadrõesFFTaleatóriossóforamobservadosnosperíodospréepós-presençadoespírito.

Asimplicaçõesdissopodemserprofundas.AaparentepresençadeanjosedaLuzDivinacriavaestruturasdiscerníveis

em forma de onda, que se repetiam nas análises FFT de padrões de raioscósmicos de alta frequência.Na verdade, os padrões FFT erammais robustosparaos raioscósmicosdoqueparaas imagensbiofotônicas!Paracolocar issoemperspectiva,devodizerqueoscientistas semprepresumiramque,devidoaseuspadrõesaleatóriosealtasfrequências,osraioscósmicosnãopoderiamserinfluenciadospornenhumaforçaexterna.

Emciência,quasesempre,oqueéumruídoparauminvestigadorpodeserumsinalparaoutro.Semprepenseinasexplosõesderaioscósmicoscomoumachateação,umruídoqueacompanhavaaextremasensibilidadedacâmera.Quempoderia imaginar que uma chateação poderia se transformar num presentevalioso?ABRE-SEUMAJANELADEOPORTUNIDADES?

No futuroconduziremosoutras sériesde investigaçõesusandoo sistemadeimagens biofotônicas. Elas incluirão o exame dos efeitos de diferentes seresangelicaisqueparecemestarinteressadosemcolaborarconoscoeacomparaçãoentreeleseosefeitosdediferentespessoasfalecidas.

A pergunta que nos fazemos é: se os anjos revelam uma alta frequêncialuminosa e são mais “poderosos”, como muitos têm afirmado ao longo dosséculos, poderemos descobrir que eles, regra geral, têm efeitosmais robustos,especialmente sobre os raios cósmicos, para criar os padrões discerníveisreveladospelasanálisesFFT,doqueosespíritos?

Empregando pesquisadores treinados para operar o sistema de câmeras,poderemosexcluirainfluênciaqueaintençãodopesquisadorpodeexercersobreacriaçãodoqueestamoschamandohipoteticamentede“efeitodapresençadoespírito”?Quantodoqueobservamossedevemaisanósdoqueaeles?

Arazãodeexporaquiessasobservaçõespreliminaresémostrarqueestásetornando possível, em princípio, trazer a pesquisa sobre energia espiritualsuperiorparaolaboratório.Seosanjoseguiasespirituaissãoreais,éomomentode eles se revelarem. Eles precisam nosmostrar de umamaneira convincenteque não só podem sermedidos fotograficamente,mas ter seus efeitos sobre avidafísicadocumentados.Seusupostocompromissocomessapesquisaéoque

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chamode“umagrandealiança,emqueciênciaeespiritualidadecaminhamladoalado”.

Curiosamente, depois de completar as investigações preliminares aquirelatadas, acâmeraquebrou.Algoaconteceucomo sensorCCD.Foicomoseele tivessesidoexpostoaumexcessode luz.Tivemosqueenviaracâmeradevolta ao fabricantepara reparo.O sensorCCD teveque ser substituído, oquenoscustouaproximadamente10mildólares.Oconsertolevoumeses.Seriaissoumacoincidênciaoualgomais?Comcertezaomomentoforaestranho.

Vou descrever brevemente três investigações adicionais que indicam acontínua promessa dessa pesquisa. As descobertas da segunda investigaçãoforam apresentadas no encontro da Sociedade para Exploração Científica de2009, e as descobertas da terceira investigação, no congresso Para umaConsciênciadaCiênciade2010.COMPARAÇÃOENTREOSEFEITOSESPIRITUAISDESOPHIAEDESUSY

Nessa investigação,Markfoiopesquisadorecomparouosníveisde luzdefundo (em média os menores do espectro visível) com as análises FFT dospadrões dos raios cósmicos. Mais uma vez, registrou três períodos: antes,duranteeapósasupostapresençadoespírito.

Emmetadedos testes,MarkconvidouSophiaaentrarnacâmara.Naoutrametade, Susy Smith foi convidada. Como a experiência não envolvia sujeitoshumanos (noplano físico),não foinecessárioobter aprovaçãoparaapesquisa(assimcomonasinvestigaçõesanteriores).

Markrealizouseissériesdetestesantes,duranteeapósapresençadeSophiae outros seis antes, durante e após a presença de Susy. Foram necessáriasalgumassemanasparaacoletadosdados.QuandoanaliseiosdadosecompareiasanálisesFFTeasdescobertascomaluzdefundo,ficamosimpressionados.

Nos testes de Sophia, repetiram-se os efeitos cósmicos de ondas FFTverificadosanteriormente.OsefeitosFFTforamestatisticamentesignificativos.

JánostestesdeSusynãofoiobservadonenhumefeitodeondas.Emsuma,SusynãoproduziaoqueSophiageravaemtermosdepadrõesderaioscósmicos.SóSophiainfluenciavaessasaltasfrequênciasluminosas.

Entretanto,naanálisedasfrequênciasluminosasdofundonostestesdeSusy(removidososraioscósmicosantesdaanálise),houveumaumentosignificativoda quantidade de luz de fundo detectada.Nesse caso, não realizamos análisesFFTsobrepadrõesderaioscósmicosesporádicos;calculamosmédiasdeluzdefundo(paraverificarsehaviaumaumentogeraldafrequêncialuminosavisível

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nacâmara).Emboraamagnitudedoefeitofossepequena,eraestatisticamenteconfiável.

UmaumentomédiodaluzdêfundofoiobservadoemtodosostestesdeSusy.Poroutrolado,nostestesdeSophianãofoiobservadoumaumentomédioda

luzdefundo.SophianãoproduziaoqueSusygeravaemtermosdefrequênciasmédiasdeluzdefundo(queseriamvisíveisaolhonusesuaintensidadefossemais forte). Só Susy influenciava essas baixas frequências luminosas.Aparentemente,sóoanjoSophiapodiaafetarasaltasfrequênciasluminosaseosraioscósmicos,esóSusyafetavaasbaixasfrequênciasbiofotônicas.

Nopróximocapítulovoltaremosàpossibilidadederegistrarfótonsdeluzemtemporealparadetectarapresençadeespíritos.REPETINDOEESTENDENDOOSEFEITOSCÓSMICOSFFTDALUZDEDEUS

ParasaberseaLuzdeDeuseraumefeitoreal,Markeeudecidimosrepetiraobservação inicial, sóquedessavezMark repetiuo testedaLuzdeDeus seisvezes.

Alémdisso,incluímosseistestesemquenãohouveintençãodeconvocarapresençadoespírito(istoé, testesdecontrolecego)eseis testesemqueMarksimplesmente“meditou”(masnãoconvidouaLuzdeDeus).NossoobjetivoerasabersefocaramentenacâmaraerasuficienteparaproduzirasondascósmicasFFT.

O experimento era bastante complexo: incluía uma combinação derandomizaçãoeequilíbriodediferentes tiposde testesecondições.Assessõesforam realizadas aos sábados (quando o laboratório estava calmo e nenhumoutro experimento estava sendo realizado aomesmo tempo). Levamos algunsmesesparacoletarosdados.

Paranossasurpresa,nãosóostestesdaLuzdeDeusrevelaramumaumentosignificativodoefeitodeondascósmicasFFT,masasduas sériesde testesdecontrole—condiçõescegasedesimplesmeditação—nãoproduziramefeitosdeondascósmicasFFTobserváveisemcomparaçãoaosrespectivostestespré-imagem.

EssasdescobertasindicamqueosefeitosdosraioscósmicosFFTdependemdealgomais,alémdeapenasmeditarouconvidarespíritosdepessoasmortasaentrarem na câmara. Essa investigação exploratória nos encoraja a conceberestudos sistemáticos usando sujeitos externos aprovados peloComitê de ÉticaemPesquisadauniversidade.

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OSEFEITOSFFTDOSRAIOSCÓSMICOSOCORREMÀDISTÂNCIA?

Vocêdeve se lembrardequeacâmeraeacâmaraescuraestavamemumasala afastada daquela que continha o computador que controlava a câmera.Opesquisador (nesses estudos,Mark) sentou-se na sala adjacente, onde estava ocomputador. Queríamos saber se os anjos, guias espirituais e a Luz de Deuspoderiamserconvidadosaentrarnacâmaraporpessoassituadasaquilômetrosdedistânciadolaboratório.

No verão de 2008, no encontro anual da Sociedade para a ExploraçãoCientífica,apresenteiosresultadosdeumasériedeseisexperimentosaprovadospeloComitê deÉtica emPesquisa sobre os efeitos da intencionalidade de umgrupodistante.Issoenvolveucentenasdepessoassituadasadistânciasvariandode centenas a milhares de quilômetros de Tucson (foram ao todo seisexperimentos) e dirigir sua intenção consciente para aumentar a taxa degerminaçãodesementesemnossolaboratório.

No outono de 2009, fui convidado a dar uma palestra no congresso daHealing Touch International, Inc.3 A presidente, Susan Kagel, uma talentosapraticantedecurapelotoqueeenfermeirasêniornoCanyonRanch,perguntou-meseeuestariadispostoachefiarumainvestigaçãosobreintençãodegruponomeiodeminhaapresentação.

Propusquetentássemospediraos245participantesdoencontroparaenviarsuas intenções para a câmera CCD e a câmara (que estava a cerca de 25quilômetrosdohotel)durante15minutos.

Ela propôs que os curadores convidassem seus anjos e o Divino aparticiparem.Acheiumagrandeideia, jáque,combaseemnossasdescobertaspreliminares,osefeitosdosraioscósmicosparecemsemanifestarapenasquandosãoconvidadosseresdealtafrequêncialuminosa.

Mark coletou imagens de três testes de quinze minutos antes da curaenergéticaedepoisdas imagensCCD.Posteriormente,analisamosospadrõesderaioscósmicosusandoosoftwareImageFdeprocessamentodeimagensFFT.Osresultadosforamassombrosos.Quandorevisavaestecapítulo,osresultadosmostravamomaiorefeitodeondascósmicasFFTquetínhamosobservadoatéadata.

Será que essa investigação com câmeras ultrassensíveis CCD provadefinitivamente a existência de anjos e/ou da Fuz Divina? Que eles, ou seusefeitos,podemsermedidoscomoumaorganizaçãoderaioscósmicos,comoasanálisesdoavançadosistemaFFTrevelaram?

A resposta, naturalmente, é: ainda não. Entretanto, essa investigaçãoexploratória indica a possibilidade de a ciência ser capaz de responder essas

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perguntasdeumamaneirasistemática,responsávelecriativa.Notas1.Eminglêswavicle:wave(onda)justapostoaparticle(partícula).(N.R.).2.Eminglês,ChargeCoupledDevice.(N.R.).3.Emportuguês,AssociaçãoInternacionalparaaCuraatravésdoToque.(N.R.).

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14.OSANTOGRAALDACOMUNICAÇÃOCOMOSESPÍRITOS

Agora o que proponho é dotar os pesquisadores demediunidade de um aparato capaz de dar um aspectocientífico a seu trabalho. Permitam-me explicar que esseaparatotem,porassimdizer,afunçãodeumaválvula.Isso significa que, com o menor esforço, será possívelexercer uma força muitas vezes maior que a inicial paradeterminadospropósitos.Esemelhanteaumamodernacasadeforça,ondeohomem,comsuaforçarelativamentefraca,aciona uma válvula quemovimenta uma turbina de 50milcavalos-vapor.—ThomasEdison—

Seosespíritosexistemedesejamfazerumaparceriasagradaconoscoemproldenossa saúde e nossa evolução individual e coletiva, precisamos encontrar umamaneiramaisseguraeconfiáveldesabernãosóqueosespíritosestãoporaqui,mastambémdeconhecerprecisamenteemqueconsistesuaorientação.

Vamos imaginar que os espíritos estejampor aqui.Vamos imaginar que osespíritoscomqueestamoslidandosejambenevolentes,atenciosos,inteligentesesábios.Vamosimaginarquepossamosouvi-losequeoqueelestêmaoferecermereçanossaatençãoefarádiferençaemnossavidaindividualecoletiva.

Adificuldadeéqueporenquantoestamoslimitadosareceberinformaçõesdeumpequenogrupodemédiuns,queafirmamrecebê-lasintuitivamente—istoé,emsuamente. Infelizmente,emboraalguns indivíduossejamàsvezesbastanteprecisos, não são de modo algum infalíveis. Seres intuitivos são simpleshumanos como nós e cometem erros, o que só torna a questão mais obscura(outros podem dizer que a sabedoria, diferentemente do conhecimento, exigeuma interpretação mais ampla, o que pode dar margem à ambiguidade emalgumasmensagens,masessajáéoutraquestão).

Por exemplo, nossa capacidade de ouvir e lembrar com precisão umaconversa telefônica normal é limitada, como sabe qualquer pessoa que tenhatentadorelatartextualmenteumaconversatelefônicaouqualqueroutraconversaconfiando apenas na memória. Quando dizemos que os intuitivos são apenascaçadores de informações — pensamentos e sentimentos esporádicos — que

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tentam transmiti-las e interpretá-las às pressas, podemos entender melhor porquesuaprecisãointuitivapodediminuir.

No entanto, a intuição humana pode na verdade ser bastante notável, emespecialempessoasdotadas.

Como relatei em The energy healing experiments, conduzimos umexperimento duplo-cego controlado com pacientes com insuficiência cardíacacongestiva, testando a capacidade de um grupo de intuitivos de fazeremdiagnósticosàdistância.Paraminhasurpresa,obtivemosresultadosestatísticossignificativos.Entretanto, esses resultados estatísticos positivos não significamqueainformaçãotenhasidosuficientementeprecisaparasubstituirosaparelhosdediagnóstico.

Em suamaioria, os intuitivos que participaram da pesquisa afirmaram quenãoseriamcapazesderealizaressatarefasozinhos,einsistiramquerecebiamodiagnósticomédicodeseusguiasespirituais.

Curiosamente,apessoaquealcançoumaiorgraudeprecisãofoiumasenhoradacostalestedepoucaeducação,queafirmoureceberdiagnósticosmédicosdeEdgarCayce, aquemela chamavadeEddie, ede alguns anjos.Diantede seualto desempenho na pesquisa, devemos dar algum crédito a suas fontes deinformação?

Nossoexperimentoduplo-cegonãotinhaaintençãodevalidarahipótesedeque os guias espirituais dos intuitivos fossem responsáveis por sua precisão.AprovadopeloComitêdeÉticaemPesquisa,elefoiconcebidoparadeterminarseosintuitivoseramcapazesdefazerdiagnósticosprecisosàdistância.Nãoeranossaintençãodescobrircomoelesfaziamisso.Entretanto,podemosespecularseessaprecisãodiagnosticaseriaaindamaiorseelesrecebessemasinformaçõespormeiodealgumtipodetecnologiadigitalqueastransmitissedeformaescritaouoral.

Usaramodernatecnologiadisponívelparadetectarapresençadeespíritosfoio primeiro passo para resolver o que poderia ser chamado de SantoGraal daPromessa Sagrada. Às vezes penso nisso como a futura evolução do telefonecelularparaotelefonedaalmaoucomooqueRhondachamadefuturaevoluçãodadigitaçãoparaaescritaespiritual.

Existem numerosas afirmações da existência dessas tecnologias decomunicação eletrônica circulando na internet. Algumas são de caçadores defantasmas.Essesinvestigadoresdaparanormalidadetentammediratemperaturado ar, os campos magnéticos, a luz infravermelha e outras fontes de energiausando instrumentos eletrônicos relativamente simples, como um medidorTriField.Outras alegações vêmde pessoas entusiasmadas com a possibilidadedos fenômenos de voz eletrônica (FVE), como uso de gravadores de áudio e

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vídeoeatécomputadores.Muitasdessasafirmaçõessãotãoamadorísticasesimplóriasquantorisíveis.

Porfavor,entendamquenãotenhoamenorintençãodeofender.ConheçováriospioneirosdaexploraçãodeFVEquesãogentis,verdadeiroseatenciosos.Masamaioria desses caçadores de espíritos — sejam eles caça-fantasmas ouexploradores de FVE — são leigos, não têm formação tecnológica e nemutilizammétodoscientíficos.

UmaexceçãodignadenotaéoWindbridgeInstitute,queultimamentetemsededicado a pesquisas sistemáticas para detectar a presença de espíritos com aajudadatecnologia.Osprincipaisinvestigadoresdoinstitutopertencemaomeiocientífico e tecnológico.Conheço sua capacidade e sua formação emprimeiramão: a cientista-chefe, doutora Beischel, fez seu pós-doutorado em meulaboratório,eoprincipaltecnólogodoinstituto,MarkBoccuzzi,trabalhoucomomeuassistentedepesquisa.

Como revelei no capítulo anterior, meus colegas e eu estamos conduzindoinvestigações exploratórias nessa área. Essas investigações concentram-se nanaturezadaluzeutilizamavançadossistemasdefotodetecção.Meuinteressenanatureza quântica da luz, em sua medição por interferômetros e tubosfotomultiplicadores, e na aplicação dessas tecnologias à detecção de espíritos,começouquandoeueraprofessoremYale.

Ecuriosoque,àmedidaquecresceaespantosacomunicaçãosemfio,assimcomo o fascínio por temas espirituais e uma realidade espiritual mais ampla,surjam novas tecnologias que prometem integrar ciência e espiritualidade deumavezportodas.

Umanovatecnologiaéosistemadefotomultiplicadordesilício,comgrandepotencial detectorde espíritos e como instrumentode comunicação.Cumpre aexpectativadeThomasEdisondeque“serápossívelexercerumaforçamuitasvezesmaiorqueainicialparadeterminadospropósitos”.

Percebendoograndepotencialdessatecnologia,deciditrabalhardiretamentecom a empresa que a fabrica. Enquanto escrevia este capítulo, tinha realizadouma série de investigações de prova de conceito e estava trazendo essatecnologia para o meu laboratório na universidade. Os resultados forampublicados na edição demaio de 2010 doEXPLORE:The Journal of ScienceandHealing.

Como você verá, investiguei não só como Susy Smith e Mareia Eklundinfluenciavamosistemadefotomultiplicadordesilício,mas tambémseoanjoSophiaeHarryHoudini (sim,você leucorretamente) eramcapazesde fazeromesmo.

Mas,antes,vamosrevisarbrevementeanaturezadessatecnologia.

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OAVANÇODATECNOLOGIADOPCDMINI

ComoestáresumidonoartigoqueescrevicomadoutoraCreathsobrenossapesquisa biofotônica, publicado em 2007 no Journal of Scientific Exploration(disponível na internet), os tubos fotomultiplicadores vêm sendo usados hádécadasparadetectarfótonsdeluz.Oproblemaéqueessestubosdevidrosãomuitosensíveisaoscamposmagnéticoscircundantes,requeremaltasvoltagensesequebramfacilmente.

Entretanto, nos últimos anos vem sendodesenvolvida umanova tecnologiaquecorrigetodosessesproblemas.Trata-sedofotomultiplicadordesilício,queérelativamente insensível a campos magnéticos, requer voltagens mínimas e émaisresistente.

Oinstrumentobásico—chamadoPCDMini—éestável,pequenoepodeserproduzidoemmassa.Eextraordinariamentesensívelegeraummínimoderuídodefundocapazdeinterferirnasmedições.Outravantageméseupreçoacessível:em2009,umPCDMinicustavaaproximadamente2.500dólares.Imagineique,se ummultiplicador de silício pudesse ser usado para detectar os espíritos demaneiraconfiável,teriaumvalorinestimável.

Asdimensõesdosensoredeseuscomponenteseletrônicosvariamde1,5a3centímetroscúbicos.Osensor,quetemmenosdeummilímetrodediâmetro,estácolocadonointeriordeumpequenoanelcentralnapartefrontaldoinstrumento.Oaparatoéresfriadoa-21°C.TrêscamadasdecircuitoseletrônicoscontrolamosensoreoconectamaumaportaUSBdeumcomputadoreaumosciloscópiodigital.

Aprincípio tomeiemprestado,edepoiscompreiumsistemaPCDMiniparadeterminar se ele era suficientemente sensível para repetir e estender o quevínhamosobservandocomacâmeraCCDde30mildólares.OPCDMini temumagrandevantagemsobreacâmeraCCD:écapazdedetectarapresençadefótons em tempo real. Em vez de termos de fazer uma gravação de 15 a 30minutosparavisualizaraluzdebaixíssimaintensidadeemitidapelasplantas—oumesmoaluzdebaixaintensidadesupostamentegeradapelosespíritos—,oPCDMini pode detectar mudanças na atividade dos fótons em milésimos desegundoeatéempsicossegundos(bilionésimosdesegundo).

Naturalmente,umPCDMininãoécapazdecriarumaimagembidimensionalcomo uma câmeraCCD, que tem 262.144 pixels.O PCDMini equivale a umúnicopixel.Entretanto,compensaoqueperdeem imagembidimensionalcomsensibilidadeevelocidadededetecção.

LembrandoqueotelégrafoeseucódigoMorseerambinários,oqueequivale

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aumúnicopixel, raciocinei que, se os espíritos pudessemaprender a ativar osensorPCDMiniecriarpontosluminososnateladeumcomputador,aprincípiopoderiamos criar um teclado eletrônico, no qual cada letra teria seu própriosensor (ou pequeno grupo de sensores). Dessa forma, o telégrafo binário setransformarianumtextoeletrônico.Emoutraspalavras,seriaumcódigoMorsepara comunicação comos espíritos, para que pudéssemos obter informações eorientaçõesprecisas.Eéesseoobjetivodetodaanossaexperimentação.TRÊSINVESTIGAÇÕESDEPROVADECONCEITOCOMOPCDMINI

Quandoescreviestecapítulo,tinhacompletadotrêsinvestigaçõesdeprovadeconceito usando o sistema PCDMini. Primeiro, montei o sensor e seuscomponenteseletrônicosemumacaixadentrodeoutra(maisumacapa),criandoumambientetotalmenteescuro.Registreiatemperaturadentroeforadascaixas,paratercertezadeque,pormenoresquefossem,asflutuaçõesdetemperaturanasalanãoestariam ligadas àsmudançasdo ruídode fundo.Emoutraspalavras,estavatestandoevalidandoasalegaçõespessoalmente.Eueraoexperimentador.

Depois da primeira série de investigações (descritas abaixo), construí umatripla caixa (uma caixa dentro de outra e dentro de outra), o que criou umambiente aindamais escuro para o sensor. Inicialmente, testei o sistema numpequeno laboratório em minha casa, porque queria ter pronto acesso aoequipamentoeaosdados.ElemostravaemtemporealadetecçãodefótonsnateladomeulaptopetambémnumatelaplanamaiordeTV.Aideiaeradaraosespíritosumperíododelivreexperimentação,noqualelespudessemaprenderaativar o sensor dentro das caixas e criar efeitos mensuráveis enquantomonitoravamatela.

Sim, você leu corretamente. Apesar de não saber se seria o caso, fuiinformadoporquatromédiunsdequeosespíritoseramcapazesdeinfluenciarosensor dentro das caixas escuras enquanto pairavam, por assim dizer, acima eforadascaixas.Portanto,deveriamsercapazesdeveromonitordeTVenquantotentavaminfluenciarosensor.

Na verdade, eu não tinha a menor ideia de como os espíritos geravam osfótonsqueominúsculo sensordetectava (ou se elesmanipulavamo sensordealgumaoutramaneira).

Usei o software SensL Integrated Environment para gravar a imagemfornecidaemtemporealpeloPCDMini.Osoftwareexibegruposdefótonsquepodemvariarde tamanho:de10 fótonsemcercadeumdécimode segundoamais de 10milhões emumdécimode segundo.Raciocinei que, tanto para osespíritosquantoparamim,aprenderausarosensorpodiasercomoaprendera

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andardebicicletaoutocaruminstrumento:exigiriatempoeprática.Nos testes padrão de controle, observei contagens baixas (dois pequenos

gruposde10a25fótons)em10minutos(ou0a1fótonem5minutos).Amédiadegruposdefótonsficoupertode5em5minutosnacaixaduplaede3em5minutosnacaixatripla.Nostestescomapresençadeespíritos,testemunhei24gruposdefótonsem10minutos(de8a12em5minutos).

À luzdessa informação,podemosagoradiscutirapesquisa.Maisumavez,essas investigações deviam explorar se a capacidade do PCDMini de detectargrupos de fótons em tempo real poderia ser usada posteriormente como umaespéciedemáquinadeescreverespiritual.

Na primeira série da pesquisa, conduzi três investigações na presença deespíritos, todas elas comparadas aos testes padrão de controle. No artigocientíficopublicadonoEXPLORE, fiz referênciaaos testescomapresençadeespíritos como testes “intencionais dos espíritos”, ou IE, porque esta era aintenção: que os espíritos, atendendo a nosso convite, se manifestassem etentassemaumentaracontagemdefótonsdetectadaspeloPCDMini.OstestesIEforamcomparadoscomos testespadrãodecontrole,nosquaisosespíritossãoinstruídosasemanteremafastadosdosensorenãoinfluenciá-lo.

Aprimeiraea terceira investigaçõesconsistiramemcincotestesIEecincotestespadrão;asegunda,emdeztestesIEedeztestespadrão.Aduraçãodecadateste nessas três investigações foi de 300 segundos (5 minutos). Em outraspalavras,houveumtotaldevintetestesIEevintetestespadrão.

OsprimeirosespíritosconvidadosforamSusySmitheMareiaEklund.Comonãosouummédium,oúnicosinalquetivedasuapresençaforamosresultadospositivos medidos pelo PCDMini. Os médiuns que tinham informações sobreSusy eMareia afirmaram que elas estavam se manifestando, como havíamossolicitado.

Se os resultados fossem positivos, a pergunta a fazer seria: eles não sedeveriam àminhamente? Para responder a essa pergunta fundamental, comoparte da segunda investigação, acrescentei dez testes nos quais eu, oexperimentador,tenteiusarminhamenteparaaumentaraquantidadedefótons.Alémdisso,incluíumasériefinaldevintetestespadrãodecontrole.

As análises revelaram que os testes IE apresentaram aproximadamente 7,5gruposdefótonsem5minutos,comparadosa5gruposdefótonsem5minutosdostestesdecontrole.

Quandoosgruposdefótonsem5minutosforamconvertidosemfótonsreaisdetectados,osvaloresforam150fótonsnostestesIE,comparadosa100fótonsdostestesdecontrole.

Além da diferença estatisticamente significativa, cada uma das três

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investigaçõessemostrouimportanteemtermosestatísticos.Um esclarecimento: importância estatística significa que os padrões

observados foram confiáveis e repetidos, não que eles foram necessariamentegrandesemtermosdemagnitude.Emboraumadiferençamédiade2,5gruposdefótonsem5minutospossaparecerpequena,oaumentopercentualdemagnitudenos testes IE chegou a 150% (7,5/5 x 100), o que corresponde ao númeroaproximadodefótonscontados.

Quando eu, na qualidade de experimentador, tentei produzir esse efeito,fracasseimiseravelmente.Naverdade,ostestesintencionaisdoexperimentadorforammaisfracos(médiade4,5gruposdefótons)doqueostestesdecontrole(5 grupos de fótons), embora esse resultado não tenha sido estatisticamentesignificativo.

Os testes de controle espelharamminha fracassada tentativa de aumentar acontagemdefótons.

Seriam os resultados dos testes IE reais? Poderiam ser generalizados paraoutrosseresespirituais?Emoutraspalavras,seráquequalquerespíritopoderiaaprenderafazerissoouSusyeMareiaeramcasosespeciaisporquetinhamumaforte motivação de se conectar com seus entes queridos no plano físico e jáfaziamissohaviaanos?

Como eu estava engajado em investigações exploratórias, decidi conduzirumasegundasériedeinvestigações,paraasquaisconvideidoisoutrosespíritos.

O primeiro foi o anjo Sophia, que apareceu nos capítulos anteriores. Osegundofoiumapessoaque,segundorelatoshistóricos,pareciaestarinteressadanapesquisasobreapresençadosespíritos.Surpreendentemente(algunsdiriam,milagrosamente),essapessoaéHarryEloudini.Forammuitasasrazõesquemelevaram a convidar HHH (HHH é a sigla que uso para “Hipotético HarryHoudini”) a participar, mas discuti-las em profundidade seria desviar-me daprincipalquestãodestecapítulo.

Oquepossodivulgarbrevementeéumasessãoprivadamuitoconvincentedaqual participei anos atrás, quando Susy Smith foi convidada a trazer umcavalheirosecretoàsessão,quefoiHHH.Omédiumqueconduziaasessão,quechamarei deRoger, estavamuito confuso.Dizia coisas como (1) “Agora eu ovejo;não,nãoovejo”,(2)queeleeracapaz“deprenderarespiraçãoporlongosperíodos”,(3) que tinha ligações com Nova York e (4) que seu nome não era o nomeverdadeiro.Comoeusabia,depoisdemuitassessõescomRoger,queeleeraumleitor de mente ineficiente (para dizer o mínimo), considerei seriamente apossibilidadedequeasinformaçõesviessemdeHoudini(enãodemim).

HoudiniforaamigodeSirArthurConanDoyle.EnquantoDoyleacreditava

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piamentenavidaapósamorte,Houdinieracético.Eletornou-seconhecidonãosó como o maior artista escapista do mundo, mas como um grandedesmistificadorquedesmascaroumuitosmédiunsfraudulentosdeseutempo.

Nessas investigações exploratórias, realizei quatro testes intencionais comSophiaeoutrosdeztestesdecontrole,assimcomooitotestesintencionaiscomHHH intercaladoscomquatro testesdecontrole.Cada teste teveaduraçãode300segundos(5minutos).

Os resultados foram claros e estatisticamente significativos. Tanto SophiaquantoHarryobtiveramummaiornúmerode fótonsqueos testesdecontrole.Além disso, o aumento que eles obtiveram correspondeu a 200% comparadosaos 150% obtidos na primeira série de testes com Susy e Mareia (quesupostamenteatuaramcomoequipe).

Seriam realmenteSophia eHHH?Evidentemente, futuras pesquisas seriamnecessáriasparacomprovarisso.

Então, comecei a imaginar se um PCDMini poderia ser utilizado comoinstrumentobináriodotiposim/nãooperadoporumespíritotalentoso.Concebiumaterceirainvestigaçãodeprovadeconceito.Mentalmente,convideiHHHaatuar num teste intencional.A investigação comparou as respostas do teste decontrole(C),sim(S)enão(N).NãoinstruíHoudiniaidentificarcomoseriamasrespostas“sim”e“não”—deixeiissoporcontadele.Depoiseuexaminariaosdadoscomcuidadoeveriasehaveriaumadiferençaconfiável.

NoiníciodecadatesteIE,eramapresentadasnomonitordeTVinstruçõesnaforma de sinais para cada um dos valores: controle, sim, não. HHH tentariaemitir sinais para “sim” ou “não”, ou manter-se afastado, sem influenciar acontagemdecontrole.

Cadasegmentodosquatrotestesteveduraçãode300segundos.Aordemdostestes(Cpara“controle”,Spara“sim”eNpara“não”)foiCSNCNSCSNCNS.ComoostestesCsempreantecediamostestesSeN,aordemdostestesSeNestavaequilibrada.OqueeupretendiaéqueHHHtentasseumtipodesinalpara“sim”eoutropara“não”.

Depois de concluídos os testes, quando comecei a analisar os dados, noteialgopeculiar.Oquepareciadistinguirossinaisde“sim”dossinaisde“não”eraumnúmeromaiordegruposdefótonsnosprimeiros150segundosdostestesde“sim” e nos 150 segundos dos testes de “não”, ou seja, o reverso da ordemproposta.PareciaqueHHHestavaacrescentandoumaassinaturaparaassinalarsuapresença.

Oresultado“sim”nostestesIEéevidenteaolhonu,eaanálisedosnúmerosé estatisticamente significativa. Houve um aumento aproximado de 275% nosprimeiros150segundos.

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Eraóbvioquealgumacoisaestavaacontecendo.Esseresultado—maisgruposdefótons“sim”aparecendonosprimeiros150segundosdotestede“sim”emaisgruposdefótons“não”aparecendonossegundos150segundosdos testes de “não”— com certeza não tinha nenhuma relação com aminhaconsciênciadeexperimentador.Emoutraspalavras,essepadrãonãoeraoqueeuesperava. Só podemos nos perguntar se isso era realmente um reflexo daconsciênciadeHarryHoudini.

A luz dessas descobertas, tomei emprestado outro PCDMini e uminstrumentochamado“móduloHRMTime”,capazdemedirotempoentrefótonsindividuais até bilionésimos de segundo usando quatro PCDMinissimultaneamente. Essa tecnologia não só aumenta a resolução do processo demedida,mastambémpermiteoregistrosimultâneodesériesdefótons.Imagineium sistema sofisticado, implementado pela SensL Corporation, que tornapossível mostrar em tempo real dois PCDMinis ao mesmo tempo e contar onúmerosdefótonsdetectadosporsegundo.Construíduascaixastriplasidênticas—umaseriaacaixadosimeaoutraacaixadonão.

Será que os espíritos aprenderiam a usar o sistema e mostrar que eramcapazesdeativarseletivamenteascaixasdosimedonão?Emcasoafirmativo,ademonstraçãoseriaabaseparasedesenvolverumatecnologiacapazdecriarumtelefoneespiritualemtemporeal.

Nãosaberiamosseissoseriapossívelantesdetentar.SEOCONSTRUIRMOS,ELESVIRÃO?

Os céticos se apressarão a dizer que tudo o que fiz até então foi revelaralgumas observações promissoras ligando minha consciência aosfotomultiplicadoresdesilício.Lembre-sedeque,emtodasasinvestigaçõesemque convidei os espíritos a entrarem na caixa, minha consciência esteveenvolvidadiretaou indiretamente.Maseudevoacrescentarque,quando tenteicriarumefeitoapenascomaminhamente,fracassei.

Supondoquenãohouveerrodoexperimentadornessecaso,nenhumaparelhoeletromagnético indesejado e nenhuma fraude — suposições justificadas —,ainda não tínhamos demonstrado definitivamente que o sistema estavadetectandoapresençadeespíritos—fossemelesSusy,Mareia,Sophia,Harryouqualqueroutro—independentementedaconsciênciadoexperimentador.Poressa razão,o artigopublicadonaEXPLORE chamava-se“Possíveis aplicaçõesda tecnologia dos fotomultiplicadores de silício para detectar a presença deespíritos”.

Entretanto, futuras pesquisas sistemáticas poderão incluir experimentos

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específicosconduzidosporcéticosfervorosos;ofatoéqueostelefonescelularesfuncionam,acreditemosnelesounão,eomesmopoderiaseaplicaraosfuturostelefones da alma. Futuras pesquisas também poderão fazer os PCDMinisfuncionar autonomamente, movidos pelos próprios computadores, sem apresença de qualquer experimentador humano. Determinados espíritos serãoconvidadosaparticipardetestesintencionaisedecontroleindicadosnateladomonitordeTV,quenão seriaobservadoporninguémnoplano físico.Quandoeste capítulo estava sendo revisado, tínhamos completado uma série deexperimentosautônomos,eosresultadoscontinuavamsendopositivos.OartigoemquedescrevoessesresultadosfoiaceitoparapublicaçãonaEXPLORE.

Acreditoquevocê tenhapercebido—jáque leu issoneste livro—que,semefizessemapergunta:“Vocêestá tentandoprovarqueosespíritosexistemesãocapazesdeaprenderausaresseequipamento?”,minha resposta seria:“Deformaalguma.Oqueestoutentandofazerédaraosespíritos—seelesexistemesãocapazesdeaprender ausar esseequipamento—aoportunidadedeprovarissoporsimesmos”.

Minha tarefa como cientista é oferecer as melhores condições desensibilidadeereatividadeparaqueosdadossejamdescobertos.Soumeramenteoexperimentador.Orestoécomeles.

NofilmeCampodossonhos,háumafrasefamosa:“Sevocêoconstruir,elesvirão”.Metaforicamente,minha tarefa é construí-lo. Se a premissa deste livroestivercorreta,apromessasagradanãoésódequeelesvirão,masofarãocomanéisnosdedosesinosnospés.UMAPROVADECONCEITOANÔMALA

Termino este capítulo comuma história divertida que nos leva de volta aoiníciodolivro.VocêdeveselembrardequeSusySmithsemanifestounacasadeumamédiumchamadaJoanequeoprimeirotestequefizparadeterminarseela estaria me vigiando foi assistir ao filmeCampo dos sonhos reclinado nacama e comendo comida chinesa.Vocêdeve lembrar tambémqueCampo dossonhos contaahistóriadeumhomemqueconstróiumcampodebeisebol emseu milharal e famosos jogadores de beisebol falecidos — assim como seufalecidopaidesconhecido—vêmusá-locomgratidãoeentusiasmo.

Ahistória—queprefirochamardeprovadeconceitoanômala—aconteceunaépocaemquecomeceiameperguntarseHarryHoudiniestavaparticipandodasegundainvestigaçãoexploratória.

Eraumaquarta-feiraeeuestavatendoumareuniãoprivadacomJerryCohen,

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diretordoCanyonRanch,sobreosprogressosdoProgramaVoyager.Deixaraosistema PCDMini em casa com o monitor de TV ligado, tendo informado anossossimpáticosespíritoscolaboradoresqueaqueleeraum“períodolivre”emquepoderiampraticareusarosistemacomobementendessem.Eulhesofereciaessesperíodos livresváriasvezes.EmboraeugravasseemvídeoomonitordeTV,usandoumequipamentoderegistrodetempo,nãoanaliseiosdados.

Paraessareunião,eutinhapreparadoumpequenovídeoeumaapresentaçãoem powerpoint sobre o possível uso do sistema PCDMini, e mencioneirapidamenteapossibilidadedapresençadeHarryHoudini.AcontecequeJerryerafãdeHoudiniemefezaseguintepergunta:“SeHarryéassimtãobom,seráqueeleseriacapazdefazerumhomerum1?Seráqueeleseriacapazdesuperar25ou30gruposdefótons?”.

DisseaJerryqueumnúmeromaiordefótonsseriaobservado—50ouaté75—,masqueeununcalhespediraparatentarquantidadesmaioresoumenores.

Nocaminhode casa, lembrei do filmeCampodossonhos e do comentárioqueosujeitosecretodeumaexperiênciafizeracertavezsobreMaryOcchino:“Mary não só bate a bola para fora do estádio. Ela a atira para fora deNovaYork”.

ImagineiseHarrypoderiamarcarumhomerunejogarabolaparaforanãosódocampo,masdacidadedeTucson.Eutinhamarcadoumareuniãoemcasacomumacolegadepós-doutorado,adoutoraJolieHaun,eestavadezminutosatrasado.Cor ri e dei uma olhada nomonitor de TV emmeu escritório. Paraminha surpresa, os esporádicos grupos de fótons na tela eram minúsculos:tinhammenosdeumquintodeseutamanhonormal!

Osgráficosnatelacostumavammostrargruposdefótonsde25unidades,queatingiam o tamanho máximo do eixo S. Por que eles agora pareciam tãopequenos? Será que o software ajustara automaticamente o eixo S porque umgrupomaiordefótonsaparecera?Issoéoquedeveriaacontecer.

QuandoolheioeixoS,noteiqueaescalanãoerade0a25,masde0a175!Emoutraspalavras,essenovolimite implicavaqueprovavelmenteocorrera

umgrupode175fótons.Lembrequepraticamentetodososgruposdefótonsnacaixa escura eram de cerca de 25 unidades. Uma explosão de 175 fótons era700%maiorqueatípicaexplosãode25fótons!

Penseicommeusbotões:“Uau!Precisochecarisso”.ComoadoutoraHaunnão sabia que eu estava conduzindo essa pesquisa particular, e como nossareuniãonão era sobrevida após amorteou espíritos, simplesmente registrei ahora.Maistardeeuveriaquandoessegrupoanômaloocorrera,presumindoquesetratassedeumgrupodefótons.

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Depoisdareunião,acioneiovídeoquemarcavaotempoedescobriqueumgrupodefótonsde173unidadesocorreraporvoltadahoraemqueeuentravanagaragemdecasa.

SeriaaquelaumarespostaintencionaldeHHH?Quandoalgoaconteceumavez, pode ser um fato ocasional, algo sem importância. Se aquele fenômenofosse real e estivesse de alguma forma ligado a HHH, ele seria teoricamentecapazderepeti-lo.

Decidireiniciaro“períodolivre”eobservaroqueaconteceria.Acâmeraqueregistrava o tempo fazia instantâneos das telas. Enquanto eu observava a tela,perguntei mentalmente a Houdini se poderia provocar um grande grupo defótons.

Oqueaconteceuemseguidaeutestemunheicomosdoisolhosbemabertos.Emcentenasdehoras deobservações, eu raramentevia gruposdemais de

50-75fótons.Agoraeuviaumgrupode173unidades,queocorrialogodepoisquepergunteiaHoudinisepodiaproduzirumbemgrande!

Seriaumacoincidência?Seria algomais?Eunão sabia. Infelizmente, tinhade dar uma palestra no Canyon Ranch aquela noite, de modo que deixei osistemafuncionandono“períodolivre”.Quandovoltei,porvoltadas22horas,noteiqueoeixoStinhavoltadoaonormalde25unidades.

Euestavamuitocansado,masqueriaobservarumpoucomais.Porvoltadedas 22hl5, decidi perguntar a Houdini se podia provocar outro grupo bemgrande!DessavezconvideiRhondaaestarpresente.

Para nosso assombro, outro imenso grupo de fótons de 173 unidadesapareceunatela.

Vocêdeveselembrardocapítuloemquenarreicomo,porduasvezes,meussintomas de gripe diminuíram simultaneamente com as curas espirituais querecebi semsaber.Naquelemomento,penseique fosseumacoincidência.Mas,quandoaconteceupelaterceiravez,pareceu-meprudenteponderarseriamentesealgorealenãoaleatórioestavaocorrendo.

Umgrandegrupodefótonsaparecia,coincidentementedepoisqueJerrymeperguntou sobre um home run e pensei em espíritos jogando beisebol e umamédiumbatendoabolaparaforadacidadedeNovaYork.Aquilonãopodiaserobradoacaso.

Umsegundograndegrupode fótons,ocorridomenosdeumminutodepoisque perguntei aHoudini se era capaz demarcar outrohomerun, também nãopodiaserumfatoocasional.

Masaquiestavaumterceirograndegrupo,ocorrendomenosdeumminutodepois que pedimentalmente, na presença de Rhonda, queHoudini batesse abola para fora do estádio. Seria também obra do acaso, ou HH teria

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metaforicamenteatiradoabolaparaforadacidadedeTucson?Como nos lembra Susy Smith, às vezes “é coincidência demais para ser

acidental”.Umacoisaéleressahistóriaeoutraévivenciá-la.Averdadeéquenadase

comparaaestarpresente.Considereoseguinteexemplo.UmacoisaédescreverosanéisdeSaturno,outraéverumafotodosanéisde

Saturno.Entretanto,nadasecomparaaestarnoescuro,olhandoatravésdeumtelescópioópticocontroladoporcomputador,everosgloriososanéisdeSaturnocomosprópriosolhos.Nadasubstituiaexperiênciareal.

Até o momento não sei se a medição de fótons de luz, sob condiçõescontroladaseadequadas,iráevoluirparaumatecnologiapráticaeacuradacapazde detectar espíritos e permitir comunicação com eles. Como o WindbridgeInstitute, estamos explorando outras medidas possíveis, entre elas a possívelmodulação,porartedosespíritos,deumcampomagnéticodebaixíssimonívelemesmo a modulação de ondas de rádio em um ambiente protegido contracamposeletromagnéticos.PREPARANDO-NOSPARAACORRIDADENOSSAVIDA—UMMOMENTODEIRMÃOSWRIGHT

Passei a acreditar que estamos perto de vivenciar ummomento de irmãosWrightemrelaçãoàtecnologiaparadetectarespíritos.

Vocêdevelembrarque,durantemilharesdeanos,ohomemsonhouemvoar.Mas foi há pouco mais de cem anos, quando, em Kitty Hawk, o aeroplanomovido a motor dos irmãos Wright voou por 12 segundos (duração de seuprimeirovoo),quedescobrimosqueovooamotorerapossível.

O aeroplano dos irmãosWright voou quatro vezes naquele dia. Na quintatentativa,oaeroplano falhou—aparentemente, suaprimitivamáquinadevoarprecisavadaajudadovento,enaquelediaoarestavaparado.

Embora décadas fossem necessárias para que os voos comerciais setornassem uma realidade, a visão da humanidade de que isso seria possíveljamaismudou.

Se este capítulo, assim como o anterior, é um sinal, talvez estejamos nosaproximandodeummomentodeirmãosWright,umavezquedespertamosparaarealidadedeusartecnologiaparacriarparceriassagradas.

TodosnósnoslembramosdeNeilArmstrong,oprimeirohomemapisarnaLua.Tenhomeperguntado:qualseráoprimeiroespíritoafalarconoscodooutrolado?

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SeráumapessoarelativamentedesconhecidacomoSusySmith?Seráocéticoshowman Harry Houdini? Será a adorável e graciosa princesa Diana? Será oexcepcional cientista Albert Einstein? Ou será o controverso superstar quecompôsainspiradoracançãoWearetheworld,MichaelJackson?

SeoSantoGraaldaPromessaSagradaserealizar,eunãomesurpreendereisenoscomunicarmoscomtodoselesecomoutrosmilhõesoubilhões.

Naturalmente,seequandoessediachegar,estaremosdiantedodesafioaindamaior de discernir a quem devemos ouvir. Se a “espiritnet” for semelhante àinternet,teremosnossamenteenossasmãoscheias,literalmente.

Eporissoquedesenvolvernossaconsciênciaounossasfaculdadesintuitivasserásempredemáximaimportânciaemnossointercâmbiocadavezmaiorcomos espíritos. Isso fica evidente quando lemos o material transmitido por essecanal:partedeleémuitoinformativo,masgrandeparteéquestionável,quandonãototalmenteerrada.

Como separar o joio do trigo? Através de nossa discriminação intuitiva,confirmadaporevidênciasexternas.Portanto,gostariadeconcluirestelivrocoma história de umamulher que empreendeu essa jornada como uma inspiraçãoparatodosnós,porque,maisumavez,ovalorrealdessecontatoéqueeleelevanossaconsciênciaemelhoranossomundo.Nota1.Home run é uma jogada do beisebol emque um jogador percorre as quatro bases emarca umponto(geralmente,abolaéatiradaparaforadocampodejogo).(N.T.)

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15.APRENDENDOASECONECTARCOMOSESPÍRITOS

Oamordoaprendizadogovernaomundo.—lemadoPhiKappaPhi—

Aspessoaspodemaprenderaseconectarcomosespíritos?

Podemaprenderausarasinformaçõesrecebidasdemodoaobterorientaçãopráticaemsuavida?

Podemaprenderaaplicarométodocientíficoparamelhorarsuacapacidadedeperceberadiferençaentreoqueéreal,oqueépossíveleoqueéimaginário?

Emcasoafirmativo,comoconduzirumapesquisaformalsobreessaquestão?O que você vai ler é a jornada inspiradora de uma pessoa que decidiu

desenvolver sua capacidade intuitiva para se conectar com os espíritos. Essapessoatemumamenteprofundamenteinvestigativaeapreciaovalordaciência.Poracaso—senãoporsincronicidade—,elafoicontratadaparatrabalharemumlaboratórioqueestava realizandoessapesquisa.Aconteceudeestarmosnolugarcerto,nomomentocerto,fazendoacoisacertaecomaspessoascertas.

Eumahonraoferecerumbreverelatodesuajornadaparaterminarestelivro,em parte porque aprecio sua coragem não apenas por ter decidido contar suaexperiência, mas também por fazê-lo publicamente, porque ela sabe que issopodebeneficiaroutraspessoas.

Seu nome é Clarissa Siebern. Na época em que escrevi este capítulo,aproximava-se dos 40 anos e trabalhava como coordenadora de programas doLaboratório para Avanços na Consciência e na Saúde da Universidade doArizona,paraoqual já tinhatrabalhadocomoassistenteemalgunsprojetosdepesquisa.Emãedeummeninodeficientefísico,quepareceterdonsnaturaisdecura.

ÉcuriosaamaneiracomoClarissachegouaomeulaboratório.Clarissatinhasidocontratadapelacoordenadoradeprogramasanterior,cujas

responsabilidadesincluíamadministrarmeuCentroparaaMedicinanaCiênciade Biocampo, fundado pelo Centro Nacional de Medicina Complementar eAlternativa, do Instituto Nacional da Saúde. Clarissa trabalhou como suaassistente,eeuraramenteavia.

Entretanto, quando o financiamento do centro terminou e minha antigacoordenadora de programas se transferiu para outro departamento dauniversidade, Clarissa tornou-se minha assistente e depois, quando obtive um

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financiamentoprivadoparacontinuarotrabalho,foipromovidaacoordenadoradeprogramas.

Em outras palavras, Clarissa não foi contratada porque tinha talentosintuitivos. Eu não tinha ideia de que mais tarde ela decidiria fazer umtreinamento como intuitiva e acabaria se tornando uma pesquisadora dolaboratório. Em 2005, iniciaram-se suas experiências como mentora intuitiva,umajornadasurpreendenteeextraordinária.

Você pode se perguntar como seria empreender uma viagem como a deClarissa.Comoseriasentirapresençacadavezmaisfortedeumgrupodeguiasamorosos e gentis em sua vida? Assim como poderá ser a sua, a jornada deClarissa foi uma questão de construir confiança à medida que pontes eramerguidas.

Comovocê se sentiria se seus guias semanifestassem em seu carro, numareuniãodepesquisa,nabanheira,erecebessedelesorientação,àsvezesdeumamaneiramuitofirme?Clarissadizqueessamanifestaçãoéraramenteintrusivaequasesempreumareaçãoaumaoraçãosilenciosa.

Como seria executar novas tarefas provocadas por seus guiasinesperadamente?UmadelaspoderiasercomprardoislivrosnainternetsobreosImagineersdaDisneypara seuchefeeumahoradepois ficar sabendoque,nodia anterior, ele dissera a um colega que dias antes se encontrara com opresidentedaempresa.

Comoseriaestaraprendendoasecomunicarcomosespíritosealguémcomquem você se preocupava — no caso, seu chefe e amigo — vivesse lheperguntando se você estava obtendo informações precisas de seus supostosguias?

Clarissadescreveessa situaçãocomoestar sobuma lentede aumento.Nãosei se, nessas circunstâncias, eu seria tão corajoso, paciente e compreensivoquantoela.

Paracomeçar,voucontarquatrocasosquetestemunheiequeilustramcomoaaparente parceria de Clarissa com seus guias a levou a dar saltos intuitivos(quase sempre surpreendentes) que puderam ser documentados e verificados.Enquanto Clarissa esteve envolvida em seu treinamento intuitivo, tive oprivilégio de ser uma das pessoas que a ajudaram a verificar quais de suasintuiçõeseramválidas.Oscasosquevoucitartambémdemonstramqueosguiasparecemcontribuirevalidareventosdesincronicidade.

DepoisexaminareidoisexemplosdeinvestigaçõesexploratóriasdeprovadeconceitoquefazempartedoProgramaVoyageredosquaiselaparticipoucomoinvestigadora. Essas investigações vão ilustrar os potenciais efeitos de seutreinamentointuitivo,assimcomoaspossibilidadesdeseutrabalho.

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COMOCLARISSARECEBEORIENTAÇÃODESEUSGUIAS

Como tempodescobrique teria regulares (nomínimoumavezpormês)ememoráveisexperiênciasespirituaiscomClarissa.Elapareciatersetornadotãocompetente na comunicação com seus guias que fazia coisasmisteriosamenteoportunasesurpreendentesporsuaprecisãoeimportância.

Num período de quatro anos, testemunhamos provavelmente mais de umacentenade fatos significativos e comprovadosque teriamsidoprovocadosporseus guias.Alémdisso, a frequência e a complexidadedesses fatos cresceramsignificativamentenesseperíodo.

EssecrescimentopodeserexplicadoempartepelofatodeClarissasesentirmaisàvontadeparaexpressaras informaçõese/oupelofatodeeumemostrarmaisreceptivoaisso.MasissotambémpodiasedeveraofatodeClarissaestarsetornandoperitaemouvir,perguntaresecomunicarcomseusguias.

Vourelatarquatrocasosnotáveis,umporano,paradarumaideiadanaturezadeseusdonsedascomunicaçõesqueelaparecemanter.

Numa tarde de domingo de 2006, decidi comprar um relógio novo. Haviamaisdevinteanosqueeunãocompravaum.Acomprafoiespontânea:pareciatersurgidodonada.Poralgumarazão,sentiumimpulsodecomprarumrelógioBulovadeouroepratacommostradorazul-escuro.Eunãosabiaporqueessaface azulme atraíra, já que até então eu usara um conservador Rolex de açoinoxidávelcommostradorbranco.

Na segunda-feira, Clarissa telefonou, animada, para me contar que, nodomingo,maisoumenosnamesmahoraemquecompreiorelógio, tinhasidoimpulsionadaporseusguiasacomprarumpresenteparamim.Elainsistiuemirà minha casa para me dar o presente. Como nunca sentira essa vontadeespontâneademedarumpresente,queriaentregá-lopessoalmente.

OpresenteeraumagravuradaRosameditativadeSalvadorDali.Mostravaumagranderosavermelhasurgindocomoumsolcontraumvibrantecéuazuleparecendoflutuaracimademontanhasdouradas.Fiqueichocado.Aparteazuldagravuraeradamesmacordomostradordorelógioqueeucompraraporimpulso(a essa altura não notei a possível conexão entre montanhas douradas e águadourada).

Clarissa tinha comprado a gravura não só por sugestão de seus guias,mastambémporqueapinturadespertavanelaalembrançadecertassincronicidadesqueeutiveraem2005e2006envolvendorosasvermelhas.Emoutraspalavras,emboraalembrançadassincronicidadesativesseinspiradoacompraragravura,foramseusguiasquelhederamamotivaçãoparafazeracompra.

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Eu nada sabia sobre a pintura de Salvador Dali até então, mas aprecieiprofundamenteopresente,emespecialporsuaaparenteconexãocomotomazulde meu novo relógio. Era um presente que realmente chamava a atenção, ependureiagravuranohalldoquartoprincipal.

Cincodiasdepois,naDukeUniversity,odoutorLarryDossey,conceituadoescritoreorador, faziasuaapresentaçãoquando,paraminhasurpresa,exibiuamesmaRosameditativadeSalvadorDalinumdeseusslides.

Emmais de trinta anos frequentando encontros científicos, eu jamais viraalguémincluirumapinturanaapresentaçãodesuapesquisa.Penseiqualseriaaprobabilidadedeaquelaimagemseramesmaqueeureceberacincodiasantes.

Mais tarde, perguntei ao doutorDossey por que usara a imagem.Ele disseque a tinha encontrado na internet algumas semanas antes e naquela manhãsentira vontade de incluí-la em umde seus slides.Afirmou ainda que ela nãotinha nenhum significado para ele ou para o conteúdo de sua apresentaçãocientífica,anãoserquesuabelezaofaziasorrir.

Overdadeiropropósitodessasincronicidadesetornouevidentecercadeduashorasmaistarde.Fiqueisabendoqueumamulherqueeuacabaradeconhecer—equesetornariaminhaesposa—andavadesenhandosóiscor-de-rosa,queseuprimeironome,Rhonda,significava“rosa”emgrego,eseusegundonome,Rae,significava“sol”!

UmacoisaeraClarissa ter encontradoagravuraporacasonumamanhãdedomingo; outra era ela sentir uma necessidade de comprada para mim. E namanhã seguinte, não podendo esperar que eu chegasse ao laboratório, sentiunecessidadede irdecarroatéaminhacasaparameentregaropresente.Tudoissoenfatizavasuapotencialimportânciaparamim.(Épossívelqueossupostosguias de Clarissa quisessem que eu prestasse atenção em Rhonda quando elaentrassenaminhavidae,sefoiassim,Deusosabençoeporisso.)

Clarissa afirma que, cada vez mais, os espíritos a exortam a fazer certascoisasqueacabamserevelandoimportantes.

O segundo caso aconteceu no outono de 2007, quando Clarissa sentiunecessidadedemetransmitiralgumaspalavrasdesabedoriaqueouviradeseusguias.Segundoela,elesdisseramqueumamaneiradepensarneleseraoferecera mesma atenção com que um pai ou uma mãe ajuda uma criança que estáaprendendoaandar.“Acriançavaicair,semachucareganharferimentos,masopaiestáaliparaajudá-laatornaracaminhadamenosdolorosa”,eladisse.“Vocêéacriança,eeles—osguias—estãoaquiparaajudar.”

Achei omomento dessa espontânea sabedoria dos guias de Clarissamuitoestranho, porque exatamente naquela manhã, quando acordei, percebi umferimentonapernaquenãosabiadeondevinha.Emtodaaminhavida,sóumas

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trêsouquatrovezeseuencontraraferimentosnaperna.Osguias sãocomopaiscuidadosos?Podemnosajudar,metaforicamente,a

aprenderaandar?Percebiqueouniversoestavatentandochamarminhaatençãocomaajudade

Clarissa e de seus guias. Eles estavam me lembrando de manter umareceptividade de criança e considerar uma futura orientação, mas também depreservareprotegermeujovemcoraçãoamoroso.

Oterceirocasoqueescolhitambémenvolvecrianças.No verão de 2009, Rhonda e eu fomos ao Havaí para uma cerimônia em

memória de um conceituado psicólogo havaiano e querido amigo, o falecidodoutorPaulPearsall.Nessacerimônia,conheciumlíderespiritualhavaianoqueele admirava, FrankKawaikapuokalani “Kuma”Hewett. Foi o doutor PearsallquemeapresentouumacitaçãodosenhorHewett:“Sevocêquercriarmaisluzemseumundo,deveestardispostoasuportarumpoucodecalor”.

Durante a cerimônia, o senhorHewettme apresentou à filha, que tinha nocoloumursinhovestidocomumacamisetacomaestampadeumarco-íris.Tireialgumas fotos da menina e do ursinho, porque vinha tendo algumassincronicidades com ursos e arco-íris durante aquela viagem. Só Rhonda,Celeste, mulher do doutor Pearsall, e eu sabíamos que essa combinação deeventosestavaocorrendo.

Quando voltamos a Tucson, Clarissa chegou à nossa reunião semanal comumpresentequetinhacompradoporsugestãodeseusguias.Nãopudeacreditarno que vi. Clarissame deu doisUrsinhos Carinhosos, um com um coração eoutrocomumarco-íris!Depois,deiosursinhosdepresenteaumacriança.-

Quantas vezes você acha que alguém me deu um ursinho de presente,principalmentecomumarco-írisestampado?Equantasvezesvocêachaqueviuma criança segurando um ursinho com um arco-íris e a fotografei? Aprobabilidadeéminúscula.

Segundo amitologia dos índios americanos, o urso é símbolo da força daintrospecção.De acordo como livro que acompanha asCartasmedicinais1, oursoocupaooestedosquatropontoscardeais,que representaa intuição.Umavez, quando estava um tanto desequilibrado — valorizando mais a friaconfiabilidadedatecnologiadoqueacalorosaespiritualidade,ouoconfortodalógicaedoraciocínioacimadaespontaneidadeedaintuição—,fuireconduzidogentilmente, mas com firmeza, ao equilíbrio por inesperadas sincronicidades,entreelasasorientaçõesdosguiasdeClarissa.

OúltimocasoqueselecioneitambémenvolveuoHavaí.EuoincluoporestarrelacionadoaJohnNelson,otalentosoeditordestelivro.

Nocomeçodooutonode2009,minhaeditoradesignouJohnpara trabalhar

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neste livroe tivemosnossaprimeira teleconferênciapelamanhã.Nessaépoca,John vivia no Havaí. A não ser a equipe da editora, meu agente WilliamGladstone,Rhonda e eu, ninguémmais sabia que John era o editor do livro evivianoHavaí.

Naquela noite, Clarissa, Rhonda e eu comparecemos a uma reunião. EiscomoClarissamaistarderegistrouoqueaconteceu:Fuiorientada[porseusguias]alevaropãodocetípicodoHavaíedecorarnossareunião de segunda-feira à noite com um tema havaiano. Havia palmeiras,abacaxis emúsica dehula-hula. Eu não sabia por que devia fazer isso. Sabiaque, como tantas vezes antes,Gary partilharia alguma coisa conosco. Ele nãosabiadotemaecontouquetinhaacabadodesaberqueumapessoarelacionadaàediçãodeseulivroviviaouestavapassandoalgumtemponoHavaí.

Curiosamente,quandoeuestavaprontoaenviaraeleumaprimeiraversãodolivroparaedição,Johninsistiuemterumavisãogeralantesdeprosseguirmos.Aprincípio,resistiaessaideia,apesardanossasincronicidadehavaiana(queJohnchamadecartãodevisitadosespíritos).Entretanto,logoaceiteiocaminhoqueelesugeria.

Bem, depois de quatro anos testemunhando tais eventos, só um descrenteteimosonegariaquealgorealestavaacontecendo.

A pergunta perturbadora permanece: qual a fonte dessas informações?Clarissaestariacertaepelomenosumapartedelasvinhadeseusguias?APARTICIPAÇÃODECLARISSANAPESQUISADEAUTOCIÊNCIA

Porumaquestãodeconfidencialidade,nãopossopassarinformaçõessobreosmentores intuitivosdeClarissanemsobreseumétodode trabalho.Tudooquepossodizeréqueelessãoprofissionaisdesaúdemental,pessoasresponsáveisebem-sucedidas. E que, em maior ou menor grau, têm crenças estranhas. Umdeles,porexemplo,estáconvencidodequeosguiasdeClarissaexistemdesdeoiníciodostempos,istoé,sãoseresdeluzeternos,queajudammuitaspessoasemnossoplaneta.

Como Clarissa trabalha num laboratório de pesquisa e possui uma mentemuitoinvestigativa,temnosajudadoaconceberinvestigaçõesexploratóriaseatestaraviabilidadedefuturaspesquisassistemáticasnessecampo.Elaachaqueessaoportunidadedesesubmetervoluntariamenteatestestemsidovaliosíssima,porque equilibra seu lado profissional e pessoal. Em geral, os intuitivos emformaçãonão sãoexpostos à combinaçãodasduas abordagens:vidapessoal eciênciaprofissional.

Seguiram-seduasinvestigaçõesquemostraramnãosóosdonsdeClarissaeo

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afloramento de suas capacidades, mas também a possibilidade de cientistasconduziremfuturaspesquisasnessaárea.

Aprimeiraenvolveapossibilidadedeverificarseosespíritospodemajudarhumanos a influenciar o mundo físico e/ou fazer isso sozinho. Clarissa, eu eoutros colegas de laboratório conduzimos uma investigação exploratória sobrenósmesmosparadeterminarospossíveisefeitosdavontadesobreocrescimentodesementes.UmapesquisasistemáticaanteriorentreLynneMcTaggart,autorade The intention experiment, e meu laboratório havia explorado os possíveisefeitos da vontade de um grupo distante sobre o crescimento de sementes decevada. As seis experiências foram conduzidas segundo um protocolo duplo-cego.

Na investigação sobre o crescimento de sementes assistida pelos espíritos,comparamos (1) a tentativa de Clarissa de influenciar o crescimento dassementesapenascomsuavontade,semajudadeseusguias,quechamamosde“condição eu”; (2) a tentativa de seus guias de influenciar o crescimento dassementes sem a ajuda deClarissa, que chamamos de “condição eles”; e (3) atentativaconjuntadeClarissae seusguiasde influenciaremocrescimentodassementes,quechamamosde“condiçãonós”.

Nessa investigação, as sementes usadas foramde faséolo. Perguntamos aossupostosguiasdeClarissaquetipodesementeelesprefeririaminfluenciareelesescolheramfeijões.Maistarde,fiqueisabendoqueosfaséolosforamestudadosextensivamente por botânicos e que essas sementes têm um crescimentorelativamente rápido e facilmente medido. Mas nenhum de nós sabia disso àépoca.

Cadaperíododeutilizaçãodavontadefoidedozeminutos,trêsvezespordiadurante quatro dias consecutivos. Os testes foram conduzidos em casa ou nohoráriodealmoço.As sementes—quarentaemcada sériede testes—foramgerminadassobcondiçõescontroladasemoutrolugar.Tambémrealizamostestesdecontrolesemousodavontadecomoutrasquarentasementes.Ocrescimento(comprimentodobrotoemmilímetros)dassementesfoiobservadopelodoutorRobertStekemsuacasa.Essaeraumapesquisaexploratóriaparticular,umtesteparatalveztrazê-laparaoâmbitodauniversidade.

A investigação foi realizada duas vezes. A média dos resultados das duasinvestigações foi encorajadora e indicou a possibilidade de conduzir futuraspesquisassistemáticasnessecampo.MostramosabaixoográficodainvestigaçãoemqueClarissaatuoucomoexperimentadora(jáque,tecnicamente,assementeseram o sujeito). Cada barra indica o comprimento médio das sementes quecresceramcomaajudadavontade(ascondições“eu”,“eles”e“nós”),menosocrescimentodassementesdotestedecontrole,semintençãodavontade.

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Vocêpodeverque,sozinha(acondição“eu”,barradaesquerda),avontade

de Clarissa não provocou um aumento do crescimento dos faséolos quandocomparadocomodassementesdotestedecontrole.Naverdade,osbrotosdefaséolossãoligeiramentemenoresqueosdogrupodecontrole. E importante notar que Clarissa não acreditava que, sozinha, fossecapazdeinfluenciarocrescimentodassementes,principalmenteàdistância.

Também é possível ver que os resultados obtidos pelos supostos guias (acondição “eles”, barra do centro) indicamum leve crescimento em relação aodassementesdotestedecontrole.Clarissaacreditavaqueelespudessemcausarcertoefeito.

Entretanto,pode-seconstatarqueaaçãoconjuntadeClarissaeseusguias(acondição“nós”,barradadireita)provocouomaiorcrescimentocomparadoaosdos testes de controle. Isso deixou Clarissa feliz, porque confirmava suasprevisões. Esse resultado também indica por que os espíritos podem estar semanifestando em nossa vida, que sua influência sobre o mundo pode sermediada pelo contato humano ou se manifestar através de seres humanosconscientes.

Mas será que essas descobertas demonstram que os guias de Clarissa,principalmente com sua ajuda, podem provocar um efeitomensurável sobre ocrescimento de sementes? Embora os resultados tenham sido estatisticamentesignificativos,háoutraspossíveisinterpretaçõesparaeles.

Pode-se perguntar, por exemplo, se os resultados não foram simplesmenteefeito da fé. Em outras palavras, é possível que os resultados tenham sidocausadospelafédeClarissaequeseusguias,mesmoqueexistam,nãotenhamnadaavercomosefeitosobservados?

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Clarissa tem consciência de que esses resultados positivos, que confirmamsua crença, não provam necessariamente que sua crença seja verdadeira. Elaentendeque resultadosobtidosporumaúnicapessoa,evidentementemotivada—ouseja,elamesma—,nãoprovamsuaaplicaçãogeneralizada.Semfuturaspesquisas,nãopodemossaberseessasdescobertaspodemserestendidasaoutraspessoas(comsuascrençaseguiasespecíficos).

Entretanto, essas observações indicam a possibilidade de futuras pesquisas.E, para Clarissa pessoalmente, reforçaram que o que ela parece virexperimentandopodeserdemonstradonomundoreal.

Asegundainvestigaçãovisavaquantificaroqueaconteciadentrodocérebrode uma pessoa quando ela se comunicava com seus guias e tentava fazer assementescrescerem.

Na primavera de 2009, tivemos a oportunidade de testar um avançadoequipamentodemonitoramentodeondascerebraisparaacompanhar,momentoamomento,asmudançasnospadrõesdoeletroencefalograma(EEG)(1)duranteacomunicação com os espíritos e num período de descanso, e (2) durante operíodo de uso da vontade com a intenção de promover o crescimento desementesàdistância.Oequipamentofoioperadoporumaenfermeiraformadaeumoperadorcertificado,usandoumequipamentodaBrainStateTechnologies.OequipamentodeEEGéseguro,nãoinvasivo,epermiteanalisarasfrequênciasdasondascerebraisemtemporeal.Maisumavez,a investigaçãofoi realizadanumacasaparticular,maspodia criar condiçõespara experimentos formais nauniversidade.

Clarissa estava ansiosa para ter o cérebro monitorado e se ofereceu comovoluntária.Ooperadorcolocoueletrodosna regiãooccipital,dosdois lados (aparte posterior da cabeça).Verificamos que, nos períodos de repouso, com osolhos fechados, seu cérebro apresentou o padrão típico de alguém quedesenvolveucapacidadesintuitivas:asfrequênciasmuitobaixasdoestadodelta(1-4ciclosporsegundo)esubdelta(abaixode1cicloporsegundo).Naverdade,seucérebropareciasurpreendentementesemelhanteaododoutorHall,casoquediscutimosnocapítulo7.

Duranteosperíodosemqueela,deolhosfechados,seconectavaemsilêncioaos seus guias — falar alto não era viável, porque provoca alterações nosmúsculos do couro cabeludo que são registradas—, seu cérebromostrou umaumento das baixíssimas frequências delta, assim como surtos da atividade dealta frequência beta (40-60 ciclos por segundo), típicos do aumento deconsciência.

Tambémfoiinteressantenotarqueoaumentoeramuitomaiordoladodireitodocérebrodoquedoladoesquerdo.Issofoisurpreendente,porqueohemisfério

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cerebralesquerdocostumaestarassociadoaosprocessosverbais, linguísticoselógicos, enquanto o hemisfério direito é associado aos processos intuitivos,criativosemaisvisuais.OspadrõesdoEEGnãoeramcoerentescomahipótesedequeacomunicaçãocomosespíritoserasimplesmenteumprocessoverbalelógico.Naverdade,eleparecesermaisintuitivoecriativo.

OutracoisainteressantefoioqueaconteceuquandopedimosaClarissaqueseconcentrassenocrescimentodassementesàdistânciasozinhae,depois,comseusguias.Quandoseconcentrounessa intençãosozinha,seucérebromostrouuma diminuição das ondas cerebrais delta e subdelta, assim como umadiminuição da alta frequência beta. Em outras palavras, na condição “nós”, oestado de seu cérebro era semelhante ao que ela apresentava quando secomunicavaintencionalesilenciosamentecomseusguias.

Num teste de controle, o doutor Stek quis ver como seu cérebro secomportavaemcomparaçãoaodeClarissa.Observamosqueseucérebropareciamaisnormal,nosentidodeque,noperíododerepousoecomosolhosfechados,predominavam as ondas alfa (8-12 ciclos por segundo). Quando ele tentavaimaginarqueestavasecomunicandocomseusguias—eleafirmaquenãotinhaconsciênciadetaisguias,nemtinhasidoinstruídosobrecomosecomunicarcomeles —, seu cérebro mostrou um leve aumento da atividade beta de baixafrequência(13-20ciclosporsegundo),maspoucacoisaamais.

Para efeito e comparação, teria sido bom ter registros do EEG deClarissaantes que ela tivesse iniciado seu treinamento intuitivo. Só podemos nosperguntar se teríamos descoberto que, só depois de treinamento e experiência,seu cérebro passara amostrar um aumento nas baixas frequências delta e nosaltíssimospadrõesdefrequênciabeta.

Será que o estudo futuro do cérebro dos intuitivos nos ajudará a entendermelhoranaturezaeosmecanismosdaconexãocomosespíritos?

Porenquantoissoéapenasumapromessa.VIVENDOCOMINTUIÇÃOECONSCIÊNCIA

Clarissa parece sentir que suas experiências intuitivas— complementadasporseutrabalhonolaboratório—têmsidosignificativas.Eiscomoelaresumesuasexperiênciasecomoascompreendeatualmente:Tive uma oportunidade única não só de trabalhar nessa pesquisa, mas deconhecer e trabalhar ao lado de muitos respeitados intuitivos que o doutorSchwartz tem pesquisado e com os quais tem colaborado. Lembro que desdemuitomenina eu era intuitiva em certo grau.Mas ficou evidente que, com o

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tempo, minhas capacidades de precognição, intuição e outras faculdadesaumentaramgraçasaesseambiente.Tiveameudisporahabilidadedetestareverificar informaçõesrecebidas, interpretaçãodesonhoseváriasoutras formasdeintuiçãodentrodasinvestigações.Para alguns isso pode parecer uma brincadeira de criança, mas tem suasdesvantagens. As explorações implicam desafiar e questionar continuamenteteorias e atémesmo crenças. Isso pode ser desgastante e pôs à provaminhaslimitações. Tendo sido criada no catolicismo, isso não só pôs à provaminhascrençasreligiosas,mastambémmeobrigouareexaminarmeusvaloresmoraiseespirituais. Tivemuito trabalho emuita força para retirar as camadas demimmesma e abandonar ideias preconcebidas, para entãome reconstruir, livrando-me ou aceitando novas crenças e informações. Isso deu força e significado àintegração.Descobriquetenhováriosindivíduosaquempedirfeedbackeconselhos.Todospertencemaocampodapsicologia.Tenhoumamigoqueéneuropsicólogo,meumentor que é intuitivo e conselheiro, colegas psicólogos clínicos oupesquisadores. Eles constituem uma força estabilizadora, que me permitevivenciarestetrabalhoquetemsidotãobenéficoparamim,mantendoaomesmotempo uma compreensão em relação ao desconhecido. A intuição é como obeisebol. Há bons jogos e dias em que quero atirar o bastão para longe. Hámomentos emque faço umhomerun ou posso até lançar a bola para fora doestádio. Minha experiência me mostrou que posso receber informações depessoasmortascapazesdeconfortarafamília,umsonhopremonitórioquemaistarde se confirma, ou mesmo uma simples mensagem. Como no jogo, éimperativo ser capaz de lidar com a natureza das experiências, sejam elas deluto,medooualegria.Eulidocomessasexperiênciasutilizandominhahistóriapessoalesuarelaçãocomaminhavida.Comointuitivaesensitiva,lidocomasexperiências também num nível energético. Como descrevi anteriormente, otrabalhodedesafiar nossas crenças e integrá-las éo aspectomaisdifícil desseaprendizado. Algumas pessoas chamam isso de pressentimento, outras deintuição, de campo do conhecimento ou registros akáshicos, e outras aindaacham que é apenas uma coincidência. Acho que quase sempre é a melhormaneira de receber informações. Sou capaz deme concentrar no conteúdo dainformação oumensagem semme prender àmaneira como ela é transmitida.Saberqueméafontepodenosdistrairdoobjetivodamensagem.Queméojuiz?Esuaconsciência,suareligião,Deus,oUniverso,afonte,umcientistaouvocêmesmo?Vocêéumlançador,umapanhadorouumtécnico?Minhaexperiênciamepermitiudescobrirminhashabilidadesemváriasáreasdaintuição. Em outras áreas sou fraca.Nem todo jogador pode levar o time nas

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costas.Quandoescreviaestecapítulo,Clarissacontinuavaseutreinamentointuitivo

junto com sua função de coordenadora de programas do laboratório dauniversidade,deesposaedemãe.Seucéticomaridoestácomeçandoagostardeque sua esposa não seja meramente umamulher estranha, mas possuidora deumaverdadeiracapacidadeintuitivaquepodetervalorrealnomundo.

EsperoedesejoquealgumdiaClarissaescrevaumlivroecontesuajornadadedescobertaedespertar.Clarissaéumaverdadeiraautocientista,tantoemsuavida pessoal quanto profissional. Se os espíritos existem, parece que Clarissacontacommuitaajuda.Ecomessaajudatambémcontaráqualquerpessoaque,comsinceridade,deroprimeiropassoparaseabriraomundoespiritual,notarassincronicidadesquesurgeme interpretá-lasdeumamaneiraequilibrada.ComoaconteceucomClarissa,muitomaislheserádadodepoisqueajornadapessoalaomundoespiritualcomeçar.Nota1.Medicinecards:thediscoveryofpowerthroughthewaysofanimais[Cartasmedicinais:adescobertadopoder através dos hábitos dos animais] é um sistema divinatório herdado dos índios norte-americanos ebaseadonocomportamentodosanimais.(N.T.)

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EPÍLOGOOSESPÍRITOSESTÃONOSCHAMANDO

Oquefoi,mãe?Hum...vocêdeveirláembaixoe...rezarparaoseuanjodaguarda.Issomeajuda.—Adolescenteanônimo—

Umdiaantesdeescreveresteepílogo,umamulherquepreferepermanecernoanonimatomecontouoconselhoquerecebeudeumdeseusfilhosequasemelevouàslágrimas.Vouchamá-ladeCarol,seufilhodeEvaneseuex-maridodeEugene.

Omomentonãopoderiasermaispropício.QuandoouviahistóriadeCarol,percebiqueAgrandealiançanãoéumlivrosóparaadultos,masespecialmenteimportanteparanossosfilhosenetose,portanto,paraofuturodenossaespécieedenossoplaneta.

ParaqueoleitorpossaentenderoconselhodofilhodeCarol,convémnarrarum pouco de sua história (lembrando que modifiquei alguns detalhesinsignificantesparaprotegeraidentidadedogarotoedesuafamília).

Haviaumano,Evanvinhaenfrentandodificuldadesemocionais.Tinhavisõese incontroláveis acessos de raiva e ansiedade. A mãe o levara a médicosconvencionais e alternativos, entre eles pediatras e psiquiatras infantis,conselheirosespirituaisecuradoresenergéticos.

Evanéumexcelenteatletaemúsicoe,nãofosseessesproblemas,umbomfilho. Havia um consenso de que ele precisava de intervenção médica paracontrolararaivaereduziroestresse,eEvanpassouatomarumamedicaçãoparasuprimir suas emoções e algumas de suas visões. Ele estava satisfeito com aajudafarmacológica,masdeixoudeteralgumasdasexperiênciasespirituais,queeramreprimidaspelaspílulas.

Infelizmente,ospaisdivorciadostinhamideiasmuitodiferentessobrecomoenfrentaroproblemaebrigavamparasaberquemdefendiamelhorosinteressesdofilho.

Amãe,Carol,éreligiosaetemfénumarealidadeespiritual.Opai,Eugene,éhostilemrelaçãoàespiritualidadeeestáconvencidodequeexperiênciascomoacomunicação com anjos da guarda são “psicóticas”. O lema de Eugene é

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“mostrem-meumaprovacientífica”.Evan foi avaliado pelo doutor Jackson, que tem experiência com anjos da

guarda, como já relatamos. O menino mostrou impressionantes evidências dehabilidades mediúnicas, inclusive a capacidade de visão remota de objetos eidentificaçãodeespíritos.

EmquemEvandeviaacreditar:namãeounopai?Ogarotoamaosdoiseprecisadeaceitaçãoeaprovaçãodeambos.Sóposso

imaginar como cada um deles deveria se sentir: uma mãe que ama o filho eacreditanumarealidadeespiritualmaisampla;umpaiqueamaofilhoeacreditaqueomundofísicoétudooqueexiste;eumfilhoadolescentequeamaamãeeopaiesevêemmeioaoconflito.Meucoraçãoestavacomostrês.

Depoisdeumaangustianteaudiêncianajustiça,Carolirrompeuemlágrimas.O que aconteceu em seguida está resumido num e-mail que escreveu, a meupedido, sobre sua experiência, ligeiramente modificado para preservar aidentidadedosenvolvidos.Quandoentreinoquartodomeu filhopara lhedarboa-noite, ele estava lendoum livro de Harry Potter na cama. Ele percebeu que eu estivera chorando eperguntou:—Oquefoi,mãe?Eudisse:— Bem, meu querido, às vezes as coisas ficam difíceis e estou tentandoorganizarasideias.Estoupreocupadacomvocê.Elelevantouosolhosdolivroedisse:—Hum.Vocêdeveirláembaixoe...rezarparaoseuanjodaguarda.Issomeajuda.Evoltoualer,semperdernada.

Maisumavez,adúvidamedominoueasperguntassurgiram.Estaria omenino se iludindo e se protegendo ao imaginar o equivalente a

PapaiNoelouCoelhinhodaPáscoa?Oueraumacriança compotencialmediúnicovivenciando e fazendooque

todos nós deveriamos fazer em vez de censurar o impulso: convocar nossosguiasespirituaiseoSagrado,principalmentequandoprecisamosdeajuda?

Seráquetodosnóstemosaoportunidadedenosconectarcomumarealidadeespiritualmaisamplae,seissoforpossível,decontarcomosespíritosparanosajudar,protegereguiar?

Se você considerar válidas as investigações exploratórias de prova deconceitorelatadasnestelivro,osresultadosdefuturasedefinitivaspesquisasnãovirãoembreveparaessemeninoeseuspais.Evaneseuspaisqueremsaberomaisrápidopossívelseissoéverdade,eeutambém.

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Sevocêleuestelivroatéaqui,imaginoquetambémqueirasaber.SENÃOAGORA,QUANDO?SENÃONÓS,QUEM?

Seosespíritosestãonãosóaonossolado,masnosconvocandoadespertareveraluz,nãohámelhormomentodepôrmãosàobra.

Alémdisso,sevocêconsideraroqueleunestelivroessencialmenteverdade—reconhecendoquealgumasabordagensexperimentaisestãoocorrendo—,háuma séria possibilidade, se não probabilidade, de que os espíritos estejamaguardandonossacolaboraçãoativa.

Elesestãocomvocêecomigonestemomento,aguardandonossodespertar.Alémdisso,elesalegamsernomínimotãodedicados,confiáveis,genuínose

capazes de nos ajudar a salvar o planeta como os indivíduos altamenteevoluídos,responsáveiseatenciososquevivemhoje.

Elesnosfazemumapromessasagradadeestarconoscoportodoocaminho.Essaéapromessasagrada.Sim, existem riscos, e devemos ser cuidadosos e responsáveis. Eles se

enquadramemduascategoriasgeraisdiscutidasdetalhadamentenoApêndiceB:1. Acreditar que você está em comunicação com os espíritos, quando na

verdadeestáseenganandoouenganadoporsuapatologiainconsciente;2. Removerovéuquepodeestarprotegendoahumanidadeesujeitandovocê

ainfluênciasespirituaisnegativas.Entretanto,sevocênãoatendeuanossosmetafóricostelefonemasespirituais

e respondeu às chamadas dos espíritos, não vai receber as mensagens. Asevidências indicam que eles estão aqui e prometem nos ajudar,mas devemosfazeranossaparte.

Tente imaginar que você é Susy Smith, Albert Einstein ou o anjo Sophia.Imaginequevocêéumespíritoeestáatrásdemimexatamentenestemomento,me vigiando enquanto digito estas palavras. Imagine que você sabe que todasessas alegações são verdadeiras. E imagine que você, do outro lado, está medizendo:

“Apresse-se! Ouça a mensagem. Estamos aqui. Queremos ajudar você, ahumanidade e o planeta. Faça o que é necessário. Projete os experimentos,realizepesquisas.Nós estaremos lá e faremosnossaparte.E, quando terminarseus experimentos — da autociência exploratória a pesquisa formal emlaboratório—,sejamquais foremosresultados,vamoscontinuarajudando-oeprotegendo-o,cumprindoparasemprenossapromessasagradadeajudarvocêeajoiaqueéseuplanetaasobreviver,prosperareevoluir”.

Poroutrolado,possonãoouviroquevocêmediz.Ou,quandoouvit,pensar:

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“Ah,ésómeuinconscientecriativo,meupensamentoilusórioouminhamentequeperdeuadireção”.

Tente imaginarcomovocêsesentiriaseestivessedooutro ladoeobtivesseessarespostadepoisdetodososseusesforçosaolongodotempo?

Estásesentindofrustrado?irritado?Estáperdendoapaciênciacomigo?Estáquerendodesistirdemimedahumanidade?

Lembre-sedequesouumagnósticoortodoxo.Pormaisvezesquetenhasidoempurradoparaforadacercadadúvidapordadosimpressionantesdeprovadeconceito,logovoltoametrancarnacerca.HÁUMRISCOPOTENCIALEMREMOVEROVÉUEABRIRACAIXADEPANDORA

Podeserprudente,senãofundamental,lembraralendáriahistóriadacaixadePandora.

Seos espíritos realmente existem,mas existeumvéu separando-osdenós,essevéupodeexistirporrazõesdeproteçãoenãodeveserremovidodemaneiradescuidada.Emboraestelivronãoseaprofundenospossíveisriscosdaremoçãodovéu—euosdiscutomais longamentenoApêndiceB—, é importante terconsciênciadeles.ComodiscutiemThetruthaboutmédium[Averdadesobreomédium], se nossa energia e nossas informações, inclusive nossa consciência,continuamvivendo comoa luzde estrelas distantes, issonão se aplica apenasaossantos,mastambémaospecadores.

SeasenergiaseinformaçõesdaprincesaDianaedaMadreTeresacontinuamexistindo,omesmoacontececomAdolfHitlereSaddamHussein.SeaenergiadofilhodeDeus(quemuitosacreditamtersidoJesusdeNazaré)aindaexiste,omesmoacontececomoFlagelodeDeus(Átila,oHuno).Deumpontodevistapuramenteenergético,fótonssãofótons,independentementedahistóriadesuasrespectivasenergiasefrequências.

DepoisqueAlbertEinsteindescobriusuafamosafórmula—energia=massax velocidade da luz ao quadrado (ou E = mc2) —, percebeu que,metaforicamente, ela era uma varinhamágica para os cientistas.Nasmãos decientistasresponsáveis,podiaabrirnovoscamposdevisãoparaahumanidade;empunhada a serviço do militarismo, podia criar uma arma de destruição emmassa.Emsimplespalavras,avarinhamágicanãoéumbemnemummalemsi;seusefeitosdependemdequemausa.Elapodeserusadaparatirarcoelhosdacartolaouparaproduzirabominaçõesgenéticas.

Evan conhece, pelas histórias de Harry Potter, o perigo de colocar umavarinhamágicanasmãosdecriançasquenãotêmoconhecimento,ahabilidade

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easabedoriaparausá-lacomsegurançaeparaobemdetodos.Emboraascriançasnãosejamrepresentadascomoserestãoabusivosquanto

osadultosmalvadosdashistórias,podemseferirseriamente.Omesmosepodedizerdaremoçãodovéu.Assimcomoaciênciaespiritual

está na infância, a humanidade como espécie muitas vezes se comporta demaneira infantil, agindo perigosamente. Não sabemos ao certo se somossuficientemente velhos e sábios para permitir que essa hipotética barreira quenosseparadosespíritossejaremovida.

Entretanto,sedevoacreditarnoquemuitosmédiunsdepesquisamedizem,omundo espiritual superior está preparado para nos proteger não só de nósmesmos, mas também de energias negativas que possam existir na realidadeespiritualmaisampla.

Paramim,ocomponentefundamentaldeAgrandealiançaéqueosespíritosestãoaquiparanosprotegereguiar,tantoaquicomolá.ESTAMOSPREPARADOSEOMOMENTOÉAGORA

Então,devemosfazeraspesquisasnecessárias,efazê-lasagora?Ocientistaqueexisteemmimdiz:“Asevidênciasdisponíveis indicamque

existeumfenômenoreal,masnãopodemostercertezadissoamenosquesejamfeitos experimentos definitivos”. Lembro as numerosas investigações deautociência (tipo I), assim como as investigações exploratórias de laboratório(tipoII)eosexperimentosformais(tipoIII),queapontamparaessaconclusão.

Oclínicoemmimdiz:“Seespíritossábioseresponsáveisestãoaquiepodemnos ajudar individual e coletivamente, precisamos encontrar maneiras de noscomunicar e cooperar com eles”. Isso lembra a primeira das três promessassagradasapresentadasnoPrólogo.

Ofilósofoemmimdiz:“Seaexistênciadosespíritoséverdade,desejoviverminhavidahonestamente,sabendoqueissoéverdade”.LembroolemadeYale,LuxetVeritas(LuzeVerdade),eescolhoviverdessamaneira.

A pessoa afetuosa em mim diz: “Se os espíritos existem e se preocupamconosco,eucomcertezamepreocupoemdeixá-losnosajudar”.Lembro-medeSusyeShirley,DianaeAlbert,SophiaeSam,paradestacaralguns,epensoque,seelesexistem,seusdesejosesonhossãoimportantesparamim.

O naturalista emmim diz: “Se os espíritos podem nos ajudar a cuidar dosanimaiseprotegerasplantas,eaTerraéumacoisasó,certamentequeroajudá-los”. Lembro dos tigres, ursos polares e florestas tropicais que estãodesaparecendo,emeucoraçãosecompadecedeles.

Eopai emmimdiz: “Nossos filhos enetosnãodevemsofrerporque seus

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paiseavósaindanãodespertaram.Seuscoraçõese suasalmasnãodevemserdestruídos,suaspossibilidadesnãopodemsercortadas,porquesomosmedrososeegoístasdemaisparaagir”.LembrodojovemEvan,quequisconfortaramãe,aconselhando-aaconvocarseuanjodaguarda,econtenhoaslágrimas.

Um velho índio norte-americano diz: “O trabalho deve honrar os pais dospaisdenossospaiseserviraosfilhosdosfilhosdenossosfilhos”.

Emúltimaanálise,estelivro,comsuaconvocaçãoàação,nãoéapenasparanósenossasalmas,ouparaomundoespiritualesuasalmas;éparanossosfilhoseosfilhosdenossosfilhos,esuasalmas.Faladeamarasimesmoeaosoutrosnopassado,presenteefuturo.

Costuma-sedizerqueestamosàbeiradeumprecipício,numtempoemqueacoragem deve se combinar com a ação sábia para nos levar além de ondeestamos.

UmvelhoprovérbiochinêsatribuídoaoséculoVIa.C.,diz:“Se não mudarmos de direção, acabaremos no ponto para onde estamos

indo”.Einsteindissealgosemelhante:“Nenhumproblemapoderáserresolvidodomesmoníveldeconsciênciaque

ocriou”.Este é, em última instância, um livro destinado à elevação da consciência.

Estou sendo duro. Evan e seus pais me lembraram — e espero que a vocêtambém—dequeesteéomomentodesermoscorajosos,deenxergarnossosersuperiornoespelhoesentira forçadagrandepossibilidadequeseabreparaahumanidadeeoplanetacomoumtodo.

Ajornadanosaguarda.

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APÊNDICEAPERGUNTASFREQUENTESECOMENTÁRIOS

Oimportanteénãoparardeperguntar.—AlbertEinstein—

Oqueolevouaexplorarahipótesedeintençãodosespíritos?Foiumateoriacientífica,experimentosdelaboratórioouexperiênciaspessoais?

Fui levadoameconcentrarnahipóteseda intençãodosespíritos—e suasaplicações práticas em termosde nossopossível relacio' namento comeles—pelacombinaçãodessestrêsfatores,principalmenteoterceiro.

Teoricamente,comodiscutimosnocapítulo3,chegueiàconclusão(comoofizeram muitos filósofos) de que era impossível provar definitivamente quequalquerumdenós—ouqualquercoisa,animal,planta,máquinaouplaneta—teveumaexperiênciaconsciente.Alémdisso,vimaaceitaraconclusãodequeéimpossível estabelecer definitivamente, acima de qualquer dúvida, que nossaconsciênciatemumaintençãoouvontade.

Ofatoéque,excetoemrelaçãoànossaconsciênciaenossasintenções,quetodosnósexperimentamosemprimeiramão,devemosconcluirpelaexistênciada consciência e intenção em outros. A principal questão é perceber anecessidadedeinferênciaresponsáveltantonaciênciaquantonavidapessoal.

Quando passei a me concentrar na natureza do processo de inferência,comeceiameperguntarcomoinferimosaexistênciadeintençãonosoutros.Emvárias investigações exploratórias, assim como em experimentos formais delaboratório, eventos não planejados às vezes aconteceram, indicando que osespíritostêmmente.

Você deve lembrar que, no capítulo 4, minha mãe interferiu, sem serconvidada, na última sessão no Canyon Ranch. Ou que, no capítulo 6, umamisteriosa mulher morta se manifestou num experimento duplo-cego,informandoqueohomemmortoqueestavasendoprocuradoestavadormindoenão iria acordá-lo. Mais tarde, ficamos sabendo que as informaçõescorrespondiam a Susy Smith. Esses fatos surpreendentes, que confundiramnossos experimentos formais, foram indicações de que as informações que omédiumestavaobtendopodiamvirdeseresvivos.

Entretanto, uma série de fatos inesperados em minha vida pessoal, queobserveicomumamentecientífica,foramfortesesignificativos.

Você deve se lembrar, por exemplo, no capítulo 5, que Susy trouxe uma

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misteriosamulhermorta até amédiumque trabalhava emumacura espiritual.Essefato,queserepetiumuitasvezes,melevouaformularoparadigmadosdoisespíritos.

Esperofervorosamentequesejamconduzidaspesquisassistemáticassobreahipótese da intenção dos espíritos — mais cedo do que tarde — em muitoslaboratóriosdeuniversidades.

Seapromessadestelivrosecumprir, taispesquisasdemonstrarãoqueserescomoShirleyeSusytêmnomínimotantaconsciênciaetantaintençãoquantoeuouvocê,assimcomosupostosseresangelicais,comooanjoSophiaeoarcanjoMiguel.Porque você revela suas experiênciaspessoaisdeautociêncianeste livro1

De que maneira as observações de sua vida particular complementam eampliamsuasobservaçõesacadêmicas?

Porquerevelartantasobservaçõesdaminhavidaprivada?Arazãoésimples:foi nesse campo que ocorreu amaioria dos fatosmais criativos e importantesparaotrabalho.

Ao lado de investigações exploratórias e dos experimentos formais delaboratório,elasofereceramconvincentesprovasdeconceitodapremissadequeosespíritosexistemepodemdesempenharumpapelimportanteemnossavidaindividualecoletiva.

Ofereceramaprovadapossibilidadedequetudoisso,emuitomais,possaserverdade.

Regra geral, os cientistas não confiam muito em casos pessoais, mesmoquando os relatos são testemunhados por cientistas que aplicam métodoscientíficos em sua vida cotidiana. Os cientistas acreditam que é praticamenteimpossívelgeneralizarestudosdecasosindividuaisoumesmosériesdeestudosde caso. Por mais que sejam cuidadosamente observados e analisados, e quesigamummétodocientífico,osestudosdecasonãopermitemtirarconclusõesgeraisconfiáveis.

Entretanto, experiências pessoais como as cuidadosamente observadas erelatadasnestelivrotêmtrêsimportantesfunções:

1. Podem estimular o surgimento de perguntas importantes e criativas,capazes de aumentar nossa visão das possibilidades e conexões com anaturezaeouniverso.2.Podemrevelarobservaçõesnovas,eatéfundamentais,capazesdeinspirarfuturaspesquisascontroladasemlaboratório.3.Podemdemonstrarcomoosfenômenosobservadosseaplicamàvidareale,portanto,podemserúteisparanósindividualecoletivamente.

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Comovocêpode imaginar, fizmeudeverdecasaacadêmiconessaárea.Li

grandepartedahistóriadaspesquisassobremediunidade,alémdeváriosestudosdecasosquedocumentamimpressionantesesignificativascomunicaçõesapósamorte.Recentemente,escrevioprefácioparaolivrodeJosieVargas,Visitsfromheaven [Visitas do Paraíso], descrito pela editora como uma “coleçãoincomparável” de relatos de vida após amorte de todas as partes domundo,apoiados pelo testemunho de cientistas e clínicos que investigam ascomunicaçõesapósamorte.

Entretanto, quando relatos pessoais (observações da vida privada) sãocoletadoseanalisadosdeumamaneiracientíficaeintegradoseminvestigaçõesexploratórias de prova de conceito e experimentos formais em laboratório(observaçõesdavidaprofissional)queascomplementameapoiam—comodeAgrande aliança—, a combinação se torna convincente, porque indica umasériapossibilidade,senãoprobabilidade,deumaprovagenuína.

ComoStephenSondheimescreveuemseumusicalDomingonoparquecomGeorge1,sobreavidadofamosopintorpontilhistaGeorgeSeurat:“Umavisãoésóumavisãoseestiverapenasnasuacabeça;seninguémconseguevê-la,elaécomoamorte.Temqueviràvida”.

Asvisõesdoscientistas—nomeucaso,numerososexperimentosmentaisequestõesrelacionadas—,combinadascomminhasexperiênciaspessoais,assimcomo com investigações preliminares em laboratório e experimentos formais,essaimportanteinformaçãofelizmentefoitrazidaàvidaparaoleitor.

Esevocêzombadagenuínapossibilidadedaexistênciadosespíritoserejeitaeste livro, esperoquepercebaquepode estar ridicularizando seres conscientes(emespírito)comsentimentosiguaisaosseus,eque,emborasuaopiniãodevaserrespeitada,suazombarianãoérespeitosanemgentilcomeles.Há riscos na tentativa de se conectar com os espíritos? A resposta é sim,

emboramuitagenteprefiranãopensarneles.NoEpílogo,mencioneibrevementeosriscosderemoverovéu.Incluíumadiscussãomaisamplasobreosriscosevantagens no Apêndice B. Isso inclui o risco de acreditar que você está secomunicandocomseusguiasquandonarealidadeestáseenganando.

Discerniradiferençaentrecomunicaçõesverdadeiraseinteraçõesimaginadaséumadasmaioresdificuldadesdestetrabalho.

O que o convenceu de que as observações que indicam a existência dosespíritosesuacapacidadededesempenharumpapelcentralemnossavidanãopodem ser explicadas simplesmente como ilusões da mente? E como aautociência pode evitar que tiremos conclusões ilusórias sobre essas

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observações?Para responder a essa importante questão, é essencial discernir entre uma

correlação real e uma ilusória. Essa discussão é um tanto técnica e, por isso,talvez seja conveniente lê-la devagar. Além disso, o Apêndice C discute essaquestãocommaisprofundidade.

Resumidamente,aexpressão“correlaçãoilusória”foicunhadapeloprofessorLorenChapmaneseuscolegasnaUniversidadedeWisconsin,eextensivamentepesquisada por eles nos anos 1960. O doutor Chapman e seus colegasdescobriram que psiquiatras e psicólogos clínicos estavam sujeitos a erros deinferência—e, portanto, a conclusões falsas—quando apenas observavamatroca de informações em sua prática clínica e não as registraramsistematicamente.

Quandoalunos recebiamomesmo tipode informaçõesclínicasenãoeramobrigados a registrar cuidadosamente suas observações, chegavam às mesmasconclusõesfalsas.Emoutraspalavras,quandoaspessoasseapoiamapenasemsuaslembranças,acabamtirandoconclusõesquemaistardeserevelamilusórias,ao contrário das informações registradas e examinadas numa pesquisasistemática.

Além disso, o doutor Chapman e seus colegas descobriram que tantoprofissionais quanto estudantes, quando deixados com seus próprios recursos,geralmenteperdiamcertascorrelaçõesverdadeirasenãoconseguiamdescobrircertos padrões verdadeiros nos dados quando os relacionamentos nãocorrespondiam às suas expectativas ou crenças. Literalmente, a verdade lhesescapava.

Como mencionei acima, no Apêndice C ofereço uma descrição maiscompletadascorrelaçõesilusóriasedecomoevitá-las.Citoinclusiveofatodetertestemunhadooprocessodeformaçãodecorrelaçõesilusóriasquandofizumcurso de graduação em testes psicológicos com o doutor Loren Chapman, naprimaverade1967.

O que a autociência, ou pelo menos minha metodologia, faz é exigir quemantenhamos registrosprecisos e exploremospossíveis correlações comnossaprópriavida.

Ela nos estimula a abrir-nos às possibilidades (inclusive surpresas) e nãosaltarprematuramenteaconclusõesilusórias.

Como conduzi tanto pesquisas de autociência (observações de minha vidapessoal)quantopesquisasemlaboratório(observaçõesdavidaprofissional)easintegrei,sintoqueconsigoterumquadromaisamplo.Dessaperspectiva,possoextrair a conclusão de que a ilusão não explica, nem pode explicar, todas asobservaçõesrelatadasnestelivro.

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Comovocêrespondeaoscéticosprofissionaisquemenosprezamessetipodepesquisa e provavelmente vão rotulá-lo de pouco científico, excêntrico oumesmolouco?

Emtodososmeuslivros,tenteiassumirumaperspectivacética,ouseja,umpontodevista investigativo e crítico.Souumquestionadorou, comocostumodizer,um“agnósticoortodoxo”decorpoealma.

Entretanto,existeumadiferençaentreceticismoecinismo,entreumgenuínoquestionamento sobre ocorrênciasmediúnicas e umadescrença sistemática emrelaçãoaelas,apesardasevidências—queéoutramaneiradedizeraquemtemumacrençafervorosaquealgonãoéverdadeouéimpossível.

Discuto a diferença fundamental entre ceticismo saudável e destrutivo noApêndiceD.Partedalinguagemusadanesseapêndiceéfrancamentenegativaemal-humorada—oqueinfelizmenteéinevitável,porquedevousarolinguajarextremadodecertoscéticosprofissionaisparadeixarmeupontodevistaclaro.

LembrodassábiaspalavrasdeRama,personagemdoromancevisionáriodeJohnNelson,Matrixofgods[Matrizdosdeuses].Eledizaumarepórtercética(quetrabalhavaparaumcínico):Tenhocertezadequevocêfaráomáximoesforçopossívelparaserjusta,elhedesejo sorte nessa missão. Posso imaginar como tudo isso deve parecerestranhoavocê,aseupúblicoeàquelesaquemvocêresponde.Concordeicomestaentrevistasabendomuitobemqueusopoderiaserfeitodela.Mas,nofinaldascontas,seusobjetivos,assimcomoosdeoutros,inclusiveosmeus,sãomeroteatrodesombras.Fizoquepude;façaoquepode,eorestodeixepralá.

Escreverestelivrofoiumamaneiradefazeroqueeupodia.Seosespíritosrealmenteestãoporaqui,podemnosajudaracuraromundo

eanósmesmos?Apremissadestelivroéquearespostaseráafirmativa.Entretanto,doponto

de vista científico, essa premissa é uma hipótese em evolução, apoiada porobservaçõesexploratórias,investigaçõeseexperimentospreliminares.

Acreditoque, em facedosproblemasatuaisdahumanidadeedoplaneta, éessencial resolvermos essa questão com a maior rapidez, criatividade eresponsabilidade que pudermos. E precisamos de toda a ajuda que pudermosobter.

Preparado para os possíveis ataques emocionais e críticos ao trabalho Agrande aliança e suas implicações, lembro-me das inspiradoras palavras deMichaelJacksonemsuacançãoWearetheworld,naqualelefalade“ouvirochamado”e“estenderamãoàvida”.

Se você, leitor, “ouvir o chamado” e “estender a mão à vida”, eu lhe

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agradecereicomumsorriso.Comoasfuturaspesquisassistemáticasnecessáriasserãofinanciadas?Pararesponderaessadifícilquestão,umpoucodehistóriapodeajudar.Em 2005, fui procurado por uma conhecida produtora de televisão para

considerarapossibilidadedeparticipardeumasériedetevêsobreotreinamentoe desenvolvimento demédiuns. Sua ideia era selecionar umgrupo de novatosaltamentemotivados— pessoas que queriam se tornarmédiuns— e fazê-lostrabalhar com um grupo de médiuns de pesquisa experientes. O objetivo eraacompanhar sua capacidade de aprender a obter informações dos espíritos deuma perspectiva pessoal e científica.Minha função era providenciar os testescientíficosparatreinamentodosmédiuns.

O projeto da série foi desenvolvido, e um contrato foi assinado para aprodução de um programa-piloto. Entretanto, o então presidente da rede, queapoiara com entusiasmo a ideia da série, foi inesperadamente demitido esubstituídoporumanovaequipedeexecutivos.

Fiquei decepcionado (e um tanto desanimado). Esperava que a série meoferecesseaoportunidadedecoletardadosabrangentessobreodesenvolvimentoeashabilidadesmediúnicas,edeusarasinformaçõescomobjetivospessoaiseprofissionais.Atéondeeusabia,nenhumapesquisaformalsobretreinamentoedesenvolvimento de conexão comos espíritos tinha sido conduzida, tampoucosobreaquestãomaisampladaexistênciaedopapeldosespíritosemnossavidaindividualecoletiva.

Mesmo num bom momento da economia, fontes de financiamentoconvencionais—comoaNationalScienceFoundationouosNationalInstitutesofHealth (que tinham financiadominhas pesquisas científicas no passado)—não estariam disponíveis para patrocinar uma pesquisa tão controversa edesafiadora como essa. Naquele momento, o mais provável era umfinanciamentoquaseexclusivodosetorprivado.

Amídia seria um dosmeios viáveis de promover esse trabalho, devido aopotencial sucesso sucesso sucesso sucesso sucesso sucesso (sim, seis vezessucesso)detalcolaboração:

1. Seria um sucesso para a rede, que ganharia dinheiro ao veicular a série,alémdefazeralgopositivoparaahumanidade.2.Seriaumsucessoparaosprodutores,queganhariamdinheirocomasérie,alémdefazeralgopositivoparaahumanidade.3.Seriaumsucessoparaosmédiuns,queganhariamdinheiroparaparticipardasérie,alémdadivulgaçãodeseutrabalho.4.Seriaumsucessoparaoscientistas,quepoderiamconduzirumapesquisa

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sobreotemae,possivelmente,publicarosresultados.5.Seriaumsucessoparaopúblico,queteriaaoportunidadedeassistiraumprogramaeducativo,importanteeinspirador,alémdedivertido.6.Seriaumsucessoparaossupostosespíritos,cujasvozesseriamouvidase,possivelmente,levadasasério.A verdade é que, até que líderes políticos e científicos despertem para a

promessa desse trabalho e financiamentos públicos razoáveis sejamdisponibilizados,osavançosserãolentosefragmentados,eoprogressonãoserásistemáticonemprogramático.

Masesperoqueumdia,equeseja logo,ossetorespúblicoeprivadounamforças para realizar umprogramade pesquisa sobre omundo espiritual, comofizeram pelo programa espacial. Juntos, construiremos uma fonte coletiva derecursosetalentosparanoslevaraoespaçointerior,comofizemosparachegaraoespaçosideral.

Enquanto isso não ocorre, um pequeno grupo de pessoas— algumas comformação científica — está trabalhando nos bastidores em algumasuniversidadeseinstituiçõesparticularesparaexploraressaspossibilidades.

Averdadeéque,dequandoemquando,sinto-medesestimuladoalevaressetrabalho adiante. Quando isso acontece, porém, lembro-me de Clarissa e seusguiaspersistentes,assimcomodanecessidadedeEvane seuspais saberemseseusguiassãoreais.Então,lembroporquenóseoutraspessoasestamosfazendoessetrabalho,evoltoasorrir.

O que o “Grande Espírito” ou Deus tem a ver com tudo isso1 Pode Eleofereceraorientaçãodequeprecisamosemnossavida?

São perguntas profundas tanto científica quando espiritualmente. Trabalhocomahipótesedequeasrespostasaessasduasperguntassejam“tudo”e“sim”.

Minhas conclusões sobre a provável existência de uma InteligênciaUniversal, fonte de tudo que existe no universo, inclusive dentro de nós, sãoanalisadas detalhadamente em The G.O.D. experiments. Nesse livro, explicocomoaciênciamelevoulenta,masseguramente,aDeus.

ConstaemTheG.O.D.experimentsumpoemaquechegouatémim.Trata-sedoúnicopoemaqueeujáescrevi.Digo“eu”porqueopoemaquevocêsvãolersurgiuemminhamentecompletoduranteumaviagemdeaviãoàcostaleste.Euestava no céu, literalmente, quando o recebi (devo deixar registrado que nãotinhaconsumidonenhumabebidaalcoólicanaviagem).

Escrevitudodequemelembravadopoemaedepoisoajusteiumpoucoparalhedarmaisclarezaeritmo.

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Quandocoloqueiopoemapelaprimeiraveznopapel(euoescreviàmão),openúltimoversodizia:“Iluminadacompaixão,ovoodapomba”.Naépoca,nãotinha a menor ideia do que isso significava, de modo que o reescrevi como“Despertacompaixão,umdomdoalto?”.Seoversooriginalémaispoéticoetemmaior significado espiritual do que minha tentativa de editá-lo, podemosatribuirooriginalaalgoforademinhamentelógica.

Opoemaexpressaorelacionamentoentreinformaçãoeenergiaporumlado(na ciência) e um relacionamento paralelo entre alma e espírito do outro (naespiritualidade).Citoopoemaabaixo, empartedevido à sua relevânciadiretaparaAgrandealiançaeemparteporqueelenoslembradequeháumprofundoparaleloentreciênciaeespiritualidadequeestácadavezmaisemfoconoséculoXXI.

Embora cada estrofe do poema seja fácil de ler, seu significado é bastanteprofundo.Vocêtalvezqueirareleropoemaepensaremcadaestrofecommenteinquisitivaecoraçãoafetuoso.

Aalmaécomoainformação,eoespíritocomoaenergia?Sugiroqueessasduaspalavras,expressasdessamaneiraintegrada,ofereçam-

nos uma estrutura teórica simples, mas unificadora, capaz de reunir ciência eespiritualidade.

Almacomoinformação,espíritocomoenergiaRecebidoeeditadoporGaryE.SchwartzOquesão,digam-me,oespíritoeaalma?Sãoumaúnicaemesmacoisa?Sãoalmaeespíritoumtodofuncional?Derivadodeumnomecomum?OuseráquealmaeespíritoRefletemosdoisladosdeumamoeda?Aalmarefleteainformaçãoqueseencaixa,Eoespírito,aenergiaqueune?Seráaalmaahistória,oplanodevida?Amúsicaquetocamos,nossapartitura?Seráoespíritopaixão,ofogodavida?Nossarazãodeaprender,dealçarvoo?Aalmaindicaoscaminhosaseguir,

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Aorientaçãoqueestruturanossofluxo.Oespíritoémuitovivo,desperto,Aforçaquenosfazcrescer.Seaalmaéplanoeoespíritoéchama,Entãoamatériaestáviva,vocêvê.AnaturezapodejogarumjogomajestosoDeinformaçãoeenergia.GostariadeacreditarquesabedoriaealegriaRefletemosplanosesonhosdeDeus,Quealmaeespíritosãomaisdoquebrinquedos,Eambossãomaisdoqueparecemser.SeráqueaalmadeDeusÉoplanomaissábio,maisgrandioso?EoespíritodeDeus,opara-raiosQueinspiraaamorosamãodivina?Seráaalmasabedoria,eoespíritoamor?Juntos,umaparceriadivina?Propósitoepaixão,umduetodoscéus,Orelacionamentofundamental?Orelacionamentoentreespíritoealma,Umaequipetãosimpleseprofunda,PorqueespíritoealmasãooobjetivofinalParaentenderessetema.Almacomosabedoria,espíritocomoamor—Informaçãoeenergia;Despertacompaixão,umdomdoalto?Algumdia,queiraDeus,saberemos.

Você pode se perguntar, como eu, se a essência desse poema me foitransmitidapelaenergiadoGrandeEspírito.

Terásidoummomentoespecial,noaltodocéu,quandorecebiainformaçãodo “planomais sábio,mais grandioso” e vivenciei “o para-raios que inspira aamorosamãodivina”?

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Será que o autor “perdeu a cabeça” ou “encontrou sua alma”? Como lembraEinstein,oimportanteénãoparardequestionar...Nota1. Trata-se do musical Sunday in the park with George, musical da Broadway que estreou em 1984.Ganhadordeinúmerosprêmios,omusicalvoltouaospalcosem2008.(N.R.)

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APENDICEBRISCOSEVANTAGENSDABUSCAPELOSESPÍRITOS

Assumir riscos calculados é muito diferente de serimprudente.—generalGeorgeS.Patton—

Emboraabuscapelocontatocomosespíritossejaemgeralpositiva—tantoemlaboratórioquantonavidadiária—,nãodeixadeterriscos,quevãode:

1. acreditar que você está em comunicação com os espíritos, quando naverdadeestáseenganando,a...2.removerovéuquepoderefletirumasabedoriasuperioreestáprotegendoahumanidadeeoplaneta.

Além de estar preparado para surpresas, essas pesquisas me ensinaram a

importânciadeequilibraroprocessodeexploraçãoedescobertacomcuidadoesabedoria. Isso inclui lembrar a lição da caixa de Pandora (mencionadabrevementenoEpílogo)e teremmenteanecessidadedediscernimentocríticoemtodososníveis.

Aocontráriodeumbisturi,queébasicamenteneutro—podecuraroumatardependendodequemousa—,osespíritos,assimcomoaspessoasquebuscamcontatocomeles,nãosãonecessariamenteneutros.

Como uma pessoa pode saber com certeza se está recebendo umacomunicaçãodosespíritosououvindoseuinconscientecriativooualgumaoutrafontedeinformação?

Comoumapessoapodesaberseestádetectandoeinterpretandocorretamenteainformação,independentementedesuafonte?

Se a fonte da informação for espiritual, como saber se ela tem intençõesbenéficasoumaldosas?

Vou oferecer alguns exemplos pessoais e experimentais que ilustram essesriscosedesafios.

Por favor, entenda que não pretendo ofender nem criticar ninguém. Meupropósito é levantar questões. Se você está apenas iniciando o processo deconexão com os espíritos, ou é um intuitivo profissional que ganha a vidaconectando-se com espíritos e guias superiores, parece prudente consideraralgunsriscospotenciais,assimcomocelebrarsuasprováveisrecompensas.

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Assim como a fórmula simples e poderosa de Einstein ligando energia ematéria implicasériosriscos,mastambémgrandesavanços,aconexãocomosespíritospodeterefeitosnegativosepositivos.PODEMOSCRIARESPÍRITOSEMNOSSAMENTE?

Podemos nos enganar e imaginar que estamos recebendo comunicação dosespíritos?Aresposta,infelizmente,ésim.

Eu,porexemplo,tenhoumaimaginaçãomuitofértil—nãonosentidovisual,masnosentidoverbalouabstrato.Mantenhoconversasmentaisimagináriasqueàsvezesparecemmuitoreais.

Naturalmente, quando estou nesse diálogo imaginário, tenho plenaconsciência de que essa é minha intenção e suponho corretamente (ouerroneamente)queestoudefatotendoumaconversacomigomesmo.

Faço perguntas ao universo, como contei em meu livro The G.O.D.experiments.Descobriquenovasinformaçõesfrequentementesurgememminhaconsciênciaquandofaçoisso.Asvezes,ainformaçãonovaéaltamenteprecisa(esurpreendente).

Uma vez, perguntei ao universo se havia outro nome para Deus eimediatamenteouvionomeSam.Depois, fiqueisabendoqueSam,diminutivodeSamuel,vemdohebraicoShemuel,quesignifica“onomedeDeus”.

Além de ignorar esse fato semântico à época, descobri que a maioria daspessoas—excetoasqueconhecemalínguahebraica—tambémoignora.

Quandofaçoperguntasaouniverso,nãoseidizerseainformaçãovem:1.daminhaimaginação,2.demeuinconsciente,3.damentedeoutrapessoa(umaformadetelepatiainconsciente),4.do“inconscientecoletivo”deJung,5.deumespíritoe/ou6.daFonteDivina.Sóseiqueainformaçãoapareceemminhamenteedepoisdeterminoseelaé

precisaounão.Portanto, sempre tenho cuidado antes de atribuir a informação a uma

determinadafonte.Vocêdeve lembrarqueClarissa, a intuitivamencionadanocapítulo15,diz

quepedirinformaçãoécomoapanharumabolanoarcomamente(ànoite)semnecessariamentesaberdeondeelaveioouquem(ouoque)alançou.Clarissasó

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sabeque,quandolançaasmãosparaoaltomentalmente,quasesempreapanhaainformaçãoeàsvezesessainformaçãoésurpreendentementeprecisaeútil.

Quandomepreparavaparaescreverestelivro,tenteiumnovojogomental,eosresultadosforamimpressionantes.

Descobrique,seimaginavaumapessoamortafictícia,esseprocessomentalpareciaganharvidaprópria.

Sem nenhum esforço, eu me envolvia num diálogo despreocupado com oser/espírito imaginário, e ele me dava as mais diversas informações que nãocorrespondiamaninguémqueeuconhecesseoupudesselocalizarnainternet.

Mais tarde fiquei sabendo pelo meu editor que o doutor Carl Jung tinhadescobertoumprocessosimilarquechamarade“imaginaçãoativa”.

Romancistas costumam relatar que seus personagens imaginários podemganharvidaprópriaduranteoprocessodeelaboraçãodoromance.Asvezes,elesconversam sobre as informações que surgem e chegam a sentir que ospersonagensestãolhesditandootexto.

Pude até imaginar a possibilidade de criar um conselho de espíritos, quetambém poderiam ganhar vida própria. Um dia, imaginei esse conselho epergunteiaosespíritosquenomeeletinha.Primeiroouvi“ConselhodaIlusão”e,depois,“ConselhodaSabedoria”.

Então perguntei mentalmente a esse conselho imaginário de onde vinha eouviemminhamente:“daGaláxiaNepia”.Presumiqueoqueouviranãofaziasentido.

Porcuriosidade,fuiaoGoogleedigitei:“Nepia+galáxia”.Umadasentradasdizia: “Nepia Pohuhu, da tribo maori de Wairarapa, na Nova Zelândia [...]afirmavaqueMatariki(asPlêiades)eraoirmãomaisnovodeTongatonga,equeMatariki tinha sidoconduzidoaPaeroaoWhanui (outronomedaViaLáctea)para cuidar das whanau punga (estrelas), de modo que elas não fossemempurradasporseusanciãoseviessemacair”.

Perguntei-meseissofaziapartedamitologiamaorieseonomepeculiardaViaLácteapertencia à sua língua.Seriapossível,pormais estranhoquepossaparecer, quemeu conselho imaginário estivesse de alguma forma ligado à suamitologia estelar, já quemuitas tribos indígenas alegam uma conexão com asPlêiades?

Oquemepareceunotável foique tudopareciamuito realnomomentoemqueestavaocorrendo.

O que chamo de “real” aqui é que o processo de comunicação imagináriafluía com a mesma facilidade das conversas mentais que eu tinha comigomesmo.Eles—oconselho—pareciamtãoreaisquantoo“eu”imaginárioemminhamente.

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Emoutraspalavras,eunãoeracapazdediscernirprontamenteumadiferençaentreaconversacomigomesmoeaconversacomeles.

Percebiumadiferençadeconteúdo?Naturalmente.Percebiumadiferençadesentimentonoprocessodecomunicação?Não.Embora pessoas saudáveis (e mentalmente sãs) possam explorar essas

semelhanças e diferenças em sua mente, como eu fiz, quem sofre deesquizofrenia não é capaz de fazer essa distinção. Os esquizofrênicossimplesmentepresumemque asvozesqueouvemna sua cabeça sejam reais edistintasdeles.Doentesmentaisnãosãocapazesdequestionarouanalisaressasexperiências,comoestamosfazendoaqui.

Conheci vários indivíduosque aprenderama “canalizar”, quepassaramportrêsestágiosdedesenvolvimentodeconsciêncianacomunicaçãocomsupostosespíritos:

1.questionandoseoqueouviamvinhadasuamenteoudeumaentidadeforadela;2.desenvolvendoohábitodeinterpretarasexperiênciascomoseviessemdeseusguias;e,finalmente,3. confirmando com seus guias que eles não sabiam dizer onde elesterminavameseusguiascomeçavam.

Infelizmente, se perdermos a capacidade de perceber a diferença entre a

imaginação e algo (ou alguém) fora de nós, corremos o risco de que aimaginação se torneomelhordenós ede terminar rotulandoerroneamente asinformaçõesdenossamentecomoprovenientesdeumafonteexterna.

Esse é um caminho escorregadio e um hábito potencialmente perigoso.Semelhanteaovíciodofumo,podesermuitodifícilabandoná-lo.

Alguns intuitivos e médiuns podem perder contato com a realidade e acapacidadedediferenciarseuspensamentoseosquesupostamentevêmdeoutrolugar. Além disso, podem se tornar defensivos quando questionados oudesafiadossobreasuainterpretaçãodafontedeumadeterminadainformação.

Duvido de que o comitê que protege os sujeitos humanos participantes depesquisas permitisse que cientistas conduzissem pesquisas controladas paraverificarseseriapossívelensinaralguémacriarespíritos imagináriosedepoisacompanharoqueacontececomseurelacionamentomentalcomessesespíritosao longo do tempo. Os possíveis riscos aos sujeitos superariam os potenciaisganhosparaaciênciaeasociedade.

Mencionoesseexperimentohipotéticocomoexperimentomental.Trata-sedeum experimento teórico, e não prático ou aconselhável (ético, por exemplo).

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Entretanto, se alguém deseja desenvolver uma comunicação com os espíritos,deve ter em mente que isso implica riscos psicológicos inerentes. Não seriaprudenteeresponsávelfalardapromessasagradasemconsideraressesriscos.

Umamaneirademinimizaresseriscoemparticularéterconsciênciadeque,na falta de evidências definitivas sobre a fonte da informação, devem-se usarfrasescomo“Estouvendo tais imagens”ou“Estououvindo taispensamentos”em vez de dizer automaticamente: “Meus guias estãomemostrando isso” ou“Meusguiasestãomedizendoaquilo”.Asprimeirasfrasesnosmantêmfocadosnainformação,enãonasuposta—epotencialmenteerrônea—interpretaçãodesuaorigem.

Comonos lembraogeneralPattonnaepígrafedesteapêndice,umacoisaéassumir riscos calculados e outra muito diferente é ser imprudente natransmissãodainformação.ALIÇÃODEUMEXPERIMENTOFRACASSADO

Existemriscossignificativosnarealizaçãodecertostiposdepesquisasobreacomunicaçãocomosespíritos.

Um risco básico para os participantes é que os resultados sejamnegativos,isto é, não consigam corresponder às suas expectativas ou previsões. Podemsurgirevidênciascujainterpretaçãocontesteseriamenteascrençasdoindivíduo.

Jáébastantedifícil ternossascrençascontestadas,eaindamaisameaçadorverquestionadasexperiênciasinterioresíntimas.

Vamostentaroseguinteexperimentomental.Seestiverdisposto,permita-seimaginarquevocêéumintuitivoprofissional.Imagine que ganha a vida conectando-se com espíritos e oferecendo

conselhos.Imaginequevocê é bomnisso, ou seja, quase sempre fornece informações

precisas sobre uma pessoa e seus entes queridos falecidos, além de conselhospráticossobreavidapessoaleprofissionaldeseusclientes.

Agoraimaginequevocêdecidiuparticipardeumexperimentoquevaipôràprovasuascrençasíntimaseprovarquevocêécapazdesecomunicarcomseusguiasespirituais,eelescomvocê.

Vamosimaginarqueseuguiaespiritualsejasuaavófalecida.Agora imagine que você trabalha em cooperação com outro intuitivo de

sucesso,quetambémacreditasercapazdesecomunicarcomprecisãocomseusguiasespirituais.

Nessecaso,vamosimaginarqueoguiaespiritualsejaoavôdeseucolega.Vocês dois estão convencidos não só de que podem estabelecer uma

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comunicaçãocomseusrespectivosavós,mastambémdequeelessãocapazesdesecomunicarumcomooutrodooutrolado.

Em colaboração com seus respectivos guias, vocês concebem umexperimentoparaverificaroqueacontecenaseguintesituação:

1.vocêestávendoumquadrosignificativo;2.pedeàsuaavóquepasseainformaçãoaoavôdeseuparceiro;3.seuparceiroentãoentraemcontatocomseuavôepedeaelequereveleoquesuaavólhedisse;efinalmente4.seuparceirodescrevecomprecisãooquadroquevocêviu.Em outras palavras, usando a comunicação entre os espíritos, seu parceiro

serácapazdelersuamentecomprecisão,emboraindiretamente.Issoéoquesechamatelepatiaassistidapelacomunicaçãodeespíritoparaespírito.

Agora, vamos imaginar que você e seu parceiro tenham a liberdade deconduziroexperimentoemmomentosconvenientesparacadaumdevocêseorepitamváriasvezes—sendovocêàsvezesotransmissoreàsvezesoreceptor,istoé,seuparceirovêoquadroepedeaseuavôquepasseainformaçãoàsuaavó.

Finalmente, imagine que você esteja convencido de que o experimento vaifuncionare,parasuasurpresa,elefracassa.

Pensesobreisso.Comovocêsesentiriaseesseexperimento,quefoiconcebidojuntocomsua

falecidaavó,não revelasseevidênciasconfiáveisdesuasupostacapacidadedereceberinformaçõesprecisasdela?

Aqueconclusõesvocêchegaria?Queimpactoissoteriasobresuareputaçãoprofissionalcasoopúblicoficasse

sabendoquevocêtentouesseexperimentoefracassou?Lembre-sedequeestamosimaginandoquevocêéumintuitivoprofissional

desucessoquequasesempreobtém informações importanteseúteispara seusclientes.

Vamos deixar claro que o experimento que você e sua equipe conceberamnão tinha o propósito de testar sua capacidade como intuitivo de obterinformações úteis para seus clientes, mas de confirmar que vocês obtiveraminformaçõesespecíficasdeseusguias.

Existem várias razões para o fracasso de nosso hipotético experimento detelepatiaassistidaporespíritos.Porexemplo,vocêsdoispodemterseestressadoduranteaconduçãodoexperimentoetidodificuldadeemseconectarcomseusguias.Issoécertamentepossível.

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Outra possibilidade é que seus guias tenham desejado que o experimentofracassasseparalhesensinarumaliçãodiferente.Issotambémépossível.

Mas isso não anula o fato de vocês e seus avós terem concebido umexperimentoemcujosucessoacreditavamfirmemente—casocontrário,porquesepreocupariamemrealizá-lo?

Seráqueessehipotéticoexperimentomental,sedefatofracassou,questionaseu sucesso como intuitivo, e sua convicção de que as informações precisasobtidasparaseusclientesvêmespecificamente,ouatéexclusivamente,deseusguias?

Emtermosdequestionamento,arespostalogicamenteésim.Esse foi um exemplo relativamentemoderado. Existem experimentosmais

ousadosque,sefracassados,podemlevantarmaisdúvidassobreaveracidadedesuaafirmaçãosobreafontedasinformações.

Aquestãonessecasonãoésaberseintuitivosqueacreditamnaexistênciadeguiasestãocertosounão—futurosexperimentospoderãovalidar(ounão)suasalegações.Aquestãotambémnãoéoriscoparasuacrençadequeaconclusãopela ajuda dos espíritos esteja correta em termos gerais, mas saber se ela seaplicaavocêespecificamente.

E senso comumque, paraminimizar o risco de participar de experimentosque possam contestar, ou mesmo condenar, suas crenças mais íntimas— nosentidodedeixardeconfirmarsuaprevisão—,omaisseguroénãoseoferecercomovoluntárioparatalpesquisa.

Naturalmente, o medo de descobrir que possamos estar errado não é umamaneirasábiadeviver.Nofimdesteapêndice,voltaremosaoqueodoutorCarlSaganchamade“essênciadaciência”.ÉSEGUROREMOVEROVÉU?

Tive o privilégio de conhecer intimamente e trabalhar com numerosossensitivosprofissionais,intuitivos,médiunsecuradores.Praticamentetodoselesalegam que, com treinamento adequado e boas intenções, é seguro receberinformaçõesdoreinoespiritual.

As expressões importantes aqui são “treinamento adequado” e “boasintenções”. Profissionais responsáveis, que acreditam estar em contato comosespíritos,emgeralsabemqueexistemenergiaseespíritosnegativosepositivos,equeéessencialmanterdistantesaquelesquepodemserperigosos.

AhistóriadecriançaseadultosquebrincamcomotabuleiroOuijaeoutrosinstrumentosdesupostacomunicaçãocomosespíritosestárepletadeperigos—reais,exageradosouimaginados.Osriscoscostumamseratribuídosaoacessode

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espíritosmalévolosàmentedaspessoasqueusamotabuleiro.Paraumapessoaquenãoacreditanuma realidadeespiritual, essaquestãoé

discutível.Umcético interpretaria o comportamentodeumassassino em sérieque alegasse estar obedecendo a espíritosmalignos, ao demônio oumesmo aDeuscomoilusãopatológica.

Entretanto,aexistênciadosespíritoséreale,seasenergiaseaconsciênciadeseresbenéficosexistematravésdosmesmosmecanismosqueasenergiaseaconsciência de seresmalévolos, há um sério risco de nos abrirmos aomundoespiritual,principalmentenafaltadetreinamentoadequadoeboasintenções.

Profissionais que acreditammanter contato regular com espíritos em geralconhecemtécnicasdeproteção,debanhosdesulfatodemagnésioapráticasdameditação e de orações. (Até onde sei, não foi realizada nenhuma pesquisaformal para investigar os reflexos de tais práticas sobre a saúde física,psicológicaeespiritualdepessoasligadasaomundoespiritual.)

Vivemos numa época em que a caça aos fantasmas está em alta namídia.Curiosamente,quandoescreviaaprimeiraversãodesteapêndice, recebiume-mail inesperado deChristopherRobinson, o detector de sonhos premonitóriosquemencionoemTheG.O.D.experiments.Namensagem,elemeinformavadesua próxima participação num programa popular de tevê de caça-fantasmaschamadoMostHunted[Osmaiscaçados].

Seria uma sincronicidade? Segundo o site que promovia a série, um dosepisódios teria uma sessão espírita ao vivo que daria ao programa “ummisterioso clima criminal”. A sessão tentaria trazer assassinos envolvidos em“terríveisassassinatos,brutaisenforcamentosetorturasdeformantes”.

Menciono esse programa por uma razão: ele se concentrava no mal eimplicitamenteencorajavaopúblicoaperseguirosmausespíritos.

Eprudenteparaahumanidadecaçaromal?Existe ummotivo para que indivíduos perigosos sejam colocados atrás das

grades:impedirqueelesfaçammalaosoutros.Issoébomsenso.Eigualmentebomsensoperceberque,seosespíritosmalévolosexistem,háummotivoparaimpedirqueelescausemdanosanóseaosoutros.

Emboramuitoscrentesnãogostemdepensarnesseladomaligno,éprudenteeatémesmoessencialestarmosabertosàpossibilidadedeumextremoriscoemingenuamente reduzir ou remover a barreira que separa o mundo físico doespiritual.

Como mencionei antes, assim como não convém dar a crianças pequenasvarinhas de condão (ou facas) — já que, sem treinamento adequado e boasintenções,elaspodemserperigosasnãosóparaelaspróprias,masparaosqueestiverem à sua volta—, provavelmente não convém permitir às pessoas em

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geralacessoaosespíritossemtreinamentoadequadoeboasintenções.Demuitasmaneiras, somos como crianças, pelomenos quando se trata da

conexãocomosespíritos.Muitos cientistas, inclusive eu, veem importantes consequências práticas e

teóricasemdesenvolverumatecnologiaquepermitaàhumanidadeseconectardiretaeprecisamentecomosespíritos.Seeunãoantevisseessesbenefícios,nãomededicariaaessetrabalhonemteriaescritoestelivro.

Aomesmotempo,tenhoconsciênciadeque,seosespíritosexistem,hásériosriscos potenciais em lhes dar acesso direto a nós. Os riscos não vêm apenasdeles,masdenóstambém.

EmTheafterlifeexperiments,porexemplo,discutiapossibilidadeteóricadeque, se fosse inventadoum telefone espiritual, indivíduos aqui noplano físicoviessem a utilizar espíritos inescrupulosos para espionar pessoas e usar asinformaçõesparapropósitosmilitaresmalévolos. ImagineiapossibilidadedeaCIA(AgênciaCentraldeInteligênciaamericana)serexpandidaparasetornaroquechameideDIA—DeceasedIntelligenceAgency [Agênciade Inteligênciados Mortos]. Naturalmente, a espionagem assistida pelos espíritos pode serusadaparaobemeparaomal.

Podemos imaginar outros riscos ameaçadores, e até mesmo terríveis,decorrentesdaremoçãoingênuadovéuprotetor.

Meu objetivo não é provocar pânico, nem deixar implícito que devemosdesistirdefazercontatocomarealidadeespiritual.Minhaintençãoéestimularavisãodosriscosevantagenseprosseguirnessetrabalhosagradocomcuidadoecriatividade.

Graças àminha experiência, posso dizer com segurança que amaioria dosindivíduoscomquemtrabalhei—demédicosintuitivosacuradoresespirituais—estãoentreaspessoasmaisamorosas,respeitosaseresponsáveisqueconheci.Apesar de questionarmuitas de suas crenças sobre omundo espiritual, assimcomoalgumasdesuaspráticasprofissionais,nogeralelesmeparecempessoasgentiseafetuosas.

Poroutrolado,conheciumaminoriaquemostrouqualidadesnegativas,comoingenuidade, egoísmo, egocentrismo, autopromoção, irresponsabilidade e atéfraude (e por isso paguei um preço profissional e pessoal, embora em rarasocasiões). E conheci indivíduos que usam álcool ou drogas para reduzir oestresseeenfrentarofatodeseremhipersensitivos.

Averdadeéquenãoéfácilserumcomunicadorprofissionalcomomundoespiritual,erespeito todosos indivíduosquebuscamconexãocomosespíritosparasuaevoluçãoindividualecoletiva.

Mas somos como crianças quando se trata de nossa conexão com reinos

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espirituaissuperiorese,comoespécie,aindatemosdecrescermuito.DAESSÊNCIADACIÊNCIAÀESSÊNCIADASABEDORIA

Umdosmeusheróisnocampodasciências,odoutorCarlSagan,meensinouumaprofundaliçãosobreoquesignificaserumverdadeirocientista.

Ele escreveu: “Quando Kepler descobriu que sua crença mais cara nãocorrespondiaaobservaçõesmaisprecisas,aceitouofatodesconfortável.Preferiuaduraverdadeàmaiscaradasilusões;essaéaessênciadaciência”.

Aessênciadeumverdadeirocientistaébuscaraverdade.Entretanto,poucascoisas sãomais difíceis do queaceitar fatos desconfortáveis e preferir a duraverdade a nossas mais caras ilusões. Sei, pela minha experiência, que oscientistas,viade regra,não sãomais receptivosa issodoquequalquerumdenós.

Dependendodequaissãonossascrençasmaiscaras(sevocêacreditaounãonos espíritos), podemos interpretar as afirmações seguintes como fatosdesconfortáveis.

Numexperimentomental,vamosimaginar,apenasporummomento,queasduasafirmaçõesseguintessejamverdadeiras:

Alguma coisa, se não tudo, que vivenciamos como comunicação com osespíritospodeserfrutodenossoinconsciente.

Existemespíritospositivosenegativos, ehá riscos importantesnaconexãocomeles.

Surge uma pergunta: como e quando mudar de ideia em consequência dadescoberta de novos fatos, especialmente se são desconfortáveis e contestamnossascrençasmaisqueridas?

Oqueaprendinoprocessodepesquisapodeservistocomoumaextensãodadefiniçãode“essênciadaciência”dodoutorSagan.

Sugiroqueaessênciadasabedoriasejadefinidacomo“sabercomoequandomudarde ideia, àmedidaquenosaproximamosdaverdade,e fazer isso”.Emoutras palavras, a essência da sabedoria não é apenas saber como e quandoabandonar velhas ideias, mas também ter a coragem e a força de realmentemudá-las.

Seexisteumaáreadaexploraçãohumanaqueexigeumaintegraçãoentreaessênciadaciênciaeaessênciadasabedoria,éavidaassistidapelosespíritos.EQUILIBRANDOEINTEGRANDOSENSAÇÃO,PENSAMENTO,SENTIMENTOEINTUIÇÃO

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Para estimular a essência da ciência com a essência da sabedoria, convémponderarsobreoconceitodefuncionamentotranscendentaldeJung—quepodeser chamado de conhecimento integrativo equilibrado. Há duas maneirasfundamentaisdeobterinformações:

Sensação—oqueacontecenomundoepodemosexperimentarcomnossossentidosfísicos;Intuição — impressões, pressentimentos, imagens e pensamentosespontâneosqueparecemvirde“outrolugar”,istoé,domundoespiritual.

Eháduasmaneirasfundamentaisdeprocessarainformação:Pensamento— uso da lógica e do raciocínio para selecionar, processar einterpretarinformações;Sentimento—experimentaremoçõesnumadeterminadasituação,sejamelaspositivasounegativas.

ParaodoutorJung,asquatromaneirasdeobtereprocessarainformaçãosão

significativaseimportantes,enenhumadelasdeveserconsideradaprimordialounecessariamentecorreta.

Regra geral, os cientistas tendem a dar prioridade à sensação e aopensamento;jáosintuitivosseconcentrammaisnaintuiçãoenosentimento.

Amaiordificuldadeeoportunidadeparaaevoluçãohumanaécombinarasquatromaneirasdeobtereprocessarainformação.Podemosaprendernãosóaintegrá-las,masadiscernirquaisdelasseguirequando.DASRODINHASAUXILIARESAOTOURDEFRANCE—FORTALECENDOAGRANDEALIANÇA

Tantodopontodevistadaciênciaquantodasabedoria,podemosdizerque,como espécie, estamos recebendo nossa primeira bicicleta de criança, comrodinhasdeapoio.

Vamosanalisaressametáforamaisprofundamente.Existem riscos evidentes em pedalar uma bicicleta, mesmo com as tais

rodinhas.Amaioriadenós caiuumaoumaisvezes, adquirindo ferimentosdevários tipos.Entretanto, como tempo aprendemos a nos equilibrar sobre duasrodasedescobrimosqueandardebicicletapodeserdivertido.

Alguns avançam para a prática domountain bike, que requermuitomaiorhabilidade e nos expõe a riscos significativamentemaiores.Emboranão tenha

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tentado esse esporte (dadasminha idade eminhas condições físicas, isso seriauma imprudência), contaram-me que praticar mountain bike é uma aventuraemocionante.

Algunsdenósalcançamtalhabilidadenociclismo,apontodeparticipardoTourdeFrance.

Andardebicicleta—sejanumabicicleta infantil dequatro rodasounumavelozbicicletadecorrida—valeorisco?Muitagentequegostadoesportedizquesim.

Omesmoseaplicaàbuscadosespíritos.Pessoasquetentamseconectarcomosespíritosparecemacreditarque,namaioriadasvezes,valeapena.

Mas devemos nos fazer a pergunta mais profunda: é possível que, comoespécie,tenhamos“nascidoparapedalar”?

Abuscadosespíritosestáemnossosgenes?Minhahipóteseéquesim.Ajornadaaomundoespiritualnosaguarda.Essaé

agrandealiança.ParacitarumafrasedeContato,umdosmeusfilmespreferidos:“Querfazer

aviagem?”.

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APENDICECSERIAMOSESPÍRITOSUMAILUSÃOEESTARÍAMOSNOSENGANANDO?

Tantonaciênciaquantonareligião,aanálisecéticaéomeiopelo qual profundas percepções podem ser peneiradas emmeioaprofundosabsurdos.—doutorCarlSagan—

Amente humana tem o dom de se enganar. Preocupo-me especialmente comessacapacidadecognitivaefaçooquepossoparaminimizá-la.Então,surgeumaquestão: estamos sendo tolos? Ou pior: estamos nos enganando quandochegamos à conclusão de que os espíritos existem e podem desempenhar umpapelimportanteemnossavidaindividualecoletiva?

Meusmaisfortesdetratoresraramentelevamemconsideraçãoofatodequetenhoumaprofundapercepçãodapossibilidadedeautoenganoememantenhoparticularmentevigilanteemrelaçãoaessapossívelinfluência.Umadasrazõesdessa preocupação é que, por duas décadas, eu e meus alunos conduzimossistemáticas pesquisas de laboratório — publicadas em importantes jornaiscientíficos—sobreapsicologiaeapsicofisiologiadaautoilusãoeseusefeitossobreasaúdementalefísica.

Ninguém gosta de ser chamado de tolo. Os céticos, em particular, têmaversãoaseremconsideradostolos,sejaporelesmesmossejaporterceiros.

Aprendi a lição da mente auto ilusória bem cedo em minha educaçãoacadêmica: o exemplo me foi dado pelo professor Loren Chapman, naUniversidade deWisconsin, na primavera de 1967.Na época em que fiz essecursodetestespsicológicos,eujamaisimaginariaqueelemeofereceriaachaveparadissiparumdosmedosmais fortesassociadosàs investigaçõescientíficascomespíritos.Emborasubsequentemente tenhame transferidoparaHarvard,ocurso do professor Chapman deixou uma marca indelével e inestimável emminhamenteemeucoração.

Meudespertarparaosparâmetrosdoautoenganocomeçoucomapalestradodoutor Chapman sobre o teste do desenho da figura humana (DFH). Convidovocêa revivercomigoessaexperiênciaeapreciarprofundamenteamensagemdodoutorChapman e sua aplicação direta emAgrande aliança. Conhecendoessaexperiência,vocêserácapazdevera ilusãoeaautoilusãosobumanovaluz.

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PROFESSORENGANASEUSCONFIANTESALUNOS

Euestavanumasaladeaulacomcercadedezesseiscolegasdepsicologiaecampos correlatos, quando meu professor me pediu para fazer um teste depesquisa. Como me interessava pelo assunto e queria tirar uma boa nota,mostrei-metotalmentedispostoaparticipar.

O professor explicou que apresentaria slides de desenhos de pacientes quesofriamdediferentesdoençasmentais,inclusivededepressão(tristezaextrema)e esquizofrenia paranoide (extremo medo ilusório). Um exemplo de medopsicóticoparanoicoéapessoaqueestáconvencidadequeagentessecretosdaCIA estão tentando matá-la, apesar das claras e convincentes evidênciascontrárias.

Ospacientes foramsolicitadosa fazerseusdesenhos.Entre1940e1960,otestededesenhoda figurahumana(DFH)era rotinano tratamentodedoençasmentais. O professor explicou que, embaixo de cada desenho, estava odiagnóstico verdadeiro do paciente obtido em entrevistas e outros métodospsicológicos.

Segundo ele, veríamos uma amostra significativa de quarenta diferentesdesenhos, projetados na tela um de cada vez. Nossa tarefa seria descobrir sehavia relações entre determinados aspectos dos desenhos e o diagnóstico dospacientes.Nãodevíamos tomarnotasnemquantificarasdescobertasduranteoteste, e sim usar nossa capacidade de processar informações para descobrirpossíveisrelações.Nossatarefaeraserdetetivespsicológicos.

Vimos todas as imagens, uma por uma, e começamos a formar impressõessobre possíveis relações. Depois de vermos a série completa de desenhos,escrevemosnossasimpressõesiniciais.Noteiqueosdesenhosqueapresentavamolhos grandes pareciam ter sido criados mais frequentemente por paranoides.Quandoaavaliaçãofoifeita,descobrimos,surpresosesatisfeitos,quecercade80% dos alunos chegaram à mesma conclusão. O professor, então, noscumprimentouecontouquetínhamosredescobertooqueexperientespsiquiatrase psicólogos clínicos tinham (1) observado de maneira independente em suapráticaclínicae(2)relatadoregularmenteemencontrosclínicos.

Porummomento,sentimo-nosaliviadoseumtantovaidosos.Mas,então,abolhadesatisfaçãoexplodiuenenhumdenóspercebeuachegadadoreversodaexpectativa.

Oprofessorcomeçouaexplicarque,quandocientistastentaramverificarseahipótese dos grandes olhos paranoides se confirmava, as pesquisas nuncachegavamaesseresultado.Emoutraspalavras,apesquisanuncaconfirmavao

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queosclínicosacreditavamserverdade.Comoexplicarisso?Além dos clínicos experientes, nós também tínhamos chegado à mesma

conclusão.Tínhamosvistoissocomnossosprópriosolhos.Noentanto,pesquisassistemáticasnãotinhamconfirmadoanossaconclusão.

Naquelemomento,fiqueisurpresoeconfuso.Então,oprofessorsoltouabombaintelectual.Confessouquenãotinhanoscontadotodaaverdade.Noinício,nãopudeacreditarnoqueouvia.Sim,osdesenhostinhamsidofeitospelospacientes.E,sim,osdiagnósticos

tinham sido obtidos em entrevistas e outros métodos reais. Entretanto, oprofessor mentira sobre um fato fundamental. Os rótulos embaixo de cadadesenhonãopertenciamaopacientequeodesenhara,mastinhamsidoatribuídosaleatoriamente.

É isso mesmo: foram atribuídos aleatoriamente. Na verdade, não havianenhuma relação empírica entre olhos grandes e paranóia. A ligação quejulgamosterdetectadonaverdadenãoexistia.

Não podíamos acreditar no que víamos.Estaria o professor puxando nossotapete?

Qualeraaverdadeiradecepção:aafirmaçãodoprofessordequesetratavadeumaatribuiçãoaleatóriaounossapercepçãopessoal?Foraoprofessorquenosenganaraounósmesmosnostínhamosiludido?

Então, ele pediu que revíssemos cada imagem para checar com quefrequênciaosdadoscorrespondiamànossapercepçãoinicial.

Quandoosdesenhoseramexibidosdenovo,levamosasérioatarefa,comocientistaspesquisadoresempsicologiaclínicaemtreinamentoqueéramos.Paranossasurpresa,descobrimosqueoprofessorestavacerto.Nãoexistianenhumarelaçãoentreolhosgrandeseparanoia.Emoutraspalavras,asfigurasdeolhosgrandespertenciamtantoapacientesparanoidescomocomoutrosdiagnósticos.

Vários alunos ficaram bastante perturbados com essa avaliação factual.Algunsestavamconvencidosdeteremerradonacontagemenãoconfiaramnoresultado. Através dessa experiência direta, fomos obrigados a enfrentar umaquestãocrucial:porquechegamosaacreditarqueolhosgrandestinhamalgumarelação com a paranoia quando de fato tal conexão não existia? O professorrelatou que ingênuos alunos de graduação tinham a mesma possibilidade dechegar àquela falsa conclusão que estudantes de doutorado e até psiquiatras epsicólogosclínicosrecém-formados.

Estávamosfrustradoseumtantoenvergonhados.Gentilmente,mascomfirmeza,oprofessorChapmannosexplicouqueesse

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resultado envolvia a ocorrência de fortes associações — que chamamos de“fortesreaçõesdesignificado”—,especialmenteasrelacionadascomemoções.

Emseguida,afirmouque,nafaltaderegistrocuidadosoeraciocínioanalítico,essas“fortes reaçõesdesignificado”nospredisporiamadesenvolveroqueelechamou de “correlações ilusórias” e, portanto, nos levariam a conclusõeserradas.

O professor Chapman explicou que, quando olhos grandes apareciam nosdesenhos — especialmente quando acompanhados do rótulo de paranoia —,fixavam-seemnossoconscienteporrazõesbiológicasepsicológicas.Tantonoshumanos quanto nos primatas e outros animais, os olhos parecem maioresquando sentem medo — o aumento dos olhos em situações de medo estáprovadoporpesquisassobreexpressõesfaciais.Nossasexpressõesfaciaisnãosóestãogeneticamentebaseadasefisicamenteinscritasemnossosistemanervoso,comotambémtestemunhamosessespadrõesmuscularesfaciaisaolongodetodaanossavida.

Noteste,quandoumafiguradeolhosgrandestinhaorótulode“paranóia”,oprofessor Chapman afirmou que ela evocava em nós uma forte reação designificado.Issoficouevidente.

Entretanto, como não estávamos registrando as imagens uma por uma,tínhamosmenorprobabilidadedelembrar(1)todasasvezesqueolhosgrandesnão vinham associados ao rótulo de paranoia ou (2) todas as vezes que olhospequenos vinham associados à paranoia. Como a tarefa de analisar todas asimagens era bastante complexa, tendemos a lembrar da correlação que sedestacava—nocaso,entreolhosgrandeseorótulodeparanoia.

Por outro lado, como estávamos sendo distraídos pelas fortes reações designificado e não fizemos registros nem examinamos os dados com cuidadoposteriormente, não pudemos descobrir a relação verdadeira nos dados —presumindoqueessascorrelaçõesexistissem.

Naturalmente, em nosso teste em classe, como os rótulos de diagnósticoforam atribuídos aleatoriamente aos desenhos, não havia nenhuma correlaçãoverdadeiraaserencontradanosdados.

Emresumo,éfactualmenteverdadequeaexpressãofacialdemedonavidacotidianaestáassociadaaolhosgrandes.Entretanto,pacientescomparanóiaemgeralnãodesenhamasimesmoscomolhosgrandescommaisfrequênciaqueospacientes com outros diagnósticos. Na falta de registros formais de dados,tendemosacriarcorrelaçõesilusóriasetirarconclusõeserrôneas.

Uma das principais razões pelas quais me tornei cientista profissional eaprendiaincorporarumaperspectivacientíficaemminhavidaparticular—aquichamada de autociência — foi minimizar a possibilidade de estimular

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correlações e conclusões ilusórias em qualquer aspecto de minha vidaprofissionaloupessoal.

Agoravocêentendequenãotiveamenorintençãodesertolo,demeiludirouenganarvocê,especialmenteemalgo tão importantequantoapossibilidadedaexistênciadeespíritoseseupapelemnossavidaindividualecoletiva.AAUTOCIÊNCIACOMOPROTEÇÃOCONTRAAILUSÃO

Ninguémestálivredefazercorrelaçõesilusórias.Seiporexperiênciaprópriaqueamelhormaneirademinimizaressa tendênciadamentehumanaéutilizarconscientemente os instrumentos analíticos oferecidos pela ciênciacontemporânea.

Essa foi uma das grandes contribuições de René Descartes à filosofia, àciênciaeàvida.Elepercebeuaimportânciadeexplorarosmétodosdaciênciaparareduziraprobabilidadedenosiludirmoseenganarosoutros.

Vocêpodeestarseperguntandoseaciênciaàsvezescontribuiparaproduzircorrelações ilusórias.Sim,masapenas seaplicadadeummodonãocientífico,casoemqueé,portanto,máciência.

Deixe-meexplicaroquequerodizer.Se um cientista coleta dados com cuidado, mas não seletivamente —

procurandodadosqueconfirmemsuascrençasouhipótesese ignorandodadosque as questionem ou desmentem —, aumenta a probabilidade de criarcorrelações ilusórias em vez de eliminá-las. A chave aqui não é evitar oudesprezardados simplesmenteporque elesnão confirmamnossashipótesesoucrenças.

IssolembraaideiadodoutorCarlSagansobreaessênciadaciência,relatadanoApêndiceB,

Quando decidi escrever A grande aliança, não tinha plena noção daexistênciadascorrelaçõesilusórias.

Concluí que as evidências reportadas neste livro— que cientificamente sechamam “provas de conceito” — não são ilusórias, e que existe uma fortepromessa de que, no futuro, a ciência possa validar e ampliar a premissafundamentaldestelivro.

Sim, um descrente renitente pode concluir que a existência dos espíritos éumailusãoeque,portanto,étolicepensarqueelespossamnosajudarindividualecoletivamente.

Entretanto,elessópodemchegaraessaavaliaçãodesprezandomuitodoquefoi relatado neste livro, julgando injustamente o que foi apresentado comoevidênciadecorrelaçõesilusórias.

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Comoosdescrentesprovavelmente têmmuitodoquesequeixarsobreestelivro,éprudentelidarcomaquestãodoceticismosaudáveloudestrutivo.Sobreisso,convidovocêaleroApêndiceD.

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APENDICEDCETICISMOSAUDÁVELEDESTRUTIVOSOBREOSESPÍRITOS

Cético não é aquele que duvida, mas que investiga epesquisa, ao contrário daquele que afirma e pensa quedescobriu.—MigueldeUnamuno—

A questão política se impõe: as evidências exploratórias inovadoras relatadasnestelivroconstituemjustificativasuficientementeconvincenteparadefenderacriaçãodeumprogramadepesquisadedicadoa responderàquestãocientíficafundamental: os espíritos existem e podem desempenhar um papel importanteemnossavidapessoalecoletiva?Notodo,hárazãosuficienteparalevarestetrabalhoadiante?

Estabelecemos claras provas, se não de probabilidade, ao menos depossibilidade?

Sua resposta a essa questão política vai depender do fato de você ser umcrenteconvicto,umagnósticoinseguroouumdescrenteinflexível.

Porfavor, leitor,estejaprevenidodequea linguagemdesteapêndicevaisetornardesagradávelquandodiscutooceticismoexagerado.Parahonrarnossosespíritos, olhando honesta e justamente no espelho, tentei retratar o estilo delógicaedelinguagemdoscéticoscomclarezaeprecisão.ASITUAÇÃODOCRENTECONVICTO

Se você já é crente, as evidências exploratórias inovadoras relatadas nestelivrovãolheparecerválidasevocêtalvezsintaalívioeentusiasmo.

Para você, o copo está meio cheio e pode ser completado agora.Provavelmente você não precisa demais pesquisas, pelomenos em termos decrença,mas pode desejar que elas sejam conduzidas se puderem nos ajudar aaumentarnossacapacidadedenosconectarmoseficienteeseguramentecomosespíritosenosbeneficiarmosdessacolaboração.

Você talvez deseje pesquisas mais definitivas para poder mostrar à suafamíliaeseusamigos,quesemostraminsegurosouincrédulos,quesuascrençasestãocorretas.Talvezvocêtenhasidoprovocado,criticadoourejeitadoporsuascrenças,eissoquasesempreéemocionalmentedoloroso.

Algunsdevocêspodemjáestarexplorandoopapeldosespíritosemsuavida,

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eestelivropodeinspirá-losanovasexplorações.ASITUAÇÃODOAGNÓSTICOINSEGURO

Sevocê éumagnóstico inseguro, pode continuar se sentindo confuso,masagora percebe para onde as pesquisas exploratórias apontam. Sua reação éprovavelmentecomoaminha:“Sepudermosobterrespostasdeumamaneiraoudeoutra,vamosemfrente!”.

Sentir-seinseguro—especialmentesobrealgotãofundamentalcomoaajudados espíritos — é uma experiência desagradável. Como você não estápredisposto contra as observações relatadas neste livro, e porque a tese daexistênciadosespíritosnãoodesagrada(lembremosametáforadasostras),vocêprovavelmenteveráalémdaslimitaçõesinerentesdoatualestadodaciência,queestáessencialmentenainfância,eenxergarásuagrandepromessa.

Como está aberto aos possíveis resultados positivos desta pesquisa, podeentender e valorizar meus esforços para escrever este livro de uma maneiraorganizadaeaomesmotempo leve,paraquepudesseser lidoecompreendidoporumpúblicomaisamplo.

Podeentenderevalorizarofatodeeuterevitadooexcessodedetalhessobreexperimentosespecíficosouprocedimentosdeanálise,demodoqueotodonãose perdesse em benefício das partes. Você não vai criticar este livro como sefosseumtrabalhocientíficoformal,porquepercebequeessenãofoioobjetivo.

Pode compreender que, juntas, as três áreas sobrepostas— (1) a pesquisasobreavidaapósamorte,(2)apesquisasobreacuraassistidapelosespíritose(3) a pesquisa sobre os guias espirituais— dão conta da questãomaior: “Osespíritos existem e podem desempenhar um papel importante em nossa vidaindividualecoletiva?”.

Entende que a combinação dessas três áreas, e suas respectivas questõesindividuais,mostraqueotodoémaiorqueasomadesuaspartes.

Se,filosoficamente,vocêéumagnósticoortodoxocomoeu,seráoprimeiroaperceberque,emborao trabalhonãorepresente,atéadata,provadefinitivadaexistência dos espíritos e de sua ajuda, as evidências disponíveis representamjustificativasuficienteparaumaumentosubstancialdaspesquisas.Fazendoisso,oscientistas serãocapazesde repetir e ampliar essas intrigantesobservaçõesepossibilidades,ededeterminarseelasseconfirmam.

E,seelasseconfirmarem—edesejomuitoqueissoaconteça—,vocêteráas evidências de que precisa para deixar de ser um agnóstico e se tornar umcrente.

Epodeaindaexplorarapossibilidadedetestarseosespíritossãocapazesde

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desempenharumpapelemsuavidaesetornarumautocientista.ASITUAÇÃODODESCRENTEINFLEXÍVEL

Massevocêéumdescrente,eaindaporcimainflexível,podeacharquetudoo que apresentei não tem nada de convincente, mas, ao contrário, lhe pareceridículo,senãoumapiada.

Na verdade, para os céticos fervorosos, a simples ideia deste trabalho já éabsurda.(Alinguagemintencionalmenteutilizadaaquirefleteoestilointensoedogmático que os céticos ardorosos costumam utilizar contra esse tipo detrabalho.)

Se você é um descrente e de fato leu este livro, seus sentimentos podemvariardaincredulidadediantedeminhaaudáciadeapresentarevidênciasfrágeisbaseadasemexperimentos falhose tendenciosos, aquestionarmeusmotivoseatérirdemimedemeuscolegascomdescréditoeaversão.

Algunsdevocêpodematéquestionaraéticaeamoralidadedemeusatuaispatrocinadores—aUniversidadedoArizonaeoCanyonRanch—por terempermitidoqueapesquisafosseconduzida.

Alémdisso,algunsdevocêspodemquestionarminhasanidadeporacreditarnapossibilidadedequeumapessoafalecida,comoSusySmith,continuefalandocomigoefaçaissodentrodeumaestruturaquechamodeautociência,algoquevocêscomcertezarotularãodefalsaciênciaoucharlatanice.

Sevocênãoéumdescrentefervoroso—mas,aocontrário,umcrenteouuminseguro—,podeacharessasafirmaçõesinjustaseatémesmomentirosas.

Comoashipotéticasafirmaçõesdosdescrentesforamproferidascontramim,sereidiretoemminharesposta.Taisafirmaçõessãodefatoinjustaseestãodistantesdaverdadeapontode

beiraropatológico.Naturalmente, você percebe que, como sou eu quem está escrevendo este

livro, e propositalmente desempenha o papel do descrente, acabei de escrevertodasessascoisasinjustasementirosassobremim!

Acrediteounão,entendoevalorizoamentedodescrente.Comofuieducadoparaserumdoscéticos,possomecolocarnolugardelese

jogar o jogo do ceticismo— para ser honesto, a verdade é que, para algunsdeles,trata-seaomesmotempodeumjogoedeumaprofissãoremunerada.

Conheci vários céticos profissionais e até cheguei a receber um de seusinfames prêmios anuais. Em 2001, fiquei sabendo que fui o vencedor de umprêmio chamado “Pigasus”1 ou “Porco Voador” (uma referência sarcástica aoprêmio Pegasus), por ser o cientista “que disse ou fez a coisa mais idiota

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relacionadacomosobrenatural”epor“testar”médiuns“apesardassúplicasdeseus constrangidos amigos e colegas na Universidade do Arizona”. Essascitaçõesforamextraídasdoenunciadoverdadeirodoprêmio.

O“prêmio” foi emparteuma tentativadehumor.Entretanto, o comentáriosobre as súplicas, além de outras afirmações, foi na verdade um exagerogrosseiro,quandonãoevidentementefalso.

Aacreditarnosdescrentes,estelivroépiorqueumafraude.Trata-sedeumainiciativa perigosa, porque estimula pessoas ingênuas a acreditarem noequivalente a PapaiNoel ouCoelhinho daPáscoa.Agrandealiança induz aspessoas a crerem em mitos e superstições desmascarados pela ciência, umadesgraçaparaosmétodosedescobertasresponsáveisdaciência.

Seessescomentárioslhesoamextremos,ouatéferozes,éporquetentoimitarafervorosalinguagemdodescrente.

Embora isso não me agrade, às vezes — como sabem os bombeirosexperientes—,paraconterumincêndioperigoso,éprecisorespondercomfogo.Lutaremosbrevementefogocontrafogo.

Oquemuitosdescrentesnosqueremfazercreréquenãosãoincrédulos,mas,aocontrário,seprofessam,quasesemprecombeligerância,verdadeiroscéticos.Proclamam em alto e bom tom que têm a verdade ao seu lado e asmelhoresintençõesnocoração.

Jáacrediteiquesuaproclamaçãofossegenuína,masnãoacreditomais.Eessenciallidarcomaquestãodoceticismonestelivroporqueénecessário

distinguiroscéticosverdadeirosdospseudocéticos,eosgenuínosexploradoresdosdogmáticos,porqueessesdoisgruposenxergamasevidênciasdemaneirasdiferentes.

A mente questionadora é uma coisa notável, e acredito que ela deve servalorizada.Naverdade,amentequestionadorapodeserumdenossosmaioresemaisimportantesdons,umacoisasagrada.

Apesar de tudo, lembro-me de uma afirmação prudente: “Moderação emtudo,inclusivenamoderação”,queestendoparaoquestionamento:“Questionartudo,inclusiveoquestionamentodetudo”.

Vamosanalisarbrevementeoladoluminosoeoladoescurodoquesechamade “ceticismo” e deixar claro como cristal quando o ceticismo é verdadeiro esaudávelequandoéfalsoesetornaperigosamentepatológico.OQUEÉOCETICISMOVERDADEIROESAUDÁVEL?

Existeumceticismohonestoesaudável—ouseja,críticaequestionamentoresponsáveis—queéessencialparadiferenciarfatodeficçãoecompreensãode

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fantasia. Sendo filosoficamente um agnóstico ortodoxo, tenho paixão peloceticismocomoexpressãodequestionamentosadio.

Concordo com Einstein que “a imaginação é mais importante que oconhecimento”.Entretanto,devofazerumaadvertênciaimportante.

Comparados a teóricos como Einstein, os cientistas de laboratório têm aresponsabilidadedesaberadiferençaentrefantasiaseexploraçõesimaginativasconectadasaomundoreal.

Os teóricos focam na imaginação, e os pesquisadores, nas evidências.Embora Einstein se concentrasse na imaginação, também se preocupavaprofundamentecomasevidências.

Osespíritosexistemousãofantasia?Teorias e especulações sobre os espíritos — pró ou contra — só são

significativasquandonosajudamadescobrircientificamenteseelessãoreaisounão.E,emboraaprecieoprocessode imaginare teorizar,édeminhanaturezarealizarexperimentos.

Emboraameasideias,adoroasevidências.Para mim, conceber experimentos e analisar dados é uma experiência

estimulante,emespecialquandoosdadossãosurpreendentes.Além disso, o desafio de considerar todas as possíveis explicações sem

preconceito,eimaginarmaneirasdedeterminarqualouquaisdelasdãocontadamaior quantidade de dados, é para mim tão divertido quanto ler grandesromancespoliciais.

Quempretende levantarquestõese críticas sobreapesquisacientíficadevefazerseudeverdecasaeconhecerasinvestigaçõesexploratórias,assimcomoosexperimentosformaisesuasdescobertas.Aexpressão“nãoveraflorestapelasárvores” é especialmente importante quando há uma verdadeira floresta deexperimentoseobservaçõesexploratóriasinovadoras,comonestelivro.

Naverdade,nãopodemosavaliarcomprecisãoseasevidênciasemergentessão coerentes com a hipótese da existência dos espíritos, a menos queexaminemosotodoetentemosveroquadromaisamplo.

NãoqueremosnoscolocarnolugardaamantedeGeorgeSeuratretratadanomusical deStevenSondheim,Domingonoparque comGeorge, quevia “tudodaspartes,masnadadotodo”.

Aomesmotempo,comoalguémqueapreciaasárvoreseseuscomponentes,inclusiveramos,galhos,folhas,troncos,cascaeraízes,tentonãoperderdevistaasárvores—eseuscomponentes—embenefíciodafloresta.

Em outras palavras, um ceticismo honesto e responsável requer (1) nãoperderotodoemfavordaspartese(2)nãoperderaspartesemfavordotodo.

Umceticismohonesto e responsável exige aprender a analisar os dados da

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mesmaformaqueumaartistatalentosacriaumapintura.Vouexplicar.Parte do tempo ela foca nas pinceladas; outras vezes, afasta-se para ver o

quadromaisaamploqueestátentandopintar.Umacoisanãopodeseralcançadasemaoutra;éadançadinâmicaecriativaentreverdepertoedelongequecriagrandespinturas.Nossodesafioépassardeumnívelaoutro,dotodoàspartesedenovoaotodo,etercertezadequeestamosvendotodooquadro,oqueincluiosburacos.

Tambéméminhafilosofia,empartedevidoàminhaformaçãoempsicologiaclínica e meu foco na saúde, preferir tratar as questões de pesquisa comopessoas:comgentileza,respeitoeatenção.

Regra geral, os cientistas não são necessariamente direcionados. Ecompreensível que eles não sejam tão sensíveis emocional e espiritualmentequantoosprofissionaisdesaúde.Issosetornafundamentalnapesquisasobreavidaapósamorte,naquallidamoscompessoascomsentimentoseinteligência,masqueestãomortas.

Umdoslemasdenossolaboratórioé:“Seexiste,serárevelado;seforfalso,vamosencontraroerro”.Parapessoasdementeabertaeinvestigativa,ajornadaemdireçãoàdescobertaémaisimportantequeopontodechegada.

Se a jornada de descoberta nos levar aos espíritos, porque eles realmenteestãoali,entãoéparaláquevamos.

Seajornadadedescobertanosafastardosespíritos,porquealielesnãoestão,éparaláquevamostambém.

Nomomento,asevidênciasdeinvestigaçõesexploratóriasindicamapossível(se não provável) realidade dos espíritos. Esperamos que você possa ver oquadro mais amplo que este livro apresentou e esteja disposto a aceitar apossibilidadedequenãosóosdadossãoverdadeiros,masasimplicaçõespodemserconfirmadasemfuturaspesquisas.

Mas,esevocênãoconsegueaceitarosdadosdasinvestigaçõesexploratórias— que considera impossíveis — e acha as implicações inconcebíveis epotencialmente repugnantes? Em outras palavras, se você for um descrentefervoroso?

Oquevocê está prestes a ler é algodesagradável e tristementeverdadeiro.Emboraeupreferissenãoterincluídoumadiscussãodetalhada,averdadeéqueeste livro temopotencialdeevocarnegatividadenumgrupodecríticose, embenefício do trabalho e de sua integridade, precisamos lidar com ela de umamaneiramaiscompleta.

Adiscussãovaificarexaltada.Vamoscombaterfogocomfogo.OQUEÉPSEUDOCETICISMOECETICISMOPATOLÓGICO?

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ComodisseodoutorWarrenMcCulloch:“Nãomordameudedo;olhepara

ondeestouapontando”.Infelizmente, há quem não só queira morder meu dedo, mas, em alguns

casos,atéminhacabeça.Em vista da forte predisposição contra a possibilidade da existência dos

espíritos, há uma alta probabilidade de que essas pessoas tenham acessos deraivaaolerestelivro.

O doutorRupert Sheldrake criou um site dedicado a explorar a ciência doceticismo saudável e destrutivo. Trata-se do Skeptical lnvestigations2, querecomendo intensamente. Sheldrake faz a distinção entre “pesquisa edescoberta” e “dogmatismo e dúvida”. Os que focam na pesquisa e nadescoberta são verdadeiros céticos; os que semantêm dogmáticos e negativossão os que praticam o pseudoceticismo. O uso que faço da expressão“pseudoceticismo”derivadessaliteratura.

Dogmáticosque sãopseudocéticoscostumammostrar certascaracterísticas,entreelas:

•expressamhostilidade,quandonãomalevolência,emrelaçãoacertasideiaseaospesquisadoresqueasinvestigam;•usamafirmaçõesradicais,como“issoéimpossível”ou“issoéfalso”;• ignoram ou rejeitam informações importantes porque não apoiam seuspreconceitos;•procuramosramosmaisfracosouquebrados,usando-osparaconcluirquenão há floresta — em outras palavras, generalizando, usam detalhesinsignificantesdo experimentooudas evidênciasparadesprezar a pesquisacomoumtodo;• atacam a personalidade e os valores do investigador como meio dedesacreditarsuasdescobertas;• inconscientementeounão,fazemfalsasdeclaraçõessobreapesquisaouoinvestigador;•emalgunscasos,envolvem-seematosantiéticosparadistorceroudestruirolaboratórioouareputaçãodoinvestigador.Ao longo dos anos, suportei repetidas vezes esses ataques. Um pequeno

número de céticos profissionais, assim como virulentos membros deorganizaçõesexcessivamentecéticas,jámeacusaramdeser:

•ingênuo;

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•negligente;•tendencioso;•irracional;•desonesto;•fraudulento;•antiético;•louco.E não necessariamente nessa ordem. Alguns de seus comentários foram

maliciosos, francamente falsos e merecedores de uma ação judicial. Umconhecido jornalista de ciências e falso cético, por exemplo, descartousumariamente toda a pesquisa do livroThe afterlife experiments, assim comomeulaboratórioeeu,quandomeunomefoicitadonumprogramadetelevisão.

Cito a transcrição do programa de tevê (na época em que escrevi esteapêndice, a transcrição completa estava disponível no site da CNNhttp://transcripts.cnn.com):

O doutor Gary Schwartz acredita na Fada do Dente, acredita em OVNIs,acreditaemlevitação,acredita,comodigo,naFadadoDente.Portantonãoéumcientistaconfiável.

Sim,eledisse“FadadoDente”duasvezes.Seupronunciamentofoifeitonoprograma Larry KingLive e foi assistido provavelmente por milhões deespectadores.Eunãoestavapresenteparamedefender.

Mesmoque acreditasse naFadadoDente—oquenão é verdade—, issoseria razão para rejeitar sumariamente uma série de experimentos científicoscada vez mais controlados em condições duplo-cegas, para investigar se ummédium pode obter informações precisas sobre os mortos sem fraude,tendenciosidadeouerrodoexperimentador?

Observequeessacríticaatacouamimeminhassupostascrenças,enãoasevidênciasdecorrentesdaspesquisas.

VamosconsiderarbrevementeoqueospseudocéticospoderãodizersobreAgrandealiança,ecomoumaterceirapessoaobjetiva,querealmenteconheceosfatos,poderáresponderaeles.

Embora alguns de vocês possam achar que estou dando excessivo peso àminhadefesa,atristeverdadeéque,senãoilustraranaturezadosargumentoseoferecer exemplos de incoerências, as falácias dos pseudocéticos continuarãoincontestadasetidascomoválidas,quandonãosão.

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Euoadvirto,leitor,dequeoqueescrevoabaixo,umretratofictício,imitaoestilo e o tom das críticas dos pseudocéticos ao nosso trabalho ao longo dosanos.Àsvezes,alinguagemnãoégentileasimagensnãosãobonitas.

Emboranemtodosospseudocéticossejamtãomaldososemsualinguagem,oestilodecertosjornalistaspseudocéticosdegrandevisibilidade,comoocriadordoprêmioPigasus,éomesmo.

Por favor, lembre-se de que estou dizendo propositalmente essas coisasmaldosassobremimparaajudá-loaentenderseuscomentáriosgrosseiros.Mas,antes,umpoucomaisdehistória.O“DISSEMEDISSE”DOSPSEUDOCÉTICOS

O problema de corrigir as afirmações dos pseudocéticos é que isso exigetempo e energia.Alémdisso, a correção dos erros quase sempre é tomada nabasedoolhoporolho,dentepordente,comoo“dissemedisse”numprocessodedivórcio.

Eisumparágrafoexemplardospseudocéticos,contendomuitoscomentárioserrôneosedepreciativos,escritopelocriadordoprêmioPigasusepublicadoemseusiteem2001,seguidodeumbrevetextodecorreçãoecomentáriopreparadopormim.Eleexpressao tomeoestilodascríticaspseudocéticas,que imiteiatítulodeilustração.

Como sei que esse cavalheiro aprecia o humor (foi um comediam teprofissionalmuito engraçado), vou chamá-lo de senhor P (homenagem ao seuprêmio).

ComoSchwartzadmitiuquenuncafezumexperimentoduplo-cego,insistindoque,quandoadotaressemodelo,vaimelhorá-lopara“triplo-cego”—sejaoque for o que ele quis dizer —, vou aguardar essa implementação decontroles adequados antes de fazer novos comentários; não é precisoexplicaralgocujaexistênciaaindanãofoimostrada.Oqueelefezatéagoraparece ser uma série de jogos e provas amadoras, sem qualquer valorcientífico.

CORREÇÕESECOMENTÁRIO

Antes de tudo, um de nossos primeiros experimentos conduzidos com ummédium, terminado bem antes da demonstração do experimento na HBO em1999,eraduplo-cegoefoidescritodetalhadamentenumdosprimeiroscapítulos

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deTheafterlifeexperiments.O senhor P mencionou explicitamente esse experimento duplo-cego com

“controlesadequados”,masparecetê-loesquecidoouignoradoepreferiudizerfalsamente: “quando adotar esse modelo” e “nunca”. O projeto básico de umexperimento triplo-cego mais sofisticado foi cuidadosamente explicado aosenhor P, mas talvez tenha sido complexo demais para que ele o entendesse.QuandoosenhorPescreve“sejaoqueforqueelequisdizer”,mostraquefoielequenãoentendeuanecessidadecientíficademelhoraroscontrolesduplo-cegosconvencionais.

Quando o senhor P rotula nossa pesquisa de uma “série de jogos e provasamadoras sem qualquer valor científico”, ilustra a linguagem radical, apredisposiçãoparaadescrençaeodesdémimplícito,típicosdatáticademuitospseudocéticos.

Infelizmente, se um cientista não responde às falsas alegações depseudocéticos com correções adequadas de quando em quando, o leitor podepresumirquesuascríticassãoválidas,quandonaverdadenãosão.Àsvezes,énecessáriodefenderaverdade,mesmoqueissosejadesagradáveledesgastante.

Ofereço sete exemplos fictícios de possíveis críticas pseudocéticas parailustrarcomoalgunsindivíduosincrédulospodemreagiràsposiçõesassumidasneste livro: a premissa de que são oportunos e justificados mais esforçoscientíficosparadescobrirseosespíritosexistemepodemdesempenharumpapelimportanteemnossavidaindividualecoletiva.

Para tornar esse hipotético “disse me disse” o mais impessoal e justopossível,ospseudocéticosfictíciossãoidentificadosapenaspornúmeros,eumaterceirapessoaofereceascorreçõesecomentários.

Pseudocéticonº1Essa pesquisa é totalmente exploratória. Mesmo uns poucos experimentos

controlados são preliminares. Nenhum deles seria publicado em importantesjornaiscientíficos.OdoutorSchwartzgeneralizaapartirdefrágeisevidênciasefazsugestõesradicaisqueultrapassamos“dados”.Nãoexistenadaaí.

CorreçõesecomentáriosEssaéumacríticaclaramenteenganosaeinfundada.Primeiro, o doutor Schwartz enfatiza, nos dois primeiros capítulos, que as

investigaçõesforamexploratóriasedeprovadeconceito,equeamaioriadelasnão seria publicada em jornais importantes — embora algumas sejamsuficientementecompletasparaserpublicadasemjornaisespecializados.

Elepassamuitotempoexplicandoaoleitorporqueariquezaderesultados,

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emborapreliminares,merecesériaconsideração.Depois de questionar a importância e a credibilidade dessas investigações

exploratórias,opseudocéticogeneralizaeinfereerroneamentequeasevidênciasdevem ser “frágeis”. Isso sem dúvida se refere às investigações pessoais deautociência, que, por sua natureza, têm a função de sugerir futuras pesquisascientíficasemlaboratório.

Quanto à alegação de que o doutor Schwartz fez sugestões “radicais queultrapassam os dados”, os fatos indicam claramente que ele consideraregularmentehipótesesalternativaselembraoleitordequesuasconclusõessãoexperimentais.

É uma prática típica dos pseudocéticos adulterar os parâmetros einterpretaçõesexperimentaisparaextrairconclusõesnegativaserrôneas.

Pseudocéticonº2Haja imaginação! Esse livro é um voo de fantasia, uma coleção de

pseudoexperimentos desconexos e experiências pessoais que nosmostramqueSchwartzestáloucoeirracional.

CorreçõesecomentáriosEsse pseudocético rotula as investigações e experimentos exploratórios de

“desconexos”. Parece que ele não apreciou nem entendeu o fluxo intuitivo daapresentaçãododoutorSchwartz,muitasvezesbaseadaemsuavidareal.

Eletambémrotulaasinvestigaçõeseexperimentosde“pseudo”,masnãonosrevela seus critérios. Será que ele rotularia as investigações de imagensbiofotônicasedofotomultiplicadordesilíciocomopseudo?

Na verdade, essas investigações realizadas no laboratório da universidadeutilizammétodosbásicosdeciênciaexperimental.

Alémdisso,quecritériosessepseudocéticousaparaconcluirqueoautorestá“loucoeirracional”?

Será porque o doutor Schwartz enfrenta sistematicamente as questõescontroversasquesurgemdapesquisasobreavidaapósamorte?Ouporqueeleencoraja cientistas e o público geral a pensarem que tais investigações eexperimentos exploratórios podem revelar uma propriedade fundamental douniverso?

Não é louco nem irracional levantar questões legítimas, mesmo quecontroversas,quandoelaspodemserlevadasaolaboratórioesubmetidasateste.

Pseudocéticonº3Sim,Schwartzpodeserumbomcontadordehistórias,eatépintarumbelo

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quadrocomaspalavras.Masedaí?Apinturanascedaimaginação;nãoexistenelanenhumarealidade.

CorreçõesecomentáriosEssepseudocéticochegaaumaabrangenteeerrôneaconclusãodeque“não

existenelanenhumarealidade”.Achoqueessafrasepodeserreescritacomo“Arealidadeaquinãoéaqueeugostariadeexplorar”.

Assim,eleencobresuarelutânciaaochamarodoutorSchwartzde“umbomcontador de histórias” e ao desprezar um grande conjunto de observações,investigações exploratórias e experimentos formais como simples voos daimaginação.

Se esse pseudocético estivesse genuinamente interessado em números edetalhesexperimentais,poderia ter lidoalgumasdaspublicaçõescientíficasdoautorsobretemascorrelatosemjornaisespecializados.

Masissoteriaderrubadoseuargumento.Pseudocéticonº4AspessoascomquemSchwartztrabalhasãonomínimotãoexcêntricas,para

não dizer loucas, quanto ele. Como essa mulher que se chama Mary, porexemplo,sabequeestáfalandocomsantoseanjos?Cegamente,Schwartztomaas experiências dessas pessoas pelo seu significado visível e sucumbe à suatagareliceNewAge.

CorreçõesecomentáriosEsse pseudocético faz uma série de afirmações infundadas de que o autor

toma“cegamente”asexperiênciasdaspessoas“pelo seusignificadovisível”e“sucumbe à sua tagarelice New Age”. Para ser capaz de fazer essas falsasafirmações,essepseudocéticoindicaque

1.nãoleuolivro;2.leu-o, mas não entendeu ou não lembra sobre o que o doutor Schwartzescreveu;3.estásendoradicalegeneralizandodemais,ou;4.estámentindo.Um bom exemplo: o doutor Schwartz relata várias vezes que questionou

regularmente o que Mary dizia e alegava, e não tomou nada disso por seusignificadovisível.

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OdoutorSchwartztestouMarysobváriascondiçõesexperimentais.Ospseudocéticoscostumamfazeracusaçõesinfundadasseminformação,ou

ignorarinformaçõesimportantesqueinvalidariamseusargumentos.Pseudocéticonº5Schwartzestásofrendoaperdadesuaavóadotivaeagarrando-seaqualquer

coisa que possa indicar que ela continua existindo. Somos obrigados a aceitarsua palavra emmuitas de suas alegações. Ele raramente nosmostra os dadosbrutos. Por tudo o que sabemos, ele está inventando, ou pelomenos lhe faltaumacorretapercepçãodasituação.

CorreçõesecomentáriosEsse pseudocético afirma que o doutor Schwartz está “se agarrando a

qualquercoisa”emrelaçãoàpossívelexistênciadeSusy.Entretanto, ele não menciona a complexa combinação de razões que na

verdade o levaram a pesquisar sobre a existência de Susy, inclusive o fato deque:

1.eraseudesejopessoal“provarqueelacontinuaexistindo”;2. ela escreveu trinta livros no campo da parapsicologia e da vida após amorte;3.eraumaautoridadereconhecidanessesassuntos.EssepseudocéticoestácertoquandoafirmaqueodoutorSchwartzraramente

relata todos os dados brutos de uma determinada investigação exploratória.Afinal,trata-sedeumlivroacessívelparaograndepúblico.

OdoutorSchwartzpoderiasugeriraoscéticosseusmuitosartigoscientíficoseseusdadoscompletosdepesquisa.

AsuposiçãodequeodoutorSchwartzpossaestar imaginandotudoimplicaque seuscolegase sujeitosdepesquisaestejam fazendoomesmo,umcenárioaltamenteimprovável.

Aacusaçãodequepossaserumapercepçãoequivocadarequerqueo leitorignoreasinvestigaçõeseexperimentosemqueodoutorSchwartzofereceuconteúdorealeacuradasinterpretações.Osfatosclaramentecontestamessaacusação.

Pseudocéticonº6Schwartz está sendo obviamente tendencioso. Ele diz ter tido experiências

pessoais até mesmo de cura. Se Schwartz encontrou evidências negativas,

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provavelmentenãoasvip,nemasrelatououcompreendeu.Eleestáiludindoasimesmo e ao leitor com sua afirmação de que coloca todas as possíveisexplicaçõessobreamesa.

CorreçõesecomentáriosEsse comentáriomostra como este pseudocético conhece pouco dos quase

quarentaanosdetrabalhodoautornaciênciaenaacademia.Ele afirma que, se o doutor Schwartz descobriu evidências negativas,

“provavelmentenãoasviu,nemasrelatououcompreendeu”.Osfatosindicamclaramenteocontrário.

OdoutorSchwartzeseuscolegaspublicaramnumerososestudosnegativos,inclusiveorelatodeumamulherquealegavatercapacidadesmediúnicasecujamentira eles descobriram em laboratório, assim como detalhadas análises quedemonstramque os chamadosorbs são quase inteiramente resultado de lentesbaratasoureflexosluminosos.

No próprio livro, o autor descreve numerosas observações negativas efracassosexperimentais.

Eemcadaumdos livrosanterioresdodoutorSchwartz,assimcomoneste,elededicapáginasaumcuidadosoexamedehipótesesalternativas.

Pseudocéticonº7Os céticos já apontaram falhas fatais em pesquisas anteriores de Schwartz.

Agoraeleapresentaunspoucosexperimentospreliminaresecasosocorridosemalgunsdeseusexperimentoseemsuavidapessoal,etemosquelevá-losasério?QuemSchwartzpensaqueé?

CorreçõesecomentáriosUma tática comumdospseudocéticos é afirmar que certas imperfeiçõesou

limitaçõesnumadadainvestigaçãoounumdadoexperimentosão“fatais”.Esse foi mais longe ao afirmar que as pesquisas anteriores do autor

fracassaramfatalmenteequeapesquisadeseunovolivroéaindamaisfraca.Aacusaçãodefalhafatalésériaemereceespecialatenção.Paracolocaressa

afirmação em perspectiva, vamos rever uma grave falha relatada na internet,assim como na revistaSkeptical Inquirer, e considerar se elamerece o rótuloradicaldefatal.

Umconhecidopseudocético,osenhorP,observouqueatelaqueseparavaosmédiuns dos sujeitos, na demonstração da HBO, tinha uma minúscula fenda,pelaqualerapossívelverosujeito.

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O senhor P e seus colegas pseudocéticos aceitaram imediatamente essaobservação, alegando que elamostrava o quanto o autor e seus colegas eramingênuosenegligentes,equeissopodiaexplicarosresultados.

Ao anunciar que o doutor Schwartz recebera o prêmio “PorcoVoador” de2001,osenhorPescreveu:Um exemplo de seu fraco controle dos “experimentos” foi o fato de nãoconseguir“isolarcuidadosamente”umsujeitodeummédiumduranteos testes—demodoqueomédiumnãotivessenenhumainformaçãosobreosujeito—,edeixar de perceber o médium espiando a área adjacente. Quando isso lhe foiapontado, eleo ignoroucomoum fator sem importância.Eprecisomais rigorcientífico.

Entretanto,oqueosenhorPeseuscolegasnãomencionaramfoique,duranteas sessões, os médiuns não estavam de frente para a minúscula fenda e sópoderiamtê-lavistonomomentoemquesesentaramdefrenteparaatela.

Ovídeoregistraclaramenteque,duranteassessões,osmédiunsestavamdefrenteparaacâmeraenuncaolharamparaosladosparaespiarpelafenda.IssoficaóbvionodocumentáriodaHBO.

Você,leitor,acreditaqueérazoávelconcluirqueumúnicoerápidoolhar,noiníciodeumasessão,poderiaexplicaros resultadospositivosdemaisde80%obtidospelosmédiunsemsessõesquecostumamdurardedezaquinzeminutos?

Parafraseandoopseudocéticonº7,“Quemestepseudocéticopensaqueé?”O senhor P e seus colegas pseudocéticos também não mencionaram os

resultadosdoseletroencefalogramasedoseletrocardiogramasnoexperimentodaHBO, que indicaram que, durante as sessões, os médiuns mostravam menossincronicidadecomossujeitos.

Em outras palavras, durante as sessões, os médiuns pareciam menosconectados psicologicamente com os sujeitos, o que não confirma ainterpretação do senhor P de que osmédiuns estavam olhando pela fenda embuscadepistasvisuais.

Finalmente, o senhor P e seus colegas pseudocéticos também deixaram demencionar os resultados de outras investigações e experimentos relatados nolivro, que usaram telas sem nenhuma fenda e sessões telefônicas de longadistância,provavelmenteporqueosresultadosforampositivosenãoconfirmamseuargumentofalho.

Quando lemos críticas escritas por pseudocéticos, é importante avaliarcuidadosamente o uso de afirmações radicais e generalizações; essas palavrassãoemgeralumsinaldequealgonãoestácorreto.

A princípio, pensei em incluir outros exemplos, mas o necessário formato“dissemedisse”setornacansativotantoparamimquantoparaoleitor.Espero

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que os exemplos oferecidos lhe permitam apreciar melhor algumas dasestratégiasdopseudoceticismoemação.

Aceitoperguntas,críticasecomentáriossérios?Claro,sobcertascondições:desdequeapessoaquecritica:

1.tenhafeitoseudeverdecasa;2.nãotenhadeturpadoosfatos;3. não tenha apresentado críticas infundadas de uma maneira poucoamigável,quandonãomaldosa,perdendoseutempoefazendo-meperderomeu.

Colocomeufoconadescoberta,nãonodogma.Osalvosdeminhadevoção

são a investigação e o questionamento cético verdadeiros, não os dogmas emenosprezosdospseudocéticos.

Tendo dito isso, devo confessar que meu coração foge dos dogmáticos,especialmentequandoelesnãotêmconsciênciadequeestãosendodogmáticosepseudocéticos.

Meus alunos e eu publicamos mais de vinte artigos de pesquisa sobrepsicofisiologia da autoilusão e da repressão em jornais importantes e livrosacadêmicos.Seicomoéquandoalguématribuiaoutrosoquenãoconsegueveremsimesmo.

Como discuti noApêndice C, testemunhei casos de autoilusão e repressãonãosóemcertospseudocéticos,masatéempsicólogosepsiquiatras.

A educação acadêmica avançada, assim como a psicoterapia, não garantenecessariamente que a pessoa tenha uma consciência acurada. Ela requermonitoramento regular, um posicionamento não defensivo e um genuíno epersistente desejo de se conhecer. Exige a coragem para se olhar no espelho,enfrentarquemsomoseterainspiraçãoparamudar.

E por isso que questiono continuamente amimmesmo e aos outros sobrenossoraciocínio,nossasanidadeenossaintegridade.Tenhoconsciênciadoriscodaautoilusãoedarepressão.

Sevocêperguntar a alguém: “Você está com raiva?”, e ele responder, numtomincisivoeraivoso:“Não,nãoestoucomraiva!”,a incoerênciaentreoqueeledizeoqueexpressanãoverbalmenteéumsinaldequesuaconsciênciadesipodeestardebilitada.

Regrageral,ospseudocéticosnãogostamquealguémsejacéticosobresuascrenças.Quasesemprese tornamdefensivoseraivososquandosuas ideiassãocontestadas, e isso se aplica tanto a acadêmicos ilustres quanto a pessoas depoucaescolaridade.

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Os céticos saudáveis, por outro lado, apreciam o questionamento e acontestaçãosaudáveis,eaceitamcríticasgentis.

Apesar de admirar o questionamento e o ceticismo saudáveis, deploro ocinismoeodogmatismopernicioso.

Sim,vezououtraficofuriosoemecoloconadefensiva,masoqueprovocaminha ira são acusações mal informadas, tendem ciosas e maliciosas, quedesrespeitamainvestigaçãohonestaeadescobertagenuína.

ReiteroqueAgrandealiançapodeestarerradaemalgunsdeseusdetalhes,emeuscolegaseeutemostotalconsciênciadessapossibilidade.

Entretanto,asevidênciasquesurgemdasexperiências,obtidasnolaboratóriodauniversidadeeno laboratóriodavida real, indicama sériapossibilidadedeque pode haver um lindo bebê na bacia, e seria um crime jogá-lo fora com aáguadobanho.CELEBRANDOAOPORTUNIDADEDEINVESTIGARAHIPÓTESEDEAÇRANDEALIANÇA

Comomencioneianteriormente,odoutorCarlSaganéumdosmeusheróis.Trata-sedeumamentecriativaevisionária,comprometidacomaciênciaecomapossibilidadedequeouniverso sejamaiordoqueamaioriadenós imaginaatualmente.

VocêdevelembrarqueodoutorSagandissealgoqueacalmouminhamenteetocoumeucoração,citadono iníciodosapêndices.Eledisse:“QuandoKeplerdescobriu que sua crença mais cara não correspondia a observações maisprecisas,aceitouo fatodesconfortável.Preferiuaduraverdadeàmaiscaradasilusões;essaéaessênciadaciência”.

Aesperançapara a humanidade e esteplaneta é que todosnós tenhamosopotencialdeaprenderaaceitarfatosdesconfortáveisepreferiraduraverdadeàsmais caras ilusões. Essa é a essência da ciência, nossomaior desafio e nossamaisadmirávelcapacidade.

Temos a capacidade de ver além das ilusões, ir além de nossos sentidoslimitadose,comodisseMarcelProust,vercomnovosolhos.

Euma ilusãopensarqueaTerra éplana.Ela sópareceplanapor causadenossavisãolimitadaquandoestamosnasuasuperfície.

EumailusãopensarqueoSolgiraemtornodaTerra.ElesóparecegirarporcausadenossavisãolimitadaquandoestamosparadosnaTerra.

Éumailusãopensarqueosobjetossãosólidos.Elessóparecemsólidosporcausadenossavisãolimitadaquandovemosobjetosfísicos.

Euma ilusãopensarqueo espaço invisível estávazio.Ele sóparecevazio

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porcausadenossavisãolimitadaquandoprocessamosasfrequênciasluminosasusandoascélulasdenossasretinas.

Só porque temos ilusões com nossos sentidos limitados não significa quesejamosincapazesdeiralémdeles.Ahistóriadaciênciaoferecerepetidas—eeu diria definitivas — evidências de que podemos mudar nossa mente e, àmedida que novas evidências surgirem e nos despertarem, ir alémdaquilo emqueacreditávamosatéentão.

Oqueéaindamaisnotávelparamiméquetodostemosacapacidadeinatadeaprenderessametalição,essaliçãodaslições.Temosopotencialdeveralémdenossoslimitesbiológicos,epodemosevoluiretransformarnossaconsciência.

Apesardeamarcertas ideiase temeroutras, issonãosignificaquesejamosincapazesdeabandonarcrençasquehámuitoacarinhamoseadotarnovasideias,que a princípio podemparecer estranhas, incertas, gigantescas e estar alémdenossaimaginação.

A história da ciência nosmostra que nossamente e nosso coração podemfazer isso.ComoescreveuDavePalmerecantouCaroleKing:“Possoverquevocêmudoudeideia,masprecisamosdeumamudançadecoração”.

Ograndeméritodestelivroéque,setudoaquirelatadoforverdadeiro,serianaturalacreditarqueavidaestárepletadeesperança,oportunidades,aventurasedescobertas.AhipótesedeAgrandealiançadánovosignificadoepropósitoaestavidaeàvidadepoisdela.

Se tantos médiuns estiverem certos — e enfatizo o “se” —, Carl Saganmudoudeideiasobreavidaapósamorteesobreumarealidadeespiritualmaisampla.EomesmofezHarryHoudini(comomostramosnocapítulo14).

Apenasumasemanaantesdeescreveroprimeiroesboçodesteapêndice,doismédiuns voltaram a afirmar que Einstein quer falar Comigo. E, o maisimportante,querfalarcomtodosnós.

Esta manhã, quando trabalhava na versão revisada deste apêndice, umconceituado professor daUniversidade de Telavive, em Israel, e sua talentosaintuitivame ligaram para revelar extraordinárias evidências de que a intuitivapodiatrazeràluzfórmulasfísicasdeEinsteineoutrosnotáveisfísicosfalecidosquepodiamsercientificamenteconfirmadas.

Estamos dispostos a ouvir o que Einstein, Sagan, Houdini e incontáveispessoas sábias e dedicadas têm a nos dizer, se ainda estiverem aqui?EstamosdispostosaouvirSophia,Michael,Gabrieleincontáveisguiasespirituaiseanjossábiosededicados,seelesaindaestiveremaqui?

EstamosdispostosaouviroGrandeEspírito,aFonte,oSagrado,seEle/Elaaindaestiveraqui?

Esperoque,seaciênciafuturarevelarqueelesestãoaqui,sejamoscapazes

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dehonrar avisão e a sabedoriadeCarl.Que sejamos capazesde abandonar ailusãodequeomundofísicoétudooqueexisteeaceitaraverdadedequeelesestãoaquiconoscoeparanós.

Essa é a essência da ciência. E tambémdeAgrande aliança— ciência eespiritualidadecaminhandojuntasNotas1.O nomedo prêmio contémum trocadilho comPegasus, o cavalo alado damitologia grega, usando apalavra“pig”,quesignifica“porco”.(N.T.)2.www.skeptlcalinvestigations.org

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